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EDIÇÃO I / ANO I / SEMESTRAL / DEZ 2013 - JUNHO 2014 Revista Diálogo e cooperação começam a dar resultados Birô de Engenharia: Grande ABC inaugura o 1º Birô de Ferramentaria da América Latina Intercâmbio: APL faz parcerias com Japão e EUA Inovar-Auto: Setor de Ferramentaria é contemplado

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EDIÇÃO I / ANO I / SEMESTRAL / DEZ 2013 - JUNHO 2014

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EDIÇÃO I / ANO I / SEMESTRAL / DEZ 2013 - JUNHO 2014

Revista

Diálogo e cooperação começam a dar

resultados

Birô de Engenharia:Grande ABC inaugura

o 1º Birô de Ferramentaria

da América Latina

Intercâmbio: APL faz parcerias com

Japão e EUA

Inovar-Auto:Setor de Ferramentaria

é contemplado

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Editorial

O setor de Ferramentaria nasceu como um aprimoramento da atividade metalúrgica, por meio de um ciclo virtuoso proporcionado pelos avanços tecnológicos neste segmento ao

longo dos séculos. Das mãos humanas que moldavam vasos de barro até as mais modernas técnicas de conformação uti-lizadas atualmente, o homem acumulou conhecimentos que permitiram o surgimento de inovações capazes de melhorar a produtividade tanto em escala como em qualidade. Elo fundamental desta cadeia do saber, o trabalhador da área de ferramentaria cria, desenvolve e produz ferramentas e peças que moldam ou conformam a maioria das matérias-primas que estão ao nosso redor. É o ferramenteiro, profissional mais completo da metalurgia, que materializa o conheci-mento em novas tecnologias para o setor. No Brasil, o investimento no domínio das técnicas de conformação sedimentou as bases para o surgimento de uma indústria inovadora e diversificada. A chegada das grandes montadoras à Região do Grande ABC na década de 1950 impulsionou o setor de conformação, fazendo surgir um grande contingente de mão de obra altamente especializada e transformando a região em um centro de excelência para a cadeia automotiva.Nos anos 1980, quando a indústria automobilística ins-tituiu a sua política de terceirização da produção, muitos operários perderam seus empregos nas montadoras. A inventividade deste grupo de trabalhadores transformou um momento de crise em oportunidade. De operários de chão de fábrica, eles passaram a novos empreendedores, investindo o dinheiro recebido nas indenizações na compra de maquinário e no desenvolvimento de novas tecnologias, absorvendo assim a parte da produção que não interessava mais ser desenvolvida internamente pela montadora. Hoje o setor de Ferramentaria reúne mais de 10 mil empresas, gera cerca de 166 mil empregos em todo o País e enfrenta um novo desafio: vencer a concorrência dos componentes fabricados fora do Brasil. O aumento dos produtos importados, vindos especialmente da China, trouxe como consequência a redução das encomendas das montadoras junto à cadeia produtiva de conformação brasileira, ameaçando a estabilidade de um setor que é, além de estratégico na estrutura industrial do País, capaz

de produzir bens de alto valor agregado.Diante deste cenário, a Região do Grande ABC mais uma vez busca o diálogo e a negociação para enfrentar a crise do segmento. Com o apoio das Prefeituras de São Bernardo do Campo e de Diadema, do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e de entidades sindicais e industriais, os empresários do setor formaram o APL (Arranjo Produtivo Local) Ferramentaria do Grande ABC. Desde novembro de 2011, o grupo de cerca de quarenta empresários se reúne periodicamente com os representantes dessas instituições, de universidades e de instituições financeiras públicas e privadas, para debater ideias e propor ações voltadas ao fortalecimento do setor de Ferramentaria. Para registrar as conquistas e apresentar os avanços percebidos no setor, o APL lança a “Revista APL Ferramentaria do Gran-de ABC”. A publicação faz um resgate desses dois anos de atu-ação do grupo, destaca as parcerias firmadas com o Governo Federal e com as universidades e instituições de ensino e relata ainda o produtivo diálogo entre os empresários do segmento e as montadoras instaladas na região. É pauta desta edição o intercâmbio entre o APL Ferramentaria do Grande ABC e empreendedores do setor com atuação em outras regiões do Brasil e também fora do País. De olho no caminho a trilhar, a Revista publica as metas do setor de Ferramentaria brasileiro que busca fazer que o Brasil esteja entre os três melhores Países do mundo no fornecimento de moldes e ferramentas até 2020. Com o novo regime auto-motivo brasileiro, o Inovar-Auto, e as previsões favoráveis para a indústria automobilística no Brasil, a cadeia produtiva de conformação planeja superar rapidamente os atuais obstáculos para tornar-se mais competitiva. Por meio da cooperação e do diálogo, o APL Ferramentaria do Grande ABC sedimenta um novo caminho na direção de um crescimento sustentável que visa a geração de emprego, a produção de novas tecnologias e a inovação. Confira essas ações nas próximas páginas. Boa leitura! APL Ferramentaria do Grande ABC

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Sumário

Matéria de Capa

Artigo

Entrevista

Tecnologia, Inovação e Qualificação

Relações Institucionais e Políticas Públicas

Crédito e Financiamento

Mercado

Empresas do APL

10 – Mesa do Diálogo e da Cooperação: Texto resgata histórico do APL e traz depoimentos

9 – Fernando Pimentel, Ministro: Caminho a seguir

6 - Marinho, Prefeito de São Bernardo e Presi-dente do Consórcio Grande ABC, e Moan, Pre-sidente da Anfavea, ressaltam importância do APL

18 – Região terá Núcleo Avançado de Inovação Setorial com Birô de Engenharia em Ferramentaria21 - Senai amplia cursos em Ferramentaria22 - Empresas do APL participam do Projeto Focem no Mercosul

24 – Inovar-Auto: Ferramentaria é contemplada no regime automotivo brasileiro26 – Missão Empresarial: Coordenador do APL vai aos EUA / Intercâmbio Nacional: APL é referência para outras regiões27 – Intercâmbio Internacional28 – Diagnóstico do Setor: APL entrega propostas ao Ministro

30 – Pró-Ferramentaria: Crédito para o setor

32 – Com Inovar-Auto, investimentos anuncia-dos já somam R$ 8,3 bilhões

33 - Algumas empresas participantes

A Revista APL Ferramentaria do Grande ABC é uma publicação do Arranjo Produtivo Local do Setor de Ferramentaria do Grande ABC. A publicação teve a coordenação dos empresários Paulo Braga e Carlos Manoel e do Secretário de Desenvolvimento Econômi-co, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo Jefferson José da Conceição. Realização: Moato Comunicação Integrada. Jorna-lista Responsável: Rosemeire Cristina Silva – Mtb 43.809. Direção de Arte: André Tolenttino. Revisão: Danilo Gonçalves e assessores da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo: Roberto Vital Anau, Maisa Sodré e Eleni Mariano. Contato do APL: Eleni Mariano - [email protected]. Tel.: 11 4348 1000 - ramal 2273.

Expediente

24 Inovar-Auto Ferramentaria é contemplada

Maurício Tomazetti, Jefferson Conceição, Luiz Marinho, Fernando Pimentel, Carlos Manoel, Heloisa Menezes, Margarete Gandini, Paulo Braga

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EntrevistaLUIZ MARINHO PREFEITO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO E PRESIDENTE DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC

O próprio Inovar-Auto deve muito ao APL de

Ferramentaria“Ferramentaria é uma vocação do Grande ABC. Temos um polo de empresas nesse segmento que constitui um núcleo de trabalho qualificado e um elo fundamental na cadeia de produção automotiva, pilar de nossa cidade e região”.

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Prefeito de São Bernardo do Campo e Presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Luiz Marinho destaca a importância do setor de Ferramentaria e do Arranjo Produtivo Local (APL) para o Inovar-Auto.

O que representa o APL Ferramentaria para a cidade e qual o objetivo em apoiar o Arranjo Pro-dutivo Local do setor?Ferramentaria é uma vocação do Grande ABC. Temos um polo de empresas nesse segmento que constitui um núcleo de trabalho qualificado e um elo fundamental na cadeia de produção automotiva, pilar de nossa cidade e região. Há poucos polos semelhantes no Brasil e eles acompanham a atividade do nosso APL. Recentemente, o segmento passou por dificuldades, primeiro com a crise de 2009 e depois com a invasão de ferramentais importa-dos. Tem havido dificuldades para realizar investimentos em inovação tecnológica necessários para nos equiparar com a qualidade e a rapidez dos concorrentes internacio-nais. Também houve um certo esvaziamento profissional. Nem no quadro técnico, nem no nível superior, tem surgido muitos interessados em trabalhar na área. Deixar acabar um setor tão essencial e qualificado não é uma opção para nossa cidade e para o ABC. Por isso, o APL busca organizar os empresários, sindicatos, universidades e governos locais para buscar soluções e projetos junto às montadoras, órgãos do Governo Federal, instituições financeiras públicas e privadas, assim como realizar parce-rias para inovação e qualificação profissional. Preservar o setor é assegurar empregos de qualidade, renda, atrativida-de da região para novos investimentos e maior arrecada-

ção tributária, necessária para as políticas sociais.

