Apostila Aprovar Ano05 Fascículo31 Geo Mat

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Um profissional deServiço Social temque ter sensibilidadepara os problemassociais, gostar de li-dar com as pessoas,ter iniciativa, disposi-ção a enfrentar desa-fios e ter habilidadepara desenvolver tra-balhos em equipe.Mas não é só isso:ele precisa embasaras suas ações emc o n h e c i m e n t o steóricos das diversasciências sociais, utili-zando-os na prática profissional. É preciso tercompromissos com princípios éticos ehistóricos da população brasileira e tercapacidade para executar e para elaborarpolíticas sociais públicas, voltadas para obem-estar coletivo e para a integração doindivíduo na sociedade.

Entre suas habilidades, o assistente socialtrabalha com a questão da exclusão social,acompanhando, analisando e propondoações para melhorar as condições de vidade crianças, de adolescentes e de adultos.Articula campanhas de alimentação, desaúde, de educação e de recreação e im-planta projetos assistenciais. Em peniten-ciárias e em abrigos de menores, propõeações e desenvolve a capacitação para areintegração dos marginalizados. Em órgãospúblicos, formula projetos e políticas queatendam aos segmentos excluídos da so-ciedade. Em empresas, realiza campanhasde segurança no trabalho e acompanhafuncionários nas questões de saúde, definanças, sociais e familiares.

Em relação ao mercado de trabalho, segun-do dados do Conselho Federal de ServiçoSocial, o setor que mais emprega é o deSaúde, especialmente em órgãos públicos.Por isso, a maioria dos profissionais prestaconcurso. Mas as oportunidades de trabalhovariam do setor público a ONGs, escolas,penitenciárias e centros de ressocialização,fundações, centros comunitários e em-presas privadas em geral. Há boa procuranas áreas de Educação, apoio às minorias ecombate às desigualdades sociais.

Associar o trabalho de assistência social aatividades filantrópicas é um erro. Trata-sede uma profissão que, mais do que assis-tencialismo, exige conhecimentos emvárias áreas das Ciências Sociais, sobretu-do quando se deseja implantar programase políticas sociais. A capacidade para con-tornar os mais diversos problemas é prove-niente de um currículo que contemplavárias áreas do conhecimento.

O conteúdo do curso de Serviço Social ébasicamente voltado a dar embasamentoao aluno para a compreensão e para a aná-lise da realidade social numa perspectivahistórica, crítica e propositiva, com o obje-tivo de formar um profissional capaz de criare de implementar programas cuja finalidadeseja a transformação social. Para isso, nagrade curricular, inclui Sociologia, TeoriaPolítica, Filosofia e Economia, além de con-teúdos vinculados à formação da sociedadebrasileira, como políticas e movimentos so-ciais, trabalho e sociabilidade, relações degênero, étnicas e raciais.

Com duração média de quatro anos, geral-mente, o estudante realiza trabalhos de cam-po em comunidades e em diversos espaçosinstitucionais e sociais, como sindicatos,escolas, creches, ONGs e cooperativas.

Depois de formado, o profissional poderáatuar em áreas que prestem assistência àcriança e ao adolescente, desenvolvendo eimplementando projetos de apoio à edu-cação e ao acompanhamento de crianças ede jovens carentes. Poderá atuar, ainda, naJustiça, nas varas de família, acompanhan-do os processos que envolvem crianças eadolescentes em situação de risco social,de adoção e de disputa de guarda; em em-presas, organizará e executará programaseducativos de saúde, de lazer e de segu-rança no trabalho; na área de Saúde, par-ticipará de campanhas públicas de preven-ção de doenças endêmicas e epidêmicas edo combate ao alcoolismo e às drogas,prestando assistência a pacientes e a seusfamiliares.

Outra área promissora é a de Educação, naqual o profissional poderá criar e executarprogramas de bolsa de estudo e de auxíliofinanceiro, assim como selecionar os estu-dantes beneficiários.

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ÍndiceLITERATURA

Modernismo IV – Segunda Fase

................................................... Pág. 03

(aula 181)

QUÍMICA

Reações orgânicas ................... Pág. 05

(aula 182)

GEOGRAFIA

Os domínios fitogeográficos

................................................... Pág. 07

(aula 183)

MATEMÁTICA

Ponto e reta .............................. Pág. 09

(aula 184)

FÍSICA

Física Moderna – temporal no conheci-

mento humano .......................... Pág. 11

(aula 185)

PORTUGUÊS

Perscrutando o texto ................ Pág. 13

(aula 186)

Referências bibliográficas ...... Pág. 15

Dados do Conselho Federal de Ser-viço Social atestam que, nos últimosanos, a demanda por bacharéis

nessa área tem crescido. Há cerca de 74mil profissionais registrados na entidade,2.210 só no Amazonas.

Regulamentado pela Lei 8662/93, o exercí-cio profissional requer a formação em cursosuperior e a inscrição no Conselho Regionalde Serviço Social (CRESS) do estado ondepretende o profissional pretende trabalhar.

Escolher a profissão a seguir não é umatarefa fácil, e é comum que existam dúvidasnessa hora. Mas certas áreas têm umapeculiaridade maior e necessitam muitomais de vocação do que de técnicas – esseé o caso do Serviço Social. Como se trata deuma área de constante relacionamento coma sociedade e que exige muita dedicação, éde extrema importância estar certo de queessa ocupação, além de ser uma realizaçãomais que profissional, será também pessoal.

Guia de ProfissõesServiço Social

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Modernismo IV – Segunda Fase

1. CRONOLOGIA

Duração – 1930 a 1945.Primeira obra – Alguma Poesia. Primeiro autor – Carlos Drummond deAndrade.

2. CARACTERÍSTICAS

a) Amadurecimento e solidificação da poesiamodernista.

b) Mistura do verso livre com formastradicionais de compor poemas.

c) Mistura da temática cotidiana com temáti-ca histórico-social.

d) Revalorização da poesia simbolista.

3. AUTORES PRINCIPAIS

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Nascimento e morte – Carlos Drummondde Andrade nasce em Itabira do Mato Dentro(MG), em 31 de outubro de 1902. Morre noRio de Janeiro, em 17 de agosto de 1987.

Vocação – Deseja o pai de Drummond, ofazendeiro Carlos de Paula Andrade, que osfilhos se interessem pela vida do campo. Omenino Carlos não se sente atraído por essaperspectiva, manifestando inclinação pelasletras desde cedo.

Herança do colégio – Em 1920, é expulso doColégio Anchieta, em Nova Friburgo, por“insubordinação mental”.

Farmácia – Cursa Farmácia em Belo Horizon-te, para onde a família se muda em 1920.

Amizades – Em 1924, envia carta a ManuelBandeira, manifestando sua admiração pelopoeta. É também nesse ano que conheceMário de Andrade, Oswald de Andrade eTarsila do Amaral.

Casamento – Em 1925, Drummond casa-secom Dolores Dutra de Morais. O poeta voltapara Itabira sem interesse pela profissão defarmacêutico e sem adaptação à vida defazendeiro.No meio do caminho – Em 1928, publica, narevista Antropofagia, de São Paulo, o poemaNo meio do caminho, que se torna um verda-deiro escândalo literário. Veja-o na íntegra.

No meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimentona vida de minhas retinas tão fatigadas.Nunca me esquecerei que no meio do

[caminhotinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhono meio do caminho tinha uma pedra.

Maria Julieta – Ainda em 1928, nasce-lhe afilha Maria Julieta. Filha única e sua grandepaixão, Julieta torna-se sua eterna musa.Escritora, jamais consegue destaque,sufocada pelo sobrenome famoso quecarrega.

Estréia – Em 1930, Drummond publica oprimeiro livro: Alguma Poesia.

Esquerdo na vida – O primeiro poema deAlguma Poesia é o conhecido Poema de SeteFaces. Veja a primeira estrofe:

Quando nasci, um anjo tortodesses que vivem na sombradisse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Profissão de fé – O poema Mãos Dadasconstitui uma espécie de profissão de fé deDrummond. Nele, o poeta reafirma seu com-promisso com o tempo presente e com asolidariedade.

Poemas famosos:

1. Confidência do Itabirano2. Cidadezinha Qualquer3. Mãos Dadas4. Os Ombros Suportam o Mundo5. Procura da Poesia6. Poema de Sete Faces7. José8. No Meio do Caminho9. Quadrilha

Principais obras de Drummond:

1. Alguma Poesia, (poesia, 1930)2. Brejo das Almas (poesia, 1934)3. Sentimento do Mundo (poesia, 1940)4. Confissões de Minas (poesia, 1944)5. A Rosa do Povo (poesia, 1945)6. Claro Enigma (poesia, 1951)7. Contos de Aprendiz (contos, 1951)8. A Paixão Medida (poesia, 1980)9. Amar se aprende amando (poesia, 1985)

CECÍLIA MEIRELES

Nascimento e morte – Cecília Meireles Grilonasce no Rio de Janeiro, em 7 de novembrode 1901. Falece na mesma cidade, em 9 denovembro de 1964, após longa enfermidade,vítima de câncer.

Órfã – Órfã desde tenra idade (aos 3 anos jáperdera os pais e três irmãos que nemchegou a conhecer), Cecília é criada pela avóJacinta Garcia Benevides. Veja o que apoetisa diz sobre isso:

“Nasci aqui mesmo, no Rio de Janeiro, trêsmeses depois da morte de meu pai, e perdiminha mãe antes dos três anos. Essas eoutras mortes ocorridas na família acarreta-ram muitos contratempos materiais, mas, aomesmo tempo, deram-me, desde pequenina,uma tal intimidade com a Morte quedocemente aprendi essas relações entre oEfêmero e o Eterno.”

Solidão precoce – Desde cedo, Cecíliahabitua-se ao exercício da solidão, desenvol-vendo consciência e sensibilidade que serãoexpostas, mais tarde, em sua poesia. Vejadepoimento da autora:

“Minha infância de menina sozinha deu-meduas coisas que parecem negativas e foramsempre positivas para mim: silêncio esolidão.”

Atividade literária – Em 1919, estréia na lite-ratura com a publicação de Espectros,sonetos simbolistas.

Adesão ao Modernismo – Com o livroNunca mais... e Poema dos Poemas (poesia,1923), Cecília adere ao Modernismo.

Alheamento – A década de 20 foi uma épocade revolução na Literatura Brasileira, mas o

01. (PUC) Assinale a alternativa em que seencontram preocupações estéticas daprimeira geração modernista.

a) “Não entram no verso culto o calão e o sole-cismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio,a indigência das imagens e do vocabulário,a vulgaridade do pensar e do dizer.”

b) “Vestir a idéia de uma forma sensível que,entretanto, não terá seu fim em si mesma,mas que, servindo para exprimir a Idéia, delase tornaria submissa.”

c) “Minhas reivindicações? Liberdade. Usodela: não abuso. E não quero discípulos. Emarte: escola = imbecilidade de muitos paravaidade dum só.”

d) Na exaustão causada pelo sentimentalismo,a alma ainda trêmula e ressoante da febredo sangue, a alma que ama e canta porquesua vida é amor e canto, o que pode senãofazer o poema dos amores da vida real?”

e) “O poeta deve ter duas qualidades: engenhoe juízo; aquele, subordinado à imaginação,este, seu guia, muito mais importante, de-corrente da reflexão. Daí não haver belezasem obediência à razão, que aponta oobjetivo da arte: a verdade.”

02. (UFES) Das obras abaixo, a única não es-crita por Cecília Meireles:

a) Mar Absoluto.b) Retrato Natural.c) Vaga Música.d) Lição de Coisas.e) Poemas Escritos na Índia.

03. (MACK) Romanceiro da Inconfidência éum longo poema que revê nossa épocaárcade. Seu autor é:

a) Mário de Andrade.b) Oswald de Andrade.c) Carlos Drummond de Andrade.d) Cecília Meireles.e) Vinícius de Moraes.

04 (MACK) Assinale a alternativa que não seaplica à obra de Carlos Drummond deAndrade.

a) Participante da Semana de Arte Moderna,sua poesia é típica representante da primei-ra geração modernista brasileira.

b) Em muitos poemas, apresenta seu desen-canto em relação à vida.

c) Morte do leiteiro é um poema baseado naproblemática do dia-a-dia.

d) Extrai do mundo interiorano de Itabira otema para alguns de seus poemas.

e) A Procurada Poesia é um poema em que oautor se preocupa com a própria confecçãoda poesia.

Aula 181

LiteraturaProfessor João BATISTA Gomes

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VINÍCIUS DE MORAES

Rosa de Hiroshima

Pensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas, oh, não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroshimaA rosa hereditáriaA rosa radioativaEstúpida e inválidaA rosa com cirroseA anti-rosa atômicaSem cor sem perfumeSem rosa sem nada.

CECÍLIA MEIRELES

Motivo

Eu canto porque o instante existee a minha vida está completa.Não sou alegre nem sou triste:sou poeta.

Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento.Atravesso noites e diasno vento.

Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, – não sei, não sei. Não sei se ficoou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.Tem sangue eterno a asa ritmada.E um dia sei que estarei mudo:– mais nada.

