Apostila Completa RADIOLOGIA

44
Página | 1 CETESP Apostila de Anatomia e Fisiologia humana Curso técnico de radiologia Prof. Joelcy Pereira Tavares “O rio atinge seus objetivos, porque aprendeu a contornar seus obstáculos.”

description

INtrodução as anatonia radiologica

Transcript of Apostila Completa RADIOLOGIA

  • P g i n a | 1

    CETESP

    Apostila de Anatomia e Fisiologia humana

    Curso tcnico de radiologia

    Prof. Joelcy Pereira Tavares

    O rio atinge seus objetivos, porque aprendeu a contornar seus obstculos.

  • P g i n a | 2

    INTRODUO AO ESTUDO DA ANATOMIA

    Anatomia: a cincia que estuda, macro e microscopicamente, a constituio e o desenvolvimento dos seres organizados .

    A palavra Anatomia derivada do grego anatome (ana = atravs de;

    tome = corte). Dissecao deriva do latim (dis = separar; secare =

    cortar) e equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo,

    atualmente, Anatomia a cincia, enquanto dissecar um dos

    mtodos desta cincia.

    Divises da Anatomia

    Anatomia macroscpica o estudo das estruturas observveis a olho nu.

    Anatomia microscpica aquela relacionada com as estruturas corporais invisveis a olho nu e requer o uso de instrumental para

    ampliao.

    Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivduo a partir do ovo fertilizado at a forma adulta.

    Diviso do Corpo Humano

    Cabea e pescoo

    Tronco (trax e abdmen)

  • P g i n a | 3

    Membros (superiores e inferiores)

    Nomenclatura Anatmica

    o conjunto de termos empregados para designar e descrever o

    organismo como um todo ou as estruturas que formam suas partes

    Como toda cincia, a Anatomia tem sua linguagem prpria.

    Portanto, ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura

    procura utilizar termos que no sejam apenas sinais para a memria,

    mas tragam tambm alguma informao ou descrio sobre a referida

    estrutura. Os termos indicam forma, trajeto, posio, relao com o

    esqueleto, funo etc..

    Exemplos: Msculo peitoral maior; Artria radial; Nervo mediano;

    Ligamento intertransversrio, Flexores do punho, etc...

    NORMAL E VARIAO ANATMICA

    Normal o estatisticamente mais comum, ou seja, o que encontrado na maioria dos casos.

    Variao anatmica qualquer fuga do padro sem prejuzo da funo. Assim, a artria braquial mais comumente divide-se na fossa

    cubital (anterior ao cotovelo). Este o padro. Entretanto, em alguns

    indivduos esta diviso ocorre ao nvel da axila. Como no existe

    perda funcional esta uma variao.

    Anomalia qualquer fuga do padro, porm, quando ocorre prejuzo funcional.

  • P g i n a | 4

    Se a anomalia for to acentuada que deforme profundamente a

    construo do corpo, sendo, em geral, incompatvel com a vida, uma

    monstruosidade.

    Posio Anatmica

    Para evitar o uso de termos diferentes nas descries anatmicas,

    considerando-se que a posio pode ser varivel, optou-se por uma

    posio padro, denominada posio de descrio anatmica (posio

    anatmica)

    Deve-se considerar a posio anatmica como a de um indivduo em

    posio ereta, em p, com o olhar para o horizonte e a linha do queixo

    em paralelo linha do solo. Os braos pendentes, mos espalmadas,

    dedos unidos e palmas voltadas para frente. Os ps tambm unidos e

    pendentes.

    Planos Anatmicos

    Na posio anatmica o corpo humano pode ser delimitado por planos

    tangentes sua superfcie, os quais, com suas interseces,

    determinam a formao de um slido geomtrico.

    Plano Sagital

    Planos verticais que passam longitudinalmente atravs do corpo

    dividindo-o em direita e esquerda.

  • P g i n a | 5

    Plano Frontal ou Coronal

    So planos verticais que passam atravs do corpo em ngulos retos

    com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e

    posterior (de trs).

    Plano Transversal ou horizontal

    Uma srie de planos transversais divide o corpo em partes superior e

    inferior.

    Termos de Relao Anatmica

    Inferior ou caudal: mais prximo dos ps;Superior ou cranial: mais prximo da cabea;Anterior ou ventral: mais prximo do ventre;Posterior ou dorsal: mais prximo do dorso;Proximal: mais prximo do ponto de origem;Distal: mais afastado do ponto de origem;Medial: mais prximo do plano sagital mediano;Lateral: mais afastado do plano sagital mediano;Superficial: mais prximo da pele;Profundo: mais afastado da pele;Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo;Contra-lateral: do lado oposto do corpo;Holotopia: localizao geral de um rgo no organismo. Ex.: o fgado est localizado no abdmen;

    Sintopia: relao de vizinhana. Ex.: o estmago est abaixo do diafragma, a direita do bao e a esquerda do fgado;

  • P g i n a | 6

    Esqueletopia: relao com esqueleto. Ex.: corao atrs do esterno e da terceira, quarta e quinta costelas;

    Idiotopia: relao entre as partes de um mesmo rgo. Ex.: ventrculo esquerdo adiante e abaixo do trio esquerdo.

    Termos de Movimentos

    Flexo: curvatura ou diminuio do ngulo entre os ossos ou partes do corpo.

    Extenso: endireitar ou aumentar o ngulo entre os ossos ou partes do corpo.

    Aduo: movimento na direo do plano mediano em um plano coronal.

    Abduo: afastar-se do plano mediano no plano coronal. Rotao Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano.

    Rotao Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. Pronao: movimento do antebrao e mo que gira o rdio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma

    da mo olha posteriormente.

    Supinao: movimento do antebrao e mo que gira o rdio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma

    da mo olha anteriormente.

    Retruso: movimento de retrao (para trs) ocorre da mandbula e no ombro.

  • P g i n a | 7

    Protruso: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na mandbula e no ombro.

    Elevao: elevar ou mover uma parte para cima, elevar os ombros. Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, baixar os ombros.Retroverso: posio posteriorizao da pelve.Anteroverso: posio anteriorizao da pelve.Inverso: movimento da sola do p em direo ao plano mediano. Everso: movimento da sola do p para longe do plano mediano. Dorsi-flexo (flexo dorsal): movimento de flexo na articulao do tornozelo (CALCNEO NO CHO).

    Planti-flexo (flexo plantar): quando se fica em p na ponta dos dedos (CALCNEO NO AR).

    Fisiologia Humana(do grego physis = natureza e logos = estudo)

    o ramo da biologia e medicina que estuda as mltiplas funes

    mecnicas, fsicas e bioqumicas nos seres vivos.

    De uma forma mais sinttica, a fisiologia estuda o funcionamento

    do organismo.

    A fisiologia moderna nasceu no sculo XVI e a primeira

    contribuio se deve a Miguel Servet (1511 - 1553) que estudou a

    circulao pulmonar.

  • P g i n a | 8

    ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA ESQUELTICO

    O sistema esqueltico um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se

    interligam para formar o arcabouo do corpo.

    Ossos so rgos esbranquiados, muito duros, que por intermdio das

    articulaes constituem o esqueleto.O esqueleto humano adulto tem normalmente 206 ossos com sua identificao

    prpria.

