Anuario SMG 2013

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Reajuste histórico de 48,3% acima da inflação Negociação Conquistas das metalúrgicas de Gravataí Geral A voz dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos Fala Sindicalista A luta por uma classe mais forte e unida

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Anuário de 2014 do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí

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Reajuste histórico de 48,3% acima da inflação

NegociaçãoConquistas das metalúrgicas de Gravataí

GeralA voz dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos

Fala Sindicalista

A luta por uma classe mais forte e unida

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adultos associados ao sindicato, dependentes de associados e pra a comunidade carente.

Page 3: Anuario SMG 2013

ÍNDICEConquistado reajuste histórico de 48,3% acima da inflação06

O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 2013 03

Sogil teve garagem fechada durante reinvidicações em Gravataí08

Capa

União dos trabalhadores conquistou vitória em 2013

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Projeto Foco capacita trabalhadores em Gravataí17

Negociação

Protestos

Qualifi cação

Conquistas da Carlos Becker, TDK, Mundial e Dana18Geral

Os momentos marcantes do Sindicato em 201325Social

SMG busca melhor qualidade de vida para os trabalhadores26Saúde

A voz da diretoria do SMG 30Fala Sindicalista

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 201304

Diretor de Assuntos JurídicosEdson Roberto Rosso Dorneles

Diretor de Assuntos FinanceirosGualberto Cetrulo Dusser (Castelhano)

Diretor de Assuntos AdministrativosValcir Ascari (Quebra Molas)

Diretor de Assuntos PatrimoniaisNoeldi Leal Trindade (Nando)

Diretor de Assuntos Relacionados ao Esporte, Cultura e LazerJoão Luiz Costa Filho

Diretor de Assuntos de FormaçãoAdão Silveira de Jesus

Diretor de Assuntos de Imprensa e ComunicaçãoFilipe Rosso Dorneles

Diretor de Assuntos Relacionados a Prevenção da Saúde do TrabalhadorMarcos Aurélio Dorneles

Diretoria Administrativa Executiva

EdiçãoPlayPress Assessoria de Imprensa

Jornalista Responsável Marcelo MatusiakMTB: 10063

ImpressãoIdeograf

Tiragem5 mil exemplares

Expediente

Roberto Martins AntunesAdão Alves PintoRosimery Rodrigues de FragaElton da Cruz EdeClaudio Vinhas de CarvalhoFrancisco de Assis Ferreira CamposGilberto da Silva SoaresAldo Ailto Bataioli

Diretoria Administrativa Adjunta

Rick Alves CamboimRosalino AscariValmir Silva

Conselho Fiscal Efetivo

Jader Maciel da Silva LopesMaria Clari GuimarãesThiago Rosso Dorneles

Conselho Fiscal Suplente

Expediente

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 2013 05

O trabalhador é a razão de ser de qualquer sindicato e é para eles que o Sindicato dos Meta-lúrgicos de Gravataí dedica esforço, organização e muita superação. Tudo é pensado para que sejam assegurados os direitos previstos na Consti-tuição e nas Leis Trabalhistas. A democracia brasileira trouxe importantes conquistas para todos, mas infelizmente nem sempre a classe trabalhadora é respeitada e valorizada como deveria. É para essas horas que estamos presentes e erguendo a bandeira do trabalhador.

A criação desse anuário tem o objetivo de mostrar um resumo de tudo que foi feito ao longo do ano de 2013. Foram horas de discursos em cima do carro de som, seja sob sol escaldante

ou sob muita chuva. Nem as dificuldades climáticas e nem a irredutibilidade de empresários abateram os nossos ânimos.

O lema é antigo, mas sempre presente: “Trabalhador Uni-do, jamais será vencido.” Não foram poucos os movimentos ao longo do ano que pudemos perceber o quanto a categoria unida conseguiu vitórias, seja na obtenção de melhores sa-lários, participação de lucro nas empresas ou mesmo na pro-teção de direitos assegurados ao trabalhador.

Uma das importantes bandei-ras foi a redução da jornada de trabalho, visando a ampliação do tempo para lazer e até quali-ficação profissional de todos. Isso tudo sem falar na redução

do número de acidentes de tra-balho que a medida provoca já que são inúmeros os casos de ocorrências causadas pelo cansaço do trabalhador. Se-gundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a redução da jornada pode gerar até 2 milhões de postos de tra-balho em todo o país e por essa razão, lutamos o tempo inteiro. O ano de 2014 está recém começando e em nossos pla-nos estão muito mais melhorias para o trabalhador metalúrgi-co de Gravataí. Queremos ser valorizados e acima de tudo respeitados por tudo que pro-duzimos e geramos de riqueza para nossa cidade e para nosso estado.

Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí

Editorial

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Negociação

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí marcou presença em Brasília no último ano. Para proteger os direitos dos traba-lhadores, nossos representan-tes defenderam algumas rei-vindicações perante o Governo Federal.

- Nosso sindicato esteve pre-sente em todas as ações que são de interesse dos trabalha-dores. Queremos pressionar o Governo e o Congresso Na-cional e chamar a atenção da sociedade brasileira para a importância de se aprovar as reivindicações da classe tra-balhadora – afirmou o diretor do Sindicato, Filipe Rosso Dor-neles.

A entidade participou dos pro-testos contra o projeto de lei

4330, que defende a legaliza-ção dos funcionários terceiriza-dos. De acordo com o diretor Filipe, a terceirização não gera emprego e tem sido respon-sável pela subjugação dos fun-cionários terceirizados, inclu-sive não respeitando condições de saúde e segurança do tra-balho.

