Apostila CAP 1 - Easy Shift

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 Técnico e m Diagnós tico - Módulo II - Motor CDI , Trans missão , Chassis e Freios  Técnico em Diagnóstico Módulo II Ênfase em Mecânica Pré-treinamento

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    Tcnico em DiagnsticoMdulo II nfase em MecnicaPr-treinamento

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    Contedo

    Boas vindas .............................................................................................................................................................................................................03 Introduo ...............................................................................................................................................................................................................05 Alavanca de mudanas : detalhes internos e esquema eltrico.............................................................................................................................06 Conjunto central de vlvulas : detalhes internos e esquema eletropneumtico ....................................................................................................07 Descrio de funcionamento : chave ligada ...........................................................................................................................................................08 Descrio de funcionamento : embreagem acionada.............................................................................................................................................09 Descrio de funcionamento : seleo da primeira marcha...................................................................................................................................10 Descrio de funcionamento : engate da primeira marcha ....................................................................................................................................11 Descrio de funcionamento : temporizao .........................................................................................................................................................12 Sensor do pedal da embreagem .............................................................................................................................................................................14 Bloqueio longitudinal da alavanca ..........................................................................................................................................................................15 Descrio de funcionamento : bloqueio longitudinal da alavanca..........................................................................................................................16 Bloqueio transversal da alavanca ...........................................................................................................................................................................18 Descrio de funcionamento : bloqueio transversal da alavanca ..........................................................................................................................20 Bloqueio transversal da alavanca : acima de 35 Km/h ..........................................................................................................................................21 Bloqueio transversal da alavanca : acima de 60 Km/h ..........................................................................................................................................22 Esquema eletropneumtico : chave ligada..............................................................................................................................................................24 Esquema eletropneumtico : embreagem acionada...............................................................................................................................................25 Esquema eletropneumtico : primeira marcha engatada .......................................................................................................................................26 Esquema eletropneumtico : temporizao............................................................................................................................................................27 Esquema eletropneumtico : segunda marcha engatada .......................................................................................................................................28 Esquema eletropneumtico : terceira marcha engatada ........................................................................................................................................29 Esquema eletropneumtico : quarta marcha engatada ..........................................................................................................................................30 Esquema eletropneumtico : quinta marcha engatada ..........................................................................................................................................31 Esquema eletropneumtico : sexta marcha engatada............................................................................................................................................32 Esquema eletropneumtico : marcha-r engatada .................................................................................................................................................33 Diagnstico de falhas : estudo dirigido...................................................................................................................................................................34 Exerccios ...............................................................................................................................................................................................................41

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    Prezado aluno !

    Durante o treinamento inicial para formao de Tcnicos em Diagnstico Certificados foram indicadas algumas caractersticas que so fundamentais para o desenvolvimento dos profissionais na atividade de diagnosticar falhas. O objetivo principal do Mdulo I foi o de avaliar e tambm conscientizar o candidato a tcnico em diagnstico , sobre as habilidades que o mesmo necessita desenvolver para obter sucesso na misso de identificar falhas de funcionamento e as causas reais de tais irregularidades. Ficou evidenciado na ocasio do curso que no teremos um tcnico certificado em mecnica e outro em eltrica e sim um nico profissional que rena em ambas as reas as habilidades e experincia necessrias para cumprir com xito as etapas de um diagnstico preciso em todos os veculos comerciais aqui produzidos pela DaimlerChrysler do Brasil.

    Esta apostila faz parte do curso Tcnico em Diagnstico - Mdulo II - nfase em mecnica , a inteno a de fornecer material preliminar que sero enviados em captulos para estudar alguns temas atuais ou rever outros que mesmo no sendo novidade ser importante relembrar como funcionam. Denominaremos estes trabalhos de pr-treinamento , estude com ateno o contedo de cada um dos temasque sero enviados a voc em captulos , faa todos os exerccios propostos . Reveja e estude tambm as apostilas entregues durante os cursos exigidos como pr-requisitos (Tcnico em diagnstico mdulo I, Motor srie 600, Caixas MB leves / mdias e pesadas , Eixo traseiro pesado e Freios). Durante a fase do treinamento a ser realizado em Campinas as avaliaes iniciais e as que sero feitas no decorrer do treinamento e a final , abordaro estes assuntos.

    O objetivo deste material o de estimular o auto-aprendizado, pois, cabe ao candidato a Tcnico em Diagnstico procurar meios para se desenvolver e de manter-se bem informado e atualizado em relao aos assuntos referentes sua profisso , independente de ter ou no participado de determinados cursos.

    No pr-treinamento voc encontrar detalhes construtivos e o principio de funcionamento de alguns sistemas e componentes . Alm disso ,teremos uma srie de exerccios com a finalidade de reforarmos os conceitos que estamos desenvolvendo desde o inicio das atividades no Mdulo I , tais como , conhecimento bsico do assunto , capacidade de pesquisar a literatura disponvel , aplicao do sistema de nveis para diagnstico de falhas , etc.

    Nota : Este material foi desenvolvido visando as atividades que envolvem o curso de preparao do tcnico em diagnstico , as informaes aqui contidas relacionadas a valores e dados tcnicos tem o compromisso apenas com a didtica empregada , no substituindo portanto a literatura oficial para a oficina . Para realizar os trabalhos em veculos nos concessionrios ou pra qualquer outra necessidade alm da que especificamos nesta nota , o documento a ser consultado deve ser o Selit .

