Apologtica-Esoterismo- ICP.pdf

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Página 1 Esoterism o ARTIGOS NESTE MATERIAL: 1. A face oculta da numerologia..................................................................02 2. A farsa que está por trás da Programação Neurolinguistica....................05 3. A urinoterapia - Ciência, filosofia de vida ou ato religioso?.....................15 4. Aquário - O surgimento de uma era.........................................................18 5. Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento - Mais uma máscara do ocultismo................................................................................. .....................26 6. Cuidado, a serpente ainda fala.................................................................33 7. Ecorreligião.............................................................................. ................40 8. Eubiose – A arte de bem viver?................................................................46

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    EsoterismoARTIGOS NESTE MATERIAL:

    1. A face oculta da numerologia..................................................................022. A farsa que est por trs da Programao Neurolinguistica....................053. A urinoterapia - Cincia, losoa de vida ou ato religioso?.....................154. Aqurio - O surgimento de uma era.........................................................185. Crculo Esotrico da Comunho do Pensamento - Mais uma mscara do ocultismo......................................................................................................266. Cuidado, a serpente ainda fala.................................................................337. Ecorreligio..............................................................................................408. Eubiose A arte de bem viver?................................................................46

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    9. Hipnose - A manipulao da mente.........................................................5210. Jogos de azar o que dizer?..................................................................................................5811. Logosoa - Uma nova roupagem para um antigo engano.....................6112. Nostradamus - Profeta ou adivinho?.....................................................6613. Porque no creio na astrologia..............................................................7214. Pr- Vida - A integrao csmica pregada pelo movimento de Celso Charuri..........................................................................................................8215. Raelianos Somos clones dos ET s........................................................8816. Reiki A tcnica esotrica que diviniza o esprito humano...................9817. Ser que estamos sendo vigiados?......................................................10618. Teosoa A losoa religiosa que lanou as bases para o atual movimento da Nova Era.............................................................................11519. Tratamentos alternativos e alternativas perigosas..............................12720. Vivendo de luz - Quando passar fome uma virtude..........................1311. A face oculta da Numerologia

    Por Danilo Raphael

    Voc sabia que a data do seu nascimento e o nmero da sua residncia tm grande influncia sobre os acontecimentos que cercam a sua vida? E que o seu futuro pode

  • Pgina3ser influenciado pelos nmeros? Pois justamente assim que crem os seguidores da numerologia, conhecidos como numerlogos. As perguntas que nos vm mente so: O que significam os nmeros? Para que servem? Podem, afinal, influenciar as nossas vidas?.

    Os estudiosos, desde pocas remotas, vm atribuindo aos nmeros valores filosficos e religiosos. Atravs dos nmeros e dos sculos, pensadores e msticos tm expressado seus ideais e conceitos. Na Bblia, muitas vezes os nmeros aparecem como smbolos, mas no podemos dizer que todos os nmeros nas Escrituras so simblicos. O costume de atribuir algum significado aos nmeros vem do Oriente.

    O dicionarista Aurlio define o termo numerologia da seguinte maneira: estudo da significao oculta dos nmeros e da influncia deles no carter e no destino das pessoas. Entre os judeus msticos, a Cabala1, baseada principalmente na simbologia dos nmeros, cultivada com afinco. Os cabalistas recorrem a um processo chamado gematria (vocbulo grego que significa geometria: 'medida da terra'. A gematria consiste em atribuir s letras valores numricos e tirar deste princpio mltiplas conseqncias).

    De acordo com o livro Dicionrio de religies, crenas e ocultismo, a numerologia um sistema ocultista que atribui valores especficos e significados aos nmeros para se determinar o futuro ou conhecer os mistrios do universo fsico.2

    A origem da numerologia

    longo o caminho que a numerologia percorre, tanto na filosofia como no ocultismo. Suas origens apontam para Pitgoras3 como sendo o pai dessa atividade. E Plato a incrementou com seus conceitos universais. O fato de que a natureza (os minerais, a flora, a fauna...) se apresenta ao homem com certa regularidade, simetria ou harmonia, fez que desde remotas pocas os homens tendessem a ver nos nmeros o elemento bsico ou o fundamento de toda a realidade: 'Os nmeros so os princpios das coisas', dizia Pitgoras; por conseguinte as leis dos nmeros seriam as leis do universo.4

    Devido harmoniosa sucesso do dia e da noite, das quatro fases da lua, dos sete dias da semana, das quatro estaes do ano, da simetria das partes e dos membros do corpo humano, e tambm da seqncia dos anos, o homem foi conduzido simbologia e mstica dos nmeros.

    O que na verdade Pitgoras fez foi relacionar a realidade aos nmeros. Assim, podemos dizer, em primeiro lugar, que os nmeros tm a chave para a explicao da realidade e, em segundo, que eles so a prpria essncia da realidade. Como dissemos anteriormente, Plato tomou as lies bsicas de Pitgoras identificando seu sistema de idias e conceitos relacionado aos nmeros. Ele trabalhou com os conceitos de limitado, no-limitado, determinado, no-determinado. Plato era matemtico e, naturalmente, deixava-se atrair por uma teoria que se relaciona prpria realidade.5

  • Pgina4Raciocinando com a numerologia

    De acordo com esse estudo, valores numricos so atribudos s letras. Um exemplo disso seria que a letra a valeria 1 e a letra z, 26. As principais funes dessa matemtica calcular o valor numrico do nome de uma pessoa junto com a data do seu nascimento. Por exemplo, Jesus : J (10), E (5), S (19), U (21), S (19). A adio desses valores 74. Esse nmero reduzido da seguinte forma: 7+4 = 11 e 1 + 1 = 2.6 Se considerarmos o fato de que o nome Jesus no grego Iesous, esta colocao fica sem nexo, pois o nome Iesous contm oito letras, o que fornece outro valor numrico.

    O mesmo acontece com as datas de nascimento. Suponhamos que o clculo da data de nascimento de uma pessoa do dia 30-04-80 fosse: 30 + 4 + 1 + 9 + 8 + 0 = 52. A reduo desse nmero seria 5 + 2 = 7. Ento, o nmero dessa pessoa seria 7. Seria a partir desse nmero que os numerlogos interpretariam a vida de tal pessoa. seguindo essa forma de raciocnio que muitos estudiosos atribuem o nmero 666 (associado ao anticristo) s letras do nome Csar Nero. Existe alguma verdade nessa teoria? um caso que precisa ser analisado.

    Msticos por todo o mundo tm feito previses baseadas na numerologia, e muitas delas, concidentemente, tm-se cumprido, tornando este mtodo popular entre uma grande parcela da populao que busca conhecer aquilo que est por vir. Tais pessoas, no entanto, ao interessar-se pelos acontecimentos futuros visam apenas resolver seus problemas amorosos, financeiros e profissionais. Na verdade, no esto nem um pouco preocupadas em saber sobre as coisas espiritualmente saudveis reservadas para elas.

    Como podemos ver, o assunto srio, e precisa ser analisado luz da Palavra de Deus.

    A numerologia luz da Bblia

    Reconhecemos que certos nmeros na Bblia possuem significado especial, mas isso no quer dizer que devemos exagerar a respeito. O caso dos 153 peixes de Joo 21.11 vem sendo explorado por toda a histria da Igreja. Outro exemplo de controvrsias e especulaes so as setenta semanas de Daniel (Dn 9.25-27), bem como a frase um dia para o Senhor como mil anos (Sl 90.4). uma atitude totalmente sem nexo impor uma interpretao simblica a estes nmeros.

    Sempre houve muitas especulaes em torno dos nmeros na Bblia. Ao que tudo indica, o nico nmero da Bblia que de fato pode receber interpretao simblica o 666: Aqui h sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o nmero da besta; porque o nmero de um homem, e o seu nmero seiscentos e sessenta e seis (Ap 13.18).

    Seja qual for a maneira usada pelo homem para praticar a adivinhao abominao diante de Deus. Vejamos o que diz Deuteronmio 18.10-12: Entre ti no se achar

  • Pgina5quem faa passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a um esprito adivinhador, nem mgico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa abominao ao Senhor; e por estas abominaes o Senhor teu Deus os lana fora de diante de ti. Levtico 19.31 tambm tem algo a dizer a respeito: No vos virareis para os adivinhadores e encantadores; no os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor.

    O castigo para o praticante da adivinhao, conforme rezava a lei, era a morte: Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um esprito de necromancia ou esprito de adivinhao, certamente morrer, sero apedrejados; o seu sangue ser sobre eles (Lv 20.27).

    De acordo com o que diz a Bblia, um dos motivos que levou Saul morte foi justamente o fato de ele ter recorrido adivinhao: Assim morreu Saul por causa da transgresso que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual no havia guardado; e tambm porque buscou a adivinhadora para a consultar (1Cr 10.13). Samuel, ao contrrio de Saul, havia desterrado todos os adivinhos (Samuel temia o Senhor 1Sm 28.3,9).

    O povo de Israel praticava adivinhaes e foi duramente advertido pelo profeta Isaas: Quando, pois, vos disserem: Consultai os que tm espritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura no consultar o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se- aos mortos? (Is 8.19).

    No Novo Testamento, encontramos o caso de uma jovem que tinha um esprito de adivinhao. Tal esprito, no entanto, foi expulso pelo apstolo Paulo. O registro desse acontecimento encontra-se em Atos 16.16-18. Vejamos o que diz o texto: E aconteceu que, indo ns orao, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha esprito de adivinhao, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a ns, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvao, so servos do Deus Altssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao esprito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.

    Claro est que a prtica de adivinhao terminantemente condenada por Deus!

    Vivemos diariamente com pessoas que crem em adivinhaes. Para que suas vidas sejam transformadas, precisamos mostrar-lhes a verdade da Palavra de Deus. Somente assim poderemos convenc-las de seus erros.

    Em relao a esse assunto, para que no caiamos nas armadilhas do inimigo, devemos defender a f que uma vez nos foi dada (Jd 3). Fica aqui, ento, lanado o desafio. Ser que estamos dispostos a fazer pela verdade o que os numerlogos fazem pela mentira?

    Notas:

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    1 Defesa da F, n 32, pp. 52-55. 2 Dicionrio de Religies, Crenas e Ocultismo, Mather & Nichols, Editora Vida, p. 341.3 Pitgoras (570-495 a.C) importante matemtico e filsofo grego. Entre seus mestres necessrio citar Zoroastro, um sbio persa e grande conhecedor da cabala.4 Pergunte e Responderemos, 1973, ano XIV n 163, p. 309.5 Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filosofia, Vl 4, R. N. Champlin e J. .M Bentes, Editora Candeia, p. 551.6 Enciclopdia de Bblia, Teologia e Filosofia, Vl 4, R. N. Champlin e J. .M Bentes, Editora Candeia, p. 552

    2. A farsa que est por trs da Programao Neurolinguistica

    Por LUIZ CARLOS APARCIO

    O sucesso no ocorre por acaso. O que sucesso? O que felicidade? O que sorte? Por que algumas pessoas fazem sucesso na vida e outras no? Como alcanar o sucesso? Qual o segredo das pessoas bem-sucedidas? So perguntas como essa que a Programao Neurolingistica PNL, tambm conhecida como Cincia do Sucesso, tenta responder; seduzindo milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive os cristos evanglicos.

