Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    APOSTILACONCURSO

    CARGO:

    TCNICO DE OPERAO JNIOR

    Portugus - Matemtica

    D ir eit os Reser vadosCENT ER7 - ELA BORA O DE APOSTI LA S

    M ateri al Ex clusivo.

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    INDCE

    PORTUGUS

    Compreenso, Interpretao e Reescritura de Textos................................................................ 03

    Tipologia Textual....................................................................................................................... 11Parfrase, Perfrase, Sntese e Resumo.......................................................................................14Significao Literal e Contextual de Vocbulos.........................................................................17Processos Coesivos de Referncia..............................................................................................20Coordenao e Subordinao......................................................................................................21Emprego, Estrutura, Formao e Representao de Palavras.................................................... 27Ortograf ia Oficial........................................................................................................................33Pontua o.................................................................................................................................. .41Concordncia..............................................................................................................................48Regncia... ................................................................................................................................. 60Crase ..........................................................................................................................................72Significao das palavras (Semntica).......................................................................................80

    Colocao pronominal................................................................................................................81

    MATEMTICA

    Conjuntos Numricos................................................................................................................79Sistema Legal de Medidas........................................................................................................ 92Razes e Propores..................................................................................................................96Equaes e Inequaes do 1 e de 2 Graus............................................................................121Sistemas Lineares.....................................................................................................................146Funes e Grficos.. .................................................................................................................113

    Noes de Estatstica... ........... ....... ..... ........ ........ ......... ........ ....... ........ ...... ........ ........ ...... .........154Progresses Aritmticas e Geomtricas................................................................................. ..157Matemtica Financeira.............................................................................................................171Princpios de Contagem e Probabilidade.................................................................................174Geometria Plana.......................................................................................................................179Geometria Espacial..................................................................................................................203lgebra e Trigonometria Bsicos.............................................................................................247

    ATENO:

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    Compreenso, Interpretao e Reescriturade Textos

    As questes de interpreta o de textos vm ganhandoespao nos conc ursos pblicos. Tambm a partir detextos que as questes normalmente cobram a aplicaodas regras gramaticais nos grandes conc ursos de hoje.Por isso, cada vez m ais importante observar oscomandos das questes. Norm almente o candidato

    convidado a: idenficar:Reconhecer elementos fundamentais apresentados notexto. comparar:Descobrir as relaes de semelhanas ou de diferenasentre situaes apresentadas no texto.

    comentar:Relacionar o contedo apresentado com uma realidade,opinando a respeito.

    resumir:Concentrar as idias centrais em um s pargrafo.

    parafrasear:

    Reescrever o texto com outras palavras. continuar:Dar continuidade ao texto apresentado, mantendo amesma linha temtica.

    Por isso, consideramos que so condies bsicaspara o ca ndidato interpretar textos: o conhecime ntohistrico (a includa a prtica da leitura), o conhecime ntogramatical e semntico (significado das palavras, aincludos homnim os, parnimos, sinnimos, denotao,conotao), e a capacidade de observao, de sntese ede raciocnio.

    Roteiro para interpretar textos:.

    1. Ler atentamentetodo o texto, procurando focalizarsua idia central.2. Interpretar aspalavras desconhecidasatravs docontexto.3. Reconhecer os argumentosque do sustentao idia central.4. Identificar asobjees idia central;5. Sublinhar os exemplosque forem empregadoscomo ilustrao da idia c entral.6. Antes de responder s questes, ler mais de uma

    vez todo o texto, fazendo o mesmo com o enunciado decada questo.7. Evite responder de cabea. Procure localizar aresposta no texto.8. Se preferir, faaanotaes margem ouesquematizeo texto.9. Se o comando pede aidia principal ou tema,normalmente deve situar-se no primeiro pargrafo(introduo) ou no ltimo (concluso).10. Se o comando buscaargumentao, develocalizar-se os pargrafos intermedirios(desenvolvimento).

    Erros comuns de interpretao:

    EXTRAPOLAO (viagem):

    Ocorre quando o candidato sai do contexto,acrescentando idias que no esto no texto,normalmente porque j conhecia o tema por uso de

    sua im aginao criativa. Portanto, proibido viajar.

    REDUO:

    o oposto da extrapolao. D-se ateno apenas a um ou outro aspecto,esquecendo-se de que o texto um conjunto deidias.

    CONTRADIO:

    comum as alternativas apresentarem idiascontrrias s do texto, fazendo o candidato chegar aconcluses equivocadas, de modo a errar a questo. Portanto, internalize as idias do autor e ponha-se no lugar dele. S contradiga o autor se isso for solicitado nocomando da questo. Exemplo: Indique a alternativaque apresenta idia contrria do texto.

    INTERPRETAO DE TEXTOS

    A Interpretao de Textos e os ModernosVestibulares

    Interpretar exige raciocnio, discernimento e

    compreenso do mundo.

    A interpret ao de textos de fundamentalimportncia para o vestibulando. Voc j se perguntoupor qu? H alguns anos, as provas de Portugus,nos principais vestibulares do pas, traziam uma frase, edela faz iam-se as questes. Eram enunciadossoltos, sem conexo, to ridculos que lembravammuito aquelas frases das antigas cartilhas: "Ivo viu auva". Os tempos so outros, e, dentro das modernastendncias do ensino de lnguas, fica cada vez maisclaro que o objetivo de ensinar as regras da gramticanormativa simplesmente o texto. Aprendem-se asregras do portugus culto, erudito, a fim de melhorar aqualidade do texto, seja oral, seja escrito.

    Nesse sentido, todas as questes so extradas detextos, escolhidos criteriosamente pelas bancas, em

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    funo da m ensagem/contedo, em funo da estruturagramatical. Ocorrem casos de provas contextualizadas,em que todos os textos abordam o mesmo assunto, ouseja, provas monotemticas - exemplo adotado pelaPUC/RS. Por sua vez, a Unisinos prefere o tema niconas 50 questes de humanas (Portugus, LnguaEstrangeira, G eografia e Histria ).

    Dessa maneira, fica clara a importncia do texto comoobjetivo ltimo do aprendizado de lngua.

    Quais so os textos escolhidos?

    Textos retirados de revistas e de jornais de circulaonacional tm a preferncia. Portanto, o romance, apoesia e o conto so quase que exclusividade dasprovas de Literatura (que tambm trabalhaminterpretao, por evidente). Assim, seria interessanteobservar as caractersticas fundamentaisdessesprodutos da imprensa.

    Os Artigos

    So os preferidos das bancas. Esses textos autoraistrazem ident if icado o autor. Essas opinies so deexpressa responsabi lidade de quem as escreveu -chamado aqui de articulista - e tratam de assunto darealidade objetiva, pautada pela imprensa. Vejamos umexemplo: um dado confli to eclode em algum ponto doplaneta (a todo o instante surge algum), e o professorDcio Fr eitas, historiador, abordar, em seu artigo emZH, os aspectos histr icos do embate. Portanto, ostemas so, quase sempre, bem atuais.Trata-se, em verdade, de texto argumentativo, no qual oautor/emissor ter como objetivo

    convencer o leitor/receptor. Nessa medida, idnt ico redao escolar, tendo a

    mesma estrutura: introduo,desenvolvimento e concluso.

    Exemplo de Artigo

    Os nomes de quase todas as cidades que chegam ao fimdeste milnio como centros culturais importantes seriamfamiliares s pessoas que viveram durante o final do sculopassado. O peso relativo de cada uma delas pode ter variado,mas as metrpoles que contam ainda so basicamente as

    mesmas: Paris, Nova Iorque, Berlim, Roma, Madri, SoPetesburgo.

    (Nelson Archer - caderno Cidades, Folha de S. Paulo,02/05/99)

    Os Editoriais

    Novamente, so opinativos, argumentativos e possuemaquela mesma estrutura. Todos os jornais e revistas tmesses editoriais. Os principais dirios do pas produzem

    trs textos desse gnero. G eralmente um deles tratarde poltica; outro, de economia; um outro, de temasinternacionais. A diferena em relao ao artigo que oautor, o edi torialista, no expressa sua opinio,apenas serve de intermedirio para revelar o ponto devista da inst ituio, da empresa, do rgo decomunicao. Mui tas vezes, esses edi toriais soproduzidos por mais de um profissional. O editorialista, quase sempre, antigo na casa e, obviamente, daconfiana do dono da empresa de comunicao. Ostemas, por evidente, so a pauta do momento, osassuntos da semana.

    As Notcias

    Aqui temos out ro gner o, bem diverso. As not ciasso autorais, isto , produzidas por um jornalistaclaramente identi ficado na matria. Possuem umaestrutura bem fechada, na qual, no primeiro pargrafo(tambm chamado de lide), o autor deve responder scinco perguntinhas bsicas do jornalismo: Quem?Quando? Onde? Como? E por qu?

    Essa maneira de fazer texto atende a uma regra dojornalism o moderno: facilitar a leitura. Se oleitor/receptor desejar mais informaes sobre anotcia, que v adiante no texto. Fato que, lendoapenas o pargrafo inicial , ter as informaesbsicas do assunto. A grande diferena em relao aoartigo e ao editorial est no objetivo. O autor querapenas "passar" a informao, quer dizer, no buscaconvencer o leitor/receptor de nada. aquele textoque os jornal istas chamam de objet ivo ou isento,despido de subjetividade e de intencionalidade.

    Exemplo de Notcia

    O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidentedo Tribunal Regional do Trabalho de So Paulo, negou-se aresponder ontem CPI do judicirio todas as perguntassobre sua evoluo patrimonial. Ele invocou a Constituiopara permanecer calado sempre que era questionado sobreseus bens ou sobre contas no exterior.

    (Folha de S. Paulo, 05/05/99)

    As Crnicas

    Estamos diante da Li teratura. Os cronistas nopossuem compromisso com a realidade objetiva. Elesretratam a realidade subjetiva. Dessa maneira, RubemBraga, cronista, jornalista, produziu, por exemplo, umtexto abordando a flor que nasceu no seu jardim. Noimporta o mundo com suas tragdias constantes, massim o universo interior do cronista, que nada mais doque um fotgrafo de sua cidade. interessanteverif icar que essas caractersticas fundamentais dacrnica vo desaparecendo com o tempo. No h, por

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    exemplo, um cronista de Porto Alegre (talvez o ltimodeles tenha sido Srgio da Costa Fr anco).