- Esse projeto de lei agride os direitos consagrados dos traba-lhadores, não podemos admitir essa barbaridade, pois durante muitos anos homens e mulheres foram perseguidos, torturados e até mesmo mortos para que essa geração pudesse ter o mínimo de dignidade – diretor do SMG, Noeldi Leal Trindade (Nando).

O Sindicato também partici-

pou de manifestação que con-tou com a presença de 60 mil pessoas na capital federal, em defesa dos direitos dos tra-balhadores. Nesta luta, a en-tidade incentiva a juventude a dar amparo aos idosos. A cada década, mudam as regras da aposentadoria. Dizem que a Previdência Social está defici-tária, mas esquecem que o tra-balhador precisa estar seguro na sua velhice.

Em conjunto com outros sindi-catos filiados à Força Sindical, o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí realizou protestos em frente ao Banco Central con-tra os juros altos. A preocupa-ção das entidades sindicais é devido ao fato que o Brasil é o país campeão mundial de juros reais.

Sindicato teve voz ativa em Brasília em 2013

Foto Cintia Rodrigues

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Em setembro de 2013, o Sindi-cato dos Metalúrgicos de Gra-vataí conseguiu conquistar uma das lutas mais importantes para os trabalhadores. Em reunião com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, e de Material Elétrico e Eletrônico do Estado do Rio Grande do Sul (Sinmetal) no dia 25 de setem-bro, foi garantido um aumento salarial de 9% para a categoria, o que significou um valor 48,3% mais alto do que a inflação, com 2,77% de aumento real. O reajuste foi aplicado a partir de setembro, e a diferença será completada em março. - Nosso sindicato ao longo dos anos vem acumulando con-quistas sempre lutando por

mais dinheiro para os traba-lhadores e melhores condições de trabalho. A nossa missão é representar o interesse dos tra-balhadores pautados pela de-mocracia, inovação nas ações e transparência - afirmou o dire-tor do Sindicato dos Metalúrgi-cos, Edson Dorneles.

Na ocasião, o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí tam-bém assegurou avanços em cláusulas sociais que benefi-ciam mais de 10 mil trabalha-dores. Essas conquistas cum-prem com a missão da diretoria do sindicato, que sempre vai atrás de melhores salários e condições de trabalho para o setor.

- A campanha salarial 2013 é reflexo da capacidade de nego-ciação do sindicato, iniciamos nossa caminhada “no prejuízo”, pois o índice inflacionário do período que compõe a data base era inferior a de cam-panhas com fechamento em maio. Porém esse fato somente aumentou a disposição de luta do sindicato. A vontade da dire-toria em querer mais contagiou a categoria que contribuiu para o desenvolvimento da mobiliza-ção. O sindicato durante todo o período das negociações man-teve a mobilização na base, dialogando cotidianamente com os trabalhadores a cerca das dificuldades enfrentadas na mesa de negociação e as estratégias utilizadas a fim de garantir mais dinheiro no bolso dos trabalhadores. Os patrões perceberam que os Metalúrgi-cos de Gravataí estavam pron-to para iniciar ações fortes na base - completou o diretor do SMG, Valcir Ascari, o Quebra Molas.

A discussão de melhorias pro-fissionais atinge trabalhadores de todas empresas metalúrgi-cas de Gravataí, exceto as que fazem parte do complexo au-tomotivo que contam com uma negociação feita separada-mente. O Sindicato dos Meta-lúrgicos de Gravataí representa cerca de 14 mil funcionários da categoria.

Reajuste histórico para os metalúrgicos de 48,3% acima da inflação

O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 2013 07

Page 8: Anuario SMG 2013

Protesto

O Dia de Lutas no município de Gravataí foi marcado por ato organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí que fechou a garagem da em-presa de ônibus Sogil. Durante toda a noite e madrugada tra-balhadores fizeram mobilização em frente à empresa com um acampamento e colocação de um caminhão de som, em frente ao portão principal. Entre as reivindicações es-tiveram o transporte público de qualidade no município. A

pauta de reivindicação contou ainda com o pedido do fim do Fator Previdenciário, jornada de trabalho de 40 horas sema-nais sem redução de salário, reajuste digno aos aposenta-dos, mais investimentos para saúde, educação e segurança, fim do leilão do petróleo e fim do Projeto de Lei 4330 que am-plia as possibilidades de tercei-rização.

O diretor do Sindicato dos Me-talúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, falou sobre a importân-

cia da mobilização.

- É um grande movimento que parou as empresas de ônibus e consequentemente as indústri-as. Nossos movimentos sociais estão organizados. Todos estão de parabéns porque lutamos o tempo todo - disse.

A mobilização foi considerada um fato histórico no município.

- É um fato único porque a socie-dade é que fez esse movimento. Somos democráticos e conta-

Trabalhadores fecham garagem de empresa de ônibus Sogil em Gravataí

Foto Marcelo Matusiak

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mos com a força dos sindicatos e trabalhadores que querem que a presidente da república e os deputados atendam aos nossos anseios porque o país só vai para frente com a nossa força e os trabalhadores estão insatisfeitos com o momento político e econômico que vi-vemos – afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles.

Além dos metalúrgicos, partici-param representantes do Sin-dicato da Borracha, Sindicato dos Municipários, Sindimetro-politano e Sindicato das Tintas e Vernizes.

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Foto Marcelo Matusiak

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Fotos Marcelo Matusiak

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 2013 11

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 201306A união por uma categoria mais forte

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Abaixo de chuva no fim de mar-ço, os trabalhadores do Com-plexo Automotivo da General Motors (GM) iniciaram as nego-ciações para os reajustes salari-ais de 2013, com a intenção de lutar pela igualdade com outras plantas da empresa localiza-das no país. O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí rea-lizou assembleia geral em dois turnos, aprovando a campanha de aumento da remuneração de todos trabalhadores em 12%, abono salarial de R$ 4.500 e Programa de Participação de Resultados (PPR) fechado em R$ 15.355.

