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Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 APOSTILA COMPLETA DE TÉCNICO EM ENFERMAGEM P/ CONCURSOS MÓDULO II TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS

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Equipe Professor Rômulo Passos | 2015

APOSTILA COMPLETA DE TÉCNICO EM

ENFERMAGEM P/ CONCURSOS MÓDULO II

TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS

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Módulo II

• Política Nacional de Imunização.

• Hipertensão, Diabetes e Outras Doenças Crônicas

• Doenças Sexualmente Transmissíveis, Hanseníase, Tuberculose, Dengue, e

Doenças de Notificação Compulsória - DNC:

Amigo (a)!

Chegamos ao nosso segundo módulo da Apostila de Técnico de Enfermagem para

Concursos.

Nesse módulo, abordaremos conteúdos sobre Política Nacional de Imunização,

Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST, Imunização, Hipertensão, Diabetes e Outras

Doenças Crônicas, Hanseníase, Tuberculose, Dengue, e Doenças de Notificação Compulsória.

Constam nesse material questões comentadas, bem como a abordagem teórica dos

conteúdos mais cobrados pelas bancas.

É pensando em você e na sua aprovação que nos empenhamos em elaborar aulas

direcionadas e organizadas, já que cada módulo aborda teoria e resolução de questões de

determinado tópico do edital.

Boa Aula!

Profª. Raiane Bezerra

Profº. Dimas Silva

Prof°. Rômulo Passos

Profª. Cássia Moésia

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Política Nacional de Imunização

1 - Sala de Vacina

Vejamos abaixo algumas orientações importantes para fins de concurso sobre a Sala de

Vacina:

- Colocar o equipamento distante de fonte de calor, como estufa e autoclave, e fora do

alcance de raios solares;

- Nivelar os equipamentos adequadamente;

- Afastar o refrigerador da parede, pelo menos 20 cm, de modo a permitir a livre

circulação do ar;

- Usar tomada exclusiva para cada equipamento, é proibido o uso de "T";

- Os equipamentos devem permanecer com a temperatura interna preferencialmente

de +5ºC, ponto ideal, mínima de +2º C e máxima de +8º C.

- Verificar a temperatura 3 vezes ao dia, registrando-a no formulário de Controle de

Temperatura, afixado na porta do equipamento. Algumas fontes pode recomendar a leitura

apenas duas vezes ao dia. Cuidado!

- Usar os equipamentos, única e exclusivamente para conservar imunobiológicos;

- Certificar-se de que a porta está vedando adequadamente. Usando uma tira de papel

com 3 cm de largura aproximadamente coloca-se entre a borracha da porta e o equipamento,

se ao puxar o papel a borracha apresentar resistência, a vedação está adequada. Este teste deve

ser feito em vários pontos da porta, especialmente nos quatro ângulos;

Não é recomendada a utilização de refrigerador „duplex‟ em sala de vacina, pois este

tipo de equipamento não mantém a temperatura preconizada, uma vez que os dois

compartimentos estão separados e a câmara de estoque de imunobiológicos não possui

evaporador. Logo, a questão está incorreta;

A limpeza do refrigerador é um procedimento importante para manter as condições

ideais de conservação dos imunobiológicos. Deve ser feita a cada 15 dias ou quando a

camada de gelo do congelador atingir 0,5 cm.

Após a limpeza do refrigerador, as portas devem ser mantidas fechadas por um período

de uma a três horas (dependendo do tipo de refrigerador).

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Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-

se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo ideal +5 ºC.

Em caso de falta de energia elétrica no prazo superior a quatro ou seis horas, os

imunobiológicos devem ser retirados do refrigerador e colocados em uma caixa térmica até o

retorno da energia elétrica. Por conseguinte, a questão está incorreta.

As bandejas com imunobiológicos devem ser colocadas nas prateleiras, da seguinte

maneira:

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Amigo(a), é importante destacar que, na porta e na gaveta da parte de baixo do

refrigerador, não se deve colocar imunobiológicos, pois quando a porta é aberta estas áreas

são as primeiras a sofrerem o impacto da temperatura ambiente.

O controle da temperatura dos equipamentos que armazenam imunobiológicos em todas

as instâncias da rede de frio é feito mediante a verificação sistemática dos termômetros.

Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos e volantes, por ocasião das

atividades extramuros em campanhas, intensificações e bloqueios, bem como no transporte,

os imunobiológicos devem ficar entre +2 ºC e +8 ºC (ideal + 5 ºC), que é a temperatura a ser

mantida no interior do refrigerador e de caixas térmicas.

Para verificar e controlar a temperatura, são utilizados os seguintes termômetros:

Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (capela);

Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo extensor;

Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo extensor e dois visores;

Termômetro analógico de cabo extensor;

Termômetros a laser.

!

O termômetro linear fornece apenas a temperatura do momento. Por isso, seu uso não é

aconselhável para o monitoramento da temperatura no interior dos refrigeradores ou de caixas

térmicas.

O termômetro mais recomendado para ser usado nos equipamentos da rede de frio é o

de momento e de máxima e mínima, pois pode-se verificar a temperatura máxima, a

temperatura mínima ocorrida em um espaço de tempo e a temperatura no momento da

verificação.

A título de exemplo, vamos verificar como funciona o termômetro analógico de

momento e de máxima e mínima (capela).

O termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (ver figura abaixo) contém

duas colunas verticais de mercúrio com escalas inversas. É utilizado para verificar as

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variações de temperatura, num período de tempo preestabelecido, oferecendo três tipos de

informação:

a temperatura mínima (mais fria);

a temperatura máxima (mais quente); e

a temperatura do momento.

O termômetro de aferição da temperatura máxima e mínima deve permanecer sempre na

posição vertical. Isso é obvio! Por isso, a questão está incorreta.

Figura - Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima – capela (Brasil, 2001).

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Vejamos uma questão sobre o tema:

1. (Prefeitura de Alagoa Grande-PB/IBFC/2014) Na primeira prateleira da geladeira de

vacinas devem ser armazenados os imunobiológicos que _______ ser submetidos à

temperatura negativa. As vacinas contra ________ e __________ são exemplos de

imunobiológicos que devem ser armazenados na primeira prateleira. Assinale a alternativa

que completa correta e respectivamente as lacunas.

a) Não podem / Pneumococo / Vacina oral da poliomielite.

b) Não podem / BCG / Febre Amarela.

c) Podem / Dupla Adulto / Hepatite B.

d) Podem / Febre Amarela / SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola).

COMENTÁRIOS:

São exemplos de imunobiológicos que podem ser armazenados na primeira prateleira

da geladeira de estocagem de vacinas: vacina poliomielite; vacina sarampo, caxumba,

rubéola (tríplice viral); vacina sarampo e rubéola (dupla viral) e vacina febre amarela.

Nessa tela, o gabarito é a letra D.

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2 - Imunidade

A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em

contato com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células

imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por

toda uma vida. Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença

infecciosa e a vacinação.

A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos

por um animal ou outro ser humano. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente

proteção, que, contudo, é temporária, durando em média poucas semanas ou meses. A

imunidade passiva natural é o tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada

pela passagem de anticorpos da mãe para o feto através da placenta e também pelo leite. Essa

transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses de gestação, de modo a conferir uma

boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida. A imunidade passiva artificial

pode ser adquirida sob três formas principais: a imunoglobulina humana combinada,

a imunoglobulina humana hiperimune e o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma

outra forma de se adquirir imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos

sanguíneos (i.e. sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, etc)

contêm anticorpos.

Imunização

Ativa Produzida pelo próprio sistema imune do indivíduo;

Apresenta duração de vários anos, às vezes, de toda uma vida;

Pode ser adquirida, contraindo uma doença infecciosa e pela vacinação.

Passiva Obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou

outro ser humano;

Produz uma rápida e eficiente proteção, mas temporária, durando em média poucas

semanas ou meses.

A imunidade passiva natural é caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para

o feto através da placenta e também pelo leite.

A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais:

a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e

os soros (ex.: soro antiofídico e soro antirrábico).

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2. (AVAPE/Consulplan/2013) Sobre os princípios da imunidade e o uso dos

imunobiológicos, marque a alternativa correta.

a) As vacinas conferem ao organismo imunidade passiva artificialmente adquirida.

b) Na imunidade ativa, o organismo produz anticorpos específicos contra determinado

antígeno.

c) Os anticorpos obtidos pelo recém-nascido, por meio da mãe, é um exemplo de imunidade

ativa.

d) As imunoglobulinas e os soros são produzidos a partir de antígenos ou pelo produto de

antígenos.

e) A duração da proteção conferida pelos soros é relativamente mais duradoura do que pelas

vacinas.

COMENTÁRIOS:

Vamos analisar os itens da questão:

Item A. Incorreto. As vacinas conferem ao organismo imunidade ativa. Por outro lado,

os soros e imunoglobulinas conferem ao organismo imunidade passiva artificialmente

adquirida.

Item B. Correto. Na imunidade ativa (doenças infecciosas, a exemplo da varicela, e

vacinas), o organismo produz anticorpos específicos contra determinado antígeno.

Item C. Incorreto. Os anticorpos obtidos pelo recém-nascido, por meio da mãe, é um

exemplo de imunidade passiva natural, e não ativa.

Item D. Incorreto. As imunoglobulinas e os soros são produzidos pela transferência ao

indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano, e não por

antígenos.

Item E. Incorreto. A duração da proteção conferida pelos soros é relativamente menos

duradoura do que pelas vacinas.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra B.

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3 - Vacina BCG

A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as formas graves

da tuberculose (miliar e meníngea) nos menores de cinco anos, mais frequentemente nos

menores de um ano.

A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida, preferencialmente na

maternidade ou na primeira visita do bebê à unidade de saúde, considerando que quanto

menor a idade maior a eficácia da vacina.

Atenção!

Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 11 meses e

29 dias ainda não vacinadas.

Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal após

6 meses da administração da vacina, revacinar apenas uma vez.

A vacina BCG é administrada por via intradérmica. O volume de cada dose

corresponde a 0,1 ml, rigorosamente, para evitar complicações.

Em síntese, temos que:

Como deve ser a vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV?

crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais

precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais

de imunodeficiência;

crianças com idade entre 18 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas,

somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; para

estes indivíduos, a revacinação é contraindicada;

a partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser

vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.

Entretanto, os portadores de HIV que são contatos intradomiciliares de

paciente com hanseníase devem ser avaliados do ponto de vista imunológico

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para a tomada de decisão. Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com

contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm3 não devem ser vacinados.

Atenção! A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a

criança apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez do tecido cutâneo

(panículo adiposo) e quando apresentar lesões lesões graves de pele.

A vacina BCG é utilizada, também, para a pessoa que é comunicante de paciente de

hanseníase (contato intradomiciliar), com o objetivo de propiciar proteção cruzada contra a

doença, adotando esquema diferenciado.

O esquema de vacinação com a BCG corresponde a uma dose, a partir do nascimento.

Fique Ligado!

Na ausência da cicatriz, é indicada a revacinação seis meses após a primeira dose

(intervalo mínimo);

A revacinação, no entanto, só pode ser feita até uma vez, já que a ausência de cicatriz

não significa necessariamente que a pessoa não está imunizada;

Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após

o tratamento da infecção latente da tuberculose ou a quimioprofilaxia.

Ao administrar dose adicional em contato de paciente de hanseníase, respeite o intervalo

de seis meses da dose anterior. Administre um pouco acima (± 1 cm) da cicatriz existente.

Em gestante contato de indivíduo portador de hanseníase, a vacinação com BCG deve ser

adiada para depois do parto.

A realização do teste tuberculínico é dispensável, antes ou depois da administração da

vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase.

No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase, que

não apresenta sinais e sintomas, independente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB),

o esquema de vacinação deve considerar a história vacinal do contato, da seguinte forma:

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Notas sobre a administração da vacina BCG:

A administração da vacina é feita na região do músculo deltóide, no nível da inserção

inferior, na face externa superior do braço direito.

O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em

avaliações da atividade de vacinação.

O bisel da agulha deve estar voltado para cima;

A seringa deve formar com o braço um ângulo de 15º;

A dose da vacina deve ser de 0,1ml, exatamente;

O procedimento correto na introdução da agulha no local indicado (formando um

ângulo de 15º) e a administração da dose exata (0,1ml) previnem complicações.

Figura - Visualização da pápula após a vacinação com a BCG (SESAB, 2011).

Menores de 1 ano de idade

•Não vacinados: administrar uma dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados: não administrar outra dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados que não apresentem cicatriz vacinal: administrar uma dose de BCG seis meses após a última dose.

A partir de 1 ano de idade

•Sem cicatriz: administrar uma dose

•Vacinados com uma dose: administrar outra dose de BCG, com intervalo mínimo de seis meses após a dose anterior.

•Vacinados com duas doses: não administrar outra dose de BCG.

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Notas sobre a administração intradérmica:

Quando necessário, a limpeza da pele deve ser feita com água e sabão;

O álcool comum não deve ser utilizado pela sua baixa volatilidade (demora a secar) e

pelo baixo poder antisséptico;

Na injeção intradérmica, especialmente, o uso do álcool não é indicado para evitar uma

possível interação com o líquido injetável, em face da presença dos poros e pelo fato de o

líquido ser depositado muito próximo da epiderme.

Em situações excepcionais, quando não houver água e sabão (vacinação na zona rural e

em ambiente hospitalar), utilizar o álcool a 70%;

Quando for utilizado o álcool a 70% manter a fricção da pele por 30 segundos e, em

seguida, esperar mais 30 segundos para a secagem e, só então, administrar o

imunobiológico.

Agora, vejamos algumas questões sobre o tema:

3. (HU-UFPI/EBESERH/IADES/2012) A vacina BCG (Bacilo Calmette – Guérim) é usada

na prevenção contra tuberculose, e está recomendada no calendário básico da criança da rede

do Sistema Único de Saúde - SUS. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.

a) Uma dose de vacina BCG deve ser repetida na ausência de cicatriz em crianças menores de

5 (cinco) anos.

b) Os contatos de portadores intradomiciliares de hanseníase maiores de 1 (um) ano

necessitam de uma segunda dose de BCG.

c) Pode-se administrar a terceira dose de BCG em pessoas em contato intradomiciliar com

portadores de hanseníase, porém, somente quando não apresentar cicatriz.

d) A vacina é contraindicada para crianças portadoras de HIV no nascimento.

e) Podem ser vacinados com BCG os menores de 36 semanas.

COMENTÁRIOS:

Após apresentação dos principais aspectos da vacina BCG, vamos analisar cada

assertiva da questão:

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Item A. Correto. Uma dose de vacina BCG deve ser repetida na ausência de cicatriz

em crianças menores de cinco anos (4 anos, 11meses e 29 dias).

Item B. Incorreto. Vejamos as regras sobre a vacinação de contatos de portadores de

hanseníase:

Portanto, os contatos de portadores intradomiciliares de hanseníase maiores de um ano

não necessitam obrigatoriamente de uma segunda dose de BCG. Por exemplo, caso o

contato domiciliar tenha duas cicatrizes, não é necessário outra dose da BCG.

Ressaltamos ainda que:

É necessário manter o intervalo mínimo de seis meses entre as doses da vacina;

Os contatos com duas doses não administrar nenhuma dose adicional;

Na incerteza da existência de cicatriz vacinal ao exame dos contatos íntimos de

portadores de hanseníase, aplicar uma dose, independentemente da idade.

Item C. Incorreto. A revacinação da BCG só pode ser feita até uma vez, já que a

ausência de cicatriz não significa necessariamente que a pessoa não está imunizada. Nesse

sentido, não se pode administrar a terceira dose de BCG em pessoas em contato

intradomiciliar com portadores de hanseníase, mesmo quando não apresentar cicatriz.

Item D. Incorreto. A vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV é feita da seguinte

forma:

Menores de 1 ano de idade

•Não vacinados: administrar uma dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados: não administrar outra dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados que não apresentem cicatriz vacinal: administrar uma dose de BCG seis meses após a última dose.

A partir de 1 ano de idade

•Sem cicatriz: administrar uma dose

•Vacinados com uma dose: administrar outra dose de BCG, com intervalo mínimo de seis meses após a dose anterior.

•Vacinados com duas doses: não administrar outra dose de BCG.

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crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais

precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem

sinais de imunodeficiência;

crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, não

vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para

HIV; para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada;

a partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados,

mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.

Atenção! Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, mas que

não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de

imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no

Crie o mais precocemente possível.

Portanto, em certos casos, a vacina não é contraindicada para crianças portadoras de

HIV no nascimento.

Item E. Incorreto. A vacina BCG deve ser administrada o mais precoce possível,

preferencialmente após o nascimento. Contudo, nos prematuros com menos de 36

semanas, é recomendável administrar a vacina após completar um mês de vida

e atingir 2 Kg.

Verificamos claramente que a alternativa correta é a letra A. Todavia, essa questão

poderia ter sido anulada, pois a letra B foi redigida de forma incompleta e induziu o candidato

ao erro.

4. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Sobre a vacina BCG, assinale a alternativa

correta.

a) A vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir as formas graves da

meningite.

b) A idade de vacinação recomendada é a partir de 02 meses de vida, ou peso superior a 3,0

kg.

c) A vacina BCG é preparada com vírus vivos, a partir de cepas atenuadas do Mycobacterium

bovis.

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d) Na ausência da cicatriz vacinal é indicada a revacinação seis meses após a primeira dose.

e) A realização do teste tuberculínico é indispensável, antes da administração da vacina BCG.

COMENTÁRIOS:

Vamos corrigir cada uma das assertivas:

Item A. A vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir as formas

graves da tuberculose, e não meningite.

Item B. A idade de vacinação recomendada é a partir do nascimento. Em crinças com

peso inferir a 2,0 kg, deve ser adiada.

Item C. A vacina BCG é preparada com bactéria atenuada do Mycobacterium bovis.

Item D. Na ausência da cicatriz vacinal é indicada a revacinação seis meses após a

primeira dose.

Item E. A realização do teste tuberculínico é recomendada em casos específicos, não

sendo indispensável antes da administração da vacina BCG.

Diante do exposto, a resposta só pode ser a letra D.

5. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/2014/URCA) De acordo com BRASIL (2012), as

orientações importantes para administração da BCGID na criança, são, EXCETO:

a) Para os prematuros com menos de 36 semanas, administre a vacina depois que eles

completarem 1 mês de vida e atingirem 2 Kg.

b) Contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase menores de 1 ano de idade

comprovadamente vacinados não necessitam de outra dose da BCG.

c) Para as crianças HIV positiva, ainda não vacinadas que chegam a unidade de saúde a

vacina está indicada.

d) Para contatos com duas doses, não se deve administrar nenhuma dose adicional.

COMENTÁRIOS:

A vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV é feita da seguinte forma:

crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais

precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e

sem sinais de imunodeficiência;

crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, não

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vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa

para HIV; para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada;

a partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados,

mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.

A alternativa C é a incorreta. Veja que para as crianças, ainda não vacinadas, que

chegam a unidade de saúde a vacina está indicada apenas na seguinte situação: quando

crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente possível

até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência.

6. (HC-UFTM /EBSERH/IADES/2013) Ao nascimento de uma criança no centro obstétrico,

a imunização é um procedimento indispensável para a prevenção de doenças infantis. A BCG

(Bacillus Calmette- Guérin) é administrada para proteção contra tuberculose. A vacina deve

ser administrada na

a) face interna do antebraço esquerdo.

b) porção media do antebraço direito.

c) porção superior do braço direito.

d) inserção inferior do deltoide direito.

e) inserção inferior do deltoide esquerdo.

COMENTÁRIOS:

A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as formas

graves da tuberculose (miliar e meníngea) nos menores de cinco anos, mais frequentemente

nos menores de um ano.

A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida, preferencialmente na

maternidade ou na primeira visita do bebê à unidade de saúde, considerando que quanto

menor a idade maior a eficácia da vacina.

A vacina BCG é administrada por via intradérmica.

Notas sobre a administração da vacina BCG:

- A administração da vacina é feita na região do músculo deltóide, no nível da

inserção inferior, na face externa superior do braço direito.

- O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em

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avaliações da atividade de vacinação.

- O bisel da agulha deve estar voltado para cima;

- A seringa deve formar com o braço um ângulo de 15º;

- A dose da vacina deve ser de 0,1ml, exatamente;

- O procedimento correto na introdução da agulha no local indicado (formando um

ângulo de 15º) e a administração da dose exata (0,1ml) previnem complicações.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

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4 - Vacinas Pentavalente, Tríplice Bacteriana (DTP), Difteria e

Tétano (DT)

Desde o 2º semestre de 2012, a nova vacina pentavalente agregou duas vacinas que

eram administradas separadamente: a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche,

meningite e outras infecções pelo Haemophilus influenza tipo b) e a vacina contra a hepatite

B.

Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina tríplice

bacteriana - DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deverá ser administrado

aos 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos de idade. Os recém-nascidos continuam a

receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida,

preferencialmente nas primeiras 12 horas, para prevenir a transmissão vertical. Ou seja, há

uma dose da vacina hepatite B (monovalente) cujo público alvo são as crianças com até 30

dias de vida, bem como outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente,

mas não tinham para a Hepatite B.

Como era antes?

1 - Tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano, e outras infecções por

Haemophilus influenza b) - vacina injetável em três doses (2, 4 e 6 meses). Reforço da tríplice

bacteriana (incluída na tetravalente) aos 15 meses e aos 4 anos.

Segue o antigo calendário da vacina tetravalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da

tríplice bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da tríplice bacteriana (DTP) aos 4 anos.

2 - Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de

saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses.

Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.

Meus amigos, como é a regra atual do calendário de vacinação da

pentavente e hepatite B?

1 - Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano, e outras infecções

Vacina Pentavalente

tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, e outras infecções pelo Haemophilus influenza tipo b);

vacina contra a hepatite B.

Page 21: APOSTILA COMPLETA DE ÉCNICO EM …...Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo

por Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses. Reforço da tríplice

bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos.

Segue o calendário da vacina pentavalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da tríplice

bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da tríplice bacteriana (DTP) aos 4 anos.

2 - Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas na

criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.

Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da

criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).

Atenção! Adolescente e adultos que não apresentam o esquema vacinal

completo contra hepatite B (três doses) deverão seguir as regras anteriores, ou

seja, devem receber até três doses.

Em síntese, a pentavalente é composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis1,

hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) - DTP/HB/Hib2. É

indicada para imunização ativa de crianças a partir de dois meses de idade.

O Ministério da Saúde adquiriu a vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) de dois

laboratórios produtores, Novartis/Berna e Serum Institute of India Ltd.

A vacina combinada é inteiramente líquida na forma de suspensão injetável apresentada

em frasco ou ampola contendo 1 dose de 0,5mL.

A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo

de 30 dias), a partir de 2 meses de idade. E indicada para a vacinação de crianças menores de

5 anos de idade como dose do esquema básico.

1 Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada

pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis (geralmente com sintomas mais ligeiros),

que causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação. 2 Vacina pentavalente (DTP - difteria, tétano e coqueluche + HB - hepatite B + Hib - Haemophilus influenzae tipo b).

Vacina Pentavalente

Triplice Bacteriana (DTP)

difteria

tétano

coqueluche (pertussis) hepatite B

Haemophilus influenzae tipo b (conjugada)

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Os dois reforços necessários serão realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e

pertussis). O primeiro reforço aos de 15 meses de e o segundo reforço aos 4 anos. A idade

máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 11meses e 29 dias.

Ressalta-se também que fará parte deste esquema, para os recém-nascidos, a primeira

dose nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, com a vacina hepatite

B (recombinante).

A vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) deve ser administrada na dose de 0,5 mL por via

intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos de idade e na região

deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.

Pode, ainda, ser administrada na região ventro glútea, por estar livre de estruturas

anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos), sendo

indicada para qualquer faixa etária.

A vacina não deve ser administrada região dorso glútea, devido ao risco de lesão do

nervo ciático e a possibilidade de injetar a vacina em gordura, em vez de músculo.

Atenção! A vacina pentavalente é contraindicada para pessoas com 7 anos de idade ou

mais.

Em suma, temos o seguinte:

A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, conhecida como tríplice bacteriana

(DTP), é indicada para a administração das duas doses de reforço, quando foi usada a vacina

pentavalente no esquema básico.

O objetivo da vacinação é prevenir contra a difteria, o tétano e a coqueluche (ou

pertussis).

A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é uma associação dos toxóides diftérico e

tetânico com a Bordetella pertussis inativada, tendo o hidróxido de alumínio como adjuvante e

o timerosal como preservativo.

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A vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é indicada para o reforço

do esquema básico, que, de modo geral, corresponde a uma dose com intervalo mínimo de

seis meses depois da vacinação básica (pentavalente). Um segundo reforço é dado entre quatro

anos e seis anos, 11 meses e 29 dias, preferencialmente aos 4 anos.

Atenção! A vacina pentavalente é administrada aos 2, 4 e 6 meses. Em regra,

o reforço da tríplice bacteriana (DTP) é feito aos 15 meses e aos 4 anos.

Ao indicar a vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP),

considerar as doses administradas anteriormente e não reiniciar o esquema.

Vejamos algumas observações sobre a DTP:

O reforço pode ser administrado em qualquer idade (até os seis anos, onze meses e 29

dias), observando-se um intervalo mínimo de seis meses após a última dose da

vacinação básica (pentavalente);

Se o esquema básico não for iniciado ou completado até a idade de seis anos, onze

meses e 29 dias, as doses necessárias serão aplicadas com a vacina adsorvida difteria e

tétano adulto (DT) em lugar da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP);

Caso a criança esteja com quatro anos ou mais e não tenha recebido o primeiro reforço,

não é necessário administrar dois reforços, mas apenas um na ocasião do atendimento,

seguindo-se o esquema de uma dose da vacina difteria e tétano adulto, a cada 10 anos.

A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é administrada por via

intramuscular profunda.

Em regra, a vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada na dose de 0,5 mL

por via intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de dois anos de

idade e na região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.

Vacinas Pentavalente e Tríplice Bacteriana

No vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos;

Na região deltóide, em crianças acima de 2 anos.

Local de administração

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Em resumo:

A vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é constituída pelos toxóides diftérico e

tetânico.

É indicada a partir dos sete anos de idade, inclusive para adolescentes e adultos

conforme calendários específicos, com o objetivo de prevenir o tétano e a difteria. A

vacinação de mulheres em idade fértil (12 a 49 anos) e gestantes visa, principalmente, a

prevenção do tétano neonatal.

A vacina adsorvida difteria e tétano adulto é administrada nos maiores de sete anos para

os reforços do esquema básico e para aqueles que não tenham recebido as vacinas

pentavalente e tríplice bacteriana (DTP), ou que tenham esquema incompleto dessas vacinas.

O esquema básico da adsorvida difteria e tétano adulto (dT) corresponde a três doses

com intervalo de 60 dias entre as doses. Esse esquema é feito para as pessoas que não

estiverem com o esquema completo da pentavalente e tríplice bacteriana (DTP).

O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano n (dT) adulto é administrado de 10 em

10 anos.

Vejamos agora algumas questões sobre o tema:

7. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) De acordo com a Portaria MS

1498/2013, faz parte do calendário nacional de vacinação do idoso reforço, a cada 10 anos,

de

a) vacina hepatite B (recombinante).

vacina adsorvida difteria e tétano adulto

c vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite recom inante e Haemophilus

influenzae B (conjugada).

d) vacina febre amarela (atenuada).

e vacina pneumoc cica -valente (conjugada).

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COMENTÁRIOS:

O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é administrado de 10 em 10

anos. Por isso, o gabarito é a letra B.

8. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) De acordo com o Programa Nacional de

Imunização, o 2º reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP) em uma criança em dia com o

esquema de vacinação deve ser feita em qual idade?

a) 4 anos.

b) 5 anos.

c) 6 meses.

d) 9 meses.

e) 12 meses.

COMENTÁRIOS:

Vejamos a tabela abaixo:

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra A.

9. (Prefeitura de Macau-RN/CONPASS/2014) Ainda de acordo com o Calendário

Nacional de Imunizações, disponível no Sistema Único de Saúde, em relação à vacina

pentavalente é correto afirmar:

a) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), na região glútea, em

crianças menores de 4 anos de idade e na região deltóide nas crianças a partir vecide seis

anos de idade.

b) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto lateral da

coxa esquerda, em crianças menores de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças a

partir de dois anos de idade.

c) Deve ser administrada 0,1 ml da vacina por via intradérmica, em crianças menores de 1

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ano de idade e na região glútea nas crianças a partir de dois anos de idade.

d) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via subcutânea, em crianças menores de 1 ano

de idade e na região deltóide nas crianças a partir de dois anos de idade.

e) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto lateral da

coxa esquerda, em crianças menores de 1 ano de idade e na região glútea nas crianças a

partir de dois anos de idade.

COMENTÁRIOS:

Conforme explicação desta aula, verificamos que a vacina pentavalente deve ser

administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto lateral da coxa esquerda,

em crianças menores de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças a partir de dois

anos de idade. Dessa forma, o gabarito é a letra B.

10. (Instituto Benjamin Constant/AOCP/2013) A vacina Pentavalente, introduzida

recentemente no calendário de vacinação infantil, é indicada para imunização ativa de

crianças a partir de qual idade, e protege contra quais doenças?

a) 1 ano; protege contra difteria, sarampo; rubéola, rotavírus e doenças causadas por

Meningocócico do tipo c.

b) 3 meses protege contra tétano, meningite, sarampo, hepatite B e formas graves de

tuberculose em menores de 5 anos.

c) 6 meses; protege contra tétano, coqueluche, sarampo, poliomielite e doenças causadas por

Meningocócico tipo c.

d) 2 meses; protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por

Haemophilus influenzae tipo b.

e) 4 meses; protege contra sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite e doenças causadas por

Haemophilus influenzae tipo b.

COMENTÁRIOS3:

Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano, e outras infecções por

Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses. Reforço da tríplice

bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

3 Informe Técnico da Vacina Pentavalente

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11. (Residência Multiprofissional/SES-DF/CESPE/2011) A vacina DPT é composta por

toxoides diftérico e tetânico, além de célula inteira de Bordetella pertussis, enquanto a DTaP

é composta por seus antígenos na vacina acelular. Essa última tem eficácia superior à

primeira e não causa reações adversas.

COMENTÁRIOS:

As vacinas tríplice bacteriana (DTP) e pentavalente (DTP/HB/Hib) são contraindicadas

a crianças com doença neurológica em atividade ou que tenham apresentado, após a

aplicação de dose anterior, algum dos seguintes eventos:

1. convulsão nas primeiras 72 horas;

2. encefalopatia nos primeiros sete dias;

3. episódio hipotônico-hiporresponsivo, nas primeiras 48 horas;

4. reação anafilática, que ocorre nos primeiros 30 minutos e até duas horas pós-vacinação.

Nos três primeiros pontos descritos acima, em face da contraindicação para uso da

vacina tríplice (DTP), deve-se utilizar a vacina dupla tipo infantil (DT) ou DTP acelular

(DTPa).

O Programa Nacional de Imunização (PNI) ainda não inclui a tríplice bacteriana

acelular (DTPa) no calendário de rotina devido os seguintes fatores:

a) na maioria dos estudos, as vacinas acelulares não são mais eficazes do que as

celulares na prevenção da coqueluche em todas as suas formas clínicas;

b) em geral, as vacinas acelulares, quando combinadas com a vacina Hib, são menos

imunogênicas contra este último antígeno do que as vacinas celulares;

c) a tríplice bacteriana celular (DTP) é produzida no Brasil;

d) o custo das vacinas acelulares é muito maior.

Diante desse cenário, a vacina DTPa está disponível nos Centros de Referência de

Imunobiológicos Especiais (CRIE), para circunstâncias específicas.

Verificamos que a vacina a DTPa tem eficácia inferior à DPT, sendo utilizada

apenas em certos casos que haja contraindicação da pentavalente e tríplice bacteriana (DTP).

Logo, a questão apresenta-se incorreta.

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12. (HU-UFMS/EBSERH/INSTITUTO AOCP/2014) Sobre a Vacina Pentavalente, é

correto afirmar que sua via de administração é

a) via intratecal.

b) via Intramuscular.

c) via oral.

d) via intradérmica.

e) via Subcutânea.

COMENTÁRIOS:

A vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) deve ser administrada na dose de 0,5 mL por

via intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos de idade e na

região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.

Pode, ainda, ser administrada na região ventro glútea, por estar livre de estruturas

anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos), sendo

indicada para qualquer faixa etária.

A vacina não deve ser administrada região dorso glútea, devido ao risco de lesão do

nervo ciático e a possibilidade de injetar a vacina em gordura, em vez de músculo.

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra B.

13. (MCO-UFBA/EBSERH/IADES/2014) A vacina conjugada pentavalente bacteriana

protege a criança contra cinco doenças diferentes. Quanto às doenças incluídas nessa vacina,

assinale a alternativa correta.

a) Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e sarampo.

b) Difteria, tétano, sarampo, hepatite B e Haemophilus influenza tipo b.

c) Difteria, meningite, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenza tipo b.

d) Difteria, pneumonia, coqueluche, hepatite B e poliomielite.

e) Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenza tipo b

COMENTÁRIOS:

Desde o 2º semestre de 2012, a nova vacina pentavalente agregou duas vacinas que

eram administradas separadamente: a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, e

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outras infecções pelo Haemophilus influenza tipo b) e a vacina contra a hepatite B.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra E.

Vacina Pentavalente

tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, e outras infecções pelo Haemophilus influenza tipo b);

vacina contra a hepatite B.

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5 - Vacina Hepatite B

A vacina hepatite B (recombinante) sofreu mudanças significativas no Programa

Nacional de Imunização (PNI).

