Apostila Contabilidade Avancada Custos

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CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE DE CUSTOS P/ ICMS-SP PROFESSOR JOÃO IMBASSAHY www.pontodosconcursos.com.br 1 APRESENTAÇÃO Caros amigos! É como grande prazer que inicio este novo trabalho no Ponto dos Concursos. Desta vez, abordaremos a disciplina de Contabilidade de Custos voltada para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, a ser realizado pela VUNESP ou pela FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (Ainda não foi decidida qual será a banca, mas, pelas informações que temos tido, o edital do concurso deverá sair a qualquer momento). Os dois últimos concursos para o referido cargo foram realizados pela VUNESP, nos anos de 1997 e 2002. Como ainda não saiu o edital, o enfoque inicial do estudo terá como base o programa do último concurso realizado. O desenvolvimento do trabalho será efetuado utilizando a sistemática que entendo ser a mais apropriada para a preparação eficaz em concursos públicos, qual seja, a da abordagem teórica inserida na dinâmica de resolução de questões de provas anteriores. Nesse contexto, examinaremos todas as questões da disciplina aplicadas nos concursos anteriores ao cargo, acrescidas de grande quantidade de questões elaboradas por outras bancas examinadoras, em essência, da Escola de Administração Fazendária – ESAF – e do CESPE/UNB, considerando a grande importância destas bancas como referência para as demais que elaboram provas de concursos nas áreas fiscais. O nosso trabalho é realizado utilizando a lei das probabilidades, tendo como base a abordagem da matéria utilizada em concursos anteriores, assim como, as situações que ainda não foram cobradas e que estejam vinculadas ao programa da disciplina. Obviamente não temos “bola de cristal” para adivinhar exatamente tudo o que será cobrado, pois é comum surgirem novidades em termos de assuntos e de estilos de questões em provas. No entanto, a experiência mostra claramente, que os candidatos que obtêm sucesso são aqueles que estão altamente treinados na resolução de questões de provas anteriores e com os conceitos teóricos sedimentados, pois esses, mesmo diante de situações novas, terão chances muito maiores de chegarem às soluções do que os demais. PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com

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APRESENTAÇÃO Caros amigos! É como grande prazer que inicio este novo trabalho no Ponto dos Concursos. Desta vez, abordaremos a disciplina de Contabilidade de Custos voltada para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, a ser realizado pela VUNESP ou pela FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (Ainda não foi decidida qual será a banca, mas, pelas informações que temos tido, o edital do concurso deverá sair a qualquer momento). Os dois últimos concursos para o referido cargo foram realizados pela VUNESP, nos anos de 1997 e 2002. Como ainda não saiu o edital, o enfoque inicial do estudo terá como base o programa do último concurso realizado. O desenvolvimento do trabalho será efetuado utilizando a sistemática que entendo ser a mais apropriada para a preparação eficaz em concursos públicos, qual seja, a da abordagem teórica inserida na dinâmica de resolução de questões de provas anteriores. Nesse contexto, examinaremos todas as questões da disciplina aplicadas nos concursos anteriores ao cargo, acrescidas de grande quantidade de questões elaboradas por outras bancas examinadoras, em essência, da Escola de Administração Fazendária – ESAF – e do CESPE/UNB, considerando a grande importância destas bancas como referência para as demais que elaboram provas de concursos nas áreas fiscais. O nosso trabalho é realizado utilizando a lei das probabilidades, tendo como base a abordagem da matéria utilizada em concursos anteriores, assim como, as situações que ainda não foram cobradas e que estejam vinculadas ao programa da disciplina. Obviamente não temos “bola de cristal” para adivinhar exatamente tudo o que será cobrado, pois é comum surgirem novidades em termos de assuntos e de estilos de questões em provas. No entanto, a experiência mostra claramente, que os candidatos que obtêm sucesso são aqueles que estão altamente treinados na resolução de questões de provas anteriores e com os conceitos teóricos sedimentados, pois esses, mesmo diante de situações novas, terão chances muito maiores de chegarem às soluções do que os demais.

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Neste nosso primeiro encontro, trataremos de alguns conceitos muito importantes na compreensão da disciplina, uma vez que serão utilizados durante todo o curso. Com base no exposto, basearemos a exposição nas principais obras da matéria e no programa do último concurso, o qual, por razões didáticas, não terá sua ordem seguida na íntegra. Vamos ao trabalho.

AULA O: 1. CONTABILIDADE DE CUSTOS, FINANCIERA E

GERENCIAL – Conceitos e Finalidades CONTABILIDADE DE CUSTOS é a área da ciência contábil que estuda os gastos referentes à produção de bens e serviços. Abrange a Contabilidade de Serviços e a Contabilidade Industrial. No Brasil, a Contabilidade de Custos refere-se, essencialmente, à Contabilidade Industrial. A Contabilidade de Custos (Contabilidade Industrial) aplica-se ao departamento de produção das empresas, tendo como objetivo controlar os diversos gastos envolvidos na fabricação dos produtos, tais como, Mão-de-Obra Direta e Indireta, Materiais Diretos (Matérias-Primas, Embalagens e Insumos) e Gastos Gerais de Fabricação, também chamados de Custos Indiretos de Fabricação (energia elétrica, depreciação e aluguéis da fábrica, entre outros).

A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de adaptação às empresas industriais dos critérios da Contabilidade Geral ou Financeira utilizados com sucesso no controle do patrimônio das sociedades comerciais. Enquanto na Contabilidade Geral ou Financeira busca-se o controle do patrimônio da empresa como um todo, na Contabilidade de Custos o objetivo imediato é a avaliação de estoques e do resultado.

Com o crescimento das empresas e o conseqüente distanciamento dos administradores, a Contabilidade de Custos passou a ser vista como um importante instrumento de auxílio da função gerencial. Surgiu, assim, a denominada Contabilidade Gerencial.

Esse novo ramo da contabilidade, que tem como finalidade o fornecimento de informações necessárias ao controle e tomada de decisão pelos administradores, por ser relativamente novo, ainda carece

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de aperfeiçoamentos, cabendo reforçar a importância de adaptações dos critérios da Contabilidade de Custos para o bom desempenho dessa nova função gerencial.

2. TERMOS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS – Distinções entre Gasto, Investimento, Custo, Despesa, Perda e Desembolso.

2.1 – GASTOS – São os sacrifícios necessários à obtenção de um bem ou serviço. Representam desembolsos imediatos ou a promessa de desembolsos futuros. Os gastos têm um sentido amplo, abrangendo investimentos, custos ou despesas. 2.2 – INVESTIMENTOS – São os gastos que têm como contrapartida um ativo. 2.3 - CUSTOS – São os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. 2.4 – DESPESAS – Representam os bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Os gastos relativos aos demais departamentos, como os de Venda e Administrativo são considerados despesas.

GASTOS

INVESTIMENTOS CUSTOS DESPESAS Exercício 1: Identificar os itens a seguir relacionados como: 1. Investimentos 2. Custos 3. Despesas ( ) Salários do departamento administrativo ( ) Seguros das máquinas da fábrica ( ) Salários dos operários da fábrica diretamente ligados à produção ( ) Salários dos operários da fábrica encarregados da limpeza ( ) Aquisição de Matérias-Primas ( ) Consumo das Matérias-Primas na produção ( ) Comissões de Vendas ( ) Fretes e Seguros sobre Vendas ( ) Aquisição de Equipamentos

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( ) Seguros dos Equipamentos da fábrica ( ) Aquisição de Embalagens ( ) Embalagens consumidas ( ) Juros Passivos ( ) Aquisição de material de escritório ( ) Material de escritório da administração consumido no período ( ) Energia elétrica da sede da sociedade ( ) Energia elétrica da fábrica ( ) Depreciação dos móveis e utensílios do departamento administrativo ( ) Encargos sociais dos operários da fábrica

Solução: Como já dissemos, custos são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços; e despesas são bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Os gastos envolvidos na produção dos produtos, tais como, Mão-de-Obra Direta e Indireta, Materiais Diretos (matérias-primas e embalagens utilizadas no processo produtivo), Gastos Gerais de Fabricação (energia elétrica, depreciação das máquinas de produção e aluguéis da fábrica, entre outros) são custos. Já os gastos relativos aos demais departamentos, como os de Venda, Administrativo e Financeiro são considerados despesas.

Regra geral, teremos o seguinte esquema:

Gastos do Departamento de

Produção (Fábrica)

Gastos dos Demais Departamentos (Vendas,

Administrativos, Financeiros)

⇓ ⇓ Custos Despesas

⇓ ⇓ Apropriados aos Produtos

⇓ ⇓ Quando Vendidos

⇓ ⇓ Lançados ao Resultado

como Despesas (Custo dos Produtos Vendidas

Lançadas diretamente ao Resultado

Gabarito do Exercício: (3) Salários do departamento administrativo

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(2) Seguros das máquinas da fábrica (2) Salários dos operários da fábrica diretamente ligados à produção (2) Salários dos operários da fábrica encarregados da limpeza (1) Aquisição de Matérias-Primas (2) Consumo das Matérias-Primas na produção (3) Comissões de Vendas (3) Fretes e Seguros sobre Vendas (1) Aquisição de Equipamentos (2) Seguros dos Equipamentos da fábrica (1) Aquisição de Embalagens (2) Embalagens consumidas (3) Juros Passivos (1) Aquisição de material de escritório (3) Material do escritório da administração consumido no período (3) Energia elétrica da sede da sociedade (2) Energia elétrica da fábrica (3) Depreciação dos móveis e utensílios do departamento administrativo (2) Encargos sociais dos operários da fábrica

Vejamos o esquema abaixo, representativo da aquisição de Matérias -Primas (Investimento): 1. O gasto referente à aquisição de matérias-primas representa um investimento, tendo em vista que, enquanto estiver estocada, comporá o ativo (estoques) da empresa. Como exemplo, determinada sociedade adquire matérias-primas no valor de R$ 1.000,00. Lançamento:

Ativo Circulante (AC) Caixa Matérias-Primas

Débito Crédito Débito Crédito 1.000 (1) (1) 1.000

2. Supondo que 20% da matéria-prima estocada seja incorporada ao processo de fabricação de um produto. Nesse momento, a matéria-prima incorporada à produção do bem será contabilizada como custo.

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Efetua-se, assim, o registro a crédito da conta Matérias-Primas e a débito da conta Produtos em Elaboração (o valor é transferido da conta Matérias-Primas para a conta Produtos em Elaboração).

Ativo Circulante (AC) Matérias-Primas Produtos em Elaboração

Débito Crédito Débito Crédito 1.000 200 (2) ⇒⇒ (2) 200

Vejamos agora o esquema representativo de um gasto que transita pela fase de investimento, até se tornar despesa:

1. Aquisição de material de escritório no valor de R$ 400,00.

Ativo Circulante (AC)

Caixa Material de Escritório Débito Crédito Débito Crédito

R$ 400 (1) (1) 400

2. Consumo do material de escritório. Nesse momento, registra-se o valor do material consumido a crédito na conta Material de Escritório e a débito na conta de Despesa (o valor é transferido da conta Material de Escritório para a conta de Despesa).