- O preço do pneu é o mesmo em todo o Brasil, bem como todos outros insumos. Aqui, a única diferença é o abismo enorme com relação à questão salarial e benefícios em geral. É importante denunciar que a GM estabelece o piso salarial 70% menor em Gravataí, quando comparada com a montadora

em São Paulo. O Programa de Participação de Resultados gaúcho é 63% menor - apontou o diretor do Sindicato dos Me-talúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí também iniciou a busca por uma jornada de tra-balho de 40 horas, sem redução salarial, e pelo cumprimento imediato do transporte fretado, que foi negociado anterior-mente e ainda não havia sido concretizado pela empresa.

- Temos que destacar que a GM tenta enfiar goela abaixo a questão do terceiro turno de jor-nada de trabalho. Não aceitare-mos isso. A empresa tem que sentar e negociar com o Sindi-cato - concluiu Edson.

A Assembleia Geral contou com a participação de aproximada-mente 6 mil pessoas na soma dos dois turnos de trabalho,

com aprovação unânime da pauta sugerida. A partir disso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí se dirigiu até a mesa de negociações, junto aos res-ponsáveis pela parte da Ge-neral Motors, a fim de apresen-tar as condições reivindicadas pelos trabalhadores.

Após 15 dias de negociações entre o Sindicato dos Metalúrgi-cos e a General Motors, sobre a pauta de reivindicações do Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (CIAG), os traba-lhadores reuniram-se em frente ao portão principal da empresa multinacional, onde realizaram assembleia geral com os três turnos. Com participação mas-siva, os trabalhadores já ini-ciaram gritos de greve, porém realizaram paralização de uma hora antes de iniciar suas jor-nadas de trabalho, em protes-to a resistência da montadora em ceder às reivindicações do chão de fábrica.

Fotos Rafael Borges

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- Nós temos dito, em alto e bom som, que a GM lucra como nunca em Gravataí, à custa dos baixos e péssimos salários dos trabalhadores. É uma real e ver-gonhosa situação que vivemos. O momento é de somar forças para fazer valer o direito e a von-tade dos trabalhadores. Este sindicato está unido e determi-nado a enfrentar esta grande e poderosa empresa multina-cional, mas quem tem o poder para sermos bem sucedidos é o chão de fábrica – atesta o di-retor do Sindicato dos Metalúr-gicos de Gravataí, Valcir Ascari (Quebra-Molas).

A bandeira desta campanha salarial é a isonomia de direitos entre os trabalhadores da mon-tadora gaúcha e a paulista. A diferença entre os pisos salari-ais chega a 70%. Atualmente, os metalúrgicos da montadora rio-grandense possuem piso sa-larial de R$ 1.022,00, enquanto em São José dos Campos (SP), o valor é de R$ 1.712,00. Outra luta é pelo reajuste salarial, em que os trabalhadores exigem aumento de 12%. Se as medi-das forem contempladas, será

alcançada a igualdade de sa-lários e benefícios entre as plantas.

No final de março os diretores sindicais levaram as reivindica-ções para a classe patronal em encontro realizado no Hotel In-tercity, em Gravataí. A isonomia foi adotada pelos trabalhadores como a palavra chave da ne-gociação, mas não houve qual-quer intenção da montadora em ceder direitos aos trabalhadores gaúchos. A empresa manteve propostas interpretadas pelos sindicalistas como um irredutí-vel deboche ao chão de fábrica.Em abril foi aprovada a greve pela maioria dos trabalhadores presentes na assembleia rea-lizada em frente ao portão prin-cipal. Mais de 1.500 pessoas estiveram concentradas em frente à fábrica. O entendimen-to foi de que a proposta apre-sentada pela montadora ficou ainda muito distante do que os trabalhadores reivindicavam.

A proposta da GM, rejeitada pela assembleia, foi construída após longa negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos de

Gravataí e representantes da direção da General Motors de Gravataí. A montadora ofereceu reajuste salarial de 8,29%, piso salarial de R$ 1.170,00, Abono Salarial de R$ 2.800,00 e PPR de R$ 8.650,00. Dos valores de Abono Salarial e PPR a fábrica prometeu antecipar para o dia 10 de maio, pagamento da quantia de R$ 7.200,00.

Situados à frente do portão de entrada do complexo fabril da General Motors, cerca de 2 mil trabalhadores do turno da tarde também aderiram a paralisação total das atividades da unidade instalada na Região Metropoli-tana

No dia seguinte, após aprovada a greve nos três turnos da Ge-neral Motors de Gravataí, foi o momento de levar a reivindica-ção às ruas. Aproximadamente 500 trabalhadores da montado-ra fizeram uma caminhada que iniciou às 7h saindo do portão principal da fábrica e seguiu até o centro da cidade. O protesto culminou com um ato em frente à Prefeitura de Gravataí. Segun-do os sindicalistas, o objetivo

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foi sensibilizar o prefeito para a importância da valorização dos funcionários da unidade gaúcha, que apesar da alta produção contam com salários inferiores aos recebidos em ou-tros estados. Com a paralisação, uma pro-posta na Justiça do Trabalho tentou dar fim à greve dos meta-lúrgicos da GM em Gravataí. O Sindicato dos Metalúrgicos esti-mou que, na ocasião, a fábrica da General Motors estava ope-rando em 20% de sua capaci-dade. Em reunião de mediação no Tribunal Regional do Traba-lho, em Porto Alegre, uma nova

proposta foi construída através da negociação entre as partes.O fim de abril foi marcado pela aprovação, em assembleia ge-ral dos trabalhadores, da pro-posta elaborada em reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT4). A greve encerrou no dia 29. A proposta, considerada uma vitória pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, es-tabeleceu reajuste salarial de 9,5% (sendo 7,22% referente ao INPC e o 2,3% de ganho real), Piso Salarial de R$ 1.200,00, Abono Salarial de R$ 3 mil e PPR de R$ 9.650,00 para 100% das metas. Sobre a Jornada de Trabalho, a proposta garante

o exercício de 41 horas sema-nais a partir de 1º de maio e de redução para 40 horas a partir de abril de 2014. Também foi in-cluído quinquênio de 1% a cada cinco anos de emprego.

