APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA MELHORIA DA PASTAGEM · 1 APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS...
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APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA
MELHORIA DA PASTAGEM
Eduardo Monteiro de Oliveira1
André Luís Martins2
Resumo: Este artigo destaca aplicação das ferramentas qualidade para melhorias do mercado de pastagens, pois é muito importante para uma empresa possuir uma visão orientada para a melhoria contínua de processos, garantindo a qualidade do produto/serviço ofertado. O mercado globalizado é caracterizado por alta competitividade, necessidade de inovações tecnológicas e rápidas mudanças. As empresas responsáveis pelo manejo de pastagens estão inseridas neste contexto sendo um ramo que ocupa grande espaço na atual conjuntura brasileira. As Empresas de todos os setores vêm enfrentando mercados cada vez mais competitivos e clientes cada vez mais exigentes, o que faz com que investimentos em melhorias do produto e dos processos se tornem fatores de sobrevivência. Neste ambiente, empresas que não mudam e não se adaptam continuamente às exigências do cliente acabam sendo superadas por seus concorrentes. As empresa que apresentam ferramentas e técnicas da qualidade, apesar de serem simples, podem ser utilizadas para promover melhorias consideráveis em qualquer processo, valendo-se de uma pesquisa descritiva, obtida por meio de informações bibliográficas. Objetiva-se determinar as variáveis influentes do sistema de manejo, visando otimizar os custos de produção através da redução de falhas e desperdícios no processo produtivo. Os resultados obtidos demonstram a eficiência e o impacto positivo provocados pelas ferramentas da qualidade. Observou-se ainda redução de custos com o controle de estoque e aumento da produtividade.
Palavras-Chave: Ferramentas de qualidade. Tecnologia. Mercado. Manejo de pastagem. Cliente.
Abstract: This article highlights application of the quality tools for improvements in the pasture market, because it is very important for a company to have a vision oriented to the continuous improvement of processes, guaranteeing the quality of the product / service offered. The globalized market is characterized by high competitiveness, the need for technological innovations and rapid changes. The companies responsible for pasture management are inserted in this context being a branch that occupies great space in the current Brazilian context. Businesses across all industries are facing increasingly competitive markets and increasingly demanding customers, making investments in product and process improvements a survival factor. In this environment, companies that do not change and do not continually adapt to the demands of the client end up being overcome by their competitors. The companies that present quality tools and techniques, although simple, can be used to promote considerable improvements in any process, using a descriptive research, obtained through bibliographic information. The objective is to determine the influential variables of the devaneejo system, in order to optimize production costs by reducing failures and waste in the production process. The results obtained demonstrate the efficiency and the positive impact caused by the quality tools. It was also observed a reduction of costs with the control of inventory and increase of productivity. Keywords: Quality tools. Technology. Marketplace. Pasture management. Client.
__________________________________________ 1 Graduando Engenharia de Produção. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos
UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína. E-mail: [email protected] 2 Docente – Engenheira de Produção. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína. E-mail [email protected]
mailto:[email protected]
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1. INTRODUÇÃO
Atualmente, disseminar técnicas de gestão para os produtores rurais é de suma
importância, visto que com o auxilio de ferramentas da qualidade usadas em conjunto,
consegue-se um maior conhecimento do comportamento dos processos, dando um
maior respaldo para aplicação de ações que visão a melhoria contínua.
A dinâmica nos ambientes e as exigências do mercado impõe às empresas
(rurais, industriais ou comerciais) a necessidade da garantia e melhoria contínua da
qualidade de produtos e processos.
A qualidade, em seu sentido genérico, é definida nodicionáriode Holanda
(1980) como "propriedade, atribu to ou condição, das coisas ou das pessoas, capaz
de distinguí-las das ou tras e de lhes determinar a natureza". Numa escala de
valores, qualidade é o adjetivo que permite avaliar e, consequentemente, aprovar,
aceitar ou recusar, qualquer coisa.
A formação e o manejo das pastagens dependem da escolha das espécies
forrageiras, correção da fertilidade do solo, planejamento do pastejo intensivo, divisão
dos piquetes, período de descanso e período de pastejo, altura do pasto, ajuste da
lotação de animais e adubação de reposição (principalmente nitrogênio).
Para TRINDADE et al. (2000), implantar aqualidade na empresa agronegócios
significa o envolvimento das pessoas no processo produtivo, motivando-as para que
utilizem sua criatividade e contribuam na melhoria dos processos, surgindo as
ferramentas da qualidade como elemento facilitador na implantação de sistemas da
qualidade, tendo em vista a melhoria dos processos.
ANTUNES e ENGEL (1997), as ferramentas devem ser empregadas
basicamente para medir o desempenho dos processos, auxiliar na detecção dos
problemas, auxiliar na detecção das causas dos problemas encontrados e por último
auxiliar na determinação de soluções para os problemas encontrados. Podendo
escolher os diagramas de dispersão, os gráficos de Pareto, os gráficos de tendência,
histogramas, fluxogramas e os gráficos de controle do processo.
SANTOS (2005), utilizou ferramentas da qualidade para avaliar o processo de
aplicação de herbicida, fazendo o controle da qualidade de distribuição das gotas,
controle de plantas daninhas, falha entre passadas do pulverizador e fitotoxidade
causada às culturas.
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Diante de um cenário de relativa estabilização do mercado cosmético e do
aumento da competitividade pela entrada de novas empresas nacionais e
multinacionais, a melhoria da qualidade dos processos produtivos e
consequentemente o aumento da eficiência destes, assumiu um novo patamar de
importância dentro da empresa, sendo vital para o seu sucesso (ABIHPEC, 2017;
PALADINI, 2012).
