Apostila Citologia Clínica

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8/18/2019 Apostila Citologia Clínica http://slidepdf.com/reader/full/apostila-citologia-clinica 1/37   APOSTILA DE CITOLOGIA CLÍNICA Ádamo Porto Gama E-mail: [email protected]

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 APOSTILA

DE

CITOLOGIACLÍNICA 

Ádamo Porto GamaE-mail: [email protected]

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1 Apostila de Citologia Clínica –  2010 Ádamo Porto Gama

CITOLOGIA CLÍNICA

CONSIDERAÇÕES HITÓRICAS E CONCEITOS GERAIS

A citologia clínica é o estudo das doenças através das células que são provenientes de um

processo de raspagem, descamação natural de uma superfície epitelial, cavitária ou obtidas por

punção aspirativa por agulha fina (PAAF). A citologia clínica foca no estudo e pesquisa de células

neoplásicas (malignas), além oferecer diversos subsídios importantes no diagnóstico de doenças da

vagina, doenças que acomete o colo do útero, enfermidades de etiologia inflamatória, além de poder

determinar nível hormonal. 

Através das pesquisas realizadas, George Papanicolau desenvolveu uma técnica chamada

“esfregaço de Pap”  que posteriormente passou a ser utilizada na detecção de células malignas de

câncer cervical. Em 1943, os conceitos de câncer precoce e “carcinoma in situ” já eram amplamente

conhecidos, e finalmente houve grande entusiasmo da comunidade médica, especialmente

ginecologistas, que aprenderam o potencial do “esfregaço de Pap” na prevenção do câncer cervical.  

No início do século, o câncer de colo uterino constituía-se como a principal causa de morbidade e

mortalidade por câncer, em mulheres, com a prática da citologia gerou um grande impacto,

modificando o perfil dessa situação. O método de esfregaço de Pap, também conhecido como exame

de Papanicolau ainda é considerado o método mais confiável na prevenção do câncer de colo uterino.

A citologia clínica iniciou-se através de pesquisas

realizadas pelo médico George Papanicolau, sendo

atualmente um dos métodos de diagnósticos com

maior importância na prática médica atual.

As pesquisas iniciais do médico George Papanicolau

tinham como objetivo alvo, o conhecimento dos

efeitos hormonais sobre a mucosa vaginal,

utilizando como meio de insvestigação esfregaços

vaginais provenientes de animais de laboratórios e

posteriomente de mulheres.

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2 Apostila de Citologia Clínica –  2010 Ádamo Porto Gama

Componentes da coloração de Papanicolaou:

  Hematoxilina de Harris

  Contracorantes citoplasmáticos EA 36 (citologia cérvico-vaginal)

  EA65 ( para outras preparações citológicas)

  Laranja G

É importante realçar, que a citopatologia é uma ciência muito mais abrangente, dirigida ao estudo de

lesões em diferentes órgãos e tecidos, através da técnica de punção aspirativa por agulha fina. Na

busca por métodos diagnósticos menos invasivos, a técnica de prevenção biópsia com punção

aspirativa por agulha fina, ocupa posição de destaque, devido a ausência de complicações significativas

para o paciente, aliada a outras vantagens, como simplicidade técnica, rapidez, baixo custo e

confiabilidade diagnóstica. 

O estudo citológico das amostras obtidas através de punção aspirativa por agulha fina permite o

reconhecimento de condições inflamatórias assim como o seu agente etiológico, através especialmente

de técnicas de coloração especial, assim como o diagnóstico diferencial entre tumores benignos e

malignos. O estudo citológico das amostras obtidas através de punção aspirativa por agulha fina

permite o reconhecimento de condições inflamatórias assim como o seu agente etiológico, atravésespecialmente de técnicas de coloração especial, assim como o diagnóstico diferencial entre tumores

benignos e malignos.

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3 Apostila de Citologia Clínica –  2010 Ádamo Porto Gama

 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CITOLOGIA CLÍNICA

 ANATOMIA DO TRATO GENITAL FEMININO

Macroscopicamente o colo está dividido em:

 

Endocérvix : recobre o canal cervical (orifício cervical externo - OCE);

  Ectocérvix : recobre a porção externa vaginal do colo;

  Junção escamo colunar (JEC): região onde ocorre a junção abrupta dos dois epitélios.

 

Trompas Uterinas (tubas uterinas, trompas de Falópio):

ductos bilaterais que se estendem do útero aos ovários.

 

Ovários: órgãos ovóides bilaterais situados próximos a

cada trompa uterina. Têm função endócrina e

reprodutiva.

 

Corpo do útero:  estrutura periforme contígua ao colo

uterino.

