Apostila Aprenda a Construir seu Próprio Biodecompositor Caseiro v VII 10032011

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PRODUZIR ADUBO ORGÂNICO EM CASA É UMA ÓTIMA OPÇÃO AMBIENTAL Manual Prático Para Aprender a Construir e Operar o seu Próprio Biodecompositor Caseiro EcoSigma – Soluções Integradas em Gestão de Meio Ambiente Ltda. Rua Dr. Aristides Lemos, 27 – Vila Fortuna CEP 13.032-345 - Campinas – SP Tel. (19) 3384-8424 Cel. (19) 7809-5731 – ID 96*64752 E-mail: [email protected] Elaborado pelo Engenheiro Agrônomo Fernando E. R. Figueiredo E-mail: [email protected] 1. Porque é importante ter o seu próprio Biodecompositor Caseiro 1.1. A Geração de Resíduos e a Vida Moderna A vida moderna está associada a crescente geração e conseqüente dificuldade na disposição de resíduos sólidos (lixo doméstico), estes são hoje, sem dúvida, dois dos maiores problemas enfrentados no mundo, e tanto maior e mais complexo os impactos, quanto o grau de desenvolvimento e o padrão de consumo da população, acarretando graves reflexos sociais, ambientais e econômicos. 1.2. As Diferenças nos Padrões de Consumo Nos países desenvolvidos como EUA, Japão e Europa, o padrão de consumo e geração de resíduos é infinitamente maior do que nos países em desenvolvimento, também as atitudes para a solução dos mesmos encontram-se em estágios bastante avançados na maioria deles. No Brasil e em muitos outros países em desenvolvimento a magnitude do problema também é bastante séria , mas somente agora começam timidamente

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Apostila que ensina como qualquer um pode construir e operar o seu próprio Biodecompositor Caseiro

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PRODUZIR ADUBO ORGÂNICO EM CASA É UMA ÓTIMA OPÇÃO AMBIENTAL

Manual Prático Para Aprender a Construir e Operar o seu Próprio

Biodecompositor Caseiro EcoSigma – Soluções Integradas em Gestão de Meio Ambiente Ltda.

Rua Dr. Aristides Lemos, 27 – Vila Fortuna CEP 13.032-345 - Campinas – SP Tel. (19) 3384-8424 Cel. (19) 7809-5731 – ID 96*64752

E-mail: [email protected]

Elaborado pelo Engenheiro Agrônomo Fernando E. R. Figueiredo E-mail: [email protected]

1. Porque é importante ter o seu próprio Biodecompositor Caseiro

1.1. A Geração de Resíduos e a Vida Moderna

A vida moderna está associada a crescente geração e conseqüente

dificuldade na disposição de resíduos sólidos (lixo doméstico), estes são hoje,

sem dúvida, dois dos maiores problemas enfrentados no mundo, e tanto maior e

mais complexo os impactos, quanto o grau de desenvolvimento e o padrão de

consumo da população, acarretando graves reflexos sociais, ambientais e

econômicos.

1.2. As Diferenças nos Padrões de Consumo

Nos países desenvolvidos como EUA, Japão e Europa, o padrão de consumo e

geração de resíduos é infinitamente maior do que nos países em

desenvolvimento, também as atitudes para a solução dos mesmos encontram-se

em estágios bastante avançados na maioria deles.

No Brasil e em muitos outros países em desenvolvimento a magnitude do

problema também é bastante séria, mas somente agora começam timidamente

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as preocupações de algumas administrações em buscar soluções para os

problemas de geração e disposição dos resíduos.

1.3. Situação dos Resíduos Sólidos em São Paulo

Pode-se ver a magnitude deste problema pelo Estado de São Paulo, um dos

estados mais desenvolvidos do País, onde atualmente mais de 70 % dos

municípios, ainda tem problemas sérios na disposição dos resíduos sólidos (jogam

em lixões a céu aberto ou depositam em aterros, os quais na maioria dos casos

estão mal implantados e operados erroneamente).

1.4. Potencial de Recuperação de Resíduos

O potencial estimado de recuperação dos desperdícios com resíduos para o

Brasil é de cerca de US$ 40 bilhões / ano (R$ 100 bilhões1), contudo o

faturamento atual (até o final do ano de 2002) o valor em R$ movimentado para

os principais recicláveis - papel 2,6 bilhões - vidro 770 milhões - alumínio 330

milhões - plásticos 150 milhões - chega próximo a somente 5 % deste potencial,

ou seja praticamente está tudo ainda por fazer na área de reciclagem e

aproveitamento dos resíduos no Brasil.

