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22222 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

Praia de Botafogo, 228Centro Empresarial RioBotafogo - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22250-040Telefone: (21) 3184-7050 - Fax: (21) 3184-7120Homepage: www.cremerj.org.brE-mail: [email protected]

Horário de funcionamento: de segunda à sexta, de 9 às 18 horas

SUBSEDES

• Barra da Tijuca - Tels.: (21) 2432-8987 e 3325-1078

Av. das Américas 3.555/Lj 226

• Campo Grande - Tel.: (21) 2413-8623

Avenida Cesário de Melo, 2623/s. 302

• Ilha do Governador - Tel.: (21) 2467-0930

Estrada do Galeão, 826 - Lj 110

• Madureira - Tel.: (21) 2452-4531

Estrada do Portela, 29/302

• Méier - Tel.: (21) 2596-0291

R. Dias da Cruz, 188/Lj 219

• Tijuca - Tels.: (21) 2565-5517e e2204-1493

Praça Saens Pena, 45/324

Que Que Que Que Que se cumpra a Constituiçãose cumpra a Constituiçãose cumpra a Constituiçãose cumpra a Constituiçãose cumpra a Constituição

DIRETORIA

Luis Fernando Soares Moraes - Presidente

Francisco Manes Albanesi Filho - Primeiro Vice-Presidente

Vera Lucia Mota da Fonseca - Segunda Vice-Presidente

Pablo Vazquez Queimadelos - Secretário Geral

Sidnei Ferreira - 1º Secretário

Arnaldo Pineschi de Azeredo Coutinho - 2º Secretário

Alkamir Issa - Diretor de Sede e Representações

Marília de Abreu Silva - Diretora Tesoureira

Armindo Fernando Mendes Correia da Costa - Diretor Primeiro Tesoureiro

Sérgio Albieri - Corregedor

Aloísio Carlos Tortelly Costa - Vice-Corregedor

CONSELHEIROS

Abdu Kexfe, Alexandre Pinto Cardoso, Alkamir Issa,Aloísio Carlos Tortelly Costa, Aloísio Tibiriçá Miranda, Armindo FernandoMendes Correia da Costa, Arnaldo Pineschi de Azeredo Coutinho, Carlindo deSouza Machado e Silva Filho, Carlos Américo Paiva Gonçalves, Celso Corrêade Barros, Edgard Alves Costa, Érika Monteiro Reis, Felipe Carvalho Victer,Fernando Sergio de Melo Portinho, Francisco Manes Albanesi Filho, Gilbertodos Passos, Guilherme Eurico Bastos da Cunha, Hildoberto Carneiro de Oliveira,J. Samuel Kierszenbaum, Jorge Wanderley Gabrich, José Marcos BarrosoPillar, José Maria de Azevedo, José Ramon Varela Blanco, Júlio Cesar Meyer,Kássie Regina Neves Cargnin, Luis Fernando Soares Moraes, MakhoulMoussalem, Márcia Rosa de Araujo, Marcos Botelho da Fonseca Lima, Maríliade Abreu Silva, Matilde Antunes da Costa e Silva, Nelson Nahon, PabloVazquez Queimadelos, Paulo Cesar Geraldes, Renato Brito de AlencastroGraça, Ricardo José de Oliveira e Silva, Rossi Murilo da Silva, Serafim FerreiraBorges, Sérgio Albieri, Sérgio Pinho Costa Fernandes, Sidnei Ferreira e VeraLucia Mota da Fonseca

• Angra dos Reis - Tels.: (24) 3365-0330 e 3365-0793

Coordenador: Ywalter da Silva Gusmão JuniorR. Professor Lima, 160 - sls 506/507 - 23900-000

• Barra do Piraí - Tel.: (24) 2442-7053

Coordenador: Dr. Hélcio Luiz Bueno LimaRua Tiradentes, 50/401 - Centro - 27135-500

• Barra Mansa - Tel.: (24) 3322-3621

Coordenador: Dr. Abel Carlos de BarrosRua Pinto Ribeiro, 103 - Centro - 27330-044

• Cabo Frio - Tel.: (22) 2643-3594

Coordenador: Dr. José Antonio da SilvaAv. Júlia Kubtischeck,39/111 - 28905-000

• Campos - Tels.: (22) 2723-0924 e 2722-1593

Coordenador: Dr. Makhoul MoussallemPça. São Salvador, 41/1.405 - 28010-000

• Itaperuna - Tel.: (22) 3824-4565

Coordenadora: Dra. Sônia RiquettiRua 10 de maio, 626 - sala 406 - 28300-000

• Macaé - Tels.: (22) 2772-0535 e 2772-7584

Coordenador: Gumercino Pinheiro Faria FilhoR. Dr. Luiz Belegard, 68/103 - Centro - 27913-260

• Niterói - Tels.: (21) 2717-3177 e 2620-9952

Coordenador: Dr. Alkamir IssaR. Miguel de Frias, 40/ 6º andar - 24020-062

• Nova Friburgo - Tel.: (22) 2522-1778

Coordenador: Dr. Thiers Marques Monteiro FilhoR. Luiza Engert, 01, salas 202/203 - 28610-070

• Nova Iguaçu - Tel.: (21) 2667-4343

Coordenador: Dr. José Estevan da Silva FilhoR. Dr. Paulo Fróes Machado, 88, sala 202 - 26225-170

• Petrópolis - Tel.: (24) 2243-4373

Coordenador: Dr. Jorge Wanderley GabrichRua Alencar Lima, 35, sls 1.208/1.210 - 25620-050

• Resende - Tel.: (24) 3354-3932

Coordenador: Dr. João Alberto da CruzR. Gulhot Rodrigues, 145/405 - 27542-040

• São Gonçalo - Tel.: (21) 2605-1220

Coordenador: Dr. Amaro Alexandre NetoRua Coronel Serrado, 1000, sls. 907 e 908 - 24440-000

• Teresópolis - Tels.: (21) 2643-5830 e 2742-3340

Coordenador: Dr. Paulo José Gama de BarrosEstrada do Ermitage, 680 - Ermitage - 25975-360

• Três Rios - Tel.: (24) 2252-4665

Coordenador: Dr. Ivson Ribas de OliveiraRua Manoel Duarte, 14, sala 207 - Centro - 25804-020

• Valença - Tels.: (24) 2453-4189

Coordenador: Dr. Fernando VidinhaRua Padre Luna, 99, sl 203 - Centro - 27600-000

• Vassouras - Tel.: (24) 2471-3266

Coordenadora: Dra. Leda CarneiroAv. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 52/203 - 27700-000

• Volta Redonda - Tel.: (24) 3348-0577

Coordenador: Dr. Júlio Cesar MeyerR. Vinte, 13, sl 101- 27260-570

O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DAS SECCIONAIS E SUBSEDES É DE SEGUNDA À SEXTA-FEIRA, DAS 9 ÀS 18 HORAS.

SECCIONAISCREMERJ SEDE

Publicação Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro

Conselho Editorial - A Diretoria • Jornalista Responsável - Nicia Maria - MT 16.826/76/198 • Edição - Nicia Maria • Reportagem - Roberta Costa e Silva e Carla Fontão • Fotografia - José Renato

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - João Ferreira • Produção - Foco Notícias • Impressão - Ediouro Gráfica e Editora S.A. • Tiragem - 55.000 exemplares • Periodicidade - Mensal

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores,

não representando, necessariamente, a opinião do CREMERJ.

EDIT

OR

IAL

Saúde é direito de todos e dever do Estado,diz a Constituição do nosso país.

O que vemos, no entanto, são brasileiros doentes perambulando de hospital em hospital em

busca de um atendimento médico. Os jornais noticiam, principalmente nos finais de semana, que não há

médicos nos plantões de emergência.

O problema não é, como muitos pensam, que os médicos faltam e sim que faltam médicos.

E faltam médicos, sim, que não suportam mais trabalhar por salários tão indignos. Os editais de

concurso estabelecem um mesmo salário para todos os profissionais de nível superior, mas exigem para o

médico que ele tenha feito uma residência (mais três ou até cinco anos) ou uma pós-graduação.

Todo funcionário público deve ser submetido a umRegime Jurídico Único, prevê a Constituição do nosso país.O que vemos, no entanto, é o poder público contratando médicos para trabalharem em seus hospitais,

através de cooperativas, sem qualquer direito trabalhista, como férias, 13º salário etc. ou entregando a

gestão de unidades a empresas do setor privado, como recentemente a Prefeitura do Rio fez com o Hospital

Municipal Ronaldo Gazolla ou Hospital de Acari, como é conhecido.

Trata-se, na verdade, da terceirização da saúde pública, o que também é proibido pela nossa Constituição.

Até agora, portanto, todas as iniciativas para que a população tenha direito à Saúde não deram certo.

A solução é tão simples: salários justos e boas condições de trabalho para todos os médicos.

Esperamos que o novo governo que se inicia em janeiro encontre essa solução.

Não existe saúde sem médico!Afinal, “o médico vale muito!”

A

Luis Fernando Moraes

Presidente do CREMERJ

33333Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

A SAÚDE E A CRISE ECONÔMICAA SAÚDE E A CRISE ECONÔMICAA SAÚDE E A CRISE ECONÔMICAA SAÚDE E A CRISE ECONÔMICAA SAÚDE E A CRISE ECONÔMICA

ALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAConselheiro do CREMERJ e do CFMConselheiro do CREMERJ e do CFMConselheiro do CREMERJ e do CFMConselheiro do CREMERJ e do CFMConselheiro do CREMERJ e do CFM

e-mail: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]

mbalados pela queda do Muro de Berlim e do soci-

alismo, em seu modelo aplicado em alguns países,

sábios economistas de todo o mundo reuniram-se

durante o ano de 1989, em Washington, e estabeleceram

diretrizes para uma nova ordem econômica mundial. Assim

nascia o “Consenso de Washington”, receituário chamado

de neoliberal, a ser aplicado em todos os países.

Essa doutrina, louvada em verso e prosa pelos “espe-

cialistas” e a mídia em geral, passou a ser aplicada pelos

governos que se sucederam. Ela previa a redução dos gas-

tos públicos, privatização das estatais, flexibilização das

leis trabalhistas, redução do controle da economia , fluxo

aberto para os capitais. Enfim, o livre mercado e a redução

do papel do Estado, com suas conseqüências diretas nos

investimentos em Saúde, e a introdução de políticas soci-

ais chamadas de “compensatórias”.

E Durante muitos anos, a aplicação desse “receituário”,

na América Latina, foi monitorada pelos países centrais,

principalmente, através do Fundo Monetário Internacional.

Deu no que deu. Não houve as melhorias anunciadas

para as populações e quanto à economia de livre mercado,

essa explodiu justamente no “colo” de seus criadores e

seus estilhaços se espalham para todos os lados. O Estado,

antes rejeitado, teve de socorrer, com elevado gasto públi-

co, as empresas e as financeiras em bancarrota.

As vidraças estão quebradas. A teoria do livre mercado

(neoliberalismo) sofreu duro revés. Como na educação dos

nossos filhos, será preciso estabelecer regras e limites cla-

ros para esse setor, antes que a casa caia.

Mas por que saímos do nosso canto da saúde para

pelejar pelos campos da economia?

Ora, a saúde, como um todo, e os médicos, em particu-

lar, são atingidos direta ou indiretamente pelas políticas

econômicas vigentes e suas conseqüências. Várias ques-

tões que vêm ocupando a pauta das entidades médicas e

as mobilizações dos colegas são exemplo disso. O financi-

amento da Saúde, o tão decantado sucateamento dos hos-

pitais públicos, a precarização dos contratos de trabalho, o

salário dos médicos e a tabela de remuneração do SUS

dependem de políticas e de investimentos públicos. Tal

situação em nosso país ainda reflete a aplicação do citado

“receituário” econômico e que, esperamos, esteja nos seus

estertores.

Diante da crise, novos paradigmas em relação ao papel

do Estado se impõem. Nesse contexto, a qualidade de vida

das pessoas e as questões sociais devem, enfim, se tornar

uma real prioridade.

E a Saúde, certamente é uma delas.

CREMERJ vai propor ação judicial a fim de estender para os médicos a aposentadoria

especial de 25 anos para aqueles que trabalham em condições insalubres.

Apesar deste direito estar consagrado na Constituição Federal, até hoje não houve a

regulamentação do assunto pelo Congresso Nacional, o que vem impedindo aos médicos, que preen-

chem este requisito, ver concretizado este direito.

Esta ação é indispensável para a obtenção da aposentadoria especial de 25 anos, ante ao desin-

teresse demonstrado pelo Congresso Nacional.

Vitoriosa a ação, e ante a inexistência de regulamentação sobre o assunto, o resultado será o de

estender aos funcionários públicos, o direito de terem assegurada a aposentadoria especial nos mesmos

moldes do que é hoje deferido aos empregados privados, regidos pela Consolidação das Leis do

Trabalho e de acordo com reiteradas decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal.

Ao julgar um Mandato de Injunção interposto por um servidor público do Distrito Federal, o

Supremo Tribunal Federal editou um acórdão, publicado no dia 26 de setembro, que diz inexistindo

“disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamen-

to judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral – artigo 57, parágrafo 1º, da Lei 8.213/91, que

é a regra já aplicável aos trabalhadores do setor privado”.

APOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTADORIAADORIAADORIAADORIAADORIACREMERJ vai impetrar açãoCREMERJ vai impetrar açãoCREMERJ vai impetrar açãoCREMERJ vai impetrar açãoCREMERJ vai impetrar açãopara que médicos se aposentempara que médicos se aposentempara que médicos se aposentempara que médicos se aposentempara que médicos se aposentemcom 25 anos de sercom 25 anos de sercom 25 anos de sercom 25 anos de sercom 25 anos de serviçoviçoviçoviçoviço

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SAÚ

DE

BLI

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44444 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

TISS ELETRÔNICATISS ELETRÔNICATISS ELETRÔNICATISS ELETRÔNICATISS ELETRÔNICAAdesão deve ser voluntáriaAdesão deve ser voluntáriaAdesão deve ser voluntáriaAdesão deve ser voluntáriaAdesão deve ser voluntária

CONSULTA HONORÁRIOSMÉDICOS (CH)PLANO COLETIVO PLANO INDIVIDUAL

200746,00

200850,00

200746,00

200850,00

2007

CBHPM

2008

CBHPM + 5%

UNIDAS01/10/07 01/10/08

AMIL01/09/07 01/08/08

UNIMED-RIO01/08/07 01/09/08

46,00 50,00 46,00 50,00

40,00 42,00CH = 0,36

CBHPM = (-)17,6%CH = 0,38

3ª Ed. CBHPM (-)17%40,00 42,00

CONSULTA INTERCÂMBIO 2007 - R$ 38,00 CONSULTA INTERCÂMBIO 2008 - R$ 40,00

MEDSERVICE01/09/07 01/08/08 40,00 42,00

Honorário = 0,38SADT: 0,3040,00 42,00 0,40

ASSIM01/08/07 01/08/08 38,00 40,00

COLETIVO = 0,34INDIVIDUAL = 0,32

COLETIVO = 0,36INDIVIDUAL = 0,3433,00 35,00

DIX01/08/07 01/10/08 31,00 32,55 (5%) 41,00 43,05 0,38 0,40

GOLDEN CROSS01/08/07 01/08/08

44,52 47,19 0,38 0,4044,52 47,19

BRADESCO01/08/07 01/08/08

44,70 47,40 (6,4%)Aumento de 5% nosvalores anteriores

Aumento de 5% nosvalores anteriores40,00 44,00 (10%)

SUL AMÉRICA01/08/07 01/08/08

44,60 46,00 (3,14%)Aumento de 5% nosvalores anteriores

Aumento de 3,14%nos valores anteriores40,00 44,00 (10%)

FURNAS01/07/07 01/07/08 41,00 44,00 41,00 44,00 0,37 0,40

0,38 0,40

CO

NV

ÊNIO

S

Aliminar do CREMERJ, que suspende a obri-gatoriedade da implantação da TISS ele-trônica a partir do dia 1º de dezembro,está válida. A ANS recorreu da liminar,

através de um “agravo de instrumento”, no dia 3 denovembro, portanto fora do prazo, que era até 27 deoutubro, mas o Desembargador Federal RaudênioBonifácio Costa aceitou o recurso. Enquanto o De-sembargador não se pronunciar, por meio de despa-cho no processo, as operadoras não podem obrigaros médicos a utilizar a guia eletrônica.

