Apostila Comunicação e Linguagens 2

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COMUNICAO E LINGUAGEMALUNO:_________________________________________________________CURSO: ________________________________________________________CINCIA DA COMUNICAO

1) O que comunicao?

Comunicar implica busca de entendimento, de compreenso. Em suma, contato. uma ligao, transmisso de sentimentos e de idias.

2) A importncia da comunicao

No mundo atual, a todo instante, o homem sofre o impacto do processo da fora da comunicao. A vida e o comportamento humano so regidos pela informao, pela persuaso, pela palavra, som, cores, formas, gestos, expresso facial, smbolos. O entendimento no se faz mais apenas pela lngua falada ou escrita, mas tambm atravs do rdio, da televiso, do jornal, da msica, do cinema, da publicidade.

3) Elementos essenciais do processo de comunicao

Fonte: a origem da mensagem.

Emissor: quem envia a mensagem atravs da palavra oral e escrita, gestos, expresses, desenhos etc.

Mensagem: o que a fonte deseja transmitir, podendo ser visual, auditiva ou audiovisual. preciso que a mensagem tenha contedo, objetivos e use canal apropriado. Ex: no telegrama, a mensagem o texto.

Recebedor: um elemento muito importante no processo. Pode ser a pessoa que l, que ouve, um pequeno grupo, um auditrio ou uma multido.

Destino: (so) as pessoa (s) a quem se dirige a mensagem.

Canal: a forma utilizada pela fonte para enviar a mensagem. Ele deve ser escolhido cuidadosamente para assegurar a eficincia e o bom xito da comunicao.

Cdigo: um conjunto de sinais estruturados. Pode ser: verbal ou no-verbal. O cdigo verbal aquele que utiliza a palavra falada ou escrita. O cdigo no-verbal o que no utiliza a palavra. Ex: gestos, sinais de trnsito, expresso facial, etc.

4) Esquema dos elementos do processo de comunicao

FONTE ------------------------------- CANAL ------------------------------- DESTINOEmissor Mensagem Recebedor

Cdigo

5) Nveis da Linguagem

A lngua falada pode ser:

- Culta: a lngua falada pelas pessoas de instruo. mais restrita, pois constitui privilgio e conquista cultural de um nmero reduzido de falantes.

- Coloquial: a lngua espontnea, usada para satisfazer as necessidades vitais do falante sem muita preocupao. a lngua cotidiana, que comete pequenos erros.

- Lngua vulgar ou inculta: prpria das pessoas sem instruo. natural, colorida, expressiva, livre do convenes sociais. Infringe totalmente as regras gramaticais.

- Lngua regional: tem um patrimnio vocabular prprio de cada regio.

- Lngua grupal (tcnica): s compreendida quando a sua aprendizagem se faz junto com a profisso. Ex: a lngua da Medicina, do Direito, etc.

- Lngua grupal (gria): existem tantas quantos forem os grupos fechados. H a gria policial, a dos jovens, dos estudantes, dos militares, dos jornalistas etc.6) Modalidades de Texto Descrio

A descrio se caracteriza por ser o retrato verbal de pessoas, objetos, cenas ou ambientes. Trabalha com imagens, permitindo uma visualizao do que est sendo descrito.

Descrio Tcnica

A descrio tcnica procura transmitir a imagem do objeto atravs de uma linguagem tcnica, com vocabulrio preciso, normalmente ligado a uma rea da cincia ou da tecnologia. o caso da descrio de peas e aparelhos de experincias e fenmenos, do funcionamento de mecanismos, da redao de manuais de instruo e de artigos cientficos.

Nas descries tcnicas, deve-se buscar a clareza e a preciso para que se alcance uma comunicao eficaz, objetiva e convincente, que no d margem a interpretaes variadas.

Narrao

A narrao um relato centrado num fato ou acontecimento; h personagem(ns) atuando e um narrador que relata a ao. Um texto narrativo se caracteriza pela sucesso de acontecimentos numa linha temporal.

Dissertao

Muitos dos textos que produzimos, sejam eles escritos ou falados, so motivados pela nossa necessidade de expor um ponto de vista, defender uma idia ou questionar algum fato. Quando produzimos esse tipo de texto devemos observar certas normas e organizaes bastante particulares. Em geral, para se obter maior clareza do ponto de vista, distribui-se a matria em trs partes: introduo, desenvolvimento e concluso.Preste ateno na tirinha humorstica abaixo:

ExercciosIdentifique as funes da linguagem nos textos abaixo:

Texto A A ndia Everon, da tribo Caiabi, que deu a luz a trs meninas, atravs de uma operao cesariana, vai ter alta depois de amanh, aps ter permanecido no Hospital Base de Braslia desde o dia 16 de maro. No incio, os ndios da tribo foram contrrios ideia de Everon ir para o hospital mas hoje j aceitam o fato e muitos j foram visit-la. Everon no falava uma palavra de Portugus at ser internada e as meninas sero chamadas de Luana, Uiara e Potiara.Jornal da Tarde, 13 jul. 1982

Texto BUma morena

No ofereo perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as pginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de gata no canto do quarto se tomada com cuidado, verto gua limpa sobre as mos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocada por dedos bruscos, num segundo me estilhao em cacos, me esfarelo em poeira dourada. Tenho pensado se no guardarei indisfarveis remendos das muitas quedas, dos muitos toques, embora sempre os tenha evitado aprendi que minhas delicadezas nem sempre so suficientes para despertar a suavidade alheia, mesmo assim insisto: meus gestos, minhas palavras so magrinhos como eu, e to morenos, que esboados a sombra, mal se destacam do escuro, quase imperceptvel me movo, meus passos so inaudveis feito pisasse sempre sobre tapetes, impressentida, mos to leves que uma carcia minha, se porventura a fizesse, seria mais branda que a brisa da tardezinha. Para beber, alm do ch, raramente admito um clice de vinho branco, mas que seja seco para no esbrasear em excesso minha garganta emardores...ABREU, Caio Fernando. Fotografias. In: Morangos mofados. 2. ed. So Paulo, Brasiliense, 1982. p. 93

Texto C_ Voc acha justo que se comemore o Dia Internacional da mulher?_ Nada mais justo! Afinal de contas, voc est entendendo, a mulher h sculos, certo, vem sendo vtima de explorao e discriminao, concorda? J houve alguns avanos, sabe, nas conquistas femininas. Voc percebeu? Apesar disso, ainda hoje a situao da mulher continua desfavorvel em relao do homem, entende?