JORGE DE LIMA

Essa Negra Fulô (excerto)

Ora, se deu que chegou (isso já faz muito tempo) no bangüê dum meu avô uma negra bonitinha, chamada negra Fulô.

Essa negra Fulô!Essa negra Fulô!

Essa negrinha Fulô!ficou logo pra mucama pra vigiar a Sinhá, pra engomar pro Sinhô!

Essa negra Fulô! Essa negra Fulô!

O Sinhô foi açoitar sozinho a negra Fulô. A negra tirou a saia e tirou o cabeção, de dentro dele pulou nuinha a negra Fulô.

trabalho de Cecília, naquele período, mostrapouca afinidade com as tendências nacio-nalistas então em voga ou com o verso livree a linguagem coloquial.

Atividade docente – Entre 1925 e 1939,dedica-se à sua carreira docente, publicandovários livros infantis.

Prêmio da ABL – Cecília reaparece no cená-rio poético após 14 anos de silêncio, comViagem (1939), considerado um marco damaturidade e da individualidade na sua obra.O livro conquista o prêmio de poesia daqueleano da A. B. L.Doença e trabalho – Mesmo enferma comcâncer, mostra-se lúcida e trabalha quase atéos últimos dias de sua vida.

Herdeira do Simbolismo – Embora vivendo eescrevendo sob influência do Modernismo,Cecília apresenta, em sua obra, heranças doSimbolismo e técnicas do Classicismo, Gon-gorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realis-mo e Surrealismo, razão pela qual sua poesiaé considerada atemporal.

Poemas famosos:

1. Motivo2. Retrato3. Canção4. Guitarra5. O Colar de Carolina.

Principais obras de Cecília:

1. Espectros (poesia, 1919)2. Nunca mais e... Poema dos Poemas

(poesia, 1923)3. Baladas para El-Rei (poesia, 1925)4. Viagem (poesia, 1939)5. Vaga música (poesia, 1942)6. Mar absoluto (poesia, 1945)7. Retrato Natural (poesia, 1949)8. Doze Noturnos da Holanda (poesia, 1952)9. Romanceiro da Inconfidência (poesia, 1956)

MURILO MENDES

Nascimento e morte – Murilo MonteiroMendes nasce em Juiz de Fora (MG), em 13de maio de 1901. Falece em Lisboa, em 15de agosto de 1975.

Primeiras letras – Passa a infância na cidadenatal. Aprende as primeiras letras em casa.

Primeiras leituras – Inicia cedo suas leituras,conhecendo as obras de Júlio Verne, Racine,Corneille e Molière.

Primeiras leituras – Vizinho do escritor Bel-miro Braga, cuja biblioteca freqüenta comassiduidade, tem oportunidade de ler CesárioVerde, Eça, Antônio Nobre, Fialho, Camilo,Machado de Assis, Castro Alves, Alphonsusde Guimaraens.

Correspondência – Corresponde-se comAlphonsus de Guimaraens, Olavo Bilac,Alberto de Oliveira, Coelho Neto.

Entre intelectuais – Na casa do amigoIsmael Neri (RJ), trava relações com GraçaAranha, Mário e Oswald de Andrade, chefesda revolução modernista.

Primeiro livro – Tem o primeiro livropublicado em 1930, Poesias, por insistênciado pai. Recebe o prêmio “Graça Aranha”,com Rachel de Queiroz e Cícero Dias.

Obras principais de Murilo Mendes:

1. Poesias (1930)2. História do Brasil (1932)3. Tempo e Eternidade (1935)

4. A poesia em Pânico (1941)

5. As Metamorfoses (1941)

6. Poesia e Liberdade (1947)

JORGE DE LIMA

Nascimento e morte – Jorge Mateus de Lima

nasce em 23 de abril de 1895, em União dos

Palmares (AL). Morre em 16 de novembro de

1953, no Rio de Janeiro (RJ).

Medicina – Inicia, em 1911, a faculdade de

Medicina (Salvador, BA), concluindo-a em

1915, no Rio de Janeiro.

Política – Elegeu-se Deputado Estadual pelo

Partido Republicano de Alagoas (1926) e

vereador pela UDN (1946).

Segunda geração – Sua poesia vincula-se à

segunda geração do Modernismo. Sua poética

contempla desde o soneto, com versos

alexandrinos, até o verso livre. Seus temas

preferidos são cenas da infância e motivos

regionais.

Poemas famosos:

1. O Acendedor de Lampiões

2. Essa Negra Fulô

Principais obras de Jorge de Lima:

1. O Mundo do Menino Impossível (1925),

2. Novos Poemas (1930)

3. Tempo e Eternidade (1935)

4. A Túnica Inconsútil (1938)

5. Poemas Negros (1947)

VINÍCIUS DE MORAES

Nascimento e morte – Marcos Vinícius de

Moraes nasce em 19 de outubro de 1913, no

Rio de Janeiro. Morre na mesma cidade, em

9 de julho de 1980.

Direito – Forma-se em Direito, no Rio de

Janeiro, em 1933.

Estréia – Em 1933, publica o primeiro livro de

poesias: O Caminho para a Distância.

Vinícius e Tom – Em 1956, inicia parceria

com Tom Jobim, que faz as músicas para sua

peça Orfeu da Conceição.

Música – Em 1958, é lançado o LP Canção

do Amor Demais, que inclui a música Chega

de Saudade, composta por ele e por Tom

Jobim, marco do movimento da Bossa Nova.

Segunda geração – Vinícius de Moraes

pertence à segunda geração do Modernis-

mo. Soube dosar o sucesso na poesia (tem

vários sonetos antológicos), na música

(Garota de Ipanema é a música brasileira

mais executada no mundo) e na crônica.

Poemas famosos:

1. Soneto de Fidelidade

2. Soneto de Separação

3. Soneto do Amor Total

4. A Rosa de Hiroshima

5. Receita de Mulher

Obras principais:

1. Forma e Exegese (1935)

2. Ariana, a Mulher (1936)

3. Novos Poemas (1938)

4. Livro de Sonetos (1957)

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Reações orgânicas I1. INTRODUÇÃO

Reações orgânicas são reações químicas envol-vendo compostos orgânicos. Os tipos básicos dereações da química orgânica são reações deadição, reações de eliminação, reações de subs-tituição, reações pericíclicas, reações de rear-ranjo ou de transposição e reações redox. Emsíntese orgânica, reações orgânicas são usadasna construção de novas moléculas orgânicas. Aprodução de muitas substâncias pelo homem, talcomo drogas, plásticos, depende de reaçõesorgânicas.As mais antigas reações orgânicas são a com-bustão de combustíveis orgânicos e a saponifica-ção de gorduras para fazer sabão. A modernaquímica orgânica inicia com a síntese de Wohlerem 1828. Na história do Prêmio Nobel de Quími-ca, tem havido premiados pela invenção de rea-ções orgânicas específicas tais como a reaçãode Grignard, em 1912, a reação de Diels-Alderem 1950, a reação de Wittig, em 1979, e a metá-tese de olefina, em 2005.

2. CLASSIFICAÇÕES

A química orgânica tem uma forte tradição denomear uma reação específica em função do seuinventor ou inventores colaboradores e umalonga lista de assim chamadas reações nomea-das existe, conservadoramente estimadas em1000. Uma antiga reação nomeada é o rearranjode Claisen (1912) e uma recente é a reação deBingel (1993). Quando a reação nomeada é difícilde se pronunciar ou muito longa, como a reaçãode Corey-House-Posner-Whitesides, ajuda usaruma abreviação como na reação CBS. O númerode reações apresentadas no atual processo émuito menor, por exemplo, a reação ene oureação aldólica.Outra abordagem para reações orgânicas é portipo de reagente orgânico, muitos deles inorgâni-cos, requeridos em uma transformação específica.Os principais tipos são agentes oxidantes taiscomo tetróxido de ósmio, agentes redutores taiscomo hidreto de lítio e alumínio, bases, tais comodiisopropilamida de lítio, e ácidos, tais como oácido sulfúrico.

3. FUNDAMENTOS

Os fatores governando as reações químicas sãoessencialmente os mesmos para todas elas.Fatores específicos para as reações químicas sãoaqueles que determinam a estabilidade dereagentes e de produtos tais como conjugação,hiperconjugação e aromaticidade e a presença e aestabilidade de reativos intermediários tais comoradicais livres, carbocátions e carbânions.Um composto orgânico pode consistir de muitosisômeros. Seletividade em termos de regioseleti-vidade, de diastereoseletividade e de enantiosele-tividade é conseqüentemente um importantecritério para muitas reações orgânicas. Aestereoquímica de reações pericíclicas é gover-nada pelas regras de Woodward-Hoffmann, e asmuitas reações de eliminação, pela regra de

Zaitsev.Reações orgânicas são importantes na produçãode fármacos. Em uma revisão de 2006, estimou-se que 20% das conversões envolvem alqui-lações sobre átomos de nitrogênio e de oxigênio,outras 20% envolvem colocação e remoção degrupos protetivos, 11% envolvem formação denovas ligações carbono-carbono e 10% envol-vem interconversões sobre grupos funcionais.

4. REAÇÕES ORGÂNICAS POR MECANISMOS

Não há limite para o número de reações orgânicaspossíveis e mecanismos. Entretanto certospadrões são observados que podem ser usadospara descrever muitas reações comuns e úteis.Cada reação tem um passo principal no mecanis-mo de reação que explica como ela acontece.Através dessa descrição de passos, não ficasempre clara em uma lista de reagentes isolados.Reações orgânicas podem ser organizadas emdiversos tipos básicos. Algumas reações são clas-sificáveis em mais de uma categoria. Por exemplo,algumas reações de substituição seguem umamarcha de adição-eliminação. Essa relação geralnão pretende incluir cada reação orgânica.Entretanto pretende-se cobrir as reações básicas.Reações de adição incluem reações tais comohalogenação, hidrohalogenação e hidratação. Asprincipais reações de adição são: Adição eletrofílica ou EA Adição nucleofílica ou NA Adição radical ou RA Reações de eliminação incluem processos taiscomo desidratação e são encontradas seguindomecanismos de reação E1, E2 ou E1cB

Reações de substituição são divididas em: Substituição nucleofílica alifática com mecanis-mos de reação SN1, SN2 e SNi Substituição nucleofílica aromática ou NAS Substituição nucleofílica acílica Substituição eletrofílica ou ES Substituição eletrofílica aromática ou EAS Substituição radical ou RS Reações orgânicas redox são reações redoxespecíficas para compostos orgânicos e sãomuito comuns.

Reações de rearranjos são divididas em: Rearranjos 1,2 Reações pericíclicas Metáteses Em reações de condensação, uma pequena mo-lécula, usualmente água, é dividida quando doisreagentes são combinados numa reação quími-ca. A reação oposta, quando a água é consumi-da em uma reação, é chamada hidrólise. Muitasreações de polimerização são derivadas de rea-ções orgânicas. Elas são divididas em polimeri-zação de adição e em policondensações.

5. SUBSTITUIÇÂO NUCLEOFÍLICA

Em química, uma sustituição nucleofílica ou nu-cleófila é um tipo de reação de substituição emque um nucleófilo, "rico em elétrons", substitui,em uma posição eletrófila, "pobre em elétrons",de uma molécula a um átomo ou grupo, deno-minados grupo saliente.É um tipo de reação fundamental em químicaorgânica, em que a reação se produz sobre umcarbono eletrófilo. Reações de substituiçãonucleofílica também podem ter lugar sobrecompostos inorgânicos covalentes.Se ignoramos as cargas formais, em químicaorgânica, a reação geral de substituição nucleo-fílica consiste em:Nu: + R–L → R–Nu + L: O nucléofilo Nu, mediante seu par de elétrons (:),substitui, no substrato R–L, onde R é o eletrófilo,

01. (Mackenzie 2002) Em diversos países, oaproveitamento do lixo doméstico é quase100%. Do lixo levado para as usinas de com-postagem, após a reciclagem, obtém-se abiomassa que, por fermentação anaeróbica,produz biogás. Esse gás, além de ser usadono aquecimento de residências e comocombustível em veículos e indústrias, ématéria-prima importante para a produçãodas substâncias de fórmula H3C–OH,H3C–Cl, H3C–NO2 e H2, além de outras.

luz1. CH4 + Cl2 → H3C – Cl + HCLA reação que permite a produção do H3C –Cl, segundo a equação acima, é de:a) polimerização. b) eliminação. c) combustão.d) substituição. e) adição.

02. (Fatec 2006) No experimento esquema-tizado a seguir, os vapores de álcool etílicopassam por raspas de cobre a alta tempe-ratura. Nessas condições, ocorre a desidro-genação do álcool.

O gás coletado no tubo de ensaio e o nomeda substância líquida recolhida noerlenmeyer são, respectivamente,

a) O2 e metanol. b) N2 e metanal. c) H2 e etanal. d) H2 e metano. e) O2 e etano.

