Antropologia contemporânea cap 10

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ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA

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ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA

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A antropologia sempre trabalhou com a lógica do distanciamento, distanciamento entre o pesquisador e pesquisado, distanciamento entre civilizações e culturas, distanciamento no tempo e no espaço entre o europeu e o não europeu. Ocorre que a história e a crescente internacionalização dom capitalismo promoveram o contínuo encurtamento dessas distancias.

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A industria se universalizou assim como o estado nação, a democracia, a tecnologia e os meios de comunicação em massa.

No campo do conhecimento os antropólogos falam na perda do objeto de estudo, existe um “certo desânimo”, “angústia”

também as disciplinas parecem dialogar de forma extremamente próxima, intercambiando conceitos e princípios metodológicos. ( interdisciplinaridade )

Decorre daí a fragmentação e a perda de universalismo daquilo que poderíamos chamar escolas teóricas, ou seja, conjuntos organizados de conceitos. Acabou levando a uma crise de paradigmas.

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É nesse cenário que cientistas sociais como Roberto Cardoso de Oliveira veem emergir junto aos modelos tradicionais de pesquisa antropológica, que ele denomina como racionalista/funcionalista; estrutural/funcionalista e culturalista, um novo paradigma denominado HERMENÊUTICO.

* esse modelo, combina a tradição européia com a metodologia interpretativa norte-americana. ( reação ao modelo idealista iluminista )

Segundo Michel Foucault, o homem é um ser de linguagem. O estudo tem que decifrar suas formas de expressão. A hermenêutica é a ciência da interpretação do dito, do não dito e das entrelinhas. Modelo decifrativo que se apóia em sinais, em vestígios para descobrir na expressão simbólica conteúdos profundamente significativos.

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O sujeito deixa de ser visto como um objetividade para ganhar toda a riqueaza de sua capacidade simbólica.

Clifford Geertz,

O conceito de cultura que eu defendo, e cuja utilidade os ensaios abaixo tentam demonstrar, é essencialmente semiótico. Acreditando como Max Weber que o homem é um animal amarrado a teia de significados que ele teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e a sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa à procura de significados.

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Questão fundamental da antropologia é a relação entre o “eu” – pesquisador e o “outro” – pesquisado, encarados, por princípio, como entidades diferentes e autônomas.

a antropologia constrói e compreende identidades, ou seja, mecanismos que fazem o outro ser quem é e como é.

Com o desenvolvimento do capitalismo e a globalização houve a aproximaão dos modos de vida, abalando os processos identitários. Essa crise de identidade passa a fazer parte do que chamamos de cultura contemporânea ou da pós-modernidade.

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Os estudos recentes mostram que as instituições como o Estado,a Igreja e os Partidos políticos perderam a capacidade de consolidar identidades individuais e coletivas, pois a cultura de massa acaba padronizando o imaginário das pessoas de forma global.

A sociedade contemporânea tornou ineficazes as formas tradicionais da cultura pelas quais se construíram as identidades de grupo e individuais, entre elas o ofício, o regionalismo e o nacionalismo.

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Os cientistas partem do princípio de que a sociedade contemporânea tornou ineficazes as formas tradicionais da cultura pelas quais se construíam as identidades de grupo e individuais, entre elas o ofício ou profissão, o regionalismo e o nacionalismo.

A antropologia abandonou a busca por formas de identidade normativas, regulares ou institucionais, como família e a nação, para se pesquisar mecanismo identitáriosEmergentes, de natureza cultural e política, como a organização das minorias.

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A Ideia de não é uma ideia facilmente aceitável na cultura humana. Desde as mais antigas civilizações, o homem buscou suas diferenças: de origem, de nacionalidade, de classe social.

Antiguidade Idade Média Idade Moderna Idade Contemporânea

O romano em relação aos bárbaros.

Princípio da Igualdade. Todos

somos filhos de Deus

Os filósofos iluministas

procuraram entender a origem das

desigualdades. Novos aspectos da

Igualdade (jurídica e civil)

O socialismo mostrou que a estrutura de classes sociais era responsável pelas diferenças entre os homens.

O capitalismo desenvolveu a indústria de massa, geradora da homogeneização do mundo, diluindo as diferenças e padronizando o estilo de vida e de consumo.

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