Apostila Aprovar Ano05 Fascículo32 Mat Qui

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pelo planejamento de estraté-gias e pelo gerenciamento dodia-a-dia da companhia e gererecursos financeiros, materiais ehumanos. Conduz as relaçõesentre a empresa e os funcio-nários, cuida dos processos deadmissão, de treinamento e dedemissão. Organiza planos decarreira e programas de benefí-cios.

Outra possibilidade é atuar nocontrole dos estoques de maté-ria-prima e de insumos, geren-ciando os processos de com-pra. No setor financeiro, operanas áreas de custos, de orçamentos e defluxo de caixa. Pode envolver-se, ainda, coma publicidade e com o marketing. O admi-nistrador trabalha em diversos setores - dehospitais, fábricas e escolas a organizaçõesnão-governamentais, empresas públicas eaquelas dedicadas ao comércio eletrônico.Se apresentar perfil empreendedor, podegerir seus próprios negócios ou atuar comoconsultor especializado em assuntos rela-cionados à administração organizacional.

O administrador atual, multiqualificado,polivalente, generalista, deve exercer funçõesmuito mais abstratas e intelectuais, implican-do cada vez menos trabalho manual. Exige-se deste Administrador capacidade de diag-nóstico, de solução de problemas, de intervirno processo de trabalho, de trabalhar emequipe, de auto-organizar-se e de enfrentarsituações de constantes mudanças.

Durante o curso, os alunos conhecem osprincipais métodos e instrumentos que pos-sibilitem os melhores resultados na gestãofinanceira, de mercado, de pessoas e declientes, entre outros. Uma resolução doMinistério da Educação - MEC, datada de2005 e que passou a vigorar em 2007,estabeleceu que as linhas de formação es-pecíficas nas diversas áreas da Adminis-tração não podem constituir uma extensãoao nome do curso. Isso significa que asvárias ênfases ou habilitações de Adminis-tração, como Administração Financeira oude Recursos Humanos, devem constarapenas no projeto pedagógico do curso.

Em geral, os dois primeiros anos são ocu-pados com disciplinas básicas, como Mate-mática, Estatística, Direito, Sociologia, Con-tabilidade e Informática. No terceiro, come-çam as matérias específicas, como Logís-tica, Finanças, Marketing e Recursos Huma-nos. O curso dura, em média, quatro anos,e o dia-a-dia não se limita às aulas expo-sitivas. O aluno cria e analisa casos fictíciose apresenta seminários. Algumas escolasexigem uma monografia de conclusão decurso, além do estágio supervisionado.

O campo de trabalho é promissor: cerca demetade dos cargos de uma empresa évoltada para funções administrativas. Comoa atuação do administrador é bastante

ampla, esse profissional se faz necessárioem todo tipo de empresa (fabril, comercial,serviços, agronegócio etc.) e em prati-camente todas as áreas, desde a comercial,passando por logística, financeira e com-pras, até recursos humanos.

O CURSO NA UEA

O curso de Administração da Universidadedo Estado do Amazonas (UEA) visa formarprofissionais para atuar no serviço público –municipal, estadual ou federal – e, ainda,em organizações públicas não-estatais.Com sede na Escola Superior de CiênciasSociais, na avenida Castelo Branco, 504,Cachoeirinha, o curso é oferecido em Ma-naus com 45 vagas para o turno vespertinoe com 45 vagas para o noturno.

A estrutura curricular de AdministraçãoPública contempla disciplinas de formaçãobásica e instrumental (conjunto de conhe-cimentos necessários aos conceitos deAdministração); disciplinas de formação pro-fissional (conhecimentos que dão identidadeà profissão) e disciplinas eletivas e comple-mentares. Viabiliza a capacitação do profis-sional, que deverá atuar como um instru-mento de modernização e de valorizaçãodas atividades administrativas.

O regime acadêmico do curso é compostopor oito períodos, em sistema de créditos,com carga total de três mil horas. O períodode realização é de, no mínimo, quatro e de,no máximo, sete anos letivos. Disciplinascomo Planejamento Governamental, CiênciaPolítica, Administração Municipal, PolíticasPúblicas, Comunicação Integrada, Econo-mia do Setor Público e Ética nas Organiza-ções compõem a grade curricular do curso.

O administrador formado pela UEA teráconhecimentos necessários à adequadafiscalização e ao acompanhamento dasatividades administrativas públicas –governamentais e não-governamentais –bem como à condução de tais atividades,submetendo sua ação ao amplo controle dasociedade civil. Com esses profissionaiscapacitados para enfrentar as novasdemandas geradas pelo desenvolvimentosocial, econômico, político e tecnológico, oEstado poderá oferecer melhores serviços àsociedade.

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ÍndiceHISTÓRIAGrandes projetos para a Amazônia

................................................... Pág. 03(aula 187)

BIOLOGIABioenergética ............................ Pág. 05(aula 188)

MATEMÁTICA Geometria analítica .................. Pág. 07(aula 189)

QUÍMICA Reações orgânicas II ................ Pág. 09(aula 190)

PORTUGUÊSDificuldades da língua .............. Pág. 11(aula 191)

HISTÓRIA

Os anos 1990 e sua relação com o Brasil

................................................. Pág. 13

(aula 192)

Referências bibliográficas ...... Pág. 15

Guia de Profissões

Responsável por garantir o bom fun-cionamento das organizações, oadministrador pode atuar em áreas

distintas como finanças, recursos humanos,logística, qualidade de processos e gestãode produção. Planejar, organizar, coordenare controlar: essas são as quatro funções prin-cipais da administração, as quais sempre an-dam lado a lado. O curso superior em Admi-nistração forma profissionais aptos a identifi-car os principais enfoques necessários paraa gestão das organizações.

O administrador precisa ter mais que vonta-de; precisa de um conjunto de habilidades ede um perfil compatível com a profissão:liderança, facilidade em lidar e em gerenciarvárias atividades ao mesmo tempo, boacapacidade de análise, raciocínio abstrato,organização, criatividade, facilidade com nú-meros e cálculos. Ele precisa ter pensamentosistêmico, apresentar senso crítico, serobservador e detalhista, pois o profissionaltrabalha em praticamente todos os departa-mentos de uma organização. É responsável

Administração

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Grandes projetos para a Amazônia

Em 1953, Getúlio Vargas criou a Superintendên-cia do Plano de Valorização Econômica da Ama-zônia (SPVEA), a fim de promover o desenvolvi-mento da produção agrícola e pecuária, além depromover a integração da região à economianacional.Em 1957, visando atender à idéia de desenvolvera região amazônica, foi criada a Zona Franca deManaus, uma área de livre comércio com isençãofiscal.Em 1966, no governo Castelo Branco, a SPVEAfoi substituída pela Superintendência de Desen-volvimento da Amazônia (SUDAM), órgão res-ponsável para dinamizar a economia amazônica. A SUDAM seria o órgão responsável em coorde-nar, supervisionar, elaborar e executar projetosde outros órgãos federais. Para isso, tinha pode-res de criar incentivos fiscais e financeiros espe-ciais para atrair investidores privados nacionais eestrangeiros.Foi a partir da SUDAM que os setores agrícolas,pecuários, indústrias de bens e de mineraçãopassaram a ganhar maior dinamismo.Nesse mesmo ano, o Banco de Crédito da Ama-zônia foi transformado em Banco da AmazôniaS.A. (BASA).

Zona Franca de Manaus e SUFRAMA

Em 1957, no governo de Juscelino Kubtschek, foicriada a Zona Franca de Manaus no contesto daGuerra Fria como parte do Projeto de contençãodo avanço do comunismo.Em 1967, no governo de Humberto de AlencarCastelo Branco, foi criada a Superintendência daZona Franca de Manaus (SUFRAMA), nocontexto da expansão do capitalismo pela Ama-zônia. Nesse período, com uma série de incentivos fis-cais especiais para integrar a Amazônia ao res-tante do País, diminuindo as desigualdades re-gionais e o vazio econômico e demográfico quea área então apresentava, a Zona Franca deManaus teve como objetivos:1. Instalar no interior da Amazônia Ocidental um

programa de desenvolvimento Industrial,Comercial e Agropecuário;

2. Gerar emprego e renda na AmazôniaOcidental, propiciando um efeito multiplicadorna economia regional.

3. Buscar a ocupação econômica da AmazôniaOcidental e suas regiões fronteiriças; e,

4. Atenuar as desigualdades existentes entre asduas amazônias e as demais regiões do Brasil.

Setor Comercial

O setor comercial foi o primeiro a fortalecer-se coma reformulação do projeto Zona Franca de Manaus,estabelecida pelo Decreto-Lei nº 288/67: nosprimeiros anos, logo após sua reformulação, a ZonaFranca funcionou como um grande ShoppingCenter para todos os brasileiros. O GovernoFederal, à época, não permitia importações nem asaída de brasileiros para o exterior. A Zona Francafuncionou como uma válvula de escape para aspessoas de melhor poder aquisitivo, que encon-travam em Manaus as novidades importadas detodo o mundo. Por conta dessa corrida às compras,a cidade ampliou seus serviços, ganhou hotéis de 4e de 5 estrelas, um aeroporto internacional e atraiuinvestidores das mais diversas procedências.

Nessa época, as importações não tinham limites,com apenas 5 restrições, estabelecidas noDecreto-Lei 288/67 (que permanecem até hoje):armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas,automóveis de passeio e artigos de perfumaria,cuja importação só poderia ser feita mediante opagamento de todos os impostos. Do leite em póholandês ao cristal da Bohemia ou à gravataitaliana, tudo era vendido livremente no comércioda cidade, com permissão de serem levadas,como bagagem acompanhada de passageirosaído de Manaus, seis unidades de cada produtoimportado de uso pessoal, o que tornava aviagem um grande atrativo.Segundo dados da Junta Comercial do Amazo-nas, só em 1967, foram registradas 1.339 novasempresas, oferecendo, pelo menos, o dobrodesse número em novas oportunidades de traba-lho aos amazonenses.Essa fase inicial durou até 1975, quando o Gover-no Federal baixou o Decreto-Lei Nº1.435, modifi-cando o artigo 7º. do Decreto-Lei Nº 288/67, alte-rando a alíquota do Imposto sobre Importação nointernamento de mercadorias para o territórionacional. As importações foram limitadas em US$300 milhões, divididos entre o comércio e aindústria, que, a partir de então, teria de praticaríndices mínimos de nacionalização em seusprodutos.Com novas pressões da indústria nacional, ocomércio da ZFM importa apenas os produtosque ainda não são fabricados no Brasil, comomedida de proteção à indústria instalada emoutras regiões do País, com reflexos na emer-gente indústria da ZFM, que também tem decumprir índices de nacionalização em seusprodutos.No final dos anos 70, vêm a liberação das viagensao exterior e a permissão para entrada no País debagagem procedente do exterior até 100 dólares.Começam as dificuldades do setor comercial daZona Franca de Manaus, que, a partir de então, sórecebe consumidores em determinadas épocasdo ano, com grandes promoções. Durante toda adécada de 80, o setor comercial promove pacotesturísticos para atrair visitantes, e a SUFRAMAorganiza Feiras e Exposições de Produtos daZona Franca de Manaus em várias capitaisbrasileiras como forma de divulgar o produto locale captar novos investimentos. O número deempregos gerados, nessa época, atingiu a casados 80 mil.Nos anos 90, veio a abertura do mercado brasi-leiro ao produto estrangeiro. O País inteiro passaa importar de tudo um pouco, com alíquotas doimposto de importação bastante reduzidas. Paraadequar o regime fiscal e de importações daZona Franca de Manaus à nova política industriale de comércio exterior do Brasil, o GovernoFederal deu nova redação ao § 1º do art. 3º e aosart. 7º e 9º do Decreto-Lei Nº 288/67, com asanção da Lei Nº8.387, de 30 de dezembro de1991. Os efeitos nas atividades comerciais e noturismo doméstico foram devastadores, commuitos hotéis e estabelecimentos comerciaistradicionais fechando as portas e demitindo fun-cionários, o que reduziu o número de empregospara 30 mil.O novo século iniciou com esse quadro poucoalterado, com pequenos períodos de aquecimen-to e outros de retração.

