apostila - atletismo

download apostila - atletismo

of 13

Transcript of apostila - atletismo

Campanha Nacional das Escolas da Comunidade Centro Educacional Cenecista So Raimundo Nonato Servio de Educao Fsica e Desporto 1 Ano Ensino Mdio

AULA : ATLETISMOA Histria do Atletismo de se supor que desde o momento em que o homem surgiu na face da Terra apareceram com ele os movimentos de agilidade. Entre esses a corrida, por esta uma de suas defesas na luta pela sobrevivncia. Segundo Homero, a primeira referncia de uma prova de corrida como prova atltica, dataria do ano 1496 a.C., organizada por Hrcules, diz lenda que Hrcules, depois de peregrinar pelo mundo, realizando proezas incrveis, radicou-se na ilha de Creta, a construindo um estdio. Nele realizava competies de corridas com outros simpatizantes. Em torno do estdio havia uma vasta plantao de oliveiras, e seus ramos deveriam ser cortados por adolescentes, desde que no fossem rfos, para a confeco de coroas que premiariam os vencedores dos Jogos que Hrcules iria instituir. Como a corrida os Jogos Olmpicos da Antiguidade eram realizados em um dia; com o aumento das modalidades e competies, passaram a cinco dias. De quatro em quatro anos o povo grego era despertado, motivado para a realizao do grandioso espetculo. A importncia era tamanha que os vencedores passavam a receber penses vitalcias e ficavam isentos de qualquer tributo. At as muralhas de uma cidade foram derrubadas para dar passagem, apoteoticamente, a um campeo olmpico, para cujo retorno triunfal as portas existentes no seriam suficientes. Podemos recordar que no perodo da realizao dos Jogos Olmpicos as guerras, to freqentes entre as cidades gregas, eram interrompidas; se levarmos em conta a importncia de uma guerra, com suas conquistas estratgicas, devemos nos admirar lembrando que elas renunciavam a essas vantagens, somente para permitir uma celebrao pacfica.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

Finalmente, no sculo passado, o francs Pierre de Fred, Baro de Coubertin, com toda persistncia e luta, conseguiu, atravs de uma reunio com a participao de 15 naes, restabelecerem os Jogos Olmpicos. Dois anos aps esta reunio, ou seja, em 1896, a Grcia celebrava no Estdio de Atenas o reincio dos Jogos. A partir desta data comeou a evoluo esportiva em todo o mundo, principalmente no Atletismo, com o estudo das tcnicas, aprimoramento dos treinamentos, melhoria das pistas e do material esportivo.. O estdio de atletismo Um estdio concebido de modo a que possam ocorrer ao mesmo tempo provas de corrida (ou pista), bem como de saltos e lanamentos (ou campo). A pista moderna oval, mede 400 m de permetro, e possui seis a dez faixas. A superfcie da pista geralmente de plstico ou borracha, o que a torna tanto resistente ao tempo como ao atrito. As modalidades de campo realizam-se no centro da pista, rea essa que se designa por centro do campo.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

CLASSIFICAO DAS PROVAS DE ATLETISMO

Quanto ao terreno e sua prpria natureza, as provas de atletismo classificam-se em: PISTA CAMPO RSTICA COMBINADA

Provas de pista so as corridas realizadas em pista de atletismo com ou sem obstculos: 100m 200m 400m 800m 1.500m 2.000m 3.000m

Provas de campo so aquelas realizadas em setores especficos do estdio, cujas dimenses so determinadas pelas regras internacionais, e compreende Arrem. do peso Salto em altura Lan. do dardo Salto - distancia Lan. do disco Salto Triplo Lan. martelo Salto com vara

Provas rsticas so as corridas realizadas em terrenos variados, em ruas, bosques, estradas e a maratona (42.195m). Provas combinadas um conjunto de provas atlticas realizadas pr um atleta em dois dias consecutivos, nas quais esto presentes as valncias fsicas bsicas: velocidade, fora e resistncia. CLASSIFICAO DAS CORRIDAS QUANTO A EXTENSO: VELOCIDADE INTENSA: 100m, 200m, Revezamento 4 x 100 rasos VELOCIDADE PROLONGADA: 400m, 400m. Revezamento 4 x 400m rasos CORRIDA DE MEIO FUNDO: 800m, 1.500m rasos, e 2.000m CORRIDA DE FUNDO: 3.000m, 5.000m, 10.000m rasos, Maratona (42.195m).