AC Resultado Material de Escritório Despesa Débito Crédito Débito Crédito

400 400 (2) ⇒⇒ (2) 400 Podemos resumir, afirmando que todos os gastos representados por custos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se referem. Muitos gastos representam automaticamente despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda passam pela fase de investimento. Vamos exemplificar: 1. A energia elétrica utilizada na produção de um bem é um gasto caracterizado como custo, considerando que é aplicado diretamente na produção de bens. Tal gasto não transita pela fase de investimento.

2. A comissão do vendedor é um gasto que se torna imediatamente despesa, sem transitar pela fase de custo e investimento. A matéria- prima adquirida é um gasto representado, inicialmente, por um investimento (integra o ativo). Quando tal matéria-prima é requisitada para a produção, transforma-se em custo da matéria-prima. Esse bem é

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de novo um investimento, uma vez que fica ativado até sua venda, quando, então, transforma-se em despesa, a qual denomina-se Custo da Mercadoria Vendida.

2.5 – DESEMBOLSO – Representa o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Não se confunde com o gasto, uma vez que podem ocorrer em momentos distintos. Exemplo: Em uma compra a prazo, o gasto se dá quando da transferência da propriedade do bem, ocorrendo o desembolso no momento do pagamento. 2.6 – PERDA – Representa um bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Exemplos: Obsoletismo de estoque, perdas com incêndio. Assim como as despesas, as perdas vão diretamente à conta de resultado. Mais à frente estabeleceremos a diferença entre perdas normais e anormais. 3. CUSTO: CONCEITO e CLASSIFICAÇÕES Já definimos custos como sendo os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Os gastos envolvidos na produção dos produtos, tais como, Mão-de-Obra Direta e Indireta, Materiais Diretos (matérias-primas e embalagens), Gastos Gerais de Fabricação (energia elétrica, depreciação e aluguéis do departamento de produção, entre outros) são custos. Já os gastos relativos aos demais departamentos, como os de Venda e Administrativo são considerados despesas.

No entanto, na contabilidade, a palavra Custo pode ser usada com vários significados. Os Custos podem ser classificados como Ativos (Custo dos Produtos em Elaboração, Custo dos Produtos Acabados, Custo de Aquisição de mercadorias) ou, impropriamente, como Despesas (Custo dos Produtos ou Mercadorias Vendidos), entre outras classificações. Trataremos, a seguir, de algumas das mais importantes classificações existentes: 3.1 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (conta de RESULTADO)– Aplicável em empresas comerciais (aquelas que operam na compra e venda de mercadorias). O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) equivale ao valor que foi pago na aquisição das mercadorias que foram vendidas. Apropriam-se ao custo de aquisição das mercadorias

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todos os gastos necessários à sua obtenção, tais como fretes, seguros, armazenagem e tributos cumulativos. Exemplo: Determinada sociedade adquire mercadorias pelo valor de R$ 2.000,00. Estas mercadorias serão contabilizadas como estoques, classificadas no ativo circulante ou realizável a longo prazo, dependendo se a intenção da sociedade é a de alienar estes bens a curto ou a longo prazo, respectivamente. Posteriormente, a sociedade aliena integralmente estas mercadorias a prazo pelo valor de R$ 5.000,00. No momento em que ocorre a alienação, será dada baixa nos estoques, já que estes são transferidos a terceiros. Nesse momento, os estoques são transformados em despesas (custo dos produtos vendidos). Então teremos a seguinte seqüência de lançamentos, supondo a inexistência de impostos:

1. Aquisição de Mercadorias AC AC

Caixa Estoques de Mercadorias Débito Crédito Débito Crédito

R$ 2.000 (1) (1) 2.000

2. Venda das Mercadorias AC Resultado

Duplicatas a Receber Receita Débito Crédito Débito Crédito

(2) 5.000 5.000 (2)

3. Baixa dos Estoques de Mercadorias AC Resultado

Estoques de Mercadorias CMV Débito Crédito Débito Crédito 2.000 2.000 (3) ⇒⇒ (3) 2.000

3.2 - CUSTOS DIRETOS – São os custos identificados de forma direta no produto fabricado. São apropriados aos produtos sem a necessidade de rateios. Exemplos: 1. Materiais Diretos (Matérias-Primas e Embalagens) consumidos. 2. Mão-de-Obra Direta. Os Materiais Diretos da produção são relativos aos gastos com matérias-primas, embalagens e outros insumos diretamente identificados nos produtos fabricados.

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Exemplo: Determinada indústria de móveis arcou com os seguintes gastos de Materiais Diretos para fabricar 5.000 mesas de escritório, em determinado período contábil: Madeira R$ 70.000 Estruturas de metal R$ 40.000 Fórmica R$ 10.000 Tintas/Verniz R$ 2.000 Parafusos R$ 1.000 Embalagens R$ 7.000 Total de Materiais Diretos R$ 130.000 A Mão-de-Obra é considerada direta quando a sociedade estabelece a mensuração do número de horas trabalhadas pelos operários para uma ou mais unidades do produto fabricado. Assim, o custo da Mão-de-Obra Direta será calculado multiplicando-se o número de horas trabalhadas para cada unidade ou lote de produtos pelo valor da hora trabalhada. Incluem-se nesse custo os encargos trabalhistas arcados pela sociedade. Exemplo: Na referida indústria de móveis, para a fabricação das 5.000 unidades de mesas de escritório foram gastas 80 horas de trabalho para cada um dos 20 operários da fábrica. Para cada hora trabalhada a sociedade arcou com um custo de R$ 10,00 para cada operário. A Mão-de-Obra Direta para a fabricação das 5.000 unidades será calculada da seguinte forma: MOD = 20 operários x 80 horas x R$ 10,00 = R$ 16.000,00 3.3 - CUSTOS INDIRETOS – São os custos não identificados de forma direta nos produtos fabricados. São apropriados aos produtos por meio de rateios ou estimativas. Exemplos: 1. Aluguel da fábrica; 2. Energia elétrica consumida no departamento de produção; 3. Salários de operários que trabalham na produção de mais de um produto sem que haja o apontamento das horas trabalhadas; 4. Salários dos operários que não trabalham diretamente na fabricação dos produtos (manutenção, limpeza, segurança); 6. Salários dos supervisores; 7. Depreciação dos equipamentos ATENÇÃO – Se ocorrer a produção de um único produto, todos os custos serão considerados diretos.

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Exercício 2: Identificar os itens a seguir relacionados, considerando um departamento que fabrica mais de um produto, caso se tratem de: 1. Custos Diretos; 2. Custos Indiretos; 3. Despesas; ( ) Seguros das máquinas da fábrica ( ) Mão-de-obra direta ( ) Contribuição previdenciária da mão-de-obra direta a cargo do empregador ( ) Salários dos operários da fábrica encarregados da manutenção ( ) Horas-extras da mão-de-obra direta ( ) Seguros dos Equipamentos da fábrica ( ) Matérias-Primas consumidas na produção ( ) Embalagens utilizadas na produção ( ) Material de escritório da administração consumido no período ( ) Energia elétrica da sede da sociedade ( ) Energia elétrica da fábrica ( ) Encargos sociais referentes a mão-de-obra direta. ( ) Material indireto ( ) IPTU da sede Solução: Recapitulando, temos os seguintes conceitos: CUSTOS DIRETOS – São os custos identificados de forma direta no produto fabricado. São apropriados a estes produtos. Exemplos: Materiais Diretos (Matérias-Primas e Embalagens) consumidos e Mão-de-Obra Direta. CUSTOS INDIRETOS – São os custos não identificados de forma direta nos produtos fabricados. São apropriados aos produtos fabricados por meio de rateios ou estimativas. Esses rateios podem ser realizados em função do Material Direto (MD) aplicado em cada produto, em função do tempo gasto na fabricação de cada produto e etc. DESPESAS - Gastos relativos aos demais departamentos, como os de Vendas e Administrativo. Gabarito: (2) Seguros das máquinas da fábrica (1) Mão-de-obra direta (1) Contribuição previdenciária da mão-de-obra direta a cargo do empregador (2) Salários dos operários da fábrica encarregados da manutenção

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(1) Horas-extras da mão-de-obra direta (2) Seguros dos Equipamentos da fábrica (1) Matérias-Primas consumidas na produção (1) Embalagens utilizadas na produção (3) Material de escritório da administração consumido no período (3) Energia elétrica da sede da sociedade (2) Energia elétrica da fábrica (1) Encargos sociais referentes a mão-de-obra direta. (2) Material indireto utilizado na produção (3) IPTU da sede Nota: Caso a empresa fabricasse apenas um produto todos os custos seriam considerados diretos. Os custos indiretos são apropriados aos produtos fabricados por meio de rateios. Tais rateios são adotados com base em critérios pré-estabelecidos pela sociedade. Exercício 3: Supondo que determinada indústria fabrique os produtos A e B e tenha apurado os seguintes custos na produção de seus estoques.

Custos Valores Materiais Diretos (Produto A) R$ 6.000,00

Materiais Diretos (Prod.B) R$ 2.000,00

Mão-de-Obra Direta (Prod.A) R$ 14.000,00 Mão-de-Obra Direta (Prod.B) R$ 6.000,00

Imposto Predial da Fábrica R$ 700,00 Energia Elétrica da Fábrica R$ 1.300,00

Aluguel da Fábrica R$ 3.000,00 Sabendo-se que a sociedade utiliza a distribuição dos valores relativos à Mão-de-Obra Direta como base para o rateio dos Custos Indiretos de Fabricação, identificar o custo total de cada produto. Solução: Passo 1- Calcular o CIF total:

Imposto Predial da Fábrica R$ 700,00 Energia Elétrica da Fábrica R$ 1.300,00

Aluguel da Fábrica R$ 3.000,00 Total R$ 5.000,00

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Passo 2 – Estabelecer os percentuais de Mão-de-Obra Direta para os Produtos (A) e (B):

Custos Valores Percentuais Mão-de-Obra Direta (Prod.A) R$ 14.000,00 70% Mão-de-Obra Direta (Prod.B) R$ 6.000,00 30%

