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APLICAÇÃO DO ESTUDO DE TEMPOS
EM UMA PRESTADORA DE SERVIÇOS
NA BUSCA DO AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE
Camila Candida Compagnoni dos Reis (UFSM)
Eduardo Augusto Naumann (UTFPR)
Camila Scortegagna (UTFPR)
O tempo gasto na realização de tarefas e operações está diretamente ligado à
produtividade das organizações. Estas, por sua vez, devem buscar constantemente
por ferramentas que as auxiliem na busca constante de melhorias e tomada de
decisões no que diz respeito aos padrões de trabalho. O estudo de tempos utilizando
a cronometragem sobre o trabalho de indivíduos treinados, em condições normais de
trabalho se enquadra como uma destas ferramentas. O presente trabalho teve como
objetivo realizar um estudo de tempos e movimentos, no processo de concerto de
motores elétricos, na atividade de alocação de papel isolante, em uma empresa
localizada no estado do Paraná, visando analisar, propor e implantar possíveis
melhorias para o desenvolvimento da atividade estudada. Coletou-se os tempos
necessários utilizando o software Snap TimePro Report® e os mesmos foram
analisados com o software Excel®. Calculou-se o número de medidas necessárias,
com elas calculou-se o tempo normal para uma operação e o tempo padrão. Após a
análise, desenvolveu-se e aplicou-se a mudança sugerida, calculando novamente os
tempos para o desenvolvimento da atividade. O resultado encontrado foi uma
redução de 7% nos tempos calculados, alcançando o objetivo proposto inicialmente.
Palavras-chave: Estudo do Trabalho, Tempos e métodos, Cronoanálise, Tempo
Padrão
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
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1. Introdução
As empresas buscam constantemente por vantagens competitivas, aprimorando seus
processos, seja por aquisição de novas tecnologias, mudanças nos seus métodos de produção,
adoção de ferramentas de produção e demais melhorias. Aliada a essa busca, a abordagem do
processo vem sendo adotada por empresas em busca de diferenciação, excelência profissional
e de competitividade.
Para que os processos sejam eficientes, é indispensável que haja mão de obra qualificada para
a execução das atividades, onde o tempo gasto para realização e cada operação tem direta
ligação à produtividade da empresa. A redução de desperdícios tanto de material como de
tempo na execução das atividades engloba o estudo de tempos e movimentos, tendo como
finalidade o planejamento e padronização da execução das etapas do trabalho. A leitura de
Taylor (1970) sobre a existência de trabalho manual explora ser necessário a exploração de
formas mais econômicas na execução de operações, sendo necessário a determinação da
quantidade de trabalho a ser realizado em um dado período de tempo.
Para Corrêa e Corrêa (2012), no que se refere à gestão de operações, há uma dependência
muito grande das decisões a serem tomadas à existência de padrões para o trabalho a ser
realizado. É indispensável que se conheça o quanto de trabalho um indivíduo é capaz de
realizar. Desta forma, padrões de trabalho influenciam diretamente na programação do
trabalho, alocação de capacidade, existência de benchmarking para melhoramentos, custos
para definição da quantidade de mão de obra contida no pacote de valor, dentre outros fatores
significativos para uma eficiente gestão. A definição destes padrões de trabalho pode ser
obtida através de padrões pré determinados, amostragem do trabalho, dados históricos, estudo
de tempos e de movimentos.
O estudo de tempos utiliza a cronometragem sobre o trabalho de indivíduos treinados, em
condições normais de trabalho. Objetiva determinar um tempo padrão para as atividades
observadas. Este método viabiliza a redução de custos, auxilia os padrões de produção e
projeta o melhor método de trabalho para eficácia no processo produtivo. Obtendo-se tempos
adequados e padronizados dos operadores evita-se a baixa produtividade (VELOSO, 2012).
Planejar a operação é prever o futuro com as melhores informações disponíveis e agir
aproveitando as oportunidades vislumbradas e antecipando-se aos problemas, controlando,
dessa maneira, a dinâmica de todo fluxo produtivo. (FILHO, 2007).