2. A Matéria Orgânica nos Resíduos

De todos os componentes presentes nos resíduos a Matéria Orgânica,

representa cerca de 50 a 60 % do que é gerado em nossas residências (cerca

de 500 g por pessoa por dia em média para cidades de médio e grande porte), e

praticamente não é feito nada, pois poucas cidades dispõem hoje de algum tipo

de processo ou sistema de compostagem ou aproveitamento adequado de

resíduos orgânicos; e no entanto, são estes que causam os maiores impactos nos

aterros ou lixões, pois são os principais geradores de gases, chorumes, além de

mau cheiro e vetores de doenças.

1 Cotação do dólar a R$ 2,50 por US$1.00

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3. Como construir o seu próprio Biodecompositor Caseiro

Biodecompositores Caseiros podem ser construídos ou adquiridos prontos de

vários Modelos e tamanhos, nós preferimos apresentar para construção alguns

simples, que qualquer pessoa pode construir em sua própria casa,

apresentaremos no final, outras opções e modelos que podem ser comprados

prontos.

3.1. Material e Obtenção

A condição para construção de um Biodecompositor Caseiro, segundo o

modelo que vamos apresentar é muito simples, pois vamos precisar somente de

Tambores de 200 litros de preferência de plástico (adquiri-se estes facilmente

em sucateiros, ferros velhos ou locais que comercializam Tambores e Bombonas

usados). Podem ser confeccionados de tambores metálicos, contudo tem a

desvantagem que podem ser corroídos pela ferrugem e são mais pesados para

manusear.

3.2. Quantos Tambores e Qual o Tamanho

O número e o tamanho dos Tambores será dado pelas condições do espaço que

dispomos em nosso quintal, assim o ideal é termos no mínimo 2 ou 3 tambores

para garantir a continuidade do programa de compostagem sem interrupções.

O melhor Tamanho para residências com 3 a 5 pessoas é o de

aproximadamente 200 l, pois não é tão pequeno que não caiba resíduo de

diversos dias de coleta e nem tão grande que dificulte o manuseio por apenas

uma pessoa.

3.3. A Importância da Aeração

Adquiridos os Tambores pode-se realizar, ou não, furos ao redor dos mesmos

para criar CANAIS DE AERAÇÃO. Pode-se inclusive solicitar ao vendedor, se este

tiver a mão uma furadeira, que faça isso e assim já leva os mesmos prontos para

casa (o diâmetro da broca pode ser de ½ a ¾ “ ou 1 a 2 cm, quanto maior

melhor).

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Contudo um detalhe muito importante em relação a realizar furos nos

tambores é que se pretendermos utilizar posteriormente os tambores também

para outros fins, não vai ser possível, portanto antes de furar é melhor ter

certeza que serão usados somente para a compostagem, ou é melhor deixa-los

intactos.

Mesmo em tambores não furados a compostagem sairá bem feita, desde que

sejamos mais criteriosos nos revolvimentos.

3.4. Como Devem ser Feitos os Furos Para Aeração

Como, onde e quantos furos fazer (um Tambor de 200 l tem cerca de 87 cm de

altura e 60 cm de diâmetro) portanto vamos furar a partir de 20 cm do fundo a

até cerca de 70 cm ou faltando 20 cm para a borda superior, furar cada linha a

cerca de 10 cm de distância uma da outra, isso vai nos dar 6 linhas de furos entre

os 20 e os 70 cm do Tambor, em cada linha destas vamos fazer 12 furos ao redor

do mesmo (seis em cada meia banda), procurando manter a mesma distância

entre eles e alternando os furos em cada linha, vide croquí - pág. 10.

4. O que pode ser compostado no Biodecompositor Caseiro

4.1. Tipos de Resíduos

Em princípio todo e qualquer tipo de resíduo orgânico produzido em nossas

residências podem e devem ser compostados, vamos enunciar aqui alguns deles

como: - Restos de alimentos crus ou cozidos, cascas bagaços e sementes de

frutas, cascas de ovos, alimentos lácteos ou frios que estragaram na

geladeira, a borra de café com filtro de papel e tudo, ou seja, do que sobrar na

cozinha, tudo pode e deve ser compostado (são os resíduos chamados de

NUTRIENTES).