Total R$ 20.000,00 100% Passo 3 - Ratear os CIF em função do percentual da MOD de cada produto: Produtos Percentuais A 70% R$ 3.500 (70% x 5.000) B 30% R$ 1.500 (30% x 5.000) Totais 100% R$ 5.000,00 Passo 4 – Calcular o custo de fabricação de cada produto: Produtos/Custos A B Material Direto 6.000 2.000 Mão-de-Obra Direta 14.000 6.000 Custos Indiretos de Fabricação 3.500 1.500 Custo de Produção 23.500 9.500 3.4 - CUSTO PRIMÁRIO - Compreende a soma dos Materiais Diretos (matéria-prima, insumos, embalagens) com a Mão-de-Obra Direta. Para alguns autores, como Eliseu Martins, pode ser considerado como a soma da Matéria-Prima consumida com a Mão de Obra Direta. Custo Primário = MD + MOD ou MP + MOD 3.5 - CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO OU DE CONVERSÃO – Corresponde à soma da Mão-de-Obra Direta com os Custos Indiretos de Fabricação. São os gastos necessários à transformação dos materiais diretos em produtos acabados. Custo de Transformação = MOD +CIF 3.6 – CUSTO DOS PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (Conta do ATIVO-ESTOQUES)– Corresponde aos custos apropriados aos produtos que estão em fase intermediária de produção. Supondo que em determinada sociedade exista, na data do balanço, 1.000 unidades de um produto que estejam em elaboração e que os custos incorridos acumulados (MD + MOD + CIF) relativos a estes produtos, até o final do período contábil,

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seja de R$ 30.000. Assim, a situação será apresentada da seguinte forma no balanço patrimonial: Balanço Patrimonial Ativo Circulante Produtos em Elaboração R$ 30.000 3.7 – CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS ou CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA (Conta do ATIVO-ESTOQUES)– Corresponde ao total dos custos apropriados aos produtos que estão concluídos na data do balanço, mesmo que a produção tenha sido iniciada em período anterior ao da conclusão. Exemplo: determinado lote composto por 1.000 unidades de um produto foi iniciado no ano de 2004, sendo concluído apenas no ano de 2005. Os custos de produção do referido lote foram assim distribuídos: Período/Custos 2004 2005 Totais MD R$ 10.000 R$ 12.000 R$ 22.000 MOD R$ 20.000 R$ 25.000 R$ 45.000 CIF R$ 30.000 R$ 35.000 R$ 65.000 TOTAIS R$ 60.000 R$ 72.000 R$ 132.000 O Custo dos Produtos Acabados referente ao citado lote foi de R$ 132.000,00. 3.8 – CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO – Corresponde ao total dos custos incorridos no período (Materiais Diretos + Mão-de-Obra Direta + Custos Indiretos de Fabricação), independentemente dos produtos que foram concluídos. Exemplo: Determinada sociedade iniciou um lote de 1000 unidades de determinado produto no ano de 2005. Ao final do período, os produtos ainda estavam em uma fase intermediária de produção, já tendo sido incorridos os seguintes custos: Ano de 2005 MD R$ 10.000 MOD R$ 15.000 CIF R$ 20.000 TOTAL R$ 45.000 O Custo de Produção do período foi de R$ 45.000,00, independentemente dos produtos terem sido terminados ou não.

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Cabe ressaltar, que o período de referência para contabilização dos custos será definido pela sociedade, podendo ser anual, semestral, trimestral e etc. 3.9 - CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS – É o valor correspondente aos gastos incorridos, como Materiais Diretos (Matérias-Primas, Insumos e Embalagens), Mão-de-Obra, Custos Indiretos de Fabricação (ou Gastos Gerais de Fabricação), aplicados na fabricação dos produtos que foram vendidos. Vamos demonstrar uma seqüência que será muito útil na resolução de questões de provas. Exemplo: A sociedade Alfa arcou com os seguintes custos durante o período X1: Materiais Diretos (MD) = R$ 20.000 Mão-de-Obra Direta (MOD) = R$ 30.000 Custos Indiretos de Fabricação (CIF) = R$ 40.000

1. Tais custos foram incorporados aos Produtos em Elaboração (PE). 2. Quando concluído o processo de fabricação, os custos foram

apropriados aos Produtos Acabados (PA). 3. Quando vendidos, foram baixados os estoques de produtos

acabados em contrapartida à conta Custo dos Produtos Vendidos (CPV).

Valores em R$ 1.000,00 Vejamos a citada seqüência na forma de razonetes: MD PE PA CPV 20 20 (1)

⇒ (1) 20

MOD

30 30(1)

⇒ (1) 30 90 (2)

(2)90

CIF

90 (3)

(3) 90

R$ 40(1)

⇒ (1) 40

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3.10 - CUSTO PADRÃO – É o custo projetado considerado como meta a ser atingida. Este conceito será detalhado nas aulas seguintes. QUESTÕES DE CONCURSOS 1. (ESAF) Assinale a alternativa correta. a) Material Direto + Mão-de-Obra Direta = Custo de Fabricação; b) Mão-de-Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação = Custo Primário; c) Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação = Custo Total; d) Mão-de-Obra Direta + Custo Primário = Custo Total; e) Custo Primário + Gastos Gerais de Fabricação = Custo de Fabricação. Comentários:Sabemos que Custo de Fabricação=MD+MOD+CIF (GGF). Sabemos, ainda, que Custo Primário = MD+MOD. Logo, substituindo (MD+MOD), na primeira equação, por Custo Primário, teremos: Custo de Fabricação=Custo Primário + GGF (Gastos Gerais de Fabricação). Gabarito: Letra E 2. (ESAF) Uma empresa industrial adquiriu matéria-prima em maio de 1987, para pagamento em 90 dias. Armazenou-a em seu almoxarifado, de onde retirou metade da quantidade adquirida, em junho de 1987, e a outra metade, no mês seguinte, utilizando-a na sua produção, imediatamente após cada requisição. Essa matéria-prima deverá ser assim computada no custo de produção. a) em maio de 1987, pelo seu valor total; b) em junho de 1987, pelo seu valor total; c) em julho de 1987, pelo seu valor total; d) metade em junho e metade em julho de 1987; e) em agosto de 1987, pelo seu valor total. Comentários: Enquanto estocada, a matéria prima é investimento (ativo). Somente passará a representar custo, na medida em que for utilizada na produção (consumida no processo de produção). Logo, metade será computada no custo de produção, em junho, e a outra metade em julho. Vejamos os lançamentos, considerando a aquisição de matéria prima no valor de 10:

(1) Em maio: Matéria-Prima

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a Fornecedores 10 (2) Em junho: Produtos em Elaboração a Matéria Prima 5 (3) Em julho: Produtos em Elaboração a Matéria Prima 5

Ativo Circulante (AC) Matérias-Primas Produtos em Elaboração

Débito Crédito Débito Crédito (1) 10 5 (2)

5 (3)

⇒⇒ ⇒⇒

(2) 5 (3) 5

Gabarito: Letra D 3. (ESAF) Compõem o chamado Custo Primário: a) Custo do Material Direto + Custo da Mão-de-Obra Direta; b) Custo do Material Direto + Custo da Mão-de-Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; c) Custo do Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação; d) Custo da Mão-de-Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; e) Custo do Material Direto e Indireto + Gastos Gerais de Fabricação. Comentários: Definimos Custo primário como a soma dos Materiais Diretos (matéria-prima, insumos, embalagens) com a Mão-de-Obra Direta. Pode ser considerado como a soma da Matéria-Prima consumida com a Mão de Obra Direta. Custo Primário = MD + MOD ou MP + MOD Gabarito: Letra A 4. (ESAF) Os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem divididos e apropriados em diferentes produtos ou diferentes serviços denominam-se: a) variáveis b) diretos c) proporcionais d) fixos e) indiretos

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Comentários: Definimos Custos Indiretos como os custos não identificados de forma direta nos produtos fabricados. Afirmamos, ainda, que são apropriados aos produtos fabricados por meio de rateios ou estimativas. Gabarito: E 5. (ESAF) Observe as informações abaixo, extraídas da escrituração de uma empresa industrial, relativas a um determinado período de produção.

- Materiais requisitados do almoxarifado: Diretos R$ 300.000,00 Indiretos R$ 50.000,00 - Mão-de-Obra apontada: Direta R$ 200.000,00 Indireta R$ 30.000,00 - Aluguel da Fábrica R$ 40.000,00 - Seguro da Fábrica R$ 20.000,00 - Depreciação das máquinas R$ 60.000,00

O custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de: a) R$ 700.000,00; R$ 500.000,00; R$ 400.000,00; b) R$ 580.000,00; R$ 500.000,00; R$ 120.000,00; c) R$ 700.000,00; R$ 580.000,00; R$ 230.000,00; d) R$ 500.000,00; R$ 580.000,00; R$ 400.000,00; e) R$ 580.000,00; R$ 350.000,00; R$ 230.000,00.

Comentários: Sabemos que: Custo Primário= MD (Material Direto) + MOD (Mão de Obra Direta). Do enunciado, extraem-se os valores de: MD=300.000 MOD=200.000 Logo; Custo Primário=300.000+200.000=500.000. Para efeito de solução de prova, verifica-se que existe somente uma alternativa com este valor. Sabemos, também, que: Custo de Transformação = MOD + CIF (Custo Indireto de Fabricação) Do enunciado, extraem-se os valores de:

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Custos Indiretos de Fabricação (CIF) Materiais Indiretos 50.000 Mão-de-Obra Indireta 30.000 Aluguel da Fábrica 40.000 Seguro da Fábrica 20.000 Depreciação das Máquinas 60.000 TOTAL 200.000 Logo, o Custo de Transformação = 200.000 (MOD) + 200.000 (CIF) = 400.000. Sabemos, ainda, que o Custo de Fabricação=MD+MOD+CIF= 300.000+200.000+200.000= R$ 700.000. Gabarito: Letra A. 6. (ESAF) Entre os chamados custos indiretos, há aqueles que são considerados diretos, em relação ao departamento de produção ou serviço em se que originam. Entre eles podem ser citados: a) aluguel da fábrica; b) depreciação de edifícios; c) seguro contra acidentes do trabalho; d) iluminação da fábrica; e) depreciação de equipamentos. Comentários: Depreciação de equipamentos é um custo indireto, uma vez que os equipamentos destinam-se, em regra, à elaboração de mais de um produto, havendo, por conseguinte, a necessidade de rateio. No entanto, considerando um equipamento pertencente a um determinado departamento de produção, a depreciação desse equipamento é considerada custo direto em relação ao departamento ao qual pertence, uma vez que o equipamento é exclusivo do referido departamento, não havendo a necessidade de rateio do custo da depreciação com outros departamentos. Assim, a Depreciação do referido equipamento será um Custo Direto em relação ao departamento e Indireto em relação aos produtos fabricados. Gabarito: Letra E. 7. (ESAF) Para apropriar os gastos gerais de fabricação ao custo de seus produtos, uma empresa usa a aplicação de coeficiente predeterminado

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sobre o custo do material direto. Uma Ordem de Produção para 1.000 unidades de produtos A apresentou os seguintes custos: Material R$ 10.000,00 Mão-de-Obra R$ 4.000,00 Sabe-se que a estimativa do valor do Material e dos Gastos Gerais de Fabricação para a produção total do período é de, respectivamente, R$ 50.000,00 e R$ 15.000,00. Assim sendo, o valor de custo unitário do produto A, relativo à Ordem de Produção citada, será de: a) R$ 13,00 b) R$ 14,00 c) R$ 17,00 d) R$ 18,20 e) R$ 25,00 Comentários: O primeiro passo a ser dado é determinar o CIF do produto A. Tendo sido informado que o CIF será rateado em função do Material Direto (MD) utilizado nos produtos, deve-se calcular o percentual do Material Direto do produto A em relação ao total de Materiais Diretos gastos na produção geral (% MD do produto A= 10.000/50.000= 0,2 = 20%).