Com o constante avanço tecnológico e a rápida disseminação das informações,
as empresas passaram a buscar por métodos e técnicas mais eficientes para se
manterem competitivas no mercado. Em uma sociedade onde os clientes estão cada
vez mais exigentes e buscam por produtos inovadores e que atendam suas
necessidades, as organizações passaram a investir na implantação dos chamados
Programas de Qualidade, com o objetivo de obterem uma maior eficiência
organizacional.
Assim, este estudo abordará sobre os métodos e ferramentas de gestão da
qualidade capazes de auxiliar a organização em busca da melhoria contínua de seus
processos.
2. AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE QUALIDADE
2.1. AS FERRAMENTAS DE QUALIDADE
Entende-se como ferramentas da qualidade o desenvolvimento de técnicas de
produção da qualidade, das quais se trata de dispositivos, procedimentos gráficos,
numéricos ou analíticos, formulações práticas, esquemas de funcionamento,
mecanismos de operação, enfim, métodos estruturados para viabilizar a implantação
de melhorias no processo produtivo(BERGMANN et al., 2012).
Em geral, as ferramentas costumam ter características próprias, em função das
pessoas que a utilizarão ou da finalidade a que destina. As ferramentas da qualidade
são de suma importância para os gestores, pois auxiliam no dia a dia organizacional
dando suporte para que os procedimentos sejam melhorados constantemente a fim
de diferenciar-se em relação aos produtos e/ou serviços oferecidos pelos
concorrentes.
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A qualidade muda com o passar do tempo em respostas a mudanças do
ambiente externo e interno o que implica em alterações no custo e na produtividade e
através da melhoria, os processos tornam-se eficiente e eficaz.
Os métodos e técnicas da qualidade compreendem os procedimentos que
favorecem a abordagem participativa da qualidade nas organizações produtivas,
facilitando a implantação de processos gerenciais compartilhados que irão auxiliar a
gestão da qualidade através de benefícios que incluem a eficiência da análise de
problemas (PALADINI, 2010).
Essas ferramentas são utilizadas para definir, mensurar, analisar e propor
soluções aos problemas que interferem no desempenho e no resultado das empresas
e com produtor rural.
Elas ajudam a estabelecer métodos mais elaborados de resolução baseados
em fatos e dados, o que aumenta a taxa de sucesso dos planos de ação.
2.1.1. FLUXOGRAMA
Auxilia na identificação do melhor caminho que o produto ou serviço irá
percorrer no processo, ou seja, mostra as etapas sequenciais do processo, utilizando
símbolos que representam os diferentes tipos de operações.
O Fluxograma é uma ferramenta que mostra de forma gráfica as etapas de um
processo. Pode ser utilizado na análise de um processo corrente, pois permite a
compreensão rápida do fluxo de atividades (LUCINDA, 2010).
Figura 1. Exemplo de fluxograma
Fonte: qualidadeonline.files.wordpress
Frequentemente é denominado de maneiras diferentes, como: gráfico de
procedimentos, gráfico de processos, fluxo de pessoas e papéis e fluxo de
documentos.
2.1.2 DIAGRAMA DE ISHIKAWA( Espinha de peixe)
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Segundo Giocondo (2011) normalmente este diagrama é utilizado para
visualizar em conjunto as causas principais e secundárias de um problema, ampliar
as possíveis causas do problema, enriquecer sua análise e a identificação de
soluções, assim como a analisar o processo em busca de melhorias.
Figura 2. Exemplos de Diagrama de Ishikawa conhecida também com espinha de peixe.
Fonte: Fley,1998
2.1.3 DIAGRAMA DE PARETO
É uma ferramenta gráfica que ajuda a identificar a relação causa e
consequência/efeito.
Sua análise auxilia na identificação dos principais problemas que afetam uma
organização e seus processos. Sua elaboração decorre dos seguintes passos:
a) Selecionar os problemas a serem comparados e estabelecer uma ordem de
prioridades para sua análise;
b) Selecionar um padrão de comparação;
c) Selecionar um período de tempo para ser analisado;
d) Reunir os dados necessários dentro de cada categoria;
e) Comparar a frequência ou custo de cada categoria com relação a todas as
outras;
f) Listar as categorias da esquerda para a direita no eixo horizontal, em ordem
decrescente;
g) Acima de cada classificação ou categoria deve-se desenhar um retângulo ou
barra cuja altura corresponda ao valor dessa variável na classificação escolhida.
O processo final resulta em uma ilustração simples e que facilita a concentração
de esforços para a análise de problemas (VIEIRA, 2014).
Figura 3. Exemplo de Diagrama de Pareto
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Fonte: qualidadeonline.files.wordpr
2.1.4 HISTOGRAMA
É uma ferramenta gráfica que auxilia na verificação de frequência de dados que
tem por objetivo identificar como determinada amostra está distribuída. Histograma
difere do Diagrama de Pareto pelo tipo de variável que representa sendo que:
a) O Diagrama de Pareto é para variáveis discretas, classificadas e
posicionadas em ordem decrescente, além de conter a curva de frequência
acumulada;
b) O Histograma é utilizado com variáveis contínuas, onde a posição não muda
de acordo com a frequência, e sua interpretação leva em consideração a forma da
distribuição e a relação entre distribuição e as especificações.