4.2. Cuidados com Resíduos Especiais

Existem alguns produtos orgânicos com características especiais, que se mal

utilizados podem causar algum incomodo, contudo com um pouco de cuidado,

também podem e devem ser utilizados, como os restos da limpeza dos banheiros

de animais de estimação (restos de ração, fezes de cachorros, gatos,

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passarinhos e qualquer outro bicho de estimação – Importante contudo, é não

colocar aquelas pedras ou areia, tipo smectitas, usadas para os banheiros de

gatos e hamsters).

E também os papéis higiênicos dos banheiros e até o “conteúdo” de fraldas

descartáveis - a fralda e o absorventes higiênicos em si não, porque que não

decompõem – só quando forem fabricados a partir de plásticos oxi-biodegradáveis

e compostáveis2.

4.3. Resíduos Complementares ou de Blend

E por último mas muito importantes, pois eles é que vão nos dar a qualidade

do “Blend” do composto produzido, estão os resíduos de poda e roçagem de

gramados, jardins e hortas (são os chamados resíduos volumosos). Se não tiver

jardim, horta ou gramado em casa, vai precisar arrumar com vizinhos ou amigos

um ou mais sacos de restos de roçagem e aparas de vegetais, pois sem eles não

tem com fazer composto caseiro de qualidade.

4.4. Importância dos Resíduos Volumosos

A importância fundamental destes resíduos, reside no fato de que os mesmos

têm a característica de conterem fibras que dão este volume, ou seja eles

fornecem porosidade, estrutura e aeração a massa de resíduos que está sendo

compostada, eles fornecem as condições ideais de desenvolvimento de uma

compostagem aeróbia.

O contrário, quando temos pouca aeração (umidade na faixa acima de 65 -

70%, ou pouco volumoso) o material em decomposição pode entrar facilmente em

processo de compostagem anaeróbia ou em anaerobiose. Isso pode causar mau

cheiro, atrair moscas e vetores e atrasar o processo de decomposição.

2 Vide detalhes sobre Plásticos Oxi-Biodegradáveis e Compostáveis no Site: www.resbrasil.com.br

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5. Como operar o seu próprio Biodecompositor Caseiro

5.1. Iniciando o Processo de Compostagem de Resíduos

O segredo de fazer um composto bem feito e não gerar chorume nem cheiro

é, como já falamos, o "Blend" que se faz no momento que se procede o

carregamento do mesmo no recipiente do Biodecompositor, vai-se começar o

preenchimento SEMPRE com 10 a 15 cm de capim picado, pode umidecer um

pouco com água normal (1/2 a 1 litro, depende de quão seco estiver o capim ou

qualquer outro volumoso que estivermos usando).

5.2. A Continuidade e a Importância de Picar os Resíduos

Depois é praticamente fazer a mesma coisa todo dia, pois em nossas casas

geramos resíduos orgânicos todo o tempo, principalmente na cozinha, então é só

coletá-los em separado em um baldinho (com tampa) que fica em cima da pia

(vamos ter restos de cascas de frutas, de ovos, limpeza de verduras, restos de

comida cozidos ou crus, papéis sujos ou molhados, filtros de café com borra,

comida que estragou, etc... ). Não é obrigatório, mas se os resíduos forem

fragmentados (picados grosseiramente) , facilita e acelera a decomposição.

5.3. Tipos de Resíduos Não compostáveis e Seu Manejo

Já para os demais resíduos produzidos nas residências, hoje cerca de 30 % são

resíduos recicláveis, vamos ter outro recipiente para colocar (vidros – plásticos

– metais – papéis secos e limpos), estes serão enviados para a coleta seletiva ou

para as cooperativas de recicladores, ou seja, se fizermos a coisa bem feita

praticamente NÃO HAVERÁ GERAÇÃO DE LIXO nas nossas casas, tudo será

aproveitado. Os cerca de 20 % que não são aproveitáveis ainda, nem para

compostagem nem para reciclagem, são os chamados rejeitos, se fizermos uma

boa seleção eles praticamente desaparecem.

5.4. Quando e Como Proceder a Compostagem Caseira

A melhor hora para praticar a atividade de compostagem é no final da tarde,

despeja-se o conteúdo juntado durante o dia neste baldinho com os resíduos

orgânicos, bem como os demais que vieram de dentro de casa no Tambor

(procurar esparramar uniforme em cima do material do dia anterior) e SEMPRE

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cobrir com 4 a 6 cm de capim picado ou qualquer resto de roçagem e poda

picado (volumoso), regar por sobre o volumoso com uma garrafa de 0,10 l a 0,2 l

de água após jogar o capim (em épocas secas do ano pode ser preciso um pouco

mais de água, em época de chuva menos, ai é questão de ver quando estiver

mexendo, se estiver muito úmido parar de por água durante alguns dias, se

estiver muito seco, aumentar para 0,3 l sobre o volumoso).