Constata-se, então, que no produto A aplicam-se 20% do total do Material Direto utilizado em toda a produção. Logo, pelo critério de rateio definido, 20% do Custo Indireto de Fabricação total deve ser apropriado ao produto A (CIF do produto A= 20% de 15.000 =3.000). Chega-se, por conseguinte, ao Custo total de Fabricação das 1.000 unidades do produto A: 10.000 (MD) + 4.000 (MOD) + 3.000 (CIF) = 17.000.

Custos Totais Produto A

Material 50.000 10.000 Mão-de-Obra Direta Não

informado 4.000

Gastos Gerais de Fabricação (GGF ou CIF)

15.000

3.000 (20% x15.000)

Total 17.000 Isto posto, o custo unitário do produto A é igual a R$ 17.000/1.000 unidades= R$ 17,00. Gabarito: Letra C.

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8. (ESAF) Assinale a alternativa que contenha contas representativas de bens fixos e bens de vendas de uma empresa industrial. a) adiantamento a fornecedores, credores por financiamento de equipamentos; b) contratos de aluguel de veículos, manutenção e reparos; c) títulos de capitalização, mercadorias recebidas em consignação; d) máquinas e equipamentos, estoques de produtos para vendas; e) imóveis para vendas, investimentos em coligadas. Comentários: Questão que dispensa muitos comentários, tendo em vista que as outras opções são absurdas. Na letra A, por exemplo, a conta “credores por financiamento de equipamentos” sequer faz parte do ativo. Gabarito: Letra D. 9. (ESAF) Numa empresa industrial, em determinado período, o saldo inicial da conta “Materiais Diretos” foi de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), e o saldo final foi também de R$ 40.000,00. O valor da mão-de-obra direta aplicada no processo de produção foi de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), valor igual ao das compras de materiais diretos, sempre no mesmo período. Sabendo-se que o total de materiais utilizados no processo produtivo foi de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), assinale o valor dos materiais utilizados indiretamente no precipitado processo: a) R$ 10.000,00 b) R$ 90.000,00 c) R$ 80.000,00 d) R$ 0,00 e) R$ 50.000,00 Comentários: Do enunciado, extraímos:

Ativo Circulante (AC) Materiais Diretos Produtos em Elaboração

Débito Crédito Débito Crédito EI 40.000 Compras 50.000 EF 40.000

50.000(1)

Mão-de-Obra Direta Débito Crédito 50.000 50.000 (2)

⇒⇒

⇒⇒

(1) 50.000

(2) 50.000

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Sabendo-se que o total de materiais utilizados no processo produtivo foi de R$ 60.000,00, e que, desse total, R$ 50.000,00 correspondem ao valor de materiais diretos, chega-se à conclusão que os materiais indiretos somam R$10.000,00 (Total de Materiais=Materiais Diretos+Materiais Indiretos). Gabarito: Letra A. 10. (ESAF) Uma empresa fabril tem, entre outras, as seguintes contas,

cujos saldos referentes ao início de certo mês são: - Caixa R$ 5.000,00 - Salários a Pagar R$ 0,00 - Gastos Gerais de Fabricação R$ 8.000,00 - Mão-de-Obra R$ 0,00 - Matérias-Primas R$ 40.000,00 - Produtos em Elaboração R$ 15.000,00 - Produtos Acabados R$ 30.000,00 - Custos dos Produtos Vendidos R$ 0,00

Nesse mês foram efetuados os seguintes lançamentos: a) Mão-de-Obra 20.000,00

a Diversos a Caixa 5.000,00 a Salários

15.000,00

b) Diversos a Mão-de-Obra 20.000,00

Gastos Gerais de Fabricação 12.000,00 Produtos em Elaboração 8.000,00

O total dos salários, pagos e a pagar, foi rateado entre mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta, no mesmo mês, respectivamente, nas proporções de: a) 40% e 60% b) 25% e 75% c) 75% e 25% d) 50% e 50% e) 37,5% e 62,5%

Comentários: Pelo lançamento (b) pode ser observado que, do total de 20.000 de mão de obra, 8.000 foram debitados diretamente na conta de “Produtos em Elaboração” (Mão-de -Obra Direta) e 20.000 foram debitados na conta “Gastos Gerais de Fabricação” (Mão-de-Obra Indireta).

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Conclui-se, então, que a Mão-de-Obra Direta equivale a 8.000/20.000=40% do total da Mão-de-Obra (Salários a pagar 15.000 + Salários Pagos 5.000), e que a Mão-de-Obra Indireta equivale a 12.000/20.000=60% do total da Mão-de-Obra. Vejamos os razonetes:

Caixa Mão-de-Obra (total) Débito Crédito Débito Crédito 5.000 5.000(a)

Salários a Pagar

Débito Crédito 15.000 (a)

(a) 5.000

(a) 15.000

Mão-de-Obra Produtos em Elaboração Débito Crédito Débito Crédito

(b) 8.000

Gastos Gerais de Fabricação Débito Crédito

20.000 8.000(b)

12.000(b)

⇒⇒

⇒⇒ (b) 12.000

Gabarito: Letra A. 11. (ESAF) Uma empresa fabril faz os seguintes gastos percentuais na

sua produção: - Matéria-prima 50% - Mão-de-Obra direta 40% - Gastos Gerais de Fabricação 10% Sabendo-se que: I) cada unidade produzida é vendida a R$ 1,00; II) a empresa fez aumento de 30% no salário de seus

trabalhadores diretamente ligados à produção; III) os demais elementos dos custos e o quantitativo da

produção não foram alterados; conclui-se que a empresa, para manter a margem de lucro que vinha obtendo anteriormente ao aumento salarial, terá que vender cada unidade produzida por:

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a) R$ 1,30 b) R$ 1,20 c) R$ 1,12 d) R$ 1,40 e) R$ 1,36 Comentários: Sabe-se que houve um aumento de 30% no salário dos trabalhadores diretamente ligados à produção. Considerando que a Mão-de-Obra responde por 40% do custo de produção, concluímos que o referido aumento representará um acréscimo de 12% no custo (30% de 40%=0,3x0,4=0,12=12%). Logo, para manter a mesma margem de lucro, deve haver um reajuste no valor de venda do produto no mesmo percentual do aumento de custo, ou seja, o produto deverá ser vendido por R$1,12. Gabarito: Letra C. 12. (ESAF) Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de um determinado produto, realiza os seguintes gastos: - Matéria-prima R$ 400.000,00 - Mão-de-Obra Direta R$ 300.000,00 - Mão-de-Obra Indireta R$ 100.000,00 - Custos fixos R$ 200.000,00 Se a empresa produziu 1.200 unidades desse produto, por mês, com as mesmas instalações e com a mesma mão-de-obra, o custo por unidade produzida corresponderá a: a) R$ 900,00 b) R$ 833,33 c) R$ 1.000,00 d) R$ 966,66 e) R$ 950,00 Comentários: Tendo havido um acréscimo de 20% na produção (acréscimos de 200 unidades em relação às 1000 unidades anteriormente produzidas), haverá um aumento dos mesmos 20% nas matérias primas (400.000 + 20% =480.000), permanecendo inalterados os valores dos custos fixos e da mão de obra (mesmas instalações e mesma mão de obra). A empresa passou a gastar, então, para produzir 1200 unidades: Matéria-Prima R$ 480.000,00 Mão-de-Obra Direta R$ 300.000,00 Mão-de-Obra Indireta R$ 100.000,00 Custos Fixos R$ 200.000,00

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Total R$ 1.080.000,00 O custo por unidade produzida será, então: 1.080.000/1200= R$900,00. Gabarito: Letra A. Amigos, De acordo com informações que temos obtido, é possível que a partir da próxima aula já tenhamos o edital do concurso publicado. Não deverá haver grandes surpresas em relação aos tópicos da disciplina, pois as bancas costumam cobrar os mesmos itens em relação à Contabilidade de Custos. Saberemos então, se a Banca examinadora será novamente a VUNESP ou a Fundação Carlos Chagas. Assim, nas próximas aulas, daremos continuidade ao estudo dos conceitos da disciplina de Contabilidade de Custos, aplicando uma quantidade crescente de questões de provas anteriores elaboradas pela ESAF, VUNESP, FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, CESPE/UNB E FUNDAÇÃO CESGRANRIO, entre outras. Até lá e bons estudos.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS – Aula 1

Caros Amigos, Nesta nossa Aula 1, apresentaremos o esquema básico da Contabilidade de Custos para avaliação de estoques e apuração do resultado, o que consideramos um dos principais conteúdos da matéria, cujo entendimento é imprescindível para o bom desenvolvimento do curso. Vamos ao trabalho. 1- ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS Para apuração do resultado em uma empresa industrial, deve ser seguido o seguinte roteiro:

a- Separação de Custos e Despesas b- Apropriação dos Custos à Produção Realizada no Período c- Apuração do Custo dos Produtos Acabados d- Apuração do Custo dos Produtos Vendidos e- Apuração do Resultado

Podemos extrair da Contabilidade Geral o caminho para se chegar ao resultado da empresa: RECEITA DE VENDAS (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS

• De Vendas • Administrativas • Financeiras

(=) RESULTADO LÍQUIDO Para a obtenção do resultado, o problema a ser resolvido pela Contabilidade de Custos consiste na determinação do Custo dos Produtos Vendidos. Para a solução desse problema são utilizadas as seguintes contas:

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Materiais Diretos

DÉBITO CRÉDITO Estoque Inicial Compras Estoque Final

Saídas (Requisições) de Materiais p/Produção

Mão-de-Obra Direta

DÉBITO CRÉDITO Valor pago ou devido no período relativo à mão-de-obra diretamente identificada nos produtos fabricados.

Valor da Mão-de-Obra Direta apropriada aos Produtos em Elaboração.

Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ou

Gastos Gerais de Fabricação (GGF) DÉBITO CRÉDITO Valor dos Custos Indiretos incorridos no período.

Valor dos CIF apropriados aos Produtos em Elaboração por meio de rateios.

Produtos em Elaboração

DÉBITO CRÉDITO Estoque Inicial Custo da Produção do Período (MD+MOD+CGF) Estoque Final

Saídas do Custo dos Produtos Acabados (Custo da Produção Acabada)

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Produtos Acabados

DÉBITO CRÉDITO Estoque Inicial Custo da Produção Acabada Estoque Final

Saídas do Custo dos Produtos Vendidos (Custo dos Produtos Vendidos)

Custo dos Produtos Vendidos

DÉBITO CRÉDITO Custo dos Produtos Acabados que foram vendidos no período.

