Apostila ANATEL-Tecnico Completa(1)

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CONCURSOS Agência Nacional de Telecomunicações NÍVEL MÉDIO TÉCNICO EM REGULAÇÃO LÍNGUA PORTUGUESA INFORMÁTICA ÉTICA DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO ADMINISTRATIVO

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aPOSTILA TECNICO DA ANATEL

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CONCURSOS

Agncia Nacional de Telecomunicaes

NVEL MDIO TCNICO EM REGULAO

LNGUA PORTUGUESA INFORMTICA TICA DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO ADMINISTRATIVO

PublisherTODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reproduo, distribuio e comercializao total ou parcial, por qualquer meio ou processo sem a expressa autorizao da Editora e da Distribuidora. A violao dos direitos autorais punvel como crime (arts. 184 186 e pargrafos, do Cdigo Penal Brasileiro), com pena de priso e multa, conjuntamente com busca e apreenso e indenizaes diversas (arts. 101 a 110 da Lei n 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

Ficha Catalogrfica

APOSTILA ANATEL: Nvel Mdio Coleo Concursos Digitais. 760 p.

Tcnico. 2009.

Sumrio

FASCCULO LNGUA PORTUGUESA INFORMTICA TICA DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO ADMINISTRATIVO CONHECIMENTOS ESPECFICOS

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FA SC CU L O L N GU A PORT U GU ESA

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LNGUA PORTUGUESACOMPREENSO, INTERPRETAO E REESCRITURA DE TEXTOS Compreender um fato analis-lo com todos os detalhes, com todas as conseqncias relacionadas a esse fato, por exemplo quando ouvimos dizer que mais algumas pessoas foram dispensadas do emprego, temos que compreender este fato, analis-lo levando em conta a situao econmica do pas como um todo e no apenas olhar a situao daquela empresa que dispensou os funcionrios. compreenderemos, assim, as razes que levaram mais uma empresa a demitir, analisaremos mais a fundo a questo para no ficarmos s com aquela impresso de que mandou embora porque mau, pois h outras razes que, s vezes, no aparecem. Interpretar significa comentar, explicar algo. Podemos dizer que interpretar um fato dar a ele um valor, uma importncia pessoal. Para mim, o fato do Flamengo estar fazendo uma campanha desastrosa muito triste, para outro torcedor, do Palmeiras, isto pode ser uma alegria! Mas, o que tem isso a ver com compreenso e interpretao de textos? Compreendemos um texto, quando o analisamos por inteiro, quando o vemos por completo. Interpretamos um texto, quando damos a ele um valor pessoal, um valor nosso. Por exemplo, um fato ocorre numa rua, muitas pessoas presenciam-no, se o reprter entrevistar cada uma das pessoas que viu o fato, ter histrias diferentes e todas verdadeiras, todas com um valor pessoal diferente. Mas, como, ento faremos a compreenso e a interpretao do texto, se cada pessoa possui uma maneira pessoal de entender e interpretar os fatos? A resposta no simples. Apesar do texto possibilitar as variadas interpretaes, ele possui uma estrutura interna, um jeito prprio de ser que garante uma idia principal, a do autor, quando escreveu o texto. O autor pensa em algo quando escreve o texto, ns, quando lemos o texto, podemos dar a ele nosso valor, nossa interpretao pessoal ao texto, mas mesmo assim, ele ainda possuir uma idia bsica, cabe a ns tambm acharmos essa idia. Nas provas, essa idia que precisamos encontrar ao lermos o texto e ao responder as questes de interpretao. O primeiro passo para interpretar um texto, depois de l-lo, identificar qual o tipo de texto que lemos. H trs tipos de texto bsicos: a) Descrio b) Narrao c) Dissertao NARRAO: um texto narrativo, quando ele conta um fato seja ele verdadeiro ou no (real ou ficcional). DESCRIO: um texto uma descrio, quando caracteriza, fotografa, conta os detalhes de algum, de uma paisagem, de um animal, de um sentimento, etc. DISSERTAO: um texto uma dissertao, quando discute uma idia, defende uma proposta. Cada tipo de texto possui uma maneira especfica de ser escrito, importante dizer que na NARRAO, aparece o texto descritivo; nas provas no aparece o texto descritivo sozinho, ele sempre vem includo na histria.SRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TCNICO EM REGULAO 7

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ELEMENTOS BSICOS DA ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO NARRADOR: aquele que conta a histria para ns (que quando lemos somos leitores). PERSONAGEM: aquele ou aquela que vive a histria; personagem pode ser pessoa, animal, objeto, etc. H a personagem protagonista, que sempre do lado do bem; h a personagem antagonista que sempre personagem do mal. ESPAO: o local onde acontece a histria, pode ser um local que existe (real) ou no (ficcional). TEMPO: quando aconteceu a histria, no passado, no presente ou no futuro. O FATO: o motivo que deu origem histria; a histria toda comeou, por causa do fato. Vamos agora dar alguns exemplos de interpretaco de texto.

ALGUNS ELEMENTOS BSICOS DA DISSERTAO INTRODUO: nela apresentamos nossa proposta (tese), a idia que queremos defender. DESENVOLVIMENTO: nele apresentamos nossas provas, para defendermos nossas idias, apresentamos exemplos, nmeros, tudo que possa contribuir para defender nossa idia. CONCLUSO: aqui daremos um fecho para nossa idia, diremos se para agora, se nunca poder ser feita, apesar de ser uma boa idia, etc. Texto 1 O CARACOL E A PITANGA MilIor Fernandes H dois dias o caracol galgava lentamente o tronco da pitangueira, subindo e parando, parando e subindo. Quarenta e oito horas de esforo tranqilo, de caminhar quase filosfico. De repente, enquanto ele fazia mais um movimento para avanar, desceu pelo tronco, apressadamente, no seu passo fustigado e gil, uma formiga-maluca, dessas que vo e vm mais rpidas que coelho de desenho animado. Parou um instantinho, olhou zombeteira o caracol e disse: Volta, volta, velho! Que que voc vai fazer l em cima? no tempo de pitanga. Vou indo, vou indo. - respondeu calmamente o caracol. Quando chegar l em cima vai ser tempo de pitanga. (Texto retirado do livro Fbulas Fabulosas - Editora Nrdica Ltda.) 1) Quem so os personagens dessa histria? ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ 2) Diga quem o protagonista e o antagonista. ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................

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3) A formiga-maluca descrita de que maneira? ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ 4) O caracol descrito de que maneira? ................................................................................................................................................ .................................................................................................................. 5) A formiga, quando mandou o caracol voltar, teve qual inteno? a) ser amvel e fazer um favor ao caracol b) ser sincera, apesar de ser maluca. c) ser irnica, ridicularizando a lerdeza do caracol. d) ser a primeira a chegar l em baixo. e) n.d.a. 6) Qual o provrbio que melhor resume a histria? a) b) c) d) e) Segues a formiga se quiseres viver sem fadiga, Com bom sol se estende o caracol. A fruta proibida a mais gostosa. Caminho comeado meio caminho andado. n.d.a. Texto 2 CLARISSA

Clarissa desperta alegre e escreve em seu dirio: Hoje sbado de Aleluia. Vou ao baile do Recreio com Lia e La. Sei que vou encontrar l as mesmas pessoas de sempre, que a orquestra vai tocar as mesmas msicas e que o Dr. Penteado vai me dizer as mesmas frases. No faz mal. Ao menos a gente se diverte um tiquinho. Eu j ando muito triste com essas coisas que acontecem aqui em casa. S se fala em dinheiro, negcios e coisas tristes. Todo mundo anda com cara de condenado. Se continua nessa vida, acabo ficando velha depressa. Assim como a tia Zez. Um dia desses, estive reparando bem na carinha dela. Est toda enrugada, parece um mapa hidrogrfico que temos l no colgio. Coitadinha! No pode durar muito. Que Deus a conserve com sade! Se ela morresse, ento vinha mais tristeza e tudo ficava pior. J estou me desviando do assunto. Pois tia Zez foi moa e bonita. (Dizem, est claro que no vi). Um dia mame me mostrou um jornal do tempo antigo, todo amarelado e rodo de traa. Trazia uma noticia que falava na prendada Srta. Maria Jos de Albuquerque, uma das flores mais lindas que enfeitam os jardins de Jacareacanga. Os moos andavam ao redor dela. Houve um que lhe dedicou um livro de sonetos. Quando mame me contou isso, fiz fora para no rir na cara dela, porque tive a impresso perfeita de que os sonetos de amor eram para esta tia Zez e no para a tia Zez jovem do sculo passado. Fiquei pensando muito na velhice. Parece mentira que uma moa pode ser bonita, viva, inspirar versos a poetas, ter apaixonados e depois o tempo passa e essa moa vai ficando mais velha, mais velha, at virar passa de figo: enrugada, encurvada, de cabelos brancos, sem dentes (que horror! sem dentes!). A vida muito engraada. No, a vida muito triste. Haver coisa mais terrvel do que a gente ser velha e lembrar de que foi moa. Ser velha e ir olhar num

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espelho e ver dentro dele uma cara que quase uma caveira? E quando vem a caduquice? A resmungando pelos cantos, mascando fumo e se portando como criana de trs anos.

gente anda

S de escrever isso, j me sinto velha. Eu estou vendo a minha cara ali no espelho. Graas a Deus ainda tenho dezesseis anos. Hoje o dia est muito alegre. Os passarinhos cantam na paineira. E sbado de Aleluia e Jesus Cristo j ressuscitou. No pecado estar alegre e cantar. Ainda no fui tomar caf e so nove horas. Tenho medo de descer, dar com a cara triste de papai e ficar triste tambm. No! Preciso ir ao baile, danar um pouco e continuar alegre. Amanh a gente vira passa de figo. Vamos aproveitar a vida. 1) O texto lido : a) narrativo b) descritivo c) dissertativo d) um dilogo e) n.d.a. 2) O texto lido faz parte de um dirio. Dirio : a) um livro de cabeceira. b) um caderno onde so registrados assuntos sobre dinheiro e negcios. c) um caderno ou lbum onde se registram fatos cotidianos da vida de uma pessoa. d) um caderno onde se registram poemas dedicados pessoa. e) n.d.a.

3) Na opinio de Clarissa, o baile daquele dia seria: a) muito animado. b) muito diferente dos outros. c) muito montono. d) um pouco diferente dos outros. e) n.d.a. 4) Os acontecimentos domsticos: a) deixavam Clarissa muito alegre. b) faziam Clarissa se sentir velha. c) davam a Clarissa um ar de condenada. d) deixavam Clarissa muito triste. e) n.d.a. 5) Clarissa sentia: a) que seu assunto tinha continuidade. b) muita felicidade, pois sua famlia era alegre. c) que a morte seria o melhor remdio para a tia Zez. d) muita pena da tia Zez, pois ela estava muito velha. e) n.d.a.