    O esqueleto humano tem como funo principal sustentar e dar forma ao corpo,

    proteo de estruturas vitais (corao, pulmes, crebro), base mecnica para o

    movimento, armazenamento de sais (clcio e fosfato), hematopoitica (suprimento

    contnuo de clulas sangneas novas).

    Os ossos do corpo humano variam de formato e tamanho, sendo o maior deles o

    fmur, que fica na coxa, e o menor o estribo que fica dentro do ouvido mdio.

    Tecido sseoO tecido sseo um tecido conjuntivo bem rgido, encontrado nos ossos do

    esqueleto dos vertebrados. Pode-se dividir o tecido sseo em dois tipos:

    esponjoso e compacto.Tecido sseo esponjoso o de menor peso, tem forma de grade, com espaos

    sseos nos que se encontra a medula ssea. Geralmente, localiza-se na parte

    interna da difise ou corpo dos ossos e nas extremidades ou epfise. J o tecido

    sseo compacto, tem maior peso, localiza - se na parte externa, de grande dureza

    e densidade, cuja grossura depende da exigncia mecnica.

    Camadas sseasPeristeo: uma membrana dura e resistente que envolve completamente o osso.

    Tecido sseo Compacto: forma uma espcie de capa rgida.

  • P g i n a | 9

    Tecido sseo Esponjoso: tem numerosas cavidades. Nos ossos curtos e chatos, este tecido est na zona central. Nos ossos longos

    esta na epfise.

    Medula ssea Vermelha: com clulas que fabricam glbulos vermelhos e brancos. Localiza-se na ponta dos ossos longos.

    Medula ssea Amarela: tambm chamado de tutano, com clulas gordurosas, encontra-se dentro da difise.

    Curiosidade: A medula ssea vermelha a responsvel pela produo de

    clulas sanguneas, e a medula ssea amarela responsvel pelo

    armazenamento de triglicerdeos (gorduras).

    No tecido sseo, destacam-se os seguintes tipos celulares tpicos:

    Osteoblastos: so as clulas responsveis por sintetizar a parte orgnica do osso, ou seja, que produzem o novo osso.

    Osteoclastos: os osteoclastos participam dos processos de absoro e remodelao do tecido sseo, ou seja, destroem o osso.

    Ostecitos: tem um papel fundamental na manuteno da integridade do osso.

    Lembrete

    Difise : Corpo do osso.

    Epfise : extremidade do osso.

    Metfise : rea de tecido esponjoso ao lado da linha epifisria (pouco calcificada).

    Placa de crescimento (placa epifisria): rea na qual termina o osso esponjoso e na qual a epfise remodelada a medida que se processa o

  • P g i n a | 10

    crescimento sseo, Desaparecendo no adulto, quando a epfise se funde com a metfise.

    Diviso do esqueleto

    O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:

    1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral e caixa torcica.

    A cabea ou caixa craniana constituda por 8 ossos do crnio (1 occiptal, 1 frontal, 2 temporais, 2 parietais, 1 esfenide e 1 etmide)

    e 14 ossos da face (2 nasais, 2 maxilas, 2 lacrimais, 2 zigomticos,

    2 palatinos, 2 conchas nasais inferiores, 1 vmer e 1 madbula).

    A coluna vertebral constituda pela superposio de uma srie de ossos isolados denominados vrtebras. Superiormente, se

    articula com o osso occipital (crnio); inferiormente, articula-se com

    o osso do quadril ( Ilaco ). A coluna vertebral dividida em quatro

    regies: Cervical, Torcica, Lombar e Sacro-Coccgea.

    Com um total de cerca de 33 vrtebras, a coluna vertebral possui 7

    vrtebras cervicais, 12 torcicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4

    coccgeas.

    Na coluna vertebral possumos 4 curvaturas fisiolgicas. So elas:

    - 2 Cifoses (torcica e sacral);

    - 2 Lordoses (cervical e lombar).

  • P g i n a | 11

    As formas das curvaturas so, na verdade, adaptaes do nosso

    corpo as posturas adotadas pelo corpo humano durante a vida. Estas

    adaptaes alem de ajudarem no equilbrio do corpo, auxiliam a

    diminuir as cargas sobre a coluna vertebral.

    A caixa torcica contituda por 12 vrtebras torcicas, 12 pares de costelas e 1 osso esterno. No seu interior encontram-se os pulmes e

    o corao.

    2-Esqueleto apendicular: compreende ao esqueleto dos membros superiores e inferiores.

    Cada membro superior composto de brao, antebrao e mo.

    O osso do brao recebe o nome de mero e articula-se no

    cotovelo com os ossos do antebrao: ulna e rdio. A mo

    constitui-se de ossos pequenos e macios, os ossos do punho,

    pelos metacarpos e pelas falanges.

    Cada membro inferior compe-se de coxa, perna e p. O osso

    da coxa o fmur, o mais longo do corpo. No joelho, ele se

    articula com os dois ossos da perna: a tbia e a fbula. A regio

    frontal do joelho est protegida por um pequeno osso circular: a

    patela. O p formado por ossos pequenos e macios,

    chamados de ossos do tarso, pelos metatarsos e pelas falanges.

  • P g i n a | 12

    Com relao a classificao dos ossos, eles podem ser:

    a) longo - aquele que apresenta um comprimento consideravelmente maior que a largura e a espessura. Exemplos so; fmur, mero, rdio, ulna e outros.

    b) plano - o que apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Exemplos so; ossos do crnio, como o parietal, occipital, frontal e outros.

    c) curto - aquele que apresenta equivalncia das trs dimenses. Os ossos do carpo e do tarso so excelentes exemplos

    d) irregular - possui um morfologia complexa no encontrando correspondncia em formas geomtricas conhecidas. As vrtebras e o osso temporal so exemplos.

    e) pneumtico - apresenta uma ou mais cavidades, de volume varivel, revestida de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de seio. Os ossos pneumticos esto situados no crnio: frontal, maxilar, temporal, etmide e esfenide

    f) sesamodes - desenvolvem na substncia de certos tendes ou da capsula fibrosa de certas articulaes. So chamados intratendneos e periarticulares. Exemplo: Patela.

  • P g i n a | 13

    ARTICULAES

  • P g i n a | 14

    ARTICULAES

    Em todo nosso corpo temos diferentes tipos de articulaes: algumas bastante

    fortes e imveis (conhecidas como sinartrose) e outras que permitem movimentos

    por serem flexveis (anfiartrose e diartrose).

    Nosso corpo capaz de realizar muitos movimentos, contudo, estes movimentos

    ocasionam atrito. Para amenizar este atrito, nosso sistema articular conta com as

    bolsas sinoviais.

    Estas bolsas agem como amortecedores do impacto entre as articulaes. Elas

    esto localizadas entre a pele e o osso (nas regies onde ocorre atrito entre estas

    partes), entre os tendes e os ossos, entre os msculos e os ossos e tambm

    entre os ligamentos e os ossos.

    Curiosidade: Com o avano da idade, a produo de sinvia nas articulaes diminuda, a partir da, comeam a surgir os efeitos do envelhecimento nas articulaes, que podem ser aumentados tanto por fatores genticos quanto pelo seu desgaste.

    Articulao a juno de dois ossos. Podem ser classificadas em:

    fibrosa (os ossos so unidos por tecido conjuntivo fibroso), cartilaginosa (os ossos

    so unidos pela cartilagem) e sinovial (possui um espao entre os ossos).