Texto DMulher, use o sabonete X.No dispense X: ele a tornar to bela quanto estrelas de cinema.

Texto EMulher. [Do lat. Muliere.] S. f. 1. Pessoa do sexo feminino aps a puberdade. [Aum.: mulhero, mulheraa, mulherona.] 2. Esposa.

Texto FA mulher que passa

Meu Deus, eu quero a mulher que passa.Seu dorso frio um campo de lriosTem sete cores nos seus cabelosSete esperanas na boca fresca!

Oh! Como s linda, mulher que passasQue me sacia e supliciasDentro das noites, dentro dos dias!

Teus sentimentos, so poesia.Teus sofrimentos, melancolia.Teus pelos leves so relva boa Fresca e macia.Teus belos braos so cisnes mansosLonge das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

MORAIS, Vincius de. A mulher que passa. In:____. Antologia potica. 4. ed. Rio de Janeiro, Ed. Do autor, 1960. p.90.

Em todos os textos lidos, o tema um s: mulher. No entanto, a maneira de cada autor varia. O que provoca essa diversificao o objetivo de cada emissor, que organiza sua mensagem utilizando uma fala especfica. Portanto, cada mensagem tem uma funo predominante, de acordo com o objetivo do emissor.

A CONSTRUO DO PARGRAFO

O pargrafo a menor parte de uma composio, de um discurso. formado por frases, oraes, perodos que encerram fragmentos de um mesmo assunto. Do ponto de vista lingustico, sua caracterstica a de conter uma ideia central a qual se juntam outras, secundrias, todas intimamente relacionadas entre si pelo sentido.

FRASE, ORAO E PERODO

FRASE: todo enunciado que possui sentido completo, capaz de estabelecer uma comunicao. Pode ser curta ou longa, pode conter verbo ou no, uma nica palavra pode ser uma frase.

Ex: Bom dia!

Fogo!

O menino ganhou uma bicicleta.

ORAO: o enunciado que se forma em torno de um verbo, apresentando sujeito e predicado, ou pelo menos, predicado.

EX: A enchente destruiu algumas casas.

Observao: nem toda frase pode ser uma orao. Observe o exemplo:

Bom trabalho o seu! este enunciado uma frase, pois tem sentido completo, mas no orao, pois no possui verbo.

PERODO: a frase estruturada com um ou mais verbos. De acordo com o nmero de oraes, o perodo classifica-se em:

a) Simples: quando possui uma s orao, ou seja, apenas um verbo. Ex: A gritaria das crianas acordou o beb.

b) Composto: quando possui mais de uma orao, ou seja, mais de um verbo. Ex: Ningum viu o acidente que ocorreu na esquina.

A ESTRUTURA DO PARGRAFO

A estrutura da maioria dos pargrafos apresenta a seguintes partes:

INTRODUO: constituda por um ou dois perodos curtos, que expressam de modo resumido a ideia central. A essa ideia central, d-se o nome de tpico frasal. O tpico frasal geralmente vem no comeo do pargrafo, seguida de outros perodos que o explicam ou o detalham.

DESENVOLVIMENTO: o desenvolvimento consiste na explanao, no desenvolvimento da ideia central.

CONCLUSO: est contida em uma frase final que enuncia a parte mais interessante ou o clmax do pargrafo, ou, ainda, que sintetiza seu contedo.

Veja este exemplo de estruturao do pargrafo:

Ideia-ncleo ou tpico frasal: A poluio que se verifica principalmente nas capitais do pas um problema relevante, para cuja soluo necessria uma ao conjunta de toda a sociedade.

Ideia secundria: O governo, por exemplo, deve rever sua legislao de proteo ao meio ambiente, ou fazer valer as leis em vigor; o empresrio pode dar sua contribuio, instalando filtro de controle dos gases e lquidos expelidos, e a populao, utilizando menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodzio de automveis e caminhes, como j ocorre em So Paulo.

Concluso: medidas que venham a excluir qualquer um desses trs setores da sociedade tendem a ser incuas no combate poluio e apenas onerar as contas pblicas.

Observe que a ideia-ncleo apresentou palavras-chave ( poluio / soluo / ao conjunta / sociedade) que vo nortear o restante do pargrafo. O perodo subsequente ideia secundria vai desenvolver o que foi citado anteriormente: ao conjunta do governo, do empresrio e da populao. O ltimo perodo retoma as ideias anteriores, posicionando-se frente ao tema.

Em suma, note que todo o pargrafo se organiza em torno do primeiro perodo, que expe o ponto de vista do autor sobre como combater a poluio. O segundo perodo desenvolve e fundamenta a ideia-ncleo, apontando como cada um dos setores envolvidos pode contribuir. O ltimo perodo conclui o pargrafo, reforando a ideia-ncleo.

Outro aspecto que merece especial ateno so os elementos de coeso, isto , os conectores ou conetivos. Eles so responsveis pela coeso do texto e tornam a leitura mais fluente; visam a estabelecer um encadeamento lgico entre as ideias e servem de elo entre o pargrafo, ou no interior do perodo, e o tpico que o antecede. Saber us-los com preciso, tanto no interior da frase, quanto ao passar de um enunciado para outro, uma exigncia tambm para a clareza do texto. Sem esses conectores pronomes relativos, conjunes, advrbios, preposies, as ideias no fluem, muitas vezes o pensamento no se completa, e o texto torna-se obscuro, sem coerncia.

Exemplo de um pargrafo e suas divises

Nesse contexto, um grave erro a liberao da maconha. Provocar de imediato violenta elevao do consumo. O Estado perder o precrio controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrpicas e nossas instituies de recuperao de viciados no tero estrutura suficiente para atender demanda. Enfim, viveremos o caos.

(Alberto Corazza, Isto , com adaptaes)

Elemento de coeso: Nesse contexto.

Tpico frasal: um grave erro a liberao da maconha.

