“Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e...

16

Transcript of “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e...

Page 1: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma
Page 2: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

Jesus “subiu ao monte” Os montes da Bíblia, mais que acidente topográfico, são lugares de teofania,

isto é, de presença, revelação e ação de Deus. Por exemplo, o monte Sinai, o monte Horeb, o monte das bem-

aventuranças, o da transfiguração. No evangelho o monte da investidura apostólica. A intenção de Jesus não foi

criar um grupo separado do povo, mas guias, discípulos missionários para ir até o povo e fazê-los o novo Povo

de Deus.

“Chamou os que ele quis.” A vocação é de iniciativa Divina. Por que Deus chama a este e não aquele ou

aquela, é mistério que não entendemos. O certo é que, para uma missão ou outra, todos somos chamados. E nós

somos só somos plenamente felizes se seguirmos o caminho Deus nos chama.

Vocação – Mistério – Missão. Para as escolhas de Deus não há lógica

humana. O chamado de Deus para nós é irrevogável! Ele vê o coração e faz as

Suas escolhas dentro do que é justo e não de acordo com as nossas razões

humanas, por isso, Ele escolhe pessoas que aos nossos olhos são incapazes,

sem gabarito, despreparadas. Sabemos, porém, que Ele capacita os que não

têm capacidade. No trabalho do reino vale mil vezes mais o que temos dentro

do nosso coração do que a capacidade intelectual que nós possuímos.

As escolhas do Senhor se dão naturalmente, sem grandes alardes,

assim como fez Jesus quando chamou os doze. Jesus aproximou-se de cada

um deles, conheceu a sua realidade, a sua história e chamou até quem mais

tarde iria traí-lo. Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios,

Ele tinha somente um objetivo: fazer a vontade do Pai para que não se

perdesse ninguém. Se Jesus tivesse chamado muita gente, para agradar, ou

para fazer justiça aos olhos do mundo, o trabalho do reino não teria sido

eficaz. Portanto, Ele chamou aqueles que Ele quis para subir o monte com Ele. Nem todos poderiam subir. A

metodologia de Jesus é muito simples e profunda, Ele chamou aqueles que poderiam ficar muito perto de si,

gozando da sua intimidade, recebendo um ensinamento partilhado concretamente para que fosse frutuoso e

depois eles pudessem lançar sementes em terra boa.

Jesus sabia que na Sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também com os Seus escolhidos.

Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o

fim. Esse é um valioso ensinamento para nós quando tivermos que fazer opções e usar critérios de escolha nos

nossos empreendimentos. Mas também nós precisamos examinar como é que estamos fazendo as nossas

escolhas, principalmente entre as pessoas que caminham junto de nós; quais os critérios que nós usamos quando

nos aproximamos de alguém para fazer parte do nosso círculo de amizade; se estamos fazendo algum cálculo

racional ou se temos ideias formadas a respeito deles. As nossas amizades são consequência dos encontros da

nossa vida por isso, precisamos também prestar atenção aonde é que estamos encontrando os “nossos amigos”.

Precisamos procurar descobrir com Jesus, na sua Palavra e em oração, qual é a vontade de Deus nas diversas

circunstâncias da nossa vida.

Como é o seu critério quando tem que escolher alguém para uma missão específica? Você quer agradar alguém

ou ser agradado na sua escolha? Você se revolta quando não é escolhido para um lugar importante ou espera a

hora de Deus para você? Como e aonde você tem encontrado “amigos”? Você é capaz de acolher no seu círculo

de amizade aqueles que aparentemente não têm nenhum brilho? “Chamou-os para que ficassem com Ele” Primeiro, nós ficamos junto de Jesus, a fim de aprender dele a

Boa Nova do Reino de Deus. Primeiro aprender a viver na própria vida aquilo que vamos ensinar ao povo.

“Como é bom, como é agradável, os irmãos viverem juntos!” (Sl 133,1).

“E para enviá-los em missão para anunciar o Evangelho (a Boa Noticia).” Os Apóstolos não foram

enviados no começo da vida pública de Jesus. Só no final, depois de um bom tempo de convivência e de

formação, é que foram enviados. E, mesmo depois de enviados, Jesus os chamava de vez em quando para novas

instruções, também para o descanso, a confraternização e a oração juntos.

“Deu-lhes autoridade para expulsar demônios.” Quando Deus nos chama, ele nos capacita para que

possamos cumprir a missão. Não só nos capacita, mas nos dá meios e recursos necessários.

Redação do Elo

Page 3: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

AGOSTO: MÊS VOCACIONAL “... Jesus Chamou os que Ele quis...”

Caros Leitores e Leitoras do ELO!

Família Salvatoriana!

Partilhamos com vocês, da nossa última Convivência

Vocacional que aconteceu nos dias 28 e 29 de julho,

em Santa Bárbara D‟Oeste. Tudo começou com a

chegada das jovens na noite da sexta-feira e no

sábado, pela manhã na Comunidade de Hospitalidade

Nazaré. Jovens vindas de Campinas, Conchas e São

Mateus/SP; como vocês podem observar na foto, um

grupo de 09 jovens com rostos cheios de alegria,

vivacidade, sonhos e esperanças!

A convivência foi uma riqueza, nela partilhamos sobre

a Vida Religiosa e especialmente a Vida Religiosa

Salvatoriana; elas beberam atenta e interessadamente

da mística salvatoriana, da história dos nossos

Fundadores, bem como do nosso Carisma e Missão

SDS.

A letra e a música do canto „ Testamento do

Fundador‟ e a canção vocacional Projetos (Padre

Zezinho), proporcionou às jovens um forte tempo de

reflexão e interiorização. Os recursos da multimídia

como: slides sobre a Vida Religiosa e a Vida

Religiosa Salvatoriana, o filme „O Rio‟ (Paulinas

Comep), o poema „Juventude‟ de Madre Maria, tudo

projetados em data show aproximou bastante cada

jovem do ideal SDS e da temática vocacional.

Outro momento bem marcante foi à noite de lazer.

Com as reminiscências da „Missão SDS em Assam,

Nordeste da Índia‟, as jovens Jéssica e Mônica

realizaram uma bela e criativa apresentação, fazendo

memória do envio do primeiro grupo missionário das

Irmãs Salvatorianas, por meio da narrativa e de um

bonito cenário.

Ainda, fez parte da programação da Convivência a

gravação externa da TV Século 21, coletando

testemunho vocacional de algumas jovens e fazendo

imagens do grupo das jovens dançando uma ciranda e

em um momento de oração, na capela.

Cada Irmã das comunidades: Hospitalidade e Casa

Provincial, muito contribuíram com a acolhida

calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e

com suas preces. O Padre Sidney mais uma vez

demonstrou toda a bondade do seu coração, trazendo e

levando as jovens de Conchas. Que Maria, Mãe das

Vocações abençoe a todas e a cada Vocacionado e

Vocacionada Salvatoriana.

Irmãs: Renária Bezerra da Silva

e Joana Paula Macêdo de Luna

Entrevista Por Ir Renária Bezerra da Silva

Nesta edição a Irmã Devanira Maria da Silva fala de sua trajetória vocacional, bem como do seu amor e entrega de vida ao Reino, como salvatoriana! Confira e também você se apaixone e decida por seguir Jesus Salvador.

Irmã Renária: Conte-nos um pouco de sua história

vocacional.

Ir. Devanira: Desde muito pequena, lembro que meus

pais incentivavam e levavam todos os filhos à missa,

rezávamos com minha mãe antes de dormir e ao

acordar. Frequentemente, rezávamos o terço, às vezes

apressadamente e sem muito compreender. Minha

mãe, sempre ajoelhada aos pés da cama, rezava com

muita devoção. Esse incentivo dos meus pais foi o

primeiro toque do chamado de Deus em minha vida,

que só depois de

adulta compreendi o

quanto essa atitude

deles foi marcante

para mim.

Quando completei 11

anos, vi na TV, a Ir.

Dulce sorrindo e

ajudando as crianças

e outras pessoas

necessitadas, e, sem

muita consciência eu

disse para minha mãe que eu gostaria de ser uma Irmã

para ajudar as pessoas sofridas. Este foi o segundo

despertar vocacional que livremente foi acontecendo.