    1. As articulaes fibrosas (sinartrose) so:

    Suturas (Nas suturas as extremidades dos ossos tm interdigitaes ou sulcos, que os mantm ntima e firmemente unidos. Este tipo de articulao

    encontrado somente entre os ossos planos do crnio. Na maturidade, as fibras

    da sutura comeam a ser substitudas completamente, os de ambos os lados

    da sutura tornam-se firmemente unidos, fundidos. Esta condio chamada de

    sinostose). As suturas so classificadas segundo termos morfolgicos

    determinados pelo tipo de juntura: Serrtil; - Denticulada; - Escamosa; -

    Limbosa; - Plana; - Esquindilese.

  • P g i n a | 15

    Sindesmoses nome que se d ao tipo de articulao fibrosa permeada por tecido fibroso, como membrana ou ligamento intersseo. Os exemplos so:

    sindesmose tbio-fibular e sindesmose radio-ulnar.

    Gonfoses tambm chamada de articulao em cavilha, uma articulao fibrosa especializada fixao dos dentes nas cavidades alveolares na

    mandbula e maxilas.

    2. Nas articulaes cartilaginosas, os ossos so unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos serem possveis nestas articulaes, elas

    tambm so chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulaes

    cartilagneas:

    Sincondrose: Os ossos de uma articulao do tipo sincondrose esto unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses so articulaes temporrias,

    com a cartilagem sendo substituda por osso com o passar do tempo (isso

    ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crnio). As articulaes entre

    as dez primeiras costelas e as cartilagens costais so sincondroses

    permanentes.

    Snfise: Os ossos unidos por snfises esto cobertas por uma camada de cartilagem hialina. Entre os ossos da articulao, h um disco

    fibrocartilaginoso, sendo essa a caracterstica distintiva da snfise. Esses

    discos por serem compressveis permitem que a snfise absorva impactos. A

    articulao entre os ossos pbicos e a articulao entre os corpos vertebrais

    so exemplos de snfises.

    3. As articulaes sinoviais incluem a maioria das articulaes do corpo. As superfcies sseas so recobertas por cartilagem articular e unidas por

    ligamentos revestidos por membrana sinovial.

    Gnglimo ou Dobradia: as superfcies articulares permitem movimento em

    um s plano. Exemplos: Articulaes interfalangeanas e articulao mero-

    ulnar.

  • P g i n a | 16

    Trocide ou Piv: Quando o movimento exclusivamente de rotao. A

    articulao formada por um processo em forma de piv rodando dentro de

    um anel ou um anel sobre um piv. Exemplos: Articulao rdio-ulnar

    proximal e atlanto-axial.

    Articulao Condilar: Nesse tipo de articulao, uma superfcie articular

    ovide ou condilar recebida em uma cavidade elptica de modo a permitir os

    movimentos de flexo e extenso, aduo e abduo e circunduo, ou seja,

    todos os movimentos articulares, menos rotao axial. Exemplo: Articulao

    do punho.

    Articulao Selar: Nestas articulaes as faces sseas so reciprocamente

    cncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulaes

    condilares. Exemplo: Carpometacrpicas do polegar

    Articulao Esferide ou Enartrose: uma forma de articulao na qual o

    osso distal capaz de movimentar-se em torno de vrios eixos, que tem um

    centro comum. Exemplos: Articulaes do quadril e ombro.

    Articulao Plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos:

    Articulaes dos corpos vertebrais e em algumas articulaes do carpo e do

    tarso.

    Classificao Funcional das Articulaes

    O movimento das articulaes depende, essencialmente da forma das

    superfcies que entram em contato e dos meios de unio que podem limita-lo. Na

    dependncia destes fatores as articulaes podem realizar movimentos de um,

    dois ou trs eixos.

    Articulao Monoaxial - Quando uma articulao realiza movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulaes que s permitem a

    flexo e extenso, como a do cotovelo, so monoaxiais. H duas variedades nas

    quais o movimento uniaxial: gnglimo e trocide.

  • P g i n a | 17

    Articulao Biaxial - Quando uma articulao realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulaes que realizam extenso, flexo,

    aduo e abduo, como a rdio-crpica (articulao do punho) so biaxiais. H

    duas variedades de articulaees biaxiais: articulaes condilar e selar.

    Articulao Triaxial - Quando uma articulao realiza movimentos em torno de trs eixos (3 graus de liberdade). As articulaes que alm de flexo, extenso,

    abduo e aduo, permitem tambm a rotao, so ditas triaxiais, cujos

    exemplos tpicos so as articulaes do ombro e do quadril. H uma variedade

    onde o movimento poliaxial, chamada articulao esferide ou enartrose.

    Estruturas das Articulaes Mveis

    Ligamentos: So maleveis e flexveis para permitir perfeita liberdade de

    movimento, porm so muito fortes, resistentes e inelsticos.

    Cpsula articular: uma membrana conjuntiva que envolve as articulaes

    sinoviais.

    Discos e Meniscos: Melhor adaptao das superfcies que se articulam e

    recepes de presses, agindo como amortecedores.

    Bainha Sinovial dos Tendes: Facilitam o deslizamento de tendes que

    passam atravs de tneis fibrosos e sseos (retinculo dos flexores de punho).

    Bolsas Sinoviais (Bursas) So fendas no tecido conjuntivo entre os msculos,

    tendes, ligamentos e ossos. So constitudas por sacos fechados de

    revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de msculos ou de tendes

    sobre proeminncias sseas ou ligamentosas.

  • P g i n a | 18

    Sistema Muscular

    O tecido muscular caracterizado pela propriedade de contrao e distenso de suas

    clulas, o que determina a movimentao dos membros e das vsceras. H basicamente trs

    tipos de tecido muscular: liso, estriado esqueltico e estriado cardaco.

    Msculo liso: o msculo involuntrio localiza-se na pele, rgos internos,

    aparelho reprodutor, grandes vasos sangneos e aparelho excretor. O estmulo para a

    contrao dos msculos lisos mediado pelo sistema nervoso vegetativo.

    Msculo estriado esqueltico: inervado pelo sistema nervoso central e, como

    este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se msculo voluntrio. As

    contraes do msculo esqueltico permitem os movimentos dos diversos ossos e

    cartilagens do esqueleto.

    Msculo cardaco: este tipo de tecido muscular forma a maior parte do corao

    dos vertebrados. O msculo cardaco carece de controle voluntrio. inervado pelo sistema nervoso vegetativo.

  • P g i n a | 19

    O sistema muscular esqueltico constitui a maior parte da musculatura do

    corpo, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre

    totalmente o esqueleto e est presa aos ossos, sendo responsvel pela movimentao

    corporal.

    Contrao Muscular

    Os msculos esquelticos so compostos de fibras musculares que so organizadas em

    feixes, chamados de fascculos. Os miofilamentos compreendem as

    miofibrilas, que por sua vez so agrupadas juntas para formar as fibras

    musculares. Cada fibra possui uma cobertura ou membrana, o sarcolema, e

    composta de uma substncia semelhante a gelatina, sarcoplasma. Centenas de

    miofibrilas contrteis e outras estruturas importantes, tais como as

    mitocndrias e o retculo sarcoplasmtico, esto inclusas no sarcoplasma. A

    miofibrila contrtil composta de unidades, e cada unidade denominada

    um sarcmero. Cada miofibrila, contm muitos miofilamentos. Os

    miofilamentos so fios finos de duas molculas de protenas, actina(filamentos

    finos) e miosina (filamentos grossos).