    Bom trabalho !

    Boas-Vindas

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    Captulo 1

    Easy-Shift

    Easy-Shift

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    Introduo Easy-Shift

    Easy-shift , um sistema eletropneumtico de mudanas de marchas desenvolvido e fabricado pela ZF , para facilitar e proporcionar ummaior conforto ao motorista no momento da troca de marchas . Outra vantagem do sistema o de facilitar o encarroamento .

    O sistema um complemento para a caixa de mudanas mecnica , atravs do qual o mecanismo de mudana das marchas manual substitudo por cilindros pneumticos para selecionar e engatar as marchas , mediante um comando eltrico / eletrnico .

    Na linha de produtos Mercedes-Benz no Brasil , encontramos o sistema easy-shift nas caixas de mudanas ZF S6-1550 montadas nos veculos O-400 e O-500 , como opcionais .

    Esquema simplificado dos componentes do

    sistema easy-shift

    S29 - Alavanca de cmbio

    U10 - Mdulo de comando eletrnico

    U12 - Mdulo Amplificador de sinal

    U13 - Mdulo de corte da presso

    B40 - Sensor do pedal da embreagem

    U11 - Central de eletrovlvulas

    A - Reservatrio auxiliar de ar comprimido

    Ligaes eltricas

    Tubulao pneumticaA

    S29

    B40

    U10

    U11

    U12

    U13

    A

    S29

    B40

    U10

    U11

    U12

    U13

    Introduo

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    Alavanca de mudanas : detalhes internos e esquema eltrico

    Detalhes internos da carcaa inferior e superior

    Funo dos micro-interruptores :

    S1 Participa do engate das marchas mpares e pares

    S2 Participa do engate das marchas pares

    S3 Participa da seleo da primeira e segunda e da quinta e sexta marchas

    S4 Participa da seleo da primeira e segunda marchas

    S5 Participa da seleo de todas as marchas frente

    S8 Participa da seleo de todas as marchas

    Esquema eltrico da alavanca de mudanas

    Diagrama de marchas

    Easy-Shift

    Conjunto da alavanca sem a tampa superior

    Conjunto de micro-interruptores

    Ilustrao do conjunto da alavanca

    Placa corredia

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    Funo das eletrovlvulas

    Y 8 - Eletrovlvula principal , libera a presso pneumtica para as demais eletrovlvulas .

    Y 3 - Eletrovlvula para a seleo da primeira e segunda marchas

    Y 4 + Y 5 - Eletrovlvulas para a seleo da terceira e quarta marchas

    Y 4 - Eletrovlvula para a seleo da quinta e sexta marchas

    Y 3 e Y 5 - Eletrovlvulas para a seleo da marcha a r

    Y 2 - Eletrovlvula de engate para as marchas mpares

    Y 1 - Eletrovlvula de engate para as marchas pares e r

    Conjunto central de eletrovlvulas : detalhes internos e esquema eletropneumtico

    Central de eletrovlvulas sem a tampa

    Funcionamento da eletrovlvula Y8 : sem corrente eltrica na bobina , as vlvulas de entrada ( 1 ) e ( 2 ) esto fechadas . E as sadas para a atmosfera ( 3 ) e ( 4 ) esto abertas .

    Funcionamento da eletrovlvula Y8 : com a circulao da corrente eltrica na bobina , o ncleo ( 5 ) atrado pelo eletrom abrindo a vlvula ( 1 ) de um lado e fechando a sada para a atmosfera ( 3 ) do outro lado . Com a passagem do ar pela vlvula ( 1 ) o mbolo de acionamento ( 6 ) sobe e fecha a sada para a atmosfera ( 4 ) ao mesmo tempo que abre a vlvula (2) . Desse modo as demais eletrovlvulas da central sero pressurizadas .

    Easy-Shift

    3

    2

    1

    4

    65Esquema eletropneumtico da central de

    eletrovlvulas

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    Descrio de FuncionamentoOs componentes eltricos / eletrnicos do sistema so alimentados pela linha KL 15 e os pneumticos necessitam de no mnimo 4,5 bar para o seu correto funcionamento . A seguir veremos a descrio de funcionamento do esquema eltrico-pneumtico nas suas principais funes . Observao : Os nmeros e os cdigos de identificao dos componentes utilizados nesta descrio podem variar dependendo do veculo ou em funo de modificaes feitas pelos encarroadores .

    Chave de Contato LigadaAo ligar a chave de contato a linha KL15 do veculo habilitada , atravs dos fusveis F3 e F4 o sistema easy-shift energizado . Note a posio dos micro-interruptores montados no interior da alavanca S29 . Os micro-interruptores esto divididos do seguinte modo : S8 , S5 , S4 e S3 tem a funo de acionar as eletrovlvulas de seleo e os S1 e S2 as eletrovlvulas de engate .

    Observe os micro-interruptores de seleo , os mesmos permitem que a corrente eltrica flua para os terminais B4 e B5 . Acompanhando o esquema veremos que as eletrovlvulas Y4 e Y5 so energizadas , com isto as mesmas ficaram abertas . Como a eletrovlvula Y8 no foi ainda acionada no h alimentao pneumtica para as eletrovlvulas Y4 e Y5 .

