Apostila Calculo i

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0 CÁLCULO I Prof (a) Ms Valéria Andrade Villela [email protected] LAVRAS – MG

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CÁLCULO I

Prof (a) Ms Valéria Andrade Villela

[email protected]

LAVRAS – MG

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1

SUMÁRIO

PARTE I - 1 FUNÇÕES ......................................................................................................................3

1.1 CONCEITO MATEMÁTICO DE FUNÇÃO ..........................................................................................3 1.2 DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO ...............................................................................................................4 1.3 NOTAÇÃO DE FUNÇÃO ................................................................................................................5 1.4 DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO ............................................................6 1.5 FUNÇÃO COMPOSTA....................................................................................................................7 1.6 FUNÇÃO INVERSA .......................................................................................................................8

2 FUNÇÃO POLINOMIAL ..............................................................................................................10

2.1 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1O GRAU ............................................................................................10

2.1.1 Função linear....................................................................................................................10 2.1.4 Crescimento e decrescimento de uma função polinomial do 1

o grau...............................12

2.1.5 Estudo do sinal da função polinomial do 1o grau.............................................................13

2.2.1 Resolução de inequações do 1o grau ................................................................................15

2.2.2 Sistemas de inequações do 1o grau ...................................................................................15

2.2.3 Inequação-produto e inequação-quociente ......................................................................16

2.3 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2O GRAU ............................................................................................18

2.3.1 Gráfico de uma função quadrática ...................................................................................18 2.3.2 Concavidade......................................................................................................................19 2.3.3 Zeros de uma função quadrática ......................................................................................19 2.3.4 Vértice da parábola ..........................................................................................................20 2.3.5 Gráfico de uma parábola..................................................................................................20 2.3.6 Estudo do sinal da função quadrática ..............................................................................21

2.4 INEQUAÇÕES DO 2O GRAU..........................................................................................................22

2.4.1 Resolução de inequações do 2o grau ...............................................................................22

2.4.2 Sistemas de inequações do 2o grau ...................................................................................23

2) Inequação-produto e inequação-quociente .......................................................................25

3 FUNÇÃO EXPONENCIAL ...........................................................................................................27

3.1.1 Potências com expoente natural .......................................................................................27 3.1.2 Potências com expoente inteiro ........................................................................................27 3.1.3 Potências com expoente racional .....................................................................................27 3.1.4 Potências com expoente real............................................................................................27

3.2 EQUAÇÕES EXPONENCIAIS........................................................................................................28 3.2.1 Resolução de equações exponenciais ...............................................................................29 3.2.2 Resolução de equações exponenciais com o uso de artifícios ..........................................30

3.3 FUNÇÃO EXPONENCIAL .............................................................................................................30 3.3.1 Gráfico da função exponencial no plano cartesiano .......................................................31 3.3.2 Características da função exponencial.............................................................................32

3.4 INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS .....................................................................................................32 3.4.1 Resolução de inequações exponenciais ............................................................................32

4 FUNÇÃO LOGARÍTMICA ...........................................................................................................35

4.2 - CONSEQÜÊNCIAS DA DEFINIÇÃO .............................................................................................36 4.3 PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS .............................................................................................36 4.4 COLOGARITMO ..........................................................................................................................36 4.5 MUDANÇA DE BASE ..................................................................................................................37 4.6 FUNÇÃO LOGARÍTMICA .............................................................................................................38

4.6.1 Gráfico da função logarítmica no plano cartesiano.........................................................38 4.7 INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS....................................................................................................39

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2

5 FUNÇÃO MODULAR...................................................................................................................41

PARTE II - 1 LIMITES .....................................................................................................................44

1.1 NOÇÃO INTUITIVA E PROPRIEDADES .........................................................................................44 1.2 LIMITES LATERAIS ..............................................................................................................46 1.3 LIMITES INFINITOS E ASSÍNTOTAS.......................................................................................47 1.4 FUNÇÕES CONTÍNUAS .........................................................................................................49 1.5 LIMITES TRIGONOMÉTRICOS ...............................................................................................49 1.6 LIMITES DA FUNÇÃO EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA .........................................................50

2 DERIVADAS.............................................................................................................................52

2.2 A DERIVADA COMO FUNÇÃO ..............................................................................................52 2.3 A DERIVADA COMO TAXA DE VARIAÇÃO ...........................................................................52 2.4 A REGRA DA CADEIA ..........................................................................................................57 2.5 DERIVADAS FUNÇÕES ALGÉBRICAS....................................................................................57 2.6 DERIVADAS DE FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS................................................58 2.7 DERIVADAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ....................................................................58 2.8 DERIVADAS SUCESSIVAS ....................................................................................................58 2.9 DERIVAÇÃO IMPLÍCITA .......................................................................................................59 2.10 REGRA DE L’HOSPITAL ..........................................................................................................59 2.11 TAXAS DE VARIAÇÃO RELACIONADAS ...............................................................................60

3 APLICAÇÕES DAS DERIVADAS..........................................................................................62

3.1 EXTREMOS DE FUNÇÕES............................................................................................................62 3.2 TEOREMA DO VALOR MÉDIO ..............................................................................................66 3.2 CONSTRUINDO GRÁFICOS ...................................................................................................66 3.3 MODELAGEM E OTIMIZAÇÃO ..............................................................................................66

4 INTEGRAÇÃO..........................................................................................................................67

4.1 INTEGRAIS INDEFINIDAS .....................................................................................................67 4.2 TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO .................................................................................................67 4.3 INTEGRAIS DEFINIDAS - SOMAS DE RIEMANN......................................................................71

5 APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA ................................................................................75

5.1 CÁLCULO DE ÁREAS DE UMA REGIÃO PLANA .............................................................................75 5.2 ÁREA DA REGIÃO LIMITADA POR DUAS FUNÇÕES ......................................................................77 5.3 VOLUME DE UM SÓLIDO DE REVOLUÇÃO: ..................................................................................78

LISTAS...............................................................................................................................................80 PLANO DE ENSINO.......................................................................................................................103

Page 4: Apostila Calculo i

3

PARTE I - 1 FUNÇÕES

1.1 Conceito matemático de função

Definição: Domínio da função é o conjunto de todos os valores dados para a variável independente.

Definição: Imagem da função é o conjunto de todos os valores correspondentes da variável dependente.

Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas, o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e podemos definir com mais rigor o que é uma função matemática utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.

Para isso, temos que definir antes o que é um produto cartesiano e uma relação entre dois conjuntos.

Definição: Produto cartesiano: Dados dois conjuntos não vazios A e B , denomina-se produto cartesiano (indica-se: A × B ) de A por B o conjunto formado pelos pares ordenados nos quais o primeiro elemento pertence a A e o segundo pertence a B .

A × B ={( x , y )/ x ∈ A e y ∈ B }.

Definição: Relação: Dados dois conjuntos A e B , dá-se o nome de relação r de A em B a qualquer subconjunto de A × B .

r é relação de A em B ⇔ r ⊂ A × B .

Exemplo Sejam os conjuntos A ={0,1,2,3}, B ={0,2,4,6,8,10} e a relação r de A em B , tal que

y =2 x , x ∈ A e y ∈ B . Escrever os elementos dessa relação r . Como x ∈ A : x =0 ⇒ y =0 ⇒ (0,0)∈ A × B ;

x =1 ⇒ y =2 ⇒ (1,2)∈ A × B ;

x =2 ⇒ y =4 ⇒ (2,4)∈ A × B ;

x =3 ⇒ y =6 ⇒ (3,6)∈ A × B .

Então, r ={(0,0), (1,2), (2,4), (3,6)}.

3210

123456

y

x

789

10

Representação da relação por diagrama.

Representação da relação por sistema cartesiano.

00A B

123

246810

r

Page 5: Apostila Calculo i

4

Obs.: Podemos observar que, numa relação r de A em B , o conjunto r é formado pelos pares ( x , y ) em que o elemento x ∈ A é associado ao elemento y ∈ B mediante uma lei de associação

(no caso, y =2 x ).

1.2 Definição de função

Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f uma relação de A em B . Essa relação f é uma função de A em B quando a cada elemento x do conjunto A está associado um e apenas um elemento y do conjunto B . Nos exercícios a seguir, verifique se as relações representam função de A em B . Juntifique sua resposta e apresente o diagrama da relação.

Exemplos

1) Dados os conjuntos A ={0,5,15} e B ={0,5,10,15,20,25}, seja a relação de A em B expressa pela fórmula y = x +5, com x ∈ A e y ∈ B .

0

0A B

515

510152025

x =0 ⇒ y =5 ⇒ (0,5)∈ A × B ;

x =5 ⇒ y =10 ⇒ (5,10)∈ A × B ;

x =15 ⇒ y =20 ⇒ (15,20)∈ A × B .

• Todos os elementos de A estão associados a elementos de B .

• A cada elemento de A está associado um único elemento de B .

Neste caso, a relação de A em B expressa pela fórmula y = x +5 é uma função de A em B .

2) Dados os conjuntos A ={−2,0,2,5} e B ={0,2,5,10,20}, seja a relação de A em B expressa pela fórmula y = x , com x ∈ A e y ∈ B .

0

A B

25

0251020

-2

x =0 ⇒ y =0 ⇒ (0,0)∈ A × B ;

x =2 ⇒ y =2 ⇒ (2,2)∈ A × B ;

x =5 ⇒ y =5 ⇒ (5,5)∈ A × B .

• O elemento −2 de A não está associado a nenhum elemento de B .

Neste caso, a relação de A em B não é uma função de A em B .

Page 6: Apostila Calculo i

5

3) Dados os conjuntos A ={−3,−1,1,3} e B ={1,3,6,9}, seja a relação de A em B expressa pela

fórmula y =2x , com x ∈ A e y ∈ B .

A B

13

1369

-3-1

x =−3 ⇒ y =9 ⇒ (−3,9)∈ A × B ;

x =−1 ⇒ y =1 ⇒ (−1,1)∈ A × B ;

x =1 ⇒ y =1 ⇒ (1,1)∈ A × B ;

x =3 ⇒ y =9 ⇒ (3,9)∈ A × B .

• Todos os elementos de A estão associados a elementos de B .

• A cada elemento de A está associado um único elemento de B .

Neste caso, a relação de A em B expressa pela fórmula y =2x é uma função de A em B .

4) Dados os conjuntos A ={16,81} e B ={−2,2,3}, seja a relação de A em B expressa pela fórmula 4y = x , com x ∈ A e y ∈ B .

A B

81

-2

2

3

16

x =16 ⇒ y =−2 ou y =2 ⇒ (16,−2) e (16,2)∈ A × B ;

x =81 ⇒ y =3 ⇒ (81,3)∈ A × B .

• Todos os elementos de A estão associados a elementos de B .

• O elemento 16 do conjunto A está associado a dois elementos do conjunto B .

Neste caso, a relação de A em B não é uma função de A em B .

1.3 Notação de Função Quando temos uma função de A em B , podemos representá-la da seguinte forma:

f : A → B (lê-se: função de A em B )

x a y (lê-se: a cada valor de x ∈ A associa-se um só valor y ∈ B ) A letra f , em geral, dá o nome às funções, mas podemos ter também a função g , h , etc.

Numa função g : R → R , dada pela fórmula y =2x −8, podemos também escrever g ( x )= 2x −8.

Neste caso, g ( 2 ) significa o valor de y quando x = 2 , ou g ( 2 )=−6.

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6

1.4 Domínio, contradomínio e imagem de uma função Uma função f com domínio A e imagens em B será denotada por:

f : A → B (função que associa valores do conjunto A a valores do conjunto B )

x a y = f ( x ) (a cada elemento x ∈ A corresponde um único y ∈ B ) O conjunto A é denominado domínio da função, que indicaremos por D . O domínio da

função também chamado campo de definição ou campo de existência da função, serve para definir em que conjunto estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a variável x .

O conjunto B é denominado contradomínio da função, que indicaremos por CD . É no contradomínio que estão os elementos que podem corresponder aos elementos do domínio.

Cada elemento x do domínio tem um correspondente y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de imagem de x pela função f . O conjunto de todos os valores de y que são

imagens de valores de x forma o conjunto imagem da função, que indicaremos por Im . Note que o conjunto imagem da função é um subconjunto do contradomínio da mesma.

f : A → B

x a y = f ( x )

D = A , CD = B , Im ={ y ∈CD / y é correspondente de algum valor de x }.

Exemplos

1) Dados os conjuntos A ={−3,−1,0,2} e B ={−1,0,1,2,3,4}, determinar o conjunto imagem da função f : A → B definida por f ( x )= x +2.

f (−3)=(−3)+2=−1

f (−1)=(−1)+2=1

f (0)=(0)+2=2

f (2)=(2)+2=4

A B

02

01234

-3-1

-1

Im ={−1,1,2,4}

2) Dada a função f : R → R definida por f ( x )= a x +b , com a ,b ∈ R , calcular a e b , sabendo

que f (1)=4 e f (−1)=−2. A lei de formação da função é f ( x )= a x +b ou y = a x +b .

f (1)=4 ⇒ x =1 e y =4 ⇒ 4= a ⋅1+b (i)

f (−1)=−2 ⇒ x =−1 e y =−2 ⇒ −2= a ⋅(−1)+b (ii) De (i) e (ii), temos:

a + b = 4

− a + b = −2

2b = 2 ⇒ b =1 e a =3 a =3 e b =1 ⇒ f ( x )=3 x +1.

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7

1.5 Função Composta

Tome as funções f : A → B , definida por f ( x )=2 x , e g : B →C , definida por g ( x )= 2x . Note que o contradomínio B da função f é o mesmo domínio da função g .

f : A → B : a cada x ∈ A associa-se um único y ∈ B , tal que y =2 x .

g : B →C : a cada y ∈ B associa-se um único z ∈C , tal que z = 2y .

Neste caso, podemos considerar uma terceira função, h : A →C , que faz a composição entre as funções f e g :

A B C

g

h

f

xy z

Função composta

h : A →C : a cada x ∈ A associa-se um único z ∈C , tal que z = 2y = 22 )( x =4 2x .

Essa função h de A em C , dada por h ( x )=4 2x , é denominada função composta de g e f .

De um modo geral, para indicar como o elemento z ∈C é determinado de modo único pelo elemento x ∈ A , escrevemos:

z = g ( y )= g ( f ( x )) Notação: A função composta de g e f será indicada por g o f (lê-se: g círculo f )

( g o f )( x )= g ( f ( x ))

Exemplos

1) Sejam as funções reais f e g definidas respectivamente por f ( x )= x +1 e g ( x )=2 2x −3. Determine:

a) f ( g ( x )).

f ( g ( x ))= f (2 2x −3)=2 2x −3+1=2 2x −2

f ( g ( x ))=2 2x −2.

b) g ( f ( x )).

g ( f ( x ))= g ( x +1)=2 21)( +x −3=2( 2x +2 x +1)−3=2 2x +4 x +2−3=2 2x +4 x −1

g ( f ( x ))=2 2x +4 x −1.

c) Os valores de x para que se tenha f ( g ( x ))= g ( f ( x )).

f ( g ( x ))= g ( f ( x ))

2 2x −2=2 2x +4 x −1 −2=4 x −1 4 x =1−2

x =−4

1.

Page 9: Apostila Calculo i

8

3210

123

4y

x-1-2

-1-2 4

f

f

-1

2) Sendo f ( x )=3 x −1 e f ( g ( x ))=6 x +8, determine g ( x ).

Como f ( x )=3 x −1, então f ( g ( x ))=3⋅ g ( x )−1.

Como f ( g ( x ))=6 x +8, então 3⋅ g ( x )−1=6 x +8.

3⋅ g ( x )−1=6 x +8

3⋅ g ( x )=6 x +8+1

g ( x )=3

96 +x

g ( x )=2 x +3.

1.6 Função Inversa

Definição: Função bijetora: A função f é denominada BIJETORA, se satisfaz as duas condições abaixo:

• 1. O contradomínio de f coincide com sua imagem, ou seja, todo elemento do contradomínio é correspondente de algum elemento do domínio.

• 2. Cada elemento do contradomínio de f é imagem de um único elemento do domínio.

Definição: Diz-se que uma função f possui inversa 1−f se for bijetora. 1.6.1 Determinação da Função Inversa

Caso a função seja bijetora, possuindo portanto inversa, é possível determinar a sua inversa. Para isso “trocamos” a variável x por y na lei que define a função e em seguida “isolamos” o y , obtendo a lei que define a função inversa.

É preciso apenas tomar certo cuidado com o domínio da nova função obtida.

Exemplo

1) Obter a lei da função inversa 1−f da função f dada por y = x +2.

y = x +2 ⇒ função f .

x = y +2 ⇒ trocando a variável x por y e y por x .

y = x −2 ⇒ isolando y .

Então, y = x −2 é a lei da função inversa da função dada por y = x +2.

Logo:

f ( x )= x +2 e 1−f ( x )= x −2

2) Construir os gráficos das funções f e 1−f do exercício anterior, num mesmo sistema de coordenadas.

x f ( x ) x 1−f ( x )

−1 1 1 −1

0 2 2 0

1 3 3 1

2 4 4 2

Note que os gráficos

das funções f e 1−f são simétricos em relação à reta que contém as bissetrizes do 1o e 3o quadrantes.