Desenvolvimento: Provocar de imediato violenta elevao do consumo. O Estado perder o precrio controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrpicas e nossas instituies de recuperao de viciados no tero estrutura suficiente para atender demanda.

Concluso: Enfim, viveremos o caos.Exerccios

Responda:

1) O pargrafo costuma estruturar-se em torno de uma ideia-ncleo, que desenvolvida por ideias secundrias. No pargrafo em estudo:

a) A ideia-ncleo apresentada por meio de uma afirmao. Qual ela?

b) Em que parte do pargrafo se localiza essa afirmao?

c) Em quais frases do pargrafo esto as ideias secundrias?

d) Qual das ideias secundrias apresenta um detalhamento a respeito da linguagem?

e) Na 4 frase, h uma citao e um dado estatstico. Qual a funo dessa frase no pargrafo?

2) Alm da ideia-ncleo e das ideias secundrias, a estrutura padro de um pargrafo apresenta tambm uma concluso. Em pargrafos curtos, raro haver concluso. No pargrafo em estudo, que frase constitui a concluso?

3) Desenvolva os tpicos frasais seguintes, considerando os conectivos:

a) As mulheres, atualmente, ocupam cada vez mais funes de destaque na vida social e poltica de muitos pases; no entanto...

b) Um curso universitrio pode ser um bom caminho para a realizao profissional de uma pessoa, mas...

c) Se no souber preservar a natureza, o ser humano estar pondo em risco sua prpria existncia, porque...

d) Muitas pessoas propem a pena de morte como medida para conter a violncia que existe hoje em vrias cidades; outras, porm...

e) Muitos alunos acham difcil fazer uma redao, porque...

f) Muitos alunos acham difcil fazer uma redao, no entanto...

g) Um meio de comunicao to importante como a televiso no deve sofrer censura, pois...

h) Um meio de comunicao to importante como a televiso no deve sofrer censura, entretanto...

i) O uso de drogas pelos jovens , antes de tudo, um problema familiar, porque...

j) O uso de drogas pelos jovens , antes de tudo, um problema familiar, embora...TCNICA DO RESUMO O resumo de fatosPara voc resumir qualquer texto, fundamental que, antes de faz-lo, observe a diferena entre uma informao central e os detalhes referentes a ela. Para tanto, partiremos de um fato central, ao qual acrescentaremos informaes adicionais.Observe o seguinte fato:

Os amigos de Maria fizeram uma grande festa.

Nela existe uma referncia a um fato especfico: uma festa realizada pelos amigos de Maria.Veja agora como possvel aumentar essa frase com dados adicionais. Inicialmente fornecemos uma caracterstica de Maria:Os amigos de Maria, funcionria de uma importante empresa, fizeram uma grande festa.

Agora podemos acrescentar uma referncia de lugar a essa frase:Os amigos de Maria, funcionria de uma importante empresa, fizeram, na sala do gerente de vendas, uma grande festa.Somamos a todas essas informaes uma referncia de tempo:Os amigos de Maria, funcionria de uma importante empresa, fizeram, na sala do gerente de vendas, uma grande festa durante a tarde de ontem.

A respeito do fato acontecido (a festa), vamos agora explicar a causa:Os amigos de Maria, funcionria de uma importante empresa, fizeram, na sala do gerente de vendas, uma grande festa durante a tarde de ontem, em comemorao ao seu aniversrio.

Informaremos agora a frequncia com que esse fato ocorre:

Como acontece todos os anos, os amigos de Maria, funcionria de uma importante empresa, fizeram, na sala do gerente de vendas, uma grande festa durante a tarde de ontem, em comemorao ao seu aniversrio.

Veja agora como voc deve fazer para resumir esse pargrafo: basta que exclua as informaes adicionais que podem ser dadas acerca do fato e deixar apenas os elementos essenciais, para transmitir a informao central. Entendemos por informaes adicionais referncias ao tempo, ao lugar, frequncia com que o fato ocorre, s caractersticas das pessoas envolvidas, causa do fato, a indicaes de instrumentos utilizados para sua realizao, etc.

Observe tambm que o resumo pode ter o tamanho que voc desejar. Por exemplo, no caso do pargrafo acima, voc pode resumi-lo de modo a dar somente as informaes estritamente essenciais: Os amigos de Maria fizeram uma grande festa.Voc pode tambm fazer o resumo de modo a incluir somente as referncias de tempo e lugar: Os amigos de Maria, fizeram uma grande festa, na sala do gerente de vendas, durante a tarde de ontem. bom, porm, em seu resumo, eliminar detalhes de menor significao.Para se realizar um bom resumo, so necessrias algumas recomendaes:

1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata.

2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar.

3. Distinguir os exemplos ou detalhes das ideias principais.

4. Observar as palavras que fazem a ligao entre as diferentes ideias do texto, tambm chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "alm do mais", "pois", "em decorrncia de", "por outro lado", "da mesma forma".

5. Fazer o resumo de cada pargrafo, porque cada um encerra uma ideia diferente.

6. Ler os pargrafos resumidos e observar se h uma estrutura coerente, isto , se todas as partes esto bem encadeadas e se formam um todo.

7. Num resumo, no se devem comentar as ideias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expresses como "segundo o autor", "o autor afirmou que".

8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. recomendvel que nunca ultrapasse vinte por cento da extenso do texto original.

9. Nos resumos de livros, no devem aparecer dilogos, descries detalhadas, cenas ou personagens secundrias. Somente as personagens, os ambientes e as aes mais importantes devem ser registrados.EXERCCIO

Transcreva a informao central dos fatos que se encontram em cada um dos pargrafos seguintes:a) Em virtude de inmeros atentados de grupos terroristas, o presidente de uma das potncias mundiais, ordenou, na semana passada, um ataque areo de grandes propores, em vrios pontos daquela cidade.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) Acompanhado por seus assistentes, o famoso cirurgio, personalidade respeitada em todo o mundo, desembarcou, nas primeiras horas da manh, na cidade de Santos, convidado pelas mais altas autoridades do nosso pas.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________c) Os lenhadores, com seus machados em punho, derrubaram, de modo impiedoso, rvores seculares daquela mata, importante reserva florestal da regio, em uma sombria tarde de inverno.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________d) Na presena de seus secretrios, o prefeito da cidade, ilustre homem pblico, inaugurou hoje um importante centro cultural em um dos bairros mais movimentados de So Paulo, metrpole das mais progressistas do pas.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________RESENHAUma resenha nada mais do que um texto em forma de sntese que expressa a opinio do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peas teatrais, exposies, shows etc.

