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Dr. Irineu Grinberg“Não dá mais pra segurar”, pág. 14

A opinião aqui manifesta é de plena responsabilidade dos seus autores.Para o leitor, fica a liberdade de contatá-los diretamente através de seus próprios e-mails.

Editorial

Está faltando prática ousobrando teoria?

Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos “S.O.S SAÚDE”, pág. 16

Não há quase nenhum contentamento com a realidade brasileira hoje. Parece que a lua de mel política acabou e, ao invés de irem felizes para casa, só pensam em separação.

Velhos hábitos são difíceis de mudar. Novos sonhos parecem não encontrar espaços vazios. Embora haja muita resistência, nada melhor o aprender diante do ensinar. Temos muitos

Dr. Yussif Ali Mere Jr“Abrandar as leis de trânsito é um retrocesso”, pág. 22

Alexandre Calegari“Como garantir a satisfação do paciente”, pág.28

Ligia Maria Mussolino Camargo“Avenida Paulista”, pág. 26

Dr. Rodrigo Masini“Usando o Big data, machine learning (aprendizado de máquina) para reduzir gastos com doenças crônicas”, pág. 28

ÍNDICE

04Evento

46º Congresso Brasileiro deAnálises Clínicas

24Hospital

Investimentos na área desaúde aumentam no Brasil

18Entrevista | Dr. Victor GraboisSEGURANÇA DO PACIENTE

Dr. Paulo Cesar Naoum “Sangue brasileiro”, pág. 20

Daniela Camarinha“Matriz BCG pode responder a alguns dilemas laboratoriais”, pág.34

Dr. Wilson Shcolnik“Novas oportunidades”, pág. 8

Dra. Maria de Lourdes Pires Nascimento“Perfuração auricular e os questionamentos”, pág. 30

Confira a opinião dos nossos colunistasDr. Luiz Fernando Barcelos“46º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas - um grande sucesso”, pág. 4

profissionais altamente capacitados e que não fazem parte do “já sei tudo”.

Estar no topo não significa mérito, significa que há novos desafios a serem enfrentados.

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O CBAC 2019 aconteceu no Expo Center em Belo Horizonte, entre os dias 16 e 19 de junho, e foi muito elogiado pelos participantes. Ter outro congresso no estado de Minas Gerais era um antigo pedido dos mineiros.

As atividades começaram no sábado dia 15, com o curso PNCQ Gestor e a reunião do Conselho Deliberativo da SBAC. No domingo ,dia 16 ,foram realizados nove cursos e minicursos, assim como o concurso para a obtenção do Título de Especialista em Análises Clínicas – TEAC.

À noite tivemos o início oficial do congresso no Mix Garden, uma casa de eventos deslumbrante da cidade. Estiveram presentes neste evento 1500 pessoas, que puderam assistir a sessão solene de abertura com as falas dos componentes do palco – Dr. Humberto Marques Tibúrcio (Presidente do 46° CBAC), Dra. Lenira da Silva Costa (Vice-Presidente do Conselho Federal de Farmácia – CFF), Dra. Stella Raymondo (Presidente da COLABIOCLI, neste ato representando o Dr. Walter da Silva Jorge João), o Deputado Luiz Antônio Teixeira Junior e Dr. Luiz Fernando Barcelos (Presidente da SBAC).

Em sua fala o Deputado Luiz fez um breve relato do sistema SUS e alternativas possíveis para melhorar os valores de remuneração. A seguir foram homenageados o Dr. Hermes Pardini, o Dr. José Carlos Barbério e o Instituto Hermes Pardini. Também foram entregues o prêmio SBAC e o prêmio PNCQ para os melhores trabalhos. Neste mesmo ambiente foi servido um coquetel especial e o jantar ao som de Fernando Venturini.

[email protected]

Opinião

46º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas– um grande sucesso

Luiz Fernando BarcelosPresidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, biênio 2019 / 2020Portador do TEAC nº 0558

confraternização com a apresentação da banda Celebrare.Na 4º feira, último dia do CBAC, as atividades tiveram

prosseguimento pela manhã com o evento Valorização das Análises Clínicas no Brasil. Este projeto, desencadeado pela SBAC, propõe um trabalho intenso e extenso no sentido de valorizar a atividade laboratorial ressaltando a sua importância no setor da saúde. É um projeto voltado para a sociedade, e que também pretende auxiliar aos laboratórios na divulgação e no empoderamento do seu trabalho.

Devem ser ressaltadas outras atividades relevantes como a “Reunião dos auditores do DICQ”, nos dias 17 e 18, e o “7º Encontro científico da RBAC”, ocorrido no dia 19.

Apesar das várias formas inovadoras atuais para buscar novos conhecimentos, tais como o ensino a distância, Google e mídias sociais, o congresso tem um charme especial porque, além do aprendizado presencial, possibilita o encontro de colegas e de professores, a oportunidade de conhecer as novas tecnologias em reagentes e em equipamentos, e também de participar das atividades sociais e de integração.

O 46º CBAC foi considerado excelente pelos seus participantes, que chegaram a 2.500 profissionais inscritos. Considerando os palestrantes e as equipes envolvidas no atendimento dos estandes da exposição, tivemos no centro de convenções uma população circulante de 4.000 pessoas.

Foi impressionante perceber que os colegas das análises clínicas, a despeito das dificuldades do país e em particular do setor laboratorial, participam dos congressos com o objetivo de buscar uma constante atualização científica. É um exemplo de consciência profissional e respeito à sociedade para a qual prestam seus serviços. Estão todos de parabéns ao mostrar que cumprem com a sua parte.

Agrademos sensibilizados aos patrocinadores Hermes Pardini, Veus, Alvaro, Labtest, Bioclin, Greiner, Bunzl Saude, Lab Rede, Sysmex, Bio Systems, Control Lab, Cral, Diag Master, Hotsoft e Shift, pelo apoio recebido do CFF e do PNCQ, à organização da LK, à agência oficial Boa Viagem e à Transportadora Ranilog, a todos os expositores, aos palestrantes e à equipe de funcionários da SBAC pelo incansável esforço realizado, o que foi decisivo para o sucesso deste CBAC.

Já temos definido o local do 47º CBAC: o Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza. Desde já estamos trabalhando para que o próximo congresso tenha a mesma grandeza deste ou, por que não, até mesmo superá-lo.

Até o 47º CBAC em Fortaleza!

As atividades científicas e a feira dos expositores foram iniciadas na 2ª feira e se prolongaram até a 4ª feira. Durante estes dias tivemos a oportunidade de assistir mais de 80 atividades distribuídas entre palestras, mesas redondas e seminário de lâminas. Todas estas atividades foram muito participativas e apreciadas.

Na 2ª feira à tarde foi realizado também o “5º Fórum dos Proprietários” ,ocasião na qual foram discutidos vários temas de relevante interesse dos laboratórios, como a RDC 302, os novos modelos de remuneração e o processo de registro de produtos. À noite aconteceu a Hot Monday, no Jack Rock Bar. Foi um evento marcante. Ainda neste dia tivemos um jantar de confraternização com os palestrantes e o conselho deliberativo da SBAC no restaurante Coco Bambu.

Dando sequência ao congresso, na 3ª feira, além dos eventos previstos, tivemos o “inspiration time” com o jornalista Marcelo Tas sobre “Comunicação digital”. A palestra ocorreu na sala de maior capacidade do centro de exposições, e estava lotada. Ainda neste dia, no início da noite, houve o jantar de Continua na pág. 06

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Equipe da Lab Rede no CBAC 2019

Estande da Biotécnica

Equipe da Celer

Estande da Mbiolog Estande da Med Max

Estande da ECO

Estande da VEUS

Estande da CRAL

Continua na pág. 12

A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas – SBAC contou com a presença ímpar e vitoriosa de congressistas, patrocinadores e expositores

Evento CBAC 2019em sua 46ª edição. O evento foi um sucesso, registrando a presença de mais de 1.500 pessoas, com um público circulante que chegou a 4.000,

Equipe da Greiner no CBAC 2019

Equipe do Diagnósticos do Brasil

oportunidade única diante de uma grande troca de experiências, de conhecimento e de novos negócios. Leia e veja mais em nossa páginas:

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Opinião

Dr. Wilson Shcolnik Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Diretor da Câmara Técnica da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed)e Relações Institucionais do Grupo Fleury

[email protected]

Novas oportunidadesÉ com muita alegria e satisfação que estreio

essa coluna e celebro essa oportunidade única de ampliar os canais de comunicação da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. Este espaço servirá para colocar em foco questões pertinentes ao setor de medicina laboratorial, parte fundamental da engrenagem que faz o setor de assistência à saúde funcionar, mas cujo valor ainda não é entendido por muitos gestores da saúde. O resultado dessa incompreensão se reflete em acusações de desperdício, responsabilidade por elevação de custos ao sistemas de saúde, o que conduz à ideia de desvalorização do setor, redução ou corte de investimentos.