    O estmulo para a contrao geralmente um impulso nervoso que se propaga pela

    membrana das fibras musculares, atingindo o retculo sarcoplasmtico (um conjunto de

    bolsas membranosas citoplasmticas onde h clcio armazenado), que libera ons de clcio

    no citoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o clcio desbloqueia os stios de

    ligao de actina, permitindo que se ligue a miosina, iniciando a contrao muscular.

    Assim que cessa o estmulo, o clcio rebombeado para o interior do retculo

    sarcoplasmtico e cessa a contrao muscular.

    Os sarcmeros so unidades de actina e miosina que se repetem ao longo da miofibrila. So

    portanto unidade bsica para a contrao muscular que se d pelo deslizamento dos

    filamentos de actina sobre os de miosina. Essa idia conhecida como teoria do

    deslizamento dos filamentos.

  • P g i n a | 20

    Funes dos Msculos

    Produo dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr,

    pular, entre outros.

    Estabilizao das Posies Corporais: A contrao dos msculos esquelticos estabilizam

    as articulaes e participam da manuteno das posies corporais, como a de ficar em p

    ou sentar.

    Regulao do Volume dos rgos: A contrao sustentada das faixas anelares dos

    msculos lisos (esfncteres) pode impedir a sada do contedo de um rgo oco.

    Movimento de Substncias dentro do Corpo: As contraes dos msculos lisos das paredes

    vasos sangneos regulam a intensidade do fluxo. Os msculos lisos tambm podem mover

    alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os msculos esquelticos promovem o

    fluxo de linfa e o retorno do sangue para o corao.

    Produo de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte

    desse calor liberado pelo msculo usado na manuteno da temperatura corporal.

    O sistema muscular formado pelo conjunto de msculos do nosso corpo. Existem cerca de

    600 msculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma

    pessoa. Os msculos so capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que

    nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo

    digestrio, promover a circulao do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos,

    rir, respirar... A nossa capacidade de locomoo depende da ao conjunta de ossos,

    articulaes e msculo, sob a regulao do sistema nervoso.

  • P g i n a | 21

    Principais msculos:

    Msculos da face :

    Levantador do Lbio Superior, Levantador do Lbio Superior e da Asa do Nariz,

    Levantador do ngulo da Boca, Zigomtico Menor, Zigomtico Maior, Risrio, Depressor

    do Lbio Inferior, Depressor do ngulo da Boca, Mentoniano, Orbicular da Boca,

    Bucinador, Prcero, Orbicular do Olho, Corrugador do Superclio, auriculares, temporal,

    masseter, pterigideo interno e externo.

    Msculos do pescoo:

    Esternocleidomastideo, Escaleno Anterior, Mdio e Posterior.

    Msculos do tronco:

    Dorso - Esplnios da cabea e pescoo, Eretores da coluna (iliocostal, longussimo do

    dorso e espinhal), Grande dorsal, trapzio rombides maior e menor.

    Trax: Intercostais externos, internos e ntimos, serrtil anterior ,peitoral maior e menor,

    diafragma.

    Abdmen: Oblquo externo, oblquo interno, reto e transverso do abdomem, psoas maior e

    menor e ilaco.

    Msculos do membro superior:

    Msculos da escpula: Supra espinhoso, Infra espinhoso, Redondo menor, Subescapular,

    Deltide, redondo maior.

    Msculos do brao: Bceps braquial, braquial, coracobraquial, trceps braquial.

  • P g i n a | 22

    Msculos do antebrao: Braquiorradial, supinador, pronadores, flexores do punho e dedos

    e extensores do punho e dedos.

    Msculos da mo:

    Eminncia tnar - Curto abdutor do polegar, Curto flexor do polegar, Oponente do polegar

    e Adutor do polegar.

    Eminncia hipotnar - Abdutor do dedo mnimo, Oponente do dedo mnimo, Curto flexor

    do dedo mnimo.

    Msculos do membro inferior:

    Msculos do quadril: Glteo Mximo, mdio e mnimo, Piriforme, Gmeo superior,

    Obturador externo, Gmeo inferior, Quadrado femoral.

    Msculos da coxa: liopsoas, Sartrio, Quadrceps Femoral (vasto medial, lateral,

    intermdio e reto da coxa), Isquiostibiais (bceps femoral, semitendinoso e

    semimembranoso), Pectnio, Adutores longo curto e magno, Grcil.

    Msculos da perna: Tibial anterior e extensores do tornozelo e dedos, Fibulares longo,

    curto e terceiro, Trceps sural (gastrocnmio medial e lateral e solear), plantar, Flexores do

    tornozelo e dedos.

  • P g i n a | 23

    SISTEMA CARDIOVASCULAR

    O sistema cardiovascular ou circulatrio uma vasta rede de tubos de vrios tipos e calibres, que pe em comunicao todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contraes rtmicas do corao.

    Funes do sistema cardiovascular

    O sistema circulatrio permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficincia:

  • P g i n a | 24

    Transporte de gases: os pulmes, responsveis pela obteno de oxignio e pela

    eliminao de dixido de carbono.

    Transporte de nutrientes: os nutrientes resultantes da digesto passam atravs de

    um fino epitlio e alcanam o sangue.

    Transporte de resduos metablicos: a atividade metablica das clulas do corpo

    origina resduos, mas apenas alguns rgos podem elimin-los para o meio externo.

    O transporte dessas substncias, de onde so formadas at os rgos de excreo,

    feito pelo sangue.

    Transporte de hormnios: hormnios so substncias secretadas por certos

    rgos, distribudas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros

    rgos do corpo. A colecistocinina, por exemplo, produzida pelo duodeno, durante

    a passagem do alimento, e lanada no sangue. Um de seus efeitos estimular a

    contrao da vescula biliar e a liberao da bile no duodeno.

    Intercmbio de materiais: algumas substncias so produzidas ou armazenadas em

    uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Clulas do fgado, por exemplo,

    armazenam molculas de glicognio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que

    o sangue leva para outras clulas do corpo.

    Transporte de calor: o sangue tambm utilizado na distribuio homognea de

    calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na manuteno de uma

    temperatura adequada em todas as regies; permite ainda levar calor at a superfcie

    corporal, onde pode ser dissipado.

    Distribuio de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e clulas

    fagocitrias, componentes da defesa contra agentes infecciosos.

    Coagulao sangnea: pelo sangue circulam as plaquetas, com funo na

    coagulao sangnea. O sangue contm ainda fatores de coagulao, capazes de

    bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sangneo.

    Os principais componentes do sistema circulatrio so: corao, vasos

    sangneos, sangue, vasos linfticos e linfa.

  • P g i n a | 25

    O Corao um rgo muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso

    esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho

    aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas.

    O corao humano, como o dos demais mamferos, apresenta quatro cavidades: duas

    superiores, denominadas trios e duas inferiores, denominadas ventrculos. O trio

    direito comunica-se com o ventrculo direito atravs da vlvula tricspide. O trio

    esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrculo esquerdo atravs da vlvula

    bicspide ou mitral. A funo das vlvulas cardacas garantir que o sangue siga uma

    nica direo, sempre dos trios para os ventrculos. Associado ao corao, tambm

    integrando este sistema, existe uma difusa rede de vasos sangneos que transportam o

    sangue (sistema vascular sangneo) e a linfa (sistema vascular linftico), sendo

    formada pelas artrias, as veias, as arterolas e os capilares. Portanto, um sistema

    fechado no qual o fluido circula dentro de vasos.