Anteriormente ao 2º semestre de 2012, a vacina hepatite B (recombinante) era aplicada

ao nascer (ou na primeira visita à unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6

meses.

Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.

Com a inclusão da vacina pentavalente no PNI, desde o 2º semestre de 2012, a vacina

hepatite B (recombinante) passa a ser aplicada sozinha na criança ao nascer, de forma

injetável, para evitar a transmissão vertical.

Segue o atual calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de

vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram incorporadas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).

Agora, vamos detalhar o calendário básico da vacina contra hepatite B:

• Para recém-nascidos, deve-se administrar uma dose ao nascer, o mais precocemente

possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o

nascimento, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o

nascimento. O esquema de vacinação deve ser completado com a administração da

vacina pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses.

• Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos 11

meses e 29 dias, deve-se administrar três doses da vacina pentavalente, com intervalo

de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias.

• Para indivíduos de 5 a 49 anos:

Sem comprovação vacinal: administrar três doses da vacina hepatite B com

intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e de 6 meses entre a

primeira e a terceira doses (0, 1 e 6 mês);

Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas

completá-lo conforme situação encontrada.

Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional, deve-se

administrar três doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de

vacinação anterior.

Para indivíduos integrantes dos grupos vulneráveis, independe da faixa

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etária ou comprovação da condição de vulnerabilidade (trabalhadores da

saúde, bombeiros, policiais, caminhoneiros, carcereiros, coletores de lixo,

agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB;

doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com

pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e

transexuais (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos,

instituições de adolescentes privados de liberdade, forças armadas, entre

outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e

acampamentos; potenciais receptores de transfusões de sangue ou

politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas

injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST; e população indígena):

A dose será de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir de 20 anos, via

intramuscular.

Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos, a vacina contra hepatite B

deve ser preferencialmente administrada nas primeiras 12 horas de nascimento.

Ademais, em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, a vacina e a

imunoglobulina humana anti-hepatite B deve ser administrada, preferencialmente nas

primeiras 12 horas, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida.

Vejamos questões sobre o tema:

14. (Prefeitura de Alagoa Grande-PB/IBFC/2014) Leia as frases abaixo e marque (F) se a

afirmativa for falsa e (V) se for verdadeira. Em seguida, assinale a alternativa que contém a

sequência correta de cima para baixo.

( ) Em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, administrar a vacina e a

imunoglobulina humana anti-hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo

a imunoglobulina ser administrada no máximo até sete dias de vida.

( ) A dose recomendada da vacina da Hepatite B é 0,5 mL até os 14 anos e 1 mL a partir de

15 anos, via subcutânea.

( ) Para recém-nascidos deve-se administrar uma dose da vacina ao nascer, o mais

precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas

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após o nascimento, ainda na maternidade.

( ) As gestantes somente devem receber a vacina contra Hepatite B durante o terceiro

trimestre de gestação.

a) V,F,V,F.

b) V,V,V,V.

c) F,V,F,V.

d) F,F,V,F.

COMENTÁRIOS:

Vejamos as assertivas erradas:

Item II. O volume da vacina hepatite B (recombinante) monovalente a ser

administrado é de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir dos 20 anos. Situações

individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem diferenciados.

Ademais, a via de administração é a intramuscular profunda.

Item IV. Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional: administrar 3

(três) doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de vacinação anterior.

Nesses termos, o gabarito é a letra A (VFVF).

15. (HU-UFMG/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Portadora da hepatite B, com idade

gestacional de 34 semanas, acaba de dar a luz a recém-nascido do sexo masculino. De

acordo com a Portaria n°. 3.318/2010, é correto afirmar que:

a) a vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada no recém-nascido

preferencialmente após 12 horas do nascimento.

b) o recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de três doses:

0, 1 e 6 meses de vida.

c) o recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de quatro

doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida.

d) o recém-nascido deve receber imunoglobulina humana anti-hepatite B nas primeiras 12

horas ou no máximo até 1 mês de vida.

e) a mãe deve receber vacina hepatite B (recombinante) e imunoglobulina humana anti-

hepatite B nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento.

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COMENTÁRIOS¹:

De acordo com a Portaria n° 3.318/2010, na prevenção da transmissão vertical em

recém-nascidos, a vacina contra hepatite B deve ser administrada o mais precocemente

possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, ainda na maternidade.

Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento.

A vacina da hepatite B nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou em

recém-nascidos a termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguir esquema de quatro doses:

0, 1, 2 e 6 meses de vida.

Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães portadoras

da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG),

disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais - (CRIE) nas

primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento. A vacina e a HBIG

devem ser administradas em locais anatômicos diferentes.

A Portaria GM/MS nº 1.498/2013 alterou a vacina contra hepatite B, incluindo três

doses na pentavalente.

Veja como era: Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita

à unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses. Segue o antigo calendário

da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.

Veja como ficou: Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha

apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.

Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da

criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).

Isto posto, vamos analisar as alternativas da questão:

Item A. A vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada no recém-nascido

preferencialmente nas 12 horas (e não após) do nascimento, mesmo que a mãe do

mesmo seja portadora do vírus. Como a mãe do recém-nascido é portadora da hepatite B,

conforme enunciado da questão, a criança deve receber não só a vacina contra Heptatite

B, mas também a imunoglobulina humana anti-hepatite B.

Item B. O recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de

(três doses: 0, 1 e 6 meses de vida) quatro doses: 0, 2, 4 e 6 meses de vida.

Item C. O recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de

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quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Esse item foi considerado correto inicialmente, mas

verifique que atualmente o recomendado é o seguinte: quatro doses - 0, 2, 4 e 6 meses de

vida. As três doses (2, 4, 6) são feitas dentro da pentavalente.

Item D. O recém-nascido deve receber imunoglobulina humana anti-hepatite B nas

primeiras 12 horas ou no máximo até (1 mês de vida) sete dias após o nascimento.

Item E. (A mãe) O recém-nascido deve receber vacina hepatite B (recombinante) e

imunoglobulina humana anti-hepatite B nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias

após o nascimento.

O gabarito da questão apontado pela banca foi a letra C. Todavia, essa questão foi

anulada, pois descreveu o esquema antigo. O Instituto AOCP cobrou uma questão

praticamente igual na prova do concurso do HU-UFMT também em 2014.

Veja a justificativa da AOCP para anular a questão:

“Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos para esta questão, temos a

esclarecer que a mesma será anulada, tendo em vista que a legislação especificada foi revogada

Portaria MS 498/2 3 Portanto, recurso deferido”

16. (HU-UFMS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Sobre a Vacina contra Hepatite B, é

correto afirmar que o local padronizado para sua administração em crianças é a

a) região de Glúteo.

b) região de Deltoide.

c) região Femoral.

d) região de Face lateral de coxa.

e) região Radial.

COMENTÁRIOS:

As vacinas contra hepatite B devem ser administradas por via intramuscular, na

região deltóide ou no vasto lateral da coxa em crianças pequenas e no deltóide para

adultos.

Não devem ser aplicadas na região glútea ou por via subcutânea, pois a adoção desse

procedimento se associa à menor imunogenicidade.

Nesses termos, a questão foi anulada, pois as alternativas não apresentam o local

correto da administração em crianças que é no vasto lateral da coxa e não na face lateral da

coxa.

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6 - Vacina Rotavírus

A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve ser administrada

preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a partir de

1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3

meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

A vacina rotavírus é administrada

exclusivamente por via oral, com a dose de 1,5mL,

por meio de uma seringa apropriada.

Figura 10 - Administração da Vacina Rotavírus (SESAB, 2011).

Notas sobre a administração da vacina rotavírus:

• Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose;

• Esta vacina é contraindicada para crianças com imunodepressão severa ou que

tenham histórico de invaginação intestinal ou com malformação congênita não

corrigida do trato gastrointestinal.

Calendário da Vacina Rotavírus

1ª dose (preferencialmente

aos 2 meses)

a partir de 1 mês e 15 dias

até 3 meses e 15 dias

2ª dose (preferencialmente

aos 4 meses)

a partir de 3 meses e 15 dias

até 7 meses e 29 dias

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Vejamos algumas questões sobre o tema:

17. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) O calendário nacional de vacinação

dos povos indígenas inclui a vacina de rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada), com a

administração da 1ª e 2ª doses, respectivamente, com qual idade?

a) Ao nascer e 3 meses.

b) 2 meses e 4 meses.

c) 2 meses e 6 meses.

d) 6 meses e 1 ano.

e) 9 meses e 15 meses.

COMENTÁRIOS:

Essa questão foi de graça . A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) -

VORH deve ser administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. Nesses termos, o

gabarito é a letra B.

18. ( HC-UFPE /EBSERH/IDECAN/2014) Estão disponíveis, atualmente, duas vacinas

contra o rotavírus, que são a monovalente e a pentavalente. Com base na afirmativa anterior,

marque a alternativa correta.

a) A monovalente deve ser administrada em três doses e a pentavalente em duas doses.

b) A monovalente deve ser administrada em duas doses e a pentavalente em três doses.

c) A primeira dose da vacina monovalente deve ser administrada no primeiro mês de vida.

d) A monovalente deve ter um intervalo mínimo entre as doses de 3 semanas e a

pentavalente de 2 semanas.

e) A primeira dose da vacina pentavalente deve ser administrada até, no máximo, quatro

meses e quinze dias.

COMENTÁRIOS:

Nos últimos anos foram licenciadas duas novas vacinas rotavírus. Uma delas, a

vacina rotavírus do laboratório GSK, é composta por vírus atenuado, oral, monovalente,

cepa RIX4414 do sorotipo G1 P[8] proveniente de humanos. A outra vacina rotavírus, do

laboratório MSD, é composta de vírus atenuado, oral, pentavalente, de rearranjo genético

bovino-humano, sorotipos G1, G2, G3, G4 e sorotipos G que contenham P[8] (como o G9).

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O PNI utiliza a vacina rotavírus monovalente, especialmente eficaz na prevenção

de doença por rotavírus da cepa G1, mas os estudos mostraram que houve proteção cruzada

para gastroenterite grave causada por outras cepas não –G1 (G2, G3, G4, e G9). Está

indicado para crianças menores de 1 ano de idade, devendo ser administrada em duas doses,

a primeira dose aos dois meses (um mês e 15 dias a três meses e 15 dias) e a segunda dose

aos quatro meses (três meses e 15 dias a sete meses e 29 dias).

A vacina rotavírus pentavalente, deve ser administrada em três doses, para bebês

entre seis semanas e 32 semanas, ou seja, um mês e 15 dias, até oito meses de vida, com

intervalo mínimo de quatro semanas entre cada dose.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra B.

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7 - Vacina Meningocócica C

De acordo com o Programa Nacional de Imunização, a vacina meningocócica C

(conjugada) deve ser administrada preferencialmente aos 3 e 5 meses, com intervalo de 60

dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Uma dose de reforço deve ser administrada entre 12 e

15 meses, preferencialmente aos 15 meses.

Segue o calendário da vacina meningocócica C: 1ª dose aos 3 meses -> 2ª dose aos 5

meses -> reforço aos 15 meses.

A vacina meningocócica C é administrada na dose de 0,5 mL, pela via intramuscular.

Notas sobre a administração da vacina meningocócica C (conjugada):

• Para crianças que iniciam o esquema básico após 5 meses de idade, deve-se considerar

o intervalo mínimo entre as doses e administrar a dose de reforço com intervalo de 60 dias

após a última dose;

• Para crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal, deve-se

administrar dose única.

Vamos à questão sobre a temática:

19. (Prefeitura de Vila Rica-MT/Consulplan/2012) De acordo com o Calendário Básico

de Vacinação da Criança do Ministério da Saúde, a 1ª e 2ª doses da vacina Meningocócica

C (conjugada) deve ser administrada aos

a) 2 e 4 meses de idade.

b) 3 e 5 meses de idade.

c) 4 e 6 meses de idade.

d) 9 e 12 meses de idade.

e) 12 e 15 meses de idade.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Programa Nacional de Imunização, a vacina meningocócica C

(conjugada) deve ser administrada preferencialmente aos 3 e 5 meses, com intervalo de 60

dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Uma dose de reforço deve ser administrada entre 12

e 15 meses, preferencialmente aos 15 meses.

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Segue o calendário da vacina meningocócica C: 1ª dose aos 3 meses -> 2ª dose aos 5

meses -> reforço aos 15 meses.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra B.

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8 - Vacina Pneumocócica:

A vacina pneumocócica 10-valente é constituída por 10 (dez) sorotipos de pneumococos

(1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 23F) e conjugada com a proteína D de Haemophilus

influenzae para oito de seus sorotipos e carreadores de toxóide diftérico (DT) e de toxóide

tetânico (TT ou T) usados por dois sorotipos.

A embalagem possui 10 frascos-ampola de vidro, apresentados em unidose, com 0,5

ml.

Figura - Embalagem da Vacina Peneumocócica (Ministério da Saúde, 2010).

A vacina deve ser administrada por injeção intramuscular (IM) de preferência

na área do vasto lateral da coxa da criança.

Nenhum dado está disponível sobre a administração subcutânea da vacina

pneumocócica conjugada 10-valente.

Atenção! A vacina não deve, sob nenhuma circunstância, ser administrada

por via endovenosa ou intradérmica.

Em regra, a primeira dose iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema de

vacinação primária consiste em três doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo menos 1 mês entre

as doses, contudo o Programa Nacional de Imunização (PNI) adotou o intervalo de 2 meses

entre as doses. Desta forma o esquema será de 2, 4 e 6 meses.

Uma dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última dose do

esquema primário, sendo este preferencialmente entre os 12 e 15 meses de idade.

Segue o calendário da vacina pneumocócica 10-valente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses ->

reforço aos 12 meses.

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Vejamos uma questão sobre o tema:

20. (HU-UNB/EBSERH/IBFC/2013) Segundo calendário nacional, uma criança deve

receber a vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) com a idade de:

a) 2, 4 e 6 meses e mais uma dose de reforço aos 12 meses.

b) 3 e 5 meses e mais uma dose de reforço aos 15 meses.

c) 2, 4 e 15 meses.

d) 3 e 7 meses apenas.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), a primeira dose da vacina

pneumocócica 10-valente (conjugada) iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema de

vacinação primária consiste em três doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo menos 1 mês

entre as doses, contudo o Programa Nacional de Imunização adotará o intervalo de 2 meses

entre as doses. Desta forma o esquema será de 2, 4 e 6 meses.

Uma dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última dose do

esquema primário, sendo este preferencialmente entre os 12 e 15 meses de idade.

Dessa forma, o gabarito é a letra A.

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9 - Vacina Influenza

A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, de interesse para a

saúde pública no Brasil. Apresenta potencial para levar a complicações graves e ao óbito,

especialmente nos grupos de alto risco (crianças menores de dois anos de idade, gestantes, adultos

com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas

especiais).

A principal intervenção preventiva em saúde pública para este agravo é a vacinação. A

campanha anual, realizada entre os meses de abril e maio, contribuiu ao longo dos anos para a

prevenção da gripe nos grupos vacinados, além de apresentar impacto de redução das

internações hospitalares, gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias

e mortes evitáveis.

Vamos conhecer os grupos prioritários a serem vacinados e recomendações:

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos: deverão receber a vacina influenza. Todas

as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina da influenza sazonal, devem

receber apenas 1 dose em 2014. Também deve ser considerado o esquema de duas doses

para as crianças menores de 9 anos que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se

agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose (no ano passado esse grupo era

formado por crianças de seis meses a dois anos incompletos).

Gestantes: deverão receber a vacina influenza todas as gestantes em qualquer idade

gestacional. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação

gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado

de gravidez.

Nota: a vacinação de gestantes contra a influenza é segura em qualquer idade gestacional.

A experiência pós-comercialização com a vacina influenza sazonal inativada e com a

vacina influenza pandêmica (H1N1) 2009 inativada, no Brasil e em outros países, não

identificou qualquer risco associado ao uso da vacina em gestantes.

Puérperas: mulheres no período de até 45 dias após o parto foram incluídas no grupo

alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar qualquer documento, durante o período

de vacinação (certidão de nascimento da criança, cartão da gestante, documento do

hospital onde ocorreu o parto, entre outros).

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Trabalhador de Saúde: eleito para vacinação é aquele que exerce atividades de

assistência à saúde, atuando na recepção, no atendimento, bem como na investigação de

casos de infecções respiratórias, nos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis

de complexidade, cuja ausência compromete o funcionamento desses. Assim,

trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento

de pessoas com influenza, bem como recepcionistas, pessoal de limpeza, segurança,

motoristas de ambulâncias dessas unidades, equipes de laboratório responsáveis pelo

diagnóstico, profissionais que atuam na vigilância epidemiológica, e os que atuam no

controle sanitário de viajantes nos postos de entrada dos portos, aeroportos e fronteiras

deverão ser vacinados.

Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada (indicada) para a toda população

indígena, a partir dos seis meses de idade. A programação de rotina é articulada entre o

Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena

(SESAI).

Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina contra influenza.

População privada de liberdade: o planejamento e operacionalização da vacinação nos

estabelecimentos penais deverão ser articulados com as Secretarias Estaduais e

Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça (Secretarias Estaduais de

Segurança Pública ou correlatos), conforme Plano Nacional de Saúde no Sistema

Penitenciário, 2.ª edição/ Brasília–DF 2005 e a NOTA TÉCNICA 121

SISPE/DAPES/SAS – PNI/SVS/MS – DEPEN/MJ, de 1º de agosto de 2011.

Pessoas portadoras de doenças crônicas (conforme listagem definida pelo Ministério

da Saúde em conjunto com sociedades científicas): a vacinação contra influenza de

indivíduos portadores de doenças crônicas e outras condições especiais foi incluída na

campanha de vacinação de 2013.

Notas:

A vacinação deste grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação e não apenas

nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). No entanto, mantém-se a

necessidade de prescrição médica, que deverá ser apresentada no ato da vacinação.

Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS, devem se

dirigir aos postos em que estão cadastrados para receber a vacina. Caso no local onde são

atendidos regularmente não haja um posto de vacinação, devem buscar a prescrição médica na

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próxima consulta que estiver agendada, visando garantir esse documento com antecedência,

para evitar filas no período da vacinação.

Pacientes que são atendidos na rede privada, vinculada ou não ao SUS, também devem buscar

a prescrição médica com antecedência, junto ao seu médico assistente, devendo apresentá-la

nos postos de vacinação durante a realização da campanha de 2013.

Agora, veremos o esquema de vacinação e dose da influenza:

A vacinação é anual, devido às mudanças das características dos vírus influenza

decorrentes da adversidade antigênica e genômica a cada ano e da efemeridade da proteção.

Em 2014, foi adotado o seguinte esquema e volume de dose, conforme a situação

vacinal da criança.

Crianças vacinadas pela primeira vez:

Esquema vacinal para influenza por idade, número de doses, volume por dose e intervalo entre as doses, Brasil, 2013

Idade Número de doses

Volume por dose

Intervalo

Crianças de 6 meses a 2 anos de idade

2 doses 0,25 ml Intervalo mínimo de 3 semanas. Operacionalmente: 2ª dose 30 dias após receber a 1ª dose

Crianças de 3 a 8 anos de idade

2 doses

0,5 ml

Intervalo mínimo de 3 semanas. Operacionalmente: 2ª dose 30 dias após receber a 1ª dose

Adultos e crianças a partir de 9 anos

Dose única

0,5 ml

_

Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS

Deve-se adotar a via de administração intramuscular.

Recomenda-se a administração da vacina por via subcutânea em pessoas que

apresentam discrasias sanguíneas ou estejam utilizando anticoagulantes orais. Para estas

situações, recomenda-se utilizar a vacina do laboratório Sanofi Pasteur produzida na França.

Via de administração subcutânea.

Vejamos algumas questões recorrentes sobre o tema:

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21. A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um problema de

saúde pública no Brasil, sendo a principal intervenção preventiva para este agravo a

vacinação. Para uma criançade de 11 meses de idade, que será vacinada pela primeira vez

contra Influenza, o número de doses e o volume por dose desta vacina é de

a) 01 dose - 0,5 ml

b) 01 dose - 01 ml

c) 03 doses - 0,2 ml

d) 02 doses – 0,25 ml

COMENTÁRIOS:

Crianças de 6 meses a 2 anos de idade devem receber 2 doses da vacina contra

influenza, na dosagem de 0,25 ml. O intervalo mínimo entre as doesse é de 3 semanas.

Operacionalmente: 2ª dose 30 dias após receber a 1ª dose. Assim, o gabarito é a letra D.

22. (HC-UFTM /EBSERH/IADES/2013) A vacina anti-influenza sazonal é administrada

nos idosos em campanhas públicas. Nesse caso, qual deve ser a dose e a periodicidade?

a) Uma dose a cada seis meses.

b) Uma dose anual.

c) Uma dose a cada dois meses.

d) A cada dois anos, uma dose.

e) Em duas doses, com intervalo entre cada uma.

COMENTÁRIOS:

A vacinação contra influenza é anual, devido às mudanças das características dos

vírus influenza decorrentes da adversidade antigênica e genômica a cada ano e da

efemeridade da proteção.

A campanha anual, realizada entre os meses de abril e maio, contribuiu ao longo dos

anos para a prevenção da gripe nos grupos vacinados, além de apresentar impacto de redução

das internações hospitalares, gastos com medicamentos para tratamento de infecções

secundárias e mortes evitáveis.

Em 2014, foi adotado o seguinte esquema e volume de dose, conforme a situação

vacinal da criança.

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Crianças vacinadas pela primeira vez:

Esquema vacinal para influenza por idade, número de doses, volume por dose e

intervalo entre as doses, Brasil, 2013

Idade Número de

doses

Volume

por

dose

Intervalo

Crianças de 6 meses

a 2 anos de idade

2 doses 0,25 ml Intervalo mínimo de 3 semanas.

Operacionalmente: 2ª dose 30 dias

após receber a 1ª dose

Crianças de 3 a 8

anos de idade

2 doses

0,5 ml

Intervalo mínimo de 3 semanas.

Operacionalmente: 2ª dose 30 dias

após receber a 1ª dose

Adultos e crianças a

partir de 9 anos

Dose única

0,5 ml

_

Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS

A pergunta da questão está incoerente com as alternativas, pois o enunciado quer saber

qual deve ser a dose (volume por dose) e as alternativas apresentam o número de doses.

Nesses termos, a questão foi anulada.

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10 - Vacina Tríplice Viral

A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina combinada que

contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba e da rubéola, atenuados em cultivo celular.

Para indivíduos de 12 meses a 19 anos, deve ser administrada duas doses, conforme

situação vacinal encontrada.

A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses com a vacina tríplice viral e a 2ª dose,

preferencialmente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola

e varicela), para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. A vacina

tetra viral será administrada entre os 15 a 23 meses e 29 dias, caso a criança tenha recebido a

1ª dose da tríplice viral.

Para não esquecerem: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

continuará a ser administrada preferencialmente aos 12 meses de idade. As crianças que

tiverem tomado a 1ª dose da tríplice viral deverão receber a tetra viral entre os 15 a 23 meses e

29 dias (preferencialmente aos 15 meses).

Para as crianças acima de 24 meses de idade administrar a vacina tríplice viral

observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que

comprovar duas doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola.

Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade, deve-se administrar uma dose, conforme

situação vacinal encontrada. Considerar vacinada a pessoa que comprovar uma dose de vacina

com componente sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) ou sarampo e rubéola (dupla

viral).

Vacina contra sarampo, caxumba e

rubéola

criança até os 24 meses É indicada aos 12 meses (um ano de idade). Uma segunda

dose da tetraviral deve ser agendada para 15 meses de idade.

criança maior de 24 meses até adodescente

de 19 anos

Deve-se considerar vacinado aquele que comprovar o esquema de duas doses.

Se apresentar comprovação de apenas uma dose, deve-se administrar a segunda dose.

Duas doses da vacina são indicadas para aquele não vacinado com nenhuma dose, com o intervalo mínimo de 30 dias.

adulto (20 a 49 anos)

É indicada apenas uma dose em individuos de 20 a 49 que não apresentarem comprovação vacinal.

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A vacina sarampo, caxumba e rubéola é administrada por via subcutânea. O volume

correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor.

A vacina em questão está contraindicada nas ocorrências específicas listadas na

sequência:

Registro de anafilaxia após recebimento de dose da vacina;

Presença de imunodeficiências congênitas ou adquiridas;

Atenção! Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem ser vacinados.

Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras (nessa situação a pessoa deve ser

vacinada, pelo menos, um mês depois da suspensão do uso da droga);

Vigência de quimioterapia imunossupressora;

Transplantados de medula óssea;

Pessoas que fazem uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma, no momento da

vacinação ou que farão uso em futuro próximo;

Na vigência de gravidez.

Notas sobre a vacina sarampo, caxumba e rubéola (SCR):

Indivíduos até 19 anos que não tiver comprovação do recebimento de duas doses da

vacina sarampo, caxumba e rubéola devem receber duas doses, com intervalo mínimo

de 30 dias.

Quando houver comprovação das duas doses não é preciso vacinar.

A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e rubéola é de dose

única e considera vacinação anterior devidamente comprovada, sendo indicada para

pessoas de 20 a 49 anos.

O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) está

ampliando o Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2013, com a introdução da

vacina tetra viral que possibilitará evitar complicações, casos graves e óbitos por varicela no

grupo alvo da vacinação e a prevenção, controle e eliminação das doenças sarampo, caxumba

e rubéola.

A vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) substituirá a vacina tríplice

viral (sarampo, caxumba e rubéola) para as crianças de 15 meses de idade. Assim, com a

introdução da vacina tetra viral, o PNI visa reduzir o número de injeções em um mesmo

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momento, bem como buscar uma melhor adesão à vacinação e consequentemente, melhoria

das coberturas vacinais.

Essa vacina, desde setembro de 2013, está sendo disponibilizada para as crianças entre

15 a 23 meses e 29 dias de idade (preferencialmente aos 15 meses), que tenham recebido a 1ª

dose da vacina tríplice viral, nas 35 mil salas de vacina da rede pública.

No Brasil, a vacina varicela está disponível desde 2000 nos Centros de Referências para

Imunobiológicos Especiais (CRIE) para indivíduos susceptíveis em situação de pré-exposição,

para pessoas sem história de varicela e com maior risco de desenvolver doença grave e ou

complicações associadas. Também já é utilizada em situação de pós-exposição, para

imunocompetentes susceptíveis, comunicantes intra-hospitalares de casos de varicela. Esta

vacina está também incluída no Calendário de Vacinação dos Povos Indígenas desde 2002.

Neste contexto, o PNI amplia a oferta de vacinas na rotina de vacinação da criança com

a introdução da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela - atenuada),

exclusivamente, para as crianças de 15 meses de idade, que já tenham recebido a 1ª dose da

vacina tríplice viral.

Para não esquecer: A vacina tetra viral é indicada para a imunização ativa de crianças

contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. A introdução da vacina tetra viral no PNI

ocorre com a administração de uma dose aos preferencialmente 15 meses de idade (podendo

ser aplicada entre os 15 a 23 meses e 29 dias), para crianças que já receberam uma dose da

vacina tríplice viral.

Após a implantação da vacina tetra viral no calendário de vacinação da criança, o

Ministério da Saúde irá monitorar a situação epidemiológica da varicela, visando à definição

de qual o melhor período para a inclusão da uma segunda dose com a vacina varicela nesse

calendário.

As embalagens tetra viral contêm 10 frascos-ampola mais 10 seringas preenchidas com

diluente (0,5 mL) e 20 agulhas para a reconstituição e administração da vacina.

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Figura - Vacina Tetra Viral (Ministério da Saúde, 2013).

Em síntese, a vacina tetra viral é disponibilizada na rotina dos serviços públicos de

vacinação em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral aos 15 meses de idade.

Vejamos uma questão sobre as vacinas referidas:

23. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) A vacina tríplice viral (SCR) do Programa

Nacional de Imunização deve ser aplicada em pessoas maiores de 20 anos com o seguinte

esquema:

a) Dose única.

b) 2 doses, com intervalo de 30 dias.

c) 2 doses, com intervalo de 60 dias.

d) 3 doses, com intervalos de 30 e 60 dias.

e) 3 doses, com intervalos de 60 dias cada.

COMENTÁRIOS:

A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e rubéola é de

dose única e considera vacinação anterior devidamente comprovada, sendo indicada para

pessoas de 20 a 49 anos. Nesses termos, o gabarito é a letra A.

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24. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A vacina tetra viral, incluída

recentemente no calendário de vacinação infantil, é indicada para prevenção de quais

doenças?

a) Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite.

b) Difteria, Tétano, Rubéola e Varicela.

c) Sarampo, Caxumba, Coqueluche, Meningite.

d) Sarampo, Caxumba, Rubéola e Hepatite A.

e) Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela.

COMENTÁRIOS:

O Ministério da Saúde adquiriu a vacina tetra viral do laboratório GSK/Fiocruz. As

vacinas adquiridas são compostas pelas cepas Schwarz do sarampo, RIT 4385 derivada de

Jeryl Lynn da caxumba, RA 27/3 do vírus da rubéola e pela cepa OKA da varicela.

A vacina combinada apresenta pó liofilizado para reconstituição com diluente para

administração.

As embalagens contêm 10 frascos-ampola mais 10 seringas preenchidas com

diluente (0,5 mL) e 20 agulhas para a reconstituição e administração da vacina.

É indicada para a imunização ativa de crianças contra sarampo, caxumba,

rubéola e varicela. A introdução da vacina tetra viral no PNI ocorre com a administração

de uma dose aos 15 meses de idade, para crianças que já receberam uma dose da vacina

tríplice viral.

A vacina será disponibilizada na rotina dos serviços públicos de vacinação em

substituição à segunda dose da vacina tríplice viral aos 15 meses de idade.

Nesses termos, o gabarito é a letra E.

25. (HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A Vacina Tetra viral protege contra

quais doenças?

a) Febre Amarela, sarampo, tétano e coqueluche.

b) Tétano, coqueluche, difteria, haemophilus influenzae tipo b.

c) Sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

d) Poliomielite, rotavírus, sarampo e rubéola.

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e) Difteria, tétano, coqueluche e rubéola.

COMENTÁRIOS:

Meus amigos vejam que a questão é exatamente igual a anterior. Portanto, gabarito

letra C.

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11 - Vacina Febre Amarela

A vacina de febre atenuada (FA) está indicada a partir dos 9 meses (1ª dose), com

reforço a cada 10 anos.

É indicada para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo

menos 10 dias anteriores da data da viagem): todos os estados das regiões Norte e Centro Oeste;

Minas Gerais e Maranhão; alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul. Indicada também para pessoas que se deslocam para países em

situação epidemiológica de risco. Para consultar as áreas com recomendação para vacinação,

acessar o link

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31626&janela=

1.

Figura 13 - Áreas com e sem recomendação para a vacinação contra a febre amarela (Ministério da Saúde).

A vacina contra a febre amarela atenuada está contraindicada nas situações específicas:

pessoas com história de reação anafilática após a ingestão de ovo.

para crianças com menos de seis meses de idade;

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gestante4;

indivíduos com doenças autoimunes, doença neurológica ou outros problemas

saúde crônicos;

no imunodeprimido grave, independente do risco de exposição, a vacina não

deve ser administrada.

Atenção! Em situações excepcionais quando for necessária a

vacinação de gestantes, pessoas com idade acima de 60 anos ou com

doenças autoimunes, ou doença neurológica ou outros problemas saúde

crônicos é importante avaliar o risco benefício individual da administração

da vacina.

Não se esqueçam: o esquema de vacinação com a vacina FA corresponde a uma dose a

partir dos nove meses de idade. Uma dose de reforço é administrada a cada dez anos. O

volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml.

Por fim, vamos ver as principais particularidades da vacina contra a febre amarela

atenuada (FA):

• Esta vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade;

• Em situação de surto, a dose inicial deve ser antecipada para 6 meses de idade e

considerada como dose válida para rotina;

• Em mulheres que estejam amamentando5 e receberam inadvertidamente a vacina, o

aleitamento materno deve ser suspenso, preferencialmente por 28 dias após a vacinação e no

mino mínimo 15 dias;

• Não deve ser administrada simultaneamente com a vacina tríplice viral (sarampo,

caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), estabelecendo o

intervalo mínimo de 30 dias, salvo em situações especiais, que impossibilitem manter o

intervalo indicado.

4 A vacina febre amarela não esta indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, devendo a vacinação ser

adiada ate a criança completar 6 meses de idade. Na impossibilidade de se adiar a vacinação, deve-se avaliar o beneficio pelo risco. Em caso de mulheres que estejam amamentando e receberam a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias apos a vacinação (com um mínimo de 15 dias). 5 Atualmente, a exceção, no caso da mulher que está amamentando, refere-se à vacina febre amarela (atenuada), cuja

administração deve ser adiada até que a criança complete seis meses de idade, pela possibilidade de transmissão do vírus

vacinal pelo leite materno.

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Vejamos duas questões sobre a vacina em tela:

26. (MEAC e HUWC UFC/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A febre amarela é uma

doença característica de algumas regiões como América Central, América do Sul e África.

Típica de locais quentes, que favorecem a proliferação dos mosquitos contaminados pelo

flavivírus. Com relação à vacinação contra febre amarela, é correto afirmar que

a) deve ser administrada aos dez meses de idade e a cada dez anos.

b) deve ser administrada aos nove meses de idade e aos dez anos, sendo periódica.

c) deve ser administrada aos dez meses de idade e aos dez anos.

d) deve ser administrada aos doze meses de idade e a cada dez anos, sendo periódica.

e) deve ser administrada aos seis meses de idade e a cada dez anos.

