Antologia de Poemas / Gaia

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Concurso de Poesia Inter-Escolas de Gaia 2011 ANTOLOGIA DE POEMAS 1ª / 2ª FASES GAIA Woodcutters cottage, by Helen Musselwhite, In http://www.helenmusselwhite.com/page3.htm, [acedido em 14/10/2010]

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Poemas das escolas participantes no concelho de VNG, Portugal

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Concurs o de Poes ia In te r -Esc o las

de Ga ia 2011

ANTOLOGIA DE POEMAS

1ª / 2ª FASES – GAIA

Woodcutters cottage, by Helen Musselwhite,

In http://www.helenmusselwhite.com/page3.htm,

[acedido em 14/10/2010]

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BREVE MEMÓRIA

Em 1999, a Biblioteca da Escola Secundária com 3º Ciclo de Oliveira do Douro,

dando seguimento a uma antiga tradição de Jogos Florais, dava início à dinamização

do Concurso de Poesia entre os alunos das escolas EB 2/3 de Avintes, Gervide,

Olival, Vilar de Andorinho e Secundárias/3 de Almeida Garrett e Diogo de Macedo

que então integravam o Centro de Formação Gaia Nascente, promotor do

intercâmbio.

Desde essa data, o projecto foi crescendo. Também os novos agrupamentos que

foram surgindo foram integrados. O concurso destinava-se depois a todas as

comunidades educativas das respectivas escolas: alunos de todos os níveis de

ensino não superior, docentes, funcionários, encarregados de educação.

Este projecto tem contado com a colaboração de vários professores de Português

das escolas concorrentes: na pré-selecção dos poemas premiados a nível das

escolas e na motivação dos alunos e dos outros membros da comunidade para o

registo escrito da poesia. Destacamos, pela sec/3 de Oliveira do Douro, o nome da

professora Eugénia Teixeira, desde sempre neste registo silencioso do trabalho.

Mantendo o mesmo regulamento da primeira hora - da autoria e sempre adaptado

pelo professor José Rafael Tormenta -, foi possível alargar o Concurso, no presente

ano, a todas as escolas e agrupamentos do concelho de Vila Nova de Gaia.

Igualmente o contributo do trabalho colaborativo, por parte dos professores

bibliotecários, na dinamização do concurso, na recolha e partilha dos poemas. Tem

sido um trabalho em rede e de parceria com a Biblioteca Municipal de VNG.

Realce-se a preciosa colaboração, ao longo destes treze anos, da Biblioteca Pública

Municipal de Vila Nova de Gaia, na participação em júris e na oferta dos prémios

finais em cerimónias por vezes que têm ocorrido nas suas instalações, com o

envolvimento de poetas e de professores e alunos pertencentes a Grupos de Teatro e

de Arte de Bem Dizer das escolas participantes os quais dinamizam sessões de

Leitura/Poesia/Teatro.

Têm igualmente colaborado nesta iniciativa os poetas Anthero Monteiro, Eduardo

Roseira, Fernando Morais, Odete Boaventura e Virgínia Monteiro, da Associação dos

Escritores de Gaia, bem como o seu Presidente, Miguel Miranda.

Esta foi, sem dúvida, uma etapa importante que merece ser comemorada e

aperfeiçoada.

PARABÉNS A TODOS!

BE-ESOD, Maio/2011

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COMPOSIÇÃO POÉTICA Sofia Monteiro da Costa Escola EB1 das Matas / Agr. Dr. Costa Matos - 1º ANO ESCALÃO A - 1º PRÉMIO

A professora é fixe. A professora é Muito amiga. A professora Ensina muito. E gosto muito

Dela e ela De mim.

A escola tem Muitas salas E há recreio Onde nós Brincamos E fazemos

Jogos. É tão bom

Andar Na escola.

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O MAR Carina Oliveira da Silva Escola EB1 Curvadelo / Agr. Sophia de Mello Breyner - 2º ANO ESCALÃO A - MENÇÃO HONROSA

São muitos os peixes Que eu vi dançar Com o cavalo-marinho E a estrela-do-mar. Lá longe, bem longe, O tubarão e a baleia Sonham, um dia, Poderem ir à areia. O caranguejo zangado Com o peixe – balão Começou a andar de lado Com pinças na mão.

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OS SENTIMENTOS Ana Margarida Bandeira Ferreirinha EB1/JI de Igreja e Lavadores / Agr. Vertical de Olival - 2º ANO ESCALÃO A

A amizade é tão bela Vermelha Da cor da cereja. O amor é maravilhoso, Roxo da cor das uvas. A alegria é tão bonita, Verde da cor da Natureza. A felicidade é tão fantástica, Castanha da cor da madeira. A vergonha é má, Como uma laranja amarga. A ternura é bela, azul Da cor do céu.

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O MAR João Pereira Almeida Escola EB1 Granja / Agr. Sophia de Mello Breyner ESCALÃO B - 1º PRÉMIO

No mar navega o cargueiro E o barco do pescador, É trabalho de marinheiro Vivido com muito amor. Do mar vem o marisco E o peixe saboroso. Tudo é um grande petisco Para mim que sou guloso. Quando o mar está agitado E as gaivotas andam no ar, Fico muito assustado. Tenho razões para me preocupar! E a praia, que beleza! Belo sítio para brincar. Viva a natureza! E o ar puro para respirar! O mar é salgado. Dessa água não se pode beber. Que bem que sabe o gelado, Que na esplanada costumo comer!

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CRESTUMA Ana Rosa Rocha Dias Escola EB1 Picoto / Agr. Vertical de Olival - 4º ANO ESCALÃO B - MENÇÃO HONROSA

Crestuma é um paninho, Junto ao rio bordado. Com muito amor e carinho, Pela Natureza criado. É limpinha e asseada, Esta vila muito bela. Pelo Douro é lavada E vive muita gente nela. Tem também o rio Uíma, Que parece uma ribeira. Antigamente havia, Lá perto uma feira. Teve gritos correrias, De mulheres apressadas. Alegres e sadias, Tecedeiras asseadas. É o presépio do Douro, À beira do rio plantada. Terra de lendas e encantos, Por mim, muito amada. Eu gosto da minha Terra, De todo o meu coração. Crestuma é muito bela, E não tem poluição.

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A AMIZADE Tiago Dinis Zagalo de Lima Leite Escola EB1 das Matas / Agr. Dr. Costa Matos - 4º ANO ESCALÃO B

A amizade é ter amigos com quem possamos brincar,

para nos proteger dos inimigos e em quem possamos confiar.

A amizade é poder contar

segredos aos nossos amigos e com eles acordar

que seremos amigos até aos infinitos.

A amizade é amor

que podemos partilhar é para ti e para mim

mas tudo vamos guardar.

Isto tudo é amizade é bom, com os amigos podermos estar

pois são eles que nos ajudam a construir a nossa felicidade.

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CANTILENA DO ROUXINOL Beatriz Vieira Correia Escola Básica do Outeiro / Agr. Vertical de Oliveira do Douro - 2º ANO ESCALÃO B

A chover e a dar sol na cama do rouxinol; rouxinol está doente

com uma pinga de aguardente.

A chover e a dar sol na cama do rouxinol;

rouxinol está no ninho, a comer o seu caldinho.