Por uma feliz coincidência, o convite para assinar um texto mensal no jornal LaborNews surgiu no período de comemorações pelos 75 anos de nossa entidade, para o qual programamos ações ainda inéditas em nossa

história. Divulgamos os resultados da a 1ª Pesquisa Sobre Exames Laboratoriais, realizada com pacientes crônicos, que confirmaram aquilo que já sabíamos: nosso trabalho é percebido como importante e tem o reconhecimento dos pacientes. Mais do que isso, os dados reforçam a importância dos exames laboratoriais para desfechos clínicos que beneficiam o paciente e principalmente para a prevenção de doenças. A partir de agora, os dados de nossa pesquisa passam a compor a lista de argumentos utilizados para rebater as declarações infundadas a respeito do nosso setor.

Mudar essa visão dos colegas e dos principais gestores de saúde do país e reforçar as orientações sobre o uso racional de exames e o valor da medicina diagnóstica, continuam sendo, no momento, a missão mais árdua nestes 75 anos de SBPC/ML. Nessa nova era da medicina, o laboratório clínico desempenhará

papel de protagonista, originando informações decisivas para amparar decisões médicas.

Apesar do sucesso do portal LabTests Online, que orienta a população sobre exames laboratoriais, havia necessidade de aproximar essa comunicação através das redes sociais. Agora a SBPC/ML inovou na sua forma de comunicar e agir, lançando a campanha #ImportantePrevenir. O movimento foi embasado nos resultados do nosso estudo. Trabalhamos incansavelmente para nos posicionar, ampliar nossa atuação e reforçar a importância de nossa especialidade.

E não vamos parar por aí! Este é só o começo de uma série de ações, que devem perdurar e que reforçam o comprometimento da SBPC/ML de estar sempre atualizada acompanhando as tendências, buscando ampliar o conhecimento sobre nossa especialidade e fortalecer o setor da medicina laboratorial.

O jornal Labor Newstem a honra de apresentar o

novo colunista,Dr. Wilson Shcolnik, que passa a compartilhar seus

conhecimentos com os leitores. Seja bem-vindo!!

Considerado um dos maiores pensadores do país, Leandro Karnal ministrou no último dia 17, em Belo Horizonte, a palestra “Ética, mudanças e oportunidades: o tripé da sociedade Contemporânea”. Cerca de 600 pessoas participaram do debate durante o Congresso, em uma tarde de muito conhecimento e aprendizado. O congresso foi promovido pela SBAC, finalizado em 19 de junho, no Expominas.

Em suas palestras pelo país, Leandro Karnal comenta sobre a sobrevivência das empresas nos dias atuais e afirma que tudo depende da reinvenção permanente. “Mudar é difícil, mas não mudar é fatal. A mudança é absolutamente inevitável”, diz. Ele ainda aborda a questão da ética que é algo a ser aperfeiçoado nas pessoas. Desenvolvido em âmbito pessoal, o comportamento ético acaba refletindo em qualquer setor, seja ele profissional e até mesmo no cenário político.

O 46° Congresso de Análises Clínica abordou o tema principal “Profissional do Futuro” . O evento debateu sobre áreas do conhecimento das Ciências do Laboratório Clínico, como Gestão do Laboratório, Qualidade Analítica e Organizacional e POCT – Point of Care Testing. Foram abordadas também especialidades técnicas como a Biologia

CBAC 2019 | Palestra

Molecular, Bioquímica, Coagulação, Genética, Hematologia, Imunologia, Microbiologia, Micologia, Parasitologia, Toxicologia e Uroanálise.

A programação contou com a apresentação dos mais recentes avanços do conhecimento nas Ciências do Laboratório Clínico e palestras de renomados profissionais das áreas. Foi destinado a todos os profissionais que atuam em Laboratórios

Leandro Karnal aborda ética, mudanças e oportunidadesdurante o 46° Congresso Brasileiro de Análises Clínicas

de Análises Clínicas, como farmacêuticos, médicos biomédicos, RH, administradores, departamento de comunicação e marketing, entre outros., para um público estimado em três mil pessoas.

O palestrante fez parte do evento atendendo ao convite da empresa LABREDE.

www.sbac.org.br/cbac Crédito: Katharina Larcerda.

CBAC 2019 | Palestra

Câncer: Diagnóstico e conduta é o tema do próximo Encontro de Sociedades

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial promove nos dias 2 e 3 de agosto, o Encontro de Sociedades – Câncer: Diagnóstico e Conduta, no Hotel Intercontinental, em São Paulo. O evento é

realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Câmara Brasileira de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e Sociedade Brasileira de Patologia.

A programação conta com exposições sobre

tumores de pulmão, do trato gastrintestinal, mama e trato gênito urinário. Casos clínicos serão apresentados para discussões.

As inscrições podem ser feitas através do site www.sbpc.org.br

Evento da SBPC/ML em parceria com SBOC, CBR e SBP acontece em São Paulo, nos dias 2 e 3 de agosto

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Evento | CBAC 2019

Em defesa das Análises ClínicasO deputado federal Dr. Luiz Antônio de Souza Teixeira Junior recebeu

algumas demandas do setor de Análises Clínicas diretamente da diretoria da SBAC. Ele se comprometeu publicamente a interceder a favor da atualização da tabela do SUS, reivindicação antiga do setor de Análises Clínicas.

Dr. Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior solicitou que a SBAC apresente um projeto de reformulação da tabela para integrar o estudo que a Comissão de Seguridade Social e Família tem desenvolvido sobre o tema. A expectativa é que o rol de procedimentos seja reduzida e que os recursos destinados a exames subutilizados possam ser transferidos para outros itens prioritários.

Dr. Luiz Fernando Barcelos, Presidente da SBAC, Deputado Federal Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior e Dr. Humberto Marques Tibúrcio, Presidente do 46° CBAC

Equipe da GT GROUP

Estande da Wama no CBAC 2019

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Opinião

Dr. Irineu GrinbergEx-Presidente da SbacDiretor da Lab Farm [email protected]

Não dá mais pra segurarSe formos realizar uma revisão de tudo que

vem ocorrendo com os sistemas laboratoriais, em todas as suas dimensões técnicas, de tecnologia da informação, bem como as associações de todos os ingredientes que possam ser colocados à disposição da melhor assertividade, resolutividade e presteza, iremos constatar que estamos frente a um novo ambiente laboratorial, totalmente renovado e pronto para dispor aos clientes todas as soluções viáveis para um diagnóstico exato, e as mais eficientes monitorações em terapias.

Seria possível deduzir que as estatísticas citadas há cerca de 10 anos de que 70% das enfermidades seriam diagnosticadas a partir dos laudos laboratoriais, estejam defasadas. Esse percentual atualmente deve estar aumentado. Convivemos, de modo incessante, com invasões de novas, metodologias e equipamentos, situação que nos faz crer que, em pouco tempo, o Laboratório dos tempos atuais, não será mais reconhecível.

É possível, também verificar a busca incessante pelo que existe de mais atual pelos profissionais de Laboratório Clínico. O exemplo mais palpável foi a verificação da frequência, interesse e lotação das salas no 46 º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado pela SBAC em Belo Horizonte, Expo-Minas de 17 a 20 do mês passado.

Emocionante o interesse dos colegas, profissionais de Laboratório, das mais diversas faixas etárias e de todos os pontos cardiais do país, presentes ao encontro de atualização técnica, ampliação dos conhecimentos em gestão,

complementados por trocas de informações e intercâmbios via grupos de WhatsApp.

Todas essas movimentações constituem a comprovação de que a ciência laboratorial caminha, a passos largos e seguros, para confirmar ser a principal e a mais econômica fonte de informações para diagnóstico e monitorização de terapias.

Entretanto existem frentes que operam o mais acentuado labor para que essas manifestações de crescimento não ocorram, e procuram, de todas as formas possíveis, criar barreiras para o crescimento da ciência laboratorial, ignorando ou procurando ignorar todos os benefícios que possam ser oferecidos aos clientes.

A começar pelo poder público que, através do Sistema Único de Saúde, não atualiza as tabelas de remuneração dos serviços laboratoriais há exatos 25 anos (desde a implantação do plano Real). E, segundo palavras do atual Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o SUS necessita de serviços “mais baratos”.

A ANVISA, entidade que regula todos os serviços de Saúde no país publicou em 2005 a RDC 302, através de amplas discussões setoriais, obtendo a colaboração, apoio e parceria de todas as entidades em que os setores laboratoriais orbitam. Agora, frente aos tempos de revisão da mesma RDC, todos novamente a postos para colaborar e obtermos, mais uma vez, um regulamento moderno, avançado e totalmente condizente com os tempos atuais.

Entretanto diversas VISAs estaduais e municipais, incluem regramentos próprios e os aplicam de forma discriminatória e incompreensível, apontando preferentemente os serviços privados. Há não muito tempo uma VISA de importante cidade do país, vetou a coleta domiciliar em veículo de aplicativo, mesmo que todos os materiais fossem transportados em recipientes com monitorização local e externa da temperatura.

A maioria das operadoras de planos de saúde, seguradoras e empresas de Medicina do trabalho escolhem seus “parceiros laboratoriais” unicamente pelo preço mais baixo, sem levar em conta os conceitos e preceitos da qualidade.

Algumas, da mais alta expressão no mercado, convocam prestadores de serviços laboratoriais para forçar baixa nos valores de remuneração, alegando entre outras coisas o excesso de exames solicitados, com repetições desnecessárias, tanto para confirmação de diagnóstico ou troca de médico assistente pelo conveniado. São situações que poderiam ser evitadas caso disponibilizassem sistemas de informações que contemplem, de forma total, o histórico do paciente.

