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Tarefa Comunicação – 24.10.12 1.Em grupos, leiam as letras das musicas, destacando em cada uma delas: a) Pressupostos Pai afasta de min este cálice: Está suplicando para libertar o povo da opressão. De muito gorda a porca “já” não anda: sistema ditador, de tão corrupto e ineficiente já não funciona. De muito usada a faca “já” não corta: inoperância e desgaste de uma ferramenta politica utilizada à exaustão. b) Subentendidos. Expliquem o que querem dizer. Tragar a dor: imposição de ter que aguentar a dor e aceita-la como algo banal e corriqueiro. Engolir a labuta: ter que aceitar uma condição de trabalho subumana de modo natural e passivo. Mesmo calada a boca, resta o peito: mesmo as pessoas tendo a liberdade de se pronunciarem cerceada, ainda lhes resta o desejo escondido e inviolável dentro do peito. De que me vale ser filho da Santa, melhor seria ser filho da outra: mostra a descrença no Regime politico e rebaixa a figura da “pátria mãe” à condição inferior a de uma “puta”, termo que fica subentendido na palavra “outra”. 2.Vocês consideram a música de Geraldo Vandré um protesto em relação ao regime da época? Justifiquem. Retirem versos para comprovar sua argumentação. Sim, pois essa música foi considerada um hino contra a ditadura. Caminhando e cantando e seguindo a canção/Somos todos iguais braços dados ou não: Representa as passeatas formadas, sobretudo por jovens estudantes, e pessoas de diversos ambientes (agricultores, camponeses, operários, mulheres, professores, jornalistas, intelectuais, padres e bispos) todos com o mesmo desejo de mudança, que protestavam a vozes gritantes, hinos e músicas. E também nos mostra que independente de crenças e idéias, todos são iguais, estando do mesmo lado ou não. Vem vamos embora que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora, não espera acontecer: esse trecho contesta sobre aqueles que sofriam na pele o momento e preferiam ficar em silencio ao invés de tentar alcançar a mudança junto aos estudantes e aos demais. Não se muda um país ficando parado. Ainda fazem da flor seu mais forte refrão/E acreditam nas flores vencendo o canhão: Acreditam na força da palavra vencendo a violência. Há soldados armados, amados ou não/Quase todos perdidos de armas na mão: os soldados pareciam alienados, não sabiam direito o que acontecia ou fingiam não saber, para se redimir da culpa por tantas mortes e desaparecimentos da época. Mas, tinham famílias, namoradas, podiam sim ser amados por alguém ou odiados por todos. Nos quartéis lhes ensinavam antigas lições/De morrer pela pátria e viver sem razão: Os soldados aprendiam lições e como se houvesse uma lavagem cerebral aceitavam cumprir as ordens do governo e morrer pelo país. Cumpriam missões e se ousassem questionar, eram punidos. Enfim, os soldados serviam para fazer o trabalho pesado para os governantes. 3. Qual o sentido da palavra “Cálice” na letra de Chico Buarque de Holanda? Por que o autor pede com insistência esse “Cálice”?

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Tarefa Comunicação – 24.10.12

1.Em grupos, leiam as letras das musicas, destacando em cada uma delas:a) Pressupostos

Pai afasta de min este cálice: Está suplicando para libertar o povo da opressão.De muito gorda a porca “já” não anda: sistema ditador, de tão corrupto e ineficiente já não funciona.De muito usada a faca “já” não corta: inoperância e desgaste de uma ferramenta politica utilizada à exaustão.

b) Subentendidos. Expliquem o que querem dizer. Tragar a dor: imposição de ter que aguentar a dor e aceita-la como algo banal e corriqueiro.Engolir a labuta: ter que aceitar uma condição de trabalho subumana de modo natural e passivo.Mesmo calada a boca, resta o peito: mesmo as pessoas tendo a liberdade de se pronunciarem cerceada, ainda lhes resta o desejo escondido e inviolável dentro do peito.De que me vale ser filho da Santa, melhor seria ser filho da outra: mostra a descrença no Regime politico e rebaixa a figura da “pátria mãe” à condição inferior a de uma “puta”, termo que fica subentendido na palavra “outra”.