    As artrias, conduz o sangue do corao aos demais rgos e tecidos do corpo;

    As veias, efetuando o transporte inverso, reconduz o sangue dos tecidos e rgos

    at o corao;

    As arterolas, pequenos vasos que se ramificam das artrias, irradiando-se pelo

    organismo;

    E os capilares so ramificaes das arterolas e das veias com dimetro delgado.

    Circulao Coronria

    o conjunto das artrias, arterolas, capilares, vnulas e veias prprios do corao. So

    considerados separadamente por sua importncia mdica e porque sua fisiologia (modo de

    funcionamento) apresenta aspectos particulares.

    Circulao Pulmonar e Sistmica

    Circulao Pulmonar - leva sangue do ventrculo direito do corao para os pulmes e de

    volta ao trio esquerdo do corao. Ela transporta o sangue pobre em oxignio para os

    pulmes, onde ele libera o dixido de carbono (CO2) e recebe oxignio (O2). O sangue

  • P g i n a | 26

    oxigenado, ento, retorna ao lado esquerdo do corao para ser bombeado para circulao

    sistmica.

    Circulao Sistmica - a maior circulao. Ela fornece o suprimento sangneo para todo

    o organismo. A circulao sistmica carrega oxignio e outros nutrientes vitais para as

    clulas, e capta dixido de carbono e outros resduos das clulas.

    Estrutura e funes

    A atividade do corao consiste na alternncia da contrao (sstole) e do relaxamento

    (distole) das paredes musculares dos trios e ventrculos. Durante o perodo de

    relaxamento, o sangue flui das veias para os dois trios, dilatando-os de forma gradual. Ao

    final deste perodo, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu contedo para os

    ventrculos.

    A sstole ventricular segue-se imediatamente a sstole atrial. A contrao ventricular mais

    lenta e mais energtica. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo

    com cada sstole, depois, o corao fica em um completo repouso durante um breve espao

    de tempo. A freqncia cardaca normal entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm), em

    situao de repouso. Quando a freqncia cardaca est abaixo de 60 bpm, temos a

    bradicardia, e quando a freqncia est acima de 100 (bpm), temos uma taquicardia. A

    freqncia das batidas do corao controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo

    que o simptico a acelera e o sistema parassimptico a retarda.

    Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrculos durante a sstole, reflua durante a

    distole, h vlvulas localizadas junto aos orifcios de abertura da artria aorta e da artria

    pulmonar, chamadas vlvulas semilunares. Outras vlvulas que impedem o refluxo do

    sangue so a vlvula tricspide, situada entre o trio e o ventrculo direito, e a vlvula

    bicspide ou mitral, entre a trio e o ventrculo esquerdo.

    Presso Arterial

  • P g i n a | 27

    A presso arterial a presso exercida pelo sangue contra a superfcie interna das artrias.

    A fora original vem do batimento cardaco. No momento em que o corao ejeta o sangue,

    a energia mxima, gerando fora mxima e consequentemente presso mxima. Esta fase

    no ciclo cardaco chama-se sstole, sendo que a presso neste instante chamada de

    presso arterial sistlica.

    Imediatamente antes do prximo batimento cardaco, a energia mnima, com a menor

    fora exercida sobre as artrias em todo o ciclo, gerando portanto a menor presso arterial

    do ciclo cardaco. Esta fase chamada de distole, sendo que a presso neste instante

    chamada de presso arterial diastlica.

    NvelPresso arterial

    sistlicaPresso arterial

    diastlicaAo a tomar

    Hipotenso inferior a 100 inferior a 60 check-up mdico

    Valores normais entre 100 e 140 entre 60 e 90 auto-medio

    Hipertenso limite entre 140 e 160 entre 90 e 100 check-up mdico

    Hipertenso

    moderadaentre 160 e 180 entre 100 e 110 consultar o mdico

    Hipertenso grave superior a 180 superior a 110consultar o mdico

    com urgncia

    Hipertenso sistlica

    especficasuperior a 140 inferior a 90 consultar o mdico

    Doenas do corao

    As doenas cardacas so as principais causas de mortalidade nos pases desenvolvidos.

    Podem ocorrer em conseqncia de defeitos congnitos, infeces, estreitamento das

    artrias coronrias, hipertenso ou alteraes no ritmo cardaco.

  • P g i n a | 28

    A principal forma de doena cardaca nos pases ocidentais a arteriosclerose. O acmulo

    de depsito de material lipdico (colesterol) pode causar uma obstruo que tampa as

    artrias (trombose). Esta a causa mais importante de um ataque cardaco, ou infarto do

    miocrdio, que tem conseqncias mortais com freqncia .

    A alterao do ritmo cardaco normal (arritmia) a causa imediata de morte em muitos

    infartos do miocrdio.

    O problema mais grave o bloqueio cardaco completo. Este pode ser corrigido pela

    implantao de um marcapasso artificial (um dispositivo que emite descargas eltricas

    rtmicas), para provocar a contrao regular do msculo cardaco.

  • P g i n a | 29

    SISTEMA RESPIRATRIO

    o conjunto de rgos responsveis pela entrada, filtrao, aquecimento, umidificao e

    sada de ar do nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente,

    oxigenando o sangue e possibilitando que ele possa suprir a demanda de oxignio do

    indivduo para que seja realizada a respirao celular. O processo de troca gasosa no

    pulmo oxignio por dixido de carbono conhecido como hematose pulmonar.

    Os rgos do sistema respiratrio, alm de dois pulmes, so: fossas nasais, boca, faringe

    (nasofaringe), laringe, traquia, brnquios (e suas subdivises), bronquolos (e suas

    subdivises), diafragma e os alvolos pulmonares reunidos em sacos alveolares.

    Em condies normais de respirao, o ar passa pelas fossas nasais onde filtrado por plos

    e muco e aquecido pelos capilares sanguneos do epitlio respiratrio (tecido altamente

    vascularizado). Passa ento pela faringe, laringe, traquia, brnquios, bronquolos (lat.

    pequenos brnquios), depois alvolos (onde ocorre a hematose).

    O mecanismo de respirao participao dos msculos intercostais e do diafragma.

    Atividade regulada pelo centro respiratrio situado no bulbo.

    Inspirao contrao dos intercostais e do diafragma, diminuio da presso, aumento do

    volume

  • P g i n a | 30

    Expirao - relaxamento dos respectivos msculos, aumenta a presso interna e o volume

    diminui

    Trax

    Os pulmes se localizam no interior do trax. As costelas, que formam a caixa torcica,

    inclinam-se para a frente pela ao do msculo intercostal, provocando um aumento do

    volume da cavidade torcica. O volume do trax tambm aumenta pela contrao para

    baixo dos msculos do diafragma. Quando o trax se expande, os pulmes comeam a

    encher-se de ar durante a inspirao. O relaxamento dos msculos do trax permite que

    estes voltem ao seu estado natural, forando o ar a sair dos pulmes.

    Interessante: Podemos expandir o volume de nossa caixa torcica levantando nossas costelas e contraindo o nosso msculo diafragma. Para retrairmos o volume da caixa

    torcica fazemos exatamente o contrrio: rebaixamos nossas costelas enquanto relaxamos o

    nosso diafragma. Portanto temos diversos msculos que nos so bastante importantes

    durante nossa respirao:

    Msculos utilizados na inspirao: diafragma, esternocleidomastoideos, intercostais

    externos, escalenos, serrteis anteriores.

