Antônio Augusto de Lima Júnior

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Antônio Augusto de Lima Júnior Por Natania Nogueira [email protected] Antônio Augusto de Lima Júnior nasceu em Leopoldina, 13 de abril de 1889, na chácara do Desengano e faleceu em Belo Horizonte, 26 de setembro de 1970. Foi advogado, jornalista, poeta, magistrado e historiador. Foi, também, membro da Academia Mineira de Letras e intelectual influente na 1a. metade do século XX em Minas. Chácara do Desengano – Leopoldina (MG) Filho de Antônio Augusto de Lima (1859 - 1934) e de Vera Monteiro de Barros Suckow de Lima (1870- ?), que se casaram-se em 22 junho 1888, em Leopoldina (MG) 1 . 1 Livro 01 de casamentos, fls 235, termo 133..

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Antônio Augusto de Lima Júnior

Por Natania [email protected]

Antônio Augusto de Lima Júnior nasceu em Leopoldina, 13 de abril

de 1889, na chácara do Desengano e faleceu em Belo Horizonte, 26 de

setembro de 1970. Foi advogado, jornalista, poeta, magistrado e

historiador. Foi, também, membro da Academia Mineira de Letras e

intelectual influente na 1a. metade do século XX em Minas.

Chácara do Desengano – Leopoldina (MG)

Filho de Antônio Augusto de Lima (1859 - 1934) e de Vera Monteiro

de Barros Suckow de Lima (1870- ?), que se casaram-se em 22 junho

1888, em Leopoldina (MG)1.

Seu pai foi um jornalista, poeta, magistrado, jurista, professor e

político brasileiro. Governador de Minas Gerais (1891), decidiu a mudança

da capital do estado de Ouro Preto para Belo Horizonte. Ficou conhecido

como sendo um dos grandes abolicionistas brasileiros. Morou e trabalhou

em Leopoldina. Nasceu em Congonhas de Sabará (hoje Nova Lima em sua

1 Livro 01 de casamentos, fls 235, termo 133..

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homenagem), no dia 17 de abril de 1859. Foi eleito para a Academia

Brasileira de Letras, em 5 de fevereiro de 1903. Foi nomeado promotor do

Termo de Leopoldina, e, em 1885, era juiz municipal. Chegou a ser

governador de Minas Gerais, em 1895 (na época título de governador

correspondia a “presidente do Estado”).

“O pai de Augusto de Lima. José Severiano de Lima, conhecido como Juca da Califórnia, era um próspero minerador e fornecedor de lenha para a Saint John Del Rey Mining Company, self-made man na antiga cidade de Congonhas de Sabará – cujo nome passou a Vila de Nova Lima (hoje Nova Lima) em homenagem a seu filho governador. Mandou os dois filhos homens, Bernardino e Antônio Augusto, estudar na Faculdade de Direito de São Paulo. Sua Neta (filha de Augusto de Lima) infirma que foi Juca da Califórnia quem escolheu o lugar exato para a construção de Belo Horizonte, sobre o arraial do Curral Del Rey.”2

Antônio Augusto de Lima

2 Araújo, Olívio Tavares de. Celso Renato. São Paulo: Cosac Naify 2005. p. 26

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Sua mãe, foi batizada em São Fidelis, filha de Gustavo Adolpho de

Suckow e Rita Clara Monteiro de Barros, nasceu aos 22 de junho de

1870.3

“descendia de Romualdo José Monteiro de Barros,

Barão de Paraopeba, vice-presidente de Minas em

1850, e do tenente prussiano de cavalaria alemão

Hans Wilhelm Von Suckon, nascido em 28 de agosto

de 1797, que lutou na Batalha de Waterloo e veio a ser

major no batalhão de D. Pedro I”4.

Barão de Paropeba

Romualdo José Monteiro de Barros, o barão de Paraopeba,

nasceu em Congonhas do Campo, Minas Gerais, entre os anos de 1770 e

1780. Casou-se com Felizarda Constância Leocádia da Fonseca, filha de

José Veríssimo da Fonseca e Ana Felizarda Joaquina de Oliveira, em 21 de

novembro de 1790. Faleceu em 16 Dezembro 1855.

Foi o quarto filho do Guarda-Mor Manuel José Monteiro de Barros e

de sua mulher Margarida Eufrásia da Cunha Matos. Coronel de Milícias,

cavaleiro da Ordem de Cristo e finalmente agraciado por decreto imperial

de 02 de dezembro de 1854, com o titulo de Barão de Paraopeba.