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6) O jornal visto por Clarissa: a) trazia noticias sobre todos os assuntos da cidade. b) enaltecia as flores e os jardins da cidade. c) pertencia a velhos tempos, amarelecido e rodo pelas traas. d) falava sobre as prendas da Srta. Maria Jos de Albuquerque. f) n.d.a. 7) Clarissa riu porque: a) teve a impresso de que os sonetos eram de amor. b) teve a impresso de que os sonetos eram para a tia Zez velha e no para a tia Zez moa. c) um moo lhe ofereceu um livro de sonetos. d) os moos tentavam conquistar a tia Zez. e) n.d.a. 8) Segundo o texto, uma moa bonita pode: a) ficar toda velha com o passar do tempo. b) ficar de cabelos brancos, sem dentes e virar passa de figo. c) ser igual prpria vida. d) ser linda, inspiradora de poetas, viva, ter apaixonados, ficar velha, feia e desdentada. e) n.d.a. 9) Para Clarissa, a vida : a) muito engraada e no muito triste. b) no muito engraada e sim muito triste. c) muito engraada e muito triste ao mesmo tempo. d) uma coisa terrvel, com lembranas da mocidade. e) n.d.a. 10) Ser velha, para Clarissa : a) olhar-se no espelho e ver caveiras. b) olhar-se no espelho e ver dentro dele a caduquice chegando c) olhar-se no espelho e ver uma velha caveira. d) olhar-se no espelho e enxergar uma quase caveira. e) n.d.a. 11) Clarissa se sentia velha em: a) escrever fatos sobre a velhice. b) pensar em andar mascando fumo, resmungando e se portando como criana de trs anos. c) em ver seu rosto no espelho. d) enxergar no espelho um rosto que era quase uma caveira. e) n.d.a. Texto 3 No nada fcil para a me que trabalha fora ouvir, na hora de sair, o filho chorar e pedir para que no v trabalhar. um momento doloroso e traumtico para a criana, que ocorre to logo ela comece a ter noo da me

como indivduo. Se for bem trabalhado, este sentimento de culpa e perda que me e filho sentem tende a desaparecer com o tempo.

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Hoje em dia, trabalhar fora no s uma opo, mas tambm uma necessidade na vida da mulher moderna, que ajuda no oramento familiar e busca sua realizao na sociedade. importante que ela entenda seus papis e seus limites no mundo moderno. Isso a ajuda a se relacionar com seu filho sem culpa, o que fundamental para a criana. A presena da me essencial para o bem-estar da criana e a separao momentnea sentida como uma perda pelo pequeno. O trabalho o grande vilo para ele, pois limita o tempo disponvel da me e muitas vezes afeta a qualidade das horas passadas com a criana. comum a mulher chegar cansada e preocupada ao fim de um dia de trabalho. Mas a maneira como vai lidar com esta situao e os sentimentos envolvidos que vai definir a reao do filho e adapt-los melhor realidade, inclusive tornando mais fcil para ele aceitar a pessoa com quem vai ficar em casa ou a tia do colgio. Revista Pais e Filhos 1) Este um texto: a) Narrativo b) Descritivo c) Dissertativo d) Narrativo-descritivo e) n.d.a. 2) O tema / o assunto do texto : a) O problema da mulher que trabalha fora, tendo filho /filhos. b) O problema da mulher que no tem filho. c) O problema da mulher desempregada. d) O problema da me solteira. e) n.d.a. 3) Por que para o autor trabalhar fora no s uma opo? a) Porque a mulher no quer mais ficar em casa. b) Porque a mulher ajuda no oramento e no sustento da casa. c) Porque a mulher quer sair para ter mais amigos e amigas. d) Porque o homem no gosta de mulher que s fica em casa. e) n.d.a. 4) Por que o trabalho visto como o grande vilo pelo filho? a) Porque trabalhar ruim. b) Porque trabalhar faz com que a me chegue cansada. o) Porque ele limita o tempo disponvel da me. d) Porque o filho fica com cimes. e) n.d.a. 5) Qual a soluo que o autor apresenta para o problema da me trabalhar fora? a) No trabalhar. b) Trabalhar em casa, fazendo doces e salgados. o) No ter filhos. d) Ter duas empregadas. e) n.d.a.

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Respostas Texto 1 1) O caracol e a formiga-maluca 2) Protagonista: caracol Antagonista: formiga-maluca 3) gil, rpida e zombeteira 4) Tranqilo, sbio e velho 5) c Texto 2 1) a 8) d 11) a 3) c Texto 3 1) c 4) d 6) c 2) a 7) b 9) b 3) b 4) c 5) e 10) d 2) c 5) d

Obs.: No se esquea de que as suas respostas devem ser retiradas do texto, daquilo quem est escrito no texto.

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REESCRITURA DE TEXTOS, INCLUINDO DOMNIO DAS RELAES MORFOSSINTTICAS, SEMNTICAS E DISCURSIVAS. Para se entender melhor o domnio das relaes, preciso distinguir a lngua em duas situaes: a de pensamento e a de comunicao, salientando que qualquer atividade Iingstica est impregnada na viso do mundo que os usurios tem. Existem dois momentos na gramtica portuguesa: a gramtica da palavra e a gramtica da frase. A gramtica das palavras se divide em dez classes, a gramtica da frase tem relaes com critrios ora morfossintticos, dividindo a orao em termos essenciais e acessrios; ora sintticos, tratando da transitividade direta e/ou indireta, considerando a unidade lingstica da frase um pouco mais complexa que a da palavra. A relao entre a Morfologia e a Sintaxe denomina-se Morfossintaxe, cabe a ela a anlise formadores de palavras e das frases e das regras a que obedecem quando se relacionam. Veja, abaixo, a reunio dessas duas anlises na orao: Elas so to lindas. Morfologia Anlise morfolgica (classes gramaticais) Elas - pronome pessoal so - verbo to - advrbio lindas - adjetivo Sintaxe Anlise sinttica (funo das palavras) Elas - sujeito so to lindas predicado to - adjunto adverbial lindas predicativo do sujeito dos elementos

(Anlise Sinttica)

orao sujeito

predicado ncleo so pronome to verbo

v. de ligao

adjunto adverbial lindas.

pred. do sujeito

Elas

advrbio

adjetivo

(Anlise Morfolgica) Atravs da semntica, estudamos as mudanas de significado sofridas pelas formas lingsticas atravs do tempo e do espao. As relaes de significado entre as palavras constituem um poderoso instrumento de organizao dos textos. As palavras de significados opostos como amor / dio ou vida / morte so chamadas de antnimos; as palavras de significados prximos como gostoso / saboroso ou agradvel / aprazvel so chamadas de sinnimas. Todo texto, oral ou escrito, produzido num determinado contexto que envolve aspectos como quem est falando, com quem, por que, dando o sentido global do texto. E atravs desse conjunto de fatores que formam a situao, a qual chamamos contexto discursivo.SRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TCNICO EM REGULAO 14

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TIPOLOGIA TEXTUALNARRAO, DESCRIO E DISSERTAO

NARRAO: Desenvolvimento de aes. Tempo em andamento. DESCRIO: Retrato atravs de palavras. Tempo esttico. DISSERTAO: Desenvolvimento de idias. Temporais/Atemporais.

Texto Em um cinema, um fugitivo corre desabaladamente por uma floresta fechada, fazendo zigue-zagues. Aqui tropea em uma raiz e cai, ali se desvia de um espinheiro, l transpe um paredo de pedras ciclpicas, em seguida atravessa uma correnteza a fortes braadas, mais adiante pula um regato e agora passa, em carreira vertiginosa, por pequena aldeia, onde pessoas se encontram em atividades rotineiras. Neste momento, o operador pra as mquinas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o fugitivo), com ambos os ps no ar, as pernas abertas em largussima passada como quem corre, um menino com um cachorro nos braos estendidos, o rosto contorcido pelo pranto, como quem oferece o animalzinho a uma senhora de olhar severo que aponta uma flecha para algum ponto fora do enquadramento da tela; um rapaz troncudo puxa, por uma corda, uma gua que se faz acompanhar de um potrinho to inseguro quanto desajeitado; um paj velho, acocorado perto de uma choa, tira baforadas de um longo e primitivo cachimbo; uma velha gorda e suja dorme em uma j bastante desfiada rede de embira fina, pendurada entre uma rvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma cabana recm-construda, limpa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas...

Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte: Narrar contar uma histria. A Narrao uma seqncia de aes que se desenrolam na linha do tempo, umas aps outras. Toda ao pressupe a existncia de um personagem ou actante que a prtica em determinado mo-mento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de que um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ao, espao e tempo em desenvolvimento. Os outros dois componentes da narrativa so: narrador e enredo ou trama.

Descrever pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por no se preocupar com a seqncia das aes, com a sucesso dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrio encara um ou vrios objetos, um ou vrios personagens, uma ou vrias aes, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma mesma frao da linha cronolgica. a foto de um instante. A descrio pode ser esttica ou dinmica.

A descrio esttica no envolve ao. Exemplos: "Uma velha gorda e suja." "rvore seca de galhos grossos e retorcidos."

A descrio dinmica apresenta um conjunto de aes concomitantes, isto , um conjunto de aes que acontecem todas ao mesmo tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir do momento em que o operador pra as mquinas projetoras, todas as aes que se vem na tela esto ocorrendo simultaneamente, ou seja, esto compondo uma descrio dinmica. Descrio porque todas as aes acontecem ao mesmo tempo, dinmica porque inclui aes.

Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idias, de juzos, de pensamentos. Exemplos: "As circunstncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..." "Nem a vontade, nem a razo podem agir independentemente de seu condicionamento passado."

Nesses exemplos, tomados do historiador norte-americano Carlton Hayes, nota-se bem que o emissor no est tentando fazer um retrato (descrio); tambm no procura contar uma histria (narrao); sua preocupao se firma em desenvolver um raciocnio, elaborar um pensamento, dissertar. Quase sempre os textos, quer literrios, quer cientficos, no se limitam a ser puramente descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto um complexo, uma composio, uma redao, onde se

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misturam aspectos descritivos com momentos narrativos e dissertativos e, para classific-lo como narrao, descrio ou dissertao, procure observar qual o componente predominante.

Exerccios de fixao Classifique os exerccios a seguir como predominantemente narrativos, descritivos ou dissertativos.

I. Macunama em So Paulo Quando chegaram em So Paulo, ensacou um pouco do tesouro para comerem e barganhando o resto na bolsa apurou perto de oitenta contos de ris. Maanape era feiticeiro. Oitenta contos no valia muito mas o heri refletiu bem e falou pros manos: - Pacincia. A gente se arruma com isso mesmo, quem quer cavalo sem tacha anda de a-p... Com esses cobres que Macunama viveu.(ANDRADE, Mrio de. Macunama, o heri sem nenhum carter. 15 ed., So Paulo, Martins, 1968. p. 50.)