    Msculos utilizados na expirao: intercostais internos, retos abdominais e demais

    msculos localizados na parede anterior do abdmen.

    Regulao da Respirao Durante uma situao de repouso inspiramos e expiramos aproximadamente 500 ml de ar a

    cada ciclo. Em repouso executamos aproximadamente 12 ciclos a cada minuto. Portanto,

    aproximadamente 6.000 ml de ar entram e saem de nossas vias areas durante 1 minuto.

    Quando executamos uma atividade fsica aumentada, nossas clulas produzem uma

    quantidade bem maior de gs carbnico e consomem tambm quantidade bem maior de

    oxignio. Por isso devemos aumentar tambm bastante nossa ventilao pulmonar pois,

  • P g i n a | 31

    caso isso no ocorra, teremos no nosso sangue uma situao de hipercapnia e hipxia.

    Tanto a hipercapnia quanto a hipxia podem nos levar a um estado de acidose. A acidose,

    se no tratada, pode nos levar a um estado de coma e, posteriormente, morte. Tudo isso

    normalmente evitado graas a um mecanismo automtico que regula, a cada momento,

    nossa respirao, de acordo com a nossa necessidade a cada instante.

    No tronco cerebral, na base do crebro, possuimos um conjunto de neurnios encarregados

    de controlar a cada instante a nossa respirao: Trata-se do Centro Respiratrio chamado

    BULBO.

    Traquia

    um tubo que conduz o ar para dentro e para fora dos pulmes, cujas paredes so

    reforadas por anis cartilaginosos, que bifurca-se na sua regio inferior, originando os

    brnquios, que penetram nos pulmes. Na sua configurao interna, o revestimento muco-

    ciliar adere partculas de poeira e bactrias presentes em suspenso no ar inalado, que so

    posteriormente varridas para fora (graas ao movimento dos clios) e engolidas ou

    expelidas.

    Pulmes

    Os pulmes so rgos essenciais na respirao. So duas vsceras situadas uma de cada

    lado, no interior do trax e onde se d o encontro do ar atmosfrico com o sangue

    circulante, ocorrendo ento, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do

    diafragma at um pouco acima das clavculas e esto justapostos s costelas.

    O pulmo direito o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele tembm um pouco

    mais curto pois o diafragma mais alto no lado direito para acomodar o fgado. O pulmo

    esquerdo tem uma concavidade que a incisura cardaca.

    Cada pulmo tm uma forma que lembra uma pirmide com um pice, uma base, trs

    bordas e trs faces.

  • P g i n a | 32

    pice do Pulmo: Est voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada.

    Base do Pulmo : A base do pulmo apresenta uma forma cncava, apoiando-se

    sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do pulmo direito mais

    profunda que a do esquerdo (devido presena do fgado).

    Margens do Pulmo : Os pulmes apresentam trs margens: uma anterior, uma

    posterior e uma inferior.

    Peso: Os pulmes tem em mdia o peso de 700 gramas.

    Altura: Os pulmes tem em mdia a altura de 25 centmetros.

    Faces: O pulmo apresenta trs faces:

    a) Face Costal (face lateral): a face relativamente lisa e convexa, voltada para a

    superfcie interna da cavidade torcica.

    b) Face Diafragmtica (face inferior): a face cncava que assenta sobre a cpula

    diafragmtica.

    c) Face Mediastnica (face medial): a face que possui uma regio cncava onde

    se acomoda o corao.

    Diviso: Os pulmes apresentam caractersticas morfolgicas diferentes.

    O pulmo direito apresenta-se constitudo por trs lobos divididos por duas fissuras.

    Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos mdio e superior e uma

    fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo mdio.

    O pulmo esquerdo dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma

    fissura oblqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmo esquerdo

    apresenta uma estrutura que representa resqucios do desenvolvimento embrionrio

    do lobo mdio, a lngula do pulmo.

  • P g i n a | 33

    Cada lobo pulmonar subdividido em segmentos pulmonares, que constituem

    unidades pulmonares completas, sob o ponto de vista anatmico.

    Pulmo Direito

    * Lobo Superior: apical, anterior e posterior

    * Lobo Mdio: medial e lateral

    * Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e

    basal lateral.

    Pulmo Esquerdo

    * Lobo Superior: Apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior

    * Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e

    basal lateral

    Pleura

    uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmo.

    A camada externa aderida parede da cavidade torcica e ao diafragma, e

    denominada Pleura Parietal (reflete-se na regio do hilo pulmonar para formar a

    pleura visceral). A camada interna, a Pleura Visceral reveste os prprios pulmes

    (adere-se intimamente superfcie do pulmo e penetra nas fissuras entre os lobos).

    Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espao, a cavidade

    pleural, que contm pequena quantidade de lquido lubrificante, secretado pelas

    tnicas. Esse lquido reduz o atrito entre as tnicas, permitindo que elas deslizem

    facilmente uma sobre a outra, durante a respirao.

  • P g i n a | 34

    O ar inalado

    Na respirao, o oxignio do ar inalado entra no sangue e o dixido de carbono exalado

    para a atmosfera. O intercmbio destes gases ocorre quando o ar chega aos alvolos, que a

    parte funcional do pulmo. a que o sangue venoso se transforma em sangue arterial,

    fenmeno conhecido por hematose.

    Pulmes de pessoas jovens tem colorao rosada, escurecendo com a idade, devido ao

    acmulo de impurezas presentes no ar e que no foram removidas pelos mecanismos de

    limpeza do sistema respiratrio.

    Doenas

    Vrias doenas que afetam os pulmes destroem os alvolos de forma direta, como a

    enfisema (causado pela fumaa do tabaco), ou deteriorizao da capacidade dos alvolos

    para trocar gases. As doenas mais comuns dos pulmes so a pneumonia, a tuberculose, a

    bronquite e a asma brnquica.

  • P g i n a | 35

    SISTEMA DIGESTRIOO sistema digestrio humano formado rgos e glndulas que participam da

    digesto. So elas: boca, faringe, esfago, estmago, intestino delgado, intestino grosso e

    nus.

    A parede do tubo digestivo tem a mesma estrutura da boca ao nus, sendo formada por

    quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventcia.

    BOCA: A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo. Os dentes e a lngua

    preparam o alimento para a digesto, por meio da mastigao, os dentes reduzem os

    alimentos em pequenos pedaos, misturando-os a saliva, o que ir facilitar a futura ao das

    enzimas. A lngua movimenta o alimento empurrando-o em direo a garganta, para que

    seja engolido. Na superfcie da lngua existem dezenas de papilas gustativas, cujas clulas

    sensoriais percebem os quatro sabores primrios: doce, azedo, salgado e amargo. A

    presena de alimento na boca, como sua viso e cheiro, estimula as glndulas salivares a

    secretar saliva, que contm a enzima amilase salivar ou ptialina, alm de sais e outras

    substncias.

  • P g i n a | 36

    FARINGE E ESFAGO: A faringe, situada no final da cavidade bucal, um canal

    comum aos sistemas digestrio e respiratrio: por ela passam o alimento, que se dirige ao

    esfago, e o ar, que se dirige laringe.