A chover e a dar sol à porta do rouxinol;

rouxinol veio à janela, p´ra dar uma espreitadela.

A chover e a dar sol

no jardim do rouxinol; rouxinol apanhou flores,

para dar aos seus amores.

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EU E A MINHA FAMÍLIA Thalissa Camilla Pereira Escola EB1 Aldeia Nova / Agr. Vertical Adriano Correia de Oliveira ESCALÃO B

Minha mãe Meu pai Minha irmã Estão dentro do meu coração Que é do tamanho de uma romã. Gosto tanto deles São todos meus amigos Eles são o meu abrigo.

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O SILÊNCIO Carolina S Casaca Sá Dinis Escola EB2,3 Teixeira Lopes / Agr. Dr. Costa Matos - 5º ANO ESCALÃO C - 1º PRÉMIO

O silêncio… Ninguém o pode apanhar, Ver ou explicar. Ninguém lhe consegue tocar, Sentir ou respirar. Ninguém o vê, Ninguém o ouve, Ninguém o fala. O silêncio é assim. É uma porta fechada. É um sopro, uma brisa, Uma mão cheia de nada! O silêncio é a chave que fecha Uma caixa de música, sorridente, Mas, de repente, é só uma caixa, Uma caixa, simplesmente! Apesar de não se ver, Silêncio é capaz de tudo: De acabar com a música, Com a dança, E com as brincadeiras. O silêncio é isso Sem tirar nem pôr. O silêncio … Um som que não se ouve.

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“NOITE”: Inês Salgueiro de Carvalho Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena - 5º ANO ESCALÃO C - MENÇÃO HONROSA

Noite fria, Suave melodia, Negro estrelado, Antónimo de dia. Sombras de prata, Estrelas cadentes, Cidade acordada, Sonhos pendentes. Branco luar, Estrelas de ouro, Bela noite, Como um imenso tesouro.

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APRENDER A SER LIVRE Inês Pona Escola Básica Soares dos Reis / Agr. Soares dos Reis - 6º ANO ESCALÃO C

Uma menina pôs-se a pensar Que um dia queria ser Livre como um pássaro Mas precisava de aprender. Perguntou à sua mãe, Se um dia conseguiria voar A mãe disse que não, Mas, mesmo assim, ela quis tentar. Andou pela floresta, Pelo meio do pinhal Atirou-se de uma árvore E foi parar ao hospital. Procurou em muitos livros Para a solução encontrar Mas só encontrou livros Sobre a Terra e o mar. Após muitos, muitos anos Conseguiu finalmente perceber Que para se ser totalmente livre É só fechar os olhos e adormecer.

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BORBOLETAS Mª João Ribeiro Escola Básica de Oliveira do Douro / Agr. Vertical de Oliveira do Douro - 6º ANO ESCALÃO C

No meu quarto Tenho um estore Com borboletas coloridas. Na hora de deitar Abro a janela Para a brisa entrar. E o estore a abanar E as borboletas a voar… Adormeço sentindo-as A esvoaçar E no meu rosto pousar. Quando as vou apanhar É a minha mãe a chamar, Pois é hora de acordar E as borboletas estão no seu lugar.

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ESPERANÇA Andreia Alexandra Domingues Vidal Escola EB 2,3 de Canidelo / Agr. Vertical D. Pedro I - 5º ANO ESCALÃO C

Esperança nos sentimentos…

Não me deixo cair no abismo! Elevo-me com as minhas mãos!

Nas mãos vive a Esperança, Esperança que não devereis deixar morrer… Morrer por não ser sentida. Levantem todos e tudo!

O som das harpas liberta a Paz que o mar, fruto da Natureza, nos transmite.

Ouve este poema Que é para ser sentido.

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MAR Ana Filipa G Conceição Escola Básica / Agr. Sophia de Mello Breyner - 6º ANO ESCALÃO C

Venho da areia Já ouço o som… Já sinto o cheiro… O cheiro a mar… O som do mar… Não sei porquê. Sinto-me bem… Sinto a areia a fugir… Foge das minhas mãos… Porque todos precisamos de Espaço … Liberdade… Tal como o mar, As ondas… O mar é livre. Tal como todos os que lá vivem, Nadam, dançam, fazem piruetas… Talvez felizes por serem Realmente LIVRES!

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SONHOS Cristiana Neves Dias Escola EB2,3 de Olival - 6º ANO ESCALÃO C

Ah! É tão bom sonhar!... Envolvida nos meus pensamentos, do mundo real me isolar! Quem me dera ter asas, cortar o céu azul voando; e bem lá do alto, ver as casas passando… Quem me dera que a Lua fosse minha companheira; me contasse os seus segredos à sombra de uma oliveira! Sonhar é voar livre, e não me falta liberdade, pois esta é, e sempre foi, uma brincadeira sem idade. Oxalá eu voe, um dia, P‟ra mais longe da tristeza. Talvez chegue, com a alegria De quando se tem a certeza, Ao cume desta montanha de harmonia e fantasia que é a imaginação.

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DANÇA Ana Laura Barradas de Sousa Escola Básica / Agr. Vertical de Oliveira do Douro - 7º ANO ESCALÃO D - 1º PRÉMIO

Dança

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SOMBRA Maria Miguel Vasques Iglésias Escola EB2,3 Teixeira Lopes / Agr. Vertical Dr. Costa Matos - 8º ANO ESCALÃO D - MENÇÃO HONROSA

Anda comigo por todo o lado Não me larga nem para dormir. É um tipo de consciência que não fala Nem precisa de falar. Exprime-se pelos gestos. Sombra, coisa assustadora Que escreve o que eu escrevo Que pensa o que eu penso Foge quando estou com medo. Sombra, coisa magnífica Em que eu fico maior Mas onde tudo trespassa Que nem água cristalina. Sombra, coisa misteriosa Só tem uma cor Que deixa atravessar o meu verdadeiro ser. Sombra, que coisa inteligente. A sombra ajuda-nos a escolher os amigos. É com ele que nos apercebemos Que a amizade é construída pelo interior de cada um E não pela aparência exterior. Às vezes, iludimo-nos Mas a sombra acorda-nos desse sonho Que não passa de uma mentira. Conto com a minha sombra para tudo! Sombra a minha consciência.

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AMANHECER Tiago Filipe P Aires Escola Sec/3 Oliveira do Douro - 8º ANO ESCALÃO D

Acordei, ao abrir as portadas senti gotículas nas minhas pestanas. Pensei, será a manhã a chorar? Não! Pois ao fundo ouvia a alegria! Era nos arbustos, os pássaros a chilrear. Ao longe, o cantar da água caíndo sobre as pedras da nascente. Os campos verdejantes com as papoilas a darem-lhe um toque de luz, sobre a névoa matinal! Até que, lentamente, muito lentamente, o Sol se vai espreguiçando com um raio aqui, outro acolá até que por fim, sobre o orvalho brilhará, reflectindo toda a pureza de uma linda manhã de Primavera!