A resenha, por ser em geral um resumo crtico, exige que o resenhista seja algum com conhecimentos na rea, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.

Como uma sntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrio com momentos de crtica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos ter escrito a resenha ideal.

A resenha , em geral, veiculada por jornais e revistas.

No entanto, sendo um gnero necessariamente breve, perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais caractersticas do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expresses como Eu gostei ou Eu no gostei. Devem constar numa resenha: ttulo

A referncia bibliogrfica da obra

Alguns dados bibliogrficos do autor da obra resenhada

O resumo, ou sntese do contedo

A avaliao crticaEXEMPLO DE RESENHA

Atwood se perde em panfleto feminista Marilene Felinto Da Equipe de Articulistas Margaret Atwood, 56, uma escritora canadense famosa por sua literatura de tom feminista. No Brasil, mais conhecida pelo romance "A mulher Comestvel" (Ed. Globo). J publicou 25 livros entre poesia, prosa e no-fico. "A Noiva Ladra" seu oitavo romance.

O livro comea com uma pgina inteira de agradecimentos, procedimento normal em teses acadmicas, mas no em romances. Lembra tambm aqueles discursos que autores de cinema fazem depois de receber o Oscar. A escritora agradece desde aos livros sobre guerra, que consultou para construir o "pano de fundo" de seu texto, at a uma parente, Lenore Atwood, de quem tomou emprestada a (original? significativa?) expresso "meleca cerebral". Feitos os agradecimentos e dadas as instrues, comeam as quase 500 pginas que poderiam, sem qualquer problema, ser reduzidas a 150. Pouparia precioso tempo ao leitor bocejante. a histria de trs amigas, Tony, Roz e Charis, cinquentonas que vivem infernizadas pela presena (em "flashback") de outra amiga, Zenia, a noiva ladra, inescrupulosa "femme fatale" que vive roubando os homens das outras.Vil meio inverossmil - ao contrrio das demais personagens, construdas com certa solidez -, a antagonista Zenia no se sustenta, sua maldade no convence, sua histria no emociona. A narrativa desmorona, portanto, a partir desse defeito central. Zenia funcionaria como superego das outras, imagem do que elas gostariam de ser, mas no conseguiram, reflexo de seus questionamentos internos - eis a leitura mais profunda que se pode fazer desse romance nada surpreendente e muito bvio no seu propsito. Segundo a prpria Atwood, o propsito era construir, com Zenia, uma personagem mulher "fora-da-lei", porque "h poucas personagens mulheres fora-da-lei". As intervenes do discurso feminista so claras, panfletrias, disfaradas de ironia e humor capengas. A personagem Tony, por exemplo, tem nome de homem ( apelido para Antnia) e professora de histria, especialista em guerras e obcecada por elas, assunto de homens: "Historiadores homens acham que ela est invadindo o territrio deles, e deveria deixar as lanas, flechas, catapultas, fuzis, avies e bombas em paz". Outras aluses feministas parecem colocadas ali para provocar riso, mas soam apenas ingnuas: "H s uma coisa que eu gostaria que voc lembrasse. Sabe essa qumica que afeta as mulheres quando esto com TPM? Bem, os homens tm essa qumica o tempo todo". Ou ento, a mensagem rabiscada na parede do banheiro: "Herstory Not History", trocadilho que indicaria o machismo explcito na palavra "Histria", porque em ingls a palavra pode ser desmembrada em duas outras, "his" (dele) e story (estria). A sugesto contida no trocadilho a de que se altere o "his" para "her" (dela). As histrias individuais de cada personagem so o costumeiro amontoado de fatos cotidianos, almoos, jantares, trabalho, casamento e muita "reflexo feminina" sobre a infncia, o amor, etc. Tudo isso narrado da forma mais achatada possvel, sem maiores sobressaltos, a no ser talvez na descrio do interesse da personagem Tony pelas guerras. Mesmo a, prevalecem as artificiais inseres de fundo histrico, sem p nem cabea, no meio do texto ficcional, efeito da pesquisa que a escritora - em tom cerimonioso na pgina de agradecimentos - se orgulha de ter realizado.Texto injuntivo-instrucional:

So aqueles que indicam procedimentos a serem realizados.

Indica como realizar uma ao.

tambm utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos.

Utiliza linguagem objetiva e simples.

Tm como objetivo controlar o comportamento do destinatrio so textos que incitam a ao, impem regras ou fornecem instrues e indicaes para a realizao de um trabalho ou a utilizao correta de instrumentos.

Portanto, o texto injuntivo tem por objetivo apresentar conhecimentos que permitiro, em uma dada situao comunicativa, a execuo de determinadas aes por parte do leitor.

importante observar que nos textos injuntivos o autor deixa claro que a sua finalidade levar o leitor a praticar determinada ao e isso feito de maneira direta e objetiva.

Os verbos so, na sua maioria, empregados no modo imperativo. H tambm o uso do futuro do presente.

Exemplos de textos injuntivos: instrues de uso, instrues de montagem, regras d e utilizao, leis, receitas de culinria, guias, regras de trnsito, obrigaes a cumprir, normas de conduta, manuais

Exemplo de texto injuntivo-instrucional:

Fique rico escrevendo um best seller Por: Wilson Weigl

1. Escolha como cenrio Cabul, Bagd, Istambul Ou outro lugar extico do Oriente, cenrio de algum problema srio, como uma guerra. Crie contrapontos com personagens e objetos romnticos e antiquados, como barbeiros e pipas.

2. Biografe um cantor de MPB Morto, de preferncia. O risco de voc ser processado e ter seu livro apreendido menor. Se escolher um artista vivo, elimine qualquer passagem sobre acidentes de trem e pernas mecnicas.

3. Convoque um esprito Escreva um romance psicografado. O esprito dita tudo, voc s tem que redigir. E no vai ter que dividir a grana das vendas com ele.