Page 10: Apostila Calculo i

9

3) Determinar a função inversa 1−g da função g ( x )=32

5

+

x

x, cujo domínio é D = R −

2

3.

y =32

5

+

x

x ⇒ função g .

x =32

5

+

y

y ⇒ trocando a variável x por y e y por x .

(2 y −3) x = y +5 ⇒ isolando y .

2 x y −3 x − y =5

y (2 x −1)=3 x +5

y =12

53

+

x

x ⇒ 2 x −1≠0 ⇒ x ≠

2

1.

Logo, 1−g : R −

2

1→ R −

2

3 dada por y =

12

53

+

x

x é a função inversa procurada.

Lista 1

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10

2 FUNÇÃO POLINOMIAL

Função polinomial com uma variável ou simplesmente função polinomial é aquela cuja formulação matemática é expressa por um polinômio.

2.1 Função polinomial do 1o grau A função polinomial do 1o grau é a que tem sua representação matemática por um polinômio

de grau 1. Representação da função polinomial do 1o grau:

f ( x )= a x +b , com a ,b ∈ R ( a ≠0). a e b são os coeficientes e x a variável independente.

Exemplo:

Em uma função polinomial do 1o grau, y = f ( x ), sabe-se que f (1)=4 e f (−2)=10. Escreva a

função f e calcule f

2

1.

Se f é polinomial do 1o grau, então podemos escrever: y = a x + b . Usando os dados do problema: f (1)=4 ⇒ x =1 e y =4. Então, a ⋅1+ b =4 ⇒ a + b =4 (i).

f (−2)=10 ⇒ x =−2 e y =10. Então, a ⋅(−2)+ b =10 ⇒ −2 a + b =10 (ii). Resolvendo o sistema formado por (i) e (ii):

(i) a + b = 4 a + b = 4

(ii) −2 a + b = 10 ⋅(−1) 2 a − b = −10

3 a = −6 ⇒ a =−2 Se a =−2, então −2+ b =4 ⇒ b =6. A função f é dada por f ( x )=−2 x +6.

Cálculo de f

2

1:

f

2

1=−2⋅

2

1+6=1+6=7

A função é f ( x )=−2 x +6 e f

2

1=7.

2.1.1 Função linear

Seja a função polinomial do 1o grau f ( x )= a x + b . No caso de b =0, temos f ( x )= a x , e ela recebe o nome especial de função linear.

Obs.: Se, em uma função linear tivermos a =1, teremos f ( x )= x ou y = x , que se dá o nome de função identidade.

Page 12: Apostila Calculo i

11

2.1.2 Gráfico de uma função polinomial do 1o grau Para construir o gráfico de uma função polinomial do 1o grau, atribuímos valores do

domínio à variável x e calculamos as respectivas imagens. Exemplo:

Construir o gráfico da função real f dada por y =2 x −1.

x y Par ordenado

−2 −5 (−2,−5)

−1 −3 (−1,−3)

0 −1 (0,−1)

1 1 (1,1)

2 3 (2,3)

3 5 (3,5)

3210

1

2

3

4

y

x-1

-2

-1-2 4

5

-3

-4

-5

Definição 9: O gráfico da função linear y = a x ( a ≠0) é sempre uma reta que passa pela origem do sistema cartesiano.

Definição 10: O gráfico da função polinomial do 1o grau y = a x + b ( a ≠0) intercepta o eixo das ordenadas no ponto (0, b ). 2.1.3 Determinação de uma função a partir do gráfico

Nos exercícios abaixo, determine a lei de formação da função f ( x )= a x + b .

Exemplo

1) Determine a lei de formação da função f , cujo gráfico cartesiano é:

3210

1

2

3

4

y

x-1

-2

-1-2 4

5

-3

-4

-5

Page 13: Apostila Calculo i

12

Sabendo-se que y = a x + b , do gráfico, temos que:

x =−1 e y =−1 ⇒ −1= a ⋅(−1)+ b ⇒ − a +b =−1 (i).

x =1 e y =3 ⇒ 3= a ⋅(1)+ b ⇒ a + b =3 (ii).

(i) − a + b = −1

(ii) a + b = 3

2 b = 2

⇒ b =1

Se b =1, então a + b =3 ⇒ a +1=3 ⇒ a =2 Logo: A função é f ( x )=2 x +1.

2) Determine a lei de formação da função f , cujo gráfico cartesiano é:

3210

1

2

3

4

y

x-1

-2

-1-2 4

5

-3

-4

-5

Sabendo-se que y = a x + b , do gráfico, temos que:

x =1 e y =1 ⇒ 1= a ⋅(1)+ b ⇒ a + b =1 (i).

x =2 e y =−2 ⇒ −2= a ⋅(2)+ b ⇒ 2 a + b =−2 (ii).

(i) a + b = 1 ⋅(−1) − a − b = −1

(ii) 2 a + b = −2 2 a + b = −2

a = −3 ⇒ a =−3 Se a =−3, então −3+ b =1 ⇒ ⇒ b =4 Logo: A função é f ( x )=−3 x +4.

2.1.4 Crescimento e decrescimento de uma função polinomial do 1o grau

Seja f a função polinomial do 1o grau definida por f ( x )= a x + b . Podemos determinar que:

• i) A função f é crescente se o coeficiente a >0;

• ii) A função f é decrescente se o coeficiente a <0.

Page 14: Apostila Calculo i

13

Exemplo

Construir os gráficos das funções f e g do 1o grau a seguir:

i) f ( x )=2 x +1 ii) g ( x )=−2 x +1

3210

1

2

3

4

y

x-1

-2

-1-2 4

5

-3

-4

-5

3210

1

2

3

4

y

x-1

-2

-1-2 4

5

-3

-4

-5

i) Aumentando os valores atribuídos a x , aumentam também os valores

correspondentes da imagem f ( x ).

ii) Aumentando os valores atribuídos a x , diminuem os valores correspondentes

da imagem g ( x ).

2.1.5 Estudo do sinal da função polinomial do 1o grau

Definição: Estudar o sinal de uma função f significa determinar para que valores de x temos

f ( x )>0, f ( x )<0 ou f ( x )=0.

2.1.5.1 Zero de uma função polinomial do 1o grau

Definição: Denomina-se zero ou raiz da função f ( x )= a x + b o valor de x que anula a função,

isto é, torna f ( x )=0.

Definição: Geometricamente, o zero da função polinomial do 1o grau f ( x )= a x + b , a ≠0, é a abscissa do ponto em que a reta corta o eixo x .

Exemplo

Dada a lei de formação da função y =−2 x −4, construir o gráfico e determinar os valores

reais de x para os quais: a) y =0; b) y >0 e c) y <0.

Podemos notar que a função é decrescente, pois a <0. O zero da função é: −2 x −4=0 ⇒ −2 x =4 ⇒ 2 x =−4 ⇒ x =−2. Logo, a reta intercepta o eixo x no ponto de abscissa x =−2. A solução do problema é:

• a) f ( x )=0 ⇒ { x ∈ R ; x =−2};

• b) f ( x )>0 ⇒ { x ∈ R ; x <−2};

• c) f ( x )<0 ⇒ { x ∈ R ; x >−2}.

3210

1

234

y

x-1-2

-1-2 4

5

-3-4

-5

5-3-4-5

Page 15: Apostila Calculo i

14

2.1.5.2 Quadro de sinais da função polinomial do 1o grau

f ( x )= a x + b , a ≠0

Zero da função: a x + b =0 ⇒ x =−a

b

a >0 a <0

x

xf ( )>0xf ( )<0x

ab

ab

axb

xf ( )<0xf ( )>0x

ab

f ( x )= 0 ⇒ x = −a

b f ( x )= 0 ⇒ x = −

a

b

f ( x )> 0 ⇒ x > −a

b f ( x )> 0 ⇒ x < −

a

b

f ( x )< 0 ⇒ x < −a

b f ( x )< 0 ⇒ x > −

a

b

2.2 Inequações do 1o grau

Definição: Denomina-se inequação do 1o grau na variável x toda desigualdade que pode ser reduzida a uma das formas:

• a x + b ≥0;

• a x + b >0;

• a x + b ≤0;

• a x + b <0. com a , b ∈ R e a ≠0.

Exemplo

Verificar se 4( x −1)− 2x ≥3 x − x ( x +1) é uma inequação do 1o grau.

4( x −1)− 2x ≥3 x − x ( x +1)

4 x −4−2x ≥3 x −

2x − x 4 x −3 x + x −4≥0 2 x −4≥0

Logo, 2 x −4 é um polinômio do 1o grau, então 4( x +1)− 2x ≥3 x − x ( x +1) é uma inequação do 1o grau.

Page 16: Apostila Calculo i

15

2.2.1 Resolução de inequações do 1o grau

Definição: Para se resolver uma inequação do 1o grau, são utilizadas as propriedades das desigualdades, apresentando-se o conjunto verdade da inequação (conjunto solução S).

Exemplos

1) Resolver a inequação seguinte: 4( x −1)− 2x ≥3 x − x ( x +1). Represente a solução na reta real.

4( x −1)− 2x ≥3 x − x ( x +1)

4 x −4−2x ≥3 x −

2x − x 4 x −3 x + x −4≥0 2 x ≥4 x ≥2

S={ x ∈ R ; x ≥2} x

2

2) Resolver a inequação seguinte: 3

1−x+

2

14 )( x−>

4

x+

6

2 x−. Represente a solução na reta real.

3

1−x+

2

14 )( x−>

4

x+

6

2 x−

Reduzindo os dois membros ao menor denominador comum:

12

242444 xx −+−>

12

243 xx −+

Simplificando: −20 x +20> x +4 −20 x − x >−20+4 −21 x >−16 Multiplicando por (−1): 21 x <16

x <21

16

S={ x ∈ R ; x <21

16}

x1621

2.2.2 Sistemas de inequações do 1o grau

Definição: O conjunto solução S de um sistema de inequações é determinado pela intersecção dos conjuntos soluções de cada inequação do sistema.

Exemplo:

Resolver a inequação −1<2 x −3≤ x . Apresente o conjunto solução S e represente na reta real. Na verdade, resolver essa inequação simultânea é equivalente a resolver o sistema:

x

x

x1 3

(i)

(ii)(i) ∩

(ii)

S={ x ∈ R ; 1< x ≤3}

Page 17: Apostila Calculo i

16

2.2.3 Inequação-produto e inequação-quociente

Uma inequação do 2o grau do tipo 2x +2 x −8≥0 pode ser expressa por um produto de inequações do 1o grau, fatorando o 1o membro da desigualdade:

2x +2 x −8≥0 ⇒ ( x −2)⋅( x +4)≥0.

Definição: RESOLUÇÃO: Para resolver uma inequação-produto ou uma inequação-quociente, fazemos o estudo dos sinais das funções polinomiais do 1o grau envolvidas. A seguir, determinamos o sinal do produto ou quociente dessas funções, lembrando as regras de sinais do produto e do quociente de números reais. Exemplos

1) Resolver a inequação ( 2x + x −2)⋅(− x +2)≤0.

( 2x + x −2)⋅(− x +2)≤0 ⇒ ( x +2)⋅( x −1)⋅(− x +2)≤0

x

-2 2

( )g

x( )f

x( )h

x( )x( )x( )f g h1

S={ x ∈ R ; −2≤ x ≤1 ou x ≥2}

2) Resolver a inequação 2

13

+−

x

x≥0.

x

2

( )g

x( )f

x( )x( )f

g 13

S={ x ∈ R ; 3

1≤ x <2}

3) Resolver a inequação 2

92

x

x≤0.

2

92

x

x≤0 ⇒

2

33

−⋅+

x

xx )()(≤0

x

-3 3

( )g

x( )f

x( )h

x( )x( )x( )f g

h 2 S={ x ∈ R ; x ≤−3 ou 2< x ≤3}

Page 18: Apostila Calculo i

17

4) Determine o domínio da função y =5

322

−+

x

xx.

5

322

−+

x

xx≥0 ⇒

5

13

−⋅+

x

xx )()(≥0

x

-3 5

( )g

x( )f

x( )h

x( )x( )x( )f g

h 1 D={ x ∈ R ; −3≤ x ≤1 ou x >5}

Lista 2

Page 19: Apostila Calculo i

18

2.3 Função polinomial do 2o grau

Definição: A função f : R → R dada por f ( x )= a 2x +b x + c , com a , b e c reais e a ≠0, denomina-se função polinomial do 2o grau ou função quadrática. Os números representados por a , b e c são os coeficientes da função. Note que se a =0 temos uma função do 1o grau ou uma função constante. Exemplo

Considere a função f do 2o grau, em que f (0)=5, f (1)=3 e f (−1)=1. Escreva a lei de formação dessa função e calcule f (5). Resolução

Tome f ( x )= a 2x +b x + c , com a ≠0.

f (0) = 5 ⇒ a (0)2+b (0)+ c = 5 ⇒ c = 5 c = 5

f (1) = 3 ⇒

a (1)2+b (1)+ c

= 3 ⇒ a +b = −

2 i)

f (−1) = 1 ⇒

a (−1)2+b (−1)+

c = 1 ⇒ a −b =

4 ii)

Resolvendo o sistema formado por (i) e (ii):

(i) a + b = −2

(ii) a − b = −4

(i)+(ii) 2 a = −6 ⇒ a = −3 ⇒ b = 1

A lei de formação da função será f ( x )=−3 2x + x +5

f (5)=−3(5)2+(5)+5

f (5)=−65.

2.3.1 Gráfico de uma função quadrática O gráfico de uma função polinomial do 2o grau ou quadrática é uma curva aberta chamada

parábola. Para evitar a determinação de um número muito grande de pontos e obter uma boa

representação gráfica, vamos destacar três importantes características do gráfico da função quadrática:

(i)

Concavidade

(ii)

Zeros ou raízes

(iii)

Vértice

Page 20: Apostila Calculo i

19

2.3.2 Concavidade

A concavidade de uma parábola que representa uma função quadrática f ( x )= a 2x +b x + c do 2o grau depende do sinal do coeficiente a :

a >0: concavidade para CIMA a <0: concavidade para BAIXO

[Fig.4]: Concavidade de uma função quadrática.

2.3.3 Zeros de uma função quadrática

Definição: Os zeros ou raízes da função quadrática f ( x )= a 2x +b x + c são as raízes da equação

do 2o grau a 2x +b x + c =0, ou seja:

Raízes: x =a

acbb

2

42−±−

.

Considerando ∆=2b −4 a c , pode-se ocorrer três situações:

• i) ∆>0 ⇒ as duas raízes são reais e diferentes: 1x =a

b

2

∆+− e 2x =

a

b

2

∆−−.

• ii) ∆=0 ⇒ as duas raízes são reais e iguais (raiz dupla): 1x = 2x =−a

b

2.

• iii) ∆<0 ⇒ não há raízes reais.

Obs.: Em uma equação do 2o grau a 2x +b x + c =0, a soma das raízes é S e o produto é P tal que:

S= 1x + 2x =−a

b e P= 1x ⋅ 2x =

a

c.

Definição: Geometricamente, os zeros ou raízes de uma função polinomial do 2o grau são as abscissa dos pontos em que a parábola intercepta o eixo x .

Page 21: Apostila Calculo i

20

2.3.4 Vértice da parábola

Considere as parábolas abaixo e observe o vértice V ( Vx , Vy ) em cada uma:

x

y

x

y

x2x1

x1 x2

V( ),xV yV

V( ),xV yV

Eixo de simetria

Vértice de parábolas (∆>0 para as duas). Uma forma de se obter o vértice V ( Vx , Vy ) é:

• Vx =2

21 xx +, já que o vértice encontra-se no eixo de simetria da parábola;

• Vy = a 2Vx +b Vx + c , já que o Vx foi obtido acima.

Outra forma de se obter o vértice V ( Vx , Vy ) é aplicando as fórmulas:

• Vx =−a

b

2 e Vy =−

a4

∆.

2.3.5 Gráfico de uma parábola Com o conhecimento das principais características de uma parábola, podemos esboçar com

mais facilidade o gráfico de uma função quadrática. Exemplos

1) Construir o gráfico da função y =2x +2 x , determinando sua imagem.

a =1>0 ⇒ concavidade voltada para cima.

Zeros da função: 2x +2 x =0 ⇒ x ( x +2)=0 ⇒ 1x =0 e

2x =−2.

Ponto onde a parábola corta o eixo y :

x =0 ⇒ y =0 ⇒ (0,0)

Vértice da parábola: Vx =−

a

b

2=−

2

2=−1

Vy =−a4

∆=−

4

4=−1

⇒ V (−1,−1)

Imagem: y ≥−1 para todo x Real Im ={ y ∈ R ; y ≥−1}

3210

1

2

3

4

y

x-1

-2

-1-2 4

5

-3

-4

-5

5-3-4-5

V

Page 22: Apostila Calculo i

21

2) Construir o gráfico da função y =−2x +4 x −5, determinando sua imagem.

a =−1<0 ⇒ concavidade voltada para baixo.

Zeros da função: −2x +4 x −5=0 ⇒ ∆=−4. ∃/ zeros reais.