A relação custo-benefício que os procedimentos laboratoriais propiciam aos compradores de serviços está totalmente defasada. Urge o equilíbrio, para que possa prosseguir a oferta aos clientes públicos e privados todas as garantias de serviços atualizados, enquadrados em todos os padrões de qualidade e conformidade.

A Quarta Definição Universal de Infarto do Miocárdio¹ estabeleceu critérios para o diagnóstico de IAM: ele é feito com base em um aumento ou queda de troponina, com pelo menos uma medida excedendo o percentil 99 de uma população saudável (indicando a presença de lesão miocárdica), no contexto de suspeita de isquemia coronariana (por exemplo, sintomas típicos, alterações no eletrocardiograma, evidência de perda da função miocárdica ou presença de doença arterial coronariana obstrutiva).

Se for diagnosticado, o IAM pode ser classificado em 5 tipos diferentes (figura 1), sendo 1 e 2 os mais frequentes. No entanto, um princípio destacado pela Definição Universal de IM é que, embora valores anormais de troponina de alta sensibilidade reflitam lesão de células miocárdicas, uma elevação não indica

www.roche.com.br

Troponina e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)Quarta Definição Universal de Infarto do Miocárdio - Sociedade Europeia de Cardiologia

a causa subjacente da mesma. O IAM é uma importante causa de liberação de troponina. No entanto, outros processos podem levar à lesão miocárdica e elevação da troponina em ausência de IAM (Figura 2). Em alguns casos, pode se tratar de lesão miocárdica crônica, na qual os valores permanecem elevados, mas não mudam substancialmente durante horas/dias.

Em contraste, uma lesão miocárdica aguda normalmente provoca mudança no padrão de valores da troponina e pode ser resultado de causas isquêmicas ou não-isquêmicas.

A lesão miocárdica é considerada aguda se houver aumento ou queda de valores de troponina. O diagnóstico de infarto do miocárdio, incluindo o tipo 2, requer evidência

clínica de isquemia miocárdica.Referências:1. Thygesen K, et al.Executive Group on behalf of the Joint European Society of Cardiology (ESC)/American College of Cardiology (ACC)/American Heart Association (AHA)/World Heart Federation (WHF) Task Force for the Universal Definition of Myocardial Infarction. Fourth Universal Definition of Myocardial Infarction (2018)Roche Diagnóstica Brasil Ltda. Atendimento ao cliente: 0800 77 20 295 www.roche.com.brAv. Engenheiro Billing, 1729, prédio 38 São Paulo - Brasil © 2019 RocheTodas as marcas mencionadas possuem proteção jurídicaCOBAS H, COBAS E e ROCHE CARDIAC são marcas registradas RocheAbril/2019 - Cód. MC-BR-00287Todos os reagentes comercializados no Brasil estão devidamente registrados, para obter a relação dos números de registro ligue para 0800 77 20 295

espontâneo: relacionado a isquemia devido a evento coronário primário como erosão da placa ou ruptura

secundário à isquemia devido ao desequilíbrio entre a demanda e o suprimento. Ex.: espasmo de coronária

Morte súbita com sintomas de isquemia miocárdica, acompanhada de supradesnivelamento do segmento ST-T e ou BCRE ou trombo de coronária na coronariografia

associado à intervenção coronária percutânea

associado à trombose de stent

associado à reestenose

associado à cirurgia de revascularização

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DOS TIPOS DE INFARTO

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associados para laboratórios e hospitais ou clínicas, hoje direcionam seus atendimentos inibindo a concorrência. Se as disputas fossem saudáveis pela qualificação profissional, não teríamos a preocupação pelo futuro de várias habilitações, seus mestres e leitores.

Vários desses profissionais ficarão, em um breve tempo, sem espaço para trabalhar com seus títulos pendurados na parede. Os profissionais da saúde precisam se entender e abrir um canal direto com o governo e seus órgãos e aí, sim, defenderem os interesses de suas categorias.

Sem medidas urgentes logo estarão sendo atendidos por máquinas situadas em outros países de primeiro mundo. Salvem a saúde!

Opinião

DR. DÁCIO EDUARDO LEANDRO CAMPOSPresidente do CRBM – 1ª Região

Enquanto o que sobrou da saúde, após o afogamento do ato médico, que luta pelos seus profissionais, esses mesmos profissionais sofrem pela ação de malfadados dirigentes de entidades e de políticos inescrupulosos. A guerra dos conselhos da área da saúde continua e, com os estragos que toda a guerra produz, ganham os mais espertos e os oportunistas.

A educação passou por isso e hoje detectamos cursos com ínfima carga – horária e estágios sem supervisão ganharam os donos de escola e perdeu a população com a baixa qualidade profissional dos egressos de cursos superiores. Além disso, as quatorze profissões da área da saúde estão “engolindo” com casca e tudo os novos cursos em EaD, jamais imaginados para a excelência da

S.O.S SAÚDEsaúde. Agora as disputas estão nos tribunais.

A medicina que antes tripudiava os acupunturistas, hoje se acha dona desta habilitação e ainda quer exclusividade para seus protegidos. Da mesma forma, antes o CFM proibia seus profissionais dermatologistas de exercerem a estética e hoje brigam por exclusividade dela em quase todos os procedimentos.

Ética a parte, o que está valendo é o mercado de trabalho e a gana pelos atendimentos. Essas trapalhadas todas abriram portas para as multinacionais que estão aniquilando com os pequenos e médios laboratórios e com os planos de saúde, inclusive os mantidos por médicos.

Por falar nisso, planos tradicionais que se gabavam por fornecer livre escolha de seus

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Com 8 anos de história, o Grupo Diagnósticos do Brasil (DB), laboratório exclusivo de apoio no país, ou seja, especializado em prestar serviços de terceirização de exames de análises clínicas para outros laboratórios, tem motivos de sobra para comemorar. No mês de maio, a empresa quebrou recordes e superou a casa de 7 milhões de exames processados, assumindo a liderança do mercado nacional. Atualmente, o DB conta com três grandes unidades técnicas no país localizadas nos estados do Paraná, São Paulo e Pernambuco, duas unidades especializadas, localizadas no estado de São Paulo, o DB Molecular e o DB Patologia, além de mais de 40 unidades regionais de atendimento distribuídas em diferentes estados.

grupo, que conta com regionais de atendimento, distribuídas pelo país, além de uma estrutura logística que permite que os laboratórios recebam amostras de qualquer lugar do Brasil em menos de 24 horas”, explica o diretor do DB. Dessa maneira, o DB consegue atender o mercado nacional colocando em prática suas principais premissas: foco em qualidade e gestão de pessoas, investimento constante em tecnologia e pesquisa, assessoria científica especializada para atendimento ao cliente e agilidade na entrega de resultados.

Diagnósticos do Brasil bate recorde e assume a liderança do mercado nacional

DB – Diagnósticos do BrasilTel.: (41)[email protected]

Levando em consideração as principais tendências e conceitos do mercado, o grupo atua em todas áreas de análises clínicas, realizando mais de três mil exames diferentes, e apostou na segmentação de seus serviços em três marcas: DB Toxicológico, que tem como carro-chefe o exame de larga janela de detecção e toda medicina ocupacional; DB Patologia, focado em áreas como anatomopatologia, citopatologia e imuno-histoquimica; e DB Molecular, especializado em biologia molecular, genética e citogenética.

“Remodelamos toda a nossa marca e trabalhamos de forma dedicada a cada uma delas. São 3 empresas voltadas a diferentes segmentos, com áreas comerciais, técnicas e de assessoria científica distintas. Mesmo oferecendo as vantagens da atuação como laboratórios de nicho, as unidades especializadas desfrutam da capilaridade do

No mês de maio, o laboratório superou a incrível marca de 7 milhões de exames processados em todo país

“Nos últimos anos, conseguimos inovar muito dentro de um segmento tão complexo e desafiador. Com investimentos contínuos, desenvolvemos e aplicamos ações de melhorias em nossos serviços, dedicando uma atenção especial para a excelência dos processos e de atendimento, tudo para proporcionar as melhores soluções para os nossos clientes”, comenta Tobias

Tobias Thabet Martins, diretor comercial do DB

Thabet Martins, diretor comercial do DB.

Surtos de influenza ocorrem todos os anos durante as estações de outono e inverno. O vírus do tipo A é tipicamente mais prevalente do que o vírus do tipo B, estando associados a epidemias de influenza mais grave, enquanto que as infecções do tipo B são geralmente mais leves.

A tira de teste rápido Lumiratek Influenza A + B detecta qualitativamente a presença de antígeno de Influenza A e/ou Influenza B em swab nasal, swab de garganta ou amostra de aspirado nasal, fornecendo resultados em 15 minutos.

A utilização dos testes rápidos permite maior acessibilidade ao diagnóstico de diversas

LUMIRATEK Testes RápidosDiagnóstico simples e rápido para Influenza A/B

Com a chegada do outono e do inverno, a diminuição da temperatura e a baixa umidade relativa do ar, aumenta a prevalência de doenças respiratórias devido a exposição e proliferação dos agentes patogênicos.