De que forma a Prefeitura tem apoiado o APL Fer-ramentaria? Em primeiro lugar, como organizadora de reuniões, motivadora junto aos atores fundamentais (empresários, dirigentes sindicais, gestores acadêmicos). Também temos papel de primeira importância na articulação com órgãos federais como o MDIC, MCTI, BNDES, Finep, ABDI e estaduais como o Desenvolve SP. Montamos uma coor-denação com alguns dos membros que possuem repre-sentatividade e disponibilidade para organizar as reuniões e encaminhar as deliberações. A partir das demandas dos empresários e sindicatos, realizamos novas articulações para encaminhar projetos específicos que atendam pon-tos-chaves da sobrevivência e competitividade do setor. As reuniões costumam ocorrer no Salão Nobre da Prefeitura, com algumas exceções.

Qual a importância da cadeia produtiva de con-formação para a cidade e para a região? Já tocamos no assunto, mas basta lembrar quanto a imagem do ferramenteiro está associada à do trabalhador metalúrgico de São Bernardo e do ABC. O engenheiro especializado na área é outra figura simbólica, talvez menos difundida em termos populares, mas muito forte

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junto aos agentes econômicos envolvidos. As empresas participantes do APL situam-se em São Bernardo do Campo e cidades vizinhas no ABC.

Promover ações voltadas ao fortalecimento do setor de Ferramentaria trará quais ganhos para São Bernardo do Campo e para o Grande ABC? Manter empregos qualificados, empresas fortemente inseridas no tecido urbano e nas cadeias produtivas e estimular a inovação, que é a marca da atividade das fer-ramentarias. Assim também podemos incorporar as uni-versidades e centros de pesquisa e revigorar a qualificação profissional de nível técnico e superior. Por isso estamos em entendimento permanente com instituições como o Senai, o Instituto Mauá, a UFABC, a FEI e outras.

Na sua opinião, a experiência do APL Ferramen-taria pode ser considerada uma espécie de matriz para a criação de um projeto regional, como a criação de um Polo Tecnológico?Mais que isso. O próprio Inovar-Auto, em sua concepção fundamental, que é o fortalecimento da cadeia produtiva automotiva, condicionando as importações ao desenvol-vimento da indústria brasileira, deve muito ao APL de Ferramentaria, como reconhecem as autoridades federais envolvidas com o programa. Além disso, uma conquista muito importante do APL foi a inclusão explícita de Moldes e Ferramentais como produtos cuja fabricação no Brasil é estimulada pelo Inovar-Auto. Por todos esses elementos, o APL Ferramentaria do Grande ABC tem sido um modelo para outros APLs implementados pela Prefeitura de São Bernardo do Campo, em conjunto com outras prefeituras vizinhas, o Consórcio e a Agên-cia de Desenvolvimento do ABC. Além disso, projetos específicos, como o Birô de Engenharia atualmente em fase de finalização para captação de recursos federais, em parceria com o Instituto Mauá e a UFABC, mostram a capacidade de solucionar gargalos para aumentar a competitividade do setor. Por fim, o Parque Tecnológico, como não poderia deixar de ser, inclui Ferramentaria como um dos eixos de sua atuação, que reunirá o setor produtivo, universidades e o governo local. O próprio Birô de Engenharia, em uma etapa posterior, poderá ser incorporado ao Parque Tecnológico.

A cidade depende, muitas vezes, de outros níveis de governo e de entes privados para resolver questões municipais e criar políticas públicas.

Diante deste contexto, qual é o papel da Prefeitu-ra de São Bernardo do Campo na busca de solu-ções para o setor de Ferramentaria? A Prefeitura tem sido muito atuante na articulação com outras esferas de governo. Como agentes públicos e representantes políticos, temos realizado constantes iniciativas de busca de apoio e relacionamento mais sistemático com a União e o governo estadual. Temos tido respostas muito positivas da área federal: ministé-rios, bancos públicos, órgãos de fomento. O exemplo do Inovar-Auto é ilustrativo, mas há outros, inclusive na relação com outros APLs como Defesa, Autopeças, Química, Gráficos, Panificação e Moveleiro. Com o governo estadual, o apoio ainda se situa em patamar mais baixo, mas nos esforçamos para ampliá-lo. A par-ticipação nas instituições regionais do ABC (Consórcio e Agência) fortalece esses relacionamentos e possibilita aportes muito importantes de recursos, como temos visto nas áreas de Habitação, Transporte e Saúde, entre outros. Na área do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo já contamos com apoios expres-sivos e pretendemos ampliá-los ainda mais. O setor de Ferramentaria tem nos acompanhado nos contatos com Ministros de Estado e órgãos de fomento, o que fortalece sua própria capacidade de interlocução com as autoridades federais e estaduais, bem como sua com-preensão da importância da Prefeitura na sua própria organização e em suas conquistas.

O Brasil vive atualmente um processo importante de desenvolvimento sustentável e igualitário. Na sua opinião, o APL Ferramentaria do Grande ABC pode contribuir para este ciclo? Sem dúvida. Ele permite gerar empregos qualificados, preservar e reforçar nossa inserção em cadeias produtivas nacionais e mundiais, aumentar a capacidade do setor de inovar e atuar simultaneamente na produtividade, incorporação de novas tecnologias e redução de custos. Esses fatores propiciam o aumento da renda local e re-gional. Para isto, muito contribuíram o Presidente Lula e, agora, a Presidenta Dilma, que combinaram políticas ativas de distribuição de renda e ampliação de oportu-nidades, com novas políticas industriais e de desenvol-vimento tecnológico. A inserção da Ferramentaria no Inovar-Auto decorreu da sensibilização das autoridades federais sobre a importância de preservar esse segmento de alta qualificação no Brasil, evitando sua substituição por ferramentais importados.

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EntrevistaLUIZ MOAN PRESIDENTE DA ANFAVEA

Luiz Moan, Presidente da Anfavea (Associa-ção Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), ressalta a importância da Ferramentaria para o setor automotivo e também para a indústria brasileira.

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A Ferramentaria é fundamental para

o fortalecimento da base do setor

automotivoQual a sua visão do Inovar-Auto? Como vê a questão do conteúdo nacional de autopeças e de ferramentaria no Inovar-Auto?Quanto ao índice de conteúdo local de autopeças, é fun-damental o fortalecimento da cadeia visando à sustenta-ção de médio e longo prazo da indústria no Brasil. Para isso estamos trabalhando em incentivos ao setor pelo Inovar-Auto, com a obrigatoriedade de maior volume de compras locais. No Inovar-Autopeças, estamos desenvol-vendo o programa com o governo no sentido de esta-belecer novos instrumentos de fortalecimento do setor de autopeças. A Anfavea está trabalhando especialmente com a rastreabilidade, mecanismo que permitirá que o setor e o governo brasileiro conheçam o volume de auto-peças importadas. A ferramentaria é também fundamen-tal para o fortalecimento da base do setor automotivo, já que pouca gente percebe a alta tecnologia envolvida nesse sistema e o potencial de inovações no setor.

Como o senhor vê o setor de ferramentaria no Brasil hoje? Em que patamar o senhor classifica-ria a competitividade das ferramentarias nacio-nais no tocante a prazo, preço e qualidade?O setor de ferramentaria, assim como a indústria como um todo, perdeu competitividade e por isso apoiamos claramente o APL em São Bernardo do Campo e con-sideramos fundamental um centro único de desenvolvi-mento de projetos para atender a todas as empresas que formarem o APL local. O centro receberá investimentos e concentrará alta tecnologia.

Que ações as montadoras de veículos pretendem tomar para desenvolver os fornecedores no Brasil?Esse é um trabalho permanente desenvolvido pelas montadoras que, com o Inovar-Auto e Inovar-Au-topeças, aumentará a capacitação, desenvolvimento, modernização e produtividade da cadeia.

Como o senhor vê o surgimento do APL Ferra-mentaria do Grande ABC?Neste ponto, quero destacar o papel do Prefeito Luiz Marinho, que detectou a importância de manter o setor de Ferramentaria forte, moderno e produtivo. Importante não somente para o setor automotivo, mas para a indústria em geral.

De que forma o senhor vê o esforço do APL Ferra-mentaria do Grande ABC em estruturar um Birô de Engenharia em parceria com universidades, visando o incremento da eficiência e da rapidez na confecção de projetos no Brasil?Como já disse, a Prefeitura recebe apoio total e integral por parte da Anfavea. Sabemos que o verdadeiro grau de competitividade do futuro será derivado da inovação e competência tecnológica.

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www.aplferramentaria.com.br APL Ferramentaria do Grande ABC | 9

ArtigoFERNANDO PIMENTELMinistro DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

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“O polo de Ferramentaria do Grande ABC é uma experiência bem sucedida que pode ser replicada em outras regiões do País, contribuindo para tornar o Brasil um player internacional no segmento”.

A indústria automotiva encontrou na Região do Grande ABC campo fértil para seu desenvolvimento. Num círculo virtuoso, investimentos atraem novas empresas, gerando empregos, renda, ações de quali-ficação profissional, aportes em pesquisa e inovação e mais divisas para o poder público. Os anúncios de investimentos feitos ao longo do ano, na esteira do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Auto-motores (Inovar-Auto), o novo regime automotivo, nos deixam confiantes no fortalecimento da indústria automotiva nacional. Já somos a sétima maior in-dústria automotiva do mundo e o quarto mercado. Nosso esforço é o de equalizar esses dois rankings.