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O trabalho engloba o processo de conserto de motores elétricos. Realizou-se um estudo dos
tempos e movimentos em uma etapa do processo, em uma prestadora de serviços no oeste do
estado do Paraná, permitindo uma investigação sistemática dos fatores que afetam a eficiência
do processo, analisando e levantando sugestões acerca do estudo de caso, objetivando maior
eficiência no desenvolvimento da atividade estudada. A seguir da introdução apresentada,
aborda-se no referencial teórico aspectos ligados ao Estudo de Tempos e Métodos, na seção 2.
Na seção 3 apresenta-se a metodologia utilizada, ademais explora-se o estudo realizado
finalizando-se com as conclusões obtidas.
2. Referencial teórico
Neste item serão explanadas ideias de diferentes autores, sobre temas importantes para melhor
entendimento do trabalho realizado. Desta maneira, segue alguns aspectos relevantes sobre o
Estudo de Tempos e Métodos.
2.1 Estudo de tempos e métodos
No início do século passado Frederick Taylor já apresentava ideias sobre as técnicas do
estudo de tempos, no qual baseava-se, de forma científica, na mensuração do trabalho com o
uso de técnicas estatísticas. A posição de Slack (2009) sobre o tema é de ser uma técnica
aplicada não só para a obtenção do tempo necessário para a realização do trabalho com um
nível definido de desempenho, mas também amplamente utilizada na abordagem do tempo e
ritmo de execução de uma tarefa especializada, realizada sob condições específicas.
Na mesma linha da Administração Científica que se encontra as abordagens de Taylor, o casal
Frank e Lillian Gilbreth estudaram os movimentos das tarefas realizadas por trabalhadores
fabris, desenvolvendo técnicas cujo objetivo era evitar o desperdício de tempos e
movimentos, onde padrões eram criados para o alcance de uma melhor produtividade.
Fazendo uso das técnicas apresentadas por Taylor de forma sinérgica às apresentadas pelo
casal Gilbreth, difundiu-se o que temos hoje como Estudo de Tempos e Métodos
(SHAPIESCKI; CAMPOS, 2013, BARNES, 1977).
O estudo de tempos e métodos tem seu foco na abordagem de técnicas de análise detalhada de
todas as operações que constituem uma tarefa, ou seja, todos os movimentos englobados e a
maneira que são realizados, analisando simultaneamente o tempo de realização, eliminando
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elementos (movimentos) desnecessários à operação, buscando métodos mais eficientes de
execução (PEINADO; GRAEML, 2007).
Sem alterações no desenvolvimento da metodologia de cronometragens nas tarefas, desde que
desenvolvida, a sua utilização é amplamente utilizada para a medição e avaliação do
desempenho do trabalho, determinação da capacidade produtiva (englobando também
balanceamento de linhas de produção), elaboração de programas de produção e ainda
determinação de custos envolvidos (como de mão de obra direta no custo do produto)
(ADRIANO, et. al, 2011).
Dentro no raciocínio de Oliveira (2009), a cronoanálise é o método utilizado para cronometrar
o tempo de execução de tarefas no fluxo produtivo, para então realizar análise dos tempos de
tolerância para as necessidades fisiológicas do operador, possíveis quebras de maquinários,
entre outros fatores, diminuindo ainda possíveis fadigas e eliminando ociosidade. Ao
determinar-se o tempo padrão (TP) de uma tarefa, afirma Moreira (1993), que ao menos dois
fatores de grande utilidade são alcançados, que são o estudo posterior para determinar o custo
industrial associado ao produto e a possibilidade de se poder avaliar através de resultados
obtidos no TP se houve melhorias significativas no método de trabalho.