A população fica mais suscetível a surtos de doenças infecciosas como a gripe, faringite, infecção respiratória, meningite entre outras.

O vírus Influenza A e B vulgarmente conhecidos como os agentes causadores da “gripe”, causam uma infecção viral altamente contagiosa, transmitida através de tosse e espirros com gotículas contendo o vírus ativo.

doenças através de metodologia simples e confiável, reduzindo o tempo de liberação de resultados, auxiliando indivíduos e profissionais da saúde quanto a necessidade de uma conduta terapêutica.

Para maiores informações, entre em contato através do e-mail [email protected] ou (11) 5185- 8181.

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SEGURANÇA DO PACIENTE:Entrevista | Dr Victor Grabois

“Erros de medicação causam pelo menos 1 morte todos os dias e causam danos a aproximadamente 1,3 milhões de pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). E o custo anual estimado, associado aos erros de medicação, pode chegar a US$ 42 bilhões,(OMS)”, alertou o médico Victor Grabois, Presidente do 1º Congresso da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.

Texto: Andrea Penna

eventos adversos em 5,9% dos pacientes cirúrgicos. Entre estes pacientes, associados, no geral, a uma taxa de mortalidade de 17,1%, 65,8% foram acometidos por eventos adversos evitáveis, com taxa de mortalidade de 17,9%. Do conjunto de eventos adversos cirúrgicos, cerca de 60,0% foram observados em situações de baixa complexidade, onde o risco envolvido era considerado baixo. Além dos danos ocorridos, esses eventos adversos acarretam um grave prejuízo financeiro”.

* As pesquisas citadas e seus autores foram fornecidos pelo Dr. Victor Grabois e são acessíveis em websites de buscas acadêmicas.

O médico Victor Grabois conta como surgiu a SOBRASP, aponta os principais temas debatidos no

seu primeiro Congresso e anuncia os planos para o futuro.

Labornews: Qual é o objetivo da SOBRASP?Victor Grabois: A SOBRASP, Sociedade Brasileira para

a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente surgiu de uma idéia - talvez a idéia seja mais importante - que é a segurança do paciente como direito ao cuidado seguro, e de que isso dependeria de uma grande mobilização dos profissionais, dos gestores, e principalmente da população usuária do sistema de saúde, em torno dessa proposta. A idéia da SOBRASP é a de mobilizar no sentido de que possamos reduzir os riscos na prestação de cuidados de saúde, reduzir os danos, e que as pessoas possam realizar os seus procedimentos, consultas e exames, sem o receio e sem a preocupação tão importante quanto às ocorrências, por exemplo, de erros de diagnósticos, de quedas, lesões, e de infecções associadas ao cuidado, essas que são grande parte dos eventos adversos que ocorrem no cuidado de saúde.

Labornews: Quem participou do primeiro congresso da SOBRASP?

Victor Grabois: O Congresso da SOBRASP aconteceu no Rio de Janeiro nos dias 5,6 e 7 de junho passado, e os principais segmentos representados no evento foram as universidades públicas, os hospitais de excelência, secretarias estaduais e municipais de saúde, o setor de medicina diagnóstica (esteve bem representado também) e de forma geral, muitos médicos, farmacêuticos, enfermeiros, biólogos. E ainda, muito interessante comentar, tivemos advogados, economistas, e engenheiros clínicos. Enfim, um público bastante diversificado e que de alguma maneira, corresponde aos nossos ideais e nossos objetivos, de agregarmos à SOBRASP, não apenas profissionais de saúde, mas todos aqueles interessados na idéia da segurança do paciente.

Labornews: E quais os objetivos do Congresso?Victor Grabois: Os grandes objetivos do congresso

foram, em primeiro lugar, trazer a pauta de que a segurança do paciente precisa se tornar uma política pública, com recursos definidos, estrutura no Ministério da Saúde, seguindo todo um caminho de desenvolvimento

de outras políticas públicas de saúde que deram certo. Dois: discutir quais são as principais estratégias e inovações que podem tornar o cuidado de saúde seguro, e também ao mesmo tempo centrado no paciente. Também discutimos bastante a necessidade da modificação da cultura de segurança do paciente, para que possamos aprender com os erros, aprender com ocorrência de eventos adversos, sair de uma cultura punitiva que repreende as pessoas envolvidas em situações absolutamente não intencionais. Por fim, e não menos importante, avançarmos na discussão de como desenvolver a educação e pesquisa em segurança do paciente. E claro, outro objetivo foi o de reunir profissionais de todo o país, e de todos os segmentos. E nós conseguimos isso, pois tivemos mais de mil participantes de praticamente todos os estados do Brasil, profissionais do setor público, do setor privado, da Academia, dos serviços etc. De fato ,então, foi um grande momento de congraçamento, de discussão científica, de definirmos novas abordagens para a segurança do paciente.

Cerca de mil gestores, setores público e privado, profissionais e sociedade civil, se reunem no Rio de Janeirono Primeiro congresso da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente

Dr. Grabois explica que pesquisas realizadas estimam que cerca de 234 milhões de cirurgias são realizadas mundialmente, sendo uma operação a cada 25 pessoas/ano. “Pesquisas anteriores apontam que sete milhões de pacientes sofreram complicações após a cirurgia, sendo que 50% destas poderiam ser evitadas”.

Ele ressalta que, a partir deste quadro, é possível concluir que “o risco de complicações cirúrgicas e eventos adversos são subnotificados em muitas partes do mundo. Estudos realizados em países industrializados têm mostrado uma taxa perioperatória de morte em cirurgia hospitalar de 0,4 a 0,8% e uma taxa de complicações graves de 3 a 17%. Estas taxas tendem a aumentar em países em desenvolvimento de acordo com a OMS”.

Dr. Grabois conta que “estudos realizados nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, publicados entre 1991 e 2006, apontaram para uma incidência de 9,2% de pacientes com eventos adversos em hospitais, com uma mediana de preventabilidade de 43,5%. Majoritariamente, os eventos mostraram-se relacionados ao cuidado cirúrgico (39,6%) ou medicamentoso (15,1%).

Na América Latina, a segurança do paciente também é estudada. Grabois diz que “estimativas baseadas em 58 hospitais na Argentina, Colômbia, Costa Rica, México e Peru indicaram uma prevalência de 10,5% de pacientes com pelo menos um evento adverso. Cerca de 59,0% dos eventos adversos foram considerados preveníveis. No conjunto, 37,1% foram infecções adquiridas no hospital e 28,5% foram relacionados a procedimentos cirúrgicos”.

Ele aborda ainda, outros estudos que apontam: “centrando-se em pacientes cirúrgicos, uma revisão sistemática de 14 estudos publicados em língua inglesa, incorporando, no conjunto, 16.424 pacientes, identificou a ocorrência de eventos adversos e de eventos adversos preveníveis em, respectivamente, 14,4% e 5,2% dos pacientes. Estimativas apontaram para consequências fatais, graves, moderadas e leves em 3,6%, 10,4%, 34,2% e 52,5% dos eventos adversos registrados, sendo mais frequentes erros no gerenciamento não-operatório do que propriamente na técnica cirúrgica”.

No Brasil o tema também tem se revelado como fundamental na ordem do dia: “ estudo realizado em hospitais universitários no Rio de Janeiro revelou incidência de eventos adversos de 7,6%. Cerca de 35% do total de eventos adversos eram cirúrgicos. O mesmo estudo também indicou a ocorrência de

Labornews: Quais os planos da SOBRASP para o futuro?

Victor Grabois: Nossas expectativas a partir do Congresso é enraizar a SOBRASP em todo o país, criar as sessões estaduais da entidade, iniciar um programa importante de educação em torno da segurança do paciente, estabelecer um conjunto de parcerias com sociedades de especialidades médicas, parcerias na área da enfermagem, fisioterapia, medicina diagnóstica e outras. Acreditamos muito que o trabalho em parceria, que fazer interface com conselhos de exercício profissional, tudo isso, pode ser muito significativo. Pretendemos ainda mexer um pouco nas discussões sobre o currículo nas faculdades para podermos abordar com mais força a segurança do paciente, para que possamos junto aos conselhos de exercício profissional desenvolvermos qual a melhor abordagem frente aos eventos adversos que ocorrem. Existe ainda a relação com a indústria, repensar um pouco que muitos produtos fabricados ainda têm questões importantes em termos de segurança do paciente, podem ser modificados, podem ficar mais adequados. Então, nossa grande expectativa é a de aumentar a consciência sobre o problema que é a segurança do paciente, formar pessoas para atuarem nessa área, e ao mesmo tempo, fazer um engajamento da sociedade civil, de todos interessados, dos stake holders, da população, para que a gente possa pensar num universo de tempo não tão longínquo, que o nosso país possa se caracterizar, dentre outras coisas,ao oferecer um cuidado de saúde mais seguro.