Setor Industrial

Os primeiros projetos industriais da ZFM come-çaram a se implantar em 1969, embora o marcodo setor industrial seja o ano de 1972, com ainauguração do Distrito Industrial. O começo nãofoi diferente de outros lugares: importava-se oproduto acabado, em partes e com peçasdesagregadas para montagem do produto final

01. (UEA-2006) O milagre brasileiro tinha pon-tos positivos e negativos, como a despro-porção entre o avanço econômico e o retar-damento ou mesmo o abandono dos pro-gramas sociais pelo Estado.A respeito dos projetos do milagre brasi-leiro, assinale a afirmativa incorreta.

a) obedecendo aos princípios da Doutrina de

Segurança Nacional, o governo procurou

ocupar os espaços vazios, promovendo as

agrovilas para assentamento de trabalhado-

res, especialmente nordestinos.

b) A regulamentação da SUFRAMA – Superinten-

dência da Zona Franca de Manaus – visava a

criar um centro industrial, comercial e agro-

pecuário para capitalizar a Região Amazônica

e gerar empregos.

c) Os governos militares aceleraram o desenvol-

vimento econômico por meio de um modelo

concentrador de renda, cujo impacto foi

atenuado pela expressão do emprego.

d) A Zona Franca de Manaus foi criada para ser

um complemento das industriais eletrônicas

acessórias da indústria automobilística.

e) A Transamazônica é um exemplo malsucedi-

do de aplicação do PIN – Plano de Integração

Nacional, porque não foi concluída, e o que

restou dela foi retomada pela selva.

02. A respeito da luta ideológica e dos conflitossobre terra e trabalho nas últimas décadasna Amazônia, é correto afirmar que:a) A igreja Católica interveio nas questões am-

bientais e na luta política e territorial no Norte

somente após o sucesso dos empates que

pretendiam proteger a floresta, para não se

comprometer com fracassos.

b) A Igreja admitiu as comunidades eclesiais de

base e as Comissões Pastorais da Terra, soli-

dária à militância, embora alguns padres

adotassem posições mais emocionais e me-

nos pastorais como a recusa de batismos e

de missas em terras de certos fazendeiros.

c) A Igreja, apesar da associação com o Estado

e de sua secular aliança com o latifúndio, não

conseguiu impedir a formação de órgãos

sindicais no seu interior, como as comunida-

des de base e as pastorais da terra.

d) A fragilidade dos seringueiros e ambientalistas

amazônicos deve-se à sua obstinação em

recusar apoios e participações de pessoas e

de instituições de cunho político e sindical.

e) Os seringueiros e os ambientalistas distingui-

ram-se por seu nacionalismo e pela recusa

aos apoios político-ideológicos.

Aula 187

HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

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01. A criação de indústrias na Região Norte,sobretudo em Manaus, está ligada à (s):a) Presença de matérias-primas minerais e

vegetais.b) Oferta de abundante mão-de-obra espe-

cializada.c) Necessidade do mercado consumidor local

em expansão.d) Obras de infra-estrutura básica, como estra-

das de ferro e usinas hidroelétricas.e) Política de incentivos fiscais estabelecidos

pelo Governo Federal.

02. Quanto à política para o setor industrialadotada pelo governo do Brasil a partirdos anos 1990, pode-se afirmar que levouà (ao):a) diminuição dos gastos públicos.b) abertura da economia para o mercado mun-

dial, reduzindo as restrições às importações.c) criação de uma política favorável aos

investimentos externos no País.d) privatização das empresas estatais.e) crescimento econômico da região e à

distribuição de renda através da geração deempregos.

03. Todas as alternativas relacionadas à Ama-zônia são verdadeiras, exceto:a) A Amazônia constitui um espaço econômi-

co, social e político pouco estruturado epotencialmente gerador de novas oportuni-dades.

b) A diversidade biológica ímpar da região lheconfere, atualmente, grande valor tendo emvista o desenvolvimento das biotecnologias.

c) A região apresenta focos de modernidade,exemplificados pela presença de uma zonafranca e de grandes projetos de mineração.

d) A disputa pela posse da terra envolvendoposseiros, fazendeiros, extrativistas, garim-peiros, índios, mineradoras e madeireirascontinua intensas.

e) As taxas de investimento, de ocupação e deprodução regionais são elevadas, mas ovalor da terra se mantém baixo.

04. A Amazônia atravessa uma nova fase de re-organização espacial. Isso ocorre porque:a) As atividades econômicas regionais se

estabilizam em torno da população para aindustrialização.

b) O crescimento dos centros urbanos diminuiupelo aumento da produtividade no campo.

c) Os impactos dos investimentos públicos eprivados transformaram a região, modifican-do intensamente a organização espacial nosúltimos trinta anos.

d) A presença dos grandes projetos propor-ciou a valorização da mão-de-obra regionale o aumento da qualidade de vida nocampo.

e) As atividades econômicas desenvolvidas naregião nos últimos dez anos garantiram boacompetitividade dos produtos amazônicosno exterior, com a criação, em todos osestados, das Zonas de Processamento deExportação.

por operários amazonenses para atender aomercado nacional. O Amazonas precisava criarempregos para evitar que os amazonensesmigrassem para outras regiões, e a Zona Francaera, justamente, o projeto de desenvolvimentoconcebido pelo Governo Federal para ocupaçãoracional da região, por brasileiros.Para adequar-se à nova ordem, a indústria localainda nascente teve que substituir alguns com-ponentes e insumos importados por similaresproduzidos no Brasil. A Zona Franca de Manaus,sob o pretexto de harmonização com o parqueindustrial brasileiro, só podia produzir bens quenão fossem produzidos em outras regiões. Osíndices mínimos de nacionalização eram progres-sivos, o que possibilitou o surgimento de umaindústria nacional de componentes e de insumosem várias regiões, sobretudo no Estado de SãoPaulo, de forma que, no final da década de 80,para cada dólar gasto com importações, a ZFMcomprava o equivalente a quatro dólares nomercado nacional. Alguns produtos, como tele-visores em cores, alcançaram índices de 93% denacionalização; outros 100%, como as motocicle-tas de 125cc.Na década de 80, a economia brasileira sofreu asconseqüências de fenômenos externos como adesvalorização do dólar americano, a valorizaçãoda moeda japonesa e o excesso de protecio-nismo nas economias industrializadas. Tudo issorestringiu as perspectivas de exportações,provocando o desequilíbrio do balanço de paga-mento, que, associado a fatores internos como aqueda do poder aquisitivo do povo brasileiro e ainflação, resistiu a todos os planos econômicosimplementados nos diversos Governos noperíodo e fez com que o Brasil entrasse nos anos90 em grave processo de recessão.

Implantação do DI

O lançamento da pedra fundamental do DistritoIndustrial, no dia 30 de setembro de 1968, reu-nindo, no ato, o Superintendente Floriano Pache-co e o Governador do Estado Danilo Duarte deMattos Areosa, marcou também a aprovação doprimeiro projeto industrial para instalar-se naZFM: o da indústria Beta S/A, fabricante de jóiase de relógios, que funcionou até meados dadécada de 90. Os trabalhos de infra-estrutura começaram nofinal de 1969, com a instalação das redes deenergia elétrica, água e esgotos, além daabertura da malha viária. Todas as obras foramfeitas com recursos próprios. Em 1972, o Distritorecebe a primeira indústria, a CIA – CompanhiaIndustrial Amazonense, ocupando uma área de45.416 m², para produção de estanho, e, logo emseguida, a Springer, para produção de aparelhosde ar condicionado. O Distrito possui estação de captação e de trata-mento de água, rede de esgotos sanitários e detelecomunicações e sistema viário com 48 km deruas asfaltadas e com manutenção própria. Aárea dispõe de hospital, creche, centro de trei-namento do Senai, entidades das classes em-presariais e trabalhadoras, escolas de tecnologia,centros de pesquisa, hotéis de 4 estrelas, pistasapropriadas para caminhadas, para cooper, paraciclismo, quadras de esportes e áreas de lazer,bares, restaurantes e shopping center.Os lotes são vendidos às empresas a preço sim-bólico, com prazo de 10 anos para pagamento.Em 1980, a SUFRAMA adquiriu uma área de5.700 ha, contígua à do Distrito já ocupado, paraexpansão. Nessa área, já estão instaladas algu-mas empresas, nos 1000 ha que receberam todaa infra-estrutura necessária à ocupação, havendo,inclusive, áreas destinadas à construção deconjuntos habitacionais para os trabalhadores. Damesma forma que o Distrito menor, essa área foi

planejada preservando-se áreas verdes emproporção às áreas construídas, para que o equi-líbrio ecológico seja mantido.

Planos de Integração

Em junho de 1970, o governo federal adotou oPlano de Integração Nacional (PIN); em julho domesmo ano, o Instituto de Nacional deColonização e Reforma Agrária (INCRA).Em 1971, criou-se o Programa de redistribuiçãode Terras e Estímulo à Agroindústria do Norte eNordeste (PROTERRA). E, entre 1971–78,construíram-se as várias rodovias importantes:Transamazônica, Perimetral Norte, Cuiabá-Santa-rém e Manaus-Caracarai (BR–174).Em 1974, foi criado o Programa de Pólos Agrope-cuários e Agrominerais da Amazônia (POLA-MAZÔNIA).Em 1994, foi criado o Plano Estratégico doDesenvolvimento do Amazonas (PLANAMAZÔ-NIA), o qual projetava suas atividades até o ano2000, estimando investimento na ordem de US$3,14 bi, os quais seriam cinco prioridades: 1)Meio Ambiente; 2) Infra-estrutura; 3) DistritoIndustrial e ZFM; 4) Formação de recursoshumanos; 5) Desenvolvimento de PesquisasCientíficas.

Terceiro Ciclo

Consistiu num programa, desenvolvido no gover-no Amazonino Mendes, de reestruturação daeconomia do Amazonas. Esse Programaeconômico pretendia dar prioridades para o setorprimário (agricultura).

A Greve dos Metalúrgicos de 1985

A conjuntura política brasileira dos anos oitenta foimarcada por movimentos contestatórios contra aditadura militar e organizações sindicais, quefaziam grandes mobilizações pelo Brasil inteiro, aexemplo do ABC paulista, em que aparecemvários líderes sindicais e políticos, tais como LuizInácio Lula da Silva. Foi nesse período que váriascorrentes políticas, ideológicas, trabalhistas esetores da Igreja, como a Pastoral Operária,criaram o Partido dos Trabalhadores (PT) e aCentral Única dos Trabalhadores (CUT).Em fevereiro de 1984, ocorreu a eleição para adiretoria do Sindicato dos Metalúrgicos. Nessaseleições, a chapa PUXIRUM, tendo como direto-res Ricardo Morais – presidente, Simão Pessoa –vice, “Chico Fera” – tesoureiro, Alberto “Gordo” –segundo tesoureiro, Ana Maria – secretária, ÉlsonMelo – secretário, José Magno – secretário.Após a eleição, a primeira grande batalha sindicalocorreu na campanha salarial, e a nova diretoriaprovocou a primeira convenção coletiva. Mas,depois de uma série de discussão com represen-tantes das empresas, que duraram 13 dias, nãohouve acordo entre as partes, e o resultado foi adeflagração da greve no dia 1 de agosto de 1985.Os representantes das empresas ameaçaramentrar na justiça e pedir a ilegalidade da greve edemitir os operários por justa causa, caso nãohouvesse o retorno das atividades. As condiçõesconjunturais foram analisadas por vários setoresque estavam envolvidos no movimento eresolveram convocar uma Assembléia Geral para 7de agosto de 1985. Nessa Assembléia, decidiu-sepelo retorno das atividades.Apesar das reivindicações não serem alcançadas,naquele momento, os ganhos políticos para aclasse trabalhadora manauense foram enormes,pois, a partir desse momento, outras categoriasprofissionais passaram a se mobilizar contra aestrutura econômica que achatava o salário epromovia demissões em massas.

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Bioenergética

RESPIRAÇÃO CELULAR AERÓBIA

Mitocôndria

É uma organela formada por uma dupla membra-na. A membrana externa é lisa, e a membranainterna apresenta pregas que se aprofundampara o interior, formando as cristas mitocondri-ais. Sobre as cristas, há pequenas estruturasdenominadas corpúsculos elementares.O espaço interno da mitocôndria é preenchidopor uma substância fluida, a matriz mitocondrial.Além dessas estruturas, no interior da mitocôn-dria, encontram-se ribossomos livres, ácidos nu-cléicos, DNA e RNA, grande número de enzimase grânulos. A presença de ácidos nucléicos e deribossomos no seu interior permite a autodupli-cação.Comparada às demais organelas, a mitocôndria égrande, o que permite ser observada ao micros-cópio óptico.O conjunto de mitocôndrias recebe o nome decondrioma.

