Apaixonada por um Idiota! (Capítulo Extra) - Divino Batista

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Capítulo Extra GRATUITO narrado por NANDA de Apaixonada por um Idiota!

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Sempre que acho necessário, crio arquivos extras que não fazem parte do livro, mas que detalham cenas que talvez poderiam fazer um sentido há mais. Essa é uma delas. Ela é a sequência do final do capítulo 10, que poderia ser adicionada entre as páginas 150 e 151, antes da Ana Clara tentar ajudar a Nanda no trágico incidente que ocorreu na comemoração, sob o ponto de vista da Nanda. Eu precisava saber o que ela estava pensando naquele momento, e o resultado é esse. Espero que gostem.

Beijos! Divino����������� ������������������  Batista

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Capítulo Bônus

Narrado por NANDA

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» A noite que não deveria ter acontecido «

Eu estava super apertada quando Nathalie

apareceu. Eu não poderia esperar nem um minuto há mais para sair feita um míssil em direção ao banheiro feminino e, quando ela avisou que também precisava ir, acabamos deixando a Ana Clara sozinha entre a multidão.

— Desculpem dizer isso na frente de vocês, mas eu vou ter que deixá-las sozinhas novamente. — Nathalie colocou a mão entre as pernas, cruzando-as em seguida — Tenho que ir ao toalete.

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— Eu te acompanho, Nathalie. — eu disse, entregando minha pequena bolsa rosa para a Ana Clara — Estava mesmo a fim de retocar a minha maquiagem. Você não se importa se eu for, se importa? — eu quis saber, assim que ela segurou ou minha bolsa.

Ana Clara fez que não com a cabeça, e então não perdi mais nem um segundo.

— Voltamos em cinco minutos. — acrescentei, agora segurando a mão da Nathalie.

Assim que adentramos no banheiro feminino, Nathelie se trancou em umas das repartições, enquanto eu fazia o mesmo em outra.

Era um alívio estar ali, despejando toda aquela urina no vaso sanitário. Parece hilário, eu sei, mas se a Nathalie não tivesse aparecido não sei o que poderia ter acontecido. Não que a Ana Clara não pudesse me acompanhar, claro que ela poderia, mas acho que já abusei da sua sanidade quando fomos escolher os nossos modelitos mais cedo, e certamente não queria ser comparada com um certo tipo de gente que só lembram das pessoas quando precisam. Ela já estava fazendo o trabalho de ser minha cupida outra vez (sem comentar o quanto seria mais fácil encontrar o Chris se a deixasse vagando por aí, solitária).

Quando abri a porta, dei de cara com a Luciana em frente ao enorme espelho preso na parede. Ela parecia retocar a sua maquiagem.

— Nanda, quando tempo, hein? — ela me encarou pelo meu reflexo no espelho — É impressão minha, ou

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depois que aquela sua prima metida a CDF chegou, você nem quis saber da existência de seus amigos?

— Como é que é, Luciana? — bufei, enquanto tentava assimilar sua ironia.

Ela revirou os olhos antes de abrir a boca outra vez. — Ah, fala sério, Nanda! — e guardou seu batom

dentro da sua bolsinha preta — Da última vez que você veio falar comigo foi no intervalo depois da aula de inglês, isso é, porque você não tinha as respostas da prova surpresa e precisava da minha ajuda.

— Não é verdade! — tentei me defender, me aproximando dela e a encarando assim que ficamos frente a frente — Muita coisa aconteceu, Luciana, e a Ana Clara só está me ajudando a conquis… — parei antes de fazer a maior burrada da minha vida.

Nanda, minha filha, o que você está fazendo? Quer mesmo que a Luciana saiba que você ama o Chris, e que

a Ana Clara está fazendo o papel de cupida para que você possa finalmente ser feliz?

— Então quer dizer que a Ana Clara está te ajudando a conquistar alguém, é isso? — ela me fitou um pouco surpresa, mas com aquela sua certa ironia até — Será que eu poderia saber quem é o coitado? — e sorriu com certo deboche.

— Olha aqui, Luciana, você entendeu tudo errado, eu… — parei de falar assim que a Nathalie saiu de uma das repartições espantada.

— O que está acontecendo aqui, Nanda? — ela fitou a Luciana como se eu tivesse acabado de levar

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uma surra dela. — Ai, meu Deus! Era só o que me faltava! —

Luciana mexeu em uma das mechas de seu cabelo antes de começar a caminhar até a saída — Pra mim já chega! Tenha uma boa noite, amigas! — e saiu do banheiro batendo a porta atrás de si com força.

— Nossa! Você viu? — me ouvi dizer, supressa com aquela atitude incompreensível.

A verdade é que palavras bonitas se tornam descartáveis perto das atitudes estúpidas.

— Não liga não, Nanda! — Nathalie se aproximou colocando sua mão direita por sobre meu ombro esquerdo — Ela está agindo dessa maneira porque nós duas deixamos de ir aos encontros dela como fazíamos antes da sua prima chegar da fazenda.

— É ridículo como algumas pessoas deixam de gostar de você a partir do momento que você não faz o que elas querem. — tentei sorrir, mas falhei vergonhosamente — Ainda bem que a Ana Clara voltou, porque eu já não suportava fazer tudo que a ela queria.

— Falando em viajar, acredita que amanhã eu vou ter que ir visitar os meus avos paterno? — ela sorriu gentilmente — O meu pai está radiante por isso. Eu não queria ir, mas detesto deixar o meu pai triste. Não quero desapontá-lo.