    Esquema eltrico-pneumtico chave ligada

    Easy-Shift

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    Embreagem Acionada

    Partindo da situao anterior o motorista aciona o pedal da embreagem , o sensor do pedal B40 envia um sinal para o mdulo U13 , que por sua vez energiza a eletrovlvula Y8 . Observe que na conexo P10 da central U11 encontra-se a alimentao pneumtica do sistema , com a bobina da eletrovlvula Y8 energizada , a vlvula de entrada abre e o ar pressurizado passa a alimentar as demais eletrovlvulas da central e tambm a conexo P15 que se comunica com a conexo central do cilindro de engate . Este por sua vez , por estar pressurizado apenas no centro mantm o cmbio em ponto morto .

    Sensor do pedal da embreagem B40

    Como as eletrovlvulas Y4 e Y5 j estavam acionadas , permitem a passagem da presso do ar que ir atuar no cilindro de seleo atravs das conexes de sada P16 e P22 . Devido a combinao de presso na parte interna do cilindro de seleo o mesmo se mantm na posio de repouso . Note que a posio de repouso do cilindro de seleo corresponde tambm a posio de seleo para o engate da terceira e quarta marchas .

    Easy-Shift

    Esquema eltrico-pneumtico embreagem acionada

    U13U10

    U11

    Cilindro de engate

    Cilindro de seleo

    S29

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    Seleo : Com o deslocamento da alavanca de mudanas S29 da posio de repouso para o lado da primeira e segunda marchas os micro-interruptores mudam de posio . Com o novo posicionamento dos micro-interruptores , a corrente eltrica flui agora atravs do conector B/3 de S29 apenas para a eletrovlvula Y3 que abre e permite a passagem da presso pneumtica para a conexo central do cilindro de seleo . Ao mesmo tempo Y4 e Y5 deixam de ser energizadas , isto faz com que as entradas de ambas as vlvulas se fechem e as sadas , tambm de ambas as vlvulas , se abram despressurizando as cmaras das extremidades do cilindro de seleo . Com apenas a conexo central do cilindro de seleo pressurizada ocorre o deslocamento da haste para a posio correspondente a primeira e segunda marchas .

    Descrio de funcionamento para engatar a primeira marcha

    Depois de acionar a embreagem o motorista desloca a alavanca de cmbio . Um sistema de cames no interior do conjunto da alavanca de mudanas S29 movimenta os micro-interruptores correspondentes , que transmitem a corrente eltrica ao conjunto central de eletrovlvulas , integrado caixa de mudanas e ao mdulo de comando . As eletrovlvulas possuem funes determinadas de acordo com a ao do motorista sobre a alavanca de mudanas . Veremos a seguir em detalhes como se efetuam as etapas de seleo e engate deacordo com a marcha a ser engatada .

    Easy-Shift

    Esquema eltrico-pneumtico primeira marcha engatada

    U13U10

    U11

    Cilindro de engate

    Cilindro de seleo

    S29

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    Engate : No caso das caixas S6-1550 da ZF a primeira marcha ser engatada deslocando a alavanca para a frente em direo ao painel do veculo . Com o movimento da alavanca neste sentido o micro-interruptor S1 direciona a corrente eltrica atravs do conector B/2 de S29para a eletrovlvula Y2 que responsvel por liberar a presso pneumtica para o cilindro de engate na cmara do lado oposto ao da haste de acionamento . Com as cmaras central e da extremidade oposta ao da haste de acionamento pressurizadas ocorre o deslocamento do mbolo de engate no sentido que corresponde ao engate de todas as marchas mpares .

    Para comprovar que o acoplamento foi efetivado, o sistema conta com o interruptor de marcha engatada B41 , instalado na tampa da caixa de mudanas . Esta funo do interruptor muito importante para o correto funcionamento do easy-shift como veremos mais adiante .

    Observe no esquema eltrico que h tambm o interruptor de neutro B42 , que permite a passagem da corrente eltrica quando o cmbio est em ponto morto e interrompe a corrente ao engatar a marcha .

    Easy-Shift

    Interruptor de neutro B42

    Interruptor de marcha engatada B41

    Posio de montagem dos componentes Easy-Shift na caixa de mudanas ZF S6 1550

    Cilindro de engate

    Cilindro de seleo Conjunto central de

    eletrovlvulas

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    Temporizao

    Para proteger os componentes internos da caixa de mudanas que atuam no processo de seleo e engate das marchas importante no mant-los sobre presso mais que o necessrio para o efetivo acoplamento da luva de engate . Com a finalidade de eliminar a presso pneumtica nos cilindros de seleo e engate , o sistema easy-shift conta com o mdulo de corte da presso U13 . Este mdulo trabalha com um temporizador interno, que garante o alvio da presso nos cilindros pneumticos aps aproximadamente 4 segundos de acionamento, mediante o corte da corrente eltrica na bobina da eletrovlvula Y18 .

    U13 - Mdulo de corte da presso

    Nmero ZF 6041 222 193

    O inicio da contagem do tempo para cortar a presso pneumtica ocorre quando o interruptor de marcha engatada B41 fecha , permitindo a passagem da corrente eltrica para o conector correspondente do mdulo U13 .