Com esse objetivo, o Inovar-Auto pretende a produção de carros mais seguros, econômicos e mais eficientes do ponto de vista energético. Essa evolução vai possibilitar o aumento da exportação de veículos fabricados no Brasil. Desde a entrada em vigor do novo regime auto-motivo, em janeiro passado, 11 montadoras anuncia-ram a construção ou ampliação de plantas industriais ou a vinda para o Brasil. O investimento anunciado desde então já soma R$ 8,3 bilhões. Com mais mon-tadoras instaladas e produzindo no País, toda a cadeia produtiva se fortalece, gerando a necessidade de tam-bém investirmos no desenvolvimento dos fornecedores.

No âmbito do Inovar-Auto, também foi lançado o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do

Caminho a seguirsetor de Autopeças, que se soma a uma série de outras ações e medidas dirigidas do Governo Federal a essa cadeia produtiva. Uma dessas políticas é o fortaleci-mento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), cujo acompanhamento cabe ao Grupo de Trabalho Perma-nente (GTP-APL), composto por diversas instituições e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com mais de mil APLs identificados em todo o País, o Arranjo de Ferramentaria do Grande ABC se destaca pelo seu potencial econômico, ampliado pelo Inovar--Auto. O novo regime automotivo estabelece a redução de até 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a montadora que comprovar gastos com ferramentaria e investimentos em engenha-ria, tecnologia industrial básica, capacitação de forne-cedores e desenvolvimento de ferramental, moldes e modelos para moldes realizados no Brasil.

Juntos, governo e empresas, estamos buscando encontrar maneiras de incentivar a cooperação entre as empresas do setor, prospectar novos mercados, estabelecer diálogo com as instituições financeiras para facilitar o crédito para o segmento e incluir a engenharia de ferramentais nos projetos dos parques tecnológicos em instalação nessas regiões. O polo de Ferramentaria do Grande ABC é uma experiência bem sucedida que pode ser replicada em outras regiões do País, contribuindo para tornar o Brasil um player internacional no segmento.

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Matéria de Capa

Responsável por transformar a Região do Grande ABC em um centro de excelência para a cadeia automotiva, o setor de Ferramen-taria enfrentou, nos últimos anos, uma série de dificuldades. Os efeitos da crise mundial de 2009 e a invasão de componentes fabri-cados fora do Brasil deixaram o segmento enfraquecido. A escassez de trabalhadores qualificados tam-bém afetou o setor, que é estrutu-rado essencialmente por uma mão de obra altamente especializada. A falta de crédito dificultou a reali-zação de novos investimentos em inovação tecnológica e o segmento perdeu competitividade.

Para enfrentar esses obstáculos, um grupo de empresários do setor se reuniu e buscou o apoio do setor público e dos sindica-tos da região. Com o apoio das Prefeituras de São Bernardo do Campo e Diadema, do Consór-cio Intermunicipal Grande ABC, da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, do Sindicato dos Metalúr-gicos de Santo André e Mauá e da indústria, o grupo formou o APL (Arranjo Produtivo Lo-cal) Ferramentaria do Grande ABC. Desde novembro de 2011, cerca de quarenta empresários se reúnem periodicamente com os representantes dessas institui-

FOTO | WILSON MAGÃO

ções para debater ideias e propor ações voltadas ao fortalecimento da Ferramentaria.

A inclusão do setor no novo regime automotivo brasileiro, o Inovar-Au-

to, e a criação do Núcleo Avançado de Inovação Setorial (NAIS) do Grande ABC são resultados efeti-vos desta atuação. A parceria com o Senai deve ampliar as vagas em cursos de qualificação profissional

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APL Ferramentaria do Grande ABC supera obstáculos e encara um novo desafio: colocar o Brasil na rota da produção mundial de ferramentas e moldes

Mesa do Diálogo e da Cooperação

voltados ao segmento e o diálogo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pode disponibilizar em breve uma linha de crédito específica para a cadeia produtiva de conformação.

O intercâmbio entre integrantes do APL Ferramentaria e empresários de outras regiões do Brasil e do exte-rior tem contribuído para buscar soluções conjuntas para o setor. Por meio do diálogo e da cooperação, o

APL Ferramentaria do Grande ABC vem construindo um novo caminho na direção de um crescimento sus-tentável que tem como meta colocar o Brasil na rota da produção mun-dial de ferramentas e moldes.

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Janela de OportunidadesExperiência pioneira de articulação regional, o Grande ABC buscou mais uma vez o diálogo e a negocia-ção para transformar um momento de crise em novas oportunidades. “Havia um vendaval que estava transformando a tese de desin-dustrialização da região em algo verdadeiro. Quando o grupo de empresários do setor de Ferramenta-ria nos apresentou o diagnóstico da indústria do segmento, percebemos que era necessário adotar medidas anticíclicas para mudar aquele cená-rio. Começamos a nos reunir para buscar soluções conjuntas”, lembra Rafael Marques, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.

Um dos Coordenadores do APL Ferramentaria do Grande ABC, o empresário Carlos Manoel de Carva-lho, relembra as primeiras iniciativas do grupo. “Reunimos alguns em-presários e procuramos o Luis Paulo Bresciani, então Secretário de Desen-volvimento Econômico da Prefeitura de Diadema na época e hoje Secretá-rio Executivo do Consórcio Intermu-nicipal Grande ABC. Conversamos e percebemos que o setor devia preparar uma proposta que não fosse crítica. Tínhamos a ideia de elaborar um documento que apresentasse a

cadeia produtiva de conformação e mostrasse a importância da criação de uma política pública para o setor”, relata o Diretor da Tribomat, empresa situada em Diadema.

“Foi um processo natural da coope-ração entre setor público e iniciativa privada em função da relevância do segmento de Ferramentaria para a região”, diz Luis Paulo Bresciani. Para Jefferson José da Conceição, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo, o diálogo com os empresários foi fundamental na busca de soluções. “Naquele mo-mento, passamos a fazer um amplo debate com o setor para poder ela-borar um levantamento correto das questões e dos problemas, muitos dos quais têm as suas soluções fora do âmbito do município”.

Com o estímulo dessas lideranças, o grupo de empresários preparou uma apresentação do setor e, com o apoio das Prefeituras de São Bernar-do do Campo e Diadema, além do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, passou a fazer uma série de reuniões com os Ministérios, em Brasília, para apresentar a cadeia produtiva de conformação e destacar a im-portância do setor, que é capaz de produzir bens de alto valor agregado.

“O governo entendia que o processo industrial com as montadoras come-çava da prensa para frente. Naquele momento eles entenderam que a tecnologia existia da prensa para trás”, destaca Carlos Manoel.

A partir desse diálogo, o APL Fer-ramentaria passou a trabalhar junto com o governo, principalmente com a ABDI (Agência Brasileira de De-senvolvimento Industrial) e o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) para desenvolver novas propostas volta-das ao setor. A inclusão explícita de Moldes e Ferramentais no texto do Inovar-Auto é fruto desta articulação promovida pelo APL Ferramentaria do Grande ABC em conjunto com o Governo Federal. Tal inclusão permi-te que a aquisição desses itens no País possibilite ao comprador usufruir do crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “É um movimento feito pelo Governo Federal, pelos governos municipais, pelas empresas e pelos sindicatos. São atores diferentes atuando juntos para criar uma política industrial para o País”, destaca Carlos Manoel.

Para o empresário, os resultados dessa articulação regional são grandiosos. “A perspectiva é boa em dois sentidos. Primeiro porque

Matéria deCapa

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Depoimentos

você consegue absorver e atender esses novos pedidos gerados a partir da criação do Inovar-Auto e usar a cadeia completa de produção den-tro do Brasil. O fator multiplicador do investimento da montadora é enorme. Qualquer projeto que você coloca no Brasil multiplica a cadeia com uma velocidade que é impres-sionante. E o outro fato é que nós temos uma mão de obra qualifi-

cada para desenvolver um projeto. O Brasil não precisa fazer a curva de aprendizado novamente para receber novos projetos”, ressalta o Diretor da Tribomat.

Hoje o setor de Ferramentaria reúne mais de 10 mil empresas e gera cerca de 166 mil empregos em todo o País. Com o fortale-cimento da cadeia produtiva de

conformação e o aumento da pro-dução, há expectativa de aumen-tar em mais de 50% as vagas no setor. “É bom para o trabalhador, é bom para a empresa, é bom para a inovação e é bom para o País”, comemora o integrante do APL Ferramentaria do Grande ABC, que destaca: “Esta é uma janela de oportunidades que o Brasil não pode perder”.

Somos uma empresa atuando há quase 30 anos no mercado. Vimos de tudo um pouco. Os últimos anos não têm sido

fáceis, e a indústria entrou em uma grave crise. Para solucionar isso, temos que aca-bar com os entraves ao desenvolvimento. Talvez o maior deles seja a cultura de que o governo quer uma coisa e o empresa-riado quer outra. Nada disso. Precisamos

estar juntos, “remar” para a mesma direção. Pela primeira vez, vemos um esforço em conjunto entre empresariado e poder público, o que demonstra uma quebra de paradigmas, uma canalização de energias no caminho certo. Como um dos coordenadores do APL de Ferramen-taria, vislumbro um futuro promissor com vontade política e engajamento das empresas.