    Se observarmos o jornal Folha de S. Paulo, teremos,jun to aos edit oriais e a dois artigos sobr e pol tic a oueconomia, uma crnica de Carlos Heitor Cony,descolada da real idade, se assim lhe aprouver (Cony,mui tas vezes, produz art igos, discut indo algo darealidade objetiva). O jornal busca, dessa maneira,arejar essa pgina to sisuda. A crnica isso: uma

    jan ela abe rta ao mar. Vale lem brar que o jornali sm o, aoseu incio, era confundido com Li teratura. Um textosobre um assassinato, por exemplo, poderia comearassim: " Chovia muito, e raios luminosos atiravam-se terra. Num desses clares, uma faca surge das trevas..."D-se o nome de nar iz de cera a essas matri asempoladas, mui to comuns nos tempos hericos do

    jornalis mo.

    Sobre a crnica, h alguns dados interessantes.Considerada por muito tempo como gnero menor daLiter atura, nunc a tev e status ou m ai oresreconhecimentos por parte da crt ica. Muitos autoresfamosos, romancistas, contistas ou poetas, produziram

    excelentes crnicas, m as no so conhecidos por isso.Carlos Drummond de Andrade um belo exemplo. Pelagrandeza de sua poesia, o grande cronista do cotidianodo Rio de Janeiro foi abafado. O mesmo pode-se falar deOlavo B ilac, que, no i nc io do sculo passado ,passou a produzi r crnicas num jornal carioca, emsubstituio a outro grande escritor, Mac hado de Assis.

    Essa d iv iso dos textos da imprensa d idt ica eobjetiva esclarecer um pouco mais o vestibulando. Noentanto, impor tante assinalar que os autoresmodernos fundem essa diviso, fazendo um trabalhomisto. o caso de Luis Fernando Verssimo, que oratrabalha uma crnica, com os personagens conversando

    em um bar , terminando por um artigo, no qua l fazcrticas ao poder central, por exemplo. Martha Medeiros,por seu turno, produz, muitas vezes, um artigo ,revelando a alma feminina. Em outros momentos, fazuma crnica sobre o quotidiano.

    Exemplo de CrnicaQuando Rubem Braga no tinha assunto, ele abria a janela e

    encontrava um. Quando no encontrava, dava no mesmo, eleabria a janela, olhava o mundo e comunicava que no haviaassunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que tambm dava nomesmo: a crnica estava feita.No tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho avaranda aberta sobre a Lagoa - posso no ver melhor, masvejo mais. Otto Maria Carpeaux no gostava do gnero"crnica", nem adiantava argumentar contra, dizer, porexemplo, que os cronistas, uns pelos outros, escreviam bem.Carpeaux lembrava ento que escrever verbo transitivo, pedeobjeto direto: escrever o qu? Maldade do Carpeaux. (...) NelsonRodrigues no tinha problemas. Quando no havia assunto,ele inventava. Uma tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calada do jornal. Ele estava com o papel namquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu desciade um reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, masequivalente suntuosidade do carro. Um guarda nos

    deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, oguarda no aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiqueisem a multa e sem a mulher. Nelson no ficou sem assunto.

    A interpretao serve para Qumica!Responda rpido a uma pergunta: O que h emcomum entre os vestibulandos aprovados nosprimeiros lugares? Ser que possuem semelhanas?Sim, de fato, o que os identi fica a lei tura e a

    curiosidade pelo mundo que os cerca. Eles lembastante, e lem de tudo um pouco. As instituies deensino superior no querem mais aquele aluno quedecora regrinhas. Elas buscam o cidado que possuileitura e conhecimento de mundo. Nesse aspecto, asquestes, inclusive das provas de exatas, muitasvezes pedem cr itici dade e compreenso deenunciados. Quantas vezes voc, caro vestibulando,no errou uma questo de Fsica ou de Biologia porno entender o que foi pedido. Pois estamos falandode interpretao de textos. A leitura e a interpretaotornam-se, dessa maneira, exigncia de todas asdisciplinas. E no pense que essa capacidade crtica

    de ent ender o t exto escrito (e at falad o) exclusividade do vestibular. Quando voc f or buscaruma vaga no mercado de trabalho, a cri t icidade, acapacidade de comunicao e de compreenso domundo sero at ri bu tos importantesnessaconcorrncia. Lembre-se disso na hora de planejar osestudos para os prximos vestibulares.

    Instrues Gerais

    Em primeiro lugar, voc deve ter em mente queinterpretao de textos em testes de mltipla escolhapressupe armadilhas da banca. Isso significa dizer

    que as questes so montadas de modo a induzir oincauto e sofrido vestibulando ao erro. Nesse sentido, importante observar os comandos da questo (deacordo com o texto, conforme o texto, segundo oautor...). Se forem esses os comandos, voc deve-selim itar realidade do texto . Mui tas vezes, asalternativas extrapolam as verdades do texto; ou aindadim inuem essas mesmas verdades; ou fazemafi rmaes que nem de longe esto no texto.

    Exemplo de Editorial

    UFRGS - 1998Em 1952, inspirado nas descries do viajante Hans

    Staden, o alemo De Bry desenhou as cerimnias decanibalismo de ndios brasileiros. So documentos de altovalor histrico (...)

    Porm no podem ser vistos como retratos exatos: o artista,sob influncia do Renascimento, mitigou a violnciaantropofgica com imagens idealizadas de ndios, queganharam traos e corpos esbeltos de europeus. As ndiasficaram rechonchudas como as divas sensuais do pintorholands Rubens.No sculo XX, o pintor brasileiro Portinari trabalhou omesmo tema. Utilizando formas densas, rudes e nada

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    idealizadas, Portinari evitou o ngulo do colonizador eprocurou no fazer julgamentos. A Antropolog ia persegue amesma coisa: investigar, descrever e interpretar as culturas emtoda a sua diversidade desconcertante.Assim, ela capaz de revelar que o canibalismo umaexperincia simblica e transcendental - jamais alimentar.At os anos 50, waris e kaxinaws comiam pedaos doscorpos dos seus mortos. Ainda hoje, os ianommis misturam ascinzas dos amigos no pur de banana. Ao observar essesrituais, a Antropologia aprendeu que, na antropogafia quechegou ao sculo XX, o que h um ato amoroso e religioso,destinado a ajudar a alma do morto a alcanar o cu. ASUPER, ao contar toda a histria a voc, pretende superar osolhares preconceituosos, ampliar o conhecimento que osbrasileiros tm do Brasil e estimular o respeito s culturasindgenas. Voc vai ver que o canibalismo, para os ndios, to digno quanto a eucaristia para os catlicos. sagrado.

    (adaptado de: Superinteressante, a gosto, 1997, p.4)

    Questo 15 da prova de 98

    Considere as seguintes informaes sobre o texto:I - Segundo o prprio autor do texto, a revista tem comonico objetivo tornar o leitor m ais informado acerca dahistria dos ndios brasileiros.II - Este texto introduz um artigo jornalstico sobre ocanibalismo entre ndios brasileiros.III - Um dos principais assuntos do texto a histria daarte no Brasil.Quais so corretas?

    a) Apenas I b)Apenas II c)Apenas IIId) Apenas I e III

    e) Apenas II e IIIResposta correta: BComentrios:

    A afirmao I usa a pal avra nico, o vestibulando devecuidar muito com essa palavrinha, geralmente ela trazuma armadilha. A afirmao reduz o texto, que vai bemalm de ter como nico objetivo informar sobre a histriados ndios. Alis, no a histria dos ndios, mas sim daantropofagia deles.

    A afi rmao III est err adssima, pois a hist ria da arteest longe de ser um dos assuntos principais do texto.

    Essas af irmaes da banca merecem algumasobservaes. Em primeiro lugar, a afirmao I diz:"Segundo o prprio autor do texto". Mas quem esseautor, tendo em vista que se trata de editorial? No hum autor expresso. A afirmao II, considerada comocerta, t raz uma impreciso. O texto no introduz umartigo jornalstico. Como vimos, artigo bem diferente. Oedi toria l introduz matria ou reportagem, nunca umartigo . Percebe-se aqui que os professores que

    elaboraram o texto desconhecem a t ipologia e anomenclatura textual do m oderno jornalismo.

    Testes

    Vamos aproveitar os textos das provas da UFRGS2000 e 1999, para formularmos algumas questesbem emblemticas em relao interpretao de

    textos.

    Questo 1Qual das alternativas abaixo a correta:

    UFRGS 2000No Brasil colonial, os portugueses e suas autoridadesevitaram a concentrao de escravos de uma mesma etnianas propriedades e nos navios negreiros.

    A) Os portugueses impediram totalmente a concentrao deescravos de mesma etnia nas propriedades e nos navios

    negreiros.Essa poltica, a multiplicidade lingstica dos negros e ashosti lidades recprocas que trouxeram da fricadificultaram a formao de ncleos solidriosqueretivessem o patrimnio cultural africano, incluindo-se a apreservao das lnguas.

    B) A poltica dos portugueses foi ineficiente, pois apenas amultiplicidade cultural dos negros, de fato, impediu aformao de ncleos solidrios.Os negros, porm, ao longo de todo o perodo colonial,tentaram superar a diversidade de culturas que os dividia,juntando fragmentos das mesmas mediante procedimentosdiversos, entre eles a formao de quilombos e a realizao

    de batuques e calundus. (...)

    C) A nica forma que os negros encontraram para impediressa ao dos portugueses foi formando quilombos erealizando batuques e calundus.As autoridades procuraram evitar a formao desses ncleossolidrios, quer destruindo os quilombos, que causavampavor aos agent es da Coroa - e, de resto, aos proprietrios deescravos em geral -, quer reprimindo os batuques e oscalundus promovidos pelos negros. Sob a identidadecultural, poderiam gerar uma conscincia danosa para aordem colonial. Por isso, capites-do-mato, o JuzoEclesistico e, com menos empenho, a Inquisio foramcolocados em seu encalo.

    D) A Inquisio no se empenhou em reprimir a cultura dosnegros, porque estava ocupada com aes maiores.Porm alguns senhores aceitaram as prticas culturaisafricanas - e indgenas - como um mal necessrio manuteno dos escravos. Pelo imperativo de convert-losao catolicismo, ainda, alguns clrigos aprenderam as lnguasafricanas, como um jesuta na Bahia e o padre Vieira, ambosno Seiscentos. Outras pessoas, por se envolverem no trficonegreiro ou viverem na frica - como Matias Moreira,residente em Angola no final do Quinhentos -, devemigualmente ter-se familiarizado com as lnguas dos negros.

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    E) Apesar do empenho dos portugueses, a cultura africanateve penetrao entre alguns senhores e entre alguns clrigos.Cada um, bem verdade, tinha objetivos especficos paratanto.

    (Adaptado de: VILLALTA, Luiz Carlos. O que se fala e o que sel: lngua, instruo e leitura. In: MELLO e SOUZA.

    Histria da Vida Privada n o Brasil. So Paulo : Cia. da sLetras, 1997. V1. P.341-342 .)