Durante a reunião entre os dire-tores do Sindicato dos Metalúr-gicos de Gravataí e os repre-sentantes da General Motors, intermediada pelo TRT, ficou acertado que não seria imposto qualquer tipo de punição aos trabalhadores que aderiram a greve. Mesmo assim, os sindi-calistas garantiram interceder caso existissem ocorrências do tipo.

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 201316

SISTEMISTAS

O final de abril marcou também a nego-ciação com os trabalhadores das empre-sas sistemistas. Em assembleia no dia 25, trabalhadores das empresas sistemistas também votaram aderindo a greve e rejei-tando a proposta patronal. Como são pro-duzidas peças, o risco de parada total da linha de produção da GM foi iminente em função da greve, segundo os sindicalistas.

ONIX

Em 2012, o Complexo Automotivo da General Mo-tors, em Gravataí, atingiu a produção de 208 mil automóveis. Em 2013, a expectativa era de 338 mil unidades fabricadas, de acordo com infor-mações do Sindicato dos Metalúrgicos de Gra-vataí. O Onix, novo modelo produzido na unidade situada na Região Metropolitana de Porto Alegre, é o responsável pela ampliação destes índices. No entanto, ao contrário do ritmo de trabalho im-posto ao chão de fábrica, os salários e benefícios dos trabalhadores não haviam aumentado.

- É extremamente injusto. O custo de produção é o mesmo em qualquer região do país. A van-tagem deles está em exigir altos índices de ren-dimento, pagando menos aos trabalhadores daqui do que em qualquer outra planta da GM no Brasil. Se o slogan da empresa é “Gaúcho, Conte Comigo”, só contaremos com eles quando os metalúrgicos receberem um salário justo e decente – alertou o diretor do Sindicato dos Me-talúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles, durante a campanha salarial.

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 2013 17

Qualificação

A qualificação profissional é, também, uma das principais bandeiras defendidas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí. Através da realização de cursos profissionalizantes no projeto FOCO, milhares de pes-soas já tiveram a oportunidade de dar um novo rumo profis-sional para suas carreiras.

- O contexto econômico mun-dial e seu impacto sobre o mer-cado de trabalho têm registrado evolução positiva nos países em desenvolvimento como o Brasil, constatou a organização internacional do trabalho. Os países desenvolvidos, por outro lado, estão em uma situação preocupante em razão da crise econômica na Europa gerando milhões de desempregos e re-duzindo drasticamente o poder de consumo. Nosso país vem em um ritmo de crescimento vigoroso e consequentemente reduzindo o nível de desem-prego. Porém não podemos afirmar que vivemos “o pleno emprego”, tendo em vista que este conceito, segundo econo-mistas, se traduz em uma situ-ação em que todo o indivíduo que se apresenta no mercado de trabalho em busca de uma ocupação a encontra. Porém, estamos no caminho certo. No Brasil temos ainda uma questão muito específica, que é o pro-blema da qualificação profis-

sional - comentou o diretor do SMG, Filipe Rosso Dorneles.

O Sindicato, preocupado com essa realidade gritante, fornece gratuitamente cursos profissio-nalizantes em diversas áreas, para os associados, dependen-tes e para comunidade carente através do projeto FOCO.

O projeto iniciou em São Paulo numa parceria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano

do Sul com a GM. Em 2005, foi implantado em Gravataí através do Sindicato dos Metalúrgicos da região e está situado no bairro Parque dos Anjos, onde já foram beneficiadas mais de 2.000 pessoas desde o início das atividades.

Todos os cursos são gratuitos. Informações adicionais pelo telefone (51) 3421-6494 ou pelo e-mail [email protected].

Projeto FOCO: Qualificação gratuita para os trabalhadores

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Geral

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A Campanha Salarial promovi-da pelo Sindicato dos Metalúr-gicos de Gravataí conquistou 10% de reajuste salarial para os trabalhadores da empresa Carlos Becker. Essa é mais uma grande conquista do Sindicato para os trabalhadores.

Segundo o diretor de assuntos financeiros do Sindicato, Gual-berto Cetrulo Dusser (Caste-lhano), a negociação mostrou que é possível buscar um ótimo acordo salarial para todos os trabalhadores, desde que haja mobilização. O diretor de assun-tos jurídicos, Edson Dorneles, também reforça a importância da união dos trabalhadores.

- Vimos em negociações pas-sadas o quanto foi difícil para os sindicatos conseguirem seus objetivos, e acreditamos que estamos fazendo a nossa parte, e que chegou a hora dos traba-lhadores virem junto na pegada. Unidos somos gigantes – res-salta Edson.

O diretor de assuntos adminis-trativos, Valcir Ascari (Quebra-Molas), também comentou a luta por melhores salários.

- Sofremos todo o tipo de ataque de pessoas que se passam por metalúrgicos para tentar ludibri-ar os trabalhadores, mas nosso Sindicato sempre foi aguerrido e nunca fugimos da peleia, por isso estamos acumulando con-quistas em todas as nossas ne-gociações – comemora.