    Por questes prticas e de segurana igualmente importante que o sistema volte a pressurizar os cilindros de seleo e engate em determinadas circunstncias de operao . Por exemplo :

    Easy-Shift

    Esquema eltrico-pneumtico primeira marcha engatada

    U13U10

    U11

    Cilindro de engate

    Cilindro de seleo

    S29

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    Vamos supor que o motorista ao se aproximar de um semforo fechado com a terceira marcha engatada , acione o pedal da embreagem e no coloque a alavanca em ponto morto , porm , mantenha o pedal da embreagem acionado . Como vimos aps cerca de 4 segundos o sistema easy-shift elimina a presso nos cilindros pneumticos . Com a abertura do semforo , como a embreagem est acionada , o motorista precisa apenas deslocar a alavanca para a posio de engate da primeira marcha , no h necessidade de soltar e pisar novamente no pedal da embreagem . A pressurizao dos cilindros ocorre automaticamente ao passar com a alavanca de mudanas pelaposio de neutro .

    Desengatando uma marcha

    O procedimento correto para desengatar a marcha como o normalmente usado nos cmbios com sistema de mudanas de acionamento totalmente mecnico , acionando o pedal da embreagem e deslocando a alavanca de mudanas para a posio de neutro . No entanto ,tambm possvel desengatar uma marcha qualquer apenas deslocando a alavanca para a posio de ponto morto , sem acionar a embreagem .

    Engate das demais marchas

    A descrio de funcionamento para engatar as demais marchas obedece o mesmo principio que estudamos para engatar a primeira marcha . No final deste capitulo encontram-se os esquemas eletropneumticos de todas as marchas .

    Easy-Shift

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    Sensor do pedal da embreagemComo foi descrito anteriormente , o sensor do pedal da embreagem fundamental para o correto funcionamento do sistema Easy-Shift . O sensor do tipo de aproximao e deve ser ajustado corretamente . Desse modo o sinal emitido pelo mesmo , deve ocorrer quando o disco da embreagem estiver completamente livre , pois caso o sinal seja emitido antes do disco estar totalmente separado do contato do volante do motor e da placa de presso do plat , teremos graves conseqncias nos componentes internos da caixa de mudanas . O ajuste deve ser feito em dois sentidos :Ajuste lateralEste ajuste extremamente simples , basta soltar as porcas de fixao do sensor em seu suporte e posicionar o mesmo de modo que entre a chapa de referncia fixada no pedal e a extremidade do sensor fique uma folga de 2 a 4 milmetros . Ajuste longitudinalPara este ajuste , o suporte de fixao do sensor conta com um rasgo oblongo , o que permite aproximar ou afastar o sensor da chapa fixada no pedal , no sentido longitudinal . Para fazer este ajuste : acionar gradativamente a embreagem at que o disco fique totalmente livre , neste ponto medir a distncia do pedal at o assoalho e anotar o valor encontrado ( medida X ) . Continuar acionando lentamente o pedal da embreagem , at o sensor ser ativado . Parar de acionar o pedal nesse momento , medir e anotar a distncia entre o pedal e o assoalho ( medida Y ) . O sensor estar corretamente posicionado se a diferena entre as medidas ( X ) e a medida ( Y ) ficar com no mnimo 20 milmetros .Observao : o modo como o sensor est fixado , o desenho da chapa usada para referncia e os ajustes podem variar de acordo com o modelo do veculo . Porm , os valores de ajustes se mantero iguais .

    Easy-Shift

    Sensor com chicote do pedal da embreagem

    Pedal da embreagem

    Folga lateral = 2 a 4 mm

    Chapa do pedal

    SensorChapa de referncia

    Posio : repouso

    Posio : disco livre ( medida X )

    Posio : ativao do sensor ( medida Y ) X

    Y

    X Y = 20 mm

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    Bloqueio longitudinal

    O conceito de alavanca com dois estgios para o engate das marchas tem por funo garantir ao motorista o efetivo acoplamento de engate . Por no dispor de nenhuma ligao mecnica entre a alavanca e a caixa de mudanas , o motorista no teria a sensibilidade necessria para perceber que de fato a marcha foi engatada .

    Com dois estgios no deslocamento da alavanca no sentido de engate , o motorista passa a ter mais confiana .

    Se ao deslocar a alavanca para engatar qualquer marcha o curso da mesma limitado ( primeiro estgio ) , isto indicar ao motorista que no ocorreu o acoplamento da luva de engate no interior da caixa de mudanas e que portanto o cmbio ainda est em ponto morto . Com esta indicao o motorista no solta o pedal da embreagem , evitando deste modo qualquer situao de risco , como por exemplo em uma sada no aclive .

    Com o engate efetivo da marcha a alavanca liberada at o seu curso final , indicando ao motorista que tudo est normal . Assim o mesmo pode soltar com toda a confiana o pedal da embreagem .

    A liberao do curso final da alavanca ocorre depois que o sensor B41 de marcha engatada envia o sinal para o mdulo de comando U10 . Este por sua vez , aciona uma eletrovlvula no interior da carcaa da alavanca de mudanas . A eletrovlvula libera a presso pneumtica deslocando o pino de bloqueio .

    A B C

    A Alavanca em ponto morto

    B Primeiro estgio , o curso foi limitado para alertar o motorista que ainda no ocorreu o engate da marcha pretendida

    C Curso final , garante ao motorista que ocorreu o efetivo engate da marcha .

    Funes de Segurana

    A seguir veremos outros detalhes interessantes relacionados ao funcionamento do sistema easy-shift e extremamente importantes pois envolvem a segurana e praticidade operacional .