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A AMIZADE Daniela Fernanda Gomes Baptista Escola EB2,3 de Olival - 7º ANO ESCALÃO D

A Amizade É como uma árvore, Cresce lentamente, Mas só se for devidamente cuidada. Primeiro temos de semeá-la, De preferência num local fértil Para que nasça saudável. Depois precisa de água, Precisa de sol, Precisa de nutrientes. Tem que ser bem alimentada. Se tudo isto for bem feito, Ela crescerá saudável, Crescerá forte, Com raízes seguras E nada a destruirá! O seu tronco Será de uma casca resistente, E a sua copa densa e majestosa Coberta de folhas verdejantes. Depois… Poderá até vir uma violenta tempestade Que ela não cairá! Pois foi bem tratada E as suas raízes Tornaram-se fortes e resistentes!

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A GUERRA André Vieira Escola Básica / Agr. de Escolas da Madalena - 9º ANO ESCALÃO D

Eu vivo numa terra Devastada pela guerra Onde uma vida abastada É trocada por um copo de água Homens frustrados Crianças feridas Pensamentos desprezados Muitas vidas perdidas Mas num velho navio Afundado no mar Uma voz de esperança Continua a cantar A voz sedutora De uma mente sonhadora Que procura a verdade Acima de toda a vontade Pede amor Para acabar com a dor Pede compreensão Para sair da escuridão Nesta terra desfeita O receio invade A pergunta é feita A consciência bate Paz ou guerra Eis a questão Será que esta terra Acabará em perdição? Eu cá não sei Talvez nunca saberei O ódio dentro destes homens Nunca o entenderei

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O MAR QUE NUNCA VIA Tiago Lopes Brito dos Santos Escola Básica / Agr. Sophia de Mello Breyner - 9º ANO ESCALÃO D

Naquela tarde sombria, Naquela aldeia encoberta por velhice, Naquela casa junto à ria O menino perguntou à avó O que era o mar que nunca via. Ao menino a avó respondeu, Tarde, depois de muito pensar, Que o mar era o conjunto de sentimentos Que a pessoa tinha para dar. E o menino pôs-se a pensar No mar que nunca via Do qual apenas cheirava O cheiro a maresia. Enquanto pensativo caminhava, O espaço e tempo fugiam Enquanto se ia aproximando Do mar que nunca via. Banhou-se nos sentimentos, Desfrutando a frescura na tarde sombria, Enquanto desfrutava o sabor Do intenso cheiro a maresia Do mar que nunca via. “Sentimento, sentimento”! Gritava o menino Completamente absorto Naquela onda frenética de tormento. Drogado de tanto amor, ódio e ternura O menino foi desfalecendo Ficando pálido e sereno Naquela traiçoeira onda de frescura. E lá deixou sua alma Engolida pelo sentimento Refrescada pelo tormento Do mar que nunca via.

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O MUNDO Pedro Teixeira Escola Sec/3 de Almeida Garrett - 7º ANO ESCALÃO D

O Mundo é grande E eu sei disso Mas tenho de compreender Que a vida também É um compromisso. Há tanta gente Neste Mundo gigante Eu sou uma pessoa Não sou assim Tão insignificante. Os sentimentos De uma pessoa Não são brinquedos de bebé São como flores de jasmim Que podem nascer e murchar Dentro de mim.

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«POEMA DO AMOR» Carla Martins Escola Sec/3 António Sérgio - 7º ANO ESCALÃO D

Se eu fosse ar E tu fosses terra Voaria até ti Só para te beijar. Se eu fosse sol E tu fosses lua Caminhava até ao cimo Da minha rua. Se eu fosse caneta E tu papel Escrevia em ti AMO-TE! Se eu fosse mar E tu areia Enrolava-te Como uma sereia. Se eu fosse coragem E tu o medo Abraçava-te Sem nunca te deixar. Se eu fosse flor E tu floresta Florescia em ti!

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A SEDUÇÃO DE UM SONHO Ana Sofia Ribeiro Neto Escola EB 2,3 de Canidelo / Agr. Vertical D. Pedro I - 7º ANO ESCALÃO D

Um sonho seduz... Seduz com o fogo despertado na Terra Queimando o que resta de uma angústia triste... Seduz com a mente de um ser indiferente Ao mundo real que mente o que sente... Seduz com o frio de um sopro polar Que endurece um rosto quando a brancura, Não escura, brotar... Seduz na água com cristais de ouro Que brilha com o sol E, de repente, Sem olhar em frente, Expulsa um grito ardente! Com um vasto campo de escolhas Umas certas, outras erradas Com a repulsa de pensar E a vontade de sonhar Tudo é igual, num grande horizonte Sem nada pra contar, sem nada pra enfrentar... Sonho quente, frio, doente, Que mora na mente, Viajante que só tem morada Quando a lua adormecida Desperta na noite estrelada Esta sedução vive no pensamento Que existe no momento Que serve para recordar Um sonho que se ausentou... Que o mundo abalou. Este belo conquistador Seduz com o amor triste e cruel Que mata com o olhar Que se fez despertar Um sonho seduz... Mas só a quem arriscar.

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O TEMPO Gabriela Silva Escola Básica de Avintes / Agr. Vertical Adriano Correia de Oliveira - 7º ANO ESCALÃO D

O tempo distante Deixa as suas marcas Num espelho brilhante Sem nada a esconder Palavras escritas Jamais serão esquecidas Lembranças da vida Num pedaço de papel Para sempre guardadas Na biblioteca da vida As marcas da vida Traçadas no rosto Da vida vivida Do tempo passado Amarguras sentidas, alegrias vividas Para sempre guardadas No tempo amado.

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“A VERDADE SOBRE O MEDO” Ana Cláudia Herdeiro Vaz de Moura Escola Básica / Agr. Soares dos Reis - 9º ANO ESCALÃO D

Escrevi a palavra medo, E a coragem acobardou-se. Refugiei-me no Passado, Mas o Futuro amotinou-se. E o Presente? Esse não passava de uma ilusão! Tudo o que se via, Era fruto da imaginação. A fantasia existia, Mas a realidade não! Pássaros eram vistos como dragões, E as estrelas como vulcões em erupção… Será a coragem responsável pelo medo, Ou o medo responsável pela coragem? Ninguém reagia, Nem expressava o seu medo, E a ausência da coragem prevalecia!

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A VIDA Ana Catarina Freitas Escola Sec/3 Diogo de Macedo - 8º ANO ESCALÃO D

Um início e um fim; Batalhas ganhas e glórias conquistadas, Uma certeza com incertezas, Rua estreita com paralelos; Vícios difíceis de ultrapassar, Doença curada; Medos vencidos; Sonhos realizados, Momentos escassos; História feliz, Um relógio adiantado; No fundo como tudo começa, Tudo acaba… Fim

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VOAR Célia Isabel da Cruz Almeida Escola Sec/3 dos Carvalhos - 7º ANO ESCALÃO D

Se perguntarem por mim Digam que voei Para me encontrarem Têm de o fazer também.

Voar … Como sempre sonhei No grande céu azul Como sempre imaginei!

Voo por aquela janela Abro a janela e voo.

Qualquer janela serve para voar Basta imaginar…

Há quem diga que uma borboleta Sem asas não pode voar O homem voa sem asas Desde que se deite a sonhar.