COMENTÁRIOS:

A vacina contra febre amarela deve ser admintrada aos 9 meses de idade. Durante

surtos, antecipar a idade para 6 (seis) meses. Aos viajantes para as áreas com recomendação,

administrar a vacina 10 dias antes da data da viagem. A revacinação deve ocorrer a cada

dez anos após a data da última dose.

A vacina é contraindicada para gestantes e deve ser adiada em mulheres que estão

amamentando até o 6º mês de vida da criança. Nos casos de risco de contrair o vírus buscar

orientação médica. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da

avaliação do risco da doença e benefício da vacina.

Por eliminação o único gabarito possível é a letra B. O IAOCP anulou a questão, pois

a palavra “peri dica” não especificou que o reforço deve ser feito a cada 10 anos.

27. (Prefeitura de Osasco-SP/FGV/2014) O Calendário Nacional de Vacinação estabelece

que os idosos de 60 anos ou mais devem ser imunizados contra a febre amarela. Assinale a

opção que indica o número de doses e o intervalo de tempo recomendado para essa vacina.

a) Uma dose a cada ano.

b) Duas doses a cada 5 anos.

c) Três doses a cada 10 anos.

d) Duas doses a cada 6 anos.

e) Uma dose a cada 10 anos.

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COMENTÁRIOS:

A vacina de febre atenuada (FA) está indicada a partir dos 9 meses (1ª dose), com

reforço a cada 10 anos. Logo, o gabarito é a letra E.

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12 - Vacina Pólio

No Brasil, a vacina que vem sendo utilizada com sucesso desde a década de 60 é a

vacina oral poliomielite (VOP), vacina de vírus atenuados, trivalente, contendo os três tipos de

poliovirus (1, 2 e 3). É epidemiológica e operacionalmente a melhor vacina para gerar

proteção a cada um dos três tipos de vírus da poliomielite e tem sido amplamente utilizada,

viabilizando a erradicação global da doença.

As ações de vacinação desenvolvidas contribuíram para a erradicação da poliomielite no

País, sendo que o último caso ocorreu em 1989.

Conforme definido no plano global de erradicação, uma região precisa estar sem

circulação do vírus da poliomielite por três anos, em vigência de um sistema de vigilância

para paralisias flácidas agudas funcionante, para ser declarada como livre da circulação do

poliovírus.

No entanto, a não ocorrência de pólio no continente americano não é o suficiente, uma

vez que a doença ainda circula em outros países e pode ser reintroduzida na região através de

viajantes infectados em regiões que apresentam bolsões de pessoas não vacinadas, por

exemplo.

A vigilância sensível de paralisias flácidas agudas, através da notificação, investigação e

coleta oportuna de amostras de fezes de todos os casos de paralisias flácidas agudas é

fundamental para a garantia de detecção rápida de um vírus importado e as altas e

homogêneas coberturas vacinais evitam que esses vírus circulem. É por isso que o Brasil e

outros países da região ainda realizam campanhas de vacinação com a vacina oral poliomielite

e priorizam a vigilância de paralisias flácidas agudas.

É inegável o sucesso e a contribuição da utilização da VOP na erradicação da

poliomielite. A interrupção do seu uso deverá ser cuidadosamente programada e planejada. As

principais estratégias a serem consideradas após a interrupção da VOP, mundialmente, são

uma vigilância ativa e a não interrupção da imunização com a vacina poliomielite inativada

(VIP).

Como países desenvolvidos e em desenvolvimento declararam a intenção de continuar

com a imunização de suas populações, mesmo após a erradicação do poliovírus selvagem, a

VIP deverá ser utilizada nesses países para prevenir a reintrodução do vírus selvagem e o

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ressurgimento da poliomielite.

O Brasil, visando cumprir esta determinação, introduziu, desde agosto de 2012, a vacina

inativada poliomielite (VIP) em esquema sequencial com 2 doses de VIP e 2 doses de VOP.

As doses da VIP visam minimizar o risco, que é raríssimo, de paralisia associada à vacina, e

as da VOP, manter a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de

introdução de poliovírus selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda

apresentam casos autóctones da poliomielite, por exemplo.

Estudos realizados em todo o mundo permitiram descrever as características da VIP,

como a capacidade para evitar surtos de poliomielite, de modo que muitos países já a

incluíram nos seus calendários de vacinação de forma exclusiva ou com esquema sequencial.

Veja que a tendência é a substituição da vacina oral da poliomielite (VOP) pela vacina

inativada poliomielite (VIP). No Brasil, atualmente as crianças recebem duas doses de cada

(VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro meses; VOP - 3ª dose aos seis meses e reforço aos

quinze meses), além da vacinação com a VOP anualmente nas campanhas nacionais para

crianças menores de 5 anos.

Neste sentido, o esquema vacinal contra a poliomielite será sequencial (VIP/VOP) de

quatro doses para crianças menores de 1 ano de idade que estiverem iniciando o esquema

vacinal. A VIP deverá ser administrada aos 2 meses (1ª dose) e 4 meses (2ª dose), e a VOP aos

6 meses (3ª dose) e 15 meses (reforço). A preferência para a administração da VIP aos 2 e 4

meses de idade tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento adverso pós-

vacinação.

Vacinação contra poliomielite no

Brasil

VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro

meses

VOP - 3ª dose aos seis meses e

reforço aos quinze meses

vacinação com a VOP anualmente nas campanhas

nacionais.

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O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, sendo que nos primeiros

6 meses de idade o intervalo mínimo de 30 dias só é recomendado se o indivíduo estiver sob

risco iminente de exposição à circulação viral, como por exemplo, pessoas que se deslocarão a

regiões endêmicas ou em situações de surto da doença.

Notas sobre a vacina inativada poliomielite (VIP):

A VIP só deve ser administrada em criança de 2 meses a menores de 1 ano de

idade que estiverem iniciando esquema vacinal;

Se a criança receber VIP aos 2 meses e por algum motivo receber VOP aos 4

meses, o esquema será completado com VOP.

A via de administração preferencial da VIP é a intramuscular, entretanto, a via

subcutânea também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias

sanguíneas).

O local de aplicação preferencial para injeção intramuscular em bebês é o músculo

vasto-lateral da coxa ou região ventroglútea e para crianças maiores o músculo deltóide.

A dose dessa vacina (VIP) é de 0,5 mL.

As contraindicações da VIP são as seguintes:

• Qualquer indivíduo portador de alergia grave (anafilaxia) a qualquer componente da

vacina. Como a VIP contém vestígios de estreptomicina, neomicina, e polimixina B,

existe um risco teórico de reações alérgicas em pessoas sensíveis a estes antibióticos;

• Qualquer pessoa que já apresentou quadro de reação alérgica grave a uma vacinação

anterior com VIP;

Vacinas contra a Poliomielite

VIP

1ª dose - 2 meses (idade mínima – 6 semanas)

2ª dose - 4 meses (intervalo mínimo – 30 dias)

VOP

3ª dose - 6 meses

Reforço - 15 meses

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• Pessoas com quadro clínico de doenças respiratórias superiores leve a moderada, com

ou sem febre, reação local a uma dose prévia da vacina, terapia antimicrobiana atual

e, a fase de convalescença de doença aguda não são contraindicações para a vacinação

com VIP;

• A amamentação não interfere com o sucesso da imunização com a VIP.

A via de administração exclusiva da VOP é a oral, com a dose de duas gotas.

Notas sobre a vacina oral poliomielite (VOP):

• Indivíduos com cinco anos de idade ou mais:

Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da VOP, com intervalo de 60 dias entre

elas, mínimo de 30 dias;

Com esquema incompleto: completar esquema com a VOP;

Nesta faixa etária não há necessidade de reforço.

• Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar.

• Esta vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, contato de pessoa HIV

positivo ou com Aids, bem como que tenham histórico de paralisia flácida associada

à dose anterior da VOP.

A vacina inativada poliomielite (VIP) deverá ser conservada sob refrigeração, à

temperatura de +2°C a +8°C. Não deve ser congelada. Pode ser utilizada até 6 horas após

aberta, desde que armazenada entre 2º a 8ºC.

Passemos para resolução de uma questão sobre o tema:

28. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No que se refere à vacina inativada

poliomielite (VIP) e a vacina oral contra poliomielite (VOP), informe se é verdadeiro (V) ou

falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A Vacina oral contra poliomielite (VOP) foi retirada do calendário infantil de

imunizações, pois foi substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP).

( ) Está indicada para a imunização passiva contra a poliomielite causada pelos três

sorotipos (1,2 e 3) a partir dos 4 meses de idade.

( ) O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina poliomielite 1, 2 e 3

(inativada) não seja administrada simultaneamente com a vacina de Rotavírus.

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( ) A vacina inativada poliomielite não deve ser usada em controle de surtos da doença se a

vacina oral poliomielite estiver disponível.

a) F – F – V – V.

b) V – V – F – F.

c) F – V – F – V.

d) V – V – V – F.

e) F – F – F – V.

COMENTÁRIOS:

Amigo(a), apesar das inúmeras vantagens, alguns eventos indesejáveis podem ocorrer

associados ao uso da VOP, por conter vírus vivos atenuados, eventos estes raros, como

casos de paralisia associada à vacina (VAPP) e o poliovírus derivado da vacina (VPDV).

É por esse motivo que o Ministério da Saúde introduziu, a partir de agosto de 2012, a

vacina inativa poliomielite (VIP) ou (Salk) em esquema sequencial com 2 doses de VIP e 2

doses de VOP.

(VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro meses; VOP - 3ª dose aos seis meses e

reforço aos quinze meses)

Vejamos agora cada um dos itens da questão:

Item I. A Vacina oral contra poliomielite (VOP) foi retirada do calendário infantil de

imunizações, pois foi substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP). Incorreto.

Houve uma alteração no calendário, mas a VOP foi mantida, conforme explicações acima.

Item II. Está indicada para a imunização passiva contra a poliomielite causada pelos

três sorotipos (1,2 e 3) a partir dos 2 meses de idade.

Item III. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina poliomielite

1, 2 e 3 (inativada) não seja administrada simultaneamente com a vacina de Rotavírus.

Falso. A vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) pode ser administrada simultaneamente

com qualquer outra vacina recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações. Em caso

de administração concomitante, devem ser utilizadas diferentes agulhas e sítios de

administração.

Item IV. A vacina inativada poliomielite (VIP) não deve ser usada em controle de

surtos da doença se a vacina oral poliomielite (VOP) estiver disponível. Verdadeiro. O

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vírus vacinal (VOP) compete com o vírus selvagem pela ocupação dos sítios de

acoplamento na luz intestinal e assim é eficaz no bloqueio de surtos

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra E.

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13 - Vacina HPV

Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de

colo do útero. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real

impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas.

Uma delas é a quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18,

presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos

casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.

O Brasil está disponibilizando a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de

colo do útero. A vacina irá proteger meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus.

Já em 2014, meninas dos 11 aos 13 anos receberam as duas primeiras doses necessárias à

imunização, a dose inicial e a segunda seis meses depois. A terceira dose deverá ser aplicada

cinco anos após a primeira. Em 2015, será estendida para as adolescentes de 9 a 11 anos. A

vacina será produzida por meio de parceria entre Butantan e Merck

População-alvo será: meninas de 9 a 13 anos, com esquema vacinal de 3 doses.

As doses só serão aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis.

Atenção! O esquema completo de vacinação é composto de três doses. O

esquema normal da vacina (0, 2 e 6 meses) é 1ª dose, 2ª dose após dois meses e 3ª dose

após seis meses.

No entanto, o Ministério da Saúde está adotando o esquema estendido (0, 6 e 60

meses): 1ª dose, 2ª dose seis meses depois, e 3ª dose após cinco anos da 1ª dose.

Vejam o esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde:

Esquema vacinal: 3 doses:

1ª dose

2ª dose: 6 meses após a 1ª dose

3ª dose: 60 meses após a 1ª dose

O tipo da vacina é: quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18).

Indicações:

Prevenção contra HPV 16 e 18 (responsável por 70% dos casos de câncer de

colo do útero)

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6 e 11 (verrugas genitais - condiloma acuminado)

Confere ainda proteção cruzada contra HPV 31, 33,52 e 58

Evidências recentes – 56% de redução na prevalência do HPV entre adolescentes

apesar de apenas 35% de cobertura vacinal nos Estados Unidos.

Atenção! Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e, portanto, não teve

contato com o vírus HPV.

A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia,

Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do

problema. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas a essas vacinas.

Vejamos agora duas questões sobre o tema:

29. (MEAC e HUWC UFC/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Em 2014, o Ministério da

Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação e ela será

fornecida gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde. Com relação à vacina do HPV, é

correto afirmar que

a) é de dose única e deve ser administrada em meninos e meninas.

b) são duas doses e deve ser administrada apenas em meninas.

c) é de dose única e deve ser administrada apenas em meninas.

d) são três doses e de devem ser administradas apenas em meninas.

e) são três doses e devem se administradas em meninas e meninos.

COMENTÁRIOS:

O Ministério da Saúde está adotando o esquema estendido (0, 6 e 60 meses): 1ª dose,

2ª dose seis meses depois, e 3ª dose após cinco anos da 1ª dose em meninas. A partir do

exposto, verificamos que o gabarito é a letra D.

30. (HU-UFMS/BSERH/Instituto AOCP/2014) A prevenção do HPV representa potencial

para reduzir a carga de doença cervical e lesões precursoras do câncer de colo de útero. Para

isto, o Ministério da Saúde adotou a vacina

a) pentavalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 16 e 21)

e de alto risco (HPV 56, 28 e 33).

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b) quadrivalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11)

e de alto risco (HPV 16 e 18).

c) bivalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 26) e de alto

risco (HPV 33).

d) pentavalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 16 e 18)

e de alto risco (HPV 12, 15 e 23).

e) monovalente que confere proteção contra HPV de alto risco (HPV 16).

COMENTÁRIOS:

O Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente contra HPV que confere

proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18). Dessa

forma, o gabarito é a letra B.

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14 - Profilaxia contra a Raiva

A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos,

é feita mediante a manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de

estratégias de rotina e campanhas; controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação

de cães de rua; envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento da circulação

viral. A profilaxia da Raiva humana é feita com o uso de vacinas e soro, quando os

indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou

arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva.

A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve

possível e garantir o completo esquema de vacinação preconizado.

Raiv

a

Prevenção da Raiva

transmitida em áreas

urbanas ou rurais,

por animais

domésticos.

Manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por

meio de estratégias de rotina e campanhas;

Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães

de rua;

Envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento

da circulação viral.

Profilaxia da Raiva

É feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são

expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas

ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva.

A vacina sempre faz parte do esquema de profilaxia;

A indicação do soro ocorre quando se trata de um acidente de

alto risco para desenvolvimento da doença.

Nobres concurseiros, vejam que os instrumentos disponíveis para prevenção e controle

da raiva humana são a vacina e o soro.

As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de risco.

São produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de

galinha, etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) inativados pela

betapropiolactona.

As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica (utilizada

em casos específicos).

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Via intramuscular - são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml, dependendo do

fabricante (verificar embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante

NAO DEPENDE da idade ou do peso do paciente. A aplicação intramuscular

deve ser profunda, na região do deltoide ou vasto lateral da coxa. Em crianças

até 2 anos de idade, está indicado o vasto lateral da coxa.

Via intradérmica - a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser aplicada em

locais de drenagem linfática, geralmente nos braços, na inserção do músculo

deltoide.

Importante! A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região glútea.

A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres lactantes, doença

intercorrente ou outros tratamentos), devido à gravidade da doença que apresenta letalidade de

aproximadamente 100%.

As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De acordo

com os trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos adversos e, na quase

totalidade dos casos, de pouca gravidade. O soro para uso humano (soro heterólogo) é

uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada em equídeos imunizados

contra o vírus da raiva.

A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a maior

quantidade possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado diretamente ao redor das lesões

do animal agressor). Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode

ser diluída, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região

anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível,

deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea.

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No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático antirrábico

humano.

Tipo de exposição

Condições do animal agressor

Cão ou gato sem

suspeita de Raiva no

momento da agressão

Cão ou gato clinicamente

suspeito de Raiva no momento

da agressão

Cão ou gato raivoso

desaparecido ou morto

Animais silvestres5

(inclusive os domiciliados)

Animais domésticos de

interesse econômico ou de

produção

Contato indireto • Lavar com água e sa ão;

• Não tratar

• Lavar com água e sa ão;

• Não tratar;

• Lavar com água e sa ão;

• Não tratar;

Acidentes leves

• Ferimentos superficiais,

pouco extensos, geralmente

únicos, em tronco e

membros (exceto mãos,

polpas digitais e planta dos

pés); podem acontecer em

decorrência de mordeduras

ou arranhaduras causadas

por unha ou dente;

• Lambedura de pele com

lesões superficiais;

• Lavar com água e sabão

• Observar o animal durante

10 dias após exposição1;

• Se o animal permanecer

sadio no período de

observação, encerrar o caso;

• Se o animal morrer,

desaparecer ou se tornar

raivoso, administrar 5 doses

de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e

28).

• Lavar com água e sabão

• Iniciar tratamento profilático com

2 doses, uma no dia 0 e outra no dia

3.

• Observar o animal durante 10 dias

após exposição1;

• Se a suspeita de Raiva for

descartada após o 10° dia de

observação, suspender o tratamento

profilático e encerrar o caso;

• Se o animal morrer, desaparecer

ou se tornar raivoso, completar o

esquema até 5 doses, aplicar uma

dose entre o 7° e o 10° dias e uma

dose nos dias 14 e 28.

• Lavar com água e sa ão;

• Iniciar imediatamente o

esquema profilático com 5

doses de vacina administradas

nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.

Acidentes graves

• Ferimentos na ca eça,

face, pescoço, mão, polpas

digitais e/ou planta do pé;

• Ferimentos profundos,

múltiplos ou extensos, em

qualquer região do corpo;

• Lam edura de mucosas;

• Lambedura de pele onde já

existe lesão grave;

• Ferimento profundo

causado por unha de animal.

• Lavar com água e sa ão

• O servar o animal durante

10 dias após exposição1,2

;

• Iniciar esquema profilático

com 2 doses, uma no dia 0 e

outra no dia 3.

• Se o animal permanecer

sadio no período de

observação, encerrar o caso;

• Se o animal morrer,

desaparecer ou se tornar

raivoso, dar continuidade ao

esquema profilático,

administrando o soro 3,4 e

completando o esquema até 5

doses.

Aplicar uma dose entre o 7° e

o 10° dia e uma dose nos dias

14 e 28.

• Lavar com água e sa ão

• Iniciar o tratamento com soro3 e 5

doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e

28;

• O servar o animal durante dias

após exposição;

• Se a suspeita de Raiva for

descartada após o 10° dia de

observação, suspender o esquema

profilático e encerrar o caso;

• Lavar com água e sa ão

• Iniciar imediatamente o

esquema profilático com soro 3

e 5 doses de vacina

administrada nos dias 0, 3, 7, 14

e 28.

1 - É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o animal morrer, desaparecer

ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o

prosseguimento do esquema de vacinação.

2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados do esquema

profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo,

animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contato com outros animais desconhecidos; que

somente saem à rua acompanhados dos seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de

dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. Se o animal for procedente de área de raiva controlada não é necessário

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iniciar o esquema profilático. Manter o animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado (soro+vacina) se o

animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.

3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, aplicar o máximo possível

e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea. Sempre

aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando as lesões, forem muito extensas ou múltiplas a dose do

soro a ser infiltrada pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas.

4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando o mesmo não se

encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo

celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário.

5 - Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar

conduta de reexposição.

Vejamos uma questão sobre o tema:

31. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve ser

indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da Raiva, durante

atividades ocupacionais exercidas por profissionais como biólogos e médicos veterinários.

Assim, o esquema pré-exposição e os dias de aplicação nestes casos são:

a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28.

b) Esquema: 2 doses; Dias de aplicação: 0,3.

c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0.

d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28.

e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14.

COMENTÁRIOS

A questão aborda sobre profilaxia pré-exposição, vamos entendê-la para poder

resolver a questão. Essa profilaxia deve ser indicada para pessoas com risco de exposição

PERMANENTE ao vírus da raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por

profissionais como:

médico veterinário;

biólogo;

auxiliares e demais funcionários de laboratório de virologia e anatomopatologia

para raiva;

estudantes de veterinária, biologia e agrotécnica;

pessoas que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e

classificação de mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem como

funcionários de zoológicos;

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pessoas que desenvolvam trabalho no campo (pesquisas, investigações

ecoepidemiológicas) com animais silvestres; e

espeleólogos, guias ecoturismo, pescadores e outros profissionais que

trabalham em áreas de risco.

Vejamos como é o esquema pré-exposição para raiva.

Esquema 3 doses

Dias de aplicação 0, 7, 28

Vias de

administração,

dose e local de

aplicação.

Intramuscular profunda: dose completa. Local: deltoide ou

vasto lateral. NÃO APLICAR NO GLÚTEO.

Intradérmica: 0,1 ml, na inserção do músculo deltoide.

Controle

sorológico

A partir do 14º dia após a última dose do esquema.

Atenção! São considerados satisfatórios os títulos de

anticorpos ≥ ,5 UI/ml

O item correto é o A, pois descreve que o esquema pré-exposição é composto por 3

doses, nos dias 0, 7 e 28.

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15 - Introdução da vacina dTpa para gestantes no Calendário

Nacional de Vacinação

Considerando a situação epidemiológica da coqueluche e a necessidade de proteger

contra a doença o binômio mãe-filho, a vacina adsorvida de difteria, tétano e coqueluche

(pertussis acelular) - dTpa, foi introduzida desde de novembro de 2014 no Calendário

Nacional de Vacinação para gestantes e profissionais de saúde que atendam recém-nascidos

nas maternidades e UTIs neonatais, como reforço ou complementação do esquema da vacina

dupla adulto (difteria e tétano).

Esta vacina oferece proteção vacinal indireta nos primeiros meses de vida (passagem de

anticorpos maternos por via transplacentária para o feto) quando a criança ainda não teve a

oportunidade de completar o esquema vacinal.

Indicação da vacina:

A vacina é indicada para gestantes a partir da vigésima sétima semana (27ª) até a

trigésima sexta semana (36ª) de gestação, preferencialmente, podendo ser administrada até 20

dias antes da data provável do parto. A dTpa adulto deve ser administrada a cada gestação

considerando que os anticorpos tem curta duração, portanto, a vacinação na gravidez não

levará a alto nível de anti-corpos protetores em gestações subsequentes. Esta vacina deverá

ser registrada no cartão do pré-natal ou de vacinação do adulto.

Para a proteção do RN, além da indicação da vacina para as gestantes, é de fundamental

importância a vacinação dos profissionais de saúde que atuam em maternidades e em

unidades de internação neonatal (UTI/UCI convencional e UCI Canguru), atendendo recém-

nascidos e crianças menores de um ano.

Especificação técnica:

Caixa com 10 seringas prenchidas monodose de 0,5 mL e 10 agulhas para aplicação

intramuscular.

Esquema recomendado: O esquema recomendado da dTpa adulto é uma dose a cada

gestação;

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A depender da situação vacinal encontrada administrar uma dose da vacina dTpa para

iniciar o esquema, completar ou como dose de reforço. Este esquema deverá ser completada

até 20 dias antes da data provável do parto com a dT.

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15 – Vacina Hepatite A

E indicada para a prevenção da infecção causada pelo vírus da hepatite A. O PNI

recomenda a vacinação de crianças de 12 meses ate menores de 2 anos de idade.

O PNI recomenda uma dose aos 12 meses de idade na rotina de vacinação. Situações

individuais especificas podem exigir a adoção de esquema e dosagem diferenciados nos

CRIE.

O volume da vacina a ser administrado e de 0,5 mL. A vacina pode ser administrada

simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do Ministério da

Saúde.

A vacina e administrada por via intramuscular.

Atenção! A vacina contra Hepatite A foi incluída desde o dia

15/07/2014 no Calendário Nacional de Imunização. É indicada para

crianças entre 1 a 2 anos. Dose única, 0,5 ml, IM.

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16 - Disposições Gerais

32. (Instituto Benjamin Constant/AOCP/2013) Assinale a alternativa que apresenta uma

vacina composta por vírus vivos atenuados.

a) BCG.

b) Febre Amarela.

c) DTP.

d) Hepatite B.

e) Haemophilus influenzae do tipo b

COMENTÁRIOS:

As principais vacinas compostas por vírus vivos atenuados6 são as seguintes: tríplice

viral, tetra viral, febre amarela, poliomielite e rotavírus.

Vamos descrever abaixo a composição das principais vacinas do calendário básico do

Programa Nacional de Imunização (PNI).

A vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina combinada

que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba e da rubéola, atenuados em cultivo

celular.

A vacina contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela (tetra viral) é uma vacina

combinada que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba, da rubéola e varicela,

atenuados em cultivo celular.

A vacina contra a febre amarela é composta de vírus vivos atenuados da febre

amarela, derivados da linhagem 17 D, cultivados em ovos embrionados de galinha.

A vacina oral poliomielite (VOP) contém uma suspensão dos vírus da poliomielite

atenuados dos tipos I, II e III (cepas Sabin).

A vacina rotavírus G1P1[8] (atenuada) é monovalente, ou seja, a cepa utilizada em sua

composição possui apenas um sorotipo do Rotavirus.

6 As vacinas produzidas contra os vírus podem ser de dois tipos a saber: atenuada ou inativada. A vacina atenuada é aquela

em que o vírus encontra-se vivo, porém sem capacidade de produzir a doença (caxumba, febre amarela, poliomielite,

rubéola, sarampo, tríplice viral, varicela e varíola). Algumas vezes estes vírus podem reverter para a forma selvagem

causando a doença. Estas vacinas são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes. A vacina inativada contém o vírus

inativado por agentes químicos ou físicos, ou subunidades e fragmentos obtidos por engenharia genética. Neste caso nunca

ocorre a reversão para a forma selvagem (gripe, hepatites A e B, poliomielite injetável e raiva). Estas vacinas podem ser

indicadas para os imunodeprimidos.

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A vacina inativada poliomielite (VIP) é constituída por cepas inativadas (mortas) dos

três tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos contra todos eles.

A vacina BCG é preparada com bacilos vivos (bactérias), a partir de cepas do

Mycobacterium bovis, atenuadas com glutamato de sódio.

A vacina hepatite B (recombinante) contem o antígeno recombinante de superfície

(rHBsAg) que é purificado por vários métodos físico-químicos, adsorvido por hidróxido de

alumínio, tendo o timerosal como conservante. A composição varia conforme o laboratório

produtor.

A vacina pentavalente é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico com a

Bordetella pertussis (bactérias) inativada, oligossacarídeos Hib e antígeno de superfície da

hepatite B.

A vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT) é constituída pelos toxóides diftérico

e tetânico, sendo que o componente diftérico apresenta-se em menor concentração que na

vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis e na vacina adsorvida difteria e tétano infantil.

A vacina conjugada meningococo do grupo C é apresentada sob a forma isolada ou

combinada com o meningococo do grupo A (bactéria). Neste caso, contêm 50mcg do

polissacarídeo capsular purificado correspondente a cada sorogrupo.

Por eliminação, o gabarito da questão é a letra B.

33. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Mariana tem um filho de 1 ano, 2 meses e 2 dias e

apresenta esquema de vacinação completa até os 9 meses de idade. Hoje ela comparece à

unidade básica de saúde para completar esquema de vacinação. Segundo o calendário

nacional de vacinação, assinale a alternativa que contemple os imunobiológicos indicados

para este caso.

a) Apenas 1ª dose de Sarampo, Caxumba e Rubéola (SRC).

b) Apenas reforço Pneumo 10 e 1ª dose de Sarampo, Caxumba e Rubéola (SRC).

c) Apenas 1º reforço da pentavalente (Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae,

Hepatite B) e reforço da Vacina inativada poliomielite (VIP).

d) Apenas 1º reforço da DTP (Difteria, Tétano, Coqueluche) e reforço da Vacina Inativada

poliomielite (VIP).

e) Apenas reforço Pneumo 10.

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COMENTÁRIOS:

Para melhor entendimento da questão vejamos, na tabela abaixo, o cronograma do

Calendário Nacional de Imunização.

Vejamos abaixo um resumo esquemático sobre Imunização:

Tabela Resumo - Imunização VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES

BCG Dose ao nascer até

completar 5 anos 0,1 ml ID

> 2 kg; > 1 mês p/ prematuros; ausência da cicatriz é

indicada a revacinação 6 meses após a 1ª dose,

podendo ser realizada apenas uma vez;

Hepatite B Dose ao nascer

0,5 ml até os 19

anos e 1ml a

partir de 20

anos.

IM

· Para indivíduos de 5 a 49 anos:

Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da

vacina hepatite B com intervalo de 30 dias entre a

primeira e a segunda doses e de 6 meses entre a

primeira e a terceira doses (0, 1 e 6).

Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar

o esquema, apenas completá-lo.

· Para gestantes em qualquer faixa etária e idade

gestacional: administrar 3 doses da vacina hepatite B,

considerando o histórico de vacinação anterior.

· Para indivíduos integrantes dos grupos vulneráveis,

independe da faixa etária ou comprovação da condição

de vulnerabilidade: administrar 3 doses. Considerar a

história vacinal anterior.

Penta

Aos 2, 4 e 6 meses de

Idade administrar aos 2,

4 e 6 meses de idade.

1 dose de 0,5

ml.

IM, no vasto

lateral da

coxa, em

A vacina combinada é apresentada em frasco ou

ampola contendo 1 dose de 0,5 ml.

Os dois reforços necessários serão realizados com a

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Tabela Resumo - Imunização VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES

crianças < de

2 anos e na

região

deltóide nas

crianças

acima de 2

anos7.

vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O primeiro

reforço aos de 15 meses de e o segundo reforço aos 4

anos.

A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 11

meses e 29 dias.

DTP

(difteria,

tétano e

pertussis)

Reforço da pentavalente

aos 15 meses e aos 4

anos.

0,5mL. Idem da

pentavalente

O reforço pode ser administrado em qualquer idade (até

os seis anos, onze meses e 29 dias), observando-se um

intervalo mínimo de seis meses após a última dose da

vacinação básica;

Se o esquema básico não for iniciado ou completado até

a completar 7 anos, as doses necessárias serão aplicadas

com a vacina adsorvida difteria e tétano adulto (DT) em

lugar da DTP;

VIP/VOP

VIP-VOP: administrar 1ª

e 2ª doses com VIP aos 2

e 4 meses, 3ª dose aos 6

meses com a VOP e os

reforços aos 15 meses e

04 anos com VOP VIP

(0,5 ml); VOP

(2 gts)

VIP (IM);

VOP (VO)

VOP

≥ 5 anos

- Sem comprovação vacinal: administrar 3 (três) doses

da VOP;

- Com esquema incompleto: completar esquema com a

VOP;

- Nesta faixa etária não há necessidade de reforço.

· Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou

vomitar.

· Esta vacina é contraindicada para crianças

imunodeprimidas, contato de pessoa HIV positivo ou

com Aids, bem como que tenham histórico de paralisia

flácida associada à dose anterior da VOP.

Rotavírus

Humano 2 doses (2 e 4 meses)

1,5mL.

exclusivame

nte por via

oral

Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a

vacinação não repetir a dose.

Pneumocóci

ca 10

valente

3 doses aos 2, 4 e 6

meses de idade. Fazer

um reforço

preferencialmente aos 12

meses.

0,5 ml IM

Crianças entre 12 e 23 meses de idade sem

comprovação vacinal, administrar dose única.

Meningocóc

ica C

2 doses aos 3 e 5 meses

de idade,. Fazer um

reforço

preferencialmente aos 15

meses.

0,5 ml IM

Para crianças entre 12 e 23 meses de idade sem

comprovação vacinal, deve-se administrar dose única.

Febre

Amarela

Aos 9 meses de idade.

Durante surtos, antecipar

a idade para 6 meses.

Reforço a cada 10 anos.

0,5 ml SC

Aos viajantes para as áreas com recomendação,

administrar a vacina 10 dias antes da data da viagem.

Contraindicada para gestantes e deve ser adiada em

mulheres que estão amamentando até o 6º mês de vida

7 A pentavalente pode, ainda, ser administrada na região ventro-glútea, por estar livre de estruturas anatômicas

importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos), sendo indicada para qualquer faixa etária.

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Tabela Resumo - Imunização VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES

da criança.

Para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliação

do risco da doença e benefício da vacina.

Hepatite A8

Crianças entre 1 a 2

anos. 0,5 ml IM

Dose única

Tríplice

Viral (SCR)

Aos 12 meses e a

segunda dose aos 15

meses de idade com a

vacina tetra viral.

0,5 ml SC

De 1 a 19 anos todo indivíduo deve ter o esquema de 2

doses. Indivíduos de 20 a 49 anos de idade que não

apresentarem comprovação vacinal administrar 1 dose.

É contra indicada para gestantes.

Dupla tipo

adulto - dT:

Indivíduo sem vacinação

anteriormente ou sem

comprovação de três

doses da vacina, seguir o

esquema de três doses (0,

2 e 4 meses).

0,5 ml IM

Os vacinados anteriormente com 3 doses das vacinas

DTP, DT, dTpa, penta ou dT, administrar reforço, a

cada 10 anos.

Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a

dose de reforço se a última dose foi administrada há

mais de 5 anos. Nesse caso, deve ser administrada

preferencialmente 20 dias antes da data provável do

parto.

Influenza Revacinação anual.

Pneumocóci

ca 23

valente

1 dose nos indivíduos

com 60 anos e mais que

vivem em instituições

fechadas, tais como

asilos, hospitais, casas de

repouso.