- O recurso foi distribuído e está com o Desem-bargador, que até pode determinar sua intempesti-vidade (fora de prazo). Por enquanto, a liminar con-tinua valendo completamente – explicou o Conse-lheiro Carlindo Machado e Silva, durante a reuniãoentre os representantes do CREMERJ, da SOMERJ,da Central Médica de Convênios e das Sociedadesde Especialidades, realizada no dia 11 de novembro.

O Conselheiro Aloísio Tibiriçá lembrou que, emvários países, a implementação de programas se-melhantes a este da implantação das guias eletrôni-cas levou anos até estarem regularizadas. Ele cha-mou atenção para o que vem ocorrendo no setor

hospitalar, de clínicas, laboratórios e radiologia.- Para esses segmentos, o prazo de implantação

da TISS eletrônica expirou em 1º de junho de 2007,mas grande parte ainda não está adequada à norma.Várias operadoras também não estão preparadas

para este processo. E, até onde soubemos, não hou-ve nenhum tipo de retenção no pagamento dessessetores, como estavam sendo ameaçados os médi-cos – ressaltou.

Algumas operadoras vêm informando como pre-tendem disponibilizar a TISS eletrônica, se através daWeb ou P.O.S. Sendo a opção do médico, no caso doP.O.S., a regra da ANS determina que deverá haver ape-

nas uma máquina desse tipo no consultório, atendendoa todas as operadoras. Bradesco, Cassi e Medial comu-nicaram aos seus credenciados que uma empresa en-viaria um representante para oferecer a implantaçãoda TISS via P.O.S, sem custo de equipamento para omédico, que arcaria, apenas, com os valores da contade telefone para o funcionamento da máquina.

- Em princípio, o P.O.S., seja de que empresa for,eliminaria a necessidade de comprovantes extrasde papel, como algumas operadoras haviam infor-mado. O que temos conhecimento é de que, paravalidar a consulta pela Web, o papel iria continuar.Já no P.O.S., o paciente assina o boleto, validando aconsulta. As empresas estão sendo convidadas a vi-rem ao CREMERJ para esclarecer as dúvidas dosmédicos - observou Aloísio Tibiriçá.

Sobre os questionamentos feitos à Unidas, devidoao descumprimento do acordo fechado recentemente,os representantes das operadoras enviaram respostasao CREMERJ. O acordo previa consulta a R$ 42,00 apartir de 1 de outubro e CH de 0,38. Algumas operado-ras do grupo Unidas, no entanto, não estão cumprindoo acordo, o que levará o CREMERJ a avaliar com asSociedades Médicas os desdobramentos possíveis.

Em vários países, aimplementação de programassemelhantes a este daimplantação das guiaseletrônicas levou anos atéestarem regularizadas.Conselheiro Aloísio Tibiriçá

44444 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

55555Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

Conselho quer estar mais próximoConselho quer estar mais próximoConselho quer estar mais próximoConselho quer estar mais próximoConselho quer estar mais próximodas associações médicas de bairdas associações médicas de bairdas associações médicas de bairdas associações médicas de bairdas associações médicas de bairrororororo

entro da política de estreitamento do rela-

cionamento do CREMERJ com as associa-

ções médicas de bairro, a Conselheira Már-

cia Rosa de Araujo esteve na Associação Médica da

Tijuca e Adjacências (AMETA), no dia 04 de novembro,

para elucidar dúvidas dos médicos da região a respeito

do processo de implantação da TISS eletrônica e dos

reajustes nos valores das consultas e procedimentos,

entre outras questões.

Márcia Rosa fez um histórico detalhado sobre

a guia única, destacando suas vantagens e as difi-

culdades de custo e treinamento. O mais impor-

tante, segundo ela, é a união dos médicos para

efetivar conquistas.

- Os colegas precisam ter uma proximidade ainda

maior com o Conselho. Nós podemos, descentralizada-

mente, conversar com médicos do Méier, da Zona Oes-

te, da Ilha, da Barra e da Tijuca para que tenhamos uma

força maior. Não basta fazermos reunião somente na

sede. Queremos ouvir propostas novas de lutas nos

bairros – disse.

Os médicos fizeram perguntas sobre a possibi-

lidade de glosas, sobre as máquinas de P.O S., sobre

a taxa de inspeção sanitária, sobre o resultado da

liminar que deu ganho de causa ao CREMERJ para

adiar a implantação das guias eletrônicas e até so-

bre as cobranças do Ecad.

O Presidente da AMETA, Ricardo Pinheiro Bastos,

fez um balanço sobre as atividades desenvolvidas ao

longo dos sete meses de existência da AMETA e agra-

deceu à Conselheira pelo auxílio na criação da entida-

de. Em nome do grupo, a mais nova associada da AME-

TA, a anestesiologista Raquel Cristina Bernardo, entre-

gou um bouquet de flores à Márcia Rosa.

- O CREMERJ e a Márcia sempre disponibilizaram

condições para que fundássemos a Associação. A pri-

meira mala direta que enviamos foi custeada pelo Con-

selho. Nossa associação muito em breve será uma das

maiores – previu Ricardo Bastos.

D

Ricardo Pinheiro Bastos, Raquel CristinaBernardo, Conselheira Márcia Rosa de

Araujo e Arnaldo Saverio Mazza

O CREMERJ e a Márcia sempre

disponibilizaram condições

para que fundássemos a

Associação, que, muito em

breve, será uma das maiores.Ricardo Pinheiro Bastos, Presidente da AMETA

Médicos comMédicos comMédicos comMédicos comMédicos comenderenderenderenderendereçoeçoeçoeçoeçodesatualizadodesatualizadodesatualizadodesatualizadodesatualizadoEduardo da Costa Pinto - 63620-7Enaura A. Cerqueira - 2453-2Enio Rodrigo B. G. do Rego - 76806-5Euclides da Silva Gouvea - 467-4Fabiano Antonio Ervolino - 48888-2Fabiano Barbosa Peres - 83353-3Fabio Antonio C. Freitas - 58547-6Fernando Olavo S. Pinto Filho - 64203-7Fernando R. Macha Escobar - 11944-5Firmo Gonçalves Ferraz - 1279-7Francisco de Caninde Ferreira Jr. - 82984-6Frederick Antunes de Mattos - 64209-6Frederico Brugger Villela - 356-8Geraldo Barrozo - 1027-8Geraldo Chami Rollemberg - 28066-4Gesner Vieira Motta - 25308-7Gilberto Alves Pontes Belo - 78689-6Gilson Fabiano Costa de Aquino - 900-0Giuseppe Mauro - 512-0Guilherme de Campos Martins - 11637-5Guilherme Iso de Agostini Cohen - 71124-1Guilhermino Albano C. Sobrinho - 11-0Helimar Armond B. Dallier - 38310-5Helivander Alves Machado - 57074-7Hermínio José Leitão Mendes - 37889-0Jacqueline de Mattos Gonçalves - 51889-9Jamil Silveira Gallo Junior - 65991-6João Batista de Lima - 27449-7Joelma Maria de Oliveira - 72483-1Jorge Kleber Gomes de Souza - 21596-8Jose Carlos Pereira - 66276-3José Carlos Pereira - 66276-3Jose Eugênio Millen de Matos - 19453-0Jose Ferreira Julio - 3479-3José Paulo da Silva Teixeira - 52940-8Jose Paulo Gabbi Aramburu Filho - 62230-3Jose Robson Moreira Barbosa - 44683-7Jose Teixeira da Silva - 1918-0Juliana dos Santos Barbosa Netto - 66708-0Katia Flores N. A. Tavares - 48673-6Ladyr Ribeiro de Almeida - 568-5Lais Delduque V. Machado - 28803-9Lara Paula Ventura Lourenço - 60688-5Lauir Machado - 9173-5Leonardo Barreto Oliveira - 82609-0Leonardo Gomez Lavardenz - 2353-6Leticia Bastos C. Rodrigues - 78438-9Levy Jorge Nemer - 72-0Lian Claudio Pontes de Carvalho - 33986-0Linda Jose Tannus Tumas - 248-0Loide Cristina T. Pinheiro - 68511-9Lucia Maria Esteves - 37901-0Luis Fernando de Barros Correia - 50238-4Luis Henrique O. Coutinha - 78226-2Luiz Claudio Barbedo Froes - 40964-1Luiz Claudio T. Rezende - 57200-2Luiz Frederico Martins Chiappina - 27226-8Luzia Maria Vale de Abreu - 37966-4Marcelo Bernardino da Silva - 79749-9Marcelo Motta Pereira - 75027-1Marcelo Oliveira Abi-Zaid - 79370-1Marcia Rohenkohl - 76692-5Marco Aurélio Machado - 47870-2Marcos Augusto M. Araújo - 72662-1Marcus Vinicius Osório Maroclo - 65504-0Marduk Contreras Delgado - 70702-3Maria de Fatima Franca - 48490-9Maria Luiza H. M. de Carvalho - 29473-2Maria Neli Barbosa - 17700-0Mariana Athanasio Strieder - 67029-4Mariano Dias T. A. Valle - 70008-8Marilene Meneleu Marques - 28957-6Marino Pereira da Silva Jr. - 46978-4Mario Augusto Souto Ferreira - 76292-0

55555Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

COCEMCOCEMCOCEMCOCEMCOCEMP

OSS

E

■ Comissões de Ética de seishospitais do Rio tomaram posse nodia 11 de novembro: as doshospitais Municipal Salgado Filho,Balbino e de Clínicas São Miguel,a da Policlínica Maria CristinaRoma Paugartten, a do CemedCare e a da Superintendência deSaúde Ocupacional. Além derepresentantes de Comissões deÉtica de vários hospitais,participaram da reunião oPresidente do CREMERJ, LuisFernando Moraes e os ConselheirosPablo Vazquez Queimadelos, novoCoordenador da COCEM, MárciaRosa de Araujo, Matilde AntunesCosta e Silva e Érika Monteiro Reis.

Novas Comissões de Ética emNovas Comissões de Ética emNovas Comissões de Ética emNovas Comissões de Ética emNovas Comissões de Ética emseis hospitais do Rio de Janeiroseis hospitais do Rio de Janeiroseis hospitais do Rio de Janeiroseis hospitais do Rio de Janeiroseis hospitais do Rio de Janeiro

niciando a reunião, o novo Coordenador daCOCEM destacou a criação de uma comis-são executiva que ficará responsável pelaelaboração de documentos que facilitem e

uniformizem a visão do Conselho em relação àsComissões de Ética, definindo mais claramentesuas responsabilidades.

Pablo Vazquez salientou ainda a importância daatuação do CREMERJ, junto com as Comissões deÉtica Médica, a fim de que consigam se anteciparaos problemas. Segundo ele, tais Comissões sãofundamentais para que o Conselho saiba o que acon-tece dentro das unidades.

Sobre uma reunião do CREMERJ com o novo

Secretário Municipal de Saúde, Hans FernandoRocha Dohmann, Luis Fernando Moraes disse sereste um procedimento comum do Conselho, quan-do entrega ao Secretário recém-eleito a pautade reivindicações dos médicos, além de todos osrelatórios de fiscalizações e das demandas doshospitais do Município.

Quanto à possibilidade de se agendar uma reu-nião para discutir a situação salarial dos médicos daPerícia do Estado, que estão recebendo um saláriode cerca de R$1.500,00, inferior ao dos profissionaisde outras Perícias Médicas, a Conselheira MarciaRosa considerou importante que o CREMERJ façauma visita à Perícia Médica.

66666 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

I

Novos membrosempossados com os

Conselheiros

Conselheiros Érika Monteiro Reis, Matilde Antunes Costa e Silva, Luis Fernando Moraes, Pablo Vazquez Queimadelos e Márcia Rosa de Araujo

77777Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

■■■■■ COMISSÕES EMPOSSADAS COMISSÕES EMPOSSADAS COMISSÕES EMPOSSADAS COMISSÕES EMPOSSADAS COMISSÕES EMPOSSADAS

■■■■■ HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHOMembros eleitos para o 7º mandatoEfetivos: Francisco Weldes Brito das Neves, PauloEduardo Vilella Santos, Érika Monteiro Reis e KátiaVencato Piazi.Suplentes: Antônio Araújo da Costa, Jair Luiz deMoraes, Luciene Marques Furtado e Mário AugustoSereno Fernandes.

■■■■■ HOSPITAL BALBINOMembros eleitos para o 3º mandatoEfetivos: Claudio Loredo de Sá, Rogério LucianoSoares de Moura, Eduardo Delgado Soares da Silva eRenata Castro Borges Laranjeiras.Suplentes: Luciano Fernandes Brasileiro, Paulo Césarda Silva Braga, Fernando Siqueira Campos de Barros eFernando Vivas Barreto.

■■■■■ HOSPITAL DE CLÍNICAS SÃO MIGUEL – SERV-BABYMembros eleitos para o 1º mandato:Efetivos:.Marcelo Burlá, João Andrade Leal SalesJunior e Maria da Glória Neiva.Suplentes: Filipe Bittar, Márcia da Cunha dos Reis eMárcia Gonçalves Barboza.

■■■■■ CEMED CAREMembros eleitos para o 1º mandato:Efetivos: Tatiana Marlowe Cunha Brunini, NágelaSimão Vinhosa Nunes e Marcelo Rivero Pessoa.Suplentes: Jacqueline Amar e Cynthia Karla deMagalhães.

