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Apertização
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS
PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS
APERTIZAÇÃO DE VEGETAIS
Goiânia, Janeiro de 2013.
APERTIZAÇÃO
A apertização está classificada como método de conservação pelo calor.
A técnica consiste na aplicação do processo térmico a um alimento
convenientemente acondicionado em uma embalagem hermética, resistente ao
calor, a uma temperatura e um período de tempo cientificamente determinados,
para atingir a esterilização comercial. Este processo corresponde ao
aquecimento do produto já elaborado, envasado em latas, vidros, plásticos ou
outros materiais e relativamente isentos de ar (CENA-USP, 2002).
PROCESSAMENTO
As etapas básicas do procedimento de apertização são a classificação e seleção da matéria prima. A preparação do alimento para receber o tratamento, com a lavagem, corte e branqueamento. Esses procedimentos tem função de eliminar sujidades, padronizar e amaciar o alimento, respectivamente. O objetivo principal da lavagem é a retirada de material particulado como terra, poeira, insetos, restos vegetais, etc. Essa etapa geralmente é executada por procedimentos combinados. O descascamento e corte, não é necessário para todos os vegetais, mas pros alimentos que precisam dessa etapa, ela geralmente é mecanizada e pode ser facilitada pelo uso de calor previamente ao ato de descascamento. O branqueamento é utilizado com o objetivo de inativação enzimática, eliminação de gases oclusos no tecido do vegetal, acomodação dos produtos nos recipientes, diminuição da carga microbiana inicial do produto.
A etapa de preenchimento dos recipientes necessita de muito rigor, pois o recipiente não pode ficar muito cheio, para não ocorrer um derramamento do produto, mas também não pode ficar vazio, pois assim permitiria acumulo de ar, o que não é desejável. Nessa etapa adicionam-se os vegetais e a sopa (Xarope ou salmoura).
A exaustão consiste na remoção de ar do interior da embalagem e os métodos principais de exaustão são a exaustão térmica, cujo mecanismo baseia-se na remoção do oxigênio do recipiente pelo aquecimento do mesmo, a exaustão mecânica que é executada com auxílio de bombas que promovem pressão negativa e consequentemente retiram o oxigênio e a injeção de vapor, processo que adiciona vapor de água e resulta na remoção do ar por competição por espaço físico.
Após o processo de exaustão ocorre a recravação, técnica de
fechamento da tampa e formação de vácuo, isolando o produto do contato com
o meio externo. A seguir é feito o tratamento térmico propriamente dito, as latas
são submetidas a altas temperaturas e pressão em autoclaves, chegando a
temperaturas em torno de 120 ºC, essa etapa é seguida de um resfriamento
gradual das latas. Após o resfriamento ocorre a rotulagem, armazenamento e
expedição do produto.
FLUXOGRAMA GERAL DE APERTIZAÇÃO DE VEGETAIS
CARACTERÍSTICAS PECULIARES DOS PRODUTOS
Embora o fluxograma do processamento do milho, ervilha, seleta e
conservas possa ser expresso de forma geral, existem características próprias
de cada produto que precisam ser levadas em consideração no momento do
processamento. O milho por exemplo precisa acrescentar as etapas de
debulha e “sopro das barbas” (remoção dos estilo-estigmas), já as ervilhas
necessitam de um aditivo específico (INS 143) com a finalidade de manter a
coloração característica do produto.
Recepção e
tratamento da
matéria prima
Limpeza e inspeção
da embalagem
Enchimento com os
vegetais e adição da
sopa (Xarope ou
salmoura)
Exaustão Recravação Tratamento térmico:
120 ºC
Resfriamento Armazenamento Expedição
FLUXOGRAMA DE PROCESSAMENTO DE PALMITO EM CONSERVA
PONTOS CRÍTICOS NO PROCESSAMENTO DO PALMITO
Dentre os diversos programas voltados para a gestão de qualidade o
mais eficiente no processamento de alimentos é a Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle (APPCC), o qual pode ser definido como um conjunto
sistemático de atividades utilizadas para o controle da produção de alimentos,
garantindo sua segurança e qualidade. (SOARES et al., 2002).