O mecanismo da respiração aeróbia

A respiração aeróbia é o processo pelo qual a ener-gia armazenada em moléculas orgânicas (glicose) éliberada com a participação do oxigênio.O processo de respiração aeróbia compreendetrês etapas básicas: glicólise, ciclo de Krebs ecadeia respiratória.a) Glicólise – Consiste na transformação da

glicose (açúcar de seis carbonos) em duasmoléculas de ácido pirúvico (piruvato), comtrês carbonos. Essa quebra da moléculaocorre no hialoplasma e é necessária paraque o composto possa penetrar na mitocôn-dria e dar continuidade ao processo. A glico-se precisa da ajuda de um hormônio chama-do insulina, que assiste o transporte pelamembrana plasmática. Para que ocorra aglicólise, são consumidos dois ATPs utilizadospara a ativação da molécula. O processo,contudo, libera energia suficiente para quesejam produzidas quatro moléculas de ATP.Assim, no fim da etapa, há um saldo positivode dois ATPs. Após a quebra da glicose, háliberação de hidrogênios, que serão captadospor uma substância chamada de NAD (nicoti-namida adenina dinucleotídio), transfor-mando-se em NADH2.

b) Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico –Antes de entrar no ciclo de Krebs, os piru-vatos provenientes da glicólise sofrem perdasde hidrogênios e de carbonos; os hidrogê-nios são capturados pelo NAD e transforma-dos em NADH2 e em gás carbônico (CO2).Um outro composto resultante possui apenasdois carbonos e recebe o nome de ácidoacético ou acetil. Em seguida, o acetil reage

com a enzima coenzima A e passa a serdenominado acetil-coenzima A (acetil-CoA).Esse composto ingressa no ciclo de Krebspropriamente dito. Inicialmente, o acetil-CoAune-se ao ácido oxalacético, formando oácido cítrico e a coenzima A, que permaneceinalterada e, dessa maneira, está pronta parase unir a outro acetil. A partir daí, umaseqüência de reações químicas ocorre, comliberação de duas moléculas de gás carbôni-co e produção de 3NADH2, 1FADH2 e 1ATP.Tal como NAD, o FAD — flavina-adenina-dinucleotídeo — é um transportador dehidrogênios muito importante no processo.

c) Cadeia respiratória – Através da cadeia res-piratória, que ocorre nas cristas mitocondriais,há transferência de hidrogênios transportadospelo NAD e pelo FAD para o oxigênio, forman-do água. Quando é transportado pelo NAD, ohidrogênio, inicialmente, é doado ao FAD,havendo liberação de energia. Nessas transfe-rências de hidrogênios, há liberação deelétrons excitados, que, a partir do FAD, vãosendo captados por aceptores intermediários,denominados citocromos. Durante essastransferências, os elétrons perdem gradati-vamente energia, que será utilizada, em parte,para a formação de ATP. Se a energia fosseliberada de uma só vez, a célula não poderiaaproveitá-la, e o calor produzido poderiadestruir a célula, por isso a produção deenergia é feita em três etapas.

Na cadeia respiratória, cada NADH2 tem ener-gia suficiente para formar 3 ATP, e cadaFADH2, para formar 2 ATP.

01. (Puccamp 2004) Durante a digestão dos ani-mais ruminantes, ocorre a formação do gásmetano (constituído pelos elementos carbonoe hidrogênio), que é eliminado pelo arroto doanimal.Os ruminantes possuem o estômago divididoem quatro compartimentos, dois dos quaispossuem as bactérias cujo metabolismo liberao gás metano. O capim ingerido por um boiprimeiramente sofre atuaçãoa) das bactérias, que são, em seguida, digeridas

durante as mastigações.b) do suco gástrico, que deixa o capim adequado

para as bactérias.c) de amilases pancreáticas e, depois, das secre-

ções do duodeno.d) do suco gástrico, que é posteriormente

regurgitado para a atuação das bactérias.e) das bactérias, que, posteriormente, são digeri-

das com a ação do suco gástrico.

02. (Puccamp 2005) Diversos organismos euca-riotos produzem álcool no processo pelo qualobtêm energia. As reações químicas quelevam à formação dessa substância ocorrema) no núcleo. b) na mitocôndria. c) no citoplasma.d) no lisossomo. e) no retículo endoplasmático.

03. (Puccamp 2005) O biodiesel resulta da reaçãoquímica desencadeada por uma mistura deóleo vegetal (soja, milho, mamona, babaçu eoutros) com álcool de cana. O ideal é empre-gar uma mistura do biodiesel com diesel depetróleo, cuja proporção ideal ainda será defi-nida. Quantidades exageradas de biodieselfazem decair o desempenho do combustível.A utilização de combustíveis libera grandesquantidades de CO2 na atmosfera. Processosbiológicos que também liberam esse gás são,por exemplo,a) a respiração celular e a fermentação alcoólica.b) o ciclo de Krebs e a fixação de carbono.c) a fotossíntese e a fermentação.d) a respiração celular e a glicogenólise.e) o metabolismo aeróbico e a fotossíntese.

04. (Uerj 2004) Os compartimentos e as membra-nas das mitocôndrias contêm componentesque participam do metabolismo energéticodessa organela, cujo objetivo primordial é ode gerar ATP para uso das células.No esquema a seguir, os compartimentos e asmembranas mitocondriais estão codificadospelos números 1, 2, 3 e 4.

Considere os seguintes componentes dometabolismo energético: citocromos, ATPsintase e enzimas do ciclo de Krebs.Esses componentes estão situados nas estru-turas mitocondriais codificadas, respectiva-mente, pelos números:a) 1, 2 e 4 b) 3, 3 e 2 c) 4, 2 e 1d) 4, 4 e 1

Aula 188

BiologiaProfessor GUALTER Beltrão

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Considerando que uma molécula de glicoseorigina duas de ácido pirúvico, as etapas referen-tes à ativação do piruvato e ao ciclo de Krebs têmseu rendimento energético duplicado. Rendi-mento energético total obtido pela oxidação deuma molécula de glicose no processo derespiração aeróbia:

Total: 38 ATP

RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA

O processo de respiração anaeróbia ao qual serádedicada maior atenção é a fermentação.Consideravelmente mais simples que a respira-ção aeróbia, ela consiste basicamente na etapade glicólise da respiração aeróbia já estudada.Sendo assim, a fermentação é um processo noqual a molécula de glicose é degradada, com aformação de duas moléculas de ácido pirúvico ea produção líquida de duas moléculas de ATP. Deacordo com o tipo de transformação que sofremas moléculas de ácido pirúvico, podem-sedistinguir, basicamente, dois tipos de fermen-tação.

a) Fermentação alcoólica – Pode ser observadana produção de pães e de bebidas alcoólicas.O fermento utilizado para fazer pães é fungounicelular que realiza fermentação alcoólica.O CO2 produzido acumula-se na massa e fazque ela cresça.

b) Fermentação láctica – É o processo exploradona produção de iogurtes, queijos e coalhadas. Oaçúcar contido no leite é consumido no pro-cesso com a produção de ácido láctico, o queprovoca o azedamento do leite.

Reação:C6H12O6 → ácido pirúvico + 2ATP

Aplicação

(Mackenzie) A equação simplificada a se-guir representa o processo de fermentaçãorealizado por microorganismos como o'Saccharomyces cerevisiae' (levedura).

A → B + CA, B e C são, respectivamente:

a) glicose, água e gás carbônico;b) glicose, álcool e gás carbônico;c) álcool, água e gás carbônico;d) álcool, glicose e gás oxigênio;e) sacarose, gás carbônico e água.

Solução:Letra B. A quebra da glicose feita pelos fungosresulta na produção de álcool e gás carbônico.

Exercícios

01. (PUCRJ 2006) O leite talhado é resulta-do da ação de microrganismos que:

a) alcalinizam o meio, precipitando a lactosedo leite.

b) acidificam o meio, precipitando as proteí-nas do leite.

c) reduzem a lactose do leite, transforman-do-a em gordura.

d) oxidam as proteínas do leite ao aumentara concentração de O‚ no meio.

e) acidificam o meio, precipitando a gordu-ra do leite ao torná-la solúvel em água.

02. (UERJ 2002) Em uma determinada eta-pa metabólica importante para geraçãode ATP no músculo, durante a reali-zação de exercícios físicos, estão

envolvidas três substâncias orgânicas -ácido pirúvico, gliceraldeído e glicose -identificáveis nas estruturas X, Y e Z, aseguir.

Na etapa metabólica considerada, taissubstâncias se apresentam na seguinteseqüência:

a) X – Y – Z b) Z – Y – X c) X – Z – Y

d) Z – X – Y

03. (Puccamp 2005) Em provas de corridade longa distância, que exigem resis-tência muscular, a musculatura podeficar dolorida devido ao acúmulo de

a) ácido láctico devido a processos anaeró-

bios.

b) ácido láctico devido a processos aeró-

bios.

c) glicogênio nas células devido à falta de

oxigênio.

d) glicogênio no sangue devido à transpi-

ração intensa.

e) sais e à falta de glicose devido ao

esforço.

04. (UFF 2001) Dois microorganismos, X e Y,mantidos em meio de cultura sob condi-ções adequadas, receberam a mesmaquantidade de glicose como único subs-trato energético. Após terem consumidotoda a glicose recebida, verificou-se queo microorganismo X produziu três vezesmais CO2 do que o Y.Considerando-se essas informações,conclui-se ter ocorrido:

a) fermentação alcoólica no microorganis-

mo X

b) fermentação lática no microorganismo X

c) respiração aeróbica no microorganismo Y

d) fermentação alcoólica no microorganis-

mo Y

e) fermentação lática no microorganismo Y

05. (UFRN 2000) Ana comprou uma lata desalsicha cuja tampa se encontrava"estufada". Em casa, recomendaram queela voltasse ao supermercado e pedissea substituição do produto, pois a salsi-cha poderia estar contaminada com abactéria que causa o botulismo.

Caso a salsicha estivesse contaminada,o "estufamento" da tampa teria sidocausado pora) O2, resultante da respiração aeróbia das

bactérias.

b) CO, resultante da fermentação bacteriana.

c) H2O, resultante da fermentação bacteria-

na.

d) CO2, resultante da respiração anaeróbia

das bactérias.

01. (Puccamp 2005) Nas principais concen-trações urbanas do País, trabalhadores debaixa renda percorrem grandes distâncias apé. Outros pedalam muitos quilômetros parausar uma condução a menos, deixando abicicleta em estacionamentos próprios.Para a contração muscular, é necessária aformação de ATP, num processo que produzCO2. Na célula muscular, parte do CO2 éproduzidoa) no citoplasma, durante a fermentação acética.b) no citoplasma, durante a síntese de glicogênio.c) na mitocôndria, durante o ciclo de Krebs.d) na mitocôndria, durante a fosforilação oxidativa.e) no cloroplasto, durante a fase escura da

fotossíntese.

02. (PUC–RS 2003) Responder à questão combase nas afirmativas a seguir, sobre aadenosina trifosfato (ATP).I. O ATP é um composto de armazenamen-

to que opera como fonte de energia.II. Todas as células vivas precisam de ATP

para captação, transferência e armaze-nagem da energia livre utilizada para seutrabalho químico.

III. O ATP é gerado pela hidrólise de adeno-sina monofosfato (AMP+Pi+energia livre).

IV. O ATP é sintetizado a partir da moléculade glicose, por meio da glicólise e darespiração celular.

Pela análise das afirmativas, conclui-se quea) somente I e II estão corretas.b) somente II e III estão corretas.c) somente III e IV estão corretas.d) somente I, II e IV estão corretas.e) I, II, III e IV estão corretas.

03. (UF–MG 97) Uma receita de pão caseiro utili-zada farinha, leite, manteiga, ovos, sal, açú-car e fermento. Esses ingredientes são mis-turados e sovados e formam a massa, que écolocada para "descansar". A seguir, umabolinha dessa massa é colocada num copocom água e vai ao fundo. Depois de algumtempo, a bolinha sobe à superfície do copo,indicando que a massa está pronta para serlevada ao forno.Com relação à receita, é correto afirmar quea) a farinha é constituída de polissacarídeos, utili-

zados diretamente na fermentação.b) a manteiga e os ovos são os principais alimen-

tos para os microrganismos do fermento.c) a subida da bolinha à superfície do copo se

deve à respiração anaeróbica.d) os microrganismos do fermento são protozoá-

rios aeróbicos.

04. (Fatec 98) As células de nossos músculosexecutam, em condições normais, a respira-ção aeróbica. Porém, durante um esforçomuscular intenso, se o organismo não conse-gue fornecer gás oxigênio suficiente para arespiração celular, as células muscularestrabalham anaerobicamente. Esse processoanaeróbico provoca dor e sensação de quei-mação nos músculos devido ao acúmulo de:a) ácido lático. b) ácido ascórbico.c) ácido pirúvico. d) ácido acético. e) acetil-CoA.