Aos 13 anos fui trabalhar em uma confecção com

minha irmã Dejanira e lá conheci uma jovem que

sempre me dizia que queria ser freira e que gostaria

Page 4: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

muito de conhecer as Irmãs; nesta mesma época

minha outra irmã, Osenira, começou a fazer parte da

pastoral vocacional da Paróquia São João Batista e

disse-me que no mês seguinte teria um encontro

vocacional para jovens interessadas em conhecer a

vida religiosa, então, comuniquei minha colega sobre

este encontro, a qual respondeu que só iria se eu

também fosse. Como eu não tinha idade suficiente,

insisti com minha irmã e fui para o encontro, porém

minha colega de trabalho não foi, (depois ela começou

a namorar e desistiu, antes mesmo de conhecer a vida

religiosa). Neste encontro conheci várias Irmãs

Salvatorianas e fiquei encantada com a acolhida,

alegria e missão Salvatoriana, a partir daí comecei a

participar das convivências e encontros vocacionais,

conheci também outras Congregações e em 1987

decidi dar o meu SIM e ingressei na Congregação das

Irmãs do Divino Salvador.

Ir. Renária: Fale-nos de sua trajetória missionária

na Congregação das Irmãs do Divino Salvador.

Ir. Devanira: Aos 17 anos fui morar em Campinas

SP, as pessoas diziam que eu era muito jovem. Eu

sempre pensava: “quero doar a Deus o que no

momento tenho de melhor – minha juventude”. Passei

todo o período da formação inicial: Aspirantado,

Postulantado e Noviciado na mesma casa, foram

quatro anos. Além dos estudos, encontros formativos,

juntamente com outras formandas e as Irmãs

atuávamos na comunidade Mãe do Salvador; na

liturgia, catequese e outras pastorais; também

ajudávamos nas visitas e grupos de rua da antiga

Favela 41, que ficava bem

próxima a nossa casa. Foi

um tempo de intenso

crescimento interior com

as Irmãs e com o povo.

Depois do

Noviciado, no dia seguinte

à Celebração dos

Primeiros Votos, fui para

Piracicaba (CECAP),

Capela Curada Santa

Clara, e lá também foram

4 anos de atuação na formação de lideranças, na

organização das pastorais, preparação de jovens para o

crisma, visitas, celebrações da Palavra e trabalho na

escolinha para crianças carentes na Capela Santa Clara

juntamente com Ir. Luciane.

Ainda como Juniorista, fui convidada para ir à

Fortaleza (CE), morar na casa de formação

(aspirantado) e trabalhar na escola comunitária da

ocupação Pantanal, bem como, atuar na pastoral. Foi

uma missão bem desafiante, principalmente trabalhar

com os adolescentes e mulheres da ocupação Pantanal.

A pobreza e a miséria com que as pessoas viviam

eram um constante questionamento pessoal. Vivi um

tempo profundo que me ajudou a confirmar minha

vocação e consagração total a Deus. Uma frase bíblica

que sempre esteve presente em minha vida nesta

época foi: “Senhor, dai-me um coração sábio para

ajudar seu povo e discernir entre o bem e o mal” (I

Reis 3, 9). Foi também em Fortaleza, que sentindo o

sofrimento das mulheres, comecei a fazer o curso de

terapia comunitária popular com Padre Rino

(Psiquiatra - Comboniano). Este curso e o trabalho

com as mulheres na terapia comunitária despertaram

em mim o desejo de me preparar melhor na área

humana. Após quatro anos e meio fui morar em São

Paulo, São Mateus. Em São Paulo iniciei o curso de

psicologia e comecei a atuar na favela Divinéia e

depois na favela Pe. Samut, na formação de

lideranças, escola da fé, liturgia, pastorais,

coordenação da catequese e coordenação da pastoral

da criança. Fiz estágio na prefeitura de São Mateus no

trabalho com jovens infratores em prestação de

serviço à comunidade.

Após cinco anos em São Mateus e no final do

curso de psicologia fui convidada a morar e

acompanhar as noviças na casa do noviciado em Santa

Bárbara, no Jardim Mariana, novo desafio, mas

assumi este trabalho com amor e contando com a

graça de Deus. A Paróquia Bom Jesus era composta

por quatro comunidades e duas capelas rurais. Como o

povo era muito acolhedor, de início atuamos nas

diversas comunidades com celebrações, pastoral da

criança e grupo de rua.

Desde que cheguei em Santa Bárbara assumi

também o trabalho profissional –

“terapia individual”, inicialmente no

CAPS com outras psicólogas e depois

em uma sala na Casa Provincial, onde

atuo até hoje, atendendo a diversidade

de pessoas que procuram este serviço.

Em Santa Bárbara tenho ajudado na

animação da Província como

conselheira provincial de 2006 a 2008 e

depois como vice-provincial e

formadora das Irmãs Junioristas de

2009 a 2012. Após cinco anos na casa

do noviciado, em 2010, fui residir na casa

Hospitalidade de Nazaré, também em Santa Bárbara

com as Irmãs de maior idade. No final de 2010,

assumimos os programas Salvatorianos na TV Século

XXI e juntamente com Ir. Celeste apresentadora do

programa, temos coordenado todo o trabalho de

gravação interna e externa do programa: “O Mundo

para o Salvador”, com o objetivo de divulgar nossa

missão e carisma salvatoriano. No início de 2012

acolhemos, nesta casa, as aspirantes para iniciar o

processo de formação e desde então tenho prestado

este serviço de acompanhar as aspirantes nesta etapa

inicial. Posso dizer que em todos os lugares por onde

Page 5: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

passei busquei dar o melhor de mim e aprendi muito

com o povo, com as formandas e com as Irmãs com as

quais convivi. Sou eternamente grata a Deus Salvador

pela Vida Religiosa Salvatoriana.

Ir. Renária: Como você se sente na Vida Religiosa?

O que a motiva sempre e renovadamente?

Ir. Devanira: Sinto-me muito feliz na Vida Religiosa.

O que sempre me motivou e continua sendo minha

motivação maior é seguir Jesus

Cristo, pois Ele é o fundamento e a

razão da minha consagração, estar a

serviço das pessoas, ouvir, ajudá-las

no resgate da vida e da dignidade é o

que tenho buscado fazer

constantemente em minha missão e

profissão. “Só chegará aos lindos

voos e às belezas das alturas, quem

se submeter aos enjoados treinos”.

Essa frase sempre me acompanhou

desde o período do Postulantado, ela

continua me inspirando e cada vez

mais tenho a certeza de que é preciso

“treinar” sempre sem nunca desistir.

Como dizia Pe. Jordan, não podemos

descansar, até que todos conheçam e

amem Jesus Salvador. Sinto que a

missão Salvatoriana é grande e

desafiante, ainda existe muito

sofrimento e eu acredito que a Vida

Religiosa é sinal de esperança neste

mundo que sofre.

Ir. Renária: Quais os textos

bíblicos de sua predileção? Porque

esses textos lhe falam alto ao

coração?

Ir. Devanira: “Não importa o grau a que chegamos,

o que importa é prosseguir decididamente” (Fl. 3,16).

Não importa onde e como chegamos, o importante é

ser decidida, arriscar sempre naquilo que acreditamos,

enfrentar qualquer desafio, mesmo que pareça

impossível chegar até o fim. “Eu sei em quem

depositei minha confiança” (2º Timóteo 1,12).

Como dizia Pe. Jordan: “Minha confiança não tem

limites”, todos os dias peço a Deus que minha de que

nós não estamos sozinhos e podemos contar com Ele

confiança N‟ele seja ilimitada. Sempre diante das

dificuldades e desafios me vem esse versículo: “Eu sei

em quem depositei minha confiança”. Jesus é a certeza

em todas as situações. Ele é a inspiração que me

mantém confiante. “Se eu, vosso Senhor e Mestre,

vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés

uns aos outros”.... “Vocês serão felizes se fizerem o

que vos mando”. (Jo. 13, 14; 17) Estou certa de que

seguir Jesus Cristo é colocar-me a serviço, sei que

muitas vezes falho e deixo a desejar, mas minha

motivação de todos os dias é colocar-me sempre a

serviço e esforçar-me para ter um coração generoso e

aberto para a vida.

Ir. Renária: Que mensagem vocacional deixa às

jovens que querem seguir Jesus Salvador, como

religiosa?