Adriano et al (2011) apresentou um estudo de tempos para a determinação da capacidade
produtiva em uma empresa de confecção, obtendo com resultado a identificação da atividade
que gera gargalo, sugerindo propostas para a redução deste problema, como aplicação de
métodos de economia dos movimentos ou ainda contratação de mais um operador para a
tarefa. Da mesma maneira, Oliveira (2009) fez uso de cronoanálises para a análise da
produção no setor têxtil, obtendo aumento significativo de produtividade com abordagem da
metodologia de estudo de tempos. Demais autores também aplicaram o estudo de tempos em
diversas áreas produtivas, resultando na identificação de atividades realizadas que não
agregam valor ao produto final, redução do tempo padrão, aumento da produtividade
(BORTOLI, 2013), redução de mão de obra e consequente redução no custo indireto do
produto final, redução de movimentos através de mudanças no layout (ROCHA, et al, 2014),
implantação de novas ferramentas de gestão (SHAPIESCKI; CAMPOS, 2013), elaboração de
folha de processos (para registro formal de procedimentos), padronização de produtos e
auxílio no planejamento e controle da produção (BONATTO; KOVALESKI, 2013).
3. Metodologia
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O estudo foi realizado em uma empresa de prestação de serviços localizada na região oeste do
estado do Paraná. É caracterizada como microempresa, contando com 14 funcionários. Atua
na área de assistência técnica e conserto de motores elétricos e moto bombas, bem como
venda de produtos novos e remanufaturados. Atualmente é revenda autorizada e assistência
técnica autorizada de diferentes marcas do ramo. Ressalta-se que a empresa estudada é líder
no ramo em que atua, considerando um raio de aproximadamente 150 quilômetros da cidade
cede.
As análises e observações foram realizadas no segundo semestre de 2014, seguindo as etapas
apresentadas na Figura 1, com base na literatura de Peinado e Graeml (2007). Cada uma das
etapas será devidamente explanadas posteriormente.
Figura 1 - Etapas abordadas no estudo de tempos
Inicialmente, para que se pudesse determinar a tarefa a ser estudada, compreendeu-se o
processo de conserto (rebobinagem) de motores elétricos da empresa em questão. O
fluxograma com as etapas do processo é apresentado na Figura 2.
Figura 2 - Fluxograma do processo de rebobinagem de motores elétricos
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Como sugerido na literatura de Peniado e Graeml (2007), para estudo e análise do trabalho,
considerou-se apensa uma parte de todo o processo apresentado na Figura II. Para a escolha
da atividade considerou-se a etapa principal no conserto de motores elétricos, visto que,
grande parte dos serviços de conserto realizados na empresa envolve a rebobinagem do motor.
Esta atividade, de rebobinagem dos motores elétricos, é dividida em quatro tarefas, como
pode ser observado na Figura 3. Antecedente a etapa de rebobinagem, o operador, ao contatar
através de testes que o motor em questão está queimado, desmonta o mesmo, retira toda a
fiação referente às bobinas (geralmente fios de cobre) e faz a limpeza necessária. Desta
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maneira, toda a etapa de rebobinagem é realizada em cima da bancada de trabalho. As
operações envolvidas nesta etapa são apresentadas na Figura 3.
Figura 3 - Fluxograma da tarefa de rebobinagem
Escolheu-se para a medição dos tempos a tarefa de alocação dos papéis isolantes nas ranhuras
do estator. Ao analisarmos o processo de rebobinagem como um todo, verificou-se que esta
etapa se repetia para diferentes tipos de motores (de diferentes formas e tamanhos). Justifica-
se ainda esta escolha por ser uma etapa curta, mas com tempo de duração significativo, sendo
possível a cronometragem e ainda ser uma tarefa que depende apenas do operador
(PEINADO; GRAEML, 2007). Além disto, a tarefa de alocação de papel isolante apresenta
movimentos repetidos para todos os diferentes tipos de motores, podendo assim, ser
padronizados.
Sabendo-se exatamente qual tarefa será analisada através do estudo de tempos e métodos,
apresenta-se os resultados e discussões das etapas apresentadas na Figura 1.
4. Resultados e Discussões
A coleta dos dados foi realizada com a utilização do software SnapTimePro Report®. Mediu-
se o tempo total da tarefa, ou seja, quando o funcionário pegava o papel isolante, já
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devidamente cortado como necessário, iniciava-se a cronometragem, parando quando o
mesmo terminava de alocar o papel na ranhura do estator. Para que a presença do medidor não
atrapalhasse o colaborador ao desenvolver a atividade, explicou-se o trabalho a ser realizado
ao mesmo, e tomou-se os tempos mantendo sempre determinada distância.