    Resoluo da Questo 1

    A) Observe o advrbio totalmente. Alm disso, otexto usa o verbo evitar, a afi rmao uti lizaimpedi r. El es so semant icamente bemdistintos. Logo, a afirmao exagera, extrapola otexto. Cuidado com os advrbios.

    B) A afirmativa b diz apenas a mul tipl icidadec ul tur al dos ne gr os. N o t ex to, f or am amultipl icidade e as hosti lidades recprocas.Portanto, a af irmativa b reduz a verdade dotexto.

    C) Na afirmativa, h a expresso a nica forma, e o

    texto usa entre eles. Novamente, temos umareduo, uma dimi nuio da verdade textual.D) O texto no explica a falta de empenho da

    Inquisio, dessa maneira a afirmao no estno texto. Trata-se de um acrscimo real idadetextual.

    E) Resposta Correta.

    Questo 2Assi nale a alternativa que apresent a uma afi rmaocorreta de acordo com o texto.

    A) Sendo a cultura negra um mal necessrio para amanuteno dos escravos, sua eliminao foi um erro dasautoridades coloniais portuguesas.

    B) Os religiosos eram autoritrios, obrigando os escravosnegros a se converterem ao catolicismo europeu e aabandonarem sua religio de origem.

    C) As autoridades portuguesas conduziam a polticaescravagista de modo que africanos de uma mesma origemno permanecessem juntos.

    D) As lnguas africanas foram eliminadas no Brasil colonial,tendo os escravos preservado apenas alguns traos culturais,como sua religio.

    E)A identidade cultural africana, representada pelos batuques ecalundus, causava danos s pessoas de origem europia.

    Resoluo da Questo 02

    A) O texto no classifica c om o erro dasautoridades coloniais. Essa uma infernciaque o leitor poder fazer por sua c onta e risco.

    B) O autori tarismo era dos proprietr ios deescravos e das autoridades. Busca-se aquic onf undir o al uno di zen do que er a oautori tarismo dos rel igiosos. H uma troca,uma inverso das afirmaes do texto.

    C) Resposta Correta: Essa afirmao est notexto.

    D) A afirmao contradiz o que est no texto. Aslnguas africanas foram, inclusive, aprendidaspor alguns clrigos.

    E) A af irmao exagera a verdade textual . Oautor no chega a tanto. Se o vestibulandochegar a essa concluso por sua conta erisco.

    Questo 03 ( UFRGS/99)Marque a alternativa correta, segundo o texto

    O avano do conhecimento normalmente concebidocomo um processo linear, inexorvel, em que as descobertasso aclamadas to logo venham luz, e no qual as novasteorias se impem com base na evidncia racional.

    Afastados os entraves da religio desde o sculo 17, oconhecimento vem florescendo de maneira livre, contnua.

    a) O avano do conhecimento sempre ser por um processolinear, do contrrio no ser avano.Um pequeno livro agora publicado no Brasil mostra quenem sempre assim. Escrito na juventude (1924) peloromancista francs Louis-Ferdinand Cline, A Vida e aObra de Semmelweis relata aquele que um dos episdiosmais lgubres no crnica da estupidez humana e talvez apior mancha na histria da medicina.

    b) O episdio de Semmelweis indiscutivelm ente a piormancha na histria da medicina.

    c) O livro de Cline prova que nem sempre a racionalidadepreponderava no cientificismo.Ignc Semmelweis foi o descobridor da assepsia. Mdicohngaro trabalhando num hospital de Viena, constatou que amortalidade entre as parturientes, ento um verdadeiroflagelo, era diferente nas duas alas da maternidade. Numadelas, os partos eram realizados por estudantes; na outra, porparteiras.No se conhecia a ao dos microorganismos, e a febrepuerperal era atribuda s causas mais estapafrd ias. Em1846, um colega de Semmelweis se cortou enquantodissecava um cadver, contraiu uma infeco e morreu.

    Semmelweis imaginou que o contgio estivesse associado manipulao de tecidos nas aulas de anatomia.Mandou instalar pias na ala dos estudantes e tornouobrigatrio lavar as mos com cloreto de cal. No msseguinte, a mortalidade entre as mulheres caiu para 0,2%!Mais incrvel o que aconteceu em seguida. Os dados deSemmelweis foram desmentidos, ele foi exonerado, e aspias - atribudas superstio -, arrancadas.

    d) A ala dos estudantes apresentava menores problemas decontgio.

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    Nos dez anos seguintes, Semmelweis tentou alertar os mdicos emtoda a Europa, sem sucesso. A Academia de Paris rejeitou seumtodo em 1858. Semmelweis enlouqueceu e foiinternado. Em 1865, invadiu uma sala de dissecao, feriu-secom o bisturi e morreu infeccionado. Pouco depois, Pasteurprovou que ele estava certo.

    e) A rejeio aos mtodos de Semmelweis ocorreu em funo dainveja comum ao meio.Para o leitor da nossa poca, o interessante que Semmelweis foivt ima de um obscurantismo cientfico. Como nota otradutor italiano no prefcio agregado edio brasileira,qualquer xam de alguma cultura dita primitiva isolariacadveres e teros por meio de rituais de purificao. Nocientfico sculo 19, isso parecia crendice.

    (Adaptado de: FRIAS FILHO, Otvio. Cincia e superstio.Folha de S. Paulo, So Paulo 30 abri l de 1998.)

    VocabulrioInexorvel - inabalvel - inflexvelLgubre - triste - sombrio - sinistro

    Estapafrdia - extravagante - excntrico - esdrxulo -Obscurantismo - oposio ao conhecim ento - poltica defazer algo para impedir o esclarecimento das massas

    Resoluo da Questo 03Atente para este texto : trat a-se de um artigo

    jornalsti co. Observe com o ele atende s car act ersticasassinaladas na tipologia textual do jornalismo.

    A) Observ e que o text o usa o adv r bi onormalmente, mas a af irmao empregasempre, mudando a verdade do texto.

    B) Novamente, se compararmos com o texto,veremos que o autor a fi rma que o episdiotalvez seja a pi or mancha da histri a. Naafirmao, foi usado o advrbioindiscutivelmente acrescido de a pior mancha.Trata-se de um exagero, um acrsc imo realidade do texto.

    C) Resposta Correta: O texto afirma que nemsempre o avano do conhecimento umprocesso linear.

    D) A ala dos estudantes apresentava maioresproblemas de contg io , po is as p ias foraminstaladas l, justamente para lavar as mosdos estudantes que trabalhavam na dissecaode cadveres.

    E) A inveja no abordada pelo texto, portantotrata-se de uma exterioridade. O vestibulandopode achar verdadeiro, mas a concluso serpessoal

    Questo 04Com base no t exto, assinale a alternativa correta.

    (A) Em relao aos povos primitivos, a Europa do sculopassado prat icava uma medicina atrasada.

    (B) A comunidade cientfica sempre deixa de reconhecer ovalor de uma descoberta.

    (C) A higiene das mos com cloreto de cal reduziumoderadamente a incidncia de febre puerperal.

    (D) Semmelweis feriu-se com o bisturi infectado porquequeria provar a importncia de sua descoberta.

    (E) Ignorar a reduo nas estatsticas obiturias resultanteda introduo da assepsia foi uma grande estupidez.

    Questo 05A part ir da l eitu ra do texto, possvel concluir que

    (A) o livro A Vida e a Obra de Semmelweis recebeurecentemente uma cuidadosa traduo para o italiano.

    (B) a teoria de Semmelweis foi rejeitada porque propunha aexistncia de microorganismos, que no podia ser provadacientificamente.

    (C) a nacionalidade hngara do mdico pode ter sido umempecilho para sua aceitao na Europa do sculo passado.

    (D) Semmelweis foi execrado pelos seus pares porquetransformou a assepsia numa obsesso.

    (E) Semmelweis enlouqueceu em conseqncia da rejeiode sua descoberta.

    Resoluo da Questo 04

    Instrues:As questes 4 e 5 devem merecer ateno. Estamosdiante de questes de inferncias. As alternativascorre tas no esto propr iamente no texto, maspoderemos chegar facilmente a elas, ou seja, o autornos autoriza a c oncluir por elas.

    A) O autor no classifica de atrasada a m edicinaeuropia da poca.

    B) Novamente o advrbio colocado para trair aateno do aluno: sempre. Trata-se de umacrscimo, de um exagero.

    C) No foi moderadamente. De novo o advrbio.Veja como as armadilhas so sempre as

    mesmas. Se voc as conhecer, f icar bemmais fcil chegar r esposta c orreta.D) O texto simplesmente diz que ele se feriu.

    No d as causas.E) Resposta Correta: Foi de fato uma

    estupidez. Essa uma concluso possveldo texto. Observe que o autor declara:"Mais incrvel o que aconteceu emseguida".

    Resoluo da Questo 05CENTER7 APOSTILAS - Direitos Reservados 8

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    A) O livro foi recentement e publicado no Brasil.B) Os microorganismos eram desconhecidos

    poca. Essa a lternativa per igosa, podeconfundir o aluno.

    C) No h referncia sobre essa afirmao. Osmotivos, como j vimos, foram outros.

    D) Sem melweis foi execr ado por t er si dodesment ido e por suas descober tas serematribudas superstio.

    E) Resposta Correta: Pode-se, tranqilamentechegar a esse concluso.

    Questo 06Supondo que o leitor no saiba o significado da palavraxam, o processo mais eficiente para buscar no prpriotexto uma indicao que elucide a dvida consistir em

    (A) considerar que a palavra encontra sua referncia na culturaitaliana, j que foi empregada pelo tradutor da obra para oitaliano.

    (B) Observar o contexto sinttico em que ela ocorre: depois depronome indefinido e antes de preposio.

    (C)Relacionar o seu significado s palavras leitor e prefcio.

    (D) Relacionar o seu significado s expresses cultura ditaprimit iva e rituais de purifi cao.

    (E) relacionar a palavra a outras que tenham a mesmaterminao, como ians, rom e an.

    Resoluo da Questo 06

    Todas as provas de vestibular no Estado t razemquestes de vocabulrio. Esta bem caracterstica da

    UFRGS. Empiricamente, voc, candidato, quando nosabe o signif icado de uma palavra, busca o contexto.Cuidado! No o contexto sintt ico. Saber se umapalavra exerce a funo de sujei to ou de objeto nodefine o seu valor semntico. No confunda semnticacom sintaxe. Xam est no campo de ao de palavrasdessa cultura primitiva.A resposta correta, portanto, D. Atente para a alternativa E: d a ntida impresso debom humor. A banca tambm se diverte. O que an erom tem em comum com xam? Gozao.