Figura 4. Exemplo ferramentas de qualidade Histograma
Fonte: qualidadeonline.files.wordpr
2.1.5 FOLHA DE VERIFICAÇÃO
São tabelas ou planilhas usadas para facilitar a coleta de dados num formato
sistemático para compilação e análise. Seu uso permite poupar tempo, pois elimina o
trabalho de se desenharem figuras ou escrever números repetitivos, evitando
comprometer a análise dos dados.
Figura 5. Exemplo de folha de verificação do processo de pulverização
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Fonte: Acervo Pessoal de Trabalho
2.1.6 GRÁFICOS DE CONTROLE
Os Gráficos de controles podem ser utilizados para verificar se o processo está
ou não sob controle ou conforme limites estabelecidos, e para controlar o grau de não
conformidade ou variabilidade do processo.
Desta forma, para sintetizar um conjunto de dados, utilizasse métodos
estatísticos a fim de observar as mudanças do processo, baseando em dados de
amostragem. Após determinado período é possível mostrar como o processo está se
desenvolvendo, quando não se está dentro dos limites estabelecidos, sinaliza que há
necessidade de procurar a causa da variação, mas não mostram como eliminá-la.
Figura 6. Exemplo de Gráfico de controle.
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Fonte: weedscience.org
2.1.7 DIAGRANA DE DISPERSÃO
O diagrama de dispersão, normalmente é utilizado para identificar a correlação
e estabelecer associação entre dois fatores ou parâmetros.
Quando se pretende averiguar a existência de correlação entre duas variáveis
é comum fazer-se uso de uma representação gráfica denominada “diagrama de
dispersão”, que são representações de duas ou mais variáveis organizadas em um
gráfico, uma em função da outra.
Figura 7. Exemplo de dispersão
Fonte: weedscience.org
2.1.8 PDCA
É uma ferramenta de gestão utilizada nas empresas, feita por Walter A.
Shewart na década de 20. Ela possui as etapas planejar, executar, checar e agir para
controlar um processo de uma empresa.
Planejar (Plan) Nesta fase são definidos os objetivos de cada processo até
chegar ao produto/serviço finais requeridos pelo cliente, levando em consideração a
política da empresa.
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Baseado nesta política, o planejamento deve ser composto pelos seguintes
passos:
• Identificação do Problema
• Estabelecimento de Metas
• Análise do Fenômeno
• Análise do Processo
• Plano de Ação
Fazer (Do) momento em que o plano será executado, assim os indivíduos que
participarem da implantação do ciclo PDCA deverão realizar treinamentos de acordo
com o método. Cada processo é realizado, conforme aquilo que foi definido na
primeira fase. Assim são coletados dados para uma análise posterior.
Checar (Check) com a implantação, os processos são analisados através de
ferramentas próprias, para verificar se cada processo cumpre aquilo que foi proposto
no planejamento. É nessa fase que poderão ser encontrados erros ou falhas no
processo.
Agir (Action) de acordo com o resultado na etapa ‘checar’, serão observados
as falhas nos processos e se os objetivos foram atingidos, caso contrário, estes devem
ser melhorados e as etapas se reiniciam.
Figura 8. Exemplos de PCDA
Fonte: CAMPOS(1999)
2.2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MANEJO DAS PASTAGEM
Independentemente do tipo de animal que utilizará a pastagem, os princípios
básicos de manejo são os mesmos e valem para qualquer pastagem, em qualquer
lugar do mundo.
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Esses princípios básicos giram em torno da administração de dois processos
aparentemente conflitantes: as plantas necessitam de folhas para crescer, e os
animais necessitam das folhas para se alimentarem.
Como é impossível maximizar esses dois processos de formas simultânea, o
sucesso no manejo de pastagens estará para aqueles que tenham sensibilidade de
não fazer o pêndulo do manejo se deslocar numa única direção.
Assim como em qualquer outro mercado, a produtividade na agricultura
também enfrenta problemas. Pragas, infestações e produção baixa são alguns dos
mais comuns e não devem ser motivo de desespero. Com os avanços da tecnologia
e o interesse de vários grupos na área, uma série de práticas e técnicas entram, cada
vez mais, na rotina do produtor rural, visando à melhoria da produção, facilitando a
gestão e até melhorando a qualidade de vida do colaborador.
A produtividade no ramo de pastagens é um dos temas de maior importância
para nossa sociedade, remetendo-nos diretamente à discussão do Desenvolvimento
Sustentável. Sendo assim, faz-se bastante útil o estudo da formação do solo, bem
como o impacto que as atividades humanas, entre elas a agricultura, podem exercer
sobre a estrutura e, consequentemente, sobre a sua sustentabilidade.
Como a garantia do não esgotamento do solo é indispensável à manutenção
da atividade do pastagens, visa-se também estabelecer alternativas sustentáveis de
aproveitamento do solo, de modo a não se colocarem risco a produção de alimentos.
A agricultura sustentável já vem sendo implantada e baseia-se na chamada
agricultura orgânica, que utiliza restos de plantas e animais e dejetos municipais como
fertilizantes, e se caracteriza pelo uso de predadores naturais e desenvolvimento de
plantas mais resistentes a doenças como forma de controlar o ataque de insetos e
fungos. Além disso, a prática da agricultura orgânica acarreta um melhoramento da
estrutura do solo, aumento do nível de
nutrientes e do controle da erosão.
Não é segredo para ninguém que o uso de fertilizantes é um dos principais
fatores que resultam em uma colheita de sucesso. No entanto, o seu mal uso traz
consequências graves para a produção, podendo causar uma dependência do
produto em plantações futuras ou a contaminação do solo por resíduos.
A aplicação sucessiva ou a quantidade fixa em todo o território é um erro. O
mais indicado é um estudo aprofundado do solo, safra por safra, para medir a real
necessidade das plantas.