Ir. Devanira: “Toda vocação é uma história de amor

entre Deus e a pessoa”. Toda vocacionada antes de

responder ao chamado de Deus, sente-se inquieta com

o apelo de amor de Deus e com

a situação de sofrimento no

mundo. Isso é sinal de que Deus

conta com você! Digo com toda

a convicção de que vale a pena

ouvir o chamado de Deus e

responder ao seu convite. Como

o próprio Jesus disse: “Não

foram vocês que me

escolheram, mas fui eu que

escolhi vocês” (Jo. 15,16), Ele

nos chama e nos capacita para

cumprir a missão que Ele confia

a nós. Tenha você também a

coragem de responder SIM ao

chamado de Deus. Maria, Mãe

de Jesus, ainda muito jovem,

confiando em Deus,

decididamente seguiu Jesus até

as últimas consequências, como

oferta alegre e generosa. Que ela

interceda a Deus por nós Irmãs

Salvatorianas, e por todas as

vocacionadas para que

cheguemos a esta integração

pessoal que ela alcançou.

"Mergulha fundo no amor de Deus, vive o mistério,

contempla tudo a luz da fé." Pe Jordan

Page 6: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

Para mim Jéssica, a caminhada do Aspirantado tem sido, muito significativa, pois estou aprendendo como viver a vida religiosa Salvatoriana em

comunidade. Fico encantada com a forma que vamos ajudando-nos mutuamente na missão: dentro e fora de casa.

Sinto-me cada vez mais atraída pela Vida Religiosa Salvatoriana, conhecer mais profundamente Jesus Salvador tem sido motivo de alegria e crescimento interior. A oração pessoal e comunitária ajuda-me a estar sempre aberta para conhecer e discernir a vontade de Deus sobre mim. O Senhor já me cativou por isso me sinto animada a continuar minha caminhada.

Além dos estudos com as Irmãs e da conclusão do ensino médio, também me anima a possibilidade que

estou tendo de aprender a tocar violão, fazer a escola de agentes de pastoral e contribuir com o PA (Pastoral da Adolescência).Parar para escutar o chamado que Deus me faz, tem sido motivo de grande alegria. Sinto-me feliz em poder dizer aos jovens: “Deus te ama, te chama e espera uma resposta tua, tenha também a coragem de dar o teu SIM”. “Então Venha!!!”

Aspirante: Jéssica Marcela Lourenço

................................................................ Sou Mônica Imaculada e ainda estou vivendo

com minha família e fazendo o processo do

aspirantado na casa de formação

em Santa Bárbara. Em agosto

deste ano passo a viver na casa

de formação com as Irmãs. A

vida é uma caminhada com

muitas aventuras, alegrias e

desafios. Ao longo de meus 36

anos passei por muitas situações

e Deus sempre esteve comigo.

Mesmo quando tentei pegar

atalhos, Ele estava lá para me

colocar no rumo certo. Na Família Salvatoriana

venho abrindo meus horizontes e encarando novos

desafios para conhecer melhor Jesus Salvador. Hoje estou certa de que o Senhor é o caminho certo a

seguir. Sou sua “serva” e minha missão é segui-Lo e

anunciar seu Reino a todos que ainda não O

conhecem. Dou graças a Jesus Cristo por ser presença

viva em minha vida e agradeço as Irmãs Salvatorianas

por me acolher.

Aspirante: Mônica Imaculada N. Ferreira

.......................................................... Eu sou Maristely, também estou fazendo o processo

do aspirantado com as Irmãs Salvatorianas e pretendo

entrar no segundo semestre. Ser Aspirante pra mim é

um grande desafio e ao mesmo tempo, é uma enorme

alegria, Deus me convida

para uma verdadeira missão,

e sinto que essa é a minha

vocação, de me por diante

do chamado de Cristo, se

doar-me ao seu projeto. Que

diante desse chamado eu

possa conhecer cada vez

mais a Palavra de Deus e

também anuncia-la ao

mundo. E juntamente com a

Família Salvatoriana

possamos espalhar pelo

mundo a Boa Nova de Cristo e o grande amor que ele

tem por cada um dos seus filhos/as, pois para amar

como Deus amou precisamos estar dispostas a

experimentar o novo, sentir o sabor do seu amor. Ser

aspirante Salvatoriana é ser semente, para que

futuramente sejamos verdadeiros frutos de amor,

caridade e esperança para o próximo.

Aspirante Maristely Souza da Silva

O XX Capítulo Geral (Assembleia) das Irmãs Salvatorianas acontecerá na Casa

Mãe, de 01 a 31 de outubro de 2012, em Roma Itália com o seguinte Tema: Mulheres

Salvatorianas - Místicas e Proféticas - em Nosso Mundo Sofrido.

Convido a todos/as para entrarem em comunhão conosco pedindo as luzes do

Espírito Santo para este evento tão importante para nossa Missão.

Page 7: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

“... Jesus chamou-os para ficar com Ele ...”

“A Bíblia é a Palavra de Deus, semeada no meio do povo,

que cresceu, cresceu e se transformou, ensinando-nos a viver num mundo novo”

JESUS: PALAVRA ENCARNADA, PALAVRA ANUNCIADA.

Em Jesus “a Palavra se fez carne e habitou

entre nós” (Jo 1,14). A encarnação da Palavra em Jesus

foi um processo que se iniciou com o Sim obediente de

Maria e terminou com o último Sim de Jesus na cruz

quando disse: “Está tudo consumado” (Jo 19,30). Jesus

deixou a Palavra de Deus entrar dentro

de si, e ela tomou conta de tudo. Ele

dizia: “Eu faço sempre o que o Pai me

manda fazer” (Jo 12,50). “O meu

alimento é fazer a vontade do Pai” (Jo

4,34). Fazer a vontade do Pai e cumprir

a missão era o eixo da vida de Jesus.

Como diz a carta aos hebreus, citando o

salmo: "Ao entrar no mundo ele

afirmou: “Eis me aqui! Eu vim, ó Deus,

para fazer a tua vontade!" (Hb 10,5.7; Sl 40,8-9). Jesus se

deixou moldar pela Palavra a cada momento da sua vida.

Por isso podia dizer: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,9).

Esta encarnação da Palavra em Jesus não era

automática, mas sim fruto de uma luta que ele travava

dentro de si para obedecer ao Pai em tudo. Jesus dizia:

"Por mim mesmo nada posso fazer: eu julgo segundo o

que ouço" (Jo 5,30; 5,19). Não foi fácil. Para obedecer à

Palavra do Pai, Jesus teve que desobedecer várias vezes às

autoridades religiosas da época

As etapas do processo da encarnação da Palavra de

Deus em Jesus Os três ambientes da formação de Jesus

Em casa na família.

A transmissão da fé nada mais era do que a leitura orante

ou a ruminação constante da Palavra de Deus na

convivência familiar.

Na sinagoga em comunidade.

Todo sábado Jesus participava da celebração da Palavra na

sinagoga. Era o costume dele (Lc 4,16). O conhecimento

que tinha da Bíblia vinha destas reuniões semanais na

comunidade, onde se faziam duas leituras: da Lei e dos

profetas (At 13,15).

No templo no meio do povo.

Aqui se situam as romarias (Ex 23,14-17), nas quais Jesus

participava desde doze anos de idade e que o empolgavam

tanto a ponto de permanecer em Jerusalém no meio dos

doutores para aprender mais as coisas de Deus, lembradas

nas Escrituras (Lc 2,41-50).

O ambiente em que Jesus se formou

A escola de Jesus:

era, antes de tudo, a vida em casa, na família, onde

vivia com os pais, obediente a eles (Lc 2,51)

era a Bíblia, lida na comunidade (sinagoga) e ruminada

em casa.

era a Tradição, transmitida pelos escribas ou doutores

da lei. Jesus reconhece a autoridade dos escribas, os

teólogos da época. Mas avisa: "Façam o que eles dizem,

mas não o que eles fazem!" (Mt 23,3)

era a convivência com o povo de Nazaré. Nazaré era

um povoado pequeno, onde todo mundo

conhecia todo mundo.

era o trabalho. Jesus se formou

trabalhando. Aprendeu a profissão de seu pai

(Mt 13,55).

era o mundo. O povo da Galileia tinha

uma maneira diferente de conviver com os

outros povos. Era mais aberto e mais

ecumênico que o da Judéia, no Sul.

era a sua vida de intimidade com Deus, seu Pai. Jesus

rezava muito. Passava noites em oração (Lc 6,12).

Instruído pela meditação da Palavra, Jesus assume a

missão do Servo.