03. (FGV) Quando o etanol é posto em contatocom o ácido sulfúrico, a quente, ocorre umareação de desidratação, e os produtosformados estão relacionados à temperaturade reação. A desidratação intramolecularocorre a 170°C, e a desidratação intermo-lecular, a 140°C. Os produtos da desidrata-ção intramolecular e da intermolecular doetanol são, respectivamente,

a) etano e etoxieteno. b) eteno e etoxietano.c) etoxieteno e eteno.d) etoxietano e eteno.e) etoxieteno e etano.

04. (PUC-RIO) O benzeno, produto altamentetóxico, pode ser transformado em outrocomposto menos tóxico, que é o ciclohexa-no, através da reação de:

a) oxidação. b) hidrogenação. c) nitração.d) sulfonação. e) polimerização.

05. (PUC–MG) A desidratação do 1 – butanolleva ao:

a) butanalb) 2 - metilpropenoc) 2 - butenod) 1 - buteno

Aula 182

QuímicaProfessor Pedro CAMPELO

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ao grupo saliente L, o qual leva consigo um parde elétrons. O nucléofilo pode ser uma espécieneutra ou um ânion, ainda que o substrato possaser neutro ou tenha carga positiva.Um exemplo de substituição nucleófila é a hidró-lise de um brometo de alquilo, R–Br, sob condi-ções alcalinas, em que o nucleófilo é o OH– e ogrupo saliente é o Br–.R–Br + OH– → R–OH + Br–

As reações de substituição nucleofílica são fre-qüentes em química orgânica e podem ser cate-gorizadas, de forma geral, segundo tenham lugarsobre um carbono saturado ou sobre umcarbono aromático ou insaturado.

5.1. SUBSTITUIÇÕES NUCLEÓFILAS SOBRECARBONOS SATURADOS

Reações SN2 e SN1Ao estudar as reações de substituição nucleófilaem haletos de alquilo e em compostos rela-cionados, observou-se que tinham lugar doistipos de mecanismo de reação. Os dois mecanis-mos são o SN1 e o SN2, em que S significasubstituição, N simboliza nucleófilo e o númerorepresenta a ordem de reação.A reação SN2 (substituição nucleófilabimolecular) tem lugar em uma única etapa emque a adição do nucléofilo e a eliminação dogrupo saliente se produzem simultaneamente.Portanto é uma reação concertada. A SN2 éfavorecida quando a posição do átomo decarbono eletrófilo é facilmente acessível aonucleófilo. Por outro lado, a reação SN1(substituição nucleófila unimolecular) implicaduas etapas. Na primeira, tem lugar a saída dogrupo saliente e a formação do intermediáriocarbocátion (etapa determinante da velocidade)e, na continuação, na segunda, o nucleófilo seune a este. A SN1 tende a ser importante quandoo átomo de carbono do substrato está rodeadode grupos volumosos, devido tanto a que taisgrupos interferem estericamente com a reaçãoSN2 como a que os carbonos mais substituídosformam carbocátions mais estáveis.Reações de substituições nucleófilasExistem muitas reações em química orgânicaque implicam esse tipo de mecanismos.Exemplos habituais incluem:Reduções orgânicas com hidretos, por exemplo: R-X → R–H usando LiAlH4 (SN2) Reações de hidrólises tais como: R-Br + OH → R–OH + Br (SN2) ou R-Br + H2O → R–OH + HBr (SN1) Síntese de éteres: R-Br + –OR’ → R–OR’ + Br– (SN2)

5.2. SUBSTITUIÇÕES NUCLEÓFILAS SOBRECARBONOS INSATURADOS

A substituição nucleófila via mecanismos SN1 ouSN2 não tem lugar com haletos de arilo ou viniloou com compostos relacionados. Sob certascondições, podem chegar a produzir-sesubstituições nucleófilas através de outrosmecanismos (ver substituição nucleófilaaromática).Quando a substituição ocorre no grupo carbonilo,o grupo acilo sofre o que se conhece como umasubstitução nucleófila acílica. Esse é o modonormal de substituição com derivados de ácidocarboxílico tais como haletos de acilo, anidridoscarboxílicos, ésteres ou amidas.

6. SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA

Reações de substituição eletrofílica são reaçõesquímicas nas quais um eletrófilo substitui outrogrupo, tipicamente, mas não semprehidrogênios. A substituição eletrofílica écaracterística dos compostos aromáticos. A

substituição eletrofílica aromática é umimportante meio de introdução de gruposfuncionais em anéis de benzeno. A outra reaçãosimilar principal é a substituição eletrofílicaalifática.

6.1. SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA AROMÁ-TICA

As mais importantes das reações desse tipo sãoas nitrações, as halogenações, as sulfonaçõesaromáticas e as acilações e alquilações pelasreações de Friedel-Crafts.

6.2. SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA ALIFÁTICA

Em substituição eletrofílica em compostos alifáti-cos, um eletrófilo substitiu um grupo funcional.Essa reação é similar à substituição nucleofílicaalifática, em que o reactante é um nucleófilo maisque um eletrófilo. Os dois mecanismos de reaçãoeletrofílica, SE1 e SE2 (Substituição Eletrofílica),são também similares à contrapartes nucleófilas[[SN1|SN1]] e [[SN2|SN2]]. No curso SE1 deação, o substrato primeiro se ioniza em umcarbânion e um resíduo orgânico positivamentecarregado. O carbânion, então, facilmenterecombina-se com o eletrófilo. O mecanismo dereação SE2 tem um único estado de transição noqual a antiga ligação e a recentemente formadaestão ambas presentes.As reações de substituição eletrofílica alifática são:Nitração Halogenação de cetona Tautomerismo ceto-enol Acoplamento diazônio alifático Inserção de carbeno em ligações C–H

7. REAÇÃO DE ADIÇÃO

Uma reação de adição, em química orgânica, éuma reação em que uma ou mais espécies quími-cas se unem a outra (substrato) que possui aomenos uma ligação múltipla, formando um únicoproduto e implicando no substrato a formação deduas novas ligações e uma diminuição na ordemou na multiplicidade de ligação.Existem três tipos principais de reações de adição:Adições eletrófilas Adições nucleófilas Adições de radicais livres As reações de adição estão limitadas a compos-tos químicos que contenham ligações múltiplas:Moléculas com ligações duplas ou triplas carbo-no-carbono. Moléculas com ligação múltipla carbono-hetero-átomo como C=O, C=N ou C≡≡N. Uma reação de adição é contrária a uma reaçãode eliminação. Por exemplo, a reação dehidratação de um alqueno e a desidratação deum álcool são uma adição e uma eliminação,respectivamente.

8. REAÇÕES DE ELIMINAÇÃO

As reações de eliminação são melhores exempli-ficadas através das reações de desidratação.Em Química, uma desidratação é aquela queimplica a perda de água.Em síntese orgânica, em que, por vezes, usa-seum ácido como catalisador, existem numerososexemplos de reações de desidratação:Conversão de álcoois em éteres: 2 R–OH → R–O–R + H2O Conversão de álcoois em alquenos:

R–CH2–CHOH–R → R–CH=CH–R + H2O Conversão de ácidos carboxílicos em anidridoscarboxílicos: 2 RCO2H → (RCO)2O + H2O Conversão de amidas em nitrilas: RCONH2 → R–CN + H2O

01. (PUC-RIO) Considerando-se um álcool pri-mário, um secundário e um terciário, pode-se dizer que, de um modo geral:

a) o secundário é mais desidratável.b) o primário é mais desidratável do que o

secundário, e este, mais do que o terciário.c) o terciário é mais desidratável do que o

secundário, e este, mais desidratável do queo primário.

d) todos os três desidratam com a mesma facili-dade.

e) o primário não pode ser desidratado.

02. (PUC-RIO) Dada a reação a seguir,conclui-se que o composto X é:

Br Brcatalisador | |

X+2Br2 CH3 – C – CH | | Br Br

a) CH2 = CH – CH3.b) CH2 = CH2

c) CH3 – C ≡≡ CH.d) CH3 – CH2 – C ≡≡ CH.e) CH3 – CH2 – CH3.

03. (PUC–MG) A adição de Br2 ao 2-butenofornece como produto:

a) CH3CH2CBr2CH3

b) CH3CHBrCHBrCH3

c) CH2BrCH2CH2CH2Br d) CH3CH2CH2CH2Br2

04. (PUC–PR) A reação de redução dos com-postos abaixo produz, respectivamente:

a) álcool primário e terciário.b) álcool primário e ácido carboxílico.c) álcool primário e secundário.d) ácido carboxílico e álcool primário.e) álcool secundário e terciário.

05. (PUC–PR) Na reação entre o ácido clorídri-co e o 3-metil-2-penteno, o produto quepredominantemente irá formar-se será o:

a) 3-metil-1-cloro-pentano.b) 3-metil-3-cloro-pentano.c) 3-metil-2-cloro-pentano.d) 3-metil-4-cloro-pentano.e) 3-metil-1-cloro-2-penteno.

06. (PUC–PR) A adição de uma molécula deácido bromídrico ao 1,3–butadieno resul-tará na formação de:

a) 1-bromo-3-buteno.b) 1-bromo-2-buteno.c) 4-bromo-1-buteno.d) 2-bromo-2-buteno.e) 2-bromo-1-buteno.

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Os domínios fitogeográficos“Quase metade das floresta tropicais do mundojá foi destruída. Conhecendo sua incalculáveldiversidade, seus enormes benefícios potenci-ais e as conseqüências de seu desaparecimen-to para o clima mundial, é uma loucura deixarque essa destruição continue. Mas uma área deflorestas tropicais do tamanho de seis camposde futebol ainda é destruída por minuto a cadadia. Em poucas décadas, mais de três quartosdas florestas originais podem ter desaparecidopara sempre”. (Porrit, Jonathon. Salve a Terra. SãoPaulo, Globo/Círculo do Livro).“A diversidade climática da Terra traduz-se emuma ampla gama de tipos de solos e de paisa-gens vegetais. Essas paisagens, ou domíniosfitogeográficos, assinalam as áreas de abrangên-cia dos biomas. Os domínios fitogeográficos sãoprodutos de condições climáticas razoavelmentehomogêneas e apresentam aspecto geralcontínuo. Por isso, facilitam a identificação dosbiomas. Evidentemente, as fronteiras entre osdomínios não são, jamais, rigidamente delimita-das. Na verdade, devem ser encaradas comofronteiras zonais, ou seja, faixas de transiçãomais ou menos vastas nas quais se desenvolvemespécies típicas de ambos os biomas limítrofes e,ainda, espécies exclusivas dessa zona.As temperaturas médias e a amplitude térmica, apluviosidade média e a distribuição das chuvasdefinem limites naturais à expansão das espéciese, portanto, são elementos fundamentais àcompreensão dos grandes domínios fitogeográ-ficos do Planeta.Os ecossistemas terrestres refletem, com grandeclareza, as condições climáticas. Assim, climassemelhantes estão associados a biomassemelhantes. Contudo a semelhança de biomasnão significa que eles apresentem as mesmasespécies.” Texto adaptado de: MAGNOLI, D. eARAÚJO, Regina. Projeto de ensino de geografia:Natureza, tecnologias e sociedade. Moderna, SãoPaulo, 20000.Existem alguns fatores que podem ser observa-dos e concorrem para a caracterização das for-mações vegetais. O clima do lugar exerce umainfluência vital, pois, em cada porção da atmos-fera do globo, existem condições específicas.Isso decorre da interação da atmosfera com aposição geográfica do lugar (latitude), da estaçãodo ano, da presença ou não de volumososcursos d’água, do tipo de solo, do perfil topográ-fico, entre outros. No que concerne à radiaçãosolar, além de interferir em outros elementos danatureza, tem marcada influência sobre asfunções e as estruturas das plantas. Ela tambémvaria no curso do próprio dia. Do amanhecer aomeio-dia, ela aumenta. A partir deste para o fimda tarde, a radiação diminui. A latitude, a estação do ano, a altitude, somadas àscondições meteorológicas do lugar, interferem naquantidade de energia recebida por unidade detempo e de área. Isso, por si só, começa a interferirnas condições ambientais de cada lugar, tornando-os singulares. Há locais no planeta queapresentam uma elevada incidência da radiaçãosolar durante o ano. Exemplo disso são as áreasde baixa latitude. Nelas aparecem formações vege-tais exuberantes, como a floresta equatorial e afloresta tropical. Nas proximidades dos pólos, ondea radiação é mais oblíqua e varia muito ao longo doano, a vegetação, quando não é homogênea eespaçada (pinheiros), é rasteira e sazonal (tundra).A temperatura interfere na organização do corpovegetal e é um fator básico de distribuição dasfloras. Cada espécie vegetal está adaptada asuportar um valor mínimo de temperatura, abaixodo qual ela paralisa o seu crescimento. Acima dovalor máximo, a planta suspende suas atividadesvitais. É exatamente no intervalo entre a mínima e amáxima temperatura suportável que se dá a melhor