Ponto onde a parábola corta o eixo y :

x =0 ⇒ y =−5 ⇒ (0,−5)

Vértice da parábola: Vx =−

a

b

2=−

2

4

−=2

Vy =−a4

∆=−

4

4

−=−1

⇒ V (2,−1)

Imagem: y ≤−1 para todo x Real Im ={ y ∈ R ; y ≤−1}

3210

1

2

3

4

y

x-1

-2

-1-2 4

5

-3

-4

-5

5-3-4-5

V

2.3.6 Estudo do sinal da função quadrática Os valores reais de x que tornam a função quadrática positiva, negativa ou nula, podem ser dados considerando-se os casos, relacionados na tabela abaixo.

f ( x )= a 2x +b x + c com ( a , b e c ∈ R e a ≠0)

a >0 a <0

xx2x1

x

x1 x2

f ( x )>0 para x < 1x ou x > 2x f ( x )<0 para x < 1x ou x > 2x

f ( x )<0 para 1x < x < 2x f ( x )>0 para 1x < x < 2x

f ( x )=0 para x = 1x ou x = 2x f ( x )=0 para x = 1x ou x = 2x

xx2x1

x

x2x1

f ( x )>0 para x ≠ 1x f ( x )<0 para x ≠ 1x

f ( x )<0 ∃/ x real f ( x )>0 ∃/ x real

f ( x )=0 para x = 1x = 2x f ( x )=0 para x = 1x = 2x

Page 23: Apostila Calculo i

22

x

x

f ( x )>0 ∀ x real f ( x )<0 ∀ x real

f ( x )<0 ∃/ x real f ( x )>0 ∃/ x real

f ( x )=0 ∃/ x real f ( x )=0 ∃/ x real

2.4 Inequações do 2o grau Definição: Denomina-se inequação do 2o grau na variável x toda desigualdade que pode ser reduzida a uma das formas:

• a 2x +b x + c ≥0;

• a 2x +b x + c >0;

• a 2x +b x + c ≤0;

• a 2x +b x + c <0. com a , b , c ∈ R e a ≠0.

2.4.1 Resolução de inequações do 2o grau Definição: Para se resolver uma inequação do 2o grau, são utilizadas as propriedades das desigualdades, apresentando-se o conjunto verdade da inequação (conjunto solução S).

Exemplo

1) Resolver a inequação 2x −3 x +2>0. Resolução

Estudar a variação do sinal da função f ( x )= 2x −3 x +2.

a =1>0 ⇒ Concavidade para cima.

2x −3 x +2=0

∆=1>0 ⇒ Duas raízes reais diferentes.

1x =1 x =

2

13 ±±±±

2x =2

x21

S={ x ∈ R ; x <1 ou x >2}. Obs: somente valores positivos.

Page 24: Apostila Calculo i

23

2) Resolver a inequação 2x −10 x +25≥0. Resolução

Estudar a variação do sinal da função f ( x )= 2x −10 x +25.

a =1>0 ⇒ Concavidade para cima.

2x −10 x +25=0

∆=0 ⇒ Raiz dupla (única).

1x = 2x =

2

10

x =5

x5

S= R . Obs: Todos os valores são positivos ou iguais a zero.

3) Resolver a inequação −2 2x +5 x −6≥0. Resolução

Estudar a variação do sinal da função f ( x )=−2 2x +5 x −6.

a =−2<0 ⇒ Concavidade para baixo.

−2 2x +5 x −6=0

∆=−23<0⇒ Não possui zeros reais.

∃∃∃∃//// x real

x

S=∅. Obs: Nunca se tem valores positivos ou iguais a zero.

2.4.2 Sistemas de inequações do 2o grau

Definição: O conjunto solução S de um sistema de inequações é determinado pela intersecção dos conjuntos soluções de cada inequação do sistema.

Exemplo 1) Resolver o sistema de inequações

<<<<++++

−−−−≥≥≥≥++++

05

682 22

x

xxx.

Resolução

(i) ⇒ 2 2x +8≥2x −6 x ⇒ 2 2x +8−

2x +6 x ≥0 ⇒ 2x +6 x +8≥0. (ii) ⇒ x +5<0.

Resolução de (i): Estudar a variação do sinal da função f ( x )= 2x +6 x +8.

a =1>0 ⇒ Concavidade para cima.

2x +6 x +8=0

∆=4>0 ⇒ Duas raízes reais diferentes.

1x =−4 x =

2

26 ±−

2x =−2

x-2-4

Page 25: Apostila Calculo i

24

S(i)={ x ∈ R ; x ≤−4 ou x ≥−2}. Reta real: x-2-4

Resolução de (ii): x +5<0 ⇒ x <−5.

S(ii)={ x ∈ R ; x ≤−5}. Reta real: x-5

Intersecção entre (i) e (ii) ⇒ (i)∩(ii):

x-5

x-5

x-2-4(i)

(ii)

(i) (ii)∩ S={ x ∈ R ; x <−5}.

2) Resolver a inequação x −4<2x −4≤ x +2.

Resolução

1) ⇒ x −4<2x −4 ⇒ x −4−

2x +4<0 ⋅(−1) ⇒ 2x − x >0.

(ii) ⇒ 2x −4≤ x +2 ⇒ 2x −4− x −2≤0 ⇒ 2x − x −6≤0.

Resolução de (i): Estudar a variação do sinal da função f ( x )= 2x − x .

a =1>0 ⇒ Concavidade para cima.

2x − x =0 x ( x −1)=0 ⇒ Zeros={0,1}.

∆=1>0 ⇒ Duas raízes reais diferentes.

1x =0 x =

2

11±±±±

2x =1

x10

S(i)={ x ∈ R ; x <0 ou x >1}. Reta real: x10

Resolução de (ii): Estudar a variação do sinal da função g ( x )= 2x − x −6.

a =1>0 ⇒ Concavidade para cima.

2x − x −6=0

∆=25>0 ⇒ Duas raízes reais diferentes.

1x =−2 x =

2

51±±±±

2x =3

x3-2

S(ii)={ x ∈ R ; −2≤ x ≤3}. Reta real: x3-2

Intersecção entre (i) e (ii) ⇒ (i)∩(ii):

x-2

x

x10(i)

(ii)

(i) (ii)∩

3

-2 0 1 3 S={ x ∈ R ; −2≤ x <0 ou 1< x ≤3}.

Page 26: Apostila Calculo i

25

2) Inequação-produto e inequação-quociente

Definição: RESOLUÇÃO: Para resolver uma inequação-produto ou uma inequação-quociente, fazemos o estudo dos sinais das funções polinomiais envolvidas. A seguir, determinamos o sinal do produto ou quociente dessas funções, lembrando as regras de sinais do produto e do quociente de números reais. Exemplos

3) Resolver a inequação ( 2x −2 x −3)⋅(− 2x −3 x +4)>0. Resolução

x

-4

( )g

x( )f

x( )x( )f g1 3-1

S={ x ∈ R ; −4< x <−1 ou 1< x <3}.

4) Resolver a inequação 16x

6x5x2

2

+−≥0.

Resolução

f(x) = 2x −5 x +6 ⇒ a > 0 ⇒ ∆=1 > 0 ⇒ 1x = 2 e 2x = 3

g(x) = 2x −16 ⇒ a > 0 ⇒ ∆=64 > 0 ⇒ 1x = −4 e 2x = 4

f(x) g(x)

x32

x4-4

x32

x4-4

f(x) = 2x −2 x −3 ⇒ a > 0 ⇒ ∆=16 > 0 ⇒ 1x =

-1 e 2x =

3

g(x) = −2x −3 x +4 ⇒ a < 0 ⇒ ∆=25 > 0 ⇒ 1x

= −4 e 2x = 1

f(x) g(x)

x3-1

x1-4

x3-1

x1-4

Page 27: Apostila Calculo i

26

x

-4

( )g

x( )f

x( )x( )f

g 3 42 S={ x ∈ R ; x <−4 ou 2≤ x ≤3 ou x >4}.

5) Determine o domínio da função f ( x )=6

1032

−−

x

xx.

Resolução

f só representa um número real se 6

1032

−−

x

xx≥0.

F(x) = 2x −3 x −10 ⇒ a > 0 ⇒ ∆=49 > 0 ⇒ 1x = −2 e 2x = 5

g(x) = x −6 ⇒ a > 0 ⇒ g(x) = 0 ⇒ x = 6

f(x) g(x)

x5-2

x6

x5-2

x6

x

-2

( )g

x( )f

x( )x( )f

g 5 6 D ={ x ∈ R ; −2≤ x ≤5 ou x >6}.

Lista 3

Page 28: Apostila Calculo i

27

3 Função Exponencial 3.1 Revisão de Potenciação

3.1.1 Potências com expoente natural

Sendo a um número real e n um número natural, com n ≥2, definimos:

na = 43421 K

fatores n

aaaa ⋅⋅⋅⋅ .

Para n =1 e n =0 são definidos:

1a = a .

0a =1 ( a ≠0).

3.1.2 Potências com expoente inteiro

Se a é um número real não-nulo ( a ≠0) e n um número inteiro e positivo, definimos:

na−=

na

1.

3.1.3 Potências com expoente racional

Se a é um número real positivo e n

m um número racional, com n inteiro positivo,

definimos:

nm

a =n m

a .

3.1.4 Potências com expoente real Podemos considerar que as potências com expoente real têm significado no conjunto dos números

reais. Temos, por exemplo: 210 =25,954553519470080977981828375983.

3.1.4.1 Propriedades Para as potências com expoente real são válidas as seguintes propriedades operatórias:

• ma ⋅na =

nma + .

• ma :na =

nma − ( a ≠0).

• nma )( =nma ⋅ .

• nba )( ⋅ =na ⋅

nb .

• n

b

a

=

n

n

b

a (b ≠0).

Page 29: Apostila Calculo i

28

Exemplos

1) Dê o resultado mais simples de ( 35 ⋅65 ): 105 .

Resolução

Usando as propriedades, temos:

( 35 ⋅65 ): 105 =( 635 + ): 105 =

95 :105 =

1095 −=

15−=

5

1.

2) Calcule o valor da expressão 2

3

2−

+

3

2

1

06 .

Resolução 2

3

2−

+

3

2

1

06 =

2

2

3

+

3

2

1

−1=

4

9+

8

1−1=

8

8118 −+=

8

11.

3) Simplifique x

xx

2

22 25 ++−

.

Resolução

x

xx

2

22 25 ++−

=x

xx

2

2222 25⋅−⋅

=x

x

2

222 25 )( −⋅= 52 − 22 =28.

4) Calcule 34

8 . Resolução

• Primeira resolução: 34

8 =3 48 = 3 4096 =16.

• Segunda resolução: 34

8 = 34

32 )( = 343

2⋅

= 42 =16.

5) Determine o valor de 7081 ,:

2081 , .

Resolução 7081 ,

:2081 ,

=207081 ,, −

=5081 ,

= 5043 ,)( =23 =9.

10) Qual o valor de 2210 )( : 510 ),( ?

Resolução 2210 )( : 510 ),( =

2210 ⋅: 5110 )( − =

210 :510−

=)( 5210 −−=

710 =10000000.

3.2 Equações exponenciais

Definição: Chama-se equação exponencial toda equação que contém incógnita no expoente. Exemplo:

• x2 =16.

• 13 +x . 23 −x=9.

Page 30: Apostila Calculo i

29

• 13 −x=27.

• 10⋅ x22 −5⋅ x22 −1=0.

3.2.1 Resolução de equações exponenciais Para resolver uma equação exponencial, devemos transformá-la de modo a obter potências

de mesma base no primeiro e no segundo membros da equação utilizando as definições e propriedades da potenciação. Além disso, usaremos o seguinte fato:

Definição: Se a >0, a ≠1 e x é a incógnita, a solução da equação xa =pa é x = p .

Exemplos

1) Resolver a equação x4 =512. Resolução

Usando as propriedades das potências, vamos transformar o 1o e 2o membros da equação em potências de mesma base:

x4 =512 ⇒ x)( 22 = 92 ⇒ x22 = 92 ⇒ 2 x =9 ⇒ x =2

9.

S=

2

9.

2) Uma empresa produziu, num certo ano, 8000 unidades de determinado produto. Projetando um aumento anual de produção de 50%, pergunta-se:

• a) Qual a produção P dessa empresa t anos depois?

• b) Após quantos anos a produção anual da empresa será de 40500 unidades?

Resolução

• a) Obs: 50%=100

50=0,5

Um ano depois: 8000+0,5⋅8000=8000⋅(1+0,5)=8000⋅1,5

Dois anos depois: (8000⋅1,5)⋅1,5=8000⋅ 251 ),(

Três anos depois: (8000⋅ 251 ),( )⋅1,5=8000⋅ 351 ),(

Produção P, t anos depois: P=8000⋅ t),( 51

• b) Fazendo P=40500, na fórmula anterior, obtemos a equação:

40500=8000⋅ t),( 51 Resolvendo a equação:

40500=8000⋅ t),( 51

⇒ t),( 51 =8000

40500. Obs: 1,5=

2

3.

⇒ t

2

3=

16

81

⇒ t

2

3=

4

4

2

3

⇒ t

2

3=

4

2

3

⇒ t =4.

Desse modo, a produção anual da empresa será de 40500 unidades após 4 anos.

Page 31: Apostila Calculo i

30

3) Determine o conjunto solução da equação 281 +x=1 no universo dos números reais.

Resolução

Sabendo que 081 =1, temos: 281 +x

=1 ⇒ 281 +x=

081 ⇒ x +2=0 ⇒ x =−2. S={−2}.

3.2.2 Resolução de equações exponenciais com o uso de artifícios Para se resolver determinadas equações exponenciais, são necessárias algumas

transformações e artifícios. Exemplos

1) Resolver a equação x4 −5⋅ x2 +4=0. Resolução

Usando as propriedades da potenciação, vamos fazer uma transformação na equação dada: x4 −5⋅ x2 +4=0 ⇒ x)( 22 −5⋅ x2 +4=0 ⇒ 22 )( x −5⋅ x2 +4=0.

Fazendo x2 = y , temos a equação do 2o grau em y :

2y −5 y +4=0 ⇒ y =2

16255 −± ⇒ 1y =4 e 2y =1.

Voltando à igualdade x2 = y :

1y =4: x2 = y ⇒ x2 =4 ⇒ x2 = 22 ⇒ x =2.

2y =1: x2 = y ⇒ x2 =1 ⇒ x2 = 02 ⇒ x =0.

S={0,2}.

2) Determine o conjunto solução da equação x5 −x−25 =24.

Resolução

Preparando a equação, temos: x5 −

x−25 =24 ⇒ x5 −25 ⋅

x−5 =24 ⇒ x5 −25⋅x5

1=24 ⇒ x5 −

x5

25=24.

Fazendo x5 = y , temos:

y −y

25=24 ⇒ 2y −25=24 y ⇒ 2y −24 y −25=0 ⇒

−=

=

1

25

2

1

y

y

Voltando à igualdade x5 = y :

1y =25: x5 = y ⇒ x5 =25 ⇒ x5 =

25 ⇒ x =2.

2y =−1: x5 = y ⇒ x5 =−1 ⇒ Esta equação não tem raiz em R , pois x5 >0, para todo x real.

S={2}.

3.3 Função exponencial

Definição: A função f : R → R dada por f ( x )= xa (com a >0 e a ≠1) é denominada função exponencial de base a .

Page 32: Apostila Calculo i

31

3.3.1 Gráfico da função exponencial no plano cartesiano

Dada a função f : R → R , definida por f ( x )= xa (com a >0 e a ≠1), temos dois casos para

traçar seu gráfico: (i) a >1 e (ii) 0< a <1.

• (i) a >1.

1) Traçar o gráfico de f ( x )= x2 .

x f ( x )= x2

−2 4

1

−1 2

1

0 1

1 2

2 4

3 8

3210

6

7

8

y

x-1-2 4-3-4

1

2

3

4

5

OBS.1: Quanto maior o expoente x , maior é a potência xa , ou seja, se a >1 a função f ( x )= xa é crescente.

• (ii) 0< a <1.

2) Traçar o gráfico de f ( x )=x

2

1.

x f ( x )=x

2

1

−3 8

−2 4

−1 2

0 1

1 2

1

2 4

1

3210

6

7

8

y

x-1-2 4-3-4

1

2

3

4

5

Page 33: Apostila Calculo i

32

Obs.2: Quanto maior o expoente x , menor é a potência xa , ou seja, se 0< a <1 a função f ( x )= xa é decrescente. Com base no gráfico, podem-se tirar algumas considerações:

3.3.2 Características da função exponencial

Seja f : R → R , definida por f ( x )= xa (com a >0 e a ≠1).

• Domínio da função f são todos os números reais ⇒ D = R .

• Imagem da função f são os números reais positivos ⇒ Im = ∗+R .

• A curva da função passa pelo ponto (0,1).

• A função é crescente para a base a >1.

• A função é decrescente para a base 0< a <1.

3.4 Inequações exponenciais

Definição: São inequações exponenciais aquelas que aparecem incógnitas no expoente.

3.4.1 Resolução de inequações exponenciais Para resolver inequações exponenciais, devemos observar dois passos importantes:

• 1) Redução dos dois membros da inequação a potências de mesma base;

• 2) Verificar a base da exponencial, a >1 ou 0< a <1, aplicando as propriedades abaixo.

Caso (i): a >1 Caso (ii): 0< a <1

ma >na ⇒ m > n ma >

na ⇒ m < n

As desigualdades têm mesmo sentido As desigualdades têm sentidos

diferentes

Exemplos:

1) Resolva a inequação x2 >32.