  Colo uterino:  é dividido em uma parte intravaginal

visível ao exame (ectocérvice ou exocérvice) e outra

supravaginal.

  Prevenção e diagnóstico de câncer ginecológico (exame de Papanicolau)

  Citopatologia geral (pesquisa de células malignas em diferentes amostras, incluindo aspirados obtidos

através da técnica de PAAF de diferentes órgãos, escarro, líquidos pleural, ascítico e pericárdio, urina,descarga papilar, cistos de mama, lavados e escovados brônquicos, entre outros).

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HISTOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO

O trato genital feminino apresenta vários tipos de epitélio e tecidos de sustentação. São eles:

  Epitélio malpighiano (pavimentoso estratificado queratinizado).

  Epitélio escamoso estratificado não queratinizado

Histologicamente temos:

Ectocérvix: Epitélio escamoso estratificado não queratinizado

(pluriestratificado), com halos claros, abundantes em

glicogênio, nas células superficiais, cuja função, através dos

lactobacilos e bacilos de Döderlein, é manter em níveis baixoso pH vaginal pela formação de ácido láctico. Apresenta mitoses

nas camadas basais (o que não ocorre nas camadas

superiores);

Endocérvix:  É o canal cervical que não é visível ao exame

especular, sendo constituído pelo epitélio cilíndrico

mucossecretor (o muco pode ser detectado no exameespecular); células com núcleos transversais que recompõem o

epitélio (células de reserva ou células totipotentes).

A região da divisão entre endocérvice e ectocérvice tem

importância histológica. 

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Epitélio pavimentoso estratificado do tipo queratinizado

Epitélio pavimentoso estratificado do tipo não-queratinizado

O epitélio escamoso estratificado, não queratinizado da ectocérvice é marginado abruptamente pelo

epitélio colunar simples do canal endocervical, formando a junção escamocolunar (JEC), ou zona de

transformação. A zona de transformação entre o epitélio escamoso da extocérvice e o epitélio colunar da

endocérvice tem um significado especial, porque a maioria dos carcinomas cervicais e seus precursoressurgem nessa localização.

  Predominante na região vulvar.

  Epitélio constituído por vários estratos celulares

com camadas basais, parabasal, intermediária e

superficial.

  Caracterizado pela presença acima do epitélio de

células queratinizadas e anucleadas.

Presente nos lábios menores da vulva, vagina e na

exocérvice

Formado por três camadas:

  Camada basal (profunda)

 

Camada intermediária 

 

Camada superficial 

JEC (junção escamo-colunar):  corresponde à região

onde uma abrupta transição entre epitélios escamoso e

glandular. Apresenta uma posição variável conforme a

idade (na mulher jovem, localiza-se na ectocérvice

expondo o epitélio cilíndrico ao ambiente vaginal, e na

idosa, tende a situar-se dentro do canal cervical).

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Células superficiais:

São as células mais desenvolvidas do epitélio escamoso, aparecem isoladas ouem pequenos grupos. O citoplasma é claro, brilhante, transluzente e levementeeosinofílico ou cianofílico e o núcleo é denso e picnótico com halo perinuclearclaro e estreito.

Células intermediárias:

Desenvolvem-se a partir da diferenciação das células parabasais, são elípticasou alongadas, possui citoplasma cianofílico, transluzente claro, as margens

celulares são bem delimitadas, com a presença de grânulos amarelados(glicogênio).

Células Parabasais:

São maiores que as células basais, descamam isoladamente, com formasredondas ou ovais, o citoplasma se cora menos intensamente que as célulasbasais e o núcleo é arredondado com cromatina fina e granular.

Células Basais:

São células com origem tipicamente embrionária, cuja capacidade dereprodução é constante e intensa, sendo raramente encontradas no esfregaço,quando descamam são isoladas, possuem formas arredondadas ou ovais e onúcleo é grande, redondo ou oval, tendo um padrão de cromatina finamentegranular.

CÉLULAS ESCAMOSAS DA ECTOCÉRVICE

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COLPOSCOPIA

A colposcopia é um exame complementar a técnica de Papanicolaou que auxilia no rastreamento do

câncer de colo uterino e no diagnóstico do Papiloma Vírus Humano (H.P.V.), ou seja, é o exame que

direciona o local adequado para a coleta do material. Para realizar a colposcopia, é necessário umaparelho chamado colposcópio que promove a visibilização do colo uterino por intermédio de lentes.

É indicada nas seguintes situações:

  Quando existem lesões do colo do útero perceptíveis no exame ginecológico de rotina

  Quando são observadas alterações celulares através do exame Papanicolaou

O exame que pode ser feito no consultório médico,

sendo de simples realização e que consiste na

visibilização do colo uterino por intermédio de lentes.