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Geometria AnalíticaCircunferência e Cônicas

Equação reduzida da circunferência

Circunferência é o conjunto de todos os pontosde um plano eqüidistantes de um ponto fixo,desse mesmo plano, denominado centro dacircunferência:

Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um pontoqualquer da circunferência, a distância de C aP(dCP) é o raio dessa circunferência. Então:

Portanto (x – a)2 + (y – b)2 =r2 é a equaçãoreduzida da circunferência e permite determinaros elementos essenciais para a construção dacircunferência: as coordenadas do centro e oraio.Observação: Quando o centro da circunferênciaestiver na origem ( C(0,0)), a equação da circun-ferência será x2 + y2 = r2 .

Equação geral

Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos aequação geral da circunferência:(x–a)2+(y–b)2=r2 ⇒ x2– 2ax+ a2+y2–2by+b2= r2

⇒ x2 + y2 – 2ax – 2by +a2 + b2 – r2 =0Como exemplo, vamos determinar a equaçãogeral da circunferência de centro C(2, –3) e raior = 4.A equação reduzida da circunferência é:(x – 2)2 +(y + 3)2 = 16Desenvolvendo os quadrados dos binômios,temos:x2–4x+4 +y2+6y+9 – 16= 0 ⇒ x2+y2– 4x+6y– 3= 0

Determinação do centro e do raio da circun-ferência, dada a equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência,utilizamos o processo de fatoração de trinômioquadrado perfeito para transformá-la na equaçãoreduzida e, assim, determinamos o centro e o raioda circunferência.Para tanto, a equação geral deve obedecer aduas condições: – os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser

iguais a 1; – não deve existir o termo xy. Então, vamos determinar o centro e o raio dacircunferência cuja equação geral é x2 + y2– 6x +2y – 6 = 0.Observando a equação, vemos que ela obedeceàs duas condições. Assim:

1º passo: agrupamos os termos em x e os ter-mos em y e isolamos o termo independente x2 – 6x + _ + y2 + 2y + _ = 62º passo: determinamos os termos quecompletam os quadrados perfeitos nas variáveisx e y, somando a ambos os membros as parce-las correspondentes

3º passo: fatoramos os trinômios quadradosperfeitos (x – 3)2 + (y + 1)2 = 164º passo: obtida a equação reduzida, deter-minamos o centro e o raio

Estudo das Cônicas

ParábolaConsidere, no plano cartesiano xOy, uma reta d(diretriz) e um ponto fixo F (foco) pertencente aoeixo das abcissas (eixo dos x), conforme figuraabaixo:Denominaremos PARÁBOLA a curva plana for-mada pelos pontos P(x,y) do plano cartesiano,tais que PF = Pd, em que:PF= distância entre os pontos P e FPP’= distância entre o ponto P e a reta d (diretriz).

Importante: Temos, portanto, a seguinte relaçãonotável: VF = p/2

Equação reduzida da parábola de eixo hori-zontal e vértice na origem

Observando a figura acima, consideremos ospontos: F(p/2, 0) – foco da parábola, e P(x,y) –um ponto qualquer da parábola. Considerando-se a definição acima, deveremos ter: PF = PP’Daí, vem, usando a fórmula da distância entrepontos do plano cartesiano:

Desenvolvendo convenientemente e simplifican-do a expressão acima, chegaremos à equaçãoreduzida da parábola de eixo horizontal e vérticena origem, a saber:y2 = 2px, em que p é a medida do parâmetro daparábola.

Parábola de eixo horizontal e vértice no ponto(x0, y0)

Se o vértice da parábola não estiver na origem e,sim, num ponto (x0, y0), a equação acima fica:(y – y0)2 = 2p(x–x0)

Parábola de eixo vertical e vértice na origem

Não é difícil provar que, se a parábola tiver vérticena origem e eixo vertical, a sua equação reduzidaserá: x2 = 2py

Parábola de eixo vertical e vértice no ponto(x0, y0)

Analogamente, se o vértice da parábola nãoestiver na origem e, sim, num ponto (x0, y0), aequação acima fica: (x – x0)2 = 2p(y – y0)

Hipérbole

Sejam dados dois números reais estritamentepositivos a e c, tais que c>a.

Aula 189

01. (USP) Os lugar geométrico dos pontos de

coordenadas (x; y), tais que

y2+ (x–1)2 = 0 é:

a) a origem

b) duas retas concorrentes

c) um ponto que não é a origem

d) conjunto vazio

e) uma reta.

02. (USP) A equação da reta perpendicular

ao eixo das abscissas que passa pelo

ponto médio do segmento AB, onde

A(2, 3) e B é o centro da circunferência

de equação x2+y2– 8x – 6y + 24 = 0, é:

a) y = 3

b) y = 4

c) x = 4

d) x = 3

e) 3x + 4y = 0

03. (USP) Se M é o ponto médio do segmen-

to AB, e P é o ponto médio do segmento

OM, determinar a equação da circunfe-

rência de centro P e raio OP.

04. Determinar a equação da tangente à

circunferência x2 + y2 – 2x – 4y + 1 = 0

pelo ponto P(–1; 2).

05. Determinar as equações das retas (t) tan-

gentes à circunferência x2 + y2 + 2x – 3 =

0 e que passam pelo ponto P(5, 2).

06. Qual a equação da parábola de foco no

ponto F(4,0) e vértice no ponto V(2,0)?

07. Qual a equação da parábola de foco no

ponto F(6,3) e vértice no ponto V(2,3)?

08. Qual a equação da parábola de foco no

ponto F(0,4) e vértice no ponto V(0,1)?

09. Determine a equação da parábola cuja

diretriz é a reta y = 0 e cujo foco é o

ponto F(2,2).

Matemática Professor CLÍCIO Freire

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Consideremos dois pontos F1 e F2, tais qued(F1,F2)=2c e seja um plano ππ passando por F1

e F2, com um sistema de eixos cartesianos Oxy,tal que F1 e F2 estejam no eixo x e a origem dosistema seja o ponto médio do segmento F1F2.Dessa forma, F1=(c,0) e F2=(–c,0). Vamos examinar o lugar geométrico dos pontosP=(x,y) do plano ππ, tais que: |d(P, F1) – d(P, F2)|=2a < 2cNas condições dadas, é possível deduzir aequação mais simples que descreve o lugargeométrico, obtendo:

x2 y2

–––– – –––– = 1,a2 b2

em que b2=c2–a2. Assim, podemos escrever a definição do lugargeométrico determinado pela equação que foideduzida. Definição: Nas condições descritas acima, olugar geométrico dos pontos P, tais que |d(P, F1)– d(P, F2)|=2a é uma curva denominadahipérbole de focos F1 e F2, com distância focal 2ce distância entre os vértices 2a.

x2 y2

O gráfico da equação –––– – –––– = 1a2 b2

Observe que, neste caso, x não pode ser zero.é o seguinte:

b bAs retas r: y= –– x e s: y = – ––– x são chamadas

a aassíntotas à hipérbole.

Elipse

Dados dois pontos fixos F1 e F2 de um plano, taisque a distância entre esses pontos seja igual a 2c> 0, denomina-se elipse, à curva plana cujasoma das distâncias de cada um de seus pontosP a estes pontos fixos F1 e F2 é igual a um valorconstante 2a , em que a > c. Assim, é que temos por definição:PF1 + PF2 = 2 aOs pontos F1 e F2 são denominados focos, e adistância F1F2 é conhecida como distância focalda elipse.O quociente c/a é conhecido como excentricida-de da elipse.Como, por definição, a>c, podemos afirmar quea excentricidade de uma elipse é um númeropositivo menor que a unidade. 2 – Equação reduzida da elipse de eixo maiorhorizontal e centro na origem (0,0).Seja P(x, y) um ponto qualquer de uma elipse esejam F1(c,0) e F2(–c,0) os seus focos. Sendo 2ao valor constante com c < a, como vimos acima,podemos escrever:PF1 + PF2 = 2.a

em que o eixo A1A2 de medida 2a é denominadoeixo maior da elipse, e o eixo B1B2 de medida 2bé denominado eixo menor da elipse. Usando a fórmula da distância entre dois pontos,

poderemos escrever:

Observe que x – (-c) = x + c.Quadrando a expressão acima, vem:

Com bastante paciência , desenvolvendo aexpressão acima e fazendo a2 – c2 = b2 , aexpressão acima, depois de desenvolvida esimplificada, chegará a: b2.x2 + a2.y2 = a2.b2

Dividindo, agora, ambos os membros por a2b2

vem finalmente:x2 y2

–––– + –––– = 1a2 b2 ,

que é a equação da elipse de eixo maior horizon-tal e centro na origem (0,0). Notas:1)como a2–c2= b2, é válido que: a2–b2 = c2, em

que c é a abcissa de um dos focos da elipse.2)como a excentricidade e da elipse é dada por

e = c/a , no caso extremo de termos b = a, acurva não será uma elipse, e sim umacircunferência de excentricidade nula, uma vezque, sendo b = a, resulta c = 0 e, portanto, e= c/a = 0/a = 0.

3)o ponto (0,0) é o centro da elipse.4)se o eixo maior da elipse estiver no eixo dos y

e o eixo menor estiver no eixo dos x, a equaçãoda elipse de centro na origem (0,0) passa aser:

x2 y2

–––– + –––– = 1a2 b2

Aplicações

01. Determine a excentricidade da elipse deequação 16x2 + 25y2 – 400 = 0. Solução: Temos: 16x2 + 25y2 = 400. Observeque a equação da elipse não está na formareduzida. Vamos dividir ambos os membro por400. Fica então:

x2 y2

–––– + –––– = 125 16

Portanto a2=25 e b2=16. Daí, vem: a=5 e b=4.Como a2 = b2 + c2, vem substituindo e efetuan-do que c=3Portanto a excentricidade e será igual a:e=c/a=3/5= 0,60

02. Determine as coordenadas dos focos daelipse de equação 9x2+25y2=225. Solução: dividindo ambos os membros por 225,vem:

x2 y2

–––– + –––– = 125 9

Daí, vem que: a2=25 e b2=9, de onde deduzimos:a = 5 e b = 3.Portanto, como a2 = b2 + c2, vem que c = 4.Portanto as coordenadas dos focos são: F1(4,0) eF2(–4,0).

03. Determine a distância focal da elipse 9x2

+25y2 – 225 =0. Solução: a elipse é a do problema anterior.Portanto a distância focal, ou seja, a distânciaentre os focos da elipse será:D= 4 – (–4) = 8 u.c (u.c.=unidades de compri-mento).

04. Calcular a distância focal e a excentricidadeda elipse 25x2 + 169y2 = 4225.

01. (UEMT) Dada a circunferência C da equa-ção (x–1)2 + y2 = 1 e considerando o pon-to P(2, 1), então as retas tangentes a Cpassando por P:

a) Têm equações y = 1 e x = 2.b) não existem, pois P é interno a C.c) são ambas paralelas à reta y =1d) Têm equações y = 1 (e só uma porque P

está em C).c) Têm equações x = 1 e y = 2.

02. A equação da circunferência que passapelo ponto (2,0) e que tem centro noponto (2, 3) é dada por:

a) x2 + y2 – 4x – 6y + 4 = 0b) x2 + y2 – 4x – 9y – 4 = 0c) x2 + y2 – 2x – 3y + 4 = 0d) 3x2 + 2y2 – 2x – 3y – 4 = 0e) (x – 2)2 + y2 = 9

03. A equação da circunferência que passa peloponto A = (0; 2) e é tangente na origem dareta r: y + 2x = 0, é:

a) x2 + y2 – 2x – y = 0b) x2 + y2 + 4x – 2y = 0c) x2 + y2 – 4x – 2y = 0d) x2 + y2 + 4x + 2y = 0e) x2 + y2 + 4x + 2y = 0

04. A equação da circunferência que tan-gencia as retas x + y = 0 e x + y = 8 eque passa pelo ponto (0; 0) é:

a) 2 . x2 + 2y2 - 4x - 4y = 0b) x2 + y2 - 2x - 6y = 0c) x2 + y2 - 4x - 4y = 0d) x2 + y2 + 4x + 4y = 0e) n.d.a.

05. A equação da reta tangente à circun-ferência (x – 4)2 + (y – 5)2 = 20 e que atangencia no ponto de abscissa 2 é:

a) x – 2y – 4 = 0b) x + 2y – 4 = 0 e x – 2y + 16 = 0c) x + y – 2 = 0 e x – y + 16 = 0d) x + 2y – 4 = 0 e x – 2y + 4 = 0e) n.d.a.