    Segundo esse movimento, as tcnicas ensinadas em seus cursos possibilita o aluno a aumentar sua capacidade cerebral e alcanar que realmente deseja na vida, ou seja, o sucesso. Dizem os seus mentores: A vida que voc leva foi criada por voc, ento sempre possvel transform-la para melhor, O sucesso est em suas mos, H uma fora especial dentro de voc, Aprenda a us-la em seu benefcio, Ouse fazer e o poder lhe ser dado. E completam: Voc pode mudar sua vida. simples, mas no fcil, depende apenas de voc.

    Entre todos os ensinamentos da Programao Neurolingistica destacamos algo que nos parece central na discusso do tema. Segundo esse movimento, a palavra CRISE, em chins, tem dois significados: perigo e oportunidade. voc quem escolhe qual significado adotar. Exemplificam: Quando voc ouvir falar em crise, pense em tirar o S da palavra. Voc ter a poderosa palavra CRIE, do verbo criar, ser criador. Ou coloque um trao vertical sobre o S, e logo voc tem um cifro Cri$e, traduzindo: Crie dinheiro, prosperidade, sucesso, enfim...

    Com esta base de ensino, a Programao Neurolingistica tem-se destacado como o grande diferencial nos treinamentos de auto-ajuda oferecidos nas escolas, acampamentos, universidades e em empresas.

    Temas de impacto, mas, em princpio, inofensivos, como: melhore a sua memria, auto-estima, motivao, qualidade, competitividade, leitura dinmica,

  • Pgina7trabalho em equipe, superao, sensibilizao, desenvolvimento de empreendedores, aumente sua capacidade de aprendizagem, adaptao a ambientes de constantes mudanas, superao a situao de presso, globalizao, atendimento, entre outros, ganham uma nova conotao seguindo por um caminho totalmente diferente do convencional.

    Compreendendo o assunto sistematicamente

    Uma tcnica utilizada por profissionais de auto-ajuda que visa levar o individuo a confiar no poder de suas prprias palavras, como fonte motivadora de transformao pessoal, adquirindo, assim, valores positivos que determinaro o sucesso em todas as ares da vida: emocional, profissional, financeira, etc. assim que a Programao Neurolingistica se define.

    No Brasil, no campo da PNL, o dr. Lair Ribeiro a figura mais destacada. A filosofia subjacente a essa tcnica a de que o homem aquilo que ele pensa. Nisto est imbuda a idia de auto-suficincia. A PNL utiliza basicamente as tcnicas de Visualizao, Meditao, Intuio, Hipnose ou regresso hipntica e Confisso Positiva; todas essas tcnicas so utilizadas em conjunto.

    1. VISUALIZAO Visualizao na Nova Era o uso da concentrao mental e imagens dirigidas, as chamadas directed imagery, na tentativa de alcanar determinados alvos fsicos, mentais ou espirituais (ocultistas).

    A pratica da visualizao antiga e afirma trabalhar de vrias formas. Por exemplo, usando a mente para entrar em contato com a suposta divindade interior ou eu superior, os praticantes alegam que podem manipular a sua realidade pessoal a fim de alcanar os alvos desejados, tais como boa sade e aquisio de riquezas.

    A visualizao freqentemente usada combinao com os estados alterados de conscincia ou como meio de se chegar aos mesmos, sendo muitas vezes acompanhada de meditao ocultista. Ela foi, desde h muito, associadas s religies e prticas pags, como xamanismo e a meditao xamanista. Ela tambm muito utilizada para desenvolver habilidades psquicas e na canalizao para entrar em contato com conselheiros interiores ou guias espirituais.

    O problema bsico que a visualizao da Nova Era atribui mente humana uma condio divina ou quase divina. Isso no s representa uma grande distoro da natureza humana como pode tambm camuflar a manipulao da mente por espritos, definindo o processo como um empreendimento natural divino.

    O uso da visualizao na pratica da sade pode levar a influencias ocultistas e a problemas surgidos da negao da realidade por excesso de confiana na mente divina da pessoa e seu suposto poder de cura ou sabedoria da sade. No campo da medicina (autodiagnstico fsico) e da religio (revelao psquica), o processo pode produzir a confiana em dados falsos que resultam em danos fsicos ou fraude espiritual. O cristo tem sua f bem fundamentada em Deus e, assim, pode no

  • Pgina8visualizar o futuro, mas se apropriar dele com a segurana das promessas do Senhor (Hb 11.1).

    2. MEDITAO A meditao na Nova Era (oriental ocultista) praticada por milhares de pessoas. Em pases asiticos como China, Tibet, ndia, Tailndia etc. ela faz parte do cotidiano e envolve o controle absoluto ou ajuste da mente com vrios propsitos, fsicos ou espirituais (ocultistas).

    Os promotores da meditao afirmam que a prtica resulta em inmeros benefcios fsicos. Mas, mesmo que isso seja verdade, os riscos fsicos e espirituais os superam. A meditao afirma trabalhar imobilizando a mente ou influenciando-a de qualquer modo. Quem medita supostamente capaz de perceber a verdadeira realidade, sua verdadeira natureza, e a alcanar a verdadeira iluminao espiritual. O dr. Daniel Coleman, autoridade em meditao e escritor em vrios livros, destaca a maioria das formas de meditao praticadas hoje ocultista, e que por mais diversos que sejam os nomes, todos esses caminhos prope a mesma formula bsica numa alquimia (transformao ocultista da natureza) do eu.

    A meditao da Nova Era usa caracteristicamente a mente de maneira anormal para reestruturar radicalmente as percepes do individuo, levando-o a apoiar a filosofia e os alvos ocultistas. Estados de conscincia regressivos ou induzidos espiritualmente so interpretados de maneira errada como estados de conscincia mais elevados ou divinos.

    Por exemplo, em muitas formas da pratica da meditao, a possesso espiritual propriamente dita interpretada como um tipo de iluminao espiritual; alm disso, os poderes desenvolvidos atravs da meditao so falsamente interpretados como evidencia de uma natureza divina latente. Quase todos que fazem meditao infelizmente mo compreendem os resultados a longo prazo ou as conseqncias dessas prticas.

    O fenmeno perigoso e crescente do despertar kundalini mais notados so perodos de desordem mental severa, incapacidade intelectual, sono profundo por vrios dias e influencias demonacas.

    A filosofia subjacente, o propsito estabelecido, o mtodo fsico e o contexto espiritual da meditao determinam seu trabalho. A meditao bblica nada tem a ver com esse conceito e uma pratica espiritual saudvel, mas, repetimos, a maior parte da meditao praticada hoje envolve mtodos ocultistas que podem provocar conseqncias danosas irreversveis. Entre elas esto as influencias por espritos e at possesso demonaca, assim como vrias formas de danos fsicos, psicolgicos e espirituais que so cada vez mais relatados na literatura crist. ... antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite (Sl 1.2).

    3. INTUIO Intuio segundo a Nova Era um disfarce para os poderes psquicos e ocultos. freqentemente pregada em conjunto com a cura, a telepatia, a clarividncia, o diagnstico psquico e o espiritismo ocultista. A intuio

  • Pgina9desenvolvida da mesma maneira que as habilidades psquicas (isto , programas de treinamento envolvendo meditao, concentrao, estados alterados de conscincia, etc.). Uma vez desenvolvida, a pessoa busca suas habilidades intuitivas e confia na orientao e instruo para qualquer cura ou outras tarefas que devam ser feitas.

    O problema bsico com a intuio da Nova Era sua premissa parapsicolgica injustificada: a normalizao dos poderes psquicos como habilidades intuitivas latentes a raa humana. Isso mascara sua verdadeira sua realidade como habilidades sobrenaturais originrias do mundo dos espritos. As habilidades ocultistas e os poderes espirituais so, portanto, internalizados psicologicamente como parte do potencial humano latente; a intuio, por si s, como um processo humano normal, se torna uma capa para o ocultismo, enquanto a guerra espiritual continua atrs dos bastidores. O ser humano, em sua criao original, herdou de fato aspectos da natureza divina de seu Criador (Gn 1.27; 2Pe 1.4), mas, com a queda, foi destituda dessa glria. Jesus afirmou: Eu sou a videira verdadeira; vs sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse d muito fruto; porque sem mim nada podes fazer (Jo 15.5).

    Desse modo, distinguir entre os poderes psquicos ocultista e a intuio normal humana se torna difcil e at mesmo impossvel. De fato, amedrontador saber que muitos espritas confessam no conseguirem distinguir a diferena de seu guia espiritual sobre sua mente e inspirao, ou criatividade, humana normal.

    4. HIPNSE Hipnose ou Regresso Hipntica uma condio deliberadamente induzida de sugestionalidade e transes acentuados, produzindo um estado de conscincia altamente flexvel e capaz de ser dramaticamente manipulado. O mtodo empregado por milhares de mdicos e psicoterapeutas.

    Vestgios dessa pratica podem ser encontrados desde a antiguidade e ela associada com freqncia ao ocultismo. Os processos exatos que fazem a hipnose funcionar so desconhecidos. Pesquisas cientificas foram conduzidas para suprir grande volume de informao em relao ao transe hipntico e sua suscetibilidade; todavia, o que a hipnose e com ela funciona so pontos ainda largamente discutidos. Afirmaes difundidas e freqentemente exageradas so feitas quanto a sua aplicao na medicina, na psicoterapia, na educao e em muitos outros campos.

    Alguns promotores de processos de auto-ajuda fazem alegaes sensacionalistas em relao ao uso de hipnose para tratar ou curar uma infinidade de problemas fsicos e pessoais alergias, obesidade, cncer, baixa auto-estima, tabagismo e culpa, entre outros. Eles afirmam que suas possibilidades de aplicao na rea de crescimento pessoal, potencial humano e autotransformao so quase infinitas.

    Como cristos, acreditamos que a hipnose um estado singular de alterao da conscincia que pode ser utilizado em uma grande variedade de propsitos ocultistas, como desenvolvimento psquico, contato com espritos, viagem astral, psicografia, regresso e terapia de vidas passadas (reencarnao), entre muitos outros.

  • Pgina10Nos parece tambm que a hipnose esta ligada pratica biblicamente do feitio e/ou encantamento. Assim, ela realmente proibida, pois o cristo deve encher-se com o Esprito Santo, o que significa que ele no deve permitir que a mente seja controlada, manipulada e abusada por parte do hipnotizador, em especial o incrdulo. O propsito dos psicoterapeutas da Nova Era, que empregam o que chamado de terapia das vidas passadas, enviar a pessoa de volta sua suposta vida ou vida anteriores, a fim de resolver conflitos e traumas emocionais ou espirituais que estejam supostamente afetando a sua sade fsica, emocional ou espiritual no momento, permitindo a influencia de demnios, Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instru-lo? Mas ns temos a mente de Cristo (1 Co 2.16).

    5. CONFISSO POSITIVA Esta expresso chamada de confisso positiva tem como significado literal trazer a existncia o que declaramos com nossa boca. A confisso positiva coloca todo o peso da realizao nas palavras pronunciadas e na atitude mental rigorosamente mantida.

    Mais profundamente, a confisso positiva busca exteriorizar aquilo que foi projetado e reforado na mente da pessoa atravs de todo trabalho de visualizao, meditao, intuio e hipnose, ou seja, suas palavras iro confirmar todo processo de programao para o sucesso (PNL). Atravs da confisso positiva, a pessoa tornar-se- a criadora de seu prprio mundo, com prosperidade nos negcios e sade para famlia.