■■■■■ SUPERINTENDÊNCIA DE SAÚDE OCUPACIONALMembros eleitos para o 5º mandato:Efetivos: Carla Valéria Nunes da Silva SpinolaPereira, Mauro Junqueira de Andrade e SérgioMaurício de Oliveira Valente.Suplentes: Sérgio Cardoso, Sérgio Luiz RibeiroAffonso e Márcia Kalil Aide.

■■■■■ POLICLÍNICA MARIA CRISTINA ROMA PAUGARTTENMembros eleitos para o 4º mandato:Efetivos: Liana Mara Pantoja Vasconcellos, ÉrikaCorrêa Ferrer Pinheiro e Ana Cristina de Sena Pereira.Suplentes: Munir Attia Marcello, Francisco MaurícioRamos Bessa e Eugênio Ormandy Pinto de Souza.

88888 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

s Coordenadores das Seccionais do CRE-MERJ se reuniram, no dia 7 de novem-bro, com o Presidente do Conselho, Luis

Fernando Moraes, e os Conselheiros Marília de AbreuSilva, Sergio Albieri, Carlindo Machado e Silva, VeraFonseca, Sidnei Ferreira, Arnaldo Pineshi, AlkamirIssa, Abdu Kexfe (Coordenador das Seccionais) eNelson Nahon

O Conselheiro Luis Fernando Moraes fez questãode ressaltar que o movimento “O médico vale mui-to!” vai continuar em todo o Estado, adiantando queo Secretário Estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, pro-metera que os aprovados no concurso para médicostemporários seriam contratados com vínculo empre-gatício e receberiam um salário de R$ 3 mil para 24horas, com uma gratificação de mais R$ 500,00 paraos que fizessem plantões de final de semana.

- Quanto aos estatutários que trabalham nasemergências, incluindo como tal as maternidades eUTIs, o Secretário disse que também receberiam omesmo valor a título de gratificação. Quanto aosmunicípios do Rio e do interior, espera-se que osnovos governos se sensibilizem mais e avancem prin-cipalmente nessa questão do salário e na parte deatenção básica à saúde e na do Programa de Saúdeda Família - observou.

Vários representantes de Seccionais solicitaramque o CREMERJ marcasse palestras itinerantes so-bre temas de interesse dos médicos, como atestadode óbito, Código de Ética Médica, ResponsabilidadeCivil do Médico etc. A Conselheira Vera Fonseca,responsável pelos cursos e fóruns do Conselho, dis-se que tais palestras poderiam ser agendadas a par-tir do início do próximo ano.

Iniciando a reunião, Abdu Kexfe anunciou o novoCoordenador da Seccional de Itaperuna, a médicaSônia Riquetti; e dois novos membros da Seccionalde Angra dos Reis, Adão Guimarães e Silva e PauloWesley Ferreira Bragança. O Conselheiro NelsonNahon, da Seccional de Nova Iguaçu, passou a fazerparte da COSEC.

De um modo geral, os Coordenadores das Secci-

onais apontaram problemas na rede pública dosmunicípios, principalmente falta de médicos nas uni-dades das Prefeituras devido aos baixos salários comque remuneram os profissionais e às inadequadascondições de trabalho. Em alguns municípios, comoBarra do Piraí, não há nem sangue para socorrer umpaciente, se necessário.

A representante da Seccional de Barra do Piraí,Carmen Lucia Garcia de Souza, reforçou que no municí-

SEC

CIO

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IS COSECCOSECCOSECCOSECCOSECCoordenadores solicitam ao CREMERJCoordenadores solicitam ao CREMERJCoordenadores solicitam ao CREMERJCoordenadores solicitam ao CREMERJCoordenadores solicitam ao CREMERJpalestras de interesse dos médicospalestras de interesse dos médicospalestras de interesse dos médicospalestras de interesse dos médicospalestras de interesse dos médicos

cio de Freitas, Abdu Kexfe disse que esse proble-ma só a Prefeitura poderá resolver: ou transfere ohospital de lugar ou faça com que a polícia resol-va o caso no morro.

pio de Barra do Piraí também não tem sangue por faltade um hematologista, acrescentando que, na RegiãoSul Fluminense, só Vassouras e Rezende tem sangue,mas sem condições de atender a toda a região.

- Nenhum médico quer trabalhar nos postos desaúde de Barra do Piraí e os médicos do PSF entra-ram em greve porque a Prefeitura só paga R$ 1 mil.O CTI da Santa Casa fechou e a Cruz Vermelha sóatende ambulatório - lamentou.

O

A questão de falta de segurança no HospitalOrêncio de Freitas, em Niterói, foi apontada peloCoordenador da Seccional de São Gonçalo, AmaroAlexandre Neto. Segundo ele, os constantes as-saltos na porta da unidade e até seqüestros re-lâmpagos têm afastado os médicos do hospital.

- A Prefeitura colocou nas imediações um guar-da municipal que de nada adianta – acrescentou.

Amaro Alexandre disse também que está re-cebendo muitas solicitações para fiscalização dehospitais e clínicas de São Gonçalo, inclusive doMinistério Público, em número acima das que aSeccional pode dar conta.

O Conselheiro Abdu Kexfe recomendou quetodas as enviadas pelo Ministério Público devemser encaminhadas para a Comissão de Fiscaliza-ção, na sede do CREMERJ.

Quanto à falta de segurança do Hospital Orên-

Conselheiros Sergio Albieri, Nelson Nahon, Marília de Abreu Silva, Luis Fernando Moraes, Abdu Kexfe, Alkamir Issa e Arnaldo Pineschi

Falta de segurança no Orêncio de FreitasFalta de segurança no Orêncio de FreitasFalta de segurança no Orêncio de FreitasFalta de segurança no Orêncio de FreitasFalta de segurança no Orêncio de Freitas

Amaro Alexandre Neto, Coordenador da Seccional de São Gonçalo

99999Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

Clínicas de pediatriaquerem formar associação

O Conselheiro Arnaldo Pineschi informouna reunião que clínicas e consultórios pedi-átricos estão organizando uma associaçãonos moldes da ACCOERJ (Associação de Clí-nicas e Consultórios de Ortopedia do Esta-do do Rio de Janeiro) e solicitou aos repre-sentantes das Seccionais que encaminhemuma lista com as clínicas de pediatria deseus municípios para que sejam contatadas.

- Queremos aglutinar o maior númeropossível de clínicas. O objetivo é tornar osserviços que oferecem mais valorizados e,conseqüentemente, que possam remunerarmelhor os pediatras. As operadoras remu-neram muito menos as clínicas que os mé-dicos em seus consultórios. Enquanto pa-gam por uma consulta de R$ 40,00 a R$ 50,00ao médico pessoa física, a clínica recebe R$16 até 19,00. Acreditamos que, com umaassociação, tenhamos uma maior força depressão para negociar o valor das consul-tas – justificou.

Greve em TeresópolisO Coordenador da Seccional de Teresópolis, Paulo José

Gama de Barros, informou que o Hospital das Clínicas daFundação Estadual Serra dos Órgãos estava em greve, ten-do fechado inclusive a emergência, segundo a direção, por-que a Prefeitura tinha com a FESO uma dívida de R$ 2,6milhões. A Prefeitura, por sua vez, dizia que essa dívida erade R$ 150 mil, mas acabou por oferecer R$ 800 mil.

- Trata-se de uma situação confusa e o grau de falta deconfiança é tão grande que tanto a FESO como a Prefeitura sóaceitam um acordo mediante a assinatura de um termo deajuste de conduta na frente de um juiz. O processo é demora-do. O hospital antes era municipal, mas, através de um convê-nio, aos poucos, a própria Prefeitura foi passando a gestãopara a FESO, que depois ficou com a posse do hospital emtroca de um terreno, onde hoje está instalado o mercado ata-cadista. A Prefeitura hoje é usuária do hospital.

Paulo Barros disse que ele e outros membros da Secci-onal foram ao hospital para hipotecar solidariedade aoscolegas e, ao mesmo tempo, verificar como a triagem esta-va sendo feita. Vimos que estava organizada, sendo bemfeita por profissionais experientes. Os residentes e os aca-dêmicos estavam dentro do hospital, supervisionados. De-mos apoio a esse posicionamento. Na realidade, notamosque os dois lados estão usando o médico e a populaçãopara defender seus interesses.

O Coordenador da Seccional de Petrópolis, Conselheiro Jor-

ge Wanderley Gabrich, opinou que, se a FESO não tem vínculocom a Prefeitura, a obrigação, na verdade, de resolver o proble-ma do atendimento de emergência à população é da Prefeitura.

Alguns representantes de Seccionais reclamaram dealguns médicos que pedem órteses e próteses em casosabsolutamente desnecessários e até prejudiciais aos paci-entes, e que insistem nas solicitações, mesmo com parece-res de outros especialistas sobre serem condutas inade-quadas.

Abdu Kexfe solicitou que enviassem tais casos para oCREMERJ para serem analisados pelas Câmaras Técnicasquanto à ação ética destes médicos.

Conselheiro Jorge Wanderley Gabrich

1010101010 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

■ A participação das mulheres na

cirurgia, tema da conferência

promovida pela Academia

Nacional de Medicina, no dia 6 de

novembro, vem crescendo ao longo

dos anos. A Conselheira Márcia

Rosa de Araujo ressaltou que,

segundo o CREMERJ, nas décadas

de 50 e 60, registraram na

entidade seus títulos de

especialistas somente seis

cirurgiãs, enquanto que nos anos

70 esse número subiu para 79 e nos

anos 80 chegou a 112. Na década

de 90, registraram-se 164 cirurgiãs

e nos últimos oito anos já há 87

novos registros de cirurgiãs.

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M AS MULHERES NA CIRURGIAAS MULHERES NA CIRURGIAAS MULHERES NA CIRURGIAAS MULHERES NA CIRURGIAAS MULHERES NA CIRURGIAPPPPPresença nos centros cirúrgicosresença nos centros cirúrgicosresença nos centros cirúrgicosresença nos centros cirúrgicosresença nos centros cirúrgicosvem crescendo ao longo dos anosvem crescendo ao longo dos anosvem crescendo ao longo dos anosvem crescendo ao longo dos anosvem crescendo ao longo dos anos

- A maioria das especialistas registradas no CRE-MERJ opta por cirurgias de ginecologia e obstetrícia(269), seguida por cirurgia geral (89), cirurgia plásti-ca (68), cirurgia vascular (18), cirurgia pediátrica(16), duas por cirurgia torácica e mais duas por cirur-gia de cabeça e pescoço – observou Márcia Rosa.

Em sua palestra, a Acadêmica Talita Franco abor-dou o contexto histórico da medicina, lembrando quehá muito mais referências às mulheres na profissão,em especial na cirurgia, do que homens. Ela contouvários episódios nos quais as mulheres vencerampreconceitos para exercerem a profissão, que elaconsidera eminentemente feminina, por ser a mu-lher muito mais dedicada a cuidar dos outros. A aca-dêmica citou ainda médicas pioneiras, no Brasil e nomundo, e como elas conseguiram driblar as dificul-dades para atuarem na medicina.

- A medicina é uma profissão de mulheres. Atra-vés dos séculos, elas têm sido responsáveis peloconsolo dos que sofrem e por curativos em parentes.Até certa fase da história, nós convivíamos com opoder das deusas, tanto que o Juramento de Hipó-crates começa por “Juro por Apolo, médico, Esculá-pio, Higeia e Panacea”, que são as duas filhas deEsculápio, responsáveis pela manutenção da saúdee do tratamento – ressaltou.

Dayse de Paula Marques da Silva enfocou a pers-pectiva sociológica. “Relações de gênero e poder nasprofissões” foi o assunto da sua aula e também fazparte de sua tese de doutorado. Segundo ela, nasprofissões encontram-se relações hierarquizadas.

- Essas hierarquias, muitas vezes, definem luga-res, fazendo com que as pessoas percam talentosimportantíssimos em função de algumas represen-tações que não correspondem à capacidade da mu-

lher como cirurgiã e do homem, por exemplo, comopediatra. É como se, a partir da entrada das mulhe-res na medicina, o lugar da pediatria passasse a serdas mulheres, que nem sempre encontram estímu-los para exercerem a cirurgia – observou.

Para encerrar o encontro, o Acadêmico Eustá-quio Portella questionou a discussão sobre o temada conferência, ressaltando que não há qualquer di-ficuldade técnica ou científica que impeça as mulhe-res de exercerem a profissão.

- Ainda hoje nos perguntamos se as mulheres podemexercer a especialidade e se têm capacidade para tanto.Isso revela que ainda estamos no período em que essadúvida de poder, no campo médico, se exerce contra asmulheres, como se elas pudessem ficar restritas à algu-ma coisa menos importante que a cirurgia. As mulhereshoje estão em plano de igualdade com os homens emtudo que se envolvem têm maior liberdade – afirmou.

As palestras fizeram parte da 19ª Sessão Ordi-nária da Academia, presidida pelos acadêmicos Or-lando Marques Vieira e Eliete Bouskela.

Eliete Bouskela e Orlando Marques Vieira

Conselheira Márcia Rosa de AraujoTalita Franco Dayse de Paula Marques da Silva

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1111111111Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

ma parceria entre o CREMERJ, a Secreta-ria de Estado de Saúde e Defesa Civil, aSociedade de Terapia Intensiva do Estado

do Rio de Janeiro (SOTIERJ) e o Grupamento de Socor-ro de Emergência (GSE) possibilitou a organização doCurso de Nivelamento em Medicina Intensiva, quevisa proporcionar, aos médicos das UTIs estaduais,atualização de conhecimentos, inclusive para utiliza-ção dos novos equipamentos adquiridos pelo governoestadual para modernização desses serviços.

Toda a parte pedagógica do curso foi desenvolvi-da pela equipe da SOTIERJ. Com carga horária de 16horas, as aulas, com uma parte teórica e outra práti-ca, são ministradas no CREMERJ, durante um final desemana. Os 180 alunos, indicados pelos chefes deserviço das UTIs, foram divididos em seis turmas. Ocurso teve início nos dias 3 e 4 de outubro e terminarános dias 6 e 7 de dezembro. Todos prestam uma pe-quena prova antes das aulas e outra depois, para queos instrutores possam avaliar se o conteúdo foi ade-quado às necessidades dos médicos.

- O curso não se limita a ensinar como manusear osnovos equipamentos e sim como explorar mais e me-lhor os resultados dessas máquinas, que são de top delinha. Os médicos ficaram motivados com a iniciativa –ressalta Rosane Goldwasser, Presidente da SOTIERJ.