A Metalúrgica Becker comple-tou recentemente 65 anos de existência. A empresa trabalha com a produção de silos ar-mazenadores, secadores de grãos, moinhos, misturadores, peças agrícolas para reposição, transportadores de correia, en-tre outros produtos. Comercial-mente a empresa atua em todo Brasil, diretamente ou por inter-médio de representantes tam-bém exporta para os países da América do Sul.

Na Metalúrgica Carlos Becker, reajuste é 10!

Divulgação SMG

Page 19: Anuario SMG 2013

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí fechou um acordo coletivo inédito com a GM com a redução da jornada de traba-lho para 40 horas semanais, sem redução salarial. A con-quista foi um dos marcos do

ano de 2013. Foi um longo pro-cesso de negociação, por 40 dias, com cinco dias de greve e a categoria totalmente mobili-zada, pleiteando seus direitos e mais conquistas. Esse acordo coletivo foi fechado com o com-

plexo automotivo da GM e as empresas sistemistas. A medi-da beneficia, economicamente e socialmente, em torno dez mil trabalhadores.

Após luta, jornada de trabalho de 40 horas semanais virou realidade

O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 2013 19

Na Mundial, o principal objetivo do ano de 2013 foi o aumento do prêmio de participação nos lucros para os trabalhadores. Nos últimos anos, esse índice vêm aumentando empresa. Em 2013, a luta dos sindicalistas e funcionários proporcionou um

reajuste de 10% na participação nos lucros. Isso significa uma expansão 64,75% mais alta do que a inflação do período.

A Mundial S.A. surgiu da unifi-cação de dois grandes grupos – a Eberle, fundada em Caxias

do Sul, na Serra Gaúcha, em 1896, e a Zivi-Hercules que ini-ciou suas atividades em Porto Alegre, em 1931. Desde o final de 2003, a denominação do grupo passou a ser Mundial SA Produtos de Consumo.

Trabalhadores conquistam 10% na participação nos lucros da Mundial

Divulgação SMG

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 201320

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, após o encerra-mento da campanha salarial no mês de setembro, protoco-lou pedido de negociação com a Dana Holding Corporation Brasil, para discutir sobre a redução de jornada de traba-lho sem redução salarial, pois entende que é possível que a companhia reduza a carga horária, tendo em vista outras plantas da Dana já trabalham com jornada reduzida.

Em resposta ao oficio do Sindi-cato, a Dana utilizou-se do ar-gumento que a medida faz par-te de uma convenção coletiva de trabalho que teve sua nego-ciação finalizada, mas tem dis-ponibilidade em dialogar com o Sindicato perante a entidade patronal.

É muito importante que os com-panheiros da fábrica entendam bem as diferenças que existem entre a Convenção Coletiva e o Acordo Coletivo de Trabalho, pois a opção de um ou outro, influência diretamente no pro-cesso de negociação. Vejamos a seguir as diferenças:

Convenção Coletiva: É um acordo celebrado entre dois Sindicatos, ou seja, é um acor-do feito entre Sindicato dos Tra-balhadores e o Sindicato Pa-tronal, onde não são tratadas as particularidades específicas de uma determinada empresa,

Dana deve conceder reajuste isonômico a trabalhadores

Assembleia Geral

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O Metalúrgico | Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí | 2013 21

a negociação visa o macro, em outras palavras, busca abran-ger pontos em comuns das em-presas, um exemplo, seria a re-posição salarial.

Acordo Coletivo: É fruto de um acordo firmado entre a entidade sindical dos trabalhadores e uma determinada empresa, nessa modalidade tem por ob-jetivo discutir assuntos que nor-teiam a vida da empresa em questão, sem a presença de in-termediação de outra entidade sindical, ou seja, uma negocia-ção direta.

O diretor do SMG, Marcos Ale-xandre (Kabelo), diz que no caso dos trabalhadores da Dana, o Acordo Coletivo seria a melhor modalidade, tendo em vista que assim é possível obter maiores conquistas, sem a in-tervenção de agentes externos.

As grandes empresas da região tem costume de esconder-se atrás das pequenas empresas para não conceder melhores

reajustes aos trabalhadores. A Dana faz parte dessa turma do “esconde-esconde”, nossa ca-tegoria tem diversas empresas multinacionais que pagam bai-xos salários, por estarem den-tro de uma convenção coletiva que protege os interesses das grandes empresas.

De acordo com o sindicalista, a Dana tem o hábito de, em época de campanha salarial, reunir os trabalhadores para tentar desqualificar o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, deturpando informações impor-tantes, por exemplo, o tema que abrange o limitador do reajuste. Por causa da negociação feita com o Sindicato, os diretores da multinacional alegam que não podem conceder reajuste sala-rial linear aos trabalhadores que tem um salário diferenciado.

Ao contrário do alegado, o Sin-dicato se manifesta reiterada-mente que a Dana pode con-ceder reajuste igual para todos. Todos os anos, a entidade põe

na pauta de reivindicações a igualdade de tratamento, pois se existe companheiros que ganham mais que a média da fábrica é porque se qualifica-ram e merecidamente tem seu salário diferenciado e devem também receber seu reajuste igual, em respeito à isonomia.

Conforme os diretores do Sin-dicato, a redução de jornada é importante tanto para os tra-balhadores quanto para a em-presa. Com menos horas de serviço, os trabalhadores teriam mais tempo para o descanso, para o lazer, para a família, para estudar e para participar de cursos de qualificação pro-fissional. A empresa ganha em produtividade, diminuição do consumo de energia, trans-porte, e refeição. Esta medida deve melhorar a qualidade do seu produto final, pois um traba-lhador que tem uma qualidade de vida melhor rende mais no trabalho.