Encerramento da Conta em contrapartida a Resultado do Período.

A conta MATERIAIS DIRETOS apresenta, normalmente: 1. Saldo Devedor no início do período, o qual corresponde aos materiais existentes no período anterior que não foram utilizados na produção; 2. Compras Líquidas de materiais efetuadas no período que são registradas a débito da conta Materiais Diretos. 3. Requisições de materiais pelo departamento de produção, cujos valores são registradas a crédito da referida conta MATERIAIS DIRETOS, tendo em vista que representam saídas de materiais do almoxarifado requisitados para a produção. 4. Saldo Final dos materiais, representado pela diferença entre os débitos e créditos. Este valor corresponde aos materiais não empregados na produção no período, que constituirão o estoque inicial do período seguinte. Compõem o custo da produção do período, além dos Materiais Diretos (MD) empregados na produção, a Mão de Obra Direta (MOD) e os Custos Gerais de Fabricação (CGF). As contas de MOD e CIF, regra

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geral, são encerradas ao final de cada período contra PRODUTOS EM ELABORAÇÃO. A conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO apresenta, normalmente: 1. Saldo Inicial (ou Estoque Inicial) ⇒ Representa o valor apropriado aos produtos ainda não terminados no período de produção antecedente. Corresponde ao Saldo Final dos Produtos em Elaboração do período anterior. 2. Registros a Débito ⇒ Todo o Custo de Produção do período (MD + MOD + CIF) é debitado na conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO. 3. Registros a Crédito ⇒ À medida que os produtos vão sendo terminados, os custos correspondentes vão sendo Creditados na conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO, ou seja, tais custos são transferidos para a conta PRODUTOS ACABADOS. 4. Saldo Final (ou Estoque Final) ⇒ Representa o custo remanescente apropriado aos produtos que até o final do período ainda não foram concluídos. Irá constituir o Saldo Inicial (Estoque Inicial) da conta do período seguinte. A conta PRODUTOS ACABADOS apresenta, normalmente: 1. Saldo Inicial (ou Estoque Inicial) ⇒ Representa o valor dos custos apropriados aos produtos acabados que não foram vendidos no período anterior. 2. Registros a Débito ⇒ Representam os custos apropriados aos produtos que são terminados no período. Tais valores são transferidos da conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO para a conta PRODUTOS ACABADOS. Os valores debitados na conta PRODUTOS ACABADOS representam o custo dos Produtos Acabados no Período – Custo da Produção Acabada. 3. Registros a Crédito ⇒ À medida que os produtos são vendidos, a conta PRODUTOS ACABADOS é creditada pelos valores dos custos dos produtos que foram alienados. 4. Saldo Final (Estoque Final) ⇒ O saldo devedor final da conta PRODUTOS ACABADOS representa o valor dos custos apropriados aos produtos acabados ainda não vendidos, o que constituirá o saldo inicial do período seguinte.

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A conta CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS apresenta, normalmente: 1. Registros a Débito ⇒ O valor referente ao custo dos produtos acabados que foram comercializados pela empresa é debitado na conta CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV). 2. Registros a Crédito ⇒ A conta CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS representa uma despesa (segundo alguns autores, a nomenclatura correta seria DESPESA DOS PRODUTOS VENDIDOS). Se tratando de uma despesa, deve ser creditada em contrapartida à conta Resultado do Exercício, quando encerrado o período de apuração.

Na Demonstração do Resultado do Período de apuração, o valor da conta CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS é deduzido das Vendas Líquidas, para a determinação do Lucro Bruto. Ver exemplo no item 3.9 da Aula 0. Exemplo (Esquema Básico da Contabilidade de Custos): Em um determinado mês (período de apuração considerado), foram consumidos os seguintes valores na produção mensal:

MATERIAL DIRETO (MD) R$ 20.000,00 MÃO-DE-OBRA DIRETA (MOD) R$ 30.000,00 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF) R$ 50.000,00

Existiam: Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (PE) R$ 25.000,00 Estoque Inicial de Produtos Acabados (PA) R$ 65.000,00 Outras informações : a.O custo dos produtos acabados no período correspondeu a 60% dos custos de produção incorridos no mês. b. Dos produtos acabados, 70% foram vendidos no período.

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Vejamos a demonstração dos registros no razonetes: MD PE PA CPV SI 25 SI 65 20 20 (1)

⇒ (1) 20

MOD

30 30(1)

⇒ (1) 30 75 (2)

(2)75

CIF

98 (3)

(3) 98

50 50(1)

⇒ (1) 50

SF 50 SF 42 1. Apropriação dos Custos de Produção (MD + MOD + CIF) aos Produtos em Elaboração (PE). 2. Transferência do Custo dos Produtos Acabados no Período da conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO para a conta PRODUTOS ACABADOS (60% x 125.000,00 = R$ 75.000,00). Saldo final na conta (R$ 125.000,00 – R$ 75.000,00 = R$ 50.000,00) 3. Transferência do Custo dos Produtos Acabados que foram vendidos no período da conta PRODUTOS ACABADOS para a conta CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (70% x R$ 140.000,00 = R$ 98.000,00). Saldo Final na conta (R$ 140.000,00 – R$ 98.000,00 = R$ 42.000,00). QUESTÕES DE CONCURSOS Apresentaremos, a seguir, algumas questões de concursos anteriores com o intuito de fixar os procedimentos descritos:

Considere os seguintes dados, para responder às questões de números 1 a 4:

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I — ESTOQUES Inicial

(R$) Final (R$)

- Materiais 188,00 327,00 - Produtos em Fabricação 520,00 327,00 - Produtos Acabados 237,00 5,00 II — OUTRAS INFORMAÇÕES - Requisições de materiais para fabricação

R$ 330,00

- Produção acabada no período R$ 800,00 - Lucro bruto nas vendas R$ 1.468,00

1. (ESAF) O valor líquido das compras de material foi de:

a) R$ 3,00 b) R$ 799,00 c) R$ 796,00 d) R$ 657,00 e) R$ 469,00

Comentários: Resolvemos a questão com a utilização da fórmula a seguir apresentada, adaptada da Contabilidade Geral para tratamento dos estoques da produção. Especificamente para os Materiais Diretos, temos: 1. Estoque Final (EF)= Estoque Inicial (EI) + Compras (C) – Requisições. Portanto: 2. Compras = 327 (EF) –188(EI)+ 330(R)= 469,00.

Ativo Circulante (AC) Materiais Produtos em Elaboração

Débito Crédito Débito Crédito EI 188 EI 520

Compras ? 330 (Requisições)

⇒⇒ 330

EF 327 Gabarito: Letra E

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2. (ESAF) O valor total debitado no período à conta Produtos em

Fabricação foi de: a) R$ 277,00 b) R$ 607,00 c) R$ 1.127,00 d) R$ 657,00 e) R$ 330,00

Comentários: Conforme analisamos no exemplo teórico: 1. A conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO é debitada pelo Custo de Produção do período (MD + MOD + GGF). Das três variáveis que integram o Custo de Produção, só sabemos o valor dos Materiais Diretos (R$ 330), conforme calculado na questão anterior. Sendo: CPP = Custo de Produção do Período CPA = Custo da Produção Acabada MD MOD GGF

⇒⇒ CPP

Produtos em Elaboração

2. Sabemos que a conta PRODUTOS ACABADOS é debitada pelo Custo da Produção Acabada (CPA) no período, que na questão foi informado como sendo R$ 800. Usamos aqui a mesma fórmula utilizada no exercício anterior. Especificamente para os produtos em elaboração, temos: EF=EI+CPP– CPA Então: CPP= EF(327) – EI(520) + CPA(800)=607. Vejamos os razonetes abaixo:

Ativo Circulante (AC) Produtos em Elaboração Produtos Acabados

Débito Crédito Débito Crédito EI 520 EI 237

CPP ? 800 (Produção Acabada no Período)

⇒⇒ 800

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EF 327 Gabarito: Letra B. 3. (ESAF) Considerando que os gastos com a mão-de-obra direta

totalizaram R$ 69,00, o total dos Gastos Gerais de Fabricação debitado no período foi de: a) R$ 261,00 b) R$ 258,00 c) R$208,00 d) R$ 327,00 e) R$ 277,00

Comentários: Sabemos que: 1. Custos de Produção do Período (CPP) = 607,00 2. Custos de Produção do Período (CPP) = MD (Requisições de Materiais) (330)+ MOD(69) + CGF (ou CIF). Logo; 3. CGF= 607 – 330 - 69= 208. Gabarito: Letra C. 4. (ESAF) O valor das vendas líquidas realizadas no período foi de:

a) R$ 2.268,00 b) R$ 1.505,00 c) R$ 1.832,00 d) R$ 2.505,00 e) R$ 2.500,00

Comentários: 1. Para calcular as Vendas Líquidas, precisamos definir, inicialmente, o Custo dos Produtos Vendidos, já que foi fornecido o valor do Lucro Bruto. 2. Usaremos a mesma fórmula, agora especificamente para: os Produtos Acabados: EF= EI+ CPA – CPV (Saídas). Então, 3. CPV= 237 + 800 – 5 = 1.032

PA CPV

SI 237

800 ?

Saídas (1.032)

1.032

SF 5

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Sabemos que Lucro Bruto= Vendas - CPV. Logo, Vendas= Lucro Bruto + CPV Vendas=1.468+1.032= 2.500.

Vendas Líquidas ? ⇒ 2.500 (-) CPV (1.032) Lucro Bruto 1.469

Gabarito: Letra E Observem que as questões acima compõem um quebra-cabeça, no qual são fornecidas algumas peças (dados). Temos que descobrir as peças que faltam, utilizando a Estrutura Básica da Contabilidade de Custos, conforme modelo apresentado no início da presente aula. 5. (ESAF) Na área fabril de uma empresa, constituída por um prédio, ocorreram os seguintes custos:

- depreciação do prédio R$ 8.000,00 - iluminação do prédio R$ 7.000,00 - imposto predial R$ 8.000,00 - mão-de-obra:

Direta R$ 8.000,00 Indireta R$ 7.000,00

- seguro contra incêndio do prédio (parcela incorrida no período)

R$ 7.000,00

Sabendo-se que: 1 – não houve encargos sociais neste período; 2 – no total dos custos acima mencionados estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação no período; 3 – no final desse período a conta “Gastos Gerais de Fabricação” apresentava o saldo de R$ 5.000,00; assinale a alternativa que contém o valor dos gastos gerais de fabricação debitados na conta “Produtos em Elaboração”: a) R$ 32.000,00 b) R$ 45.000,00 c) R$ 30.000,00 d) R$ 33.000,00 e) R$ 40.000,00

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Comentários: 1. Do enunciado, extraímos: GGF ou CIF Depreciações R$ 8.000 Iluminação R$ 7.000 IPTU R$ 8.000 MOI R$ 7.000 Seguro contra Incêndio R$ 7.000 Total R$ 37.000 Sabendo-se que o valor dos CGF do período soma R$ 37.000, e que seu saldo final corresponde a R$ 5.000, conclui-se que a diferença (R$32.000) foi debitada na conta “Produtos em Elaboração”.