    As questes a seguir esto baseadas no seguinte t exto:

    01 L pela metade do sculo, j no haver superpopulaohumana, como hoje. Os governos de todo o mundopresumivelmente, todos democrticos podero incentivar aspessoas reproduo. E ser melhor que o faam com asmelhores pessoas.04 A eugenia humana isto , a escolha dos melhores

    exemplares para a reproduo, de modo a aprimorar a mdia daespcie, como j se fez com cavalos encontrar o perodo idealpara sair da prancheta dos cienti stas para a vida real. Pessoasselecionadas por suas caractersticas genticas sero

    empregadas do estado. O funcionalismo pblico ter umanova categoria: a dos reprodutores.09 Este exerccio de futurologia foi apresentado

    seriamente pelo professor do Instituto de Biocincias daUSP Osvaldo Frota Pessoa, em palestra no colquio BrasilAlemanha - tica e Gentica, quarta-feira noite. [...] Nasconferncias de segunda e tera, a eugenia foi citada comoum perigo 24 das novas tecnologias, uma idia que no cientificamente e muito menos eticamente defensvel.

    (TEIXEIRA, Jernimo. Brasileiro apresenta a viso dohorror. Zero Hora, 6.10.95, p. 5, 2 Caderno)

    Questo 07 (UFRGS/96-1)Considere as seguintes afirmaes sobre a posio

    do autor com relao ao assunto de que trata o texto.

    I. O autor do texto favorvel eugenia como soluopara a futura queda no crescimento demogrf ico,como indica o primeiro pargrafo.II. O autor trata as idias do professor Osvaldo Frota-

    Pessoa com certa ironia, como demonstra o uso dapalavra seriamente na linha 09.III. Ao relatar posies contraditrias por parte doscientistas com relao eugenia humana, o autorrevela que esta uma concep o controversa.Quais esto corretas?(A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

    Questo 08 (UFRGS/96-1)Assi nale a alternativa que est de acord o c om o text o.

    (A) Segundo lemos na pr imei ra frase do texto,vivemos num mundo em que o nmero de pessoas considerado excessivo.(B) Como se conclui da leitura do primeiro pargrafo, aescolha dos melhores seres humanos para areproduo, atravs da eugenia, causar uma quedana populao m undial.(C) A partir da leitura do segundo pargrafo do texto,conclumos que a especialidade do professor Frota-Pessoa a futurologia.(D) De acordo com o signif icado global do ltimopargrafo, o m aior perigo das novas tecnologias a

    tica.(E) A eugenia humana, ao tornar os reprodutorescandidatos a funcionrios pblicos, constituir umaoportunidade de trabalho apenas para homens.

    Questo 09 (UFRGS/96-1)Considere as seguintes afirmaes sobre a eugeniahumana:

    I. O uso restritivo da palavra humana (linha 04), notexto, indica que a palavra eugenia (linha 04) no se

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    refere apenas reproduo humana, mas reproduode qualquer espcie.II. Pelos princpios expostos no texto, o vigor fsico e aintel igncia sero os critrios de eugenia a partir dosquais ser feita a seleo dos melhores ex emplares.III. Conforme o texto, a eugenia humana j existe naforma de projeto cientfico.Quais esto corretas?

    (A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas I e III.(D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

    Resoluo da Questo 07

    Os ltimos vestibulares da UFRG S solicitam do alunoeste t ipo de informao: saber de quem a opinio.Mui tas vezes, como este o caso, o autor apenasexpressa o ponto de vista de outra pessoa. A respostacorreta d.

    Resoluo da Questo 08

    A) Resposta Correta: Hoje existesuperpopulao.

    B) A causa da queda da populao no foirevelada no texto.

    C) Esta concluso falsa. O tal professor fez apenasum exerccio de futurologia. Novamente a bancatenta iludir e confundir o vestibulando. Cuidado!

    D) Aqui temos uma troca: o maior perigo das novastecnologias no a tica, mas sim a eugenia.

    E) Em absoluto o texto afirma que so os homens:aborda as pessoas em geral. Alm disso, tambmno faz afirmaes sobre o m ercado de trabalho.

    Resoluo da Questo 09

    O uso restrit ivo de humana diz exatamente isto:humana. Logo, no se estende a outras espcies.Resposta Correta: D

    O peso original volta depois das dietas

    O corpo humano, mesmo submetido ao sacrifcio de uma dietaalimentar rgida, tem tendncia a voltar ao peso inicialdeterminado por um equilbrio interno, segundo recente estudorealizado por cientistas norte-americanos.

    Depois do aumento de alguns quilos suprfluos, ometabolismo buscar eliminar o peso excessivo. O corpodispe de um equilbrio que tenta manter seu peso em um

    nvel constante, que varia em funo de cada indivduo. Oestudo sugere que conservar o peso do corpo um fenmenobiolgico, no apenas uma atividade voluntria. O corpoajusta seu metabolismo em resposta a aumentos ou perdas de

    peso. Dessa forma, depois de cada dieta restrita, ometabolismo queimar menos calorias do que antes. Umapessoa que perdeu recentemente pou co peso vai consumirmenos calorias que uma pessoa do mesmo peso que semprefoi magra.

    A pesquisa conclui que emagrecer no impossvel, masmuito difcil e requer o consumo do nmero exato de caloriasqueimadas. Ou seja, uma alimentao moderada e umaatividade fsica estvel a longo prazo.

    (Zero Hora, encarte VIDA, 06/05/1995)

    Questo 10 (IPA/95-2)Segundo o t exto, correto afirmar:

    A)Uma dieta alimentar rgida determina o equilbrio internodo peso corpreo.

    B)O equilbrio interno um fenmeno biolgico.

    C) Conservar o peso no depende somente da vontadeindividual.

    D)O ajuste de peso significa queima de calorias.

    E) O nmero exato de calorias queimadas vincula-se a umadieta.

    Questo 11Das opes abaixo, todas podem substi tuir, semprejuzo ao texto, a palavra rgida (l. 01), menos

    A)rigorosa

    B)austera

    C)severa

    D)ntegra

    E)sria

    Resoluo da Questo 10

    Antes de mais nada, observe que o texto um

    editorial de um caderno de Zero Hora. Portanto, noh um autor em especial declarado.

    A) O texto busca exatamente mostrar o contrrio.B) Conservar o peso um fenmeno biolgico.

    Temos, de novo, uma inverso co m o objetivode confundir o aluno.

    C) Resposta Correta: Existem outros fatores.D) Essa afirmao no est no texto.E) O nmero exato de calor ias que imadas

    depende de outros fatores.

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    Resoluo da Questo 11

    Esse t ipo de questo mui to comum: ele prope asubsti tuio de palavras. Em alguns vestibulares, emvez de uma, aparecem trs palavras, tornando oexerccio mais trabalhoso. A palavra rgida s nopode ser substituda por ntegra, que vem deintegridade, honestidade.

    Tipologia Textual

    DISSERTAO:

    Conotao: o sentido figurado: Seu olhareram r aios de sol a iluminar-me.

    PARFRASE x PERFRASE:

    Parfrase: a reescritura do texto, mantendo-seo mesmo significado.

    Perfrase: a substituio de palavras por

    expresses que indicam algo de si:Fui Cidade Maravilhosa (=RJ).O Rei do Futebol chegou (=Pel).

    SNTESE:

    a exposio de opinies fundamentadas emargumentos e raciocnio. Divide-se emintroduo(apresenta o assu nto de forma direta, sem rodeios),desenvolvimento(mostra dados, idias, argumentose exemplos que sustentam a suaposio), econcluso(fecha o assunto; pode ser naforma de sntese ou sugestes, sem espao paracontinuar a discusso).

    NARRAO:

    Resumo e retomada anlise dos principais pontos

    abordados nos momentos anteriores, seguidos da

    introduo de novos con hecimentos .

    Denotao e Conotao

    discorrer sobre um fato, um acontecimento. Nelapredominam os verbos de ao. Os elementos danarrao sopersonagem(quem participa do fato),tempo(momento do fato),ambiente(local),narrador(quem conta: 1a ou 3a pessoa) eenredo(oencadeamento das aes).

    DESCRIO:

    um retrato verbal do que vemos ou sentimos. difcil encontrar um texto exclusivamente descritivo.Normalmente enco ntramos trechos descritivosinseridos numa narrao ou dissertao.

    Saiba Diferenciar

    COESO x COERNCIA:

    Coeso: Aspectos formais do texto. So erros decoeso: m concordncia, pronomes indevidos epalavras inapropriadas.

    Coerncia: Aspectos implcitos do texto (ligados aosentido textual). Exemplo de erro de coerncia: Apolcia e a justia so as duas mos de um mes mobrao.

    DENOTAO x CONOTAO:

    Denotao: o sentido real: Os raios de soladentraram pela im ensa janela.

    Estes dois conceitos so muito fceis de entender selembrarmos que duas partes distintas, masinterdependentes, constituem o signo lingstico: osignificante ou plano da expres so - uma parteperceptvel, constituda de sons - e o significado ouplano do contedo - a parte inteligvel, o conceito. Poristo, numa palavra que ouvimos, percebemos umconjunto de sons ( o significante), que nos faz lembrar

    de um conceito (o significado).

    A denotao justamente o result ado da unioexistente entre o significante e o significado, ou entre oplano da expresso e o plano do c ontedo. Aconotao resulta do a crscimo de outros significadosparalelos ao significado de base da palavra, isto , umoutro plano de contedo pode ser c ombinado ao planoda expresso. Este outro plano de contedo reveste- sede impresses, v alores afetivos e sociais,negativos ou positivos, reaes psquicas que umsigno evoca.

    Portanto, o sentido conotativo difere de uma culturapara outra, de uma classe social para outra, de umapoca a outra. Por exemplo, as palavras senhora,esposa, mulher denotam praticamente a mesmacoisa, mas tm contedos conotativos diversos,principalmente se pensarmos no prestgio que cadauma delas evoca.

    Desta maneira, podemos dizer que os sentidos daspalavras compreendem duas ordens:referencial oudenotativaeafetiva ou conotativa.

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    A palavra tem valor referencial ou denotativo quando tomada no seu sentido usual ou literal, isto , naquele quelhe atribuem os dicionrios; seu sentido objetivo,

    explcito, constante. Ela designa ou denotadeterminado objeto, referindo-se realidade palpvel.

    Denotao a significao objetiva da palavra; a palavra em "estado dedicionrio"

    Alm do sentido referencial, lite ral, cada palavra rem ete a inmero s outros sentid os, vi rtuais, conotativos, que soapenas sugeridos, evocando outras idias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.