Segundo o Comandante do 1º GSE, Coronel-Bom-beiro Médico Marcelo Canetti, o curso, a aquisiçãode equipamentos, a reforma estrutural e a aberturade novos leitos fazem parte de um pacote de medi-das adotadas pela Secretaria Estadual de Saúde paraorganizar a terapia intensiva estadual. A primeiramedida deste pacote foi criar a Câmara Técnica deTerapia Intensiva do Estado, com participação doschefes de serviço, e a segunda foi oferecer umamelhor remuneração para estes profissionais (paco-te de R$ 6.000,00 por 36h).

Para 2009, estão previstas a informatizaçãodo setor, a criação de mais leitos e a disponibili-zação de duas ambulâncias especiais, para trans-porte, entre as UTIs do Estado, de pacientes dealta complexidade que necessitem de ventila-

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DE

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AAAAATUTUTUTUTUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOSALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOSALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOSALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOSALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOSTTTTTreinamento em Medicina Intensivareinamento em Medicina Intensivareinamento em Medicina Intensivareinamento em Medicina Intensivareinamento em Medicina Intensiva

ção mecânica. Para tanto, elas terão equipamen-tos de UTI e médicos intensivistas. Até lá, a mo-dernização e a reorganização das UTIs já estãopermitindo a otimização dos leitos existentes ea abertura de outros novos.

– No início da gestão havia 83 leitos ativos deUTI adulto na rede estadual. Esse número subiupara 189. Foram abertos 23 leitos no Alberto Tor-res, 19 no IASERJ, 25 no Albert Schweitzer e 8 noAloísio de Castro, além de 11 leitos de UTI pediá-trica no Alberto Torres e mais 11 no Aloísio de Cas-tro. Vários leitos desativados por falta de equipa-mentos foram reativados e duas UTI móveis neo-natais, com intensivistas, também foram disponi-bilizadas – informa Canetti.

O Conselheiro Pablo Vazques Queimadelos lem-bra que o CREMERJ sempre apóia as iniciativas quevisam qualificar a assistência médica. Ele consideraque este curso é importante no treinamento médico.

- No entanto, é preocupante que continue a faltarmédicos nas unidades públicas de saúde-lamenta.

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1212121212 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

iretores do CREMERJ e representantesde Sociedades de Especialidades se reu-niram, no dia 12 de novembro, na sededo Conselho, com o Secretário Estadual

de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, para, em par-ceria, elaborarem um amplo programa de educaçãomédica continuada para os médicos da rede pública, aser desenvolvido nos próximos dois anos. Na primeirafase, o Secretário pretende que a capacitação sejadirigida aos médicos das emergências dos hospitais,incluindo os lotados também nas Unidades de ProntoAtendimento (UPAs) e no SAMU, com ênfase sobre oatendimento de pacientes com dengue.

- Estamos buscando dentro da rede estadual,não só relacionado à dengue, melhorar as condiçõesde trabalho dos nossos profissionais, com a aquisi-ção de equipamentos e garantia de insumos... Gos-taria que pudéssemos começar 2009 com uma agen-da bastante extensa, para que nossos médicos ti-vessem a segurança de que esse primeiro curso fazparte efetivamente de um programa de educaçãocontinuada – observou.

O Presidente do CREMERJ, Luis Fernando Moraes,disse que a atualização dos médicos é muito impor-tante. Ele também ressaltou que, para melhorar a saú-de pública, é necessário a união de todas as esferas degoverno e das entidades médicas.

- Nesse momento é importante unir forças. Even-tualmente, discordamos uns dos outros, mas temosque ter os mesmos objetivos, em prol da melhoria dosserviços e das condições de trabalho. Quando promo-vemos cursos para os colegas, por exemplo, estamosbeneficiando a Saúde de modo geral - salientou.

Além de oferecer os auditórios, onde o CRE-MERJ já realiza cursos de educação continuada,Luis Fernando Moraes disse que a entidade tam-bém pode disponibilizar seu site e o CPDOC, paraarmazenamento e acesso às informações sobreos cursos, e ainda auxiliar na confecção de fol-

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CA EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUEDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUEDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUEDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUEDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADADADADADAAAAA

Secretário propõe atuação conjuntaSecretário propõe atuação conjuntaSecretário propõe atuação conjuntaSecretário propõe atuação conjuntaSecretário propõe atuação conjunta

D

ders, publicações e divulgação.Além do curso sobre a dengue, está prevista a

capacitação dos médicos nas áreas relativas à anes-tesia, clínica médica, terapia intensiva, pediatria,ginecologia e obstetrícia e às doenças infecto para-sitárias.

Durante a reunião, a Vice-Presidente, Vera Fon-seca, e a Diretora Marília de Abreu Silva, foramindicadas como representantes do CREMERJ nogrupo de trabalho criado com o objetivo de alavan-car o projeto.

- Temos meios de repassar recursos para as soci-edades remunerarem os professores que estarãoministrando os cursos. Seria importante também queas sociedades, além de se responsabilizarem pelaparte teórica, pudessem disponibilizar um grupo quefosse eventualmente para a ponta, no momento emque o profissional está trabalhando. Isso facilitaria oentendimento dos problemas que estão ocorrendo.Talvez esses instrutores, juntos aos médicos, pudes-sem nos ajudar, com relatórios, a corrigir alguns dosnossos procedimentos – observou o Secretário.

Sérgio Côrtes, Secretário Estadual de Saúde e Luis FernandoMoraes, Presidente do CREMERJ, durante a reunião no Conselho

SecretárioSecretárioSecretárioSecretárioSecretárioanunciaanunciaanunciaanunciaanunciagratificaçãogratificaçãogratificaçãogratificaçãogratificaçãopara médicospara médicospara médicospara médicospara médicos

O Secretário disse ainda, duran-

te a reunião, que quer acabar com

as cooperativas que contratam os

médicos sem vínculo empregatício.

Segundo ele, o primeiro passo foi

dado com a publicação, no dia 10

de novembro, do edital para o con-

curso que vai selecionar quase 14

mil médicos, para contrato por tem-

po determinado, mas com garanti-

as trabalhistas. O salário oferecido

é o mesmo dos médicos estatutári-

os, R$ 1.500,00 mais as gratificações

para os que forem lotados nas emer-

gências: R$ 1.500,00 de segunda a

sexta-feira e R$ 2.000,00 para final

de semana.

– Isso é a tentativa de, efetiva-

mente, acabar com as cooperativas,

até a entrada do primeiro concurso

da fundação estatal – ratificou.

Diretores do CREMERJ erepresentantes de

Sociedades deEspecialidades, na

plenária do CREMERJdurante a reunião com

o Secretário

1313131313Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

REDE MUNICIPREDE MUNICIPREDE MUNICIPREDE MUNICIPREDE MUNICIPALALALALALFuturo Secretário pretende otimizarFuturo Secretário pretende otimizarFuturo Secretário pretende otimizarFuturo Secretário pretende otimizarFuturo Secretário pretende otimizarrecursos para pagar melhores saláriosrecursos para pagar melhores saláriosrecursos para pagar melhores saláriosrecursos para pagar melhores saláriosrecursos para pagar melhores salários

futuro Secretário Municipal de Saúde, HansDohmann, que tomará posse no início do ano,disse, em reunião com Conselheiros no ????Se-minário Interno do CREMERJ, que, além da ex-

pansão da rede de atenção básica, com ênfase no Programade Saúde da Família, tem entre seus planos otimizar os recur-sos disponíveis para melhorar o salário e as condições detrabalho do médico, ampliar os recursos tecnológicos e tera-pêuticos e reduzir os vínculos precários de emprego.

- O médico tem um papel central nas ações de saúde.Não podemos mais aceitar a situação atual. Sem o médico,o Sistema não anda. É ele que comanda a equipe de saúde– ressaltou.

Durante a reunião, realizada no dia 13 de novembro, oPresidente do CREMERJ, Luis Fernando Moraes, observouque convidara o futuro Secretário para debater a atual situ-ação da rede do município, conhecer os projetos da novagestão e apresentar as reivindicações dos médicos. Além dosproblemas salariais e de condições de trabalho, os Conse-lheiros discutiram, entre outras questões, a regulação devagas, o funcionamento de uma denominada “casa de par-to” em Realengo, a falta de leitos para internação psiquiá-trica e a ameaça de uma possível epidemia de dengue.

Luis Fernando Moraes colocou o Conselho à disposiçãopara ajudá-lo na recuperação do sistema municipal de saú-de, entregando-lhe relatórios de fiscalizações das unida-des da rede, feitas pelo CREMERJ.

Segundo Hans Dohmann, o desafio de prestar um servi-ço à população com melhores condições de trabalho paraos profissionais de saúde é extremamente complexo.

- Esse canal de diálogo que se abre hoje com o CRE-MERJ é muito significativo, tendo em vista sua experiênciae o que recebe de informações oriundas dos colegas queestão na ponta. Nesse primeiro momento, precisamos ou-vir ao máximo para nos abastecermos de informações esugestões. Preciso contar com quadros técnicos que pos-sam contribuir para o planejamento da gestão da saúde amais produtiva possível – argumentou.

Hans Dohmann destacou, entre suas prioridades, a dedar uma nova dinâmica na questão da atenção primária.

- Hoje, há uma dificuldade muito grande do indivíduoidentificar quais são as portas de entrada do sistema. Equando consegue identificá-las, ainda tem que adivinharquais as que estão em boas condições de funcionamento.

Além disso, não há um suporte de gestão de fato que inter-ligue as diversas esferas de Governo – disse.

Ele disse ainda não estar convencido que se precisecriar mais 40 UPAs no município do Rio de Janeiro. Na suaopinião, a solução não passa, com certeza, pelas UPAs.

- Elas são uma das ferramentas que pretendemos utili-zar, eventualmente, com algumas adaptações, para avançarno Programa da Saúde da Família. Dados oficiais mostramque a cobertura do PSF atinge 7,6% da população, mas,quando se verifica as equipes que de fato estão operando,esse número baixa para 3,5%. É inviável organizar um siste-ma de saúde com uma cobertura tão baixa do PSF - afirmou.

O futuro Secretário considerou, como outra das priori-dades do seu governo, expandir o máximo possível o PSF.

- Em algumas regiões, em que as equipes do PSF sin-tam muita dificuldade de visitar as famílias, vamos estabe-lecer núcleos de apoio para atender aqueles que moramonde o médico não pode chegar - acrescentou.

Hans Dohmann lembrou também que, em algumas re-giões, será necessário recuperar unidades já existentespara que funcionem 24 horas por dia.

- Já estamos estudando quais unidades municipais têmperfil e condições para funcionar 24 horas sem que se pre-cise fazer novos investimentos. É fundamental que se con-siga perseguir uma entrada de pacientes eficiente, dese-nhando pontos estratégicos sob o ponto de vista epidemi-ológico e com o aproveitamento dos recursos disponíveis –disse.

A seu ver, a rede municipal hospitalar, que realiza pro-cedimentos de média e alta complexidade, também deveestar voltada para dar suporte às ações realizadas na aten-ção primária e concatenada com as unidades da rede esta-dual e federal.

- Trata-se da regulação de leitos que deve ser discuti-da. É uma questão chave para a organização do sistema –reafirmou.

Quanto à dengue, o Secretário disse que, sob o pontode vista da prevenção, nada pode fazer, pois, janeiro, mêsem que vai assumir, é a época do aumento de casos e riscode epidemia. Ele vê como alternativa se preparar, imagi-nando que seja pior que no ano passado e procurar reduzira letalidade da melhor maneira possível.

O

A Diretoria eConselheiros doCREMERJ em reuniãocom o futuroSecretário de Saúdedo Município do Riode Janeiro, HansDohmann

1414141414 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

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PROGRAMA DE APROGRAMA DE APROGRAMA DE APROGRAMA DE APROGRAMA DE ATENDIMENTO DOMICILIARTENDIMENTO DOMICILIARTENDIMENTO DOMICILIARTENDIMENTO DOMICILIARTENDIMENTO DOMICILIARPPPPPacientes crônicos são tratados emacientes crônicos são tratados emacientes crônicos são tratados emacientes crônicos são tratados emacientes crônicos são tratados emcasa com maior qualidade de vidacasa com maior qualidade de vidacasa com maior qualidade de vidacasa com maior qualidade de vidacasa com maior qualidade de vida■ Em funcionamento há 11 anos, o

Programa de Atendimento Domiciliardo Hospital Municipal PaulinoWernek (PAD/HMPW) surgiu danecessidade de manter o pacienteem casa com qualidade de vida ecom continuidade do atendimentomédico, agora a nível domiciliar,evitando reinternações de pacientescrônicos, portadores de dificuldadesmotoras e de necessidades especiais.Com uma equipe multidisciplinar,formada por um médico, umfisioterapeuta, uma enfermeira, umapsicóloga e dois técnicos deenfermagem, o programa tem comometa acelerar a inserção dospacientes no ambiente familiar e nasociedade, além de dar suporte aosfamiliares e aos cuidadores.

– O objetivo maior desse programa é manter opaciente em casa, com qualidade de vida. Indireta-mente, acabamos por reduzir custos e desafogar osleitos do hospital – ressalta a ginecologista Guilher-mina Galvão Siqueira Gomes, Coordenadora do PADdo Hospital Municipal Paulino Wernek e membro doGrupo de Trabalho sobre Assistência Domiciliar.

A partir da integração do trabalho de todos osprofissionais da equipe, o PAD acompanha atualmen-te 214 pacientes, em diversos locais da Ilha do Gover-nador, sendo 71 deles em regime exclusivamente do-miciliar e 143 em ambulatórios semanais. Dessa ma-neira, o PAD aumenta a qualidade de vida do paciente,da família e do cuidador, além de reduzir o número dereinternações, o tempo de permanência em leito hos-pitalar e facilitar o retorno do paciente ao acompa-nhamento ambulatorial em menor tempo.

Em uma kombi da Secretaria Municipal de Saúde,a equipe médica visita os pacientes, diariamente, deacordo com a demanda de cada um deles.

– Anteriormente ao PAD, os pacientes, muitas ve-zes, retornavam num estado geral pior do que quandotiveram alta do hospital. Essa foi a melhor maneira demanter um acompanhamento freqüente e prevenir oagravamento do paciente crônico – afirmou João Ba-tista Siqueira Gomes, médico da equipe.

Em 1997, um paciente crônico internado no Hospi-tal Municipal Paulino Werneck custava cerca de R$

530, quase 35 vezes mais do que um em atendimentopelo PAD, que girava em torno dos R$15. Hoje, apósuma política de otimização de recursos, o custo de umpaciente no PAD caiu de R$ 15,12 para R$ 1,50.

Enfrentando regiões de difícil acesso e, até mes-mo, áreas perigosas, a equipe acredita que o trabalhocompensa.

- Além de auxiliar na questão prática, o PAD viabi-liza um maior contato com a família dos pacientes, oque é fundamental para a melhor inserção do mesmona sociedade. Com o apoio da psicóloga, os familiarese cuidadores aprendem a lidar melhor com o pacientee sua patologia e ajudam na melhora do seu quadrogeral – ressalta Guilhermina Siqueira Gomes.