0,5 ml IM ou SC

Administrar apenas 1 dose adicional após 5 anos.

Esta vacina é oferecida por ocasião da Campanha

Nacional de Vacinação contra a Influenza.

De acordo com o caso hipotético apresentado na questão, o filho da Mariana (com

esquema vacinal completo até os 9 meses) recebeu as seguintes vacinas: BCG (dose única);

Hepetite b (dose ao nascer); pentavalente - Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus

influenzae, Hepatite B (3 doses); VIP e VOP (2 dose da VIP e 1 dose da VOP); pneumo 10

(3 doses); Rotavírus (2 doses); Meningo C (2 doses), Febre amarela (dose inicial).

Como o filho de Marina tem 14 meses e 2 dias, necessita dos seguintes

8 O Ministério da Saúde anunciou em 29 de julho, a introdução da vacina contra hepatite A no Calendário Nacional de

Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e já foram distribuídas para postos de saúde de todo o País. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças. Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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imunobiológicos: pneumo10 (reforço); e tríplice viral - Sarampo, Caxumba e Rubéola (1ª

dose).

A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra B.

34. (MEAC e HUWC UFC/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Uma criança de quatro meses

de idade deve ser vacinada com

a) vacina pentavalente, pneumocócica10, poliomielite e rotavírus.

b) vacina meningocócica, pneumocócica10 e rotavírus.

c) vacina pentavalente, pneumocócica10, poliomielite e meningocócica.

d) vacina pentavalente, meningocócica, poliomielite e rotavírus.

e) vacina meningocócica, pneumocócica10, poliomielite e rotavírus.

COMENTÁRIOS:

Essa questão é clássica em concurso. Vamos visualizar na tabela abaixo o calendário

nacional de imunização atualizado.

A partir da análise do quadro acima, a alternativa que descreve corretamente os

imunobiológicos os quais devem ser administrados aos 4 meses é a letra A. As demais

assertivas estão incorretas por elencarem a Meningocócica C, que é administrada no 3, 5 e 15

mês.

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35. (HU-UFPE/EBSERH/IDECAN2014) Fazem parte do calendário básico de vacinação de

pessoas com 60 anos ou mais, de acordo com o Programa Nacional de Imunização, as

seguintes vacinas, EXCETO:

A) Hepatite B

B) Febre amarela

C) Pneumocócica.

D) Meningocócica.

E) Influenza sazonal.

COMENTÁRIOS:

A condição vacinal do idoso deve ser verificada e algumas vacinas devem ser realizadas,

a exemplo das vacinas influenza, pneumocócica 23-valente e a difteria e tétano (dT).

A vacina influenza é administrada anualmente durante a Campanha Nacional de

Vacinação contra a Influenza.

A vacina contra difteria e tétano (dT) deve ser administrada a cada 10 anos como

reforço da tetravalente/pentavalente e DTP, quando o esquema dessas vacinas estiver em dia.

Deve ser administrada uma dose da vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica),

durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, nos indivíduos de 60 anos e

mais não vacinados que vivem acamados e ou em instituições fechadas como, casas

geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso. Ademais, deve ser

administrada uma dose adicional da vacina pneumocócica 23-valente 5 anos após a dose

inicial, uma única vez.

Acerca da questão, notamos que a vacina meningocócica só é administrada em crianças.

Em regra, a vacina contra a Hepatite B é administrada em pessoas até 49 anos. Podendo ser

feita em qualquer idade em grupos vulneráveis.

A questão foi acertadamente anulada, pois apenas as vacinas contra a influenza, difteria

e tétano (dT) e a pneumocócica 23-valente fazem parte do calendário nacional da pessoa

idosa.

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36. (HU-UFMS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Sobre o Programa Nacional de

Imunização, é correto afirmar que

a) a vacina DT protege contra o tétano e é indicada para adultos.

b) a vacina BCG protege contra o tétano em crianças.

c) a vacina antipoliomielite não é mais administrada porque a poliomielite foi erradicada do

Brasil.

d) a vacina contra febre amarela é administrada exclusivamente em epidemias.

e) a vacina pentavalente deve ser administrada ainda na maternidade no momento do

nascimento.

COMENTÁRIOS:

Vejamos cada item da questão:

Item A. Incorreto. A vacina DT protege contra difteria e tétano e é indicada

para adultos.

Item B. Incorreto. A vacina BCG protege contra as formas graves de tuberculose em

crianças.

Item C. Incorreto. A vacina antipoliomielite é administrada mesmo depois de ter sido

erradicada a poliomielite do Brasil.

Item D. Incorreto. A vacina contra febre amarela não é administrada exclusivamente

em epidemias.

Item E. Incorreto. A vacina pentavalente não deve ser administrada ainda

na maternidade no momento do nascimento.

Meus amigos, a banca havia considerado como gabarito da questão a letra A. No

entanto, após recurso deferido, a questão foi anulada, pois a DT protege contra difteria e

tétano e não apenas contra o tétano como consta na alternativa.

37. (HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) NÃO se recomenda a vacinação de

crianças imunodeprimidas (com deficiência imunológica congênita ou adquirida) com qual

das vacinas citadas a seguir?

a) Hepatite B.

b) Tríplice Bacteriana.

c) Meningocócica C.

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d) Vacina Oral contra Poliomielite (VOP).

e) Pneumocócica -10 valente.

COMENTÁRIOS:

No Brasil, a vacina que vem sendo utilizada com sucesso desde a década de 60 é a

vacina oral poliomielite (VOP), vacina de vírus atenuados, trivalente, contendo os três tipos de

poliovírus (1, 2 e 3). É epidemiológica e operacionalmente a melhor vacina para gerar

proteção a cada um dos três tipos de vírus da poliomielite e tem sido amplamente utilizada,

viabilizando a erradicação global da doença.

A via de administração exclusiva da VOP é a oral, com a dose de duas gotas.

Notas sobre a vacina oral poliomielite (VOP):

• Indivíduos com cinco anos de idade ou mais:

Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da VOP,

com intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de 30 dias;

Com esquema incompleto: completar esquema com a VOP;

Nesta faixa etária não há necessidade de reforço.

• Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar.

• Esta vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, contato de

pessoa HIV positivo ou com Aids, bem como que tenham histórico de paralisia

flácida associada à dose anterior da VOP.

Dessa forma, o gabarito é a letra D.

38. (HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Preencha as lacunas e assinale a

alternativa correta.

“Não se recomenda a aplicação simultânea das vacinas de ________________

e ____________________, exceto em situação de risco epidemiológico”.

a) Rotavírus / Vacina Inativa Poliomielite (VIP)

b) Pentavalente / Vacina Inativa Poliomielite (VIP)

c) Febre Amarela / Tríplice Viral

d) Pneumocócica / Valente e Pentavalente

e) BCG / Hepatite B

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COMENTÁRIOS:

A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas em

diferentes locais ou vias de administração. Todas as vacinas dos calendários de vacinação, de

um modo geral, podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra interferência na

resposta imunológica. A administração simultânea também não aumenta a possibilidade de

reações adversas locais ou sistêmicas.

Nessas situações, as vacinas devem ser administradas em locais diferentes do corpo da

pessoa a ser vacinada.

Como exceção tem-se a administração simultânea das vacinas da febre amarela e a

tríplice viral, pois, segundo estudos recentes, essa simultaneidade reduz a resposta

imunológica para a tríplice viral.

Portanto, gabarito letra C.

39. (HUPES-UFBA/EBSERH/IADES/2014) Considerando a Política Nacional de

Imunização, no que se refere à rotina da vacinação de crianças, adolescentes, adultos e idosos,

assinale a alternativa correta.

a) A vacina de BCG deve ser aplicada em três doses, com reforço após 15-18 meses.

b) A primeira dose da hepatite B deve ser aplicada após as primeiras 72 horas de vida.

c) A Influenza (vacina da gripe) deve respeitar a sazonalidade da doença e ser administrada a

partir de seis meses de idade.

d) A febre amarela deve ser aplicada em residentes ou viajantes para áreas com recomendação

da vacina, com reforço a cada cinco anos.

e) No caso da vacinação tríplice bacteriana (sarampo, caxumba e rubéola), a criança é

considerada protegida se tiver tomado duas doses da vacina após um ano de idade.

COMENTÁRIOS:

Vejamos cada item da questão:

Item A. Incorreto. A vacina de BCG deve ser aplicada em uma dose.

O esquema de vacinação com a BCG corresponde a uma dose, a partir do nascimento.

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Na ausência da cicatriz é indicada a revacinação seis meses após a primeira dose

(intervalo mínimo);

A revacinação, no entanto, só pode ser feita até uma vez, já que a ausência de cicatriz

não significa necessariamente que a pessoa não está imunizada;

A realização do teste tuberculínico é dispensável, antes ou depois da administração da

vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase.

O volume de cada dose corresponde a 0,1 ml, rigorosamente, para evitar complicações.

Item B. Incorreto. A primeira dose da hepatite B deve ser aplicada preferencialmente

nas primeiras 12 horas de vida.

Item C. Correto. A Influenza (vacina da gripe) deve respeitar a sazonalidade da doença

e ser administrada a partir de seis meses de idade.

Item D. Incorreto. A febre amarela deve ser aplicada em residentes ou viajantes para

áreas com recomendação da vacina, com reforço a cada dez anos.

Item E. Incorreto. No caso da vacinação tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a

criança é considerada protegida se tiver tomado duas doses da vacina após um ano de idade.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C.

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Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST

1 - Sífilis

A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem

se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases,

período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e,

por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.

Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis,

principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto

e/ou morte ao nascer.

A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha

com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o

bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o

correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de

prevenir-se contra a sífilis.

Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços

nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém

infectado. As feridas e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam

pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a

pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir

manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.

Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem,

dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento

em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas

cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

O VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasm Reagin) são

exames qualitativos e quantitativos, sendo utilizados para o diagnóstico e o seguimento

pós-terapêutico da sífilis.

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O VDRL deve ser solicitado para todas as gestantes no mínimo duas vezes no pré-natal

(na primeira consulta e no terceiro trimestre) e na internação para o parto, abortamento ou

qualquer outra intercorrência durante a gestação. Todos os portadores de DST ou pessoas que

se expuseram a risco de adquirir uma DST e para qualquer pessoa sempre que se suspeitar do

diagnóstico de sífilis, em qualquer uma de suas fases, deve se solicitar o teste.

O VDRL tende a tornar-se reativo a partir da segunda semana do aparecimento do cancro

(sífilis primária), ou em torno de 50 dias do contágio, e sofre uma elevação ao longo do

tempo; via de regra, a titulação está mais elevada na fase secundária da doença.

Passemos para a resolução de algumas questões sobre o tema:

40. (HUPES-UFBA/EBSERH/IADES/2014) Quanto às doenças sexualmente transmissíveis, é

correto afirmar que aquela transmitida pelo Treponema pallidum é a(o)

a) gonorreia.

b) HPV.

c) herpes.

d) sífilis.

e) candidíase.

COMENTÁRIOS:

Vejamos abaixo a relação das DST com os micro-organismos:

Item A. Gonorreia transmitida pela Neisseria gonorrhoeae.

Item B. HPV transmitido pelo Papilomavírus humano (HPV).

Item C. Herpes transmitida pelo Herpesvirus hominus tipo 1.

Item D. Sífilis transmitida pelo Treponema pallidum.

Item E. Candidíase transmitida pela Candida albicans.

Dessa forma, o gabarito é a letra D.

41. (HUJM-UFMT/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Assinale a alternativa que apresenta uma

Doença Sexualmente Transmissível que pode causar Úlcera genital.

a) Condiloma.

b) Candidíase.

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c) Clamídia.

d) Sífilis.

e) Gonorreia.

COMENTÁRIOS:

Vamos fazer uma breve descrição das doenças descritas na questão para melhor

entendimento do tema.

Item A. O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de

galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). A

infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais

comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns

surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na

boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem

apresentar sintomas.

Item B. A Candidíase é a infecção endógena da vulva e da vagina, causada por um fungo

comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva. A forma mais comum de candidíase

oral é a pseudomembranosa, caracterizada por placas brancas removíveis na mucosa oral (aftas).

Outra apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre

o palato duro ou mole.

Item C. A Clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) de maior prevalência

no mundo. Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e

mulheres e ser transmitida da mãe para o feto na passagem pelo canal do parto. A infecção atinge

especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode acometer a região anal, a faringe e ser

responsável por doenças pulmonares. A infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas

aparecem, são parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções,

presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos

do período menstrual e dor no baixo ventre.

Item D. A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum.

Podem se manifestar em três estágios:

- Sífilis primária ou cancro duro, classicamente, caracteriza-se pela presença de lesão erosada

ou ulcerada, geralmente única, pouco dolorosa, com base endurecida, fundo liso, brilhante e pouca

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secreção serosa.

- Sífilis secundária, geralmente caracteriza-se pela presença de lesões cutâneo-mucosas, de 6 a 8

semanas após o aparecimento do cancro duro.

- Sífilis latente (recente e tardia) é a forma da sífilis adquirida na qual não se observam sinais e

sintomas clínicos e, portanto, tem o seu diagnóstico feito apenas por meio de testes sorológicos.

- Sífilis terciária os sinais e sintomas geralmente aparecem de 3 a 12 anos ou mais após o início

da infecção, principalmente por lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas); neurológicas

(tabes dorsalis, demência, goma cerebral); cardiovasculares (aneurisma aórtico) e osteo-articulares

(gomas, artropatia de Charcot).

Item E. Gonorreia é infecção causada por bactérias que podem atingir os órgãos genitais

masculinos e femininos. Pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os

olhos. Quando não tratada, essa doença pode causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor

durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. Nas mulheres, pode

haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora

da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito

comum estar doente e não ter sintoma algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de

saúde periodicamente, em especial se houve sexo sem camisinha. Nos homens, normalmente há

uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor

nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber.

Por conseguinte, concluímos que o gabarito da questão é a letra D.

42. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) Os testes antitreponêmicos são aplicados para

efetuar levantamentos epidemiológicos ou diagnósticos contra

A) sífilis.

B) gonorreia.

C) candidíase.

D) donovanose.

E) tricomoníase.

COMENTÁRIOS:

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Para o diagnóstico laboratorial da sífilis pode-se utilizar os testes treponêmicos e os não

treponêmicos.

Testes treponêmicos são testes que empregam como antígeno Treponema pallidum, e

detectam anticorpos antitreponêmicos. Esses testes são feitos apenas qualitativamente.

Testes não treponêmicos são testes que detectam anticorpos não treponêmicos,

anteriormente chamados de anticardiolipínicos, reaginícos ou lipoídicos G .

Esses anticorpos não são específicos para Treponema pallidum, porém estão presentes na sífilis.

Os testes não treponêmicos podem ser:

Qualitativos: rotineiramente são utilizados como testes de triagem para determinar se uma

amostra é reagente ou não.

Quantitativos: são utilizados para determinar o título dos anticorpos presentes nas amostras

que tiveram resultado reagente no teste qualitativo e também para o monitoramento da

resposta ao tratamento.

Nesses termos, concluímos que o gabarito da questão é a letra A.

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2 - Herpes

A Herpes genital é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem

tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se

transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem

reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição

ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres,

os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero).

Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que

se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das

bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e

mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do

pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos

sintomas.

A Herpes Simples é uma virose transmitida, predominantemente, pelo contato sexual

(inclusive oro-genital). A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões ou

objetos contaminados. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em

poucos dias, transformam-se em pequenas ulceras, precedidas de sintomas de ardência,

prurido e dor.

O vírus do Herpes Simples é comumente associado a lesões de membranas mucosas e

pele, ao redor da cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital).

Determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável

por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionado às infecções na genitália e de

transmissão geralmente sexual. Ambos os vírus podem infectar qualquer área da pele ou das

mucosas.

Vejamos uma questão sobre o tema:

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43. (HU-UFS/EBSERH/ Instituto AOCP/2014) Herpes é uma doença que, apesar de não ter

cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem

e se transformam em feridas. Sobre esta doença, é correto afirmar que

a) depois que a pessoa teve contato com esta bactéria, ela está imune à doença, exceto se

reaparecer fatores como estresse e cansaço.

b) o herpes genital é transmitido por meio de contaminação sanguínea durante uma transfusão de

sangue ou uso de drogas injetáveis.

c) por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção

aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras

pessoas.

d) em mulheres, durante o parto, o bebê está imune, mesmo que a gestante apresente lesões por

herpes.

e) as bolhas se localizam principalmente na parte externa dos membros inferiores e superiores.

Após algum tempo, a herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas.

COMENTÁRIOS:

Vamos detalhar cada item para melhor entendimento do tema:

Item A. Incorreto. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem

reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao

sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação.

Item B. Incorreto. O herpes genital não é transmitido por meio de contaminação sanguínea

durante uma transfusão de sangue ou uso de drogas injetáveis.

Item C. Correto. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é

uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e

feridas com outras pessoas.

Item D. Incorreto. Em mulheres, durante o parto, o bebê não está imune, mesmo que a

gestante apresente lesões por herpes.

Item E. Incorreto. As bolhas se localizam principalmente na região genital (pênis, ânus,

vagina, colo do útero). Após algum tempo, a herpes pode reaparecer no mesmo local, com os

mesmos sintomas.

Dessa forma, o gabarito é a letra C.

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3 - Condiloma Acuminado

O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de

galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV).

Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer,

principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito

comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o

Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por

todas as mulheres.

Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os

fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável

procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem,

é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais

comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem

aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo

vírus sem apresentar sintomas.

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o

contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível,

o risco de transmissão é muito maior.

O Brasil disponibilizará a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de colo

do útero. A vacina irá proteger meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. Já

em 2014, meninas dos 11 aos 13 anos receberão as duas primeiras doses necessárias à

imunização, a dose inicial e a segunda seis meses depois. A terceira dose deverá ser aplicada

cinco anos após a primeira. Em 2015, será estendida para as adolescentes de 9 a 11 anos.

Vejamos uma questão a respeito do conteúdo:

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44. (HU-UFS/EBSERH/ Instituto AOCP/2014) O condiloma acuminado, conhecido

também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada

pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns

deles podendo causar

a) câncer, principalmente no colo do útero e do ânus.

b) câncer, principalmente no pulmão e esôfago.

c) câncer, principalmente no intestino e ânus.

d) câncer, principalmente no colo do útero e de mama.

e) câncer, principalmente na pele e ânus.

COMENTÁRIOS:

O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de

galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV).

Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer,

principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito

comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o

Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por

todas as mulheres.

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra A.

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4 - Disposições Gerais

45. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Em relação aos níveis de

atendimento para prestar atendimento a portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis

(DST), temos 3 níveis de complexidade, sendo: (nível 1) – que requer uma equipe mínima

composta de: um médico clínico, um/a enfermeiro/a e um auxiliar de enfermagem e/ou um

outro profissional de nível técnico vinculado à assistência e, pelo menos, um profissional

administrativo. O nível intermediário de atenção (nível 2) inclui o atendimento ginecológico

e/ou uma ou mais especialidades clínicas, além de enfermeiros e/ou psicólogos e/ ou

assistentes sociais, sem acessso imediato a recursos laboratoriais para diagnóstico de DST.

Finalmente, os serviços de maior complexidade (nível 3), geralmente ambulatórios

especializados, devem ser equipados com recursos laboratoriais e constituir-se na referência

técnica do sistema de atenção para diagnóstico etiológico das DST. Relacione as colunas e

assinale a alternativa com a sequência correta.

Nível 1 – Básico.

Nível 2 – Intermediário.

Nível 3 –Maior complexidade (centro de referência).

( ) Realizar todas as atividades do nível elementar, além do diagnóstico e tratamento clínico-

epidemiológico, dentro da competência das especialidades disponíveis.

( ) Realizar treinamentos em abordagem sindrômica para Unidades de nível intermediário e de

abordagem etiológica para as que tenham recursos laboratoriais próprios.

( ) Notificar os(as) parceiros(as) das pessoas com síndromes genitais para investigação e/ou

tratamento epidemiológico.

( ) Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais.

( ) Realizar diagnóstico etiológico das DST, vigilância de resistência microbiana aos fármacos

da abordagem sindrômica.

a) 3 – 2 – 1 – 1 – 2.

b) 2 – 3 – 2 – 1 – 3.

c) 1 – 2 – 3 – 2 – 2.

d) 1 – 3 – 1 – 2 – 3.

e) 1 – 3 – 2 – 2 – 3.

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COMENTÁRIOS:

Vejamos as atividades referentes a cada nível de atendimento:

Atividades do Nível 1 - Básico:

- Realizar consulta médica emergencial das úlceras genitais, dos corrimentos genitais

masculinos e femininos e das verrugas ano-genitais externas, utilizando a abordagem

sindrômica, conforme normas estabelecidas pelos fluxogramas propostos do Programa

Nacional e Estadual de DST/AIDS.

- Realizar o aconselhamento incorporado na consulta médica.

- Realizar coleta de sangue e/ou solicitação de exames para Sífilis, Hepatite B e HIV,

nos casos de úlceras, corrimentos e verrugas genitais.

- Realizar tratamento de sífilis.

- Notificar a síndrome genital, sífilis na gestação, sífilis congênita e HIV na

gestante/criança exposta.

- Notificar os (as) parceiros(as) das pessoas com síndromes genitais para investigação

e/ou tratamento epidemiológico.

- Referir os casos suspeitos de DST com manifestações cutâneas extragenitais para

unidades que disponham de dermatologista.

- Referir os casos de DST complicadas para unidades que disponham de especialistas e

recursos laboratoriais.

- Referir os casos de DST não resolvidos pelo tratamento sindrômico para unidades

que tenham laboratório.

- Referir os casos de dor pélvica com sangramento ou quadros mais graves para

unidades com ginecologista.

Atividades do Nível 2 - Intermediário:

- Realizar todas as atividades do nível elementar, além do diagnóstico e tratamento

clínico-epidemiológico, dentro da competência das especialidades disponíveis.

- Realizar tratamento sindrômico e/ou clínico-epidemiológico dos corrimentos genitais

femininos.

- Realizar coleta de material cérvico-vaginal para exames laboratoriais.

- Realizar o aconselhamento dentro e/ou fora da consulta.

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- Realizar colposcopia, se disponível ou encaminhar a paciente para serviços de

referência que disponham de colposcópio e profissional habilitado quando indicado.

- Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais.

- Notificar as síndromes genitais, sífilis na gestação, sífilis congênita e HIV na

gestante/criança exposta.

- Notificar os (as) parceiros (as) e tratar.

- Promover treinamentos em abordagem sindrômica para UBS de nível primário.

Atividades do Nível 3 – Maior Complexidade (Centros de Referência):

- Realizar todas as atividades dos níveis elementar e intermediário

- Realizar diagnóstico etiológico das DST, vigilância de resistência microbiana aos

fármacos da abordagem sindrômica.

- Realizar treinamentos em abordagem sindrômica para Unidades de nível

intermediário e de abordagem etiológica para as que tenham recursos laboratoriais próprios.

Com base nisso, concluímos que a questão foi anulada, pois nenhuma das alternativas

apresenta a sequência correta (2 – 3 – 1 – 2 – 3).

46. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) São doenças sexualmente transmissíveis,

EXCETO:

a) Gonorreia.

b) Cancro mole.

c) Herpes zoster.

d) Granuloma inguinal.

e) Linfogranuloma venéreo.

COMENTÁRIOS:

Vamos detalhar cada item para melhor compreensão do tema:

Item A. Correto. Gonorreia é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria

Neisseria gonorrhoeae ou gonococo, cuja transmissão se dá, de forma predominante, por

meio de relações sexuais.

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Item B. Correto. O Cancro mole também é chamado de cancro venéreo, mas seu nome

mais popular é “cavalo” Doença transmitida sexualmente, provocada pela

bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil.

Item C. Incorreto. O Herpes Zoster, geralmente é decorrente da reativação do vírus da

varicela em latência, ocorrendo em adultos e em paciente imunocomprometidos, como

portadores de doenças crônicas, neoplasias, aids e outras.

Causas diversas podem causar uma reativação do vírus, que, caminhando

centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do

herpes zoster. Excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes zoster após contato

com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a

possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado. É também possível

uma criança adquirir varicela por contato com doente de zoster.

Item D. Correto. Granuloma Inguinal também é chamado de donovanose ou granuloma

venéreo, doença causada pela bactéria Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella

granulomatis, Donovania granulomatis) transmitida, provavelmente por contato direto com

lesões, durante a atividade sexual. Entretanto, sua transmissão ainda é assunto controvertido.

Item E. Correto. O Linfogranuloma venéreo é uma infecção crônica causada pela

bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha. É uma doença

bacteriana sexualmente transmissível, caracterizada pelo envolvimento do sistema linfático,

tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite.

Nesses termos, o gabarito é a letra C.

47. (MCO-UFBA/EBSERH/IADES/2014) Entre os agentes infecciosos causadores das

doenças sexualmente transmissíveis, encontra-se a Klebsiella granulomatis. A respeito da

doença causada por esse agente infeccioso, assinale a alternativa correta.

a) Sífilis.

b) Donovanose.

c) Gonorreia.

d) Herpes genital.

e) Hepatite B.

COMENTÁRIOS:

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Vejamos abaixo a relação dos micro-organismos com as DST:

Item A. Sífilis causada pelo Treponema pallidum

Item B. Donovanose causada pela Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella

granulomatis, Donovania granulomatis).

Item C. Gonorreia causada pela Neisseria gonorrhoeae.

Item D. Herpes Genital causada pelo Vírus do Herpes Simples Tipo 1 (HSV-1) e Tipo 2

(HSV-2).

Item E. Hepatite B causada pelo vírus da hepatite B (HBV).

Nesses termos, gabarito letra B.

48. (HUSM-UFSM/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Dentre as doenças a seguir, assinale

aquela considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST).

a) Candidíase.

b) Tricomoníase.

c) Hepatite A.

d) Vaginose Bacteriana.

e) Cistite.

COMENTÁRIOS:

Vamos fazer uma breve descrição das doenças descritas na questão para melhor

entendimento do tema.

Item A. Candidíase é a infecção endógena da vulva e da vagina, causada por um fungo

comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva. A transmissão ocorre através de

contato com mucosas, secreções em pele de portadores ou doentes. A transmissão vertical

pode ocorrer durante o parto. Pode ocorrer disseminação exógena.

Item B. A Tricomoníase é uma protozoose causada pelo Trichomonas vaginalis, que

desencadeia uma ampla variedade de manifestações clínicas, podendo estar associada à

transmissão do vírus da imunodeficiência humana, câncer cervical, infertilidade, entre outros.

A via primária de transmissão é pelo contato sexual.

Item C. Hepatite A é uma doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas, desde

formas subclínicas, oligossintomáticas e até fulminates (menos que 1% dos casos). O modo

de transmissão é fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a pessoa (contato intrafamiliar e

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institucional), alimentos contaminados e objetos inanimados. Transmissão percutânea

(inoculação acidental) e parenteral (transfusão) são muito raras, devido ao curto período de

viremia.

Item D. Vaginose Bacteriana é uma infecção genital causada por bactérias,

principalmente pela Gardnerella Vaginalis. É a causa mais comum do corrimento genital e a

segunda causa da candidíase. Essa infecção desencadeia um desequilíbrio da flora vaginal

fazendo com que a concentração de bactérias aumente. Atualmente, a Vaginose Baceteriana é

considerada uma proliferação maciça de uma flora mista, que inclui Gardnella Vaginallis,

Peptoestreptococcus e Micoplasma hominis. Não é considerada uma doença sexualmente

transmissível.

Item E. Cístite é o nome que se dá para doenças inflamatórias e/ou infecciosas da

bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante

para a digestão. Em situações especiais, essa bactéria migra contaminando a região perineal

(área onde se localizam os órgãos genitais). Após um período de multiplicação, essa bactéria

pode invadir a uretra e se localizar na bexiga, causando uma cistite infecciosa. Essa situação é

mais fácil de acontecer nas mulheres, devido principalmente, a causas anatômicas.

O gabarito, portanto, é a letra B.

49. (HUJM-UFMT/EBSERH/Instituto AOCP/2014) NÃO é considerada uma Doença

Sexualmente Transmissível (DST) a

a) Vaginose Bacteriana.

b) Tricomoníase.

c) Gonorreia.

d) Clamídia.

e) Donovanose.

COMENTÁRIOS:

A Vaginose Bacteriana é uma infecção genital causada por bactérias, principalmente

pela Gardnerella Vaginalis. É a causa mais comum do corrimento genital e a segunda causa

da candidíase. Essa infecção desencadeia um desequilíbrio da flora vaginal fazendo com que a

concentração de bactérias aumente. Atualmente, a Vaginose Baceteriana é considerada uma

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proliferação maciça de uma flora mista, que inclui Gardnella Vaginallis, Peptoestreptococcus

e Micoplasma hominis. Não é considerada uma doença sexualmente transmissível.

Portanto, gabarito letra A.

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3 - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Pressão arterial sanguínea é a medida da tensão exercida pelo sangue nos vasos durante

a sístole e a diástole ventricular.

Débito Cardíaco (DC) é a quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto.

Os fatores que influenciam no débito cardíaco são a frequência cardíaca (FC) e o volume

sistólico (VS). Quanto maior for qualquer uma dessas variáveis, maior será o DC.

DC = FC x VS

O volume sistólico é a quantidade de sangue que será bombeado pelo coração em uma

contração.

De acordo com a SBH, quando houver um aumento no volume de sangue a ser

ejetado, por exemplo quando os rins não funcionam normalmente ou quando o coração

contrai de modo insuficiente, ou quando a frequência cardíaca aumenta, isto é, o coração

bate mais vezes por minuto para ejetar um determinado volume de sangue, ou quando a

resistência oferecida pelas artérias para a passagem do sangue estiver aumentada, ocorre

aumento da pressão arterial.

De acordo com a SBC, a linha demarcatória que define HAS considera valores de PA

sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório. O

diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em, pelo

menos, três ocasiões.

A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência

no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para

indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos9.

O Ministério da Saúde10

relatou, em 2006, que no Brasil são cerca de 17 milhões de

portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. E esse número é

crescente; seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das

crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela

morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um

problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo

9 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 1, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 19, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

10 Brasil, 2006, p. 7, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C

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Medida da pressão arterial

Em crianças, a largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da

circunferência do braço, e o comprimento da bolsa deve envolver de 80 a 100% da

circunferência do braço.

Em gestantes, recomenda-se que a pressão arterial seja feita na posição sentada, e não

ortostática (em pé), e a determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase V de

Korotkoff.

Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os braços e, em caso de

diferença, deve-se utilizar como referência sempre o braço com o maior valor para as

medidas subsequentes. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar

diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões

sistólica/diastólica respectivamente (SBC; SBH;SBN, 2010, p. 6).

Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando vier à Unidade Básica de Saúde

(UBS) para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro

no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá tê-la

verificada e registrada.

A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre

os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido

deve ser utilizado como referência nas próximas medidas. O indivíduo deverá ser investigado

para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores

maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente. Com intervalo

de um minuto, no mínimo, uma segunda medida dever ser realizada.

As medidas nas posições ortostática (em pé) e supina (deitada) devem ser feitas pelo

menos na primeira avaliação em todos os usuários e em todas as avaliações em idosos,

diabéticos e alcoolistas.

A pressão arterial (PA) na gestante deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com

a mesma técnica recomendada para adultos (principalmente sentada), entretanto a PA também

pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, e esta

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não deve diferir da posição sentada. O 5º ruído de Korotkoff deve ser considerado como a

pressão diastólica11

.

Vamos agora aprender e gravar a classificação atual, conforme disposições da SBH

(2010) e Ministério da Saúde (2013)12

.

Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (>

18 anos)

Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Ótima < 120 < 80

Normal < 130 < 85

Limítrofe (pré-

hipertensão)*

130–139 85–89

Hipertensão estágio 1 140-159 90-99

Hipertensão estágio 2 160–179 100–109

Hipertensão estágio 3 >180 >110

Hipertensão sistólica

isolada

≥ 4 < 90

Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a

maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial.

Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD &

Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP).

* Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se equivalem na literatura.

Vamos visualizar, na tabela abaixo, as recomendações para o seguimento da HAS,

conforme níveis pressóricos apresentados pelo paciente, durante a consulta.

Recomendações para o seguimento da HAS: prazos máximos para reavaliação*

11

SBC; SBH; SBN, 2010, p. 5-6, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 51, disponível em:

http://goo.gl/FXmjtP. 12

SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

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Pressão arterial inicial

(mmHg)** Seguimento

Sistólica Diastólica

<130 < 85 Reavaliar em 1 ano.

Estimular mudanças de estilo de vida.

130–139 85–89 Reavaliar em 6 meses.***

Insistir em mudanças do estilo de vida.

140–159 90–99 Confirmar em 2 meses.***

Considerar MAPA/MRPA.

160–179 100–109 Confirmar em 1 mês.***

Considerar MAPA/MRPA.

≥ 8 ≥ Intervenção medicamentosa imediata ou

reavaliar em 1 semana.***

Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6).

* Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente.

** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento

recomendado deve ser definido pelo maior nível de pressão.

*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores de

risco maiores, doenças associadas e lesão em órgãos-alvo).

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Vamos descrever os procedimentos, na tabela abaixo, conforme SBC; SBH; SBN, 2010,

p. 6-8:

1 - Automedida da pressão arterial (AMPA):

A AMPA foi definida como a realizada por pacientes ou familiares, não profissionais

de saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio, representando uma importante fonte

de informação adicional.

A principal vantagem da AMPA é a possibilidade de obter uma estimativa mais real

dessa variável, tendo em vista que os valores são obtidos no ambiente onde os pacientes

passam a maior parte do dia.

