APOSTILA APROVAÇÃO LINGUA PORTUGUESA

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    FAZER PARA CRER E ESTUDAR PARA PASSAR

    1. LNGUA PORTUGUESA2. FUNDAMENTOS DA EDUCAO3. CONHECIMENTOS ESPECFICOS - Professor Educao Infantil eProfessor 1 a 4 srie

    4. MATEMTICA

    BURITICUPU- MA2012

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    INTELECO E INTERPRETAO DE TEXTOS

    TEXTOTextum, em latim, particpio do verbo tecer, significa tecido. Dessa palavra originou-se

    textus, que gerou, em portugus, texto. Portanto, est-se falando de tecido de frases,oraes, perodos, pargrafos... Uma tessitura de ideias, de argumentos, de fatos, de

    relatos...

    INTELECO (OU COMPREENSO)Inteleco significa entendimento, compreenso. Os testes de inteleco exigem do

    candidato uma postura muito voltada para o que realmente est escrito. Comandos para questo de compreenso

    O narrador do texto diz que...O texto informa que...Segundo o texto, correto ou errado dizer que...

    INTERPRETAOInterpretao significa deduo, inferncia, concluso, ilao. As questes de

    interpretao no querem saber o que est escrito, mas o que se pode inferir ou concluir, oudeduzir do que est escrito.

    Comandos para questo de interpretaoDa leitura do texto, infere-se que...O texto permite deduzir que...Depreende-se do texto que...Qual a inteno do narrador quando afirma que...

    Subentende-se das ideias e informaes do texto que...LEITURA DE UM TEXTO

    Interessa a todos saber que procedimento se adotar para tirar o maior rendimentopossvel da leitura de um texto. Mas no se pode responder a essa pergunta sem antesdestacar que no existe para ela uma soluo mgica, o que no quer dizer que no existasoluo alguma.

    Genericamente, pode-se afirmar que uma leitura proveitosa pressupe, alm doconhecimento lingustico propriamente dito, um repertrio de informaes exteriores aotexto, o que se costuma chamar de conhecimento de mundo.

    comum encontrarmos alunos se queixando de que no sabem interpretar textos.Muitos tm averso a exerccios nessa categoria. Acham montono, sem graa, e outrasvezes dizem: cada um tem o seu prprio entendimento do texto ou cada um interpreta a suamaneira.

    No texto literrio, essa ideia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagemconotativa, mas em texto no literrio isso um equvoco.

    01. Em todos os vestibulares, provas de concursos, prestigiam-se as questes relacionadas compreenso de texto. H maneiras de se chegar resposta correta, observando o que asinformaes do prprio texto nos dizem. Veja o exemplo que segue extrado de uma

    prova do Enem:Quando o corpo humano invadido por elementos estranhos, o sistemaimunolgico reage. No entanto, muitas vezes, o ataque to rpido que podelevar a pessoa morte. A vacinao permite ao organismo preparar sua defesa

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    com antecedncia. Mas, se existe suspeita de mal j instalado, recomendvel ouso do soro, que combate de imediato os elementos estranhos, enquanto osistema imunolgico se mobiliza para entrar em ao.

    Considerando essas informaes, o soro especfico deve ser usado quando:

    a) um idoso deseja se proteger contra a gripe.b) uma criana for picada por cobra peonhenta.c) um beb deve ser imunizado contra poliomielite.d) uma cidade quer prevenir uma epidemia de sarampo.e) uma pessoa vai viajar para regio onde existe febre amarela.

    02. Ainda quanto compreenso de texto questes em maior nmero nas provas devestibular -, observe que alguns testes valem-se do uso de palavras de cunho categrico nasalternativas para invalid-las. Veja esta proposio extrada de uma prova do Enem:A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espcies, ecossistemas, como a

    funes e coloca problemas de gesto muito diferenciados. carregada de normasde valor. Proteger a biodiversidade pode significar- a eliminao da ao humana, como a proposta da ecologia radical;- a proteo das populaes cujos sistemas de produo e de cultura repousamnum dado ecossistema;- a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade comomatria-prima, para produzir mercadorias.De acordo com o texto, no tratamento da questo da biodiversidade no Planeta:a) o principal desafio conhecer todos os problemas dos ecossistemas.b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos,

    independentemente do equilbrio ecolgico.c) deve-se valorizar o equilbrio do ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo usoda terra e de seus recursos.d) o enfoque ecolgico mais importante do que o social, pois as necessidades daspopulaes no devem constituir preocupao para ningum.e) h diferentes vises em jogo, tanto as que consideram aspectos ecolgicos, quanto asque levam em conta aspectos sociais e econmicos.