Além de fornecer medicações da grade municipal,insumos para curativos e realização de exames labo-ratoriais, a equipe do PAD ainda se reúne com os fami-liares e os cuidadores, dando-lhes suporte psicológi-co, tirando dúvidas burocráticas e ensinando os me-lhores caminhos para que resolvam questões de cu-nho prático, como a entrada num processo de aposen-tadoria, por exemplo.

A clientela alvo do PAD consiste em pacientesresidentes na Ilha do Governador, que estivereminternados no Paulino Werneck e forem portadoresde patologias prevalentes, como acidente vascularcerebral, demências ou doenças invalidantes emgeral.

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Uma perspectiva completamente nova para pacientesafetados por uma enfermidade cujo diagnóstico, tratamentoe reabilitação não os obrigam a permanecer no hospital,porém necessitam de repouso em casa. Assim, se define aassistência domiciliar.

Uma série de vantagens pode ser atribuída à internaçãono domicílio. Entre outras conclusões, é possível assinalarque tal modalidade de atenção altera minimamente o modode vida do paciente; reduz os custos da atenção, tanto paraa família como para o Estado; diminui o risco de infecção;utiliza mais racionalmente os leitos e recursos hospitalares;e estimula uma relação médico-paciente mais humanizada.

Para o Presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicasda Cidade do Rio de Janeiro, ex-Presidente da Associação deEmpresas de Medicina Domiciliar e também membro do Gru-po de Trabalho sobre Assistência Domiciliar do CREMERJ,Josier Marques Villar, a assistência domiciliar é um sistemaalternativo ao sistema formal hospitalar.

- A tendência atual é cuidar as pessoas em casa, evitan-do as hospitalizações desnecessárias. A Organização Mundi-al de Saúde (OMS), em seu trabalho “Cuidados inovadoresnas doenças crônicas”, divulgado no final de 2002, aponta aassistência baseada no hospital como um grande mal doséculo XXI. E todos os esforços estão sendo feitos no mundointeiro para modificar esse perfil - observa.

Segundo ele, uma das formas é organizar estruturas decuidados focadas no domicílio, o chamado “home care”, queé o atendimento ao paciente em sua própria casa.

- Embora a nossa cultura coloque o hospital como portade entrada, o sistema de saúde tem que se organizar para

oferecer programas de monitoramento dos pacientes comdoenças crônicas. Em vez de atendê-los nos hospitais, o agen-te de saúde vai à casa dos pacientes - explica.

Josier Marques Villar lembra que, na parte de atençãoprimária, já existe o PSF, que, no entanto, precisa urgente-mente ser ampliado.

- Até mesmo a atenção secundária e a terciária pode,muitas vezes, ser feita em casa. Através de programas deinternação domiciliar e programas de cuidados domiciliares(curativos, sessões de quimioterapia etc.), o hospital vai àcasa do paciente, cuidando-o com mais eficácia e eficiência,desonerando o hospital e abrindo leitos – justifica.

Vários hospitais públicos, como o Paulino Werneck e oInstituto Nacional do Câncer (INCa) já mantêm programasde atendimento domiciliar.

- E setor privado já conta com 80 empresas de home careno Brasil, sejam de internação domiciliar, sejam de cuidadosdomiciliares na atenção primária e secundária - calcula.

Josier Marques Villar diz que, no passado, não haviacritérios para os programas de atenção domiciliar. Hoje, elesexistem, elaborados pela Associação de Empresas de Medi-cina Domiciliar, com indicadores técnicos que elegem o paci-ente para o programa.

- Algumas operadoras ainda apresentam alguma resistên-cia a essa nova modalidade, tendo em vista que o atendimentodomiciliar não está previsto na Lei 9656, nem foi incluído nonovo Rol de Procedimentos da ANS. Esse assunto tem sido leva-do ao Comitê de Qualificação dos Prestadores de Serviços, cri-ado pela Gerência de Prestadores de Serviço da ANS para discu-tir a assistência domiciliar – acrescenta o Presidente da FEHERJ.

AmbulatórioAmbulatórioAmbulatórioAmbulatórioAmbulatóriocom hora marcadacom hora marcadacom hora marcadacom hora marcadacom hora marcada

Dando continuidade ao projeto, o Ambulatório deFollow-up ou do Idoso Frágil absorve os pacientes que,apesar de readquirirem autonomia relativa, ainda ne-cessitam de consultas especiais. Por meio de consul-tas com hora marcada, os profissionais avaliam o es-tado geral do paciente e fazem o acompanhamentomédico que inclui exames complementares, como ele-trocardiogramas e raio-X.

Além disso, o ambulatório funciona como estraté-gia alternativa para aqueles pacientes que, mesmocom indicação de atendimento domiciliar, apresentamcondições que impossibilitam o atendimento, seja porresidirem em área de alto risco por violência urbanaou de difícil acesso para o veículo do programa.

O PAD funciona bem e, por isso, já conta com umafila de espera de mais de 25 pessoas. Como os pacien-tes atendidos pelo PAD são crônicos e não contam comuma perspectiva de alta em pouco tempo, fica difícilfazer essa fila andar. Esse, segundo a coordenadorado progama, é o maior problema para a ampliação daatuação. Mesmo atendendo mais pacientes do queseria possível, a equipe do PAD não consegue dar va-são ao atendimento.

– Nós não podemos ser irresponsáveis e aceitarmais pacientes do que a real capacidade de atender.Por isso, temos mais de 25 pessoas com doenças crô-nicas na fila de espera e, na maior parte das vezes,não lhes resta muito tempo para esperar – lamentaGuilhermina Siqueira Gomes.

“Não é razoável que se vislumbre a possibilida-de de, a seu critério, uma operadora de plano desaúde suspender internação domiciliar. Portanto,uma vez disponibilizada tal modalidade de assis-tência ao usuário, compete ao médico responsávelpela internação, e somente a ele, o prazo de dura-ção desta”. Assim se posicionou o CREMERJ, atra-vés do Parecer nº 187/2006.

Em seu parecer, o CREMERJ cita a Resolução n. 1.668/03 do Conselho Federal de Medicina, quanto à atua-ção dos membros integrantes da equipe multiprofis-sional de assistência domiciliar, que deixa claro “queé do médico a prerrogativa de eleição do paciente aser contemplado por esse sistema. Do mesmo modo,a interrupção e alta são decisões exclusivamente mé-dicas, baseadas nas condições clínicas do paciente”.

O Parecer ressalta ainda que a suspensão do aten-dimento pela operadora fere a autonomia profissi-onal do médico e contraria o artigo 8º do Códigode Ética Médica, que diz: “O médico não pode, emqualquer circunstância ou sob qualquer pretexto,renunciar à sua liberdade profissional, devendo evi-tar que quaisquer restrições ou imposições possamprejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.”

Operadora não pode suspender atendimento domiciliarOperadora não pode suspender atendimento domiciliarOperadora não pode suspender atendimento domiciliarOperadora não pode suspender atendimento domiciliarOperadora não pode suspender atendimento domiciliar

Guilhermina Galvão SiqueiraGomes, ginecologista,Coordenadora do PAD doHospital Municipal PaulinoWerneck e membro do Grupode Trabalho sobre AssistênciaDomiciliar do CREMERJ.

Uma nova perspectiva de atenção à saúdeUma nova perspectiva de atenção à saúdeUma nova perspectiva de atenção à saúdeUma nova perspectiva de atenção à saúdeUma nova perspectiva de atenção à saúde

Equipe do Paulino Wernek em frente a residência de uma dos pacientes atendidos pelo Programa

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urante três dias, a Fundação Ge-túlio Vargas abriu espaço para discus-sões em torno de temas da área médi-ca. O V Seminário Nacional “Saúde,

Previdência e Assistência Social”, no entanto, tam-bém incluiu os aspectos administrativos e econômi-cos relacionadas à gestão desses temas. O encontroaconteceu entre os dias 12 e 14 de novembro, e con-tou com a palestra do Conselheiro Paulo Cesar Geral-des, entre outros especialistas, enfocando o futuro damedicina.

O Conselheiro abordou questões que vêm preo-cupando os médicos há tempos e que podem acabartransformando a medicina de qualidade num serviçosomente disponível às classes mais abastadas.

Ele observou que a permissão para que profissio-nais não médicos realizem atividades médicas – comoos partos feitos por enfermeiros, por exemplo –, é umdesses mecanismos que interferem na qualidade dosserviços prestados. Outro problema, segundo ele, é aredução de leitos psiquiátricos, que deixa a popula-ção sem assistência, e a baixa remuneração oferecidapelo SUS, o que desestimula a rede conveniada a ofe-recer procedimentos importantes, como os eletrocho-ques – utilizados em casos de depressões graves, emespecial as que ocorrem após o parto.

- Antigamente os Presidentes, como JuscelinoKubitschek, Eurico Gaspar Dutra e Getúlio Vargas,eram atendidos no Hospital dos Servidores do Esta-do (HSE). Hoje, os funcionários públicos têm planosde saúde. Isso demonstra a desqualificação que vemocorrendo no serviço – opinou.

Paulo Cesar Geraldes também explicou aos parti-

cipantes os motivos pelos quais a institucionalizaçãode um exame de ordem, nos moldes do que ocorre naárea de direito, não oferece boas perspectivas paraos médicos. Ele lembrou que o Brasil é o país quedetém o maior número de faculdades de medicina, nomundo, com 175 cursos. Em 2008, há 17.201 alunoscursando o primeiro ano das faculdades médicas. Con-siderando-se que todos eles chegassem ao fim docurso de Medicina teríamos 17.201 novos médicos. Oexame de ordem do Direito aprova cerca de 30% dosbacharéis, isto é, cerca de 50.000 novos advogados acada ano. Portanto o exame de ordem não regulou omercado, não evitou o aparecimento de novos cursosde Direito e ainda trouxe o advento da praga doscursinhos preparatórios para o exame – avaliou.

Outra questão importante é que os bacharéisem Direito e que não passam no exame de ordem e,portanto não são advogados podem exercer outras

SEMINÁRIO NASEMINÁRIO NASEMINÁRIO NASEMINÁRIO NASEMINÁRIO NACIONALCIONALCIONALCIONALCIONALFuturo da medicina preocupa os médicos

Dfunções na própria área do judiciário, como juízes oudelegados de polícia, por exemplo. Mas, os médicosque não têm registro vão fazer o que dentro da áreada saúde? Eles não podem ser outra coisa na áreamédica, a não ser falsos médicos, advertiu o Conse-lheiro Geraldes.

Ainda analisando o ensino médico, ele tambémnão aprova a chamada “graduação interdisciplinar”,que permite ao aluno montar sua grade com discipli-nas de acordo com suas conveniências. Paulo CesarGeraldes sustenta a idéia de que alunos que assistemaulas em turmas diferentes acabam não se conhecen-do direito, o que descaracteriza as turmas e enfraque-ce as reivindicações dos acadêmicos de Medicina, nosmoldes do que ocorreu na ditadura militar, quando dacriação do critério dos créditos de disciplinas substi-tuindo a sistema de anualidade dos cursos.

Para encerrar sua participação, Geraldes abor-dou aspectos das fundações públicas de direito pri-vado. Geraldes elucidou como estão previstas ascontratações pelo regime da CLT, com salários dife-renciados por especialidades, e as implicações queisso pode gerar para a categoria. Ele defendeu que aprofissão seja estruturada como carreira de estado,na qual os médicos aprovados em concursos come-çariam suas atividades em unidades mais distantesdos grandes centros e, conforme o tempo de traba-lho, iriam ganhando a possibilidade de serem trans-feridos para áreas mais centrais. O salário, digno,seria o mesmo, independentemente da região dopaís em que atuassem. Os médicos peritos já conse-guiram isso e têm um salário único no Brasil inteiro.No Judiciário também é assim – exemplificou.

Antigamente os Presidentes,

como Juscelino Kubitschek,

Eurico Gaspar Dutra e Getúlio

Vargas, eram atendidos no

Hospital dos Servidores do

Estado (HSE). Hoje, os

funcionários públicos têm

planos de saúdeConselheiro Paulo Cesar Geraldes

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PRÊMIO VLPRÊMIO VLPRÊMIO VLPRÊMIO VLPRÊMIO VLADIMIR HERZOGADIMIR HERZOGADIMIR HERZOGADIMIR HERZOGADIMIR HERZOGRRRRReportagem é elogiada pelo CREMERJeportagem é elogiada pelo CREMERJeportagem é elogiada pelo CREMERJeportagem é elogiada pelo CREMERJeportagem é elogiada pelo CREMERJ

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Câmara Técnica de Psiquiatria do CRE-MERJ parabeniza o Sindicato dos Jor-nalistas de São Paulo por premiar, commenção honrosa no 30º Prêmio Vladi-

mir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, um dosmais importantes do país na área de jornalismo, areportagem “Sem hospícios, morrem mais doentesmentais”, publicada no jornal O GLOBO.

Para o Responsável pela Câmara Técnica, Con-selheiro Paulo Cesar Geraldes, a reportagem sobreo abandono dos doentes mentais no Brasil, da re-pórter Soraya Aggege, mostra a realidade da políti-ca antimanicomial, estabelecida em 2001. O movi-mento da Luta Antimanicomial (LAMA) preconizouo fechamento dos hospícios, jogando nas ruas umaenorme quantidade de doentes mentais, que vivemperdidos debaixo de viadutos.

- Trata-se de uma clara transgressão à Lei 10,216,que determina a Reforma da Assistência Psiquiátri-ca, que muda o eixo do hospital para o atendimentoambulatorial e social, mas nunca a extinção de lei-tos psquiátricos - observa.

Como diz a reportagem do GLOBO, “seis anosdepois, o país vive uma encruzilhada: fechou parte dosdesumanos manicômios, mas não criou atendimentosuficiente para doentes saídos dos hospitais. O Brasiltem 16,5 milhões de doentes mentais que precisam deinternações eventuais, além de tratamento ambulato-rial. E mais de 20 milhões de brasileiros têm doençasmentais mais leves e podem precisar de tratamento”.

A reportagem diz ainda que “de 2002 a 2007, ototal de leitos psiquiátricos caiu de 51.393 para

38.842. O governo se comprometeu a criar leitos emhospitais gerais e uma rede de atendimento comuni-tário, além de residências terapêuticas para pacien-tes. Mas, até hoje, só foram instalados 2.400 leitosem hospitais gerais — que, pelo projeto da reformapsiquiátrica, eram os únicos que deveriam continuarexistindo depois do fechamento dos manicômios. Nolugar dos 12.551 leitos fechados, foi montada umarede com 1.123 CAPS (Centro de Atenção Psicossoci-al), a maioria com serviço ambulatorial. O Relatóriode 2005 do Tribunal de Contas da União avalia que arede é restrita, com raros locais de internação”.