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E ÉS TU! Marta S Madureira Escola Sec/3 de Oliveira do Douro - 10º ANO ESCALÃO E - 1º PRÉMIO

O amor é assim…

É uma pressa,

Uma loucura,

Uma mistura

De sangue e suor,

É uma promessa aos Deuses,

É algo que rima

Com as palavras mais doces

De um honesto inocente,

É uma dor,

Um tormento,

Um aperto

No coração

Que vai da foz à nascente

Dos pés à cabeça,

Um toque ternurento,

Uma grande paixão.

É um querer e não poder,

Um ter e não saber usar,

Um olhar, um pressentimento

Uma voz nua e crua

A minha mão na tua

E a tua no meu coração

E és tu, sou eu, somos NÓS…

E é assim o amor

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REVOLUCIONAR A TECNOLOGIA Rosa Sofia Azevedo Escola Sec/3 Diogo de Macedo - 11º ANO ESCALÃO E - MENÇÃO HONROSA

Que vírus será este Que surgiu da noite para o dia? Tenho sintomas evidentes de pessoa febril e doentia. Isolamento aparente, constante teclar, Ouvido alerta a sons que vagueiam pelo ar. Alguém capacitado Vou procurar Tem de ser diplomado Não vá me enganar Podia ser aquele dos dedinhos despachado Tinha-os musculado, o resto desleixado. Distraído do mundo circundante Absorvido pela tecnologia, Pouco me serve Em convívio é a monotonia. Fui então questionar um aclamado escritor Que trocou a folha em branco por teclado e monitor “-Deixa lá o vírus em paz, dependente, solitário Abre a porta do armário Que entre mais um revolucionário É que mesmo sendo o seu sermão virtual Pode ensinar peixes a fugir do mal!”

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A IMAGEM Joana Isabel Fonseca Carvalho Escola Sec/3 dos Carvalhos - 10º ANO ESCALÃO E

Um esboço passado De uma imagem futura Um reflexo de ternura De algo inacabado. Reflectida em mim Como uma sombra perdida No meio da escuridão que está desaparecida Talvez nunca chegue ao fim. Um modo de me inspirar Com certeza que ajudar vai Para o fim da imagem alcançar. Já vejo o horizonte Desta tela quase terminada O que sempre me espanta É esta nunca ter estado parada.

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LIBERDADE Tiago Correia Escola Sec/3 de Almeida Garrett - 11º ANO ESCALÃO E

Na eterna voz da saudade, No grito silencioso da vaidade, No suspiro orgulhoso de mortalidade Existe a busca pura de liberdade.

Quantos das lutas fugiram? Quantos dos objectivos desistiram? E quantas vidas saqueadas, Pelo desejo á escolha que pediam?

A todos os revolucionários respeito, Todos os seus ideiais aceito. Não tomo a liberdade como conceito, Mas sim como uma chama acesa no meu peito.

A todos os cruéis ditadores Que do egoísmo são embaixadores. Desejo-vos liberdade, caros senhores Como na hora da morte de um desprezível, se desejam louvores.

Até que a voz me doa vou gritar, Até não ter forças vou lutar, E nada nem ninguém me fará parar Até finalmente, a liberdade alcançar.

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UM SÍTIO QUALQUER Gabriel António Monteiro Pinto Escola Sec/3 de Almeida Garrett - 12º ANO ESCALÃO F - 1º PRÉMIO

Por entre ruas e vielas Navegando, sem rumo, (diga-se, aleatoriamente), Ignorando olhares curiosos nas janelas Observa-se algo que deverá ser gente. Gente triste, gente alegre, gente que o é sem o saber, Haverá gente nova? Certamente! E gente sem nada que fazer? Claramente. Mas dentro deste pensamento, altos, ecoam, sem grande discernimento, as conversas de velhos; Que se da ânsia de reforma, longa espera, se libertaram, ao eterno descanso final com temor se condenaram. (O cão ladra agora, devo estar a dizer asneira!) Mas se o impotente cão ladra, e se o impotente „eu‟ escreve; Mas se a parede deixa sombra e se todos nós, maior ou menor, a deixamos, de que me vale a mim falar? (Nada?)

Mas, ei lá, será a surpresa do dia? Quem diria? Miro, de frente, a um texto que se faz passar por poesia!

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OLHAS-ME E EU SORRIO Sara Raquel S Rego Escola Sec/3 de Oliveira do Douro - 12º ANO ESCALÃO F - MENÇÃO HONROSA

Olhas-me e eu sorrio Escondendo nalgum recanto A insegurança que me rodeia. Ages de forma incorrecta E eu olho-te sem expressão Enquanto que, algures, Algo se revolta. Perguntas-me o que se passa Abro a boca com a resposta pronta … Dou de ombros e dirijo-me à porta. Olhares de espanto, interrogações sem resposta… Se amanha agir de forma diferente, Porque me olhas assim? Todos mudam, ninguém conhece ninguém. No entanto, porque me deixo afectar? Porque me reduzo a uma insignificância? Esse olhar… Aprisiona todo o meu ser. Talvez um dia (ganhe coragem) Mostre minha alma E aí olharás (finalmente) com carinho Para a máscara, partida no chão.

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SOLSTÍCIO Rosélia Mª S Lima Escola Sec/3 António Sérgio - 12º ANO ESCALÃO F

A imortalidade do meu desejo despido é a incandescência suave da Lua adorada,

a mão invisível de uma humanidade rasgada pelo coração pobre do homem ferido.

E eu quero revolucionar este dia perdido,

espalhar a liberdade, por mim tão desejada, que o amor é divindade sagrada,

se for feito como é sentido.

Se o tesouro que guardo for de algodão, o sentimento mais puro será de cetim

e o Universo estará mais próximo da perfeição.

E se a força da mudança nascer, enfim, serei eu a esperança do Sol, mas então

diz-me, por que é que eu não sou para mim.

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POEMA À VIDA Maria Luísa José Borges Escola Básica / Agr. de Escolas da Madalena - EFA ESCALÃO G - 1º PRÉMIO

Se nascemos, crescemos, morremos E tudo faz parte da vida Vamos vivê-la como podemos E aproveitar o tempo que temos. Se esta vida é uma passagem Então vamos respeitá-la E não vamos deixar ninguém tirá-la Mas serenamente aguardá-la. A vida é linda e bela Para quê egoísmos, guerras, invejas? Homens abracem-se e deixem viver a vida E não dêem cabo dela. Para uns a vida é curta Para outros é comprida Haja amor, paz, saúde, dinheiro E muita alegra Antes que chegue a partida.

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MAR MEU Elvira Ferreira Marques Silva Escola EB 2/3 Sophia de Mello Breyner - EFA ESCALÃO G - MENÇÃO HONROSA

Olho o mar E na sua imensidão me perco em pensamentos. Onda vai…onda vem E nesse burburinho constante Eu recordo a cada instante Os nossos belos momentos. Olho o mar E em desassossego constante Eu me banho em suas águas… Ao longe o sol-posto Lágrimas banhando meu rosto Onde afogo as minhas mágoas. Olho o mar E na areia dessa praia Quisera um dia saber, Se será o meu amor Que tanto eu quero ver. Olho o mar E num caminhar constante Duma eterna ansiedade, Fico sempre à tua espera Já morrendo de saudade

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POESIA: PROCURA-SE 8º B Escola Básica / Agr. Vertical de Oliveira do Douro ESCALÃO H - 1º PRÉMIO

Fugiu de casa… Deixou um vazio… Meteu os pés ao caminho! Alguém a viu? Berlindes no bolso, Fisga a tiracolo! Bicicleta em contra-mão, Camisola do avesso! Alguém a viu? Dorme no ninho da águia, Come a mais doce maçã, Bebe da fonte mais pura, Acende os olhos da manhã. Alguém a viu? Luz esquiva… Dádiva revelada… num raio de sol…. num sorriso de criança… numa esperança renovada… Alguém a viu? Desafiando… o tempo… a sorte… a solidão… a morte… Caminhando connosco… na alegria… na agonia… na beleza do dia-a-dia… Alguém a vê?