condição de desenvolvimento das plantas. Nessesentido, se olharmos para a Terra, podemosperceber que a temperatura varia conforme alatitude e a altitude. Por extensão, podemos con-cluir que cada espécie estará também melhoradaptada ao ambiente que lhe for mais favorável. Épor isso que podemos organizar as formaçõesvegetais segundo a tolerância e a exigência tér-mica. As formações megatérmicas são aquelasadaptadas ao ambiente onde há o predomínio dasaltas temperaturas. As microtérmicas, por sua vez,habitam faixas zonais onde as temperaturas sãomuito baixas o ano todo. Como exemplo disso,temos as áreas próximas dos pólos e as altasmontanhas. Àquelas formações vegetais que estãoadaptadas ao ambiente onde temos valoresmedianos de temperaturas, chamamos de meso-térmicas.A água é outro fator fundamental na caracteri-zação das formações vegetais. Na natureza, elaestá sempre em movimento. Do mar para a at-mosfera, ela é transferida em função do aumentoda temperatura, que provoca a evaporação. Naatmosfera, a água é levada na direção do ventopara os mais variados lugares do planeta. Aoprecipitar-se sobre o continente, ela acabadeterminando a presença ou não da vegetação.Uma formação vegetal é tanto mais densa ediversificada quanto maior for a oferta de água.Há locais na superfície da Terra onde o volume deágua superficial e pluvial é bastante significativo.Essas áreas estão em baixas latitudes, nasproximidades do Equador, ou nas costas orien-tais dos continentes, onde a presença de corren-tes marinhas quentes favorece a ocorrência dechuvas no litoral. Assim, podemos perceber que, nessas áreas, apa-recem formações como a floresta Amazônica, afloresta do Congo, a mata Atlântica e outras forma-ções tropicais. Onde a oferta de água é poucosignificativa, nota-se que a vegetação é menosdensa. Em alguns lugares, o baixo índice pluvio-métrico é quem vai caracterizar fortemente o arran-jo vegetal. Onde há falta de água, a vegetaçãotende a apresentar um perfil mais baixo. Resultamem formações que podem ser rasteiras, arbustivase/ou caducifólias. Uma gama enorme de espéciesxerófitas marca presença nesses locais áridos esemi-áridos. Exemplo disso é a caatinga nordesti-na, a estepe africana e os maquis e os garriguestão presentes na orla mediterrânea. A umidade at-mosférica é fundamental para a vida das plantas.Ela serve como mecanismo que ajuda a regular aperda de água pelo organismo vegetal para oambiente.O vento tem um efeito menos significativo do que aágua, os nutrientes e a luminosidade. Mesmoassim, a sua força abrasiva pode determinar oretardamento do crescimento de algumas plantas.Nos extremos de latitude, próximo dos círculospolares, as plantas abrigadas da ação do ventocrescem mais do que aquelas que estão expostas.“O vento também é importante dispersor dediásporos, o que facilita a migração, e de polens demuitas plantas. Também exerce influência sobre atemperatura e a evaporação, interferindo, dessaforma, no conteúdo hídrico do solo e na transpira-ção do vegetal.” (RIZZINI, Carlos Toledo. Tratadode fitogeografia do Brasil. 2ª ed. AmbienteCultural Edições Ltda. São Paulo. 2000. p. 33).Podemos classificar as formações vegetais apartir de certos aspectos que elas apresentam.Quanto ao tamanho das espécies que compõemas formações vegetais, podemos distinguir asarbóreas, que são as formações que apresentamespécies de alta estatura, ou seja, árvores altas;as arbustivas são aquelas que sustentam asespécies de média estatura, com troncos curtos etortuosos e copa esgalhada; e as herbáceas, quecompõem o cenário de uma formação rasteiracomo os campos e a tundra.Na paisagem, podemos ter ainda valores de umi-dade e de oferta de água que traduzem condiçõesde adaptabilidade das formações vegetais.Sabemos que a umidade e a pluviosidade variamem função da latitude e da altitude. Locais demenor latitude e os de menor altitude tendem a sermais generosos na oferta de água e de umidade.Elas também são significativas nas regiões circun-vizinhas dos círculos polares. Mas são rarefeitasna altura dos trópicos e nos pólos. Nesse sentido,

Aula 183

GeografiaProfessor HABDEL Jafar

01. (Fatec) Considere as características seguin-tes:I. As florestas abrigam enorme biodiversidade, e é

incalculável seu valor para as futuras gerações.II. O desmatamento agrava o processo erosivo,

com conseqüente empobrecimento do solo.III. O desmatamento aumenta os índices pluvio-

métricos, em conseqüência do fim da evapo-transpiração.

IV. Há elevação das temperaturas locais e regio-nais, como conseqüência da maior irradiaçãode calor para a atmosfera a partir do soloexposto.

Referem-se, corretamente, às florestas tropi-cais as características contidas somente em

a) I e II. b) I e III. c) I, II e IV.d) II e III. e) II, III e IV.

02. (FGV) As áreas com maior porcentagem defitomassa original, em relação ao total doplaneta, correspondem a:

a) florestas tropicais de folhas perenes/florestastemperadas/floresta boreal.

b) tundras/florestas temperadas/savanas e pastostropicais.

c) florestas tropicais de folhas perenes/florestastropicais de folhas caducas/vegetação mediter-rânea.

d) tundras/florestas tropicais de folhas caducas/floresta boreal.

e) savanas e pastos tropicais/florestas e arbustostropicais/vegetação mediterrânea.

03. (FGV) Em maio de 2005, foi organizado porvários órgãos supranacionais, como a ONU eo Banco Mundial, o 5Z Fórum sobre asflorestas do Globo. Sobre as florestas origi-nais encontradas no Globo, observe o mapa.

A tônica do Fórum foi discutir a exploração ea superexploração das áreas de florestaslatifoliadas como a Amazônica e as demaisindicadas no mapa pelos números

a) 1, 3 e 4. b) 2, 3 e 6. c) 2, 5 e 6.d) 3, 4 e 5. e) 4, 5 e 6.

04. (G1) Na África, encontramos diversos tiposde vegetação, adaptadas às variações climá-ticas, mas o tipo de vegetação mais carac-terístico desse continente, que abrange 40%de sua área e que chegou até mesmo a serdivulgado por meio de filmes e de históriasem quadrinhos de conteúdo colonialista,como Tarzan e Fantasma, é a:

a) Floresta equatorial b) Estepe c) Savanad) Vegetação desértica e) Vegetação mediterrânea

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01. (Mackenzie) São vastas regiões dominadaspor gramíneas que, em latitudes subtropicaise temperadas, apresentam-se naturalmenteférteis, transformando-se em campos decultivo. Trata-se das:

a) savanas. b) tundras. c) taigas.d) pradarias. e) landes.

02. (Mackenzie) A presença de um estrato abó-reo-arbustivo e outro herbáceo, as folhascoriáceas e peludas e em algumas espéciessemidecíduas e os troncos tortuosos caracte-rizam:

a) as florestas latifoliadas. b) as pradarias.c) a tundra. d) as florestas de coníferas.e) as savanas.

03. (Mackenzie) A área em destaque no mapa doCanadá é ocupada:

a) pelo cultivo de cereais. b) pela pecuária extensiva.c) por cultivos variados.d) por florestas boreais.e) pela pecuária intensiva.

04. (Mackenzie) O extremo norte do Canadá, daEscandinávia e da Rússia é ocupado:

a) por cadeias montanhosas recentes.b) por florestas de coníferas.c) por planaltos sedimentares recentes.d) pela tundra.e) pelas pradarias.

05. (Puccamp) Observe o esquema para respon-der à questão.

Assinale a alternativa que identifica o elemen-to retratado no esquema

a) Maritimidade. b) Latitude.c) Continentalidade.d) Longitude.e) Intemperismo.

06. (PUC–MG) Leia com atenção o texto a seguir."É formação vegetal característica das áreasem torno do paralelo 40°, ocorrendo em áreasde clima com quatro estações bem definidas.As espécies apresentam alto porte e são defolhas decíduas".O texto se refere a:a) coníferas. b) florestas temperadas.c) tundra. d) florestas pluviais. e) taiga.

existem formações plenamente adaptadas edependentes de boa condição de umidade. Essasformações são classificadas como higrófilas. AMata Atlântica, a Floresta Amazônica e a doCongo são destaques desse tipo de formação.Existem também aquelas que se adaptam àsvariações no teor de umidade ao longo do ano.Estão associadas aos climas que apresentamestações do ano bem marcadas, com um períodoseco bem marcado. Essas formações são astropófilas. Há ainda aquelas que emolduram osambientes áridos e os semi-áridos. São asxerófilas, que apresentam mecanismos que aspossibilitam enfrentar o longo período de estia-gem. Elas podem acumular água nos seus reser-vatórios internos ou perder as folhas com a che-gada da estação seca.Folhas – O tamanho das folhas é outro aspectovisível na vegetação. Há formações que exibemfolhas grandes ou largas (latifoliadas), pois, ondehabitam, há oferta de luz e de água suficientes.Podemos encontrar espécies latifoliadas emlugares menos providos de água. Mas essasfolhas não são perenes (perenifólias ou sempreverde). Elas desabam ao menor sinal de que aoferta de água diminuiu (caducifólias). É possívelencontrar folhas finas (aciculifoliadas) emambientes extremamente úmidos. Dessa feita, nãosão as condições climáticas o elementodeterminante. A resposta pode estar no solo. Odesenvolvimento de uma capa ferruginosa (cangaou laterita) no solo, lençóis de água subterrâneosmuito rentes à superfície ou quando estão muitoprofundos são fatores limitantes ao crescimentodas grandes árvores nos ambientes de muitaumidade. Nesse local, asparrama-se sobre o solouma formação rasteira, o campo. Suas folhas finasespelham não só as características genéticascomo também são resultantes das adaptaçõesque tiveram que desenvolver para sobrevivernesses lugares.Formação Vegetal – Uma formação vegetal podeter variável quantidade de plantas por unidade deárea. A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e aFloresta do Congo apresentam uma densidadevegetal enorme. Por isso, são chamadas de for-mações fechadas ou densas. Elas protegem o solodas intensas e freqüentes chuvas. Regulam o fluxodas águas pluviais para as bacias hidrográficas. Aodificultar o escoamento superficial da água,permitem que parte dela seja evaporada ereincorporada ao processo de convecção da água(chuvas convectivas). Maior densidade vegetalsignifica maior aporte de água que retorna àatmosfera através da transpiração dos vegetais.Mas algumas formações exibem menor densidade.O cerrado, a caatinga, no Brasil; a taiga siberiana,os Lhanos venezuelanos e a savana africana,assim como a vegetação desértica, podem servircomo exemplo da menor concentração de plantaspor unidade de área. As razões para esse fatopodem estar na menor disponibilidade de águapresente na região onde essas formaçõesocorrem. Podem ainda ser resultantes da falta denutrientes ou de luminosidade. Nas regiõespróximas ao Círculo Polar Ártico, a radiação solarincide sobre a superfície terrestre de forma maisoblíqua. Isso obriga um maior espaçamento entreas plantas para que todas possam melhoraproveitar a luminosidade. A copa dos pinheirosadquire forma cônica (coníferas) para umaotimização no aproveitamento da luz do Sol.Outro aspecto que deve ser destacado é o fato deque algumas formações vegetais apresentam-seextremamente diversificadas (heterogêneas). Issoocorre em razão de que plantas diferentesabsorvem quantidades diferentes de nutrientes,de água e de luminosidade. A estabilidade daformação depende dessa multiplicidade. Já emoutras formações, ocorre o contrário. Há opredomínio de uma espécie (formaçõeshomogêneas). Isso pode acontecer em função defatores limitantes. O predomínio de pinheiros nataiga siberiana decorre do fato de esse vegetalsuportar os rigores climáticos daquela região. Astemperaturas baixíssimas ao longo da maioria dosmeses do ano, a luminosidade variável a cadaestação e a água, que, na maioria das vezes, estána forma de neve ou gelo, podem muito bem sertoleradas pelos pinheiros, mas resultam em sériaslimitações às outras espécies.

