Apostila clínica medica - 2010
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APRESENTAO
Pretende-se com esta apostila suprir a necessidade de um material bsico, fonte de consulta, que guiasse os alunos no estudo do componente curricular CLNICA MDICA do Curso Tcnico de Enfermagem, de forma que a matria pudesse ser a-prendida, baseada em informaes adaptadas as nossas necessidades e dentro das roti-
nas das instituies de sade do nosso meio. A inteno a contribuio para o conhe-
cimento geral, fazendo-nos crescer como profissionais de sade para o tratamento do semelhante.
A Enfermagem na Clnica Mdica deve propiciar a recuperao dos pacientes para que alcancem o
melhor estado de sade fsica, mental e emocional possvel, e de conservar o sentimento de bem-estar espiri-
tual e social dos mesmos, sempre envolvendo e capacitando-os para o auto cuidado juntamente com os seus
familiares, prevenindo doenas e danos, visando a recuperao dentro do menor tempo possvel ou propor-
cionar apoio e conforto aos pacientes em processo de morrer e aos seus familiares, respeitando as suas cren-
as e valores, sendo esses alcanados com a ajuda dos profissionais de enfermagem na realizao dos cuida-
dos pertinentes a estes.
Aretusa Delfino de Medeiros
Clnica Mdica Prof Aretusa Delfino de Medeiros
SUMRIO
UNIDADE I - INTRODUO ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CLNICO 6
CONSIDERAES GERAIS SOBRE SADE X DOENA 6
OBJETIVOS DO SERVIO DE ENFERMAGEM EM CLNICA MDICA: 8
DIREITOS DO PACIENTE 8
UNIDADE II - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA RESPIRATRIO 10
DOENA PULMONAR OBSTRUTIVA CRNICA (DPOC) 10
BRONQUITE 12
ENFISEMA PULMONAR 12
ASMA 13
PNEUMONIA 15
INSUFICINCIA RESPIRATRIA 17
EDEMA AGUDO DE PULMO 18
DERRAME PLEURAL 19
EMBOLIA PULMONAR 20
UNIDADE III - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 22
INSUFICINCIA CARDACA CONGESTIVA 23
ANGINA PECTORIS 25
HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA 27
INFARTO AGUDO DO MIOCRDIO 30
ARRITMIAS CARDACAS 31
VARIZES, FLEBITE E TROMBOSE 33
UNIDADE IV - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AFECES DO SISTEMA HEMATOLGICO 34
ANEMIA 34
HEMOFILIA 37
LEUCEMIA 39
TRANSFUSO SANGUNEA 42
UNIDADE V - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NAS AFECES DO SISTEMA DIGESTIVO 44
GASTRITE 44
LCERA PPTICA 45
HEMORRAGIA DIGESTIVA 47
PANCREATITE 48
ESTOMATITE 49
ESOFAGITE 49
Clnica Mdica Prof Aretusa Delfino de Medeiros
MEGAESFAGO OU ACALASIA 50
COLELITASE 51
COLECISTITE 52
CONSIDERAES GERAIS DE DEMAIS AFECES DIGESTRIAS 52
APENDICITE 54
AFECES HEPTICAS 55
HEPATITES VIRAIS 56
CIRROSE HEPTICA 60
UNIDADE VI - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA ENDCRINO E HORMONAL 64
DIABETES MELLITUS 65
HIPERTIEOIDISMO 69
HIPOTIREOIDISMO 70
UNIDADE VII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES UROLGICAS 72
INFECES DO TRATO URINRIO ( ITU) 72
CISTITE 73
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA 74
INSUFICINCIA RENAL AGUDA 76
DILISE E HEMODILISE 77
RETENO URINRIA 79
INCONTINNCIA URINRIA 80
UROLITASE OU CLCULO DO TRATO URINRIO 81
UNIDADE VIII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES IMUNOLGICAS E REUMTICAS 84
ARTRITE REUMATIDE 84
LPUS ERITEMATOSO 85
FEBRE REUMTICA 87
UNIDADE IX - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES DO SISTEMA TEGUMENTAR 89
CONSIDERAES GERAIS: 89
LCERAS POR PRESSO 89
PSORASE 92
PNFIGO 93
UNIDADE X - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES NEUROLGICAS 95
ACIDENTE VASCULAR ENCEFLICO OU CEREBRAL (AVC) 95
DOENA DE PARKINSON 97
Clnica Mdica Prof Aretusa Delfino de Medeiros
SNDROME DE ALZHEIMER 98
CRISE CONVULSIVA 100
EPILEPSIA 103
ESCLEROSE MLTIPLA 106
ANEURISMA CEREBRAL 107
COMA: ALTERAES DA CONSCINCIA 109
UNIDADE XI - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES NEOPLSICAS 112
UNIDADE XII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES GRAVES E AGONIZANTES 116
UNIDADE XIII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTE PORTADORES DE DOENAS INFECCIOSAS 118
ISOLAMENTO 118
TIPOS DE ISOLAMENTO: 118
PRECAUES PADRO 119
ALGUMAS DOENAS INFECTO-CONTAGIOSAS 119
ANEXOS 125
ESTUDO CLNICO OU ESTUDO DE CASO CLNICO 127
ROTEIRO PARA ESTUDO DE CASO: 127
ESTTICA DO ESTUDO DE CASO 130
BIBLIOGRAFIA 136
Clnica Mdica Prof Aretusa Delfino de Medeiros
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UNIDADE I - INTRODUO ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CLNICO
CONSIDERAES GERAIS SOBRE SADE X DOENA
Comumente, em nvel de organismo tem-se por definio de sade como sendo a do estado oposto ao da doena e, em decorrncia corresponderia a conceito que se
subordina ausncia desta.