Colocar as empresas da região para dialogar foi uma grande conquista do APL Ferra-mentaria do Grande ABC.

Com essa cooperação conjunta entre trabalhadores, empresários e gestores

públicos, a Região vive uma grande oportunidade de pensar e agir para manter o Grande ABC preponderan-temente industrial. O ABC precisa manter o seu perfil industrial, a sua característica industrial.

O APL Ferramentaria do Grande ABC consiste de uma das raras situações em que ob-servamos em uma mesma mesa

de reuniões representantes do governo nas variadas esferas, representantes da indústria em toda sua cadeia de forne-cimento (montadoras, ferramentarias, fornecedores de insumos), represen-

tantes dos sindicatos de trabalhadores, de universidades, de organizações financeiras. Todos debatem os desafios para o desenvolvimento das indústrias de Ferramentaria do ABC. Há um raro entendimento da necessidade de forta-lecer o setor e também maturidade para colocar em prática soluções concretas neste sentido.

O Setor de Ferramentaria tem ainda muitos desa-fios a serem superados. O principal é que as ações

possam beneficiar o setor como um todo, principalmente as pequenas ferramentarias que ainda continuam sofrendo bastante. O que precisa ser feito é trabalhar na base da pirâmide, ou seja, ter ações efetivas nas pe-quenas e médias empresas da cadeia produtiva.

Os Arranjos Produtivos Locais são iniciativas que reúnem os diferentes atores locais para buscar soluções

em conjunto para um setor que enfrenta dificuldades. A iniciativa do APL Ferramentaria do Grande ABC é inédita e tem uma articulação re-gional muito importante. O Inovar--Auto e o Núcleo Avançado de Ino-vação Setorial (NAIS) são resultados desse trabalho. Com o Inovar-Auto, esperamos que a demanda cresça. E o NAIS é fundamental para atender esta nova demanda.

““Denis Cavale - Gerente de Tecnologia e Planejamento - Ferosão JCR e Coordenador do APL

Fausto Augusto Junior - Assessor Técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos – Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) e Coordenador do APL

Ivan Braga Ramos - Integrande do APL Ferramentaria do Grande ABC

Hitoshi Hyodo - Diretor Titular do Ciesp de São Bernardo do Campo

Maurício Tomazetti Filho - Gerente de Programas e Projetos da Ferramentaria Gaspec, empresa de Santo André, e Coordenador do APL

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O diálogo e a cooperação são o diferencial social competiti-vo da região. O Grande ABC promove esforços entre esses

diferentes atores e consegue criar um ca-talisador para avançar e encontrar saídas para os obstáculos. O APL Ferramen-taria do Grande ABC é resultado desses esforços e suas ações já apresentam con-quistas para o setor. O Inovar-Auto e o Núcleo Avançado de Inovação Setorial (NAIS) são dois exemplos concretos de cooperação entre empresários, governos, sindicatos e instituições de ensino. Com trabalho e otimismo, estamos fortale-cendo a nossa região.

Rafael Marques - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e Coordenador do APL

Na Ferramentaria está o pilar central da transformação industrial metalmecânica. Termos um polo de Ferra-

mentaria local nos posiciona muito favoravelmente na cadeia produtiva de todo o Mercosul. E o APL Ferramen-taria do Grande ABC representa um importante vetor de desenvolvimento da cadeia metalmecânica, com poten-cial dinamizador e criativo. O objetivo é mantermos importantes referências em engenharia, inovação e criatividade na indústria local.

Luis Paulo Bresciani - Secretário Executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC

Matéria deCapa

Reunir em uma mesa para o diálogo os mais diferentes atores e as diversas empresas do setor que são, na verdade, concorrentes

entre si, é a maior conquista do APL Fer-ramentaria do Grande ABC. Todos juntos trabalhando por uma política pública que beneficie todo o setor de Ferramentaria. Isso é credibilidade, associativismo e con-fiança. O Inovar-Auto é resultado dessas ações e demonstra a importância do APL Ferramentaria do ABC: a partir da cons-trução do diálogo e da unidade da Região, o País todo sai ganhando.

A Prefeitura assegura a efi-cácia das reuniões do APL na sua preparação, discussão prévia da pauta, articulação

de entidades públicas e privadas e en-caminhamentos das reuniões, novos contatos e articulações.

Jefferson José da Conceição - Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo e Coordenador do APL

Eleni Mariano - Coordenadora Técnica do APL e Assessora da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo

O APL Ferramentaria do Grande ABC é um exemplo de como o poder público é um aliado da empresa. Muitas vezes o empresa-riado vê o setor público como um simples

arrecadador de impostos. Mas ele pode ser um grande aliado. Quando esses atores (prefeituras, sindicatos, empresários) se reúnem em prol de um bem comum, eles podem construir políticas públicas para a Região e para o País. O APL Ferramentaria do Grande ABC tem a importância que a região tem para o País.

Carlos Alberto Gonçalves (Krica) - Secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo

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www.aplferramentaria.com.br APL Ferramentaria do Grande ABC | 15

O APL Ferramentaria do Grande ABC nasceu de um entusiasmo de querer fazer um Brasil melhor. Aproveitando o

conhecimento que tínhamos das políti-cas do Plano Brasil Maior, do Governo Federal, fizemos algumas reuniões com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para que eles entendessem que o setor de Ferramentaria e a cadeia automotiva empregam mais pessoas do que todas as montadoras juntas. Isso deu início ao movimento que temos hoje no mercado com o Inovar-Auto.

Paulo Sergio Furlan Braga - Diretor de Controladoria da TFL Ferramentaria Ltda e Coordenador do APL

O APL Ferramentaria reúne diversos atores que têm ideias muito diferentes. Mas estamos todos juntos buscando o mes-

mo objetivo que é vencer os atuais obstá-culos e fortalecer o nosso setor e a nossa indústria. Sabemos que as nossas ações de hoje serão percebidas com benefícios que virão no longo prazo. Com o apoio dos governos municipais e dos sindica-tos, temos a força política necessária para buscar o crescimento sustentável para as indústrias de Ferramentaria.

Maria das Graças Viana Miranda - Diretora da Keefer e Coordenadora do APL

Quando se extingue o setor de Ferramentaria de qual-quer País, joga-se o País na dependência eterna de ser

apenas montador de qualquer coisa. Extingue-se o pessoal que consegue criar ferramenta. Haverá no máximo o montador de carro. É uma diferença muito grande. A área de Ferramentaria comporta tecnologia e uma mão de obra especializada, que vai gerar mais inovação. Mostrar a importância do setor para a indústria brasileira tem sido o papel do APL Ferramentaria do Grande ABC. Hoje o Brasil tem uma política para a cadeia produtiva. Esta já é a nossa maior conquista.

A criação do Arranjo Produtivo Local (APL) Ferramentaria do Grande ABC foi uma impor-tante iniciativa para o fortale-

cimento e aumento da competitividade da indústria de moldes e matrizes da região, contribuindo para a geração de empregos, atração de tecnologia e inves-timento, em linha com as diretrizes do programa Inovar-Auto.

““

Carlos Manoel de Carvalho - Diretor da Tribomat e Coordenador do APL

O APL Ferramentaria do Grande ABC é a soma dos esforços de entidades e pessoas em busca de uma política

que gere atratividade na produção nacional. Isto é fortalecido por ações na geração de conhecimento como a Rede Senai Ferramentaria e do IMT no primeiro Birô de Engenharia da América Latina, concomitante com a formação de pessoas em Engenharia da Ferramentaria, especialistas, Mestres e Doutores. Destaco a sinergia da Pre-feitura de São Bernardo, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, do MDIC, da ABDI e das entidades patronais na confecção do Inovar-Auto.

Alexandre Fix - Presidente da Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da Abimaq e Diretor da Polimold

Roberto Braun - Gerente de Assuntos Governamentais da Toyota do Brasil

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APL Ferramentaria do Grande ABC | 16

O Sindipeças, entidade que representa cerca de 500 fabricantes de autopeças, reconhece e apoia qualquer

iniciativa que valorize a vocação industrial do País. Quando as ações são bem organizadas, como é o caso do APL Ferramentaria do Grande ABC, os resultados são muito bons. Contem conosco.

O APL Ferramentaria do Gran-de ABC tem papel fundamental no fortalecimento da cadeia produtiva da região. A parceria

entre empresários, órgãos públicos, sin-dicatos e universidades demonstra o en-volvimento regional na busca de soluções para uma nova política da indústria no País, fomentando a qualificação de mão de obra e incentivando os investimentos em inovação tecnológica.

O APL Ferramentaria do Grande ABC é um com-promisso com a produção nacional. Trata-se de um

alento àqueles segmentos que incor-poram conhecimento e desafiam a competição internacional. Iniciativas dessa natureza asseguram a manuten-ção de setores vitais à base industrial brasileira. Quero congratular-me com os coordenadores do projeto e destacar a competente articulação que envolveu os governos municipais, centros de tecnologia e toda cadeia produtiva, modelo que reproduz a exitosa experiência da Câmara Setorial Automotiva dos idos de 1990.