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A VIDA 8ºF Escola Básica / Agr. Soares dos Reis ESCALÃO H - MENÇÃO HONROSA

A vida é fogo e água É vento e pó É quente e fria Áspera e macia É plena e vazia A vida é um começo, Uma passagem sem endereço Uma viagem longa e sem rumo Comboio à solta e sem Destino Toque de Fada, dobrar do sino Momento breve, na palma da mão Esculpida de sins e bordada de nãos Mais que sonho, ilusão, quimera É dia de chuva, é Primavera É sentimento, consumido pelo tempo Obra infinita e inacabada A vida é tudo… a vida é nada.

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O INVERNO É… 2º ano Escola EB1 da Pena / Agr. de Escolas da Madalena ESCALÃO H - MENÇÃO HONROSA

Uma árvore triste sem folhas, Uma serra coberta de neve, Uma crinaça de galochas, Um velho de sobretudo e cachecol, O vento a soprar forte, Uma planta partida, Um dia muito escuro, A chuva a cair torrencialmente, Uma lareira acesa, Uma trovoada forte, Um barco a afundar, E um guarda-chuva a voar.

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GOSTO DE TI João Silva, Rafael Barbosa, Jaime Lopes Escola EB 1/JI de Painçais / Agr. Vertical de Olival - 1º ANO ESCALÃO H

A noite passou e disse: Gosto de ti E a estrela Ficou cintilante O papagaio passou e disse: Gosto de ti E a vaca Correu mais depressa A lua passou e disse: Gosto de ti E o sol Ficou mais quente A água passou e disse: Gosto de ti E o vento Ficou mais frio A chuva passou e disse: Gosto de ti E a nossa escola Ficou mais brilhante

O rapaz passou e disse: Gosto de ti E a borboleta Ficou mais bonita A menina Rosa passou e disse: Gosto de ti E o piloto Despistou-se O Manuel passou e disse: Gosto de ti E a Lia Abraçou-o O Ronaldo passou e disse: Gosto de ti E a sua mãe deu-lhe um beijinho O Sérgio passou e disse: Gosto de ti E a Andreia Sofia Ficou corada.

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O OUTRO LADO DO MAR Mariana R Ferreira, Marta F Couto, Rita S A Duarte Escola EB2,3 Sophia de Mello Breyner ESCALÃO H

Deixaram-me aqui, Triste e sem protecção. O que faço aqui eu sozinho, Sem rumo nesta imensidão? Nesta auto-estrada movimentada, Inúmeras espécies circulam Não conheço o seu nome, nem a sua origem. Conheço apenas a vontade e a saudade. A vontade de gritar E a saudade do meu lar. Fingem que não existo. Passam sem cumprimentar. Neste lugar colorido, Onde a simpatia deveria reinar! Lá de onde venho, Tudo era diferente. Sentia o conforto de um coração quente… Aqui… A cor é apenas um capricho E a magia de que tanto falam, Resume-se à superficialidade De toda esta vaidade. Apesar de tudo, Agora estou no fundo, Este é o meu MAR! Este é o meu mundo!

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RIMAR NO CARNAVAL 1A Escola EB1 Aldeia Nova / Agr. Vertical Adriano Correia de Oliveira ESCALÃO H

No Carnaval fiz uma surpresa

Trouxe uma fantasia com magia

Era uma Índia com certeza

E até uma pena trazia.

O meu nome começa por B

Que até sugere beleza

Vesti-me de Dama Antiga

Num belo vestido turquesa.

Viva o Carnaval

O Índio Carlos e toda a criançada

Ninguém leva a mal

No reino da palhaçada.

Fui vestida de Fada

Com uma varinha encantada

Gostei de estar mascarada

Era a mais bonita fada.

A Rafinha é muito tímida

Pouco ou nada desembucha

Vejam lá no Carnaval

Ela vestiu-se de Bruxa

Sou o Diogo Pirata

Com espada cor de prata

No Carnaval sou Pirata a brincar

E o cortejo vou ver a Ovar.

O Zorro foi ao Carnaval

Montado no seu cavalo preto

Ninguém leva a mal

Ele mostra o seu talento.

O Carnaval é uma festa

Para brincar com alegria

Este ano vesti-me de Minie

Que gira era a minha fantasia.

A minha fantasia

Foi de Jardineiro

Rego com água fria

O ano inteiro.

No dia de Carnaval

A Princesa sai à rua

Com a sua varinha mágica

Faz magia até à lua.

Neste Carnaval

De Piloto eu vesti

O meu ídolo não pode levar a mal

Fantasiei de Valentino Rossi.

De Bruxa eu fui

Uma maçã eu comi

A vassoura levei

E com ela varri.

De Índio fui vestido

Com os meus amigos pulei e brinquei

Foi um dia divertido

Que não mais esquecerei.

Nesta quadra de folia

Muito o Pedro se ria

Mascarado de Vampiro

Até os dentes lhe tiro.

Lá vai o homem aranha

Suas presas agarrar

As teias são serpentinas

Que a todos vai enfeitar.

Vesti-me de Fada no Carnaval

De azul cor de pardal

Encantei com a varinha de condão

Os amigos do meu coração.

Eu chamo-me Tiago

De Príncipe me mascarei

Atrás de uma princesa fui

Mas nunca a encontrei.

No Carnaval

De Índio andei mascarado

Não levamos nada a mal

Passamos um bom bocado.

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NUM SEGUNDO Maria Fernanda Moreira, Paula Teixeira e Sofia Oliveira Escola Básica / Agr. de Escolas da Madalena - EFA ESCALÃO H

Vou falar-vos de um rapaz… Um rapaz normal, repleto de vida. Brincalhão, de tudo ele é capaz Para fazer sorrir uma pessoa amiga. A biblioteca é o seu mundo, Onde, entre brincadeiras e ralhetes, Ele vai ajudando cada aluno. Dá alguns conselhos e explica Como no computador teclar, Nos intervalos em que Os alunos o vão visitar. Mas um dia chegou, Como tantos outros passados, Em que a sua vida mudou E o destino sem piedade Num segundo o atraiçoou… Uma saída feliz com uns amigos, E tudo aquele carro roubou. Da alegria que nos davas Quase nada sobrou… E a revolta chegou! Ninguém consegue perceber Como vais entender Agora que a tua vida voltou E uma nova realidade te mostrou. Hoje continuas a sorrir E com força levas a vida, Para todos iludir. Mas no teu coração está a ferida, Uma cicatriz que sempre te vai ferir. A tua vida não vai ser impedida, E de orgulho nos vais fazer sentir Ao voltar de novo à tua antiga vida.