Com o auxílio de substâncias específicas que são

colocadas no colo do útero, lesões que são

imperceptíveis a olho nu tornam identificáveis,

possibilitando a realização de biópsias para diagnóstico

das alterações celulares.

A colposcopia, aliada à colpocitologia oncótica

(Papanicolaou), representa altas possibilidades de

diagnóstico de alterações celulares iniciais do câncer do

colo do útero, aumentando a chance de tratamento

especializado antes da evolução da doença.

A citologia clínica não tem como único objetivo a pesquisa de células neoplásicas (malignas), mastambém oferece subsídios importantes no diagnóstico de enfermidades de etiologia inflamatória. 

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A colposcopia e a vulvoscopia são de fundamental importância na avaliação de lesões do colo e da vulva,

conduzindo a um melhor entendimento da doença. 

Técnicas de coleta na citologia ginecológica:  Esfoliativa - remove células superficiais da cérvice,

endocervice e vagina.

(Espátula de Ayre ou escova endocervical)

  Esfregaço vaginal- baseia-se na descamação natural das

superfícies do colo e da vagina e se acumulam no fundo de

saco vaginal.

Tipos de coleta:

  Coleta tríplice: endocérvice, ectocércice (JEC) e fundo do saco vaginal

  Coleta dupla (MS): endocérvice e ectocérvice 

Colposcopia simples

Acentuar as características dos tecidos alterados.

  Ácido acético a 5%

  Solução de Schiller- iodo (Células alteradas não fixam o iodo– patológico)

  Solução de bissulfito

  Azul de Toluidina a 2%

Limitações para a realização da coleta

  Sangramento

  Pós-coito- 72 horas

 

Duchas vaginais

  Menopausa

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É considerada satisfatória a colposcopia em que a JEC (junção escamo colunar) é visível e insatisfatória

quando ocorrer inflamação intensa ou atrofia acentuada. Nestes casos deve tratar as alterações e repetir a

colposcopia após 30 dias. Para os casos de atrofia, usar estrogênio via vaginal.

Uma colposcopia insatisfatória

  JEC não visível

  Colo não visualizado

  Cervicolpites intensas (alteram a mucosa substancialmente)

  Colos atróficos (não apresentão boa impregnação com o iodo)

Técnica da coleta do exame citopatológico de prevenção ao câncer de colo uterino

A paciente não deve estar menstruada, o medico deve diferenciar menstruação de sangramento vaginal,

pois este poderá ser sinal de lesão de colo detectável à inspeção visual. O médico deve realizar a coletamesmo na presença de menstruação se esta for a melhor oportunidade de realizar o exame em paciente

que não tenha tido acompanhamento regular.

  Não usar cremes vaginais há pelo menos 4 dias;

  Não ter relações sexuais até 72 horas antes;

  Colocar espéculo sem lubrificantes;

  Não utilizar nenhuma solução intravaginal antes da coleta;

  Realizar coleta ecto e endocervical;

  Coletar o exame mesmo na presença de leucorréia, pois esta poderá ser a única oportunidade

(retirar o excesso de secreção com uma gaze);

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A combinação mais eficiente para se obter uma coleta satisfatória é o uso de escova para coleta da

endocérvice, e da espátula de Ayre para coleta da ectocérvice, girando-a 360 graus sobre a JEC (junção

escamo-colunar) colocadas de forma sobreposta na mesma lâmina. (Grau de recomendação A) .

Preparo do esfregaço

 

Lâmina de vidro de boa qualidade

 Identificar o material

 O instrumento da coleta é colocado sobre a lâmina

 Arraste-o ao longo do maior eixo da lâmina

 Distribuir o material de forma homogênea

 Não fazer movimentos circulares podem lesar as células.

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A Fixação do material coletado

  A lâmina deve ser fixada logo após o esfregaço ser confeccionado

  Etanol 70 a 90%

 

Etanol desnaturado 95%

  Propanol 80%

  Aerossóis fixadores contendo isopropanol e propilenoglicol

Coloração

O processo de coloração facilita o reconhecimento dos componentes celulares, possuindo como regrapara a coloração, a captação dos elementos basofílicos dos corantes pelos núcleos, assumindo uma cor

azul ou tom azulado. O citoplasma pode adquirir uma cor rosa (eosinofílico) ou azul (cianofílico).

A Coloração de Shorr, combinada com hematoxilina de Harris pode dar excelentes resultados.