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Essas pesquisas são rápidas e não são destrutivas. A forma física e fertilidade
podem ser analisadas por especialistas em pouquíssimo tempo. Dessa forma, nem o
excesso e nem a falta de nutrientes serão um impasse para uma colheita de
qualidade.
A produtividade na agricultura depende de projetos que estão em frequente
atualização e sempre fundados em muito trabalho e pesquisa, afinal, nada é mais
importante do que o processo responsável pelo abastecimento da população.
Segundo Martins (1998):
“A sistematização de indicadores de desempenho é realizada pela a
gestão da qualidade total da empresa e, além disso, faz a seguinte
consideração: A medição do desempenho tradicional tem como
principal preocupação a medição em termos do uso eficiente dos
recursos. Os indicadores de desempenho mais comuns são a
produtividade, o retorno sobre os investimentos, o custo padrão, etc.”
(MARTINS, 1998, p. 303).
O foco na qualidade e na produtividade tem relação explicita com a redução
dos custos, identificação e diminuição de perdas nos processos, e, aumento da
competitividade e atenção às necessidades dos clientes, para isto se valendo de
melhorias propiciadas pelas ferramentas da qualidade a organização busca a sua
perenidade e em menor instancia a de seus produtos e serviços pastagens
A produtividade alcançada com a excelência dos processos produtivos
considera as informações disponibilizadas nos controles internos da organização ou
de outras fontes de benchmarking, para a efetivação dos controles e das ferramentas
da qualidade, gerando dados comparáveis nas dimensões de tempo e quantidade
para a produção e de custeamento/valor monetário das atividades para a tomada de
decisão dos responsáveis envolvidos.
Portanto para oferecerem aos consumidores serviços e produtos de qualidade,
o uso de produtos químicos para controle de plantas indesejáveis, algumas
dificuldades acabam despontando. O preço elevado dos herbicidas, associado ao uso
indevido dos mesmos, têm causado grande prejuízos para o setor, ocasionando
aumento de custos, em função das doses aplicadas por hectare, preocupação que
vem se acentuando nas pastagens tropicais comumente utilizadas na produção de
carne e leite.
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O uso intenso que se faz dos herbicidas em pastagens, as doses dos
ingredientes ativos indicados e a provável existência de resistência das plantas
infestantes às moléculas existentes no mercado, bem como a indiferença dos
pecuaristas em receber consultoria técnica para planejar o manejo dos agrotóxicos
em pastagens, justificam pesquisas nesta área. Os setores de serviços, estão
implantando programas de qualidade, que se baseiam em ferramentas e técnicas para
melhorarem o desempenho operacional, diminuírem os custos de produção e
aumentarem a produtividade.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A seguir estão descritos os métodos e ferramentas utilizados para as pesquisas
realizadas na elaboração deste trabalho. A metodologia escolhida foi uma revisão
bibliográfica que permite ao pesquisador a realizar uma pesquisa em bancos de dados
de periódicos, permitindo, em determinado espaço e tempo ver como se apresenta o
estado da arte de estudos em uma determinada área ou mesmo um assunto em
especifico (FRANCO; GANGA; SANTA-EULALIA, 2017).
3.1 Definição do Problema
O estudo de caso aqui apresentado parte do contexto e necessidades da
propriedade rural estudada, porém, tem como objetivo utilizar as Ferramentas básica
de qualidade na melhoria do processo pastagens para seu produtor rural.
A propriedade estudada apresenta metodologia de ferramentas qualidade. Os
produtos são adquiridos pelo instinto e experiência dos proprietários.
Porém Estudos feitos com vários herbicidas mostram que a absorção é limitada
pela quantidade do produto que atravessa a cutícula da folha, sendo influenciada
pelas condições ambientais onde a planta daninha está se desenvolvendo. A umidade
do solo, a temperatura e a umidade relativa do ar interferem no comportamento dos
herbicidas nas plantas.
Alguns herbicidas são aplicados no solo, se movendo dentro da planta, das
raízes para as folhas. Aqueles que são aplicados nas folhas, chamados de contato,
reagem rapidamente no ponto aplicado. Existem ainda os sistêmicos, que
movimentam-se das folhas para os pontos de crescimento.
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Considerando a formação ou reforma de uma pastagem, geralmente ocorre a
germinação da sementeira ou rebrote das plantas invasoras, como também da
gramínea forrageira. Não se pode permitir que plantas daninhas atrasem a formação
da pastagem, impedindo que seja atingida sua plena capacidade de suporte.
3.2 Objetivos
Nesta investigação, o objetivo é verificação das Ferramentas de qualidade na
melhoria processo da pastagem de propriedade rural, Para mesma posar auxiliar a
organização a diminuir as perdas, melhorar a gestão do estoque, reduzir o risco nos
processos decisórios, auxiliar seus clientes para uma definição de investimentos
adequado para sua produção, melhorar o desempenho do setor de compras.
O sistema de pastejo é fornecer alimento de forma constante, o ano todo, para
os animais. Consequentemente, deve-se aumentar o rendimento forrageiro por
unidade de área, ou seja, é necessário produzir mais em menor área. Deve-se
também reduzir a degradação, ou seja, esse sistema tem que ter longevidade. Além
disso, o sistema deve buscar conservar a fertilidade do solo.
Apresentar a importância da melhoria contínua numa propriedade,
apresentando a utilização das Ferramentas Básicas da Qualidade inseridas no
processo de produção do pastagens.