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PROFESSOR Fernanda Maria Portugal Alves da Costa Escola Básica / Agr. de Escolas da Madalena ESCALÃO I - 1º PRÉMIO

Segurei-te a mão e mostrei-te o caminho,

Segui contigo para não estares sozinho

E retirei até alguns escolhos

Para evitar lágrimas nos teus olhos…

Outros, deixei ficar

Só para veres que o caminho

Não é só caminhar…

E ensinei-te a saber olhar em frente

E a magia das letras que não lias,

E a não baixares os braços,

Fortalecer a mente,

Dizer o que sentias

Mas educadamente!

E a olhar as estrelas

E ver o que não vias…

E ajudei-te a curar as feridas do recreio

E a sentires-te mais forte

E não mostrar receio,

Mesmo se o coração te disparar…

E ensinei-te a amar:

O mundo, a vida,

O sol, os livros que temias

E a desvendar segredos

E a inventar magias…

E na ausência da mãe

Que estava a trabalhar,

Levantei-te do chão,

Levei-te ao colo,

Segurei-te na mão, dei-te consolo

E tornei-te mais forte, lutador

Destemido e ousado

E a perceber que o caminho

Só se conhece

Depois de caminhando…

Por isso, é preciso saber andar

sozinho…

Sofri o sofrimento que sofrias,

E senti-me tão triste

E perguntei-me até se Deus existe,

Por deixar padecer um passarinho…

Restas-me agora,

Tantos anos passados,

A esperança de ter deixado em ti

Recados,

Sementes de vida,

Frutos de um homem maior…

Se assim for, consegui:

Tu foste Aluno

E eu fui PROFESSOR!!!

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ESTE RIO ESSE FERMENTO Francisco Martins Escola Sec/3 de Oliveira do Douro ESCALÃO I - MENÇÃO HONROSA

Na larga encosta deste monte aberto ao voo das nuvens, nesta moita de bravura silvestre (distante ainda das cores sonantes da vila) irrompe silencioso o primeiro fio, a nascente… E lá em baixo, no primeiro vale ainda sem nome, ele já é um novelo a enrolar o seu destino: afirma-se fermento por entre jovens margens, e leveda campos, casas e estufas e leveda até os corpos de jovens enamorados. Mas só no calor da foz Só na foz ele cozerá o pão da sua imensidade…

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AMAR O MAR Maria dos Prazeres Lopes Marques Ravisco Escola EB1 de Miramar / Agr. Sophia de Mello Breyner ESCALÃO I

Lambes-me os dedos Mil línguas

Salgadas e frias

As pernas presas Puxas e molhas

Rio alto Tenho pressa

Enlaça-me Mantenho o olhar

Madura afrodite Na tua espuma Nasço e acabo

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BRINCADEIRAS Maria Adelaide Morais Moreira Escola EB2,3 Teixeira Lopes / Agr. Dr. Costa Matos ESCALÃO I

Vejo as crianças que brincam no jardim e penso no tempo que passou por mim. Foram triliões de segundos, horas sem fim. Na infância eram muitas as brincadeiras que fazia com as minhas companheiras: esconde-esconde, cabra cega macaca, agarra e pega, dominó, damas, xadrez, monopólio e Mah-Jong talvez. Depois chegaram as cartas: valetes, reis e damas baralhadas, batidas na mesa em grandes jogadas. As biscas eram as maiores e os ases os melhores. Sueca, bisca, canasta Era tudo muita carta. Mais tarde as brincadeiras foram outras, Feitas de olhares e sorrisos Todos eles muito bem escondidos.

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DOIS RAIOS DE LUZ Maria do Pilar Paupério Agr. Vertical de Olival ESCALÃO I

Nasceu em Março Um raio de luz Um pouco de mim Um ser tão perfeito De encantos sem fim Olhos cor do céu Boca torneada Rosto bem redondo Sorriso alargado E muito engraçado Os dias passaram Os anos também Sorrindo correndo Chorando cedendo Cresceu é alguém E ao raio de luz Que em Março nasceu E é um pouco de mim Eu digo baixinho O meu amor por ti tem um tamanho sem fim Nasceu em Agosto Um raio de luz Um pouco de mim Um ser tão perfeito De encantos sem fim Olhitos de amêndoa Boquinha Rostinho ovalado Sorriso tamanho e sempre educado Os dias passaram Os anos também Sorrindo correndo Chorando cedendo Cresceu é alguém E ao raio de luz Que em agosto nasceu E é um pouco de mim Eu digo baixinho O meu amor por ti tem um tamanho sem fim Mãe

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A FORÇA DAS MONTANHAS Cândida da Luz Bastos de Sousa Escola Básica de Avintes / Agr. Vertical Adriano Correia de Oliveira ESCALÃO I

A força das montanhas a erguer a coragem da caminhada,

O estilhaçar dos ramos das árvores

Que em forma de lamento contam ao vento as memórias do passado...

Aromas de ciprestes invadem o respirar de um novo nascimento

E refrescam a alma de poesia.

Ao longe, o canto dos pássaros amanhece a vida com melodias de esperança

E as ondas do mar estendem-se na praia em forma de abraços de acalmia,

Num singelo embalar de pureza e de alegria.

Soltam-se as reminiscências

Que em pensamento esvoaçam pelo ar.

De repente...

Caiem leves gotas de chuva num chorar de carícias

Que acalentam com ternura a vida que corre na suavidade da maresia.

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POEMA DA TUA AUSÊNCIA Sílvia Carla Neves Pinto Escola Básica / Agr. Vertical de Oliveira do Douro ESCALÃO I

Um dia, eu gostaria Que Deus me tratasse Como se eu existisse para Ele E então tudo seria diferente E talvez um raio de luz invadisse o meu mundo (no meu mundo é quase sempre de noite) Um dia, eu gostaria Que Deus me elegesse Para manifestar os seus desígnios misteriosos (Excessivamente insondáveis para a minha alma órfã) Mesmo que surgisse do seu Eterno Nada Apenas para me pôr à prova Numa indúbia tentação (Que seria demoníaca Se não fosse divina) “Sacrifica o teu filho em Meu Nome” Dir-me-ia Ele… E eu, cobrindo o meu filho de ternos beijos, Falharia redondamente nesse teste E dir-lhe-ia, com a humildade de quem peca: “Não sou Deus Não sou como Tu” Um dia, eu gostaria Que Deus emergisse do seu já gasto silêncio E quebrasse de uma vez a sua concha – sólida para além do Ser E eu pudesse então dizer: “Este é o meu Pai Que nunca me abandonou Porque, em verdade vos digo, Que nunca esteve comigo…” Um dia, eu gostaria simplesmente Que Deus se cansasse Da sua persistente Inexistência em mim…

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PÓS-MODERNO Maria de Fátima Pais Escola Sec/3 António Sérgio ESCALÃO I

Tinha agenda, Tinha alertas, Tinha timings, Tinha dias, Meses, Anos. Não tinha Tempo Para agendas Para alertas Para timings Para anos, Meses, Dias. Tinha tudo, Tinha horas, Minutos, Segundos Que não chegaram. As sirenes tocaram, As máquinas ligaram, Mas estouraram. As escolhas avançaram Duas de três mandaram Ter Tempo!