Resolução

Como 52 =32, a inequação pode ser escrita: x2 > 52 ⇒ Caso (i): a >1.

⇒ x >5. S={ x ∈ R ; x >5}.

2) Resolva a inequação xx 23 2

3 +)( ≥1.

Resolução xx 23 2

3 +)( ≥1 ⇒ xx 23 2

3 +)( ≥ 03)( ⇒ Caso (i): a >1.

⇒ 3 2x +2 x ≥0

Tome f ( x )=3 2x +2 x

f ( x )=0 ⇒ 3 2x +2 x =0 ⇒

=

−=

03

2

2

1

x

x

x023 S={ x ∈ R ; x ≤−2/3 ou x ≥0}.

Page 34: Apostila Calculo i

33

3) Resolva a inequação 3

2

1+

x

<

72

2

1−

x

.

Resolução 3

2

1+

x

<

72

2

1−

x

⇒ Caso (ii): 0< a <1.

x +3>2 x −7 ⇒ − x >−10 ⋅(−1) ⇒ x <10. S={ x ∈ R ; x <10}.

Page 35: Apostila Calculo i

34

Lista 4

Page 36: Apostila Calculo i

35

4 Função Logarítmica 4.1 Definição de Logaritmo

Definição: Dados dois números reais positivos, a e b , com a ≠1, existe um único

número real x de modo que xa =b . Este número x é chamado de logaritmo de b na base a e indica-se balog .

Podemos então, escrever:

xa =b ⇔ x = balog (1≠ a >0 e b >0).

Na igualdade x = balog , temos:

• a é a base do logaritmo;

• b é o logaritmando ou antilogaritmo;

• x é o logaritmo. Exemplos

Calcular o valor de x nos exercícios seguintes:

1) 322log = x .

x2 =32 ⇒ x2 = 52 ⇒ x =5.

2) 164log = x .

x4 =16 ⇒ x4 = 24 ⇒ x =2.

3) x8log =1.

18 = x ⇒ x =8.

4) 813log = x .

x3 =81 ⇒ x3 =

43 ⇒ x =4.

5) 15log = x .

x5 =1 ⇒ x5 =

05 ⇒ x =0.

OBS. 1: blog ⇒ significa b10log . Quando não se indica a base, fica

subentendido que a base é 10.

Page 37: Apostila Calculo i

36

4.2 - Conseqüências da definição

Tome 1≠ a >0, b >0 e m um número real qualquer. Da definição de logaritmos, pode-se verificar que:

• 1) O logaritmo de 1 em qualquer base é igual a zero.

1alog =0, pois 0a =1.

• 2) O logaritmo da própria base é igual a 1.

aalog =1, pois 1a = a .

• 3) O logaritmo de uma potência da base é igual ao expoente. m

a alog = m , pois ma =ma .

• 4) O logaritmo de b na base a é o expoente ao qual devemos elevar a para obter b .

baalog

=b , pois xa =b ⇔ x = balog .

4.3 Propriedades dos logaritmos

1) Logaritmo de produto )(log yxa ⋅ = xalog + yalog (1≠ a >0, x >0 e y >0).

2) Logaritmo de quociente

y

xalog = xalog − yalog (1≠ a >0, x >0 e y >0).

3) Logaritmo de potência m

a xlog = m ⋅ xalog (1≠ a >0, x >0 e m ∈ R ).

4.4 Cologaritmo

Cologaritmo de um número positivo b numa base a (1≠ a >0) é o logaritmo do inverso desse número b na base a .

bco alog =

ba

1log ⇒ bco alog =− balog (1≠ a >0 e b >0).

Exemplo

Sabendo que log 3= a e log 5=b , calcule os logaritmos abaixo, em função de a e b .

a) log 15

log 15= log (3⋅5)= log 3+ log 5= a +b .

b) log 675

log 675= log ( 33 ⋅25 )= log 33 + log 25 =3 log 3+2 log 5=3 a +2b .

c) log 2

Page 38: Apostila Calculo i

37

log 2= log 510 = log 10− log 5=1−b .

4.5 Mudança de base As propriedades logarítmicas são válidas para logaritmos numa mesma base, por

isso, em muitos casos, é conveniente fazer a conversão de logaritmos de bases diferentes para uma única base.

A seguir, será apresentada a fórmula de mudança de base. Seja:

balog = x ⇒ xa =b .

Aplicando o logaritmo na base c em ambos os membros, obtemos:

xc alog = bclog ⇒ x ⋅ aclog = bclog ⇒ x =

a

b

c

c

log

log, mas x = balog .

Então:

balog =a

b

c

c

log

log (1≠ a >0, 1≠ c >0 e b >0).

Exemplos

1) Sendo log 2=0,3 e log 3=0,4, calcule 62log .

62log =2

6

loglog

=2

32

log)log( ⋅

=2

32

logloglog +

=30

4030

,,, +

=30

70

,,

=3

7.

2) Resolva a equação x2log + x4log + x16log =7.

A condição de existência é x >0. Transformando para a base 2: x2log + x4log + x16log =7

x2log +42

2

loglog x

+162

2

loglog x

=7

x2log +2

2 xlog+

42 xlog

=7

4

24 222 xxx logloglog ++=

4

28

7 x2log =28

x2log =4 42 = x

x =16 ⇒ 16 satisfaz a condição de existência. Logo, o conjunto solução é:

S={16}.

3) Resolva a equação 2log ( x +2)+ 2log ( x −2)=5.

Page 39: Apostila Calculo i

38

Condições de existência são: x +2>0 e x −2>0 ⇒ x >−2 e x >2. Então: x >2.

2log ( x +2)+ 2log ( x −2)=5

2log [( x +2)⋅( x −2)]=5

( x +2)⋅( x −2)= 52 2x −4=32 2x =36 2x =±6 ⇒ −6 não satisfaz a condição de existência mas, 6 satisfaz.

Logo, o conjunto solução é: S={6}.

4.6 Função logarítmica

A função exponencial g : R → ∗+R definida por g ( x )= xa (com 1≠ a >0) é

bijetora. Nesse caso, podemos determinar a sua função inversa. É a função logarítmica definida abaixo.

Definição: A função f : ∗+R → R definida por f ( x )= xalog (com 1≠ a >0) é chamada

função logarítmica de base a .

4.6.1 Gráfico da função logarítmica no plano cartesiano Como os gráficos de funções inversas são simétricos em relação à bissetriz dos

quadrantes ímpares, o gráfico da função logarítmica é de imediata construção, uma vez que já vimos o gráfico da função exponencial.

Seja f : ∗+R → R , tal que y = xalog e 1−f : R → ∗

+R , tal que y =xa . Os gráficos de f

e 1−f serão plotados no mesmo plano cartesiano ortogonal.

(i) a >1.

3210

6

7

8

y

x-1-2 4-3-4

1

2

3

4

5

=y x

log xa=y

=y xa

Gráfico da função logarítmica e exponencial ( a >>>>1).

(ii) 0< a <1.

Page 40: Apostila Calculo i

39

3210

67

8

y

x-1-2 4-3-4

1

2

3

4

5

=y xa=y x

log xa=y

Gráfico da função logarítmica e exponencial (0<<<< a <<<<1).

4.7 Inequações logarítmicas Chamamos de inequação logarítmica toda inequação que envolve logaritmos com

a incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos.

Exemplos

1) Resolva a inequação 21log ( x −3)≥

21log 4.

Condição de existência: x −3>0 ⇒ x >3 (i). Base: (0< a <1). Como a base é um número entre 0 e 1, a função logarítmica é decrescente e o sentido da desigualdade se inverte para os logaritmandos. x −3≤4 ⇒ x ≤3 (ii). A solução da inequação deve satisfazer as duas condições:

x

x

x

7

3(i)

(ii)

(i) (ii)∩ 73

S={ x ∈ R ; 3< x ≤7}.

2) Resolva a inequação 4log ( 2x − x )≥ 4log (2 x +10).

1a Condição de existência:

2x − x >0 ⇒ x <0 ou x >1 (i). 2a Condição de existência:

Page 41: Apostila Calculo i

40

2 x +10>0 ⇒ x >−5 (ii). Base: ( a >1).

2x − x ≥2 x +10 ⇒ 2x − x −2 x −10≥0 ⇒ 2x −3 x −10≥0 ⇒ x ≤−2 ou x ≥5 (iii). A solução da inequação deve satisfazer as três condições:

x

x

x(i)

(ii)

(iii)

x(i) (ii)∩ -2

(iii)∩ -5 0 1

5

-5

-2

0 1

S={ x ∈ R ; −5< x ≤−2 ou x ≥5}.

3) Suponha que o preço de um carro sofra uma desvalorização de 20% ao ano. Depois de quanto tempo, aproximadamente, seu preço cairá para cerca da metade do preço de um carro novo? (Use 10log 2=0,3)

p = 0p (1−0,2) t ⇒ p = 0p (0,8) t ⇒ p = 0p

t

10

8 ⇒

Procura-se p =20p

, logo:

20p

= 0p

t

10

8 ⇒ ( 0p ≠0) ⇒

2

1=

t

10

23

⇒ 12− = t32 ⋅t−10

Aplicando 10log em ambos os membros, temos:

10log 12− = 10log ( t32 ⋅t−10 )

10log 12− = 10log ( t32 ⋅t−10 )

10log 12− = 10log t32 + 10log t−10

− 10log 2=3 t 10log 2− t 10log 10

−0,3=3 t ⋅0,3− t −0,3=0,9 t − t −0,3=−0,1 t t =3

O preço do carro cairá para a metade do preço do carro novo depois de 3 anos

Lista 5

Page 42: Apostila Calculo i

41

5 FUNÇÃO MODULAR

Dependendo dos valores de x uma função f pode ser definida por duas ou mais

sentenças. Como exemplo podemos ter uma função de IR em IR definida por:

f(x) =

A função modular apresenta a característica de valor absoluto, isto é, o que está

em modulo é considerado em valor absoluto e conseqüentemente, sem sinal.

Define-se módulo ou valor absoluto de x e indica-se por | x |.

Uma função é modular se a cada x associa | x | , f(x) = | x | , onde:

| x | =

Portanto, a função modular pode ser transformada em duas possibilidades, a saber:

quando a função que está no módulo for positiva ( + ), ela permanece como está e

quando a função que está no módulo for negativa ( – ), troca-se o sinal da função.

NOTA: O domínio dessa função f são todos os reais e a imagem [0, + ] ou

simplesmente: D(f) = IR e Im(f) = IR+

Obs.:

O gráfico de uma função modular pode ser esboçado mediante a separação em

sentenças, isto é, dada a funçãof(x) = |x – 1|, vamos transformá-la em uma função

determinada por mais de uma sentença. Estudando o sinal da função que está no

módulo, ou seja, achando a raiz da função que está no módulo, x – 1 = 0; e portanto x

= 1. Logo, temos:

– 1 +

Page 43: Apostila Calculo i

42

<+−

≥−

=

1,1

1,14

)(

xsex

ou

xsex

xf

Basta atribuir valores convenientes a x e verificar a imagem em f(x). Fazendo isso

estaremos obtendo pontos que determinam o traçado do gráfico, observe:

x y

-1 2

0 1

1 0

2 1

Equações Modulares

Nas equações modulares, usa-se a mesma idéia, isto é, o que está em módulo ou

é positivo ou é negativo, e isto pode ser alterado multiplicando-se a equação negativa

por –1.

Ex1.: | x – 2 | = 3

Temos então duas opções:

x – 2 = 3 ou – (x – 2) = 3 e daí, x – 2 = –3

então: ou x = 3 + 2 = 5 ou x = –3 + 2 = –1

S = {–1,5}

Page 44: Apostila Calculo i

43

Ex2: | 3x + 2 | = 5x – 8

Neste caso deve-se impor que: 5x – 8 ≥ 0 → x ≥ .5/8 3x + 2 = 5x -8 ou 3x + 2 = - 5x + 8

x = 5 x = 3/4

Como, pela condição inicial,

S = {5}

Inequações Modulares

Resolver as inequações modulares:

a) | 2x + 4 | > 2

b) | 3x + 9 | ≤≤≤≤ 6

a) Resolver a equação | 2x + 4 | > 2 é equivalente resolver as equações: 2x + 4 > 2 ou 2x

+ 4 < –2 e daí, na primeira equação tem-se x > –1, na segunda equação tem-se x < –3; e

portanto a solução é a união entre as duas respostas, ou seja,

S = {x ∈∈∈∈ IR ; x < –3 ou x > –1}.

b) E resolver | 3x + 9 | ≤≤≤≤ 6 é o mesmo que resolver: 3x + 9 ≤≤≤≤ 6 e 3x + 9 ≥≥≥≥ –6, e portanto

na primeira tem-se x ≤≤≤≤ –1 e na segunda tem-se x ≥≥≥≥ –5; e portanto a solução é a

intersecção, ou seja, S = {x ∈∈∈∈ IR ; –5 ≤≤≤≤ x ≤≤≤≤ –1}

Page 45: Apostila Calculo i

44

PARTE II - 1 LIMITES

1.1 Noção Intuitiva e Propriedades 1.1.1 Noção Intuitiva

Seja a função f(x)= 2x + 1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela

sua direita (valores maiores que 1) e pela sua esquerda (valores menores que 1) e

calcular o valor correspondente de y.

x y = 2x + 1 x y = 2x + 1 1,01 3,02 0,6 2,2 1,02 3,04 0,7 2,4 1,03 3,06 0,9 2,8 1,04 3,08 0,95 2,9 1,1 3,2 0,98 2,96 1,2 3,4 0,99 2,98

Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja,

quando x tende para 1 (x →1), y tende para 3 (y → 3), ou seja, 3)1x2(lim 1x =+→

De forma geral, escrevemos:

b)x(flim ax =→

1.1.2 Propriedades

1. )x(glim)x(flim)]x(g)x(f[lim axaxax →→→ ±=±

2. )x(glim)x(flim)]x(g)x(f[lim axaxax →→→ ⋅=⋅

3. )x(glim

)x(flim

)x(g

)x(flim

ax

axax

→→ =

4. )x(flimk)]x(kf[lim axax →→ =

5. ( ) *,)(lim)(lim Nnxfxfn

ax

n

ax ∈= →→

6. *nax

nax Nn,)x(flim)x(flim ∈= →→

Page 46: Apostila Calculo i

45

Exemplos

1) =+→ )x3x(lim 321x

2) =π→ )xcosx(lim 3x

3) =+

→10x

xcoslim

20x

4) =+→22

1x )3x(lim

5) =−+→ 1xxlim 232x

6) =+→ )x3x(senlim 21x

7) =−+→ )4x3x2(lim 22x

8) =−

−→ 2x

4xlim

2

2x

9) =−

+−→

9x

3x4xlim

2

2

3x

10) =−

+−→ 1x

4x5xlim

2

1x

11) =−

+−→

1x

2x3xlim

2

3

1x

12) =−+

→ x

33xlim 0x

13) =++−→ )4x3x(lim 31x

14) =+→ )senxx(coslim 0x

15) =−

−→

4x

8xlim

2

3

2x

16) =−

−→ 1h

1hlim 1h

17) =−+

→ t

5t325lim 0t

18) =−+

→ t

16)t4(lim

2

0t

19) =−

++−→

1x

2x3xlim

2

2

1x

20) =−−+

→ x

x1x1lim 0x

21) =−

−→

1x

1xlim

5

4

1x

Page 47: Apostila Calculo i

46

x a

?

y

1.2 Limites Laterais Consideramos uma função y = f(x), da qual queremos achar os limites laterais

para x tendendo a a, ou seja, queremos calcular:

Limite lateral à direita

?)x(flim ax =−→

Limite lateral à esquerda

Vejamos como proceder em cada caso:

� Limite a direita (quando x → a+)

Exemplo:

=++→ )4x3(lim 2x 10

� Limite a esquerda (quando x → a-)

Exemplo:

=+−→ )4x3(lim 2x 10

O Limite de uma função existe quando )x(flim)x(flim axax +→−→ =

x

?

y

a

?)x(flim ax =+→

Page 48: Apostila Calculo i

47

1.3 Limites Infinitos e Assíntotas 1.3.1 Limites Infinitos

Quando os valores assumidos pela variável x são tais que |x|> N, sendo N tão

grande quanto se queria, então se diz que o limite da variável x é infinito.

+∞=+∞→ xlimx ou −∞=−∞→ xlimx

Igualdades Simbólicas

Tipo Soma:

a. (3) + ( ∞± ) = ∞±

b. (+ ∞ ) + (+ ∞ ) = + ∞

c. - ∞ + (- ∞ ) = - ∞

d. ∞ - ∞ = indeterminado

Tipo Produto:

a. 5 x ( ∞± ) = ∞±

b. (-5) x ( ∞± ) = ∞m

c. (+ ∞ )x(+ ∞ ) = + ∞

d. (+ ∞ )x(- ∞ ) = - ∞

e. ± ∞ x 0 = indeterminado

Tipo Quociente:

a. 0c

=∞

b. ∞=∞

c

c. 00

=∞

d.0

0 e =

∞ indeterminado

Tipo Potência:

a. +∞=+∞c (c>1)

b. 0c =+∞ (0<c<1)

c. 00 =∞

d. 0c =−∞

e. +∞=+∞ +∞)(

f. −∞=−∞ c)( (se c for ímpar)

Page 49: Apostila Calculo i

48

g. +∞=−∞ c)( (se c for par)

h. 0)( =+∞ −∞

i. 0)( c =±∞ −

j. 00 = indeterminado

k. =±∞ 0)( indeterminado l. =±∞1 indetermindado

Obs.: O limite de uma função polinomial quando x tende ao infinito, é o limite do termo

de maior grau.

