Apostila- Alguém Precisa de Consolo. (2)

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POLO DE CAPACITAO PARA MINISTRIOS

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POLO DE CAPACITAO PARA MINISTRIOS

Ministrio de Capelania

ALGUM PRECISA DE CONSOLO

Rio de Janeiro

2002

APRESENTAO

O que voc tem feito de sua vida? E quando se necessita de sua ajuda, o que tem oferecer? So perguntas que s descobrimos, quando algum nos procura e no sabemos o que fazer, ou, quase nada temos a oferecer.

Ao aflito cabe consolo, conforto. Jesus ao dar as ltimas instrues aos seus discpulos, em que fala-lhes que eles seriam dispersos e o deixariam s. Mas no estou s, pois o Pai est comigo. E, termina afirmando que: Disse-vos estas coisas para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflies. Mas tende bom nimo! Eu venci o mundo. Jo16:33. Em verdade, estes estavam aflitos, porm Jesus os consolou e confortando-os com a sua paz. Esta no simplesmente paz no meio do conflito, mas paz que descansa na certeza de vitria. A vitria de Cristo a realidade objetiva, consolo pleno, que na certa torna vlida a ddiva interior de Sua paz. Assim sendo, est apostila tem como alvo preparar o conselheiro (capelo) provendo-o do grande instrumento do Senhor, de Sua paz, de seu consolo, levantando o abatido das garras de Satans para uma vitria no Senhor.

Nlio Wilson Lopes Sobral

NDICE

APRESENTAO ............... 02

1- CONSOLO E SUAS ATRIBUIES

............... 04.

2- DE ONDE VEM A DOR?

............... 06

3- COMO AJUDAR OS SOFREDORES?

............... 08

4- O AMOR INCONDICIONAL. BEM AVENTURADOS

OS CHORAM, PORQUE SERO CONSOLADOS.

............... 10

CONCLUSO

............... 12

I- CONSOLO E SUAS ATRIBUIES.

Consolo significa conforto para o aflito. E Deus que Pai de misericrdias, expresso idiomtica que significa: Deus fonte de toda misericrdia. Consolao (gr. Paraclesis). Encorajamento, conforto.

O conforto de Deus : 1- ativo- que nos conforta; 2- extensivo em toda a nossa tribulao; 3- objetivo- para podermos consolar; 4- especfico- em qualquer angstia; 5- reflexivo- com a consolao com que ns mesmos somos contemplados.

A igreja consiste de pessoas sentadas na piscina das prprias lgrimas. A vida humana implica tristeza e mgoa. Relacionamentos quebrados, doenas terminais, a perspectiva da prpria morte, depresso, injustia e atrocidade, o medo silencioso que paralisa, memrias de abuso sexual, a morte de um filho, e muitos outros problemas dolorosos no poupam ningum. Seria impossvel minimizar a amplitude e a profundidade do sofrimento tanto na igreja como no mundo. E assim, alguns cristos exaltam a dor, outros negam a dor. Alguns esto com o corao sangrando.

1. Exaltar a dor.

Aqueles que so propensos a exaltar a dor tm dito ou ouvido: A Bblia no fala significativamente ao meu sofrimento. A teologia bblica do sofrimento parece no funcionar. Eles j tentaram, mas a Bblia no lhes ofereceu respostas profundas. Foram encorajados por conselheiros e amigos a ter f. Podem ter ouvido excelentes pregadores e ensino bblico a respeito do sofrimento, mas nada falou verdadeiramente sua dor profunda.

Agora, afirmar que a Bblia no se dirige de modo significativo ao sofredor parece algo estranho se considerarmos que ela est repleta de ensinamentos profundos sobre o sofrimento. Mas, porque a Palavra de Deus parece superficial a alguns cristos sofredores? Por que eles procuram conselheiros que podem entender e penetrar sua dor, mas que no conduzem ao evangelho de Cristo e aos propsitos de Deus em meio ao sofrimento? Sem dvida, uma razo que muitos sofredores, a semelhana de J, foram feridos por aqueles que lhe ofereceram conforto. E todos ns j encontramos membros do corpo de Cristo que lidam com o sofrimento de modo acadmico, distante, e cujo conselho pode ser resumido em siga em frente. Esses conselheiros e amigos no conhecem de verdade o que Deus diz queles que enfrentam a dor, de forma que so embaixadores incompetentes.