Paulo Cesar Geraldes lembra que, nos últimoscinco anos, portanto, o governo fechou 60% dosleitos psiquiátricos e tem reduzido em média R$ 2bilhões por ano das verbas para doentes mentais,oferecendo em troca programas superficiais, moni-torados por profissionais não médicos.

- É aquela mesma tônica de dar uma medicinapobre para os pobres – ressaltou o Conselheiro.

Segundo ele, o governo tem agido de modo ir-responsável no que chama de reforma psiquiátrica,quando . Foi implantada uma política perversa emrelação aos doentes mentais, reduzindo o númerode leitos psiquiátricos em hospitais públicos e re-munerando de modo vil os serviços prestados peloshospitais privados vinculados ao SUS, como se adoença mental não existisse mais.

- Outro problema é que há pouquíssimas emergên-cias psiquiátricas. Não seria necessária uma unidadeespecífica para atender pacientes psiquiátricos em ca-sos de emergência, mas que houvesse psiquiatras nasequipes de emergência dos hospitais – acrescentou.

Nos últimos cinco anos,

portanto, o governo fechou

60% dos leitos psiquiátricos

e tem reduzido em média

R$ 2 bilhões por ano das

verbas para doentes

mentais, oferecendo

em troca programas

superficiais, monitorados

por profissionais não

médicos.Conselheiro Paulo Cesar Geraldes

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Em todos os encontros, os Conselheiros reforça-ram que o CREMERJ é uma entidade voltada para omédico e que, além de registrar e fiscalizar a profis-são, investe constantemente na atualização do pro-fissional, através de cursos de educação médica con-tinuada e fóruns das mais diversas especialidades.

Explicando o destino da anuidade paga, o Presi-dente Luis Fernando falou sobre a existência do Por-tal CAPES e sobre outros benefícios que o Conselhooferece gratuitamente aos médicos, como os cursosoferecidos pelas Câmaras Técnicas do Conselho.

– É importante que o médico se mantenha atua-lizado. Por isso, o CREMERJ procura reverter o valordas anuidades em benefícios aos médicos. Além doscursos e fóruns, o Conselho disponibiliza em seu site

CRM MAIS RÁPIDOCRM MAIS RÁPIDOCRM MAIS RÁPIDOCRM MAIS RÁPIDOCRM MAIS RÁPIDOCREMERJ agiliza registro paraCREMERJ agiliza registro paraCREMERJ agiliza registro paraCREMERJ agiliza registro paraCREMERJ agiliza registro paranovos médicos do Rio de Janeironovos médicos do Rio de Janeironovos médicos do Rio de Janeironovos médicos do Rio de Janeironovos médicos do Rio de Janeiro

Presidente do CREMERJ, Luis Fernan-do Moraes, Diretores e Conselheirosse reuniram, durante o mês de no-vembro, com os formandos dos cur-

sos de medicina das Universidades Federal Flumi-nense (UFF), do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),Gama Filho (UGF), do Grande Rio (Unigranrio) e deNova Iguaçu (UNIG).

Nestas reuniões, além de recolher os documen-tos necessários para agilizar o registro no Conselho ea emissão do número do CRM, assim que os recém-formados apresentarem o diploma, os Conselheirosexplicaram aos futuros médicos o funcionamento daentidade, suas atribuições, os serviços que presta,além de darem orientações sobre condutas éticas.

o acesso a 135 periódicos científicos do Portal CA-PES, entre outros serviços – lembrou Luis FernandoMoraes.

A campanha “O médico vale muito” que o CRE-MERJ vem desenvolvendo em prol da melhoria dascondições de trabalho na rede pública e de saláriosdignos para o médico também foi destaque em to-das as reuniões com os formandos.

- A continuidade do movimento médico dependedos jovens que estão se formando e que irão nossubstituir no futuro. A luta pela valorização da nossaprofissão não pode acabar nunca – afirmou a Conse-lheira Márcia Rosa de Araújo, Coordenadora da Co-missão de Recém-Formados do CREMERJ.

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Formandos de medicina daUniversidade FederalFluminense colaram grau emsolenidade realizada na reitoriada Universidade no dia 19 denovembro. A formanda ClaraCapella Kexfe representou aturma perante o Reitor dauniversidade, Roberto de SouzaSalles, ao lado de seu pai, oConselheiro Abdu Kexfe,representante do CREMERJ nacerimônia.

Destaque para aDestaque para aDestaque para aDestaque para aDestaque para arelação médicorelação médicorelação médicorelação médicorelação médico-paciente-paciente-paciente-paciente-paciente

Em todas as reuniões com os formandos, os Conselheiros ressaltaram a importân-cia da relação médico-paciente, indispensável não só para o paciente se sentir maisseguro, como também para evitar eventuais denúncias.

Clara Capella Kexfe, formanda da UFF, concordou com a importância dada àrelação médico-paciente.

– É importante saber os detalhes no trato do paciente que fazem a diferença epodem evitar problemas futuros, além de nos ajudar a nos defender em casos maiscomplicados – disse a futura médica, que pretende fazer residência em ginecologia eobstetrícia.

Ela disse ainda que agora está mais segura com todas as informações dadas pelos Conselheiros napalestra aos formandos.

Rafael Alvim Lobo, futuro residente de ortopedia, ficou surpreso com a abrangência da atuação do CREMERJ.– A imagem que eu tinha do Conselho mudou. Percebemos que o órgão é muito mais acessível do que

parecia. Agora me sinto mais confortável para procurar ajuda e comparecer aos cursos – afirmou Rafael,também da UFF.

Satisfeitos em relação ao CREMERJ, os ainda estu-dantes da Universidade Gama Filho se mostraram em-polgados com a nova etapa.

– Os esclarecimentos dos Conselheiros são ótimos.Eles mostraram diversas ações do Conselho que não sãomuito conhecidas. Quando nos formamos, ficamos receo-sos em relação à nova etapa e é bom saber que o Conse-lho nos dará apoio. Isso faz com que nos sintamos maisacolhidos – afirmou Mariana Leonardi Monteiro, que faráresidência em Ginecologia e Obstetrícia.

Já Pedro Paulo Baima de Castro ressaltou a nova ima-gem que teve do Conselho.

- Antes, eu via o CREMERJ apenas como um órgãofiscalizador, mas, depois da palestra, conheci mais a atua-ção do Conselho e sinto-me satisfeito. Vi que, além dopapel regulador, o CREMERJ também se preocupa bastan-te com a educação continuada do médico e com a valoriza-ção do profissional. Essa reunião foi muito boa para saber-mos que podemos contar com o apoio da nossa entidadepara enfrentar os possíveis problemas do dia-a-dia do tra-balho – disse Pedro Paulo, futuro residente de ortopedia.

Satisfação com o ConselhoSatisfação com o ConselhoSatisfação com o ConselhoSatisfação com o ConselhoSatisfação com o Conselho Pedro PauloBaima de Castro

Conselheiro AbduKexfe e sua filha

Clara Capella Kexfe,formanda da UFF

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SYung Fonseca Castro, formando da Unigranrio, já

fez a prova para residência médica do Estado em clíni-ca médica, que é pré-requisito para a residência degeriatria, a especialidade em que ele deseja trabalhar.

- Adorei a palestra. Tirei várias dúvidas que servi-ram para desmistificar aquele medo que eu tinha doConselho. Os médicos que não têm esse contato, comoo que nós estamos tendo aqui, vêem o CREMERJ deforma deturpada. Vimos hoje que é uma entidade aco-lhedora, parceira dos médicos e elucidadora das dúvi-das do dia-dia. Além disso, promove aulas nos finaisde semana. Na medicina, a gente tem sempre queestar estudando, principalmente agora, com a veloci-dade das informações – observou.

“Muito proveitosa” foi como Gisele Ramos San-til, que também fez prova para residência, só queem cirurgia geral, se expressou ao término da pales-tra dos Conselheiros aos formandos. Também daUnigranrio, ela acha que o Conselho pode ajudarmuito os recém-formados.

- O Presidente do CREMERJ foi muito simpáticoe solícito, passando informações que não conhecía-mos. É um Conselho que está disposto a nos ajudarno que for possível. Pode até fazer críticas às açõesnegativas, um puxar de orelhas, mas vemos quepodemos contar com o Conselho. Os cursos de atua-lização são uma boa idéia. O médico precisa dissopara estar sempre se atualizando e não ficar ultra-passado. Estamos lidando com a vida das pessoas, oque é muito importante – acrescentou.

Elogios à promoção de cursos de atualizaçãoElogios à promoção de cursos de atualizaçãoElogios à promoção de cursos de atualizaçãoElogios à promoção de cursos de atualizaçãoElogios à promoção de cursos de atualização

Yung Fonseca Castro Gisele Ramos Santil

Segurança paraSegurança paraSegurança paraSegurança paraSegurança paraatuar na profissãoatuar na profissãoatuar na profissãoatuar na profissãoatuar na profissão

A proximidade com os médicos, a que os Con-selheiros se referiram nas reuniões com os forman-dos, agradou bastante aos estudantes da UNIG.

Jefferson Antunes Gomes, futuro residente deotorrinolaringologia, mostrou-se muito satisfeitocom essa proximidade do Conselho.

- Eu não conhecia a atuação do Conselho e, de-pois dessa apresentação dos Conselheiros, fico maisseguro para atuar na profissão, sabendo que tereiuma assessoria e um apoio constante – afirmou.

Tatiana Rabello Panaino, que prestará prova pararesidência em ginecologia e obstetrícia, disse quenunca teve contato com o CREMERJ e gostou de sa-ber que tem um órgão tão próximo e amigo do médi-co. Toda burocracia foi bem explicada. Saber que tere-mos acesso à divulgação de cursos e eventos nosdeixa bem confortável em relação à instituição. Jefferson Antunes Gomes Tatiana Rabello Panaino

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Uma entidade acolhedoraUma entidade acolhedoraUma entidade acolhedoraUma entidade acolhedoraUma entidade acolhedoraUma entidade acolhedora foi

como Leandro José Xavier da Silva,que já está prestando provas pararesidência em anestesiologia, defi-niu o Conselho.

- As informações que nos foramdadas pelos Conselheiros são muitoimportantes. São orientações que fre-qüentemente não encontramos nomeio acadêmico. Depois dessa pales-tra, passamos a nos sentir mais médi-cos diante da própria família – obser-vou Lerandro, formando da UERJ.

Tatiana Araújo Manoel, tambémda UERJ, escolheu para residênciacirurgia geral. Ela lembrou que a medicina envolve uma responsabilidade muito grande.

- É normal que estejamos muito ansiosos, preocupados e até mesmo inseguros. Sabemos que temos capacidade e queestamos no caminho certo, mas que ainda é desconhecido para nós. Agora, depois deste contato com o Conselho, me sintomais segura, mais acolhida. Acho que isso vai me dar força para estar dentro da profissão. Senti o Conselho como umabase, como se fosse uma família mesmo, onde eu sei que vou ter apoio, onde vou poder vir a hora que precisar tirarminhas dúvidas. Eu tinha uma noção vaga do Conselho. Já tinha vindo na biblioteca fazer pesquisa, mas não sabia queoferecia aos médicos tantos benefícios. Estou confiante - completou.

As informações que nos foram dadas

pelos Conselheiros são muito importantes.Leandro José Xavier da Silva“

Tatiana Araújo Manoel

■ Três dos dez finalistas do 5º Prêmio de Residência Médica do CREMERJ,

entregue no último dia 14 de agosto, apresentaram seus trabalhos na

Clínica Pronto Baby, no dia 21 de outubro, numa cerimônia que contou

com a presença do Presidente do CREMERJ, Luis Fernando Moraes, e dos

Conselheiros Sidnei Ferreira e Matilde Antunes Costa e Silva.

O interesse do Coordenador do Centro de Estudos da Pronto Baby, José Dias Rego, em apresentar ostrabalhos dos residentes era levar mais informações sobre pediatria aos profissionais de saúde da clínica.

- Uma de nossas residentes, Flávia Bernardes de Carvalho, ficou entre os dez finalistas e, durantea cerimônia da apresentação dos trabalhos no CREMERJ, me chamou atenção que três trabalhosabordavam temas de pediatria. Como temos atividades de atualização profissional na clínica, acheique seria interessante ouvir esses jovens médicos e suas dissertações – contou.

O convite foi feito durante a solenidade de premiação e a apresentação agendada para outubro,como parte das comemorações pelo “Dia do Médico”. Independentemente da classificação que teri-am, Angela Márcia Cabral Mendonça (R3 de pneumonia pediátrica do Hospital Municipal Jesus evencedora do concurso), Flávia Bernardes de Carvalho (R1 do Pronto Baby), e Anamaria Szrajbman Vazda Silva (do IPPMG) concordaram em expor seus trabalhos.

PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICAPRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICAPRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICAPRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICAPRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICAClínica reapresenta trabalhos de finalistasClínica reapresenta trabalhos de finalistasClínica reapresenta trabalhos de finalistasClínica reapresenta trabalhos de finalistasClínica reapresenta trabalhos de finalistas

Um centro de reuniões e treinamentosUm centro de reuniões e treinamentosUm centro de reuniões e treinamentosUm centro de reuniões e treinamentosUm centro de reuniões e treinamentosO Centro de Estudos José Dias Rego promove reuniões e treina-

mento para os médicos e demais profissionais de saúde da clínica e,também, para a comunidade médica gratuitamente. No projeto “Sem-pre às Quintas”, os participantes têm a oportunidade de assistir pa-lestras durante o dia inteiro. Em geral, os freqüentadores são estu-dantes de medicina e residentes de diversos hospitais pediátricos.

As histórias do pediatra e do Centro de Estudos se confundem.Em meados da década de 70, quando estava recém-formado, elefundou o primeiro embrião do atual centro de estudos na clínica. Háquase sete anos, quando os novos proprietários da clínica tiveramconhecimento desse episódio, resolveram homenageá-lo, dando seunome ao local e, em janeiro de 2008, ele foi convidado para coorde-nar as atividades do Centro. Sua primeira iniciativa foi a criação daComissão de Ética do hospital, que tomou posse no CREMERJ, noúltimo dia 08 de janeiro.

Fizemos o primeiro concurso para residência médica na redeprivada, com certificação do Conselho Nacional de ResidênciaMédica. Já estamos com processo seletivo para 2009 e com a novi-dade de que teremos também o primeiro concurso para Acadêmi-co Bolsista remunerado – ressaltou José Dias Rego.

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CREMERJ está inovando mais uma vez.Desde o final de novembro, está dis-ponibilizando, para os médicos do Es-tado, um serviço que pode contribuir

para o marketing pessoal a custo zero. Na “Áreado Médico”, no site www.cremerj.org.br, já é pos-sível criar uma página personalizada com a facili-dade e a credibilidade do Conselho.