Exemplos

1) =−++∞→ )13(lim 2xxx

2) =−+

−+−+∞→

4x3x2

1x2x4x5lim

2

2

x

3) =+−

−+−∞→

3xx

5x4x3lim

2

2

x

4) −∞→xlim =+

34

5

6x

x2

5) =−+

++∞→

1x3x2

xx18lim

4

4

x

6) =−−−+++∞→ )1xx1xx(lim 22x

1.3.2 Assíntotas Horizontais e Verticais

Traçaremos com facilidade um esboço gráfico de uma função se conhecermos as

assíntotas horizontais e verticais do gráfico, caso elas existam.

Assíntota são as linhas horizontais e verticais que no gráfico servem para

traçarmos a função, onde a função vai tender para este valor, o que encontrarmos da

assíntota, porém não "toca " esta reta, pois a assíntota são os limites laterais vertical e

horizontal da função

Page 50: Apostila Calculo i

49

Assíntota Vertical

Dizemos que a reta x = a é uma assíntota vertical do gráfico de f, se pelo menos

uma das afirmações seguintes for verdadeira:

i. ∞=+→

)(lim xfax

ii. −∞=+→

)(lim xfax

iii. ∞=−→

)(lim xfax

iv. −∞=−→

)(lim xfax

Assíntota Horizontal

Dizemos que a reta y = b é uma assíntota horizontal do gráfico de f, se pelo

menos uma das afirmações seguintes for verdadeira:

i. b)x(flimx =+∞→

ii. b)x(flimx =−∞→

1.4 Funções Contínuas Uma função f é contínua em um ponto a se são satisfeitas as seguintes

condições:

i. ∃ )(af

ii. ∃ )x(flim ax→

iii. )a(f)x(flim ax =→

Exemplos: Verifique se as funções abaixo são contínuas no ponto indicado:

1) x35x2)x(f +−= em x = 4

2)

>−

=

<−

=

3xsex3

3xse2

3xse1x

)x(f

2

em x = 3

1.5 Limites Trigonométricos

1x

senxlim 0x =→

Page 51: Apostila Calculo i

50

Demonstrando o limite fundamental por tabela temos que:

Exemplos

1) =→ x

x3senlim 0x

2) =→ x2sen

x5senlim 0x

1.6 Limites da Função Exponencial e Logarítmica

ex

11lim

x

x =

+∞→ (1)

Neste caso, e representa a base dos logaritmos naturais ou neperianos. Trata-se

do número irracional e, cujo valor aproximado é 2,7182818

Propriedades:

P1)

( ) [ ] )(lim)( )(lim)(lim xg

ax

xg

axaxxfxf →

→→ =

P2) ( ) )(limlog)(loglim xfxf axax →→ =

P3) ( ) )(lim)(lim xfxf

axaxee →=→

x sen x

0,008 0,008

0,006 0,006

0,004 0,004

0,002 0,002

0,001 0,001

x

x

x

11

+

1 2

2 2,25

3 2,3703

10 2,5937

100 2,7048

1000 2,7169

10000 2,7181

100000 2,7182

Page 52: Apostila Calculo i

51

Nota-se que a medida que x ∞→ , x

x

11

+ → e

De forma análoga, efetuando a substituição yx

=1

e y

x1

=

temos: e)y1(lim y1

0y =+→ (2)

Ainda de forma mais geral, temos:

(3) klyl

0y e)ky1(lim =+→

(4) kllx

x ex

k1lim =

+∞→

(5) alnx

1alim

x

0x =−

(6) 1x

1elim

x

0x =−

Exemplos

1) =

−∞→

x

x x

11lim

2) =+

∞→x

x )1x

x(lim

3) ( ) =+→x/1

0x x1lim

4) =−

→ x

1elim

x2

0x

Lista 6

Page 53: Apostila Calculo i

52

2 DERIVADAS

2.2 A Derivada como Função O Cálculo Diferencial e Integral criado por Leibniz e Newton no século XVII

tornou-se logo de início um instrumento precioso e imprescindível para a solução de

vários problemas relativos à Matemática e a Física. Na verdade, é indispensável para

investigação não-elementar tanto nas ciências naturais como humanas.

O formalismo matemático do Cálculo que à primeira vista nos parece abstrato e

fora da realidade, está internamente relacionado com o raciocínio usado pelas pessoas

em geral na resolução de problemas cotidianos.

2.3 A Derivada como Taxa de Variação Determinação do coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de uma função em

um determinado ponto deste gráfico:

Seja f uma função representada no gráfico abaixo:

y

xx

f x( )

Gostaríamos de encontrar a inclinação da reta tangente a este gráfico em um

determinado ponto, vamos supor P(x, f(x)).

Page 54: Apostila Calculo i

53

Sabemos que o coeficiente angular da reta nos dá a inclinação desta. Sendo

assim, devemos encontrar o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico em

P (x, f(x)).

y

xx

f x( )

Seja P(x, f(x)) e Q (x + h, f(x +h)) dois pontos da função f onde h representa a

diferença entre as abscissas de P e Q. É fácil determinar o coeficiente angular da reta

PQ utilizando os conceitos de trigonometria no triângulo retângulo.

Seja s a reta secante ao gráfico de f pelos pontos P e Q.

y

x

Q

P

x x + h

f x( )

f x+h( )

f x( )

s

R

Sabemos que o coeficiente angular mPQ da reta secante é dado por

PR

QRtgmm sPQ =α==

h

)x(f)hx(fms

−+= (i) inclinação da reta secante

Page 55: Apostila Calculo i

54

Podemos tomar no gráfico pontos Q1, Q2, Q3, Q5,....Qn cada vez mais próximos

de P, a reta s(PQ) secante a curva, tende a posição de tangência em P e o acréscimo h,

tende a zero.

y

x

Q

P

x x + h

f x( )

f x+h( )

f x( )

s

RQ3

Q2

Q1

Logo:

h

)x(f)hx(flimm

mlimm

0xt

s0xt

−+=

=

onde m representa o coeficiente angular da reta tangente.

Esse limite quando existe é chamado Derivada de t

Definição

Seja uma função f: D → R, e seja D’ o conjunto de todos os valores x tal que

exista f’(x).

Chama-se função derivada de f a função f’ : D’ → R tal que:

x

)x(f)xx(flim)x('f 0x

−∆+= →∆

Exemplo

1) Seja a função f: R → R tal que f(x) = x2. Obter a função derivada de f: 2) Utilizando a definição calcule a derivada da função f(x)=x3

Outras notações para a função derivada:

� y’ (lê-se: derivada de y)

� y’x (lê-se: derivada de y em relação a x)

� dx

dy (derivada de y em relação a x)

� Df (derivada de f)

Page 56: Apostila Calculo i

55

2.2.1 Significado físico da derivada

A questão fundamental da cinemática consiste em determinar a velocidade de

um móvel em um instante qualquer quando é conhecida a equação de seu movimento ou

seja, a expressão que nos dá o espaço (posição) em função do tempo, s=f(t).

Quantitativamente a velocidade exprime em geral, a razão de variação do espaço

em relação ao tempo. Quando esta razão é constante, temos o movimento uniforme. Ou

seja, se o móvel percorre um espaço S∆ em um intervalo de tempo t∆ , a velocidade é

dada pelo quociente t

Sv

∆= , que é uma razão constante.

Quando porém, temos um movimento variado, ou seja, o móvel percorre espaços

diferentes em tempos iguais, é necessário e fundamental distinguir a velocidade média

da velocidade instantânea.

Se um automóvel percorre 120 km em 2 horas, não podemos concluir deste fato

que sua velocidade tenha sido de 60 km/h. Se durante o percurso nós ativéssemos ao

velocímetro constataríamos que a velocidade apresentou variação, ora para mais, ora

para menos. Portanto a velocidade de 60 km/h que obtivemos dividindo 120km pelo

tempo de 2 horas gastos em percorrê-los é o que chamamos de velocidade média. A

velocidade que observamos a cada instante no velocímetro do veículo denominamos

velocidade instantânea.

Consideremos um móvel de equação horária s = f(t) que se desloca sobre uma

trajetória retilínea de origem O e que em um instante t1 ocupe uma posição S1 e num

instante t2 ocupe uma posição S2.

Sabemos que o espaço percorrido pelo móvel entre uma posição e outra é

12 SSS −=∆ ou )()( 12 tftfS −=∆ e que o tempo gasto para percorrê-lo é 12 ttt −=∆ .

Logo, sua velocidade média neste percurso é:

12

12

12

12m tt

)t(f)t(f

tt

SS

t

SV

−=

−=

∆=

0 S1 S2

Page 57: Apostila Calculo i

56

Com a definição de velocidade média e considerando a variação do tempo

tendendo a zero podemos estabelecer a equação da velocidade instantânea no instante t1,

dada por:

12

120t tt

)t(f)t(flim

t

SlimV

−=

∆= →∆

Mas tttttt ∆+=⇒∆=− 1212 e considerando t1 um instante genérico t, temos

ttt ∆+=2 , logo:

t

)t(f)tt(flimV 0t

−∆+= →∆

que é a derivada da função f em relação a sua variável independente t, ou seja:

Se S = f(t) então S’(t) = v

Raciocínio semelhante pode ser desenvolvido a partir da função velocidade do

móvel, v= f(t), o que nos levará a concluir que a sua derivada nos fornecerá a aceleração

do móvel em um instante qualquer, isto é:

Se v = f(t) então v’(t) = a

Onde a é a aceleração instantânea do móvel.

2.2.3 Regras de derivação:

Esta seção contém algumas regras gerais que simplificam o trabalho de cálculo

das derivadas.

1) f(x) = c f’(x) = 0

2) f(x) = xn f’(x) = n.xn-1

3) f(x) = k g(x) f’(x) = k g’ (x)

4) f(x) = u.v f’(x) = u’v + uv’

5) v

uxf =)(

2

'')('

v

uvvuxf

−=

6) f(x) = gn f’(x) = n.gn-1.g’

7) f(x) = au f’(x) = au.ln a.u’

8) f(x) = eu f’(x) = eu

Page 58: Apostila Calculo i

57

9) f(x) = ln u u

1)x('f =

10) f(x) = log a u aln.u

1)x('f =

11) f(x) = cos u f’(x) = - sen u

12) f(x) = sen u f’(x) = cos u

13) f(x) = tg u f’(x) = sec2 u

14) f(x) = cotg u f’(x) = - cossec2u

15) f(x) = sec u f’(x) = sec u. tg u

16) f(x) = cossec u f’(x) = - cossec u. cotg u

17) f(x) = arc sen u 2u1

1)x('f

=

18) f(x) = arc cos u 2u1

1)x('f

−=

19) f(x) = arc tg u 2u1

1)x('f

+=

2.4 A Regra da Cadeia Derivada de uma função composta f(x) = g(f(x)) f’(x) = g’(u) . u’ u

2.5 Derivadas Funções Algébricas Exemplos

1) y = 4x2 – 2x

2) 7

3

5

x7y

2−−=

3) 3 2xy =

4) 1

2

+=

x

xy

5) )xx1)(3x2(y 2+−+=

6) 52 )3x(y +=

Page 59: Apostila Calculo i

58

7) 2x1y −=

8) 3x4

2y

+=

2.6 Derivadas de Funções Exponenciais e Logarítmicas Exemplos

1) x3y =

2) xey =

3) x22xey +=

4) ax2 exy ⋅=

5) 1e

1ey

x

x

+

−=

6) xlogy 3=

2.7 Derivadas de Funções Trigonométricas Exemplos 1) y = sen 5x 2) y = 3cos 2x 3) y = tg 3x 4) y = sec 4x 5) y = tg x3 6) y = tg2 x 7) y = cotg(1 – 2x2) 8) y = x2cosx 9) y = sen2x.cosx

10) x

xcosy =

11) x2

xarccosy

−=

2.8 Derivadas Sucessivas Seja f uma função contínua em um intervalo I e derivável em um intervalo

A ⊂ I. Vimos que a derivada de f em A denotamos por f’ . Se f’ é derivável em um

intervalo B, B ⊂ A, a esta derivada de f’ denotamos por f” denominamos derivada

segunda de f.

Procedendo de maneira análoga, definimos as derivadas terceiras,

quarta,...,enésimas.

Page 60: Apostila Calculo i

59

Exemplo

1) Obtenha até a derivada de 5a ordem da função f(x) = 5x5 – 3x3

2) Dada a função f(x) = x4 – 2x3 + 4x2 – 1, pede-se calcular f”(-1) e f(6)(15)

2.9 Derivação Implícita A derivação implícita requer quatro passos:

1) Derive os dois lados da equação em relação a x, considerando y como uma

função derivável de x.

2) Reúna os termos que contêm dy/dx.

3) Fatore isolando dy/dx.

4) Encontre dy/dx.

Exemplo

1) Determine dy/dx em: a) 2x3y + 3xy3 = 5 b) (x + y)2 – (x – y)2 = x3 + y3

2.10 Regra de L’Hospital Agora apresentaremos um método geral para levantar indeterminações do tipo

0

0 ou

∞. Esse método é dado pelas regras de L’Hospital.

Regras de L’Hospital:Sejam f e g funções deriváveis num intervalo aberto I.

Suponhamos que g’(x) ≠ 0 para todo x ≠ a em I.

i). Se 0)x(glim)x(flim axax == →→ e L)x('g

)x('flim ax =→ então:

L)x('g

)x('flim

0x(g

)x(flim axax == →→

ii). Se ∞== →→ )x(glim)x(flim axax e L)x('g

)x('flim ax =→ então:

L)x('g

)x('flim

)x(g

)x(flim axax == →→

Obs.: A regra de L’Hospital continua válida se +∞=→ )x('g

)x('flim ax ou

−∞=→ )x('g

)x('flim ax . Ela também é válida para os limites laterais e para os limites no

infinito.

Page 61: Apostila Calculo i

60

Exemplos

1) 30lim

x

tgxxx

−→

2) x33x exlim −

∞→

2.11 Taxas de Variação Relacionadas Notemos que se duas grandezas variáveis estão relacionadas entre si através de uma

terceira grandeza, então suas taxas de variação em relação a esta grandeza da qual

dependem também estarão.

Estratégia para a resolução de problemas de Taxas Relacionadas

Se y depende de x e x depende de t, temos: dt

dx

dx

dy

dt

dy⋅=

Page 62: Apostila Calculo i

61

Exemplos

1) Esvaziando um tanque

A que taxa o nível do líquido diminui dentro de um tanque cilíndrico vertical se

bombearmos o líquido para fora a uma taxa de 3.000 L/min?

2) Um balão subindo

Um balão de ar quente, subindo na vertical a partir do solo, é rastreado por um

telêmetro colocado a 500 pés de distância do ponto de decolagem. No momento em

que o ângulo de elevação do telêmetro é π/4, o ângulo aumenta a uma taxa de 0,14

rad/min. A que velocidade o balão sobe nesse momento?

Page 63: Apostila Calculo i

62

3 APLICAÇÕES DAS DERIVADAS

3.1 Extremos de Funções Máximos e Mínimos

Suponha que o gráfico abaixo tenha sido feito por um instrumento registrador

usado para medir a variação de uma quantidade física em relação ao tempo. Em tal caso,

o eixo dos x representa o tempo e as ordenadas dos pontos do gráfico, os valores da

quantidade f(x).

Por exemplo, os valores de y podem representar medidas de temperaturas,

pressão, corrente em um circuito elétrico, pressão sangüínea de indivíduo, quantidade de

um produto químico em uma solução, bactérias em uma cultura, etc.

Observemos que há intervalos em que a função é crescente e outros nos quais ela

é decrescente.

y

xa b c d e

M

N

P

A figura mostra que f é crescente no intervalo de ]a,b[, decrescente de ]b, c[,

crescente ]c, d[ e decrescente de ]d, e[.

Se restringirmos nossa atenção ao intervalo de [b, e], veremos que a quantidade

atingiu seu máximo (maior valor) em d e seu mínimo em c.

Observe que em outros intervalos existem diferentes máximos e mínimos.

O ponto M da curva, de abscissa x = b, situa-se exatamente no ponto onde a

função passa de crescente para decrescente. Dizemos então que a função apresenta um

máximo local em x = b, ou que f(b) é um máximo local da função. Isto é, o valor de f(b)

é o maior valor que a função assume para valores de x, próximos de b.

Convém observar que o ponto M não é o ponto mais alto do gráfico. M é o

ponto mais alto dos que lhe são próximos. Por isso o adjetivo “local”.

Page 64: Apostila Calculo i

63

Vejamos agora que a função é decrescente no intervalo de ]b, c[ e crescente de

]c, d[. O ponto N da curva, situa-se exatamente no ponto em que a função passa de

decrescente para crescente e sua abscissa é x = c. Observamos que N é o mais baixo

ponto entre os que lhe são próximos. Dizemos que a função apresenta ai um mínimo

local, ou que f(c) é um mínimo local de f. O valor de f(c) é o menor valor que a função

assume para valores próximos de x, próximos de b.