Periodicidade do Rastreamento

A cada três anos, após dois exames normais consecutivos com

intervalo de um ano. (Grau de recomendação A). Existe pouca

evidência de que o rastreamento anual é mais efetivo do que a

cada 3 anos para a população em geral. Anualmente em

mulheres com risco (HIV positivo, imunodeprimidas, com lesões

prévias de alto risco). Mulheres histerectomizadas por outras

razões que não o câncer ginecológico, não precisam ser incluídas

no rastreamento.

No exame de rastreamento de câncer de colo uterino (coleta de citopatológico de colo uterino, inspeção

visual e inspeção com ácido acético e lugol) são consideradas alteradas as seguintes situações:

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Alterações visuais no colo uterino: Alterações no exame citopatológico de colo uterino:

  Pólipos

  Tumores

 

Erosões

  Epitélio branco

  Áreas leucoacéticas

  Áreas com Teste de Schiller positivo.

Alterações celulares benignas: (citologia normal)

  Inflamação

 

Reparação

  Metaplasia escamosa imatura

  Atrofia com inflamção

  Radiação

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ALGUNS TIPOS CELULARES ENCONTRADOS NÃO ORIGINÁRIOS DO TGF

Leucócitos

A presença de grande quantidade de leucócitos sugere

processo inflamatório. Entretanto poderá surgir também

a possibilidade de câncer invasivo. O diagnóstico de

processo inflamatório não pode ser baseado

exclusivamente no encontro de leucócitos no esfregaço,

exceto se forem observados em quantidade alarmante.

Hemácias

São normalmente encontrados no período menstrual,

logo após a ovulação devido a ruptura do folículo

ovariano, esfregaços atróficos, escovadura da

endocérvice ou ulceração e, ainda, neoplasia cervical,

abortamento, hiperplasia do endométrio.

Histiócitos

São encontrados nos esfregaços vaginais no períodomenstrual, podendo aparecer ate o 12⁰ dia do ciclo, na

fase pós-menstrual e em processos de cicatrização. 

Apresenta núcleos variáveis em tamanho, número e

forma, sua cromatina nuclear é extremamente ativa. O

histiócito apresenta abaulamento nuclear conferindo

formato reniforme. O DIU é responsável por seu

aumento.

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Plasmócitos

A sua presença indica um quadro de processo

inflamatório crônico cervical ou endometrial, os

plasmócitos não podem ser visualizados em condiçõesnormais nos esfregaços vaginais. São células com

características aredondadas ou ovais, com núcleos

excêntricos e com cromatina arranjada em forma de roda

de carroça. 

Linfócitos

Possuem as mesmas funções dos plasmócitos, sendo

presentes em processos crônicos. Podem-se observar

duas formas: Forma adulta e o tipo imaturo ou blástico

(linfoblasto). LA (são pequenas células de núcleos

intensamente corados e praticamente picnóticos. Seus

citoplasmas são bastante escassos). e LB (são células de

núcleos grandes com cromatina granulosa e citoplasma

é abundante e basófilo.

Neutrófilos - Polimorfonucleares

São células pequenas com núcleo segmentado, podendo

apresentar até 5 lóbulos, são células presentes emgrande número nos processos inflamatórios. Esfregaço

purulento. Exemplo: Geralmente a tricomoníase e

infecções bacterianas determinam esfregaços bastante

purulentos.

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Muco

É um Espessado, filamentoso, grumoso que não tem

significado oncológico nem tão pouco funcional quando

examinado pela coloração citológica. Na fase estrogênicaé transparente e praticamente invisível. Na segunda fase,

ou fase luteínica, se torna grumoso e corável em verde,

aprisionando leucócitos, detritos celulares e flora

bacteriana.

Espermatozóides

São achados, com certa freqüência nos raspados

vaginais. Os esfregaços pós-coito, além de prejudicar a

avaliação cito-hormonal, podem levar a falsos

diagnósticos de leucorréia. Desconfiamos de pós-coito

quando encontramos secreção mucóide no exame

especular.

Fibroblasto

Pode ser confundido com células fibrosas, características

de carcinomas freqüente em processos de cicatrização

cervical núcleo alongado, pequeno e bem corado,

citoplasma cianófilo e pálido.

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Bacilos de Döderlein

São considerados comensais normais de cavidade

vaginal de mulheres jovens. Estas células mostram

grande variação em número e tamanho , de acordo coma fase do ciclo menstrual. São bactérias muito pequenas

em forma de bastonete, chamados de lactobacilos.