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O MEU FADÁRIO Mª da Conceição Pereira Castro Varejão Escola Sec/3 de Almeida Garrett ESCALÃO J - 1º PRÉMIO

Cantigas são orações, Que evocam a mocidade… Trazem-nos recordações Nelas revive a saudade. Não julgueis por eu cantar Que esqueço a mágoa sentida. Eu canto por recordar Certas passagens da vida. Deitei-me triste a pensar Adormeci e sonhei. Acordei para não chorar Fingi-me alegre e cantei. Num convívio permanente, O amor e a saudade Vivem intimamente Num sonho que a alma invade. Mandando a pena escrever Dou-lhe toda a liberdade. Cheio o papel vou ler… Só vejo escrito: Saudade! Se há quem escreva a sorrir, Porque alegria lhe assiste, Eu não. Para que hei-de mentir? Se começo…acabo triste. São meus versos orações De que meu peito é sacrário. Guardo-os, são recordações… Eu sigo no meu fadário!

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SER DIFERENTE Maria de Fátima Carvalho Escola Básica / Agr. Vertical de Oliveira do Douro ESCALÃO J – MENÇÃO HONROSA

Ser diferente é ser igual É ser gente como a gente É ser gente especial É ser gente com direitos. Direito à educação À escola inclusiva Ao convívio e aceitação. Não ser olhado de lado Não ser discriminado Ter direitos e deveres As mesmas oportunidades. É gente que precisa Da nossa ajuda Da nossa compreensão Do nosso respeito Da nossa colaboração Da nossa força Do nosso optimismo Da nossa amizade De uma sociedade mais justa Que não condene, mas aceite Que ajude a viver e a sorrir Que respeite Afinal… Eles não são diferentes por opção São diferentes porque o destino foi cruel! Dentro de cada um deles está uma força poderosa À espera de desabrochar. Está nas nossas mãos cuidar desse jardim.

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EU Alice Magalhães Escola EB2,3 Teixeira Lopes / Agr. Dr. Costa Matos ESCALÃO J

Eu sou rebelde… Porque o mundo me fez assim, Porque nunca me trataram com amor, Porque nunca tive alguém para amar. Eu sou rebelde… Porque sempre sem razão, Me negaram tudo aquilo que eu pedia. Queria ser como aquela criança, Como aquele homem, que é feliz! E cantar… E sorrir… E esquecer o rancor. E sonhar… E viver… E sentir sempre Amor!

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GOSTARIA DE DIZER “AMO-TE” Emília Manuela Costa Escola Sec/3 de António Sérgio ESCALÃO J

Dois corpos juntos Numa luta de corpo a corpo Luta de amor Luta de prazer Como ondas que batem Nas rochas na areia Em dia de tempestade E o prazer e a loucura Palavras insultuosas Força ternura Tudo da para o prazer ser maior E esta dança sem parar No meio do oceano Loucos de prazer Loucos de desejo O grito da gaivota Ao atingir o orgasmo E os dois corpos Nus numa loucura De mista doçura e raiva Dá-se tudo Entregam-se sem barreiras No final Um para cada lado Exaustos Como náufragos Respiração ofegante Deixam-se adormecer sobre os salpicos Das ondas que beijam Os corpos com carinho E vai-se ouvindo Um sussurrar "AMO-TE......

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SE EU FOSSE… Maria José Gonçalves N. Costa Escola Básica de Avintes / Agr. Vertical Adriano Correia de Oliveira ESCALÃO J

SE EU FOSSE UM ASTRONAUTA VIAJAVA PELO ESPAÇO TOCAVA NO S0L E ESTRELAS COMIA DA LUA UM PEDAÇO. VERIA SERES MUITO ESTRANHOS PLANETAS, CONSTELAÇÕES DE VÁRIAS CORES E TAMANHOS E DE LARGAS DIMENSÕES.

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SEREI EU POETA José António Soares Escola Básica / Agr. de Escolas da Madalena - EFA ESCALÃO J

Serei eu poeta Não tenho nenhuma certeza Quem escreve é a caneta Eu não sou capaz dessa destreza E se… sem eu saber Um poeta me consome a alma E se… ele desatar a escrever Umas vezes com fúria, outras com calma E se… este incorrigível apaixonado Que escreve sem parar Fizer de mim um renegado Ninguém, jamais, me iria amar Caminharia por esse mundo Sem a alma gémea encontrar Cairia num poço sem fundo E o poeta a batalha iria ganhar Que espécie de animal é este, que vive dentro de mim que me consegue atormentar assim e me transforma num monstro sem igual Não o posso deixar viver a minha vida seria um inferno não o posso deixar escreve transformaria tudo num longo inverno Por tudo isto… poeta não posso ser

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PINTURA DO MAR Patrícia Maria Lopes Moreira Escola EB1/JI de Matosinhos / Agr. Sophia de Mello Breyner ESCALÃO J

Areia dourada, Mar salgado, Sob o céu azul Num quadro pintado. Paleta de corais Peixes de mil cores, Algas a bailar À procura de amores. Na água cristalina Tesouros escondidos, Sereias a encantar Navegadores perdidos.

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MEU PAI, MEU ABRIGO Ilda Mª L Rodrigues do Vale de Sousa Escola Sec/3 de Oliveira do Douro ESCALÃO K - 1º PRÉMIO

Neste dia cinzento em que o vento leva o pensamento Para longe, muito longe Pouso o olhar nas gotículas da chuva Que lentamente deslizam vidraça abaixo Melancólico, triste, Interminável dia cinzento Que espreitas o mais íntimo de mim Que desprezas o meu ser E me fazes deambular pelas gotículas de chuva Que lentamente deslizam vidraça abaixo Insignificante, fria, Constante gotícula Na vidraça, o meu olhar repousa Lembrando o passado Sentindo o presente Não acreditando no futuro Era um dia solarengo, frio mas solarengo Rapidamente se esfumou Na mais feia, triste e Inigualável notícia Tinhas partido… Voaste como tantas outras vezes Lembranças de menina Que assolam a minha mente Vezes e vezes e mais vezes sem conta Voaste para longe, muito longe Partiste zangado? Magoado, talvez Como poderei algum dia sabê-lo? Procuro incessantemente a resposta Num esvoaçar de um pássaro Num latir de um cão Num estremecer de uma folha de árvore Numa gotícula de chuva Que lentamente desliza vidraça abaixo Num melancólico, triste e Interminável dia cinzento

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PARQUE Paulo Jorge Nogueira Gonçalves Escola Básica / Agr. Vertical de Oliveira do Douro ESCALÃO K - MENÇÃO HONROSA

Mais um poema. A tarde é perfeita e vê as crianças a brincar.

O sorriso voa livre como um pássaro… A bonança é transcendente

E de pasmar…

Mais um poema. E a liberdade dá-lhe agora outra força:

A paisagem acasala-se com o povo E o cenário é de contemplar…

O poema sopra nas narinas do tempo E a primavera surge a rebentar!

Mais um poema.