Notemos que a função pode apresentar outros máximos e mínimos locais.

Definição: Seja f uma função definida em um intervalo l e c um número em l, então:

i). f(x) é máximo de f em l se f(x) ≤ f(c) para todo x em l

ii). f(x) é mínimo em f em l se f(x) ≥ f(c) para todo x em l

Definição: Seja c um valor do domínio de uma função f

i). f(c) é máximo local de f se existe um intervalo (a,b), contendo c, tal que

f(x) ≤ f(c) para todo x em (a,b)

ii). f(c) é mínimo local de f se existe um intervalo (a,b), contendo c, tal que

f(x) ≥ f(c) para todo x em (a,b)

Teorema: Se uma função f tem extremo local para um valor c, então f’(c) = 0 ou f’(c)

não existe.

Suponha que uma função f seja derivável, neste caso o seu gráfico admite

tangente em cada ponto, conforme o gráfico abaixo.

No ponto B, de máximo local, e A de mínimo local, a tangente ao gráfico é uma

reta horizontal, paralela ao eixo x. Logo f’(a) = f’(b) = 0 pois o coeficiente angular da

reta tangente é a derivada da função no ponto.

A

B

Page 65: Apostila Calculo i

64

Se f é uma função derivável e xo ponto tal que f’(xo) = 0 ou não exista, dizemos

que x0 é um ponto crítico da função f.

Portanto da afirmação anterior, concluímos que os máximos e mínimos locais de

uma função ocorrem em pontos críticos da função.

A condição f’(x) = 0 é necessária para que haja máximo ou mínimo local no

ponto x, mas não é suficiente.

Seja por exemplo a função f(x) = x3. Derivando temos: f’(x) = 3x2, logo f’(x) = 0

e o ponto de abscissa x = 0 não é nem máximo local nem mínimo local da função.

Definição: Um ponto (número) c do domínio de uma função f é ponto crítico de f se, ou

f’(c)=0 ou f’(c) não exista.

Exemplo

Determine os pontos críticos da função f(x) = 4x2 – 3x + 2

Determinação dos Máximos e Mínimos locais:

1º) Calcular a derivada primeira da função f e resolver a equação f’(x)=0,

cujas raízes são as abscissas dos pontos críticos de f.

2º) Examinamos cada ponto crítico encontrado afim de verificar se trata-se

de extremo ou não. Para isso, utilizaremos o teste da derivada primeira

ou o teste da derivada segunda.

Crescimento e Decrescimento de funções:

Teorema: Seja f uma função contínua em um intervalo fechado [a, b] e derivável no

intervalo aberto (a, b).

i). Se f’(x) > 0 para todo x em (a, b) então f é crescente em [a, b]

ii). Se f’(x) < 0 para todo x em (a, b) então f é decrescente em [a, b]

Teste da Derivada Primeira:

Suponhamos que para x = x0 a função f tenha um ponto crítico e sejam a e b

muito próximos de x0 tais que a<x0<b, então:

i). Se tivermos que f’(a) > 0 e f’(b) < 0, então, nesse caso a função passa de

crescente a decrescente e podemos afiram que f(x0) é um máximo local da

função.

Page 66: Apostila Calculo i

65

ii). Se tivermos que f’(a) < 0 e f’(b) > 0, então, nesse caso a função passa de

decrescente a crescente e podemos afirmar que f(x0) é um mínimo local da

função.

Exemplos

1) Seja a função f(x) = x2 -4. Determine os pontos de máximo, de mínimo e de inflexão se existirem.

2) Seja a função f(x) = - x3 + 8x2 + 12x – 5. Determine os pontos de máximo, de

mínimo e de inflexão se existirem. Concavidade e Teste da Derivada Segunda:

Teste da Concavidade: Se uma função f é diferenciável em um intervalo aberto

contendo c, então, no ponto P(c, f(c)), o gráfico é:

i). Côncavo para cima se f”(c) > 0

ii). Côncavo para baixo se f”(c) <0

Teste da Derivada Segunda: Seja f diferenciável em um intervalo aberto contendo c e

f’(c)=0.

i). Se f”(c) < 0, então f tem máximo local em c

ii). Se f”(c) > 0, então f tem mínimo local em c

Se a função f admite derivada segunda nos pontos críticos, e supondo que esta

seja contínua no domínio considerado, podemos empregá-la para examinar cada ponto

crítico e classificá-lo.

Seja x0 a abscissa de um ponto crítico, se f”(x0) > 0, o gráfico de f côncavo para

cima para x próximo de x0, isto é, f tem ai concavidade voltada pra cima e então f(x0) é

um mínimo local de f.

Se f”(x0) < 0, o gráfico de f é côncavo para baixo pra x próximo de x0, isto é, f

tem concavidade voltada pra baixo, e nesse caso, f(x0) é um máximo local de f.

Resumindo:

Mínimo Local:

>

=

0)x("f

0)x('f

0

0

Máximo Local:

<

=

0)x("f

0)x('f

0

0

Page 67: Apostila Calculo i

66

Exemplo

Determinar os pontos máximos ou mínimos da função f(x) = - x3 – 3x2 + 9x – 5, se existirem usando o teste da DERIVADA SEGUNDA.

3.2 Teorema do Valor Médio Teorema de Rolle

Suponha que y = f(x) seja contínua em todos os pontos de [a,b] e derivável em todos

os pontos de (a,b). Se f(a)=f(b)=0, então há pelo menos um número c em (a,b) onde

f’(c)=0.

Teorema do Valor Médio

Suponha que y = f(x) seja contínua em um intervalo fechado [a,b] e derivável no

intervalo aberto (a,b). Se f(a)=f(b)=0, então há pelo menos um ponto c em (a,b) em que

f’(c) = ab

)a(f)b(f

3.2 Construindo Gráficos Exemplos

Esboçar o gráfico de:

a) y = x3 – x

b) y = x4 – 5x2 + 4

3.3 Modelagem e Otimização Exemplos:

1) Confeccionando uma caixa

Uma caixa sem tampa será feita recortando-se pequenos quadrados congruentes dos

cantos de uma folha dde estanho medindo 12 x 12 pol e dobrando-se os lados para

cima. Que tamanho os quadrados das bordas devem ter para que a caixa chegue à

capacidade máxima?

2) Projetando uma lata de óleo

Pediram para você projetar uma lata de óleo com s forma de um cilindro reto. Que

dimensões exigirão menos material?

Page 68: Apostila Calculo i

67

4 INTEGRAÇÃO Até o momento, nosso problema era; dada a função obter a sua derivada. A

partir de agora, trabalharemos com a pergunta inversa: dada a função de quem ela é

derivada?

A operação contrária a diferenciação (ou a derivação) é chamada de

antidiferenciação ou anti-derivada.

Definição: Uma função F é chamada de anti-derivada de uma função f em um intervalo

l se F’(x) = f(x) para todo x em l.

4.1 Integrais Indefinidas A anti-diferenciação é um processo pelo qual se obtém a anti-derivada, mais

geral de uma função encontrada. O símbolo ∫ denota a operação de integral, e

escrevemos:

∫ += C)x(Fdx)x(f

A expressão acima é chamada de Integral Indefinida de f. Em lugar de usarmos

a expressão antiderivação para o processo de determinação de F, utilizaremos agora, a

expressão Integração Indefinida.

Para facilitar o nosso processo de obtenção da anti-derivada de uma função,

temos algumas regras, que veremos a seguir.

4.2 Técnicas de Integração 4.2.1 Fórmulas de integração básica - Integrais imediatas

∫ += cxdx

∫ += caxadx

∫ ++

=+

c1n

xdxx

1nn

∫ += cxlnx

dx

∫ += caln

adxa

xx

Page 69: Apostila Calculo i

68

∫ += cedxe xx

∫ += csenxxdxcos

∫ +−= cxsenxdx cos

∫ += ctgxxdxsec2

∫ += cxsecdx.tgx.xsec

∫ +−= cgxcotxdxseccos 2

∫ +−= cxseccosgxdxcot.xseccos

carctgxdxx1

12

+=+

cxarccosdxx1

12

+=

+

−∫

c1xxlndxx1

1 2

2+++=

+

−∫

cx1

x1ln

2

1dx

x1

12

+−

+=

−∫

4.2.2 Integração por Substituição

Em muitos casos, a integral não se apresenta a primeira vista como podendo ser

resolvida por aplicação das fórmulas de integrais imediatas. Basta, no entanto, fazer

uma substituição de variável e isso se tornará possível.

Exemplo

1) ∫ =xdx2cos2

2) ∫ =+ xdx)x1( 32

3) ∫ =+1x

dx2

4) =+

∫xcos2

senxdx

5) ∫ =xdx2sec.x2tg 22

6) =∫ dxe x3

Page 70: Apostila Calculo i

69

7) ∫ =+

+

dx1x

e 1x

8) ∫ =senx

xdxcos

4.2.3 Integração por Partes ∫ ∫−= du.vv.udv.u

Exemplo

1) ∫ =dxe.x x

2) ∫ =dx.senx.x

3) ∫ =dxex2x3

4) ∫ =dxxln 3

5) ∫ =+ dx)1xln( 2

4.2.4 Integração com aplicação de identidades trigonométricas

As identidades seguintes são empregadas no cálculo das integrais

trigonométricas do presente capítulo:

i). 1xcosxsen 22=+

ii). xsecxtg1 22 =+

iii). xseccosxgcot1 22 =+

iv). )x2cos1(2

1xsen2

−=

v). )x2cos1(2

1xcos2

+=

vi). x2sen2

1xcossenx =⋅

vii). [ ])yx(sen)yx(sen2

1ycossenx ++−=⋅

viii). [ ])yxcos()yxcos(2

1senysenx +−−=⋅

ix). [ ])yxcos()yxcos(2

1ycosxcos ++−=⋅

Page 71: Apostila Calculo i

70

x). x2

1sen2xcos1 2

=−

xi). x2

1cos2xcos1 2

=+

xii).

−π±=± x

2

1cos1senx1

Exemplos

1) ∫ =xdxsen3

2) ∫ =xdxcos5

3) ∫ =xdxsen2

4) ∫ =xdxcos2

4.2.5 Integração por frações parciais

Esta técnica é usada para integrar funções racionais próprias, isto é, funções da

forma )(

)(

xg

xf, onde f e g são polinomiais e o grau de f(x) é menor que o grau de g(x). A

idéia é desdobrar o integrando em uma soma de funções racionais mais simples, que

podem ser integradas.

CASO 1: Fatores de g(x) lineares e distintos

Exemplo: Calcule ∫ =−12

x

dx

CASO 2: Fatores lineares repetidos

Exemplo: Calcule ∫ =−−

+dx

xx

x

)2()1(

)1(2

Page 72: Apostila Calculo i

71

X=1 X=3

y

x

4.2.6 Integrais Impróprias

Integrais Impróprias com Limites de Integração Infinitos

1) Se f(x) é contínua em [a, ∞), então ∫∫∞

∞→=

b

aab

dxxfdxxf )(lim)(

2) Se f(x) é contínua em (- ∞, b], então ∫∫∞−

−∞→=

b

a

b

adxxfdxxf )(lim)(

3) Se f(x) é contínua em (- ∞, ∞), então ∫∫∫∞

∞−

∞−

+=c

c

dxxfdxxfdxxf )()()(

onde c é qualquer número real.

4.3 Integrais definidas - Somas de Riemann Teorema fundamental do Cálculo: Seja f uma função contínua em [a, b] e g uma

função tal que g’(x) = f(x) para todo x ∈ [a, b].

Então ∫ −==b

a

b

a afbfxFdxxf )()()()( .

A expressão ∫ba dx)x(f é chamada de Integral Definida de f de a até b.

Em linguagem simples, este teorema nos diz que se g é uma anti-derivada de f,

então a integral definida de a até b de f é dada pela diferença g(b) – g(a).

Os valores de a e b são chamados de limites de integração.

Exemplos

1) Calcule ∫ =31

2dxx

2) Calcule ∫ =31 dx5

3) Calcule ∫ =70 xdx

4.3.1 Interpretação geométrica

1) Seja f(x) = 5. Tomemos a região delimitada por (x), o eixo x e as retas x = 1 e x = 3.

Page 73: Apostila Calculo i

72

Temos um retângulo de base 2 e altura 5, cuja área é dada por:

A1 = b.h = 2x5 = 10u.a (como no exemplo 2)

2) Seja f(x) = x (exemplo 3). Tomaremos a região delimitada pelo eixo x, a função f(x)

= x e as retas x = 0 e x = 7.

Temos um triângulo de base 7 e altura 7, cuja área é dada por

auA .2

49

2

772 =

⋅= .

Os fatos observados nestes exemplos não são mera coincidência. Na verdade, se

f(x)>0 para x ∈ [a,b], então ∫b

adxxf )( nos fornece a área limitada por f(x) pelas retas x

=a e x = b e o eixo x.

3) Tomemos agora um exemplo em que f(x) < 0 em [a, b]

∫−

−=+

13 dx)1x(

( ) ( )2)3(

2

3)1(

2

1x

2

x 2213

2−=

−+

−−

−+

−=+

1 3 7 x

y

1

3

f(x)=x

7

Page 74: Apostila Calculo i

73

A região delimitada por y = (x+1), pelo eixo x e as retas x = - 3 e x = - 1 é

apresentada

abaixo:

Note que A3 é um triângulo de base 2 e altura 2, assim, .a.u2

22A3

⋅=

Assim, vemos que ∫−

−=

133 dx)x(fA .

Em geral se f(x)<0 em [a, b] a área delimitada por f(x), o eixo x e as retas x = a e

x=b é dada por ∫=ba dx)x(fA .

4.3.2 Propriedades das integrais definidas

1. Se uma função f é integrável no intervalo fechado [a, b], e se k é uma

constante qualquer, então:

∫ ∫=ba

ba dx)x(fkdx)x(f.k

Exemplo: Calcule o valor da integral ∫ =30 xdx5

2. Se as funções f e g são integráveis no mesmo intervalo fechado [a,b] então f +

g é integrável em [a, b] e:

1

-1

-2

-3 -1 x

y

Page 75: Apostila Calculo i

74

∫ ∫ ∫+=+ba

ba

ba dx)x(gdx)x(fdx)]x(g)x(f[

Exemplo: Calcule o valor da integral ∫ =

+

53

2 dxx

1x

3. Se a função f é integrável nos intervalos fechados [a, b], [a, c] e [c, b] então:

∫ ∫ ∫+=ba

ca

bc dx)x(fdx)x(fdx)x(f

Exemplo: Calcule o valor da integral ∫− =32 xdx

Page 76: Apostila Calculo i

75

5 APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA

5.1 Cálculo de áreas de uma região plana Se f é uma função contínua em um intervalo fechado [a, b] e se f(x) ≥ 0 para

todo x em [a, b], então temos que o número que expressa a área da região limitada pela

curva y = f(x), o eixo x e as retas x = a e x = b é dada por, em unidades quadradas:

∫=ba dx)x(fA

Por conveniência, referimo-nos à região R como a região sob o gráfico f de a até

b.

y

x

a b

Exemplos

1) Encontre a área limitada pela curva y = x2, o eixo x e as retas x = -1 e x = 2.

x x=1 x=2

y

Área = R

Page 77: Apostila Calculo i

76

-4

x

y

-2 2

2) Encontre a área limitada pela curva y = x2 – 4, o eixo x e as retas x = - 2 e x = 2

3) Calcule a área limitada pelas curvas y = x2 + 1, y = - x2 - 1 e as retas x = -1 e x = 3.

4) Calcule a área da região def. pela curva y = x2 – 4, o eixo x e as retas x = -4 e x = 2

y

x

-10

10

3 -1

A1

A2

y

2

-4

-2 -4

12

x

A2

A1

Page 78: Apostila Calculo i

77

x a b

y

g(x)

5.2 Área da região limitada por duas funções Nesta seção, consideraremos a região que esta entre os gráficos de duas funções.

Se f e g são contínuas em f(x) ≥ g(x) ≥ 0 para todo x em [a, b], então a área A da

região R, limitada pelos gráficos de f, g, x =a e x = b, pode ser calculada subtraindo-se a

área da região sob o gráfico de g (fronteira inferior de R) da área da região sob o gráfico

de f (fronteira superior de R):

∫ ∫−=ba

ba dx)x(gxdx)x(fA ou ∫ −

ba dx)]x(g)x(f[

Suponha que desejamos calcular a área A delimitada por duas curvas f(x) e g(x)

e as retas x = a e x = b, como ilustra a figura abaixo:

Note que a área pode ser obtida pela diferença das áreas A1 – A2

Sendo ∫=ba1 dx)x(fA e ∫=

ba2 dx)x(gA

A = A1 – A2

x a b

y f(x)

g(x)

y f(x)

a b x

Page 79: Apostila Calculo i

78

=A ∫ba dx)x(f ∫−

ba dx)x(g ∫ −=

ba dx)]x(g)x(f[A

Assim verificamos que é válido o teorema a seguir:

Teorema: se f e g são contínuas e f(x) ≥ g(x) ≥ 0 para todo x em [a, b], então a área A

da região delimitada pelos gráficos de f, g, x = a e x = b é:

∫ −=ba dx)]x(g)x(f[A

Diretrizes pra encontrar a área de uma região R limitada por duas funções:

� Esboçar a região, designando por y = f(x) a fronteira superior e por y = g(x) a

fronteira inferior.