2.Vocês consideram a música de Geraldo Vandré um protesto em relação ao regime da época? Justifiquem. Retirem versos para comprovar sua argumentação.Sim, pois essa música foi considerada um hino contra a ditadura.Caminhando e cantando e seguindo a canção/Somos todos iguais braços dados ou não: Representa as passeatas formadas, sobretudo por jovens estudantes, e pessoas de diversos ambientes (agricultores, camponeses, operários, mulheres, professores, jornalistas, intelectuais, padres e bispos) todos com o mesmo desejo de mudança, que protestavam a vozes gritantes, hinos e músicas. E também nos mostra que independente de crenças e idéias, todos são iguais, estando do mesmo lado ou não.Vem vamos embora que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora, não espera acontecer: esse trecho contesta sobre aqueles que sofriam na pele o momento e preferiam ficar em silencio ao invés de tentar alcançar a mudança junto aos estudantes e aos demais. Não se muda um país ficando parado.Ainda fazem da flor seu mais forte refrão/E acreditam nas flores vencendo o canhão: Acreditam na força da palavra vencendo a violência. Há soldados armados, amados ou não/Quase todos perdidos de armas na mão: os soldados pareciam alienados, não sabiam direito o que acontecia ou fingiam não saber, para se redimir da culpa por tantas mortes e desaparecimentos da época. Mas, tinham famílias, namoradas, podiam sim ser amados por alguém ou odiados por todos.Nos quartéis lhes ensinavam antigas lições/De morrer pela pátria e viver sem razão: Os soldados aprendiam lições e como se houvesse uma lavagem cerebral aceitavam cumprir as ordens do governo e morrer pelo país. Cumpriam missões e se ousassem questionar, eram punidos. Enfim, os soldados serviam para fazer o trabalho pesado para os governantes. 3. Qual o sentido da palavra “Cálice” na letra de Chico Buarque de Holanda? Por que o autor pede com insistência esse “Cálice”? Cálice é uma ambiguidade em relação ao imperativo “cale-se”- verbo calar, e remete a atuação da Censura durante o regime militar. O autor suplica por algo que deseja ver à distância, ou seja, pelo fim da repressão, pela queda da ditadura.

4. Interpretem a 3ª estrofe da musica “Cálice”. A que silencio o autor se refere?O silencio está metaforicamente relacionado à Censura.

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5.Justifiquem o titulo da musica: ”Apesar de você” de Chico Buarque.Apesar de você, tornou-se uma forma de expressão contra o governo. A música veio como um desabafo, onde o compositor demonstra todo o medo e tristeza impressos nas pessoas que viviam dentro do clima de angústia gerado pela ditadura, inclusive ele mesmo. A música começa com a demonstração de submissão a alguém, uma pessoa a quem o compositor se refere como você. "Você" tanto para o poeta quanto para as pessoas que captaram o sentido da música naquela época se referia ao presidente Médici. Ao mesmo tempo apresenta um clima de esperança em relação ao futuro, relacionado com a palavra amanhã. É o que dá origem ao título da música... Apesar de você, senhor presidente, tudo vai melhorar, o futuro promete coisas boas, alegria, amor... É uma luta constante entre o compositor e o poder.

6.Qual o sentido dos seguintes versos: “Quando chegar o momento, esse meu sofrimento, vou cobrar com juros, juro...” Quando escreveu estes versos, Chico tinha a certeza de que o regime militar acabaria logo, e que as pessoas envolvidas pagariam caro pelos absurdos cometidos.

7.Quando indagado pela censura sobre quem seria o “você” da letra de sua musica, Chico alegou ser uma mulher muito mandona, autoritária. Vocês Concordam? Por quê?Não, porque a canção é uma crítica às repressões ditatoriais e o ‘você’ da letra era relacionado ao General Médici, presidente do Brasil durante o Regime Militar.

8.Pesquisem uma letra de musica atual que contenha pressupostos e subentendidos. Expliquem o porquê, fazendo uma relação com o contexto histórico da época.

9.Pesquisar o momento histórico em que as canções foram compostas.As três canções foram compostas no período da Ditadura. Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, foi composta em 1968, ano da decretação do AI-5 (Ato Institucional n°5), Regime Militar Provisório. Apesar de você, de Chico Buarque foi composta em 1970, foi gravada em compacto simples no mesmo ano e logo depois censurada, sendo regravada em LP somente em 1978. E Cálice, também composta por Chico Buarque em parceria de Gilberto Gil, foi composta em 1973.

Fabio Dias dos Santos B5446C-4 REliel Teixeira B4711M1 WHerisson L. F. de Lima B48EIH-8 RFelipe Eugenio Mendonça B53859-7 RAnderson Correia Rego B3273H-2 VRicardo Heleno B53HHH-7 RMirian de Moreira B55464-0 RThais Barbosa Rodrigues B543DD-8 RRomulo de Souza Capazzo B52501-5 RLucas Fontes Martinez B56EAE-9 RTiago Ferreira EB2W-41 W