Valores superiores a 130/85 mmHg, pela AMPA, devem ser considerados alterados.

2 - Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA):

A MRPA é o registro da PA, que pode ser realizado obtendo-se três medidas pela

manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar,

durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão, durante sete dias, realizada pelo

paciente ou outra pessoa capacitada, durante a vigília, no domicílio ou no trabalho, com

equipamentos validados.

Sua maior utilização pode superar muitas limitações da tradicional medida da PA no

consultório, sendo mais barata e de mais fácil execução que a MAPA, embora com

limitações, como, por exemplo, a não avaliação da PA durante o período de sono.

3 - Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA)

A MAPA é o método que permite o registro indireto e intermitente da pressão arterial

durante 24 horas ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais durante os

períodos de vigília e sono.

Uma das suas características mais específicas é a possibilidade de identificar as

alterações do ciclo circadiano da PA, sobretudo as alterações durante o sono, que têm

implicações prognósticas consideráveis.

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A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) é o método que permite o

registro indireto e intermitente da PA durante 24 horas, ou mais, enquanto o paciente realiza

suas atividades habituais na vigília e durante o sono. A MAPA deve fazer parte do

fluxograma para diagnóstico da hipertensão arterial.

De acordo com a SBC13

, devem ser prestadas as seguintes orientações aos pacientes,

durante a utilização da MAPA:

• Explicar detalhadamente como será o exame e recomendar a manutenção das

atividades habituais durante o período em que ele estará sendo realizado;

• Recomendar o seguimento da orientação médica quanto ao uso das medicações;

• Orientar para que não sejam realizados exercícios físicos durante a execução do

exame;

• Vestir camisa de manga larga para não limitar o movimento dos raços; as mulheres

devem evitar o uso de vestido;

• Seguir a orientação do médico-assistente sobre a(s) medicação(ões) de uso crônico;

• Evitar a execução de exercício físico nas 24 horas que precedem o exame em pacientes

que não o pratiquem regularmente;

• Tomar anho antes do exame, pois não será permitido fazê-lo durante o procedimento;

• Informar que o monitor será fixado na cintura por meio de um cinto.

Portanto, durante a realização da MAPA, o paciente monitorado não deve realizar

exercícios físicos, mas pode fazer caminhadas do cotidiano.

Já caiu em prova!

De acordo com estudos relatados pela SBC; SBH; SBN (2010, p. 18), o chocolate

amargo (com alto teor de cacau) pode promover discreta redução da PA, devido às altas

concentrações de polifenóis.

A cessação do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na prevenção

primária e secundária das doenças cardiovasculares e de diversas outras doenças. Não há,

entretanto, evidências de que, para o controle de PA, haja benefícios (SBC; SBH; SBN,

2010, p. 20).

13

SBC, 2011, p. 7, disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2011/diretriz_mapa_mrpa.pdf.

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Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão arterial são maiores, o que pode

estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos.

Na população negra, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode

estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. Em nosso País, predomina a

população miscigenada, que pode diferir da população negra quanto às características da

hipertensão14

. Desta forma, para pacientes negros, desde que não haja contraindicações, o uso

de diuréticos e bloqueadores de canais de cálcio é a opção mais racional15

.

De acordo com a SBC; SBH; SBN (2010, p. 5), alterações próprias do envelhecimento

determinam aspectos diferenciais na PA dessa população como, maior frequência de “hiato

auscultat rio”, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito,

geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando em

valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente altos para a diastólica. A grande

variação da pressão arterial nos idosos, ao longo das 24 horas, torna a MAPA útil A “pseudo-

hipertensão”, que está associada ao processo ateroscler tico, pode ser detectada pela mano ra

de Osler, ou seja, quando a artéria radial permanece ainda palpável, após a insuflação do

manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial.

O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a

interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns

meses. Deve-se, no entanto, providenciar a substituição por método contraceptivo eficaz.

Todavia, em 2013, o Ministério da Saúde não fez as recomendações acima na

atualização do Caderno de Atenção Básica nº 37. Relatou apenas que a substituição de

anticoncepcionais hormonais orais por outros métodos contraceptivos promove a redução da

pressão arterial em pacientes hipertensas16

.

A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão

arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da

pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que é

potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta

14

Brasil, 2006, p. 33, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C 15

Brasil, 2010, p. 251, disponível em: http://goo.gl/Ld5DZ7. 16

Brasil, 2013, p. 57, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

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avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-

hipertensivos17

.

Por conseguinte, a hipertensão arterial secundária é aquela com causa bem definida

como a endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo,

hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal, feocromocitoma, uso

de hormônios exógenos).

O escore de Framinghan mede o risco de uma pessoa apresentar angina, infarto do

miocárdio ou morrer de doença cardíaca em 10 anos. O risco é considerado baixo quando o

escore é inferior a 10%, intermediário quando está entre 10 e 20% e alto quando é superior a

20%.

No escore de Framinghan, são avaliados os fatores: idade, colesterol total e HDL,

pressão arterial, diabetes e tabagismo.

O escore de Framinghan é uma ferramenta útil e de fácil aplicação no cotidiano. Ele

classifica os indivíduos por meio da pontuação nos seguintes graus de risco cardiovascular e

auxilia na definição de condutas18

:

• Baixo Risco – quando existir menos de 10% de chance de um evento cardiovascular

ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser anual

após orientá-los sobre estilo de vida saudável;

• Risco Intermediário – quando existir 10% – 20% de chance de um evento

cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe

poderá ser semestral após orientações sobre estilo de vida saudável e, se disponível na

UBS ou comunidade e se desejo da pessoa, encaminhamento para ações coletivas de

educação em Saúde;

17

Brasil, 2013, p. 47, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP & SBC; SBH; SBN, 2010, p. 47, disponível em: http://goo.gl/88YFD. 18

Brasil, 2013, p. 39-40, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

HAS

essencial sem causa definida, provocada pela desregulação do

mecanismo de controle homeostático da pressão.

secundária provocada por causa bem definida.

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• Alto Risco – quando existir mais de 20% de chance de um evento cardiovascular

ocorrer em dez anos ou houver a presença de lesão de órgão-alvo, tais como IAM,

AVC/AIT, hipertrofia ventricular esquerda, retinopatia e nefropatia. O seguimento

dos indivíduos com PA limítrofe de alto risco poderá ser trimestral após orientações

sobre estilo de vida saudável e, se disponível na UBS ou comunidade e, se desejo da

pessoa, encaminhamento para ações de educação em Saúde coletivas.

Classificação do risco global, segundo escore de Framingham

Categoria Evento cardiovascular maior (ECV)

Baixo <10%/10 anos

Moderado 10 a 20%/10 anos

Alto > 20%/10 anos

Na consulta de enfermagem para a estratificação de risco cardiovascular recomenda-se a

utilização do escore de Framingham. A estratificação tem como objetivo estimar o risco de

cada indivíduo sofrer uma doença arterial coronariana nos próximos dez anos. Essa estimativa

se baseia na presença de múltiplos fatores de risco, como sexo, idade, níveis pressóricos,

tabagismo, níveis de HDLc e LDLc. A partir da estratificação de risco, selecionam-se

indivíduos com maior probabilidade de complicações, os quais se beneficiarão de

intervenções mais intensas19

.

Após a identificação dos fatores de risco, se o usuário apresenta apenas um fator de

risco baixo/intermediário, não há necessidade de calcular o escore, pois ele é considerado

como baixo RCV. Se apresentar ao menos um fator de alto RCV, também não há

necessidade de calcular o escore, pois esse paciente já é considerado como alto RCV. O

cálculo será realizado quando o usuário apresentar mais de um fator de risco

baixo/intermediário.

19

Brasil, 2013, p. 38, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

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Quadro – Fatores de risco para doença cardiovascular

Baixo

risco/Intermediário

Alto risco

Tabagismo

Hipertensão

Obesidade

Sedentarismo

Sexo masculino

História familiar de evento

cardiovascular prematuro

(homens <55 anos e

mulheres <65 anos)

Idade >65 anos

Acidente vascular cerebral (AVC) prévio

Infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio

Lesão periférica – Lesão de órgão-alvo (LOA)

Ataque isquêmico transitório (AIT)

Hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE)

Nefropatia

Retinopatia

Aneurisma de aorta abdominal

Estenose de carótida sintomática

Diabetes mellitus

Vejamos agora as questões atualizadas sobre o tema:

50. (PROCAPE/UPENET/UPE/2013/JM) Ao verificar os sinais vitais (SSVV) de um

paciente adulto internado na clínica médica, o Técnico de Enfermagem identificou

taquicardia, tendo sido identificado frequência cardíaca de

A) < 70 bat/min

B) < 50 bat/min

C) 60 bat/min

D) > 120 bat/min

E) 80 bat/min.

COMENTÁRIOS:

A determinação do pulso é parte integrante de uma avaliação cardiovascular, sendo

portanto uma técnica recomenda. Além da frequência cardíaca (número de batimentos

cardíacos por minuto), também devem ser avaliados o ritmo (regularidade dos intervalos, se

regular ou irregular) e o volume (intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais, se

forte e cheio ou fraco e fino).

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Vejamos a classificação em relação a frequência.

FREQUÊNCIA: Número de pulsações por unidade de tempo (batimentos por minuto –

bpm).

Normal - 60 a 100 bpm.

Bradicardia - < 60 bpm.

Taquicardia -> 100 bpm.

Sendo assim, a única alternativa correta é a D. Porém, seria mais correto dizer que a

frequência cardíaca encontrada foi de 120bpm e não > 120bpm.

51. (Rede Sarah/2011) Em relação ao procedimento de mensuração da Pressão Arterial (PA),

assinale a alternativa correta:

a) A utilização de um manguito de tamanho inadequado não altera a leitura dos valores de

PA.

b) Antes da mensuração da PA, deve ser determinado o ponto de máxima insuflação por meio

do método auscultatório.

c) O início do segundo som de Korotkoff é um indicador de pressão arterial diastólica em

adultos.

d) É possível mensurar a PA na extremidade inferior posicionando-se o manguito sobre a

artéria poplítea na área mediana da coxa.

e) No momento da mensuração da PA em membros superiores por método auscultatório, o

braço do paciente deve estar posicionado abaixo do nível do coração.

COMENTÁRIOS:

Vejamos os erros das assertivas:

a) A utilização de um manguito de tamanho inadequado altera a leitura dos valores de

PA.

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b) Não é possível antes da mensuração da PA determinar o ponto de máxima insuflação

por meio do método auscultatório. Por exemplo, em alguns casos a artéria ainda permanece

palpável, devendo aumentar a insuflação.

c) O quinto som de Korotkoff é um indicador de pressão arterial diastólica em adultos.

e) No momento da mensuração da PA em membros superiores por método

auscultatório, o braço do paciente deve estar posicionado na altura do coração.

Nesses termos, o gabarito é a letra D.

52. (CNEN/IDECAN/2014) A escolha do tamanho do manguito é um procedimento

recomendado para aferição da pressão arterial (PA). Sabe-se que as dimensões do manguito

para aferição da PA em um recém-nascido, cuja circunferência do raço é ≤ cm, é de 4 cm

de largura e 8 cm de comprimento “O tamanho correto de um manguito para um adulto, cuja

circunferência do braço varia de 27-34 cm, é _______ cm de largura e _______ cm de

comprimento ” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa

anterior.

a) 08 / 19

b) 10 / 21

c) 12 / 23

d) 14 / 25

e) 16 / 32

COMENTÁRIOS:

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Vejamos na tabela abaixo as dimensões do manguito para aferição da PA:

Após análise da tabela, constatamos que o tamanho correto de um manguito para um

adulto, cuja circunferência do braço varia de 27-34 cm, é 12 cm de largura e 23 cm de

comprimento. Por conseguinte, o gabarito é a letra C.

53. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Considerando a pressão arterial, leia as frases abaixo e a

seguir e assinale a alternativa correta.

I- Em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está inferior a 140 x

90mmHg.

II- Os locais mais comuns para verificação da pressão arterial são: artéria braquial nos

membros superiores e artéria poplítea nos membros inferiores.

III- O manguito deve ser colocado sobre o braço nu, 2 a 2,5 cm acima da fossa antecubital.

IV- O diafragma do estetoscópio deve ser colocado embaixo do manguito.

a) As frases II e III estão corretas

b) As frases II, III e IV estão corretas

c) As frases I e III estão corretas

d) As frases I, II e III estão corretas

COMENTÁRIOS:

Vejamos os itens errados.

Item I. Devemos gravar a classificação da pressão arterial, pois as questões de prova

exploram detalhes desta classificação.

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Ora, em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está

inferior a 130 x 85 mmHg. Abaixo de 140 x 90 mmHg é limítrofe.

Item IV. O diafragma do estetoscópio deve ser colocado na arteria braquial, na região

da fossa antecubital, e não embaixo do manguito.

Nesses termos, o gabarito é a letra A (itens II e III corretos).

54. (HU-UFS/EBSERH/IAOCP/2014) Sobre a Hipertensão arterial, assinale a

alternativa correta.

a) Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar

relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos.

b) O uso de antiagregantes plaquetários é contraindicado para pacientes que apresentem

hipertensão e doença cardiovascular manifesta.

c) O tratamento não-farmacológico é uma medida ineficaz para controle da hipertensão

arterial, sendo, portanto, pouco recomendado.

d) Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 130

mmHg e uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 90 mmHg.

e) Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na posição supina. A

determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase IV de Korotkoff.

COMENTÁRIOS:

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Vejamos os itens incorretos:

Item B. O uso de antiagregantes plaquetários é indicado para pacientes que apresentem

hipertensão e doença Cardiovascular manifesta, pois reduze o risco cardiovascular.

Item C. O tratamento não-farmacológico é uma medida eficaz para controle da

hipertensão arterial, sendo recomendado quando não há contraindicação em decorrência de

agravamento da doença.

Item D. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual

a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg.

Item E. Não se recomenda que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na

posição supina, para não ocasionar a compressão da veia cava. Ademais, a determinação da

pressão diastólica deve ser realizada na fase V de Korotkoff.

Nessa tela, o gabarito da questão é o item A.

55. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) Sobre a hipertensão, assinale a afirmativa

correta.

a) A hipertensão do avental branco é considerada como hipertensão secundária.

b) Considera-se hipertensão o valor sustentado de pressão arterial sist lica de ≥ 2 mmHg

c A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 3 x 85

mmHg, monitorados através do MAPA.

d) O efeito do avental branco é a diferença da pressão obtida após o diagnóstico de uma

doença e a pressão antes do diagnóstico.

e) A hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no

consultório, porém elevados nas situações de estresses.

COMENTÁRIOS:

Faremos abaixo a análise de cada alternativa:

Itens A e D. A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da

pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático

da pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que

é potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta

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avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-

hipertensivos. As causas mais comuns de HAS secundária estão vinculadas aos rins

(parenquimatosa, arterial ou obstrutiva).

As causas de HAS secundária podem ser divididas em categorias:

• Causas renais: rim policístico, doenças parenquimatosas

• Causas renovasculares: coarctação da aorta, estenose da artéria renal

• Causas end crinas: feocromocitoma, hiperaldosteronismo primário, síndrome de

Cushing, hipertireoidismo, hipotireoidismo, acromegalia.

• Causas ex genas: drogas, álcool, ta agismo especialmente em grandes quantidades ,

cafeína, intoxicação química por metais pesados.

O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de pressão obtida entre a medida

conseguida no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20

mmHg na pressão sistólica e/ou de 10 mmHg na pressão diastólica.

Item B. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e

uma pressão arterial diast lica ≥ 90 mmHg..

Item C. A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 3

x 85 mmHg, monitorados através do MAPA.

A pessoa com PA ótima, menor que 120/80mmHg deverá verificar novamente a PA

em até dois anos. As pessoas que apresentarem PA entre 130/85mmHg são consideradas

normotensas e deverão realizar a aferição anualmente. Excetuam-se pacientes portadores

de diabetes mellitus, quando a PA deverá ser verificada em todas as consultas de rotina.

Item E. Hipertensão mascarada é definida como a situação clínica caracterizada por

valores normais de PA no consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA elevada pela MAPA

durante o período de vigília ou na MRPA.

Portanto, a hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no

consultório, porém elevados em situações normais fora do consultório.

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Por fim, vejamos os valores abaixo:

Na suspeita de Hipertensão do Avental Branco (HAB) ou Hipertensão Mascarada

(HM), sugerida pelas medidas da Ampa, recomenda-se a realização de Monitorização

Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) ou Monitorização Residencial de Pressão Arterial

(MRPA), para confirmar ou excluir o diagnóstico.

A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra C.

56. (Prefeitura do Paulista– PE/UPE/2014/JM) Um paciente internado na clínica médica

é portador de Hipertensão Arterial Sistêmica. Ao mensurar os SSVV, o Técnico de

Enfermagem identificou um nível tensional que corrobora a hipertensão arterial

moderada. Qual nível arterial foi encontrado?

A) 140 x 90 mmHg

B) 150 x 100 mmHg

C) 180 x 110 mmHg

D) 170 x 100 mmHg

E) 150 x 90 mmHg

COMENTÁRIOS20

:

20

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37)

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O Ministério da Saúde o diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da pressão

arterial (PA) maior ou igual a 140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes

com intervalo mínimo de uma semana entre as Medidas. Portanto, a constatação de um valor

elevado em apenas um dia, mesmo que em mais do que uma medida, não é suficiente para

estabelecer o diagnóstico de hipertensão.

Classificação da pressão arterial para adultos maiores de 18 anos

De acordo com a tabela apresentada acima é considerada hipertensão moderada

(estágio 2) a PA de 160 – 179 mmHg de sistólica por 100 – 109 mmHg de diastólica.

Logo, a alternativa correspondente a hipertensão moderada é a D (170 x 100 mmHg).

57. (Hospital Guilherme Álvaro – Santos/CETRO/2013/JM) A hipertensão arterial é um

dos fatores de risco mais importantes de mortalidade e morbidade no mundo, atualmente.

Sendo assim, assinale a alternativa que compreende a verificação correta da pressão arterial.

(A) Arredondar os valores da pressão arterial para dígitos terminados em zero e cinco.

(B) Pressionar o estetoscópio para auscultar a segunda bulha.

(C) Identificar a pressão sistólica no primeiro som auscultado e a diastólica no

desaparecimento do som.

(D) Reavaliar a pressão sistólica antes de terminar a deflação do manguito.

(E) Manter mãos e equipamentos bem frios, alterando a pressão arterial.

COMENTÁRIOS21

:

21

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37)

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Todo profissional deve estar atento à técnica padronizada de aferição de pressão arterial.

Vejamos abaixo a técnica padronizada:

O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio;

Medir após cinco minutos de repouso;

Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes;

A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do

braço;

Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que

o pulso deixar de ser sentido;

Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg);

A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos

os ruídos de Korotkoff (fase I);

A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase

V);

Registrar valores com intervalos de 2 mmHg, evitando-se arredondamentos

(Exemplo: 135/85 mmHg);

A média de duas aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia;

se os valores observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente;

Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o

valor mais alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de

preferência).

Sem sombras de dúvidas, alternativa correta letra C.

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5 - DIABETES MELLITUS (DM)

O termo “dia etes mellitus” DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias

heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos,

proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina22

.

Os principais tipos de DM é o tipo 1 e 2. Vejamos as principais características deles:

As pessoas com DM tipo 1 ou DM tipo 2 que utilizam grandes doses de insulina e já

não apresentam produção endógena devem ter um maior controle glicêmico, observando

alimentação e atividade física. Não é recomendado que a pessoa realize atividade física

intensa em casos de cetoacidose. Nestes casos, a atividade física vigorosa pode piorar o

quadro. Se a pessoa estiver com a glicemia menor de 100 mg/dl, pode ser orientada a ingerir

um alimento com carboidrato antes de iniciar as atividades.

O DM tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de

deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir

cetoacidose, coma e morte.

Por outro lado, de acordo com o Ministério da Saúde23

, o DM tipo 2 costuma ter início

insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de

22

Brasil, 2013-B, p. 19, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de

obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens,

até mesmo em crianças e adolescentes.

O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há

um estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual

é menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode

evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesses casos, não

visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico.

A cetoacidose nesses casos é rara e, quando presente, em geral é ocasionada por

infecção ou estresse muito grave. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente, permanecendo

assintomática por vários anos.

Atenção! A cetoacidose é mais comum no DM tipo 1, enquanto que o coma

hiperosmolar está associado a DM tipo 224

.

A maioria dos casos de Diabetes tipo 2 apresenta excesso de peso ou deposição central

de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na

secreção de insulina.

O diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo

1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. Geralmente se resolve no período pós-parto e

pode frequentemente retornar anos depois. Hiperglicemias detectadas na gestação que

alcançam o critério de diabetes para adultos, em geral, são classificadas como diabetes na

gravidez, independentemente do período gestacional e da sua resolução ou não após o parto.

Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal25

.

O diagnóstico de diabetes baseia-se na detecção da hiperglicemia. Existem quatro tipos

de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia de

23

Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP. 24

A descompensação hiperglicêmica aguda, com glicemia casual superior a 250 mg/dl pode evoluir para complicações mais graves como cetoacidose diabética e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica, 25

Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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jejum, teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g em duas horas (TTG) e, em alguns

casos, hemoglobina glicada (HbA1c)26

, conforme descrição na tabela abaixo.

Valores preconizados para o diagnóstico de DM tipo 2 e seus estágios pré-clínicos

Categoria Glicemia

de jejum*

TTG: duas

horas

após 75 g de

glicose

Glicemia

casual**

Hemoglobina

Glicada

(HbA1C)

Glicemia normal <110 <140 <200

Glicemia alterada >110 e

<126

Tolerância

diminuída à

Glicose

≥ 4 e <2

Diabetes mellitus > 126 ≥ 2

200

(com sintomas

clássicos***)

>6,5%

Fonte: Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

*O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por, no mínimo, oito horas.

**Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se

observar o intervalo desde a última refeição.

***Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e polifagia.

Amigo (a), vamos detalhar esses exames, de acordo com a American Diabetes

Association27

.

A1C (Hemoglobina Glicada - HbA1C) - o teste mede a glicemia média dos

últimos 2 a 3 meses. As vantagens de ser diagnosticado desta maneira é que

você não precisa se rápido ou beber qualquer coisa. A diabetes é diagnosticada

em A1C ≥ 6,5%;

26

Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP. 27

AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, disponível em: http://goo.gl/cxxMlL.

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Glicemia de jejum (FPG) - este teste verifica os níveis de glicose no sangue em

jejum. Jejuar significa depois de não ter nada para comer ou beber (exceto água)

por pelo menos 8 horas antes do exame. Este teste é feito geralmente a primeira

coisa na manhã, antes do café da manhã. A diabetes é diagnosticada em glicose

no sangue em jejum ≥ a 126 mg/dl;

Teste Oral de Tolerância à Glicose (também chamado de TTG) - a TOTG é

um teste de duas horas que verifica os níveis de glicose no sangue antes e duas

horas depois de beber uma bebida doce especial. Explica como o corpo do

paciente processa à glicose. A diabetes é diagnosticada em duas horas de glicose

no sangue ≥ 200mg/dl;

Aleatório (também chamado Casual) Glicose Teste de Plasma - este teste é um

teste de sangue a qualquer hora do dia, quando você tiver sintomas graves de

diabetes. A diabetes é diagnosticada em glicose no sangue ≥ 200mg/dl.

Já caiu em prova!

No Diabetes Tipo 1 (a cetoacidose é rara no diabetes tipo 2), a cetoacidose pode ser

grave, podendo desencadear intercorrências como infarto e acidente vascular cerebral.

Os principais sintomas da cetoacidose diabéticas são: polidipsia, poliúria, enurese,

hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,

desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por

hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e

bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque,

distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia

respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.

Apesar de não serem os únicos e os mais específicos, fazem parte dos sintomas do

quadro inicial da cetoacidose: desidratação, vômitos e dor abdominal.

Entre os fatores indicativos do DM encontramos o sobrepeso e as doenças

cardiovasculares, sendo relevantes os antecedentes familiares.

A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a

resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que

podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para

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definir a Síndrome. Segundo os critérios brasileiros28

, a Síndrome Metabólica ocorre quando

estão presentes três dos cinco critérios abaixo:

Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102

cm no homem;

Hipertensão Arterial - pressão arterial sist lica ≥ 3 e/ou pressão arterial

diat lica ≥ 85 mmHg;

Glicemia alterada glicemia ≥ mg/dl ou diagn stico de Dia etes;

Triglicerídeos ≥ 5 mg/dl;

HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres

Vamos descrever as recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e

aplicação da insulina, conforme disposições do Ministério da Saúde.

A prescrição de insulina na Atenção Básica exige que a equipe domine os ajustes de

dose em cada tipo de esquema, a técnica de preparação, aplicação e armazenamento. Também

é importante que esses conhecimentos sejam revisados periodicamente com a pessoa e a

família.

A seguir, estão listadas recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e

aplicação da insulina.

Armazenamento:

as insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C;

após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para

minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em

refrigeração, entre 2°C a 8°C;

não congelar a insulina;

após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se

mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que a pessoa anote a

data de abertura no frasco;

orientar sobre o aspecto normal das insulinas e sua observação antes da aplicação,

descartando o frasco em caso de anormalidades.

28

SBEM, disponível em: http://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/ e SBC; SBEM; SBD; ABEO, 2005, p.8,

disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2005/sindromemetabolica.pdf.

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Transporte e viagens:

colocar o frasco em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem gelo comum ou gelo

seco;

na ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, o transporte pode ser realizado

em bolsa comum, desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor

excessivo;

em viagens de avião, não despachar o frasco com a bagagem, visto que a baixa

temperatura no compartimento de cargas pode congelar a insulina.

Seringas e agulhas:

apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser

reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham

sido contaminadas;

o número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser

trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação

(considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma

pessoa);

a seringa e a agulha em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente;

após o uso, a seringa deve ser “recapada” pela pessoa;

não se recomenda higienização da agulha com álcool;

o descarte da seringa com agulha acoplada deve ser realizado em recipiente

próprio para material perfurocortante, fornecido pela Unidade Básica de Saúde

(UBS), ou em recipiente rígido resistente, como frasco de amaciante. Não é

recomendado o descarte do material em garrafa PET devido a sua fragilidade.

Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve entregar o material na UBS para

que a mesma faça o descarte adequado.

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Preparação e aplicação:

lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina;

o frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos para misturá-la,

antes de aspirar seu conteúdo;

em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de

ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação

intermediária (NPH);

não é necessário limpar o local de aplicação com álcool;

o local deve ser pinçado levemente entre dois dedos e a agulha deve ser

introduzida completamente, em ângulo de 90 graus;

em crianças ou indivíduos muito magros esta técnica pode resultar em aplicação

intramuscular, com absorção mais rápida da insulina. Nestes casos podem-se

utilizar agulhas mais curtas ou ângulo de 45 graus;

não é necessário puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue;

esperar cinco segundos após a aplicação antes de se retirar a agulha do

subcutâneo, para garantir injeção de toda a dose de insulina;

é importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina de modo a

manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção. Orientar a pessoa a

organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local

em menos de 15 a 20 dias, para prevenção da ocorrência de lipodistrofia.

Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar

dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C.

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Cetoacidose

Os principais fatores precipitantes são infecção, má aderência ao tratamento (omissão

da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações hiperglicemiantes e outras

intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau controle glicêmico são

particularmente vulneráveis a essa complicação.

Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão

turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações

do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl),

cetonemia (presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma.) e acidose

metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a

complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de

aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.

Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica

A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a

600 mg/dl a 800 mg/dL) acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na

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ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, em que um mínimo de ação insulínica

preservada pode prevenir a cetogênese. A mortalidade é mais elevada que nos casos de

cetoacidose diabética devido à idade mais elevada dos pacientes e à gravidade dos fatores

precipitantes.

Os indivíduos de maior risco são os idosos, cronicamente doentes, debilitados ou

institucionalizados, com mecanismos de sede ou acesso à água prejudicados. Os fatores

precipitantes são doenças agudas como AVC, IAM ou infecções, particularmente a

pneumonia, uso de glicocorticoides ou diuréticos, cirurgia, ou elevadas doses de glicose (por

meio de nutrição enteral ou parenteral ou, ainda, de diálise peritoneal).

A prevenção da descompensação aguda que leva à síndrome hiperosmolar é semelhante

àquela apresentada em relação à cetoacidose diabética. Os pacientes com suspeita ou

diagnóstico de síndrome hiperosmolar hiperglicêmica devem ser encaminhados para manejo

em emergência.

Vamos visualizar, no quadro abaixo, a abordagem educativa de pessoa com DM para

prevenção da ocorrência de ulcerações nos pés e/ou sua identificação precoce:

a) Para todas as pessoas com DM e baixo risco de desenvolver úlceras

Abordar:

– Cuidados pessoais e orientação para o autoexame do pé;

– Exame diário do pé para identificação de modificações (mudança de cor, edema, dor,

parestesias, rachaduras na pele);

– Sapatos (reforçar importância do sapato adequado, que deve se adaptar ao pé, evitar

pressão em áreas de apoio ou extremidades ósseas);

– Higiene (lavar e secar cuidadosamente, especialmente nos espaços interdigitais) e

hidratação diária dos pés com cremes (especialmente se possui pele seca);

– Cuidados com as unhas e os riscos associados com a remoção de pele e cutículas;

– Cuidado com traumas externos (animais, pregos, pedras nos sapatos etc.);

– Orientar a procurar um profissional de Saúde se perceber alteração de cor, edema ou

rachaduras na pele, dor ou perda de sensibilidade.

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b) Para pessoas com DM e alto risco de desenvolver úlceras nos pés

Abordar, além dos pontos listados no item (A), os seguintes:

– Evitar caminhar descalço;

– Procurar ajuda profissional para manejo de calos, ceratose e ruptura de continuidade da

pele;

– Não utilizar produtos para calos e unhas sem a orientação de um profissional de Saúde;

– Lembrar o potencial de queimadura dos pés dormentes, portanto sempre verificar a

temperatura da água em banhos, evitar aquecedores dos pés (bolsa-d‟água quente,

cobertores elétricos, fogueiras ou lareiras);

– Não utilizar sapatos novos por períodos prolongados e amaciar os sapatos novos com

uso por pequenos períodos de tempo antes de utilizá-lo rotineiramente;

– Usar protetor solar nos pés;

– Recomendações para situações especiais (feriados, passeios longos, ocasiões sociais

como casamentos e formaturas) e inclusão na programação de períodos de repouso para os

pés.

c) Para pessoas com DM e presença de úlceras

Abordar, além dos itens (A) e (B), também os seguintes:

– Lembrar que infecções podem ocorrer e progredir rapidamente;

– A detecção e o tratamento precoce de lesões aumentam as chances de um bom

desfecho;

– Repouso apropriado do pé/perna doente é fundamental no processo de cura;

– Sinais e sintomas que devem ser observados e comunicados aos profissionais de Saúde

envolvidos no cuidado da pessoa: alterações no tamanho da ulceração e cor da pele

(vermelhidão) ao redor da úlcera; marcas azuladas tipo hematomas e/ou escurecimento da

pele, observar tipo de secreção (purulenta ou úmida onde antes era seca), surgimento de

novas ulceras ou bolhas nos pés;

– Se dor (úlcera fica dolorosa ou desconfortável ou pé lateja) retornar à UBS;

– Procurar a UBS imediatamente se perceber mudança no odor dos pés ou da lesão ou se

ocorrer edema e/ou sensação de mal-estar (febre, sintomas tipo resfriado, ou sintomas do

diabetes mal controlado).

Fonte: Brasil, 2013-B, p. 104, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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Entre as complicações crônicas do diabetes mellitus (DM), as úlceras de pés (também

conhecido como pé diabético) e a amputação de extremidades são as mais graves e de maior

impacto socioeconômico. As úlceras nos pés apresentam uma incidência anual de 2%, tendo a

pessoa com diabetes um risco de 25% em desenvolver úlceras nos pés ao longo da vida.

A prevenção, por meio do exame frequente dos pés de pessoas com DM, realizado pelo

médico ou pelo enfermeiro da Atenção Básica, é de vital importância para a redução das

complicações.

As úlceras no pé da pessoa com DM podem ter um componente isquêmico,

neuropático ou misto.

O pé isquêmico (alteração vascular) caracteriza-se por história de claudicação

intermitente, isto é, dor em repouso que piora com exercício ou elevação do membro

inferior29

. À inspeção, observa-se rubor postural do pé e palidez à elevação do membro

inferior. Ao exame físico, o pé apresenta-se frio, com ausência dos pulsos tibial posterior e

pedioso dorsal.

A neuropatia diabética é a complicação mais comum do diabetes e compreende um

conjunto de síndromes clínicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e

autonômico, de forma isolada ou difusa, nos segmentos proximal ou distal, de instalação

aguda ou crônica, de caráter reversível ou irreversível, manifestando-se silenciosamente ou

com quadros sintomáticos dramáticos. Afeta 50% das pessoas com DM com mais de 60 anos,

pode estar presente antes da detecção da perda da sensibilidade protetora, resultando em

maior vulnerabilidade a traumas e maior risco de desenvolver úlcera.

O pé neuropático (alteração nervosa) caracteriza-se por alteração da sensibilidade

dos membros inferiores. Na história, o paciente pode referir sintomas como formigamentos,

sensação de queimação que melhora com exercício ou sintomas de diminuição da

sensibilidade, como perder o sapato sem notar ou lesões traumáticas assintomáticas. No

entanto, muitas pessoas com perda de sensação clinicamente significativa são assintomáticas.