Na sinagoga de Nazaré, ele escolhe um texto de

Isaías sobre a missão do Servo de Deus para expor o

programa da sua missão junto ao povo (Lc 4,18-19 e Is

61,1-2).

Um novo modo de anunciar a Boa Nova de Deus Refazer o relacionamento humano na base - Visitar

o povo nas suas casas e recuperar a dimensão sagrada da

festa

Cuidar dos doentes e acolher os excluídos - Ir ao

encontro das pessoas e propor um caminho

Criar comunidade e reconciliar as pessoas - Superar

as barreiras de gênero, religião, raça e classe. O uso que Jesus faz da Bíblia para anunciar a Boa

Nova de Deus Jesus usa a Bíblia em todos os níveis da atividade Pastoral:

FAMILIARIDADE A característica da

familiaridade indica não só o amplo conhecimento

que Jesus tinha da Bíblia, mas também a consciência

de que a Bíblia não é um livro estranho que pertence

aos outros, mas é da nossa família. Jesus revela sua

união com o Pai através da reza dos salmos,

sobretudo na hora do sofrimento.

O uso que Jesus faz da Bíblia incomoda os

conservadores: LIBERDADE Esta liberdade com que Jesus

interpretava a Bíblia incomodava os conservadores. Em

nome da compreensão fundamentalista da lei eles criticam

a atitude pastoral de Jesus e se recusam a crer nele (Mc

2,7.16.18.24; 3,2-4.22; 7,1-8). Por causa desta sua

liberdade na interpretação da Bíblia, Jesus foi criticado.

Page 8: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

Diziam que ele estava acabando com a Lei de Deus e com

a Tradição dos Antigos. Ele responde: “Não vim para

acabar com a Lei, mas para levá-la ao pleno cumprimento”

(Mt 5,17).

Na maneira de usar a Bíblia Jesus busca o objetivo da lei:

FIDELIDADE Jesus ajuda o povo a ultrapassar a

letra e a descobrir o espírito da lei. A lei do Sábado deve

estar a serviço da vida (Mc 2,27). E dizia: “Se a justiça de

vocês não for maior do que a justiça dos escribas e

fariseus, vocês não vão poder entrar no Reino de Deus”

(Mt 5,17).

A prática pedagógica de Jesus. Uma pedagogia que parte da realidade.

Jesus convida as pessoas à reflexão a partir

das coisas ou dos fatos mais corriqueiros.

Salgar a comida (Mt5,13), acender uma

lâmpada (Mt 5,14), pescadores que puxam

rede (Mt 13,47), camponeses semeando

(Mt13,4), plantas que crescem (Mt 13,31)

Qualquer situação humana é material

suficiente para Jesus transmitir um

ensinamento. Sua pedagogia parte da

observação, da realidade, do cotidiano.

Nada de decorar conteúdos ou raciocinar em cima de

abstrações, mas de analisar fatos e situações bem

concretas. Partindo destas situações caseiras, Jesus

consegue se fazer entender por qualquer pessoa (Lc

10,21), permitindo que sua mensagem atinja a todos, sem

discriminação.

Uma pedagogia participativa. Ao optar pelo

ensinamento através de parábolas, Jesus adota uma

pastoral de participação do ouvinte. Jesus tinha uma

capacidade muito grande de comparar as coisas de Deus

como as coisas mais simples da vida. Isto supõe duas

coisas que marcam a pedagogia de Jesus: estar bem por

dentro das coisas da vida do povo, e estar bem por dentro

das coisas de Deus, do Reino de Deus.

Uma pastoral que cria comunidades. Jesus propõe

um caminho. No seu esforço de ser um com seus

discípulos e discípulas, Jesus oferece a todos uma

convivência. Nesta proposta ele não seleciona pessoas.

Acolhe a todos e todas. Sabe conviver com todos,

transmitindo e ensinando qualquer um que se proponha a

ouvi-lo.

Uma pedagogia libertadora. Jesus vive e faz o que

ensina e ninguém consegue acusá-lo de algum pecado (Jo

8,46). Ele é livre e comunica liberdade aos que o cercam

(Jo 8,32-36), dando-lhes coragem de transgredir as

tradições caducas dos escribas e arrancar espigas no

campo (Mt 12, 1-8).

O objetivo do uso da Bíblia na Pastoral: revelar a

presença de Deus na vida

O objetivo do uso que Jesus fazia da Bíblia não era ajudar

os outros a entender a Bíblia, mas sim de ajudá-los a

interpretar a VIDA com a ajuda da BÍBLIA. Pois, a

Bíblia, o Segundo Livro de Deus foi escrito, não para

ocupar o lugar da vida, mas para ajudar o povo a entender

a vida e descobrir dentro da vida os sinais dos apelos e da

presença da Deus.

1º Livro: a criação, a natureza, a vida, o mundo, o

cosmos, os fatos, a história O processo da encarnação e do

anúncio da Palavra se desdobra em duas grandes etapas. A

primeira etapa começou na criação do universo. Ou seja, a

Voz da Palavra ressoa em primeiro lugar, na natureza, no

universo, na vida, nos fatos, como diz o salmo: “O céu

manifesta a glória de Deus, e o firmamento proclama a

obra de suas mãos. O dia passa a mensagem para outro dia,

a noite a sussurra para a outra noite. Sem fala e sem

palavras, sem que a sua voz seja ouvida, a toda a terra

chega o seu eco, aos confins do mundo a sua linguagem”

(Sl 19,2-5). O primeiro livro de Deus não é a Bíblia, mas

sim a natureza, a criação, o mundo, a vida, a

história, os acontecimentos. É através deste

Livro da Natureza ou da Vida que Deus quer

falar conosco.

2º Livro: a Bíblia A Bíblia foi escrita, não

para substituir o Livro da Vida, mas sim para

ajudar-nos a entendê-lo melhor e a descobrir

nele os sinais da presença de Deus. O estudo e

a leitura orante da Bíblia nos devolvem o

olhar da contemplação e nos ajudam a decifrar

e a interpretar o mundo, os acontecimentos, a

natureza. Fazem com que o Universo se torne novamente

uma revelação de Deus, e volte a ser o que deve ser “O

Primeiro Livro de Deus” para nós. Aqui está o objetivo

mais importante de toda a Pastoral que pode ser resumido

da seguinte maneira: com a ajuda e a orientação da Bíblia

devemos também nós “escrever a nossa Bíblia”, isto é,

devemos imitar o povo de Deus e, como eles, devemos

também nós tentar ler a nossa realidade, descobrir nela os

apelos de Deus e expressá-los e proclamá-los dentro dos

critérios da nossa cultura.

A Mística: só pode trabalhar com a Palavra quem se

deixa trabalhar pela Palavra

Qual foi a mística que sustentava a Jesus na

encarnação e no anúncio da palavra e o mantinha na

fidelidade, a vida inteira, até a morte, e morte de cruz? O

segredo escondido da vida de Jesus era o Pai. Jesus vivia

unido a Ele através da oração. É na oração que ele

assimilava e encarnava a Palavra em sua vida. A palavra

que Jesus anunciava era a experiência que ele mesmo tinha

da palavra. Ele dizia: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da

terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e

inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai,

porque assim foi do teu agrado!” (Mt 11,25-26). Jesus

experimentava a presença de Deus nesta sua inserção no

meio do povo.

Meditação constante da Palavra de Deus. Palavra

encarnada Jesus Só pode trabalhar com a Palavra quem se deixa

trabalhar pela Palavra, nem que seja de poucos versículos

por dia. Neste ponto Jesus é modelo. Ele se inspirava na

missão do Servo descrita no livro de Isaías. O terceiro

cântico do Servo é uma espécie de autorretrato de como

Jesus meditava a Palavra de Deus (Is 50,4-7).

I CONGRESSO BRASILEIRO DE ANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORAL Goiânia 8 a 11 de Outubro de 2011

Frei Carlos Mesters e Francisco Orofino fazem parte do CEBI (Centro de Estudos Bíblicos

Page 9: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

23 DE SETEMBRO DIA INTERNACIONAL CONTRA A EXPLORAÇÃO SEXUAL E O TRÁFICO DE MULHERES E CRIANÇAS

Defender e Promover a Vida das pessoas traficadas - um Imperativo Carismático- Profético!

“Um grito pela vida tão sofrida quero ouvir!

Milhares de outras vozes solidárias vão se unir!

Não mais o trabalho escravo, não mais a exploração!

No grito, a dor e o pranto do canto-libertação!”( Ir. Miriam Koling).