Principais formações vegetais do PlanetaSavana: vegetação complexa que surge sobinfluência do clima tropical, alternadamente úmi-do e seco. Apresenta estrato arbóreo, arbustivo eherbáceo. Ocorre na África Centro-Oriental, noBrasil central e, em menores extensões, na Índia.Na áfrica, essa vegetação tem grande importân-cia, por abrigar animais de grande porte, como osleões, os elefantes, as girafas, as zebras etc.Floresta tropical: formação higrófila e latifoliada,extremamente heterogênea, típica de climasquentes e úmidos. Surge, portanto, em baixaslatitudes na América, na África e na Ásia, ondepredominam climas tropicais e equatoriais. É aformação mais rica em espécies do planeta, pos-suindo um enorme e ainda desconhecido bancogenético ou biodiversidade. Nela ocorrem árvoresde grande e médio porte, como o mogno, ojacarandá, a castanheira, o cedro, a imbuia, aperoba, entre outras, além de palmáceas, arbus-tos, briófitas, bromélias etc.Estepe: é uma vegetação herbácea, como aspradarias, porém mais esparsa e ressecada.Surge em climas semi-áridos, portanto na faixade transição de climas úmidos (temperados outropicais) para os desertos.Floresta temperada: é uma formação típica dazona climática temperada. Surge, diferentementedas coníferas, em latitudes mais baixas e sobmaior influência da maritimidade. Dominavaextensas porções da Europa Centro-Ocidental,mas ainda ocorre na Ásia, na América do Norte eem pequenas extensões da América do Sul e daAustrália. Na Europa, restam apenas pequenosbosques, como a Floresta Negra (Alemanha) e afloresta de Sherwood (Inglaterra). O que restoudessa floresta caducifólia é uma formaçãosecundária conhecida como landes, na qualaparecem espécies como abetos, faias,carvalhos etc.Floresta de conífera: trata-se de uma formaçãovegetal típica da zona temperada. Ocorre emaltas latitudes, em climas temperados continen-tais. Abrange, principalmente, parte do territóriodo Canadá, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia.Nesse último país, cobre mais da metade doterritório e é conhecida como taiga. Formaçãobastante homogênea, na qual predominam pi-nheiros, é importante para a economia dessespaíses como fonte de matéria-prima para aindústria madeireira e de papel e de celulose.Pradaria: formação herbácea, composta basica-mente de capim, que aparece em regiões declima temperado continental. Surge na Europacentral e no oeste da Rússia, nas grandes planí-cies americanas, nos pampas argentinos e naGrande Bacia Australiana. Embora tenha sidomuito usada como pastagem, essa vegetação émuito importante pelo solo rico em matéria orgâ-nica que acondiciona. Um dos solos mais férteisdo mundo, denominado tchernozion, surge sobas pradarias da Rússia e da Ucrânia.Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetativoextremamente curto. Por encontrar-se nas re-giões polares, desenvolve-se apenas duranteaproximadamente três meses, quando ocorre odegelo de verão. As espécies típicas são osmusgos, nas baixadas úmidas, e os liquens, nasporções mais altas do terreno, onde o solo é maisseco.Formações desérticas: estão adaptadas à es-cassez de água, situação típica dos climas áridose semi-áridos, tanto em regiões frias quanto emquentes. Por isso, as espécies são xerófilas, des-tacando-se, entre elas, as cactáceas. Aparecemnos desertos da América, África, Ásia e Oceania.Vê-se, assim, que ocorrem em todos oscontinentes, com exceção da Europa.Vegetação mediterrânea: desenvolve-se emregiões de climas mediterrâneos, apresentandoverões muito quentes e secos e invernos amenose chuvosos. Surge no sudoeste dos EUA, naregião central do Chile, no sudoeste da África doSul e no sudoeste da Austrália. Mas as maioresocorrências estão no sul da Europa e no norte daÁfrica. Trata-se de uma vegetação esparsa, quepossui três estratos: um arbóreo, um arbustivo eoutro herbáceo. Apresenta característicasxerófilas, e as duas formações dominantes sãoos garrigues e os maquis.

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Ponto e reta1. Estudo do pontoDistância entre dois pontos no plano

Fórmula para calcular a distância entre doispontos

Alinhamento entre pontos

Três pontos não alinhados em um plano carte-siano formam um triângulo de vértices A(xA, yA),B(xB, yB) e C(xC, yC). A sua área poderá ser cal-culada da seguinte forma:

A = 1/2 . |D|, ou seja, |D| / 2, considerando

Para que exista a área do triângulo, esse determi-nante deverá ser diferente de zero. Caso sejaigual a zero, os três pontos, que eram os vérticesdo triângulo, só poderão estar alinhados. Portanto podemos concluir que três pontos dis-tintos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) estarão ali-nhados se o determinante correspondente a

eles for igual a zero.

Exemplo: Verifique se os pontos A(0,5), B(1,3) e C(2,1) sãoou não colineares (são alinhados). O determinante referente a esses pontos é

. Para que sejam colineares, o valor des-se determinante deve ser igual a zero.

= 10+1–6–5 = 9–6–5 = 5–5 = 0

Portanto os pontos A, B e C estão alinhados.

Baricentro do Triângulo

O ponto de encontro das três medianas de umtriângulo qualquer é chamado de baricentro oucentro de gravidade do triângulo. O baricentrodivide cada mediana em dois segmentos, demodo que aquele que tem como extremidadesum vértice, e o baricentro é o dobro daquele quetem como extremidades o baricentro e o pontomédio do lado do triângulo. O baricentro de um triângulo qualquer de vérticesA( xa, ya), B (xb, yb) e C (xc, yc) temcoordenadas:

xA + xB + xCxG= –––––––––––––3

yA + yB + yCyG= –––––––––––––3

2. Estudo da reta

Sabemos que o coeficiente angular de uma retaé a tangente do seu ângulo de inclinação. Atravésdessa informação, podemos encontrar umaforma prática para obter o valor do coeficienteangular de uma reta sem precisar fazer uso datangente. É importante lembrar que só será possível encon-trar o coeficiente angular de uma reta não-vertical, pois não é possível calcular a tangentede 90°. Para representarmos uma reta não-vertical emum plano cartesiano, é preciso ter, no mínimo,dois pontos pertencentes a ela. Desse modo,considere uma reta s que passa pelos pontosA(xA, yA) e B(xB, yB) e possui um ângulo deinclinação com o eixo Ox igual a α.

Prolongado a semi-reta que passa pelo ponto A eé paralela ao eixo Ox, formaremos um triânguloretângulo no ponto C.

O ângulo A do triângulo BCA será igual ao da in-clinação da reta, pois, pelo Teorema de Tales,duas retas paralelas cortadas por uma transver-sal, desde que essa não seja perpendicular àsparalelas, e os seus ângulos colateraiscorrespondentes serão iguais. Levando em consideração o triângulo BCA e queo coeficiente angular é igual a tangente doângulo de inclinação, teremos:

cateto opostotg α = –––––––––––––––

cateto adjacente yB – yAtg α = ––––––––– xB – xA

Portanto o cálculo do coeficiente angular de umareta pode ser feito pela razão da diferença entredois pontos pertencentes a ela.

Δym = tgα = –––– ΔxExemplo 1: Qual é o coeficiente angular da retaque passa pelos pontos A (-1,3) e B (-2,3)?

Δy 3 – 3 0m = –––– = –––––– = ––– = 0Δx –2+1 –1m = 0 Exemplo 2: O coeficiente angular da reta quepassa pelos pontos A (2,6) e B (4,14) é:

Δy 14 – 6 8m = –––– = –––––– = ––– = 4Δx 4 – 2 2m = 4 Exemplo 3: O coeficiente angular da reta quepassa pelos pontos A (8,1) e B (8,6) é:

Δy 6 – 1 7m = –––– = –––––– = ––– = ?Δx 8 – 8 Portanto m (coeficiente angular) não irá existir.

Equação geral da reta

Para formar a equação geral da reta, é precisolevar em consideração as seguintes condições: • Condição de existência de uma reta, que diz

que, para construir uma reta, basta conhecerapenas dois pontos pertencentes a ela.

Matemática Professor CLICIO Freire

Aula 184

01. A distância do ponto A (–1, 2 ) ao ponto B (2, 6 ) é:

a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e)

02. A distância do ponto A (a, a) ao ponto B(6a, 13a) é:

a) 10 b) 13 c) 12 a d) 13a e) 17a

03. O valor de y, para qual e distância do pontoA (1, 0) ao ponto B (5, y) seja 5, é:

a) ±3 b) ±4 c) 3 d) 2 e) –1

04. Os pontos pertencentes ao eixo das abcis-sas que distam 13 unidades do ponto A(–2, 5 ) têm abscissas cuja soma é:

a) 4 b) –4 c) 24 d) 14 e) –12

05. O ponto do eixo das ordenadas eqüidis-tantes dos pontos A(1, 2) e B (–2, 3) temordenadas igual a :

a) 4 b) –4 c) 3 d) 5 e) –5

06. A soma das coordenadas do ponto da retasuporte das bissetrizes dos quadrantesimpares eqüidistantes dos ponto A (1, 2) eB (–2, 3) é:

a) 4 b) –4 c) –10 d) 10 e) 0

07. O ponto distinto da origem pertencente àreta suporte das bissetrizes dos quadrantesímpares que forma com os pontos (0, 4) e(3, 0) um triângulo retângulo tem a somadas coordenadas igual a:

a) 0 b) 7 c) 7/2 d) 14 e) 5

08. O perímetro do triângulo ABC, conforme osdados A (–1, 1), B (4, 13) e C (–1, 13) é:

a) 30 b) 15 c) 17 d) 25 e) 22

09. O valor real de x para que o triânguloformado pelos pontos A (–1, 1), B (2, 5) e C(x, 2) seja retângulo em B é:

a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e) –4

10. ( CESCEA–SP ) O ponto do eixo Ox eqüi-distante dos pontos (0, –1) e (4, 3) é:

a) (–1, 0) b) (1, 0) c) (2, 0) d) (3, 0) e) (8, 0)

11. (PUC–SP ) Sendo A (3, 1) B (4, –4) e C (–2,2) vértices de um triângulo, então essetriângulo é:

a) retângulo e não isósceles b) retângulo e isósceles c) equilátero d) isósceles e não retângulo e) escaleno e não retângulo

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• Condição de alinhamento de três pontos quediz: três pontos pertencentes a uma reta A(xA,yA), B(xB, yB) mais um ponto genérico da retaC(xC,yC) serão colineares se o seu determi-

nante for igual a zero. .

Seguimos essas condições e considerando ospontos distintos A(xA, yA), B(xB, yB) pertencentes areta t e C (xC,yC) como sendo um ponto genérico(qualquer) da reta. Uma das formas de demons-trarmos a equação geral da reta é a seguinte:

xA yB + yA xC + xB yC – xC yB – xA yC – yA xByB xC – xC yB + xB yC – xA yC – yA xB + xA yB = 0

yA – yB xB – xA xAyB – yAxBxC(–––––––) + yC(–––––––––) + –––––––––– = 0a b c

a xC + b yC + c = 0 Dessa forma, conclui-se que toda reta no planocartesiano pode ser representada na forma ax +by + c = 0, conhecida como equação geral dareta, sendo (x,y) um ponto genérico a essa reta. Exemplo: Dados os pontos A (–1,3) e B (2,-4),escreva a equação geral da reta que passa poresses pontos.

4 + 3x + 2y + 4x + y – 6 = 0 7x + 3y – 2 = 0

Equação da reta, dados um ponto P(x0,y0) e ocoeficiente angular mr.

Com um ponto e um ângulo, podemos indicar econstruir uma reta. E, se a reta formada não forvertical (reta vertical é perpendicular ao eixo Ox)com o ponto pertencente a ela mais o seu coe-ficiente angular (tangente do ângulo de inclina-ção), é possível determinar a equação fundamen-tal da reta. Consideremos uma reta r, o ponto C(x0, y0) per-tencente à reta, seu coeficiente angular m e outroponto D(x,y) genérico diferente de C. Com doispontos pertencentes à reta r, podemos calcular oseu coeficiente angular.

m = y – y0x – x0

m (x – x0) = y – y0Portanto a equação fundamental da reta serádeterminada pela seguinte equação: y – y0 = m (x – x0) Exemplo 1:Encontre a equação fundamental da reta r quepossui o ponto A (0,–3/2) e coeficiente angularigual a m = –2. y – y0 = m (x – x0) y – (–3/2) = –2(x – 0) y + 3/2 = –2x 2x – y – 3/2 = 0 Exemplo 2: Obtenha uma equação para a reta representadaabaixo:

Para determinarmos a equação fundamental dareta, precisamos de um ponto e do valor do coe-

ficiente angular. O ponto foi fornecido (5,2); ocoeficiente angular é a tangente do ângulo α.

Iremos obter o valor de a com a diferença 180° –135° = 45°, então α = 45° e a tg 45° = 1. y – y0 = m (x – x0) y – 2 = 1 (x – 5) y – 2 = x – 5 –x + y + 3 = 0

Distância entre ponto e reta

O ponto e a reta são consideradas figuras geo-métricas distintas e, para medir a distância entreelas, quando representadas no plano cartesiano,é preciso traçar o menor segmento de reta queuna as duas.

Para calcular essa distância, é possível fazer umarelação com as coordenadas do ponto e com aequação geral da reta. Essa relação nos permitechegar à seguinte fórmula:

Para: d = distância entre duas retas. a, b, c = coeficientes da equação geral da reta. x0 e y0 = coordenadas do ponto. Exemplo: Calcule a distância entre o ponto (–1,–3) e a reta de equação geral igual a: x–2y = 0.

Exemplo: Calcule o comprimento da altura (h) dotriângulo cujos vértices são os pontos A (2,-1), B(3,2) e C (4,0). Considerando a base do triânguloo segmento de reta AC.