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

CLASSIFICAO DAS CORRIDAS QUANTO AO DESENVOLVIMENTO: RASAS: Todas as corridas realizadas em pista de atletismo sem obstculo. COM BARREIRAS: So as corridas realizadas com obstculos artificiais colocados na pista. RSTICAS: So as corridas realizadas em ruas, estradas e terrenos variados, notadamente a maratona. TIPOS DE SADAS PARA PROVAS DE CORRIDAS SADA BAIXA: Todas as corridas em raias marcadas do incio ao fim e os primeiros corredores dos revezamentos 4x100 e 4x400m. rasos SADA ALTA: Todas as provas acima de 800m inclusive. CORRIDAS DE VELOCIDADE A iniciao as corridas de velocidade tem seu fundamento nos jogos de corrida, principalmente aqueles em forma de reao e jogos de perseguio. A velocidade o ingrediente bsico de todos os esportes. Consiste em percorrer um espao o mais rpido possvel. As corridas de velocidade so aquelas realizadas em distncias curtas, 100, 200, e 400 m para as quais necessitamos uma certa preparao que exige tambm uma resistncia. Os velocistas no possuem tipo fsico definido, j temos visto indivduos altos, baixos, fortes e leves destacando-se de forma extraordinria. CORRIDAS COM BARREIRAS A TCNICA DOS 100 METROS COM BARREIRA: 1-Posio de sada 2-Aproximao da primeira barreira 3-Passagem da barreira 4-Corrida entre as barreiras 5-Final da corrida

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

A TCNICA DOS 400 METROS COM BARREIRA 1-A sada 2-A passagem 3-A corrida entre as barreiras 4-O final da corrida CORRIDAS DE REVEZAMENTO Existem diversos tipos de revezamento, sendo os mais conhecidos os de 4 x 100 e 4 x 400 metros masculino e feminino. A tcnica Existem 2 tipos de passagem de basto, visual e no-visual. Na passagem visual, o atleta que recebe olha atrs para receber o basto. uma caracterstica dos revezamentos de 4 x 400 metros e de distncias maiores. Neste tipo de passagem no necessrio uma marca de sada, porque no se pode calcular a velocidade que o atleta vai chegar. O que recebe deve sair de acordo com a chegada do companheiro. No mtodo no-visual, existe o mtodo Americano (que consiste na entrega do basto de forma ascendente, O mtodo Alemo Frankfurt (que consiste na entrega ascendente, alternado sem troca de mo), O basto consiste de um tubo oco ou liso, de madeira ou metal, cujo comprimento varia de 28 a 30 cm e no poder pesar menos de 50 gramas

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

SALTO EM ALTURA

O salto em altura uma modalidade olmpica de atletismo, onde os atletas procuram superar uma barra horizontal colocada a uma determinada altura. A tcnica mais utilizada para realizar o salto a Flop, A caracterstica principal deste estilo a ultrapassagem do sarrafo de costas.

Ela esta dividida em fases: POSIO DE PARTIDA: Uma vez que no existe um padro especfico.

CORRIDA: O saltador que se vale da tcnica Flop deve realizar a corrida em um primeiro momento sobre uma linha reta, na direo do sarrafo. Passa depois por uma curva nas ltimas passadas.

IMPULSO: Aps a corrida, na posio acima descrita, tem incio a impulso.

ULTRAPASSAGEM: A primeira ao para a ultrapassagem (assim que os ombros transponham o sarrafo) a de voltar bruscamente a cabea para trs (o que elevar o quadril). A QUEDA: Na queda, o corpo do atleta toma uma posio em L, mantida por meio da contrao muscular. Os braos afastados tendem a tocar primeiro a superfcie do colcho de espuma, absorvendo o choque e preparando a correta posio do resto do corpo, para um posterior rolamento para trs

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

SALTO EM DISTNCIA

Salto em distncia uma modalidade olmpica de atletismo.A prova tem uma longa tradio e apareceu pela primeira vez nos Jogos Olmpicos antigos como parte integrante do pentatlo. A execuo do salto em extenso feita de uma forma simples conhecida tecnicamente como salto grupado. Existem ainda duas outras tcnicas chamadas de arco e passada no ar. As trs tem os mesmos princpios bsicos, pois a diferena entre elas aparece apenas na fase do vo, onde o atleta executa movimentos diferentes, podemos dividir o salto em fases que so: CORRIDA DE APROXIMAO: A corrida de aproximao de importncia vital para o salto em distncia. Quanto maior for a velocidade de aproximao que o saltador puder transferir para a impulso sem grande perda de momento, tanto melhor ser o resultado final. A IMPULSO: Dura apenas 12 a 13 centsimos de segundo, durante este breve espao de tempo todos os movimentos devem ser executados na sua correta seqncia e com boa coordenao. VO: durante a fase do vo que os estilos se definem. Esta fase de sustentao no ar que comea imediatamente aps a impulso, tem a finalidade de manter o equilbrio e preparar o atleta para uma aterrizagem com o mximo de aproveitamento. QUEDA: Ao tocar na areia com as pernas mais estendidas possvel o atleta procurar evitar cair sentado ou colocar as mos atrs. Para isso utilizar dos recursos de flexionar as pernas no momento do contato com o solo e elevar os braos frente, enquanto executa um golpe com o quadril, para levar o corpo frente.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