    Easy-Shift

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    Descrio de funcionamento : bloqueio longitudinal

    A seguir veremos o funcionamento do bloqueio longitudinal da alavanca utilizando o esquema eletropneumtico .

    Com bloqueio

    Atravs do esquema notamos que o pino de bloqueio da alavanca no sentido de engate ( detalhe A ) fica em posio de trava , pois a eletrovlvula Y12 , sem corrente eltrica , no abre a vlvula de entrada da presso pneumtica . Observe que o interruptor de marcha engatada B41 , est aberto . Portanto se o motorista acionar a alavanca para engatar a marcha , perceber que o deslocamento no foi completo (primeiro estgio ) .

    Easy-Shift

    Pino de bloqueio longitudinal da

    alavanca

    Eletrovlvula Y12

    Detalhes internos do conjunto da alavanca

    ( Detalhe A )

    Esquema eletropneumticodo conjunto da alavanca

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    Sem bloqueio

    Com o fechamento do interruptor B41 o sinal de marcha engatada chega ao mdulo de comando U10 , que por sua vez , energiza a eletrovlvula Y12 , abre-se a vlvula de entrada e a presso pneumtica atua no pino de bloqueio deslocando-o contra a sua mola .

    Ao descer , o pino de bloqueio libera a alavanca de mudanas que pode ento avanar at o final de seu curso ( detalhe B ) . Desse modo , o motorista tem a convico de que o engate da marcha foi completado , o que aumenta a sensao de segurana .

    Easy-Shift

    ( Detalhe B )

    Esquema eletropneumtico do conjunto da alavanca

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    Bloqueio transversal

    Por se tratar de um sistema extremante suave , poderia ocorrer o engate acidental de uma marcha fora de tempo causando sriosprejuzos para a caixa de mudanas ou para o motor . A fim de evitar este problema , o sistema conta com um recurso de proteo que inibe a ao da alavanca de mudanas se a velocidade do veculo no for compatvel com a marcha que se pretende engatar .

    Para exemplificar , considere a seguinte situao : com a sexta marcha acoplada e velocidade do veculo correspondendo a 90 Km / h , o motorista tem a inteno de reduzir para a quinta marcha . Porm , acaba por engatar acidentalmente a terceira marcha . No difcil imaginar o que aconteceria caso isso de fato ocorresse . Com o propsito de se evitar a situao descrita anteriormente , o sistema de segurana do easy-shift detecta a incompatibilidade entre a velocidade do veculo e a marcha a ser engatada e aciona um dispositivo que bloqueia a passagem do mecanismo de seleo , entre as posies de quinta e sexta marchas para as posies de terceira e quarta . Desse modo , o motorista percebe o erro e faz as correes necessrias .

    Easy-Shift

    Eletrovlvula Y11 ( aciona mbolo A )

    Eletrovlvula Y14 ( aciona mbolo B )

    mbolo A bloqueio entre : 1/ 2 e 3 / 4

    mbolo B bloqueio entre : 3/ 4 e 5 / 6

    Pino responsvel pelo dois pontos de bloqueio no deslocamento transversal da alavanca , que por sua vez ir depender da ao dos

    mbolos A e B

    Pino posicionador da alavanca em neutro

    Detalhes dos pinos posicionadores e de bloqueio

    Detalhes das eletrovlvulas de bloqueio transversal no interior da

    alavanca de mudanas

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    Componentes do sistema de bloqueio transversal da alavanca de mudanas

    O esquema abaixo representa de modo simplificado o fluxo que o sinal de velocidade percorre e os componentes envolvidos na funo de bloquear a alavanca no sentido transversal .

    Na parte traseira da caixa de mudanas est montado o sensor de rotao de sada , que devido as suas caractersticas necessita de um mdulo amplificador de sinal . Este por sua vez , envia o sinal j amplificado para o mdulo de comando eletrnico que tem como uma de suas funes acionar as eletrovlvulas do conjunto da alavanca de mudanas , inibindo o engate de marcha fora de tempo .

    Easy-Shift

    Mdulo amplificador de sinal U12

    Nmero ZF 6041 222 166

    Sensor de sada

    Mdulo de comando eletrnico U10 Conjunto da alavanca de mudanas S29

    Mdulo amplificador de sinal U12

    Nmero ZF 6041 222 166

    Sensor de sada

    Mdulo de comando eletrnico U10 Conjunto da alavanca de mudanas S29

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    Descrio de funcionamento : bloqueio transversal

    O bloqueio transversal ocorre em duas situaes e est relacionado com a velocidade da rvore secundria e com a relao de reduo das marchas . A ao do bloqueio ocorrer atravs de apenas um nico pino para as duas situaes , embora o comando seja feito em momentos distintos . Para melhor compreenso de como feito o bloqueio observe as figuras abaixo e a descrio a seguir.

    Enquanto no houver nenhuma incompatibilidade entre as velocidades das marchas , a que est engatada e a que se pretende engatar , a placa corredia que acompanha o movimento transversal da alavanca de mudanas , se desloca livremente , no encontrando a resistncia do pino de bloqueio que est na sua posio inicial (desbloqueado) . Isso garante uma folga entre ambas as peas (vide detalhe ao lado) .