Os lactobacilos na presença de glicogênio, passa a se multiplicarem devido a sua alta afinidade pelo

glicogênio, ao se nutri do glicogênio os lactobacilos ficam túrgidos ao ponto de promover a redução

do pH ( 3,2) favorecendo a lise celular e consequentemente irá liberar fosfolipídeos e favorecer a

presença de núcleos desnudos ao local. Como a cândida(microorganismo fúngico) faz parte da

microbiota normal, vai ocorrer a migração da cândida presente na microbiota ao local onde ocorreu a

lise celular, devido a presença de fosfolipídeos, que atua como receptor da cândida promovendo a

formação de pseudo hifas na sua estrutura celular o que permite a sua invaginação aos tecidos

iniciando assim um quadro de infecção fúngida denominado de candidose. A candidose é uma

condição clínica comum, durante a gestação, pois é onde ocorre um aumento dos níveis de

progesterona na preparação do útero para a gravidez promovendo excreção da reserva do glicogênio

final.

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Gardnerella Vaginalis

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Trichomonas Vaginalis

HPV / Condiloma acuminado

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Actinomyces sp

Flora bacteriana do tipo Lactobacilar

A flora vaginal normal é constituída, por bacilos Döderlein. Os lactobacilos utilizam o glicogênio celular

transformando-o em ácido lático, principal guardião da cavidade vaginal contra as infecções. Às vezes

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22 Apostila de Citologia Clínica –  2010 Ádamo Porto Gama

determinam um fenômeno chamado citólise, esta é a destruição do citoplasma de células da camada

intermediária pelo efeito do baixo pH. Este fenômeno é normal quando discreto. A exarcebação dessa

flora pode determinar o aparecimento de corrimentos.

A intensidade com a qual o epitélio vaginal descama varia direta e proporcionalmente com a qualidade e

duração da ação esteróide, observada na atividade estrogênica combinada a progesterona ou aandrogênios. Dessa forma, o resíduo vaginal encontra-se clinicamente aumentado na segunda fase do

ciclo, no uso de anovulatórios, na ovulação crônica e na gravidez. Distúrbios endócrinos como diabetes,

tratamento com anticepcionais, gravidez levam a um aumento constante de citólise proeminente além do

baixo pH observados nestas situações clínicas, gera, na vagina, condições ambientais propícias aos

desenvolvimentos das leveduras. Um meio permanentemente úmido, quente, rico em glicogênio(ou

glicose) e com pH constantemente ácido é condição ideal pra o desenvolvimento de fungos imperfeitos

ou mesmo para favorecer recidivas que frequentemente conferem à moléstia caráter terapêutico rebelde.

Conclusões sobre esfregaços vaginais citolíticos

  Os esfregaços citolíticos podem ser encontrados em 15% dos corrimentos vaginais.

  A citólise como causa de corrimento vaginal ocorre em 11,7% da vaginites

  Associação de agentes inflamatórios 3,4% das vaginites

  As leveduras são as principais agentes encontrados nas vaginites

  A anovulação favorece a citólise(segunda fase do ciclo e gravidez)

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NEOPLASIAS

Neoplasias Malignas

Neoplasia Intraepitelial Vulvar (NIV)

A neoplasia intraepitelial vulvar é considerada uma lesão epitelial maligna pré-invasiva. Ela se

caracteriza pela existência de atipia, um número aumentado de mitoses, e pela perda da diferenciação

das células superficiais do epitélio. Macroscopicamente, a NIV se manifesta por leucoplasia vulvar. A

lesão pode ser única, mas freqüentemente é multicêntrica. A associação freqüente (até 30%) de NIV e

carcinomas escamosos de outros locais do trato genital feminino aponta para uma etiologia comum

em até 90% dos casos de NIV pode ser identificado DNA de HPV de alto risco, como o 16 e o 18.

Todavia, a NIV pode ocasionalmente regredir espontaneamente. O risco de evoluir para uma lesão

invasiva (carcinoma escamoso da vulva) é maior em mulheres mais velhas e em imunodeprimidas.

Carcinoma Da Vulva 

Cerca de 85% dos carcinomas vulvares são carcinomas de células escamosas. Dentre os 15% restantes,

encontram-se carcinomas basocelulares, adenocarcinomas e melanomas. Os carcinomas escamosos

da vulva podem ser divididos em dois grupos: o primeiro inclui tumores precedidos por neoplasiaintraepitelial vulvar, e portanto associados a HPV de alto risco. Estes tumores são prevalentes em

mulheres com menos de 65 anos. O segundo grupo engloba os carcinomas precedidos por lesões

vulvares não neoplásicas (líquen escleroso ou liquenificação).

Neste grupo, a associação com infecção pelo HPV é incomum. Esta classe de tumores prevalece em

mulheres com mais de 65 anos, e é 3 a 4 vezes mais comum do que os tumores relacionados ao HPV.