Page 22: Anuario SMG 2013

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O ano de 2014 será decisivo para que o Sindicato dos Me-talúrgicos de Gravataí conti-nue acompanhando as neces-sidades dos trabalhadores na empresa TDK. Nos últimos anos a classe trabalhadora tem se empenhado em conquistar os seus direitos, especialmente na discussão relativa ao Programa de Participação nos Resultados (PPR).

Em 2013, o trabalho desen-volvido pela comissão da TDK em conjunto com representante do Sindicato garantiu um au-mento de 25% no valor do prê-mio do PPR. A negociação tam-bém conquistou a modificação

de alguns indicadores, como o de absenteísmo, que antes não garantia aos trabalhadores o di-reito um afastamento por inca-pacidade laboral, pois o mesmo era punido com o desconto de um percentual do prêmio.

- Somente por meio da união do chão de fábrica com o Sindicato é que as conquistas serão am-pliadas. Temos outras questões pontuais a tratar com a TDK, mas no PPR estamos avan-çando e queremos mais partici-pação dos trabalhadores, pois

juntos somos fortes – ressalta o diretor do Sindicato, Adão Sil-veira de Jesus.

As tratativas já vinham sendo feitas desde 2012 com inter-venção do Sindicato dos Me-talúrgicos de Gravataí e o en-gajamento dos trabalhadores colaboraram para um aumento considerável no pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) da TDK. Apesar disso, no ano seguinte a empresa quis negociar o valor do prêmio.

Trabalhadores da TDK buscam melhorias com ajuda do Sindicato

Foto Marcelo Matusiak

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Sindicato compra terreno para construir sede campestre

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí adquiriu, em agos-to de 2013, um terreno onde será construída a sede cam-pestre da entidade. A área tem 15 hectares e está localizada próxima da fábrica da GM, na parada 104 da rodovia RS-030. A localidade foi escolhida para

facilitar o acesso dos trabalha-dores e seus dependentes.

A construção do complexo de lazer vai começar em 2014, e tem orçamento pré-aprovado de R$ 1 milhão para o início das obras. A primeira parte do projeto inclui a construção das

piscinas, dos vestiários, da pavimentação e dos galpões. Depois, começarão as obras da cancha para tiro de laço e ou-tros espaços de cultura, lazer e esporte. O sindicato pretende implantar diversos ambientes, para agradar pessoas de todas as idades.

Sindicato acorda com a Continental: vitória contra a terceirização

Em 2013, o Sindicato dos Me-talúrgicos de Gravataí con-quistou uma importante vitória contra a terceirização na Conti-nental. A entidade e a empresa acordaram em diminuir o núme-ro de funcionários terceirizados dentro da organização. - A conversa foi positiva. Foi im-portante, pois a empresa reco-nheceu que é melhor o trabalha-

dor ser ligado diretamente a ela do que ser terceirizado. Quan-do o diálogo flui não há estresse e isso é positivo. Nesse ponto os homens estão sustentando a sua palavra, o que é muito im-portante para todos – afirmou o diretor do SMG, Valcir Ascari.

A Continental contratou 45 no-vos trabalhadores diretos após a negociação com o Sindicato.

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Erro no FGTS faz trabalhadores perderam bilhões entre 1999 e 2012A revisão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é imprescindível para corrigir per-das que chegam a bilhões de reais, de acordo com o Sindi-cato dos Metalúrgicos de Gra-vataí. Durante o mês de agosto, vans ficaram estacionadas em frente aos portões das fábricas, em Gravataí, com a intenção de juntar documentos dos traba-lhadores para aderir à ação ju-dicial encaminhada pela Força Sindical junto a Justiça Federal de Brasília. O argumento é que existem erros na correção da Taxa de Referência (TR), que incide no cálculo de juros do FGTS.

De acordo com a ação, em 2000, a inflação foi de 5,27% e o governo aplicou 2,09% nas contas. Em 2005, a inflação foi de 5,05% e aplicaram 2,83%. O

erro aconteceu novamente em 2009, quando a inflação foi de 4,11%, e as contas receberam apenas 0,7%. Desde setembro de 2012, não houveram mais correções nas contas.

Sendo assim trabalhador que tinha R$ 1.000 no ano de 1999, com a correção errada da TR, possui apenas R$ 1.340,47. Os cálculos defendidos pe-los sindicalistas indicam que a mesma conta deveria soma R$ 2.586,44. Neste caso, a diferen-ça é de R$ 1.245,97.

- O governo transformou o FGTS em mais um imposto, pois, a cada mês, o dinheiro do trabalhador é desvalorizado, não chegando nem a repor as perdas geradas pela inflação – afirma Filipe Rosso Dorneles.

O FGTS foi criado na década de 1960 para proteger o tra-balhador demitido sem justa causa. Com o fundo, o trabalha-dor tem a chance de formar um patrimônio, bem como adquirir sua casa própria. Porém, nos últimos anos, se transformou em sinônimo de perda para os trabalhadores, pois sua cor-reção faz com que o ganho no fundo seja muito inferior à infla-ção. Estima-se que desde 1999 as contas do FGTS tiveram uma defasagem 88,3% maior. Caso o FGTS acompanhasse a varia-ção da inflação, o rendimento teria sido próximo de 9% em 2012. O Instituto FGTS Fácil calcula que, em uma década, o FGTS tenha deixado de credi-tar R$ 127,8 bilhões nas contas dos trabalhadores.

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Social

Duras batalhas nas mesas de negociação

Votações no Complexo Industrial

Reivindicação em frente ao TRT

Mobilização no centro de Gravataí

Assembleia com empresas sistemistas

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Saúde

Com o objetivo de chamar a a-tenção de homens e mulheres sobre os cuidados com a saúde e a importância dos exames de prevenção, o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí incen-tivou os trabalhadores a partici-parem das campanhas “Outu-bro Rosa” e “Novembro Azul”.