Encontramos a equação da reta AC: 0 – (–1) 0 + 1 1

mAC = ––––––– = ––––– = ––– 4 – 2 2 2

Aplicando esse coeficiente angular na equaçãofundamental da reta e considerando um dospontos, temos: y – y0 = m (x – x0) y – 0 = 1/2 (x – 4) y = 1/2x – 2 x – 2y – 4 = 0 Agora a altura do triângulo é o mesmo quecalcular a distância da reta x – 2y – 4 = 0 aoponto B (3,2).

|3 – 4 – 4|d = ––––––––––

d =

01. (UEPG–PR) Para que as retas 2.x + m.y –10 = O e m.x + 8.y + 5 = 0 sejamparalelas, o valor de m deve ser:

a) 4 b) –4 c) 4 ou –4 d) –1 e) n.d.a.

02. (CEFET) A reta 7.x – y + 7 = 0 determinaum segmento sobre os eixos coordenados.Qual a mediatriz desse segmento?

a) x + y – 25 = 0 b) 7y + x = 0 c) x + 7y – 24 = 0 d) 7x + y + 7 = 0 e) x + 7 y = 0

x y 03. (CESCEA) As retas ––+y=1 e x+––=1

m p são paralelas se: a) p + m = 0 b) m = –p c) p = m d) p/m = 1 e) p.m = 1

04. (PUC–SP) As retas (m–2)x+3y–1=0 ex+my+2=0 são paralelas, somente se:

a) m= 3 b) m= –1 c) m= 1 d) m= 2 e) m= 3 ou m= –1

05. (UEPG–PR) A equação da mediatriz dosegmento cujas extremidades são as inter-secções da reta x–3y–6=0 com os eixoscoordenados é:

a) 3x – y – 8 = 0 b) 3x – y + 8 = 0 c) 3x + y + 8 = 0 d) 3x + y – 8 = 0 e) n.d.a.

06. (UFPR) As equações das retas que passampelo ponto (3, –5) e são uma paralela eoutra perpendicular à reta 2x–y+3=0 são :

a) 2x–y – 11 = 0 e x + 2y + 7 = 0 b) 2x + y – 11 = 0 e x + 2y + 7 = 0 c) 2x + y + 11 = 0 e x + 2y + 7 = 0 d) 2x + y – 11 = 0 e x – 2y – 7 = 0 e) n.d.a.

07. (CESCEM–SP) Para que a reta x–3y+15=0seja paralela à reta determinada pelospontos A (a, b) e B (–1, 2 ), o valor de a é:

a) –3b + 5 b) 3b – 5 c) 3b – 7 d) -3b + 7 e) (b/3) – (7/3)

08. (UEL–PR) Determine a equação da retaque passa pelo ponto de intercessão dasretas (r) 2x+y–3=0 (s) 4x–3y+5=0

a) x – 3y + 2 = 0 b) x – 3y – 4 = 0 c) 3x + y – 4 = 0 d) 3x + y – 2 = 0 e) x – y + 1 = 0

09. A equação da reta suporte da altura relativaao lado BC do triângulo ABC, de vértices A(1, 1), B (–1, 2) e C (3, 6), é:

a) x + y = 0 b) x + y – 2 = 0 c) x – y + 2 = 0 d) x + y – 2 + 0 e) x – y – 2 = 0

10. A soma das coordenadas do circuncentrodo triângulo ABC, de vértices A (1,1), B (–1,3) e C (3, 7) é:

a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

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Física Moderna: temporalno conhecimento humano

Os filósofos das Luzes apoiaram-se nos resulta-dos da Física Newtoniana para derrubar as dúvi-das que ainda subsistiam quanto à interpretaçãomecanicista e determinista da natureza. Kantrealizou a proeza de codificar a inteligência huma-na de forma que não se pudesse racionalmentepensar o mundo de maneira diferente da expostapor Newton. Para ele, o mundo, tal como opercebemos, só podia ser newtoniano. Até pertodo fim do século XIX, era absoluta a confiança nacrença de que a ciência poderia resolver todas asinterrogações que se apresentassem ao enten-dimento humano. O início do século XX, porém, soprou ventosfortes no campo científico. Newton não era tãoabsoluto. Descobriu-se que o espaço e o temponão se pareciam com o que era imaginado atéentão. A matéria ganhava contornos cada vezmais fugidios, a própria causalidade já não era amesma, as estruturas do entendimento construí-das por Kant já não podiam funcionar.A derrocada do pedestal kantiano deveu-se a duasteorias lançadas no começo do século passado: aTeoria Quântica, cujas bases foram lançadas em1900 pelo físico alemão Max Planck, e a Teoria daRelatividade, apresentada em 1905 pelo tambémfísico alemão Albert Einstein.A Física Clássica, que rege os fenômenos donosso cotidiano newtoniano, continua válida eprecisa dentro de certos limites, mas, quando osproblemas envolvem velocidades muito altas oudistâncias astronômicas, não podemos resolvê-los sem a Relatividade. Além disso, é da Relati-vidade que vem a conclusão de que se podetransformar matéria em energia. São inegáveis osavanços obtidos com a utilização da energianuclear na sociedade atual.Se falarmos dos microchips e da radioatividade,por exemplo, a Mecânica Quântica deve serinvocada para descrever esses sistemas, comrepercussões na Física do Estado Sólido.A Física do século XX, denominada Física Moder-na, parece marcada, de um lado, pelo limite doextremamente grande, a idade e o tamanho douniverso, os problemas cosmológicos aos quaisse aplica a Relatividade Geral; de outro lado, pelaabordagem do extremamente pequeno, o limitedo observável na matéria, em que reina o Princípioda Incerteza, que é um dos pilares da MecânicaQuântica. As duas teorias são complementares,mas não estão unificadas. Entre os fenômenosnão explicados pela Física Clássica do século IX,destacamos a radiação do corpo negro e o efeitofotoelétrico.

RADIAÇÃO DO CORPO NEGRO

Cargas elétricas aceleradas produzem ondaseletromagnéticas chamadas energia radiante.Os corpos em geral absorvem energia radiante,experimentando, em razão disso, um aumento naagitação molecular e, conseqüentemente, umacréscimo de temperatura.Quando um corpo está em equilíbrio térmico como ambiente, suas taxas de emissão de energiaradiante e de absorção são iguais. Por isso, um

bom absorvedor de energia radiante é tambémum bom emissor. O absorvedor ideal, em equilí-brio térmico com o ambiente, é chamado corponegro (na apostila do Aprovar 29).Lei de Stefan-Boltzmann – Determina a intensi-dade da energia radiante emitida por unidade deárea e por unidade de tempo, denominada poderemissivo (R): R = εε σσ T4, em que σ é aconstante de Stefan-Boltzmann (cujo valor, no SI,é 5,6705 . 10-8 W/m2.K4); ε é a emissividade, umcoeficiente que depende do material do tipo desuperfície e do comprimento de onda daradiação incidente, podendo ter valores entre 0 e1; T é a temperatura absoluta (kelvin).Um corpo de emissividade igual a 1 e, portanto,refletividade nula, é o que chamamos de corponegro.Em 1900, o físico Max Karl Planck apresentouseu trabalho sobre radiação, formulando duashipóteses:a) a energia é quantizada, ou seja, não pode ha-

ver uma quantidade qualquer de energia, masapenas múltiplos de um valor fundamental;

b) a energia irradiada não é contínua; manifesta-sena forma de pulsos ou quanta (plural latino dequantum, usado para designar uma quantidadenão-divisível de energia eletromagnética).

Essas hipóteses abriram caminho para a Mecâni-ca Quântica.

AplicaçãoO Sol, cuja temperatura na superfície é de apro-ximadamente 5.800K, pode ser considerado,com excelente aproximação, um corpo negro.Determine a potência total irradiada por unidadede área na superfície do Sol.Solução:Dados: ε = 1(corpo negro) ; T = 5800K = 5,8.103K σ = 5,675.10-8W/m2.K4

Pela Lei de Stefan-Boltzmann:R = ε σ T4 = 1 . 5,675.10-8.(5,8.103)4

R = 6,417.107 W/m2

EFEITO FOTOELÉTRICO

Fenômeno no qual metais, quando expostos àenergia radiante, podem emitir elétrons.Aplicação do efeito fotoelétrico – célulasfotoelétricas amplamente utilizadas no controlede portas automáticas, equipamentos de segu-rança, cronometragem esportiva etc.O físico Albert Einstein recebeu o Prêmio Nobelde 1921 porque explicou o efeito fotoelétrico: aenergia chega aos elétrons do metal em “paco-tes”, e não continuamente, como se pensava naondulatória clássica. Cada “pacote” é umquantum de energia, ou seja, carrega uma quan-tidade definida de energia. O modelo elaboradopor Einstein ficou conhecido como Teoria dosQuanta. Os quanta foram batizados de fótons,que, no efeito fotoelétrico, interagem com amatéria como se fossem partículas, mas propa-gam-se no espaço como ondas. A energia decada fóton é dada por:E = hfNa expressão, f é a freqüência do fóton, e h é aconstante de Planck (cujo valor, no SI, é 6,63 . 10-

34J.s).Cada elétron ligado a um metal interage com onúcleo por meio de uma força atrativa. Assim, oelétron precisa receber uma quantidade mínima deenergia para ser extraído. Se a energia de cadafóton não superar essa quantidade mínima, oelétron não é extraído, e o efeito fotoelétrico não

Aula 185

01. (Unirio – adaptada) Entre as afirmativasabaixo, a respeito de fenômenos ondulató-rios, assinale a que é falsa:a) A velocidade de uma onda depende do meio

de propagação.b) A velocidade do som no ar independe da

freqüência.c) No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas

possuem o mesmo período.d) Ondas sonoras são longitudinais.e) Ondas sonoras são tridimensionais.

02. (UFMT) As portas automáticas, as calcula-doras e os relógios que funcionam comenergia solar são recursos tecnológicosutilizados no dia-a-dia de uma cidade e queenvolvem energia luminosa e cargas elétri-cas, constituindo o fenômeno físico conhe-cido como “efeito fotoelétrico”. Sobre esse,julgue as afirmativas:a) A energia luminosa constitui-se de “pacotes

discretos” denominados fótons, que podemser considerados partículas. ( )

b) Quando um fóton incide sobre um pedaço demetal e interage com um elétron, esteabsorve energia daquele e pode ser arran-cado do metal. ( )

c) A velocidade dos elétrons que se despren-dem do metal devido à incidência da luzdepende da freqüência e da intensidade daluz. ( )

d) A luz tem natureza dual (onda-partícula)sendo o efeito fotoelétrico uma manifestaçãodo aspecto corpuscular. ( )

03. (UFRS) Assinale a alternativa que preenchecorretamente a lacuna do parágrafo abaixo.O ano de 1900 pode ser considerado omarco inicial de uma revolução na Físicado século XX. Naquele ano, Max Planckapresentou um artigo à Sociedade Alemãde Física, introduzindo a idéia da .............................. da energia, da qual Einstein sevaleu para, em 1905, desenvolver suateoria sobre o efeito fotoelétrico.a) conservação b) quantização c) transformação d) conversão e) propagação

04. O pêndulo de um relógio necessita de 2spara completar uma oscilação(1s para cadaida ou vinda). Qual será o período dessepêndulo visto por um observador que semove com velocidade 0,8c em relação aoreferencial em que está fixo o pêndulo?

05. (UFRGS) Dentre as afirmações apresen-tadas, qual é correta? a) A energia de um elétron ligado ao átomo não

pode assumir um valor qualquer. b) A carga do elétron depende da órbita em que

ele se encontra. c) As órbitas ocupadas pelos elétrons são as

mesmas em todos os átomos. d) O núcleo de um átomo é composto de pró-

tons, nêutrons e elétrons. e) Em todos os átomos, o número de elétrons é

igual à soma dos prótons e dos nêutrons

FísicaProfessor Carlos Jennings

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acontece. Por isso, o efeito fotoelétrico dependeapenas da freqüência da radiação incidente.A energia mínima para extrair um elétron de umaplaca metálica é chamada função trabalho (W) edepende do tipo de metal utilizado. Se a energiado fóton incidente superar o valor da funçãotrabalho, o que sobra fica na forma de energiacinética do elétron extraído (Ec):Ec = hf −− W

Aplicação(UFRN) Sendo a energia de um fóton de luzultravioleta igual a 6,6 . 10-19J e a constante dePlanck 6,6 . 10-34J.s, calcule a freqüência da luzultravioleta, em Hz.

Solução:

Como E = h . f:

E 6,6.10–19

f = ––– = –––––––– ∴ f = 1,0 . 1015Hzh 6,6.10–34

Leis do efeito fotoelétrico

Para se obter uma idéia mais completa sobre oefeito fotoelétrico, é necessário determinar do quedepende o número de elétrons (fotoelétrons)emitidos, sob a ação da luz, por uma superfície, ea velocidade ou energia cinética desses elétrons.Com esse objetivo, foram levadas a cabo investi-gações experimentais em que se colocam doiseletrodos num balão de vidro do qual se retiroupreviamente o ar. Num dos eletrodos, através deuma "janela" de quartzo, transparente não só paraa luz visível como também para a radiaçãoultravioleta, incidem os raios de luz. Com a ajudade um potenciômetro, faz-se variar a diferença depotencial entre os eletrodos, medindo-a por meiode um voltímetro. O pólo negativo da pilha liga-seao eletrodo iluminado. Sob a ação da luz, esteeletrodo emite elétrons que, ao se movimentaremno campo elétrico, criam corrente elétrica. Quan-do o potencial é pequeno, nem todos os elétronsatingem o outro eletrodo. Se se aumentar adiferença de potencial entre os eletrodos e não sealterar o feixe de luz, a intensidade da correnteaumenta, atinge o valor máximo, depois do quedeixa de crescer (figura abaixo).