II. Subrbio O subrbio de S. Geraldo, no ano de 192..., j misturava ao cheiro de estrebaria algum progresso. Quanto mais fbricas se abriam nos arredores, mais o subrbio se erguia em vida prpria sem que os habitantes pudessem dizer que a transformao os atingia. Os movimentos j se haviam congestionado e no se poderia atravessar uma rua sem deixar-se de uma carroa que os cavalos vagarosos puxavam, enquanto um automvel impaciente buzinava lanando fumaa. Mesmo os crepsculos eram agora enfumaados e sanguinolentos. De manh, entre os caminhes que pediam passagem para a nova usina, transportando madeira e ferro, as cestas de peixe se espalhavam pela calada, vindas atravs da noite de centros maiores.(LISPECTOR, Clarice. A cidade sitiada. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1982. p. 13.)

III. So Paulo Que aconteceria, entretanto, se se conseguisse dar de repente a todos esses prias uma moradia condigna, uma vida segundo padres civilizados, altura do que se ostenta nas grandes avenidas do centro, com seu trnsito intenso, suas lojas de Primeiro Mundo e seus yuppies* esbaforidos na tarefa de ganhar dinheiro? A est outro aspecto da tragdia, tambm lembrado por Severo Gomes. Explica-se: So Paulo o maior foco de migraes internas, sobretudo do Nordeste; no dia em que as chagas da misria desaparecessem e a dignidade da existncia humana fosse restaurada em sua plenitude, seriam atradas novas ondas migratrias, com maior fora imantadora. Assim, surgiriam logo, num crculo vicioso, outros focos de misria.(CASTRO, Moacir Werneck de. Alarma em So Paulo. Jornal do Brasil, 9 mar. 1991.)

IV. A Declarao Universal dos Direitos. Humanos, aprovada em 1948 pela Assemblia-Geral das Naes Unidas, manteve-se silente em relao aos direitos econmicos, sociais e culturais, o que era compreensvel pelo momento histrico de afirmao plena dos direitos individuais.

V. "Depois do almoo, Lencio montou a cavalo, percorreu as roas e cafezais, coisa que bem raras vezes fazia, e ao descambar do Sol voltou para casa, jantou com o maior sossego e apetite, e depois foi para o salo, onde, repoltreando-se em macio e fresco sof, ps-se a fumar tranqilamente o seu havana."

VI. "Os encantos da gentil cantora eram ainda realados pela singeleza, e diremos quase pobreza do modesto trajar. Um vestido de chita ordinria azulclara desenhava-lhe perfeitamente com encantadora simplicidade o porte esbelto e a cintura delicada, e desdobrando-se-lhe em rodas amplas ondulaes parecia uma nuvem, do seio da qual se erguia a cantora como Vnus nascendo da espuma do mar, ou como um anjo surgindo dentre brumas vaporosas."

VII. "S depois da chegada de Malvina, Isaura deu pela presena dos dois mancebos, que a certa distncia a contemplavam cochichando a respeito dela. Tambm pouco ouvia ela e nada compreendeu do rpido dilogo que tivera lugar entre Malvina e seu marido. Apenas estes se retiraram ela tambm se levantou e ia sair, mas Henrique, que ficara s, a deteve com um gesto."

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VIII. "Bois truculentos e ndias novilhas deitadas pelo gramal ruminavam tranqilamente sombra de altos troncos. As aves domsticas grazinavam em torno da casa, balavam as ovelhas, e mugiam algumas vacas, que vinham por si mesmas procurando os currais; mas no se ouvia, nem se divisava voz nem figura humana. Parecia que ali no se achava morador algum."(GUIMARAES, Bernardo. A escrava Isaura. 17 ed., So Paulo, tica, 1991.)

IX. A demisso um dos momentos mais difceis na carreira de um profissional. A perda do emprego costuma gerar uma srie de conflitos internos: mgoa, revolta, incerteza em relao ao futuro e dvidas sobre sua capacidade. Mesmo sendo uma possibilidade concreta na vida de qualquer profissional, somos quase sempre pegos de surpresa pela notcia.

X. No basta a igualdade perante a lei. preciso igual oportunidade. E igual oportunidade implica igual condio. Porque, se as condies no so iguais, ningum dir que sejam iguais as oportunidades.

XI. "A palavra nepotismo foi cunhada na Idade Mdia para designar o costume imperial dos antigos papas de transformar sobrinhos e netos em funcionrios da Igreja. Meio milnio depois, tais hbitos se multiplicaram na administrao pblica brasileira. Investidos em seus mandatos, os deputados de Braslia chamam a famlia para assessor-los, como se fossem levar problemas domsticos, e no os da comunidade, para o plenrio."

GABARITO I Narrativo II Descritivo III - Dissertativo-Argumentativo IV - Dissertativo V Narrativo VI Descritivo VII Narrativo VIII Descritivo IX Dissertativo X Dissertativo XI - Dissertativo-Informativo

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PARFRASE, PERFRASE, SNTESE E RESUMOPARFRASE Parfrase o comentrio amplificativo de um texto ou a explicao desenvolvida de um texto. O maior perigo que enfrenta quem explica um texto a parfrase. Vamos tomar como exemplo: "Um gosto que hoje se alcana, Amanh j no o vejo; Assim nos traz a mudana De esperana em esperana E de desejo em desejo. Mas em vida to escassa Que esperana ser forte? Fraqueza da humana sorte, Que, quanto na vida passa, Est receitando a morte." (Cames)

Eis aqui um tipo de parfrase: "Lus Vaz de Cames, o grande poeta luso, nos fala, nestes versos, da fugacidade dos bens, que hoje alcanamos e amanh perdemos; mesmo a esperana e os desejos so frgeis e a prpria vida se esvai rapidamente, caminhando para a morte. Tinha o poeta muita razo, pois, realmente, na vida, todos os gostos terrenos se extinguem como um sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando alguma coisa, tem constantemente a alma preocupada com o seu destino. Ora, mesmo que chegue a realizar seus sonhos, estes no perduram ...

Poderamos, assim, continuar indefinidamente, dando voltas ao redor do texto, sem penetrar em seu interior, sem saber o que que realmente existe nele. Ou ento, tendo em mente a forma em que o poema construdo, poderamos acrescentar umas observaes vulgares: " ... estes versos so muito bonitos; soam muito bem e elevam o esprito. Constituem uma dcima."

Um exerccio realizado assim no uma explicao, palavreado intil. A parfrase pode ser bela quando realizada por um grande escritor ou por um bom orador. No devemos usar o texto como pretexto, ou seja, o comentrio de um texto no deve servir de meio para expormos certos conhecimentos que no iluminam ou esclarecem diretamente a passagem que comentamos. Para tornar isto claro, voltemos ao exemplo anterior. Se algum tomasse a estrofe de Cames como pretexto para mostrar seus conhecimentos histrico-literrios poderia escrever, por exemplo, o seguinte: "Estes versos so de Lus Vaz de Cames. Este poeta nasceu em Lisboa, em 1524. Supe-se que estudou em Coimbra, onde teria iniciado suas criaes poticas. Escreveu poesias lricas, peas de teatro e Os Lusadas , o imortal poema pico da raa lusitana..."

Quem assim procede perde-se num emaranhado de idias secundrias, desprezando o essencial. Utiliza o texto como pretexto, mas no o explica. Para comentar ou explicar um texto no devemos deter-nos em dados acidentais, perdendo de vista o que mais importante. Em resumo: 1_) explicar um texto no consiste em uma parfrase do contedo, ou em elogios banais da estrutura. 2_) no consiste, tambm, num alarde de conhecimentos a propsito de uma passagem literria.

EXPLICAR E NO PARAFRASEAR Embora no se trate de uma tarefa demasiado difcil, comentar um texto consiste em ir raciocinando, passo a passo, sobre o porqu daquilo que o autor escreveu. Isto pode ser feito com maior ou menor profundidade. Podemos concluir que explicar um texto ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e de como o diz. Podemos acrescentar, ainda, que uma determinada passagem (ou texto) poder ter explicaes (interpretaes) diferentes, conforme a cultura, a sensibilidade e at mesmo a habilidade de quem as realizar.

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A interpretao de textos exige uma ordem, afim de que as observaes no se misturem. As fases que constituem o comentrio obedecem, pois, seguinte ordem:

1) LEITURA ATENTA DO TEXTO A explicao inicia-se, logicamente, com a leitura atenta do texto, que nos levar sua compreenso. Para isto preciso ler devagar e compreender todas as palavras. Logo, esta fase requer o uso constante do dicionrio, o que nos proporciona conhecimentos que sero teis em certas ocasies, tais como provas e exames, quando j no ser possvel recorrer a nenhuma fonte de consulta. Ao consultar o dicionrio, temos que ficar atentos aos vrios sinnimos de uma palavra e verificar somente a acepo que se adapta ao texto.

Observe:

"Cordeirinha linda / Como folga o povo Porque vossa vinda /Lhe d lume novo." (Anchieta)

Folgar = tornar largo; descansar; divertir-se; regozijar-se.

Qual destas acepes interessa ao texto, para que o entendamos? A resposta regozijar-se.

2) LOCALIZAO DO TEXTO Em primeiro lugar, devemos procurar saber se um determinado texto independente ou fragmento. Geralmente percebemos isto no primeiro contato com o texto. Quando se tratar de um texto completo, devemos localiz-lo dentro da obra total do autor. Quando se tratar de um fragmento, devemos localiz-lo dentro da obra total do autor e a que obra pertence. Se no nos for dito se o texto est completo ou fragmentrio, iremos consider-lo como completo se tiver sentido total.

3) DETERMINAO DO TEMA O xito da interpretao depende, em grande parte, do nosso acerto neste momento do exerccio. Procuremos fixar o conceito de tema. Isto exige ateno e reflexo. a fase de importncia capital, pois dela depende o sucesso do trabalho, que interpretar. Consideremos, por exemplo, a seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos: Estavam no ptio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e tambm deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os moradores tinham fugido. Fabiano procurou em vo perceber um toque de chocalho. Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forar a porta. Encontrando resistncia, penetrou num cercadinho cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcanou o terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um p de turco e o prolongamento da cerca do curral. Trepou-se no mouro do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus. Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo teno de hospedar ali a famlia. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e no quis acord-los. Foi apanhar gravetos, trouxe do chiqueiro das cabras uma braada de madeira meio roda pelo cupim, arrancou toureiras de macambira, arrumou tudo para a fogueira. Acreditamos que a noo de assunto clara, pois seu uso comum quando se faz referncia ao "assunto" de um filme ou de um romance. Um texto pequeno, como este fragmento de Graciliano Ramos, tambm tem um assunto; poderamos cont-lo da seguinte maneira: "Fabiano estava no ptio de uma fazenda. Ao seu redor, s havia runas. No havia ningum, nem mesmo dentro da casa. As plantas e os animais estavam mortos. Ele procurava um lugar para alojar a famlia. Como a casa estava fechada, pensou em ficar por ali mesmo e resolveu acender uma fogueira." Trata-se, como podemos verificar, de uma simples reduo do citado trecho, de uma sntese daquilo que o texto narra de maneira mais extensa. Mas, os detalhes mais importantes da narrao permanecem. Para chegarmos ao tema devemos tirar do assunto, que contamos acima, todos os detalhes e procurar a inteno do autor ao escrever estes pargrafos.