Seja de que grupo for, o carcinoma vulvar se inicia como lesão leucoplásica, que evolui para um tumorde padrão exofítico/vegetante ou endofítico/ulcerado, determinando dor e desconforto locais,

prurido, até exsudação por infecção secundária. O risco de metástase é proporcional ao tamanho do

tumor, profundidade de invasão e invasão linfática.

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O câncer de colo uterino ainda é um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, pois

apresenta altas taxas de prevalência e mortalidade em mulheres de nível social e econômico baixo e

em fase produtiva de suas vidas. Estas mulheres, uma vez doentes, ocupam leitos hospitalares, o que

compromete seu papel no mercado de trabalho, privando-as do convívio familiar e acarretando umprejuízo social considerável. São estimados 500.000 novos casos da doença por ano, dos quais 79%

ocorrem nos países em desenvolvimento. No Brasil, a estimativa em 2006 foi de 19.260 novos casos.

Sem considerar os tumores de pele não-melanomas, o câncer do colo do útero é o mais incidente na

região Norte, o segundo tumor mais incidente nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste e o terceiro

mais freqüente na região Sudeste. Os fatores de risco mais importantes para desenvolvimento de

lesões pré-neoplásicas e de carcinoma invasor do colo são a infecção pelo papiloma vírus humano

(HPV) e, secundariamente, a alta paridade, grande número de parceiros, idade no primeiro coito, baixo

nível socioeconômico e tabagismo. A prevenção do carcinoma cervical baseia-se na educação sexual

como parte importante da prevenção do carcinoma cervical, orientando-se o uso correto de

preservativos, desmotivando a promiscuidade sexual e o início precoce da atividade sexual.

O exame citopatológico de Papanicolaou tem sido recomendado como método de rastreamento de

grandes populações, a fim de detectar lesões pré-malignas e malignas.A nomenclatura para emissão

de laudos citopatológicos aceita atualmente no mundo todo é o Sistema Bethesda 2001. Este sistema

classifica as anormalidades de células epiteliais escamosas em quatro categorias: (1) Células escamosas

atípicas (ASC); (2) Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau (LSIL); (3) Lesão intra-epitelial escamosa

de alto grau (HSIL); e (4) Carcinoma de células escamosas.

A categoria ASC contém duas subcategorias: ASC-US (células escamosas atípicas de significado

indeterminado), que se refere às alterações sugestivas tanto de LSIL como de SIL de grau

indeterminado, e ASC-H (células escamosas atípicas, não é possível excluir uma HSIL), cuja designação

é reservada para a minoria dos casos de ASC onde as alterações citológicas são sugestivas de HSIL.

As lesões de baixo grau (LSIL) abrangem as alterações celulares causadas pelo HPV (coilocitose) e uma

displasia leve ou neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) 1. As lesões de alto grau (HSIL) abrangem

displasia moderada, displasia severa e carcinoma in situ ou (NIC) 2 e 3. Embora o exame citopatológico

seja reconhecido como a razão primária para a drástica redução do câncer cervical, ele apresenta

limitações com relação à sensibilidade para a detecção das lesões pré-malignas, além disso, a grande

maioria das infecções por HPV genital é assintomática e autolimitada.

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TERMOS CITOLÓGICOS

Metaplasia

Alteração não compatível com o local encontrado e sem magnilidade apresentando células

provenientes da zona de transformação (JEC), podendo ser um achado fisiológico.

Metastase

Alteração do tecido que apresenta células com característivas evidentes de outros tecidos. 

Células colunares endocervicais

São células provenientes da mucosa endocervical em mulheres obtidas por meio de escovado. Suaausência indica que a JEC não foi alcançada. 

Escamas córneas

São células escamosas superficiais anucleadas observadas em esfregaços onde há processos de

ceratinização.Prolapso uterino, leucoplasia, epitélio branco. 

Pérolas Córneas

São agrupamentos concêntricos de células escamosas bastantes eosinofílicasassociada ao processo de

metaplasia escamosa madura.

Células endometriais

São observadas no período menstrual, sendo considerados um achado citológico normal até o 12o dia

do ciclo. 

Esfregaços Citolíticos (Citólise)

Caracteriza-se pela presença de núcleos desnudos de células intermediárias normais, juntamente com

os resíduos citoplasmáticos em meio a abundante flora bacteriana lactobacilar. 

Discariose (Displasia)

É uma expressão citológica que quer dizer que há atipia nuclear. E é um termo reservado `a presençade modificações celulares relacionadas com as displasias e o Câncer. NIC=I; NIC=, II NIC= III. 