2. Ignorar a dor.

Aqueles que tende na direo de minimizar a dor, ou chamar a uma aceitao estica da dor, so freqentemente mais precisos em suas formulaes teolgicas. Mas eles podem ser culpados de ignorar temas bblicos importantes, e deixar assim de oferecer o inteiro conselho de Deus queles que sofrem. Por exemplo, se o sofrimento resultado do pecado de outros contra ns, aqueles que minimizam o sofrimento podem imediatamente pensar em nos admoestar a perdoar o ofensor. Esse tema crucial, e certamente no h erro em incluir a questo do perdo no aconselhamento. Com freqncia, neste caso, o primeiro e o ltimo conselho dado a uma mulher que foi vtima de um abuso que ela perdoe o ofensor. Enfim, a teologia prtica falar com compaixo queles que enfrentam a dor, apontando para realidades mais profundas que a dor. Cabemos, aqui a ministrar a cura da alma, orientado o abatido a perdoar, pois assim estar liberto do seu passado e poder caminhar normalmente, e tendo paz consigo, com o seu prximo, e tambm com Deus.

II- DE ONDE VEM A DOR?

Ao pensarmos em dor, logo lembramos de sofrimento, e assim nos perguntamos: de onde vem o sofrimento? Qual a direo que esta vem para mim? minha culpa? iniciativa de Satans? Ou Deus o autor da dor? Ou ainda nos perguntamos: Por que Deus no fez (ou no faz) cessar a dor?, ou Por que comigo?. Normalmente, as perguntas de onde vem so as menos inquietantes para a maioria das pessoas. Porm elas merecem uma ateno especial, porque resultam em respostas bblicas importantes e ricas de possveis aplicaes no aconselhamento.

De onde vem a dor?

1- Dos outros. Um marido abandona a esposa pela secretria, uma esposa atinge seu marido verbalmente, uma criana morta por um motorista bbado e uma mulher estuprada por algum em quem ela confiava. Na verdade pessoas pecam contra ns, e isso di profundamente. Mas, como cristos no ficamos imobilizados quando outros pecam contra ns. Pelo contrrio temos a oportunidade de crescer mediante uma atitude de perdo que esperamos conduza ao perdo verbalmente, a reconciliao, e restaurao dos relacionamentos. Temos que ter amor por quem nos ofende e nos traz sofrimento.

2- De eu mesmo. Normalmente eu sofro porque pequei. Estou grvida fora do casamento porque sa de debaixo da segurana dos mandamentos de Deus. Meus filhos me deixaram porque eu constantemente os provoquei e fui duro com eles. Estou fisicamente doente pela inveja que me consome. Meu noivo rompeu o relacionamento devido a meus acessos de ira. Estou com enfisema pulmonar porque fumei dois maos de cigarros ao dia durante quarenta anos. Perdi meu emprego porque fui surpreendido roubando de meu empregador. E fui demitido porque tenho sido preguioso. Mas, nem tudo est perdido, porque Deus nos oferece no apenas perdo dos pecados em Cristo, mas tambm poder para nos despojar do pecado, atravs de mudana de vida. Podemos mudar, e assim o Senhor nos restaurar.

3- De Ado. A queda de Ado, tambm nos trouxe sofrimento. Embora no participamos do pecado cometido por Ado (Rm 5), foi Ado quem pecou e trouxe tristeza e morte a toda a sua descendncia. Devido ao seu pecado, experimentamos a maldio sobre toda a criao. Como resultado, passamos por acidentes que ferem, doenas e fraquezas fsicas, perda de pessoas amadas e trabalho rduo. E assim, a maldio resultante do pecado de Ado deve fazer com que no amemos demasiadamente o mundo. Devemos prever algo melhor para nossas vidas. Vida plena com o Senhor.

4- E como revela o livro de J, h ainda outras duas:

a- Satans. Ele como Leo que ruge procurando algum para devorar (1Pe 5:8). Alegra-se em enviar sofrimento sobre o povo de Deus. O livro de J aponta para Satans como um inimigo que usa o sofrimento para levar avante os planos de seu reino. Ele um homicida (Jo. 8:44) que inflige sofrimento p;ela dor fsica e pela perda. O tormento do apstolo Paulo por meio do mensageiro de Satans(2 Co. 12:7) ilustra como Satans est claramente em cena no sofrimento fsico. Mas, ele pode ir alem da dor fsica, usando mentiras e acusaes, e promovendo diviso no corpo de Cristo, Satans esfora-se para nos levar ao desnimo e ao questionamento da bondade de Deus. Porm, nunca devemos nos deixar abater, porque o Senhor a nossa rocha para ancorar nossa embarcao e assim sobrevivermos as tempestades.