3 BROTERO, Frederico de Barros. A Família Monteiro de Barros. s.l.: s.n., 1951 - pag. 2994 Araújo, Olívio Tavares de. Op. Cit.. p. 26

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Dedicou-se à mineração e à industria. Foi proprietário de mina de

ouro em Congonhas onde fundou, em sociedade com dois irmãos, a

primeira fábrica (fundição) de ferro estabelecida na província. Membro do

segundo governo provisório de Minas Gerais, eleito a 23 de maio de 1823;

fez parte do Conselho do Governo, de 1825 a 1829 e de 1830 a 1833;

vice-presidente da província, com exercício a 10 de junho de 1850. Foi

presidente da província de Minas Gerais de 10 de junho a 17 de julho de

1850.5

Hans Wilhelm Von Suckon

Hans Wilhelm Von Suckon, avô paterno de Vera, faleceu no Rio

de Janeiro em 07 de janeiro de 1869, a cidade do Rio de Janeiro.6 Sobre ele

há poucas informações. Provavelmente, após prestar seus serviços ao

Imperador Do, Pedro I, foi agraciado com terras, onde de fixou e construiu

5 Romualdo José Monteiro de Barros. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Romualdo_Jos%C3%A9_Monteiro_de_Barros, acesso em 12/11/2009. 6L I M A , Luís Augusto Carsalade Vil le la de . F a m í l i a S u c k o . C a p t u r a d o e m : < http://www.brevescafe.oi.com.br/frag_suckow_fam.htm>, acesso em 12/11/2009.

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fortuna, como foi o caso de Heinrich Wilhelm Ferdinand Halfeld,

também conhecido como Henrique Guilherme Fernando Halfeld, que

também veio para o Brasil servir a D. pedro I, durante as Guerras de

Independência e acabou por fixar-se nas terras onde hoje se encontra o

município de Juiz de Fora.

A família de Antônio Augusto de Lima Júnior mudou-se para o Rio de

Janeiro antes de junho de 1904, quando ali nasceu a irmã caçula de

Augusto de Lima Júnior: Letícia. Ele formou-se na Faculdade de Direito de

Minas Gerais. Em 1911, quando seu pai foi eleito deputado federal por

Minas Gerais, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde ele se

casou com Teodosia de Castro Cerqueira. Tiveram 4 filhos: Maria Thereza,

Antônio Augusto Neto, Maria Luiza e Maria Victoria.

Foi funcionário da Marinha no Rio de Janeiro até se aposentar em

1944 no cargo de procurador do Tribunal Marítimo. Foi membro do

Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, onde é patrono da cadeira

número 23. Ocupou a cadeira número 27 da Academia Mineira de Letras.

Esteve por duas vezes em Portugal em missões oficiais. Em uma

delas, em 1936, foi encarregado pelo governo Getúlio Vargas para

negociar o traslado ao Brasil dos restos mortais dos participantes da

Inconfidência Mineira exumados na África, atualmente no Museu da

Inconfidência. Foi um dos responsáveis pelo decreto de Getúlio Vargas que

fez de Ouro Preto monumento nacional. Foi também o idealizador da

entrega da Medalha da Inconfidência, a mais alta comenda concedida pelo

governo de Minas Gerais, atribuída a personalidades que contribuíram

para o prestígio e a projeção mineira, Foi criada em 1952, durante o

governo de Juscelino Kubitscheck e é entregue sempre no dia 21 de abril.

Colaborou em diversos jornais do Rio de Janeiro como A Gazeta de

Notícias, A Noite, Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, Correio da

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Manhã. Fundou em Belo Horizonte o Diário da Manhã e a Revista de

História e Artes.7

Antônio Augusto de Lima Júnior foi agraciado em Portugal com a

Ordem Militar de Cristo e com a Ordem de Sant'Iago da Espada, que tem

por fim distinguir o mérito literário, científico e artístico. A Ordem tem a

sua origem na Ordem Militar de Santiago fundada em 1170, por Fernando

II, rei de Leão (1157-1188), em Cáceres, no reino de Castela.8

7 Antônio Augusto de Lima Júnior. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Augusto_de_Lima_J%C3%BAnior>, acesso em 12/11/2009.8 Ordens Honoríficas Portuguesas. Disponível em <http://www.ordens.presidencia.pt/ordem_militar_santiago.htm>, acesso em acesso em 12/11/2009.