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Evidentemente, a inteno de Graciliano Ramos foi descrever a inutilidade da ao do homem, subjugado pelo flagelo implacvel da seca. Este o tema, clula germinal do fragmento. Para exprimir o tema, Graciliano tomou elementos como Fabiano e sua famlia, a fazenda abandonada, as ossadas, etc., e deu forma definitiva a tudo isto no texto. O tema deve ter duas caractersticas importantes: clareza e brevidade. Se tivermos que usar muitas palavras para definir o tema, quase certo que estamos enganados e que no chegamos, ainda, a penetrar no mago do texto. O ncleo fundamental do tema poder, geralmente, ser expresso por meio de uma palavra abstrata, acompanhada de complementos. No exemplo anterior, esse ncleo fundamental a inutilidade (da ao do homem, etc.). O tema no deve possuir elementos suprfluos que faam parte do assunto. Quando o autor nos mostra Fabiano procurando, inutilmente, entrar na casa para abrigar-se, est usando elementos do assunto para demonstrar-nos a inutilidade da ao do homem, naquelas circunstncias adversas. A definio do tema ser, pois, clara, precisa e breve (sem falta ou sobra de elementos). A tarefa de fixar o tema exige bastante cuidado e ateno porque essencial para a interpretao.

4) DETERMINAO DA ESTRUTURA Um texto literrio no um caos. O autor, ao escrever, vai compondo. Compor colocar as partes de um todo de tal modo que possam constituir um conjunto. At o menor texto - aquele que nos do para comentar, por exemplo -, possui uma composio ou estrutura precisa. Os elementos da estrutura so solidrios: todas as partes de um texto se relacionam entre si. E isto por uma razo muito simples: se, num determinado texto, o autor quis expressar um tema, todas as partes que possamos achar como integrantes daquele fragmento, esto contribuindo, forosamente, para expressar o tema e, portanto, relacionam-se entre si. Para que se torne clara a explicao desta fase, fragmento cada uma das partes que podemos descobrir no texto. Por outro lado, h textos to breves e simples, que se torna difcil, ou mesmo impossvel, definir sua composio.

5) CONCLUSAO A concluso um balano de nossas observaes; , tambm, uma impresso pessoal. Deve terminar com uma opinio sincera a respeito do texto: muitas vezes, nos textos que nos apresentam, temos que elogiar, se assim exigir a sua qualidade. Outras vezes, porm, o sentido moral ou o tema talvez no nos agradem, e devemos diz-lo. No devemos, tambm, repetir opinies alheias. Nunca devemos dizer: "... um texto (ou passagem) muito bonito"; ou: "tem muita musicalidade ...". Ainda: "... descreve muito bem e com muito bom gosto", etc. Podemos, ento, rematar a concluso do exame do texto de Graciliano Ramos, da seguinte maneira: "O autor atinge plenamente seus fins atravs da expresso elaborada, que se condensa, despindo-se de acessrios inteis, numa plena adequao ao tema. Sem sentimentalismo algum, toca a sensibilidade do leitor, atravs do depoimento incisivo e trgico da condio sub-humana em que se acham aquelas criaturas, que escapam de sua posio de meras personagens de uma obra de fico para alarem-se em protagonistas do drama social e humano que se desenrola no Nordeste brasileiro . Em essncia, este o mtodo de comentrio de textos. preciso que tudo o que foi exposto seja compreendido e fixado para que se torne possvel a perfeita assimilao das normas do mtodo.

PERFRASE o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum do prprio. Na perfrase sempre se destaca algum atributo do ser. Exemplos: Visitei a Cidade Maravilhosa. (= Rio de Janeiro) O astro rei brilha para todos. (= Sol) O Rei do Futebol ser homenageado em Paris. (= Pel)

SNTESE E RESUMO 1) O QUE UM TEXTO LITERRIO

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Um texto literrio pode ser uma obra completa (um romance, um drama, um conto, um poema ... ), ou um trecho de uma obra. De modo geral, os textos dados para comentrio e interpretao devem ser breves; por isso, salvo quando se trata de uma poesia curta, costumam ser fragmentos de obras literrias mais extensas. Atualmente, crnicas e artigos de jornais e revistas costumam ser tomados para estudo e explicao.

2) COMENTANDO UM TEXTO Embora no se trate de uma tarefa demasiado difcil, comentar um texto consiste em ir raciocinando, passo a passo, sobre o porqu daquilo que o autor escreveu. Isto pode ser feito com maior ou menor profundidade. Temos que ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e de como o diz. O comentrio de textos exige uma ordem, a fim de que as observaes no se misturem; so fases que obedecem seguinte ordem: a) LEITURA ATENTA DO TEXTO A leitura atenta do texto, que nos levar sua compreenso. Para isto preciso ler devagar e compreender todas as palavras; requer, portanto, o uso constante do dicionrio, o que nos proporciona conhecimentos que sero teis em certas ocasies, tais como provas e exames, quando j no ser possvel recorrer a nenhuma fonte de consulta. Ao consultar o dicionrio, temos que ficar atentos aos vrios sinnimos de uma palavra e verificar somente a acepo que se adapta ao texto. b) DETERMINAO DO TEMA O xito da interpretao depende, em grande parte, do nosso acerto neste momento do estudo. Procuremos fixar o conceito de tema. Isto exige ateno e reflexo. a fase de importncia capital, pois dela depende o sucesso do trabalho, que interpretar. O tema deve ter duas caractersticas importantes: clareza e brevidade. Se tivermos que usar muitas palavras para definir o tema, quase certo que estamos enganados e que no chegamos, ainda, a penetrar no mago do texto. O ncleo fundamental do tema poder, geralmente, ser expresso por meio de uma palavra abstrata, acompanhada de complementos. 3) TEMA E ASSUNTO Acreditamos que a noo de assunto clara, pois seu uso comum quando se faz referncia ao "assunto" de um filme ou de um romance. Consideremos, por exemplo, a seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos: "Estavam no ptio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e tambm deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os moradores tinham fugido. Fabiano procurou em vo perceber um toque de chocalho. Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forara porta. Encontrando resistncia, penetrou num cercadinho cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcanou o terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um p de turco e o prolongamento da cerca do curral. Trepou-se no mouro do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus. Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo teno de hospedar ali a famlia. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e no quis acorda-los. Foi apanhar gravetos, trouxe do chiqueiro das cabras uma braada de madeira meio roda pelo cupim, arrancou touceiras de macambira, arrumou tudo para a fogueira."

Um texto pequeno como o fragmento acima tem um assunto, que pode ser contado da seguinte maneira: "Fabiano estava no ptio de uma fazenda. Ao seu redor, s havia runas. No havia ningum, nem mesmo dentro da casa. As plantas e os animais estavam mortos. Ele procurava um lugar para alojar a famlia. Como a casa estava fechada, pensou em ficar ali mesmo e acendeu uma fogueira." Trata-se de uma simples reduo do citado trecho, de uma sntese, um resumo daquilo que o texto narra de maneira mais extensa. Mas, os detalhes mais importantes da narrao permanecem. Portanto, para chegarmos ao tema de um texto, devemos tirar do assunto todos os detalhes e procurar a inteno do autor ao escrever. No segmento apresentado, a clula germinal (o tema) a inutilidade da ao do homem, subjugado pelo flagelo implacvel da seca. uma definio clara, breve e precisa do tema, sem sobra ou falta de elementos. Quando resumimos um texto, seja ele fragmentrio ou completo, retiramos dele tudo o que essencial ao seu entendimento, "desprezando" aquilo que suprfluo, para no ficarmos girando ao redor do texto e incidir em parfrase, que um comentrio amplificativo, ao contrrio do resumo. Veja:

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A SANTA INS Cordeirinha linda Como folga o povo Porque vossa vinda Lhe d lume novo! Cordeirinha santa, De lesu querida, Vossa santa vinda O diabo espanta. Por isso vos canta, Com prazer o povo, Porque vossa vinda Lhe d lume novo. Nossa culpa escura Fugir depressa, Pois vossa cabea Vem com luz to pura. Vossa formosura Honra do povo, Porque vossa vinda Lhe d lume novo. Virginal cabea Pola f cortada, Com vossa chegada, J ningum perea. Vinde mui depressa Ajudar o povo, Pois com vossa vinda Lhe dais lume novo. (Anchieta)

Se, numa prova, nos pedissem para explicar resumidamente o sentido destes versos, responderamos: "O poeta comunica-nos a alegria que todos sentem por causa da vinda da mrtir Santa Ins, ou porque necessitam do auxlio divino para manter a f, segundo o ponto de vista do poeta catequista, ou porque uma ocasio festiva." Como isto pudesse parecer insuficiente, acrescentaramos alguns detalhes que justificassem as afirmaes: Mesmo falando da culpa do homem, do martrio de Santa Ins ou suplicando os benefcios da santa, o sentimento preponderante a alegria, pois a f profunda traz a certeza de que os bens almejados sero obtidos. O martrio encarado como a causa da glorificao da Santa, cuja cabea resplandecente simboliza as graas que iluminam as almas . Para finalizar, devemos ter em mente que as provas em concurso so, na maioria das vezes, em forma de testes; assim, escolha a alternativa que melhor resuma o texto. claro que este resumo deve conter o tema.

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SIGNIFICAO LITERAL E CONTEXTUAL DE VOCBULOSINTERPRETAO BASEADA NA SIGNIFICAO DA PALAVRA 1) Se a palavra est sendo usada no seu verdadeiro significado (com o valor do dicionrio), deve-se escolher a alternativa que melhor se ADEQUA a essa significao. Por exemplo: Todos admiravam a sua figura eminente.

Indique, entre as alternativas a seguir, a que poderia substituir a palavra grifada sem alterao do sentido da frase): a) bonita b) formosa c) harmoniosa d) coerente e) distinta

A alternativa que melhor se adequa questo a letra e, pois eminente tem como sinnimos, no dicionrio, distinta, elevada, alta, superior.

2) Se a palavra est sendo usada fora do seu verdadeiro significado, deve-se escolher a alternativa que melhor se ASSOCIA a essa significao. Por exemplo: Todos tinham conhecimento, no bairro, de que Joozinho morria de amores por Mariazinha. a) finava-se b) matava-se c) gostava d) falecia e) chorava

A resposta seria, naturalmente, a letra c, pois gostava a palavra que se associa a morria de amores, embora as letras a, b, c, d e e pudessem servir de sinnimos expresso grifada.