GGF Produtos em Elaboração DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO

37.000

?

32.000

32.000

SF 5.000

O saldo final dos GGF pode ser referente, por exemplo, à Mão-de-Obra Indireta que foi paga no período como adiantamento do período seguinte. Gabarito: Letra A 6. (ESAF) Uma empresa fabril, em certo período, aplicou no processo

produtivo: R$ 50.000,00 de materiais diretos, R$ 50.000,00 de mão-de-obra direta e R$ 50.000,00 de gastos gerais de fabricação. O saldo inicial da conta “Produtos em Elaboração” também foi de R$ 50.000,00, enquanto que o seu saldo final foi de R$ 0,00. Sabendo-se que: 1) o custo dos produtos vendidos no período foi de R$ 200.000,00; 2) o saldo inicial da conta “Produtos Acabados” foi de R$ 0,00; assinale, com base nos dados fornecidos acima, a alternativa que contém o saldo final da conta “Produtos Acabados”. a) R$ 200.000,00 b) R$ 150.000,00 c) R$ 0,00 d) R$ 50.000,00 e) R$ 250.000,00

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Comentários:

Inicialmente, vejamos os razonetes na seqüência demonstrada referente ao processo de industrialização:

MD PE SI 50.000 50.000 50.000 (1)

⇒ (1) 50.000

MOD

50.000 50.000 (2)

⇒ (2) 50.000 ? ⇒

CIF

50.000 50.000 (3)

⇒ (3) 50.000

SF 0,00

Para que o Saldo Final da conta “Produtos em Elaboração” seja igual a zero, conforme informado no enunciado do problema, todos os Produtos em Elaboração (o Saldo Inicial mais a Produção iniciada no Período) foram terminados. Assim, deve ser feita a transferência dos custos da conta Produtos em Elaboração para a conta Produtos Acabados, o que corresponde a um crédito de R$ 200.000 na conta “Produtos em Elaboração” e a um débito de R$ 200.000 na conta “Produtos Acabados”. Vejamos os razonetes:

PE PA DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO

200.000

200.000

SI 0,00

200.000

SF 0,00

?

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Como o Saldo Inicial da conta Produtos Acabados era zero e o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) no período foi de R$ 200.000,00, concluímos que todos os Produtos Acabados foram vendidos e, portanto, o Saldo Final da conta “Produtos acabados” será igual a zero. Vejamos os razonetes:

PA CPV

DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO

200.000

200.000

200.000

SF 0,00

Gabarito: Letra C 7. (ESAF) A receita líquida de uma empresa fabril, em certo período, totalizou R$ 100.000,00; as despesas operacionais R$ 30.000,00 e a provisão para o imposto de renda R$ 25.000,00. O lucro bruto da venda de seus produtos foi de R$ 40.000,00. Sabendo-se que o custo dos produtos fabricados no aludido período foi de R$ 55.000,00 e que o saldo inicial da conta “Produtos Acabados” foi de R$ 25.000,00, assinale, com base nesses dados fornecidos, o saldo final da conta “Produtos Acabados”.

a) R$ 60.000,00 b) R$ 80.000,00 c)R$ 25.000,00 d) R$ 55.000,00 e) R$ 20.000,00

Comentários: Extraímos do enunciado os seguintes dados: Receita Líquida 100.000 (-) CPV (?) Lucro Bruto 40.000 Concluímos, então, que: CPV=60.000

PA CPV DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO

SI 25.000 CPA 55.000

SF ?

60.000

60.000

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Para verificar qual o Saldo Final da conta Produtos Acabados, montamos, novamente a equação: SI(PA) + Custo dos Produtos Acabados no Período (CPA) – CPV = SF(PA) 25.000 + 55.000 - 60.000 = 20.000 Gabarito: Letra E. 8. (ESAF) Os dados abaixo referem-se à folha de pagamento de uma empresa industrial.

- Mão-de-Obra Direta R$ 100.000,00 - Mão-de-Obra Indireta R$ 45.000,00 - Salários do pessoal de venda R$ 40.000,00 - Salários do pessoal da administração

R$ 30.000,00

Seguro dos trabalhadores na produção: - mão-de-obra direta R$ 5.000,00 - mão-de-obra indireta R$ 2.500,00 Contribuição previdenciária a cargo do empregador: - mão-de-obra direta R$ 13.000,00 - mão-de-obra indireta R$ 6.000,00 - pessoal de vendas R$ 1.500,00 - pessoal de administração R$ 1.000,00 - Imposto de renda retido na fonte

R$ 35.000,00

- Contribuição previdenciária a cargo dos empregados

R$ 7.500,00

Os gastos gerais de fabricação (ou custos gerais de produção) da empresa, com base nos valores a que se refere a folha de pagamentos reproduzida acima, foi de:

a) R$ 45.000,00 b) R$ 43.500,00 c) R$ 39.500,00 d) R$ 8.500,00 e) R$ 53.500,00 Comentários:

Gastos Gerais de Fabricação Mão-de-Obra Indireta R$ 45.000 Seguros (MOI) R$ 2.500 Contribuições R$ 6.000 Total R$ 53.500

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Deve ser registrado que o imposto de renda retido na fonte e a Contribuição previdenciária a cargo dos empregados estão embutidos nos salários brutos dos empregados, já tendo sido computados nos R$ 45.000, no caso da mão de obra indireta. Gabarito: Letra E. 9. (ESAF) Foram os seguintes os gastos feitos por uma empresa, num determinado período:

Matéria-prima consumida R$ 100.000,00 Mão-de-obra R$ 60.000,00 Energia elétrica — fábrica R$ 20.000,00 Salários da Administração R$ 30.000,00 Depreciação de máquinas da fábrica

R$ 10.000,00

Despesas de entrega R$ 40.000,00 O CUSTO DE PRODUÇÃO do período foi de: a) R$ 160.000,00 b) R$ 170.000,00 c) R$ 180.000,00 d) R$ 190.000,00 e) R$ 230.000,00

Comentários: Já apresentamos a fórmula do custo de produção do período: Custo de Produção=MD+MOD+CIF. No presente caso, temos: MD=100.000; MOD=60.000; CIF=20.000(Energia Elétrica) + 10.000 (Depreciação das Máquinas)=30.000. ATENÇÃO: Somente são considerados custos indiretos, os gastos do departamento de produção que são apropriados aos produtos por rateio. Os gastos dos outros departamentos (Departamento de Administração – Salários da Administração; Departamento de Vendas – Despesas de Entrega) são considerados como despesas. Portanto, concluímos que o Custo de Produção= 100.000+60.000+30.000= 190.000,00.

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Gabarito: Letra D. 10. (ESAF) As despesas financeiras de empresa, inclusive as correções monetárias de empréstimos contratados, têm as características de: a) serem incorporadas aos custos totais de fabricação dos produtos; b) serem incorporadas aos custos básicos de fabricação dos produtos; c) serem classificadas como despesas não-operacionais da empresa; d) não serem incluídos nos custos de fabricação dos produtos; Comentários: As Despesas Financeiras (Juros Passivos e Descontos Financeiros Concedidos), mesmo aquelas relativas a financiamentos de Bens do Imobilizado, como máquinas e equipamentos, são consideradas Despesas. Gabarito: Letra D 11. (ESAF) Produtos Acabados em Estoque são: a) Custos das Mercadorias Vendidas; b) Ativos; c) Gastos Gerais de Fabricação; d) Custos de Transformação. Comentários: Produtos Acabados em estoque encontram-se na fase investimento (ativo), transformando-se em despesa somente no momento da venda (CPV). Gabarito: Letra B. PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE NOS 12 A 17, OBSERVE O SEGUINTE: DADOS DA EMPRESA RUMO CERTO LTDA, NO PERÍODO DE 1998:

Em (R$ 1,00)

Matérias-Primas Compradas 24.000 Depreciação de Equipamentos de Produção

400

Despesas de Entrega 400 Depreciação de Equipamento de Entrega

200

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Despesas Financeiras 520 Estoque Final de Matérias-Primas 10.000 Mão-de-Obra Direta 12.000 Materiais Consumidos na Fábrica 8.000 Despesas Administrativas 3.600 Despesas de Material de Escritório 480 Mão-de-Obra Indireta 6.000 Vendas 31.000 Estoque Final de Produtos Acabados

16.160

Não há Outros Estoques Comentários: A estrutura a seguir desenvolvida permite solucionar as questões relativas aos dados apresentados (nºs 12 a 17). 1. Apropriação dos Custos de Produção do Período aos Produtos em Elaboração: MD PE EI 0 C 24.000

?* 14.000

14.000

EF 10.000 MOD

12.000 12.000

12.000

CIF

14.400* 14.400

14.400

* MD consumidos na produção = EI (0,00) +Compras (24.000) – EF (10.000) = 14.000

** Questão 13 Gastos Gerais de Produção Depreciação de Equipamentos 400 Materiais Indiretos 8.000 Mão-de-Obra Indireta 6.000 Total 14.400

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2. Considerando que não havia Estoque Inicial na conta Produtos em Elaboração (PE) ou Produtos em Andamento acumulará um total, antes de ser encerrada, de: MD + MOD + CIF = 14.000 + 12.000 + 14.400 = 40.400. De acordo com os dados do problema, também não havia Estoque Final na conta Produtos em Elaboração, o que leva à conclusão de que toda a produção iniciada no período foi concluída:

PE PA 40.400

40.400

40.400

EF 16.160 3. Como sobrou um Estoque Final no valor de R$ 16.160 na conta Produtos Acabados, conclui-se que o Custo dos Produtos Vendidos no período foi de: CPV = PA – EF(PA) = 40.400 – 16.160 = 24.240

PA CPV 40.400

24.240

24.240

EF 16.160 12. (ESAF) A partir dos dados da Empresa Rumo Certo Ltda, constatamos que:

a) o Lucro Bruto Operacional é R$ 3.380,00; b) o Lucro Líquido Operacional é de R$ 1.560,00; c) o Custo dos Produtos Vendidos é de R$ 15.000,00; d) o Custo Total da Produção do Período é de R$ 20.000,00;

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Temos, então:

Vendas 31.000 (-) CPV (24.240) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 6.760 (-) Despesas de Entrega (Despesas de Vendas)

(400)

(-) Despesas de Depreciação dos Equipamentos de Entrega

(200)

(-) Despesas Administrativas (3.600) (-) Despesas de Material de Escritório (480) LUCRO OPERACIONAL (antes das Despesas Financeiras) *