    Neste caso, a confisso positiva confirma os ensinamentos da Nova Era que declara que o homem um deus, possuindo, portanto, a capacidade de criar a sua prpria felicidade. Esse conceito foi amplamente refutado ou adotado por lideranas evanglicas em todo mundo. Hoje, esse movimento est confinado a pequenos redutos denominacionais, pois no Brasil, em particular, no to simples assim exercitar a teologia do sucesso ilimitado, e mesmo nos pases desenvolvidos essa teoria tem-se desgastado.

    Biblicamente, entendemos que Deus totalmente distinto do homem (vice-versa), e que sua glria no repartida. O ser humano o mais sublime das criaes de Deus, dotado de valores herdados de seu Criador, mas nunca absoluto em si mesmo ... que o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem para que o visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glrias e de honra o coroaste (Sl 8.4-5). O apstolo Paulo escreveu aos romanos sobre a independncia e soberania de Deus da seguinte maneira: ... Terei misericrdia de quem me aprouver ter misericrdia, e terei compaixo de quem me aprouver ter compaixo. Assim, pois, isto no depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que usa de misericrdia (Rm 9.15,16), logo, no o homem que determina nada para si baseado nos desejos de seu corao, mas o Senhor, que realizar todas as coisas de acordo com a sua vontade.

    Confronto com as sagradas escrituras

    Como vimos a PNL busca substituir padres considerados de insucesso por novos

  • Pgina11padres de sucesso alicerados no homem. Em suas etapas de programao, falamos da deletao, quando as pessoas programam suas mentes para apagar conhecimentos adquiridos, eliminar experincias vividas e exterminar comportamentos sedimentados ao longo da vida. Uma verdadeira lavagem cerebral. Ou seja, um esvaziamento da alma do aluno.

    O que a Bblia fala sobre o perigo de uma casa vazia? (Lc 11.24-26)

    Ora, havido o esprito imundo sado do homem, anda por lugares ridos, buscando repouso; e no o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde sa. E chegando acha-a varrida e adornada. Ento vai e leva consigo outros sete espritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o ultimo estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro.

    Podemos afirmar que possvel uma pessoa, aps passar por um programa como o PNL, sofrer forte possesso demonaca e diversos tipos de perturbaes metais e at fsicas.

    A questo da PNL da deletao e na incluso de novos valores na mente da pessoa feita dentro de um processo de assimilao dos seus princpios de resistncia. Atravs da utilizao do relaxamento e da visualizao, tal pessoa conduzida ao estado chamado Alfa. Neste estado, por meio de tcnicas de relaxamento ou meditao, a pessoa perde o senso critico, retendo automaticamente todas as informaes recebidas como verdadeiras, quer sejam boas ou ms. A Bblia fala que o Esprito Santo quem deve convencer o homem do pecado, da justia e do juzo (Jo 16.8). Ou seja, o trabalhar de Deus por convencimento, o Esprito Santo, atravs da palavra de Deus, ir persuadir, apresentar razes, mostrar fatos que possibilitem a pessoa confront-los com sua vida e, ento, se arrepender. Converso literalmente mudar de comportamento.

    Deus respeita a opinio do homem e leva-o a mudar de comportamento apresentando-lhe a verdade do evangelho. O homem, quando se decide por Cristo, o faz racionalmente no exerccio da f, e essa declarao feita em pleno estado de conscincia, na PNL qualquer deciso tomada pelo homem conseqncia de uma lavagem cerebral, por meio da qual ele perde sua capacidade de pensar, de argumentar e de questionar. Lendo Isaias 1.18: Vinde ento, e argi-me (questionar, interrogar), diz o SENHOR... (explicao nossa), entendemos que o cristianismo uma religio de conscincia, razo e f. Ningum precisa entrar em transe para crer em Cristo.

    A Bblia nos fala ainda que devemos resistir ao diabo (Tg 4.7). Como ento aceitaremos um posicionamento de mente no qual a nossa resistncia totalmente eliminada? Sede sbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversrio, anda em derredor, buscando quem possa tragar (um Pe 5.8). Com tantas evidncias de ocultismo e praticas de magia e feitiaria presentes na PNL, como poderemos ficar desarmados, despreocupados e sem a lucidez necessria para discernir o que esta ocorrendo em nosso derredor? (Veja Hb 5.14).

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    No podemos baixar nossa guarda e ficar a merc do diabo. Antes, devemos nos revestir de toda armadura de Deus (Ef 6.10), atravs da palavra de Deus, porque o diabo, de maneira astuta, cria verdadeiras arapucas para o homem incauto. E no maravilha, porque o prprio Satans se transfigura em anjos de luz. (dois Co 11.14).

    O engano do homem que se v como seu prprio centro (Jr 17.9)

    Enganoso o corao, mais do que todas as coisas, e perversos; quem o conhecer?.

    Em sua incluso de novos padres, a PNL destaca a tese de que o homem deve seguir seu corao. Nos cursos, a pessoa em meditao consigo mesma busca dentro de si respostas para sua vida e planeja, ou melhor, programa seu futuro atravs das respostas encontradas em seu corao. Como podemos seguir o nosso corao se ele mais enganoso do que todas as coisas? Segui-lo nos trar como conseqncia a destruio. Ainda em Mateus 15.19 podemos ler: Porque do corao procedem os maus pensamentos.

    Mas, como cristos, devemos nos preparar Para que no sejamos vencidos por Satans, porque no ignoramos os seus ardis (2 Co 2.10-11).

    A questo do sucesso da PNL semelhante a Teologia da prosperidade que circulou pelos meandros evanglicos h alguns anos. A questo da programao est baseada na regresso, ou cura interior, e a confisso positiva, no determinismo. Dessa forma, a f tem sido usada na direo do ter, e no mais do ser ou viver, como foi com os heris da f. A Bblia relata que ... o justo viver pela f (Hb 10.38). Enquanto os propagadores da prosperidade estimulam a f alicerada na prpria f, o Senhor Jesus recomenda f em Deus: E Jesus, respondendo disse-lhes: Tendes f em Deus... (Mc 11.22). Para aqueles que tem um ensinamento contrrio a esse, a Bblia tem um adjetivo para eles: Ora, o mercenrio foge, porque mercenrio, e no tem cuidado das ovelhas (Jo 10.13 grifo do autor).

    O depoimento que voc ler agora verdico. O irmo que viveu esta terrvel experincia preferiu omitir o seu nome para evitar qualquer complicao.

    Fiz um treinamento de Neurolingistica em 2000 pago pela empresa em que trabalho e estimulado por um gerente de vendas. Posso dizer que minha vida foi separada entre o antes e o depois desse curso, pois no tive discernimento para entender a sensao de liberdade e de poder fazer tudo que o treinamento ensinava.

    O treinamento teve inicio na sexta-feira noite e se estendeu at domingo, tambm noite. Realizado no auditrio de um hotel, o evento contou com a participao aproximadamente de 500 pessoas, entre as 150 que iriam fazer o treinamento pela primeira vez, as demais j haviam feito e os convidados: parentes, amigos e/ou conhecidos. Ao chegar l, senti um clima de festa, de alegria, de felicidade. Todos se

  • Pgina13abraavam muito e, ao se cumprimentarem, batiam a mo direita por cima da cabea ( um gesto da Nova Era ). Achei aquilo muito bom, bem melhor do que na igreja que freqentava.

    Ao entrarmos no auditrio ( impreterivelmente s 20h59 ), depois no jantar no hotel, as pessoas que haviam nos levado ao curso j estavam presentes, nos esperando para nos receber. Elas cantavam, pulavam alegres e gritavam: ... um, dois, trs e quatro... ns amamos vocs quatro. Comeamos o treinamento com muita expectativa. O ambiente era bastante descontrado.

    Em seguida, o consultor comeou a passar algumas regras que deveriam ser obedecidas at o final do curso. Uma delas era sentar sempre ao de desconhecidos. Com isso, j estavam nos ensinando a ser mais atirados com as pessoas. Outra regra era no discordar de nada que os palestrantes iriam falar. claro que, num primeiro momento, voc discorda, mas, com o passar do tempo, medida que eles iam transmitindo simpatia, carisma e alegria, comecei a achar que minha vida estava toda errada.

    Aps esse primeiro contato, depois de haver passado as regras, comeamos com uma terapia chamada: feed back negativo, quando fazamos uma roda e as pessoas gritavam xingando umas as outras de mentirosas, covardes, prepotentes, falsas, desonestas, entre outras coisas que no convm citar aqui. Colocavam uma msica muito fnebre e alta. As pessoas no resistiam e muitas delas choravam e gritavam. Pensei estar na grande tribulao, pois fiquei muito assustado com aquilo.

    Depois disso, fomos aprender a abraar. Uma pessoa ficava na frente da outra e a abraava bem forte. Fizemos isso durante um bom tempo. Aproximadamente 1h30, nos ensinaram uma filosofia intitulada FILOSOFIA DO SUCESSO NAPOLEON HILL que tivemos de decorar para recit-la na manh seguinte, s 8 horas, depois do caf.

    Fiquei a noite inteira tentando decorar a filosofia. Por esse motivo, assim como cerca de 90% dos participantes, dormi muito pouco (30min) no primeiro dia. Apenas cinco ou seis pessoas conseguiram recit-la. Para os que no decoraram o texto, o castigo foi formar uma fila fora do auditrio at memorizarem. Enquanto tentvamos, desesperados, decorar a poesia, o monitor ficava vendendo caixes de defunto de vrios tamanhos e preos. A lio, segundo ele, era para que no sofrssemos, antecipadamente, com as coisas da vida.

    Ao entrarmos no auditrio novamente, nos perguntvamos se queramos fazer parte de uma nova famlia chamada Famlia Silva. Algumas pessoas responderam que no, mas a palavra no no era aceita pelos instrutores e membros. Em razo disso, eles ficavam insistindo com a pergunta at a pessoa dizer que SIM. Depois disso, iam para outro participante.

    No sbado a tarde, cada um de ns foi induzido a sentar perto de uma pessoa desconhecida e a contar para ela algum trauma de infncia. Tudo era feito ao som alto de uma msica fnebre. As pessoas choraram muito enquanto contavam suas

  • Pgina14tristezas e sofrimentos vividos na infncia devido aos maus tratos dos pais. Aps esses perodos, seria realizado, s 19 horas, um bailo, e todos deveriam comparecer a carter. Danamos todos os tipos de musica com todos, no importava se ramos casados, noivos, ou namorados, ningum era de ningum. Mas os monitores no deixavam ningum ir alm da dana, para no denegrir a imagem do curso.

    Depois do baile houve uma coisa terrvel. Todos os homens tiveram de se vestir de mulher, se maquiar, colocar peruca, meia-cala, e depois desfilar para todas as mulheres presentes. O objetivo dessa terapia era eliminar todo e qualquer preconceito. Depois da apresentao dos homens, foi a vez das mulheres. Elas se fantasiaram com objetos erticos sem qualquer pudor. A nossa mente, naquele momento do curso, j estava aberta. Chegamos ao estado Alfa. Tudo o que nos diziam era facilmente inculcado.