b- E de Deus. Por que comigo? Mas, verdade que Deus causa sofrimento? Noemi certamente cria nisto. Voltando para sua terra natal, depois de perder o marido e os filhos, ela disse: Grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso (Rt. 1:20). E ela estava certa. Ela estava cega para o plano completo de Deus, mas estava certa. A mulher de J tambm cria na ao de Deus no sofrimento quando aconselhou o seu marido: Amaldioa a Deus e morre (J 2:9). Seu conselho era pecaminoso, mas seu entendimento de que Deus estava acima do sofrimento de J era verdadeiro. Lamentaes e Habacuque so verdadeiros tratados a respeito de como a f aceita e ao mesmo tempo luta com a mo de Deus no sofrimento. Mas, lembremos que tal sofrimento s nos acontece por causa da permisso de Deus. Por isso tambm os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendam a sua alma ao fiel Criador, na prtica do bem (1 Pe. 4:19).

Jesus para Ele que devemos olhar, se no desejarmos que as pessoas roubem a nossa alegria. Ele sempre a soluo, a esperana de uma vida melhor. Conduza assim o abatido a uma vida somente para o Senhor, pois Ele o abenoar sempre, e as fronteiras do mal na certa cairo.

III- COMO AJUDAR OS SOFREDORES?

A estratgia bblica contrabalanar o sofrimento. A princpio todo o peso parece estar do lado do sofrimento. como se os sofredores fossem incapazes de ver algumas coisas alm de sua dor. Gradualmente, fixando os olhos em Jesus, eles descobrem pesos de glria cuja carga equilibra a do seu sofrimento. Estes pesos de glria incluem: 1- Os sofrimentos de Cristo; 2- A alegria de ter os pecados perdoados; 3- O contentamento de obedecer a Cristo em pequenas coisas em meio a uma grande provao; 4- A presena de Deus em nossa vida; 5- E a esperana da eternidade. Mas, para cumprir essa estratgia, os sofredores precisam ser surpreendidos tanto pelo amor pessoal de Deus como pela glria transcendente de Deus; eles precisam ser conduzidos ao conhecimento de Deus para que obedecer a Deus, confiar nEle e adora-LO torne-se algo irresistvel.

Personagens bblicos que enfrentaram o sofrimento podem nos orientar. Quando os descobrimos nas Escrituras, como se eles viessem ao nosso encontro, tomassem-nos pela mo, e nos conduzissem a verdades que so mais profundas que o sofrimento. Em primeiro lugar, considere J, um companheiro para muitos sofredores. Em J 1:21, ele diz: o Senhor e deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! (J 1:21). Aps terrveis perdas, esta a primeira resposta de J. Ele adorou a Deus. O peso da glria de deus foi maior que o peso do seu sofrimento. Semelhantemente, Sadraque, Mesaque e Abdnego disseram diante da morte na fornalha: Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrar da fornalha de fogo ardente e das tuas mos, rei. Se no, fica sabendo, rei, que no serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste (Dn. 3: 17,18). Deparando-se com o sofrimento, ou a ameaa de sofrimento e de morte, sabiam que eram chamados a depender exclusivamente de Deus.

A estratgia de aconselhamento que oferecemos a seguir consiste de cinco afirmaes para orientar o apoio e conselho dirigido queles que sofrem. Todas elas so introduzidas pela expresso Deus diz como meio de enfatizar que Deus fala claramente ao sofredor por meio de Sua Palavra. Cada uma delas um peso de glria que contrabalana a dor pessoal. As cinco frases so:

1- Deus diz: Expresse seu sofrimento em palavras. Deus encoraja os sofredores a falar honestamente com Ele. Deus deseja ouvir as profundezas do corao. Na verdade, quando somos incapazes de nos pronunciar perante Ele, Deus nos d palavras para expressar estes silncios.

2- Em casos de vitimizao evidente, Deus diz: Pecaram contra voc. Deus fala s vtimas. Ele as ajuda a identificar o verdadeiro responsvel pela violao. Embora a vtima seja certamente pecadora como todos ns a nfase inicial de Deus mostrar que ele a favor da vtima e da justia.

3- Deus diz: Eu estou ao seu lado e amor voc. Ele dirige o nosso corao para o Senhor, e nos conduz a amar a Deus e ao prximo.

4- Deus diz: Saiba que Eu sou Deus. Para contrabalanar o sofrimento, Deus nos conforta com o fato de que o mundo no catico. Ele o Deus soberano que reina. Nem o sofrimento nem Satans esto acima Dele.