Dr. Victor Grabois

Victor Grabois presidente da SOBRASP durante o Congresso da Sociedade Brasileira para a Qualidade do

Cuidado e Seguranca do PacienteDr Vitor Grabois e palestrantes no

I Congresso da SOBRASP

Foto mesa do I Congresso SOBRASP

Plateia no I Congresso da SOBRASP

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PROF. DR. PAULO CESAR NAOUM

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As transfusões de sangue existem há séculos, porém, somente em 1900, com a descoberta do sistema sanguíneo ABO pelo médico Karl Landsteiner, foi possível entender porque o sangue do ser humano diferenciava entre as pessoas com propósitos de transfusões. Na primeira grande guerra mundial (1914-1918) as transfusões tiveram efetiva importância para salvar vidas e este fato estimulou suas aplicações em cirurgias, surgindo, então, diversos desafios. Uns desses desafios foram os contaminantes sanguíneos com destaques para as bactérias da sífilis, os tripanosomas da doença de Chagas e o vírus da hepatite B. Até os anos 70 os doadores eram remunerados e, assim, criou-se uma população que vivia da doação de sangue composta por pessoas pobres, indigentes ou doentes, todas com altos índices de sangue contaminado.

Com o aumento do uso de sangue quer seja como reposição em cirurgias ou para tratamento de patologias, houve a necessidade em se coletar mais sangue. Nesta época surgiu a indústria da coleta de sangue, dominado por empresas captadoras de sangue que pagavam pouco aos doadores e cobravam caro para vendê-lo aos

bancos de sangue. Ainda nos anos 70, descobriu-se que a

transfusão de sangue total (glóbulos vermelhos e plasma) poderia ser melhorada através da separação destes dois componentes: glóbulos vermelhos e plasma. O plasma enriqueceu sobremaneira as indústrias farmacêuticas quando estas descobriram que era possível extrair substâncias importantes como a albumina, globulinas e fatores de coagulação. Estes componentes passaram a ser úteis no tratamento de queimaduras graves, de hemofílicos, de pessoas com baixa imunidade, entre outros, e estes produtos passaram a ser comercializados a preços exorbitantes. Os glóbulos vermelhos, por sua vez, têm sido usados principalmente para tratar anemias.

Em 1975 o governo federal regulamentou a coleta e distribuição de sangue no Brasil, porém houve muita resistência dos proprietários de bancos de sangue particulares, pois estes teriam que obedecer a regras rígidas de segurança. Por outro lado, os grupos que dominavam as coletas remuneradas também passaram a fazer lobby político para evitar que as regras fossem aplicadas. Nesta época,

Sangue brasileiro

Opinião

o médico pernambucano Luiz Gonzaga dos Santos apresentou ao governo uma proposta para o controle da qualidade do sangue por meio de fundações gerenciadoras de coleta e distribuição de sangue com qualidade, que posteriormente seriam conhecidas por hemocentros. Os dois primeiros hemocentros foram instalados no nordeste, Pernambuco (HEMOPE) e Ceará (HEMOCE), pois nas regiões sul e sudeste do Brasil os donos do sangue não admitiam o controle do governo. Com o surgimento do vírus HIV e a crescente contaminação do sangue com o vírus da hepatite C (na época conhecida como hepatite não-A e não-B), o ministério da saúde do governo Figueiredo agiu com rigor contra o cartel do sangue dos estados dos sul e sudeste, e impôs a criação das fundações hemocentros nas capitais e principais cidades do Brasil, com rígidas regras administrativas e de controle de qualidade do sangue.

Certas ações impositivas às vezes são necessárias para desmantelar cartéis e máfias. Por essas razões, o Brasil está entre os países com o mais eficiente controle de sangue em todo o mundo.

Professor Titular pela UNESPDiretor da Academia de Ciência e Tecnologia,Acadêmico da ARLC

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DR. YUSSIF ALI MERE JR

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Os acidentes de trânsito custam ao planeta cerca de US$ 1,85 trilhão ao ano. Eles matam anualmente mais de um milhão de pessoas e aproximadamente 50 milhões sobrevivem com lesões e sequelas, resultando em custos pessoais, sociais e econômicos imensuráveis. Até 2030, os acidentes de trânsito podem se tornar a 7° causa de morte no mundo. Esses dados alarmantes são da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil, segundo relatório da Seguradora Líder, que administra o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), os casos de morte em acidentes de transporte registraram queda de 7% no ano passado, em relação a 2017. Foram 38.281 vítimas. Os casos de invalidez permanente tiveram queda de 20% no período, e representam 69% do total das indenizações (228.102). Maior rigor na fiscalização e nas leis de trânsito, principalmente a lei seca, que completou 10 anos em 2018, certamente são

os principais responsáveis pelas quedas no número de acidentes e de vítimas fatais.

A máxima popular: “se não quer ajudar, pelos menos não atrapalha”, parece não valer para o governo Bolsonaro quando o tema é segurança no trânsito. O projeto de lei (PL) encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional é (e me perdoem a analogia) um desastre. O atual governo, infelizmente, tem dificuldade em compreender, ou aceitar, que só há um caminho para a conscientização e mudança de comportamento das pessoas: a educação. No trânsito, não é diferente.

O PL aumenta de 20 para 40 o limite de pontos, em um período de um ano, para suspensão da Carteira de Habilitação Nacional (CNH); acaba com a exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais; o transporte de crianças em cadeirinhas adaptadas no banco traseiro passa a não ser passível de multa, o projeto prevê apenas uma advertência por escrito; entre outros itens. Um dos principais argumentos do governo

Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo(FEHOESP e SINDHOSP) e do SindRibeirão

Abrandar as leis de trânsito é um retrocesso

Opinião

em defesa do projeto é que ele acaba com a “indústria da multa”. Realmente, abusos arrecadatórios precisam ser combatidos, mas a multa, a punição, deve continuar ocorrendo. Abrandar o Código Brasileiro de Trânsito da forma como propõe esse PL dará aos motoristas a perigosa sensação de impunidade. Vamos retroceder anos, talvez décadas, em uma das poucas áreas em que o país está avançando.

A educação no trânsito – de condutores e pedestres, é o único caminho que pode realmente transformar a ainda triste realidade dos números de acidentes no Brasil. Cálculos do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro mostram que os acidentes de trânsito custam cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil, ou mais de R$ 200 bilhões por ano. Que o Congresso Nacional seja responsável, faça a sua parte e não aprove em plenário uma lei que em nada contribui para a segurança dos cidadãos e do desenvolvimento social e econômico.

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Toda a rede de saúde comemorou o Dia Nacional do Hospital que aconteceu dia 02 de julho. A comemoração tem motivos, só nos dois últimos anos o Ministério da Saúde investiu R$ 6,6 bilhões em ações e serviços. Esse valor aponta um crescimento de 95% de aumento orçamentário, segundo o governo.

A FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, fez um levantamento entre janeiro e setembro de 2018 e percebeu que o investimento privado na saúde também foi muito significativo. O número de estabelecimentos cresceu 4,5% no Brasil com a abertura de 14.170 novos serviços de saúde. Tome destaque à abertura de 6.943 consultórios, 1.197 empresas de serviços de apoio de diagnose e terapia

Dia Nacional do Hospital

e 3.474 novas clínicas e ambulatórios especializados.Em um momento de crise no país, o otimismo

toma conta dos empresários do ramo da saúde. “Em 2018 nós movimentamos cerca de R$ 75 bilhões em medicamentos, o que é muito dinheiro,

Investimentos na área de saúde aumentam no Brasil

e estamos prontos para ampliar nossos serviços até o fim de 2019. Afinal, a saúde nunca pode ser considerada como gasto, mas como investimento”, afirma Roberto Vilela, presidente da RV Ímola, empresa especializada em logística hospitalar.

os Escalpes com Trava de Segurança possuem antecâmara que permite a visualização do fluxo sanguíneo na coleta de sangue ou infusão de medicamentos, indicando que a punção venosa foi realizada com sucesso.

Falando em coleta... os renomados Tubos VACUETTE® para coleta de sangue à vácuo, também contam com a linha Premium, que possui tampa de rosca, ou seja, mais garantia de segurança no transporte das amostras, sem o efeito aerossol ao transferir a amostra.

Acesse o site da Greiner Bio-One para saber mais sobre estes e outros produtos da Linha Safety, ou entre em contato pelo e-mail: [email protected].

www.gbo.com

Linha Safety VACUETTE®

Pacientes críticos, principalmente aqueles que possuem difícil acesso venoso, acidentes que expõem os profissionais da saúde a ferimentos e risco de contaminação com agulhas, são ocasiões que, infelizmente, podem ocorrer no ambiente hospitalar e outros estabelecimentos que realizam procedimentos com punção intravenosa ou arterial nos seus atendimentos.

Garantir maior conforto e tranquilidade aos pacientes, além de mais facilidade e segurança para profissionais da saúde, já é possível com a escolha das ferramentas certas. A Greiner Bio-One está presente há mais de 10 anos no Brasil, é referência no segmento pré-analítico e oferece uma linha completa de produtos Safety, especialmente desenvolvidos com materiais de qualidade e dispositivos de segurança que evitam

riscos de acidentes, além de fácil manuseio. Os Adaptadores de Segurança QUICKSHIELD

são de uso único e contêm um escudo de proteção com rotação de 360° que, ao ser acionado, impossibilita qualquer contato com a agulha após o uso. Basta pressionar o escudo contra uma superfície rígida até ouvir o clique, indicando que o sistema foi ativado e permanentemente travado.