A parceria com o Japão demonstra a importância das ações do APL Ferramentaria do Grande ABC. O arranjo do setor já apresenta resulta-

dos concretos e se mostra totalmente viável e muito promissor.

A união em prol de um segmento fundamental como o de Ferramenta-ria demonstra a impor-

tância organizativa da Região do Grande ABC. O APL Ferramen-taria do Grande ABC ganha em competitividade, tecnologia e inovação com o apoio do setor público, dos sindicatos e das universidades.

Paulo Butori - Presidente do Sindipeças

José Roberto Nogueira da Silva (Bigodinho) Diretor Executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e Coordenador do APL

Jun Sakakura - Diretor da Serpex e representante do Instituto HIDA do Brasil

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O trabalho do APL Ferramen-taria do Grande ABC tem refletido a liderança do governo municipal de São Bernardo do

Campo como catalisador do processo de revitalização do parque industrial da região, bem como tem gerado condições favoráveis à interlocução entre as univer-sidades e o setor produtivo, imprescindí-vel para o sucesso desta iniciativa.

Fábio do Prado - Reitor do Centro Universitário da FEI

Antonio Sergio Martins Mello - Diretor da FIAT

Joaquim Celso Freire Silva - Vice-Presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, representando o segmento das universidades

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A constituição do APL Ferramentaria do Grande ABC é um grande incentivo à

modernização e avanço tecno-lógico, otimizando e privile-giando o setor na região, além de ir ao encontro das metas do Inovar-Auto.

O Brasil precisa cada vez mais de iniciativas como esta do APL de Ferramentaria para identificar oportuni-dades de redução dos seus custos de produção, que são excessivamente altos, e enfrentar os desafios para

tornar esses custos adequados sem perder qualidade em um ambiente competitivo global. Ao reunir governo, setor privado e sindicatos, o APL dá um passo importante na direção da recuperação do Segmento de Ferramentaria, que precisa ser complementado com novas iniciativas que sustentem ganhos já alcançados e ampliem a competitividade do País.

A constituição do Birô de En-genharia dentro da estrutura do Centro de Pesquisas possi-bilitará o acesso das empresas

integrantes do APL de Ferramentaria à prestação de serviços de projetos de ferramentas atualmente restrita a pou-cas empresas do setor, além de permitir novas soluções tecnológicas e o aumen-to da competitividade.

Sergio Kacas- Gerente de Relações Governamentais e Institucionais - Mercedes-Benz do Brasil

José Roberto Augusto de Campos - Coordenador do Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia

Rogelio Golfarb- Vice-Presidente de Assuntos Corporativos para a Ford América do Sul

Jose Antonio Zara - Diretor de Ferramentaria da GM do Brasil

Por ser um polo organizado, o APL Ferramentaria do Grande ABC

tem mais possibilidades de apresentar as suas questões reivindicatórias e ter mais retorno em suas ações. A relação do capital e trabalho ganhou um novo formato na região.

Cícero Martinha - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e Diretor Executivo da Força Sindical Nacional

A indústria de Ferramentaria ao longo dos últimos anos vem perdendo competitividade devido a diversos fatores como a concorrência asiática,

principalmente os chineses, defasagem tecnoló-gica e de mão de obra, custo estrutural elevado e flutuações de demanda, entre outros.O APL Ferramentaria do Grande ABC contribuirá para o fortalecimento da ca-deia de fornecedores ligados à indústria de Ferramentaria através da participação nas diversas fases de Engenharia e Execução de

Ferramentas e Moldes. Outro fator que poderá fortalecer o APL e também gerar novas oportunidades para o setor automotivo será o recente decreto do Regime Automotivo “Inovar-Auto”, onde as montadoras com fábricas instaladas no Brasil poderão ter acesso a benefícios fiscais caso as Ferramentas e Moldes sejam proje-tadas e executadas no mercado local. Isto aumentará consideravelmente a demanda em toda cadeia de fornecedores ligados à indústria de Ferramentaria.

www.aplferramentaria.com.br APL Ferramentaria do Grande ABC | 17

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Tecnologia, Inovaçãoe Qualificação

O Grande ABC deu o primeiro pas-so em direção ao desafio de colocar o Brasil na rota da produção mun-dial de Ferramentaria. No último dia 31 de outubro, o APL (Arranjo Produtivo Local) Ferramentaria do Grande ABC e a Agência de Desen-volvimento Econômico do Grande ABC assinaram, na sede da Agência, o Protocolo de Intenções que cria o Núcleo Avançado de Inovação Se-torial em Ferramentaria do Grande ABC (NAIS-Ferramentaria). Inicia-tiva inédita no País, o projeto reúne a UFABC (Universidade Federal do ABC) e o Instituto Mauá de Tec-nologia na prestação de serviços às empresas do setor. O NAIS será um centro de inova-ção e prestação de serviços em mo-delagem 3D, simulação, projetos, design e prototipagem. O projeto é estimado em R$ 6 milhões e visa atender as empresas de Ferramen-

Grande ABC terá Núcleo Avançado de Inovação Setorial (NAIS)

Iniciativa inédita no País, NAIS

reúne UFABC e Instituto Mauá

de Tecnologia para prestar ser-

viços às empresas. Projeto terá

a coordenação da Agência de

Desenvolvimento Econômico

do Grande ABC

taria do ABC e de outras regiões do Brasil. O Núcleo Avançado de Inovação Setorial terá um supercomputador e softwares de última geração e contará com profissionais, pesquisadores dedi-cados e estudantes bolsistas. Para Rafael Marques, Presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o NAIS promoverá o for-talecimento do setor e ampliará a participação do Brasil no mer-cado externo. “O NAIS contará com os engenheiros da Mauá, os cientistas da UFABC e a coor-denação da Agência do Grande ABC, além de uma moderna infraestrutura que abrigará um

super computador e avançados softwares para projetar o Brasil no exterior”, destaca Marques.

Jefferson José da Conceição, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo, cita a criação do NAIS como mais uma conquista do APL Ferramentaria do Grande ABC, programa que vem dando exem-plo de associativismo e coope-ração para o País. “Desde 2010, iniciativas importantes ocorreram no segmento de Ferramentaria, no diálogo com as montadoras, na introdução da ferramentaria no Inovar-Auto e na conexão do segmento com Pesquisa e Desen-volvimento”, ressalta o Secretário.

“O desenvolvimento de projetos é um dos grandes gargalos do setor de Ferramentaria. A Coreia, por exemplo, leva em média dois dias para desenvolver um projeto. O Brasil leva semanas. Queremos mudar este quadro e colocar o Brasil no mesmo patamar da Coreia. A meta é fazer do Grande ABC um centro de referência na América Latina.” Rafael Marques – Presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

APL Ferramentaria do Grande ABC | 18

Page 19: APL Ferramentaria do Grande ABC  rf1635

UFABCInstituto Mauá de Tecnologia

Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABCA coordenação do Núcleo Avan-çado de Inovação Setorial será feita pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. A instituição será a responsável pela captação de recursos que viabiliza-rão o projeto. Órgãos que investem e financiam projetos de inovação serão contactados. A Agência do Grande ABC fará também a interface entre as empresas e as universidades. O escritório de aten-dimento do NAIS será na sede da instituição regional.

O Instituto Mauá de Tecnologia será responsável pela simulação de projetos industriais. Para aten-der a demanda de serviços, o em-presário do setor precisa de uma ferramenta. A Mauá vai elaborar o projeto que desenvolverá esta ferramenta. O Núcleo Avançado de Inovação Setorial do Grande ABC deverá ser integrado por um Birô de Engenharia que estará localizado no campus do Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul.

A UFABC criará um grupo que realizará pesquisas avança-das na área de ferramentaria, modelagem computacional e simulação em 3D. Alunos da graduação e da pós-graduação receberão bolsas para realizar estudos nessas áreas. Professores farão pesquisas e consultoria. A UFABC se juntará às insti-tuições conveniadas para fazer a captação de recursos para o NAIS junto às agências de fomento.

Gestão Compartilhada

“O Núcleo Avançado de Inovação Setorial é um modelo inovador que reunirá as melhores competências das universidades para qualificar o setor na área de projetos e pesquisas. A região passará a contar com um modelo de escritório compartilhado, formato que hoje é utilizado nos centros mais avançados do mundo, que receberá o suporte de diferentes instituições e estará voltado à melhoria da competiti-vidade do setor produtivo”. Fábio Bordin - Superintendente de Planejamento e Desenvolvimento do Instituto Mauá de Tecnologia

A concretização do Birô de Engenharia idealizado pelo APL Ferramentaria permitirá o envolvimento da comunidade

acadêmica com os atuais desafios da in-dústria, contribuindo para o aperfeiçoa-mento do corpo docente e fortalecendo a formação do corpo discente.