O tom rosa em prédios e residên-cias durante o mês de outubro marcou a mobilização feminina contra o câncer de mama. O Sindicato apoiou a campanha e estimulou as trabalhadoras a fazerem seus exames periódi-cos, além de demonstrar como exames de imagem podem sal-var muitas vidas, pois o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres em todo mundo.

No mês seguinte, foi a vez do Sindicato incentivar os homens a realizar exames preventivos contra o câncer de próstata. O “Novembro Azul” alertou os tra-balhadores sobre as baixas ta-xas de mortalidade da doença quando descoberta no início.

- É importante que os homens se conscientizem dos males dessa doença, que vem vitimando mi-lhares de pessoas por ano. O câncer poder ser uma doença invisível e se manifestar quando já não existe possibilidade de tratamento. Por isso, os homens

devem realizar os exames pre-ventivos – destacou o diretor do Sindicato, Filipe Rosso Dor-neles.

O Sindicato estimula os tra-balhadores a sempre cuidarem das suas saúdes e orienta as mulheres a consultarem gine-cologistas e homens a procura-rem urologistas com frequência.

“Outubro Rosa” e “Novembro Azul” marcaram cuidados com a saúde do trabalhador

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Pensando na qualidade de vida do trabalhador e na me-lhoria do desempenho dentro das empresas, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Gravataí implantou diversos serviços durante o ano. Dentre as melhorias inseridas no cotidi-ano dos servidores está o novo centro odontológico, localizado na sede da entidade. - Estamos trabalhando para propiciar melhor atendimen-to para categoria. A atuação do sindicato no combate das doenças profissionais do tra- balho é exemplo de como esta-mos preocupados com a preservação da saúde dos trabalhadores – destacou o diretor do Departamento de Saúde do Sindicato, Marcos Dorneles.

Outra inovação do Sin-dicato em 2013 foi a contratação de um fisiote-rapeuta para evitar que os trabalhadores sofram com desconfortos corporais, como LER (Lesão de Es-forço Repetitivo) ou DORT (Doenças Ocupacionais Relacionadas ao Traba-lho). A entidade acertou com os serviços do Dr. Adriano Daudt após ob-servar grande demanda de funcionários com pro-

blemas físicos de origem ocu-pacional. Entre os recursos es-tão a eletroterapia, a crioterapia (gelo) por compressão, mas-soterapia e manipulação.

- Montamos um espaço te-rapêutico especial para elimi-nar os problemas físicos dos traba-lhadores. Contamos com mo-dernos aparelhos, mas lembramos que o atendimento deve ser humanizado, bus-cando entender a necessidade de cada um – garantiu o fisioterapeuta Adriano Daudt.

Além da saúde dos trabalha-dores, o Sindicato também se preocupou com questões de ordem legal em 2013. Para fa-cilitar o acesso ao atendimento jurídico, foi aberto um escritório na sede do Sindicato, loca-lizada na Avenida Ely Correa, n° 1001, se-gundo andar.

Sindicato intensifica ações para dar mais qualidade de vida dos trabalhadores

Gravataí implantou diversos serviços durante o ano. Dentre as melhorias inseridas no cotidi-ano dos servidores está o novo centro odontológico, localizado

- Estamos trabalhando para propiciar melhor atendimen-to para categoria. A atuação do sindicato no combate das doenças profissionais do tra- balho é exemplo de como esta-

- Montamos um espaço te-rapêutico especial para elimi-nar os problemas físicos dos traba-lhadores. Contamos com mo-dernos aparelhos, mas lembramos que o atendimento deve ser humanizado, bus-cando entender a necessidade de cada um – garantiu o fisioterapeuta Adriano Daudt.

jurídico, foi aberto um escritório na sede do Sindicato, loca-lizada na Avenida Ely Correa, n° 1001, se-gundo andar.

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O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí conseguiu conquis-tar reintegrações importantes para os trabalhadores ao longo de todo o ano. Entre os casos estiveram funcionários demiti-dos da General Motors, em Gra-vataí, que motivaram denúncia no Ministério Público do Tra-balho. Após a intervenção do Sindicato, os afastamentos acabaram comprovando a im-portância da atuação sindical em defesa dos trabalhadores, comprometidos com a catego-ria.

- Nosso departamento jurídico conseguiu duas reintegrações de cipeiros na empresa Ges-tamp. Além disso, conseguimos

reverter cenários negativos na GM. A ação trouxe boas indeni-zações – destacou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Val-cir Ascari, o Quebra-Molas.

Um dos casos ocorreu com uma funcionária demitida em meio ao período de gestação. A colaboradora procurou o Sin-dicato, que prontamente entrou em contato com a área de Re-cursos Humanos da empresa comunicando-os da situação e exigindo sua reintegração ime-diata.

Em outubro o funcionário da GM compareceu precisando de apoio, pois a GM o demitiu por justa causa. Imediatamente

o Sindicato encaminhou um do-cumento para o RH da compa-nhia externando a posição da entidade.

- Os patrões estão atacando furiosamente os direitos dos trabalhadores, a intenção das multinacionais é destruir com o movimento sindical organizado, pois, esses passam mais fácil à terceirização e a precarização do trabalho – destacou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Valcir Ascari.

O departamento jurídico tem se movimentado muito firme em defesa dos trabalhadores. Todo o colaborador demitido deve procurar o Sindicato e a

Sindicato atua na reintegração de trabalhadores

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Fotos Divulgação SINMGRA

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assessoria jurídica que irão to-mar todas as medidas políticas e legais para denunciar o caso.