� Encontrar os pontos de intersecção (a e b) entre as duas funções (sistema de

equações)

� Calcular a integral ∫ −=ba dx)]x(g)x(f[A

Exemplos

1) Encontre a área A da região limitada pelas curvas y = x2 e y = -x2 + 4x.

5.3 Volume de um sólido de revolução: Definição: Um sólido de revolução é um sólido gerado pela rotação de uma região do

plano em torno de uma reta no plano, chamada de eixo de revolução.

Exemplo: Ao girarmos o triângulo abaixo em torno do eixo x, obtemos um cone de

revolução.

y

x

y

x

Page 80: Apostila Calculo i

79

Definição: Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b]. Se S for o sólido

obtido pela rotação, em torno do eixo x da região limitada pela curva y = f(x), o eixo x e

as retas x = a e x = b e se V for o número de unidades cúbicas do volume de S, então:

∫π=ba

2dx)]x(f[V

Definição: Seja uma região R do plano limitada pelos gráficos de x = a, x = b e

pelos gráficos de duas funções contínuas f e g, com f(x) ≥ g(x) ≥ 0 para todo x

em [a, b]. Então o volume do sólido gerado pela rotação da região R em torno do

eixo x é dado por:

[ ]∫ −π=ba

22 dx)x(g)x(fV

Lista 8

Page 81: Apostila Calculo i

80

Lista 1: Funções 1) Seja a relação de A = {0, 1, 3} em B = {0, 1, 2, 3, 4, 5} definida por g(x) = x2

– 4x + 3. Faça o diagrama de g e verifique se g é uma função de A em B. Em caso afirmativo escreva o conjunto imagem.

2) Seja a função f de D = {1, 2, 3, 4, 5} em R definida por f(x) = (x – 2)(x – 4). Determine o seu conjunto imagem.

3) Sejam f e g funções reais definidas, para todo o número real não nulo, por:

( )25

83)( −

+−= x

xxxf e ( )23

31

3

5)( 2

+−

−= xx

xxg

Se a e b são números reais distintos tais que f(a) = g(a) e f(b) = g(b), calcule a + b

4) Considere a função f(x) real, definida por f(1) = 43 e f(x + 1) = 2f(x) – 15. Determine o valor de f(0)

5) Determine o domínio das seguintes funções:

a) 54)( −= xxf

b) 1

3)(

2−

=x

xf

c) xy 21−=

d) 2

7

4

1

3

1)(

−−

−+

+

+=

x

x

xx

xxf

6) Sendo 1

1)(

−=

xxf , x≠ 1 e 42)( −= xxg , ache o valor de

+

2

1))2(( fggf .

7) Se 1

1)(

−=

xxf , qual o valor de x para que f(f(x)) = 1?

8) Dada a função 5

62)(

+=

x

xxf com x ≠ 5. calcule:

a) f-1(x) b) f-1(4)

Respostas: 1) sim, Im{0, 3} 2) Im = {-1, 0, 3} 3) 3 4) 29 5) a) D = R b) D = R – {-1, 1}

c)

≤∈=2

1| xRxD

d) { }2,,43| ≠<<−∈= xexRxD

6) – 9

7) 2

3=x

8) a) 2

65

+

x

x

b) 13

Page 82: Apostila Calculo i

81

Lista 2: Função Polinomial do 1º grau

1) Dada a função f(x) = 5x – 2, determine: a) f(2) b) o valor de x para que f(x) = 0 2) Em uma função polinomial do 1o grau, y = f(x), sabe-se que f(1) = 4 e f(-2) =

10. Escreva a função f e calcule

2

1f

3) Um vendedor recebe mensalmente um salário composto de duas partes: uma parte fixa, no valor de R$900,00 e uma variável, que corresponde a uma comissão de 8% do total de vendas que ele fez durante o mês. a) Expressar a lei da função que representa seu salário mensal b) Calcular o salário do vendedor que durante um mês ele vendeu R$ 50.000,00 em produtos 4) Num determinado país, o gasto governamental com educação, por aluno em escola pública, foi de 3.000 dólares no ano de 1985, e de 3.600 dólares em 1993. Admitindo que o gráfico do gasto por aluno em função do tempo seja constituído de pontos de uma reta: a) Obtenha a lei que descreve o gasto por aluno (y) em função do tempo (x), considerando x = 0 para o ano de 1985, x = 1 para o ano de 1986, x = 2 para o ano de 1987 e assim por diante. b) Em que ano o gasto por aluno será o dobro do que era em 1985? 5) Considere as funções f e g definidas em R por f(x) = 8 – x e g(x) = 3x a) Ache as raízes das funções f e g b) Sabendo que os gráficos de f e g são retas concorrentes, calcule as coordenadas do ponto de intersecção. 6) Resolver a inequação 4x – 1 + 2(1 – 3x) ≤ 0

7) Determinar o conjunto verdade da inequação: 6

2

42

)1(4

3

1 xxxx −+>

−+

8) Resolver o sistema

<−−

≥−

03

512

x

x

9) Determinar o domínio da função 3

1

+−

−=

x

xy

Respostas: 1) a) 8 b) 2/5 2) f(x) = - 2x + 6 e f(-1/2) = 7 3) a) y = 900 + 0,08x b) R$ 4900,00 4) a) y = 75x + 3000 b) 2025 5) a) 8 e 0 b) (2, 6)

6)

≥∈=2

1| xRxS

7)

<∈=21

16| xRxS

8) { }3| ≥∈= xRxS

9) { }31| <≤∈= xRxD

Page 83: Apostila Calculo i

82

Lista 3: Função Polinomial do 2º grau 1) Considere a função f do 20 grau, onde f(0) = 5, f(1) = 3 e f(-1) = 1. Escreva a lei de formação dessa função e calcule f(5). 2) Determine o valor de m para que a parábola que representa graficamente a função y = 3x2 – x + m passe pelo ponto (1, 6) 3) Determinar os zeros da função y = x2 – 4x – 5 4) Seja a função f(x) = x2 – 2x + 3k. Sabendo que essa função possui dois zeros reais iguais, determine o valor real de k. 5) A função f(x) = x2 + kx + 36 possui duas raízes reais, m e n, de modo que

12

511=+

nm. Determine o valor de f(-1) nessa função

6) Determinar as coordenadas do vértice V da parábola que representa a função f(x) = - 5x2 + 3x – 1. 7) Determinar a e b de modo que o gráfico da função definida por y = ax2 + bx – 9 tenha o vértice no ponto (4, - 25) 8) Determinar o conjunto imagem da função f(x) = x2 – 3x + 2 9) A função f(x) = x2 – x – 6 admite valor máximo ou valor mínimo? Qual é esse valor? 10) Considerar todos os possíveis retângulos que possuem perímetro igual a 80 cm. Dentre esses retângulos, determinar aquele que terá área máxima. Qual será essa área? 11) Determinar p de modo que a função f(x)= px2 + (2p – 1)x + p assuma valores positivos para todo x real. 12) Resolver a inequação –x2 + 1 ≤0 13) Determinar o conjunto solução da inequação x2 – 10x + 25 ≥ 0 14) Resolver a inequação x – 4 <x2 – 4 ≤ x + 2

15) Resolver a inequação 13

12

<+

+

x

x

Respostas 1) f(x) = - 3x2 + x + 5 f(5) = - 65 2) 4 3) 5 e -1 4) 1/3 5) 52

6)

20

11,

10

3V

7) a = 1 e b = - 8

8)

−≥∈=4

1/Im yRy

9) O valor mínimo da função é y = - 25/4 10) O retângulo que terá a maior área será o de lados 20 cm e 20cm, e a área máxima será de 400 cm2.

11)

<∈4

1/ pRp

12) { }1,,1| ≥−≤∈= xouxRxS

13) S = R

14) { 02| <≤−∈= xRxS ou }31 ≤< x

15) S = {x ∈ R| x < - 3 ou -1< x <2}

Page 84: Apostila Calculo i

83

Lista 4: Função exponencial 1) Uma cultura inicial de 100 bactérias, reproduz-se em condições ideais. Supondo que, por divisão celular, cada bactéria dessa cultura dê origem a duas outras bactérias idênticas por hora. a) Qual a população dessa cultura após 3 horas do instante inicial? b) Depois de quantas horas a população dessa cultura será de 51.200 bactérias? 2) Resolva as equações:

a) 72821=+

+x

b) 081

34 4

=−−

xx

3) Determine o conjunto solução das seguintes equações:

a) 0273.2832=+−

xx

b) xx 2.123222

=+

c) 14

5

6416 +=

+ xx

4) Se f(x) = x2 + x e g(x) = 3x, determine x para que f(g(x)) = 2. 5) Cada golpe de uma bomba extrai 10% de óleo de um tanque. A capacidade do tanque é de 1 m3 e, inicialmente, esta cheio. a) Após o 5o golpe, qual o valor mais próximo para o volume de óleo que permanece no tanque? b) Qual é a lei da função que representa o volume de óleo que permanece no tanque após n golpes? 6) Resolva as inequações:

a) ( ) ( )4355

2

≥− xx

b)

513

3

1

3

1+−

<

xx

C) 1275,02 222 <⋅− ++ xX

7) Determine o domínio da função 12 2 −= −xy

Respostas: 1) a) 800 bactérias b) 9 horas 2) a) 3/2 b) 4 3) a) {0, 3} b) {2, 3} c) {1, 2} 4) x = 0 5) a) 0,59m3 b) f(n) = 1 . (0,9)n

6) a) }4,,1/{ ≥−≤∈ xouxRx

b) }3/{ >∈ xRx

c) }0/{ <∈ xRx

7) }2/{ ≥∈ xRx

Page 85: Apostila Calculo i

84

Lista 5: Função logaritmica 1) Resolva as seguintes equações: a) log2 (x – 4) = 3 b) logx (3x

2 – x) = 2 c) (log3x)

2 – log3x – 6 = 0 d) log5(log3x) = 1 2) Sabendo que log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477, calcule: a) log 6 b) log 5

c) log 2,5 d) log 3 3) Qual o conjunto solução da equação

2loglog 10010 =+ xx

4)Determine o campo de existência da função

)2510(log)12(log)( 23

23 +−−−−= xxxxxf

5) Resolva as inequações: a) log3(5x – 1) > log3 4 b) log2(x – 4) > 1 c) log12(x – 1) + log12(x – 2) ≤ 1

6) Desenvolva a expressão ln

( )

+3

2

BA

B.A

7) Resolva o sistema

=+

=+

3ylogxlog

9yx

22

8) Sabendo que log 2 (a + b) = 2 e (a - b) = 2 2 , calcular log 2 (a2 - b2)

9) Dados log 2 = a e log 3 = b, expressar log 9 20 em função de a e b.

10) Na figura está representado o gráfico de f (x) = log 2

+ bax

1. Qual é o

valor de f (1)?

Page 86: Apostila Calculo i

85

Respostas: 1) a) 12 b) ½ c) {1/9, 27} d) 243 2) a) 0,778 b) 0,699 c) 0,398 d) 0,2385 3) 100

4) }5,,4,,3/{ ≠>−<∈ xexouxRx

5) a) }1/{ >∈= xRxS

b) }6/{ >∈= xRxS

c) }52/{ ≤<∈= xRxS

6) 2 ln A + ½ ln B – 3 ln (A +B) 7) {(1;8), (8;1)}

8) 3

322 +

9) b2

1a +

10) - 2

Page 87: Apostila Calculo i

86

Lista 6: Limites Calcule os limites laterais:

1) =−−+→

)13(lim 2

2xx

x

2) =+

−+

→ 2

43lim

3 x

xx

3) =−

+−−

→ 13

235lim

2

1 x

xxx

4) =+−

+−−

→ 23

105lim

2

2

3 xx

xxx

5) =−++→

)31(lim3

xx

6) Calcule os limites laterais solicitados.

a)

<+

=

>−

=

1x se14x

1x se 2

x se x

xf

123

)( )(lim1

xf x

+→

, )(lim1

xf x

−→

, )(lim1

xfx →

b)

>

=

<−

=

2 x se1-x

2x se 0

x se x

xf

21

)(

2

)(lim2

xf x

+→

, )(lim2

xf x

−→

e )(lim2

xfx →

c)

>+

=

<

=

2 x se7-6xx-

2x se 1

x se 1-3x-x

xf

2

22

)(

2

)(lim2

xf x

+→

, )(lim2

xf x

−→

e )(lim2

xfx →

7) Calcule os limites:

1) =+++→ )15(lim 231 xxxx

2) =+−−−→ )342(lim 231 xxxx

3) =−−−−→

)1224(lim 23

2xxx

x

4) =−

−+→ 5

45lim

2

2

2x

xxx

5) =−

+−→ 2

107lim

2

2x

xxx

6) =+

−+−→ 3

32lim

2

3x

xxx

7) =+−

+−→ 12

34lim

5

3

1xx

xxx

8) =−

−→ 6

36lim

2

6x

xx

Page 88: Apostila Calculo i

87

9) =+

+−→ 2

32lim

5

2x

xx

10) =+−+−

−+−→ 27543610

27188lim

234

234

3xxxx

xxxx

11) =−

−→

42

2lim 2

x

xx

12) =−

−→

2

4lim 4

x

xx

13) =−−

→x

xx

42lim 0

14) =−

+−→ 1

32lim 1

x

xx

15) =−+

→11

lim 0x

xx

16) =−

−+→

2

321lim 4

x

xx

17) =−−−

−+−→

1153

2232lim

2

2

2xx

xxx

8) Calcule os limites infinitos:

1) =−−−+∞→ )1235(lim 23xxxx

2) =−+−−∞→ )122(lim 245xxxx

3) =−+−−∞→ )123(lim 24xxx

4) =+++∞→ )853(lim 24xxx

5) =−+−−∞→ )235(lim 3xxx

6) =−+−+∞→ )23(lim 2xxx

7) =−+

−+−+∞→ 3

132lim

2

23

xx

xxxx

8) =−

+−∞→ 1

12lim

2

2

x

xx

9) =−

−∞→ 3

3lim

2x

xx

10) =−+−

++−−∞→ 359

1253lim

23

23

xxx

xxxx

11) =+−

−+−∞→ 784

852lim

5

23

xx

xxx

12) =+

+−−∞→ 7

125lim

23

x

xxx

Page 89: Apostila Calculo i

88

13) =−+

++−∞→ 33

2

)1(

1lim

xx

xxx

14) =+

−−+∞→

1

532lim

4

2

x

xxx

15) =+

−−−∞→

1

532lim

4

2

x

xxx

16) =−+++∞→ )43(lim 2xxxx

17) =−++−∞→ )43(lim 2xxxx

9) Calcule os limites trigonométricos:

1) =→x

xsenx 2

3lim 0

2) =→x

senxx 4

lim 0

3) =→x

xtgx 3

2lim 0

4) =→xsen

xsenx 3

4lim 0

5) =→xtg

xtgx 5

3lim 0

10) Calcule os limites (função exponencial e logarítmica):

1) =−

→2

4

2

2

3lim x

x

x

2) =−

→1

1

1lim x

x

x e

3) =

+−

2

45

4

2

1lim

x

xx

xe

4) =++

++−→ 45

23loglim

2

2

31xx

xxx

5) =−+

−→

21

3lnlim 3

x

xx

6) =+

−→

xx

xxx 2

3

0 loglim

7) =

++∞→

x

xx

21

1lim

8) =

+−∞→

311lim

x

xx

Page 90: Apostila Calculo i

89

Respostas:

1) 9 2) 1 3) 2 4) 26 5) 1 6) a) 1 e 5 b) 1 e -3 c) 1 e 1

7)

1) 8 2) 4

3) 526 −−

4) -10 5) -3 6) -4

7) 31−

8) 12 9) 80 10) 2 11) 0 12) 4 13) 4

14) 41−

15) 2

16) 34

17) 145

8)

1) + ∞ 2) - ∞ 3) - ∞ 4) +∞ 5) +∞ 6) -∞ 7) +∞ 8) 2 9) 0

10) 31

11) 0 12) +∞

13) 31

14) 2 15) 2

16) 23

17) +∞

Page 91: Apostila Calculo i

90

9) 1) 3/2 2) ¼ 3) 2/3 4) 4/3 5) 3/5

10)

1) 81 2) e2 3) e-12 4) -1 5) ln4 6) 0 7) e2 8) e1/3

Page 92: Apostila Calculo i

91

Lista 7: Derivadas Calcule y´em: 1) y = 5X4 – 3X3 + 2X2 + 3X + 5 2) y = 7x4 -2x3 + 8x

3) xxx

y 42

5

3

2 23

−+=

4) 3

7

xy =

5) 5

4

xy =

6) xxy += 2

7) 44 35 2 xxxy +−=

8) xxy 612 3 +=

9) 53

1

−=

xy

10) 72

53

+=

x

xy

11) 55

322

+−

+=

xx

xy

12) 2

232

2

+−

+−=

xx

xxy

13) y = (1 + 4x3)(1 + 2x2) 14) y = (x2 – 1)(1 – 2x)(1 – 3x2) 15) y = (2x2 – 4x + 8)8 16) y = (3a- 2bx)6