José Carlos de Souza Junior - Reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia

www.aplferramentaria.com.br APL Ferramentaria do Grande ABC | 19

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APL Ferramentaria do Grande ABC | 20

O superintendente de Planejamento e Desenvolvimento do Instituto Mauá de Tecnologia, Fábio Bordin, destacou a importância da parceria entre as institui-ções de ensino e o setor produtivo, incen-tivada por meio do APL Ferramentaria do Grande ABC. “É um modelo inovador que agregará as melhores competências das universidades para qualificar o setor na área de projetos e pesquisas. O setor ganha em competitividade e a Universidade acumula conhecimento, que depois é compartilha-do por professores e alunos na sala de aula. É um círculo virtuoso”.

Klaus Capelle, Pró-Reitor de Pesquisa da UFABC (Universidade Federal do ABC), citou os três pilares essenciais para manter a competitividade do setor produtivo. “Para que o setor produtivo continue competitivo e para que o País continue na sua trajetória de desenvolvimento, é es-sencial que haja inovação, principalmente no setor produtivo. Essa inovação se alimenta da pesquisa, que no Brasil é rea-lizada principalmente nas universidades. Já a pesquisa se alimenta da educação. Se

os três componentes estiverem alinhados, todos avançarão”.Gerente de Programas e Projetos da Fer-ramentaria Gaspec, Maurício Tomazetti Filho destaca a importância do NAIS para o setor. “Com o Inovar-Auto, esperamos que a demanda cresça. E o NAIS é funda-mental para atender esta nova demanda”. O empresário do APL Ferramentaria cita os benefícios do projeto. “O custo que as empresas terão para o desenvolvimento de projetos no NAIS é o mesmo que elas têm hoje no mercado. O ganho do setor estará na qualidade e na agilidade do pro-cesso de desenvolvimento do projeto até a entrega da ferramenta pronta”.

Fausto Augusto Junior, Assessor Técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econô-micos – Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), cita a importância do Núcleo Avançado de Inovação para a região. “O NAIS significa o primeiro passo do Grande ABC em direção ao desafio de colocar o Brasil na rota da produção mundial de Ferramentaria”.

Tecnologia, Inovaçãoe Qualificação

COMPROMISSO

QUALIDADE

www.jodeclan.com.br

“O Núcleo Avançado de Inovação Setorial (NAIS) representa uma nova forma de colabora-ção entre o setor produ-tivo, o setor acadêmico e o poder público. A cons-tituição do NAIS é mais um exemplo da lideran-ça da Região do Grande ABC na busca de novas formas de colaborar em prol do desenvolvimen-to econômico, social e tecnológico. O modelo adotado para a consti-tuição do NAIS pode servir de paradigma para outras regiões e universi-dades do País”.Klaus Capelle - Pró--Reitor de Pesquisa da UFABC (Universidade Federal do ABC),

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Na Ferramentaria, a inovação passa obrigatoriamente pelas mãos do ferra- menteiro. Esse profissional é respon- sável por materializar o conhecimen- to em novas tecnologias para o setor. Para atender a essa nova demandade qualificação profissional e técnica, o Senai criou a Rede Nacional de Competências em Ferramentaria.O objetivo é oferecer cursos e serviços compatíveis com as de- mandas atuais e futuras do setor de Ferramentaria. Diretor do Senai/ SC, André Zanatta destaca a impor- tância do diálogo com o setor. “Para mantermos atualizados os programas de educação profissional, devemos manter uma interação mais dinâmi-

ca com as ferramentarias”. O gestor ressalta a importância do APL Ferramentaria do Grande ABC nas ações do Senai voltadas ao setor. “Por meio do Senai-SP e da Abinfer (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), iniciamos um diálogo com os empresários do APL. O gran- de benefício dessa aproxi-mação é o alinhamento entre as ex-pectativas do APL Ferramentaria do Grande ABC e as ações do Senai”.

O empresário Paulo Braga destaca a importância da parceria entre o APL e o Senai. “A escola resgatou cursos de Ferramentaria que tiveram suas cargas horárias reduzidas

- e agora ampliadas em 2013 - para formação profissional de Ferramen- taria. A iniciativa atende a deman- da do setor para a qualificação de ferramenteiros e de colaboradores diretos do chão-de-fábrica”.

Para Maurício Tomazetti, da Gaspec, a participação do Senai nas ações do APL tem sido fundamental. “No segmento, cerca de 90% dos tra- balhadores passaram pelo Senai. A escola formava profissionais qualifi- cados com maestria. A iniciativa do Senai de voltar a formar trabalhado- res na área é muito importante para o fortalecimento da cadeia produtiva de conformação”.

Senai Cria Rede Nacional de Competências em Ferramentaria

“O SENAI criou recentemente a

Rede Nacional de Competências em

Ferramentaria com a participação de

suas principais Unidades e profissionais

da área metalmecânica e de sua rede de

laboratórios. Isto criará uma interação

mais dinâmica com as ferramentarias,

passando a oferecer cursos e serviços

Escola, que é referência em educação profissional no País, terá novos programas de formação técnica e tecnológica para atender a demanda do setor de Ferramentaria

compatíveis com as demandas atuais e

futuras desse setor”.

André Zanatta - Diretor do Instituto

SENAI de Inovação de Sistemas de

Manufatura no SENAI/SC e gestor nacional

da Rede SENAI de Ferramentaria

Produtos e Serviços A Escola SENAI Mario Amato ea Faculdade SENAI de Tecnologia Ambiental oferecem cursos de formação profissional nos níveis básico, técni-co, tecnológico e de pós-graduação e também cursos de formação inicial e continuada nos segmentos industriais

assistidos pelos seus núcleos de tecno- logia em cerâmica, rochas ornamentais, química, plásticos e borracha. A escola oferece serviços técnicos e tecnológicos nos segmentos de Inovação, Design, Certificação de Produtos, Serviços Laboratoriais, Serviços Operacionais e Técnicos e Serviços Ambientais. As

informações sobre cursos e serviços estão no site meioambiente.sp.senai.br | Con- tatos: Jairo César Topan - Coordenador de Relacionamento com a Indústria- [email protected] - 11 4109-9499 r 114 | Henrique Alberto Hehn - Serviço de Apoio Tecnológico - satplastico116@ sp.senai.br 114109 9499 r119.

www.aplferramentaria.com.br APL Ferramentaria do Grande ABC | 21

Page 22: APL Ferramentaria do Grande ABC  rf1635

O Posto oferece um atendimento individualizado e especializado para esclarecer dúvidas dos empresários

e dar apoio ao preenchimento do cadastro. A região tem cadeias muito fortes nos setores automotivo,

plástico, metalmecânico, ferramentaria, entre outros, todos potenciais fornecedores da Petrobras. A Agência tem atuado para fortalecer a inserção das empresas da

região no fornecimento dessa cadeia produtiva e diversi�car a economia regional para aproveitar bem as

oportunidades que se abrem. É preciso agendar o atendimento pelo telefone 0800-282-8484.

Ligue 11 4433 [email protected]

VENHA INOVARE CRIAR NOVAS

OPORTUNIDADESPARA A SUA

E MPRESA.Conheça o Posto Avançado de

Cadastramento da Petrobras na sededa Agência de Desenvolvimento

Econômico do Grande ABC.

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APL Ferramentaria do Grande ABC | 22

Tecnologia, Inovaçãoe Qualificação

Empresas do APL participam de projeto em âmbito do Mercosul

Outra iniciativa importante do APL Ferramentaria do Grande ABC foi a inclusão de empresas de ferramentaria da Região do ABC no Projeto de “Adensamento e Complementação Automotiva no âmbito do MERCOSUL”.

Trata-se de Projeto do Grupo de Integração Produtiva do MERCO-SUL (GIP), executada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e cofinanciada pelo Programa de Desenvolvimento da Competitividade do Fundo para a Convergência Estrutural e Forta-lecimento Institucional do MER-COSUL (FOCEM). No Estado de São Paulo, o projeto conta com a parceria do Consórcio Intermunici-pal Grande ABC, por meio do GT

de Desenvolvimento Econômico.

O Projeto objetiva apoiar as empre-sas participantes com consultoria gratuita em áreas como comple-mentação produtiva, inovação tec-nológica e qualificação profissional e gerencial, que são itens vitais para maior integração do parque produ-tivo do ABC ao Mercosul.

Com prazo de execução de 24 me-ses, a partir do início da primeira atividade, e abrangência nos quatro Países membros do bloco (Argen-tina, Brasil, Paraguai e Uruguai), o Projeto beneficia empresas de pequeno porte que atuam no setor automotivo do MERCOSUL. O esforço conjunto com as demais prefeituras possibilitou a inscrição

de 41 empresas da Região do ABC (o objetivo era de no mínimo 30), entre as quais 14 do APL. Entre as empresas de ferramentaria do ABC participantes do projeto estão Alumec Ind. Com. Ltda; E2A Ferramentaria de Moldes Ltda; Eliu Indústria de Ferramen-taria Ltda; Ferosão JCR Indústria e Comércio; Ferramentaria Gaspec Ltda; Flej Fabricação de Ferramen-tas Ltda EPP; Jodeclan – usina-gem, máquinas e equipamentos; Keefer Indústria e Comércio de Máquinas e Moldes Ltda; Kruth do Brasil Ltda; Modelarte Projetos e Modelos Industriais Ltda; Pro-demol Ind. e Com. Ferramentas Ltda ME; SV Indústria de Peças Mecânicas Ltda; Tech In Plas Ind. e Com. Ltda.