Apresenta a simplicidade e eficiência do uso dessas ferramentas básicas para
análise e resolução de problemas, podendo ser utilizadas por todos os níveis da
organização.
a) Descrever o processo produtivo da pastagens;
b) Identificar eficácia de um herbicida aplicado às folhas das plantas daninhas
está estreitamente relacionada à magnitude do processo de absorção.
c) Identificar e aplicar as adequadas ferramentas da qualidade no processo
produtivo estudado;
d) Apresentar um plano de ações para a melhoria dos resultados operacionais
da propriedade rural.
4.RESULTADOS
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Dessa forma, a dose requerida, bem como a formulação química adequada,
varia de acordo com cada espécie, seu estágio de desenvolvimento, e atividade. Para
tanto, o planejamento do controle químico de uma pastagem, incluindo o herbicida a
ser utilizado, dose e forma de aplicação, depende de vários fatores, quais sejam:
condição da pastagem, identificação das plantas invasoras, tipo de folhagem, estágio
de desenvolvimento e índice de infestação.
Apresenta-se a seguir a descrição do estudo de caso de uma propriedade rural
do município de Araguaína, Estado Tocantins. Como nome Fictício Fazenda Vitória.
Será feito uma análise no planejamento controlo químico, na pastejem utilizando a
ferramentas de gestão de Qualidade PCDA.
4.1 Descrição do Estudo de Caso
A Fazenda Vitória a 5 anos tem Consultoria com empresa X de fornece todo
acompanhamento qualidade sobre a pastagem e produtos para infestação de plantas
danininhas.
Neste estudo vamos colocarmos alguns pontos de dificuldade que a Fazenda
tinha com qualidade pastagem. O proprietário calculava errado o tempo de cada
piquete; não controlar espécies invasoras e pragas; atear fogo na saída.
O mal manejo da produção gera consequências para outras gerações até o
pasto acabar. Isso porque com a rebrota mais lenta o próximo ciclo será prejudicado
e atrasado, dificultando assim a realização do manejo mais adequado.
Para melhorar a eficiência do controle químico de plantas, ocorre a associação
dos herbicidas com produtos denominados adjuvantes e/ ou surfactantes, sendo que
estes atuam diretamente no molhamento, espalhamento, formação de espuma, e
dispersão da calda de pulverização(MELO et al., 2012).
Uma das principais características destas áreas degradadas é a presença
abundante de plantas daninhas, as quais competem com a cultura forrageira e
intoxicam os animais, alterando o comportamento de pastejo dos mesmos.
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Além da redução do desempenho animal, as plantas daninhas promovem
alterações no sistema de produção diminuindo a capacidade de suporte da pastagem,
provocando mudanças na morfologia da planta forrageira que conduzem a uma menor
produção de massa, além de uma menor utilização da forragem pelo animal.
Figura 9.Demostracao da Pastagem da Fazenda Vitória
Fonte: Autor
Com isso são afetados os principais componentes da produtividade animal de
um sistema, que são o desempenho animal.
Dessa forma a planta daninha causa no sistema pecuário danos nas duas faces
do processo produtivo, tanto para o animal quanto para a própria planta forrageira e
ainda na interação desses dois componentes, sendo de suma importância o seu
controle para obtenção de resultados produtivos e econômicos (QUEIROZ etal., 2012)
O problema da invasão das plantas daninhas está ligado diretamente à grande
capacidade que estas têm para competir com as gramíneas cultivadas como
pastagem, pois levam uma série de vantagens nesta competição. Por exemplo: as
sementes das plantas daninhas germinam desuniformemente, dificultando seu
controle e permitindo a sucessão de várias gerações durante o ano.
Além disso, uma vez germinadas as sementes, as plântulas das plantas
daninhas
crescem mais rápido que as das pastagens. Isto proporciona às plantas daninhas
maior facilidade para captar água e nutrientes durante os períodos críticos e aumentar
sua área foliar rapidamente.
Vale também lembrar que diversas espécies de plantas daninhas produzem
sementes com habilidade de dormência, que conservam sua capacidade germinativa
por dezenas de anos.
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Os problemas causados pelas plantas daninhas em pastagens podem ser
enumerados: competição por espaço, luz, por água e nutrientes; queda real da
capacidade de suporte por área; aumento do tempo para a formação das pastagens;
ambiente propício ao desenvolvimento de parasitas externos; ferimento nos
animais(algumas plantas do gênero Solanum (joá e jurubeba), a malícia ou dormideira
(Mimosa pudica) e o arranha-gato (Acacia plumosa)); o envenenamento por plantas
tóxicas (a Palicourea marcgravii (erva-de-rato), a Pteridium aquilinum (samambaia) e
a Baccharis coridifolia (mio-mio)); propiciam riscos de erosão (aroeira);
comprometimento da estética da fazenda das árvores, dos animais e do solo sobre
produtividade e sobre a qualidade da pastagem.
4.2 Análise dos Resultados
A amostragem da pastagem consistiu na medição da produtividade, da
qualidade e da composição florística. A medição da produtividade e da qualidade da
pastagem será descrita conforme análise de resultados.
Os tratamentos utilizados mostraram que opções técnicas são viáveis ao
pecuarista, permitindo que exista possibilidade de gerenciamento em todo o processo
da produção com avanço das ecologias e o apoio das consultorias agronômicas.
Por isso que a função do técnico agrícola é auxiliar os produtores rurais com
conhecimento técnico para o bom desenvolvimento de sua produção. Ele deve ajudar
com o manejo do solo, plantio, combates a pragas e colheita. Também tem como
função analisar o cultivo e oferecer respostas para os problemas agrícolas, aplicando
soluções precisas, eficientes e economicamente viáveis. A sua falta pode significar
um manejo inadequado e trazer algumas consequências.