06. Determine a excentricidade da hipérbolede equação 25x2–16y2– 400 = 0.

07. Determine a distância focal da hipérbolede equação 25x2–9y2 = 225.

08. Determine as equações das assíntotas dahipérbole do exercício 1.

09. Qual a equação da parábola de foco noponto F(2,0) e vértice na origem?

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Reações orgânicas II1. ESTERIFICAÇÃO

Esterificação é uma reação química reversível naqual um ácido carboxílico reage com um álcoolproduzindo éster e água. Essa reação, em tempe-ratura ambiente, é lenta, no entanto os reagentespodem ser aquecidos na presença de um ácidomineral para acelerar o processo. Esse ácido ca-talisa tanto a reação direta (esterificação) como areação inversa (hidrólise do éster).Abaixo, um exemplo de reação de esterificaçãoem que uma molécula de ácido propanóico rea-ge com metanol formando propanoato de metilae água.

O H3C –– CH2 –– C + H3C – OH

OHO

H3C –– CH2 –– C + H2O O –– CH3

2. SAPONIFICAÇÃO

Saponificação é basicamente a interação (ou rea-ção química) que ocorre entre um ácido graxoexistente em óleos ou gorduras com uma baseforte com aquecimento. O sabão é um sal deácido carboxílico e, por possuir uma longa cadeiacarbônica em sua estrutura molecular, ele é capazde se solubilizar tanto em meios polares quantoem meios apolares. Além disso, o sabão é umtensoativo, ou seja, reduz a tensão superficial daágua fazendo com que ela "molhe melhor" assuperfícies. A reação básica de saponificaçãopode ser representada pela seguinte equação:Éster de ácido graxo + Base forte → Álcool + Salde ácido graxo (sabão) No exemplo abaixo, a reação ocorre com a sodacáustica, sendo um processo muito usado indus-trialmente e em nível doméstico. Os radicais R1,R2 e R3 representam cadeias carbônicas longas,características de ácidos graxos.

Se for utilizada uma base composta por Sódio(Na), o sabão formado será chamado de sabãoduro. Se no lugar de sódio tiver Potássio(K), osabão passará a ser chamado de sabão mole.Ao contrário do que se pensa, o sabão por si sónão limpa coisa alguma. Essa aparente contra-dição pode ser entendida quando se sabe que osdetergentes – entre os quais a forma maissimples e conhecida é o sabão – são agentesumectantes que diminuem a tensão superficialobservada nos solventes, permitindo maior con-tato dos corpos com os líquidos que realmentelimpam. O sabão é obtido fazendo-se reagir ácidos graxoscom óleos, numa reação chamada saponificação.Os ácidos graxos normalmente usados são ooléico, o esteárico e o palmítico, encontrados soba forma de ésteres de glicerina (oleatos,estearatos e palmitatos) nas substâncias gordu-rosas. A saponificação é feita à quente. Nela a soda ou apotassa atacam os referidos ésteres, deslocandoa glicerina e formando, com os radicais ácidosassim liberados, sais sódicos ou potássicos.Esses sais são os sabões, que, passando por umprocesso de purificação e de adição de outrosingredientes, transformam-se nos produtos co-merciais. Os sabões produzidos com soda são

chamados de duros, e os produzidos com potas-sa, moles. Embora a maior parte dos detergentes seja des-tinada à limpeza com água, existem algunsproduzidos para limpeza com outros solventes,como no caso dos óleos para motores, onde aágua não pode ser usada. Nesse caso, o sódio eo potássio são substituídos por metais, como ochumbo ou o cálcio. Os sabões e os detergentes possuem as maisdiversas aplicações, que vão desde a limpezadoméstica até a industrial. Sua tecnologia, poucodesenvolvida até 1934, evolui bastante a partirdessa época, tornando sua produção altamenteindustrializada.

Fig. 1 - À esquerda: Óleo quente e álcalis concentradossão misturados. Aquecida com vapor, a mistura sofre umprocesso químico chamado de saponificação. Centro:Salmoura fresca é adicionada à mistura, a fim de separarda solução o sabão formado. No fundo do recipiente,acumula-se uma mistura de salmoura e glicerina,chamada de Barrela. À direita: o sabão grosso ésubmetido à fervura para que todo o sal seja removido.Menos dura que os resíduos, sobrenada uma camadade sabão puro.

Fig. 2 - A molécula do sabão consiste em uma longacadeia de átomos de carbono e de hidrogênio (branco epreto) com átomos de sódio e de oxigênio (azul evermelho) em uma de suas pontas. Essa estruturamolecular é responsável pela diminuição da tensãosuperficial da água.

Os sabões e os detergentes são compostos demoléculas que contêm grandes grupos hidrocar-bônicos, os grupos hidrofóbicos (que não têmafinidade com a água) e um ou mais grupos pola-res, os grupos hidrofólicos (que têm afinidadepela água). As partes não-polares de tais molé-culas dissolvem-se em gorduras e em óleos, e asporções polares são solúveis em água. A capaci-dade de limpeza dos sabões e dos detergentesdepende da sua capacidade de formar emulsõescom materiais solúveis nas gorduras. Na emul-são, as moléculas de sabão ou de detergenteenvolvem a "sujeira", de modo a colocá-la em umenvelope solúvel em água, a micela (Fig. 3). Partí-culas sólidas de sujeira dispersam na emulsão.

Fig. 3 – Interface da micela com um meio polar. Emulsi-ficação de óleo em água por sabões. As cadeias hidro-carbônicas não-polares dissolvem-se em óleo, e os gru-pos iônicos polares, em água. As gotículas carregadasnegativamente repelem-se mutuamente.

Os sabões, mistura dos sais de sódio dos ácidosgraxos em C12 e superiores, são ineficientes emágua dura (água contendo sais de metais maispesados, especialmente ferro e cálcio). Ossabões são precipitados da água dura na formade sais insolúveis de cálcio ou ferro (note, porexemplo, o anel amarelado das banheiras). Poroutro lado, os sais de cálcio e de ferro dehidrogeno-sulfatos de alquila são solúveis emágua, e os sais de sódio destes materiais, porexemplo, CH3(CH2)10CH2OSO3

–Na+(Lauril-sulfato de sódio),conhecidos como detergentes, são eficientes

01. (Puccamp 93) Para completar corretamentea afirmação a seguir, deve-se substituir X eY, respectivamente, por:“A essência artificial de abacaxi,

é um...X...derivado do ...Y...a) éter e etanalb) aldeído e etanolc) álcool e 1-butanold) anidrido de ácido e ácido butanóicoe) éster e ácido butanóico

02. (Unesp 95) Sobre o aromatizante de fór-mula estrutural a seguir (fig.1), são feitasas seguintes afirmações:I) a substância tem o grupo funcional éter,II) a substância é um éster do ácido eta-

nóico.III) a substância pode ser obtida pela rea-

ção entre o ácido etanóico e o álcoolde fórmula estrutural (fig.2)

Estão corretas as afirmações:a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas.d) II e III, apenas. e) I, II e III.

03. (Fei 94) A oxidação energética do metil-2-buteno produz:

a) propanona e etanal b) etanal e etanóicoc) metil 2,3 butanodiol d) propanona e etanóicoe) butanona, água e gás carbônico

04. (Fei 95) Um alcino por oxidação energé-tica dá origem a uma molécula de ácidoetanóico e uma molécula de anidridocarbônico. Qual o nome desse alcino?

a) 2-butino ou butino-2b) etino ou acetilenoc) 1-propino ou propino-1d) 1-pentino ou pentino-1e) 1-butino ou butino-1

05. (Fei 95) O etileno sofre uma hidratação emmeio ácido e posterior oxidação energéti-ca total. As fórmulas moleculares dosprodutos formados são, respectivamente:

a) CO2 e CH2O2

b) C2H6O e CH2O2

c) CH2O e CH2O2

d) C2H4O e C2H4O2

e) C2H6O e C2H4O2

Aula 190

QuímicaProfessor Pedro CAMPELO

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mesmo em água dura. Esses detergentes con-têm cadeias alquídicas lineares como as gordu-ras naturais. Como são metabolizados por bacté-rias nas estações de tratamento de esgotos,chamam-se detergentes biodegradáveis.Os sabões são feitos pela saponificação de gor-duras e de óleos. Qualquer reação de um éstercom uma base para produzir um álcool e o sal deácido é chamada reação de saponificação. Umsubproduto da manufatura de sabões é aglicerina, da qual se pode obter a nitroglicerina,um poderoso explosivo. Durante a I e II GuerrasMundiais, as donas de casa guardavam o exces-so de óleo e de gorduras de cozinha e odevolviam para a recuperação da glicerina.

Os detergentes e o problema da poluição: NosEUA, é ilegal a comercialização de detergentesnão-biodegradáveis. No começo da década de60, enormes quantidades de detergentes quecontinham cadeias alquídicas ramificadas esta-vam sendo usadas. Esses detergentes não eramdegradados pelas bactérias e apareciam na des-carga dos esgotos nos rios, fazendo que, mesmoos grandes rios como o Mississipi, se tornassemimensas bacias de espumas. Vários detergentes muito eficientes não espumamem água. Embora os trabalhos de laboratóriotenham mostrado que o grau de formação deespuma tem muito pouco a ver com a eficiência dodetergente, as donas-de-casas geralmenteassociam a espuma com a eficiência. Por isso, osfabricantes freqüentemente adicionam agentesespumantes aos seus produtos. 3. OXIDAÇÃO DE ÁLCOOIS

3.1. Oxidação de álcoois primáriosEm contato com agentes oxidantes, os álcooisprimários reagem (oxidam) formando primeiroum aldeído e, então, com o aldeído sendo oxida-do, um ácido carboxílico. Quando o produto daoxidação de um álcool primário é um aldeído, elaé chamada normalmente de oxidação branda;por sua vez, quando o produto é um ácido carbo-xílico, é chamada normalmente de oxidaçãoenérgica, porém esses nomes podem variar. Aoxidação de um álcool a aldeído ou cetona étambém chamada de desidrogenação (ou seja,perda de hidrogênio).Observe o exemplo abaixo:

O símbolo [O] significa oxidação. A flecha apontando para baixo com o H2O naponta indica a água, que foi produto da reação,ou seja, a reação também gerou água, que foiretirada. No esquema, os hidrogênios reagiram com ooxigênio do agente oxidante formando a águaque foi retirada. Portanto diz-se que a oxidação éum processo de “retirada de hidrogênio”.Chamamos o processo inverso da oxidação deredução e é representado por [H]. Sendo assim,a redução de um ácido carboxílico gerará umaldeído, e a redução deste gerará um álcoolprimário. (Veja o esquema geral logo abaixo.)Resumindo, temos que a oxidação branda de umálcool primário gerará um aldeído, e a oxidaçãoenérgica do mesmo gerará um ácido carboxílico.Esquema Geral

3.2. Oxidação de álcoois secundáriosOs álcoois secundários, diferentemente dosprimários, são oxidados de apenas uma formagerando sempre como produto uma cetona.Veja este exemplo:

3.3. Oxidação de álcoois terciáriosNão ocorre a oxidação de álcoois terciários.

4. OXIDAÇÃO DE ALCENOS

Os alcenos também sofrem reações de oxidaçãoque acontecem de três formas: oxidação branda,oxidação energética e ozonólise.4.1. Oxidação BrandaA oxidação branda (também conhecida comohidroxilação do alceno) é uma reação feita comagente oxidante que causa uma quebra na duplaligação do alceno e a entrada de duas hidroxilas(OH) formando, assim, um diálcool. Um agenteoxidante muito usado, nesse caso, é o permanga-nato de potássio (KMnO4).Veja o exemplo abaixo

4.2. Oxidação EnérgicaNa oxidação enégica, o agente oxidante "quebra"a molécula na dupla ligação e, caso se forme umaldeído, ele é oxidado a ácido carboxílico. Osagentes oxidantes mais comuns, nesse caso, sãoo dicromato de potássio (K2Cr2O7) e opermanganato de potássio (KMnO4).Veja o exemplo abaixo:

Observação: Sempre que um composto que tem a duplaligação na ponta da cadeia sofre oxidaçãoenérgica, um dos produtos que se formam é oácido carbônico (H2CO3), que, por ser um ácidoinstável, transforma-se em gás carbônico (CO2) eem água (H2O).4.3. OzonóliseA ozonólise é a quebra de um alceno causadapelo ozônio O3, gerando como produtos umacetona e um aldeído. Essa reação deve serrealizada na presença de água e de pó de zinco.A molécula do alceno é quebrada na duplaligação, e dois átomos de oxigênio (O) seadicionam.Veja o exemplo abaixo:

O peróxido de hidrogênio (H2O2) é destruído pelopó de zinco para que não reaja com o aldeído.