O Tráfico de Seres Humanos,

cujas vítimas em potencial são as

mulheres, as crianças e adolescentes,

constitui uma das formas mais

explícitas da escravidão do século

XXI. Reflete profundas contradições

históricas nas relações humanas e

sociais. Vulnera e viola a dignidade e

a liberdade de numerosas mulheres e

crianças, mercantilizando e ferindo

seus corpos, matando seus sonhos e

direito de viver. Configura hoje uma

das piores afrontas à dignidade

humana e um das mais cruéis

violações dos direitos humanos.

Do ponto de vista econômico,

trata-se de uma rede extremamente

lucrativa que ocupa o terceiro lugar na

economia mercadológica do crime

organizado. Estima-se que 700 mil

mulheres e crianças passam todos os

anos pelas fronteiras internacionais do

tráfico humano. Isso sem contabilizar

o tráfico interno, que no nosso País é

alarmante.

As vítimas deste delito vivem em

situações inumanas e degradantes.

São violados os princípios e direitos

fundamentais da pessoa humana como

o direito à vida, à integridade física,

à dignidade e o desenvolvimento

pessoal, à liberdade de ir e vir e o

direito a não ser submetida/o à

escravidão, servidão, aos maus

tratos. (cf. João Paulo II. 2002)

A pobreza, o desemprego, bem

como a ausência de educação e de

acesso aos recursos constituem as

causas subjacentes ao Tráfico de

Seres Humanos. As mulheres são

particularmente vulneráveis ao tráfico

de seres humanos devido à

feminização da pobreza, à cultura de

discriminação e desigualdade entre

homens e mulheres, à falta de

possibilidades de educação e de

emprego, à cultura hedonista que

transforma o corpo da mulher em

objeto de desejo e cobiça.

Segundo o Ministério da

Justiça, o desconhecimento da

população sobre esta modalidade de

tráfico e a pouca divulgação pela

grande imprensa colaboram para que

crimes desta natureza passem

despercebidos pela sociedade. O que

facilita a atuação dos aliciadores e

torna as vítimas presas fáceis de falsas

promessas de emprego digno e uma

vida melhor no estrangeiro ou em

alguma outra região do país, tida

como mais promissora.

O clamor das mulheres,

adolescentes e crianças traficadas se

impõe hoje como um Imperativo

Carismático- profético para a Vida

Religiosa Consagrada. A crueldade

deste crime exige uma decidida e

inegociável ação solidária e profética.

A presença, a dor e o grito das vítimas

são sacramento da presença de Deus

clamando por vida, dignidade e

libertação.

Sensibilizar e socializar

informações sobre o Tráfico de Seres

Humanos, capacitar multiplicadores e

multiplicadoras para ações educativas

de prevenção e assistência, e

intensificar a luta por políticas

públicas de enfrentamento desta

realidade são parte da tarefa que tem

sido assumida pela Rede um Grito

pela Vida desde marco de 2007. A Rede Um grito pela vida é

Intercongregacional, constituída por

religiosas de diversas Regionais e

Congregações. Um espaço de

articulação e ação solidária da Vida

Religiosa Consagrada do Brasil. Faz

parte dos programas da CRB

Nacional, atua de forma

descentralizada e articulada com as

organizações e iniciativas afins, nas

diversas localidades, Estados e

municípios. Integra a Rede Talitakun,

a Rede internacional da VR no

enfrentamento ao Tráfico Humano.

Somos convictas de que o

tráfico de mulheres e crianças com

toda sua complexidade se apresenta

como um campo de atuação

missionária, um “desafio-clamor, que

nos toca profundamente e convoca a

todas e todos a estar de maneira

estratégica ao lado das pessoas

indefesas, com uma práxis articulada

de prevenção, assistência e proteção

às vítimas. Trabalhar neste campo não

é só uma opção, mas uma necessidade

que o Evangelho nos propõe como

condição de fidelidade ao Projeto do

Reino. Some conosco, abrace você

também esta causa, faça parte Rede

um Grito pela Vida

O dia 23 de setembro é o dia

Internacional Contra a Exploração

Sexual e o Tráfico de Mulheres e

Crianças. Esta data foi escolhida na

Conferência Mundial de Coligação

contra o Tráfico de Mulheres em 1999

em Dhaka, Bangladesh, e lembra a

promulgação da primeira lei que

permitiu punir os casos de

prostituição e corrupção de menores

de idade.

Em diversas localidades estão

sendo realizadas atividades de

sensibilização, mobilização em torno

desta data, colocando em pauta esta

causa, sobretudo em vista da

elaboração do II plano nacional de

enfrentamento ao tráfico de pessoas,

que está em andamento no Ministério

da Justiça e da CPI contra o tráfico de

Pessoas, em curso no Senado.

Informe-se, participe! Realize

no seu espaço ações que marquem

este dia de luta. Gestos simples

desencadeiam ações de libertação:

Colocar a questão em pauta em todos

os espaços possíveis: igrejas, escolas,

hospitais, inserções, obras e projetos

sociais, em vista da formação da

consciência e ações de intervenção na

realidade. Articular forças – atuar em

redes e parcerias com a sociedade

civil e o poder público. Somar na luta

por políticas públicas para a

juventude e mulheres. Rezar e

aprofundar esta realidade, à luz da

Palavra de Deus. Ir. Eurides Alves de Oliveira, ICM

Rede Um grito pela Vida – fonte CRB

Page 10: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

Outubro: Me s Missiona rio “...Chamou-os para envia -los em Missa o para anunciar a Boa Noticia.”

MISSÃO SALVATORIANA

“Agora, meu irmão, minha irmã, é hora de partir! Desata e enrola de uma vez a tua rede, pega a tua mochila,

despede-te de pai e mãe, da família, de quem te ama e a quem tu amas! E vai em frente! Vai em frente! Segue o

teu caminho e não olha mais para trás! Todo mundo vai rezar por ti! Vai acender velas ao pé da Santa! Vai

com Deus! Vai com Deus! Amém! Amém!”. Dom Erwin Kraütler, bispo do Xingu

Gavião – Bahia “Crê, confia ,espera, ama, trabalha e vá em frente!”(Pe. Jordan)

Com esta citação do Pe. Jordan, nosso querido

Fundador, queremos iniciar este nosso artigo.

Confiando cada dia e crendo na misericórdia de Deus

e na sua graça nós irmãs, como comunidade

salvatoriana, vamos assumindo a missão a

que Ele nos destinou neste pequeno

pedaço do nosso mundo. Assim sendo,

pretendemos partilhar com vocês, amigos

e amigas, um pouco da nossa missão aqui

nesta terra querida e sofrida no sertão da

Bahia.

Antes de tudo, julgamos oportuno dar

alguns dados históricos desta localidade

onde estamos vivendo e atuando.

“Gavião” é um nome um tanto estranho... Vale, a

pena então, colocar um pouco da origem deste nome..

Senão, vejamos.

“Pouco se sabe sobre a origem de Gavião. Conta-

se que em 1812, passava por aqui um rico viajante

com destino a Feira de Santana. Diz-se que ele parou

para descansar, pois sua filha ficara doente durante a

viagem. Acamparam, então, próximo a um rio de

águas claras e límpidas notadamente, com uma

grande variedade de peixes. A caatinga era rica e

exuberante pela diversidade de animais silvestres

Uma vez que sua filha se

recuperava muito

lentamente, começou a

construir uma casa perto

de uma grande quixabeira

e logo começou a observar

que uma grande

quantidade de gaviões ali

se aninhava para dormir.

Por esse motivo,

denominou aquele local de

“Fazenda Gavião”.

Entretanto, a moça não se

recuperava da

enfermidade. Seu pai, que era uma pessoa muito

católica, pediu a Deus e prometeu a Ele que, se sua

filha se recuperasse, ele aí construiria uma capela em

louvor a Nossa Senhora da Conceição. Como seu

pedido foi atendido, ele de

fato, construiu uma capela

e, com essa construção,

outras casas começaram a

ser construídas e, assim,

formou-se o Gavião.” Com

a Lei nº 4.410, de 19 de

março de 1985 conforme

informações de pessoas do

local, criou-se o Município

de Gavião, desmembrado do Município de Riachão do

Jacuípe. (NB. Extraído de um documentário local).