5.5. Importância de Revolver a Mistura

Não tem erro, é seguir esta seqüência todos os dias e para acelerar o processo

e aumentar ainda mais a qualidade é só pegar um cabo de vassoura (melhor é

corta-lo a cerca de 15 cm acima da boca do tambor e apontar como um espeto

para penetrar mais fácil na massa de composto) e fazer um pouco de um ótimo

exercício de braço a cada 4 a 7 dias, revolvendo bem todo o material já

depositado e continuar enchendo o Tambor até cerca de 2/3 do seu volume.

Este revolvimento também pode ser feito fora do tambor, sobre uma lona ou

encerado de ~ 2,5 m x 3 m, onde se vira o conteúdo do tambor e em dois ou

sozinho, fica-se revolvendo o encerado para frente e para trás até misturar bem

os componentes em compostagem.

Este revolvimento fora tem a vantagem de podermos ver como está a umidade

e homogeneização de toda a massa em decomposição e assim pode-se regular

melhor a umidade e mistura da mesma.

5.6. Evitando Problemas de Cheiro e Moscas

Após depositar todos os dias e após os revolvimentos, sempre cobrir com um

pouco de capim picado (aquela camada de 4 a 6 cm de altura cobrindo sempre a

massa em decomposição), assim nunca vai ter cheiro ou proliferação de

moscas, vai sim, esquentar a massa e acelerar o processo.

5.7. Mantendo um Estoque de Volumosos para o Blend

Para ser ter SEMPRE capim picado é só juntar num saco, ou mesmo amontoar

em um canto, cada vez que aparar a grama e guardar ao lado do Tambor, é bom

ter dois ou mais Tambores para dar um melhor acabamento no composto,

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depende do volume gerado por residência, precisa de mais 30 a 40 dias para ficar

pronto antes de poder usar, isso desde que use o cabo de vassoura para mexer

bem a cada 4 a 7 dias.

6. Como Saber Quando o Composto Está Pronto

6.1. Devemos Encher o Tambor Até Quando

Vamos ter sempre dois ou mais Tambores em casa, então quando chegar em

dois terços ou cerca de 70 cm de altura (o Tambor tem cerca de 90 cm), vamos

parar de carregar neste e começar tudo da mesma maneira em um novo.

6.2. Aparência de um Composto Pronto

Vamos continuar mexendo além do segundo, também no primeiro Tambor a

cada 4 a 7 dias e quando parar de esquentar, ou a massa, ou o volume chegar a

cerca da metade do tambor já deve estar com uma aparência de terra de mato,

com cheiro agradável e textura macia então está pronto, isto pode levar mais 30

a 40 dias, depende de muitos fatores, o tipo de material usado (volumoso mais

fibroso – menos fibroso), a umidade que colocamos e o número de vezes que

revolvemos. Este material após esfriar, pode ser utilizado para colocar em

canteiros para criação de minhocas e ficará melhor ainda sob a forma de HÚMUS

DE MINHOCAS.

7. Qualidade do Composto Fabricado no Biodecompositor Caseiro

7.1. Teores de Nutrientes de um Composto Bem Feito

O composto orgânico ou adubo orgânico assim fabricado é de excelente

qualidade, tem teores muito bons de todos os nutrientes necessários para as

plantas com média de 1,5 % de N, 1,0 % de P, 1,3 % de K e todos os demais

nutrientes em boa quantidade, além dos nutrientes tem em média 55 a 65 % de

Matéria Orgânica pura, rica em ácidos húmicos, fúlvicos e uma riqueza

insuperável em termos microbiológicos – é vida pura.

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7.2. Polindo o Produto Para Melhorar a Aparência e a Qualidade

Se quiser, pode peneirar depois de pronto e vai obter um produto ainda

melhor, é muito mais saudável para o ambiente do que qualquer tipo de adubo

químico existente.

As plantas da sua horta, jardim, vaso ou o seu gramado vão agradecer e

responder em qualidade e beleza o tratamento com o seu COMPOSTO CASEIRO.

Use de 1 a 2 kg / m2.