5. COMBUSTÃO

Combustão ou queima é uma reação químicaexotérmica entre uma substância (o combustível)e um gás (o comburente), geralmente o oxigênio,para liberar calor. Em uma combustão completa,um combustível reage com um comburente, ecomo resultado se obtém compostos resultantesda união de ambos, além de energia, sendo quealguns desses compostos são os principaisagentes causadores do efeito estufa. De umaforma geral:CxHy + (x+y/4)O2 → xCO2 + (y/2)H2OExemplos:CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O + calorCH2S + 6 F2 → CF4 + 2 HF + SF6 + calor

01. (UFMG 95) Considere as substâncias comas seguintes fórmulas estruturais.Com relação a essas substâncias, aafirmativa FALSA é

a) I e II são isômeros de posição.b) II apresenta grupo metoxila.c) III é mais ácida de todas.d) IV reage com NaOH(aq) produzindo um sal e

metanol.e) todas apresentam a ligação C=O.

02. (Fuvest 90) Na reação de saponificação

CH3COOCH2CH2CH3+NaOH → X+Y,os produtos X e Y são:a) álcool etílico e proprionato de sódio.b) ácido acético e propóxido de sódio.c) acetato de sódio e álcool propílico.d) etóxido de sódio e ácido propanóico.e) ácido acético e álcool propílico.

03. (Fuvest 91) Em determinadas condições,CH3COONa reage com NaOH produzindoNa2CO3 e CH4. Em reação do mesmo tipo,a substituição do reagente orgânico porC3H7COONa irá produzir o mesmo sal e:

a) metano. b) etano. c) propano.d) butano. e) pentano.

04. (Fuvest 92) Deseja-se obter, a partir dogeraniol (estrutura A), o aromatizante quetem o odor de rosas (estrutura B).

Para isso, faz-se reagir o geraniol com:a) álcool metílico (metanol).b) aldeído fórmico (metanal).c) ácido fórmico (ácido metanóico).d) formiato de metila (metanoato de metila).e) dióxido de carbono.

05. (Ita 96) Aquecendo, juntos, ácido benzóicoe etanol, podemos esperar a formação de:

a) Sal e água. b) Éter e água. c) Éster e água.d) Aldeído e água. e) Cetona e água.

06. (Puccamp 93) Qual dos seguintes combus-tíveis NÃO liberará, pela combustão, subs-tâncias nocivas à saúde do homem?

a) Gasolina b) Gás natural c) Querosened) Hidrogênio e) Etanol

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Dificuldades da língua

1. A domicílio, em domicílio

a) A domicílio – Só pode ser usada com ver-bos que tenham o adjunto adverbial delugar associado à preposição “a”: chegar,ir, voltar, retornar. Função sintática daexpressão “a domicílio”: adjunto adverbialde lugar.

b) Em domicílio – Só pode ser usada comverbos que tenham o adjunto adverbial delugar associado à preposição “em”: entre-gar, fazer (entregas, macumba, unhas),dar (aulas, palestras). Função sintática daexpressão “em domicílio”: adjunto adver-bial de lugar.

APLICAÇÃO 1Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical.

a. ( ) Ele retornou a domicílio.b. ( ) Ele retornou em domicílio.c. ( ) Fazem-se entregas a domicílio.d. ( ) Fazem-se entregas em domicílio.e. ( ) Depois de um ano, ele voltou a domi-

cílio.

APLICAÇÃO 2Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical. a. ( ) Faz-se macumba em domicílio.b. ( ) Ele chegou a domicílio.c. ( ) Entregam-se flores a domicílio.d. ( ) Dão-se aulas particulares em domi-

cílio.e. ( ) Depois de morar dez anos em Brasí-

lia, retornou ao domicílio.

2. Fazer com que ou fazer que?

O verbo fazer é transitivo direto; por isso, nãoaceita preposição. A construção “fazer comque”, embora comum em textos jornalísticose até literários, é condenada pela norma cultada língua.

APLICAÇÃO 3Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical. a. ( ) Isso fez com que os soldados recuas-

sem.b. ( ) Isso fez que os soldados recuassem.c. ( ) O protecionismo faz com que o mer-

cado fique menos competitivo.d. ( ) O protecionismo faz que o mercado

fique menos competitivo.e. ( ) Isso fez com que eu voltasse para o

interior do Amazonas.

3. Capaz e provável

O vocábulo capaz não é sinônimo de pro-vável, possível. Veja a diferença:

a) Capaz – Que tem capacidade; que temcompetência ou aptidão; competente.

b) Provável – Que apresenta probabilidadesde acontecer; que tem aparências de ver-dadeiro.

APLICAÇÃO 4Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical.

a. ( ) É capaz que vai chover.b. ( ) É provável que vai chover.c. ( ) Você é capaz de muitas coisas.d. ( ) É capaz que ela me perdoe.e. ( ) É provável que ela não volte mais.

4. Através e por meio

O uso de através em lugar de por meio, porintermédio é condenado pela norma culta dalíngua escrita. Veja a diferença de signi-ficados:

a) Através – De lado a lado; atravessada-mente; transversalmente.

Através de – De um para outro lado.

b) Por meio de – Por intermédio de; peloemprego de; mediante.

APLICAÇÃO 5Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical.

a. ( ) Ele fugiu através do mato.b. ( ) Ela chegou a este cargo através de

mim. c. ( ) Ela chegou a este cargo por meio de

mim.d. ( ) Através da vidraça, ela olha a rua.e. ( ) Entrei aqui através de ajuda.

5. Súbita e subida

a) Súbita – Que ocorre ou surge sem serprevisto; repentino, inesperado.

Exemplos:Ele foi acometido de um mal súbito.Naquela ano, uma paixão súbita tomouconta de mim.

b) Subida – Em sentido figurado, significaque excede os outros; elevado, celso,excelso.

Subida honra – Elevada, grande honra.

Exemplo:Tive a subida honra de cumprimentar opapa.

6. Maltrato e maus-tratos

a) Maltrato – Forma do verbo “maltratar” (tra-tar com violência, com palavras rudes; tra-tar mal; receber mal.

Exemplo:Por mais que esteja com raiva, não mal-trato crianças nem animais.

b) Maus-tratos – Só existe no plural. Impo-sição de trabalho excessivo ou impróprioou abuso de meios corretivos ou disci-plinares a quem se acha sob autoridadede alguém.

Exemplo:Na cadeia, ela foi vítima de maus-tratos.

7. Em dias ou em dia?

A expressão correta é “em dia” (invariável),no sentido de sem atraso; pontualmente;bem informado; atualizado.

Exemplos:Quem está em dias com a prestação da casaprópria? (errado)Quem está em dia com a prestação da casaprópria? (certo)

8. Sem fundo e sem fundos?

a) Sem fundo – Sem suporte para susten-tação; sem fundamento.

Exemplo:Não suspenda a caixa, pois ela está semfundo.

Aula 191

01. (PUC) Assinale a alternativa em que seencontram preocupações estéticas daprimeira geração modernista.

a) “Não entram no verso culto o calão e osolecismo, a sintaxe truncada, o metrocambaio, a indigência das imagens e do voca-bulário, a vulgaridade do pensar e do dizer.”

b) “Vestir a idéia de uma forma sensível que,entretanto, não terá seu fim em si mesma,mas que, servindo para exprimir a Idéia, delase tornaria submissa.”

c) “Minhas reivindicações? Liberdade. Uso dela:não abuso. E não quero discípulos. Em arte:escola = imbecilidade de muitos paravaidade dum só.”

d) Na exaustão causada pelo sentimentalismo, aalma ainda trêmula e ressoante da febre dosangue, a alma que ama e canta porque suavida é amor e canto, o que pode senão fazero poema dos amores da vida real?”

e) “O poeta deve ter duas qualidades: engenhoe juízo; aquele, subordinado à imaginação;este, seu guia, muito mais importante, decor-rente da reflexão. Daí não haver beleza semobediência à razão, que aponta o objetivo daarte: a verdade.”

02. (UFES) Das obras abaixo, a única nãoescrita por Cecília Meireles:

a) Mar Absoluto.b) Retrato Natural.c) Vaga Música.d) Lição de Coisas.e) Poemas Escritos na Índia.

03. (MACK) Romanceiro da Inconfidência é umlongo poema que revê nossa épocaárcade. Seu autor é:

a) Mário de Andrade.b) Oswald de Andrade.c) Carlos Drummond de Andrade.d) Cecília Meireles.e) Vinícius de Moraes.

03. (MACK) Assinale a alternativa que não seaplica à obra de Carlos Drummond deAndrade.

a) Participante da Semana de Arte Moderna, suapoesia é típica representante da primeirageração modernista brasileira.

b) Em muitos poemas, apresenta seu desencan-to em relação à vida.

c) Morte do leiteiro é um poema baseado naproblemática do dia-a-dia.

d) Extrai do mundo interiorano de Itabira o temapara alguns de seus poemas.

e) A Procura da Poesia é um poema em que oautor se preocupa com a própria confecçãoda poesia.

PortuguêsProfessor João BATISTA Gomes

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01. (UFAM–PSM–2008) Assinale a opção emque a forma verbal corresponde àseguinte estrutura: radical + vogaltemática + desinência modo-temporal+ desinência número-pessoal:

a) conquistásseis

b) convencestes

c) entregava

d) reciclemos

e) confabulou

02. (UFAM–PSM–2008) Assinale a opção emque ambos os vocábulos são compostospor justaposição:

a) pernalta, vaivém

b) aguardente, pernilongo

c) fidalgo, girassol

d) passatempo, cantochão

e) planalto, boquiaberto

03. (UFAM–PSM–2008) Assinale a opção emque ambos os vocábulos exemplificam aderivação parassintética:

a) emudecer, achatamento

b) deslealdade, alistar

c) envergonhar, esfarelar

d) enegrecer, infelizmente

e) desenvolvido, enfileirar

04. (UFAM–PSM–2008) Assinale a opção em que o

pronome que exerce a função sintática de

objeto direto:

a) Nosso amigo vendeu bem todos os quadros

a óleo que pintou.

b) Amemos, jovens, a terra que nos viu nascer.

c) Gostei de descobrir em ti a pessoa solidária

que és.

d) Inocente que era, como ficou claro, foi logo

liberado.

e) Somos o que somos, não aquilo que pensa-

mos ser.

05. (UFAM–PSM–2008) Assinale a opçãoconstante de período composto porcoordenação e subordinação:

a) Coelho Neto disse que o que sobe por favor

deixa sempre um rasto de humilhação.

b) Sou contrário a que viajes neste tempo de

apagão aéreo.

c) De uma coisa tenho certeza: que é preciso

sorte e raça para vencer na vida.

d) Este rapaz não é somente um dos nossos

melhores líricos, mas também um dos nos-

sos bons violinistas.

e) Começo declarando que meu nome é Seve-

rino, sou macérrimo e já completei mais de

meio século no último período carnavalesco.

b) Sem fundos – Sem provisão em dinheiro. Exemplo:Pagou a conta no restaurante com umcheque sem fundos.

9. A prazo e a vista

A crase com as expressões “a vista” (compagamento imediato, a dinheiro) e “a prazo”(com pagamento futuro, a crédito) não existe.É uma questão de raciocínio lógico quantoao emprego do artigo. Raciocinemos. Na ex-pressão “a prazo”, não existe artigo. Nin-guém diz “ao prazo”, e isso é sabedoria po-pular. Conseqüentemente, não se pode em-pregar artigo na expressão correlativa “avista”.

À vista de – Já a expressão “à vista de” (napresença de; diante) aceita crase comnaturalidade.

APLICAÇÃO 6Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical.

a. ( ) Aqui, só vendemos móveis à vista.b. ( ) Aqui, só vendemos móveis a vista.c. ( ) Compre tudo a prazo.d. ( ) É capaz que ela não volte mais.e. ( ) Num dos comícios das “Diretas Já”,

tive a súbita honra de abraçar Tancre-do Neves.

APLICAÇÃO 7Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical.

a. ( ) Na cadeia pública, poucos escapamaos maus-tratos.

b. ( ) No passado, ele passou-nos um che-que sem fundo.

c. ( ) Procuro sempre estar em dias comtodas as minhas prestações.

d. ( ) À vista do que compramos, muitosacharam que íamos casar.

e. ( ) Com ar grave, ele anunciou: “Temosproblemas à vista”.