4. Mostre como ser feliz Mesmo que voc seja miseravelmente infeliz. Desenterre a poro Dalai Lama que vive dentro de voc e aconselhe as pessoas a cultivar virtudes como pacincia, tolerncia, desapego, humildade... Todas as qualidades que voc no consegue desenvolver nem a pau.]

5. Junte sete coisas de alguma coisa No importa o qu, basta que sejam sete. Espelhe-se nestes exemplos: As Sete Leis Espirituais do Sucesso, Os Sete Hbitos das Pessoas Altamente Eficazes, A Casa das Sete Mulheres, Branca de Neve e os Sete Anes... Todos emplacaram.

6. Brinque de bruxo As pessoas (e especialmente as mulheres) esto doidas para acreditar que um pouco de magia capaz de resolver suas encrencas. Ensine a fazer rituais, feitios e talisms para conquistar os homens - de repente, voc o alvo de algum deles!7. Misture Da Vinci e uma seita secreta Pesquise histrias sobre confrarias, associaes misteriosas, maonaria, relquias sagradas, civilizaes desaparecidas. Misture tudo sem d. No se esquea de colocar no ttulo: cdigo, enigma, mistrio, chave, conspirao...

8. Trate de ces e gatos Ou outro bicho que as mulheres considerem "fofinho" (esquea cobras, iguanas e ratos brancos). Pelo menos elas vo comprar. E o Brasil tem 90 milhes de compradoras em potencial.

9. Ensine a ganhar dinheiro Espelhe-se em ttulos de sucesso como Os Segredos da Mente Milionria; Casais Inteligentes Enriquecem Juntos; Dinheiro: Os Segredos de Quem Tem. Ningum precisa saber que sua situao financeira uma lstima, que voc nunca conseguiu ganhar nem juntar grana. Afinal, para melhorar de vida que voc est escrevendo um livro.

10. Invente-se como xam Diga que sabe fazer chover ou que consegue fazer parar o tempo. Fale da busca de uma espada ou algum artefato sobrenatural e resgate suas andanas por algum caminho mgico. Mas no invente affairs homossexuais. Ainda no est provado que uma autobiografia com essas revelaes v fazer voc vender mais do que 85 milhes de exemplares no mundo todo.

11. Ensine a ser chique 99,9% das pessoas no tm um pingo de estilo. Os caras? Uns ogros. Mulheres? Umas sem-noo... Se voc sabe usar os talheres na ordem correta e combinar cinto com sapato, j pode se considerar um ser superior.

12. Aposte nas diferenas entre os sexos Argumente que homens e mulheres vm de planetas diferentes (no inverta Marte e Vnus), que ns queremos sexo, elas amor, e por a vai. Com o pretexto de desvendar a cabea de uns e outros, contribua para acirrar a guerra dos sexos.

13. Conte um segredo Qualquer um. Seja direto: O Segredo de... (cole aqui o seu). No vale O Segredo do Segredo, que j existe. Bem, voc deve saber pelo menos um. Nem que seja que seu chefe est pegando a secretria depois do expediente. No, melhor guardar esse para uma ocasio mais propcia.

14. Evoque Jesus Sempre no ttulo. No importa o que venha antes ou depois. Pensou em A Dieta de Jesus? J foi escrito. Tambm o pegaram para Cristo como mestre de psicologia e liderana.

15. Descreva sua vida sexual Em detalhes. Os mais escabrosos. Adote um codinome - Bruno Surfisto, por exemplo. O qu? Sua vida sexual no preenche nem duas pginas? Invente tudo ento.

(texto extrado da revista Mens Health, Seo Drops, Abril/2008, p. 1)

CONTINUIDADE E PROGRESSO TEXTUALSempre que lemos um texto, nosso desejo avanar na leitura, conhecer suas ideias principais e, por fim, nos apropriar de seu contedo geral. Para atender a essa expectativa do leitor, o texto precisa apresentar um bom andamento e garantir relaes de coerncia (encadeamento organizado e lgico de ideias do texto) e coeso (conexo lingustica que permite a amarrao das ideias por meio dos conectivos). Isso significa que as ideias apresentadas pelo autor, medida que vo sendo expostas, devem ser retomadas e desenvolvidas, pois esse o procedimento que possibilita a construo do sentido geral do texto. Esses movimentos de retomada e desenvolvimento de ideias so chamados de continuidade e progresso.

Para que um texto apresente textualidade, no basta haver nele a retomada de elementos j expressos. necessrio que a retomada leve ao acrscimo de novas informaes e a uma ampliao das ideias, o que se chama progresso.

Nos textos geralmente h palavras ou expresses responsveis por sua continuidade, ou seja, pela retomada de palavras ou ideias expressas anteriormente. No texto acima, por exemplo, o termo O pas tem essa funo e refere-se ao Brasil, palavra que foi expressa anteriormente.

A primeira frase do texto lido informa que o Brasil o quarto maior produtor de alimentos do mundo. Contudo, um pouco depois, apontada a existncia de um paradoxo em nosso pas. Note que a expresso que cria a expectativa de que o autor vai apresentar uma ideia contrria do sucesso do Brasil nas exportaes a expresso no entanto.

Dando progresso ao texto o autor explica em que consiste o paradoxo existente no Brasil: consiste no fato de o pas ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo e a populao brasileira alimentar-se de modo insuficiente. De acordo com o texto, a causa principal da fome no Brasil no a falta de alimentos, mas a m distribuio de renda. Essa ideia retomada e ampliada com uma citao e uma comparao: o texto cita uma autoridade no assunto, e compara a situao da falta de alimentos no Brasil situao observada na sia e na frica.

A expresso da ltima frase retoma a afirmao anterior de que no Brasil h m distribuio de renda: a acumulao desigual de capital.

COERNCIA E COESO1. Coerncia:

Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, convencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto uma unidade de significado produzida sempre com uma determinada inteno. Assim como a frase no uma simples sucesso de palavras, o texto tambm no uma simples sucesso de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos um texto em que h coerncia.