    No domingo tarde fizemos uma regresso at o tero materno. Pensando realmente ter chegado l, ramos obrigados a perdoar nossos pais por algum trauma de infncia que eles nos causaram. Aqueles que no quiseram perdoar passavam novamente pelo mesmo processo. ramos obrigados a similar um vmito para representar que estvamos colocando de tudo de ruim pra fora. No final fomos tratados como crianas, para que nos sentssemos abertos para tudo que pudssemos aprender. Assim como eu, muitos perderam totalmente o senso crtico. Passei a mexer com as mulheres. Para mim no a menor diferena em ser casado ou no, em ser crente ou no. Estava em um processo de euforia muito grande, pois, segundo eles, eu era uma criana de quatro anos.

    A partir dessa fase passamos a ser ensinados em todas as coisas novamente. Assim como uma criana, fomos aprendendo todas as coisas at a fase adulta, quando ento a nfase positiva se voltou para nossa carreira profissional. Ouvamos mensagens do tipo: agora tudo poder ser alcanado por seus prprios esforos!; voc no precisa mais de ningum!; voc auto-suficiente!; o cu o seu limite!; somente os melhores podero ser aproveitados!; estamos em uma Nova Era!. Estvamos recebendo um tipo de doutrina na qual o centro da vida prprio homem, e Deus um figurante coadjuvante, perfeitamente dispensvel.

    Sa do curso totalmente transformado, orientando-me apenas por esses conceitos. Meus conhecimentos bblicos, aprendidos na Escola Dominical e nos cultos, desde a infncia, j nem mesmo eram lembrados. Pedi ento demisso da empresa que trabalhava, pois achava que poderia encontrar algo melhor. Separei-me da minha esposa, ficava, sem nenhum remorso, sem ver minha filha de dois anos por at quinze dias e achava que estava timo. Mudei meu estilo de roupa, meu penteado, vocabulrio e achava que estava mais bonito, que realmente tinha melhorado.

    Mas toda essa mascara, essa camuflagem diablica comearam a cair, arruinando minha vida emocional, profissional e familiar. Sentia forte depresso (leia-se opresso) e os conflitos espirituais quase me deixaram louco. Meus amigos da igreja perceberam que eu estava desequilibrado e desorientado. Comecei a perder clientes importantes e j no conseguia saldar minhas dvidas, sofrendo vrios protestos e

  • Pgina15incluso nos rgos de proteo ao consumidor (SPC e Serasa). Foi uma desgraa total!

    At que, no suportando mais esse quadro, o Esprito Santo de Deus, por sua infinita misericrdia, fez-me lembrar do Senhor Jesus. Ento orei para que o Senhor me ajudasse a renunciar obra do diabo na minha vida e a todos os ensinamentos aprendidos no curso de Programao Neurolingistica (PNL). O Senhor Jesus me entender claramente como todos aqueles conceitos antibblicos e contrrios ao plano de Deus para o homem.

    Recorrendo novamente ao poder do sangue de Jesus para perdo dos pecados, e auxiliado por irmos valorosos de grupos de orao, fui totalmente restaurado. Todas as reas da minha vida antes afetadas por essas heresias foram estabelecidas pelo Senhor Jesus. Estou novamente com minha esposa e minha filha. O Senhor me devolveu meu anterior e meus antigos clientes. E agora estou conseguindo honrar com todos os meus compromissos financeiros. E devo isso a Deus.

    Glossrio de alguns termos da PNL

    Acompanhar Adotar partes de comportamento de outra pessoa para aumentar o rapport. Obter e manter rapport com outra pessoa, entrando no seu modelo de mundo. possvel acompanhar crenas, idias e comportamentos.

    Acuidade sensorial Produto de um processo de refinamento e diferenciao das informaes sensoriais que obtemos do mundo.

    Ancoragem O processo pelo qual qualquer estimulo ou representao (externa ou interna) fica conectado a uma reao e a dispara. As ancoras podem ocorrer naturalmente ou ser criadas intencionalmente.

    Associar Dentro de uma experincia, enxergar atravs dos prprios olhos, de plena posse de todo os seus sentidos.

    Calibrao Perceber atentamente o estado de outra pessoa, lendo os sinais no-verbais.

    Campo unificado Estrutura unificadora da PNL. Uma matriz tridimensional de nveis neurolgicos, posies perceptivas e tempo.

    Sinestsico Relativo aos sentidos, ao aparato sensorial, que inclui sensaes tteis, sensaes internas (como, por exemplo, as sensaes lembradas e as emoes) e o senso de equilbrio.

    Dissociado Que no est dentro de uma experincia, que observa ou ouve de fora.

  • Pgina16Down-Time Ter todos os canais sensoriais voltados ao nosso interior.

    Espelhar Copiar de maneira precisa segmentos do comportamento de outra pessoa.

    Evocar Entrar em contato com um estado mental atravs do comportamento. Tambm significa coleta de informao, seja pela observao direta de sinais no-verbais ou de perguntas do meta-modelo.

    Exteriorizao Estado na qual a ateno e os sentidos esto voltados para fora.

    Identidade A auto-imagem ou autoconceito. Quem a pessoa acha que . A totalidade do ser.

    Incongruncia Estado de conflito em que no se est totalmente empenhado no objetivo. O conflito interno ser expresso no comportamento da pessoa.

    Interiorizao Estado leve de transe em que a ateno se volta para dentro, para os prprios pensamentos e sensaes.

    Lados Aspectos da personalidade que s vezes possuem intenes conflitantes.

    Linha temporal A forma como armazenamos imagens, sons e sentimentos do nosso passado, presente e futuro.

    Meta Radical que define o que existe em um nvel lgico diferente. Derivado do grego, significa para alm.

    Metfora Comunicao indireta que utiliza uma histria ou uma figura de linguagem e implica uma comparao. Na PNL, a metfora engloba parbolas, alegorias e similaridades.

    Nominalizao Termo lingstico que indica o processo de transformar um verbo em substantivo abstrato.

    Omisso No discurso ou no pensamento, excluso de uma parte da experincia.

    Orientar Modificar o prprio comportamento e estabelecer rapport, para que outra pessoa o siga.

    Pistas de acesso Maneiras como sintonizamos e afinamos nosso corpo atravs da respirao, postura, gestos e movimentos oculares, para pensar de determinado modo.

    Postulado de conversao Forma hipntica de linguagem, uma pergunta que interpretada como uma ordem.

    Quantificadores universais Termo lingstico que se aplica a palavras como: todos

  • Pgina17e sempre, que no admitem excees. Uma das categorias do meta-modelo.

    Rapport Relao de mtua confiana e compreenso entre duas ou mais pessoas. A capacidade de provocar reaes de outra pessoa. Tambm chamado de empatia.

    Sort Um termo de computao que significa reorganizar a informao e/ou filtr-la durante o processo de reorganizao.

    Terceira posio Aquele em que se percebe o mundo do ponto de vista de um observador distante e indulgente. Uma das trs posies perceptivas.

    Transe Estado alterado de conscincia em que a ateno se volta para dentro e se concentra em poucos estmulos.

    Visualizao O processo de ver imagens mentais.

    3. A Urinoterapia

    Cincia, filosofia de vida ou ato religioso?

    Por Joo Flavio Martinez

    Segundo a Bblia, devemos ser bons observadores (1Ts 5.21). Recentemente tive o privilgio de seguir risca esse conselho bblico quando, no dia 18 de setembro, assistia a uma reportagem num programa de televiso. Fiquei surpreso com o tema em pauta: A urinoterapia. Curioso, minha ateno por aquele assunto se redobrou. Entre os entrevistados, duas pessoas adeptas dessa prtica e uma nutricionista expuseram suas opinies. Em meio entrevista, um internauta fez a seguinte pergunta: Por que Deus no colocou o rgo genital masculino no lugar do nariz, pois seria mais fcil para a ingesto da urina? (risos na platia). A resposta de um dos entrevistados me abalroou, pois ele afirmou categoricamente que a urina era a gua da vida e que Deus teria mandado ingerir a nossa prpria urina. E acrescentou, ainda, que tal improprio estava escrito na Bblia. Diante de tudo que estava assistindo e ouvindo, pude notar um tom um tanto religioso e mstico, o que me despertou maior interesse pelo tema. Frases como beba com f, acredite, a gua da vida, s funciona para quem acredita..., deixaram bem claro que essa terapia tinha um carter mais religioso do que clnico e cientfico. Na procura por sites sobre o tema fiquei surpreso com a abundncia de informaes que encontrei. Por isso estou a minutar sucintamente sobre este assunto, abordando o seu lado cientfico e religioso.

    A seguir, algumas informaes favorveis e contrrias a respeito que

  • Pgina18encontramos na internet.

    No Damar Tantra, constitudo de 107 versos, na parte correspondente ao Anushtup shnadas, fala-se que, na medida em que se bebe a prpria urina - austeridade denominada de Shivambu-kalpa, vai-se adquirindo qualidades msticas como poder, fora fsica e espiritual. Entre as prticas do renunciante encontram-se, tambm, menes ao ato de comer as prprias fezes (hindusmo) (www.geocities.com/hotsprings/villa/6391/temperos.html).

    A urinoterapia uma das tcnicas teraputicas mais antigas e populares usadas por vrias culturas atravs dos tempos. Era amplamente usada na ndia, Tibete, Egito e Grcia Antiga, e nas civilizaes asteca, inca e maia. Ainda hoje usada como procedimento teraputico respeitvel na Nicargua, Arbia e Alasca, para combater males fsicos. No Brasil, particularmente em reas carentes de recursos, como no Nordeste e em vrias outras regies do pas, a tradio popular recomenda a aplicao de urina de crianas nos casos de doenas de pele, urticrias e queimaduras por venenos de animais, como taturanas e guas-vivas... A urina um produto puro do sangue e no um amontoado de elementos txicos diminutos, alm de ser um excelente medicamento natural que o organismo humano produz gratuitamente. Sua composio de 96% de gua e 4% de elementos orgnicos e inorgnicos (http://www.entreamigos.com.br/menu.htm).

    ... Quando havia algum gripado, nos ensinaram a tomar urina em jejum - esse era nosso remdio normal. Gripou, no se precisava perguntar o que tomar. A gente sabia que ndio pode sofrer qualquer tipo de doena, menos gripe. Porque a gripe neles leva tuberculose no mesmo dia. Eles tinham muito medo. Se soubessem que algum estava gripado, no se aproximavam. Tomavam muitos cuidados. Qualquer espirro, eles tomavam urina e mandavam qualquer pessoa tomar urina. Para poder evitar, era dito: quem toma urina quando est gripado, a doena no prossegue... ela j vai cortando. Quando ficava com falta de ar, a criana tomava urina. A expectorava. Quando a criana tossia, o catarro soltava. Vinha aquele catarro amarelo pra fora e no acumulava (http://www.vegetarianismo.com.br/index.htm).

    Dos casos citados, abordaremos primeiro a questo patolgica do assunto, ou seja, veremos se realmente a urina tem algum poder teraputico na opinio mdica. A informao que segue de um site especializado no assunto.

    Opinio mdica

    Urina A urina composta de aproximadamente 95% de gua. Os principais excretos da urina humana so: a uria, o cloreto de sdio e o cido rico.

    O sistema urinrio A eliminao da urina feita atravs do sistema urinrio. Os rgos que compem o sistema urinrio so os rins e as vias urinrias.