2.080

(-) Despesas Financeiras (520) LUCRO LÍQUIDO OPERACIONAL 1.560

Gabarito: Letra B 13. (ESAF) O total de Custos Indiretos da Empresa Rumo Certo Ltda, é

de: a) Cr$ 14.400,00 b) Cr$ 14.000,00 c) Cr$ 6.400,00 d) Cr$ 8.400,00

Comentários: Reiterando o cálculo dos Custos Indiretos ou Gastos Gerais de Fabricação, temos: Custos Indiretos de Fabricação Depreciação de Equipamentos 400 Materiais Indiretos 8.000 Mão-de-Obra Indireta 6.000 Total 14.400 Gabarito: Letra A 14. (ESAF) A Conta Produtos em Andamento da Empresa Rumo Certo Ltda acumulará um total (antes de ser encerrada) de:

a) Cr$ 40.000,00 b) Cr$ 48.400,00 c) Cr$ 48.000,00 d) Cr$ 40.400,00

Comentários: Conforme demonstrado, a conta Produtos em Andamento (ou em Elaboração), antes de ser encerrada, acumulará um total de 40.400, que representa a soma de:

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MD requisitado 14.000 MOD 12.000 CIF 14.400 TOTAL 40.400 Gabarito: Letra D. 15. (ESAF) Os Custos Diretos da Empresa Rumo Certo Ltda são:

a) Cr$ 36.400,00 b) Cr$ 36.000,00 c) Cr$ 32.000,00 d) Cr$ 26.000,00

Comentários: Os Custos Diretos são compostos pela soma dos Materiais Diretos aplicados (MD) com a Mão-de-Obra Direta (MOD): MD 14.000 MOD 12.000 Custos Diretos 26.000 Gabarito: Letra D 16. (ESAF) O Lucro Operacional da Empresa Rumo Certo Ltda antes da Despesa Financeira é de:

a) Cr$ 2.080,00 b) Cr$ 4.080,00 c) Cr$ 3.080,00 d) Cr$ 5.080,00

Comentários: De acordo com a Lei nº6.404/76, o Lucro Líquido Operacional é calculado após a dedução das Despesas Financeiras. No entanto, para fins gerenciais, é comum calcular-se o Lucro Líquido Operacional antes das Despesas Operacionais, considerando-se que estas despesas não fazem parte das atividades principais da sociedade. Conforme demonstrado, o Lucro Líquido Operacional calculado foi de R$ 2.080,00 Gabarito: Letra A 17. (ESAF) Admitindo-se que a Empresa Rumo Certo Ltda. produziu 20.200 unidades, o Custo Unitário será de:

a) Cr$ 1,00 b) Cr$ 2,00 c) Cr$ 3,00 d) Cr$ 4,00 Comentários: Extraímos dos razonetes o Custo dos Produtos Acabados: 40.400. Concluímos, então, que o custo unitário dos

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produtos é igual a este valor divido pela quantidade produzida no período. Custo de Produção = Custo Unitário Quantidade (unidades produzidas) 40.400 = 2,00 20.200 Gabarito: Letra B. 18. (ESAF) Entende-se como Despesas Pós-Fabricação:

a) Despesas Administrativas, com vendas e Financeiras; b) Apenas Despesas de Fretes, Seguros para entrega de mercadoria; c) Apenas Despesas de Fretes, Seguros e Impostos na distribuição

do produto; d) Apenas perdas e avarias na estocagem e distribuição do produto

acabado.

Comentários: Os gastos que não se referem ao departamento de produção (fábrica) são considerados despesas. Essas despesas podem ser comerciais, administrativas e financeiras. Seus valores são deduzidos do Lucro Bruto para fins de determinação do Lucro Líquido. Gabarito: Letra A. 19. (ESAF) Entende-se como Mão-de-Obra Indireta, na contabilidade de custos, aquela: a) que diz respeito ao pessoal que trabalha e atua estritamente ligado ao produto que está sendo fabricado; b) responsável pelas vendas dos produtos fabricados; c) relativa à manutenção, prevenção de acidentes, supervisão e programação e controle da produção; d) relativa à administração dos escritórios, contabilidade geral e apoio à Diretoria. Comentários: Os gastos referentes ao departamento de produção são considerados custos. Já os gastos referentes aos outros departamentos são considerados despesas. Dentre os gastos do departamento de produção, alguns estão ligados diretamente a um determinado produto (custo diretos), sendo apropriados diretamente. Outros não estão ligados diretamente a um determinado produto (custos indiretos), sendo necessária a

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realização de rateio para sua apropriação aos produtos. Na presente questão, a opção que representa mão-de-obra indireta (custo indireto) é a da letra C, uma vez que o pessoal da manutenção, prevenção de acidentes, supervisão e programação e controle da produção não estão vinculados diretamente à produção de um determinado produto. Gabarito: Letra C. 20. (ESAF) Por definição, Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos: a) incorridos no período, dentro da fábrica; b) contidos na produção acabada no período; c) de vendas dos produtos vendidos no período; d) incorridos na fabricação dos bens que são vendidos no período. Comentários: Por definição, Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos vendidos no período. Gabarito: Letra D.

21. (ESAF) Assinale a afirmativa correta: a) matéria-prima e embalagens são custos diretos, porque podem ser apropriados perfeitamente aos diversos produtos que são fabricados; b) materiais de consumo são custos diretos pelas mesmas razões apontadas para matéria-prima e embalagens; c) depreciação das máquinas é uma despesa direta, em geral, porque se relaciona com a mão-de-obra direta aplicada; d) o aluguel do prédio fabril não é item apropriável pela Contabilidade de Custos.

Comentários: Matéria-Prima e Embalagens são custos diretos, porque podem ser apropriados diretamente aos diversos produtos que são fabricados (são usados em produtos determinados).

Gabarito: Letra A

22. (ESAF) O esquema ou fluxo básico de atividades de um Sistema de Contabilidade de Custos é, pela ordem: a) Apropriação dos Custos Indiretos e Diretos aos Produtos — Apuração de Resultados;

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b) Separação entre Custos e Despesas — Apropriação dos Custos Diretos a cada Produto — Rateio dos Custos Indiretos para alocação a cada produto; c) Apuração dos Custos Indiretos — Apuração das Margens dos Produtos — Apuração dos Custos Diretos; d) Apuração dos Custos e Receitas dos Produtos — Apuração de Margens e Resultados Unitários — Apuração de Resultados Finais.

Comentários: Já comentamos que o primeiro passo a ser adotado na contabilidade de custos é a separação dos custos das despesas. Posteriormente, devem ser apropriados os custos diretos aos produtos, e, finalmente, devem ser rateados os custos indiretos pelos diversos produtos fabricados.

Gabarito: Letra B.

23. (ESAF) O preço de venda de um produto é calculado usando-se a seguinte fórmula: a) matéria-prima direta + mão-de-obra direta + despesas gerais de fabricação; b) custo de fabricação + lucro; c) custos primários + custos secundários + lucro; d) custo de fabricação + custo de administração e vendas + lucro; e) matéria-prima direta e indireta + mão-de-obra direta e indireta + lucro. Comentários: Sabemos que Lucro Bruto=Vendas – CPV. Sabemos, ainda, que Lucro Líquido=Lucro Bruto – Despesas (comerciais, administrativas e financeiras). Logo, Vendas=Lucro Líquido + Despesas + CPV. Portanto, o preço de venda é igual ao custo de fabricação dos produtos vendidos, somado ao lucro líquido, acrescido das despesas de administração, de vendas e financeiras. Gabarito: Letra D. 24. (ESAF) Num determinado mês, a escrituração contábil de uma empresa industrial registrou os seguintes dados:

R$ 1) estoque de matérias-primas no início do

mês 60.000,00

2) compras efetuadas durante o mês 120.000,00 3) estoque de matérias-primas no final do

mês 120.000,00

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4) despesas com mão-de-obra direta 40.000,00 5) despesas gerais de fabricação 50.000,00 6) produção em andamento no início do mês 24.000,00 7) produção em andamento no final do mês 34.000,00

O custo dos produtos elaborados foi, portanto, de (R$):

a) 60.000,00 b) 140.000,00 c) 150.000,00 d) 174.000,00 e) 180.000,00

Comentários: Montemos o esquema básico da contabilidade de custos para resolver a questão: 1.Apropriação dos Custos de Produção do Período aos Produtos em Elaboração. As Matérias-Primas apropriadas aos Produtos em Elaboração são calculadas por meio da equação: EI(MP) (60.000) + Compras (120.000) – EF(MP) = 60.000 + 120.000 – 120.000 = 60.000.

A Produção em Andamento no início do mês representa o Estoque Inicial dos Produtos em Elaboração (24.000), assim como a Produção em Andamento no final do mês representa o Estoque Final dos Produtos em Elaboração (34.000), ou seja, os custos apropriados aos produtos que foram iniciados mas ainda não foram terminados. MP PE EI 60.000 EI 24.000 C 120.000

? 60.000

60.000

EF 120.000 MOD

40.000 40.000

40.000

CIF

50.000 50.000

50.000

EF 34.000

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2. O cálculo do Custo dos Produtos Elaborados, ou seja, o custo dos produtos que foram terminados no período é determinado conforme a equação a seguir evidenciada: EI (PE) + Produção do Período – EF(PE) = 24.000 + 150.000 – 34.000 = 140.000.

PE PA EI 24.000

150.000

140.000

140.000

EF 34.000 Gabarito: Letra B ATENÇÃO: Observem que no enunciado foram apresentados os termos “Despesa com Mão-de-Obra Direta” e “Despesas com Gastos Gerais de Fabricação”. Embora seja uma nomenclatura inapropriada, tendo em vista que tratam-se de custos e não de despesas, é comum entre alguns autores esta identificação. Assim, quando na questão aparecer Despesa com Mão-de-Obra Direta ou Despesas Gerais de Fabricação, entenda-se como Custos de Mão-de-Obra e Gatos Gerais de Fabricação, respectivamente. 25. (ESAF) Na movimentação de contas que registram o processo de produção industrial, a conta DESPESAS GERAIS DE FABRICAÇÃO é creditada: a) pelos materiais indiretos saídos do almoxarifado, debitando-se a conta Almoxarifado; b) pela mão-de-obra indireta ocorrida, debitando-se a conta Folhas de Pagamento — Fábrica; c) por outras despesas indiretas de fabricação, debitando-se as contas Caixa ou Contas a Pagar, conforme o caso; d) pelas despesas de seguros, impostos, taxas e assemelhadas, debitando-se as contas representativas do pagamento ou da apropriação dessas despesas; e) pelo total das despesas gerais de fabricação ocorridas, debitando-se a conta Produtos em Elaboração.

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Comentários: Do esquema básico da contabilidade de custos, observa-se que a conta DESPESAS GERAIS DE FABRICAÇÃO ou CGF ou CIF é creditada pelo total dos custos gerais de fabricação ocorridos, debitando-se a conta Produtos em Elaboração. Importante reforçar que a conta Produtos em Elaboração também é debitada pelos valores dos materiais diretos aplicados (MD) e da mão de obra utilizada. Gabarito: Letra E.