    Deslocamento transversal Posio central Deslocamento transversal

    para as posies de 1 / 2 e r corresponde a 3 / 4 para as posies de 5 / 6

    Easy-Shift

    Pino de bloqueio

    Placa de bloqueio corredia

    FolgaFolga

    Diagrama de marchas

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    Bloqueio da posio de terceira e quarta para a posio de primeira e segunda

    Supondo que a terceira marcha esteja engatada e de que a velocidade do veculo seja superior a 35 km/h .

    O monitoramento do sinal de velocidade do veculo feito atravs do sensor de sada da caixa , este o envia ao mdulo amplificador U12 que direcional este sinal amplificado ao mdulo de comando U10 . Por sua vez , o mdulo U10 aciona a eletrovlvula Y11 , que libera a presso pneumtica para deslocar o mbolo A .

    O mbolo A, sobe at uma determinada posio e aciona o pino de bloqueio transversal o suficiente para impedir o deslocamento da placa corredia, caso a mesma venha a ser deslocada para a direo que corresponda seleo de 1 / 2 .

    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico do conjunto da alavanca

    Bloqueio

    Esquema eletropneumtico do conjunto da alavanca

    Bloqueio Bloqueio

    Placa corredia

    Pino de bloqueio transversal

    Limitador de curso

    mbolo A

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    Bloqueio da posio de quinta e sexta para a posio de terceira e quarta

    Supondo que a sexta marcha esteja engatada e de que a velocidade do veculo seja superior a 60 km/h .

    O mdulo de comando U10 reconhece o sinal amplificado de velocidade, e aciona agora a eletrovlvula Y14 , que libera a presso pneumtica para deslocar o mbolo B .

    O mbolo B, sobe e aciona o pino de bloqueio transversal . Nesta nova posio do pino de bloqueio a placa corredia no consegue ser deslocada e voltar para o ponto de seleo correspondente de 3 / 4 .

    Easy-Shift

    Placa corredia

    Pino de bloqueio transversal

    Limitador de curso

    mbolo A

    mbolo B Esquema eletropneumticodo conjunto da alavanca

    Bloqueio Bloqueio

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    Esquemas Eletropneumticos

    Easy-Shift

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Chave ligada Esquema eletropneumtico Chave ligada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Embreagem acionada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Primeira marcha engatada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Temporizao

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Segunda marcha engatada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Terceira marcha engatada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Quarta marcha engatada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Quinta marcha engatada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Sexta marcha engatada

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    Easy-Shift

    Esquema eletropneumtico Marcha-a-r engatada

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    Easy-Shift

    Diagnstico de falhas

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    Aplicando os conceitos aprendidos para fazer diagnstico Vamos utilizar um exemplo de como podemos proceder para realizar diagnstico de falha no sistema easy-shift . Como estudamos no mdulo I , a principal ferramenta que o tcnico dispem para descobrir falhas o conhecimento . Quando se sabe o mximo de detalhes relacionados principalmente sobre o funcionamento do componente que apresenta alguma falha , sem dvida o diagnstico ser quase sempre preciso .Outro ponto fundamental a disciplina , ou seja trabalhar sempre de acordo com uma metodologia , seguindo um padro , Para tanto colocaremos em prtica o sistema de nveis para fazer o diagnstico .

    Reclamao : O motorista de um O-400 RSD equipado com o sistema easy-shift se queixa ao chefe da oficina que desde a sada da rodoviria consegue engatar apenas as marchas pares e a marcha-r .

    Constatando a procedncia da reclamao :

    Estudo dirigido Exemplo de procedimentos para diagnosticar falhas baseado no sistema de nveis

    Durante os trabalhos realizados no mdulo I do treinamento para tcnicos em diagnstico , ficou evidenciado que confirmar que de fato h uma anomalia funcional item primordial para se obter sucesso em todo o processo de investigar a origem de um problema .

    O tcnico deve sempre ter em mente que antes de agir , primeiro tem que procurar conhecer todos os detalhes , as circunstncias que envolvem a reclamao .

    No exemplo que estamos estudando o responsvel pelo diagnstico da falha , aps conversar com o motorista , fez um teste prtico. Funcionou o motor e depois que o sistema pneumtico atingiu a presso mxima , tentou engatar as marchas mpares e constatou de fato que nenhuma delas engatavam . Continuou com o teste e comprovou tambm que as marchas pares e a marcha-r engatavam normalmente .

    Easy-Shift

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    Setor e Funo : Depois de passar pelos procedimentos feitos na primeira fase e constatar a irregularidade no funcionamento , o passo seguinte deve ser o de restringir o problema a um determinado setor do veculo .

    Qual parte , qual componente poderia estar com defeito ?

    A resposta evidentemente est associada ao setor do veculo que tem por funo engatar as marchas . Ou seja , parte do trambulador da caixa de mudanas e ao sistema easy-shift . Podemos ir um pouco mais adiante e analisar detalhadamente como funcionam as vrias peas que participam do processo de engate das marchas mpares , assim teremos maior preciso .

    Setores relacionados com o engate de marchas mpares :

    - Alavanca de mudanas

    - Chicote eltrico do easy-shift

    - Central de eletrovlvulas

    - Conexes e tubulaes pneumticas

    - Cilindro de engate

    - Trambulador da caixa de mudanas

    Relacionando as provveis falhas por setores :

    O que poderia estar com defeito na alavanca de mudanas ?