Voltando ao nosso artigo, queremos dizer que, aos

poucos, vamos nos adaptando com o calor forte, com

a estiagem (conforme pessoas do local, trata-se das

piores nestes últimos quarenta anos) e com a

expressão do povo sofrido que, com seu jeito, coloca

toda a sua confiança no Deus da Vida que vai mandar

a sonhada chuva com todas as suas consequências

boas.

A nossa Paróquia compreende três municípios:

Gavião, Nova Fátima e

Capela do Alto Alegre.

Gavião tem uma

população por volta de

4.561 habitantes. Nova

Fátima com 7.602 e

Capela do Alto Alegre

com 11.527. Esses três

municípios são

atendidos por dois

jovens sacerdotes: Pe.

Gerônimo Moreira

Vieira de Lima, com

32 anos de idade e Pe.

Page 11: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

Jeremias Rocha Santiago, com 31 anos e por nós,

Irmãs: Ângela Antônia, Maria Auxiliadora e Maria

Zélia.

É uma Igreja ainda bastante conservadora,

sacramentalista, o que resulta numa prática pastoral

muitas vezes de “conservação”. Dentro deste contexto,

nossa atividade missionária como Irmãs nessas três

cidades, tem consistido, resumidamente, no seguinte:

- formação para catequistas,

- dias de retiros para as diversas pastorais;

- catequese com pessoas adultas na cidade e na zona

rural;

- coordenação da Liturgia (no centro de Gavião);

- catequese de preparação para a Crisma;

- Colaboração na Escola de Agentes e Escola da

Juventude na cidade de Nova Fátima;

- Pastoral da Esperança;

- Coordenação da Pastoral do Dízimo;

- Visita às famílias;

- Atendimento à saúde;

- Formação bíblica;

- Atendimento regular na Secretaria Paroquial em

Nova Fátima;

- Celebrações de Tríduos nas Comunidades rurais

por ocasião da festa dos Padroeiros e, nas cidades,

participação junto com o povo nessas festas;

- Além dessas atividades, uma característica forte de

nossa comunidade aqui em Gavião, é sermos uma

comunidade acolhedora para todas as pessoas que

nos procuram para as mais diversas solicitações.

- Em nosso trabalho nas cidades e na zona rural,

sentimos muita dificuldade de locomoção, sobretudo

quanto às comunidades rurais, devido a precariedade

de transporte. Vale acrescentar que, quando somos

solicitadas para a zona rural das outras cidades,

pedimos para pessoas amigas que têm carro próprio

que, na medida do possível, nos atendem

gratuitamente. Em outras ocasiões, somos forçadas a

nos utilizar do transporte clandestino que, usualmente,

é muito precário pondo mesmo em risco a vida dos

passageiros. Mas é a única solução.

Diante de tudo isso, acreditamos que estamos

procurando realizar o sonho de Padre Jordan, sonho

este, tão coerente com o Projeto do nosso Deus

Salvador, procurando torná-Lo cada vez mais

conhecido e amado, por todos os meios e modos que

Seu Amor nos inspira.

Numa atitude constante de aprendizagem, sobretudo

junto ao povo mais sofrido tanto pela seca quanto por

tantas outras penúrias, crescemos na consciência da

presença do nosso Deus que quer se identificar com

esses irmãos e irmãs e atua em nós e sempre caminha

conosco, pois Ele é Emanuel.

Procuramos como comunidade animada pelo nosso

Carisma salvatoriano continuar dando o nosso

testemunho pessoal e comunitário e, como resposta

aos desafios, mantendo uma atitude iluminada pelos

valores do nosso carisma, sobretudo mostrando o rosto

do Deus Salvador e Libertador através de uma visão

mais libertadora de Deus na abordagem dos conteúdos

formativos e, de modo especial, nas abordagens da

Sua Palavra na Bíblia que nos convoca: “Vão pelo

mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a

humanidade”. (Mc16,15).

Comunidade Imaculada Conceição, Gavião BA

Irmãs: Maria Auxiliadora de Sales Maria Zélia de Lima

Ângela Antônia de Castro

Guariba – Mato Grosso

Enquanto ainda houver sobre a terra um único ser humano que não conhece a Deus e não O ama sobre todas as coisas, não poderás sossegar um instante sequer.

Enquanto Deus não for glorificado em toda parte, não poderás sossegar um instante sequer. Pe. Jordan

É com esse poema escrito pela Ir. Vera Lúcia que o compôs enquanto estava na Missão Inter

Congregacional na cidade de Manaquiri AM, que partilho com você querido(a) leitor(a) do boletim ELO, a

experiência missionária que eu Monica vivo juntamente com as Irmãs Jeane, Admir, Terezinha e a missionária

leiga Fátima em Guariba-MT.

Page 12: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

“Só por Amor”... É por amor...

Que fazemos todas as coisas, nos cansamos, ultrapassamos nossos limites!

É por amor... Que doamos nossas vidas,

pois não medimos esforços para cuidar de outras vidas! É por amor...

Que lutamos contra toda injustiça, que fere, que mata e não deixa a vida nascer!

É por amor...

Que enfrentamos ventos, tempestades em nossas vidas,

só para ver no olhar sereno de uma criança, o verde da esperança contida num sorriso de acolhida!

É por amor... Que cuidamos dos doentes, dos carentes, sem nos

esquivar, deixando que nos evangelizem, pois também somos

gente, pequena, simples e humilde e também precisamos de alento!

É por amor...

Que a cada novo dia, se enche nosso coração de alegria e novamente, pronto o corpo está para servir e outra vez se doar!

É por amor... Que somos gratuidade, não importa nossa idade, na relação de ser e amar!

É por amor... Somente por um grande amor Que somos uma pequena e simples melodia na boca do Criador

que nos impulsiona a só nos doar, se for para amar! É por amor! Tudo por amor!

Ir. Vera Lúcia Palermo, SDS

(missão em Manaquiri AM - 2004)

Jesus: O nosso Divino Salvador nos chama a cada dia e nos convoca a assumir a missão com

disponibilidade, generosidade e alegria. E é com essa alegria e o coração ardendo que desde o final de Abril,

tenho vivido um Kairós, tempo de graça, tempo de perceber a presença de Deus na realidade tão desafiadora,

mas envolvente de Guariba.

Desafiadora porque assim como no tempo de Pe. Jordan, ele se sentia aflito diante da falta de fé e

compromisso, hoje este mesmo fato gera em nós, sentimentos de desafio e de apreensão. Somos impulsionadas

a buscar formas de chegar até o povo, que por qualquer motivo abandona a Igreja e passa para outras Igrejas.

Segunda uma estatística local, somos a 4° Igreja em número de fiéis. Sentimos a falta de lideranças, pessoas

comprometidas e que animem a comunidade.

Mas apesar das dificuldades, as Irmãs marcam uma

presença significativa no meio do povo e com o povo.

Estamos envolvidas nas pastorais da criança, catequese,

saúde, liturgia e familiar.

Um atividade importante que a missionária Leiga

Fátima juntamente com o Pe. Roberto desenvolve e que

agora eu também ajudo é as visitas e a missa nas

comunidades distantes do distrito de Guariba. O Pe. Roberto

celebra uma ou duas vezes nas comunidades, dependendo

da distância, porque tem umas que se demora mais de 5hs

para se chegar devido às péssimas condições das estradas e

tem aquelas a que só se chega com barcos, são as

comunidades ribeirinhas. Mas apesar das dificuldades é um momento rico da nossa experiência missionária nas

terras do Mato Grosso. É um momento de partilhar a vida, de celebrar a Palavra e acolher o que o povo na sua

simplicidade nos oferece e nós a ele. As pessoas se alegram quando levamos algo diferente para partilhar com

elas, tais como dinâmicas, conteúdos formativos, DVDs, etc. É um povo sedento de saber sempre mais.

Page 13: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

Pe. Jordan quer que utilizemos todos os meios e modos que a caridade de Cristo inspirar, para tornar

Jesus Cristo mais conhecido e amado. Um meio de comunicação forte em Guariba é o rádio. É através dele que

as pessoas se comunicam, passam recados e sabem de tudo que acontece na região. Nós aproveitamos esse

meio de comunicação para chegar até as pessoas também. E logo que nos veem indo para o rádio, pedem para

mandar um alô.

Comecei este artigo com um poema intitulado: “É somente por amor”... E é por amor, somente por amor

que a cada dia nos colocamos no seguimento de Jesus, que confiamos na sua Divina Providência e na sua

promessa que estaria conosco todos os dias até fim.