    As vias urinrias compreendem o ureter, a bexiga e a uretra. Os mesmos tecidos que recebem do sangue as substncias nutritivas abandonam no sangue aqueles

  • Pgina19compostos qumicos txicos que neles se formam como resultado do complexo fenmeno da nutrio. Tais substncias so danosas e devem ser eliminadas para no intoxicar o organismo e pr a vida em perigo. A maior parte desses produtos eliminada por trabalho do aparelho urinrio; apenas uma parte mnima excluda pelas glndulas sudorparas mediante o suor. A tarefa do aparelho urinrio separar do sangue as substncias nocivas e elimin-las sob a forma de urina. O aparelho urinrio composto dos rins, que filtram o sangue. Os rins so os verdadeiros rgos ativos no trabalho de seleo das substncias de rejeio. Esse trabalho conta com o apoio dos bacinetes renais com os respectivos ureteres para conduzirem a urina at a bexiga. A bexiga o reservatrio da urina. A uretra o canal atravs do qual a urina conduzida para fora. Juntamente com as substncias de rejeio, o aparelho urinrio tambm filtra e elimina gua.

    Essa eliminao de gua necessria seja porque as substncias de rejeio esto dissolvidas no plasma, que constitudo, na sua maior parte, de gua, seja porque tambm a quantidade de gua presente no sangue e nos tecidos deve ser mantida constante. A gua entra na composio de todos os tecidos e da substncia intercelular (que enche os espaos entre as clulas). Ela (a gua) o constituinte universal de todos os humores do organismo e tem a tarefa essencial de servir de solvente de todas as substncias fisiologicamente ativas. A gua entra no organismo com os alimentos e as bebidas. Em parte se forma no prprio organismo por efeito das reaes qumicas que a tm lugar. Depois de ter realizado as suas importantes funes, a gua deve ser eliminada: como antes tinha servido de veculo s substncias nutritivas, agora serve de veculo s substncias de rejeio.

    Acreditamos que a explicao clnica acima mais do que suficiente para compreendermos que a urina no excluda toa de nosso organismo, mas esse fato ocorre por ela no ser mais til ao mesmo. Entretanto, essas desavenas esto bem resolvidas nos nveis da medicina que, por si s, mais que auto-suficiente para provar os devidos fatos.

    Nossa tica agora se volta para o lado religioso da questo, pois um dos adeptos desse movimento afirmou que a urina a gua da vida e que Deus, atravs da Bblia, mandou que o homem ingerisse sua prpria urina. Mas ser que isso tem fundamento? Seria a urinoterapia uma prtica bblica?

    A gua da vida a urina?

    Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem o que te diz: d-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado gua viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu no tens com que tir-la, e o poo fundo; donde, pois, tens essa gua viva? (Jo 4.10,11).

    No dilogo com a mulher samaritana, o Senhor Jesus se identifica como sendo a gua viva que sacia a sede humana e traz uma nova perspectiva de vida: E no ltimo dia, o grande dia da festa, Jesus ps-se em p, e clamor, dizendo: Se algum tem sede, venham a mim, e beba. Quem cr em mim, como diz a Escritura, rios de gua viva

  • Pgina20correro do seu ventre.(Jo 7.37-38). Aquela mulher nunca mais foi a mesma, pois ali, na beira daquele poo, ela encontrou-se com aquele que podia saciar a sede de sua alma. Portanto, a alegao do adepto da urinoterapia uma blasfmia. No tem nenhum alicerce bblico. Jesus Cristo a nossa nica e suficiente gua da vida!

    Na medida em que se bebe a prpria urina... vai-se adquirindo qualidades msticas, como poder, fora fsica e espiritual... encontram-se, tambm, menes ao ato de se comer as prprias fezes.

    Isso um absurdo! Se clinicamente falando a urina no pode fazer bem algum, ao contrrio, pode at fazer mal, como, ento, acreditar que tal prtica seria de enlevo espiritual? O mundo est cada dia mais doente e perdido! Sobre o nico alimento espiritual, Jesus Cristo disse: Nem s de po viver o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus... (Mt.4.4). Ou seja, a Palavra de Deus o alimento necessrio ao nosso crescimento espiritual, e no a nossa prpria urina. O apstolo Pedro sabia disso quando afirmou: antes crescei na graa e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3.18).

    Sobre a questo de ingesto das prprias fezes, no precisamos dar nenhum parecer clnico, pois todos sabemos que tal ato pura insanidade! A Bblia diz que os mpios sim, figuradamente, comero as prprias fezes: Porque na mo do Senhor h um clice, cujo vinho espuma, cheio de mistura, do qual ele d a beber; certamente todos os mpios da terra sorvero e bebero as suas fezes... (Sl 75.8).

    Verdadeiramente, estamos vivendo os ltimos dias e os engodos espalham-se em propores gigantescas. O que percebemos que essa questo da urinaterapia mais se parece com um movimento religioso do que com uma sria abordagem clnica e cientfica. A medicina, segundo nossas consultas, unnime em admitir que a urina no possui nenhum poder teraputico. Como pesquisadores bblicos, declaramos que no h bases teolgicas para admitirmos que a ingesto de urina tenha aceitao religiosa ou possa dar algum poder especial da parte de Deus queles que se submetem a ela. Por isso, fiquemos com o que nos diz a Palavra de Deus, e no aceitemos nenhuma nova forma de doutrina antibblica! (Rm 1.22)

    4. Aqurio - O surgimento de uma era

    Por Natanael Rinaldi

    A Nova era no uma organizao, ainda assim centenas de organizaes promovem seus ensinos. No tem uma liderana central, no entanto, seus filsofos e mestres provavelmente chegam a milhares. No tem um livro oficial com seus dogmas e crenas, mas seus adeptos encontram nutrio para sua f em praticamente todas as

  • Pgina21bibliotecas publicas do mundo. No tem um Deus pessoal para adorar, mas com freqncia promove a idia de um deus que pode ser encontrado em toda e qualquer parte.

    Finalmente, entramos no novo milnio: o ano 2001. Este terceiro milnio to aguardado pelos adeptos do movimento Nova Era conhecido como Era de Aqurio, poca em que os homens entrariam na fase da maturidade, segundo o conceito de Lauro Trevisan, autor do livro Aqurius, A Nova Era Chegou. De acordo com esse escritor, o mundo passou pelas seguintes fases:

    Infantil quando o homem estava inteiramente voltado para o seu mundo exterior.Da adolescncia surgimento dos grandes sonhos, das aspiraes por uma vida melhor, do desejo de conquistar a terra. Perodo em que os sonhos dos homens eram maiores do que suas prprias realizaes.Da mocidade quando o mundo atingiu uma evoluo incrvel. Invenes sobre invenes tornaram a vida muito melhor.Maturidade como j dissemos, a fase atual, na qual estamos entrando; ou seja, a Era de Aqurio.

    Ao explicar essas fases, ou eras, Lauro Trevisan emprega terminologias astrolgicas, utilizando os signos do zodaco, para apontar as mudanas que, segundo ele, ocorrem a cada dois mil anos. Assim, temos:

    A fase infantil denominada Era de Touro, caracterizada pelo surgimento, na histria, de povos que empregavam a fora bruta, como, por exemplo, os assrios e os babilnicos. A fase da adolescncia denominada Era de ries, tambm conhecida por Era do Carneiro. Nesse perodo que teria surgido o povo israelita. Essa teoria aponta para o bezerro de ouro fabricado por Aro a pedido do povo, que se impacientou com a demora de Moiss no Monte Sinai. A fase da mocidade caracterizava a Era de Peixes. Para justificarem esse ttulo, os adeptos do movimento da Nova Era apontam para o smbolo do cristianismo, representado pelo peixe. E, por ltimo, a fase da maturidade, caracterizada pela Era de Aqurio, que apregoa a divindade do homem. a descoberta de um Poder Infinito e de uma Sabedoria Infinita, no mago da criatura humana, ou seja, o homem um ser divinizado (Aqurius, A Nova Era Chegou, p. 22).

    LORD MAITREYA: UM ANTICRISTO

    Os leitores da Bblia esto familiarizados com a palavra anticristo. O Cristo pregado pelos adeptos da Nova Era um anticristo, que visa unir todas as religies e seitas dentro doplano que constitui sua invocao na Era de Aqurio.

    A palavra anticristo aparece quatro vezes na Bblia. A saber: Filhinhos j a ltima hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, tambm agora muitos se tm feito anticristos, por onde conhecemos que j a ltima hora (lJo 2.18).

  • Pgina22

    Todo esprito que no confessa que Jesus Cristo veio em carne no de Deus, mas este o esprito do anticristo, do qual j ouvistes que h de vir, e eis que j est no mundo (lJo 4.3).

    Porque j muitos enganadores entraram no mundo, os quais no confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal o enganador e o anticristo (2Jo 7).

    O prefixo anti derivado do grego e quer dizer contra ou oposto a. Todavia, pode significar tambm em lugar de ou substituto de. O anticristo opor-se- a Cristo. E far isso da forma mais diablica e sutil possvel. Fingir ser o Cristo e, assim, tentar subverter o cristianismo enquanto se faz passar por seu lder. Nada menos que isso no seria uma obra digna do gnio de Satans.

    Outros ttulos de anticristo

    Alguns desses ttulos aparecem em 2Ts 2.3,8: homem do pecado (v. 3); filho da perdio (v. 3); o inquo ( v. 8), e em Ap 13.1-3: a besta.

    O plano da Nova Era

    A Nova Era pretende controlar o mundo. E far isso por meio de uma conspirao conhecida como aquariana. O plano elaborado para essa Era consiste dos seguintes pontos:

    Estabelecer uma nova religio mundial e uma nova ordem poltica social. A nova religio mundial ser o renascimento da religio de mistrio da Babilnia. O plano ser concretizado quando o Messias da Nova Era assumir o controle. Nesse perodo o nmero 666 ser aplicado e a nova religio estabelecida Espritos csmicos iro ajudar a inaugurar a Nova Era e a aclamar o homem-deus dessa era como o Mestre do mundo. Paz mundial, amor e unio sero os slogans da religio. O ensino da Nova Era ir abranger o mundo todo. Os lderes da Nova Era demonstraro que Jesus no era o Cristo. O cristianismo e as demais religies sero integrados religio mundial. Os princpios cristos sero desacreditados e eliminados. Crianas sero seduzidas espiritualmente nas escolas para promover a Nova Era. A humanidade ser levada a crer que o homem Deus. Cincia e religio sero unificadas. Os cristos que resistirem a este plano sero exterminados.

    Dos pontos acima expostos, apenas trs so de importncia fundamental para a Nova Era: lder mundial, governo mundial e religio mundial. Por mais que achemos mirabolante o plano da Nova Era para reger o mundo, temos de admitir que, atravs da globalizao, as naes esto sendo preparadas para receber o governo do anticristo. Conforme apregoam os adeptos desse movimento, este o tempo da Era de Aqurio dentro do novo milnio que ora se inicia.

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    A VERDADEIRA NOVA ERA: O REINADO DE JESUS CRISTO

    Ao comear por Apocalipse 19.11, Jesus visto como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, que voltar em glria, majestade e poder para julgar aqueles que o rejeitaram e escarneceram. A esperana do glorioso reinado de Cristo est solidamente registrada na Bblia, de Gnesis a Apocalipse.

    Partindo do livro de Gnesis, encontramos as seguintes referncias sobre o futuro reinado de Cristo que o movimento Nova Era procura imitar.

    O cetro no se arredar de Jud, nem o legislador dentre seus ps, at que venha Sil; e a ele se congregaro os povos ( Gn 49. 1 0).

    Eu, porm, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sio (SI 2.6).