As análises dos dados, bem como os gráficos e tabelas referentes a eles, foram realizadas com
a utilização do software Excel®.
4.1 Determinação do número de ciclos
As medidas preliminares foram coletadas em um dia normal de trabalho, no período da
manhã. O dia foi escolhido estrategicamente, para que não houvesse influência da possível
fadiga no início da semana, se tratando de funcionários jovens, e no fim da semana pelo
possível cansaço acumulado pelo serviço semanal. O estator do motor que estava sendo
consertado no momento era de potência igual a 1/15 HP, 4 polos, voltagem de 127V e 60 Hz,
da marca Hercules. Segundo os responsáveis pela empresa, a demanda por motores deste
modelo é alta, desta forma, escolheu-se coletar as medidas do mesmo.
Realizou-se as medidas referentes a alocação de papeis isolantes em um estator, o que totaliza
24 medias, ao modo que um estator do motor analisado contém 24 ranhuras. A Imagem 1
mostra como é o estator do motor escolhido, quando já alocados o papel isolante. Os tempos
iniciais coletados para o desenvolvimento desta atividade, pode ser observado na Tabela 1.
Imagem 1 - Estator escolhido para o estudo da tarefa de alocação de papel isolante
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Tabela 1 – Cronoanálise inicial da tarefa escolhida
Medidas Tempos
(segundos)
Medidas Tempos
(segundos)
1 9,1
13 12,07
2 7,17
14 9,02
3 7,14
15 13,07
4 6,16
16 13,17
5 16,03
17 10,07
6 8,05
18 5,14
7 7,07
19 7,12
8 7,15
20 7,1
9 13,18
21 10,08
10 8,1
22 18,02
11 7,12
23 8,05
12 8,12
24 7,1
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Para se assegurar de que as cronometragens foram válidas, utilizou-se o gráfico de controle de
qualidade, que apresenta um limite superior de controle (LSC), o limite médio de controle
(LM) e um limite inferior de controle(LIC), como visto no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Gráfico de Controle dos Tempos Iniciais.
O Gráfico 1 apresenta pontos discrepantes, ou seja, inferiores e superiores aos limites de
controle. Para melhor eficiência dos cálculos, desconsiderou-se os pontos discrepantes,
adquirindo-se assim os dados dispostos na Tabela 2:
Tabela 2 – Tempos desconsiderando os pontos discrepantes encontrados no Gráfico I
Medidas Tempos
(segundos)
Medidas Tempos
(segundos)
1 9,1
10 8,12
2 7,17
11 12,07
3 7,14
12 9,02
4 6,16
13 10,07
5 8,05
14 7,12
6 7,07
15 7,1
7 7,15
16 10,08
8 8,1
17 8,05
9 7,12
18 7,1
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Com essas medidas preliminares, pode-se calcular o número de ciclos de medidas necessários
para a tarefa observada, utilizando-se de cálculos estatísticos para a determinação do número
de repetições, expressos pela Equação (1), onde N é o número de medidas, Z é o número de
desvio padrão desejado, s é o desvio padrão das medidas coletadas, a é a precisão desejada, e
x a média das medidas.
N=
Equação (1)
Utilizando uma precisão desejada de 10%, e número de desvio padrão desejado (grau de
confiança) de 95%, calculou-se como necessário 13 medidas. Portanto, as 24 medidas
preliminares calculadas já foram dadas como medidas iniciais.
4.2 Determinação do Ritmo
No entender de Peinado e Graeml (2007) a parte mais importante, e da mesma forma mais
difícil, do estudo de tempos está em avaliar a velocidade ou ritmo com qual o operador
trabalha, com e sem a interferência do cronoanalista, de modo que é uma avaliação subjetiva.
Desta forma, utilizou-se duas formas de determinar o ritmo de trabalho do operador.