5- Deus diz: H um propsito no sofrimento. Jay Adams em seu livro How to Handle Trouble (Como lidar com as dificuldades), resume sua abordagem bblica ao sofrimento da seguinte maneira: Deus est no sofrimento, Deus est operando algo, e Deus est acima de toda a criao, Ele tem propsitos soberanos no sofrimento e Seus propsitos so para o bem.

Enfim, o sofrimento revela a eternidade, emprestando claridade para identificarmos realidades mais amplas do reino de Deus.

IV- AMOR INCONDICIONAL - BEM AVENTURADOS OS QUE CHORAM, PORQUE SERO CONSOLADOS. Mt. 5: 4.

Amor incondicional, em sua definio contempornea comea e termina com simpatia e empatia, com aceitao sem restrio. Em resumo, eu aceito voc com . E tambm, quando o Senhor olha para voc. Ele se preocupa com voc, e o aceita, transforma, alimenta-o e o quer para sempre. Na verdade amor incondicional, s o amor de Deus.

Bem-aventurados, felizes.

Os que choram, so aqueles que lamentam seus prprios pecados. Possuem um sentimento de angstia por causa do pecado caracteriza o homem bem-aventurado. Mas o arrependimento genuno concede o conforto para o crente. Considerando que Cristo levou sobre si os pecados de todos os homens, o conforto do perdo completo est disposio imediata.

Consolados, confortados.

Dizer que o amor de Deus um amor incondicional quase como dizer a luz do sol ao meio-dia como uma luz de flash na escurido. Mas, a Bblia ainda nos conta histrias maravilhosas, menciona metforas emocionantes, e desenvolve uma teologia detalhada para nos informar a respeito do amor incondicional. Vejamos: Voc precisa da coroa de espinhos. Voc precisa de um toque de vida semelhana do filho da viva de Naim. Voc precisa da promessa que foi feita ao ladro arrependido. Voc precisa ouvir que: de maneira alguma te deixarei, nunca jamais tem abandonarei. Voc precisa de perdo. Voc precisa de um Pastor, um Pai, um Salvador. Voc precisa se tornar semelhante quele que ama voc. Voc precisa do melhor do amor de Jesus.

Jesus, alm de se humilhar e sofrer, tambm morreu do mais maldito tipo de morte pra revelar o seu amor mais profundo por todos ns. Muitos esto dispostos a viver em comunho com as pessoas, desde que isto no lhes custe nada. Jesus no mediu as conseqncias quando manifestou o seu amor incondicional. Ele foi para a cruz como ovelha muda diante dos seus tosquiadores (Is 53). Ele no abriu a sua boca. Ele n>ao revidou ultraje com ultraje. Ele no amaldioou nem lanou contra os seus algozes libelos imprecatrios, mas intercedeu junto ao Pai por eles e ainda defendeu-lhes a causa: Pai, perdoa-lhes, porque no sabem o que fazem. O amor pensa no outro em primeiro lugar. O segredo da verdadeira comunho esta palavra: outros. O amor incondicional eterno e suplantador.

Em verdade o adjetivo incondicional tem uma linhagem teolgica nobre no que diz respeito graa perseverante e liberalmente concedida por Deus. Ser que eu deveria me sentir vontade com a maneira como ele comumente usado? Ser o uso atual expressa esta carga teolgica prtica? Mas, h maneiras bblicas e vvidas para captar melhor estas verdades, que so:

1- O amor verdadeiramente bondoso inclui zelo, auto-sacrifcio e um chamado mudana (Is. 49:15, 16; I Ts. 2:7-12).

2- O chamado para que voc d apoio s lutas de uma pessoa pode ser assim expresso: O amor paciente, ... sejais longnimos para com todos (1 Co. 13.4; 1 Ts. 5.14).

3- Graae ddivacaptam a qualidade de livre e imerecido do amor de Deus com menos ambigidade que incondicional (2 Co. 9:15; Rm. 6:23; Ef. 2: 4-10).

4- E Deus d as boas-vindas ao mpio, e diz: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores(1Tm. 1:15). Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por ns (Ef. 5:2). O evangelho uma histria de ao, no uma atitude de aceitao.

Enfim, o amor incondicional implica em obedincia perfeita esvaziar-se de si mesmo em detrimento do seu semelhante. amar para ser amado.