    Conotao a significao subjetiva da palavra; ocorre quando a palavraevoca outras realidades por associaes que ela provoca

    O quadro abaixo sintetiza as diferenas fundamentais entre denotao e conotao:

    DENOTAO CONOTAO

    palav ra com si gnificao res trita palavra com si gnifi cao ampla

    palavra com sentido comum do dicionrio

    palavra cujos sentidos extrapolam o sentido

    comum

    palavra usada de modo automat izado palavra usada de modo criativo

    linguagem comum linguagem rica e expressiva

    a) Exemplos de conotao e denotao (textos 1 e 2)

    Para exemplificar, de maneira simples e clara, estes dois conceitos, vamostomar a palavra co: ter um sentido denotativo quando designar o animalmamfero quadrpede canino; ter um sentido conotativo quandoexpressar o desprezo que desperta em ns uma pessoa sem carter ouextremamente servil. (Otto M.Garcia, 1973)

    Nas receitas abaixo, as palavras tm, na primeira, um sentido objetivo, explcito, constante; foram usadasdenotativamente. Na segunda, apresentam mltiplos sentidos, foram usadas conotativamente. Observa-se que osverbos que ocorrem tanto em uma quanto em outra - dissolver, cortar, juntar, servir, retirar, reservar - so aquelesque costumam ocorrer nas receitas; entretanto, o que faz a diferena so as palavras com as quais os verboscombinam, combinaes esperadas notexto 1, combinaes inusitadas notexto 2.

    TEXTO I TEXTO II

    Bolo de arroz Receita

    3 xcaras de arroz1 colher (sopa) de manteiga1 gema1 frango1 cebola picada

    Ingredientes

    2 conflitos de geraes4 esperanas perdidas3 litros de sangue fervido

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    1colher (sopa) de molho ingls1colher (sopa) de farinha de trigo1 xcara de creme de leite salsa picadinha

    Prepare o arroz branco, bem solto.Ao mesmo tempo, faa o frango ao molho, bemtemperado e saboroso.Quando pronto, retire os pedaos, desosse edesfie. Reserve.

    Quando o arroz estiver pronto, junte a gema, amanteiga, coloque numa forma de buraco e leve aoforno.No caldo que sobrou do frango, junte a cebola, omolho ingls, a farinha de trigo e leve ao fogo paraengrossar.Retire do fogo e junte o creme de leite.Vire o arroz, j assado, num prato.Coloque o frango no meio e despeje por cima omolho.Sirva quente.

    (Terezinha Terra)

    5 sonhos erticos2 canes dos beatles

    Modo de preparar

    Dissolva os sonhos erticosnos dois litros de sangue fervidoe deixe gelar seu corao.

    Leve a mistura ao fogo,adicionando dois conflitosde geraes s esperanas perdidas.

    Corte tudo em pedacinhose repita com as canes dosbeatles o mesmo processo usadocom os sonhos erticos, mas destavez deixe ferver um pouco mais emexa at dissolver.

    Parte do sangue pode sersubstitudo por suco de

    groselha, mas os resultadosno sero os mesmos.

    Sirva o poema simplesou com iluses.(Nicolas Behr)

    b) Exemplo de texto denotativo (texto 3)

    Os textosinformativos (cientficos e jornalsticos), por serem, em geral, objetivos, prendem-se ao sentidodenotativo das palavras. Vejamos o texto abaixo, em que a linguagem est estruturada em expresses comuns,com um sentido nico.

    Texto 3 - texto tcnico-cientfico

    Canibalismo entre insetos

    Seres que nascem na cabea de outros e que consomemprogressivamente o corpo destes at aniquil-los, ao atingir o estgioadulto. ... Esse um enredo que mais parece de fico cientfica. Noentanto, acontece desde a pr-histria, tendo como protagonistas asvespas de certas espcies e as paquinhas, e um exemplo da curiosarelao dos inimigos naturais, aproveitada pelo homem no controlebiolgico de pragas, para substituir com muitas vantagens os inseticidasqumicos.

    (Revista Cincia Hoje, n 104, outubro de 1994, Rio, SBPC)

    c) Exemplo de texto conotativo (texto 4)

    Alm dos poetas, os humoristas e os publicitriosfazem um amplo uso das palavras no seu sentidoconotativo, oque contribui para que osannciosdespertem a ateno dos provveis consumidores e para que o dito humorsticoatinja o seu objetivo de fazer rir, s vezes at com uma certa dose de ironia.

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    Por exemplo, na propaganda de um shopping, foi usada a seguinte frase:

    Texto 4 - propaganda

    O Rio Design Center acaba de ganhar um novo piso.Marmoleum

    o piso natural(Revista Veja Rio, maio/junho,96)

    O anncio tem a um duplo sentido, pois transmite duasinformaes:

    1. o Rio Design Center ganhou uma nova loja -PAVIMENTO SUPERIOR -onde esto vendapisos especiais;

    2. nesta loja possvel encontr ar o material parapiso, importado da Holanda, que se c hamaMarmoleum.

    Na frase que fecha o anncio, desfaz-se a ambigidade:"Venha ata(ao invs deo ) Pavimento Superior e confiraesta e outras novidades de revestimentos para pisos". Masa frase de abertura faz pensar em outros sentidos: ocentro comercial ganhou um n ovo andar, um novopavimento, ou ganhou um revestimento novo em to do oseu piso, em todo o seu cho.

    d) Exemplo de conotao

    Osprovrbios ou ditos popularesso tambm um outroexemplo de explorao da linguagem no seu usoconotativo. Assim,"Quem est na chuva para semolhar"equivale a "/Quando algum opta por umadeterminada experincia, deve ass umir todas as regras econseqncias decorrentes dessa experincia". Domesmo modo,"Casa de ferreiro, espeto de pau"significa O que a pessoa faz fora de casa, para os outros,no faz em casa, para si mesma.

    A respeito deconotao, Othon M. Garcia (1973)observa: "Conotao implica, portanto, em relao coisa designada, um estado de esprito, uma

    opinio, um juzo, um sentimento, que variamconforme a experincia, o temperamento, asensibilidade, a cultura e os hbitos do falante ououvinte, do autor ou leitor. Conotao , assim, umaespcie de emanao semntica, possvel graas faculdade que nos permite relacionar coisas anlogasou semelhadas. Esse , em essncia, o traocaracterstico doprocesso metafrico, poismetaforizao conotao".

    Parfrase, Perfrase, Sntese e Resumo

    PARFRASE

    Parfrase a reproduo explicativa de um texto oude unidade de um texto, por meio de umalinguagem m ais longa. Na parfrase sempre seconservam

    basicamente as idias do texto original. O que se incluiso comentrios, idias e impresses de quem faz aparfrase. Na escola, quando o professor, ao comentarum texto, inclui outras idias, alongando-se em fu no

    do propsito de ser mais didtico, faz uma parfrase.

    Parafrasear c onsiste em transcrever, com novaspalavras, as idias centrais de um texto. O leitor deverfazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir da,reafirmar e/ou esclarecer o tema central do textoapresentado, acrescentando aspectos relevantes deuma opinio pessoal ou acercando-se de crticas bemfundamentadas. Portanto, a parfrase repousa s obre otexto-base, condensando-o de maneira direta eimperativa. Consiste em um excelente exerccio deredao, uma vez que desenvolve o poder de sntese,clareza e preciso vocabular. Acrescenta-se o fato depossibilitar um dilogo intertextual, recurso muito

    utilizado para efeito esttico na literatura moderna.

    Como ler um texto

    Recomendam-s e duas leituras. A primeira chamaremosde leitura vertical e a segunda, de leitura horizontal.

    Leitura horizontal a leitura rpida que tem comofinalidade o co ntato inicial com o assunto do texto. Deposse desta viso geral, podemos passar para o

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    prximo passo.

    Leitura verticalconsiste em uma leitura mais atenta; olevantamento dos r eferenciais do texto-base para aperfeita compreenso. importante grifar, em cadapargrafo lido, as idias principais. Aps escrever parteas idias recolhidas nos grifos, procurando dar um aredao prpria, independente das palavras utilizadaspelo autor do texto. A esta etapa, chamarem os delevantamento textual dos referenciais. A redao final a

    unio destes referenciais, tendo o redator o cuidadoespecial de unir idias afins, de ac ordo com a identidadee evoluo do texto-base.

    Exemplo de parfrase

    Profecias de uma Revoluo na Medicina

    H sculos, os professores de segundo gra u da Sardenhavm testemunhando um fenmenos curioso. Com achegada da primavera, em fevereiro, alguns de seusalunos tornam-se apticos. Nos trs meses subseqentes,sofrem uma baixa em seu rendimento escolar, sentem-setontos e nauseados, e adormec em na sala de aula.Depois, repentinamente, suas energias retornam. E ficamativos e saudveis at o pr ximo ms de fevereiro.

    Os professores sardenho s sabem que os adultos tambmapresentam sintomas semelhantes e que, na realidade,alguns chegam a morrer aps urinarem uma grandequantidade de sangue. Por vezes, aproximadamente 35%dos habitantes da ilha chegam a ser acometidos por estemal.

    O Dr. Marc elo Siniscalco, do C entro de CancerologiaSloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G.Motulsky, da Universidade de Washington, depararam p elaprimeira vez com a doena em 1959, enquantodesenvolviam um estudo sobre padres de hereditariedadee determinaram que os sardenhos eram vtimas de anemiahemoltica, uma doena hereditria que faz com que osglbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interiordos veios sangneos. Os pacientes urinavam sangueporque os rins filtram e expelem a hemoglobina noaproveitada. Se o volume de destruio for mnimo, oresultado ser a letargia; se for aguda, a doena poderacarretar a morte do paciente.

    A anemia hem oltica pode ter divers as orig ens . Mas naSardenha, as experincias indicam que praticamente todasas pessoas acometidas por este mal tm deficincia deuma nica enzima, chamada deidrogenase fosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de sumaimportncia na corrente de produo de energia para asclulas vermelhas do sangue.

    Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante aprimavera, o que indica que a falta de G-6-PD davtima no aciona por si s a doena - que h algo nomeio ambiente que tira proveito da deficincia. Adeficincia gentica pode ser a arma, mas um fatorambiental quem a dispara.Entre as plantas que desabrocham durante a primaverana Sardenha encontra-se a fava ou feijo italiano -observou o Dr. Siniscalco. Esta planta no tem umaboa reputao desde ao ano 500 a.C. , quando ofilsofo grego e reformador poltico Pitgoras proibiuque seus seguidores a comessem, ou mesmoandassem por entre os campos onde floresciam. Agora,o motivo de tal proibio tornou-se claro; apenasaquelas pessoas que carregam o gene defeituoso ecomiam favas cruas ou parcialmente cozidas (ouinspiravam o plen de uma planta em flor)apresentavam problemas. todos os demais eramimunes.