    Mas, nos dias desses reis, o Deus do cu levantar um reino que no ser jamais destrudo; e este reino no passar a outro povo, esmiuar e consumir todos esses reinos, mas ele mesmo subsistir para sempre (Dn 2.44).

    Eu estava olhando nas minhas vises de noite, e eis que vinha nas nuvens do cu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancio de dias, e o fizeram chegar at ele. E foi-lhe dado o domnio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, naes, lnguas o servissem; o seu domnio um domnio eterno, que no passar, e o seu reino tal, que no ser destrudo (Dn 7.13-14).

    Nas palavras do anjo Gabriel a Maria encontramos algumas promessas que ainda no se cumpriram, e que certamente tero o seu cumprimento no reinado de Cristo. Disse o anjo Gabriel:

    E eis que em teu ventre concebers e dars luz um filho, e pr-lhe-s o nome de Jesus. Este ser grande, e ser chamado filho do Altssimo, e o Senhor Deus lhe dar o trono de Davi, seu pai; E reinar eternamente na casa de Jac, e o seu reino no ter fim (Lc 1.31-33).

    O apstolo Joo, na velhice, foi exilado na ilha de Patmos pelo imperador Domiciano, perto do ano 90 AD. E l ele obteve uma viso do futuro (Ap 1.10), principalmente sobre a segunda vinda de Cristo, quando o Filho de Deus aparece como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, cheio de glria, majestade e poder. O texto diz o seguinte: E seguiam-no os exrcitos no cu em cavalos brancos ... E da sua boca saa uma aguda espada, para ferir com ela as naes; e ele as reger com vara de ferro; ele mesmo o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores (19.14-16).

    O CRISTO DA NOVA ERA

    Quando lemos a invocao que Cristo possa voltar a terra, no se trata do Cristo cuja

  • Pgina24vinda he registrada em centenas de passagens bblicas. Os cristos anseiam a sua volta desde o dia em que o Senhor Jesus foi assunto aos cus e deixou a promessa de que viria novamente: Mt 24.29-31; 2531-34; J 14.2-3. Trata-se de um outro Jesus, identificado pelos adeptos da Nova Era como Lord Maitreya. Tambm conhecido como o avatar da Nova Era. O escritor Benjamim Creme, tido como o Joo Batista desse Cristo excntrico, bem que lutou para que tivesse sua posio, como precursor, reconhecida mundialmente. Sua mais feroz tentativa aconteceu em 3 de maio de 1982, quando publicou manchetes de primeira p gina nos jornais de grande circulao de vrios paises. Aqui no Brasil, por exemplo, O GLOBO daquela data estampou a seguinte notcia:

    O mundo j sofreu o bastante... de fome, injustia, guerra. Em resposta as nossas splicas, como o mestre do mundo para toda a humanidade, o Cristo est aqui agora. Como o reconheceremos? Quem o Cristo? Cristo est agora entre ns. Ele no vem para nos julgar, porem para ajudar a humanidade e para inspir-la. Ele Maitreya, educador do mundo e da nossa gerao humana, uma pessoa para a qual existem diversos nomes: O Messias dos Judeus, o quinto Buda dos budistas, o Mahdi dos muulmanos e o Krishna dos hindus. Agora ele se revelar para nos conduzir a uma nova era. Esta mensagem da reapario de Cristo tem sido trazida por um discpulo treinado para esta tarefa por mais de 20 anos. No centro desta hierarquia espiritual est o professor do mundo, Lord Maitreya, conhecido pelos cristos como Cristo. Da mesma forma que os cristos esperam pela segunda vinda, os judeus esperam pelo Messias, os budistas pelo quinto Buda, os muulmanos pelo Iman Madhi e os hindus pelo Krishna. Todos estes so nomes para uma s pessoa. Sua presena no mundo garante que no haver a Terceira Guerra Mundial.

    O que ele est dizendo?

    Minha tarefa ser ensinar a vocs como viver em paz, como irmos. Isto , mais simples do que vocs imaginam. Meus amigos, para isto necessrio apenas aceitar a compartilhar. Como voc pode estar satisfeito com o modo em que atualmente vive; quando existem milhes de famintos morrendo na misria, quando os ricos ostentam sua riqueza na frente dos pobres; quando o homem inimigo de seu vizinho, quando nenhum homem confia em seu irmo?

    Quando o veremos?

    Ele ainda no declarou o seu verdadeiro estado e o lugar onde est; conhecido somente por poucos de seus discpulos. Um deles anunciou que em Cristo vai revelar sua identidade e dentro de dois meses falar para a humanidade atravs de uma transmisso mundial de radio e televiso. Sua mensagem ser ouvida interiormente, telepaticamente por todos os povos em seus prprios idiomas. A partir deste momento, com sua ajuda, construiremos um mundo novo.

    LDERES DO MOVIMENTO NOVA ERA NO MUNDO

    O movimento Nova Era uma mistura indefinida de ideologias religiosas, culturais,

  • Pgina25sociais, polticas e cientficas combinadas com o fascnio pelo misticismo oriental, pelo paranormalismo, pelo ocultismo e at mesmo por alguns tipos de psicologia moderna. Com isso, torna-se a soma dos ensinos de vrios lderes religiosos. Vejamos o quadro abaixo:

    Helena P. Blavatsky - Fundou a Sociedade Teosfica em 1875, na cidade de Nova lorque. Morreu em 1891, aos 60 anos de idade. Escreveu os livros The Secret Doctrine (A Doutrina Secreta) e Isis unveiled (Isis revelada). Integram, os ensinos da Teosofia, entre outros, a gnose e o espiritismo, baseados em doutrinas esotricas (secretas), comunicadas atravs de mensagens de mestres csmicos. Constam tambm de certas variaes do ocultismo, como a clarividncia, a astrologia, a hipnose, a ioga, seres extraterrestres etc.Alice A. Bailey - (1880 - 1949) Estabeleceu o verdadeiro alicerce do Movimento Nova Era e reconhecida por muitos como sua sacerdotisa. Foi a terceira presidente da Teosofia. Escreveu vrios livros, entre os quais: The Externalisation of the Hierarchy (A Exterminao da Hierarquia); The Rays and The initiations (Os Raios e as Iniciaes); Initiation: Human and Solar (Iniciao: Humana e Solar) e The Reappearance of the Christ (O Reapareciinento do Cristo).Marilyn Fergunson - Autora do livro A Conspirao Aquariana, lanado em 1980. A obra investiga uma nova mentalidade, inevitvel, que toma conta do mundo. Publicou ainda The Brain Revolution (A Revoluo do Crebro). Realiza conferncias sobre dimensionamento da mente e funcionamento do crebro. Tem viajado a todos os lugares do mundo.Benjamin Creme - Nascido na Esccia em 1922, aos 14 anos apaixonou-se pelos relatos de Alexandra D. Neel sobre os msticos e feiticeiros do Tibete. Mais tarde descobriu as obras de Helena P. Blavatsky, Gurdjeff, Alice Bailey, Swami Vivekananda, Ramana Maharshi, entre outros. Posteriormente, entusiasmado por discos voadores, juntou-se a um grupo que procurava entrar em contato com os nossos irmos do espao. Afirma ter recebido mensagens telepticas desde 1959. conhecido como o Joo Batista do novo Cristo, chamado Lord Maitreya.David Spangler - Considerado um profeta, seus dois livros mais importantes so: The Birth of a New Age (Revelao: O Nascimento de uma Nova Era) e Reflections on the Christ (Reflexes Sobre o Cristo).Shirley MacLaine - Considerada um fenmeno, um de seus livros vendeu 2 milhes de exemplares. Ela cr em reencarnao, carma, comunicao com entidades de nveis astrais, atravs de canalizadores (mdiuns), ufologia, Ets, Talisms, amuletos, pirmides, runas, cristais etc. Escreveu seis livros campees de venda: Danando na Luz, Minhas Vidas, A vida um Palco, Em Busca do Eu, Voc Tambm Pode Chegar L, No Caia da Montanha. Em Minhas Vidas, ela relata suas aventuras espirituais e jura que j teve seis outras vidas, inclusive uma existncia na Atlntida. Est construindo, na Califrnia, a Vila Uriel - uma espcie de retiro onde se poder escolher entre meditar, regredir a sculos passados ou tentar a cura de doenas por meio de sons e cores.

    LDERES DO MOVIMENTO NOVA ERA NO BRASIL

    Carmem Lcia Balhestero Fundadora da Fraternidade Pax Universal, seu guia Saint

  • Pgina26Germain, misteriosa figura do alquimista francs, que apareceu em diversas pocas, tem-se manifestado como uma entidade espiritual cercado de uma legio de seres csmicos.Lauro Trevisan - Padre, autor de vrios livros, tais como: O Poder Infinito de Sua Mente, O Poder Intetior, O Poder Jovem, O Poder da Inspirao, Pensamento de Vida e Felicidade, Os Outros Puderam Voc Tambm Pode, Voc Tem Poder de Alcanar Riquezas, O Poder Infinito da Orao, S o Amor Infinito, Aquarius - a Nova Era Chegou, Os Poderes de Jesus Cristo, A Vida Uma Festa.Luiz Antnio Gasparetto - Mdium, psiclogo e apresentador de rdio e televiso. Incorpora pintores famosos chegando, em ocasies de possesso, pintar ao mesmo tempo com as duas mos e os ps, incorporando trs pintores a um s tempo.Mirna Grizich Reconhecida como guru dos cristais desde 1980, estudou no famoso centro de terapias alternativas: o Esalen Institute, na Califrnia (USA).Paulo Coelho - Iniciou em 1970 os estudos sobre Magia e Ocultismo, que o levaram a ingressar em diversas Ordens Msticas e participar de seminrios no mundo inteiro. Em 1986, depois de percorrer a p a rota medieval de Santiago de Compostella, escreveu os livros O Dirio de um Mago; O Alquimista, Brida e As Valkrias, entre outros.A FALCIA DESTE MOVIMENTO

    A Nova Era , pois, uma tentativa de imitar o reinado milenar de Cristo profetizado nas Escrituras. Os discpulos perguntaram a Jesus: Senhor, restaurars tu neste tempo o reino a Israel? Ao que Jesus respondeu: No vos pertence saber os tempos ou as estaes que o Pai estabeleceu pelo seu prprio poder(At 1.6-7).

    A tentativa da Nova Era implantar um perodo de harmonia e prosperidade no mundo, e isso a partir do 2001. Mas, vejamos o que a Bblia tem a dizer a respeito: Pois que, quando disserem: h paz e segurana, ento sobrevir repentina destruio, como as dores de parto quela que est grvida, e de modo nenhum escaparo (lTs 5.3).

    LINGUAGENS DO MOVIMENTO NOVA ERA

    Algumas palavras que nos ajudaro a entender o Movimento Nova Era com a posio Bblica

    Aqurio Constelao estelar que segue a constelao dos Peixes (Era Crist).

    Isaas 47.13

    Arco-ris Ponte entre o ser humano e a grande mente (Lcifer).

    Gnesis 9.13

    Carma Ciclo e seqncia de varias encarnaes. No existe perdo!

    Hebreus 9.27

    Conscincia Conscincia de grupo ou individuo que I Corntios

  • Pgina27Csmica v tudo de forma holstica e

    coletivamente. Tudo se torna relativo, o tempo, o espao, a moral e at mesmo a morte.

    1.21

    Cosmologia Cincia das leis que regem o cosmo: matria e espiritual.

    Ams 3.7

    E.T. Personagem extraterrestre. Seres fora do conceito humano (fantasia).