- Estamos trabalhando para propiciar melhor atendimento para categoria. A atuação no combate das doenças profis-sionais do trabalho é exemplo de como estamos preocupados com a preservação da saúde dos trabalhadores – destacou o diretor do Departamento de Saúde do Sindicato, Marcos Dorneles.

O diretor do Sindicato dos Me-talúrgicos, Edson Dorneles, diz que os afastamentos são uma tentativa da GM enfraquecer e desmoralizar a luta dos traba-lhadores e do Sindicato.

- Esta atitude atenta contra a

dignidade humana, o direito de livre manifestação e a autode-fesa, assegurando no direito de greve – destacou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Ed-son Dorneles.

Um exemplo foi vivido pelo fun-cionário Evandro Benites, apre-sentado ao RH da GM para en-caminhar a sua reintegração. Benites foi demitido após a greve, com a ação do Sindicato junto ao Ministério Público. O companheiro foi o primeiro a re-tornar para a fábrica, contente pelo fato de ter seu emprego de volta.

O movimento sindical tem demonstrado atuação no Brasil inteiro defendendo os trabalha-dores contra o desmando dos “patrões”.

- Os sucessivos governos democráticos, ao invés de fortalecer a classe trabalha-dora estão cada vez mais des-montando as organizações sin-dicais – completou Valcir Ascari, o Quebra-Molas.

A Federação dos Metalúrgicos também entrou firme na mesma luta do Sindicato dos Metalúr-gicos de Gravataí. O tema foi abordado em encontro na Con-federação Nacional dos Traba-lhadores Metalúrgicos (CNTM). A entidade assegurou que vai até as últimas consequências juntamente com o Sindicato e se for preciso, encaminhar denúncia na Organização Inter-nacional do Trabalhador (OIT).

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Filipe Rosso - Diretor de Assuntos de Imprensa e Comunicação

Ano após ano, nosso sindicato vem acumulando conquis-tas. Seja nas negociações por fábricas ou por meio da convenção coletiva, sempre garantindo aos trabalhadores aumento real de salário. Em 2013, o sindicato lançou um projeto de grande importância: “O CIPEIRO”, que contem-pla a área da segurança, higiene e medicina do trabalho. O projeto tem por objetivo mapear a categoria, a fim de identificar e combater os agentes nocivos à saúde dos trabalhadores. Hoje, nosso sindicato é referência no mu-nicípio de Gravataí, e tem um papel expressivo na política sindical nacional. Como responsável da área de comuni-cação, estou sempre buscando novas formas de transmitir nossa informação, visando o melhoramento na relação com os trabalhadores.

Valcir Ascari (Quebra Molas) - Diretor de Assuntos Administrativos

O sindicato avançou bastante em 2013. Tivemos várias conquistas, mas os trabalhadores também têm sofrido der-rotas. As 40 horas semanais, por exemplo, estão só no dis-curso. Temos 20 empresas neste estágio, mas em nível na-cional estamos lutando há anos e não conseguimos reverter o problema. Infelizmente, o trabalhador também tem que viver a vida inteira se defendendo do fator previdenciário. Os patrões do Governo são semelhantes aos fundamentos de boxe: um bate com a direita e outro com a esquerda. O consumismo está desmontando o mundo. Cada vez as pessoas estão mais descapitalizadas, mas continuam con-sumindo e comprometendo sua verba. O Sindicato tem que fazer a sua parte, mas as pessoas tem que rever os seus conceitos para que possamos avançar.

Fala Sindicalista

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Edson Dorneles - Diretor de Assuntos Jurídicos:

O ano de 2013 foi de transformações nos mais diferentes cam-pos: político, econômico e social, e nós crescemos com essas mudanças. O sindicato está mais forte do que nunca. Em 2013, pela primeira vez na história do município de Gravataí, um sin-dicato foi responsável pela paralisação total do transporte cole-tivo. Na campanha salarial do complexo automotivo, realizamos uma grande passeata até a praça central, em frente à prefeitura, exigindo isonomia de tratamento. Fomos exitosos na campanha salarial do setor metalmecânico e reparação de veículos, con-quistamos o maior aumento real do Estado e um dos melhores do país. Investimos pesado em qualificação dos diretores e funcionários, para melhor atender nossos representados. Além disso, estivemos presentes nas mais importantes manifestações sindicais do país, em defesa da preservação dos diretos dos tra-balhadores. A luta é árdua e continua, mas este sindicato é com-posto por homens e mulheres de fibra, comprometidos com os trabalhadores.

Noeldi Leal Trindade (Nando) - Diretor de Pat-rimônio: No ano que passou, ocorreram várias vitórias para os trabalhadores, como o maior reajuste salarial da história do nosso país e o trabalho firme para aumentar os valores dos Programas de Participação nos Resul-tados da nossa categoria. O exemplo foi um reajuste do PPR da GM de 38%, consolidando o nosso sindi-cato como um dos mais atuantes do nosso estado e do Brasil. Em 2014 vamos intensificar ainda mais as nossas ações, para buscarmos mais avanços para os trabalhadores.

Gualberto Cetrulo Dusser (Castelhano) - Di-retor de Assuntos Financeiros: No ano de 2013 houve avanços na luta dos tra-balhadores. Estamos começando esse ano 2014 com a mesma determinação de luta que sempre tivemos. Temos que avançar a cada dia e buscar soluções, pois não vamos conseguir vitórias sem o esforço e apoio de todos.

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Trabalhador em Primeiro Lugar!O SMG representa mais de 15

mil trabalhadores no segmento de montadoras de veículos, autopeças, metalmecânico, eletroeletrônico e reparação

de veículos.Sindicato moderno,

democrático e de resultado.