O pé neuropata pode se apresentar com temperatura elevada por aumento do fluxo

sanguíneo, podendo ser difícil diferenciá-lo de um pé com infecção de partes moles. Ao

29

Verifiquem que a claudicação intermitente é acentuada quando o pé é elevado, pois nessa situação diminui e fluxo

sanguíneo no pé e consequentemente aumenta a isquemia e a dor.

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exame, o achado mais importante é a diminuição da sensibilidade. A ausência da

sensibilidade vibratória e de percepção está associada com maior risco de ulcerações.

Além disso, pode-se observar atrofia da musculatura interóssea, aumento do arco

plantar, dedos em “garra” e calos em áreas de aumento de pressão

As deformidades dos pés associadas com a neuropatia periférica (diminuição da

sensibilidade) e com diminuição da mobilidade articular levam a um aumento da pressão em

áreas de apoio e em proeminências ósseas, ocasionando dano tecidual. Essas lesões repetidas

formam calos, bolhas, ferimentos superficiais e, em último caso, úlceras de pele.

O tratamento do DM tipo 1, além da terapia não farmacol gica, exige sempre a

administração de insulina, a qual deve ser prescrita em esquema intensivo, de três a quatro

doses de insulina/dia, divididas em insulina asal e insulina prandial, cujas doses são

ajustadas de acordo com as glicemias capilares, realizadas ao menos três vezes ao dia Esse

esquema reduz a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares em

comparação com o tratamento convencional de duas doses de insulina/dia Pela maior

complexidade no manejo desses pacientes, eles são, em geral, acompanhados pela atenção

especializada

O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com dia etes, exige

tratamento não farmacol gico, em geral complementado com antidia ético oral e,

eventualmente, uma ou duas doses de insulina asal, conforme a evolução da doença Casos

que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com misturas

de insulina duas a quatro injeções ao dia , são em geral acompanhados pela atenção

especializada DUNCAN et al , 2 3

Antidiabéticos orais

Os antidia éticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo

2 não responsivo a medidas não farmacol gicas isoladas, uma vez que promovem, com

controleestrito, redução na incidência de complicações, têm oa aceitação pelos pacientes,

simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina

GUSSO; LOPES, 2 2

A escolha do medicamento geralmente segue a sequência apresentada a seguir No

entanto, casos com hiperglicemia severa no diagn stico >3 mg/dl podem se eneficiar de

Page 132: APOSTILA COMPLETA DE ÉCNICO EM …...Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo

insulina desde o início Outros fatores que podem nortear a escolha de um medicamento, além

do custo, são as preferências pessoais

Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não

farmacol gicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina Cloridrato de

Metformina de 5 mg ou 85 mg no plano terapêutico ª linha A introdução mais precoce

pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao tratamento, com ou sem

excesso de peso SAENZ et al , 2 5

As contraindicações para o uso de metformina têm se reduzido com a maior experiência

de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal filtração

glomerular <3 ml/min/ ,73m2 DUNCAN et al , 2 3

A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2,

em virtude do caráter progressivo da doença NATHAN, 2 9 Cerca de metade das pessoas

que atingiram o controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra

medicação dois anos depois

O acréscimo do segundo fármaco tam ém pode ser feito precocemente, de quatro a

oito semanas ap s o primeiro ter sido iniciado metformina e não se ter o tido uma resposta

satisfat ria

Se as metas de controle não forem alcançadas ap s três a seis meses de uso de

metformina, pode-se associar uma sulfonilureia - 2ª linha Gli enclamida de 5mg ou

Gliclazida de 3 mg, 6 mg e 8 mg

Se o controle meta lico não for alcançado ap s o uso de metformina em associação

com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação A

insulina tam ém é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de

3 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagn stico, principalmente se

acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia GUSSO; LOPES, 2 2 As classes

de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa 3ª linha são insulinas de ação

intermediária ou longa

A hist ria natural do DM tipo e tipo 2 é marcada pelo aparecimento de complicações

crônicas Algumas, referidas como microvasculares, são específicas do diabetes, como a

retinopatia, a nefropatia e a neuropatia dia ética Outras, ditas macrovasculares, mesmo não

sendo específicas do diabetes, são mais graves nos indivíduos acometidos, sendo a principal

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causa da mor imortalidade associada ao dia etes

O risco de desenvolver complicações crônicas graves é muitas vezes superior ao de

pessoas sem dia etes – 3 vezes para cegueira, 4 vezes para amputações de mem ros

inferiores, 2 a 5 vezes para IAM e 2 a 3 vezes para AVC DONELLY, 2

A patogenia dessas complicações ainda não está totalmente esclarecida A duração do

dia etes é um fator de risco importante, mas outros fatores como hipertensão arterial, fumo e

colesterol elevado interagem com a hiperglicemia, determinando o curso clínico da micro e da

macroangiopatia DONELLY, 2

Doença macrovascular

As doenças isquêmicas cardiovasculares são mais frequentes e mais precoces em

indivíduos com dia etes, comparativamente aos demais Em mulheres com dia etes, o efeito

protetor do gênero feminino desaparece

A sintomatologia das três grandes manifestações cardiovasculares – doença coronariana,

doença cere rovascular e doença vascular periférica – é, em geral, semelhante em pacientes

com e sem dia etes Contudo, alguns pontos merecem destaque:

• a angina de peito e o IAM podem ocorrer de forma atípica na apresentação e na

caracterização da dor devido à presença de neuropatia autonômica cardíaca do dia etes ;

• as manifestações cere rais de hipoglicemia podem mimetizar ataques isquêmicos

transit rios;

• a evolução p s-infarto é pior nos pacientes com dia etes

Doença microvascular e neuropática

As principais complicações do DM em relação às doenças microvasculares e

neuropáticas são as seguintes: retinopatia, nefropatia e pé dia ético

A retinopatia dia ética é a primeira causa de cegueira adquirida ap s a pu erdade

Em ora a cegueira seja um evento raro aproximadamente 2 / /ano em pacientes

com dia etes GENZ et al , 2 , a perda de acuidade visual é comum ap s dez anos de

diagn stico, acontecendo em 2 % a 4 % dos pacientes mais idosos MOSS; KLEIN; KLEIN,

994 A retinopatia é assintomática nas suas fases iniciais, não sendo possível detectá-la sem

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a realização de fundoscopia Ap s 2 anos do diagn stico, quase todos os indivíduos com DM

tipo e mais do que 6 % daqueles com DM tipo 2 apresentam alguma forma de retinopatia

As principais medidas de prevenção e controle da retinopatia dia ética estão

relacionadas com o controle dos seguintes fatores de risco: níveis glicêmicos H A c <7% e

press ricos PA < 5 /85 mmHg , fumo e colesterol elevado

A nefropatia dia ética é uma complicação microvascular do dia etes associada com

morte prematura por uremia ou pro lemas cardiovasculares É a principal causa de doença

renal crônica em pacientes que ingressam em serviços de diálise RUNO; GROSS, 2

O controle adequado da glicose e da pressão arterial pode reduzir o risco de desenvolver

a nefropatia dia ética e diminuir a sua progressão

O limite ideal para alvo do tratamento da hipertensão não está definido ARGUEDAS;

PEREZ; WRIGHT, 2 9 , mas deve se tratar pacientes com hipertensão e com

microal uminúria persistente ou estágios mais avançados da nefropatia dia ética com alvo de

PA ao redor de 3 /8 mmHg

Outras intervenções incluem a manipulação de componentes da dieta, controle da

dislipidemia e recomendação de suspensão do ta agismo Intervenções múltiplas parecem ser

eficazes na prevenção do desenvolvimento da nefropatia GAEDE et al , 2 3; 999

Neuropatia diabética

A neuropatia dia ética apresenta um quadro variado, com múltiplos sinais e sintomas,

dependentes de sua localização em fi ras nervosas sensoriais, motoras e/ou autonômicas A

neuropatia pode variar de assintomática até fisicamente incapacitante

Para finalizarmos nossa aula, vamos resolver questões so re o tema:

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58. (Rede Sarah/2007) Um paciente de 26 anos, sexo masculino, admitido no serviço de

emergência com queixas de náusea, vômitos e dor abdominal. Refere ser portador de Diabetes

Mellitus tipo 1 e que há quatro dias reduziu a dose de insulina devido quadro gripai, que

provocou diminuição do apetite. Durante a avaliação do paciente, o(a) enfermeiro(a) observou

pele com turgor diminuído, mucosas secas e hálito cetônico. Esses sinais indicam:

a) Hipoglicemia.

b) Doença viral.

c) Cetoacidose.

d) Coma hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico

COMENTÁRIOS:

Cetoacidose diabética

Os principais fatores precipitantes da cetoacidose diabética são a infecção, má

aderência ao tratamento (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de

medicações hiperglicemiantes e outras intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma).

Indivíduos em mau controle glicêmico são particularmente vulneráveis a essa complicação.

Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão

turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações

do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl),

cetonemia ( presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma.) e acidose

metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a

complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de

aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.

Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica

A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a

600 mg/dl a 800 mg/dL) acompanhada de desidratação e alteração do estado mental,

na ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, em que um mínimo de ação

insulínica preservada pode prevenir a cetogênese.

Os sinais descritos na questão são clássicos da cetoacidose, logo o gabarito é a letra C.

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59. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) Segundo o Ministério da Saúde, em relação

ao tratamento farmacológico no diabetes tipo 2, é incorreto afirmar:

a) Se glicemia de jejum estiver muito alta (acima de 270mg/dl) e ou presença de

infecção, provavelmente o paciente necessitará de um tratamento com insulina.

b) Pacientes obesos (IMC >30kg/m2) requerem maior apoio da equipe para perda e

manutenção de peso perdido, e a prescrição de metformina já no início pode ajudar o paciente

a alcançar as metas terapêuticas.

c) A metfomina é prescrita fracionada em 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições.

d) A Glibendamida de 2,5mg a 20mg, 1 a 2 vezes ao dia, nas refeições ou 2,5mg a 20mg, 1 a

3 vezes ao dia, nas refeições.

e) Insulina regular é utilizada em situação de compensação aguda ou em esquemas de injeções

múltiplas.

COMENTÁRIOS:

O tratamento do DM tipo 1, além da terapia não farmacológica, exige sempre a

administração de insulina, a qual deve ser prescrita em esquema intensivo, de três a quatro

doses de insulina/dia, divididas em insulina basal e insulina prandial, cujas doses são

ajustadas de acordo com as glicemias capilares, realizadas ao menos três vezes ao dia. Esse

esquema reduz a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares em

comparação com o tratamento convencional de duas doses de insulina/dia. Pela maior

complexidade no manejo desses pacientes, eles são, em geral, acompanhados pela atenção

especializada.

O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com diabetes, exige

tratamento não farmacológico, em geral complementado com antidiabético oral e,

eventualmente, uma ou duas doses de insulina basal, conforme a evolução da doença. Casos

que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com misturas

de insulina (duas a quatro injeções ao dia), são em geral acompanhados pela atenção

especializada (DUNCAN et al., 2013).

Antidiabéticos orais

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Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo 2

não responsivo a medidas não farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com

controleestrito, redução na incidência de complicações, têm boa aceitação pelos pacientes,

simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina

(GUSSO; LOPES, 2012).

A escolha do medicamento geralmente segue a sequência apresentada a seguir. No

entanto, casos com hiperglicemia severa no diagnóstico (>300 mg/dl) podem se beneficiar de

insulina desde o início. Outros fatores que podem nortear a escolha de um medicamento, além

do custo, são as preferências pessoais.

Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não

farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina (Cloridrato de

Metformina de 500mg ou 850mg) no plano terapêutico (1ª linha). A introdução mais precoce

pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao tratamento, com ou sem

excesso de peso (SAENZ et al., 2005).

As contraindicações para o uso de metformina têm se reduzido com a maior experiência

de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal (filtração

glomerular <30 ml/min/1,73m2) (DUNCAN et al., 2013).

A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2,

em virtude do caráter progressivo da doença (NATHAN, 2009). Cerca de metade das pessoas

que atingiram o controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra

medicação dois anos depois.

O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito precocemente, de quatro a

oito semanas após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não se ter obtido uma resposta

satisfatória.

Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de

metformina, pode-se associar uma sulfonilureia - 2ª linha (Glibenclamida de 5mg ou

Gliclazida de 30mg, 60mg e 80mg).

Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação

com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação. A

insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de

300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se

Page 138: APOSTILA COMPLETA DE ÉCNICO EM …...Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo

acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012). As classes

de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa (3ª linha) são insulinas de ação

intermediária ou longa.

As insulinas disponíveis no SUS são as de ação rápida (regular) e as de ação

intermediária (Neutral Protamine Hagedorn – NPH) (Tabela 4). A insulina regular está

indicada em casos de emergência, como a cetoacidose, gravidez e trabalho de parto,

em combinação com insulinas de ação média ou prolongada, ou em tratamento tipo bolus

antes das refeições. A insulina NPH, também chamada de isófana ou de ação intermediária,

sendo, portanto, de pH neutro e acrescida de protamina para modificar o tempo de ação, é

utilizada em tratamento de manutenção para o controle glicêmico basal.

Fonte: CAB nº 36 - Diabetes Mellitus

A alternativa incorreta é a letra E, pois a insulina regular é utilizada em situação de

DEScompensação aguda.

60. (CNEN/IDECAN/2014) Acerca dos sinais e sintomas de hiperglicemia, analise.

I. Polidpsia, xerostomia e hálito cetônico.

II. Poliúria, visão turva e ganho de peso.

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III. Sonolência, prostração e fadiga.

IV. Xerostomia, púrpura e fadiga.

Estão corretas as alternativas

a) I, II, III e IV

b) I e III, apenas

c) II e IV, apenas

d) I, II e III, apenas

e) I, III e IV, apenas

COMENTÁRIOS:

Primeiramente, vejamos alguns conceitos:

Púrpura é a presença de sangue fora dos vasos sangüíneos na pele ou nas mucosas.

Como a camada cutânea é levemente transparente, este sangue é então visto como uma

mancha roxa.

Xerostomia é a sensação subjetiva de boca seca que, geralmente, mas não

necessariamente, está associada com a diminuição da quantidade de saliva.

Polidipsia é o sintoma caracterizado por excessiva sensação de sede.

Agora, vamos responder a questão, que explorou o termo hiperglicemia de forma

genérica, não diferenciando os termos cetoacidose diabética e síndrome hiperglicêmica não

cetótica.

O gabarito é a letra B, pois os itens II (perda de peso que é sinal de hiperglicemia) e IV

(púrpura não é sinal de hiperglicemia) estão errados.

61. (MPE-RS/MPE-RS/2014) Muitas pessoas adultas com diabetes melito do tipo 2

desenvolvem a síndrome metabólica, que constitui um importante fator de risco para a

doença cardiovascular. Um paciente com síndrome metabólica pode apresentar

a) hipotensão.

b) perda de peso.

c) HDL maior de 40 mg/dl.

d) triglicerídeos abaixo de 150 mg/dl.

e) resistência à insulina.

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COMENTÁRIOS:

A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência

insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer

parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a

Síndrome. Segundo os critérios brasileiros , a Síndrome Metabólica ocorre quando estão

presentes três dos cinco critérios abaixo:

• O esidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no

homem;

• Hipertensão Arterial - pressão arterial sist lica ≥ 3 e/ou pressão arterial diat lica ≥

85 mmHg;

• Glicemia alterada glicemia ≥ mg/dl ou diagn stico de Dia etes;

• Triglicerídeos ≥ 50 mg/dl;

• HDL colesterol < 4 mg/dl em homens e < 5 mg/dl em mulheres;

Questão facilmente resolvida por eliminação:

a) hipertensão e não hipotensão.

b) ganho e não perda de peso.

c) HDL menor e não maior de 40 mg/dl.

d) triglicerídeos acima e não abaixo de 150 mg/dl.

Dessa forma, o gabarito é a letra E.

62. (HU-UFS/EBSERH/IAOCP/2014) Sobre o Diabetes e suas complicações, informe se é

verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a

sequência correta.

( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hipoglicemia grave, é mais comum em jovens

com Diabetes tipo I.

( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hiperglicemia grave (> 600 a 800

mg/dL), desidratação e alteração do estado mental – na ausência de cetose.

( ) A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela

é assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria

dos portadores de diabetes após 20 anos de doença.

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( ) Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores

abaixo de 80 a 90 mg/dL. Muitas vezes leva ao quadro de cetoacidose que ocorre

principalmente em pacientes com diabetes tipo II.

a) V – F – V – F.

b) F – F – V – V.

c) V – F – F – V.

d) F – V – V – F.

e) V – V – F – F.

COMENTÁRIOS:

Vejamos os itens errados da questão:

1º Item. A síndrome hiperosmolar é um estado de HIPERglicemia grave, sendo mais

comum em pessoas com diabetes tipo II.

4º Item. Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas –

para valores abaixo de 70 mg/dL. Não leva ao quadro de cetoacidose que ocorre

principalmente em pacientes com diabetes tipo I.

Nesses termos, o gabarito é a letra D.

63. (Fundação Hospital Getúlio Vargas – FHGV/FUNDATEC/2014) O diabetes é comum

e de incidência crescente. Apresenta alta morbimortalidade, com perda importante na

qualidade de vida. É uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação

de membros inferiores, cegueira e doença cardiovascular. De acordo com Cadernos de

Atenção Básica - Diabetes (BRASIL, 2006), considere as seguintes afirmativas:

I. Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2: excesso de peso e

história familiar de DM tipo 2.

II. A cetoacidose ocorre particularmente em pacientes com Diabetes tipo 2, sendo

algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo 1 raramente desenvolve

essa complicação.

Page 142: APOSTILA COMPLETA DE ÉCNICO EM …...Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo

III. Os principais sintomas da cetoacidose são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito

cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação,

hiperventilação e alterações do estado mental.

IV. O Diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta, que eventualmente leva ao estágio

de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária

para prevenir cetoacidose, coma e morte.

Quais estão corretas?

a) Apenas I e II

b) Apenas I e III

c) Apenas I, III e IV

d) Apenas III e IV

e) I, II, III e IV

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Caderno de Atenção Básica – Diabetes (2006), responderemos a

questão analisando cada item:

Item I (Correto): Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2:

excesso de peso e história familiar de DM tipo 2.

Fatores indicativos de maior risco para Diabetes tipo 2:

- Idade >45 anos.

- Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).

- Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres,

medida na altura das cristas ilíacas).

- Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.

- Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).

- Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e” 5 mg/dL

- História de macrossomia ou diabetes gestacional.

- Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos.

- Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

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Item II (Errado): A cetoacidose ocorre particularmente em pacientes com Diabetes

tipo 1, sendo algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo 2 raramente

desenvolve essa complicação.

Item III (Correto): Os principais sintomas da cetoacidose são: polidipsia, poliúria,

enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,

desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental.

Item IV (Correto): O Diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta, que

eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de

insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte.

Nobre concurseiro (a), agora ficou fácil, o gabarito letra C.

64. (Prefeitura de Vila Velha-ES/FUNCAB/2012) O diabetes melito é um grupo de doenças

metabólicas caracterizadas por níveis aumentados de glicose no sangue e tem sido

classificado de diversas maneiras. Em relação às principais características de cada tipo,

marque a alternativa correta.

a) O diabetes tipo 1 é cerca de oito a dez vezes mais comum que o tipo 2 e sua incidência é

maior após os 40 anos.

b) O diabetes secundário à doença pancreática ocorre com maior frequência em jovens de

países tropicais com baixa ingestão proteica.

c) O pré-diabetes ocorre, predominantemente, em pessoas com antecedentes familiares do

diabetes tipo 2.

d) Odiabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior que o tipo 1, além disso tem uma grande

relação com a obesidade e o sedentarismo.

e) No diabetes gestacional, a produção de insulina está aumentada, porém com ação ineficaz

por causa da diminuição dos receptores celulares, ou por defeito deles.

COMENTÁRIOS:

Vamos analisar cada assertiva para melhor entendimento do assunto.

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Item A. Incorreto. O DM tipo 2 abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na

população, sendo seguido em frequência pelo DM tipo 1, que responde por aproximadamente

8%30

. A incidência do DM tipo 2 é maior após os 40 anos.

Item B31

. Incorreto. Existem outros tipos de diabetes além do Tipo 1, Tipo 2 e

Gestacional, mas esses ocorrem com menor frequência. Dentre eles, temos o diabetes

secundário à doença pancreática, que ocorre mais freqüentemente naqueles com

antecedentes familiares de DM tipo 2. As principais doenças pancreáticas são as seguintes:

Retirada cirúrgica de 75% do pâncreas;

Pancreatite crôúnica (inflamação geralmente causada pelo alcoolismo crônico);

Destruição pancreática por depósito de ferro denominado hemocromatose

(extremamente rara).

Por outro lado, o diabetes associado à desnutrição e fibrocalculoso ocorre em jovens

de países tropicais com baixa ingestão protéica, frequentemente associado a alimentos que

contêm cianetos, como a mandioca amarga.

Item C. Incorreto. Pessoas com hiperglicemia intermediária (glicemia de jejum entre

110 mg/dl e 125 mg/dl, e duas horas pós-carga de 140 mg/dl a 199 mg/dl e HbA1c entre 5,7%

e 6,4%), também denominadas de casos de pré-diabetes, pelo seu maior risco de

desenvolver a doença, deverão ser orientadas para prevenção do diabetes, o que inclui

orientações sobre alimentação saudável e hábitos ativos de vida, bem como reavaliação anual

com glicemia de jejum32

.

O pré-diabetes ocorre, predominantemente, em pessoas com os seguintes fatres de risco:

idade acima de 45 anos, excesso de peso, sedentarismo; hipertensão arterial, alterações nas

taxas de colesterol e triglicérides sanguíneos e história familiar de diabetes. Vejam que são

muitos os fatores, e não apenas os antecedentes familiares de diabetes tipo 2, que

desencadeiam a pré-diabetes, bem como a diabetes.

30

Brasil, 2013-B, p. 28, disponível em: http://goo.gl/506DyP. 31

SBD, disponível em: http://www.diabetes.org.br/tipos-de-diabetes/127-outros-tipos-de-diabetes. 32

Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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Item D. Correto. O diabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior que o tipo 1, além

disso tem uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo.

Item E. Incorreto. No diabetes gestacional, associa-se a diminuição da produção de

insulina (diminuição da função das células betas do pâncreas) como o aumento da resistência

à insulina (diminuição dos receptores celulares, ou por defeito deles).

Nessa tela, o gabarito da questão, é a letra D.

65. (Hospital Guilherme Álvaro – Santos/CETRO/2013/JM) O diabetes é uma doença

caracterizada por glicemia elevada e insulina inadequada ou ineficaz. A informação é uma

ferramenta essencial para promoção à saúde. Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta

o fator de risco que não está relacionado ao Diabetes mellitus.

(A) Hipotensão arterial.

(B) Histórico familiar.

(C) Sedentarismo.

(D) Macrossomia ou histórico de abortos.

(E) Uso de medicações hiperglicemiantes.

COMENTÁRIOS33

:

A probabilidade de um indivíduo apresentar diabetes ou um estado intermediário de

glicemia vai depender da presença de fatores de risco. De acordo com Associação Americana

de Diabetes o publico alvo para o rastreamento do diabetes corresponde aos que apresentam

os fatores de risco mencionados na tabela abaixo.

33

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias

para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36)

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Tabela 1: Critérios para rastreamento do diabetes em adultos assintomáticos.

Excesso de peso (IMC > 25 kg/m²) e um dos seguintes fatores de risco:

Historia de pai ou mãe com diabetes;

Hipertensão arterial (>140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos em adultos);

História de diabetes gestacional (diabetes na gestação pode provocar o aborto) ou de recém-

nascido com mais de 4 kg (macrossomia);

Dislipidemia: hipertrigliceridemia (>250 mg/dL) ou HDL-C baixo (<35 mg/dL);

Exame prévio de HbA1c ≥5,7%, tolerância diminuída à glicose ou glicemia de jejum alterada;

Obesidade severa, acanthosis nigricans;

Síndrome de ovários policísticos;

História de doença cardiovascular;

Inatividade física;

Ou

Idade ≥ 45 anos

Ou

Risco cardiovascular moderado

É considerado também um fator de risco o uso prolongado de hiperglicemiantes.

Sendo assim, a única alternativa que não condiz com um fator de risco é a letra A.

66. (Prefeitura do Paulista– PE/UPE/2014/JM) O Técnico de Enfermagem recebe um

paciente em uma unidade de assistência à saúde com infecção urinária e história de Diabetes

mellitus. Para avaliar a disfunção metabólica desse paciente qual composto bioquímico deve

avaliar?

A) Glicose.

B) Creatinina.

C) Trigliceróis.

D) HDL colesterol.

E) Colesterol.

COMENTÁRIOS34

:

34

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36)

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O Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por níveis aumentados de

GLICOSE no sangue (hiperglicemia) resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da

insulina ou ambas. Os sintomas clássicos incluem poliúria, polidipsia e polifagia

Portanto, a alternativa correta é a letra A.

67. (HUB/EBSERH/IBFC/2013/JM) O pé diabético merece toda atenção médica e de

enfermagem, pois devido à insensibilidade e à dificuldade circulatória, as lesões podem

progredir evoluindo para necrose, amputação do membro, artropatia de joelhos e tornozelos,

levando ao edema e deformidade.

Considerando os principais cuidados de enfermagem com o pé diabético, assinale a

alternativa incorreta.

a) Utilizar sapatos, fechados e com palmilhas especiais (macias e com bico largo).

b) Higienizar os pés diariamente com água morna e sabão neutro, aproveitando a

oportunidade para massageá-Ios e examiná-Ios minuciosamente, observando rachaduras,

bolhas e mudanças na coloração da pele.

c) Cortar as unhas em forma arredondada, buscando extrair todas as cutículas e cantos das

unhas.

d) Secar os pés adequadamente com atenção nos espaços interdigitais.

COMENTÁRIOS35

:

As ulceras de pés (pé diabético) e a amputação de extremidades estão entre as

complicações crônicas do diabetes mellitus (DM) mais graves e de maior impacto

socioeconômico.

As úlceras podem ter um componente isquêmico, neuropático ou misto.

Pé isquêmico: caracteriza-se por dor em repouso que piora com exercício ou elevação

do membro inferior. Ao exame físico o pé se apresenta frio, com ausência dos pulsos tibial

posterior e pedioso dorsal.

35

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus – Caderno de Atenção Básica nº 36/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

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Neuropatia diabética: é a complicação mais comum do diabetes e compreende um

conjunto de síndromes clinicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e

autonômico de forma isolada ou difusa.. Ao exame físico o pé pode se apresentar com

temperatura elevada por aumento do fluxo sanguíneo, mas o achado mais importante é a

diminuição da sensibilidade. Além disso, é possível observar atrofia da musculatura

inter ssea, aumento do arco plantar, dedos em “garra” e calos em áreas de aumento de

pressão.

Figura 5: Neuropatia diabética.

Fonte: Google imagens.

Por todos os motivos apresentados a cima, é importante a abordagem educativa de

pessoas com DM para prevenção de ulcerações nos pés e para estabelecer cuidado diário

adequado dos membros inferiores.

Os cuidados estão listados no quadro abaixo:

A) Todas as pessoas com DM

e baixo risco de desenvolver

úlceras.

Abordar:

– Cuidados pessoais e orientação para o autoexame do pé;

– Exame diário do pé para identificação de modificações (mudança de cor, edema,

dor, parestesias, rachaduras na pele);

– Sapatos (reforçar importância do sapato adequado, que deve se adaptar ao pé,

evitar pressão em áreas de apoio ou extremidades ósseas);

– Higiene (lavar e secar cuidadosamente, especialmente nos espaços interdigitais) e

hidratação diária dos pés com cremes (especialmente se possui pele seca);

– Cuidados com as unhas e os riscos associados com a remoção de pele e cutículas;

– Cuidado com traumas externos (animais, pregos, pedras nos sapatos etc.);

– Orientar a procurar um profissional de Saúde se perceber alteração de cor, edema

ou rachaduras na pele, dor ou perda de sensibilidade.

B) Pessoas com DM e alto

Abordar, além dos pontos listados no item (A), os seguintes:

– Evitar caminhar descalço;

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risco de desenvolver úlceras

nos pés.

– Procurar ajuda profissional para manejo de calos, ceratose e ruptura de

continuidade da pele;

– Não utilizar produtos para calos e unhas sem a orientação de um profissional de

Saúde;

– Lembrar o potencial de queimadura dos pés dormentes, portanto sempre verificar

a temperatura da água em banhos, evitar aquecedores dos pés (bolsa-d‟água quente,

cobertores elétricos, fogueiras ou lareiras);

– Não utilizar sapatos novos por períodos prolongados e amaciar os sapatos novos

com uso por pequenos períodos de tempo antes de utilizá-lo rotineiramente;

– Usar protetor solar nos pés;

– Recomendações para situações especiais (feriados, passeios longos, ocasiões

sociais como casamentos e formaturas) e inclusão na programação de períodos de

repouso para os pés.

C) Pessoas com DM e

presença de úlceras

(Categoria 3)

Abordar, além dos itens (A) e (B), também os seguintes:

– Lembrar que infecções podem ocorrer e progredir rapidamente;

– A detecção e o tratamento precoce de lesões aumentam as chances de um bom

desfecho;

– Repouso apropriado do pé/perna doente é fundamental no processo de cura;

– Sinais e sintomas que devem ser observados e comunicados aos profissionais de

Saúde envolvidos no cuidado da pessoa: alterações no tamanho da ulceração e cor

da pele (vermelhidão) ao redor da úlcera; marcas azuladas tipo hematomas e/ou

escurecimento da pele, observar tipo de secreção (purulenta ou úmida onde antes

era seca), surgimento de novas ulceras ou bolhas nos pés;

– Se dor (úlcera fica dolorosa ou desconfortável ou pé lateja) retornar à UBS;

– Procurar a UBS imediatamente se perceber mudança no odor dos pés ou da lesão

ou se ocorrer edema e/ou sensação de mal-estar (febre, sintomas tipo resfriado, ou

sintomas do diabetes mal controlado).

Como demostrado no quadro acima a alternativa INCORRETA é:

Alternativa (c): Cortar as unhas em forma arredondada, buscando extrair todas as

cutículas e cantos das unhas não é uma recomendação, pois esse procedimento pode

ocasionar alguma lesão.

Gabarito letra C.

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6 - Tuberculose

Meus amigos, em praticamente toda prova de concurso de enfermagem é abordada

uma questão sobre a Tuberculose. Devido à importância deste assunto, vamos nos debruçar

sobre ele de forma aprofundada.

68. (UFRJ-RJ/2013/RP) De acordo com Cadernos de Atenção Básica - nº 21 (MS, 2008) a

tuberculose pulmonar é definida como positiva quando o paciente apresentar:

a) uma baciloscopia direta negativa e imagem radiológica sugestiva de tuberculose.

b) uma baciloscopia direta positiva e cultura negativa.

c) uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose.

d) uma baciloscopia direta negativa e cultura positiva.

e) duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura negativa.

COMENTÁRIOS:

A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o

Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de koch (bk). O termo

tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos.

A tuberculose pulmonar é definida como positiva quando o paciente apresentar:

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C.

I • Duas baciloscopias diretas positivas, ou ;

II • Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva, ou ;

III • Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva

de tuberculose, ou ;

IV • Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura positiva .

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69. (Assembleia Legislativa do Amazonas-AM/2013/FGV/RP) A prova tuberculínica é

indicada como método auxiliar no diagnóstico da tuberculose e sua leitura deve ser realizada

entre 72 e 96 horas após a aplicação, medindo–se com régua milimetrada o maior diâmetro

transverso da área de endurecimento palpável. No que se refere ao resultado, registrado em

milímetros, analise as afirmativas abaixo:

I. 0 a 4 mm - não reator - indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou com

hipersensibilidade reduzida.

II. 5 a 9 mm - reator fraco - indivíduo infectado pelo M. tuberculosis ou por outras

microbactérias.

III. 10 mm ou mais - reator forte - indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, que pode estar ou

não doente, e indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos.

Assinale:

Se somente a afirmativa I estiver correta

a) Se somente a afirmativa II estiver correta

b) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas

c) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas

d) Se todas as afirmativas estiverem corretas

COMENTÁRIOS:

A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado

proteico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É

utilizada, em adultos e crianças, para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis

(ILTB). Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o

diagnóstico da tuberculose (TB).

De acordo com Manual de Tuberculose do Ministério da Saúde36

(2011), o resultado

da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação isolada da PT, em não reator,

reator fraco e reator forte, não está mais recomendada, pois a interpretação do teste e seus

valores de corte podem variar de acordo com a população e o risco de adoecimento.

36

Disponível em: http://goo.gl/6lSCkB.

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Vejam que a questão de 2013 da FGV está desatualizada. Levando em consideração as

regras antigas, todos os itens estão corretos e o gabarito é a letra E.

70. (HGA-SP/CETRO/2013/RP) A prova tuberculínica cutânea está indicada como método

auxiliar, no diagnóstico da tuberculose, em pessoas não vacinadas com BCG. Sobre o

assunto, assinale a alternativa correta.

a) A prova tuberculínica cutânea tem por base a reação celular desenvolvida após a

inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis, e o resultado positivo

evidencia o estadiamento da doença.

b) No Brasil, a tuberculina utilizada é o PPD RT23, aplicada por via intradérmica, no terço

médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 1ml, equivalente a 2UT (Unidades

de Tuberculina).

c) A tuberculina deve ser conservada entre 2°C e 8°C, entretanto, mantém-se ativa após

congelada.

d) A leitura da prova tuberculínica é realizada entre 36 a 48 horas após a aplicação,

medindose com régua milimetrada o maior diâmetro transverso da área de endurecimento

palpável.

e) Um indivíduo que apresenta prova tuberculínica de 8mm é classificado como reator fraco,

significando que este indivíduo foi vacinado com BCG ou infectado pelo M. tuberculosis ou

por outras micobactérias.