Os Escalpes com Trava de Segurança VACUETTE® completam a Linha Safety. Compostos por uma agulha e uma tubulação plástica flexível, possuem o mecanismo de segurança que é ativado logo após a utilização, enquanto ainda está na veia do paciente. Assim, ao finalizar o procedimento, a agulha já sai retraída do acesso venoso e evita o contato do profissional com o perfurocortante. Além disso,

Inovação e segurança para profissionais e pacientes

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LIGIA MARIA MUSSOLINO CAMARGO

Naquela manhã, após o feriado, chegamos cedo à Avenida Paulista prontos para visitarmos o “Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand”. O solzinho de inverno tornava mais bela essa avenida, que é o cartão postal de São Paulo. Adentramos o museu, que possui três pisos:

- Subsolo,- 1⁰ Andar: Exposição transitória,- 2⁰ Andar: Acervo permanente do MuseuAté o dia 28/07/2019, a exposição

transitória é da pintora Tarsila do Amaral (1886-1973), ali podemos ver 120 obras dessa artista, que abrangem as diversas fases de sua pintura, das obras mais concretas até

“Avenida Paulista”as mais abstratas e antropofágicas. Quem não conhece o Abaporu? (1928)

Tarsila foi uma das primeiras mulheres pintoras do Brasil, até hoje suas telas representam nossa arte no mundo todo.

No 2⁰ piso ficam expostas as obras do acervo permanente do museu. É uma parte extremamente rica tanto de obras nacionais como de estrangeiras.

Nesse espaço, vimos obras de Cândido Portinari (1903-1962), grande pintor brasileiro e um dos poucos a alcançar fama no mundo inteiro, fez também extraordinários murais como: “Guerra e Paz”, “Descobrimento do Brasil” etc. seu museu está perto de nós em Batatais.

Alfredo Volpi, o pintor das bandeirolas, utilizava em suas pinturas a têmpera, técnica milenar que em vez de tinta, pinta-se com uma mistura de pigmentos e clara de ovo.

Anita Malfatti (1889-1964) que pertenceu ao Modernismo Brasileiro,

[email protected]

Sócia da empresa Décio Camargo Ltda, professora de Língua Portuguesa. Ocupa a cadeira nº 24 da Academia Santarritense de Letras.

O “Masp” abriga também quadro de outros grandes artistas nacionais e estrangeiros, Renoir, Monet, Picasso, Van Gogh, entre outros.

É o mais importante museu da América Latina.

Após um rápido, mas saudável almoço, fomos conhecer a Pinacoteca do Estado de São Paulo, que se encontra no Jardim da Luz, sua construção é de 1900, totalmente preservada e adaptada às suas funções.

Pinacoteca é um museu constituído de obras de pinturas e de outras artes.

Terminado o passeio senti dentro de mim uma saudade, e em pensamento revi a Avenida Paulista do início do século passado, os palacetes dos “Barões do Café, os colégios das filhas desses fazendeiros, lembrei-me do livro “Éramos Seis” de Maria José Dupré.

E pensei encontraremos forças para reverter a situação de nosso país? Os exemplos de nossos artistas podem nos inspirar.

“A Arte existe porque a vida apenas não basta, todos precisamos desenvolver uma sensibilidade estética que nos permite conviver com a arte, seja como criadores ou como apreciadores de obras alheias”(Ana Maria Machado, escritora)

Opinião

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DR. RODRIGO MASINI DE MELO

CEO||DATA SCIENTIST||PROJECT MANAGER, IBusinessHealth

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Usando o Big data, machine learning (aprendizado de máquina)para reduzir gastos com doenças crônicas

atinja uma fase crítica, resultando em custos de cuidados mais baixos e melhores resultados de saúde.

O projeto irá pilotar os algoritmos, integrando-os em EHRs em 14 centros de saúde comunitários, incluindo BMC.

A introdução desses algoritmos para a BMC e outros centros de saúde pode potencialmente ajudar essas organizações a fazer a transição para cuidados preventivos e pró-ativos.

No futuro, acredita-se que o aprendizado de máquina beneficiará a maioria dos cuidados com doenças crônicas e da gestão da saúde populacional.

Se você olhar para o estado atual dos cuidados de saúde nos EUA e no resto do mundo, somos extremamente bons no tratamento de condições quando elas aparecem, e quando essas condições se tornam graves o suficiente para justificar a atenção pelo sistema de saúde. No entanto, eu não acho que somos tão bons em termos de prevenção dessas condições.

Usar o aprendizado de máquina para chegar a previsões e recomendações personalizadas fortalecerá significativamente os esforços de prevenção. Uma melhor prevenção não só pode melhorar os resultados para os indivíduos, mas também reduzir substancialmente os gastos com saúde. Para atingir esse objetivo, no entanto, as ferramentas de aprendizado de máquina devem ser confiáveis, precisas e enraizadas em dados confiáveis.

Um risco potencial de usar o aprendizado de máquina é que os dados podem ser imprecisos. Se estamos treinando algoritmos que estão fazendo previsões sobre dados imprecisos, há um risco de que poderíamos chegar a conclusões erradas.

O projeto inda dará os recursos para apoiar e fazer parceria com a BMC para desenvolver algoritmos que darão ao sistema de saúde tempo suficiente para atuar e potencialmente prevenir os desfechos adversos dos pacientes.

Pesquisadores da Universidade de Boston estão usando aprendizado de máquina e Big data para reduzir os gastos com saúde em condições crônicas, incluindo diabetes e doenças cardíacas.

A diabetes e as doenças cardíacas são duas das condições crônicas mais dispendiosas e prevalentes impactantes em pacientes aqui nos EUA e no mundo, levando o setor de saúde a gastar bilhões a cada ano para tratar e gerenciar essas condições.

Como a prestação de cuidados continua evoluindo do tratamento reativo de doenças para cuidados preventivos e pró-ativos, mais organizações de saúde procuram tecnologias avançadas como inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) para ajudar a tirar conclusões acionáveis de seus dados.

Por exemplo, a Faculdade de engenharia da Universidade de Boston é uma dessas organizações.

“Há muita informação sobre cada um de nós, em resgistros eletônicos de saúde, em mobiles, smartwatchs, e em outros dispositivos de rastreamento (wearables)”, diz Iaonnis Paschalidis, professor de engenharia e diretor do centro de engenharia de informação e sistemas da Boston University.

“Agora podemos analisar o que acontece com os pacientes em tempo real e caracterizar o estado e a condição de saúde de cada indivíduo.”

O machine e abordagens de IA provarão ser ferramentas inestimáveis para prever eventos como internações e readmissões, ambos os quais respondem por uma grande quantidade de gastos de saúde.

Um estudo da AHRQ estima que, anualmente, os EUA gastam cerca de $30B em internações que poderiam ter sido impedidas. E a maioria desses custos, cerca de 50%, são devidos a doenças crônicas. Cerca de 30% doa $30B é devido a doenças cardíacas, e outros 20% por é devido ao diabetes. Estas são as

hospitalizações que poderiam ter sido impedidas com melhor cuidado, e isso é uma quantidade significativa que poderia ter sido gasto em outras áreas de necessidade.

A Boston University propôs-se a desenvolver algoritmos de aprendizado de máquina que identificarão pacientes com maior risco de doença cardíaca ou diabetes. Os pesquisadores utilizarão os algoritmos para possibilitar intervenções precoces e tratamentos personalizados para pacientes de alto risco. Com métodos de aprendizado de máquina, podemos processar grandes quantidades de dados e examinar os muitos fatores que estão envolvidos na previsão de um resultado futuro.

A iniciativa visa fornecer previsões e recomendações personalizadas para indivíduos, com o objetivo de melhorar os resultados e reduzir os custos. Usando esse método, o grupo constatou que eles podiam prever internações com um ano de antecedência, com uma taxa de precisão de até 82 por cento.

Quando usamos métodos de aprendizado de máquina que podem olhar para 200 variáveis em vez de cinco ou seis variáveis, há um salto muito significativo em termos de precisão. Os pesquisadores também usarão o aprendizado de máquina para otimizar os protocolos de manejo e tratamento de doenças crônicas para essas condições.

Os protocolos atuais do tratamento utilizam tipicamente uma aproximação do um-tamanho- ajustes-todos, avaliando o estágio da doença um pouco do que o paciente individual.

No entanto, com algoritmos de aprendizado de máquina, os provedores podem projetar intervenções personalizadas para cada paciente, desde o aumento do monitoramento até os planos de tratamento modificados. Esses esforços adaptados podem ajudá-los a intervir antes que a condição de um paciente

Opinião

Realizar exames é uma verdadeira jornada na vida do paciente, desde o momento em que realizam a escolha do melhor lugar para fazer suas análises até à entrega dos resultados. Essa experiência do paciente deve ser acompanhada e deve guiar tomadas de decisões e aplicações de melhorias num laboratório de medicina diagnóstica.

Pesquisas mostram a existência de uma correlação positiva entre a experiência do paciente em diversos fatores, como o impacto na segurança, com menores chances de erro nos exames, além de promover a fidelização do mesmo.