Os principais problemas na conserva de palmito são o escurecimento
causado pela exposição prolongada do palmito cortado ou excesso de
tratamento térmico; Alteração do pH, causada pelo tipo de matéria prima
utilizada, excesso ou falta de ácido no preparo da salmoura; Estufamento que é
a contaminação por microrganismos que produzem gases, como
conseqüência a tampa estufa perdendo-se o vácuo formado durante a
esterilização.( Embrapa, 2004)
Tabela 1 - Análise de perigos das Matérias Primas e Ingredientes no processamento mínimo de palmito pupunha e respectivas medidas
preventivas. Adaptado de Geraldeli et al. (2010).
Matéria Prima/In-
grediente
Perigo Biológico Perigo Físico Perigo Químico Justificativa Medidas Preventivas
Palmito in
natura
Contaminação com
esporos de C.
botulinum
Pedras, pelos,
cabelos, aparas,
dejeções de insetos
Não há Armazenagem
inadequada, longa,
desconhecimento de
BPMP
Exigências dos
padrões
estabelecidos e
supervisão da
extração e
processamento
Água Contaminação
bacteriana
Pedras, pelos, etc... Contaminantes, metais,
superdosagem de cloro,
etc..
Fonte e armazenagem
deficientes em controle
sanitário
Tratamento eficaz e
higienização dos
reservatórios cobertos.
Ácido cítrico Não há Pedras, pelos, etc... Contaminantes químicos Falha na purificação Certificação de
produção
Etapa do
Processo
Perigo Biológico Perigo Físico Perigo Químico Justificativa Medidas Preventivas
Recepção Contaminação
bacteriana, fungos ou
leveduras
Pedras, pelos, etc... Não há Falha na seleção e
BPMP ineficaz
Rigor na inspeção e
supervisão
Sanitização/
limpeza
Recontaminação Pelos, cabelos, etc... Super dosagem ou
resíduos no alimento
Falha na limpeza e nas
BPMP
Uso correto e
treinamento
Corte Patógenos
contaminantes em
manipuladores ou
utensílios
Pelos, cabelos, etc... Não há Falha na higiene pessoal
ou na rotina de
sanitização
Treinamento em
BPMP e afastamento
de doentes.
Embalagem Bactérias
contaminantes
Pelos, cabelos, etc... Não há Falha na higiene pessoal Treinamento de
BPMP
Armazena-
gem/ Resfria-
mento
Contaminantes por
perfuração
Perfuração da
embalagem
Não há Falha na manipulação Acondicionamento
rápido e eficaz,
inspeção
Tabela 2 - Análise de perigos das Etapas do processamento mínimo de palmito pupunha e respectivas medidas preventivas. Adaptado de
REFERÊNCIAS
CENA-USP, Conservação de alimentos. 2002. Disponível em:
<http://www.cena.usp.br/irradiacao/conservacao.htm> Acesso em: 20 jan 2013.
Embrapa, Processamento do palmito de pupunheira em agroindústria
artesanal – Uma atividade rentável e ecológica. Disponivel em:
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pupunha/PalmitoP
upunheira/defeitos.htm> Acesso em 20 jan 2013.
GERALDELI, L.F.; MOREIRA, P.E.S.; GRAEBIN, T. K. Projeto para
implantação de indústria processadora de palmito pupunha em Mariluz.
UEM, 112p. 2010
MESSANO, A.J.G.P, Princípios de Processamento Térmico.2011.
Disponível em: <http://accaciamessano.com.br/wp-
content/uploads/downloads/2011/07/ESTERILIZAÇÃO-2011.pdf> Acesso em:
20 jan 2013.
SAKASHITA,C.L.N; CALDAS NETO, S.F. Aplicação do sistema de análise
de perigos e pontos críticos de controle (appcc) em processamento
mínimo de palmito pupunha em associação de produtores no noroeste do
paraná. 2011
SOARES, J. Análise de Pontos Críticos no abate de frangos, através de
indicadores microbiológicos. Higiene Alimentar, v. 16, p. 53-61, 2002