COMENTÁRIOS:

Item A. Incorreto. Item desconexo.

Item B. Incorreto. No Brasil, a tuberculina utilizada é o PPD RT23, aplicada por via

intradérmica, no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml,

equivalente a 2UT (Unidades de Tuberculina).

Item C. Incorreto. A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura entre

2ºC e 8ºC e não deve ser exposta a luz solar direta. A técnica de aplicação, de leitura e o

material utilizado são padronizados pela OMS. Portanto, não dever ser congelada

para não perder sua eficácia e características.

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Item D. Incorreto. A aplicação e a leitura da prova tuberculínica devem ser realizadas

por profissionais treinados. Ainda assim entre leitores experientes pode haver divergências.

A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendido para

96 horas, caso o paciente falte à leitura na data agendada.

O maior diâmetro transverso da área do endurado palpável deve ser medido com régua

milimetrada transparente e o resultado, registrado em milímetros.

Item E. Correto. O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação

isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais recomendada, pois a

interpretação do teste e seus valores de corte podem variar de acordo com a população e o

risco de adoecimento.

Todavia, as bancas ainda estão explorando essa classificação em provas recentes. Por

isso, temos que compreendê-la.

De acordo com a regra antiga, no que se refere ao resultado da prova tuberculínica (PT),

registrado em milímetros, temos a seguinte classificação:

Portanto, um indivíduo que apresenta prova tuberculínica de 8mm é classificado como

reator fraco, significando que este indivíduo foi vacinado com BCG ou infectado pelo M.

tuberculosis ou por outras micobactérias.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra E.

• indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou com hipersensibilidade reduzida.

0 a 4 mm - não reator

• indivíduo infectado pelo M. tuberculosis ou por outras microbactérias.

5 a 9 mm - reator fraco

• indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, que pode estar ou não doente, e indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos.

10 mm ou mais –

Reator forte

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71. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013/RP) Assinale a alternativa que apresenta os

medicamentos que devem ser ministrados no esquema básico I, indicado nos casos novos de

todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar.

a) Rifampicina, pirazinamida e etambutol.

b) Rifampicina, isoniazida e etambutol.

c) Rifampicina, isoniazida e pirazinamida.

d) Rifampicina, etambutol e estreplomicina.

e) Pirazinamida e isoniazida.

COMENTÁRIOS:

Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu

comitê técnico assessor, reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Com base nos

resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos Medicamentos antiTB,

que mostrou aumento da resistência primaria a isoniazida (de 4,4% para 6,0%), introduz o

etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros

meses) do esquema básico.

Esquema Básico do Tratamento da Tuberculose:

A apresentação farmacológica da fase intensiva (dois primeiros meses) passa a ser em

comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (R - Rifampicina, H -

Isoniazida, Z - Pirazinamida, E - Etambutol), na seguinte dosagem: R 150mg, H 75mg, Z

400mg e E 275mg.

tratamento antigo 2 meses:

R Rifampicina H Isoniazida

Z Pirazinamida 4 meses:

R Rifampicina H Isoniazida

Inserido em 2009: o etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (2 primeiros meses).

tratamento atual 2 meses:

R Rifampicina H Isoniazida

Z Pirazinamida E Etambutol

4 meses: R Rifampicina H Isoniazida

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A segunda etapa do esquema básico do tratamento da tuberculose (4 meses) continua

sendo composta de comprimidos de doses fixas pela administração da Rifampicina e

Isoniazida (RH). Todavia, esses medicamentos passaram ser administrados em associação na

seguinte dosagem: R 300mg e H 200mg ou R 150mg e H 100mg.

Esquema Básico para o Tratamento da TB em Adultos e Adolescentes

Regime Fármacos Faixa de peso Unidade/dose Meses

Fase intensiva 2 RHZE

R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E 275mg

comprimido em dose fixa

combinada.

20kg a 35kg 2 comprimidos

2 36kg a 50kg 3 comprimidos

> 50kg 4 comprimidos

Fase de manutenção

4 RH

R 300mg, H 200mg ou R

150mg, H 100mg.

20 a 35kg 1 comprimido ou cápsula R

300, H 200mg

4 36kg a 50kg

1 comprimido ou cápsula R 300, H 200mg + 1

comprimido ou cápsulas R

150, H 100mg

> 50kg 2 comprimidos ou cápsulas

R 300, H 200mg

Vejamos alguns exemplos para fixarmos o assunto, que é recorrente em provas de

concurso:

Ex.: 1 - Um portador de TB com 30 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros

dois meses, uma dose diária de 2 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do

tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 1 comprimido ou cápsula da

associação de RH (R 300 e H 200mg).

Ex.: 2 - Um portador de TB com 40 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros

dois meses, uma dose diária de 3 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do

tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 2 comprimidos ou cápsulas da

associação de RH na seguinte proporção (1 comprimido ou cápsula de R 300 e H 200mg + 1

comprimido ou cápsula de R 150 e H 100mg).

Atenção! Na fase intensiva de tratamento da doença (dois primeiros meses),

o esquema básico é composto por apenas um comprimido com a associação

dos 4 medicamentos na seguinte dosagem: R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E

275mg.

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Ex.: 3 - Um portador de TB com 85 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros

dois meses, uma dose diária de 4 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do

tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 2 comprimidos ou cápsulas da

associação de RH na seguinte proporção (2 comprimidos ou cápsulas de R 300 e H 200mg).

Essa recomendação e a apresentação farmacológica são as preconizadas pela

Organização Mundial da Saúde e utilizadas na maioria dos países, para adultos e adolescentes.

• c

asos novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de tuberculose

pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefalica), infectados ou não por

HIV; e

• retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episodio)

ou retorno após abandono com doença ativa em adultos e adolescentes (> 10 anos), exceto

a forma meningoencefalica.

Gravem isso: Em todos os esquemas de tratamento da tuberculose, a medicação é de

uso diário e deverá ser administrada em uma única tomada.

Dito isto, vamos resolver a questão em tela. Fiquei muito decepcionado com o IADES,

pois essa questão, apesar de ser de 2013, explora o tratamento da TB antigo (anterior a 2009).

O gabarito apontado pela banca foi a letra C. Todavia, as alternativas A e B também

estão corretas, já que o etambutol foi inserido no esquema básico de tratamento da TB em

2009. Ademais, a letra E também não se encontra errada. O maior absurdo foi o fato dessa

questão não ter sido anulada. Que vergonha, "senhor IADES"!

Mas, o esquema básico de tratamento da tuberculose (2RHZ/4RH) é

indicado para quais grupos?

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72. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Considerando que a Tuberculose é

um problema de saúde prioritário no Brasil, é correto afirmar:

a) O agravo atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos

economicamente ativos (15 a 54 anos) e do sexo masculino.

b) A prova tuberculínica quando positiva, isoladamente, indica a presença de infecção, sendo

suficiente para o diagnóstico da Tuberculose doença.

c) Para adultos e adolescentes (> 10 anos de idade) recomenda-se a utilização de 3 fármacos

na primeira fase, ou seja, Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida e 2 fármacos na segunda

fase, ou seja, Rifampicina e Pirazinamida.

d) A Tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, por meio do ar.

Recomenda-se a adoção de precauções para transmissão por gotículas para o portador dessa

doença.

COMENTÁRIOS:

Em relação à Tuberculose, vamos analisar os itens da questão:

Item A. Correto. O agravo atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos

indivíduos economicamente ativos (15 a 54 anos) e do sexo masculino.

Item B. Incorreto. A prova tuberculínica quando positiva, isoladamente, indica a

presença de infecção, mas não é suficiente para o diagnóstico da Tuberculose, já que muitas

pessoas com prova tuberculínica positiva podem não desenvolver a doença.

Item C. Incorreto. Para adultos e adolescentes (> 10 anos de idade) recomenda-se a

utilização de 4 fármacos na primeira fase (durante 2 meses), ou seja, Rifampicina, Isoniazida,

Pirazinamida e Etambutol e 2 fármacos na segunda fase (durante 2 meses), ou seja,

Rifampicina e Isoniazida (2RHZE/4RH).

Item D. Incorreto. A Tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, por

meio do ar. Recomenda-se a adoção de precauções para transmissão por aerosóis para o

portador dessa doença.

Deste modo, o gabarito é a letra A.

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73. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) Leia o texto e as

afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que contém a resposta correta “Na

detecção de casos de tuberculose considera-se ideal: quanto maior o número de Unidades

Básicas de Saúde (UBS) e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle da

tuberculose, mais abrangente será a busca, maior será a detecção de casos, mais rápido o

início do tratamento e mais eficiente a supervisão do tratamento, o que favorece a cura e a

que ra da cadeia de transmissão” A usca ativa de casos deve ser feita principalmente entre:

I - Sintomas respiratórios, isto é, portadores de tosse com expectoração há pelo menos três

semanas.

II - Usuários de drogas e moradores de rua.

III - Portadores que apresentam sintomatologia compatível com tuberculose: além da tosse

com expectoração, febre matutina, ganho de peso, escarro sanguíneo e/ou dor abdominal.

IV - Imunodeprimidos por infecções, como o HIV.

V - Trabalhadores da área de saúde.

a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

b) Apenas as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

c) Apenas a afirmativa III está incorreta.

d) Apenas as afirmativas I e V estão incorretas.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Ministério da Saúde, quanto maior o número de Unidades Básicas de

Saúde (UBS) e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle da tuberculose,

mais abrangente será a busca, maior será a detecção de casos, mais rápido o início do

tratamento e mais eficiente a supervisão do tratamento, o que favorece a cura e a quebra da

cadeia de transmissão. A busca de casos deve ser feita principalmente entre:

• Sintomáticos respiratórios, isto é, portadores de tosse com expectoração

há pelo menos três semanas.

• Portadores que apresentem sintomatologia compatível com tuberculose:

além da tosse com expectoração, febre vespertina, suores noturnos,

perda de peso, escarro sanguíneo (hemoptóico) e/ou dor torácica.

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• Pacientes com história de tratamento anterior para tuberculose;

• Contatos de casos de tuberculose (pessoas parentes ou não que

coabitam com um paciente de tuberculose);

• Populações de risco: pessoas privadas de liberdade, asilos, instituições

psiquiátricas, abrigos;

• Portadores de doenças debilitantes (diabetes, neoplasias);

• Imunodeprimidos por uso de medicamentos;

• Imunodeprimidos por infecções, como o HIV;

• Usuários de drogas;

• Moradores de rua;

• Trabalhadores da área de saúde.

A partir do exposto, verificamos que apenas o item III está incorreto. É obvio que o

portador de tuberculose apresenta emagrecimento, febre vespertina e dor torácica.

Assim, o gabarito é a letra C.

74. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) Leia o texto e as

afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que contém a resposta correta.

“A infecção por Tu erculose pode ocorrer em qualquer idade, mas no rasil, geralmente

acontece na infância. Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se infectam,

assim como nem todas as pessoas infectadas desenvolvem a doença” A pro a ilidade de que

a Tuberculose seja transmitida depende de alguns fatores:

I - O potencial de contágio do caso índice: o doente bacilífero, isto é, com baciloscopia direta

positiva, é a principal fonte de infecção.

II - A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de ambiente em que

a exposição ocorreu: ambientes abertos, escuros e com bastante ventilação.

III - Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente.

IV - A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos.

a) Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.

b) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.

d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

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COMENTÁRIOS:

Meus amigos, as questões da CAIPIMES são bem previsíveis. Não há necessidade de

vocês decorarem todo o assunto, pois a compreensão dos temas é suficiente para acertarmos

as questões, utilizando sempre o critério da eliminação dos itens evidentemente falsos e o bom

senso.

Não precisa ser nenhum especialista em vigilância em saúde para saber que ambientes

abertos e com bastante ventilação não são fatores predisponentes para a transmissão de

tuberculose. Pelo contrário, esses fatores diminuem a quantidade de bacilo da TB no

ambiente, reduzindo a transmissão da doença.

Na verdade, são fatores que aumentam a probabilidade da transmissão da tuberculose:

• O potencial de contágio do caso índice: o doente bacilífero, isto é, com baciloscopia

direta positiva, é a principal fonte de infecção.

• A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de ambiente em

que a exposição ocorreu: ambientes fechados, escuros e com pouca ventilação.

• Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente. • A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos.

De cara, eliminamos as alternativas B, C e D, pois o item II está incorreto. Logo, o gabarito

da questão só pode ser a letra A.

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7 -HANSENÍASE

Passemos agora ao estudo a Hanseníase, que também é "queridinha" das bancas de

concursos.

75. (Prefeitura de Estância Hidromineral de Poá-SP/VUNESP/2013/RP) Assinale a

alternativa correta no que diz respeito à hanseníase.

a) A gravidez e o aleitamento contraindicam o tratamento poliquimioterápico (PQT) para a

doença.

b) O paciente de hanseníase deverá ser agendado para a tomada da dose supervisionada a cada

sete dias.

c) Entre os principais sinais e sintomas da doença pode ser citada a diminuição ou queda de

pelos, localizada ou difusa, especialmente em sobrancelhas.

d) Deve ser considerado como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou

tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos seis meses.

e) Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada por mais de 60 dias deverão ser

visitados em seus domicílios para pesquisar e intervir nas possíveis causas de falta e orientá-

los

COMENTÁRIOS:

Item A. Incorreto. A gravidez e o aleitamento não contraindicam o tratamento

poliquimioterápico (PQT) para a hanseníase.

Item B. Incorreto. O paciente de hanseníase deverá ser agendado para a tomada da dose

supervisionada a cada 30 dias.

Item C. Correto. Entre os principais sinais e sintomas da doença pode ser citada a

diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente em sobrancelhas.

Item D. Incorreto. A investigação epidemiológica de contato tem por finalidade a

descoberta de casos entre os contatos intradomiciliares.

Para fins operacionais considera-se contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que

resida ou tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos cinco anos, e não seis

meses.

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A investigação consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos

intradomiciliares dos casos detectados. Deverá ser feita a orientação quanto ao período de

incubação, transmissão, sinais e sintomas precoces da hanseníase. Deve-se ter especial

atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, já que esta situação de

adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa que deve ser controlada.

Após a avaliação, se o contato for considerado indene (não doente), avaliar cicatriz

vacinal de BCG e seguir a recomendação às novas condutas preconizadas, que não mais deve

fazer aprazamento do contato para a segunda dose.

Avaliação da cicatriz vacinal de BCG em

contato intradomiciliar

Orientação

Sem cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID

Com uma cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID

Com duas cicatrizes de BCG Não prescrever nenhuma dose de BCG

Item E. Incorreto. Em relação ao seguimento dos portadores de hanseníase, os pacientes

devem ser agendados de rotina a cada 28 dias para receberem, além das orientações e

avaliações, a administração da dose supervisionada e nova cartela com os medicamentos para

doses auto-administradas no domicilio. Nessa consulta, deve-se orientar o paciente sobre a

importância do exame dos contatos; convocá-los, agendá-los e proceder conforme disposições

da investigação de contatos intra-domiciliares.

Os procedimentos devem ser registrados em prontuários e formulários específicos. No

ato do comparecimento à unidade de saúde para receber a medicação específica preconizada,

supervisionada, o paciente deve ser submetido à revisão sistemática por médico e ou

enfermeiro responsáveis pelo monitoramento clínico e terapêutico, objetivando identificação

de estados reacionais, efeitos colaterais ou adversos aos medicamentos em uso e surgimento

de dano neural.

Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada por mais de 30 dias deverão

ser visitados em seus domicílios para pesquisar e intervir nas possíveis causas de falta e

orientá-los.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra C.

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76. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO/RP) O exame neurológico na hanseníase é

de extrema importância e compreende inspeção, palpação/percussão, avaliação funcional

(sensibilidade, força muscular) dos nervos. A partir dele, podemos classificar o grau de

incapacidade física. O exame deve ser feito na sequência crânio-caudal, isso ajuda o

profissional a sistematizar uma rotina de exame e registro. Sobre esse exame neurológico

avalie as afirmativas a seguir:

I. Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase são: Face – Trigêmeo

e Facial: podem causar alterações na face, nos olhos e no nariz; Radial, e Mediano: podem

causar alterações nos braços e nas mãos; Ulnar e Tibial: podem causar alterações nas pernas e

nos pés.

II. A avaliação neurológica deverá ser realizada: no inicio do tratamento; mensalmente,

quando possível, ou no mínimo de seis em seis meses; com maior frequência durante neurites

e reações, ou quando houver suspeita dessas, durante ou após o tratamento; na apresentação

de queixas; no ato da alta.

III. A avaliação neurológica inclui: história; ocupação e a Atividades diárias; queixas do

paciente; inspeção; palpação dos nervos; teste de força muscular; teste de sensibilidade.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas;

b) I e II, apenas;

c) I e III, apenas;

d) II e III, apenas;

e) I, II e III.

COMENTÁRIOS:

Vamos analisar cada item para melhor entendimento da questão:

Item I. Incorreto. Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase

são:

• Face – Trigêmeo e Facial: podem causar alterações na face, nos olhos e

no nariz.

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• Braços – Radial, Ulnar e Mediano: podem causar alterações nos braços

e nas mãos.

• Pernas – Fibular e Tibial: podem causar alterações nas pernas e nos

pés.

Vejam que o nervo ulnar está relacionado às alterações nos braços e nas mãos, e não nas

pernas e nos pés.

Item II. Correto. A avaliação neurológica deverá ser realizada:

• No inicio do tratamento;

• Mensalmente, quando possível, ou no mínimo de seis em seis meses;

• Com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver

suspeita destas, durante ou após o tratamento;

• Na apresentação de queixas;

• No ato da alta;

Item III. Correto. A avaliação neurológica inclui:

• História;

• Ocupação e atividades diárias;

• Queixas do paciente;

• Inspeção;

• Palpação dos nervos;

• Teste de força muscular;

• Teste de sensibilidade.

Nesses termos, o gabarito é a letra D.

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77. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO/RP) Assinale a alternativa que relaciona

de maneira correta a Classificação do Grau de Incapacidade da hanseníase.

a) Grau 2 - Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos;

b) Grau 2 - Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e/ou pés (não sente 2g ou toque da

caneta);

c) Grau 2 - Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade

visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m;

d) Grau 1 - Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída.

e) Grau 1 - Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do

tornozelo.

COMENTÁRIOS:

Vamos ver quais são os graus de incapacidade da hanseníase:

GRAU CARACTERÍSTICAS

0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase.

1 Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos.

Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e/ou pés. (não sente 2g ou toque

da caneta)

2 Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade

visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m.

Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída. Pés:

lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do

tornozelo.

Isto posto, vamos resolver a questão:

Item A. Incorreto. Grau 1 - Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos;

Item B. Incorreto. Grau 1 - Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e /ou pés

(não sente 2g ou toque da caneta);

Item C. Correto. Grau 2 - Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade

corneana central; acuidade visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m;

Item D. Incorreto. Grau 2 - Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras;

reabsorção; mão caída.

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Item E. Incorreto. Grau 2 - Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé

caído; contratura do tornozelo.

O gabarito, portanto, é a letra C.

78. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013/RP) As formas de manifestação clínica da hanseníase

são quatro: indeterminada, tuberculoide, virchowiana e dimorfa. Assinale a alternativa que

caracteriza corretamente a forma virchowiana da doença.

a) Caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrônicas),

únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade.

b) Caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões de pele, que podem ser

eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de distribuição simétrica.

c) Caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas,

eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definida.

d) Clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma

indeterminada. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum

bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos.

e) Caracteriza-se por lesões bem delimitadas hipercoradas, geralmente localizadas nas

extremidades.

COMENTÁRIOS:

Vamos estudar no quadro abaixo as 4 formas de manifestação clínica da hanseníase,

conforme o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, 7ª edição37

:

Classificação das Formas Clínicas da Hanseníase

Formas

clínicas Características Baciloscópicas Classificação operacional

vigente para a rede

pública

Indeterminada

(HI)

Áreas de hipo ou anestesia, parestesias,

manchas hipocrômicas e/ou

eritemohipocrômicas, com ou sem diminuição

Negativa

da sudorese e rarefação de pêlos. Paucibacilar (PB)

37

Disponível em: http://goo.gl/A6OmuL.

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Tuberculóide

(HT)

Placas eritematosas, eritemato-hipocrômicas,

até 5 lesões de pele bem delimitadas, hipo ou

anestésicas, podendo ocorrer

comprometimento de nervos.

Negativa

Dimorfa

(HD)

Lesões pré-foveolares (eritematosas planas

com o centro claro). Lesões foveolares

(eritematopigmentares de tonalidade

ferruginosa ou pardacenta), apresentando

alterações de sensibilidade.

Positiva (bacilos e

globias ou com

raros bacilos) ou

negativa.

Multibacilar (MB)

mais de 5 lesões

Virchowiana

(HV)

Eritema e infiltração difusos,

placas

eritematosas de pele, infiltradas e de bordas

mal definidas, tubérculos e nódulos,

madarose, lesões das mucosas, com alteração

de sensibilidade.

Positiva (bacilos

abundantes e

globias).

Passemos agora par análise das alternativas:

Item A. Forma indeterminada – caracteriza-se clinicamente por manchas

esbranquiçadas na pele (manchas hipocrônicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e

com alteração de sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com

preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de troncos nervosos

e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades. A

baciloscopia de raspado intradérmico é quase sempre negativa.

Item B. Forma virchoviana – caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões

de pele que podem ser eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de

distribuição simétrica. Nos locais em que a infiltração for mais acentuada podem se formar

pápulas, tubérculos, nódulos e placas chamadas genericamente de hansenomas. Pode haver

infiltração difusa da face e de pavilhões auriculares com perda de cílios e supercílios. Esta

forma constitui uma doença sistêmica com manifestações viscerais importantes,

especialmente nos episódios reacionais, onde olhos, testículos e rins, entre outras estruturas,

podem ser afetados. Existem alterações de sensibilidade das lesões de pele e acometimento

dos troncos nervosos, porém, não tão precoces e marcantes como na forma tuberculóide. A

baciloscopia de raspado intradérmico é positiva com grande número de bacilos.

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Item C. Forma tuberculóide – caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele,

com bordas bem delimitadas, eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem

definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As

lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também ocorrer cura espontânea.

O comprometimento de troncos nervosos ocorre, geralmente, de forma assimétrica, sendo,

algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. A baciloscopia de raspado

intradérmico é negativa.

Item D. Forma dimorfa - clinicamente oscila entre as manifestações da forma

tuberculóide e as da forma virchoviana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com

pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma

mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento

neurológico troncular e os episódios reacionais são frequentes, podendo esses pacientes

desenvolver incapacidades e deformidades físicas. A baciloscopia de raspado intradérmico

pode ser positiva ou negativa.

Item E. Não descreveu uma forma clínica da hanseníase.

A partir do exposto, o gabarito é a letra B.

79. (ILSL-BAURU-SP/IBFC/2012/RP) Geralmente a Hanseníase manifesta-se por meio de

lesões de pele com diminuição ou ausência de sensibilidade ou lesões dormentes, em

decorrência do acometimento dos ramos periféricos cutâneos. Correlacione as lesões com as

respectivas características, enumerando-as de cima para baixo, e a seguir assinale a sequência

correta:

(1) Manchas esbranquiçadas ou

avermelhadas

(2) Pápulas Infiltrações

(3) (3) Tubérculos

(4) (4) Nódulos

( ) alteração na espessura da pele, de forma difusa.

( ) alteração na cor da pele, sem relevo.

( ) lesão sólida, elevada (caroços externos).

( ) lesão sólida, com elevação superficial e

circunscrita.

( ) lesão sólida, mais palpável que visível (caroços

internos).

a) 1,2,3,4,5.

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b) 1,2,5,4,3.

c) 4,1,5,2,3.

d) 3,1,4,2,5.

COMENTÁRIOS:

Vamos fazer as devidas associações:

3 - Infiltrações - alteração na espessura da pele, de forma difusa.

1 - Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas - alteração na cor da pele, sem relevo.

4 - Tubérculos - lesão sólida, elevada (caroços externos).

2 - Pápulas - lesão sólida, com elevação superficial e circunscrita.

5 - Nódulos - lesão sólida, mais palpável que visível (caroços internos).

Para visualização de imagens dessas lesões e aprofundamento do assunto, acessem o

Caderno de Atenção Básica nº 21 – Vigilância em Saúde38

.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

80. (HU-UNB-DF/IBFC/2013/RP) A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de

evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatológicos e

neurológicos. Considerando os sinais e sintomas dermatológicos mais comuns e suas

características, correlacione as colunas, enumerando-as de cima para baixo, e a seguir assinale

a alternativa correta.

(1) Mancha pigmentar ou

discrômica.

( ) aumento da espessura e consistência da

pele, com menor evidência dos sulcos, limites

imprecisos, acompanhando-se às vezes, de

eritema discreto. Pela vitropressão, surge

fundo de cor café com leite.

(2) Placa ( ) lesão sólida, circunscrita, elevada ou não,

de 1 a 3 cm de tamanho. É processo

patológico que localiza-se na epiderme, derme

e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável

que visível.

(3) Infiltração ( ) é lesão que se estende em superfície por

vários centímetros. Pode ser individual ou

constituir aglomerado de lesões.

(4) Nódulo ( ) resulta da ausência, diminuição, ou

aumento de melanina ou depósito de outros

pigmentos ou substâncias na pele.

38

Disponível em: http://goo.gl/fdO7ux.

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a) 3, 4, 2, 1.

b) 1, 2, 3, 4.

c) 4, 3, 2, 1.

d) 1, 2, 4, 3.

COMENTÁRIOS:

Vamos fazer as devidas associações:

3 - Infiltração - aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos

sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se às vezes, de eritema discreto. Pela

vitropressão, surge fundo de cor café com leite;

4 - Nódulo - lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É

processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão

mais palpável que visível;

2 - Placa - é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser

individual ou constituir aglomerado de lesões;

1 - Mancha pigmentar ou discrômica - resulta da ausência, diminuição, ou aumento

de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.

Meus amigos, esse tipo de questão é resolvido mais facilmente por eliminação. Vejam

que a letra A é única em que o item 4 (nódulo) está na segunda coluna.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

81. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) A Hanseníase é uma

doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública, pois tem alto poder

incapacitante. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à

capacidade de penetração do Mycobacterium leprae na célula nervosa e seu poder

imunogênico. Sobre a classificação da doença Hanseníase é correto afirmar que:

a) Multibacilar (MB) – é quando o paciente apresenta menos de 5 lesões de pele e/ou apenas

um tronco nervoso acometido.

b) Paucibacilar (PB) – é quando o paciente apresenta mais de 5 lesões de pele e dois troncos

nervosos acometidos.

c) Paucibacilar (PB) – é quando o paciente apresenta menos de 5 lesões de pele e/ou apenas

um tronco nervoso acometido.

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d) Multibacilar (MB) – é quando o paciente apresenta mais de 15 lesões de pele e apenas um

tronco nervoso acometido.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Ministério da Saúde, visando o tratamento com o esquema PQT/OMS

(poliquimioterapia), a classificação operacional do caso de hanseníase é baseada no número

de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios:

• Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele;

• Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele.

Antigamente, a classificação proposta pelo Ministério da Saúde era a seguinte:

• Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele e ou apenas um tronco

nervoso acometido;

• Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele e ou mais de um

tronco nervoso acometido.

Independentemente da classificação, a única alternativa correta é a letra C.

82. (Prefeitura de Paulista-PE/IPAD/2013/RP) Sobre Hanseníase, é incorreto afirmar:

a) Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium

leprae;

b) O Reservatório é o homem, reconhecido como única fonte de infecção, embora tenham

sido identificados animais naturalmente infectados;

c) O bacilo causador tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta

infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade);

d) O principal modo de transmissão se dá pela via aérea superior, sendo o trato respiratório a

mais provável via de entrada do M. leprae no corpo;

e) O Ministério da Saúde recomenda o tratamento à base de Rifampicina e Cloroquina;

COMENTÁRIOS:

O tratamento da hanseníase é a Poliquimioterapia (PQT/OMS), sendo constituída por

rifampicina, dapsona e clofazimina acondicionados em quatro (quatro) tipos de cartelas,

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com a composição de acordo com a classificação operacional de cada caso: Paucibacilar

Adulto, Paucibacilar Infantil, Multibacilar Adulto e Multibacilar Infantil.

O tratamento da hanseníase é ambulatorial, utilizando-se os esquemas terapêuticos

padronizados de acordo com a classificação operacional.

Esquema terapêutico para casos PAUCIBACILARES: 6 cartelas

Adulto • Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300

mg) com administração supervisionada na unidade de saúde;

• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na

unidade de saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada.

Criança • Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150

mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração supervisionada;

• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada e dose

diária de 50 mg autoadministrada.

Duração: 6 doses.

Seguimento dos casos: comparecimento mensal na unidade de saúde para dose supervisionada.

Critério de alta: o tratamento estará concluído com 6 doses supervisionadas em até 9 meses. Na 6ª dose,

os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do

grau de incapacidade física e receber alta por cura.

Passemos agora para o esquema terapêutico dos casos MULTIBACILARES (12

cartelas).

Esquema terapêutico para casos MULTIBACILARES: 12 cartelas

Adulto • Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de

300 mg) com administração supervisionada na unidade de saúde;

• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na

unidade de saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada;

• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de

100mg) com administração supervisionada na unidade de saúde e

uma dose diária de 50 mg autoadministrada.

Criança • Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de

150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração supervisionada

na unidade de saúde;

• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada na

unidade de saúde e dose diária de 50 mg autoadministrada.

• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150 mg (3 cápsulas de

50 mg) com administração supervisionada na unidade de saúde e

uma dose de 50 mg autoadministrada em dias alternados.

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Duração: 12 doses.

Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada.

Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 meses. Na

12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica

simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura.

Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, com presença de lesões

ativas da doença, no final do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas) deverão ser

encaminhados para avaliação em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional)

para verificar a conduta mais adequada para o caso.

Dito isto, verificamos claramente que o gabarito da questão é a letra E.

83. (Prefeitura de Cachoeirinha-RS/Fundatec/2011/RP) Em relação à prevenção de

incapacidades e reabilitação da Hanseníase, uma das formas de medir a presença de

sensibilidade cutânea é a prática do teste de avaliação de sensibilidade com estensiômetro,

usando os monofilamentos de nylon, registrando o resultado e colorindo os pontos específicos

com a cor correspondente ao primeiro monofilamento que o paciente sentir. Quando se utiliza

o fio 4,0 g, que corresponde à perda da sensibilidade protetora na mão e, às vezes, no pé, bem

como à perda da discriminação de textura e da capacidade de discriminar formas e

temperatura, a cor utilizada é:

a) Vermelho circular.

b) Verde.

c) Violeta.

d) Vermelho fechado.

e) Preto.

COMENTÁRIOS:

Essa questão da Fundatec evidencia como a maioria das bancas da área da saúde

exploram questões decorebas. Tenho certeza que você não esquecerá jamais esse assunto, pois

aprenderá a partir da resolução de questão (isso ativa a área cerebral da atenção). A fixação será

maior do que a simples leitura do assunto no manual do Ministério da Saúde.

A técnica de avaliação da sensibilidade com estesiômetro é feita da seguinte forma:

• Antes de iniciar o teste, retire os monofilamentos do tubo e encaixe-os

cuidadosamente no furo lateral do cabo. Disponha-os em ordem crescente do mais fino

para o mais grosso;

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• Segure o cabo do instrumento de modo que o filamento de nylon fique

perpendicular à superfície da pele, a uma distância de aproximadamente dois cm. A

pressão na pele deve ser feita até obter a curvatura do filamento sem permitir que o

mesmo deslize sobre a pele (figura);

• O teste começa com o monofilamento mais fino - 0,05g (verde). Se o paciente

não sente o monofilamento, utilize o 0,2g (azul) e assim sucessivamente;

• Aplique os filamentos de 0,05g (verde) e 0,2 (azul) com três toques seguidos

sobre a pele testada; nos demais monofilamentos, teste somente com um toque;

• Repita o teste, em caso de dúvida;

• Aplique o teste nos pontos específicos correspondentes aos nervos da mão e

do pé.

Figura 1 - Conjunto de monofilamentos de Semmes-Weinstein

(Fonte: Ministério da Saúde, 2008).

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Vamos apresentar no quadro abaixo as características do uso do monofilamento na

avaliação da sensibilidade:

Conforme classificação da tabela acima, verificamos que o gabarito da questão só pode

ser a letra D.

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84. (Prefeitura de Cuiabá – MT/ FUNCAB /2013/JM) A tuberculose é uma doença

transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, através do ar. A fala, o espirro e,

principalmente, a tosse de um doente de tuberculose pulmonar bacilífera lançam no ar

gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo. Após a infecção pelo, o

período de incubação da doença transcorre, em média, de:

A) 4 a 12 semanas.

B) 3 a 7 semanas.

C) 6 meses após a infecção inicial.

D) 3 a 6 semanas.

E) 11 meses após a detecção de lesões primárias.

COMENTÁRIOS5:

A tuberculose é causada pelo M. tuberculosis, também conhecido como bacilo de

Koch (BK). O principal reservatório da doença é o homem. A transmissão se dá de pessoa a

pessoa, principalmente através do ar. Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem em

media, 4 a 12 semanas (período de incubação) para detecção das lesões primarias.

A transmissibilidade se dá enquanto o doente estiver eliminando bacilos e não houver

iniciado o tratamento. O tratamento da tuberculose deve ser feito em regime ambulatorial,

supervisionado, no serviço de saúde mais próximo a residência do doente. As principais

drogas utilizadas são: Isoniazida (H), Rifampicina (R), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E).