    Texto: Pode dizer-se que a presena do negro representou sempre fator obrigatrio nodesenvolvimento dos latifndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram,

    eventualmente, prestimosos colaboradores da indstria extrativa, na caa, na pesca, emdeterminados ofcios mecnicos e na criao do gado. Dificilmente se acomodavam, porm,ao trabalho acurado e metdico que exige a explorao dos canaviais. Sua tendnciaespontnea era para as atividades menos sedentrias e que pudessem exercer-se semregularidade forada e sem vigilncia e fiscalizao de estranhos.

    (Srgio Buarque de Holanda, in Razes)

    - Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:a) os portugueses. b) os negros.c) os ndios. d) tanto os ndios quanto aos negros.e) a miscigenao de portugueses e ndios.

    (Aquino, Renato. Interpretao de textos, 2 edio. Rio de Janeiro : Impetus, 2003.)

    LINGUAGEM, DISCURSO E TEXTUALIDADE: Funes da linguagem

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    TEXTO E DISCURSO O TEXTO UMA UNIDADE SIGNIFICATIVA: para ser texto preciso ter textualidade. A textualidade por sua vez funo da relao do texto consigo mesmo e com aexterioridade. pensando a relao do texto com sua exterioridade que podemos pensarno a funo do texto, mas seu funcionamento.

    No so as palavras que significam, mas o texto. Quando uma palavra significa porqueela tem textualidade, ou seja, porque sua interpretao deriva de um discurso que asustenta, que a prov de realidade significativa. A palavra que significa uma palavratextualizada.Certamente h uma ligao entre a histria l fora e a historicidade do texto , atrama dos sentidos nela, mas elano nem direta, nem automtica, nem de causa e efeito,e nem se d termo a termo. Essa relao complexa e quenecessita, para ser trabalhada,que se compreenda ofuncionamento do texto. Pela anlise da historicidade do texto, isto , de seu modo de produzir sentidos,podemos falar que um texto pode ser e na maioria das vezes efetivamente o atravessado por vrias Formaes Discursivas. a isto que chamo de heterogeneidade

    do discurso. Discursivamente, portanto, um texto no homogneo. Essas diferentesformaes que o atravessam correspondem a diferentes posies sujeitos no discursoque a se representam. Isto nos leva a pensar a relao texto/discurso e sujeito/autor.

    1. Lngua:Lngua um sistema de signos que serve de meio de comunicao entre os membros deuma comunidade lingustica. Os signos de uma lngua substituem os objetos e osrepresentam.

    2. Fala:Denominamos fala ao uso que os membros da comunidade lingustica fazem da mesma

    lngua. Em outras palavras, ele o ato concreto e individual das pessoas que se apropriamda lngua comum e lhe imprimem um estilo particular de expresso.Portanto, ao selecionar as palavras do cdigo comum, sua cultura, seu meio ambiente, etc.Da surge os chamados estilos prprios e nveis de fala.

    3. Linguagem:

    Linguagem a capacidade comunicativa que tm os seres humanos de usar qualquersistema de sinais significativos, expressando seus pensamentos, sentimentos e experincias.Desse modo, desenhos, gestos, sons, cores, cheiro, onomatopeias, palavras, etc... soformas de linguagem. A linguagem uma faculdade muito antiga da espcie humana e deveter precedido os elementos mais rudimentares da cultura material.

    FUNES DA LINGUAGEM

    1. Funo EmotivaPosso te falar dos sonhos, das flores, de como a cidade mudou...Posso te falar do medo, do meu desejo, do meu amor...Posso falar da tarde que caiE aos poucos deixa ver no cu a luaQue um dia eu te dei.

    (A lua que eu te dei/ Ivete

    Sangalo)

    Caractersticas:

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    Tambm chamada de expressiva, tal funo que ocorre quando o destaque dado aoemissor. Suas principais caractersticas so:

    verbos e pronomes em primeira pessoa; presena comum de ponto de exclamao e interjeies; expresso de estados de alma do emissor (subjetividade e pessoalidade); presena predominante em textos lricos, autobiografias, depoimentos, memrias .

    2. Funo conativa ou de apelo

    A funo conativa aquela que busca mobilizar a ateno do receptor, produzindo umapelo ou uma ordem. Pode ser volitiva, revelando assim uma vontade (Por favor, eugostaria que voc se retirasse.), ou imperativa, que a caracterstica fundamental dapropaganda. Encontra no vocativo e no imperativo sua expresso gramatical mais autntica.

    Exemplos:Antnio, venha c!

    Compre um e leve trs.

    Beba Coca-Cola.

    Se o terreno difcil, use uma soluo inteligente:

    Mercedes-Benz.

    As principais caractersticas dessa funo so: verbos no imperativo; verbos e pronomes na segunda ou terceira pessoas; tentativa de convencer o receptor a ter um determinado comportamento; presena predominante em textos de publicidade e propaganda; Emprego da ambiguidade.