APL comemora inclusão em Projeto Internacional

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www.aplferramentaria.com.br APL Ferramentaria do Grande ABC | 23

O Posto oferece um atendimento individualizado e especializado para esclarecer dúvidas dos empresários

e dar apoio ao preenchimento do cadastro. A região tem cadeias muito fortes nos setores automotivo,

plástico, metalmecânico, ferramentaria, entre outros, todos potenciais fornecedores da Petrobras. A Agência tem atuado para fortalecer a inserção das empresas da

região no fornecimento dessa cadeia produtiva e diversi�car a economia regional para aproveitar bem as

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Page 24: APL Ferramentaria do Grande ABC  rf1635

APL Ferramentaria do Grande ABC | 24

Relações Institucionais e Políticas Públicas

InovarAutoNovo regime automotivo brasileiro beneficia a cadeia produtiva de conformação

O Governo Federal lançou, em outubro de 2012, o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Ino-var-Auto, novo regime automotivo brasileiro. O programa prevê o abatimento de até 34 pontos percen-tuais no Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI) para as empresas que investirem em inovação tecno-lógica dentro do Brasil. Os benefí-cios em relação ao desconto no IPI serão atrelados às metas atingidas de elevação da eficiência energética dos veículos e aos investimentos realiza-dos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no País.

Além de incentivar as empresas a fabricar carros mais econômicos e seguros, o Inovar-Auto estimula o investimento na cadeia de forne-cedores ao exigir que as empresas utilizem nos veículos uma quan-tidade mínima de componentes nacionais. Contemplado no novo regime automotivo brasileiro, o

setor de Ferramentaria passa a contar com os novos benefícios do programa. “Conseguimos incluir a cadeia produtiva de conformação no Inovar-Auto a partir de uma articulação regio-nal realizada por meio do APL Ferramentaria do Grande ABC”, destaca Paulo Sergio Furlan Braga, Diretor de Controladoria da TFL Ferramentaria e um dos Coordenadores do APL.

Fausto Augusto Junior, Assessor Técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), lembra o início dessa articulação regional. “O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC já vinha defendendo que a saída para a Região era o investimento em inovação e tecnologia. A partir de 2007, já debatíamos a ideia de criar um novo regime automotivo que incentivasse, por meio de isenção tri-butária, as empresas que investissem mais em inovação tecnológica para

se tornarem mais eficientes e produ-zirem com qualidade e segurança. Com o apoio das Prefeituras de São Bernardo do Campo e de Diadema, e com o entusiasmo dos empresários do setor, conseguimos oficializar a proposta ao Governo Federal por meio do APL Ferramentaria do Grande ABC”.

Para Carlos Manoel de Carvalho, Diretor da Tribomat e um dos Coordenadores do APL Ferramen-taria do Grande ABC, o Inovar--Auto resgatou com as montadoras brasileiras um papel de destaque nas decisões globais de investimen-tos nas matrizes. “O programa deu aos executivos dessas montadoras um novo sentido, um novo rumo para querer desenvolver produtos no Brasil. A gente não estava no roteiro estratégico dessas empresas. Éramos um bom mercado para vender carros mas não éramos um bom mercado para produzir car-ros. O Inovar-Auto teve esse papel transformador”.

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APL Ferramentaria do Grande ABC | 26

Relações Institucionais e Políticas Públicas

Intercâmbio Nacional

APL e Abinfer participam de encontro mundial das Ferramentarias nos EUA

APL Ferramentaria do Grande ABC é referência

Missão Empresarial

Paulo S. F. Braga, Coordenador do APL Ferramentaria do Grande ABC e Vice-Presidente da Abinfer (As-sociação Brasileira da Indústria de Ferramentais), participou do encontro mundial das ferramentarias nos Estados Unidos da América. Um

dos objetivos foi analisar as ações de melhorias no setor, entre elas, os cursos de formação de ferramenteiros no Canadá e nos EUA. No período de 2 a 14 de novem-bro, a missão visitou escolas e conheceu o sistema de formação

profissional voltado ao setor. O Seminário foi promovido pelo ISTMA World (Associação Mun-dial de Ferramentarias) e contou com a participação de integrantes da Abinfer, do APL Ferramentaria do Grande ABC e do Senai.

Lideranças de outras regiões do País, mem-bros da cadeia produtiva da Ferramentaria, têm participado de reuniões do APL Fer-ramentaria do Grande ABC para debater os problemas nacionais do segmento, bem como para reproduzir a experiência em suas regiões. O empresário Pedro Cruz, de Piracicaba, destaca a importância dessa troca de experiências entre as diferentes regiões do Brasil. “O APL Ferramentaria do Grande ABC virou referência para a nossa região, que

também enfrenta dificuldades com a invasão dos produtos importados”. O empresário, que também é Vereador na cidade, destaca a importância da inciativa. “Os resultados con-cretos das ações do APL Ferramentaria do Grande ABC são a melhoria da produtivida-de e da competitividade. Mas o maior legado dessa iniciativa é a motivação. O grupo vem inspirando empresários de diferentes regiões do País e mostrando que somos capazes de fazer as coisas acontecerem”.

Pedro Cruz - Diretor da FEMAQ, Vereador em Piracicaba e integrante do APL Ferramentaria do Grande ABC

Brasileiros, Argentinos, Canadenses, Americanos, Europeus e Africanos debatem políticas para a Ferramentaria

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Intercâmbio InternacionalParceria Brasil-Japão traz novas perspectivas para o setor

“Precisamos equacionar o problema de falta de recursos e buscar alterna-tivas. Não podemos ficar parados”. Com essa filosofia, o empresário Jun Sakakura, Diretor da Serpex e representante do Instituto HIDA no Brasil, tem promovido o intercâmbio entre empresários brasileiros e japo-neses. No final de abril, integrantes do APL Ferramentaria do Grande ABC estiveram no Japão para apre-sentar aos empresários nipônicos o novo regime automotivo brasileiro, o Inovar-Auto, e debater parcerias.A visita ao País asiático estabele-ceu um vínculo entre os empre-sários do APL Ferramentaria e os empreendedores japoneses. Em maio, um grupo do setor pro-dutivo japonês visitou o Brasil e firmou um acordo com o governo

brasileiro, ampliando a relação entre os dois Países. O Ministro Fernando Pimentel, do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Ministro de Comércio e Indústria do Japão, Toshimitsu Motegi, assinaram um memorando que prevê a criação da Comissão Mista Brasil-Japão de Comércio, Investimento e Coope-ração Industrial.

Paulo Braga, Coordenador do APL Ferramentaria do Grande ABC, ressalta a importância do intercâmbio entre os dois Países. “Iniciamos o diálogo em torno da possibilidade de fazermos joint ventures em troca de novas tecnologias. Na prática, empresas japonesas viriam para o Brasil e

se juntariam a empresas nacio-nais, trazendo novas tecnologias e equipamentos”.

Jun Sakakura destaca a impor-tância do Brasil nos planos de investimentos do setor indus-trial japonês. “O governo está investindo para que as empresas japonesas busquem novos mer-cados. O Brasil está entre os cinco Países estratégicos e é o único fora do continente asiá-tico na meta do governo”. Para o empresário, a parceria com o Japão demonstra a importância das ações do APL Ferramentaria do Grande ABC. “O Arranjo do setor já apresenta resultados concretos e se mostra totalmente viável e muito promissor”.

Empresários e Sindicalistas do APL visitam o Japão em busca de parcerias Internacionais

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Relações Institucionais e Políticas Públicas

APL Ferramentaria do Grande ABC entrega propostas ao Ministro

Diagnóstico do SetorAo longo de 2011 e 2012, mem-bros do APL realizaram várias reuniões com os representantes do MDIC Heloisa Menezes, Alessan-dro Teixeira, Margarete Gandini, Paulo Bedran e Edilson Urbano. Este foi um primeiro e importante passo de aproximação.

Outro passo ocorreu em 8 de janeiro de 2013, quando o Prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, reuniu-se, em Brasília, com o Ministro do De-senvolvimento, Indústria e Comér-cio, Fernando Pimentel, para tratar do setor de Ferramentaria no Brasil. Marinho esteve acompanhado do Secretário de Desenvolvimento Eco-nômico de São Bernardo, Jefferson José da Conceição, e dos empresários Paulo Braga, Carlos Manoel de Car-valho e Maurício Tomazetti Filho, coordenadores do APL Ferramen-taria do Grande ABC. O Prefeito destacou a importância do APL, que reúne prefeituras, empresários e sindicatos da região. Em nome do APL, o Prefeito entregou ao Ministro documento contendo diagnóstico e propostas para o setor no Brasil. Por fim, enfatizou que as ações do APL podem servir de modelo para outros segmentos (a íntegra do documento pode ser obtida em www.aplferra-mentaria.com.br).