Esquema básico de tratamento do adulto.

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Esquema para tratamento de tuberculose meningoencefálica para adultos e adolescentes

(a partir de 10 anos de idade).

Gabarito letra A.

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8 - Dengue

Meus amigos, vamos tratar agora de outro tema muito prevalente nas provas de

enfermagem.

85. (UFRJ-RJ/2013/RP) Assinale a alternativa que apresenta apenas os sinais de alarme do

quadro clínico da dengue:

a) dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; diminuição da diurese; cefaleia.

b) hipotensão postural e/ou lipotímia; hepatomegalia dolorosa; exantema.

c) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena); dor

retroorbitária.

d) aumento repentino do hematócrito; queda abrupta de plaquetas; desconforto respiratório,

diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia.

e) prostração, mialgias, artralgias, sonolência e/ou irritabilidade.

COMENTÁRIOS:

A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo

desde formas oligossintomaticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito.

Na apresentação clássica (dengue clássica), a primeira manifestação é a febre,

geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias,

artralgias, dor retro-orbitária (dor ao redor dos olhos). O exantema clássico, presente em

50% dos casos, e predominantemente do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e

membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e mãos, podendo apresentar-se sob

outras formas com ou sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre.

Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes. Segundo Brito (2007), a diarreia,

presente em 48% dos casos, habitualmente não e volumosa, cursando apenas com fezes

pastosas numa frequência de três a quatro evacuações por dia, o que facilita o diagnóstico

diferencial com gastroenterites de outras causas.

Para compreensão geral do assunto, vejamos abaixo as diferenças entre Dengue clássico

(DC), Febre hemorrágica da dengue (FHD) e Síndrome do choque da dengue (SCD):

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Dengue clássico (DC): a febre é o primeiro sintoma, sendo geralmente alta (39º a

40°C), com início abrupto, associada à cefaléia, prostação, mialgia, artralgia, dor

retroorbitária, exantema maculo papular e acompanhado ou não de prurido. Também pode

haver quadros diarréicos, vômitos, náuseas e anorexia. A doença tem duração média de 5 a 7

dias; o período de convalescença pode se estender de poucos dias a várias semanas,

dependendo do grau de debilidade física causada pela doença.

Febre hemorrágica da dengue (FHD): os sintomas iniciais da FHD são semelhantes

aos do DC, até o momento em que ocorre a defervescência da febre, o que ocorre geralmente

entre o 3° e o 7° dias de evolução da doença, com posterior agravamento do quadro,

aparecimento de manifestações hemorrágicas espontâneas ou provocadas, trombocitopenia

(plaquetas <100.000/mm3) e perda de plasma.

Síndrome do choque da dengue (SCD): nos casos graves de FHD, o choque ocorre

geralmente entre o 3° e o 7° dias de doença, frequentemente precedido por dor abdominal. O

choque ocorre devido ao aumento da permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração

e falência circulatória. A sua duração é curta e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou à

recuperação rápida frente terapia antichoque oportuna e apropriada. Caracteriza-se essa

síndrome por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial,

extremidades frias, pele pegajosa e agitação.

De acordo com o Ministério da Saúde, são sinais de alarme na dengue:

a) dor abdominal intensa e contínua;

b) vômitos persistentes;

c) hipotensão postural e/ou lipotímia;

d) hepatomegalia dolorosa;

e) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou

melena); f) sonolência e/ou irritabilidade;

g) diminuição da diurese;

h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;

i) aumento repentino do hematócrito;

j) queda abrupta de plaquetas;

k) desconforto respiratório.

Vamos às alternativas. Representam sinais de alarme para DENGUE:

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Item A. Incorreto. Dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; diminuição

da diurese, exceto a cefaleia que é um sinal clássico da doença.

Item B. Incorreto. Hipotensão postural e/ou lipotímia; hepatomegalia dolorosa; exceto

o exantema que é um sinal clássico da doença.

Item C. Incorreto. Sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese

e/ou melena); exceto a dor retroorbitária que é um sinal clássico da doença.

Item D. Correto. Aumento repentino do hematócrito; queda abrupta de plaquetas;

desconforto respiratório, diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia.

Item E. Incorreto. Sonolência e/ou irritabilidade, exceto a prostração, mialgias,

artralgias que são sinais clássicos da doença.

Deste modo, o gabarito é letra D.

86. (Prefeitura de Indaiatuba-SP/IBC/2013/RP) São casos suspeitos de DENGUE: Todo

paciente que apresente doença febril aguda com duração de até sete dias, acompanhada de

pelo menos dois dos sintomas, como cefaléia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias,

prostração ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias. Além de ter estado,

nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a

presença de Aedes aegypti. A presença de sinais de alarme, relacionados a seguir, indica a

possibilidade de gravidade do quadro clínico e de evolução para dengue hemorrágica e/ou

síndrome do choque da dengue. Assinale a alternativa que representa sinais de alarme para

DENGUE:

a) dor abdominal intensa e contínua e hipertensão postural

b) hepatomegalia dolorosa e insônia

c) aumento expressivo da diurese e hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena)

d) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia e desconforto respiratório

COMENTÁRIOS:

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Meus amigos, percebam como essa questão é querida pelas bancas. De acordo com o

Ministério da Saúde, são sinais de alarme na dengue:

a) dor abdominal intensa e contínua;

b) vômitos persistentes;

c) hipotensão postural e/ou lipotímia;

d) hepatomegalia dolorosa;

e) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena); f)

sonolência e/ou irritabilidade;

g) diminuição da diurese;

h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;

i) aumento repentino do hematócrito;

j) queda abrupta de plaquetas;

k) desconforto respiratório.

Vamos às assertivas. Representam sinais de alarme para DENGUE:

Item A. Incorreto. Dor abdominal intensa e contínua e hipotensão (hipertensão)

postural. No choque, temos a hipotensão, e não a hipertensão.

Item B. Incorreto. Hepatomegalia dolorosa e sonolência (insônia).

Item C. Incorreto. Diminuição (aumento expressivo) da diurese e hemorragias

importantes (hematêmese e/ou melena).

Item D. Correto. Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia e

desconforto respiratório.

Verificamos claramente que o gabarito é a letra D.

87. (Prefeitura de Indaiatuba-SP/IBC/2013/RP) Em relação a DENGUE: Cabe ao

profissional de enfermagem coletar e registrar dados da forma mais detalhada possível no

prontuário do paciente. Esses dados são necessários para o planejamento e a execução dos

serviços de assistência de enfermagem. No roteiro de atendimento começando pelo histórico

de enfermagem, alguns aspectos precisam ser observados, entre eles estão:

I - Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar, frequência respiratória, temperatura.

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II - No segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia, ascite, timpanismo, macicez.

III - Questionar e anotar no prontuário a data do início dos sintomas.

a) I, II e II estão corretas

b) II e III estão corretas

c) I e III estão corretas

d) I e II estão corretas

COMENTÁRIOS:

As ações descritas estão de acordo diretrizes do Ministério da Saúde. São evidentemente

corretas. Logo, o gabarito é a letra A.

88. (Prefeitura de Paulista-PE/IPAD/2013/RP) Faz parte do atendimento de enfermagem ao

paciente com suspeita de dengue. Assinale (V) para as afirmativas Verdadeiras e (F) para as

alternativas Falsas. E em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta:

( ) Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar, frequência respiratória e temperatura;

( ) Pesquisar sinais de alarme (dor abdominal, vômitos persistentes, Hipotensão postural e/ou

lipotímia e hepatomegalia dolorosa);

( ) Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal (IMC).

( ) Realizar prova do laço na ausência de manifestações

hemorrágicas ( ) Realizar a notificação e investigação do caso;

a) V – V – V – V –V

b) F – F – F – F – F

c) V – F – F – F – V

d) V – F – V– F – V

e) F – V – V – V – F

COMENTÁRIOS:

Essa questão é clara e direta. Todos os itens estão corretos e o gabarito é a letra A.

89. (IBC-RJ/AOCP/2013/RP) Sobre a Dengue, é correto afirmar que

a) o macho do Aedes aegypti costuma picar as pessoas durante a noite, para viabilizar a

maturação dos ovos.

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b) uma das formas de transmissão é pelo contato de um doente ou suas secreções com uma

pessoa sadia.

c) a transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no

sangue do ser humano, chamado período de viremia.

d) o período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um extrínseco, que

ocorre no ser humano, e outro intrínseco, que ocorre no vetor.

e) a dengue é uma doença benigna que não evolui para quadros mais graves, por isso o

tratamento é sintomático com analgésicos e antitérmicos.

COMENTÁRIOS:

Para melhor compreensão do assunto, vamos analisar cada assertiva:

Item A. Incorreto. A fêmea, e não o macho, do Aedes aegypti costuma picar as

pessoas durante o dia, para viabilizar a maturação dos ovos.

Item B. Incorreto. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas

secreções com uma pessoa sadia, nem em fontes de água ou alimento.

Item C. Correto. O período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um

intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor.

A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de

vírus no sangue do ser humano, chamado período de viremia.

O homem está apto a infectar o mosquito a partir de 1º dia antes do aparecimento dos

sintomas até o 6º dia da doença.

90. (IF-GO/UFG/201/RP) A síndrome do choque da dengue (SCD) caracteriza-se por sinais

de insuficiência circulatória evidenciada por:

a) aumento da pressão de pulso, confusão e agitação.

b) perfusão capilar prolongada (> 2 seg), pele fria, úmida e mosqueada.

c) bradipneia, oligúria e sonolência.

d) hipertermia, frequência respiratória maior que 40 rpm e torpor.

COMENTÁRIOS:

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Síndrome do choque da dengue (SCD): nos casos graves de febre hemorrágica da

dengue (FHD, o choque ocorre geralmente entre o 3° e o 7° dias de doença, frequentemente

precedido por dor abdominal. O choque ocorre devido ao aumento da permeabilidade

vascular (extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos), seguida de hemoconcentração

(aumento do hematócrito) e falência circulatória. A sua duração é curta e pode levar a óbito

em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida frente terapia antichoque oportuna e apropriada.

Caracteriza-se essa síndrome por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso

e arterial, extremidades frias, pele pegajosa e agitação.

A SCD caracteriza-se por sinais de insuficiência circulatória demonstrada por:

• pulso rápido e fraco;

• diminuição da pressão de pulso (menor ou igual a 20 mmHg) ou

hipotensão para a idade;

• perfusão capilar prolongada (>2 seg.), pele fria e úmida, mosqueada;

• ausência de febre;

• taquicardia/bradicardia;

• taquipneia;

• oliguria;

• agitação ou torpor.

Agora, vamos às nossas alternativas. A SCD caracteriza-se por sinais de insuficiência

circulatória evidenciada por:

Item A. Diminuição (aumento) da pressão de pulso, confusão e agitação.

Item B. perfusão capilar prolongada (> 2 seg), pele fria, úmida e mosqueada.

Item C. Taquipneia (bradipneia), oligúria e sonolência.

Item D. Ausência de febre hipertermia, taquipneia e torpor.

Nesses termos, o gabarito é a letra B.

Vejam, no esquema abaixo, o modo de transmissão da dengue:

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Figura 2 - Modo de Transmissão da Dengue (Ministério da Saúde).

Portanto, é correto afirmar que a transmissão do ser humano para o mosquito ocorre

enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano, chamado período de viremia.

Item D. Incorreto. O período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos:

um intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor

(Aedes aegypti).

• Intrínseco -> ocorre no ser humano;

• Extrínseco -> ocorre no vetor (Aedes aegypti).

Item E. Incorreto. A dengue é uma doença que pode evoluir para quadros mais graves

(febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue), sendo fatal em boa

parte deles.

Nesses termos, o gabarito é a letra C.

91. (HGA-SP/CETRO/2013/RP) Analise as assertivas abaixo sobre a assistência de

enfermagem a pacientes com suspeita de dengue.

I. A prova do laço deverá ser realizada, obrigatoriamente, em todos os casos suspeitos de

dengue durante o exame físico, sendo importante para a detecção da fragilidade capilar

presente na febre hemorrágica da dengue.

II. O exame de sorologia para dengue deve ser realizado a partir do sexto dia do início dos

sintomas, devendo ser solicitado para todos os casos suspeitos, em período não epidêmico.

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III. A notificação deve ser feita para todos os casos que apresentarem confirmação

laboratorial, imediatamente após a liberação do resultado da sorologia.

IV. O hemograma indicando aumento abrupto do número de plaquetas é indicativo de

quadros de dengue clássica. É correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.

b) I, II e IV, apenas.

c) II, III e IV, apenas.

d) I e III, apenas.

e) II e IV, apenas.

COMENTÁRIOS:

Item I. Correto. A Prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos

de dengue, principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como

alerta, devendo ser utilizado rotineiramente na prática clínica como um dos elementos de

triagem na dengue, e na presença da mesma, alertar ao médico que o paciente necessita de um

monitoramento clínico e laboratorial mais estreito. A prova do laço positiva também reforça o

diagnóstico de dengue.

A Prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente

com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A prova deverá ser

repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.

Vejamos abaixo, como deve ser realizada a prova do laço:

Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por

exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de

pressão arterial é de 80 mmHg.

Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e

três minutos em crianças.

Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de

petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias

em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis

petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos.

Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para adultos e

crianças, a mesma pode ser interrompida.

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A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o

choque.

Portanto, a prova do laço deverá ser realizada, obrigatoriamente, em todos os casos

suspeitos de dengue durante o exame físico, sendo importante para a detecção da fragilidade

capilar presente na febre hemorrágica da dengue.

Item II. Correto. Isolamento viral/sorologia – a solicitação do isolamento

viral/sorologia será orientada de acordo com a situação epidemiológica:

em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os casos suspeitos;

em períodos epidêmicos, solicitar o exame em todo paciente grave e grupos especiais

e/ou risco social ou com dúvidas no diagnóstico, além de seguir as orientações da

Vigilância Epidemiológica de cada região.

Então, em regra, o exame de sorologia para dengue deve ser realizado a partir do sexto

dia do início dos sintomas, devendo ser solicitado para todos os casos suspeitos, em período

não epidêmico.

Item III. Incorreto. Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado a

Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas graves da doença.

Vejam que não há necessidade de a notificação da dengue ser feita somente após a

confirmação laboratorial. Ademais, em períodos epidêmicos, não é necessária a realização de

exames laboratoriais. A notificação utiliza critérios clínicos e epidemiológicos.

Item IV. Incorreto. Nos pacientes do Grupo A (dengue clássica) não há

hemoconcentração nem queda abrupta de plaquetas. Na FHD/SCD, ocorre a plaquetopenia.

Em nenhum caso da dengue, há aumento de plaquetas.

De acordo com o Ministério da Saúde, são sinais de alarme na dengue:

a) dor abdominal intensa e contínua;

b) vômitos persistentes;

c) hipotensão postural e/ou lipotímia;

d) hepatomegalia dolorosa;

e) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou

melena); f) sonolência e/ou irritabilidade;

g) diminuição da diurese;

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h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;

i) aumento repentino do hematócrito;

j) queda abrupta de plaquetas;

k) desconforto respiratório.

O hemograma indicando aumento abrupto do número de plaquetas é indicativo de

quadros graves da dengue.

Diante do exposto, o gabarito só pode ser a letra A.

92. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) A prova do laço deverá ser

realizada obrigatoriamente em todos os casos suspeitos de dengue durante o exame físico. A

partir disso é correto afirmar que:

a) a prova do laço será considerada positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10

ou mais petéquias em crianças.

b) a prova do laço será considerada positiva se houver 40 ou mais petéquias em adultos e 20

ou mais petéquias em crianças.

c) após verificar a pressão arterial, deve-se insuflar novamente o manguito até o valor da

pressão arterial máxima e manter por 10 minutos em adultos e 5 minutos em crianças.

d) após verificar a pressão arterial, deve-se insuflar novamente o manguito até o valor da

pressão arterial mínima e manter por 10 minutos em adultos e 5 minutos em crianças.

COMENTÁRIOS:

A Prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue,

principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como alerta, devendo

ser utilizado rotineiramente na prática clínica como um dos elementos de triagem na dengue, e

na presença da mesma, alertar ao médico que o paciente necessita de um monitoramento

clínico e laboratorial mais estreito. A prova do laço positiva também reforça o diagnóstico de

dengue.

A Prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente

com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A prova deverá ser

repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.

Vejamos abaixo, como deve ser realizada a prova do laço:

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Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por

exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de

pressão arterial é de 80 mmHg;

Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e

três minutos em crianças;

Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de

petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias

em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis

petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos;

Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para adultos e

crianças, a mesma pode ser interrompida;

A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o

choque.

Itens A e B. A prova do laço será considerada positiva se houver 20 ou mais petéquias

em adultos e 10 ou mais petéquias em crianças.

Itens C e D. Após verificar a pressão arterial, deve-se insuflar novamente o manguito até

o valor da pressão arterial média e manter por 5 minutos em adultos e 3 minutos em

crianças.

Dito isto, o gabarito da questão é a letra A.

93. (UFPR-2013/RP) A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a dengue é a

doença tropical que se espalha mais rapidamente no mundo e representa uma "ameaça de

pandemia". Em 2012, a dengue foi classificada como a doença viral transmitida por vetor de

mais rápida propagação, com um potencial de epidemia no mundo, registrando um aumento

de 30 vezes na incidência da doença nos últimos 50 anos. A dengue faz parte da lista de

doenças transmissíveis do Ministério da Saúde e todo caso suspeito deve ser notificado à

Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas graves da doença. Com

relação à prevenção e controle dessa doença, considere as seguintes afirmativas:

1. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de

líquidos perdidos e manutenção da atividade sanguínea. A pessoa com suspeita de dengue

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deve manter-se em repouso, aumentar a ingesta líquida (inclusive soro caseiro) e só usar

medicamentos prescritos pelo médico.

2. A prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue,

principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como alerta,

devendo o enfermeiro utilizá-la rotineiramente na prática clínica como um dos elementos

de triagem na dengue.

3. A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, no ciclo homem–Aedes

aegypti–homem. Os transmissores proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações

(casas, apartamentos, hotéis), em recipientes onde se acumula água (vasos de plantas, pneus

velhos, cisternas etc.). Portanto, para matar os ovos e dessa maneira controlar a transmissão

da doença, a orientação é secar os reservatórios de água parada, impedindo assim a

reprodução do mosquito.

4. De acordo com o manual “Dengue Manual de Enfermagem – Adulto e Criança” do

Ministério da Saúde, o manejo adequado do paciente com dengue depende do

reconhecimento precoce dos sinais de alarme, que são: presença de dor abdominal intensa e

contínua, vômitos persistentes, hipertensão, hepatomegalia dolorosa, sinais de hemorragia

(hematêmese e/ou melena), aumento da diurese, hipertermia, diminuição do hematócrito,

aumento de plaquetas e desconforto respitatório. Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.

b) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o manual “Dengue Manual de Enfermagem – Adulto e Criança” do

Ministério da Saúde, o manejo adequado do paciente com dengue depende do reconhecimento

precoce dos sinais de alarme, que são: presença de dor abdominal intensa e contínua, vômitos

persistentes, hipotensão (hipertensão), hepatomegalia dolorosa, sinais de sangramento de

mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena), diminuição (aumento) da

Page 191: APOSTILA COMPLETA DE ÉCNICO EM …...Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo

diurese, hipotermia (hipertermia), aumento repentino do (diminuição) do

hematócrito, queda abrupta de (aumento) de plaquetas e desconforto respitatório.

Dito isso, verificamos que apenas a afirmativa nº 4 apresenta-se incorreta. Por

conseguinte, o gabarito da questão é a letra B.

94. (Assembleia Legislativa do Amazonas-AM/2013/FGV/RP) O Ministério da Saúde

instituiu, em 2002, o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) que visa reduzir a

infestação pelo Aedes aegypti, a incidência da dengue e a letalidade por febre hemorrágica de

dengue. Dentre os indicadores propostos para o acompanhamento do PNCD está o de

proporção de municípios com quantitativo adequado de agentes de controle de endemias.

Essa proporção deve ser de:

a) um agente para cada 800 a 1.000 imóveis.

b) dois agentes para cada 800 a 1.000 imóveis.

c) um agente para cada 1000 a 1.500 imóveis.

d) dois agentes para cada 1000 a 1.500 imóveis.

e) um agente para cada 1500 a 2.000 imóveis.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Ministério da Saúde, dentre os indicadores de acompanhamento do

Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), recomenda-se um agente para cada 800 a

1.0 imóveis. Neste sentido, o gabarito é a letra A.

95. (Prefeitura de Cuiabá – MT/ FUNCAB /2013/JM) Doença infecciosa febril aguda, que

pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente. A primeira

manifestação é a febre, geralmente alta (39 °C a 40 °C), de início abrupto, associada à

cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, com presença ou não de exantema

e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias. As

manifestações hemorrágicas, como epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia,

hematêmese, melena, hematúria e outras, bem como a plaquetopenia, podem ser observadas

em todas as apresentações clínicas. O texto refere-se a qual doença?

A) Cólera.

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B) Brucelose.

C) Doenças diarreicas agudas.

D) Dengue.

E) Doença meningocócica.

COMENTÁRIOS5:

Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo

da forma como se apresente. A primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39 °C a 40

°C), de início abrupto, associada à cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro

orbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e

diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias. As manifestações hemorrágicas, como

epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia, hematêmese, melena, hematúria e

outras, bem como a plaquetopenia, podem ser observadas em todas as apresentações clínicas

de DENGUE.

Alternativa correta letra D.

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9 - Doenças de Notificação compulsória

96. (HU-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) “Critério para seleção de doenças e agravos

prioritários à vigilância epidemiológica que se expressa pela transmissibilidade da doença;

possibilidade da sua propagação por vetores e demais fontes de infecção, colocando sob risco

outros indivíduos ou coletividades ” Trata-se de

A) magnitude. D) transcendência.

B) severidade. E) potencial de disseminação.

C) vulnerabilidade.

COMENTÁRIOS:

Quais são os critérios para seleção de doenças e agravos prioritários à vigilância

epidemiológica?

Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória

devem obedecer aos critérios a seguir:

Magnitude – aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes

contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência,

mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.

Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da

doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.

Transcendência – expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância

especial à doença ou agravo, destacando-se:

1 - severidade, medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas;

2 - relevância social, avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à

ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de indignação;

e

3- relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, redução

da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários,

entre outros.

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Vulnerabilidade – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de

prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre

indivíduos e coletividades.

Compromissos internacionais – relativos ao cumprimento de metas continentais ou

mundiais de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos

firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. O atual Regulamento

Sanitário Internacional (RSI-2005) estabelece que sejam notificados todos os eventos

considerados de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos – são situações que

impõe notificação imediata de todos os eventos de saúde que impliquem risco de

disseminação de doenças, com o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar o

diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis. Mecanismos próprios de notificação

devem ser instituídos, com base na apresentação clínica e epidemiológica do evento.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra E.

97. (Fiocruz/FGV/2010) Com relação aos critérios para a inclusão de doenças e agravos na

lista de notificação compulsória, analise as afirmativas a seguir:

I. O potencial de disseminação é representado pelo elevado poder de transmissão da doença,

através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.

Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória devem obedecer aos critérios a seguir

Potencial de disseminação

Transcendência Vulnerabilidade Compromissos internacionais

Magnitude

Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos

Page 195: APOSTILA COMPLETA DE ÉCNICO EM …...Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo

II. A relevância econômica de uma doença ou agravo é avaliada por prejuízos decorrentes de

restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos

assistenciais e previdenciários, entre outros.

III. A vulnerabilidade de uma doença ou agravo é medida pela disponibilidade concreta de

instrumentos específicos de prevenção e controle do evento, propiciando a atuação efetiva dos

serviços de saúde sobre indivíduos e coletividades.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver corretas.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

COMENTÁRIOS:

Vejamos as definições dos conceitos apresentados na questão:

Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da

doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.

Transcendência – expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância

especial à doença ou agravo, destacando-se:

1 - severidade, medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas;

2 - relevância social, avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade

à ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de

indignação; e

3 - relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de restrições

comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos

assistenciais e previdenciários, entre outros.

Vulnerabilidade – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de

prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre

indivíduos e coletividades.

O gabarito da questão é a letra E, pois todos os itens da questão estão corretos.

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98. (Prefeitura de Carangola-MG/IDECAN/2012) Sobre o sistema de notificação, analise.

I. A simples suspeita de uma doença é motivo suficiente para notificá-la.

II. A notificação é sigilosa, só sendo divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de

risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato do paciente.

III. O meio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de

casos, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

a) I

b) II

c) I, II

d) II, III

e) I, II, III

COMENTÁRIOS:

A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de

saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência

ao paciente.

A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença

ou agravo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela Secretaria de

Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).

A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação

compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por

estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de

hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa.

A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação

compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles

tenha conhecimento.

Mesmo assim, sabe-se que a notificação nem sempre é realizada, o que ocorre por

desconhecimento de sua importância e, também, por descrédito nas ações que dela devem

resultar. A experiência tem mostrado que o funcionamento de um sistema de notificação é

diretamente proporcional à capacidade de se demonstrar o uso adequado das informações

recebidas, de forma a conquistar a confiança dos notificantes.

Page 197: APOSTILA COMPLETA DE ÉCNICO EM …...Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo

O sistema de notificação deve estar permanentemente voltado para a sensibilização dos

profissionais e das comunidades, visando melhorar a quantidade e a qualidade dos dados

coletados, mediante o fortalecimento e a ampliação da rede. Todas as unidades de saúde

(públicas, privadas e filantrópicas) devem fazer parte do sistema, como, também, todos os

profissionais de saúde e mesmo a população em geral.

Aspectos que devem ser considerados na notificação:

• Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a confirmação do

caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir

eficazmente.

• A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário

em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.

• O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos,

configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de

eficiência do sistema de informações.

Além da notificação compulsória, o Sistema de Vigilância Epidemiológica pode definir

doenças e agravos como de notificação simples. O Sistema Nacional de Agravos de

Notificação (Sinan) é o principal instrumento de coleta dos dados de notificação compulsória.

Dito isto, vamos analisar cada item da questão:

Item I. Correto. A simples suspeita de uma doença é motivo suficiente para notificá-la.

Não se deve aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar

perda da oportunidade de intervir eficazmente.

Item II. Correto. A notificação é sigilosa, só sendo divulgada fora do âmbito médico

sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato do

paciente.

Item III. Correto. O meio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito

mesmo na ausência de casos, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de

informações. São as notificações negativas.

O gabarito da questão é a letra E, pois todas as afirmativas estão corretas.

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99. (Prefeitura de Paulo Jacinto-AL/2011/IDECAN) Analise abaixo as justificativas que

discorrem sobre a importância da notificação de doenças:

I. Oferece dados que ajudam descobrir as fontes de infecção.

II. Ajuda estabelecer níveis endêmicos.

III. Colabora na descoberta de casos não conhecidos, associados àqueles notificados.

IV. Proporciona o conhecimento aleatório das doenças.

Estão corretas apenas as alternativas:

a) I, III, IV

b) I, II, III

c) II, III, IV

d) I, II, III, IV

e) II, IV

COMENTÁRIOS:

A notificação de doenças:

I - oferece dados que ajudam descobrir as fontes de infecção;

II - ajuda estabelecer níveis endêmicos;

III - colabora na descoberta de casos não conhecidos, associados àqueles notificados;

IV - proporciona o conhecimento organizado das doenças.

O gabarito da questão é a letra B, já que apenas o item IV está errado.

100. (HU-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) São doenças de notificação compulsória que

constam na listagem nacional e, mesmo em casos isolados, devem ser notificadas, EXCETO:

A) Cólera. D) Sífilis adquirida.

B) Hantavirose. E) Criptosporidíase.

C) Tuberculose.

COMENTÁRIOS:

Vamos responder essa questão, conforme Portaria do Ministério da Saúde nº

1.271/2014, publicada no dia 06/06/2014, revogando a Portaria nº 104/2011.

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A Portaria nº 1.271/2014 que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de

doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em

todo o território nacional. Este dispositivo modificou fluxos de notificação e alterou a

organização da Lista de Doenças de Notificação Compulsória em duas partes (simplificou e

alterou algumas classificações):

Lista de doenças e agravos de notificação em < 24 horas (imediata);

Lista de doenças e agravos doenças e agravos de notificação semanal.

Vejamos as principais disposições da referida portaria.

Para fins de notificação compulsória de importância nacional, destacamos, dentre

outros, os seguintes conceitos:

I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por

circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de

drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e

lesão autoprovocada;

II - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que

represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos;

III - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde,

realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de

saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo

ou evento de saúde pública, podendo ser imediata ou semanal;

Atenção! A notificação compulsória pode ser imediata ou semanal.

IV - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em

até 24 horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde

pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível;

V - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até

7 dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;

VI - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável

pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana

epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública

constante da Lista de Notificação Compulsória; e

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A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de

saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência

ao paciente.

A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença

ou agravo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela Secretaria de

Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).

A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação

compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por

estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de

hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa.

A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação

compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles

tenha conhecimento.

A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou

responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em

até 24 horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível.

A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informa-

la, em até 24 horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS.

A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do Município do

local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de

notificação compulsória.

No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais integrantes da

notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade.

As autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da

notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em

geral.

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Lista Nacional de Notificação Compulsória

Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética)

Periodicidade de notificação

Imediata ≤ 24 horas para* Semanal*

MS SES SMS

1

a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico x

b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes x

2 Acidente por animal peçonhento

x

3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva

x

4 Botulismo

x x x

5 Cólera

x x x

6 Coqueluche

x x

7

a. Dengue – Casos x

b. Dengue – Óbitos x x x

8 Difteria

x

9 Doença de Chagas Aguda

x x

10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)

x

11

a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" x x

b. Doença Meningocócica x x

12

Doenças com suspeita de disseminação intencional:

a. Antraz pneumônico

b. Tularemia

c. Varíola

x x x

13

Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes:

a. Arenavírus

b. Ebola

c. Marburg

d. Lassa

e. Febre purpúrica brasileira

x x x

14 Esquistossomose

x

15 Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde

pública39

x x x

16 Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação

x x x

17 Febre Amarela

x x x

39

Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto

ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas,

considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem

como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes.

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Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética)

Periodicidade de notificação

Imediata ≤ 24 horas para* Semanal*

MS SES SMS

18 Febre de Chikungunya

x x x

19 Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em

saúde pública x x x

20 Febre Maculosa e outras Riquetisioses

x x x

21 Febre Tifoide

x x

22 Hanseníase

x

23 Hantavirose

x x

24 Hepatites virais

x

25 HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida x

26 Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança

exposta ao risco de transmissão vertical do HIV x

27 Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

x

28 Influenza humana produzida por novo subtipo viral

x x x

29 Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo

agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) x

30 Leishmaniose Tegumentar Americana

x

31 Leishmaniose Visceral

x

32 Leptospirose

x

33

a. Malária na região amazônica x

b. Malária na região extra Amazônica x x x

34

Óbito:

a. Infantil

b. Materno

x

35 Poliomielite por poliovirus selvagem

x x x

36 Peste

x x x

37 Raiva humana

x x x

38 Síndrome da Rubéola Congênita

x x x

39

Doenças Exantemáticas:

a. Sarampo

b. Rubéola

x x x

40

Sífilis:

a. Adquirida

b. Congênita

c. Em gestante

x

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Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética)

Periodicidade de notificação

Imediata ≤ 24 horas para* Semanal*

MS SES SMS

41 Síndrome da Paralisia Flácida Aguda

x x x

42

Síndrome Respiratória Aguda Grave associada

a. Coronavírus a. SARS-CoV

b. MERS-CoV

x x x

43

Tétano:

a. Acidental

b. Neonatal

x

44 Tuberculose

x

45 Varicela - Caso grave internado ou óbito

x x

46

a. Violência: doméstica e/ou outras violências x

b. Violência: sexual e tentativa de suicídio x

*Informação adicional:

Notificação imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido

pela SVS/MS;

Legenda: MS (Ministério da Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde) ou SMS (Secretaria Municipal de Saúde)

A notificação imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS.

Após exposição inicial do tema, vamos analisar a questão, conforme disposições da

Portaria do Ministério da Saúde nº 1.271/201440

.

A) Cólera - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES, MS).

B) Hantavirose - notificação compulsória imediata para as esferas municipais e

estaduais (SMS e SES).

C) Tuberculose - notificação compulsória semanal

D) Sífilis adquirida - notificação compulsória semanal.

E) Criptosporidíase41

- não consta na listagem nacional de Doenças de Notificação

Compulsória (DNC).

Logo, o gabarito da questão é a letra E.

40

Nesta aula, resolveremos as questões, levando-se em consideração a Portaria do Ministério da Saúde nº 1.271/2014, mesmo para questões elaboradas na vigência da Portaria nº 104/2011, atualmente revogada.

41 A criptosporidíase é uma doença causada pelos por parasitas. São ingeridos com comida ou água contaminadas. Infectam

o lúmen do intestino.

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101. (Prefeitura de Porto Velho-RO/Consulplan/2012) São doenças de notificação

compulsória em todo o território nacional, EXCETO:

a) Botulismo.

b) Mononucleose.

c) Febre amarela.

d) Rubeola.

e) Tétano.

COMENTÁRIOS:

São doenças de notificação compulsória em todo o território nacional:

A) Botulismo - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES, MS).

B) Mononucleose - não consta na listagem nacional de Doenças de Notificação

Compulsória

C) Febre amarela - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES,

MS).

D) Rubéola - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES, MS).

E) Tétano - notificação compulsória semanal.

A partir do exposto, constatamos que o gabarito da questão é a letra B.