    O esfago, canal que liga a faringe ao estmago, localiza-se entre os pulmes, atrs do

    corao, e atravessa o msculo diafragma, que separa o trax do abdmen. O bolo

    alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo.

    ESTMAGO: O estmago uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo

    abaixo do abdome, logo abaixo das ltimas costelas. um rgo muscular que liga o

    esfago ao intestino delgado. Sua funo principal a digesto de alimentos proticos.

    Quando est vazio, tem a forma de uma letra "J" maiscula, cujas duas partes se unem por

    ngulos agudos.

    O estmago tem movimentos peristlticos que asseguram sua homogeneizao. O

    estmago produz o suco gstrico, um lquido claro, transparente, altamente cido, que

    contm cido clordrico, muco, enzimas e sais. O bolo alimentar pode permanecer no

    estmago por at quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gstrico, auxiliado pelas

    contraes da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e

    semilquida, o quimo que passando por um esfncter muscular (o piloro), vai sendo aos

    poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digesto.

    INTESTINO DELGADO: um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento e pode ser

    dividido em trs regies: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e leo (cerca de

    1,5 cm).

    A digesto do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras pores do

    jejuno. No duodeno atua tambm o suco pancretico, produzido pelo pncreas, que contm

    diversas enzimas digestivas. Outra secreo que atua no duodeno a bile, produzida no

    fgado e armazenada na vescula biliar.

    No intestino, as contraes rtmicas e os movimentos peristlticos das paredes musculares,

    movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este atacado pela bile, enzimas e outras

    secrees, sendo transformado em quilo.

    INTESTINO GROSSO: Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, clon

    ascendente, clon transverso, clon descendente, clon sigmide e reto. A sada do reto

    chama-se nus e fechada por um msculo que o rodeia, o esfncter anal. O intestino

  • P g i n a | 37

    grosso o local de absoro de gua, tanto a ingerida quanto a das secrees digestivas. O

    intestino grosso tem como caracterstica prpria uma quantidade grande de bactria que

    auxiliam na absoro de certos elementos e na formao do bolo fecal, e que em princpio,

    no causam dano ao organismo.

    Glndulas anexasFGADO: o maior rgo interno, e um dos mais importantes, pesa cerca de 1,5 kg no

    homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. anatomicamente dividido em 2

    lobos (direito, que o maior, e o esquerdo).

    O fgado constitudo por tecido heptico, formado por clulas hepticas (hepatcitos) que

    secretam a bile (lquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando,

    assim, a ao da lpase). Tem vrias funes como produo de elementos da coagulao

    sangunea, sntese protica, serve de reservatrio de glicose (principal combustvel do

    corpo humano), produz a bile (essencial na digesto de gorduras), etc...

    Tem colado em sua superfcie a vescula biliar que armazena a bile produzida pelo fgado,

    portanto, a vescula biliar no essencial na produo da bile, mas sim o fgado.

    A bile aps ser produzida no fgado, segue pelas vias biliares (ducto cstico e heptico) at

    o duodeno.

    PNCREAS: uma glndula mista Glndula mista, ou seja, produz suco pancretico (que

    segue direto para o duodeno) e insulina (direto para a circulao). O pncreas tem mais ou

    menos 15 cm de comprimento, de formato triangular, localizado transversalmente sobre a

    parede posterior do abdome, na ala formada pelo duodeno, sob o estmago. Possui em seu

    interior o ducto pancretico que leva o suco pancretico para o duodeno, esta secreo

    contm enzimas capazes de digerir todos os tipos de alimentos - protenas, gorduras e

    carboidratos. No suco pancretico h enzimas digestivas capazes de atuar no processo de

    digesto: tripsina, lpase, amilase, quimiotripsina, calicrena, elastase, etc...

    Vrios hormnios so tambm produzidos no pncreas. Isto ocorre devido a um

    grupo especializado de clulas - Ilhotas de Langerhans. Os dois principais hormnios so

    insulina e glucagon, que regulam o metabolismo dos carboidratos. Outros hormnios

    controlam a liberao do suco pancretico.

  • P g i n a | 38

    Sistema UrinrioO sistema urinrio constitudo pelos rgos incumbidos de elaborar a urina e armazen-la

    temporariamente at a oportunidade de ser eliminada para o exterior.

    O sistema urinrio pode ser dividido em rgos secretores (que produzem a urina) e rgos

    excretores (que processam a drenagem da urina para fora do corpo) Os rgos urinrios so

    dois rins, que produzem a urina; dois ureteres, que transportam a urina para a bexiga; uma

    bexiga, onde fica retida por algum tempo, e uma uretra, atravs da qual expelida do corpo.

    Dentre as importantes funes do sistema urinrio, esto o controle do volume e

    composio do sangue, auxlio na regulagem da presso e pH sanguneos, transporte da

    urina dos rins bexiga urinria, armazenamento e eliminao da urina.

    OS RINS so rgos pares, em forma de gro de feijo, localizados na parede posterior

    do abdome, estendendo-se entre a 11 costela e o processo transverso da 3 vrtebra lombar.

    O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande

    tamanho do lobo direito do fgado. Os rins so formados por estruturas denominadas de

    nfrons, que so as unidades bsicas para a filtrao sanguinea e formao da urina e cada

    rim possui cerca de 1 milho de nfrons. A funo renal filtrar o sangue e remover dele os

  • P g i n a | 39

    excrees e outras substncias em excesso. O sangue a ser filtrado chega aos rins trazido

    pela artria renal, e retorna para a circulao pela veia renal.

    OS URETERES Canais que conduzem a urina at a bexiga. Os ureteres tm menos de

    6mm de dimetro e 25 a 30cm de comprimento.

    BEXIGA URINRIA rgo muscular localizado na cintura plvica, que armazena a

    urina at o momento adequado para sua eliminao. A bexiga um rgo oco, elstico que,

    nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres est frente da vagina e

    abaixo do tero. A capacidade mdia da bexiga urinria no homem de 700 800ml,

    sendo menor nas mulheres porque o tero ocupa o espao imediatamente acima da bexiga.

    Quando a bexiga est cheia o sistema nervoso autnomo parassimptico o responsvel

    pela contrao da musculatura da bexiga, resultando na vontade de urinar

    URETRA Conduz a urina para fora do corpo. A uretra diferente entre os dois sexos.

    Nos homens, a uretra tambm faz parte do sistema genital, nas mulheres a uretra faz parte

    apenas do sistema urinrio.

  • P g i n a | 40

    Os rgos do sistema genital masculino so os testculos (gnadas

    masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatrio e

    uretra), as glndulas sexuais acessrias (prstata, glndula bulbouretral e

    vesculas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o

    pnis.

    Testculos Tem duas funes inter-relacionadas: a produo de espermatozoide e a produo de hormnios sexuais. Estes hormnios

    esterides, sobretudo a testosterona, funcionam na regulao do

    desenvolvimento do espermatozide e crescimento, alm do desenvolvimento

    e manuteno das glndulas acessrias. Estes hormnios tambm influenciam

    o desenvolvimento das caractersticas sexuais.

    Epiddimo Estruturas com formato de vrgulas situadas sobre os testculos. So formados pela reunio dos pequenos tubos testiculares. No seu interior

    acabam de amadurecer os espermatozides.

    Ducto deferente Saem de cada epiddimo, sobem, comunicam com as vesculas seminais, entram na prstata e, no seu interior, desembocam na

    uretra. O ducto deferente o canal excretor do testculo.