A coerncia resultante da no-contradio entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento textual pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez ser pressuposto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos eles estejam concatenados harmonicamente. Quando h quebra nessa concatenao, ou quando um segmento atual est em contradio com um anterior, perde-se a coerncia textual.

A coerncia tambm resultante da adequao do que se diz ao contexto extra verbal, ou seja, quilo o que o texto faz referncia, que precisa ser conhecido pelo receptor.

Ao ler uma frase como "No vero passado, quando estivemos na capital do Cear Fortaleza, no pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a nevar", percebemos que ela incoerente em decorrncia da incompatibilidade entre um conhecimento prvio que temos da realizada com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal", em Fortaleza no neva (ainda mais no vero!).

Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantstica, o exemplo acima poderia fazer sentido, dando coerncia ao texto - nesse caso, o contexto seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerncia interna da narrativa.

No caso de apresentar uma inadequao entre o que informa e a realidade "normal" pr- conhecida, para guardar a coerncia o texto deve apresentar elementos lingusticos instruindo o receptor acerca dessa anormalidade.

Uma afirmao como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do dcimo andar e no sofreu nenhum arranho." coerente, na medida que a frase inicial ("Foi um verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalidade do fato narrado.

2. Coeso:

A redao deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coerncia e coeso. E a coeso, como o prprio nome diz (coeso significa ligado), a propriedade que os elementos textuais tm de estar interligados. De um fazer referncia ao outro. Do sentido de um depender da relao com o outro. EXERCCIOS1- Assinale a opo que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo. (A)O fenmeno da globalizao econmica ocasionou uma srie ampla e complexa de mudanas sociais no nvel interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e abrangncia _________ tais mudanas ocorrem, preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudana existiu como algo inerente ao sistema social.

(Adaptado de texto da Revista do TCU, n82)a) No obstante com que

b) Portanto de que

c) De maneira que a que

d) Porquanto ao que

e) Quando de que

2- Marque a sequncia que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir seja coerente. CA viso sistmica exclui o dilogo, de resto necessrio numa sociedade ________ forma de codificao das relaes sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade dessa linguagem no precisa ser questionada, ________ o sistema funciona na base de imperativos automticos que jamais foram objeto de discusso dos interessados.(Barbara Freytag, A Teoria Crtica Ontem e Hoje, pg. 61, com adaptaes)

a) em que posto que

b) onde em que

c) cuja j que

d) na qual todavia

e) j que porque

3. Leia o texto a seguir e assinale a opo que d sequncia com coerncia ecoeso.

CEm nossos dias, a tica ressurge e se revigora em muitas reas da sociedade industrial e ps-industrial. Ela procura novos caminhos para os cidados e as organizaes, encarando construtivamente as inmeras modificaes que so verificadas no quadro referencial de valores. A dignidade do indivduo passa a aferir-se pela relao deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizaes de que participa e com a prpria sociedade em que est inserido.

(Jos de vila Aguiar Coimbra Fronteiras da tica, So Paulo, Editora SENAC, 2002).

a) A sociedade moderna, no entanto, proclamou sua independncia em relao a esse pensamento religioso predominante.

b) Mesmo hoje, nem sempre so muito claros os limites entre essa moral e a tica, pois vrios pensadores partem de conceitos diferentes.

c) No de estranhar, pois, que tanto a administrao pblica quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas ticos e suas respectivas solues.

d) A cincia tambm produz a ignorncia na medida em que as especializaes caminham para fora dos grandes contextos reais, das realidades e suas respectivas solues.

e) Paradoxalmente, cada avano dos conhecimentos cientficos, unidirecionais produz mais desorientao e perplexidade na esfera das aes a implementar, para as quais se pressupe acerto e segurana.

4- Assinale a opo que no constitui uma articulao coesa e coerente para as duas partes do texto. (B)O capital humano a grande ncora do desenvolvimento na Sociedade de Servios, alimentada pelo conhecimento, pela informao e pela comunicao, que se configuram como peas-chave na economia e na sociedade do sculo XXI. _____________,no mundo ps-moderno, um pas ou uma comunidade equivale sua densidade e potencial educacional, cultural e cientfico-tecnolgico, capazes de gerar servios, informaes, conhecimentos e bens tangveis e intangveis, que criem as condies necessrias para inovar, criar, inventar.

(Aspsia Camargo, Um novo paradigma de desenvolvimento)

a) Diante dessas consideraes,

b) necessrio considerar a idia oposta de que,

c) Partindo-se dessas premissas,

d) Tendo como pressupostos essas afirmaes,

e) Aceitando-se essa premissa, preciso considerar que,

1) J no primeiro pargrafo, o autor explicita a ideia principal (a tese) que vai ser desenvolvida ao longo do texto. Qual ela?

______________________________________________________________2) No 2 e 3 pargrafos, uma palavra retoma a ideia principal, garantindo continuidade ao texto e permitindo a progresso das ideias.

a) Qual essa palavra?___________________________________________________________b) Que informaes novas so acrescentadas ideia principal nesses pargrafos?___________________________________________________________3) Lembrando que a continuidade a retomada de palavras ou ideias expressas anteriormente em um texto, responda:

a) A que se refere a expresso uma ao, no 5 pargrafo?___________________________________________________________b) E o pronome elas, no 6 pargrafo?____________________________________________________________4) Segundo o texto, a experincia de investir na educao das mulheres de Kerala enfrentou dificuldades por questes culturais. Apesar disso, ela surtiu efeito? Justifique sua resposta com trechos do texto.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________5) Releia a concluso do texto e observe o papel coesivo da palavra da e do termo dessas obras.

a) Que ideia a palavra da retoma?___________________________________________________________b) A que se refere a expresso dessas obras?___________________________________________________________

O RELATRIO

Um relatrio um documento elaborado a partir de uma coletnea de dados ou de uma pesquisa. Os relatrios so escritos por ordem de um superior a seu subordinado e, em geral, tm como principal objetivo a tomada de decises dentro da empresa ou rgo pblico sobre uma questo especfica. Os temas de um relatrio so muito variados. Vo desde a atuao de um funcionrio at as previses sobre os lucros que um produto pode trazer.