É somente por amor que todos os dias peço ao Nosso Divino Salvador que conduza meu barquinho, e

que me faça partir sempre quando necessário para cumprir a missão, a missão de “ir pelo mundo inteiro e

anunciar a Boa Noticia para toda humanidade (Mc16,15).

Concluo este artigo, partilhando um fato que me aconteceu quando estava a caminho de Guariba. Parei

em Juína, uma cidade antes para poder seguir viagem. Fiquei na casa de uma família, que me acolheu muito

bem. E logo que as filhas da dona da casa souberam que eu vinha para Guariba ficaram preocupadas e me

questionaram o que tinha feito para ser transferida para uma terra como Guariba, distante de tudo e todos.

Assim eu falo para elas e para você leitor(a), como Jesus falou “Ninguém me tira a vida, eu a dou livremente”.

Assim, eu livremente e com muito amor partilho a minha vida e meus dons com o povo de Guariba, para que

eles possam conhecer a amar o nosso Divino Salvador e assim segui-lo com mais amor, coragem e audácia.

Confio na intercessão de nossos fundadores Pe. Jordan e Madre Maria dos Apóstolos e nas orações de

cada Irmã, leigos (as), Padres e Irmãos que abraçam o mesmo ideal.

Mônica Fernandes S. Braz Missionária Salvatoriana

Na bela tarde de sábado do dia 16 de junho de 2012, reuniram-se em Santa Bárbara d´Oeste os leigos

salvatorianos das cidades de Santa Bárbara e de Piracicaba grupos: Kairós, Partilhando com Jesus, Emanuel, União

Fraterna, os representantes da ADS nacional Mauro e Laura

Sônia e Neive, (coordenadores Nacional), os representantes da

regional São Paulo Maria e Costa, Bia e José Alécio, Merli e

Celso as algumas Irmãs salvatorianas e as vocacionadas vindas

de São Paulo e do Maranhão.

O objetivo deste grande momento celebrativo - festa da

família salvatoriana foi comemorar os 164 anos do aniversário

de padre Jordan fundador da Família Salvatoriana. A renovação

dos compromissos dos grupos União Fraterna, Kairós e

Partilhando com Jesus e o primeiro compromisso do grupo.

Irmã Renária acolheu a todos os presentes e aproveitou

o momento para falar da importância da intensificação do

compromisso batismal no assumir também a missão da Salvatoriana na Igreja, colaborando para a salvação de todos e

para as condições que favorecem a vida das pessoas, principalmente com o testemunho da própria vida.

No inicio do momento celebrativo houve a apresentação de alguns símbolos que devemos lembrar no nosso dia-a-dia.

A vela acessa: colocada em nosso meio representando a missão salvatoriana centrada na pessoa de Jesus Cristo

ressuscitado, que presente em nosso meio nos impulsiona a caminhar.

A imagem de Pe Jordan: que vivenciou esta fé em Jesus ressuscitado

levando-O a todas as pessoas.

A bíblia: palavra de Deus que é alimento diário para nossa caminhada de

discípulos/as missionários/as.

Quatro velas: representando cada grupo presente que foi retomado no

momento da renovação dos compromissos.

A Mesa Redonda: com as cores dos 5 continentes enfatizando a

Universalidade da Missão Salvatoriana.

Dando seguimento à celebração, o Sr Fernando Costa

Coordenador Regional/SP fez a reflexão sobre o Evangelho de

Mateus 28, 16-20 e sobre a missão da família salvatoriana nos dias de hoje. A renovação dos compromissos

implica em sermos chamados/as para uma missão e vale a pena ressaltar que atualmente o leigo deve trabalhar

em seu interior, em sua própria família, no seu trabalho, em seus grupos de convivência e onde Cristo pedir

com o objetivo de testemunhar que a Salvação é para toda a humanidade e que para que todos tenham vida em

Page 14: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

abundancia precisamos cuidar e amar toda a criação (meio ambiente). Precedendo a renovação dos

compromissos cada coordenador falou um pouco de algumas características de seu grupo:

Para encerrar a celebração do aniversário de padre Jordan e a renovação dos compromissos dos grupos,

todos os presentes se confraternizaram com os alimentos juninos que trouxeram para partilhar com os demais.

Marlene e Edilson Grupo Kairós

Retiro de Espiritualidade Missionária

O Centro Cultural Missionário, organismo da

CNBB, promoveu um Retiro de Espiritualidade

Missionária em sua sede em Brasília, de 16 a 20 de

julho. O Retiro foi orientado pelo Pe. Guido Labonté,

pmé, missionário da Sociedade das Missões

Estrangeiras de Quebéc, Cánada. Estavam presentes

neste, 14 pessoas sendo 4 Religiosas 1 Seminarista, 2

Padres diocesano e 7 leigos e leigas de diversas partes

do Brasil. O Tema do mesmo foi: Brasil Missionário,

Partilha a tua Fé com a América. Fomos convidados/as a situar a nossa oração

no contexto universal. Rezando cada dia por um

continente entrando em comunhão e trazendo presente

sua realidade. “A consciência da universalidade da

missão evangelizadora que a Igreja recebeu deve

permanecer viva, como, aliás, a testemunha

continuamente a história do Povo de Deus que

peregrina na América. A evangelização torna-se mais

urgente junto de todos aqueles que, vivendo neste

Continente, ainda não conhecem o nome de Jesus, o

único nome dado aos homens para se salvarem (cf. At

4,12). Infelizmente, este nome é desconhecido por

larga parte da humanidade e em muitos ambientes da

sociedade americana” (João Paulo II, Ecclesia in

America, 74).

A mística da missão. Experiência mística de Deus.

São João descreve a dimensão mística da fé,

por um lado, associada ao conceito da contemplação;

por outro, à imagem de convivência e permanência.

Primeiramente, vemos em Jesus Cristo o Verbo

Divino que se fez carne; nele, a glória de Deus torna-

se visível na frágil condição de um ser humano. O

João observa a fundo Jesus, que, por sua vez, observa

os discípulos; eles vão a Ele para observar como Ele

vive. Um ato de ver para perceber Jesus, para

observá-lo e olhar para Ele de olhos abertos. A fé é

um olhar profundo. Outro aspecto da mística de João

se apresenta na imagem de Deus habitando entre os

homens. Em suas últimas palavras, diz Jesus no

Evangelho de João: “Se alguém me ama, guarda

minha palavra; meu Pai o amará, viremos a ele e nele

faremos morada” (Jo 14,23). Faremos em seu coração

uma morada, na qual nele, ou com ele, habitaremos.

As expressões “morada” e “permanecer” são

frequentemente repetidas nesta passagem do texto.

Jesus nos reserva uma morada nos céus, mas, desde

já, vivemos ou permanecemos nele, pois Ele é a

videira e nós somos os ramos. Assim Ele nos diz:

“Permanecei em mim e Eu permanecerei em vós. O

ramo não pode dar fruto por si mesmo se não

permanecer na videira. Assim também vós, se não

permanecerdes em mim” (Jo 15,4).

Page 15: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

A existência e a efetividade dos frutos

humanos vêm da nossa unidade com Cristo, de nele

habitaremos, de nele e com Ele permaneceremos.

Reciprocamente, Deus e o Cristo também habitam em

nós. Cristo é o cerne interior, através do qual

encontramos nosso EU verdadeiro. Outra imagem que

expressa a dimensão mística no Evangelho de João é a

da unidade. Refere-se a uma unidade misteriosa, uma

unidade entre pessoas, entre o Pai e o Filho, mas

também entre o Filho e nós. No Filho, tornamo-nos

UM também com o Pai. (Jo 17,21-23).

Tudo em nós

deve absorver-se na

unidade com Deus.

Não é uma fusão, e

sim uma unificação

pessoal com Deus.

Jesus mostra, no

Evangelho de João,

um caminho para essa

unidade: do Pai, Ele

desceu à terra, para

em Deus acolher

todos os homens.

Portanto, só nos tornaremos UM com Deus se, tal

como Jesus, tivermos a coragem de descer ao fundo

de nossas almas e deixar que o Espírito e o amor de

Deus permeiem tudo. Assim, no fundo de nossas

almas, seremos UM com Deus.

“A fé vem da escuta” (Rm 10,17).