Para isso, os engenheiros agrônomos ou técnico agrônomo, devem além de
possuírem os conhecimentos básicos das espécies daninhas presentes no local,
terem o embasamento técnico dos métodos de controle existentes e passíveis de
utilização. Com isso conhecer sistemas de produção com as rotações e sucessões de
culturas na dinâmica populacional das plantas daninhas é de extrema importância
quando os técnicos forem elaborar recomendação técnica de manejo.
Visto que 40% do valor comercializado com defensivos referem-se aos
herbicidas, também se torna fundamental o conhecimento desses compostos e a ação
dos mesmos no
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ambiente. A relação dos herbicidas com o solo, a relação dos herbicidas com as águas
superficiais e subterrâneas, a relação do herbicida com as plantas e mesmo a relação
dos herbicidas com as pessoas, são considerados fundamentos essenciais para a
sustentabilidade da produção agrícola.
Alguns herbicidas são aplicados no solo, se movendo dentro da planta, das
raízes para as folhas. Aqueles que são aplicados nas folhas, chamados de contato,
reagem rapidamente no ponto aplicado. Existem ainda os sistêmicos, que
movimentam-se das folhas para os pontos de crescimento.
Considerando a formação ou reforma de uma pastagem, geralmente ocorre a
germinação da sementeira ou rebrote das plantas invasoras, como também da
gramínea forrageira. Não se pode permitir que plantas daninhas atrasem a formação
da pastagem, impedindo que seja atingida sua plena capacidade de suporte.
Alguns técnico recomendam que a aplicação de herbicidas seja feita entre 30
e 40 dias após a germinação ou ocorrência de rebrote das invasoras de folha larga
(atingido por herbicidas específicos).
Essa prática é econômica e viável, levando-se em conta as pequenas doses de
produtos utilizados e a eficiência do controle nessa fase de desenvolvimento da
maioria das invasoras. Nos casos de pastagens estabelecidas, e com boa cobertura
de solo, a aplicação pode ser feita em área total ou de forma dirigida, em função do
índice de infestação.
Ainda, segundo alguns autores, se as invasoras atingirem porte muito
elevado ou plantas próximas à florada, recomenda-se o controle mecânico
associado, efetuando uma roçada, cerca de 40 a 60 dias antes da aplicação do
herbicida. Essa prática garante eficiência e economia com a redução na quantidade
do produto utilizado, em função do rebrote ter maior atividade de circulação de
fotoassimilados ou ainda substratos, acelerando e aumentando a eficiência dos
herbicidas. O ciclo PDCA no manejo de pastagens conforme conforme ilustrado
Figura 8.
O ciclo PDCA é uma valiosa ferramenta da gestão da qualidade e pode ser
aplicado em qualquer atividade na organização. Em qualquer processo de qualidade
total o primeiro passo é conceituação de quem é o fornecedor e quem é o cliente.
No caso da pastagem, o pecuarista é o fornecedor e seu primeiro cliente, o cliente
interno, é o boi.
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A Ferramenta gestão da qualidade se desdobra em três tipos d ação:
planejamento, controle e aprimoramento da qualidade. No planejamento identificam-
se os clientes e suas necessidades. A partir daí desenvolvem-se projetos e processos
capazes de atender a estas.
O controle da qualidade tem o objetivo de manter o processo operando de
acordo com o que se planejou, para que atinja as metas estabelecidas. No
aprimoramento, busca-se melhorar os processos, agindo de forma preventiva, e não
somente corretiva.
Ao promover um giro no ciclo PDCA obtém-se o aprimoramento contínuo das
tarefas e a elevação do nível de qualidade do que se faz ou se produz.
Para continuidade no na ferramentas qualidade a fazenda Vitória foi utilizado
aplicação do ciclo PDCA para melhorias (CAMPOS, 1999). O uso do MASP garante
abordagem lógica e estruturada para solução de problemas, resolvendo-os mediante
processo por etapas que avalia as causas do problema e otimiza o tempo de solução
planejando atividades, monitorando desempenho, avaliando resultados e tomando
decisões.
Este processo por etapas que avalia as causas do problema e otimiza o tempo
de solução planejando atividades, monitorando desempenho, avaliando resultados e
tomando decisões.
Quadro 1. Etapas do Processo PDCA
PDCA FLUXO FASE OBJETIVO
P 1 Identificacao do Problema
Definir claramente o Problema e reconhee sua
importancia
2 Observação Investigar características específicos do problema
3 Analise Descobrir causa fundamentais
4 Plano de ação Conhecer plano para bloquear causa fundamentais
D 5 Execução/ Açao
Bloquear causa fundamentais
C 6 Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo em caso negativo,
retomar passo 2.
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A 7 Padronizaçao Prevenir contra reaparecimento de problema
8 Recaputular todos os processos de solução de
problema para futuro.
Fonte: Autor adaptação de Campos (1994)
Esta seção detalha o processo realizado através das ferramentas da
qualidade com base na sequência do ciclo PDCA desde a identificação do problema,
possíveis causas, construção do plano para solução, e controle das atividades para
resolução do problema.
Demonstrar a aplicação do ciclo PDCA para o sistema de pastagem, bem
como sua utilidade para a solução de problemas e a melhoria contínua na
propriedade em estudo.
Ilustra-se na
Figura . Levamento da Área, o antes e depois da aplicação da ferramenta da
qualidade para o manejo de pastagem.