    Em dois anos, o Dr. M otusky desenvolveu um teste desangue simples para medir a presena ou ausncia deG-6-PD. Atualmente, os cientistas tm um modo dedeterminar com exatido quem est predisposto doena e quem no est; a enzima hemoltica, osgeneticistas comearam a fazer a triagem da populaoda ilha. Localizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evitar favas de feijo durante a estao deflorao. Como resultado, a incidncia de anemiahemoltica e de estudantes apticos co meou adeclinar. O uso de m arcadores genticos comoinstrumento de previso da reao dos sardenhos fava de feijo h 20 anos foi uma das primeiras vezesem que os marcadores genticos eram empregadosdeste modo; foi um avano que poder mudar o aspectoda m edicina moderna. Os marcadores genticos podemprever agora a possvel ecloso de o utras doenas e, talcomo a anemia hemoltica, podem auxiliar os m dicos a

    prevenirem totalmente os ataques em diversos casos.(Zsolt Harsanyi e Ric hard Hutton, publicado no jornal OGlobo).

    PERFRASE

    Observe:

    O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.Utilizou-se a expresso "povo lusitano" para substituir"os portugueses". Esse rodeio de palavras que

    substituiu um nome comum ou prprio chama-seperfrase.

    Perfrase a substituio de um nome comum ouprprio por um expresso que a caracterize. Nadamais do que um circunlquio, isto , um rodeio depalavras.

    Outros exemplos:

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    astro rei (Sol) | ltima flor do Lcio (lngua portuguesa) |Cidade-Luz (Paris)Rainha da Borborema (Campina Grande) | CidadeMaravilhosa (Rio de Janeiro)

    Observao: existe tambm um tipo especial de perfraseque se refere somente a pessoas. Tal figura de estilo chamada de antonomsia e baseia-se nas qualidades ouaes notrias do indivduo ou da entidade a que a

    expresso se r efere.

    Exemplos:

    A rainha do mar (Iemanj)O poeta dos escravos (Castro Alves)O criador do teatro portugus (Gil Vicente)

    SNTESE

    A s ntese de texto um tipo espe cial de composio que

    consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autorexpressou amplamente. Desse m odo, s devem seraproveitadas as idias essenciais, dispensando-se tudo oque for secundrio.

    Procedimentos:

    1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer oassunto e assimilar as idias principais;2. Leia novamente o texto, subl inhando as partesmais importantes, ou anotando parte os pontos quedevem ser conservados;3. Resuma cada pargrafo separadamente,mantendo a seqncia de idias do texto original;4. Agora, faa seu prprio resumo, unindo ospargrafos, ou fazendo quaisquer adaptaes conformedesejar;5. Evite copiar partes do texto original. Procureexercitar seu vocabulrio. Mantenha, porm, o nvel delinguagem do autor;6. No se envolva nem participe do texto. Limite-se asintetiz-lo.

    UFPB/89. Sem copiar frases, RESUMIR, o texto abaixo:

    O QUINZE

    Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando deretirantes se arranchara: uma velha, dois homens, umamulher nova, algumas c rianas.

    O sol, no cu, marcava onze horas. Quando ChicoBento, com seu grupo, apontou na estrada, os homensesfolavam uma rs e as mulheres faziam ferver uma lata dequerosene cheia de gua, abanando o fogo com umchapu de palha muito sujo e remendado.

    Em toda a extenso da vista, nenhuma outra rvoresurgia. S aquele juazeiro, devastado e espinhento,verdejava a copa hospitaleira na desolao cor de cinza dapaisagem.

    Cordulina ofegava de c ansao. A Limpa-Trilhogania e parava, lambendo os ps queimados.

    Os meninos choramingavam, pedindo de comer.E Chico Bento pensava:

    Por que, em menino, a inquietao, o c alor , ocansao, sempre aparecem com o nome de fome?

    Me, eu queria com er. .. me d um taquinho derapadura!

    Ai, pedra do diabo! Topada desgraada! Papai,vamos com er mais aquele povo, debaixo desse p depau?

    O juazeiro era um s. O vaqueiro tambm se achouno direito de tomar seu quinho de abrigo e defrescura.

    E depois de arriar as trouxas e aliviar a burra,reparou nos vizinhos. A rs estava quase esfolada. Acabea inc hada no tinha chifres. S dois ocospodres, mal cheirosos, donde escorria uma guapurulenta.

    Encostando-se ao tronco, Chico B ento se dirigiuaos esfoladores:

    De que morreu essa nov ilha, se no da minhaconta?

    Um dos hom ens levantou-se, com a facaescorrendo sangue, as mos tintas de vermelho, umfartum sangrento envolvendo-o todo:

    De ma l-dos- chi fres. Ns j acham os ela doente .E vamos aproveitar, mode no dar para os urubus.

    Chico Bento c uspiu longe, enojado: E v osmec s tm coragem de com er i sso? Me

    ripuna s de olhar...O outro explicou calmame nte: Faz dois dias que a gent e no bota um de-comer

    de panela na boca...Chico Bento alargou os braos, num gr ande gesto

    de fraternidade: Por i sso no! A nas cargas eu ten ho um resto de

    criao salgada que d para ns. Rebolem essa

    porqueira pros urubus, que j deles! Eu vou ldeixar um cristo comer bicho podre de m al, tenho umbocado no meu surro!

    Realmente a vaca j fedia, por causa da doena.Toda descarnada, formando um grande bloco

    sangrento, era uma festa para os urubus v-la, l decima, l da frieza mesquinha das nuvens. E paracomemorar o achado executavam no ar grandes

    rondas festivas, negrejando as asas pretas emespirais descendentes.

    Rachel de Queiroz

    MODELO

    Arranchados sob um juazeiro, em meio queladesolao, um bando de retirantes tentavaaproveitar uma vaca j em estado de putrefao,para combater-lhe a fome de dois dias. QuandoChico Bento, com o seu bando, aproxima-setambm em busca de abrigo e, compadecendo-sedaquela situao, divide com os miserveis o resto

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    de alimento que trazia, deixando o animal para osurubus.

    COMO RESUMIR UM TEXTO

    Ler no apenas passar os olhos no texto. preciso sabertirar dele o que mais importante, facilitando o trabalho damemria. Saber re sumir as idias expressas em um textono difcil. Resumir um t exto reproduzir com poucas

    palavras aquilo que o autor disse.

    Para se realizar um bom resumo, so nec essriasalgumas recomendaes:

    1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata.

    2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases oupalavras importantes. Isto ajuda a identificar.

    3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idiasprincipais.

    4. Observar as palavras que fazem a ligao entre as

    diferentes idias do texto, tambm c hamadas deconectivos: "por causa de", "assim sendo", "alm domais", "pois", "em decorrncia de", "por outro lado", "damesma forma".

    5. Fazer o resumo de cada pargrafo, porque cada um

    encerra uma idia diferente.

    6. Ler os pargrafos resumidos e observar se h umaestrutura coerente, isto , se todas as partes estobem encadeadas e se formam um todo.

    7. Num resumo, no se devem c omentar as idias doautor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu,sem usar expresses com o "segundo o autor", "o autorafirmou que".

    8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipode assunto abordado. recomend vel que nuncaultrapasse vinte por cento da extenso do textooriginal.

    9. Nos resumos de livros, no devem apar ecerdilogos, descries detalhadas, cenas oupersonagens secundrias. Somente as personagens,os ambientes e as aes mais importantes devem serregistrados.

    Significao Literal e Contextual de Vocbulos

    SINNIMOS

    So palavras que apresentam, entre si, o mesmosignificado.triste = melanclico.resgatar = recuperarmacio = compactoratificar = confirmardigno = decente, honestoreminiscncias = lembranasinsipiente = ignorante.

    ANTNIMOS

    So palavras que apresentam, entre si, sentidosopostos, contrrios.bom x maubem x malcondenar x absolversimplificar x complicar

    HOMNIMOS

    So palavras iguais na forma e diferentes nasignificao. H t rs tipos de homnim os:

    HOMNIMOS PERFEITOS

    Tm a mesma grafia e o mesmo som.cedo (advrbio) e cedo (verbo ceder);meio(numeral),meio(adjetivo) emeio(substantivo).

    HOMNIMOS HOMFONOS

    Tm o mesmo som e grafias diferentes.sesso(reunio),seo(repartio) ecesso(atode ceder);concerto(harmonia) econserto(remendo).

    HOMNIMOS HOMGRAFOS

    Tm a m esma grafia e sons diferentes.almoo(refeio) ealmoo(verbo almoar);

    sede(vontade de beber) e sede(residncia).

    PARNIMOS

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    So palavras de significao diferente, mas deforma parecida, semelhante.

    retificareratificar;

    acender= atear fogoascender= subir

    acerca de= a r espeito de, sobrecerca de= aproximadamenteh cerca de= faz aproximadamente, existeaproximadamente, acontece aproximadamenteafim= semelhante, com afinidadea fim de= com a finalidade deamoral= indiferente moralimoral= contra a moral, libertino, devassoaprear= marcar o preoapressar= acelerararrear= pr arreiosarriar= abaixarbucho= estmago de ruminantesbuxo= arbusto ornamentalcaar= abater a caacassar= anularcela= aposentosela= arreiocenso= recenseamentosenso= juzocesso= ato de doarseo ou seco= corte, divisosesso= reunioch= bebidax= ttulo de soberano no Orientechal= casa campestrexale= cobertura para os ombroscheque= ordem de pagamentoxeque= lance do jogo de xadrez, contratempocomprimento= extensocumprimento= saudaoconcertar= harmonizar, com binarconsertar= remendar, repararconjetura= suposio, hipteseconjuntura= situao, circunstncia

    emergireimergir.