CONCLUSO

O consolo levar o abatido a curar-se das suas feridas. Mas, querer ser curado estar disposto a despir-se de toda autopiedade ou sentimentos que esto sempre nos dizendo que no nascemos para ser felizes.

O contexto bblico em que esta pergunta foi feita uma das maiores ilustraes acerca da realidade que nos cerca. Em Joo 5.1-8, nesta passagem, encontramos um homem deitado beira de um tanque chamado Betesda, que quer dizer Casa da Misericrdia. Este homem estava beira deste tanque h trinta e oito anos, vendo pessoas sendo curadas, sem que ele mesmo tivesse sua prpria experincia de cura. Diz a tradio que, em certo tempo, um anjo descia do cu e agitava a gua do tanque, e o primeiro que entrasse ficava curado (v.4). Existem hoje milhes de pessoas dentro ou fora da igreja que tm visto o movimento das guas na vida de muita gente sem que elas mesmas sejam curadas. Vivem apenas beira do tanque, cheias de amarguras, depresses, inferioridades e coisas semelhantes. Observe que na passagem em apreo existiam quatro classes de pessoas que precisavam ser curadas. E quem sabe voc faz par de uma dessas classes? Diz o versculo trs que na beira do tanque havia enfermos, cegos, coxos e paralticos. Todas essas quatro classes estavam bem perto de onde o poder de Deus se manifestava, mas continuavam carentes de cura, como no caso deste homem que estava ali h trinta e oito anos, repito. Analise cada circunstncia e veja que relao possui com a sua vida:

1- Enfermos- Na beira deste tanque encontramos esta primeira classe. A classe daqueles que, apesar de assistirem ao milagre, no conseguiam reunir foras para mergulhar no tanque quando as guas eram agitadas. Alm disto, tambm no encontravam quem os afundasse. o que expressa o homem a Jesus: (...) no tenho ningum que me ponha no tanque quando as guas so agitadas (...). (v.7). Esta a realidade de muita gente por a, que alm de no encontrarem foras para reagir contra as amarguras, as depresses e as dores da alma, tambm no encontram ningum para lhes ajudarem, e por isto viem no isolamento, padecendo de um profundo sentimento de abandono.

2- Cegos- Outra classe dos que aguardam a cura daqueles que apesar de saber que Deus poderoso para mudar o quadro de suas vidas, no conseguem enxergar, pois so cegos. Esses, ao contrrio dos enfermos, possuem foras para caminhar at o tanque, e encontrar quem lhes ajude, porm nunca conseguem eles mesmos enxergar a direo. Esto sempre precisando de quem os carregue. Este tipo de pessoa ouve falar do poder curador, mas no consegue v-lo em suas prprias vidas.

3- Coxos- A inconst6ancia um dos mais destacveis resultados das doenas da alma. Esta classe pertence queles que so mancos no caminhar. Estavam na beira, mas no conseguiam chegar ao tanque, por possurem um caminhar vacilante. As doenas emocionais promovem uma espcie de dupla personalidade, que ora permite-nos viver momentos de felicidade, ora mergulha-nos em profundos sentimentos amargos. Esta classe de pessoas faz com que as pessoas ao redor se afastem cada vez mais, por no saberem qual o estado emocional do dia. O coxo aquele que precisa decidir se ser um tmulo emocional ambulante, ou definitivamente a habitao do Esprito de Deus.

4- Paralticos- Esta classe formada por aqueles que um dia caminharam, correram e coisas similares, mas, de sbito, abatidos por alguma circunst6ancia foram paralisados. Tiveram at, quem sabe, um passado saudvel, mas algo trgico ocorreu, paralisando o gozo, a alegria, a esperana, a vontade de tentar outra vez.

Quem foi o abatido a ser consolado por voc, estando este com uma dor to profunda que paralisou sua vida emocional, sua felicidade para amar e se relacionar? Pode ser que ele esteja lendo esta apostila e, emocionalmente falando, esteja beira de um tanque, esperando o movimento das guas para que voc seja curado, ou estendendo a mo para ajudar algum em sua cura, porm sente-se ainda paralisado na esperana. Amado, levanta e anda. Toma a tua cama e levanta-se dali, pois a tua f te salvar. Amm.

BIBLIOGRAFIA

1- JOAQUIM, M. ANTNIO. Vencendo os conflitos da alma. Braslia, 1995.

2- LOPES, H. DIAS. Ladres da alegria. Ed. xodos, So Paulo, 1998.

3- PFEIFFER, C.F. e outros. Comentrio Bblico Moody. Impresa Batista Re

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