O valor máximo da intensidade da corrente Ischama-se corrente de saturação, que é determi-nada pelo número de elétrons emitidos em umsegundo pelo eletrodo iluminado.Mudando, nessa experiência, o feixe luminoso,determinou-se que o número de elétrons emiti-dos pela superfície do metal em um segundo édiretamente proporcional à energia da onda deluz, absorvida durante o mesmo intervalo detempo. Nesse fato, não há nada de inesperado, jáque, quanto maior é a energia do feixe de luz,mais eficaz se torna a sua ação.Passemos agora à medição da energia cinética(ou velocidade) dos elétrons. A intensidade dacorrente fotoelétrica é diferente de zero mesmoquando a diferença de potencial é nula. Isso sig-nifica que, mesmo na ausência de diferença depotencial, uma parte dos elétrons atinge o eletro-do direto. Se se alterar a polaridade da bateria, aintensidade da corrente diminui até se anular,

quando o potencial de polaridade inversa atingeo valor Up. Isso significa que os elétrons emitidossão detidos e forçados para trás, sob a ação docampo elétrico.O potencial de paragem Up depende do valormáximo da energia cinética que os elétrons emi-tidos atingem sob a ação da luz. A medição dopotencial de paragem e o teorema da energiacinética permitem calcular energia cinética máxi-ma dos elétrons:mv2

–––– = eUp2

Verificou-se experimentalmente que o potencialde paragem não depende da intensidade da luz(energia transmitida ao eletrodo por unidade detempo). Não muda, portanto, também a energiacinética dos elétrons. Do ponto de vista da teoriaondulatória, esse fato é incompreensível, já que,quanto maior for a intensidade da luz, maioressão as forças que se exercem sobre os elétronspor parte do campo eletromagnético da ondaluminosa e, portanto, mais energia deveria sertransmitida aos elétrons.Verificou-se experimentalmente que a energiacinética dos elétrons emitidos sob a ação da luzsó depende da freqüência da luz. A energiacinética máxima dos fotoelétrons é proporcionalà freqüência da luz e não depende da intensida-de desta. O efeito fotoelétrico não se verificaquando a freqüência da luz é menor do que umdado valor mínimo vmin, dependente do materialdo eletrodo.

DUALIDADE ONDA-PARTÍCULA

Quando estudamos os fenômenos ondulatórios,referimo-nos à energia distribuída continuamen-te, como uma onda propagando-se ao longo deuma corda.Mas, como a energia é quantizada nas interaçõesda radiação com a matéria, a luz apresentacomportamento corpuscular, ou seja, a energianão está distribuída, mas concentrada empacotes de energia (os fótons).O físico francês Louis de Broglie postulou queisso deveria acontecer com as partículas emgeral. Para cada partícula, existe um comprimen-to de onda (λ) a ela associado e dado por:

h hλ = ––– ⇒ λ = ––––

Q mvNa expressão, h é a constante de Planck; Q é aquantidade de movimento (mv) da partícula (vejaAprovar 6).No caso de um fóton, como a massa de repousoé nula, a quantidade de movimento (ou mo-

Emento linear) pode ser calculada por: Q= –––,

cem que E é a energia do fóton e c é a velocidadeda luz.

Aplicação(U. Marília-SP – adaptado) Determinar o compri-mento de onda de Broglie de um elétron comuma velocidade de 5 . 107m/s e uma massa de9,11 . 10-31kg. Dado: h = 6,63 . 10-34J.s.

Solução:

Pelo Princípio de Broglie:h h 6,63.10–34

λ = ––– = –––– = ––––––––––––––– Q mv 9,11.10–31. 5 .107

= 1,46. 10–11m

01. Em 1924, Louis de Broglie, baseando-se nocomportamento dual da radiação, sugeriuque se procurasse um comportamentoondulatório para a matéria, supondo que ocomprimento de onda das ondas dematéria fosse dado por λ = h/p, em que pé a quantidade de movimento associada àmatéria e é dado pelo produto de sua mas-sa pela sua velocidade, isto é, p= mv.Calcule o comprimento de onda da ondaassociada ao movimento de uma bola demassa m=1,0 kg e velocidade v= 10m/s; ede um elétron de massa m= 9,1 x 10–31kg eenergia = 50eV.

02. (UFRGS) “De acordo com a teoria formu-lada em 1900 pelo físico alemão MaxPlanck, a matéria emite ou absorve energiaeletromagnética de maneira …......... emitin-do ou absorvendo …., cuja energia éproporcional à …. da radiação eletromag-nética envolvida nessa troca de energia.” Assinale a alternativa que, pela ordem,preenche corretamente as lacunas: a) contínua - quanta - amplitude b) descontínua - prótons - freqüência c) descontínua - fótons - freqüência d) contínua - elétrons - intensidade e) contínua - nêutrons - amplitude

03. (UFRGS) Quando a luz incide sobre umafotocélula, ocorre o evento conhecidocomo efeito fotoelétrico. Nesse evento, a) É necessária uma energia mínima dos fótons

da luz incidente para arrancar os elétrons dometal.

b) Os elétrons arrancados do metal saem todoscom a mesma energia cinética.

c) A quantidade de elétrons emitidos por uni-dade de tempo depende do quantum deenergia da luz incidente.

d) A quantidade de elétrons emitidos por uni-dade de tempo depende da freqüência daluz incidente.

e) O quantum de energia de um fóton da luzincidente é diretamente proporcional a suaintensidade.

04. (PUC–RS) Um átomo excitado emite ener-gia, muitas vezes em forma de luz visível,porque:a) um de seus elétrons foi arrancado do átomo. b) um dos elétrons desloca-se para níveis de

energia mais baixos, aproximando-se donúcleo.

c) um dos elétrons desloca-se para níveis deenergia mais altos, afastando-se do núcleo.

d) os elétrons permanecem estacionários emseus níveis de energia.

e) os elétrons se transformam em luz, segundoEinstein.

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Texto

CANÇÃOCecília Meireles

Pus o meu sonho num navioe o navio em cima do mar;– depois abri o mar com as mãospara o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadasdo azul das ondas entreabertas,e a cor que escorre dos meus dedoscolore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,a noite se curva de frio,debaixo da água vai morrendomeu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,para fazer com que o mar cresça,e o meu navio chegue ao fundoe o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito:praia lisa, águas ordenadas,meus olhos secos como pedrase as minhas duas mãos quebradas.

Perscrutando o texto

01. Para a poetisa, o mar a que se referesimboliza:

a) Inquietação psíquica provocada pelomundo moderno.

b) Total desapego às coisas espirituais.c) Toda a sua carga sentimental, sua

essência, sua alma enfim.d) O equivalente à terra onde vive e de

onde não quer sair.e) O lugar para onde iria, caso pudesse

viajar.

02. Na primeira estrofe, temos:

a) A poetisa renunciando a tudo que seentende por material e prendendo-seexclusivamente ao mundo espiritual que,para ela, é o mar.

b) Fuga do mundo dos vivos e mergulhono mundo da morte como solução paraos problemas materiais.

c) Descrença nas condições de vidadelineadas na terra e mergulho definitivona eternidade.

d) Abnegação do mundo infantil e entradacompleta no mundo dos adultos, quesimboliza realidade.

e) Renúncia ao amor dos homens eincursão na vida celibatária.

03. Julgue o que se afirma sobre asegunda estrofe do poema, a seguirtranscrita.

Minhas mãos ainda estão molhadasdo azul das ondas entreabertas,e a cor que escorre dos meus dedoscolore as areias desertas.

a. ( ) Os dois últimos versos tornam-seexpressivos pelo uso de metonímia.

b. ( ) A idéia de que “as mãos estãomolhadas do azul das ondas”constitui uma sinestesia.

c. ( ) A vírgula usada após “entreabertas”constitui incoerência gramatical.

d. ( ) O sujeito de “escorre” é osubstantivo “cor”.

e. ( ) O vocábulo “desertas” tem funçãode predicativo do objeto.

04. Julgue o que se afirma sobre a terceiraestrofe do poema, abaixo transcrita.

O vento vem vindo de longe,a noite se curva de frio,debaixo da água vai morrendomeu sonho, dentro de um navio...

a. ( ) No segundo verso, há metáfora eanimismo.

b. ( ) A expressão “meu sonho” completao sentido do verbo “morrer”.

c. ( ) A expressão “de frio” expressacausa.

d. ( ) Em “vem vindo” e “vai morrendo”,temos locução verbal.

e. ( ) Nos vocábulos “frio” e “navio”, háhiato.

05. Julgue o que se afirma sobre a quartaestrofe do poema, abaixo transcrita.

Chorarei quanto for preciso,para fazer com que o mar cresça,e o meu navio chegue ao fundoe o meu sonho desapareça.

a. ( ) Mudando a construção “para fazercom que o mar cresça” para “parafazer que o mar cresça” melhora-se a qualidade gramatical.

b. ( ) A estrofe contém polissíndeto.c. ( ) A estrofe contém hipérbole.d. ( ) Mudando a construção “e o meu

navio chegue ao fundo” para “e omeu navio chegue no fundo”melhora-se a qualidade gramatical.

e. ( ) A expressão “ao fundo” completa osentido de “chegue”.

06. Julgue o que se afirma sobre a quintaestrofe do poema, abaixo transcrita.

Depois, tudo estará perfeito:praia lisa, águas ordenadas,meus olhos secos como pedrase as minhas duas mãos quebradas.a. ( ) A perfeição de que fala a poetisa é a

morte completa dos seus sonhosmateriais.

b. ( ) Os “olhos secos como pedras”representam a garantia de que apoetisa não poderá chorar, mesmoque se arrependa do ato praticado.

c. ( ) As “duas mãos quebradas”simbolizam a impossibilidade deabrir o mar e reaver os sonhos neledepositados.

d. ( ) O vocábulo “depois” é trissílabo.e. ( ) O vocábulo “meus” é dissílabo.

07. Tomando por base as estrofesseguintes, opte pelo item em que sefez classificação incorreta.

Pus o meu sonho num navioe o navio em cima do mar;– depois abri o mar com as mãospara o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas

COLOCAÇÃO PRONOMINAL PROIBIDA

01. INICIAR PERÍODO COM PRONOMEÁTONO

Para a norma culta, iniciar período com prono-

me pessoal oblíquo átono é erro grave. O

brasileiro, entretanto, no dia-a-dia, desobedece

a essa norma com a maior naturalidade.

Observe construções certas e erradas:

a) Me emprestem uma caneta, por favor.

(errado)

b) Emprestem-me uma caneta, por favor.

(certo)

c) Te amo muito! (errado)

d) Amo-te muito! (certo)

e) Meu filho, se proteja, que a morte anda

solta. (errado)

f) Meu filho, proteja-se, que a morte anda

solta. (certo)

g) Me dá um refrigerante, por favor. (errado)

h) Dá-me um refrigerante, por favor. (certo)

i) Dê-me um refrigerante, por favor. (certo)

02. ÊNCLISE COM FUTURO DO PRESENTEOU DO PRETÉRITO

Usar ênclise (pronome depois do verbo) com

futuro do presente ou do pretérito é anadmissí-

vel. Impõe-se, neste caso, mesóclise (pronome

no meio do verbo).

Observe construções certas e erradas:

a) Amarei-te até o fim dos meus dias. (errado)

b) Te amarei até o fim dos meus dias. (errado)

c) Amar-te-ei até o fim dos meus dias. (certo)

d) Daria-te a minha vida, se mais de uma eu

tivesse. (errado)

e) Te daria a minha vida, se mais de uma eu

tivesse. (errado)

f) Dar-te-ia a minha vida, se mais de uma eu

tivesse. (certo)

03. ÊNCLISE COM PARTICÍPIO

O pronome átono jamais pode ficar após o

particípio.

Veja construções certas e erradas:

a) Ninguém havia avisado-me. (errado)

b) Ninguém me havia avisado. (certo)

c) Tenho protegido-me contra a Aids.

(errado)

d) Tenho-me protegido contra a Aids. (certo)

e) Até então, jamais havia interessado-me

por mulheres. (errado)

f) Até então, jamais me havia interessado por

mulheres. (certo)

Aula 186

PortuguêsProfessor João BATISTA Gomes

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do azul das ondas entreabertas,e a cor que escorre dos meus dedoscolore as areias desertas.

a) “sonho” (verso 1): núcleo do objetodireto.

b) “com as mãos”: adjunto adverbial deinstrumento.

c) “meu, minha, meus” (versos 1,4, 5 e 7):adjuntos adnominais.

d) “num navio”: adjunto adverbial de lugar.e) “e” (verso 7): conjunção subordinativa

aditiva.