- Ao fazer sua página, o médico poderá ser “encon-trado” pelos sites de busca, o que é uma publicidadegratuita, e muito interessante, em especial para aque-les que não têm convênio algum e, por isso, não são“vistos” nos catálogos das operadoras dos planos desaúde. É mais um serviço gratuito que o CREMERJ ofe-rece aos médicos. Através de sua página pessoal, osmédicos poderão se expressar para a categoria, tantoprofissionalmente ou cientificamente, como socialmen-te. Será como uma vitrine, quase um clube virtual, paraagregar ainda mais a nossa classe - ressalta o Presi-dente do Conselho, Luis Fernando Moraes.

Para construir a página, o médico não precisa terprofundos conhecimentos de informática. Segundoo Gerente de Tecnologia de Informação do CREMERJ,Carlos Gentile, o processo é muito rápido e simples.O médico só precisa preencher alguns campos pré-determinados pelo programa, como se estivesse res-pondendo a uma pesquisa. São informações básicas,como a especialidade, a formação e os meios decontato. Ele só abastecerá os campos que desejardivulgar sobre si. Há também a possibilidade de in-serir uma foto pessoal e outra do consultório.

- O médico não leva mais do que cinco minutos para

SERVIÇOSSERVIÇOSSERVIÇOSSERVIÇOSSERVIÇOSPPPPPortal oferece gratuitamente aosortal oferece gratuitamente aosortal oferece gratuitamente aosortal oferece gratuitamente aosortal oferece gratuitamente aosmédicos uma médicos uma médicos uma médicos uma médicos uma página pessoalpágina pessoalpágina pessoalpágina pessoalpágina pessoal

www.cremerj.org.br

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isso. Ele ainda poderá alterar seus dados a qualquermomento. O conteúdo é de sua inteira responsabilidade,mas terá que seguir as normas da ética médica e doManual de Publicidade e Assuntos Médicos, que tam-bém estão disponíveis no site – explica.

As vantagens de ter uma página dentro do site doConselho são várias, mas nem sempre fáceis de seremmensuradas. A construção de um site particular envolvea contratação de web designers, a criação de um domí-nio (por exemplo, “nomedomédico.com.br”), a hospe-dagem em servidor confiável e recursos de segurançacontra hackers, pelo menos. E o orçamento costuma va-riar bastante no mercado, de acordo com a qualidade dosprodutos. Através do CREMERJ, o médico tem tudo isso,em banda larga, com a chancela do Conselho, sem ne-nhum gasto e sem a preocupação de checar a qualidadedos programas e da manutenção no ar.

O Conselho tem uma equipe especializada nãosó na criação e manutenção de recursos de informá-tica para facilitar a vida do médico, mas também emmonitorar aleatoriamente qualquer tentativa de in-vasão cibernética, além dos programas que já fazemisso automaticamente e que tornam toda a rede doCREMERJ, inclusive a Internet, um ambiente seguro.

O médico que montar sua página terá como domínio oendereço “nome do médico.cremerj.org/crm do médico “.

- A criação da página é resultado de uma en-quete publicada no site do CREMERJ. Ao longode um mês, três mil médicos manifestaram von-tade de ter uma página particular. Estamos sem-pre buscando a possibilidade de oferecer maisalgum benefício para o médico. No futuro, sehouver demanda, poderemos oferecer outras ino-vações – promete Gentile.

2323232323Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

■ O otimismo foi a tônica da festa de

fim de ano, promovida pela

Associação Médica da Zona Oeste

(AMZO), no dia 28 de novembro, no

sítio Rei do Gado, em Campo Grande.

Grandes arranjos de rosas vermelhas

sobre as mesas e delicados

bougainvilles, também vermelhos,

pontilhados no salão, simbolizavam

a paixão pela medicina.Além de cerca de 350 convidados, participaram

da festa o Presidente do CREMERJ, Luis FernandoMoraes e os Conselheiros Pablo Vazquez Queimade-los, Márcia Rosa de Araujo, Sidnei Ferreira, SergioAlbieri e Armindo Fernando Gomes Correia da Costaparticiparam da festa.

Os convidados eram recebidos à porta com más-caras brilhantes e requintadas. Segundo a Presidenteda Associação, Ana Maria Correia Cabral, a regiãotem muito a comemorar.

- Estamos resgatando a qualidade de serviços naregião com os hospitais Nossa Senhora do Carmo,Joari e São Miguel. Nossos principais objetivos para opróximo ano são continuar com as palestras mensaisde março a novembro, lançar a primeira revista médi-ca da Zona Oeste e fazer uma campanha para aumen-

tar o número de sócios da ANZO – resumiu.A descontração e a alegria também foram desta-

que no estúdio para fotos divertidas e nas caricaturasdo desenhista Carlinhos de Bangus. Além do já tradi-cional sorteio de brindes, que incluiu, entre outros,aparelhos de DVDs e uma televisão com tela de LCDcom 32 polegadas, os convidados puderam assistir àqueima de fogos, com direito a confetes e serpenti-nas, ao som da Orquestra de Sérgio Norberto.

De acordo com os médicos presentes à festa,apesar das dificuldades, a Zona Oeste tem registra-do crescimento e melhorias nos serviços prestados àpopulação. Para isto, a atualização constante de te-mas relevantes tem sido fundamental. Ana Maria

EVEN

TO

S ASSOCIAÇÃO MÉDICA DASSOCIAÇÃO MÉDICA DASSOCIAÇÃO MÉDICA DASSOCIAÇÃO MÉDICA DASSOCIAÇÃO MÉDICA DA ZONA OESTEA ZONA OESTEA ZONA OESTEA ZONA OESTEA ZONA OESTEOtimismo marca festa de fim de anoOtimismo marca festa de fim de anoOtimismo marca festa de fim de anoOtimismo marca festa de fim de anoOtimismo marca festa de fim de ano

Cabral destacou que o 10º Encontro Médico Científi-co da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (SO-PERJ), que vai acontecer em agosto, na Vila Militar,será uma importante contribuição.

A festa reuniu médicos de várias regiões, com-provando a integração e o companheirismo. Um de-les era a ginecologista Vânia Souza Lima Fidalgo,que atua em Madureira, e que foi acompanhada daneta Sophia Mariah, de um ano e meio.

- Temos muito o que comemorar em 2008, a co-meçar pela reeleição da Causa Médica, que é umgrupo em que as pessoas fazem acontecer. A relaçãocom os convênios, por exemplo, melhorou muito.Temos que manter sempre esse grupo – enalteceu.

SECCIONAL MASECCIONAL MASECCIONAL MASECCIONAL MASECCIONAL MACAÉCAÉCAÉCAÉCAÉOs Conselheiros Luis Fernando Moraes, Abdu Kexfe e

Alkamir Issa estiveram presentes ao jantar de

confraternização promovido pela Seccional do

CREMERJ em Macaé. Na foto, Fábio Nasser Monerat,

Emilson Ferreira Lorca, ?????????, Conselheiro Luis

Fernando Moraes e ???????.

2424242424 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

eforçar a importância das Comissões deControle de Infecção Hospitalar, debateralguns casos de micobacteriose que ain-

da têm ocorrido e verificar as melhores formas deprevenção foram o objetivo do Grupo de Trabalhosobre a Micobacteriose do CREMERJ ao promover,no dia 11 de novembro, um Fórum sobre o assunto.

Participaram do Fórum a professora de Doen-ças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Ci-ências Médicas da UERJ, Andréa D´Avila Freitas; oprofessor de microbiologia da UFRJ, Rafael Duarte,e a infectologista do Instituto Nacional de Cardio-logia, Marisa Santos, como palestrantes; e os mé-dicos Maria Cristina Araújo Maia, Paulo RobertoFalcão Leal e José Luiz de Souza Varela, como ex-positores de casos clínicos, alem da Coordenadorado Grupo de Micobacteriose do CREMERJ, Conse-lheira Marília de Abreu Silva; o Presidente da Soci-edade Brasileira de Endoscopia Digestiva - Regio-nal RJ, José Narciso Carvalho Neto,e muitos médi-cos.

Andréa D´Avila Freitas, abordou a ação das Co-missões de Controle de Infecção Hospitalar na pre-venção de infecções e nos procedimentos videoas-sistidos, especificamente na questão da micobacte-riose: através do contato com médicos que traba-lham em clínicas privadas e hospitais públicos; “re-call” dos pacientes que fizeram cirurgias por vide-oscopia; promover vigilância microbiológica, identi-ficando nos laboratórios casos constatados de mico-

bacteriose; e elaborar relatórios com resultados dasvisitas técnicas.

Ela considerou ainda importante que as Comis-sões de Controle de Infecção Hospitalar adotem me-didas de prevenção junto com as centrais de esteri-lização; elaborem rotinas de esterilização e de de-sinfecção de seus artigos; avaliem quais podem serdesinfetados, quais os materiais que podem ser re-processados e se têm condições de serem limpos ounão antes de submetidos à esterilização.

- As Comissões devem também promover deba-tes com o corpo clínico, discutir as alternativas, alémde promover treinamentos de condutas que devemser feitas e a questão de fazer a vigilância pós-altados doentes que foram posteriormente submetidos

FÓR

UM

CR

EMER

J MICOBAMICOBAMICOBAMICOBAMICOBACTERIOSECTERIOSECTERIOSECTERIOSECTERIOSEPPPPPrevenção e controle da infecçãorevenção e controle da infecçãorevenção e controle da infecçãorevenção e controle da infecçãorevenção e controle da infecçãoR à videocirurgia. Devem avaliar criticamente a incor-

poração de novos produtos no mercado e se devemou não serem usados.

Segundo Rafael Duarte, o surto de micobacteri-ose que ocorreu, em 2007, no Rio de Janeiro emvideolaparoscopias é relacionado a uma espécienova, com presença de um único clone em todo oBrasil.

- Todas são clones, isto é, geneticamente iguais,como se fossem gêmeas. Em todos os casos do Riode Janeiro, as cepas são exatamente iguais, mos-trando que existe uma disseminação por fonte únicaou por fontes comuns. O que estamos ainda investi-gando é que haja possivelmente uma tolerância exa-cerbada ao glutoeraldeído, por um período longo,possivelmente até 10 horas de exposição - explicou.

Rafael Duarte observou que, durante muito tem-po, o gluteraldeído era utilizado na videolaparos-copia sem problemas. Na sua opinião, ou houveuma mutação da própria bactéria em que algunsclones adquiriram essa resistência ao gluteraldeí-do ou surgiram alguns novos clones com um poten-cial maior de resistência.

Depois de fazer um histórico dos surtos de mi-cobacteriose desde 2003, Marisa Silva Santos abor-dou os métodos de prevenção, lembrando que nãohá como validar o processo de qualquer tipo dedesinfecção manual, principalmentede materiais ci-rúrgicos. A seu ver, a solução é a utilização de pro-cessos automatizados.

Andréa D´Avila Freitas, Marisa Santos, Conselheira Marília de Abreu Silva, José Luiz de Souza Varela e Rafael Duarte

Todas são clones, isto é,

geneticamente iguais, como

se fossem gêmeas. Em todos os

casos do Rio de Janeiro, as

cepas são exatamente iguais,

mostrando que existe uma

disseminação por fonte única

ou por fontes comuns.Rafael Duarte, professor de microbiologia da UFRJ

2525252525Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

O DIAO DIAO DIAO DIAO DIA-----AAAAA-DIA DO MÉDICO-DIA DO MÉDICO-DIA DO MÉDICO-DIA DO MÉDICO-DIA DO MÉDICOHonorários médicos e defesa profissionalHonorários médicos e defesa profissionalHonorários médicos e defesa profissionalHonorários médicos e defesa profissionalHonorários médicos e defesa profissionalA Câmara Técnica de Cirurgia Videolaparoscópi-

ca do CREMERJ promoveu, no dia 14 de no-vembro, o seu primeiro Fórum. Em vez de uma

vertente mais acadêmica, discutiu-se, no evento “Honorá-rios médicos e defesa profissional, os aspectos mais práti-cos do dia-a-dia do médico”, abordando, assim, entre ou-tros ítens, o modelo atual da saúde suplementar e os prin-cipais problemas e as possíveis soluções da adoção da TISS,além dos diversos aspectos do “erro médico”.

O Presidente do CREMERJ, Conselheiro Luis FernandoMoraes, ressaltou a importância da participação dos médi-cos em fóruns mais práticos, como o promovido pela Câma-ra Técnica de Cirurgia Videolaparoscópica.

O Coordenador da Câmara Técnica, Conselheiro Alka-mir Issa, disse que os debates foram organizados para co-brir todos os aspectos das questões propostas, abrindo es-paço para as três partes envolvidas: médicos, hospitais efontes pagadoras.

- Esse foi o grande diferencial do evento. Essa visãoampla é importante para todos os envolvidos. Devemosmobilizar as Câmaras Técnicas para esse tipo de discussão– afirmou.

Também participaram do evento os Conselheiros Ser-gio Albieri, Carlindo Machado e Silva, Armindo Fernando

PPPPPainel critica a “Indústria do erainel critica a “Indústria do erainel critica a “Indústria do erainel critica a “Indústria do erainel critica a “Indústria do erro médico”ro médico”ro médico”ro médico”ro médico”No painel “Indústria do erro médico”, presidido pelo

Conselheiro Sergio Albieri, o Assessor Jurídico do CRE-MERJ, Paulo Sérgio Martins, esclareceu como o profissio-nal deve conduzir uma situação de erro. Segundo ele, amelhor opção para o problema é a prevenção, investindono fortalecimento da relação médico/paciente e, princi-palmente, no compromisso com a vida.

- Ainda assim, caso o processo ocorra, há posturasimportantes por parte do profissional, como a atenção àdocumentação, a manutenção da relação médico/pacien-te e a contratação de um advogado com experiência emcasos médicos - recomendou.

Complementando, Paulo Henrique Bloise, Gerente Mé-dico do Hospital do Amparo, ressaltou as medidas pre-ventivas para evitar processos de responsabilidade civilpara a unidade hospitalar, entre as quais, uma comunica-ção transparente com o paciente e sua família.

Dando continuidade ao painel, foi a vez do ConselheiroArmindo Fernando Correia da Costa, também Presidente

da Associação Médica de Madureira e Adjacências (AMMA)abordar a repercussão da TISS no dia-a-dia dos médicos.Para o caso da TISS eletrônica, ele lembrou que ainda não éobrigatória graças à ação movida pelo CREMERJ.

Ele destacou que a implantação da TISS eletrônica vaigerar aumento dos custos administrativos e financeirospara os médicos, ao passo que esses mesmos custos se-rão reduzidos para as operadoras.

A segunda mesa-redonda, moderada pelo acadêmicoDelta Madureira Filho, da Academia Nacional de Medici-na, tratou do relacionamento de médicos, hospitais e fon-tes pagadoras.

Iniciando as discussões, Valéria Carvalho, da Unimed,analisou os problemas relativos à utilização de material des-cartável. Representando a Amil, por sua vez, Cristina Men-des mostrou como deve ser a relação entre a fonte pagadorae o médico prestador de serviço.