  • P g i n a | 41

    Ducto deferente um canal muscular que conduz os espermatozides a partir do epiddimo, que o local onde eles so armazenados aps serem

    produzidos nos testculos.

    Vesculas seminais Pequenos sacos que contm os espermatozides maduros.Fabricam um lquido viscoso que protege os espermatozides, os

    alimenta e facilita a sua deslocao. Este lquido formado por substncias

    alimentares (glicoses, etc.) e chama-se lquido seminal.

    Prstata A prstata produz tambm um liquido que protege, alimenta e facilita a mobilidade dos espermatozides. Chama-se lquido prosttico. O

    conjunto formado pelo lquido seminal e prosttico e pelos espermatozides

    constitui o smen ou o esperma, liquido branco e espesso que sai durante a

    ejaculao atravs da uretra.

    Uretra Canal por onde passam o smen e a urina.

    Pnis O pnis externo est dividido em trs partes: cabea, corpo e raiz. A cabea chamada glande e o ponto mais sensvel do pnis. Enquanto o

    pnis est flcido, a glande envolvida por uma pele chamada prepcio, que

    serve para proteger a parte sensvel do pnis ao ambiente externo e que

    conectado no inferior do pnis numa rea chamada freno. Quando o pnis fica

    ereto, o prepcio desloca-se, deixando a glande exposta. O pnis formado por tecido que tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue: os corpos

    cavernosos e o corpo esponjoso.

    Escroto uma bolsa msculo-cutnea onde esto contidos os testculos epiddimo e primeira poro dos ductos deferentes.

  • P g i n a | 42

    Sistema Genital Feminino

    O sistema genital feminino constitudo por dois ovrios, duas tubas uterinas

    (trompas de Falpio), um tero, uma vagina, uma vulva.

    Vagina um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elsticas, que liga o colo do tero aos genitais externos. Contm de cada lado de sua

    abertura, porm internamente, duas glndulas denominadas glndulas que

    secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina protegida por uma

    membrana circular - o hmen - que fecha parcialmente o orifcio vulvo-vaginal e

    quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas.

    Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relaes sexuais.

    A vagina o local onde o pnis deposita os espermatozides na relao

    sexual. Alm de possibilitar a penetrao do pnis, possibilita a expulso da

    menstruao e, na hora do parto, a sada do beb.

    Vulva delimitada e protegida por duas pregas cutneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas (os grandes lbios). Na mulher

    reprodutivamente madura, os grandes lbios so recobertos por plos

  • P g i n a | 43

    pubianos. Mais internamente, outra prega cutneo-mucosa envolve a abertura

    da vagina (os pequenos lbios) que protegem a abertura da uretra e da vagina.

    Na vulva tambm est o clitris, formado por tecido esponjoso ertil.

    Ovrios so as gnadas femininas. Produzem estrgeno e progesterona, hormnios sexuais femininos, tem forma oval e tambm produzem os vulos.

    No final do desenvolvimento embrionrio de uma menina, ela j tem todas as

    clulas que iro transformar-se em gametas nos seus dois ovrios. Estas

    clulas (os ovcitos primrios) encontram-se dentro de estruturas

    denominadas folculos ovarianos. A partir da adolescncia, sob ao hormonal,

    os folculos ovarianos comeam a crescer e a desenvolver. Os folculos em

    desenvolvimento secretam o hormnio estrgeno. Mensalmente, apenas um

    folculo geralmente completa o desenvolvimento e a maturao, rompendo-se

    e liberando o ovcito secundrio (gameta feminino): fenmeno conhecido como

    ovulao. Aps seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em

    corpo lteo ou amarelo, que passa a secretar os hormnios progesterona e

    estrgeno. O gameta feminino liberado na superfcie de um dos ovrios

    recolhido por finas terminaes das tubas uterinas, as fmbrias.

    Tubas Uterinas so dois ductos que unem o ovrio ao terotero rgo oco situado na cavidade plvica anteriormente bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miomtrio) e com

    formato de pra invertida. revestido internamente por um tecido

    vascularizado rico em glndulas, o endomtrio.

    O endomtrio uma camada de clulas que reveste a cavidade uterina e tem

    uma participao muito importante durante a ovulao. Todo ms ele se torna

    mais espesso para receber o vulo fertilizado. Caso no ocorra a fertilizao, o

    endomtrio que se desenvolveu eliminado atravs da menstruao.

    Perneo a regio externa entre a vagina e o nus.Mamas so estruturas complexas constitudas por tecido glandular (onde produzido o leite) rodeado de gordura e tecido de sustentao. As unidades

    bsicas de tecido glandular so os alvolos, cujas clulas produzem o leite, e

    que se agrupam em 8 a 20 lbulos. Os alvolos so rodeados por tecido

  • P g i n a | 44

    mioepitelial (pequenos msculos) que ao contrarem-se ejectam o leite nos

    ductos que o transportam at ao mamilo. Tambm esto presentes nos

    homens, porm no produzem leite. na puberdade, sob a ao dos

    hormnios que elas comeam se desenvolver.

    O ciclo menstrualCiclo menstrual o perodo que vai de uma menstruao a outra. Este

    perodo varia de mulher para mulher e na mesma mulher tambm. A primeira

    menstruao chamada de menarca. A partir de ento, podem levar alguns

    meses ou at dois anos para que os ciclos sejam regulares em adolescentes,

    pois o ovrio quando inicia suas funes o faz de maneira incompleta, podendo

    precisar de at 2 anos para atuar em sua total integridade.

    Os dois ovrios da mulher podem formar uma grande quantidade de futuros

    vulos. Periodicamente a cada 28 dias, em mdia , uma dessas clulas

    amadurece e se transforma em vulo. Em seguida, a parede do ovrio se

    rompe e o ovcito expulso de seu interior, instalando-se nas tubas uterinas,

    lugar onde dever ocorrer a fecundao.

    O endomtrio uma camada de clulas que reveste a cavidade interna

    uterina e tem uma participao muito importante durante a ovulao. Todo ms

    ele se torna mais espesso para receber o vulo fertilizado. Caso no ocorra a

    fertilizao, o endomtrio que se desenvolveu eliminado atravs da

    menstruao.

    A alegria o fogo que mantm aquecido o nosso objetivo, e acesa a nossa inteligncia.

    Helen Keller

    Termos de Relao Anatmica Contrao MuscularOs msculos esquelticos so compostos de fibras musculares que so organizadas em feixes, chamados de fascculos. Os miofilamentos compreendem as miofibrilas, que por sua vez so agrupadas juntas para formar as fibras musculares. Cada fibra possui uma cobertura ou membrana, o sarcolema, e composta de uma substncia semelhante a gelatina, sarcoplasma. Centenas de miofibrilas contrteis e outras estruturas importantes, tais como as mitocndrias e o retculo sarcoplasmtico, esto inclusas no sarcoplasma. A miofibrila contrtil composta de unidades, e cada unidade denominada um sarcmero. Cada miofibrila, contm muitos miofilamentos. Os miofilamentos so fios finos de duas molculas de protenas, actina(filamentos finos) e miosina (filamentos grossos).Circulao Coronria

    Estrutura e funesDoenas do coraoExpirao - relaxamento dos respectivos msculos, aumenta a presso interna e o volume diminuiTraxO ar inalado