SIGNIFICAO CONTEXTUAL DE VOCBULOS Mesmo quando a nfase era dada lingstica geral, que exclua os atos individuais da fala, j havia estudiosos alertando para a importncia do contexto.

Na prtica, usa-se o contexto para: palavras: p de homem p de caf

compreender

-

compreender sintagmas: boa cara (boa aparncia) maleta cara (=de alto preo)

-

compreender frases: Procuro a chave do carro. Procuro a chave da porta.

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PROCESSOS COESIVOS DE REFERNCIAA coeso de um texto deve-se a uma srie de elementos que permitem os encadeamentos lingsticos, maneira como so ligados os elementos fonticos, gramaticais, semnticos e discursivos do texto. Veja o exemplo:

Cntia foi ao cinema. Ela foi sozinha.

O emprego do pronome estabelece uma coeso, pois o sujeito j havia sido expresso. Entre os elementos que permitem a coeso textual esto: - o emprego adequado dos artigos, pronomes, conjunes, preposies; - o emprego adequado dos tempos e modos; - as construes por coordenao e subordinao; - a presena do discurso direto, indireto ou indireto livre; - o conjunto do vocabulrio distribudo no texto (coeso semntica) etc.

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COORDENAO E SUBORDINAOPROCESSOS DE COORDENAO E SUBORDINAO O perodo composto, que aquele formado por mais de uma orao ligada por meio de conjunes ou nexos oracionais, pode ser coordenado ou subordinado.

O que so conjunes ou nexos oracionais? So vocbulos gramaticais que servem para relacionar duas oraes ou dois termos que exercem a mesma funo dentro da mesma orao. Alm disso, esses elementosgarantem a coeso e a coerncia que tm como objetivo manter o sentido do texto.

A COORDENAO NO PERODO COMPOSTO No perodo composto por coordenao, as oraes so independentes uma das outras entre si pelo sentido. Entretanto, elas podem estar interligadas por conjuno coordenativa, ou no. Vejamos: O carro partiu, ganhou velocidade e sumiu na estrada.

A

B

C

Podemos observar que esse perodo formado por trs oraes : A, B, C, as quais so, do ponto de vista sinttico, independentes, isto , nenhuma exerce funo sinttica em relao a outra, e por isso so denominadas Oraes Coordenadas. Como j foi dito, as oraes coordenadas podem ou no vir introduzidas por conjunes coordenativas; da sua classificao em: 1) oraes coordenadas assindticas: no so introduzidas por conjunes coordenativas. Caiu, levantou, sumiu. Observao: As oraes coordenadas assindticas, por no virem introduzidas por conjuno, devem ser sempre separadas por vrgula. 2) oraes coordenadas sindticas: so introduzidas por uma das conjunes coordenativas. As oraes coordenadas sindticas classificam-se de acordo com a conjuno que as introduz.

VALOR LGICO DAS CONJUNES Conjunes coordenativas Aditivas - exprimem soma, adio de pensamento: e (para afirmao), nem (para a negao). Tomei caf e sai. A moa no fala nem ouve.

Adversativas - exprimem oposio, contraste, compensao de pensamentos: mas, porm, todavia, contudo, entretanto, no entanto, etc. Os operrios da construo civil trabalham muito, mas ganham pouco. No fomos campees, todavia exibimos o melhor futebol.

Alternativas - exprimem escolha de pensamentos: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja Voc fica ou vai conosco? Ou voc vem conosco, ou fica em casa sozinho!

Conclusivas - exprimem concluso de pensamento: portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), assim. Choveu muito, portanto a colheita est garantida. Voc nos ajudou muito; ter, pois, nossa gratido.

Explicativas - exprimem razo, motivo: porque, que, pois (antes do verbo)

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No chore, porque ser pior. Ela ainda no chegou, pois o seu carro no est na garagem.

EXERCCIOS 1) Classifique as oraes coordenadas grifadas, usando o cdigo: 1. orao coordenada assindtica 2. orao coordenada sindtica aditiva 3. orao coordenada sindtica adversativa 4. orao coordenada sindtica alternativa 5. orao coordenada sindtica explicativa 6. orao coordenada sindtica conclusiva ( corao soluou. ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ) Ou fique, ou saia, mas nunca volte. ) Levante-se, que tarde. ) Ataliba saiu, todavia voltou rpido. ) Uns morrem, outros, porm, nascero. ) Ele rico, e no papa suas dvidas. ) Estudo muito, logo devo passar no concurso ) O adulador tem o mel na boca e o fel no corao. ) No desanime, pois a vida luta. ) Trabalha e estuda. ) O filho de Ataliba caiu da escada rolante, mas no se machucou. ) Cheguei, empurrei a porta, entrei. ) Os livros no s instruem, mas tambm educam. ) No s estudo mas ainda trabalho na loja do Rubinho. ) A razo ordena, o corao pede. ) No diga nada que ele poder desconfiar de ns dois. ) O doente sofria muito, mas no se queixava. ) Fabiano desceu as escadas e foi ao curral das cabras. ) Trabalho muito, no entanto, no tenho dinheiro. ) Beduno herdou uma casa e ganhou na loteria esportiva. ) O lbio de Jandira emudeceu, mas o

2) Ocorre orao aditiva em: a) No comprei somente os livros, mas tambm os outros materiais escolares. b) Leve-lhes flores, que ela aniversaria hoje. c) H muito servio, entretanto, ningum trabalha. d) Venceremos, ou perderemos o ttulo. e) Ele rico, e no paga suas dvidas.

3) Ocorre orao coordenada adversativa em: a) O cavalo estava cansado, pois arfava muito. b) O mar generoso, no entanto, s vezes, torna-se cruel. c) Venha agora e no perder sua vez. d) Eu no sabia, nem pensava nisso. e) No s ganhei na loteria, mas tambm herdei uma fazenda.

4) Ocorre orao coordenada alternativa em: a) As pessoas ora se mexiam, ora falavam.

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b) No deves mentir, porque pior. c) Venha agora e no perders sua vez. d) Tens toda razo, contudo no deves afligir-se. e) No estudo nem trabalho.

5) Ocorre orao coordenada conclusiva em: a) A ordem absurda, no entanto ningum protestou. b) Os mestres no s ensinam, mas tambm educam. c) Ele falava e contava tudo ao diretor. d) Ele o seu pai, resta-lhe, pois, amparar-te neste momento. e) Estudei, porm no passei no concurso.

6) Ocorre orao coordenada explicativa em: a) Faa o concurso, que eu o apoiarei. b) A fora vence, mas no convence. c) O acusado no criminoso, logo ser absolvido. d) No tinha experincia, mas boa vontade no lhe faltava. e) Ele estudou, sabe, pois, a lio.

7) No perodo: Quando se trabalha e se tem esperana, a felicidade mora em ns, ocorre(m): a) uma orao coordenada aditiva. b) duas oraes coordenadas aditivas. c) trs oraes coordenadas, duas aditivas e uma assindtica. d) uma orao coordenada assindtica. e) n.d.a

8) No perodo: Pea-lhe que viva, que se case e que me esquea, ocorre(m): a) duas oraes coordenadas, uma assindtica e outra aditiva. b) apenas uma orao coordenada. c) trs oraes coordenadas assindticas. d) duas oraes coordenadas assindticas e uma aditiva. e) trs oraes subordinadas coordenadas.

9) No perodo: Todos os mdicos a quem contei as molstias dele foram unnimes, em que a morte era certa e s se admiravam de ter resistido a tanto tempo, ocorre(m): a) uma orao coordenada aditiva b) duas oraes coordenadas aditivas c) duas oraes coordenadas, uma assindtica e outra aditiva. d) trs oraes coordenadas. e) n.d.a

10) Classifique as oraes coordenadas que seguem: a) Gosto de dar carona, mas isso pode ser perigoso. _______________________________ b) No dou nem peo carona.

_______________________________ c) No dou carona; logo, no corro perigo de ser assaltado. _______________________________

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d) Ou voc me d carona, ou voc morre - disse o assaltante. _______________________________ e) No vou a Santos, porm, no vou ficar aqui tambm. _______________________________ f) A vida na fazenda boa, porque o ar puro. _______________________________

RESPOSTAS: 1) 3 / 4 / 5 / 3 / 3 / 3 / 6 / 2 / 5 / 2 / 3 / 1 / 2 / 2 / 1 / 5 / 3 / 2 / 3 / 2 2) a 10) 3) b 4) a 5) d 6) a 7) e 8) e 9) e

a) Orao Coordenada Adversativa b) Orao Coordenada Aditiva c) Orao Coordenada Conclusiva d) Orao Coordenada Alternativa e) Orao Coordenada Adversativa f) Orao Coordenada Explicativa

VALOR SINTTICO DAS CONJUNES As funes sintticas exercidas pelos vocbulos no perodo simples so desempenhadas pelas oraes no perodo composto por subordinao. Essas oraes so introduzidas por conjunes especficas que assim as caracterizam em relao principal.

A SUBORDINAO NO PERODO COMPOSTO As oraes se relacionam dentro do perodo, podendo exercer funes sintticas uma em relao s outras (objeto direto, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc.). As conjunes que servem para ligar essas oraes dependentes uma da outra, no plano sinttico, so as subordinativas. Dependendo da funo sinttica que exercem, as oraes subordinadas classificam-se em: a) substantivas: exercem uma das seguintes funes sintticas: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, complemento nominal ou aposto, funes prprias do substantivo. b) adjetivas: exercem a funo sinttica de adjunto adnominal, funo prpria do adjetivo. c) adverbiais: exercem a funo sinttica de adjunto adverbial, funo prpria do advrbio.

ORAO SUBORDINADA SUBSTANTIVA Vejamos os exemplos abaixo: a) Espero sua chegada. b) Espero que voc chegue. chegada = ncleo

Em "a", temos um perodo simples, em que sua chegada exerce a funo sinttica de objeto direto, cujo ncleo o substantivo chegada. Em "b", temos um perodo composto formado por duas oraes - Espero e que voc chegue. Observe que a orao que voc chegue est funcionando como objeto direto do verbo Espero.

A essa orao damos o nome de: orao: porque possui verbo. subordinada: porque est exercendo uma funo sinttica em relao a outra orao. substantiva: porque exerce um das funes sintticas prprias do substantivo. objetiva direta: porque exerce a funo sinttica de objeto direto.

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De acordo com a funo sinttica que exercem, as oraes subordinadas substantivas classificam-se em: 1) subjetivas: exercem a funo sinttica de sujeito do verbo da orao principal.Orao principal orao subordinada substantiva subjetiva

E necessrio No se sabe

que todos voltem. se o plano vai dar certo.

Pode-se observar que nesse tipo de orao, o verbo da orao principal estar sempre na terceira pessoa do singular, e a orao principal no ter sujeito nela mesma, j que o sujeito dela a orao subordinada.