    Eis uma lista com alguns homnimos e parnimos:

    coser= c osturarcozer= c ozinhardeferir= conceder

    diferir= adiardescrio= representaodiscrio= ato de ser discretodescriminar= inocentardiscriminar= diferenar, distinguirdespensa= compartimentodispensa= desobrigaodespercebido= sem ateno, desatentodesapercebido= desprevenidodiscente= relativo a alunosdocente= relativo a professoresemergir= vir tonaimergir= m ergulharemigrante= o que saiimigrante= o que entraeminente= nobre, alto, excelenteiminente= prestes a aconteceresperto= ativo, inteligente, vivoexperto= perito, entendidoespiar= olhar s orrateiramenteexpiar=sofrer pena ou castigoestada=permanncia de pessoaestadia= permanncia de veculoflagrante= evidentefragrante= aromticofsil= que se pode fundirfuzil= c arabinafusvel= resistncia de fusibilidade calibradaincerto= duvidosoinserto= inserido, inclusoincipiente= inicianteinsipiente= ignoranteindefesso= inc ansvelindefeso= sem defesa

    infligir=aplicarpenaoucastigoinfringir=transgredir, violar, desrespeitarintemerato =puro, ntegro, incorruptointimorato=destemido, valente, corajosointercesso =splica, rogointerse(c)o=pontode encontro de duaslinhaslao =laadalasso =cansado, frouxoratificar=confirmarretificar=corrigirsoar=produzirsom

    suar=transpirarsortir=abastecersurtir=originarsustar=suspendersuster=sustentartacha =brocha,pequeno pregotaxa =tributotachar=censurar, notardefeitoemtaxar=estabelecero preovultoso=volumosovultuoso =atacadodevultuosidade(congestonaface)

    EXERCCIOS1) Assinale a alternativa cujas palavras substituemadequadamente as palavras e expressesdestacadas ao lado:

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    Passou-mesem atenoque a sua inteno eraestabelecer uma diferenaentre osignoranteseosvalentes, corajosos.

    a) desapercebido - descriminar - incipientes -intemeratos.

    b) despercebido - discriminar - i nsipientes -intimoratos.c) despercebido - discriminar - insipientes -intemeratos.D) desapercebido - descriminar - insipientes -intemeratos.e) despercebido - discriminar - incipientes -intimoratos.

    2)O apaixonado rapaz ficouextticodiante dabeleza da noiva.

    A palavra destacada sinnim a de:a) imvelb) admiradoc) firmed) sem respirare) indiferente3)Indique a alternativa errada:a) As pessoas mal-educadas, sempre se do malcom os outros.b) Os meus ensinamentos foram mal interpretados. c)Vivi maus momentos, naquela poca.d) Temos que esclarecer os m au-entendidos.e) Os homens maus sem pre prejudicam os bons.

    4)os sinnimos de exilado, assustado, sustentar eexpulso so, respectivamente:

    a) degredado, espavorido, suster e proscrio. b)degradado, esbaforido, sustar e prescrio. c)degredado, espavorido, sustar e proscrio. d)degradado, esbaforido, sustar e proscrio. e)degradado, espavorido, suster e prescrio.

    5)Trate dearrumaro aparelho que voc quebrou ecosturara roupa que voc rasgou,do contrrionosara de casa nesse final de semana.

    As palavras destacadas podem ser substi tudas por :

    a) concertar, coser e se no.b) consertar, coser e seno. c)consertar, cozer e seno. d)

    concertar, cozer e seno. e)consertar, coser e se no.

    6)Assinale a alternativa que preenche corretamente aslacunas da frase abaixo:Da m esma forma que os italianos e japoneses

    ________ _ para o Brasil no sc ulo passado, hoje osbrasileiros _________ para a Europa e para o Japo, busca de um a vida melhor; internamente, os

    nordestinos ________ para o Sul, pelo mesmomotivo.

    a) imigraram - emigram - migramb) migraram - imigram - emigramc) emigraram - migram - imigram.d) emigraram - imigram - migram.

    e) imigraram - migram - emigram.

    7)H erro de grafia em:

    a) Eucludia trabalha na seo de roupas.b) Hoje haver uma sesso extraordinria naCmara de Vereadores.c) O prefeito da cidade resolveu fazer a cesso deseus rendimentos c reche municipal.d) V oto 48 sesso, da 191 z ona eleitoral. e)Ontem, fui ao cinema na sesso das dez.

    8)Assinale a letra que preenche corr etamente as

    lacunas das frases apresentadas.A ___________ da greve era ______ __, mas o l derdos trabalhadores iria ___________ o aume ntomais uma vez.

    a) deflagrao - eminente - reivindicar.b) defragrao - iminente - reinvidicar.c) deflagrao - iminente - reivindicar.d) defragrao - eminente - reinvindicar.e) defragrao - eminente - reivindicar9)Assinale a letra que preenche corr etamente aslacunas das frases apresentadas.

    Apesar de _____ __ em mecnica de automveis, elefoi _______ de __________, pois no conseguiudiagnosticar o problema no motor do carro do diretor.

    a) esperto - tachado - incipiente.b) experto - tachado - insipiente.c) experto - taxado - insipiente. d)esperto - taxado - incipiente. e)esperto - taxado - incipiente.

    10)Assinale a letra que preenche c orretamente aslacunas das frases apresentadas.O ladro foi pego em _________, quando tentavalevar _______ quantia, devido a uma _______ decaminhes bem em frente ao banco.

    a) flagrante - vultosa - coalizo.b) fragrante - vultuosa - coliso.c) flagrante - v ultosa - coliso.d) fragrante - vultuosa - coalizo.e) flagrante - vultuosa - coalizo.

    11)Assinale a letra que preenche c orretamente aslacunas das frases apresentadas.O rapaz que se sentiu ____________ pela diretorado colgio fez uma _______ at Braslia para tentar

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    ________ _ uma pena a ela.

    a) descriminado - viajem - inflingir.b) discriminado - viagem - infligir. c)discriminado - viajem - infringir. d)descriminado - viagem - infligir. e)discrimando - viagem - infringir.

    12)Assinale a letra que preenche co rretamente aslacunas das frases apresentadas.

    ________ __, a verdade _______, e, apesar detodos os protestos dos deputados, o ________

    governador ______ os direitos do secretrio.a) De repente - emergiu - iminente - cassou.b) Derrepente - imergiu - iminente - caou.c) De r epente - emergiu - eminente - cassou.d) De r epente - imergiu - eminente - caou. e)Derrepente - emergiu - iminente - c assou.

    Respostas1) B 2) B 3) D 4) A 5) B 6) A 7) D 8) C 9) D 10) C11) B 12) C

    Pocessos Coesivos de Referncia

    Coeso e Coerncia

    Basicamente, ser coerente no cair em contradio. Na escrita, h meios para se

    ligar coerentemente os fatos em benefcio da harmonia entre as idias. isso queos exerccios que propomos pretendem abarcar. So exerccios que levam emconta elementos-chave para garantir a coerncia de um texto: conhecimentocompartilhado, elementos textuais, elementos do contexto de enunciao, etc.

    No novidade para ningum: incoerente (ou parece ser) uma pessoa declararque detesta jogar futebol e sempre convidar os amigos para uma pelada. Seriacoerente, se tal pessoa no gosta de futebol, no c onvidar seus ami gos para jogarbola. incoerente algum dizer que devemos ser humildes e essa mesma pessoa serorgulhosa.

    Assi m que acoernciapode ser entendida como o fenmeno da harmoniaentre as idias, opinies. Ou, dito de outra forma, seria um princpio de nocontradio. (Se algum segue u ma linha de pensamento, sem sair dela, essapessoa coere nte; j se esta pessoa no agir conforme suas opinies, isto parece

    ser incoerente).

    Veja se so c oerentes ou incoerentes os pares de fatos relacionados abaixo:

    1) gostar de casa arrum ada X deixar tudo espalhado2) gostar de viajar X ficar s empre em c asa nas frias3) considerar que escola necessrio educa o X pr os filhos na escola4) ser contra comida enlatada X s c omprar ervilha diretamente da horta

    Se analisarmos bem o par nmero 2, incoerente primeira vista, poderemosfacilmente imaginar uma situao na qual a pessoa que goste de viajar no o faa porfalta de recursos. Nesse c aso, gostar de viajar e ficar em casa durante as frias nose caracterizam c omo situaes que, postas lado a lado, geram incoerncia. Aincoerncia existiria se a pessoa ficasse em casa nas frias porque gosta de viajar...

    Perceberemos a coerncia entre as duas situaes do par de nmero 2 seconhecermos a situao da pessoa que, por falta de recursos, no viaja. Outro modode percebermos a c oerncia atravs da expresso clara da ligao entre as duassituaes, que pode se dar por uma palavrinha, a conjuno mas :

    Luiz gosta de viajar mas fica sempr e em c asa nas frias.Ou, explicitando melhor,Luiz gosta de viajar, mas fica sempre em casa nas frias, porque no tem

    dinheiro para viajar.

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    Pronto: acabou-se a inc oerncia.

    Em nosso cotidiano, por vezes, precisamos explicitar as ligaes entre fatos,para que os outros percebam que no somos incoerentes. Assim, no rarousarmos frases como:

    Gosto dela, mas vou dar o fora.

    No vou tomar sorvete, embora goste, porque estou de regime. bonito ter cabelo comprido, mas uso curto porque no tenho tempopara cuidar.

    Precisamos de mais um quarto, mas no vamos constru-lo agora porqueo dinheiro est curto.

    mais rpido ir de moto para o trabalho, mas eu prefiro ir de nibus porque otrnsito est muito perigoso.

    Toro para o Flamengo, mas quero que o Vasco ganhe porque noagento mais a choradeira l em casa.

    Se a pessoa com quem falamos sabe que estamos de regime, no preciso dizera ela que gostamos de sorvete e lhe explicar que estamos de regime. Basta dizer:No vou tomar sorvete. Se a pessoa sabe que preferimos ir de moto por s er maisrpido, no preciso fazer a afirmao mais rpido ir de moto para o trabalho, aolhe informar que no estamos usando a moto para ir at o local de trabalho.

    O que percebemos, ento?

    Percebemos que h situaes de interlocuo nas quais no precisamosexplicitar tudo, mas que h outras nas quais, para no parecerm os ilgicos,incoerentes, loucos at, temos necessidade de explicar mais. Se pensarmos nasituao do sorvete, temos necessidade de explicar que no t omar sorvete nodecorre de gostar muito de sorvete; ao contrrio, no tomar sorvete umadeciso tomada apesar de se gostar muito de sorvete.

    A noo de coerncia, de harmonia entre idias e fatos, e a noo da decorrente,que a decoeso, de ligao ent re os fatos, foram consideradas por nscomo fundamentais para o bom uso da lngua, ao falarmos, conversarmos,escrevermos ou lermos. verdade que h m omentos em que o falante pode querer

    deixar uma ambigidade no ar, pode querer provocar um efeito cmico, pode noprecisar explicitar a coerncia porque a situao j fala por si. Entretanto, se o falantede fato no explicitar a ligao entre os fatos, isso dever ser por suaopo, e no por falta de conhecim ento.

    Assim, ao que parece, o que se denomi na coeso seri a aquilo que tent aexplicitar a c oerncia, quando ela, em um texto, no pode ser facilmentedepreendida. Desta forma, nos textos, os conectivos, que so alguns dos agentesde c oeso, representariam a tentativa de explicitao da coerncia.