“A fé entra pelo ouvido, ouvindo a mensagem do

Messias”, ou então: “a fé procede da audição”. “Oxalá

ouvísseis sua voz: „Não endureçais os corações...‟” (Sl

95,8). Quem fecha o coração deixa de ouvir. A aliança

de Deus com seu povo exige que o povo esteja

continuamente ouvindo a voz do Senhor. “Ouvir”, na

Bíblia, significa além de “atender” e “entender”,

“obedecer”. Sobretudo no imperativo (shema),

significa “escutar aceitando” a Palavra de Deus, a sua

lei, as suas exigências.

Escutar o silêncio Só no silêncio podemos entrar na intimidade com

Deus. O silêncio é a porta do céu. Jesus costumava, na

calada da noite, subir à montanha para rezar. No silêncio

ouvia e falava a seu Pai. A raiz de toda a espiritualidade é a

experiência de Deus no silêncio, o encontro pessoal com o

Senhor que transforma a vida. Deus fala também pelo seu

silêncio, no sofrimento e na tristeza, na perseguição e nas

ameaças abertas e veladas, na “noite escura do espírito” do

“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Sl

22[21],2; Mt 27,46; Mc 15,34). Nas horas escuras é só a

oração que nos sustenta e nos faz perseverar.

O clamor do silêncio

Existe ainda uma outra dimensão do “ouvir” em que a voz

de Deus nos chama de modo não menos intensivo. Chega

até a se tornar um clamor desafiador, impetuoso,

comprometedor. Deus aparece a Moisés na sarça ardente e

o chama “Moisés, Moisés!”, ao que este responde: “Eis-me

aqui!”. Manda tirar as sandálias, pois o lugar “é uma terra

santa”. Aí Deus se revela: “Eu sou o Deus de teus pais...”.

Mas este Deus a quem Moisés ouve se revela também

como um Deus que – ele mesmo- vê e ouve. “Eu vi,, eu vi

a miséria de meu povo que está no Egito. Ouvi o seu grito

por causa dos seus opressores...” (Ex 3,7). Estêvão, o

protomártir da Igreja, antes de morrer apedrejado, se refere

exatamente a essas palavras (At 7,34).

Quem não sente calafrios ante aquela terrível

palavra dirigida a Caim que acaba de matar a seu próprio

irmão: “Ouça o sangue de teu irmão, do solo, clamar por

mim!” (Gn 4,10).

Assim, o sangue continua a clamar a Deus, desde a

Amazônia e todos os rincões do nosso país. Violência

gerando violência, morte sendo vingada por outra morte,

sangue derramado provocando rios de sangue derramado!

Estatísticas confiáveis... não há! Inquéritos são

instaurados, só quando se trata de pessoas mais conhecidas

ou tem uma relação com um pais do exterior... “Há

cemitérios na Amazônia com inúmeras cruzes sem nomes,

há cemitérios clandestinos sem cruzes! A mata cresce por

cima das sepulturas e esconde o sangue derramado” (Dom

Erwin).

Deus ouve o clamor e age. No Êxodo ele “desce a

fim de libertar [o povo] da mão dos egípcios”(Ex 3,8).

Caim, porém, é “expulso do solo fértil que abriu a boca

para tragar o sangue do irmão”(cf. Gn 4,11).

Assim, o que fica como imperativo para todos nós,

cristãos/ãs- que pode se considerar como “outro lado da

moeda” de toda a mística cristã, é “ouvir” o próximo,

estar à escuta, dar ouvido ao clamor do povo, não tapar o

ouvido diante do grito de dor da humanidade. “Ouvir” não

é uma escuta passiva, mas olhando pelo sentido bíblico:

um “escutar, aceitando” o grito como desafio, como

chamado, como exigência de assumir uma causa, de ir

ao encontro de um povo que chora; que se debate na

extrema miséria, que é oprimido, expulso de sua terra,

povo que é explorado, agredido em sua dignidade,

desrespeitado nos mais elementares direitos à vida

(ref. Dom Erwin).

Partilha da Colocação de Pe Guido

Irmãs: Filomena Tominaga e Vera Lucia Palermo

Page 16: “Chamou “Deu · Ele não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, ... calorosa e carinhosa, bem como com a infraestrutura e com suas preces. O Padre Sidney mais uma

“Esta é a Vida Eterna:

Que todos conheçam o Deus Único e Verdadeiro e a Jesus Cristo que Ele enviou”.

(João 17,3)

Este motivo foi vivido por Ir. Gertrudes Rocha Lima durante os 58 anos de sua vida vividos na

Congregação das Irmãs do Divino Salvador, conhecidas como Irmãs Salvatorianas. Destes, 58 anos de sua Vida

Consagrada a Deus, foram colocados a serviço dos irmãos mais necessitados: crianças, jovens, adultos e idosos.

Iracema Rocha Lima nasceu na cidade de Caucaia Ceará em 05/01/1923. Entrou na Congregação das

Irmãs do Divino Salvador em 06/02/1955, na cidade de

Americana, Estado de São Paulo e lá, teve a sua formação

para a Vida Consagrada juntamente com outras jovens.

Percorrendo todo o processo de formação, ela iniciou o seu

período de Noviciado no dia 1º de fevereiro de 1957

recebendo o nome religioso de Gertrudes e, em 2 de fevereiro

de 1958, fez a sua Primeira Profissão Religiosa, emitindo os

votos de pobreza, castidade e obediência, para viver a sua vida

a serviço do Reino. Em 02/02/1964 fez os votos perpétuos.

Ir. Gertrudes morou em Roma por cinco anos exercendo no

Hospital Internacional Salvator Mundi a profissão de

odontóloga. Desse período, residindo na Casa Mãe em Roma,

Ir. Gertrudes manteve carinhosas lembranças das Irmãs da

comunidade internacional, dos médicos e funcionários do

hospital, expressadas pelos comentários através das fotos que

carregava consigo.

Vindo de Roma, Ir. Gertrudes serviu também como

dentista no Patronato Santo Antônio, São José dos Pinhais, Paraná. Nessa residência de menores, meninos e

meninas, ela criou um relacionamento profundo. Esta amizade e gratidão eram comprovadas nas visitas

recebidas, por muitos anos, de ex-alunos do Patronato que lhe traziam notícias dos colegas, já formados em

Direito, enfermagem e medicina e, que como bons cidadãos, viviam o que tinham apreendido com ela no tempo

de sua infância e adolescência.

Com a sua formação em odontologia Ir. Gertrudes deu aula no Educandário Divino Salvador em

Americana/SP, foi professora de Ciências Físicas e Biológicas, Ir. Gertrudes viveu amizade profunda com

alunos e famílias italianas e com uma família exilada do Chile, que naquela época, procuraram o Educandário

para seus filhos estudarem. Esses jovens a procuravam com muita frequência para conversar e se orientar.

Em Fortaleza, Ir. Gertrudes trabalhou no Externato Coração de Maria e em escolas estaduais no Conjunto

Ceará, bairro de Fortaleza, sempre estimada e respeitada pelos alunos e professores.

Já, caminhando em sua idade avançada, Ir. Gertrudes foi presença doada e feliz em seu grupo de oração e

reflexão bíblica no Bairro Bonsucesso. Os componentes desse grupo são mulheres da terceira idade. Grande

era a sua preocupação e carinho por elas.

Em Janeiro de 2012 foi morar na Comunidade Maria da Libertação em São Joaquim da Barra/SP, onde

faleceu em 23/07/2012 de choque séptico, Abdome Agudo Obstrutivo e Insuficiência Cardíaca.

A simplicidade em tudo o que fazia era sua marca. Diante da infinitude da Vida Eterna feliz, temos certeza; Ir.

Gertrudes está vivendo em Deus, e os seus 89 anos vividos com seus familiares e conosco são como gotas de

água no oceano infinito do amor de Deus. Nós, Irmãs Salvatorianas somos muito gratas a Deus por nos dar Ir.

Gertrudes para ser nossa irmã.

Na Celebração Eucarística de 7º dia vivemos a memória da Vida, Morte e Ressurreição de Jesus,

fazendo também a memória de Ir. Gertrudes, agradecemos a Deus o grande presente de inigualável valor que

Ele nos fez colocando-a, por sua própria escolha, como membro da nossa Família Salvatoriana.

Ir. Gertrudes, temos certeza de que seus feitos são acolhidos por Deus e continuam a evangelizar as

mentes de quem a ouviu, intercede por todas nós, junto de Deus. Amém

Irmãs: Isabel Tooda, Eliane de Calis, Crisóstoma Galvão.