Primeiro comparou-se o ritmo de trabalho dos demais operadores na execução da mesma
atividade. Os funcionários em questão trabalham em um ambiente descontraído, ou seja, não
estão sempre com 100% do foco no trabalho, diferentemente do operador analisado, que por
consequência da presença do cronoanalista, acabava por focar apenas no desenvolvimento da
tarefa. Fez-se uso também do conhecimento tático que os gestores da organização possuem do
processo, uma vez que os mesmos já trabalham neste ramo a mais de 35 anos.
De maneira simultânea, após as duas análises citadas, utilizou-se do método de avaliação de
velocidade através do sistema de Westinghouse, que avalia a eficiência do operador em quatro
fatores, caracterizando o que a operação exige do operador, observados na Tabela 3.
Tabela 3 – Sistema Westinghouse para avaliação do ritmo de trabalho
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+ 0,15 A1 Super Hábil + 0,13 A1 Excessivo
+ 0,13 A2 + 0,12 A2
+ 0,11 B1 Excelente + 0,10 B1 Excelente
+ 0,08 B2 + 0,08 B2
+ 0,06 C1 Bom + 0,05 C1 Bom
+ 0,03 C2 + 0,02 C2
0,00 D Médio 0,00 D Médio
- 0,05 E1 Regular - 0,04 E1 Regular
- 0,10 E2 - 0,08 E2
- 0,16 F1 Fraco - 0,12 F1 Fraco
- 0,22 F2 - 0,17 F2
+ 0,06 A Ideal + 0,04 A Perfeita
+ 0,04 B Excelente + 0,03 B Excelente
+ 0,02 C Boa + 0,01 C Boa
0,00 D Média 0,00 D Média
- 0,03 E Regular - 0,02 E Regular
- 0,07 F Fraca - 0,04 F Fraca
HABILIDADE ESFORÇO
CONDIÇÕES CONSISTÊNCIA
Fonte: Barnes, 1977
Assim, junto aos gestores, constatou-se os fatores e somou-se os mesmos, resultando em um
fator de ritmo 20% superior ao seu ritmo normal de trabalho.
4.3 Cálculo do Tempo Normal
O tempo normal (TN) é o tempo de execução da operação pelo operador e que leva em
consideração as limitações e habilidades do operador, ou seja, o seu ritmo normal de trabalho
(velocidade).
O tempo normal para uma operação não contém tolerância alguma, é simplesmente o tempo
necessário para que um operador qualificado execute a operação trabalhando em ritmo normal
(VELOSO, et. all., 2012). É obtido através da Equação (2).
TN= Equação (2)
Obteve-se um tempo normal de 9,71 segundos para a operação. Utilizou-se a eficiência de
120%, ou seja, considerou-se que o funcionário, devido à presença de uma pessoa analisando
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seu desenvolvimento, trabalhou 20% acima do seu normal (abordado no subitem 4.2 deste
trabalho).
O Tempo Normal não leva em conta a influência do ambiente de trabalho sobre as condições
físicas do operador, logo não considera-se ente o tempo de realização da tarefa (ADRIANO,
2011). Desta maneira, calcula-se o Tempo Padrão.
4.4 Determinação das tolerâncias
A tolerância é vista como o tempo de execução das tarefas acrescido de um tempo de
interrupções, sejam estas devido às necessidades fisiológicas, fadigas, paradas devido à espera
de matérias, problemas em máquinas, ou ainda, especificamente no caso estudado,
interrupções para auxílio no atendimento aos clientes.
Neste item, fez-se uso do quadro proposto por Benjamim W. Neibel, encontrado na literatura
de Penado e Graeml (2007) para analisar as fadigas provenientes da natureza do trabalho
realizado e condições ambientais do local, como pode ser observado no Quadro 1.
Quadro 1 – Tolerâncias de trabalho
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Fonte: Stevenson apud Peinado e Graeml (2004. P. 102)
Desta forma, considerou-se uma tolerância de 15%, advindas de fatores como: Tolerância
para necessidades Pessoais, Tolerâncias básicas para fadiga, Tolerância quanto à postura
(Desajeitada – recurvada), Uso de energia muscular (peso levantado – em média 5,0 quilos) e
Nível de ruído intermitente. Não considerou-se tolerâncias em espera, uma vez que a empresa
se enquadra no sistema de produção empurrado, ou seja, há sempre trabalho ao ser executado,
onde define-se as prioridades de trabalho a cada dia.