— E pensar que o meu pai deixou de me conhecer para fugir com uma sirigaita. — não consegui evitar. Ouvir a Nathalie comentar sobre ''deixar seu pai triste''

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me fez lembrar que a minha história é exatamente o contrário — Quer saber de uma coisa, Nathalie? — liguei a torneira e, com a palma da minha mão, molhei meu pescoço — As vezes, eu preferiria que o meu pai tivesse morrido igual ao pai da Ana Clara. Talvez assim eu evitaria conhecer algum meio irmão ou irmã no futuro, ou quem sabe, qualquer dia desses.

— Não diga uma coisa dessas, Nanda, a vida reserva para aquelas pessoas aquilo que elas merecem. Talvez ele não merecia te conhecer.

— Talvez, Nathalie! — me ouvi dizer, refletindo sobre o assunto — Talvez! Mas não gosto de falar muito sobre esse assunto com a Ana Clara, ela sempre fica triste e passa quase uma semana fechada para o mundo. — as imagens da Ana Clara chorando transcorreram na minha mente. Era como se um filme passassem por sobre meus olhos.

— Então… Vamos? — Claro! — eu meio que quase gritei ao lembrar

que estavamos perdendo tempo ali naquele banheiro feminino. Certamente a Ana Clara já deve ter encontrado o Chris por aí — A Ana Clara já deve estar preocupada. — e saímos.

* * *

Quando voltamos, lá estava ele. O meu único e verdadeiro amor. Lindo, charmoso, e, como sempre, perfeito: Chris.

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Bingo! Christian também estava ali, ao lado da Ana Clara

como se tentasse pedir desculpas ao Chris por alguma coisa, e me assustei quando vi que o Chris parecia muito chateado.

— Oi, Chris! — decidi abrir a boca, na esperança de faze-lo soltar um meio sorriso. O que certamente funcionou, já que no mesmo instante o Chris ficou um bom tempo me analisando, deixando aquela cara de quem não tomou seu café da manhã ir embora de uma vez por todas.

— Então, vamos? — para a minha sorte (ou azar) Nathalie decidiu quebrar o silêncio. — É claro! — todos nós respondemos em um só

coro. Droga! Lá se vai a minha chance de paquerar o Chris. Agarrei minha pequena bolsa rosa segundos depois

da mão da Ana Clara, e então seguimos em direção as diversas cadeiras posicionadas em frente a um enorme palco que estava a nossa esquerda. Para o meu azar (dessa vez eu tenho certeza), a Luciana estava sentada a uma fileira atrás da gente, acompanhada por algumas de suas amigas que compareceram na comemoração de aniversário da Vitória quando a Ana Clara havia chegado de viagem.

Foram horas e horas de apresentações e orações. Um levanta e senta interminável seguido por ''coloquei- vos de pé outra vez irmãos'' e ''podeis a sentar-vos''.

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Foi então que o pior aconteceu. Senti uma tremenda cólica insuportável, parecia

que o meu bebê imaginário iria nascer a todo o custo. E isso me fez lembrar de anotar em minha agenda: engravidar jamais.

— Está tudo bem, Nanda? — Ana Clara quis saber, preocupada.

Droga! Agora não, por favor! — Não, Ana Clara, não está! — e lancei um olhar

reprovador. — O que aconteceu, Nanda? — ela parecia está

ainda mais preocupada — Me diga! Está se sentindo mal, é isso?

Olhei pra ela como todas as vezes em que isso vem a tona, na esperança de que ela me entendesse mais essa vez. E a maneira como ela me olhava amedrontada, parecia ter compreendido o que estava acontecendo comigo naquele momento.

— Não acredito, Nanda, é a sua...? — mas ela não terminou.

Ai não! Isso não! Isso não! Era tarde demais. Assim como no banheiro, senti descer da mesma

forma em que me aliviava minutos antes, só que desta vez não era urina. E, como na última vez, eu estava completamente: ENVERGONHADA. Essa é a única palavra capaz de definir o que estou sentindo.

Ou seria FERRADA? Tudo bem que da última vez aconteceu, nós ainda

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estávamos em frente de casa, mas, agora, com toda essa gente aqui me encarando, a certeza de ter menstruado não é nada agradável para alguém que está usando um mega e volumoso vestido branco.

De repente, sentir alguém puxar o meu braço esquerdo com muita força e, quando notei quem era, vi a expressão de angústia no rosto de Ana Clara.

— Nanda, sente-se agora mesmo. — não parecia ser um pedido, e sim uma ordem — Rápido, sua boba.

Certamente não era um pedido. Eu a encarei sem entender. — Rápido, teimosa. — ela ordenou mais uma vez. — O que foi? — eu quis saber assim que sentamos

de volta na cadeira, ainda com os olhos arregalados e sem compreender nada.

— A Luciana está te filmando, olhe. — e apontou seu dedo na direção dela.

De todos os que estavam sorrindo, a Luciana era quem mais soltava risos de deboche com o seu celular rosa na mão.

— Ai, droga! — corei de vergonha no mesmo instante.

Só porque discutimos no banheiro feminino não significa que ela tinha o direito de fazer isso comigo — E agora? — sussurrei, desejando que a Ana Clara tivesse alguma ideia maluca capaz de me livrar desse sufoco.

Nesse momento, mais do que nuca, rezei-implorei-berrei para ser engolida pela a terra ao invés de receber

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os olhares apavorantes em nossa direção. — Não acredito que a sua menstruação veio justo

agora, Nanda, principalmente com esse vestido. — Ana Clara sussurrou ao olhar para o estrago que aquela mancha tinha me causado.

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