    3. Funo Referencial

    Portinari: valorizao do Brasil e da arteFilho de imigrantes italianos, Cndido Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903,numa fazenda de caf nas proximidades de Brodsqui, em So Paulo. Com a vocaoartstica florescendo logo na infncia, Portinari teve uma educao deficiente, nocompletando sequer o ensino primrio. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores eescultores italianos que atuava na restaurao de igrejas passa pela regio de Brodsqui erecruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indcio do talento do pintorbrasileiro.Caractersticas:Funo cognitiva ou referencial ou denotativa a funo que ocorre quando o destaque dado ao referente, ou seja, ao contexto, aoassunto. A inteno principal do autor informar o leitor sobre a vida do pintor Portinari.As principais caractersticas desse tipo de texto so:

    Objetividade- linguagem direta, precisa, denotativa; Clareza nas ideias; Finalidade traduzir a realidade, tal como ela ; Presena predominante em textos informativos, jornalsticos, textos didticos,

    cientficos; mapas, grficos, legendas, recursos representativos.

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    4. Funo Metalingustica

    Alvo. Sm. 1. Ponto a que se procura atingir com a arma; mira. 2. Fim. 3. A cor branca.

    Caractersticas:

    a funo que ocorre quando o destaque dado ao cdigo. Numa situao em que umlinguista define a lngua, observa-se que, para conceituar um termo do cdigo, ele usou oprprio cdigo, ou seja, definiu 'lngua' usando a prpria lngua. Tambm ocorremetalinguagem quando o poeta, num texto qualquer, reflete sobre a criao potica; etc.Em todas as situaes citadas, percebe-se o uso do cdigo.

    Foi assim que sempre se fez. A literatura a literatura, Seu Paulo. A gente

    discute, briga, trata de negcios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta

    outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ningum me lia.

    (Graciliano Ramos)O exemplo mais definitivo desse tipo de funo so as aulas de gramtica, os livros de

    gramtica e os dicionrios da lngua.

    5.Funo Ftica- Al, al, marciano. Aqui quem fala da Terra. Pra variar estamos em guerra. (Elis Regina)

    Caractersticas:Ocorre quando o canal posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem apenas testar o canal, tendo como objetivo prolongar ou no o contato com o receptor, outestar a eficincia do canal, o que tem o mesmo valor de um aceno com a mo, com acabea ou com os olhos. Exemplo tpico da funo ftica a linguagem das falas telefnicas,

    saudaes e similares.

    6. Funo PoticaAt onde existe amorDe quem assume esta sinaViver um vo para a felicidade e a voz da verdade(Daqui por diante/ Baro)

    Caractersticas:

    Ocorre quando a prpria mensagem posta em destaque, ou seja, chama-se a ateno parao modo como foi organizada a mensagem;Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor.Afetiva, sugestiva, conotativa, ela metafrica. Valorizam-se as palavras, suascombinaes;Exemplos de textos poticos: alm dos provrbios e letras de msica, conforme citado,encontramos esse tipo de funo em textos escritos em prosa, em slogans, ditos populares.Logo, no se trata de uma funo exclusivamente encontrada em poesias.

    Atente-se a uma anlise dos exemplos que seguem e, em seguida, destaque quais

    funes se encontram neles presentes:

    a)_______________________________________________

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    De tudo ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tanto,Que mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.

    Vincius de Morais

    b) _______________________________________________

    c) _______________________________________________

    Com Natal prximo, importaes batem recorde em setembroMdia diria de importaes de US$ 844 milhes a maior desde 2003.Saldo comercial soma US$ 1,09 bi em setembro e US$ 12,77 bi no ano.(Fonte: http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/10/com-natal-proximo-

    importacoes-batem-recorde-em-setembro.html)

    d) ____________________________________________A ascensorista e o vivo trataram-se como sempre:-Tudo bem com voc?- Tudo. E voc?

    -Tudo bem!-Ah... At mais tarde.-At mais tarde.

    e) ___________________________________________

    f) ___________________________________________O verbo infinitivo

    Ser criado, gerar-se, transformarO amor em carne e a carne em amor; nascerRespirar, e chorar, e adormecerE se nutrir para poder chorar

    Para poder nutrir-se; e despertarUm dia luz e ver, ao mundo e ouvirE comear a amar e ento ouvir

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    E ento sorrir para poder chorar.E crescer, e saber, e ser, e haverE perder, e sofrer, e ter horrorDe ser e amar, e se sentir maldito

    E esquecer tudo ao vir um novo amor

    E viver esse amor at morrerE ir conjugar o verbo no infinito... (Vincius de Morais)