E o cisne brando dá-lhe agora uma outra cor: Uma mão estende-se para lhe dar as migas

E assim recolhe Mais um poema de amor…

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AMOR José Maria Santos Pereira Escola Sec/3 Diogo de Macedo ESCALÃO K

Eterno ou efémero Mas sempre, sempre intenso Um pequeno passo do Céu ao Inferno Qual embriaguez de incenso Causador de morte Réu de imensa dor A quem espreita tal sorte Diz-se poder morrer de amor Eternizado pela mão dos poetas Jovem em todas as épocas Capaz de julgar e matar No mesmo instante perdoar Assim cego e demente Outras, lúcido e coerente Carrega o pior e o melhor Sem limites e sem pudor Culpado ou inocente Renega a justiça e ser julgado Ataca inesperadamente Do prevenido ao mais ousado Esmaga o coração a todos não se conhece cura Faz os homens parecerem tolos A muitos leva-os à loucura Capaz de alegrar o mais triste É difícil a convivência Pôr em causa porque existe Até morrermos pela sua ausência.

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SABORES DO MAR Elsa Fernanda Cunha Araújo Escola EB1/JI de Moinhos / Agr. Sophia de Mello Breyner ESCALÃO K

Provei o mar e soube-me a recordações de menina quando construía castelos e segredava com sereias. Provei o mar e soube-me a carícias entre o sol e a lua quando me deitava na espuma branca das ondas. Provei o mar e soube-me a beijos perfumados entre algas e corais quando percorria os labirintos dos teus segredos. Provei o mar e soube-me a danças celestiais entre medusas e cavalos-marinhos quando nas noites estreladas despertavam os seres adormecidos. Provei o mar e soube-me a liberdade de te amar e ser feliz, a desejos de em ti poder morar e calmamente poder repousar.

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O TEMPO Maria Adelaide da Mota Ramos Sá Marques Escola Sec/3 António Sérgio ESCALÃO K

Contemplo o tempo No tempo em nós vivido. E o tempo, esse espelho da cultura, Reflecte em nós pedaços, alguns momentos de aventura. No rosto a marca desse tempo, No corpo o tempo bem sofrido. O tempo, esse conceito que nos dá leitura, Quanto heróis somos deste tempo, deste romance de literatura. E ao descobrir o tempo Este tempo tão querido, Retrato o nosso tempo numa simples miniatura, Somos finitos, este tempo é mesmo uma caricatura. Caminhamos pelo tempo Neste tempo tão proibido, Nesta confusão do tempo há um regresso à escravatura. Amanhã, venha outro tempo, para amar sem amargura. Reclamamos o tempo Este tempo em nós perdido. E com o tempo fazemos a mais linda pintura Porque o nosso tempo, ninguém nos tira, é um percurso de doçura. Fugimos ao tempo A este tempo tão temido, Os dois, só os dois, apenas os dois e o nosso tempo de loucura, Em mais um tempo dado aos outros, como sinais, como modelos de ternura.

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ÍNDICE

Antologia de Poemas .......................................................................... 1 BREVE MEMÓRIA ............................................................................. 2 Composição Poética, Sofia Monteiro Costa ....................................... 3 O Mar, Carina Oliveira da Silva .......................................................... 4 Os Sentimentos, Ana Margarida B Ferreirinha .................................. 5 O Mar, João Pereira Almeida ............................................................. 6 Crestuma, Ana Rosa R Dias .............................................................. 7 A Amizade, Tiago Dinis Z L Leite ....................................................... 8 Cantilena do Rouxinol, Beatriz Vieira Correia .................................... 9 Eu e a minha Família, Thalissa C Pereira ........................................ 10 O Silêncio, Carolina S C S Dinis ...................................................... 11 “Noite”:, Inês S Carvalho .................................................................. 12 Aprender a ser Livre, Inês Pona ....................................................... 13 BORBOLETAS, Mª João Ribeiro ...................................................... 14 Esperança, Andreia A D Vidal .......................................................... 15 Mar, Ana Filipa G Conceição ............................................................ 16 Sonhos, Cristiana N Dias.................................................................. 17 Dança, Ana Laura B Sousa .............................................................. 18 Sombra, Mª Miguel V Iglésias ........................................................... 19 Amanhecer, Tiago Filipe P Aires ...................................................... 20 A Amizade, Daniela F G Baptista ..................................................... 21 A Guerra, André Vieira ..................................................................... 22 O Mar que nunca via, Tiago L B Santos ........................................... 23 O Mundo, Pedro Teixeira.................................................................. 24 «Poema do amor», Carla Martins ..................................................... 25 A SEDUÇÃO DE UM SONHO, Ana Sofia R Neto ............................ 26 O Tempo, Gabriela Silva .................................................................. 27 “A Verdade sobre o medo”, Ana Cláudia H V Moura ....................... 28 A Vida, Ana Catarina Freitas ............................................................ 29 Voar, Célia Isabel C Almeida ............................................................ 30 E és Tu!, Marta S Madureira............................................................. 31 Revolucionar a Tecnologia, Rosa Sofia Azevedo ............................ 32

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A Imagem, Joana Isabel F Carvalho ................................................ 33 Liberdade, Tiago Correia .................................................................. 34 Um Sítio Qualquer, Gabriel A M Pinto .............................................. 35 Olhas-me e eu sorrio, Sara Raquel S Rego ..................................... 36 Solstício, Rosélia Mª S Lima ............................................................. 37 Poema à vida, Mª Luísa J Borges .................................................... 38 Mar meu, Elvira F M Silva................................................................. 39 POESIA: PROCURA-SE, 8º B .......................................................... 40 A Vida, 8º F ....................................................................................... 41 O Inverno é, 2º ano… ....................................................................... 42 Gosto de Ti, João Silva, Rafael Barbosa, Jaime Lopes ................... 43 O OUTRO LADO DO MAR, Mariana F, Marta C, Rita D ................ 44 RIMAR NO CARNAVAL, 1ºA ............................................................ 45 Num segundo, Mª Fernanda M, Paula T, Sofia O ............................ 46 Professor, Fernanda M P A Costa .................................................... 47 Este Rio Esse Fermento, Francisco Martins .................................. 48 Amar o mar, Mª dos Prazeres L M Ravisco ..................................... 49 BRINCADEIRAS, Mª Adelaide M Moreira ........................................ 50 Dois Raios de Luz, Mª do Pilar Paupério ......................................... 51 A força das montanhas, Cândida L B Sousa ................................... 52 Poema da Tua ausência, Sílvia C N Pinto ....................................... 53 Pós-moderno, Mª Fátima Pais .......................................................... 54 O Meu Fadário, Mª Conceição P C Varejão ..................................... 55 Ser diferente, Mª Fátima Carvalho ................................................... 56 Eu, Alice Magalhães ......................................................................... 57 Gostaria de dizer “AMO-TE”, Emília M Costa .................................. 58 SE EU FOSSE, Mª José G N Costa… ............................................. 59 Serei eu poeta, José António Soares ............................................... 60 Pintura do Mar, Patrícia Mª L Moreira .............................................. 61 Meu Pai, meu abrigo, Ilda Mª R V Sousa ......................................... 62 Parque, Paulo J N Gonçalves .......................................................... 63 Amor, José Mª S Pereira .................................................................. 64 Sabores do mar, Elsa F C Araújo ..................................................... 65 O Tempo, Mª Adelaide M R S Marques ........................................... 66