2) objetivas diretas: exercem a funo sinttica de objeto direto do verbo da orao principal.Orao principal orao subordinada substantiva objetiva direta

Desejo No sei

que ela volte rapidamente. se vou voltar.

3) objetivas indiretas: exercem a funo sinttica de objeto indireto do verbo da orao principal.Orao principal orao subordinada substantiva objetiva indireta

Necessitvamos Nunca duvide

de que trouxessem as provas. do que ele capaz.

4) predicativas: exercem a funo sinttica de predicativo do sujeito da orao principal.Orao principal orao subordinada substantiva predicativa

Minha alegria A verdade

que voltem com a taa. que ele no compareceu.

5) completivas nominais: exercem a funo sinttica de complemento nominal de um nome da orao principal.Orao principal orao subordinada substantiva completiva nominal

Tenho necessidade Estou certo

de que todos se esforcem. de que ela voltar.

6) apositivas: exercem a funo de aposto de um nome da orao principal.Orao principal orao subordinada substantiva apositiva

Desejo uma coisa: Espero somente isto:

que voc me respeite. que ningum falte.

Observao: As oraes subordinadas substantivas so normalmente introduzidas por uma das conjun-es integrantes: que e se. Nada impede, porm, que sejam introduzidas por outras palavras, conforme abaixo:Orao principal orao subordinada substantiva

Pergunta-se IgnoramosSRIE CONCURSO

qual seria a soluo. quando eles chegaram.APOSTILA ANATEL - TCNICO EM REGULAO 30

CADERNOS DIGITAIS

No sei EXERCCIOS

como resolver esse problema.

1) Na frase: Suponho que nunca teria visto um macaco, a subordinada : a) substantiva objetiva direta b) substantiva completiva nominal c) substantiva predicativa d) substantiva apositiva e) substantiva subjetiva

2) Pode-se dizer que a tarefa crtica puramente formal. Nesse enunciado, temos uma orao destacada que : a) substantiva objetiva direta b) substantiva predicativa c) substantiva subjetiva d) substantiva objetiva predicativa e) n.d.a

3) Se ele confessou no sei. A orao destacada : a) subordinada substantiva objetiva direta b) subordinada substantiva objetiva indireta c) subordinada substantiva subjetiva d) subordinada substantiva predicativa e) n.d.a

4) No perodo: sabido que a terra oblongo-arredondada, temos: a) orao substantiva objetiva direta e uma principal b) uma orao substantiva subjetiva e uma principal c) uma orao substantiva objetiva indireta e uma principal d) uma orao substantiva predicativa e uma principal e) n.d.a

5) Marque a opo com os nomes das oraes grifadas: Digo que tens receio de que ele morra. a) subjetiva e objetiva direta b) objetiva indireta e objetiva direta c) adjetiva restritiva e adjetiva explicativa d) objetiva direta e completiva nominal e) subjetiva e objetiva indireta

6) Aponte a opo com o nome da orao grifada: Cumpre que todos se esforcem. a) objetiva direta b) objetiva indireta c) subjetiva d) predicativa e) completiva nominal

7) No perodo: Tive um movimento espontneo: atireime em seus braos. A segunda orao : a) apositiva

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b) predicativa c) objetiva direta d) completiva nominal e) subjetiva

8) No perodo: D. Mariquinha mandou o aviso de que j estava na mesa a ceiazinha, a orao grifada : a) completiva nominal d) predicativa b) objetiva indireta c) objetiva direta e) subjetiva

9) Nos perodos: bom que voc venha; e No esquea que sua presena importante; as oraes grifadas so, respectivamente: a) predicativa e objetiva direta b) subjetiva e objetiva direta c) predicativa e objetiva indireta d) subjetiva e subjetiva e) completiva nominal e predicativa

10) Grife e classifique as oraes subordinadas substantivas relacionando: ( 1 ) subjetiva ( 2 ) objetiva direta ( 3 ) objetiva indireta ( 4 ) completava nominal ( 5 ) predicativa ( 6 ) apositiva

1. ( 2. ( 3. ( 4. ( 5. ( 6. (

) preciso que todos esteja atentos. ) O governo acha que tudo vai bem. ) Conta-se que j vivemos isso antes. ) No sei se ele teria razo. ) Seria preciso que novos lderes surgissem. ) Parece que ningum tem a soluo.

11) Identifique as oraes subordinadas substantivas e coloque: ( a ) objetiva direta ( b ) objetiva indireta ( c ) predicativa ( d ) completiva nominal ( e ) subjetiva ( f ) apositiva

1. ( 2. ( 3. ( 4. ( 5. ( 6. ( 7. (

) Eu tenho a impresso de que o samba vem a. ) "At pensei em cantar na televiso." ) Ela ignora quanto me custa seu abandono. ) Esqueci-me de onde ela veio. ) Exigiu que entrssemos na roda. ) O psiquiatra diz que uma criana de dez anos sabe mais do que Galileu Galilei. ) O senhor acredita que a criana percebe o mundo a sua volta?

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CADERNOS DIGITAIS

12) Classifique as oraes subordinadas substantivas de acordo com o cdigo: a) subjetiva b) objetiva direta c) objetiva indireta d) predicativa e) completiva nominal f) apositiva

1. ( 2. ( 3. ( 4. ( 5. ( 6. ( 7. ( 8. (

) A verdade que a alegria predominou entre os mendigos. ) Sou favorvel a que se realizem outros concursos. ) Convm que se solucione o problema da mendicncia. ) O mendigo tinha conscincia de que quase nada mudaria sua condio. ) No compreendo por que existe tanta misria. ) S tenho um desejo: que haja uma vida melhor para todos. ) A prefeitura no se ope a que se organizem os mendigos. ) J me convenci de que h soluo para a questo social.

RESPOSTAS 1) a 3) a 5) d 7) a 9) b 2) c 4) b 6) c 8) a

10)

1.1 2.2

3.1 4.2

5.2 6.1

11)

1. (d) 3. (a) 5. (a) 7. (a) 2. (b) 4. (b) 6. (a)

12)

1. a 2. e

3. a 4. e

5. b 6. f

7. c 8. c

ORAAO SUBORDINADA ADJETIVA Esse tipo de orao no introduzida por conjunes, mas por pronomes relativos: que, quanto, qual, cujo etc. Vejamos os exemplos abaixo: a) Premiaram os alunos estudiosos. b) Premiaram os alunos que estudam. estudiosos = adjunto adnominal que estudam = orao subordinada adjetiva.

Em "a", temos uma nica orao: trata-se, portanto, de um perodo simples, em que o termo em destaque (um adjetivo) exerce a funo sinttica de adjunto adnominal. J em "b", temos um perodo composto, formado por duas oraes (Premiaram os alunos e que estudam). Verifique que, nesse caso, a funo sinttica de adjunto adnominal no mais exercida por um adjetivo, mas por uma orao. A essa orao que exerce a funo sinttica de adjunto adnominal de um nome da orao principal damos o nome de: orao: porque possui um verbo. subordinada: porque exerce uma funo sinttica em relao a outra orao, chamada principal. adjetiva: porque exerce uma funo sinttica de adjunto adnominal, funo prpria do adjetivo.

Vamos a alguns exemplos:

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CADERNOS DIGITAIS

Orao principal

orao subordinada adjetiva

No vimos as pessoas So assuntos Eram atletas Feliz o pai Falaram tudo

que saram. aos quais nos dedicamos. em quem confivamos. cujos filhos so ajuizados. quanto queriam.

As oraes subordinadas adjetivas classificam-se em: a) RESTRITIVAS - So aquelas que delimitam a significao do nome a que se referem, particularizandoa. Na fala, so entoadas sem pausa, na escrita, significa que no so separadas do termo a que se referem por vrgula. Batalharam grana e seguraram legal A barra mais pesada que tiveram. (Renato Russo).

b) EXPLICATIVAS - Explicam, isto , realam a significao do nome a que se referem, acrescentandolhe uma caracterstica que j lhe prpria. So marcadas na fala por forte pausa, o que, na escrita, significa que sero separadas por vrgula. Machado de Assis, que escreveu Dom Casmurro, fundou a Academia Brasileira de Letras.

EXERCCIOS 1) Transforme os termos grifados em oraes adjetivas: a) Ela tem um olhar fascinante. b) H insetos transmissores de doenas. c) Aquele vendedor irritante me deixou nervosa. d) A me preocupada saiu procura da filha. e) Aquela senhora simptica e alegre mora na casa ao lado. a) ______________________________________ b) ______________________________________ c) ______________________________________ d) ______________________________________ e) ______________________________________

2) O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garom (...). A orao destacada : a) subordinada adjetiva explicativa b) subordinada substantiva apositiva c) subordinada substantiva completiva nominal d) subordinada adjetiva restritiva e) subordinada substantiva objetiva direta

3) No compreendamos a razo por que o ladro no montava a cavalo. A orao destacada : a) subordinada adjetiva restritiva b) subordinada adjetiva explicativa c) subordinada adverbial causal d) subordinada adverbial final e) subordinada substantiva completiva nominal

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CADERNOS DIGITAIS

4) Escreva E para as oraes adjetivas Explicativas e R para as Restritivas: 1. ( 2. ( 3. ( 4. ( 5. ( 6. ( 7. ( 8. ( 9. ( ) A me, que era surda, estava na sala com ela. ) Ela reparou nas roupas curiosas que as crianas usavam. ) Ele prprio desculpou a irritao com que lhe falei. ) preciso gozarmos a vida, que breve. ) Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar. ) Esse professor de quem falo era um homem magro e triste. ) O instinto moral a razo em boto, a qual se desenvolve com o tempo, experincia e reflexo. ) O velho paj, para quem so estas ddivas, as recebe com desdm. ) Onde est a vela do saveiro que o mar engoliu?

10. ( ) Por que estar de implicncia comigo, que nunca lhe pisei nos calos?

5) Distinga pronome relativo de conjuno subordinada integrante: (1) pronome relativo: orao adjetiva (2) conjuno integrante: orao substantiva ( ( ( ( ) ) ) ) Este um mal que tem cura. Confesso que errei. No sabemos o que querem. No justo que o magoes.

RESPOSTAS 1) a) Ela tem um olhar que fascina. b) H insetos que transmitem doenas. c) Aquele vendedor que irritante me deixou nervosa. d) A me que estava preocupada saiu procura da filha. e) Aquela senhora que simptica e alegre mora na casa ao lado. 2) d - 3) a 4) 1. E 2. R 5) (1) (2) (2) (1) 3. R 4. E 5. R 6. R 7. E 8. E 9. R 10. E

ORAO SUBORDINADA ADVERBIAL Observemos os seguintes exemplos: a) Chegamos cedo. cedo = adjunto adverbial. quando ainda era cedo = orao subordinada adverbial.

b) Chegamos quando ainda era cedo.