SALTO TRIPLO

Salto triplo uma especialidade olmpica de atletismo que requer uma combinao de velocidade e tcnica do atleta que o pratica. O Salto Triplo uma combinao de trs saltos sucessivos que terminam com a queda numa caixa de areia. A prova inicia-se com uma corrida de impulso O salto triplo, em seus princpios bsicos assemelha-se ao salto em extenso. O fator velocidade tambm de muita importncia, principalmente em funo dos impulsos repetidos, que naturalmente fazem com que esta seja diminuda a cada um deles.

A TCNICA DO SALTO TRIPLO: CORRIDA: Muito parecida com a corrida do salto em extenso. A diferena principal est na execuo dos passos, que se caracteriza pelo menor tamanho do penltimo passo comparando como salto em extenso. IMPULSSO: Esta fase muito parecida com a do salto em distncia. A diferena est na posio do corpo, mais erguida. A inclinao do corpo para trs no momento de apoiar o p de impulso no to acentuada, pois o atleta no visa saltar muito no 1 salto. OS SALTOS: O regulamento do atletismo determina que o segundo impulso seja dado com a mesma perna que deu o primeiro e o terceiro seja com a perna contrria.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

SALTO COM VARA

Salto com vara um evento atltico onde os competidores usam uma vara longa e flexvel para alar altura, e passar por cima de uma barra. Competies de salto com vara aconteciam na Grcia antiga. At o incio do sculo XX, as varas eram feitas de bambu ou madeira e, posteriormente, passaram a ser feitas de alumnio. Atualmente, as varas modernas so feitas de fibra de carbono ou fibra de vidro. Estas mudanas geraram grande diminuio do peso da vara e maior flexibilidade, e graas a estes avanos os recordes de salto com vara tornaram-se cada vez mais altos.

A TCNICA DO SALTO COM VARA EMPUNHADURA: A vara, no local do incio da corrida, encontra-se na lateral do atleta na altura dos quadris, com a ponta mais ou menos elevada em relao ao solo. A CORRIDA: bastante parecida com a corrida do salto em distncia. necessrio chegar ao ponto de impulso com bastante velocidade, mas com uma corrida controlvel, afim de possibilitar a perfeio na execuo dos movimentos. ENCAIXE: Nos ltimos 5 passos a ponta comea a baixar gradativamente, de encontro a caixa de encaixe. Trs passadas antes da impulso, a mo direita levada para junto da bacia, depois para trs e para o alto. IMPULSO E PNDULO: No momento da impulso a elevao se faz mais na procura de uma progresso horizontal do que vertical. Este um dos detalhes que diferem a tcnica da vara flexvel da rgida. ELEVAO/GIRO: Assim que a vara comea a recuperar a forma retilnea, todos os movimentos por ele realizados se devem realizar na vertical. Na elevao, primeiro as pernas, depois os quadris passam alm da vara e quando notamos, visto de lado, uma posio em L tomada pelo corpo do atleta.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

LANAMENTO DO PESO

O arremesso do peso uma prova atltica bastante fcil na sua forma mais natural. Entretanto, esta facilidade inicial traz consigo o problema da fixao de gestos incompletos e difceis de serem corrigidos depois de uma automatizao dos mesmos. Da a importncia de uma iniciao bem feita. Para estas provas so indicados os elementos de estatura grande. So provas onde o potencial de fora muito importante aliado velocidade de movimentao. A prova divide-se quatro fases:

EMPUNHADURA: O atleta pega o peso de modo que o mesmo fique repousado sobre a base (calo) dos dedos. O mnimo e o polegar servem de apoio lateral, enquanto que os outros trs dedos da mo ficam ligeiramente afastados. O peso no deve ser seguro com contrao da mo, tambm no pode rolar na sua palma. POSIO INICIAL: O arremessador posiciona-se de p, em afastamento ntero-posterior das pernas na parte posterior do crculo e de costas para o setor de arremesso. O peso do corpo recai sobre a perna direita, enquanto que a esquerda fica ligeiramente afastada atrs, apoiada na ponta dos dedos. DESLOCAMENTO: O corpo do atleta na posio acima descrita tem um certo grau de inrcia que para ser quebrado, requer movimentos preliminares, antes de iniciar o deslocamento propriamente dito. POSIO DE ARREMESSO: Esta fase tcnica se caracteriza logo aps o deslocamento, com o assentamento de ambos os ps no solo. Sua correta execuo de importncia fundamental para o xito do arremesso. ARREMESSO PROPRIAMENTE DITO: A ao do arremesso. REVERSO: A ao final coloca o arremessador de frente para a direo do arremesso, animado de uma grande velocidade, em conseqncia das aes anteriores.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

ARREMESSO DE DISCO

Ao que parece, o lanamento do disco foi descoberto pelos pescadores que lanavam placas chatas de pedras sobre a superfcie da gua, para que estas deslizassem. Ainda hoje, bastante comum ver nossas crianas praticarem esta brincadeira.

Uma anlise dos movimentos do lanamento do disco, mostra as seguintes fases: EMPUNHADURA: O disco deve ser seguro de uma maneira bem descontrada, ficando apoiado pelas falanges distais e afastamento dos dedos, com exceo do polegar que no participa desta sustentao, mas ajuda no seu equilbrio. POSIO INICIAL: O atleta toma a posio na parte posterior do setor de lanamento, de costas voltadas para o sentido que este vai se realizar, o afastamento dos ps, formando a base, igual largura dos ombros. GIROS OU DESLOCAMENTO: A finalidade do giro acelerar o disco de forma continuada, ao longo de um percurso to extenso quanto possvel, anterior aos movimentos do lanamento propriamente dito. POSIO FINAL OU DE LANAMENTO: Na posio de lanamento ambos os ps assentados no solo, numa distncia aproximada de 70 a 80 cm. O peso do corpo est sobre a perna direita no centro do crculo formando um ngulo em relao direo do lanamento. LANAMENTO PROPRIAMENTE DITO: Esta a mais importante fase de toda tcnica do lanamento do disco. Assemelha-se muito com a tcnica do arremesso do peso, com exceo da diferena da posio do brao arremessador. O mecanismo de impulso quase idntico nos dois casos. REVERSO: Consiste numa inverso da posio das pernas. Com isso, ele coloca a perna direita flexionada frente e puxa a esquerda atrs. Alguns continuam girando sobre a perna direita, aps a reverso

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

ARREMESSO DE DARDO

A histria do lanamento do dardo pode ter sua origem na pr-histria. Empregado, inicialmente na caa e, posteriormente na guerra, como arma de combate. uma das provas mais antigas do atletismo, sendo disputada nos Jogos Olmpicos da Velha Grcia. Como nas demais provas de campo, a ao total do arremesso deve ser realizada como uma s unidade, que precisa ser ensinada o mais cedo possvel. No obstante, a natureza do arremesso admite que se enfoque passo por passo, o que permite ganhar tempo. Os detalhes do mtodo podem ser divididos em fases tcnicas e descritas da seguinte maneira.

EMPUNHADURA: A empunhadura ou pega a maneira correta de segurar o dardo. Existem trs tipos de empunhaduras mais comuns: 1 - Finlandesas, nesta, o polegar e as duas primeiras articulaes do dedo mdio encontram-se atrs do encordoamento. O indicador fica estendido ao longo do dardo, na sua parte de baixo

2 - Empunhadura Americana, o polegar e o indicador que pressionam o dardo, atrs do encordoamento, enquanto que os demais dedos o envolvem.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra

3 - Empunhadura em "V" ou tenaz, onde o dardo seguro entre o dedo indicador o mdio

CORRIDA DE APROXIMAO: A 1 parte, chamada de corrida de aproximao, abrange cerca de 2/3 da distncia total, uma corrida de acelerao progressiva e retilnea, que vai levar o atleta a uma velocidade tima. CORRIDA PREPARATRIA: Esta parte da corrida de fundamental importncia, porque dela que depende o maior ou menor sucesso do lanamento, no aspecto tcnico POSIO DE LANAMENTO: A posio de lanamento verifica-se no momento em que ambas as pernas fizeram o contato com o solo, brecando a corrida, o peso do corpo recai sobre a perna direita flexionada e o tronco inclinado para trs. LANAMENTO PROPRIAMENTE DITO:Ao do lanamento REVERSO: Consiste depois de soltar o dardo, como num salto, inverter a posio das pernas, sendo que o p direito deve assentar transversalmente direo do lanamento, com a perna fletida.

Prof. Marcos Antonio Arajo Bezerra