08. Ao se fazer a troca do complementoverbal por um pronome oblíquo átono,comete-se erro gramatical em qualdos itens seguintes?

a) Pus o meu sonho num navio.Pu-lo num navio.

b) Abri o mar com as mãos. Abri-o com as mãos.

c) A cor colore as areias. A cor colore-as.

d) Vou abrir o mar com as mãos.Vou abrí-lo com as mãos.

e) Vou distribuir as areias.Vou distribuí-las.

09. Escandindo-se o maior e o menorversos do poema, abaixo transcritos,chega-se à conclusão de que:

“e a cor que escorre dos meus dedos”“a noite se curva de frio”

a) Todo o poema foi composto com versosdecassílabos.

b) Todo o poema foi composto com versosem redondilha maior.

c) O verso maior contém dez sílabasmétricas.

d) O verso menor contém sete sílabasmétricas.

e) Todo o poema foi composto com versosoctossílabos.

Colocação Pronominal 3

1. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NASLOCUÇÕES VERBAIS

LOCUÇÃO VERBAL

Chama-se locução verbal a seqüência dedois (no máximo quatro) verbos em que aidéia principal recai sobre o último, por issochamado de principal.

NORMAS PRÁTICAS

Para se usar pronomes átonos nas locuçõesverbais, deve-se levar em conta o seguinte:

a) Verbo principal no particípio – Ospronomes átonos jamais podem sercolocados após o verbo principal noparticípio.

Exercícios

1. Julgue as construções seguintes:

a. ( ) Ninguém havia avisado-me do perigo.

b. ( ) Ninguém me havia avisado do perigo.

c. ( ) Antes disso, poucos tinham elogiado-a.

d. ( ) Antes disso, poucos tinham-na elogiado.

e. ( ) Antes disso, poucos a tinham elogiado.

2. Julgue as construções seguintes:

a. ( ) Ninguém havia avisado-me do perigo

b. ( ) Com poucas palavras, eles haviamconvencido-o a ficar.

c. ( ) Com poucas palavras, eles haviam-no convencido a ficar.

d. ( ) Com poucas palavras, eles ohaviam convencido a ficar.

e. ( ) Por mais de duas horas, haviam esperado-me.

b) Verbo principal no infinitivo ou nogerúndio – Os pronomes átonos semprepodem ser usados após o verbo principalno infitinivo ou no gerúndio, mesmohavendo palavra atrativa antes do verboauxiliar.

Exercícios

1. Julgue as construções seguintes:

a. ( ) Os pescadores ficaram esperando-me a tarde inteira.

b. ( ) Os pescadores ficaram-me esperando a tarde inteira.

c. ( ) Os pescadores me ficaram esperando a tarde inteira.

d. ( ) Aos poucos, todos foram aproximando-se do cadáver.

e. ( ) Aos poucos, todos se foram aproximando do cadáver.

2. Julgue as construções seguintes:

a. ( ) A água estava fria, mas ele não podia se queixar.

b. ( ) A água estava fria, mas ele não podia queixar-se.

c. ( ) Organizaram a festa, mas não quiseram convidar-me.

d. ( ) Organizaram a festa, mas não quiseram-me convidar.

e. ( ) Organizaram a festa, mas não mequiseram convidar.

c) Locução verbal com palavra atrativa –Havendo palavra atrativa, o pronomeátono não pode ficar enclítico ao verboauxiliar, mas pode ficar após o principalse este estiver no infinitivo ou nogerúndio.

Observação – O pronome átono nãopode ficar “solto” (sem hífen) após overbo auxiliar, mas essa prática é muitocomum até em obras de autoresconsagrados da Literatura Brasileira.

Exercícios

1. Julgue as construções seguintes:

a. ( ) Ninguém tinha lhe falado de escorpiões.

b. ( ) Ninguém tinha falado-lhe de escorpiões.

c. ( ) Ninguém lhe tinha falado de escorpiões.

d. ( ) Logo outros viriam se juntar aos pescadores.

e. ( ) A maioria dos índios tinha embrenhado-se na floresta.

01. (Un. Federal Fluminense) (Desafio Rá-dio) Numa das frases abaixo, a coloca-ção do pronome pessoal átono não obe-dece às normas vigentes. Assinale-a:

a) Ter-lhe-iam falado a meu respeito?

b) Tenho prevenido-o várias vezes.

c) Quem nos dará as razões?

d) Nunca nos diriam inverdades.

e) Haviam-no procurado por toda a parte.

02. (Un.Brasília) (Desafio TV) O resultadodas combinações “põe + o”, “reténs +as”, “deduz + a” é:

a) pões-lo, reténs-las, dedu-la

b) põe-no, retém-nas, dedu-la

c) põe-lo, retém-las, deduz-la

d) põe-no, retém-las, dedu-la

e) põe-lo, retém-las, dedu-la

03. (Un. Federal Fluminense) Assinale a únicafrase em que o pronome pessoal “o” nãoestá empregado na forma conveniente:

a) Fostes incumbido de uma missão ingrata:

cumpriste-la penosamente, apesar de

tudo.

b) São dois os motivos principais desta visita.

Enumerá-los-ei no momento oportuno.

c) Esse objeto é meu. Põe-o sobre a minha

mesa de trabalho, pois vou precisar dele

ainda hoje.

d) É uma dádiva preciosa. Ofereçam-na a

quem mais precisa de nosso auxílio.

e) Essas vitórias não têm tanta significação.

Quem as alcançou, no entanto, está glorifi-

cado para sempre.

04. Faça opção pela frase com erro de colo-cação pronominal.

a) Quando a conheci, ela vendia perfumes de

porta em porta.

b) Nada me desanima, estou sempre otimista.

c) Nós o perdoamos.

d) Nós perdoamo-lo.

e) Nós já perdoamo-lo.

05. Faça opção pela frase com erro de colo-cação pronominal.

a) Eles a levaram para um lugar ermo e, ali,

mataram-na.

b) Eles levaram-na para um lugar ermo e, ali,

mataram-na.

c) Eles levaram-na para um lugar ermo e, ali,

a mataram.

d) Eles a levaram para um lugar ermo e ali a

mataram.

e) Eles levaram-na para um lugar ermo e ali a

mataram.

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DESAFIO QUÍMICO (p. 3)01. D;02. D;03. A;04. B;05. C;

DESAFIO QUÍMICO (p. 4)01. D;02. A;03. D;04. D;05. A;

EXERCÍCIOS (p. 4)01. B;02. A;03. E;04. C;

PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 5)01. D;02. E;03. D;04. E;05. E;06. C;07. D;08. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 6)01. E;02. D;03. C;04. E;05. E;

EXERCÍCIOS (p. 6)01. F, F, V, V e V;02. F, V, F, V e F;03. C;

EXERCÍCIOS (p. 6)01. F, F, F, V e V;02. B;03. B;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 7)01. A;02. D;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 8)01. A;02. E;

EXERCÍCIO (p. 8)01. A;

DESAFIO FÍSICO (p. 9)01. a) 1,6m/s2, b) 16m/s, c) o móvel

continuará o MRU; 02. V, V, F, F e F; 03. 12,56m/s; 04. A; 05. 44; 06. 9000N, 10m/s; 07. 8,0.10–2m3;

DESAFIO FÍSICO (p. 10)01. a) 0,4Ω, b) 72W ; 02. 0,8m/s;03. 2,0.106Pa; 04. A; 05. B; 06. B;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 11)01. D;02. C;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 12)01. C; 02. B; 03. A; 04. E;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 13)01. D; 02. D; 03. E; 04. B;

DESAFIO BIOLÓGICO (p. 14)01. C; 02. D; 03.A; 04. D; 05. B;

EXERCÍCIOS (p. 14)01. A;02. C;03. C;

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 30

O ALIENISTAMachado de Assis

Capítulo VIIIAS ANGÚSTIAS DO BOTICÁRIO

1. Resumo

No outro dia, o barbeiro Porfírio, com doisajudantes-de-ordens, foi à residência de SimãoBacamarte.

O boticário Crispim Soares encheu-se de terror.Se por um lado era amigo fidelíssimo do alienista,sentia vontade enorme de unir-se ao barbeiro,depois da vitória deste. “A esposa, senhoramáscula, amiga particular de D. Evarista, diziaque o lugar dele era ao lado de SimãoBacamarte; ao passo que o coração lhe bradavaque não, que a causa do alienista estava perdidae que ninguém, por ato próprio, se amarra a umcadáver”. Como a mulher insistisse, CrispimSoares declarou-se doente e caiu na cama.

Ao ouvir a mulher dizer que o Porfírio ia à casa doalienista, Crispim deduziu que iam prendê-lo. Eele, claro, era cúmplice. Viriam, com certeza,buscá-lo também. Disse à esposa que estavabom, que ia sair. “E, apesar de todos os esforçose protestos da consorte, vestiu-se e saiu”.

Pensava a esposa que o marido ia colocar-senobremente ao lado do alienista. Pura ilusão.Crispim Soares “caminhou resolutamente aopalácio do governo”. Ia apresentar ao barbeiro osseus protestos de adesão. Os funcionários,sabendo da ligação íntima entre o boticário e oalienista, puseram-se a agradá-lo, garantindo queo barbeiro não ia tardar.

2. Vocabulário

Másculo – relativo ao homem ou ao animalmacho; viril; enérgico.Privança – intimidade; estado de quem é favoritoou valido.Sed victa Catoni – mas para Catão, a causaestava perdida.Vesicatório – que ou aquilo que produz vesí-culas.

Capítulo IXDOIS LINDOS CASOS

1. Resumo

“Não se demorou o alienista em receber obarbeiro; declarou-lhe que não tinha meios deresistir e, portanto, estava prestes a obedecer. Sóuma coisa pedia, é que o não constrangesse aassistir pessoalmente à destruição da CasaVerde”.

Para surpresa do alienista, o barbeiro disse-lheque não ia destruir a Casa Verde – uma instituiçãopública. Estava ali para propor uma aliança.“Unamo-nos, e o povo saberá obedecer”. Para obem de Itaguaí, Bacamarte deveria retirar daCasa Verde alguns doidos menos perigosos ouos mais curados. Com esse ato, o povo ficariasatisfeito, e o governo acreditado pelos mais im-portantes da vila.

Bacamarte ouviu tudo, perguntou quantosmortos e feridos houve no conflito. Onze mortose vinte e cinco feridos! Quando o barbeiro retirou-se, o alienista havia chegado a uma conclusão.Estavam ali dois lindos casos de loucura: o dobarbeiro e o da multidão que o apoiava.

“— Dois lindos casos! murmurou o alienista”.

Calendário2008

Aulas 169 a 198

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LÍNGUA PORTUGUESA

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas.3. ed. São Paulo: Ática, 1996.

BECHARA, Evanildo. Lições de português pela análise sintática. Riode Janeiro: Fundo de Cultura, 1960.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da línguaportuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996.

CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática do portuguêscontemporâneo 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13. ed. Rio deJaneiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986.

HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário da línguaportuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

HOUAISS, Antônio. Pequeno dicionário enciclopédico KooganLarousse. 2. ed. Rio de Janeiro: Larousse do Brasil, 1979.

HISTÓRIA

ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas en el amazonas: 1660-1684. Iquitos-Peru, 1986.

______ Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas. Rio deJaneiro: Agir, 1994.

CARDOSO, Ciro Flamarion S. América pré-colombiana. São Paulo:Brasiliense, 1986 (Col. Tudo é História).

CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio de Orellana. SãoPaulo: Nacional, 1941.

FERREIRA, Alexandre Rodrigues. (1974) Viagem Filosófica pelascapitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá.Conselho Federal de Cultura, Memórias. Antropologia.

MATEMÁTICA

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DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. SãoPaulo: Ática, 2000.

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QUÍMICA

COVRE, Geraldo José. Química Geral: o homem e a natureza.São Paulo: FTD, 2000.

FELTRE, Ricardo. Química: físico-química. Vol. 2. São Paulo:Moderna, 2000.

LEMBO, Antônio. Química Geral: realidade e contexto. São Paulo:Ática, 2000.

REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:FTD, 2001.

SARDELLA, Antônio. Curso de Química: físico-química. São Paulo:Ática, 2000.

BIOLOGIA

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CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol. Único. São Paulo:FTD, 2002.

LEVINE, Robert Paul. Genética. São Paulo: Livraria Pioneira, 1973.

LOPES, Sônia Godoy Bueno. Bio. Vol. Único. 11.a ed. São Paulo:Saraiva. 2000.

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FÍSICA

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ÁLVARES, Beatriz A. et al. Curso de Física. São Paulo: Scipicione,1999, vol. 3.

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CARRON, Wilson et al. As Faces da Física. São Paulo: Moderna,2002.

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PARANÁ, Djalma Nunes. Física. Série Novo Ensino Médio. 4.a ed.São Paulo: Ática, 2002.

RAMALHO Jr., Francisco et alii. Os Fundamentos da Física. 8.a ed.São Paulo: Moderna, 2003.

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