Dessa maneira, todas as ações e ciclos de melhorias devem ser trabalhadas para gerar a excelência e a satisfação do paciente, que hoje é muito mais conectado diante de novas tecnologias, com maior poder de escolhas por estabelecimentos que atendam a suas reivindicações.

Os laboratórios e as organizações de saúde têm

buscado se adaptar e se transformar para atender a essa nova exigência dos seus clientes e, para que isso ocorra, se faz necessária uma mudança cultural na maneira como concebemos a prestação do cuidado. Antes era focada na instituição em si e que, a partir desta nova ordem, passa a ser focada no paciente e sua família, colocando-os no centro do cuidado.

E como medir a satisfação do paciente para trazê-lo cada vez mais para o centro desse cuidado? Muitos laboratórios utilizam ferramentas tecnológicas poderosas para fazer pesquisa de satisfação de forma prática, traduzindo em números a realidade dos pacientes de um laboratório, no que se refere ao seu perfil e à satisfação com os serviços. Dessa forma, o gestor saberá exatamente como melhorar os seus serviços através dos olhos de quem os utiliza.

Lembrando que é fundamental a elaboração

Como garantir a satisfação do pacientede um pesquisa que colete dados importantes para a melhoria do laboratório. Por mais que as perguntas objetivas, com respostas prontas para serem marcadas, sejam mais fáceis de tabular, elas podem não representar tudo aquilo que o paciente pensa. Para isso dê espaço para o paciente falar sobre as suas opiniões acerca da clínica. A Shift, por exemplo, consegue formatar pesquisas de satisfação práticas e personalizadas para cada laboratório, além de permitir que o paciente acesse o questionário por aplicativo móvel – o Onlife.

Diante dos resultados, a pesquisa de satisfação trará subsídios para implementar melhorias e agradar aos pacientes, colocando-os no centro do cuidado, que, certamente, verão os seus desejos atendidos e voltarão ao estabelecimento quando necessitarem novamente. Assim se conquista a fidelização, o que faz com que a lucratividade da empresa também seja aumentada.

ALEXANDRE CALEGARIMais de 16 anos de experiência em Tecnologia da Informação na área de Medicina Diagnóstica.Graduado em Tecnologia e Processamento de Dados pela UNIRP e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV, atualmente lidera projetos estratégicos da Shift e a área de Gestão de Produtos.Gerente de Produto da [email protected]

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Perfuração auricular e os questionamentos

Maria de Lourdes Pires Nascimento, MD Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBA [email protected]

Acupuntura é uma terapia milenar, sendo um ramo da medicina tradicional chinesa que consiste em introduzir agulhas metálicas, em pontos precisos do corpo de um paciente, para tratar diferentes doenças ou provocar efeito anestésico. A Acupuntura Auricular é diferente da Acupuntura Sistêmica, pois esta tem outros objetivos pois visa o tratamento local e a reparação do movimento energético de todos os elementos do corpo humano. Na medicina chinesa existem várias referências sobre a íntima relação entre a Orelha e os diversos órgãos e as Funções do Organismo Humano.

Furar a Orelha pode não ser uma decisão tão simples quanto parece. Para os profissionais da Auriculoterapia esta terapia pode estimular pontos da orelha com o objetivo de tratar desequilíbrios, existindo aqueles profissionais que acreditam que as perfurações auriculares possam ser prejudiciais. Wu Tou Kwang, médico fundador do Centro de Estudos de Acupuntura e Terapias Alternativas (CEATA) de São Paulo, afirma já ter visto diversos casos prejudiciais com dor no nervo ciático. Entre os profissionais que não acreditam no argumento de que o Furo da

Orelha possa ser prejudicial está Hong Jun Pan, presidente do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo, pois informa que: se os brincos fossem realmente prejudiciais, as pessoas que usam teriam problemas de visão e de fala, já que os locais mais perfurados da orelha correspondem aos pontos dos olhos, garganta e língua. Entretanto se considerarmos que o estímulo através de alguma ferramenta pode tonificar os órgãos do corpo, é possível que um furo na região auricular influencie o fluxo de energia vital que passa pela orelha (1).

A medicina tradicional chinesa descobriu um ponto no corpo humano chamado She Men, que em português significa Portão do Paraíso ou Porta do Céu, porque o seu manuseamento traz uma sensação de “boa energia” para o corpo humano. Este é o ponto de partida para os tratamentos de Auriculocunpuntura, sendo conhecido por dar equilíbrio aos outros sistemas e as emoções, tendo propriedades antialérgicas, antinflamatórias e analgésicas (2, 3, 4, 5, 6).

Auriculoterapia está contraindicada em gestantes, histórias de abortos espontâneos e

em pacientes que estão debilitados, epilépticos, neurológicos, ou com presença de processos inflamatórios e infecciosos (5).

Referências1) Kwanga WT. Citado em: Furar a orelha pode trazer

riscos? 27/07/2017 https://www.namu.com.br/materias/furar-orelha-pode-trazer-riscos Consulta em 12/01/2018.

2) Gao XY, Wang L, Gaischek I, et al. “Brain-modulated effects of auricular acupressure on the regulation of autonomic function in healthy volunteers”. Evidence-based Complementary and Alternative Medicine, vol. 2012, Article ID 714391, 8 pages, 2012.

3) Haker E, Egekvist H, Bjerring P. “Effect of sensory stimulation (acupuncture) on sympathetic an parasympathetic activities in healthy subjects. Journal of the Autonomic Nervous System, vol. 70, no 1, pp.52-59, 2000.

4) Oleson T. Auriculotherapy stimulation for neuro-rehabilitation. Neuro Rehabilitation, vpç. 17, n.1, pp. 49-62, 2002.

5) Souza JL. Auriculoterapia, Auriculopuntura, Auriculotaping. IPGU, 18 de outubro de 2013. http://www.portalubisaude.com.br/arquivos/file/AURICULO%202018.pdf.Consulta em 09/07/2018.

6) Young-ChangPA, Yoshikazu Y, Kawanishi J, et al. Auricular Acupuncture at the “Shenmen” and “Point Zeo” points induced Parasympathetic Activation. Evidece-based Complementary and Alternative medicine. Volume 2013, Article ID 945063, 4 pages. Accepeted 8 May 2013.

Opinião

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STA Compact Max® 3Inovação nascida da Experiência

A Stago tem o prazer de apresentar a nova versão do equipamento para o segmento médio de laboratórios: o STA Compact Max® 3.

A família de equipamentos “Geração Max” está novamente expandindo após os lançamentos dos equipamentos STA R Max e STart Max nos últimos anos.

Max ConfiançaTodos os equipamentos Stago contam com

o exclusivo Sistema de Detecção Baseado na Viscosidade (mecânico), trazendo CONFIANÇA dos resultados contra interferências ópticas.

Além disso, o STA Compact Max® 3 apresenta o Módulo de Verificação Pré-Analítica responsável por analisar o preenchimento do tubo e realizar a detecção de hemólise, icterícia e lipemia: sem necessidade de volume extra, sem impacto na rotina, com ampla faixa indicadora sem qualquer diluição, além de alarme e bloqueio de amostra (opcional).

A robustez do STA Compact Max® 3 está

ainda melhor com as operações de manutenção reduzidas com o novo módulo responsável pela pipetagem e fácil troca da agulha.

Max InovaçãoCom o novo design de hardware e ergonomia

melhorada, o STA Compact Max® 3 otimizará a sua produtividade. INOVAÇÃO verificada com as ferramentas do software de gestão trazendo expertise para todos os laboratórios: Regras expert e algoritmos para padronização e agilidade na validação de resultados de pacientes além de rastreabilidade extendida em conformidade com os requerimentos de qualidade.

Max DesempenhoA extensa capacidade walkaway e verdadeira

gestão de urgência (STAT) para assegurar um rápido Tempo Analítico Total (TAT), são características de DESEMPENHO do STA Compact Max® 3, para otimizar o dia a dia do seu laboratório.

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Max EficiênciaGestão de amostras, reagentes e controle de

qualidade foram adicionalmente melhoradas e simplificadas no STA Compact Max® 3 aumentando a EFICIÊNCIA.

Além disso, descubra nossa ampla linha de reagentes, com todos os ensaios disponíveis de rotina e testes especializados, reagentes líquidos prontos para uso, estabilidade estendida on-board, exclusiva pré-calibração e gestão total através de códigos de barras para segurança e agilidade.

A CQC – Tecnologia em Sistemas Diagnósticos possui parceria sólida com a STAGO, dispondo das melhores soluções para o seu laboratório em Hemostasia.

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Linha Coagulação Wama DiagnósticaFibrinogênioO fibrinogênio desempenha dois papéis

essenciais no organismo, ele é uma proteína de fase aguda, podendo aumentar em até 20 vezes nos processos inflamatórios agudos, e é também uma parte vital da via comum do sistema de coagulação. O aumento na concentração do fibrinogênio está associado à doença cardiovascular aterosclerótica e a ocorrência de eventos vasculares isquêmicos (infarto do miocárdio e derrame cerebral). Linha de Coagulação Wama Diagnóstica do kit para avaliação da determinação de fibrinogênio no plasma.