Todo o material que não passar pela peneira não vai fora não, ele volta para o

processo e continua ajudando a melhorar a qualidade do novo composto, pois já

vai estar inoculado com os microorganismos que aceleram o processo.

Podemos ainda realizar um polimento especial, consiste em colocar o

composto pronto, primeiro para a alimentação de minhocas e produziremos assim

o húmus que é um produto mais fino e de melhor qualidade ainda que o produto

original, basta que tenhamos condições e conhecimentos a respeito da criação de

minhocas.

Peneira Simples construída em tela com armação de metal

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8. Modelo de Biodecompositor para Tambor de 200 l Feito em Casa

9. Outros Modelos de Biodecompositor Caseiro

9.1. Alternativas de Biodecompositores Caseiros

Além do Modelo descrito acima, podemos construir ou até adquirir outros

modelos de Biodecompositores Caseiros, adequados as nossas condições, vamos

mostrar algumas Fotos com Alternativas de Modelos.

9.2. Modelo de Encaixe

Este é um modelo um pouco mais sofisticado de construção em madeira

tratada, com postes fixos e encaixes transversais para ir aumentando a altura

conforme vai preenchendo a caixa, o tamanho é variável com o espaço e o

volume de material disponível (ideal são módulos de 1 a 2 m3).

1ª linha de furos a 20 cm do fundo

As próximas 5 linhas de furos deverão ser feitas a cada 10 cm uma da outra até chegar próximo aos 70 cm de altura, procurar intercalar os furos em cada linha para não ficarem todos encontrados (ex. no outro lado)

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9.3. Modelo Folha de Telha

Este é um modelo menos sofisticado de construção em uma folha de telha

plástica corrugada, enrolada como um tubo e presa por um suporte de madeira

ou metal com parafusos, a altura o diâmetro é dado conforme o tamanho da

telha.

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9.4. Modelo Pronto

Este é um modelo um pouco mais sofisticado de construção em plástico,

encontrado na Europa, o tamanho é similar ao tambor de 200 l.

9.5. Modelo de Encaixe Simples

Este é outro Modelo pouco sofisticado, de construção muito simples em

madeira tratada (para maior durabilidade pintar com tinta a óleo), com peças de

encaixes para ir aumentando a altura conforme vai preenchendo a caixa, o

tamanho é variável com o espaço e o volume de material disponível (ideal são

módulos de 1 m3). Para um módulo de 1 m3 são necessárias 20 tábuas de 115 cm

de comprimento com 15 cm de altura e 2,5 cm de espessura (a 5 cm de cada

borda será feito um “dente/entalhe” de 2,5 cm de largura por 5 cm de

profundidade para encaixar as tábuas) Vide modelo abaixo.

115 cm

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9.6. Construção de Leiras Simples de Compostagem

Quando a produção de resíduos de uma residência apresenta um volume maior

do que a média, por exemplo, quem possui um terreno grande com um jardim

e/ou uma horta muito grande e tem muitos resíduos de poda, limpeza e

roçagem, terá dificuldade em trabalhar com os Modelos Prontos ou mesmo

construídos de Biodecompositor Caseiros, pois os mesmos estarão repletos em um

tempo muito curto.

Neste caso o recomendado é trabalhar com o sistema de construção de Leiras

Simples de Compostagem, o que é muito similar ao que se faz nos processos de

compostagem de grande porte, monta-se uma base de leira com os resíduos

volumosos da poda e roçagem e acrescenta-se nesta leira todos os dias os demais

resíduos orgânicos produzidos na cozinha, banheiro, etc ... como já descritos

anteriormente.

Abre-se um buraco com uma pá na leira e introduz-se os resíduos do dia a dia

e fecha imediatamente (evita que os resíduos, principalmente os restos de

comida sejam atacados por qualquer tipo de animal e evita emissão de cheiros).

Deve-se manter a leira com uma boa umidade regando regularmente e

proceder um revolvimento a cada 10 a 15 dias com a uma pá ou forcado de 6

dentes. Quanto mais tempo levar para revolver a leira, mais tempo vai demorar

para ficar pronto o composto.

O tamanho da leira vai ser determinado pela quantidade de volumosos

gerados na residência, mas o bom é que a base tenha uns 4,0 a 5,0 m de

comprimento por uns 2,0 a 2,5 m de largura e 1,2 a 1,5 m de altura, onde todo

dia serão "enterrados" os resíduos provenientes da cozinha e banheiros (é muito

importante não deixar os resíduos nutrientes expostos).

Leira Simples de Compostagem no Fundo do Quintal.