    1- Mal contato nos terminais internos do micro-interruptor S1 ;

    2- Falta de acionamento mecnico do micro-interruptor S1 ;

    3- Interrupo do circuito eltrico desde o micro-interruptor S1 at o terminal B/2 ;

    4- Mal contato no terminal B/2 .

    Easy-Shift

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    O que poderia estar com defeito no chicote eltrico ?

    5- Interrupo do chicote entre o terminal B/2 da alavanca at o terminal B da central de eletrovlvulas U11 .

    O que poderia estar com defeito na central de eletrovlvulas U11 ?

    6- Mal contato no terminal B ;

    7- Interrupo no circuito interno desde o terminal B at a eletrovlvula Y2 ;

    8- Mal contato nos terminais da eletrovlvula Y2 ;

    9- Bobina da eletrovlvula Y2 queimada ;

    10- Vlvula interna de entrada do ar emperrada na posio fechada ;

    11- Passagem de ar obstruda dentro da central ;

    O que poderia estar com defeito na tubulao externa ?

    12- Passagem de ar obstruda ou com vazamentos ;

    O que poderia estar com defeito no cilindro de engate ?

    13- mbolo interno do cilindro de engate com problemas de deslocamento ;

    O que poderia estar com defeito no trambulador da caixa de mudanas ?

    14- Problemas com o curso de acionamento por quebra , desgaste ou regulagem ;

    Easy-Shift

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    Comprovao

    Na etapa anterior relacionamos 14 provveis causas , devemos agora determinar qual a ordem e como faremos os testes / verificaes . No h , a rigor , uma seqncia ideal a ser seguida , o inicio dos procedimentos depender de alguns fatores , tais como : equipamentos de testes , ferramentas apropriadas , tempo disponvel , local de trabalho , experincia prtica , informaes prvias , entre outros . Porm , devemos pensar sempre no resultado final , ou seja : resolver o problema de modo o mais profissional possvel , evitando perder tempo , economizando material , procurando no se desgastar fisicamente e mentalmente e sempre mantendo o mximo de ateno com respeito a segurana .

    Para fazermos este estudo dirigido foi considerado uma causa hipottica para o problema , mas perfeitamente possvel de ocorrer na prtica Iremos descrever alguns procedimentos que poderiam ser executados para encontrarmos a causa da falha . Para cada comprovao teremos um resultado que nos permitir analisar qual o prximo passo a ser dado .

    O objetivo deste estudo evidentemente , o de refletirmos e avaliarmos se os testes foram feitos dentro de uma certa lgica , se foram coerentes , se podem ser aprimorados , se podem ser simplificados , se foram executados com profissionalismo e com segurana .

    Procedimento 1 : Verificar se h presso na tubulao do cilindro de engate correspondente as marchas mpares .

    Preparativos :- Instalar um manmetro de teste na linha entre as conexes P20 da central de eletrovlvulas e do cilindro de engate do lado oposto ao da haste de acionamento . - Abastecer o sistema pneumtico do veculo

    - Ligar a chave de contato - Acionar o pedal da embreagem totalmente

    - Deslocar a alavanca de mudanas no sentido de se engatar uma marcha mpar - Observar o manmetro quanto ao valor indicado

    Resultado : No foi encontrado nenhum valor de presso .

    Easy-Shift

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    Procedimento 2 : Verificar se a alavanca de mudanas e o chicote eltrico que envolve o acionamento da eletrovlvula Y2 esto em ordem .

    Preparativos :

    - Ligar a chave de contato

    - Acionar totalmente o pedal da embreagem

    - Deslocar a alavanca no sentido de engatar uma marcha mpar

    - Medir a tenso eltrica nos terminais J e B do conector da central de eletrovlvulas

    Observao : Como o conector da central de eletrovlvulas est fixada caixa de mudanas pode ser difcil o acesso ao mesmo , dependendo das circunstncias . Se analisarmos o esquema eltrico , notamos que h uma derivao da linha que queremos checar parao terminal 35/28 do mdulo U10 . Portanto dependendo das condies pode ser mais prtico efetuar a medio primeiro nesteponto .

    Resultado : Tenso medida 24 volts ( tanto no conector da central de eletrovlvulas como no conector do mdulo U10 )

    Concluses :

    Com os dois procedimentos executados j possvel restringirmos a falha a apenas um dos seis setores considerados inicialmente . Caso os primeiros passos fossem feitos sem planejamento , com certeza ainda teramos muito trabalho pela frente .

    Mas nos falta ainda , encontramos a causa da falha com mais preciso , para tanto , vamos continuar com os testes .

    Easy-Shift

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    Procedimento 3 : Como o problema ficou restrito a central de eletrovlvulas os procedimentos finais permitiro encontrar a causa da falha com duas medies de resistncia eltrica .

    Preparativos para a primeira medio :

    - Soltar o conector do chicote na central de eletrovlvulas

    - Limpar os terminais do conector

    - Medir a resistncia eltrica nos terminais J e B do conector da central de eletrovlvulas

    Resultado : O multmetro indicou resistncia infinita

    Preparativos para a segunda medio :

    - Remover a tampa da central de eletrovlvulas

    - Medir a resistncia eltrica diretamente nos contatos da eletrovlvula Y2

    Resultado : Resistncia dentro do valor especificado .