Em "a", temos uma nica orao, portanto um perodo simples, em que o termo destacado, um advrbio, exerce a funo sinttica de adjunto adverbial. J em "b", temos duas oraes (Chegamos e quando ainda era cedo). Trata-se, portanto, de um perodo composto. Observe que, nesse exemplo, a funo sinttica de adjunto adverbial no mais exercida por um simples advrbio, mas por uma orao inteira. A essa orao que exerce a funo de adjunto adverbial em relao a uma outra orao, chamada principal, damos o nome de: orao: porque apresenta verbo. subordinada: porque exerce uma funo sinttica em relao a outra orao. adverbial: porque exerce a funo sinttica de adjunto adverbial, funo prpria do advrbio.

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CADERNOS DIGITAIS

Observao: As oraes subordinadas adverbiais so introduzidas pelas conjunes subordinativas, exceto as integrantes, que, como foi visto, introduzem as oraes subordinadas substantivas. As oraes subordinadas adverbiais so classificadas, de acordo com a circunstncia que expressam, conforme veremos abaixo.

VALOR LGICO DOS NEXOS ORACIONAIS Conjunes subordinativas causais - introduzem oraes subordinadas que do idia de causa: porque, que, pois, visto que, j que, uma vez que, como (em incio de orao), etc. No fui aula porque choveu. Como fiquei doente, no pude ir aula. comparativas - introduzem oraes subordinativas que do idia de comparao: que ou do que (aps mais, menos, maior, menor melhor, pior), como, etc. Minha escola sempre foi melhor que a sua. Essa mulher fala como papagaio. concessivas - iniciam oraes subordinadas que exprimem um fato contrrio ao da orao principal, mas no suficiente para anullo: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por menor que, por maior que, por pior que, por melhor que, por pouco que, etc. Vou ao clube, embora esteja chovendo. Por pior que fosse o espetculo, o pblico deveria aplaudi-lo. condicionais - iniciam oraes subordinativas que exprimem hiptese ou condio para que o fato da orao principal se realize ou no: se, caso, contanto que, salvo se, desde que (com verbo no subjuntivo), a menos que, a no ser que, etc. Se no chover, irei ao clube. A menos que acontea algum imprevisto, estarei a amanh. conformativas - iniciam oraes que exprimem acordo, concordncia, conformidade de um fato com outro: conforme, consoante, segundo, como, etc. Cada um colhe conforme semeia. consecutivas - iniciam oraes subordinadas que exprimem a conseqncia ou efeito do que se declara na orao principal: que (aps os termos reforativos to, tanto, tamanho, tal ou aps as expresses adverbiais de sorte, de modo, de maneira, de forma, com subentendimento do pronome tal), de sorte que, de modo que, de maneira, de forma que (todas quatro com subentendimento do pronome tal). Ela gritou tanto, que ficou rouca. Todos chegamos exaustos, de modo que fomos cedo para a cama. temporais - iniciam oraes subordinadas que do idia de tempo: quando, logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que, at que, assim que, enquanto que, mal, etc. Quando as frias chegarem, viajaremos. Samos assim que comeou a chover. proporcionais - iniciam oraes subordinadas que exprimem concomitncia, simultaneidade: proporo que, medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto maior, quanto melhor, quanto pior. Os funcionrios recebiam medida que saam. Quanto mais trabalho, menos recebo. finais - iniciam oraes subordinadas que exprimem uma finalidade: para que, a fim de que. Vimos aqui para que eles ficassem sossegados. O professor trabalha a fim de que todos adquiram erudio.

O organograma apresentado a seguir simboliza a hierarquia constante na subordinao das oraes em relao principal.

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EXERCCIOS

1) Classifique as oraes subordinadas adverbiais grifadas, usando o cdigo: 1. causal 2. temporal 3. condicional 4. concessiva 5. final 6. consecutiva 7. proporcional 8. comparativa 9. Conformativa

a) ( b) ( c) ( d) ( e) ( f) ( g) ( h) ( i) ( j) ( I) ( m) ( n) ( o) (

) Se Roberto quiser, Liliane casar com ele. ) Quando o filho de Ataliba foi atropelado, D. Mariquinha quase morreu. ) Ananias foi solto porque no havia feito nada de delituoso. ) Como estava cansado, Dr. Emanuel foi para casa mais cedo. ) Embora Aristides esteia apaixonado por Clotildes, ela no lhe d confiana. ) Jeferson fez tudo conforme havia nos prometido. ) Mais longe que a de Jesus, foi a agonia de Maria. ) Assim que Arnaldo chegou, rumou-se para casa de Agnaldo. ) medida que amos andando, aproximvamos da cidade. ) Visto que estava cansado, Ari foi descansar. ) Conforme havia prometido, ficarei hoje com voc, Paula. ) Jane insistiu tanto, que ele prometeu fazer o solene pedido. ) Antnio estuda para que tenha no futuro uma vida melhor iunto de Ritinha. ) Caso chegue casa de Amaral primeiro, espere os demais colegas.

2) No perodo: Se ele pudesse, viria., a orao grifada classifica-se como: a) subordinada adverbial condicional b) subordinada adverbial temporal c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada substantiva objetiva direta e) coordenada sindtica explicativa

3) No perodo "Bentinho estaria metido no seminrio, para no mais se encontrar com Capitu , a orao adverbial grifada :

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a) concessiva b) final c) comparativa d) proporcional e) consecutiva

4) No perodo: Visto que estivesse cansado, fiquei no escritrio at mais tarde. A orao grifada : a) principal b) subordinada adverbial causal c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada adverbial temporal e) n.d.a

5) As oraes destacadas nos perodos compostos so subordinadas adverbiais. Coloque o nmero correspondente idia que cada uma delas acrescenta principal: (1) tempo (2) causa (3) conseqncia (4) condio (5) finalidade (6) proporo

( ( ( ( ( ( ( ( ( (

) Vim aqui hoje para cumpriment-lo pelo seu aniversrio. ) Dei-lhe um sinal para que recolhesse as roupas estendidas. ) Se lssemos os iornais todos os dias, seramos bem informados. ) A vegetao rareava medida que o trem avanava. ) Quando eu nasci, meu irmo tinha trs anos. ) Visto que o bairro era longe, tomou o nibus. ) Quando o professor viu a limpeza da sala, ficou surpreso. ) O povoado cresceu tanto que no o reconhecemos. ) No pude participar do campeonato que fiquei gripado. ) Se vocs fizerem barulho, no sairo para o recreio.

6) Todas as oraes adverbiais abaixo classificam-se como ______________: EXCETO: a) Como a mente humana sempre busca proteo, ns criamos os deuses. b) Como o autor enfatizou, h muitos dolos que nos controlam. c) Como a televiso ultrapassa suas funes, ela consegue manter seus assistentes atentos. d) Como somos muito ligados vaidade, o consumismo nos controla. e) Como o automvel um dolo esbelto e lpido, ele atrai crianas, jovens e adultos.

7) Todas as oraes subordinadas abaixo so adverbiais, EXCETO: a) Os operrios no previam quando terminariam a construo da arca. b) Se a vontade de todos, devemos nos reunir em busca de uma soluo. c) Desenvolveremos um projeto arrojado para concorrer ao prmio da academia. d) Ao entardecer, o grupo se reunia defronte chcara. e) Como s levava livros em sua maleta, no corria perigo algum.

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RESPOSTAS 1) a) 3 b) 2 c) 1 2) a 3) b 4) c 5) 5 / 5 / 4 / 6 / 1 / 2 / 1 / 3 / 2 / 4 6) causal / b 7) a d) 1 e) 4 f) 9 g) 8 h) 2 i) 7 j) 1 I) 9 m) 6 n) 5 o) 3

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EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

MORFOLOGIA O estudo das palavras, quanto a sua espcie, quer dizer, a morfologia, leva em conta a natureza de cada palavra: como se comporta, como se flexiona em gnero, nmero e grau. Em portugus, h dez categorias, espcies de palavras, que chamamos de classe gramatical. Cada classe gramatical possui sua peculiaridade. As classes so divididas em variveis e invariveis. So variveis: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo. As invariveis so: advrbio, preposio, conjuno e interjeio.

SUBSTANTIVO a palavra que usamos para nomear os seres, os inanimados, os sentimentos, enfim, nomeia todos os seres em geral. Os substantivos so classificados em: a) COMUNS E PRPRIOS Comuns so os substantivos que indicam todos os seres da mesma espcie. Prprios so os substantivos que indicam exclusivamente um elemento da espcie. Exemplos: me, terra, gua, respostas comuns

Joo, Frana, Marta, Rex - prprios

b) CONCRETO E ABSTRATO Concreto aquele que se refere ao ser propriamente dito, ou seja, os nomes das pessoas, das ruas, das cidades, etc. Abstrato aquele que se refere a qualidades (bravura, mediocridade); sentimentos (saudades, amor, dio); sensaes (dor, fome); aes (defesa, resposta); estados (gravidez, maturidade). Exemplos: mulher, gato, Paulo abstratos concretos doena, vida, doura -

c) PRIMITIVO E DERIVADO Primitivo aquele que d origem a outras palavras da mesma famlia. Derivado aquele que foi gerado por outra palavra. Exemplos: Ferro, Terra, Novo- primitivos ferreiro, subterrneo, novidade - derivados

d) SIMPLES E COMPOSTO Simples aquele que possui apenas uma forma grfica. Composto aquele que possui mais de uma forma grfica. Exemplos: couve, alto, perna compostos simples couve-flor, alto-falante, pernalonga -

e) COLETIVO Refere-se ao conjunto dos seres. Exemplos: bois - manada ilhas - arquiplago

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PRINCIPAIS COLETIVOS abelhas ............................................... colmia assemblia religiosa ........................... snodo astros ................................................. constelao barcos ................................................ arriada, frota bois .................................................... armento, armentio burros ................................................ burrama cabelos .............................................. madeixa, chumao cabras ................................................ fato ces ................................................... matilha camelos ............................................. cfila caranguejos ....................................... mexoalha cardeais ............................................. consistrio, conclave cebolas .............................................. rstia cnegos ............................................. cabido deputados .......................................... congresso, cmara dogmas .............................................. doutrina escritores ........................................... pliade espigas .............................................. atilho, ganela feixes ................................................. farrucho, fascculo gado .................................................. armentio hinos ................................................. hinrio imigrantes .............. ......... leva, colnia irmos .............. ........... irmandade javalis .............. ............ encame ladres ......... .......... quadrilha, caterva leis ......................... ..... cdigo lobos .............. ................ alcatia mapas ................... ............ Atlas montanhas ................. serra, cordilheira ovelhas .......... ................ chafardel peixes ................. ........... cardume porcos ........... ....................vara questes ............ ........ questionrios rs ............ .................. ranrio sbios ...... ...................... academia sinos ............. ................. carrilho tolices .............. .............. acervo trapos ................ ......... mancalho tripas .................... ...... maranho uvas ..................... .......... cachos vacas ................. ............ manada vadios ......... ................ cambada Para classificarmos um substantivo devemos levar em conta a totalidade da sua classificao. Exemplo: CASA: substantivo comum, concreto, primitivo, simples.