Apresentação: 40 e 100 testes.TP (ISI próximo a 1) A formação do coágulo de fibrina no sítio

de lesão endotelial representa um processo crítico para a manutenção da integridade vascular. O tempo de protrombina é o método de escolha para o monitoramento da terapia oral de anticoagulação. É um teste de triagem fundamental para doenças sanguíneas adquiridas ou herdadas. Linha de Coagulação Wama do kit Coagulação – TP para determinação do tempo de protrombina (TP) por vias extrínsecas e por

vias comuns da coagulação.Apresentação: 60, 100 e 200 testes.TTPaO TTPa avalia a via intrínseca da

coagulação. O teste é usado para detecção de deficiências ou inibidores dos fatores de coagulação da via intrínseca ou comum, além de ser o teste de escolha para monitorização da terapia de anticoagulação com heparina e para screening do anticoagulante lúpico. Linha de Coagulação Wama do kit Coagulação – TTPa para determinação do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa).

Apresentação: 40, 80 e 200 testes.

COAGULAÇÃO – Plasmas Controle Níveis 1, 2 e 3

Os plasmas controle são utilizados para assegurar a qualidade dos testes de coagulação realizados em laboratórios clínicos. São divididos em plasmas controle de níveis 1, 2 e 3:

Nível 1 – desenvolvido para apresentar resultados normais quando se realiza o Tempo de Protrombina e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado.

Nível 2 – desenvolvido para apresentar resultados moderadamente alterados quando se realiza o Tempo de Protrombina e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado.

Nível 3 – desenvolvido para apresentar resultados acentuadamente alterados quando se realiza o Tempo de Protrombina e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado.

Apresentações: 100 testes.

alguns sintomas crônicos como danos severos no fígado, insuficiência renal e coma.

A Biotécnica apresenta em seu portfólio o reagente de Cobre (BT 12.013.00) com metodologia colorimétrica, já com o padrão incluso no kit para suas calibrações e o controle podendo ser adquirido a parte, sendo ele o Quantialt (BT 13.004.00). O kit de Cobre encontra-se disponível para comercialização na apresentação Bi reagente com volume total de 50 ml e protocolos para praticamente todos equipamentos do mercado. A Biotécnica sai na frente e está entre as poucas empresas nacionais com esse produto disponível para comercialização. Entre em contato com nossa equipe de vendas para melhores informações!

CobreCobre, considerado um oligoelemento,

metal encontrado em baixas concentrações no organismo, porém essencial e de fundamental importância biológica.

Obtido através da alimentação, o Cobre tem funções importantes nas formações de células sanguíneas, hormônios, enzimas antioxidantes; contribui também na síntese de neurotransmissores, bainha de mielina, além de regular a quantidade de Ferro no organismo e na formação dos tecidos conjuntivos.

Alguns destaques em que o Cobre promove no organismo, estão benefícios para a pele devido a formação de melanina, tem um papel importante de pigmentação dos olhos, cabelos, evitando a formação de manchas. Bom para o cérebro, onde existem muitas enzimas essenciais para as funções normais do cérebro e do sistema nervoso. Bom para imunidade aproveitando o máximo a vitamina C, que aumenta a produção de glóbulos brancos, melhorando o sistema imunológico. Bom para o coração impedindo as ações de radicais

livres sobre oxidação de lipídeos, diminuindo o risco de doenças cardíacas, além da ação lisil-oxidase, que ajuda a manter a integridade do tecido conjuntivo no coração e vasos sanguíneos.

A deficiência de cobre no organismo, pode causar manchas na pele, neutropenia, osteoporose e doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.

O cobre pode sofrer interações com o Zinco em altas ingestões, aumentando a síntese da proteína metalotioneína intestinal, que se liga ao cobre, impedindo a absorção intestinal.

As principais fontes mineiras de Cobre são: cacau em pó, farinha de soja, açúcar mascavo, lentilha, amendoim torrado, etc..

A quantidade necessária ao corpo humano varia de acordo com a idade da pessoa.

O excesso de Cobre no organismo ocorre normalmente por meio de suplementações e pode interferir na absorção de vitamina C. Alguns sintomas agudos podem aparecer, como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia e

Maurício Bragawww.biotecnica.ind.br

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Em todos esses anos de experiência no segmento da saúde tenho convivido com diversas empresas e profissionais diferenciados, com propósitos claros, empreendedores que passaram por várias crises da saúde e estão firmes e fortes em seus negócios, se reinventando muitas vezes. O que eles têm em comum, além do otimismo? Eles não desistem e a cada dia tentam se transformar. São resilientes e corajosos.

Mas essa coragem não corresponde à realidade de todos. Existem altos e baixos. E por isso precisamos nos cercar de pessoas capazes e ferramentas de gestão que nos auxiliem a responder alguns dilemas como: O que fazer agora com o meu laboratório, agora que ele não oferece o mesmo resultado que eu tinha no passado ou quero pensar na minha aposentadoria e não tenho uma nova geração a caminho.

Sob o ponto de vista do marketing estratégico existem algumas rotinas básicas importantes a serem implementadas para minimizar esse efeito de pânico. Muitos sinais do que pode acontecer estão a nossa disposição.

Uma das ferramentas que podemos usar para identificar o desempenho dos produtos é a Matriz BCG. Uma metodologia criada na década de 70, por Bruce Henderson. Com ela podemos identificar os produtos que precisam receber mais

investimentos ou que devam ser descontinuados. Podendo também ser aplicada na área de serviços.

A ferramenta permite identificar, através da análise gráfica, quais produtos tiveram um bom desempenho e quais devem ser mantidos e quais estão requerendo muito esforço, mas não estão gerando os resultados esperados.

Basicamente, funciona da seguinte maneira: imagine um plano cartesiano.

O eixo vertical representa a taxa de crescimento do mercado e o horizontal, a taxa de participação nesse mercado. Cada eixo tem dois setores, o que resulta em quatro quadrantes ao todo. Os dados de cada produto ou grupo de produtos são analisados individualmente e, então, é feita a classificação dele de acordo com os critérios de cada quadrante. Depois de classificado, é possível planejar as estratégias e estabelecer metas a fim de mover os produtos pelos quadrantes conforme seu desempenho.

De forma sucinta, a classificação é a seguinte:Ponto de interrogaçãoOs produtos deste quadrante são aqueles que

ainda não geram muitos lucros, mesmo com um certo grau de investimento em marketing e vendas.

Novos produtos, os quais ainda não fornecem uma base sólida de dados e nem muito conhecimento por parte do público.

Matriz BCG pode responder a alguns dilemas laboratoriais

Daniela Camarinha

Administradora de Empresas com ênfase em Marketing, Pós-graduação em Gestão Empresarial, MBA em Marketing de Serviços e Comunicação e Mestrado em Gestão Estratégica. Forte atuação na área da saúde com mais de 20 anos de experiência no segmento de Medicina Laboratorial, Planos de Saúde e Indústria de Diagnóstico. É sócia proprietária da YouCare tendo participação ativa em projetos de Marketing e Acesso no segmento da saúde, professora de Marketing no MBA da PUC-SP e FGV, palestrante, membro do SINDHOSP (comitê de clínicas e laboratórios) e colunista de diversas publicações na area da saúde.

[email protected]

EstrelaComo o próprio nome sugere, são as estrelas do

seu portfólio e geram uma receita alta. Entretanto, é necessário um alto investimento para que eles alcancem o resultado desejado nas vendas.

Vaca leiteiraSão aqueles produtos que também geram

uma alta receita, mas ao contrário das “estrelas”, a receita vem de forma orgânica e gratuita, sem um alto custo para incentivar as vendas. Geralmente, são aqueles produtos que já estão bem estabelecidos no mercado e, por terem uma boa percepção por parte dos consumidores, acabam se “autopromovendo” e gerando lucro naturalmente.

Esse é o quadrante preferido!AbacaxisComo nem todo produto ou serviço é um

sucesso, esses têm baixo desempenho nas vendas. Representa um ponto de atenção crucial no ciclo de vida desse produto.

Se o plano para recuperar sua força requerer um alto investimento, talvez a saída mais fácil seja o cancelamento da linha e a sua retirada do portfólio.

O exercício vale a pena e, em conjunto com outras iniciativas, nos ajuda a criar estratégias e responder vários de nossos dilemas.

Opinião

2019 - Maratona de Eventos

SETEMBRO53º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica -

Medicina Laboratorial24 a 27 de Setembro de 2019 - Centro de Convenções Sul América - RJ

AGOSTOEncontro de Sociedades – Câncer: Diagnóstico e conduta

2 e 3 de agosto de 2019Local: Hotel Intercontinental (Alameda Santos, 1123, Jardim Paulista, São Paulo-SP)Inscrições: Até dia 01/08 no site www.sbpc.org.br Informações: [email protected]

Tel: (16) 3629-2119 e (16) 99702-9305

4º FILIS – Fórum Internacional de Liderança da Saúde30 de agosto de 2019, 08h às 17h

Local: Teatro Prevent Senior - Instituto Tomie Ohtake - Rua Coropé, 88Pinheiros - São Paulo, SP - www.sympla.com.br

SETEMBRO“Inovação & Partnering para Alavancar a

Bioeconomia na América Latina”3 e 4 de Setembro de 2019

Local: Hotel Grand Hyatt -SPInscrições e informações: www.biolatinamerica.com

Contato: [email protected]

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