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Coloidose (Coilocitose)

É a a atipia celular que indica a presença de infecção ativa pelo HPV.

Depleção gilcogênica

Redução da quantidade de glicogênio do epitélio escamoso do colo uterino e vagina. A camada

intermediária é rica neste açúcar que é armazenado sob estimulação hormonal (estrogênio). Dando

reação positiva no teste de Schiller (iodo-negatividade), pois células alteradas não fixam o iodo. 

Hiperplasia epitelial

É o espessamento que varia com o momento endócrino, podendo estar espessado em situações

reacionais, inflamatórias, pré-neoplásiacas e neoplásicas. 

Hiperceratose

É um processo anormal de maturação. Os processos irritativos crônicos, mutações epiteliais e lesões

pré-neoplásicas e neoplásicas, podem conferir ao epitélio uma camada de queratina. 

Paraceratose

É um processo anormal de maturação e um processo incompleto de queratinização epitelial, as células

superficiais se queratinização sem perder seu núcleo geralmente fusiforme.

Disceratose

É processo anormal de maturação de células profundas que se mostram arredonda de citoplasma

densamente eosinofílico de de núcleo picnótico. 

Espongiose

É um edema intercelular . As células do epitélio ficam afastadas umas das outras.

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HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS

Ciclo Mestrual

O aparecimento da menstruação marca o início da vida reprodutiva das mulheres. As mulheres podem

perder cerca de 130 ml de sangue por ciclo, podendo estender 130-300 ml. Geralmente, o

sangramento, que não coagula a menos que seja muito abundante, é mais abundante no segundo dia.

É considerado o primeiro dia de sangramento como o primeiro dia do ciclo menstrual, que envolve

vários elementos, incluindo os principais hormônios produzidos pelos ovários e a hipófise, o

estrogênio, progesterona e o folículo-estimulante, envolvendo vários órgãos como o útero, ovários, o

hipotálamo e a hipófise, entre outros. O endométrio é o revestimento do útero, que é constituído por

três camadas: a primeira é o que é removida com a menstruação todo mês através da descamação, e é

regenerada no mesmo período, de acordo com o estágio em que ele pertence. Com base nos eventos

do sistema endócrino, ciclo menstrual, que pode ser entre 23 e 35 dias é dividido em três fases.

A fase folicular (pré-ovulatório):  Inicia no primeiro dia de sangramento e continua até o dia antes da

ascensão pré-ovulatório de hormônio luteinizante, que marca o início da fase ovulatória. Este é o mais

variável de duração, uma vez que é considerado normal dentro de uma faixa que se estende desde 12

a 14 dias. Durante este período, espessamento endometrial ocorre devido ao estrógeno e do hormônio

folículo estimulante, que se regenera completamente em um período de quatro a sete dias após a

menstruação. Da mesma forma estimula o crescimento de um grupo de três a 30 folículos (óvulos) que

são recrutados por causa de seu crescimento acelerado durante os últimos dias do ciclo anterior.

Como os níveis de hormônio folículo-estimulante queda hormonal, escolha um desses folículos para

ovular e, quando maduros, outros são eliminados.

Fase ovulatória:  Ocorre normalmente no dia 14 do ciclo, dada a uma complexa série de eventos

hormonais que ocorrem na mesma, a fase ovulatória é considerada como a fase fértil do ciclo

menstrual. Isto é, quando o folículo ou amplia ovo e protuberâncias na camada externa do ovário,

levando à ruptura da ovulação, ou a liberação de óvulos pelos ovários.

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Fase lútea (pós-ovulatória): Tem início na segunda metade do ciclo menstrual, onde o óvulo começa

a migrar em direção do útero através da trompa de falópio, o que leva ao aumento dos níveis de

progesterona e ajuda a preparar o revestimento do útero para uma possível gravidez. Se um

espermatozóide fertiliza o óvulo e adere à parede do útero, a mulher fica grávida. Se o óvulo não éfecundado, ele se dissolve ou é absorvido pelo organismo, a gravidez não ocorrer, o estrogênio e

queda dos níveis de progesterona, o revestimento do útero é alargada e menstruação andar livre.

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CRITÉRIOS CITOLÓGICOS DE MALIGNIDADE

Terminologia diagnóstica

 

Esfregaço negativo: não encontramos células malignas.

  Esfregaço positivo: mínimo de três células malignas em todo o esfregaço.