FLEXO NOMINAL O substantivo pode flexionar-se em gnero, nmero e grau. A flexo em gnero a mudana de feminino para masculino nas palavras. Essa mudana ocorre pela desinncia de gnero a; por exemplo: gato /gata. Contudo, h ainda outras formas de flexionarmos em gnero: a) Terminaes em: esa / isa / ina / essa / iz: maestro - maestrina ator atriz visconde viscondessa embaixador profeta profetisa embaixatriz

* EMBAIXADORA a mulher que exerce a funo. b) Os substantivos terminados em o podem fazer o feminino em oa / / ona: leo leoa cidado cidad

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solteiro - solteirona Quando os substantivos flexionam-se em gnero, dizemos que so biformes; contudo, h substantivos que no possuem flexo de gnero, so os substantivos uniformes. Os substantivos uniformes se classificam em: a) Epicenos - Referem-se a nomes de animais, acrescidos dos termos macho / fmea ou outros adjetivos que faam o mesmo efeito. Exemplos: cobra macho / fmea tatu macho / fmea

b) Sobrecomuns - Referem-se a pessoas; so substantivos que possuem apenas um gnero. Exemplos: a criana, a testemunha, o beb.

c) Comum de dois gneros - Referem-se a pessoas; so substantivos que apresentam uma nica forma. O artigo que distinguir o gnero. Exemplos: o colega l a colega o cliente l a cliente

Alguns substantivos mudam sua significao ao mudarem de gnero; eis alguns mais importantes: o baliza (soldado) o cabea (chefe) o capital (dinheiro) o guia (pessoa) o rdio (aparelho) o coral (grupo / cor) o lente (professor) a baliza (marco) a cabea (parte do corpo) a capital (cidade) a guia (documento) a rdio (estao receptora) a coral (cobra) a lente (vidro de aumento)

Alguns outros substantivos flexionados em gnero: abade abadessa heri - herona ajudante - ajudanta hspede hspeda alfaiate - modista imperador - imperatriz aprendiz - aprendiza javali gironda bispo - episcopisa ladro - ladra capitari - tartaruga leo - leoa cavalheiro - dama macharo - ona caxaru - baleia marechal marechala cnego - canonisa moceto - mocetona cnsul - consulesa monge - monja cupim - arar mu - mula czar czarina papa - papisa dicono - diaconisa pardal - pardoca, pardaloca donzel - donzela peo - pe elefante - elefoa presidente presidenta faiso - fais ru - r gamo - cora senador - senatriz genro nora sulto - sultana gigante - giganta valento - valentona guaiamu - pata-choca zango abelha*

senadora a mulher que exerce a funo.

Obs.: Eis alguns substantivos que muitos confundem seu gnero: o telefonema, a personagem, o diabete, o tapa, o d (pena), a omoplata, o suter, o champanha, o lana-perfume, o eclipse. Os substantivos so flexionados em nmero: singular e plural. O singular marcado pela ausncia do s (desinncia de nmero) e o plural, pela presena do s. Existem outras regras que norteiam a flexo de nmero.

1) O plural dos substantivos terminados em vogal ou ditongo forma-se pelo acrscimo de s ao singular. Singular abacaxi I Plural abacaxis j jils js lcali lcalis jil

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babala

babalas liceu bois mo cafs rgo degraus rei tizius guaran trofus heri urubus

liceus boi mos caf rgos degrau reis grau graus tiziu guarans trofu heris urubu

Incluem-se nesta regra os substantivos terminados em vogal nasal. Como a nasalidade das vogais e, i, o e u, em posio final, representada graficamente por m e no se pode escrever ms, muda-se o m em n. Assim: virgem faz no plural virgens, pudim faz pudins, tom faz tons, atum faz atuns.

2) Os substantivos terminados em o formam o plural de trs maneiras: a) a maioria muda o o em es. Singular ao I Plural aes ladro ladres boto botes lio lies cano canes procisso procisses coraes reunio reunies eleies talo tales frao fraes boqueiro boqueires Neste grupo se incluem todos os aumentativos: Singular amigalho bobalho casaro chapelo dramalho espertalho I Plural amigalhes moleiro bobalhes narigo casares pobreto chapeles rapago dramalhes sabicho espertalhes vagalho moleires nariges pobretes rapages sabiches vagalhes

corao eleio

b) um reduzido nmero muda o final o em es: Singular alemo bastio co I Plural alemes charlato charlates basties escrivo escrives ces guardio guardies capelo capeles po pes capito capites sacristo sacristes catales tabelio tabelies

catalo

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c) um nmero pequeno de oxtonas e todas as paroxtonas simplesmente acrescentam um s forma singular. Singular cidado corteso cristo I Plural cidados acrdo acrdos cortesos bno bnos cristos glfo glfos desvo desvos rfo rfos irmo irmos rgo rgos pago pagos sto stos

Observaes: 1) Neste grupo incluem-se os monosslabos tnicos cho, gro, mo e vo, que fazem no plural chos, gros, mos e vos. 2) Arteso, quando significa "artfice", faz no plural artesos; no sentido de "adorno arquitetnico", o seu plural pode ser artesos ou arteses. 3) Para alguns substantivos finalizados em o, no h ainda uma forma de plural definitivamente fixada, notando-se, porm, na linguagem corrente, uma preferncia sensvel pela formao mais comum, em es. o caso dos seguintes: Singular alos ermites alazo aldeos I Plural alo - ales ales ermito ermitos- ermites alazes alazes hortelo hortelos - horteles aldeo - aldees aldees refro refres - refros ano anos anes rufio rufies - rufies ancios ancio ancies ancies sulto sultes sultos castelos casteles truo trues - trues corrimos corrimes vero veres - veros deo dees dees vilo vilos - viles

sultes castelo corrimo

Observaes: 1) Corrimo, como composto de mo, deveria apresentar apenas o plural corrimos; a existncia de corrimes explica-se pelo esquecimento da formao original da palavra. 2) A lista destes plurais vacilantes poderia ser acrescida com formas como charlates, corteses, guardies e sacristos, que coexistem com charlates, cortesos, guardies e sacristes, as preferidas na lngua culta. 3) Os substantivos terminados em r, z e n formam o plural pelo acrscimo de es ao singular.

Singular abdmen acar

I

Plural abdmenes feitor feitores acares lquen lquenes cnon cnones matiz matizes cartaz cartazes mulher mulheres cruz cruzes pilar pilares dlmen dlmenes vez vezes

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CADERNOS DIGITAIS

Carter faz no plural caracteres, com deslocamento do acento tnico e com permanncia do c que possua de origem. Tambm com deslocamento do acento o plural dos substantivos espcimen, Jpiter e Lcifer: especmenes, Jupteres e Lucferes.

4) Os substantivos terminados em s, quando oxtonos, formam o plural acrescentando tambm es ao singular, quando paroxtonos, so invariveis: Singular o anans o atlas o ingls o pires o revs o lpis o pas o osis o obus o nibus Observaes: 1) O monosslabo cais invarivel. Cs geralmente invarivel, mas documenta-se tambm o plural coses. 2) Como os paroxtonos terminados em s, os poucos substantivos existentes finalizados em x, so invariveis: o trax - os trax, o nix - os nis. I Plural os ananases os atlas os inglses os pires os revses os lpis os pases os osis os obuses os nibus

5) Os substantivos terminados em al, el, ol e ul substituem no plural o I por is: Singular tribunal I Plural tribunais pastel pasteis nvel nveis anzol anzis lcool lcoois paul pauis

Observao: Excetuam-se as palavras mal, real (moeda antiga), cnsul e seus derivados, que fazem, respectiva-mente, males, ris, cnsules e por este, procnsules, vice-cnsules.

6) Os substantivos oxtonos terminados em il mudam o l em s: Singular Plural barril barris funil funis

I

7) Os substantivos paroxtonos terminados em il substituem essa terminao por eis: Singular fssil Observao: 1 ) A palavra projtil possui uma escrita variante: projetil; conseqentemente, o plural poder ser feito em projteis ou projetis. 2 ) A palavra rptil pode ser escrita reptil, tendo o plural em reptis.a a

I

Plural fsseis rptil rpteis

Para os substantivos compostos, h regras especficas: 1) As duas palavras iro para o plural quando: a) Houver substantivo + substantivo tenente-coronel - tenentes-coronis ; couve-flor - couves-flores b) Houver substantivo + adjetivo

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amor-perfeito - amores-perfeitos ; obra-prima - obras-primas c) Houver adjetivo + substantivo gentil-homem - gentis-homens ; boa-vida - boas-vidas d) Houver numeral + substantivo primeira-fila - primeiras-filas segunda-feira - segundas-feiras

2) Somente a primeira palavra ir para o plural quando: a) as duas palavras forem ligadas por preposio. leo-de-chcara - lees-de-chcara ; p-de-moleque - ps-de-moleque b) A segunda palavra limitar ou especificar a primeira, como se fosse um adjetivo. pombo-correio - pombos-correio ; navio-escola - navios-escola

3) Somente a segunda palavra ir para o plural quando: a) As palavras forem ligadas sem o hfen passatempo - passatempos ; girassol - girassis b) Houver verbo + substantivo beija-flor - beija-flores ; quebra-mar - quebra-mares c) Houver duas palavras repetidas reco-reco - reco-recos ; tico-tico - tico-ticos d) A primeira palavra for invarivel sempre-viva - sempre-vivas ; ex-aluno - ex-alunos

4) As duas palavras ficaro invariveis quando: a) Houver um verbo + advrbio o bota-fora - os bota-fora b) Houver verbo + substantivo no plural o saca-rolhas - os saca-rolhas

O substantivo tambm flexiona-se em grau. Grau a capacidade que o substantivo possui para indicar palavras aumentativas, diminutivas e normais. Por exemplo: Rapaz est no grau normal; para indicarmos o aumentativo, dizemos Rapago; para indicarmos o diminutivo, dizemos Rapazinho. O aumentativo e o diminutivo so feitos acrescentando-se sufixos ou atravs de certas expresses, tais como: grande, pequeno, etc. Quando fazemos o aumentativo / diminutivo com o auxlio dos sufixos, dizemos que sinttico; quando fazemos com os adjetivos, dizemos que analtico. Exemplos: A casa grande foi vendida. (aumentativo analtico) A casa pequena foi vendida. (diminutivo analtico) O casaro foi vendido. (aumentativo sinttico) A casinha foi vendida. (diminutivo sinttico)

Principais sufixos formadores do grau aumentativo sinttico aa: barcaa,