10. A nível e em nível

A expressão “a nível” (ou “ao nível”) existe,mas só pode ser usada para designar algo(normalmente líquido) que esteja “à mesmaaltura”. Para designar, figuradamente, “alturarelativa numa escala de valores” ou ainda“situação, estado, plano”, só se pode usar aexpressão “em nível”.

APLICAÇÃO 8Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical.

a. ( ) Agora, depois do escândalo público,o caso será discutido a nível nacional.

b. ( ) Agora, depois do escândalo público,o caso será discutido em nível nacional.

c. ( ) O problema será discutido a nível dediretoria.

d. ( ) O problema será discutido em nívelde diretoria.

e. ( ) A cidade está ao nível do mar.

11. A persistirem os sintomas...

Há três construções corretas de que se po-dem valer os médicos, os farmacênticos e amídia para fazer alerta quanto a sintomas(indícios) de que uma doença persiste, ape-sar da ingestão de algum remédio.

a) Se persistirem os sintomas, procure ummédico. (certo)

b) Caso persistam os sintomas, procure ummédico. (certo)

c) A persistirem os sintomas, procure ummédico. (certo)

Note que a preposição a (mas não a con-tração ao) pode indicar condição. Note,ainda, que o substantivo “sintomas” é osujeito do verbo “persistir”, impondo pluralobrigatório.

Veja construções em que, além de procurarum médico, convém procurar um professorde Língua Portuguesa:

a) Ao persistir os sintomas, procure ummédico. (errado)

b) Ao persistirem os sintoms, procure ummédico. (errado)

12. Cachorro-quente e cachorro quente

a) Cachorro-quente – Sanduíche feito compão e salsicha quenteFormação: de cachorro + quente (compo-sição por justaposição).Plural: cachorros-quentes.

b) Cachorro quente – Cachorro cuja tempe-ratura, por alguma razão, está elevada.Cachorro voluptuoso, ardente.

Exemplos:1. Cachorro quente esse seu. Não pode

farejar alguma cadela que fica queren-do rebentar a coleira.

2. Cachorro quente aqui, na clínica, tomalogo um banho de água fria; depois, émedicado.

APLICAÇÃO 9Julgue os períodos seguintes quanto à cor-reção gramatical.

a. ( ) Boa parte dos jovens de hoje alimen-ta-se de cachorro quente.

b. ( ) Boa parte dos jovens de hoje alimen-ta-se de cachorro-quente.

c. ( ) Ela ganha dinheiro explorando umabanca de cachorro quente.

d. ( ) Ela ganha dinheiro explorando umabanca de cachorro-quente.

13. Ao encontro de e de encontro a

a) Ao encontro de – Exprime conformidade,situação favorável.Ela veio ao encontro dos meus anseios. (= Ele satisfez os meus anseios).

b) De encontro a – Exprime oposição, cho-que.

Ela veio de encontro aos meus anseios.

(= Ele contrariou os meus anseios).

14. Protocolar e protocolizar

a) Protocolar – Só pode ser usado como ad-jetivo; significa relativo ao protocolo, emconformidade com o protocolo, cerimo-nioso, formal, convencional.

Exemplos:Ele é um indivíduo protocolar.Ela mantém, na empresa, um comporta-mento protocolar.

b) Protocolizar – Só pode ser usado comoverbo; significa registrar ou inscrever noprotocolo.

Exemplos:Devemos protocolar ainda hoje toda adocumentação. (errado)Devemos protocolizar ainda hoje toda adocumentação. (certo)

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Os anos de 1990 esua relação com o Brasil

Derrocada do socialismoA ordem que se estabeleceu com o fim da Guer-ra Fria e com a dissolução do socialismo real,inicialmente no Leste Europeu, com a desintegra-ção da URSS, e depois no restante do mundo,colocou em xeque a situação vigente a partir dofim da Segunda Guerra Mundial, caracterizadapela bipolarização do mundo, sob o ponto devista político-ideológico, que tinha como ex-poentes os Estados Unidos, à frente do mundocapitalista, e a URSS, no comando do mundosocialista.A nova ordem é multipolar. Nela, o mundo estádividido em áreas de influência econômica. Asalianças militares perderam o sentido, pelo me-nos no que se refere à oposição ao bloco políti-co-ideológico antagônico. Hoje, tem lugar a ex-pansão das alianças econômicas: União Euro-péia, Nafta, ALCA, Mercosul, APEC. No contextoda economia globalizada, os blocos econômicossão um grande impulso para a otimização docrescimento econômico integrado. Se é possível identificar o início dessas transfor-mações, sem dúvida ele tem lugar em meadosda década de 1980, quando Mikhail Gorbachevassumiu o poder na URSS. Ele entendeu seremnecessárias mudanças no país. Essas mudançasabrangeriam as esferas política e econômica. Eratambém necessário acabar com a Guerra Fria eabrir a economia do país aos investimentosexternos, com os quais se poderia reorientar atecnologia, sofisticada no setor militar, para oincipiente setor civil. Diante dessas neces-sidades, Gorbachev deu início a um amploprocesso de abertura política – glasnost – e dereestruturação da economia – perestroika. O caos econômico, associado à instabilidadepolítica, efeitos colaterais do processo de moder-nização do país, levaram a URSS ao fim em 1991.E, diante da necessidade de manutenção daintegração econômica das ex-repúblicas so-viéticas, visto que ainda não gozavam de auto-nomia nesse setor para se inserirem no mercadointernacional, criou-se a CEI – Comunidade dosEstados Independentes, que tinha também comoatributo o monitoramento do arsenal da ex-URSS.A derrocada da União Soviética trouxe transfor-mações no Leste europeu; países como Polônia,Tchecoslováquia, Romênia, Alemanha Oriental eIugoslávia buscaram novas medidas que resol-vessem os tempos de crise que assolavam seusgovernos.

Guerra nas Estrelas

Programa de Iniciativa de Defesa Estratégica(IDE), do presidente dos Estados Unidos, RonaldReagan, anunciado em 1983, que consistia emexplodir, com um míssil teleguiado, outro projétilnuclear em pleno ar. Pela primeira vez desde que se iniciou a corridaespacial, conseguia-se interceptar um míssil naalta atmosfera. Tornava-se possível explodir ogi-vas atômicas no espaço, durante o curto interva-lo em que elas se dirigem para o alvo. Era, afinal,a prova da viabilidade do projeto “guerra nasestrelas”, que prevê o uso do espaço cósmicopara a instalação de escudos defensíveisantimísseis. Seu papel inicial: proteger o territórioe as instalações militares americanas contra osmísseis balísticos intercontinentais do arsenalsoviético.

Os satélites militares em órbita poderiam detectaro disparo de mísseis intercontinentais e acionar osistema ainda durante a sua rota.

Neoliberalismo

Nos anos de 1980, países como Estados Unidose Inglaterra passam a adotar essa doutrina eco-nômica que defende a absoluta liberdade demercado e uma restrição à intervenção estatalsobre a economia, só devendo esta ocorrer emsetores imprescindíveis e, ainda assim, num graumínimo (minarquia).

Características do Neoliberalismo (princípiosbásicos):

– mínima participação estatal nos rumos daeconomia de um país;

– pouca intervenção do governo no mercado detrabalho;

– política de privatização de empresas estatais;– livre circulação de capitais internacionais e

ênfase na globalização;– abertura da economia para a entrada de

multinacionais;– adoção de medidas contra o protecionismo

econômico;– desburocratização do estado: leis e regras

econômicas mais simplificadas para facilitar ofuncionamento das atividades econômicas;

– diminuição do tamanho do estado, tornando-omais eficiente;

– posição contrária aos impostos e tributosexcessivos;

– aumento da produção, como objetivo básicopara atingir o desenvolvimento econômico;

– contra o controle de preços dos produtos eserviços por parte do estado, ou seja, a lei daoferta e demanda é suficiente para regular ospreços;

– a base da economia deve ser formada porempresas privadas;

– defesa dos princípios econômicos docapitalismo.

Críticas ao neoliberalismo

A economia neoliberal só beneficia as grandespotências econômicas e as empresas multinacio-nais. Os países pobres ou em processo dedesenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofremcom os resultados de uma política neoliberal.Nesses países, são apontadas como causas doneoliberalismo: desemprego, baixos salários,aumento das diferenças sociais e dependênciado capital internacional.

Brasil: Anos de 1990 e início do século XXIGoverno Fernando CollorFernando Collor de Melo pelo Partido da Recons-trução Nacional (PRN) derrotou Luiz Inácio Lulada Silva, candidato pelo Partido dos Traba-lhadores (PT) no 2.° Turno das eleições de 1989.Contou com o apoio da TV Globo para venderseu marketing político. Graças a isso, Collor ficouconhecido como:• Caçador de Marajás.• Defensor dos descamisados.• Messias.• Salvador da pátria.• Amigo dos pobres.Um dia depois de assumir a Presidência, Colloranunciou uma série de medidas que visavamreorganizar a economia nacional. Elaborado pelaequipe da ministra Zélia Cardoso de Mello, oPlano Brasil Novo, mais conhecido como PlanoCollor, determinou:• a extinção do cruzado novo e a volta do cru-

zeiro como moeda nacional;• o bloqueio, por dezoito meses, dos depósitos

em contas correntes e cadernetas de poupan-ça que ultrapassassem os 50.000 cruzadosnovos (50 cruzeiros);

• o congelamento parcial de preços e desalários;

Aula 192

HistóriaProfessor DILTON Lima

01. (UFLA) Assinale a alternativa que caracte-riza CORRETAMENTE ações do governoItamar Franco.a) Criação de um plano de estabilização eco-

nômica que estabeleceu uma paridadeentre a moeda local e o dólar.

b) Confisco da poupança e congelamento dascontas bancárias acima de determinadovalor.

c) Quebra do monopólio do petróleo e dastelecomunicações e alteração estratégicado conceito de empresa estatal em prol domercado externo.

d) Lançamento de um conjunto de medidas,como o aumento dos juros, com o objetivode reduzir o déficit público.

e) Convocação de uma nova AssembléiaConstituinte, caracterizada pela descentrali-zação administrativa e financeira do Estado.

02. (PUCRS) Os impasses em torno da refor-ma da Previdência Social, proposta peloatual Governo Federal do Presidente, LuizInácio Lula da Silva, estão colocadosdesde os anos 1980, quando o modelo doWelfare State (Estado de Bem-Estar),defendido pelos .......... em vários paísesda Europa, passa a sofrer forte concorrên-cia do modelo .........., implementado naInglaterra pelas administrações deMargareth Tatcher, visando à redução daparticipação do Estado nas políticas so-ciais e ao incremento das políticas eco-nômicas de superávit primário.a) sociais-democratas Neoliberalb) socialistas Keynesianoc) liberais Trabalhistad) verdes Republicanoe) comunistas Monarquista

03. (UFLAVRAS) “Na história recente da Amé-rica Latina (décadas de 80 e 90), a figurados “caras-pintadas” surgiu no contextopolítico de dois países em particular, comsentidos radicalmente diversos. Em umdeles, predominou o caráter militar-con-servador, e, em outro, o caráter estudantil-contestador”.Os países em que se deram, respectiva-mente, tais movimentos foram:a) Peru e México. b) EUA e Chile.c) Argentina e Brasil. d) Bolívia e Colômbia.e) Paraguai e Guiana.

04. (MACKENZIE) O confisco das contasbancárias descontentou todos os setoresda população. A inflação não foi controla-da, e o desemprego cresceu. O serviçopúblico desorganizou-se; a abertura para ocapital estrangeiro e o fechamento deEstatais faziam parte do plano e do gover-no, respectivamente:a) Plano Collor - governo Collor de Mello.b) Plano Cruzado - governo José Sarney.c) Plano Bresser - governo Itamar Franco.d) Plano Real - governo Fernando Henrique

Cardoso.e) Plano de Metas - governo Juscelino Kubits-

chek.

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• o fim de subsídios e de incentivos fiscais;• o lançamento do Programa Nacional de

desestatização;• a extinção de vários órgãos do governo.Os objetivos do plano eram: enxugar a máquinaadministrativa do Estado, acabar com a inflação emodernizar a economia. Sem dúvida, as medidascausaram grande impacto e afetaram a vida dapopulação em geral, dos trabalhadores aosempresários. Porém os resultados não foramsatisfatórios. Em julho de 1990, foram implemen-tadas reduções nas tarifas alfandegárias, dandoinício à abertura internacional da economiabrasileira.Em março de 1991, o Tratado de Assunção criouo Mercosul. O tratado tem por objetivo integrar asrelações econômicas no Cone Sul.