    Causa : Com a realizao dos testes passo a passo foram sendo eliminadas cada uma das provveis causas . Obviamente a ltima das comprovaes nos possibilita encontrar a causa do problema , que no caso do nosso exemplo interrupo no chicote interno da central de eletrovlvulas .

    Controle e reparo : Foi substitudo o cabo interrompido e feito teste prtico engatando todas as marchas que possibilitou constatar que o problema foi eliminado .

    Easy-Shift

    Segunda medio

    Primeira medio

    J

    B

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    Easy-Shift

    Exerccios

  • Tcnico em Diagnstico - Mdulo II - Motor CDI , Transmisso , Chassis e Freios 42

    1) Na maioria dos veculos atuais impossvel visualizar se o disco de frico fica totalmente livre quando a embreagem acionada . Porm este requisito fundamental para o correto funcionamento e durabilidade dos componentes internos da caixa de mudanas .

    Descreva abaixo em seqncia detalhada como voc faria para comprovar o momento exato em que o disco da embreagem fica completamente livre em veculos que no seja possvel ver o disco de frico .

    Resposta :

    Easy-Shift

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    2) Utilizando o esquema eletropneumtico , descreva abaixo detalhadamente e em seqncia como ocorre a seleo e o engate da quinta marcha .

    Inicie a descrio partindo do momento em que o motorista aciona o pedal da embreagem .

    Procedimentos para a seleo :

    Procedimento para o engate :

    Easy-Shift Descrio detalhada do sistema eletropneumtico para a troca de marchas

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    4) Que problema poderia ocorrer, se a eletrovlvula Y14 queimasse ?

    Resposta :

    3) Descreva os procedimentos de como medir a resistncia eltrica da bobina da eletrovlvula Y12 utilizando os terminais do mdulo U10 :

    Resposta :

    5) O motorista reclama que a partir da metade da viagem a alavanca no completa o curso de engate e que obrigado a manter a mo sobre a mesma para que no volte a posio de neutro aps engatar qualquer marcha .

    Quais so as provveis causas que poderiam estar ocasionando tal problema ?

    Resposta :

    Easy-Shift

  • Tcnico em Diagnstico - Mdulo II - Motor CDI , Transmisso , Chassis e Freios 45

    6) Ao chegar na garagem para guardar o veculo , o motorista estacionou o nibus e por costume deixou a primeira marcha engatada . No dia seguinte , acionou a embreagem e notou que estava pesada . Deslocou a alavanca de mudanas para a posio de ponto morto e quando foi dar a partida , constatou que o motor de partida no girava .

    Como havia a necessidade de cumprir com o horrio , solicitou a oficina que fosse feito o reparo imediato . O eletricista designado para resolver o problema agiu rapidamente , aps confirmar que as baterias e a chave de contato estavam em ordem , trocou o motor de partida por outro em perfeito estado de funcionamento . Ao tentar funcionar o motor do nibus , ficou surpreso pois o motor de partida instalado tambm no funcionou .

    Responda as seguintes questes :

    A Qual foi a fase do sistema de nveis que o eletricista deixou de cumprir corretamente ? ( assinale com um X a sua alternativa )

    ( ) Reclamao

    ( ) Setor e funo

    ( ) Comprovao

    ( ) Causa

    ( ) Controle e reparo

    B O qu pode ter ocorrido , para o problema surgir de um dia para o outro ?

    Resposta :

    Easy-Shift

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    7) Qual problema pode apresentar o veculo se o micro-interruptor S5 da alavanca de mudanas queimar ?

    Resposta :

    8) Qual problema poderia ocasionar se a tubulao A fosse invertida com a B ( observe a ilustrao ) ?

    Resposta :

    Easy-Shift

    Conexes : A , B e C instaladas corretamente

    Conexes : A e B instaladas em posies invertidas

    Conexes : C Conexes : C

    Conexes : B Conexes : B

    Conexes : AConexes : A Conexes : B Conexes : B

    Conexes : AConexes : A

    Conexes : C Conexes : C

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    9) O qu provocaria , em veculos equipados com easy-shift , uma modificao da relao de reduo do eixo traseiro de 3,66 para 6,14:1 ?

    ( ) Indicao no velocmetro de velocidade maior do que a real

    ( ) O bloqueio transversal da alavanca de mudanas atuaria com velocidade acima da ideal

    ( ) A caixa de mudanas e o motor no teriam a proteo contra excesso de rotao com uma reduo indevida

    ( ) Indicao no velocmetro de velocidade menor do que a real

    ( ) O motorista no conseguiria reduzir de terceira para a segunda mesmo com a velocidade abaixo de 35 Km/h

    10) O que ir ocasionar se o cilindro emissor da embreagem original de um veculo equipado com easy-shift for substitudo por outro de menor dimetro interno ?

    ( ) O curso do mbolo do servo da embreagem ficar maior

    ( ) O sinal enviado pelo sensor do pedal da embreagem para o mdulo de corte U13 ir ocorrer antes do momento ideal

    ( ) A presso hidrulica gerada no cilindro emissor ser menor

    ( ) O sinal enviado pelo sensor do pedal da embreagem para o mdulo de corte U13 ir ocorrer depois do momento ideal

    ( ) O acionamento do cilindro de engate do easy-shift ir ocorrer sem que o disco da embreagem esteja totalmente livre

    Easy-Shift

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    03.07