As situaes ideais tm inspirado conceituaes de sade. No obstante, inci-
dem invariavelmente em deficincias que tendem a se acentuar, medida que se apro-
fundam no terreno das da impreciso dos enunciados. A mais potente nesse sentido, e talvez a mais difundi-
da, bem a ser elaborada pela OMS e que figura no prembulo de sua constituio. Diz ela que sade vem a ser o estado de completo bem-estar fsico, mental e social, e no apenas a ausncia de doena. eviden-
te a falta de preciso, em especial no que concerne ao significado da expresso completo bem-estar. Cer-
tamente, esse pode variar de acordo com o indivduo, o tempo e o espao. Em outras palavras, o que bom
para um no obrigatoriamente para outro, e nem a presena de bem-estar significa a ausncia de doena.
Deve-se pensar na sade em uma escala graduada porque todos possuem algum grau de sade: em
excelentes condies, razoavelmente bem, com alguma perturbao, e enfermos.
Portanto, a sade um processo dinmico em que o homem luta contra as foras que tendem a alterar
o equilbrio da sua sade; o ajustamento dinmico satisfatrio s foras que tendem a perturb-lo. O com-
plexo processo de reduo da sade no provocado por fatores simples ou especficos, mas pelo resultado
da ligao contnua entre causas e efeitos. Para considerar o indivduo com sade, necessrio que ele atinja
um nvel excelente de ajustamento e equilbrio entre o homem, os agentes e o meio ambiente.
Distingue-se da enfermidade, que a alterao danosa do organismo. O dano patolgico pode ser
estrutural ou funcional.
Doena (do latim dolentia, padecimento) o estado resultante da conscincia da perda da homeosta-
sia de um organismo vivo, total ou parcial, causada por agentes externos ou no, estado este que pode cursar
devido infeces, inflamaes, isquemias, modificaes genticas, seqelas de trauma, hemorragias, neo-
plasias ou disfunes orgnicas.
Da a definio de doena como sendo o conjunto de fenmenos desenvolvidos em organismos, as-sociados a uma caracterstica, ou srie de caractersticas comuns, que diferenciam esses organismos dos
normais da mesma espcie, e de maneira a situ-los em posio biologicamente desvantajosa em relao
queles.
A doena um processo anormal no qual o funcionamento de uma pessoa est diminudo ou prejudi-
cado em uma ou mais dimenses. o resultado do desequilbrio entre o homem e o meio fsico, mental e
social.
importante distinguir os conceitos de doena aguda, crnica e crnico-degenerativa:
1. Doena aguda aquela que tm um curso acelerado, terminando com convalescena ou morte em menos de trs meses. A maioria das doenas agudas caracteriza-se em vrias fases. O inicio dos sintomas pode ser
abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de deteriorao at um mximo de sintomas e danos, fase de
plateau, com manuteno dos sintomas e possivelmente novos picos, uma longa recuperao com desapare-
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Clnica Mdica Prof Aretusa Delfino de Medeiros
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cimento gradual dos sintomas, e a convalescncia, em que j no h sintomas especficos da doena, mas o
indivduo ainda no recuperou totalmente as suas foras.
Na fase de recuperao pode ocorrer as recrudescncias, que so exacerbamentos dos sintomas de
volta a um mximo ou plateau, e na fase de convalescncia as recadas, devido presena continuada do
fator desencadeante e do estado debilitado do indivduo, alm de (novas) infeces.
As doenas agudas distinguem-se dos episdios agudos das doenas crnicas, que so exacerbao
de sintomas normalmente menos intensos nessas condies.
2. Doena crnica uma doena que no resolvida num tempo curto. As doenas crnicas so doenas que no pem em risco a vida da pessoa num prazo curto, logo no so emergncias mdicas. No entanto,
elas podem ser extremamente srias, As doenas crnicas incluem tambm todas as condies em que um
sintoma existe continuamente, e mesmo no pondo em risco a sade fsica da pessoa, so extremamente in-
comodativas levando perda da qualidade de vida e atividades das pessoas.
Muitas doenas crnicas so assint