    Deuteronmio 32.15

    Esotrico Esoterismo oculto, secreto, escondido, s para iniciados.

    Efsios 6.12

    Fora Interior Foras positivas, Eu superior.

    Foras

    Positivas

    Foras divinas inerentes em todo o ser humano que devem ser desenvolvidas aps terem sido despertadas por praticas esotricas.

    Romanos 7.17-20

    Gnose Conhecimento esotrico que leva a sabedoria universal e a auto-salvao.

    I Corntios 13.1

    Governo

    Interior

    Domnio exercido pelos mestres do universo ou pelos iluminados que, na realidade no passam de demnios ou pessoas endemoniadas ou demonacas.

    I Joo 4.1-3

    Guia Guru, mestre. Pessoa que exerce influencia espiritualista sobre outros.

    Mateus 23.8-10

    Hierarquia Vrios graus de poder dos mestres planetrios do Universo.

    Efsios 6.12

    Hipnose Atitude parapsicolgica que visa a dependncia de quem hipnotizado.

    Glatas 5.1

    Holstico Viso global, integral, universal, coletiva das coisas.

    I Joo 1.1-2

    Iluminados Veja mestres, hierarquias, guia etc., sendo pessoas ou espritos.

    I Joo 4.1

    Iniciao Cerimnia secreta, esotrica, oculta, no inicio da carreira de conhecimentos superiores. Veja Gnosis.

    Apocalipse 2.24

    Interdependncia

    Tudo depende de todos e de tudo. E isto no campo humano, material, espiritual, etc.

    I Corntios 12.27

  • Pgina28Interplanetrio Viagem mental por galxias afora. A

    alma deixa o corpo, entrosando-se no sobrenatural.

    Nmeros 24.17

    Me terra Caia, Isia, Astarte, Demoter, Hera, Deusa da Fertilidade (feminismo).

    Juzes 10.6

    Maitreya Uma encarnao do cristo do Movimento Nova Era, anunciado em 1982 como a encarnao de Lcifer.

    I Joo 4.1

    Mantra Silabas ou frases que devem ser repetidas muitas vezes at que passem a fazer parte da pessoa. So usadas em vrios mtodos de meditao. Exemplo: Ioga.

    Isaas 8.19

    Mateus 6.7

    Mentalidade

    Superior

    Nova mentalidade, percepo esotrica, oculta.

    Romanos 12.2

    Nova Era

    Nova Sensibilidade

    Sentir o esprito. Veja Nova Espiritualidade.

    Era ou poca de Aqurio, da inteligncia depois de cristianismo.

    Isaas 47.13

    Nova Espiritualidade

    Alargamento da conscincia atravs de meditao, drogas, etc.

    Efsios 5.18

    Peixes Constelao estelar guiado por Netuno. Conforme a astrologia: a poca dos Peixes iniciou-se com o nascimento de Jesus, sendo agora, substituda pela Nova Era.

    Isaas 47.13

    Pensamento

    Positivo

    O que possvel pensar, tambm possvel ser realizado. O subconsciente transforma as idias em realidade.

    Romanos 7.22-23

    Plano Universal

    Sinergismo

    Nova ordem mundial estabelecida por Lcifer (o cristo do Movimento Nova Era).

    I Joo 4.3

    Transformao Cooperao em vrios nveis, tanto mstico como organizatrio.

    Apocalipse 17.13

    Trnspersonal Converso. O instrumental : Meditao, mantras, praticas esotricas, lavagem cerebral, pensamento positivo, meditao transcendental etc.

    Romanos 12.2

    Ufologia Pratica esotrica que passa alem do que Romanos 12.1

  • Pgina29 individual (holismo).

    Viagens Cincia ou teoria sobre elementos, naves e seres extraterrestres.

    Tiago 2.19

    Astrais Viagens fora do corpo. Isaas 14.12-13

    5. Crculo Esotrico da Comunho do Pensamento

    Mais uma mscara do ocultismo

    Por Natanael Rinaldi e Luiz Antnio Capriello

    O Brasil um lugar onde a religio se manifesta em cada esquina. Templos por todos os lados representam os inmeros credos espalhados pelo pas. A maioria deles pertence a entidades religiosas conhecidas. Outros, porm, a entidades desconhecidas, e chamam a ateno dos mais curiosos. Quem nunca ouviu falar do Crculo Esotrico da Comunho do Pensamento (CECP)? Quantos seriam capazes de apresentar suas tendncias doutrinrias? O que e o que ensina o CECP?

    O ocultismo a palavra-chave para representar o CECP. Maonaria, kardecismo e esoterismo so alguns dos fundamentos sob os quais so construdas suas estruturas religiosas.

    Esse movimento ocultista est sendo trazido a pblico, pela primeira vez, pela Defesa da F e, sem dvida, alm de informar os leitores sobre mais um grupo religioso, satisfar a curiosidade de todos quantos j viram ou ouviram algo sobre esse movimento, mas de forma superficial.

    Neste artigo, faremos uma exposio panormica desse grupo, fornecendo informaes bsicas sobre sua histria e ensinamento.

  • Pgina30Fundao

    O CECP foi fundado em 27 de junho de 1909, por Antnio Olvio Rodrigues, portugus que chegou ao Brasil em 1890. Tinha apenas instruo primria, mas apreciava, sobremaneira, a leitura de livros ligados ao espiritismo e ao ocultismo. Lia obras de Helena Blavatsky (fundadora da Sociedade Teosfica Americana), Vivekananda, Heindel, entre outros.

    Os seguidores do CECP adotam terminologia manica, tais como Augusta Ordem, Supremo Conselho, Cartas Constitutivas, etc., e chegam at mesmo a adotar os trs pontinhos caractersticos da identificao manica.

    Sua sede principal est localizada em So Paulo, com ramificaes por outras cidades do Brasil.

    Qual o objetivo do CECP?

    Nas palavras do prprio grupo, seus objetivos podem ser vistos por meio de quatro pontos especficos:

    Promover o estudo das foras ocultas da natureza e do homem. Promover o despertar das energias criadoras latentes no pensamento de cada filiado. Fazer que essas energias convirjam no sentido de assegurar o bem-estar fsico e moral dos seus membros. Cooperar na realizao da harmonia, do amor, da verdade e da justia entre os homens.

    Como esses objetivos podem ser alcanados?

    Procurando responder quais seriam os meios que conduziriam a este elevado fim, o CECP diz que o estudo, os exerccios respiratrios (a prtica da ioga), a cogitao, a concentrao, a meditao, a contemplao e a unificao podem fazer o membro da entidade atingir a harmonia entre os homens.

    Ressalta, tambm, que cada membro da entidade depende, invariavelmente, de seu prprio esforo e das faculdades espirituais que nele residem, sendo considerado morto todo aquele cujas faculdades espirituais ainda no estejam despertadas.

    Paralelamente, o que Jesus denominou de novo nascimento como condio nica para se ver e entrar no reino de Deus (Jo 3.3,5), o CEPC denomina de despertamento das faculdades espirituais naturais. Essa nomenclatura elaborada carrega consigo uma tarefa incapaz de ser efetuada, porque no pode realmente ajudar qualquer ser humano a se regenerar. Contrariando o entendimento do Crculo, Jesus declarou a Nicodemos: O que nascido da carne carne, e o que nascido do Esprito esprito. No te maravilhes de te ter dito: Necessrio vos nascer de novo (Jo 3.6,7). Mas essa verdade fundamental s pode ser discernida com a ajuda do (e pelo)

  • Pgina31Esprito de Deus (1Co 2.14).

    Religio ou filosofia de vida?

    Seguindo a linha adotada por todo o movimento ocultista, que recusa identificar-se como religio, o CECP tambm apresenta aos seus leitores a idia de que no se trata de um movimento religioso. Declara: O Crculo no se pe em conflito com qualquer religio, seita ou credo. Dessa forma, consegue adeptos de vrios grupos religiosos que se unem ao Crculo sem saber que iro adotar idias religiosas conflitantes com a Bblia.

    Novos adeptos

    A aquisio de novos adeptos feita na semelhana do movimento Rosa-Cruz, que exige segredo sobre os conhecimentos que partilha. Em seu pedido de inscrio, os adeptos do CECP assumem um compromisso quando abraam os seguintes dizeres: Obrigo-me, sob palavra de honra, a no fazer mau uso dos conhecimentos que adquirir por intermdio do CECP...

    Como sabemos, os ensinos de Jesus Cristo eram pblicos e, depois de ressuscitado, Ele ordenou que seus ensinos fossem propagados por todo o mundo (Mc 16.15,16). Jesus condenou abertamente os ensinos secretos dos seus dias, ao dizer: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto. Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito (Jo 18.20,21).

    Por que o CECP atrai?

    Alm de exercer forte atrao, O CECP faz que seus membros levem mais adeptos para a entidade. Diz: Empregar todos os esforos na propaganda dos ideais do Crculo, procurando angariar o maior nmero de trabalhadores adeptos, visto que, quanto maior for o nmero dos trabalhadores, tanto mais poderosa ser a sua ao.

    A ttica a difuso de promessas. Sade, dinheiro e felicidade so alguns dos apelos explorados pelo CECP.

    Quereis possuir a chave da felicidade material e espiritual? Inicia-te no Crculo.

    Precisais de dinheiro? Imaginai que possus um cheque com a quantia que desejais ou que tendes as notas necessrias para perfazer a quantia desejada. Sempre deveis formar uma imagem da quantia certa, at que ela parea estar materializada e possais v-la diante de vs. Dirigi-vos, ento, Conscincia Universal, dizendo: Dai-me esta criao.

    Sofreis? O vosso sofrer tem razo de ser? As causas ser-vos-o reveladas pelos ensinos da nossa Ordem Esotrica.

  • Pgina32

    Tudo isso pode, supostamente, ser alcanado por meio de um positivismo exacerbado. uma tcnica semelhante do movimento otimista japons conhecido como Seicho-No-Ie. A Fora Divina se manifesta em mim. Sou positivo, positivo, positivo. Tenho o poder de destruir a doena e a ignorncia.

    O homem, afastado de Deus no pode ser feliz (Sl 73.27,28). O sofrimento entrou no mundo pela desobedincia de Ado e Eva (Gn 3.19, Lm 3.39, Rm 5.12), e ser removido do mundo material, definitivamente, no da forma como apregoa o CECP, mas da forma que est escrito na Bblia. E Deus limpar de seus olhos toda a lgrima; e no haver mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque j as primeiras coisas so passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que fao novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras so verdadeiras e fiis (Ap 21.4,5).

    Esoterismo

    O esoterismo o estudo ou a prtica de artes divinatrias e de fenmenos que parecem no poder ser explicados pelas leis naturais, como, por exemplo, a telepatia, a levitao e s denominadas cincias ocultas.

    Afirmam os seguidores do Crculo: Deveis saber, todavia, que o ocultismo ensina que a mente o supremo poder [...] As principais foras ocultas da Natureza e do homem so a fora dos pensamentos, da vibrao, da vitalidade, o magnetismo e o hipnotismo.

    Em seus folhetos de propaganda para ganhar novos adeptos, o CECP afirma que o ser humano atrado para tudo que misterioso. Atrai-te o mistrio, embriaga-te essa poesia eterna, essa msica silenciosa do ocultismo...