TIPOS DE RELATRIO

Existem basicamente dois tipos de relatrio: o expositivo e o avaliativo ou argumentativo. O relatrio expositivo limita-se a informar sobre um tema ou uma situao, narrando os fatos ou apresentando os dados pertinentes. Embora a sua finalidade seja a tomada de decises por parte de quem o solicitou, o relatrio expositivo no inclui nenhuma crtica s informaes ou aos fatos recolhidos , nenhum tipo de recomendao tampouco. Possui, portanto, um carter de completa objetividade. Em contrapartida, o relatrio avaliativo ou argumentativo deve necessariamente ultrapassar a anlise objetiva de uma situao. Pede-se ao seu autor que, alm de apresentar imparcialmente os fatos ou dados, elabore uma crtica, extraindo concluses e fazendo sugestes.

O CONTEDO E A ESTRUTURA DOS RELATRIOS

Os relatrios variam muito quanto sua extenso e estrutura, pois devem adaptar-se prtica da empresa ou da instituio para a qual esto sendo elaborados, tendo em vista a situao que abordam. Paralelamente a isso, um relatrio ideal deve incorporar os seguintes pontos:

a) Finalidade: todo relatrio deve incluir uma explicao a respeito do propsito que o motivou.

b) Mtodo: dele deve constar a maneira, a tcnica ou o mtodo utilizado para reunir os dados e analis-los, de modo que o leitor possa julgar em que medida as informaes ali transmitidas so confiveis.

c) Os dados ou fatos devem ser apresentados de forma clara, organizada e objetiva.

No caso dos relatrios avaliativos, tambm estes pontos:

d) Anlise: o redator do relatrio deve analisar as informaes de acordo com o exposto no ponto b.

e) Recomendaes e sugestes: como concluso do relatrio, o redator deve aconselhar o destinatrio a respeito das decises e medidas que deve tomar com relao ao assunto tratado no texto.

A estrutura na qual esses contedos so apresentados costuma ser a seguinte:

a) Capa: dela devem constar o ttulo do relatrio, o nome do autor, a data em que se concluiu a redao e a empresa ou rgo pblico da qual o relatrio foi elaborado.

b) Tabela de contedos: inclui o ndice e o sumrio ou a lista de temas do relatrio. Tambm possvel acrescentar um resumo do relatrio. Este resumo deve ser sucinto, alguns pargrafos apenas melhor se for um nico pargrafo e no deve incluir nada que no aparea no restante do texto. Trata-se de formular de modo sinttico o essencial do relatrio: objetivos, metodologia, resultados e, nos relatrios avaliativos, concluses e recomendaes.

c) Introduo: Sua funo orientar o leitor antes que ele comece a ler o relatrio propriamente dito. Na introduo, apresentam-se o tema e o objetivo do relatrio, indicando-se brevemente como sero abordados ao longo do documento.

d) Corpo: a parte nuclear do relatrio e costuma-se dividir em sete partes:

1) Fundamentos tericos: esta parte s includa nos casos em que a pesquisa ou coletnea de dados apoie-se em alguma teoria sociolgica, econmica, etc.

2) mbito de estudo: Trata-se de definir a realidade dos fatos de que se ocupa o relatrio e a partir dos quais sero coletadas as informaes.

3) Metodologia: como dizamos antes, deve explicar-se detalhadamente a maneira pela qual as informaes foram colhidas e organizadas, de modo que quem solicitou o relatrio possa avaliar a confiabilidade deste documento.

4) Resultados: Os dados obtidos devem ser apresentados de forma organizada e objetiva, segundo os objetivos do relatrio e, o que ainda mais importante, pensando-se em facilitar a tomada de decises por parte de quem solicitou o relatrio.

5) Interpretao dos resultados: esta parte s aparece nos relatrios avaliativos ou argumentativos. Deve sempre orientar-se por critrios lgicos e primar-se sempre pela honestidade.

6) Concluses: nesta ltima parte, o autor deve apresentar em poucos pargrafos as concluses que nascem da coletnea de informaes e sua interpretao.

7) Recomendaes: para facilitar o trabalho do solicitante do relatrio, o autor formular recomendaes que realmente sejam teis pessoa ou empresa que precise resolver determinado problema. Se o autor do relatrio quiser incluir conselhos sobre outras questes importantes, dever avaliar cuidadosamente a pertinncia dessa atitude.

Os contedos e a estrutura de que falamos at agora so o que normalmente vemos num relatrio padronizado, de extenso mdia. Contudo, no mundo empresarial e na administrao pblica, comum a produo de relatrios bem curtos, com uma ou duas pginas. Vejamos que estrutura devem adotar esses documentos mais breves.

ESTRUTURA DE UM RELATRIO BREVE

Nome da empresa ou do rgo pblico para o qual se escreve o relatrio.

Ttulo do relatrio: em lugar de um ttulo pode-se escrever o tema do relatrio sob a prpria palavra RELATRIO escrita dessa maneira, com letras maisculas.

Nome e cargo do destinatrio do documento, que em geral a pessoa que o solicitou. Pode ser precedido pela frase A ateno de ou Solicitante.

Nome e cargo de quem redigiu o relatrio. Pode ser precedido pela frase Elaborado por. O nome e o cargo do autor podem tambm constar no final do documento, e no no incio.

Exposio do tema do relatrio. Esta parte inclui a relao e a anlise dos fatos ou das informaes constitutivas da situao que motivou o relatrio.

Proposta de solues e medidas a tomar.

Assinatura do autor.

Data de redao do relatrio.

Exemplo de relatrio breve:

OSIRIOS Ltda. Tratamentos superficiais

Sobre o aumento dos acidentes de trabalho

RELATRIO

ateno de: Carlos Almeida, chefe de produo

Elaborado por: Joo Jos Marins, chefe de pessoal

No ltimo ano produziu-se em nossa empresa um aumento expressivo (9%) de acidentes de trabalho, o que provoca baixa laboral.

Do total de acidentes, 98% foram leves, e os outros 2% restantes, graves. Em nenhum caso registrou-se bito.

As principais causas dos acidentes que se produziram foi excesso de esforo, leses provocadas por objetos ou mquinas, projeo de partculas e quedas.

Quais as razes de fundo para essa situao?