    Coordenao e Subordinao

    Perodo Composto

    Perodo composto aquele formado por duas ou mais oraes. H dois tipos de perodos compostos:

    1)Perodo composto por coordenao

    Quando as orae s no ma ntm relao sinttica entre si, ou seja, quando o perodo formado por oraessintaticamente independentes entre si.

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    Ex. Estive sua proc ura, mas no o encontrei.

    2)Perodo composto por subordinao

    Quando um a orao, chamada su bordinada, mantm relao sinttica com outra, chamada principal.

    Ex. Sabemosque eles estudam muito.(orao que funciona como objeto direto)

    Perodo Composto por Subordinao

    A uma orao principal podem re laci onar-se sint aticam ent e trs t ipos de oraes subordinada s:substantivas,adjetivaseadverbiais.

    I. Oraes Subordinadas Substantivas

    So seis as oraes subordinadas substantivas, que so iniciadas por uma conjuno subordinativa integrante(que, se)

    A) Subjetiva: funciona como s ujeito da orao principal.

    Existem trs estruturas de orao principal que se usam c om subordinada substantiva subjetiva:verbo de ligao + predicativo + orao subordinada substantiva subjetiva.

    Ex. necessrioque faamos nossos deveres.

    verbo unipessoal + orao subordinada substantiva subjetiva.Verbo unipessoal s usado na 3 pessoa do singular; os mais comuns soconvir, constar, parecer, importar,interessar, suceder, acontecer.

    Ex. Convmque faamos nossos deveres.verbo na voz passiva + orao subordinada substantiva subjetiva.

    Ex. Foi afirmadoque voc subornou o guarda.

    B) Objetiva Direta: funciona c omo objeto direto da orao principal.(sujeito) + VTD + orao subordinada substantiva objetiva direta.

    Ex. Todos desejamosque seu futuro seja brilhante.

    C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da orao principal.(sujeito) + VTI + prep. + orao su bordinada substantiva objetiva indireta.

    Ex. Lembro-me deque tu me amavas.

    D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da orao principal.(sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + ora o subordinada substantiva c ompletiva nominal.

    Ex. Tenho necessidade deque me elogiem.

    E) Apositiva: funciona como aposto da or ao principal; em geral, a orao subordinada substantiva apositivavem aps dois pontos, ou mais raramente, entre vrgulas.orao principal +:+ orao subordinada s ubstantiva apositiva.

    Ex. Todos querem o m esmo destino:que atinjamos a felicidade.

    F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligao da orao principal.(sujeito) + V L + ora o subordinada substantiva predicativa.

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    Ex. A verdade que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

    Nota:As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:Pronomes interrogativos (quem, que, qual...)

    Advrbios interrogativos (onde, como, quando.. .)Perguntou-sequando ele chegaria.No seionde coloquei minha carteira.

    II. Oraes Subordinadas Adjetivas

    As oraes subordinadas adjetivas so sem pre inic iadas por um pronome rel ativo . So duas as oraessubordinadasadjetivas:

    A) Restritiva: aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. A restritivafuncionacomo adjunto adnominal de um termo da orao principal e no pode ser isolada por vrgulas.

    Ex. A garota comquem simpatizeiest sua procura.Os alunoscujas redaes foram escolhidasrecebero um prmio.

    B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamente umacaracterstica geral e prpria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e sempre isolada porvrgulas.

    Ex. Londrina,que a terceira cidade do regio Sul do pas , est muito bem cuidada.

    III. Oraes Subordinadas AdverbiaisSo nove as oraes su bordinadas adverbiais, que so iniciadas por uma conjuno subordinativa

    A) Causal: funciona como adjunto a dverbial de causa.Conjunes: porque, porquanto, visto que, j que, uma vez que, como, que.

    Ex. Samos rapidamente,visto que estava armando um tremendo temporal.

    B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparao. Geralmente, o verbo fica subentendidoConjunes: (mais) ... que, (m enos)... que, (to)... quanto, c omo.

    Ex. Diocresildo era mais esforadoque o irmo(era).

    C) Concessiva: funciona como adjunto adv erbial de concesso.

    Conjunes: embora, conquanto, inobstante, no obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que,ainda que, em que pese.

    Ex. Todos se r etiraram,apesar de no terem terminado a prova.D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condio.Conjunes: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

    Ex. V oc ter um futuro brilhante,desde que se esforce.

    E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.Conjunes: como, c onforme, segundo.

    Ex. Construmos nossa casa,conforme as especificaes dadas pela Prefeitura.

    F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de conseqncia.

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  • 5/20/2018 Apostila 01 - Conhecimentos Basicos

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    Conjunes: (to)... que, (tanto)... que, (t amanho)... que.

    Ex. Ele fala to alto,que no precisa do microfone.

    G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.Conjunes: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.

    Ex. Fico triste,sempre que vou casa de Juvenildo

    .H)Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

    Conjunes: a fim de que, para que, porque.

    Ex. Ele no precisa do microfone,para que todos o ouam.

    I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporo.Conjunes: proporo que, medida que, tanto mais. medida que o tempo passa, m ais experientes ficamos.

    IV. Oraes Reduzidas

    Quando uma orao subordinada se apresentasem conjuno ou pronome relativo e com overbo noinfinitivo,no particpioou no gerndio, dizemos que ela umaorao reduzida, acrescentando-lhe o nomedeinfinitivo,de particpiooude gerndio.

    Ex. Ele no precisa de microfone,para o ouvirem.

    Perodo Composto por Coordenao

    Um perodo composto por coordenao formado por oraes coordenadas, que so oraes independentessintaticamente, ou seja, no h qualquer relao sinttica entre as oraes do perodo.

    H dois tipos de oraes coordenadas:

    1. Oraes Coordenadas AssindticasSo as oraes no i niciadas por conjuno c oordenativa.

    Ex. Chegamos a c asa, tiramos a roupa, b anhamo-nos, fomos deitar.

    2. Oraes Coordenadas SindticasSo cinco as oraes coordenadas, que so iniciadas por uma conjuno c oordenativa.

    A) Aditiva: Exprime uma relao de soma, de adio.Conjunes: e, nem, mas tambm, ma s ainda.

    Ex. No s reclamava da escola,mas tambm atenazava os colegas.

    B) Adversativa: exprime uma idia contrria da outra orao, uma oposio.Conjunes: mas, porm, todavia, no entanto, entretanto, contudo.

    Ex. Sempre foi muito estudioso,no entanto no se adaptava nova escola.C) Alternativa: Exprime idia de op o, de escolha, de alternncia. Conjunes:ou, ou...ou, ora... ora, quer... quer.Estude,ou no sair nesse sbado.

    D) Conclusiva: Exprime uma c oncluso da idia contida na outra orao.Conjunes: logo, portanto, por isso, por c onseguinte, pois - aps o v erbo ou entre vrgulas.

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    Ex. Estudou como nunca fizera antes,por isso conseguiu a aprovao.

    E) Explicativa: Exprime uma explicao.Conjunes: porque, que, pois - antes do verbo.

    Ex. Conseguiu a aprovao,pois estudou como nunca fizera ant

    EXERCCIOS1- Na frase " Maria do Carmo tinha certeza de que estava para ser me" a orao em destaque :

    a) Subordinada substantiva objetiva indiretab) Subordinada substantiva completiva no minal.c) Subordinada substantiva predicativa.d) Coordenada sindtica concl usivae) Coordenada sindtica explicativa

    2- Qual o perodo em que h orao subordinada substantiva predicativa ?

    a) Meu desejo que voc passe nos exames vestibulares.b) Sou favorvel a que o aprovem.c) Desejo-te isto que sejas feliz.d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do vestibular.e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo.

    3- Marque a opo que contm orao subordinada substantiva completiva nominal:

    a) "Tanto eu como Pascoal tnhamos preo de que o patro topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade"b) " Era preciso que ningum desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro."c) "Para encurtar a histria patrozinho achamos Pedro Barq ueiro no rancho que s tinha trs divises asala, o quarto dele e a cozinha."d) " Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho que havia colhido em sua rocinha aliperto "e) "Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarr ar o Barqueiropelas costas"

    4- As oraes subordinadas substantivas que aparecem nos perodos abaixo so todassubjetivas exceto:

    a) Decidiu-se que o perodo subiria de preo.b) muito bom que o homem vez por outra reflita sobre sua vida.c) Ignoras quanto custou m eu relgio?d) Perguntou-se ao diretor quando seramos rec ebidos. e)Convinha-nos que voc estivesse presente r eunio.

    5- Na frase " Argumentei que no justo que o padeiro ganhe festas" as oraes introduzidaspela conjuno que so respectivamente :

    a) Ambas sub ordinadas substantivas objetivas diretasb) Ambas subordinadas s ubjetivas

    c) Subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva subjetiva. d)Subordinada objetiva direta e coordenada assindtica .e) Subordinada substantiva objetiva e subordinada substantiva predicativa.

    6- Em " possvel que comunicassem sobre poltica" a segunda orao :

    a) Subordinada substantiva subjetiva. b)Subordinada adverbial predicativa. c)Subordinada substantiva predicativa d)Principal

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    e) Subordinada substantiva objetiva direta.

    7- A palavra se conjuno subordinativa integrante (introduzindo orao subordinadasubstantiva objetiva direta) em qual das oraes seguintes?a) Ele se m orria de cimes pelo patro.b) A Federao arroga-se o direito de cancelar o jogo.c) O aluno fez-se passar por doutor.

    d) Precisa-se de pedreiros.e) No sei se o vinho est bom.

    8- " As cunns tinham ensinado para ele que o sagi-au no era sagim no, chamavaelevador e era uma mquina ."Em relao orao no destacada as oraes em destaque so respectivamente :

    a) Subordinada substantiva objetiva direta coordenada assindtica c oordenada sindtica aditiva. b)Subordinada adjetiva restritiva coordenada assindtica -coordenada sindtica aditiva.c) Subordinada substantiva objetiva direta subordinada substantiva objetiva direta coordenada sindticaaditiva.d) Subordinada substantiva objetiva direta subordinada substantiva objetiva diretae) Subordinada substantiva subjetiva coordenada assindtica c oordenada sindtica aditiva.

    9- " Se ele confessou , no sei." A orao destacada :

    a) Subordinada adverbial temporalb) Subordinada substantiva objetiva direta c)Subordinada substantiva objetiva indireta d)Subordinada substantiva supletivae) Subordinada substantiva predicativa

    10- " A verdade que a gente no sabia nada"Classifica -se a segunda orao como:

    a) Subordinada substantiva objetiva diretab) Subordinada adverbial conformativac) Subordinada substantiva objetiva indiretad) Subordinada substantiva predicativae) Subordinada substantiva apositiva.

    11- Leia atentamente a frase:" O presidente comunicou ao Ministro do Planejamento