    Tais declaraes deixam ntida a semelhana do Crculo com as demais sociedades secretas. O apelo desse grupo esotrico nos lembra as palavras da serpente mulher no jardim do den, quando lhe ofereceu divindade e conhecimentos alm daqueles permitidos por Deus (Gn 3.4,5).

    Como sabemos, ao invs de adquirir divindade e conhecimentos misteriosos, nossos primeiros pais foram realmente enganados e expulsos do jardim do den, envergonhados, por tentarem obter poderes e conhecimentos alm dos permitidos por Deus (Gn 3.24).

    O livro de Provrbios apresenta o conhecimento, ou a sabedoria, que o homem deve buscar para sua felicidade presente e futura: o temor do Senhor (Pv 1.7-9). De fato, Deus nos tem revelado conhecimentos que podemos e devemos buscar. Foi o que aconteceu com o profeta Daniel (Dn 12.4). Por outro lado, existe um conhecimento que pertence exclusivamente a Deus. Qualquer curiosidade nossa, no sentido de obt-lo esse conhecimento, por meios ocultistas, ultrapassa os limites determinados pelo prprio Deus. A Bblia clara a esse respeito. E diz que as coisas encobertas

  • Pgina33pertencem ao Senhor nosso Deus, porm, as reveladas nos pertencem a ns e a nossos filhos para sempre... (Dt 29.29).

    Ignorar essa premissa nada mais do que uma rebelio da criatura contra o Criador. Tal atitude considerada como pecado de feitiaria (1Sm 15.23). Saul teve uma experincia amarga quando consultou a pitonisa de Endor para saber sobre o seu futuro e o do povo de Israel (1Sm 28.4-8). Seu final foi trgico: o suicdio e a derrota do seu povo na batalha contra os filisteus (1Cr 10.13,14).

    Ensinos contrrios Bblia

    O livro Meditaes dirias, oferecido aos associados, transmite alguns ensinos que apresentam uma flagrante contradio com as doutrinas bblicas. Vejamos alguns desses ensinos:

    Pantesmo confundindo a criatura com o Criador

    Sou parte do Grande Todo. Sou um centro de Energia Divina. Manifesto conscientemente minhas possibilidades divinas. Sou um com o Supremo Bem Onipresente.

    Em busca da salvao por seus prprios mritos

    Enquanto a maonaria afirma que seu objetivo erguer templos virtude e cavar masmorras ao vcio, o Crculo oferece progresso moral e espiritual aos associados por meio de esforos pessoais.

    Sou o arquiteto de meu prprio destino. Minha maior ambio progredir pelo meu prprio esforo. Gozo a felicidade permanente de governar a mim mesmo.

    Cadeia magntica ou evocao de mortos

    Assim como na maonaria existe uma prtica espiritual denominada Cadeia de Unio, por meio da qual os espritos dos maons das lojas celestiais so invocados, h tambm no CECP prtica semelhante, a qual denominam de Cadeia Magntica. Nessa sesso, que muito se parece com uma sesso esprita, o Crculo evoca os Mestres Invisveis, quando todos os participantes unem seus pensamentos para o funcionamento dessa Cadeia Magntica.

    Dizem: Os entes humanos, enquanto ainda encarnados, podem entrar em comunicao com os espritos do mundo astral, mas um assunto bastante difcil e geralmente perigoso; porque se um ser astral foi evocado, pode obcecar o evocador, caso este no saiba proteger-se; e quem se serve de mdium para as comunicaes com o alm-tmulo, est sujeito a muita decepo e iluso.

  • Pgina34Como podemos ver, trata-se apenas de uma troca de nomenclatura. Na realidade, essa prtica comum em vrios grupos religiosos, e est relacionada mediunidade ou evocao de mortos.

    Reencarnao e carma

    O CECP tambm admite a reencarnao e o carma, doutrinas peculiares aos espritas. E explicam a origem das enfermidades e o modo de cur-las no livro Dilogos iniciticos, parte final das Instrues reservadas, onde est escrito:

    At as chamadas doenas hereditrias so devidas s condies mentais do sofredor, porque o estado mental ou a qualidade da mente durante uma encarnao precedente que o levou a esta famlia particular e o obrigou a receber o corpo doentio ao nascer. Devemos saber se cada um de ns j teve outras vidas, como, depois desta, teremos novas. As condies de nossa vida presente tm ntima relao com a existncia passada, e os nossos pensamentos e desejos atuais viro a realizar-se, em grande parte, numa existncia futura.

    Negao da existncia do cu e do inferno

    Seguindo a linha esprita kardecista, o CECP no acredita no cu nem no inferno como lugares finais e definitivos depois da morte. Ensinam que: Infernos so os mundos atrasados ou inferiores; cus so os mundos elevados. Nestes, h espritos atrasados que sofrem por causa das suas impurezas. Nenhum ser, porm, condenado a permanecer eternamente num inferno. Todos os que fazem o bem, elevam-se por seus prprios mritos.

    Obviamente, para que exista progresso depois da morte, at que algum se torne um esprito puro, no pode haver inferno nem cu na concepo daquele que adota o conceito esprita da reencarnao.

    Vejamos, a partir daqui, o que as Escrituras dizem acerca de cada uma dessas asseveraes:

    O Crculo analisado luz da Bblia

    Contra o pantesmo

    Conforme essa doutrina, Deus no tem personalidade distinta de sua criao. Mas Deus no faz parte da criao, pois a criou e a governa. Deus transcendente e imanente em relao sua criao. Transcendente porque independente e est acima dela. Imanente porque toda a criao depende de Deus para existir e manter-se (J 12.10).

    O pantesmo nega a imutabilidade divina, j que o Universo faz parte de Deus e est em constante mudana. Nega sua santidade, porque o mal do Universo tambm faz parte de Deus. Nega a individualidade do homem e a pessoalidade de Deus, j que

  • Pgina35Deus tudo em todos. Por outro lado, a Bblia deixa clara a distino entre Deus e a criao quando diz que o Senhor Deus d a todos a vida e a respirao. Nele vivemos, nos movemos e existimos (At 17.25,28). Em Cristo, tudo subsiste (Cl 1.17). E Cristo quem sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder.

    Em suma, Deus aquele que est acima de tudo e em tudo, contudo distinto de tudo (G.D.B. Pepper).

    Contra a auto-salvao

    Quo distante dos princpios bblicos so os ensinos do CECP.

    A eficcia do sangue de Cristo para redimir o homem a mensagem central da Bblia e a base do perdo dos pecados (Ef 1.7; 1Jo 1.7-9; Ap 1.5). A Bblia enftica ao ensinar que somos salvos pela graa, por meio da f (Ef 2.8,9). Deus redime o homem de modo totalmente parte de seus mritos pessoais, e no em cooperao com os mesmos, porquanto a salvao adquirida exclusivamente pela f, independente das obras. Praticamos boas obras no para sermos salvos, mas porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor. As obras so o resultado da salvao, e no o seu agente. O valor das obras est em nos disciplinar para a vida crist (Hb 12.5-11; 1Co 11.31,32).

    Como disse o telogo Charles Hodge:

    Nada que no seja gratuito seguro para os pecadores [...] A no ser que sejamos salvos pela graa, no podemos absolutamente ser salvos.

    Contra a evocao de mortos

    Sobre tal prtica, Deus revelou seu desagrado, dizendo, por meio de seus mensageiros, os profetas, que isso lhe era abominvel: Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, no aprenders a fazer conforme as abominaes daquelas naes. Entre ti no se achar quem faa passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um esprito adivinhador, nem mgico, nem quem consulte os mortos (Dt 18.9-11).

    Contra a reencarnao e o carma

    A Bblia declara o seguinte: a morte entrou no mundo pelo pecado e nenhum filho castigado pelos erros dos pais. A alma que pecar, essa morrer; o filho no levar a iniqidade do pai, nem o pai levar a iniqidade do filho. A justia do justo ficar sobre ele e a impiedade do mpio cair sobre ele (Ez 18.20, V. tb. Jr 31.29,30).

    Jesus, certa vez, foi interrogado por seus discpulos, em relao a um cego de nascena, se esse mal havia sido motivado pelos pecados dos pais daquele homem ou pelos pecados do prprio cego, em vidas anteriores. Ao que Jesus respondeu:

  • Pgina36Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus (Jo 9.3).

    No verdade que o homem j teve vidas anteriores e ter, ainda, outras vidas. A Bblia declara explicitamente que s existe uma nica oportunidade para a salvao, e esta oportunidade est reservada vida presente: Aos homens est ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juzo (Hb 9.27).

    Contra a negao da existncia do cu e do inferno

    O Senhor Jesus deixou claro que, aps a morte, cada ser humano vai para um lugar definitivo, segundo a escolha que fizer aqui na terra: Entrai pela porta estreita; porque larga a porta, e espaoso o caminho que conduz perdio, e muitos so os que entram por ela; e porque estreita a porta, e apertado o caminho que leva vida, e poucos h que a encontrem (Mt 7.13,14).

    Jesus, ao expor a narrativa (parbola) do rico e Lzaro, mostrou o outro lado da vida alm-tmulo, onde os seres humanos se encontram em uma situao irreversvel, seja no cu ou no inferno (Lc 16.19-31).

    A Bblia nunca promete que todos sero salvos, e muito menos por seu prprios esforos, pois existe o castigo eterno. Em Mateus 25.46, Jesus disse: E iro estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. O adjetivo eterno, que qualifica vida (aionios), o mesmo adjetivo que qualifica o tormento tormento eterno (aionios). O cu no uma realidade que pode ser vista pelos olhos de carne, mas uma realidade manifestada pela revelao divina e recebida pela f. No caso dos adeptos do Crculo, se no se convertam desse caminho, o inferno ser uma realidade percebida tarde demais!

    Oramos para que estas informaes panormicas sobre o Crculo possam servir como um alerta para todos aqueles que seguem o ocultismo. Como cristos e arautos da verdade, devemos divulgar esta verdade a todos, a tempo e fora de tempo, sem medo e sem fazer acepo de pessoas. Somente assim iremos alcanar o resultado positivo que a Bblia nos orienta:

    E apiedai-vos de alguns, usando de discernimento; e salvai alguns com temor, arrebatando-os do fogo... (Jd 1.22,23).

    Instruindo com mansido os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dar arrependimento para conhecerem a verdade (2Tm 2.25).

    Notas:

    1 Instrues do filiado. Crculo Esotrico da Comunho do Pensamento, p. 354.2 Ibid., p. 223, 357.3 Ibid., p.198.4 Ibid., p. 423.

  • Pgina375 Dilogos iniciticos, parte final das Instrues reservadas. Crculo Esotrico da Comunho do Pensamento, p. 424.

    6. Cuidado, a serpente ainda fala

    Por Elvis Brassaroto Aleixo

    Ao ponderarmos as inmeras linhas escritas por Joseph Smith Jr, Witness Lee, Allan Kardec, os evangelistas da Nova Era, e muitos outros, nos vm mente perguntas intrigantes como: De que fonte poderia jorrar tanta imaginao?, De onde procederia tamanha inspirao?. impressionante como, numa s seita hertica, podemos encontrar tantos desvios doutrinrios. Como certos grupos religiosos podem estar to distantes dos parmetros bblicos. Alguns preceitos de determinadas seitas so to absurdos que chegam a ser exticos, por assim dizer. Quase sempre seus artfices atribuem aos escritos que produzem inspirao divina. E vo mais longe em seus devaneios quando afirmam que seus ensinamentos tm mais autoridade do