Fim da Era Collor

A administração federal teve, com ele, um estilooligárquico e uma feição populista. Ironicamente,provocou uma modernização política, que foi acausa principal de sua própria desintegração.Collor, assim como Jânio Quadros e João Goulart,apostou em um apoio popular que substituiria oapoio que ele não teve nos grandes partidos e noCongresso Nacional. Escudado nos milhões devotos que recebeu, seu poder desmoronou-sequando a opinião pública, motivada peloescândalo da CPI de Paulo César Farias, voltou-secontra o governo, e ele teve de confrontar-se comas fontes reais do poder no Brasil. Não foram osdesacertos políticos e socioeconômicos, queaconteceram durante os 930 dias da era Collor, osresponsáveis principais do colapso do governo.Pedro Collor, irmão do presidente, acusou aexistência de um tráfico de influências dentro dogoverno, intermediado pelo empresário PauloCésar Farias, tesoureiro da campanha presidencialde Collor e seu amigo pessoal. A repercussão dasacusações pela imprensa resultou em umaindignação popular sem precedentes. Esta seacentuou na medida em que a ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI), organizada para aaveriguação dos fatos, acabou por descobrirligações entre o presidente e os envolvidosdiretamente nas negociatas que implicaram odesvio de milhões de dólares dos cofres públicos.Em 29 de setembro de 1992, a Câmara de Depu-tados votou favoravelmente ao impedimento.Collor conseguiu apenas 38 votos em seu favor.Manifestaram-se a favor do impeachment 441deputados, mais de 100 além do número mínimoprevisto pela Constituição (Artigo 86) parasuspender o presidente e permitir seu julgamen-to pelo Senado. Collor foi suspenso por 180 dias.Com a suspensão de Fernando Collor, assumiu aPresidência o vice Itamar Augusto Franco.

Impeachment (1992)

Afastamento do presidente Fernando Collor daPresidência da República por estar envolvido emesquema de corrupção, roubo do dinheiro públicoe formação de quadrilha. O presidente da Repú-blica Fernando Collor teve seus direitos políticossuspensos por 8 anos (cassação de mandato).Deveria retornar à vida política em 2000.

Governo Itamar Franco

A convocação do senador Fernando HenriqueCardoso para o Ministério da Fazenda resultouna elaboração de um novo plano econômico. OPlano FHC (letras iniciais do nome de seu cria-dor), rebatizado posteriormente como PlanoReal, criou o URV (Unidade Real de Valor), umindexador provisório da economia, que serviriacomo transição até que uma nova moeda – o real– entrasse em vigor. O real manteria paridadecom o dólar e eliminaria a espiral inflacionária. Onovo plano econômico não incluiu as soluçõesconhecidas e já provadas insuficientes, como ocongelamento dos preços e de salários e deconfiscos.

Os setores sindicais e alguns partidos políticos,entre eles o PT, opuseram-se parcialmente àsdeterminações do Plano FHC, por entenderemque o mesmo implicava um arrocho salarial. Oplano não fixou nenhuma norma para a conver-são dos preços, mas os salários dos trabalha-dores foram convertidos em URV com base namédia dos quatro meses anteriores.Às vésperas de o novo plano entrar em vigor,verificou-se intensa especulação de preços,especialmente aqueles ligados aos setoresoligopolizados da economia, o que aumentouainda mais o processo inflacionário.

Eleições de 1994

Após implantar o Plano Real, o ministro da Fazen-da, Fernando Henrique Cardoso, deixou o cargopara candidatar-se à presidência da República.Fernando Henrique venceu as eleições noprimeiro turno, com 54% dos votos válidos, con-tra 27% dados a Luiz Inácio Lula da Silva. O novopresidente assumiu em 1.° de Janeiro de 1995,para cumprir um mandato de 4 anos.

Governo de Fernando Henrique Cardoso(1995–1998)

Para amparar bancos em dificuldade, em novem-bro de 1995, foi criado o Programa de Estimulo àReestruturação do Sistema Financeiro Nacional(PROER), que facilitou a fusão entre bancos emdificuldade. Por meio do PROER, o BancoCentral assume a parte podre dos bancosquebrados, isto é, os créditos de difícil rece-bimento e as obrigações duvidosas.Os compradores ficam com a parte boa dosbancos, isto é, clientes, agências e bens.Além da defesa do real, o governo FernandoHenrique busca equilibrar as finanças públicasnuma série de reformas constitucionais essen-ciais para garantir estabilidade econômica.

Segundo Governo Fernando Henrique(1988–2002)

O governo FHC segue o chamado projeto neoli-beral, cuja ênfase é a diminuição da intervençãodo Estado na economia. Neste 2.° Governo, pre-tendem-se aplicar certas medidas para controlara inflação e modernizar o País; as medidas são asseguintes:Ajuste fiscal: limitação dos gastos do Estado naEconomia de acordo com a arrecadação. Estamedida visa combater o déficit público. Redução do tamanho do Estado: limitação doEstado na Economia. Esta medida visava à con-tinuação da política neoliberal. Privatização: venda de empresas estatais a gru-pos que não se relacionam à atividade específicado Estado. Esta medida visa entregar asempresas aos grupos estrangeiros.Abertura financeira: permissão para que as ins-tituições financeiras internacionais possam atuarem igualdade de condições com as do País. Estamedida põe fim às restrições à entrada de capitalestrangeiro no País.

Luiz Inácio LULA da SilvaO eleitoOposição e guinada ao centro fazem o PT vencera primeira eleição presidencial. Após 22 anos deexistência do partido, três derrotas e oito anos deoposição quase sistemática a Fernando HenriqueCardoso (com críticas ao modelo econômico e aolegado na área social), o ex-torneiro mecânico LuizInácio Lula da Silva, (PT), chega à Presidência daRepública.Lula venceu o economista José Serra, candidatooficial, duas vezes ministro de FHC e uma dasprincipais lideranças do PSDB. Segundo o TSE(Tribunal Superior Eleitoral), Lula obteve cerca de53 milhões de votos – 61% dos votos válidos.

01. (UNESP) Sobre a queda do muro de Berlim,no dia 10 de novembro de 1989, é corretoafirmar que

a) o fato acirrou as tensões entre Oriente eOcidente, manifestas na permanência dadivisão da Alemanha.

b) resultou de uma longa disputa diplomática,que culminou com a entrada da Alemanhano Pacto de Varsóvia.

c) expressou os esforços da ONU que, pormeio de acordos bilaterais, colaborou parareunificar a cidade, dividida pelos aliados.

d) constituiu-se num dos marcos do final daGuerra Fria, política que dominou asrelações internacionais após a SegundaGuerra Mundial.

e) marcou a vitória dos princípios liberais edemocráticos contra o absolutismo prus-siano e conservador.

02. “... a periferia no Leste europeu já se sepa-rou politicamente da União Soviética, semqualquer melhoria previsível da situaçãoeconômica. A RDA foi liquidada e incor-porada à RFA. O processo de dissoluçãoprogride em toda a região...”O principal acontecimento associado aoprocesso a que o texto se refere foi a:

a) criação da ONU.b) extinção da CEE.c) “Primavera de Praga”.d) divisão da Iugoslávia.e) queda do “Muro de Berlim”.

03. (Puccamp 93) “Desde a sua origem, foi umEstado multinacional submetido à he-gemonia da Sérvia. No seu interior, viviamcroatas, eslovenos, montenegrinos e mi-norias macedônias e albanesas. Essespovos enxergavam os sérvios como umnovo poder imperial.”O texto anterior refere-se a

a) Tchecoslováquia. b) Iugoslávia.c) China. d) Polônia. e) Albânia.

04. Mikhail Gorbatchev, após assumir o poderem março de 1985, tomando-se secre-tário-geral do Partido Comunista da UniãoSoviética, desencadeou uma série demudanças para que a URSS ingressasse“no novo milênio de maneira digna, pró-pria a uma grande e próspera potência”.Nesse processo, os termos perestroika eglasnost ganharam destaque, constituindoa pedra de toque dessas mudanças.Perestroika e glasnost significam, respec-tivamente:

a) reestruturação e abertura. b) revolução e anistia.c) imperialismo e abertura.d) reestruturação e monopartidarismo. e) privatização e fechamento.

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DESAFIO LITERÁRIO (p. 3)01. C;02. D; 03. D;04. A;

DESAFIO QUÍMICO (p. 5)01. D; 02. C;03. B;04. B;05. D;

DESAFIO QUÍMICO (p. 6)01. C;02. C; 03. B;04. C;05. B;06. B;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7)01. C;02. A; 03. C;04. C;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8)01. D;02. E; 03. D;04. D;05. B;06. B;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 9)01. C; 02. D; 03. A; 04. B; 05. A; 06. B;07. B; 08. A; 09. B; 10. D; 11. D;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 10)01. E; 02. C; 03. B; 04. B; 05. C; 06. A; 07. A; 08. B; 09. C; 10. B;

DESAFIO FÍSICO (p. 11)01. C ;02. V, V, F e V;03. C;04. 3,3s;05. A;

DESAFIO FÍSICO (p. 12)01. 6,6 x 10–25Å; 1,2Å;02. C;03. A;04. B;

PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 13 e 14)01. B; 02. A; 03. V, V, F, F e F; 04. V, F, V, V e V;05. V, V, V, F e F; 06. V, V, V, F e F; 07. E;08. D; 09. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 14)01. B ;02. D;03. C;04. E;05. C;

EXERCÍCIOS (p. 14)01. F, V, F, F e V; 02. F, F, V, V e F; 01. V, V, F, V e V; 02. F, V, V, F e V;01. F, F, V, F e F;

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 31

Calendário2008

O ALIENISTAMachado de Assis

Capítulo XA RESTAURAÇÃO

1. Resumo

“Dentro de cinco dias, o alienista meteu na CasaVerde cerca de cinqüenta aclamadores do novogoverno. O povo indignou-se”. Porfírio não sabiao que fazer. “João Pina, outro barbeiro, diziaabertamente nas ruas que Porfírio estava vendidoao ouro de Simão Bacamarte”. Porfírio, àspressas, expediu decretos extinguindo a CasaVerde e exilando Simão Bacamarte. Em vão.Duas horas depois, João Pina subiu ao poder.

Entrou na vila uma força mandada pelo vice-rei. Aordem foi restabelecida. Isso marcou o graumáximo de influência de Simão Bacamarte. Oalienista exigiu de imediato a captura do barbeiroPorfírio e mais de uns cinqüenta e tantosindivíduos que considerou mentecaptos. “Tudoquanto quis deu-se-lhe”. Os vereadores,restituídos, entregaram ao alienista o colegaSebastião Freitas e o próprio presidente. CrispimSoares, o melhor amigo de Bacamarte, tambémfoi trancafiado na Casa Verde.

“Daí em diante, foi uma coleta desenfreada”.

“— Onde é que esse homem vai parar? diziam osprincipais da terra. Ah! se nós tivéssemosapoiado os canjicas...”

“A vila inteira ficou abalada com a notícia de quea própria esposa do alienista, D. Evarista, forametida na Casa Verde. Quando o padre Lopes,discretamente, interrogou Bacamarte sobre aesposa, ele “explicou-lhe que o caso de D.Evarista era de ‘mania suntuosa’, não incurável eem todo caso digno de estudo”.

— Conto pô-la boa dentro de seis semanas,concluiu ele.

O fato tirou ao ilustre médico qualquer suspeitade interesses pessoais na captura de doidos.“Ninguém mais tinha o direito de resistir-lhe —menos ainda o de atribuir-lhe intuitos alheios àciência”.

Capítulo XIO ASSOMBRO DE ITAGUAÍ

1. Resumo

“E agora prepare-se o leitor para o mesmoassombro em que ficou a vila ao saber um diaque os loucos da Casa Verde iam todos serpostos na rua”.

O alienista mandara um ofício à câmarainformando que quatro quintos da populaçãoestavam aposentados na Casa Verde; que ele,Bacamarte, ganhara a convicção de que averdadeira doutrina não era esta que estavaaplicando, mas o contrário desta; que à vistadisso ia dar liberdade a todos os reclusos daCasa Verde “e agasalhar nela as pessoas que seachassem nas condições agora expostas”; querestituía à câmara e aos particulares a quantiagasta com o tratamento, descontadas despesascom alimentação, roupa, etc.

Itaguaí ficou assombrada. Os parentes e osamigos dos reclusos encheram-se de alegria.

No meio do regozijo produzido pelo ofício deSimão Bacamarte, ninguém atentou para a frasefinal do quarto parágrafo.

Aulas 169 a 198

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