4.5 Cálculo do Tempo Padrão
O tempo padrão (TP) é calculado tendo em vista que, o operário não poderá trabalhar o dia
inteiro sem interrupções. Desta forma, multiplica-se o tempo normal pelo fator de tolerância
já determinado, para compensar o período que o trabalhador, efetivamente não trabalha. A
Equação (3) esboça como deve ser realizado o cálculo para o TP.
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TP = Equação (3)
Utilizando os dados obtidos anteriormente, obteve-se um Tempo Padrão de 11,16 segundos. A
partir do exposto, ao analisar a tarefa executada, procurou-se analisar fatores que poderiam ser
alterados no desenvolvimento da mesma, objetivando a melhora do tempo padrão encontrado.
Apresenta-se este estudo a seguir.
5. Proposição de melhorias
O papel isolante (utilizado em contato com o estator, e após as bobinas serem alocadas,
utiliza-se outra camada) ficava posto sobre a bancada, junto com demais ferramentas de
trabalho necessárias. Analisou-se, na posição de trabalho, que o funcionário demandava de
um certo tempo para pegar o papel isolante, uma vez que a bancada é constituída de madeira,
e a mesma possuí ranhuras, facilitando com que o papel enrosque na mesma. Uma vez que a
troca das bancadas geraria um custo muito elevado para a empresa, visto que são mais de 14
delas, propôs-se a elaboração de um recipiente com inclinação de aproximadamente 15º com
medidas de 20 cm de largura, 30 cm de comprimento e a altura variando constantemente de
10 cm (atrás) até 2 cm (frente) como pode ser observado na Figura 4. Foi elaborado um
protótipo do mesmo para fins de teste, utilizando como material chapas de aço.
Figura 4 - Esboço da caixa para alocação dos papéis isolantes
A bancada de execução da tarefa encontrava-se organizada durante todas as visitas realizadas
à empresa. O layout da mesma, como era antes da mudança proposta pode ser observado na
Figura 5.
Figura 5 - Layout da Bancada antes da mudança
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Propôs-se a mudança de layout da bancada, fazendo uso do protótipo para alocação dos papéis
isolantes. A Figura 6 mostra como ficou a bancada do funcionário após a mudança.
Figura 6 - Layout da bancada após a mudança
Para que pudesse ser comparado os resultados antes e depois da proposta de melhoria,
observou-se o mesmo funcionário trabalhando com o mesmo estator. Coletou-se os tempos
após a implantação da caixa, onde eram postas os papeis isolantes devidamente cortados e
consequente mudança do layout da bancada. A Tabela 5 apresenta os dados oriundos da
cronoanálise:
Tabela 5 – Cronoanálise da tarefa com as melhorias propostas
Medidas Tempos
(segundos)
Medidas Tempos
(segundos)
1 8,15
13 6,14
2 5,04
14 8,09
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17
3 6,06
15 12,1
4 7,13
16 8,07
5 7,14
17 6,09
6 13,07
18 8,01
7 4,15
19 6,09
8 9,06
20 6,01
9 4,13
21 7,11
10 8,16
22 9,05
11 12,11
23 8,16
12 8,03
24 9,08
Da mesma forma como feito com os dados iniciais, construiu-se o gráfico de controle -
Gráfico 2.
Gráfico 2 - Gráfico de Controle após as Melhorias Propostas
O Gráfico 2 apresenta pontos discrepantes, tanto abaixo quanto acima dos limites
estabelecidos. Desta forma, para maior eficiência dos resultados dos tempos a serem
calculados, desconsiderou-se estes pontos. A Tabela 6 mostra os tempos após a melhoria,
desconsiderando os tempos fora dos limites.