De acordo com o documento, o setor

de ferramentaria abrange 1.852 esta-belecimentos no Brasil (sendo 110 no ABCD) e representa 55.560 empre-gos (dos quais 3.300 na Região). Sua cadeia produtiva representa 8.533 estabelecimentos e gera 166.860 empregos. O estudo afirma que, com o novo Regime Automotivo, Inovar-Auto, que concede incentivos à produção nacional, a demanda de ferramentais deverá duplicar e o nível de emprego terá forte expansão. Apesar dessas perspectivas positivas para a demanda, o setor passa por dificuldades, o que compromete seu presente e futuro. Um dos motivos é a grande importação de ferramentais. Nos últimos cinco anos, o déficit na balança comercial totalizou US$ 1,2 bilhão (R$ 2,4 bilhões). Neste quadro, grande parte das empresas do setor tem dificuldade em obter certi-dões negativas de débito (CND) para ter acesso aos financiamentos neces-sários para modernização, inovação e aumento de capacidade.

O Ministro mostrou-se bastante receptivo às propostas apresentadas pelo APL. Afirmou que o Programa Inovar-Auto visou fortalecer tam-bém a indústria de ferramentaria e que o Brasil pode tornar-se um forte competidor internacional neste segmento. Reconheceu que a inclu-são da ferramentaria entre os setores beneficiados do Regime é fruto das

ações do APL Ferramentaria do Grande ABC. O Ministro conside-rou excelente a proposta de consti-tuição de um Grupo de Trabalho de acompanhamento para o Setor de Ferramentaria no Brasil. Concordou também em dialogar com o BNDES para constituir o “Pró-Ferramenta-ria”, linha de crédito específica para atender as necessidades do setor, bem como para estruturar modalidades de financiamento, por meio de agente financeiro, que ajudem a resolver as pendências documentais citadas.

Em relação às propostas na área tecnológica, Pimentel recomendou que a proposta de desenvolver a nova tecnologia de material e ferramental de hot-form se enquadre no edital da Finep, de incentivo ao desenvolvi-mento de novos materiais. Uma boa notícia também foi a aceitação pelo Ministro da proposta de manutenção dentro da lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) as NCM’s 8207.3000; 8480.4100 e 8480.7100, relativas ao Setor de Ferramentaria. Isto significa maior proteção contra a concorrência internacional. O Mi-nistro sugeriu que o APL Ferramen-taria do Grande ABC constitua-se formalmente como pessoa jurídica, para a obtenção de recursos de apoio por parte do Ministério. E disse que pretende estimular a difusão desta experiência em outras regiões do País.

Texto publicado pelo Secretário Jefferson José da Conceição em ABCDMaior, 22/1/2013.

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GOL 100% Brasil SKD(1)

conjunto soldado

SKD(1)

conjunto soldado +

parte móveis

CKD(1)

conjunto soldado + partes móveis + trem de força

J3 (JAC) - 100% importado

ü üSolda do monobloco ü üEstamparia ü üFerramentaria de construção ü ü ü(2) ü(2)

Normalizados ü üPlano de usinagem ü üUsinagem 2D ü üFundição ü üModelo de isopor ü üProjeto do ferramental üModelo clay escala 1:1 üModelo clay pequeno üProjeto 1 üDesign ü

Montagem ü ü ü üFerramentaria de construção ü ü ü(2) ü(2)

Plano de usinagem ü ü üUsinagem 2D ü ü üEnvasamento na coquilha ü ü üModelo de isopor ü ü üProjeto da coquilha ü

Montagem üSolda das partes pq. üEstamparia üFerramentaria de construção ü ü ü(2) ü(2)

Normalizados üPlano de usinagem üUsinagem 2D üFundição üModelo de isopor üProjeto do ferramental ü

Montagem nas autopeças ü ü ü üInjeção de peças ü ü ü üFerramentaria de construção ü ü ü(2) ü(2)

Normalizados ü ü ü üPlano de usinagem ü ü üProjeto do molde üAutoria: Carlos Manoel de Carvalho (Coordenação do APL); adaptação: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo

Legenda:

ü è fabricação no Brasil

è etapa suprimida do Brasil

Observações:(1) SKD: semi-knocked-down; CKD: completely-knocked-down.(2) Apenas ferramentaria de manutenção.

Sistemas de Transmissão (trem de força)

Sistemistas: Sub conjuntos

Autopeças

IMPACTO DAS IMPORTAÇÕES NA CADEIA DE FERRAMENTARIA

Etapas da produção

Montagem

Grau de nacionalização por processo de produção

Montadora - Monobloco

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Crédito eFinanciamento

Pró-FerramentariaProjeto prevê linha de financiamento específica para o setor

O APL Ferramentaria do Grande ABC apresentou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ao BNDES proposta para a criação de linha de financiamento específica para o setor. Denominado Pró-Ferramentaria, o projeto prevê o acesso das empresas do APL ao crédito bancário com taxas de juros mais atraentes e prazos ampliados de pagamento.

Paulo Sergio Furlan Braga, Diretor de Controladoria da TFL Ferramentaria e um dos Coordenadores do APL Ferramentaria do Grande ABC, tem participado do diálogo com os órgãos federais para defender a propos-ta. “Com o Pró-Ferramentaria, as empresas terão crédito para fomentar a produção sem a necessidade de utilização de capital de giro próprio”. Para o empresário Fábio Fuzari, da Ferramentaria TFL, as linhas de fi-nanciamento são fundamentais para o setor, formado em sua maioria por pequenas e médias empresas. “Ter crédito mais fácil para empresas do nosso porte é questão de sobrevi-vência”, diz Maurício Tomazetti, Diretor da Gaspec. Ele destaca que a falta de crédito para a cadeia produtiva de conformação prejudi-ca os investimentos em inovação e modernização e, muitas vezes, leva a empresa a contrair dívidas fiscais. “Por conta deste endividamento

fiscal, a empresa acaba entrando em negativação nos órgãos estaduais e federais. Isso acaba bloqueando o acesso ao crédito e às linhas de financiamento do BNDES. Precisa-mos ter alguma maneira de regula-rizar os débitos fiscais das empresas que estão marginalizadas justamente por essa falta de crédito”.Segundo Paulo Braga, “a invasão dos importados e a falta de pedidos efetivos para a cadeia produtiva de conformação levaram à falta de crédito no fluxo de caixa das em-presas”. Por conta disso, destaca que muitas indústrias têm que recorrer a empréstimos em bancos privados para negociar suas dívidas. Para ele, “isso acaba consumindo a margem de lucro para investimentos em ferramentaria, compras de máquinas e equipamentos e treinamento de mão de obra”. Tomazetti aponta outras dificuldades enfrentadas pelo setor. “Há muita sazonalidade no nosso segmento. Perdemos muitos negócios porque precisamos de um prazo maior para desenvolver os projetos. E o nosso cliente não paga antecipado. Ele só efetua o pagamento quando entrega-mos o trabalho pronto”. Animado, o empresário destaca a importância do Pró-Ferramentaria: “Vamos conseguir tocar os negócios, investir na produ-ção e ganhar competitividade”.As discussões do APL com o

FOTO | MDIC / DIVULGAÇÃO

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BNDES residem, sobretudo, em como viabilizar repasse de recursos para empresas que se encontram com dificuldades de comprova-ção de certidões negativas fiscais

e trabalhistas – dificuldades estas muitas vezes motivadas não pela má fé da empresa, mas em função da conjuntura adversa gerada pelo ambiente macroeconômico e de

acirrada competição internacional. Uma das saídas que vêm sendo buscadas é a da intermediação de uma instituição financeira privada que assuma o risco do negócio.

O Prefeito Luiz Marinho e a Coordenação do APL apresentam propostas ao Ministro Pimentel em Brasília

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Mercado

Com Inovar-Auto, investimentos somam R$ 8,3 biO Brasil é hoje o quarto maior mer-cado consumidor de automóveis do mundo e o sétimo em produção de veículos. Nos próximos anos, o País terá, com os benefícios do Inovar--Auto, a oportunidade de reduzir a diferença entre esses dois rankings, diminuindo a presença dos importa-dos no mercado nacional. Os investimentos anunciados se expressam na construção de novas plantas industriais e de moderni-zação e ampliação das empresas já instaladas no Brasil, somando R$ 8,3 bilhões de recursos para o setor.

O desafio, agora, é ampliar a capaci-dade produtiva da indústria auto-motiva brasileira para que ela possa atender essa nova demanda. Segun-do Antonio Carlos Botelho Megale, Diretor de Relações Governamentais da Volkswagen e Vice-Presidente da Anfavea, esse será o grande desafio do País. “A capacidade instalada atualmente não consegue atender metade da demanda por ferramen-tas. É fundamental que haja investi-mentos na base da cadeia produtiva para que o Brasil acompanhe esse crescimento”.

O executivo aponta o APL Ferra-mentaria do Grande ABC como uma importante iniciativa neste sen-tido. “O pleito realizado pelas Pre-feituras de São Bernardo do Campo e de Diadema, em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o Sindicato dos Metalúrgicos de

Santo André e Mauá, para a inclusão do setor de Ferramentaria no Inovar--Auto é uma grande conquista para toda a cadeia produtiva de conforma-ção. A partir desse diálogo promovi-do pelo APL, o setor vem buscando alternativas e firmando parcerias para ampliar a sua competitividade”.

Antonio Carlos Botelho Megale - Diretor de Relações Governamentais da Volkswagen e Vice-Presidente da Anfavea

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