Ainda na mesma mesa-redonda, o Conselheiro CarlindoMachado e Silva relatou como o CREMERJ vem atuando

para auxiliar os médicos junto aos hospitais e às fontespagadoras. Ele lembrou que, nos últimos anos, os valoresdas consultas aumentaram de 65,34% a 87,26% nos planosindividuais e de 48% a 58% nos planos coletivos.

O Conselheiro destacou ainda a luta pela implanta-ção da CBHPM, observando que, enquanto ela não seefetiva, o movimento conseguiu a contratualização dereajustes anuais de consulta e de CH.

O consultor Adriano Mattheis Londres descreveu osmeios para os médicos e os hospitais melhorarem seushonorários e as suas condições de trabalho.

Correia da Costa e José Ramon Varela Blanco.Na mesa redonda sobre as possíveis melhorias do atu-

al modelo de saúde suplementar, Fernando Cordeiro, mem-bro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, apresentou a visãodo médico, lembrando que 24% da população brasileira écoberta pelos planos de saúde.

Na visão do hospital, Guilherme Xavier Jaccoud, daFederação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviçosde Saúde do Estado do Rio de Janeiro abordou a relaçãoentre prestadores e operadoras e listou problemas, mos-trando que, para uma boa relação, seria necessário propor-cionar ganhos para todas as partes, inclusive usuários.

Eduardo Assis, da Unimed Rio, ao dar a visão da fonte

pagadora, fez uma análise do setor de saúde suplementar eseus problemas, tais como, entre outros, o envelhecimentoda população, a abertura de capital por parte de algumasoperadoras, acirrando a concorrência e a complexidade daregulamentação pela ANS. Segundo ele, a solução passa pelacriação de serviços próprios, a adoção de medidas preventi-vas e o gerenciamento de pacientes crônicos.

Ao apresentar a visão do CREMERJ sobre o modeloatual de saúde suplementar, o Conselheiro Carlindo Ma-chado e Silva criticou as operadoras quanto às glosas inde-vidas, aos descredenciamentos de médicos sem motivo e àbaixa remuneração, observando que deveria haver livreescolha do médico pelo paciente e autonomia do médico.

Fernando Cordeiro, Guilherme Xavier Jaccoud, Conselheiro Alkami Issa, José Luiz de Souza Varela, Eduardo Assis e o Conselheiro Carlindo Machado e Silva

Paulo Henrique Bloise, Conselheiro Sergio Albieri e Paulo Sérgio Martins

2626262626 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

MEDICINA LEGALMEDICINA LEGALMEDICINA LEGALMEDICINA LEGALMEDICINA LEGALVII Seminário apresenta os avanços naVII Seminário apresenta os avanços naVII Seminário apresenta os avanços naVII Seminário apresenta os avanços naVII Seminário apresenta os avanços naespecialidade e discute outros temasespecialidade e discute outros temasespecialidade e discute outros temasespecialidade e discute outros temasespecialidade e discute outros temasM

As modificações no Código Penal, no início de 2008e que só entraram em vigor em agosto, foram o temada aula do professor Talvane de Moraes, tambémmembro da Câmara Técnica. Ele destacou a importân-cia da responsabilidade civil, penal e ética do perito,enfocando diretrizes para que os colegas possam seprecaver diante dos litígios.

O psiquiatra Miguel Chalub, também membro daCâmara Técnica, tratou do tema “Actio libera in cau-sa”, expressão latina que significa “ação livre na suacausa”. O objetivo de sua aula era orientar os médi-cos a respeito do modo como o perito pode concluir sea pessoa que cometeu um crime sabia ou não dasconseqüências que seu ato poderia ocasionar.

édicos de diversas especialidades e es-tudantes de medicina assistiram, combastante interesse, as oito palestrasprogramadas no VII Seminário da Câ-

mara Técnica de Medicina Legal, realizado no dia 8 denovembro. Ao final do encontro, os participantes doseminário debateram questões com base nos casosapresentados pelos peritos-legistas Reginaldo Frank-lin e Sérgio Simonsen.

A palestra do Conselheiro Responsável pela Câ-mara Técnica, Hildoberto Carneiro de Oliveira, relaci-onou-se às “Controvérsias na perícia de crimes sexu-ais. Perito há dez anos e ginecologista há 40, ele rela-tou as dificuldades para verificar a integridade hime-nal, a necessidade de examinar o corpo inteiro embusca de sinais exteriores ou indiretos de conjunçãocarnal e atentado violento ao pudor e as diferençasjurídicas entre estupro e atentado violento ao pudor.

O Diretor do Instituto Médico Legal Afrânio Pei-xoto, professor Jefferson José Oliveira da Silva, abor-dou o uso do álcool relacionado à condução de veí-culos, analisando a nova lei de trânsito.

- O álcool é a segunda droga psicoativa mais utili-zada pela humanidade em todos os tempos (a primeiraé a cafeína, que não proporciona os mesmos efeitos).Isoladamente, ele causa mais anos perdidos de vidaque qualquer outra substância. De 15% a 66% doscasos de homicídio têm o álcool como um componente.Nos países de Terceiro Mundo, o percentual é sempremaior. Nos casos de violência sexual, isso também acon-tece, variando de 13% a 56% de acordo com o país. NoBrasil, 52% dos casos de violência doméstica estãoligados ao consumo de álcool – destacou.

FÓR

UM

CR

EMER

J

PPPPPerícia Técnica em Miamierícia Técnica em Miamierícia Técnica em Miamierícia Técnica em Miamierícia Técnica em MiamiLuiz Carlos Prestes Júnior, Coordenador da Câ-

mara Técnica de Medicina Legal, mostrou como atuao órgão de perícia técnica em Miami. Ele disse que otreinamento e o ensino dos profissionais são ligadosà Universidade de Miami. Os legistas são especiali-zados em anatomia patológica, com três anos deresidência e mais dois de especialização em patolo-gia forense. Eles trabalham em regime integral e osalário inicial é de US$ 13 mil por mês.

Talvane de Moraes, Roger Vinicius Ancillotti, Luiz Carlos Prestes Júnior, Conselheiro Hildoberto Carneiro e Jefferson Oliveira da Silva

O Secretário Geral da Comissão de Ética ePesquisa do Instituto Médico Legal Afrânio Pei-xoto, Roger Vinicuis Ancillotti, mostrou a con-tribuição da virtópsia, na palestra “Avançosem imaginologia forense”. Segundo ele, essaautópsia virtual proporciona o exame de ca-dáveres sem que o legista precise abrir o cor-po. Para tanto, a tomografia computadoriza-da, a ressonância magnética nuclear e a radi-

ologia convencional são fundamentais.Virgínia Rosa Rodrigues Dias, membro da Câ-

mara Técnica do CREMERJ, abordou as lesõescausadas por projéteis de armas de alta energia,tanto em traficantes, como em vítimas de balasperdidas. Segundo ela, tais lesões normalmentesó são vistas em guerras e são mais devastado-ras do que aquelas conseqüentes de armas demenores calibres.

Avanços em imaginologia e lesões por armasAvanços em imaginologia e lesões por armasAvanços em imaginologia e lesões por armasAvanços em imaginologia e lesões por armasAvanços em imaginologia e lesões por armas

2727272727Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

■ A necessidade de os médicos se

atualizarem constantemente foi

ressaltada pela Vice-Presidente do

CREMERJ e Presidente da Associação de

Ginecologia e Obstetrícia do Rio de

Janeiro (SGORJ), Vera Fonseca, na

abertura do fórum “Mortalidade

materna”, promovido pela Câmara

Técnica de Ginecologia e Obstetrícia,

no dia 11 de novembro.

- A Câmara Técnica não tem só o objetivo

de avaliar prontuários e emitir pareceres e

avaliações sobre os assuntos de interesse

dos médicos, mas também refletir sobre

questões que nos chamam atenção nos

consultórios e na rede pública. Por isso, a

SGORJ apóia e participa dessas iniciativas

do Conselho. Todos os conhecimentos que

adquirimos se refletem no atendimento

que prestamos às nossas pacientes –

observou.

O encontro, coordenado por Anna Lydia Pinho do Ama-ral, classificou os temas abordados como sendo os princi-pais nos quadros que podem levar à mortalidade materna.

- Temos um grande público porque este tema é importan-tíssimo. Apesar de todos os avanços da medicina, nos últi-mos 50 anos, principalmente, com as transfusões de sangue,os antibióticos e os exames complementares, ainda temosum alto índice de mortalidade materna – destacou.

Amadeu Ramos da Silva Filho enfocou uma das ques-tões, na sua opinião, mais complexas: as hemorragias. Com

MORTMORTMORTMORTMORTALIDALIDALIDALIDALIDADE MAADE MAADE MAADE MAADE MATERNATERNATERNATERNATERNAMaternidades precisam ter banco deMaternidades precisam ter banco deMaternidades precisam ter banco deMaternidades precisam ter banco deMaternidades precisam ter banco desangue e CTI para reduzir índicessangue e CTI para reduzir índicessangue e CTI para reduzir índicessangue e CTI para reduzir índicessangue e CTI para reduzir índices

possibilidades limitadas de prevenção, o ideal, segundoele, é que as clínicas tenham infra-estrutura capaz de per-mitir o socorro adequado às pacientes que venham a apre-sentar hemorragias significativas.

- Nos países desenvolvidos temos seis mortes para cada100 mil partos, enquanto no Rio temos quase 70, sem contarcom a subnotificação. As mulheres que fazem um pré-natalbem feito afastam os riscos de problemas. É importante cha-mar a atenção dos jovens médicos para que eles não aceitemtrabalhar em lugares que não tenham um mínimo de seguran-

ça. É preciso que tenham banco de sangue e CTI – afirmou.Segundo Roberto Messod Benzecry, dos três proble-

mas discutidos no fórum (hemorragias, infecções e doen-ças hipertensivas), as infecções foram as que apresenta-ram maiores reduções nos índices de mortalidade materna.Ele disse que, na Inglaterra, por exemplo, em 1930, emcada 10 mil gestantes, 47 morriam. No mesmo país, em1955, esse índice caiu para 7 em 10 mil.

- Os grandes responsáveis por esta queda foram osantibióticos e o misopostrol – explicou.

Luiz Guilherme Pessoa da Silva ressaltou que aproxi-madamente 20% da mortalidade materna acontecem pordoenças hipertensivas e, na maioria das vezes, sem acom-panhamento pré-natal adequado. Ele alertou que 82% detais mortes poderiam ser evitadas de modo simples. LuizGuilherme também apresentou dados do governo esta-dual, que evidenciam os maiores números de casos naRegião Norte do Estado, seguida da Noroeste.

- O maior problema que temos hoje relaciona-se aoatendimento e ao cuidado intensivo das gestantes maiscarentes. Meu sonho era um hospital na Avenida Brasil,de um só andar, para tratamento terciário das mulheresque tiverem complicações. Assim, elas seriam salvas,porque 80% delas morrem nas primeiras 24 ou 48 horas

no hospital de origem. Elas não conseguem vagas paratransferência ou ambulância para levá-las ao hospitaladequado – asseverou.

A segunda parte do encontro privilegiou o debate eas discussões de casos. Dessa etapa também participa-ram Paulo César Gomes da Silva, que expôs a realidadeda rede pública de assistência e a conduta do médicoem relação às suas dificuldades, e o Conselheiro Ricar-do de Oliveira e Silva, que indicou como deter rapida-mente a quantidade de mortes maternas.

- Para reduzir a mortalidade materna à metade, ra-pidamente, tem que haver estrutura hospitalar com ca-pacitação para resolver os casos, mesmo que eles aindanão tenham sido detectados – recomendou.

Hipertensão é responsável por 20% das mortes de gestantesHipertensão é responsável por 20% das mortes de gestantesHipertensão é responsável por 20% das mortes de gestantesHipertensão é responsável por 20% das mortes de gestantesHipertensão é responsável por 20% das mortes de gestantes

Luis Guilherme Pessoa da Silva, Anna Lydia Pinho do Amaral, Conselheira Vera Fonseca, Amadeu Ramos da Silva Filho, Roberto Messod Benzecry, PauloCésar Gomes da Silva e Conselheiro Ricardo de Oliveira e Silva

2727272727Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

2828282828 Jornal do CREMERJ • NOVEMBRO 2008

■ Está em curso o processo de revisão

do Código de Ética Médica do

Conselho Federal e Regionais de

Medicina. Sugestões de

modificações, como, por exemplo,

propostas de criação de novos

capítulos e de inclusão, retirada e

alteração de artigos podem ser

enviadas até o dia 31 de dezembro.

Segundo o Coordenador da Comissão Estadualde Revisão do Código de Ética Médica, Conselheiroe Diretor do CREMERJ, Arnaldo Pineschi, no fecha-mento dessa edição do Jornal do Conselho, havia1.002 médicos cadastrados no site da revisão, com1.010 propostas a nível nacional, tendo o Rio deJaneiro já participado com 104 propostas, contem-plando todos os capítulos do Código de Ética Médi-ca, totalizando 28 inclusões, 23 retiradas, 51 altera-

ções e uma criação de novo capítulo.Para o Conselheiro, é de grande importância a

participação dos médicos nesse processo, pois é amaneira de se procurar adaptar o Código de ÉticaMédica às realidades e particularidades de cada re-gião, sem perder a abrangência nacional.

- Nas propostas do Rio de Janeiro, vê-se maiornúmero de sugestões nos capítulos de “Responsabi-lidade Profissional” (13 inclusões e nove alterações),de “Remuneração Profissional” (duas inclusões, seteretiradas e seis alterações) e de “Direitos do Médi-co” (uma inclusão, uma retirada e dez alterações) –C

ÓD

IGO

DE

ÉTIC

A REVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃOMédicos podem sugerir alteraçõesMédicos podem sugerir alteraçõesMédicos podem sugerir alteraçõesMédicos podem sugerir alteraçõesMédicos podem sugerir alterações

Conselheiro Arnaldo Pineschi

■ As propostas dos médicos e das entidadesde representação estadual serão submeti-das à apreciação das Comissões Estaduais,enquanto as propostas das entidades derepresentação nacional serão enviadas àComissão Nacional de Revisão do CEM.

diz Arnaldo Pineschi.Mesmo havendo sugestões em todo o Código, o

Conselheiro observa que o maior percentual de pro-postas no Estado corresponde aos principais anseiosdo médico fluminense, que passa por um período decrise referente, principalmente, a três vertentes daprática médica:

• Cobranças de responsabilidades em desacor-do com a prática profissional devido às condições detrabalho que lhe são oferecidas.

• Remuneração em desacordo com os custos ine-rentes à prática médica e ao valor intrínseco do pro-fissional médico.

• Ampliação e resgate dos direitos enquantomédico, aqui interessando aos aspectos anteriores ea todos os outros, procurando dignificar a profissãoe proporcionar maior proteção ao médico.