As imagens mostra a Fazenda Vitória depois do técnico responsável aplicar
ferramentas qualidades e decidir junto proprietário.
Foi recomendando recomendado para utilização dos herbicidas em
pastagens é o momento da implantação ou reforma do pasto, uma vez que,
normalmente, o banco de sementes das plantas invasoras no solo é grande e
ocorrerá a germinação desta sementeira ou o rebrote das plantas junto com o novo
pasto.
Em pastagens implantadas há mais tempo, o controle das invasoras deve ser
feito depois de o produtor avaliar as condições da área. Se degradada, o produtor
deve reformar o pasto e utilizar o controle com herbicidas durante o serviço. Caso a
pastagem não esteja prejudicada, o controle químico deve ser feito por meio da
avaliação de alguns fatores, como a identificação da espécie invasora e avaliação
do estágio de desenvolvimento vegetativo da planta, sendo ideal que ela esteja em
pleno crescimento e com muita área foliar.
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(a)
Figura (a): O que temos que entender é que, além do valor nutricional
(quantidade de proteína e fibra), a estrutura do pasto tem grande efeito sobre a
quantidade de forragem consumida pelo animal, e consequente impacto no seu
ganho de peso.
(b)
Figura (b) Esse processo pode ser facilmente visualizado em pastos que o
capim está mais alto. Ao abrirmos uma touceira veremos que a quantidade de
material morto acumulada na porção inferior, próxima ao solo, é grande. Esse
material não é consumido pelos animais.
De forma geral, o amadurecimento da planta (crescimento) resulta em
decréscimo do valor nutritivo e comprometimento da estrutura da pastagem, visto
o maior acúmulo de compostos fibrosos e principalmente colmos
(c)
Figura (c): Em contrapartida, no manejo de lotação contínua, essa pratica é
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um pouco mais complicada, pois os animais permanecem o tempo todo na mesma
área. Nessa modalidade de manejo tem-se utilizado a taxa de lotação para
controlar a estrutura do pasto e a eficiência de colheita de forragem pelo animal. A
dificuldade do ajuste de lotação durante o período das águas é a oscilação que
ocorre no acúmulo (crescimento) de forragem durante a estação chuvosa (existem
momento de maior e menor velocidade de acúmulo) o que pede ajustes na taxa de
lotação para a manutenção da estrutura do pasto.
(d)
Figura (d) : A escolha da melhor estratégia herbecidas a ser adotada deve
ser baseada em conceitos técnicos e econômicos, considerando o consumo de
produto e o ganho adicional conquistado, sendo a análise do custo de produção da
arroba adicional, fundamental para a tomada de decisão.
(e)
Figura (e): Quanto aos cuidados no primeiro pastejo o técnico agrônomo
ensina: "a área deve receber animais depois de 40 a 75 dias após a germinação
da forrageira – assim que a planta atingir 75% da altura superior indicada para o
manejo do capim. Só entrar com animais leves para diminuir o arranquio de plantas
e evitar a compactação do solo"
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(f)
Figura (f): sucesso de uma boa formação de pastagens depende da escolha
certa da espécie forrageira, de uma adequada utilização, de usar sementes de boa
qualidade, ser bem semeada e na quantidade certa, o que varia de uma espécie para
outra. Tudo isso e um manejo adequado assegura ao produtor retorno econômico e
longevidade da pastagem.
Para a aplicação do herbicida é necessário uma análise observando os itens
abaixo:
1. Quantidade de plantas/m2
2. Mínimo de 4 a 5 plantas/m2
3. Forradeira com vigor para receber, caso contrátrio o solo continuaria
descoberto.
Após aplicação do produtos os principais benefícios são a possibilidade de
fazer veda e adubação.
Adubação: execelente ferramenta para aumentar o vigor e resposta da planta.
Figura 11. Esquema de recuperação das pastagens por meio da eliminação
das plantas invasoras
Fonte: Acervo Pessoal
No controle da plantas: Antes de se recomendar a utilização de herbicidas
numa pastagem, é fundamental verificar se há um número suficiente de plantas
forrageiras para tomar o lugar das plantas daninhas que serão controladas. Quando
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a pastagem está em adiantado estado de degradação, pode ser mais vantajosa a
reforma do pasto.
Herbicidas seletiva: primeiramente antes de definir um programa de controle
de plantas daninhas em pastagens sugere-se a identificação das espécies
infestantes.
Calagem e adubação se necessario: Com isso, poderemos conhecer suas
características morfológicas, anatômicas, ecológicas, capacidade competitiva,
susceptibilidade aos herbicidas, etc.
Veda: importante para recuperação da pastagem.
Manejo de Pastagens: Nas pastagens recém-implantadas ou reformadas,
geralmente ocorre a germinação das sementes de plantas daninhas do banco de
sementes ou rebrote das plantas daninhas, com a da gramínea forrageira.
Dependendo das quantidades existentes, o controle 8 invasoras deverá ser feito
para garantir o desenvolvimento da gramínea forrageira.
Maior lotação animal/ área : fazer o uso de misturas de herbicidas com
ingredientes ativos diferentes, para assim controlar uma maior diversidade de
plantas invaso.
Quadro 1. Levamento de infestação da área.
PLANTAS DANINHAS
% INF.