17) 3 3bxay +=

18) 3 22 )52( xy −=

19) xaxay −+= )(

20) 45 += xxy

Respostas:

1) y’ = 20x3 – 9x2 + 4x + 3 2) y’ = 28x3 – 6x2 + 8 3) y’ = 2x2 + 5x – 4

4) 4

21'

xy −=

5) 6

20'

xy −=

6) x

xy2

12' +=

7) 3

45 34

4

3

5

2' x

xxy +−=

Page 93: Apostila Calculo i

92

8) x

xy3

18' +=

9) 25309

3'

2+−

−=

xxy

10) 2)72(

31'

−=

xy

11) 22

2

)55(

2562'

+−

+−−=

xx

xxy

12) 22

2

)2(

42'

+−

−=

xx

xy

13) y’ = 40x4 + 12x2 + 4x 14) y’ = 30x4 – 12x3 – 24x2 + 8x + 2 15) y’ = (32x – 32)(2x2 – 4x + 8)7 16) y’ = -12b(3ª-2bx)5

17) 3 23

2

)('

bxa

bxy

+=

18) 3 2523

20'

x

xy

−=

19) xa

xay

−=

2

3'

20) 452

815'

+

+=

x

xy

Calcule y´em:

1) y = 3x 2) y = e – x

3) 8xey =

4) 12

++=

xxey

5) xxy 22

7 +=

6) x

ey

x

=

7) xy 3ln=

8) xlog4y =

9) 2

2

1ln

x

xy

+=

10) x

xy

+=

1

1ln

11) 229ln xy −=

12) xx

yln

1=

13) xey x ln=

Page 94: Apostila Calculo i

93

14) 22 ln xxy =

15) x

xy

ln=

Respostas:

1) 3ln3' xy =

2) xey −−='

3) 8

.8' 7 xexy =

4) )12.(' 12

+=++ xey xx

5) )22.(7ln.7' 22

+=+ xy xx

6) 2

)1('

x

xey

x−

=

7) x

xy

2ln3'=

8) 10ln

4'

xy =

9) )1(

2'

2xx

y+

=

10) 21

2'

xy

−= 13)

+=

xxey

x 1ln'

11) 229

2'

x

xy

−= 14) )1(ln2' 2 += xxy

12) 2)ln(

1ln'

xx

xy

−−= 15)

2

ln1'

x

xy

−=

Calcule y´em:

1) y = cossec 7x 2) y = sen3x + cos2x 3) y = sen5x 4) y = 5sen3x

5) 12 += xseny

6) x

xe

xy

cos=

7) x

senxy

cos=

8) 34xsenxey x +=

9) xy 3sec=

10) xarcseny 3=

11) x

arctgy1

=

12) )23( −= xarcseny

13) 22xarctgy =

Page 95: Apostila Calculo i

94

14) arcsenxxy += 2

15) arctgxxy .=

16) xy arccosln=

Respostas 1) y’ = -7cossec7x.cotg7x 2) y’ = 3cos3x-2sen2x 3) y’ = 5sen4x.cosx 4) y’ = 15sen2x.cosx

5) 12

12cos'

+

+=

x

xy

6) x

ex

xxsenxxy

2

cos)cos('

−+−=

7) xy 2sec'=

8) 212)cos(' xxsenxey x ++=

9) xtgxx

y .sec2

3' 3=

10) 291

3'

xy

−=

11) 1

1'

2+

−=

xy

12) 3129

3'

2 −+−=

xxy

13) 441

4'

x

xy

+=

14) 21

12'

xxy

−+=

15) 21

'x

xarctgxy

++=

16) 21.arccos

1'

xxy

−=

Page 96: Apostila Calculo i

95

Calcule os limites (Regra de L´Hopital)

1) 1

1lim

2

1−

−→

x

xx

2) 1

23lim

23

3

1+−−

+−→

xxx

xxx

3) 1

lnlim 1

−→

x

xx

4) 20 3

limx

senxxx

−→

5) 32

1lim

x

exx

x

+∞→

−−

6) 3

lim3

3−

−→

x

eex

x

7) senxx

xeexx

x−

−−−

→ 2lim

2

0

8) xsen

xx

π

2

1

1lim

−→

9) x

xsen

x−

→π

π2

1lim

10) x

baxx

x

−→0lim

11)

2

1lim

3

2 ππ

−→

x

xsenx

12) 1cos

1lim

2

0−

−→

x

ex

x

13) Obter a derivada terceira das seguintes funções: a) f(x) = x3 + 2x2 + 1 b) f(x) = 5x2 – 3x +2

c) 12

1)(

−=

xxf

d) f(x) = 2x-3 e) f(x) = sen3x f) f(x) = e2x

14) Obter a derivada segunda da seguinte função y = ex.cosx

Page 97: Apostila Calculo i

96

Respostas

1) 2

2) 23

3) 1 4) 0 5) 0 6) e3 7) 2

8) π

2

9) 0

10) b

aln

11) 0 12) -2 13) a) 6 b) 0 c) 0 d)120x-6

e) -27cos3x f) 8e2x

14)

y” = -2exsenx

Aplicações das derivadas: 1) Determine as abscissas dos pontos críticos das funções abaixo: a) s(t) = 2t3 + t2 – 20t +4 b) f(x) = 4x3 – 5x2 – 42x + 7 c) g(w) = w4 – 32w 2) Determine os pontos de máximo, de mínimo e de inflexão das seguintes funções se existires: a) y = 6x3 + 15x2 – 12x -5

b) 887

4)( 2

−+−= xxxf

c) f(x) = - 9x2 + 14x +15 3) Determine as abscissas dos pontos máximos ou mínimos das seguintes funções: a) f(x) = x3 – 12x2 + 45x +30 b) y = 8x3 – 51x2 -90x +1 c) y = -x3 – 9x2 + 81x – 6 4) Esboce o gráfico de f(x) = x3 – 12 x2 5) Um ponto material é lançado ao solo, verticalmente para cima e tem posições no decorrer do tempo t dadas pela função horária s = 60 t – 5 t2 (s em metros e t em segundos). a) calcule o tempo gasto para atingir a altura máxima. b) determine a altura máxima em relação ao solo.

Page 98: Apostila Calculo i

97

6) Um engenheiro precisa construir um cercado de forma retangular utilizando-se de uma tela de 16 metros de comprimento. Sabendo-se que o engenheiro vai usar um muro como fundo do cercado, determine as dimensões do mesmo para que sua área seja máxima. 7) Um engenheiro deseja construir um depósito em forma de um prisma reto de base quadrada, aberto em cima e com capacidade de 64 m3. Determine suas dimensões a e b que o material para construí-lo seja mínimo. 8) Um engenheiro deseja construir um reservatório cilíndrico, fechado em cima, com capacidade de 6280 m3. Sabendo-se que o preço da chapa de aço é de R$50,00 o metro quadrado e π = 3,14, determine: a) suas dimensões de forma que o custo seja mínimo b) o custo mínimo. Respostas:

1)

2)3

72

3)

235)

=

−=

−=

wc

exb

eta

2) a) máx x = (-2,31) e min x = (1/3,- 64/9) inflexão (5/6, 215/18) b) máx x =(7, 20) c) máx x = (7/9;184/9) 3) a) máx x = 3 e min x = 5 b) máx x = -3/4 e min x = 5 c) máx x = 3 e min x = - 9 4) 5) a) 6s b) 180 m 6) x = 4 m e y = 8 m

7) a = 3 24 m e b =

3 22 m

8) a) r = 10 m e h = 20 m b) 94.200,00

Page 99: Apostila Calculo i

98

Lista 8: Integrais Resolva as integrais:

1) ∫ +dx

x

x33

2

)2(

8

2) ∫+

+dx

xx

x

312 )6(

)3(

3) dxx

x∫

+ )ln2(

4) ∫+

dxx

x 2)1(

5) ∫ + dxee xx .)1( 3

6) ∫ dx.xsenxcos3

7) dxx7

x3

2

−∫

8) dxx5cosx 43∫

9) dxx25

12+

10) ( ) dx4x3 100+∫

11) dxxsen1

xcos2+

12) ∫ − dx)3x2(sec2

13) ∫ dxxxsen .2cos.2 2

14) ∫

+dx

tgx

x2

1

sec

15) ∫ dxxtg .2

16) ∫ 22 )( xe

dx

17) dxxcos

xcossenx +∫

18) ∫ − dxx 2)14(sec

Page 100: Apostila Calculo i

99

Respostas:

1) cx

++

−23 )2(3

4

2) 4

)6(3 322

xx + + c

3) cx

++

2

)ln2( 2

4) cxx

x +++5

2

3

42

25

23

21

5) ce

x

++

4

)1( 4

6) c4

xcos4+−

7) c3

)x7ln( 3+

−−

8) c)x5(sen20

1 4+

9) c5

xarctg

5

1+

10) cx

303

)43( 101+

l

11) carctgsenx +

12) c)3x2(tg2

1+−

13) cx

+−6

)2(cos 3

14) ctgx

++

1

1

15) cx +)2ln(cos2

1

16) ce

x+

−44

1

17 cxx ++)ln(sec l

18) cxxtgxxtg +++− )44ln(sec2

14

4

1

Page 101: Apostila Calculo i

100

Resolva as integrais

1) ∫ =arcsenxdx

2) ∫ =xdx3sec

3) ∫ =dxxe x3

4) ∫ =xdx5xsen

5) ∫ =xdxlnx2

6) ∫ =dx.senx.x2

Respostas:

1) cxarcsenxx +−+21.

2) ctgxxtgxx +++ )ln(sec2

1.sec

2

1

3) c9

e

3

xe x3x3+−

4) cx5sen25

1x5cos

5

x++−

5) c9

x

3

xlnx 33+−

6) cxxsenxxx +++− cos22cos.2

Resolva as integrais:

1) ∫ =xdxsen2

2) ∫ =xdxcos2

3) ∫ =xdxsen3

4) ∫ =xdxsen 4

Respostas:

1) cx2sen4

1x

2

1+−

2) cx2

1x2sen

4

1++

3) – cos x + c3

xcos3+

4) Cxsenxsenx ++− 432

12

4

1

8

3

Page 102: Apostila Calculo i

101

Resolva as integrais:

1) =−

∫4x

dx2

2) ∫ =−− 3x2x

xdx2

Respostas:

1) C|2x

2x|ln

4

1+

+

2) C|1x|ln4

1|3x|ln

4

3++−−

Integrais definidas Encontre o valor das integrais definidas abaixo:

1) ∫ =2

0

2dxx

2) ∫ =2

1

3dxx

3) ∫ =++4

1

2 )54( dxxx

4) ∫− =+2

2

3 )1( dxx

5) ∫− =

+

1

1

31

34

4 dxxx

6) ∫− =+4

3)2( dxx

7) ∫ =−

5

1 13x

dx

8) ∫− =−3

3

6 )3( dttt

Respostas:

1) 3

8

2) 4

15

3) 66 4) 4

5) 7

6

6) 2

35

7) [ ]173

22−

8) 7

4374

Page 103: Apostila Calculo i

102

Aplicações das integrais Encontre a área delimitada pelas curvas e as retas dadas.

1) y = 4x – x2, o eixo x, as retas x = 1 e x=3. 2) y = 8x-x2, o eixo x, as retas x= 0 e x=4. 3) y = x2 + 1 e y =5 4) y = x2 e y = 4x 5) y = 1 – x2 e y = x – 1

6) y = senx, o eixo x, x = 0 e radx2

π=

7) y=senx, o eixo x, x = 0 e x = 2π rad

Respostas:

1) au.3

22 2) ...

3

128au

3) au.3

32 4) au.

3

32

5) au.2

9 6) 1 u.a.

7) 4 u. a

Resolva: 1) Seja f(x) = x2 + 1, determine o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo x, da região do plano limitada por f(x), pelo eixo x e as retas x = -1 e x = 1.

2) Seja x

xf1

)( = , determine o volume do sólido gerado pela rotação em torno do

eixo x, da região limitada por f(x), pelo eixo x e as retas x = 1 e x = 3. Respostas:

1) ..15

56vu

π

2) ..3

2vu

π

Page 104: Apostila Calculo i

103

PLANO DE ENSINO

Carga horária semanal: 6 Carga horária total: 120

Ementa Propriedades de números reais. Funções reais de uma variável real. Algumas funções elementares. Limite. Continuidade. Derivada. Teorema do Valor Médio. Aplicações da derivada. Antiderivada. Integral de Riemann. Teorema Fundamental do Cálculo. Aplicações da integral. Métodos de integração. Integrais impróprias. Objetivos da Disciplina Familiarizar os alunos com os resultados fundamentais relativos a funções de uma variável real, limites, derivadas, integrais e aplicações. Conteúdo programático PARTE I 1 FUNÇÕES 1.1 Conceito matemático de função 1.2 Definição de função 1.3 Notação de Função 1.4 Domínio, contradomínio e imagem de uma função 1.5 Função Composta 1.6 Função Inversa 2 FUNÇÃO POLINOMIAL 2.1 Função polinomial do 1o grau 2.1.1 Função linear 2.1.4 Crescimento e decrescimento de uma função polinomial do 1o grau 2.1.5 Estudo do sinal da função polinomial do 1o grau 2.2 Inequações do 1o grau 2.2.1 Resolução de inequações do 1o grau 2.2.2 Sistemas de inequações do 1o grau 2.2.3 Inequação-produto e inequação-quociente 2.3 Função polinomial do 2o grau 2.3.1 Gráfico de uma função quadrática 2.3.2 Concavidade 2.3.3 Zeros de uma função quadrática 2.3.4 Vértice da parábola 2.3.5 Gráfico de uma parábola 2.3.6 Estudo do sinal da função quadrática 2.4 Inequações do 2o grau 2.4.1 Resolução de inequações do 2o grau 2.4.2 Sistemas de inequações do 2o grau 2.4.3 Inequação-produto e inequação-quociente 3 FUNÇÃO EXPONENCIAL 3.1.1 Potências com expoente natural 3.1.2 Potências com expoente inteiro 3.1.3 Potências com expoente racional 3.1.4 Potências com expoente real

Page 105: Apostila Calculo i

104

3.2 Equações exponenciais 3.2.1 Resolução de equações exponenciais 3.2.2 Resolução de equações exponenciais com o uso de artifícios 3.3 Função exponencial 3.3.1 Gráfico da função exponencial no plano cartesiano 3.3.2 Características da função exponencial 3.4 Inequações exponenciais 3.4.1 Resolução de inequações exponenciais 4 FUNÇÃO LOGARÍTMICA 4.1 Conseqüências da definição 4.2 Propriedades dos logaritmos 4.3 Cologaritmo 4.4 Mudança de base 4.5 Função logarítmica 4.5.1 Gráfico da função logarítmica no plano cartesiano 4.6 Inequações logarítmicas 5 FUNÇÃO MODULAR PARTE II - 1 LIMITES 1.1 Noção Intuitiva e Propriedades 1.2 Limites Laterais 1.3 Limites Infinitos e Assíntotas 1.4 Funções Contínuas 1.5 Limites Trigonométricos 1.6 Limites da Função Exponencial e Logarítmica 2 DERIVADAS 2.2 A Derivada como Função 2.3 A Derivada como Taxa de Variação 2.4 A Regra da Cadeia 2.5 Derivadas Funções Algébricas 2.6 Derivadas de Funções Exponenciais e Logarítmicas 2.7 Derivadas de Funções Trigonométricas 2.8 Derivadas Sucessivas 2.9 Derivação Implícita 2.10 Regra de L’Hospital 2.11 Taxas de Variação Relacionadas 3 APLICAÇÕES DAS DERIVADAS 3.1 Extremos de Funções 3.2 Teorema do Valor Médio 3.2 Construindo Gráficos 3.3 Modelagem e Otimização 4 INTEGRAÇÃO 4.1 Integrais Indefinidas 4.2 Técnicas de Integração 4.3 Integrais definidas - Somas de Riemann 5 APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA 5.1 Cálculo de áreas de uma região plana 5.2 Área da região limitada por duas funções 5.3 Volume de um sólido de revolução

Page 106: Apostila Calculo i

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Estratégias de Ensino Aulas expositivas, seguidas de debates, exercícios de sondagem e fixação; proposição de situações problemáticas mediante condições explicativas para as possíveis soluções. Aulas práticas com listas de exercícios. Metodologia de avaliação Um mínimo de quatro avaliações (25 pontos cada) num total de 100 pontos. Bibliografia básica GUIDORIZZI, H. L.Um curso de Cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 476 p. HUGUES-HALLETT, D.Cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 1997. BEZERRA, M. J.Matemática. São Paulo: Scipione, 2004. Bibliografia complementar FOULIS, D. J.; MUNEM, M. A.Cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 1982. SIMMONS, G. F.Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1987. LARSON, R. E.; HOSTETLER, R. P.; EDWARDS, B.Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Makrow Books, 1998. LEITHOLD, L.; PATARRA, C. de C.O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra, 1994. HOSTETLER, R. P.; IORIO, V. de M.; LARSON, R. E.Cálculo com geometria analítica. Rio de Janeiro: LTC, 1998. FARIAS, A. A. de; SWOKOWSKI, E. W.Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Makron Books, 1995.