Durante o processo produtivo referente aos tratamentos superficiais (sujeio de eletrodos, operaes de mescla, manipulao de produtos, armazenamento e conservao), o trabalhador encontra-se constantemente exposto a riscos, dos quais nem sempre est consciente.

Por outro lado, medidas de preveno adotadas em nossa empresa mostram-se obsoletas e muito genricas. Ou seja, no esto adequadas singularidade da nossa cadeia de produo.

urgente, portanto, a elaborao de um programa de preveno de riscos ocupacionais, uma vez que a tomada de consci6encia sobre o perigo de acidentes fundamental para a eficcia do programa.

Por fim, necessrio munir os empregados com equipamentos de proteo individual compatveis com a realidade de cada posto de trabalho.

SUGESTES:

1. Elaborar um programa de preveno de riscos ocupacionais.

2. Ministrar cursos de preveno de riscos ocupacionais aos empregados.

3. Munir os empregados com equipamentos de proteo individual especficos para cada posto de trabalho.

Ass: Joo Jos Marins

Recursos Humanos

So Paulo, 22 de fevereiro de 2008.

A REDAO TCNICO-CIENTFICAO estilo de redao de documentos tcnico-cientficos e acadmicos apresenta caractersticas prprias, diferindo do utilizado em outros tipos de composio, como a literria, a jornalstica, a publicitria.. Devem ser observados alguns princpios bsicos para a redao tcnico-cientfica, os quais so especificados a seguir: ObjetividadeNo curso da linguagem tcnico-cientfica, o tema precisa ser tratado de maneira direta e simples, obedecendo-se a uma sequncia lgica e ordenada na apresentao das ideias e evitando-se o desvio do assunto em consideraes irrelevantes. Coeso e CoernciaO trabalho deve ter coeso, coerncia e progresso na exposio das ideias de modo a facilitar a interpretao de texto. O objetivo inicial deve ser mantido ao longo de seu desenvolvimento. A explanao deve se apoiar em dados e provas e no em opinies que no possam ser confirmadas.

Clareza e PrecisoA fim de facilitar a leitura e o entendimento do contedo que se quer expor, importante :a) apresentar as ideias de modo claro, coerente e objetivo, conferindo a devida nfase s ideias e unidade ao texto; b) evitar comentrios irrelevantes, acumulaes de ideias e redundncias; c) usar um vocabulrio preciso evitando as linguagens rebuscadas e prolixas; d) usar a nomenclatura tcnica aceita no meio cientfico; e) evitar termos e expresses que no indiquem claramente propores e quantidades (mdio, grande, bastante, muito, pouco, mais, menos, nenhum, alguns, vrios, quase todos, nem todos, muitos deles, a maioria, metade e outros termos ou expresses similares), procurando substitu-los pela indicao precisa em nmeros ou porcentagem, ou optando por associ-las a esses dados:Ex.: Em Curitiba 80% da populao... As chuvas atingiram cerca de 450 residncias. A grande maioria (90%) da populao pesquisada concorda com...

f) evitar adjetivos, advrbios, locues e pronomes que indiquem tempo, modo ou lugar de forma imprecisa, tais como: aproximadamente, antigamente, em breve, em algum lugar, em outro lugar, adequado, inadequado, nunca, sempre, raramente, s vezes, melhor, provavelmente, possivelmente, talvez, algum, pouco, vrios, tudo, nada e outros termos similares.

ImparcialidadeNa redao de documentos tcnico-cientficos e acadmicos, o autor no deve fazer prevalecer seu ponto de vista, sua opinio e seus preconceitos. Ao mesmo tempo, deve evitar ideias pr-concebidas, no subestimando a importncias das ideias em debate, nem subestimando outras que paream contraditrias ou menos abrangentes. Conjugao VerbalGeralmente no texto tcnico-cientfico e acadmico, utiliza-se a forma impessoal dos verbos:Ex.: Procurou-se mensurar a reao da planta quando aplicado oinseticida. Para obteno dos dados, aplicou-se uma entrevista estruturada.

Em algumas raras excees dependendo da finalidade e do nvel de formalidade do documento, pode-se adotar a primeira pessoa do singular ou do plural o caso de relatrios de participao de eventos, resenhas ejustificativas para ingresso em cursos de ps-graduao:Ex.: O meu ver a administrao atual

AS PREOCUPAES COM OS TRABALHOS ACADMICOSO trabalho acadmico e cientfico (resenha e relatrio), segundo a tica, deve citar e referenciar sempre as fontes de elaboraes escritas segundo as normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT). A ABNT, por meio de suas Normas Brasileiras de Referncia (NBR), quem estabelece os critrios.Normas de trabalhos acadmicos segundo as regras da ABNT: PeridicosDevem conter os seguintes elementos: Autor (es), em maisculas.

Ttulo do artigo. Ttulo do peridico, em itlico ou sublinhado ou negrito. Cidade da editora do peridico. Volume, precedido por v. Nmero, precedido por n. Pginas, precedidas por p. Ms da publicao (opcional). Ano da publicao. Exemplos: GOMES, A. Modelos matemticos para clculos estruturais.Revista Brasileira de Engenharia Civil, Rio de Janeiro, v.12, p.123-125, set./out., 1999.LivrosDevem conter os seguintes elementos: Autor(es), em maisculas. Ttulo do livro, em itlico ou sublinhado ou negrito. Edio do livro Cidade da editora, seguida de dois pontos (":"). Nome da editora. Ano da publicao. Nmero total de pginas.Livro como um todoAPPOLINARO, U.J.

Procedimentos laboratoriais em patologia experimentalRio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, 1945. 125 p.Obs.:a) Note que a grafia correta 3.ed. e no 3a. ed. b) 987p. = 987 pginas no total c) 2v = obra em dois volumes.BIBLIOGRAFIA

CEREJA, William RobertoPortugus: linguagens: volume 3: ensino mdio/William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 6.ed. So paulo: Atual, 2008.

PASCHOALIN, Maria Aparecida

Gramtica: teoria e exerccios/Paschoalin & Spadoto. Ed. Renovada. So Paulo: FTD, 2008.

MOURA ,Fernando. Nas Linhas e Entrelinhas, 6 edio, 2004. Ed. Vestcon Barbosa, Ivanilda1