Tabela 6 - Tempos das melhorias propostas desconsiderando os pontos discrepantes encontrados no Gráfico II
Medidas Tempos
(segundos)
Medidas Tempos
(segundos)
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18
1 8,15
10 8,07
2 6,06
11 6,09
3 7,13
12 8,01
4 7,14
13 6,09
5 9,06
14 6,01
6 8,16
15 7,11
7 8,03
16 9,05
8 6,14
17 8,16
9 8,09
18 9,08
O número de ciclos dos novos tempos foi calculado pela Equação (1) já apresentada. O
resultado obtido foi de 9 medidas. Da mesma forma, realizou-se 24 medidas iniciais, logo,
não precisou ser coletado mais tempos.
Utilizando das equações (2) e (3) calculou-se o tempo normal, sendo este igual a 9,04
segundos, e o tempo padrão igual a 10,39 segundos.
Sugeriu-se também a mudança do banco utilizado pelo funcionário, sendo este um banco sem
encosto, por um que tivesse encosto, melhorando assim a ergonomia para realização do
trabalho, diminuindo o efeito fadiga, logo, podendo-se haver redução das tolerâncias.
O Quadro 2, a seguir, apresenta um resumo dos valores encontrados para todos os dados
calculados (número de medidas, tempo normal e tempo padrão) e para os dados determinados
(ritmo e tolerâncias).
Quadro 2 – Resumo dos resultados
Cenário
Inicial
Cenário após a
mudança
proposta
Melhoria
Número de
Medidas 13 19 X
Ritmo 120% X
Tempo
Normal 9,71 segundos 9,04 segundos 7,41%
Tolerâncias 15% X
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Tempo
Padrão
11,16
segundos 10,39 segundos 7,41%
Observa-se que para os tempos normal e padrão houve uma redução de 7%. O número de
medidas apresentou valor superior após a mudança, que pode ser explicado pelo fato de o
segundo cenário ter apresentado maior variabilidade dos tempos tomados. Quanto ao ritmo e a
tolerância, fez-se uso dos mesmo para comparação dos resultados, entretanto, salienta-se que
a tolerância pode ser reduzida com as mudanças propostas, uma vez que pode gerar um
ambiente mais adequado para execução do trabalho. Isto acarretaria em um TP mais reduzido.
6. Considerações Finais
O estudo de tempos sozinho não é suficiente para melhorar as operações, entretanto, o mesmo
pode ser utilizado como o ponto de início para realização de balanceamento de linha ou
mesmo planejamento e controle da produção. O estudo apresentado trata de uma empresa de
pequeno porte, que apresenta grande volume de serviço prestado.
Os tempos calculados não apresentaram diferença significativa se observados de forma
isolada. A mudança proposta gerou uma diminuição de aproximadamente 7% no tempo
padrão. A atividade estudada não demandava de muito tempo para a sua execução. Entretanto,
o objetivo proposto foi alcançado, pois conseguiu-se analisar a capacidade produtiva da
operação. Considera-se ainda, que, ao alcançar uma redução aproximada de 7% do tempo de
execução da tarefa de rebobinagem em cada serviço realizado, de cada funcionário, pode
resultar em, desta vez, uma redução significativa de tempo e consequente utilização de mão
de obra.
O estudo de tempos e movimentos envolve também a organização do ambiente de trabalho, o
arranjo físico e a ergonomia. Uma das dificuldades encontradas foi a escolha do posto de
trabalho, ao modo que a empresa trabalha com diferentes tipos, tamanhos e potencias de
motores, sendo assim, o tempo para a execução das tarefas de cada tipo de motor, é altamente
variável. Foi levando isso em consideração que propôs-se a utilização da caixa para alocação
dos papéis isolantes. Estes, são utilizados tanto no início da tarefa de rebobinagem, como no
final. Esta caixa, com as medidas indicadas na Figura 5 pode alocar papeis para os diferentes
tamanhos de estatores. A melhora analisada foi de 7% dos tempos, entretanto, alcançou-se o
objetivo. Este estudo pode ainda ser aplicado nas demais atividades da empresa, abrangendo
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todo o sistema produtivo da organização. Desta forma, acredita-se que os resultados obtidos
com estudo de tempos e ainda desenvolvimento de padronização de operações, funcionam
como uma excelente ferramenta na gestão de operações, gerando resultados satisfatórios e
podendo ainda serem combinados com demais ferramentas da administração de operações em
busca de vantagens competitivas no mercado.
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