  Esfregaço suspeito:  menos de três células malignas em todo o esfregaço ou

quando apenas células displásica estão presentes

 

Em relação ao núcleo

 Espaços vazios: em decorrência do aumento de conteúdo de cromatina e de seu

desarranjo no interior de núcleo, podemos encontrar espaços completamente vazios de

cromatina ou até de suco nuclear, sendo uma condição de malignidade. È o mais sguro critéro

citológico de malignidade. (cromatina aumentada com arranjo irregular, com granulações

grosseiras e cordões densos e tortuosos).

 Hipercromasia:  Coloração escurecida do núcleo em decorrência do aumento do conteúdo de

cromatina que acaba por apertar o núcleo em um processo inicial de cariopicnose. È considerada

o segundo critério quando acompanhada de pelo menos outros dois critérios.

 Espessamento acentuado e irregular da membrana nuclear: real aspecto observado em células

malignas.

 Halos perinucleares: Halo ou vacúolo nuclear em volta de um ou mais nucléolos. Maior

predominância em células de adenocarcinoma.

 Figuras aberrantes de mitose: Significam quase sempre sinal de malignidade.

 Formações aberrantes na estrutura da cromatina:  cordões grosseiros e grânulos

irregulares de cromatina Associado a outros critérios torna-se grande valor.

 Grande nucéolo e/ou aumento do número deles: irregular, com, tendência para o arredondado

ou ovalado coloração mais densa que o resto do núcleo.

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 Irregularidade do contorno nuclear externo:  desenhos anormais do núcleo como

lobulações, saliências reentrâncias, formações laterais em botão. È de grande auxílio quando a

hipercromasia está presente.

 

Aumento exagerado do núcleo: importante quando junto com hipercromasia, tendência a

diagnóstico errôneo.

 Modificações nucleares degenerativas:  vacúolo nuclear, membrana nuclear rota ou

reabsorção do núcle (células fantasmasa).

 Amoldamento do núcleo: núcleos se apretando uns contra os outros.

 

Anisocariose:  acentuada diferença de tamanho entre núcleos ou células malignas. Critério de

invasão tumoral.

 Espaços claros:  espaços mais claros que o restante do núcleo, dve estar associado a outros

critérios.

 Forma aberrantes do núcleo: associadp a outros critérios, principalmente hipercromasia poderá

diagnosticar malignidade.

 Cromatina sexual aberante: corpúsculo de Baar exageradamente grandes e/ou múltiplos

em uma célula maligna.

Em relação ao citoplasma

 

Coloração do citoplasma: tendência cianófila nos estágios iniciais e a coloração eosinófilapode sugerir carcinoma escamoso da cavidade oral.

 Presença de vacúolos anormais:  grandes e únicos ou pequenos e múltiplos, com

contornos nítidos empurrando o núcleo para a periferia é observado em adenocarcinoma.

 Inclusões no citoplasma:  inclusões (grânulos, corpos estranhos) no citoplasma de células

malignas. Estas possuem atividade fagocitária exaltada.

 Queratinização irregular do citoplasma:  comumente encontrado em células de tumor

invasivo do tipo escamoso

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 Queratinização exagerada do citoplasma:  citoplasma opaco e uniformemente eosinofílico

(rosa escuro vermelho). Associado a tumor invasivo.

Em relação a toda a célula

 Formas celulares aberrantes:  oferece reais perigos de interpretação, necessário que a

malignidade celular esteja bem definida.

Em relação às células ou grupos de células no esfregaço

 Anisocariose e, secundariamente anisocitose: variação no tamanho do núcleo e do citoplasma.

 

Grupamentos densos de células e núcleos soltos: exibem acentuada hipercromasia.

 Irregularidade no padrão celular:  alteração ou aus~encia de uniformidade das células e seus

núcleos.

 Estratificação acentuada de grupos celulares ou paraqueratose: encontrado em estágios

avançados de carcinoma escamoso. Quando associado à hipercromasia nuclear,

alongamentos ou outras anormalidade nucleares.

Causas de erros mais comuns

  Células atípicas de outras áreas

  Material deteriorado

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Referências Bibliográficas 

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CARVALHO, G. Citologia do trato genital feminino. 4.ed., 2002.

 TUON, F. F. B.; BITTENCOURT, M. S.; PANICHI, M. A.; PINTO, A. P. Avaliação da sensibilidade e

especificidade dos exames citopatológico e colposcópico em relação ao exame histológico na

identificação das lesões intra-epiteliais cervicais. Revista da Associação Médica Brasileira, v.

48, n. 2, 2002.

Apostila de Citologia Clínica - Ano 1, Número 1, 2010 (Out.2009)

Arquivo Pessoal - Farmácia

Palavras Chave: ectocérvice, endocérvice e junção escamo-colunar.

Ádamo Porto Gama

[email protected]

Belo Horizonte - Minas Gerais