1% Controle
2 % Controle
3% Controle
Casadinha 5% 90% 80% 80%
Vareta de Rojão
5% 90% 80% 85%
Assa de Peixe
20% 90% 95% 90%
Vasoura de botão
15% 85% 90% 90%
Malva carrapicho
10% 90% 60% 80%
Angiquinho 5% 50% 40% 40%
Guaxumas 10% 80% 90% 90%
Lacre 10% 90% 90% 90%
Juá 5% 80% 75% 75%
Gervão 5% 80% 80% 80%
Outras 10% 0% 0% 0%
Total 100% 77% 74% 76%
Fonte: linha de pastagem Nufarm (2019)
É importante ressalvar que o herbicida por si só não representa o único
processo de recuperação da pastagem, mas tem se mostrado o mais eficiente por
associar controle e custo, isto sendo utilizado de maneira adequada. Então, é
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preciso que as áreas sejam avaliadas e verificado o nível de infestação, saber quais
são os tipos de plantas que está presentes, se está na época certa, a forma de
aplicação, dose do herbicida e, após o seu uso, fazer o manejo de pastagem para
evitar novas infestações.
O próximo passo do PDCA é recapitular os processos de solução de
problemas futuro. As plantas competem com as pastagens por espaço, água,
nutrientes e luz. Diante dessas situações as consequências são:
a) Menor produção de forragem da pastagem/ha;
b) Queda na capacidade de suporte animal/ha;
c) Menor produção de leite e carne por ha/ano;
d) Aumento do tempo de formação das pastagens;
e) Envenenamento por plantas tóxicas;
f) Depreciação do patrimônio;
Dentre os métodos utilizados para combater plantas daninhas em pastagens,
o controle químico com herbicidas sistêmicos é o procedimento mais eficiente no
que se refere à eliminação total das plantas invasoras, eliminando tanto a parte
aérea (parte superior da planta) quanto as raízes sem danificar a gramínea. O uso
de herbicidas seletivos tem como objetivo principal acabar com a competição entre
plantas daninhas e as forrageiras, e dessa forma aumentar a produtividade da
pastagem.
Ao final do ciclo, as atividades serão revisadas e apresentados os resultados,
onde será necessário planejar novas melhorias de qualidade para a atividade.
Desse modo, a aplicação do ciclo consegue melhorar os resultados da empresa
rural através de uma geração de novos conhecimentos sobre a maneira e os
métodos para se produzir com o principal objetivo a maximização dos lucros e
diminuição de erros ao longo da atividade e dos processos administrativos na
produção de pastagens.
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5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da análise dos este trabalho foi de extrema importância para a
familiarização do tema as ferramentas da qualidade. A partir de cada etapa do
trabalho, novos conhecimentos e conceitos foram agregados. O objetivo demonstrar
a aplicação do ciclo PDCA para o sistema de confinamento, bem como sua utilidade
para a solução de problemas e a melhoria continua na propriedade em estudo.
Para tanto, a revisão bibliográfica abordou os métodos para racionalização de
pastagem, a qualidade e sua perspectiva no âmbito dos serviços, bem como algumas
de suas principais ferramentas foram contextualizados.
Quanto aos procedimentos metodológicos, foi realizada uma pesquisa aplicada
empregando o método de estudo de caso.
A revisão observou-se que esse é um assunto que ainda necessita de mais
estudos e pesquisas para demonstrar seus benefícios e assim motivar a sua adesão
por parte dos produtores.
Espera-se que essa revisão possa servir de estímulo para esses trabalhos, que
deverão contribuir ricamente para a literatura.
É importante também destacar o envolvimento de todos no processo que
permitiu dar à propriedade uma visão ampla de um problema que mostramos poder
ser solucionado com ferramentas eficazes.
Dessa forma, o objetivo geral e os objetivos específicos foram alcançados, foi
possível a identificação do problema, a aplicação das ferramentas da qualidade. Além
disso, as ferramentas mostraram ser muito uteis como técnicas para o controle da
qualidade, investigação de defeitos e explanação das características envolvidas, pois
proporcionaram uma visualização rápida e de fácil interpretação das ocorrências.
Assim, a prática do engenheiro de produção na solução de um problema em
uma indústria, empresa ou propriedade rural é de extrema importância para a empresa
e para a formação do acadêmico, pois proporciona uma visão critica dos processos,
desenvolve a tomada de iniciativa do estudante, além de permitir a utilização das
técnicas estudadas e dos conhecimentos adquiridos na graduação, oferecendo ao
profissional experiência dentro da realidade de uma organização.
Ainda, contribuindo também para a organização, pois o engenheiro de
produção possui a visão da organização como um todo, somada à experiência dos
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profissionais da empresa e auxilio de técnicas, garantem uma percepção mais ampla
do problema e a geração de informações que facilitam a tomada de decisões e as
ações para melhorias.
No caso deste estudo caso foi utilizando a ferramenta de gestão da qualidade
PDCA, para o tratamento dos problemas no processo de produção de pastagem
mostrou-se eficiente, proporcionando maior satisfação para proprietário.
A redução dos índices dos problemas em erros operacionais, limpeza nos
equipamentos, manutenção e gestão de pessoas, foram expressivas durante o
período da pesquisa, havendo satisfação e confiança do cliente recebendo seus
produtos na data desejada, podendo atender à demanda. O ciclo PDCA, neste caso,
proporcionou ganhos de demanda e maior confiabilidade ao processo.
Por fim, sugere-se a realização de futuros trabalhos em continuidade à linha de
pesquisa atual, destacando: Aumento no desempenho e ganhos para a empresa,
seria a aplicação mais criteriosa e detalhada da ferramenta PDCA no setor de
processo produção, e após a constatação das melhorias, controlar o processo com
ciclo PDCA de controle, gerenciando a rotina da produção, garantindo que esses
problemas não ocorram novamente.
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6. REFERÊNCIAS
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Figura 8. Exemplos de PCDA