26. (ESAF) As contas de Matérias Primas e Materiais Indiretos de Fabricação (ou Custos Indiretos), como componentes de custo, ligam-se a fatos cuja ordem de formação ou constituição, como eventos patrimoniais, em uma indústria, é seqüencial. Qual das seqüências, no processo produtivo, pode-se considerar como natural ou lógica? a) compra- armazenagem- produção- armazenagem b) compra- produção- venda- armazenagem c) armazenagem- compra- venda- produção d) compra- armazenagem- venda- produção e) armazenagem- produção- compra- venda Comentários: A aquisição de matéria-prima representa, inicialmente, um investimento, uma vez que, enquanto estiver armazenada, representará um ativo da empresa. A referida matéria-prima permanecerá armazenada até ser aplicada no processo de produção com a utilização da mão de obra (direta e indireta). No momento que for concluída a Produção, o produto acabado permanecerá armazenado até a comercialização do produto final, oportunidade na qual será determinado o Custo do Produto Vendido. Gabarito: Letra A 27. (ESAF) Numa determinada empresa industrial, o fluxo de matérias-

primas durante o ano foi o seguinte: I) Saldo inicial:

Item 1 — 5.000 unidades a R$ 1,00 cada uma Item 2 — 8.000 unidades a R$ 0,75 cada uma Item 3 — 4.000 unidades a R$ 2,75 cada uma

II) Compras: Item 1 — 12.000 unidades a R$ 1,00 cada uma Item 3 — 6.000 unidades a R$ 2,75 cada uma

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III) Entregas à produção: Item 1 — 3.500 unidades Item 2 — 2.000 unidades Item 3 — 3.000 unidades

IV) Matérias-primas defeituosas, devolvidas aos fornecedores: Item 1 — 200 unidades

V) Matérias-primas excedentes, devolvidas ao almoxarifado pela fábrica: Item 2 — 50 unidades

Efetuadas essas operações, o saldo da conta “Matérias-Primas” na escrituração da referida empresa era de: a) R$ 37.287,50 b) R$ 37.087,50 c) R$

37.012,50 d) R$ 22.000,00 e) R$ 15.087,50

Comentários: Vejamos os razonetes representativos das operações realizadas: I) Saldos Iniciais

MP (1) = 5.000 unidades x R$ 1,00 = R$ 5.000 MP (2) = 8.000 unidades x R$ 0,75 = R$ 6.000 MP (3) = 4.000 unidades x R$ 2,75 = R$ 11.000

II) Compras:

Item 1 — 12.000 unidades x R$ 1,00 = R$ 12.000 Item 3 — 6.000 unidades x R$ 2,75 = R$ 16.500

III) Entregas à produção: Item 1 — 3.500 unidades x R$ 1,00 = R$ 3.500 Item 2 — 2.000 unidades x R$ 0,75 = R$ 1.500 Item 3 — 3.000 unidades x R$ 2,75 = R$ 8.250 IV) Matérias-primas defeituosas, devolvidas aos fornecedores: Item 1 — 200 unidades x R$ 1,00 = R$ 200 V) Matérias-primas excedentes, devolvidas ao almoxarifado pela fábrica: Item 2 — 50 unidades x R$ 0,75 = R$ 37,50

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MP(1) SI 5.000 C 12.000

3.500 (III) 200 (IV)

SF 13.300 MP (2) SI 6.000 37,50 (V)

1.500 (III)

SF 4.537,50 MP (3) SI 11.000 C 16.500

8.250 (III)

SF 19.250 Saldo de Matérias-Primas MP (1) 13.300 MP (2) 4.537,50 MP (3) 19.250 TOTAL 37.087,50 Gabarito: Letra B.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS – Aula 2

Caros Amigos, Nesta aula, abordaremos os seguintes assuntos: 1. Custos em relação aos níveis de produção (Custos Fixos e Variáveis), 2. Sistema de Custeio por Absorção 3. Sistema de Custeio Variável (ou Direto) 4. Métodos de avaliação de saídas e estoques de materiais (PEPS, UEPS e Custo Médio). Vamos ao trabalho. 1- CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS 1.1 - CUSTOS FIXOS – São os custos que independem do volume de produção. Os custos classificados nesta categoria não variam em relação à quantidade produzida. Exemplos: Aluguel da Fábrica, Seguro da Fábrica, Imposto Predial, Depreciação das Máquinas. 1.2 - CUSTOS FIXOS UNITÁRIOS – São os custos fixos divididos pela quantidade de produtos fabricados. Custo Fixo Unitário (CFU) = Custos Fixos (CF)

Quantidade Produzida Os Custos Fixos Unitários variam na razão inversa da quantidade de unidades produzidas, tendo em vista que os Custos Fixos totais (CF) não variam com a quantidade produzida. Exercício: Considerando que em uma indústria os Custos Fixos sejam no montante de R$ 20.000,00. No período 1, foram produzidas 400 unidades e no período 2 a produção foi de 500 unidades. Determinar o Custo Fixo Unitário em cada um dos períodos citados. Solução:

Período 1 Período 2 Custo Fixo Unitário (CFU)

R$ 20.000 = R$ 50 400

R$ 20.000 = R$ 40 500

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1.3 - CUSTOS VARIÁVEIS – São aqueles que variam de forma diretamente proporcional à quantidade produzida. Exemplos: Materiais Diretos (Matérias-Primas, Embalagens e Insumos), Mão-de-Obra Direta, Energia Elétrica (embora não varie na mesma proporção da quantidade produzida). ATENÇÃO: Para que a Mão-de-Obra seja considerada um Custo Variável é preciso que seja identificada a quantidade de horas gastas para a produção de cada produto. Calcula-se o Custo da Mão-de-Obra Direta, multiplicando-se o número de horas trabalhadas para cada produto pelo valor pago pela hora. O tempo de Mão-de-Obra não identificado diretamente a cada produto é considerado Custo Indireto ou Custo Fixo. ATENÇÃO: Regra geral, os Custos Fixos são também Custos Indiretos. A exceção a esta regra é quando a indústria produz apenas um produto. Neste caso, os Custos Fixos serão considerados Custos Diretos. No entanto, um custo pode ser variável e ao mesmo tempo indireto como é o caso da cola utilizada na fabricação de móveis. A cola é custo indireto, pois é difícil estabelecer a quantidade exata gasta em cada unidade, e ao mesmo tempo é custo variável, pois varia de acordo com a quantidade produzida. Outro exemplo de Custo Variável e Indireto é o da energia elétrica. É Custo Variável pois aumenta em função da quantidade produzida e Indireto pois não se sabe exatamente quanto cada produto demandou de energia, sendo, portanto, apropriado aos produtos de acordo com algum critério de rateio. 1.4 - CUSTOS VARIÁVEIS UNITÁRIOS – Correspondem aos Custos Variáveis Totais divididos pela quantidade produzida. ATENÇÃO – Enquanto os Custos Variáveis totais (CV) variam em relação à quantidade produzida, os Custos Variáveis Unitários (CVU) não se alteram, pois o aumento dos Custos Variáveis Totais é compensado pelo aumento da quantidade das unidades produzidas. Exemplo: Supondo que para a fabricação de cada unidade de um produto, mesas, por exemplo, incorram os seguintes gastos: Custos Variáveis Unitários (CVU) Materiais Diretos (MD) R$ 10 Mão-de-Obra Direta (MOD) R$ 20

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Materiais Diretos e Mão-de-Obra Direta são custos Variáveis. Quanto maior a quantidade de mesas fabricadas, maiores serão tais custos. No entanto, para cada unidade produzida, o valor dos Materiais Diretos e da Mão-de-Obra empregados serão os mesmos, ou seja, R$ 10 e R$ 20, respectivamente. Exercício: Considerando que em determinada indústria os Custos Fixos correspondem a R$ 1.000,00 e os Custos Variáveis Unitários de determinado produto correspondem a R$ 10,00, os Custos Variáveis Totais e os Custos Fixos Unitários teriam o seguinte comportamento: Quantidade Produzida (A)

Custos Fixos Totais (B)

Custos Fixos Unitários

Custos Variáveis Unitários (D)

Custos Variáveis Totais

10 1.000 10 20 1.000 10 30 1.000 10 O quadro preenchido fica assim: Quantidade Produzida (A)

Custos Fixos Totais (B)

Custos Fixos Unitários (C = B/A)

Custos Variáveis Unitários (D)

Custos Variáveis Totais (AxD)

10 1.000 100 10 100 20 1.000 50 10 200 30 1.000 33,33 10 300 Podemos resumir as relações comentadas, conforme quadro a seguir:

Relação CF com Quantidade Relação CFU com Quantidade

CF ⇒ constantes

CFU Diminui ⇓

Quantidade Aumenta ⇑

Quantidade Aumenta ⇑

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Relação CV com Quantidade Relação CVU com Quantidade

CV Aumentam ⇑

CVU ⇒ constante

Quantidade Aumenta ⇑

Quantidade Aumenta ⇑

1.5 - CUSTOS SEMIFIXOS E SEMIVARIÁVEIS – São aqueles que contém parte fixa e parte variável. Exemplo: Energia Elétrica da fábrica A rigor, a Energia Elétrica é um custo semivariável, pois haverá um gasto mínimo que independe da quantidade produzida. A partir deste valor, aumentará em função da quantidade produzida. Graficamente, poderíamos representar os Custos Totais, os Custos Fixos e os Custos Variáveis da seguinte forma:

ATENÇÃO: Observamos, então, que os Custos Fixos (CF) permanecem inalterados, qualquer que seja a quantidade (Q) produzida, no caso, permanecem em R$ 1.000,00. Já os Custos Variáveis (CV) variam proporcionalmente à quantidade produzida. Finalmente, os Custos Totais representam a soma dos Custos Fixos com os Custos Variáveis (CT=CF+CV).

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Já a representação gráfica dos Custos Fixos Unitários (CFU) e dos Custos Variáveis Unitários (CVU) ficaria da seguinte forma:

ATENÇÃO: Observamos que os custos variáveis unitários (CVU) permanecem inalterados, qualquer que seja a quantidade (Q) produzida. Já os custos fixos unitários (CFU) decrescem com o aumento da quantidade produzida. 2- SISTEMAS DE CUSTEIO Entende-se por sistema de custeio a forma como são tratados os custos incorridos na produção. Na Contabilidade de Custos, existem alguns sistemas de custeio. Por ora, falaremos do Sistema de Custeio por Absorção e do Sistema de Custeio Variável (ou Direto). 2.1 - CUSTEIO POR ABSORÇÃO – Nesta sistemática, são apropriados aos produtos fabricados tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos. Os Custos Fixos são apropriados por meio de rateios. Exemplo (1): Determinada indústria apresentou os seguintes dados em determinado período contábil: Custos Variáveis (CV) = R$ 100.000,00 Custos Fixos (CF)= R$ 80.000,00 Despesas (DES)= R$ 20.000,00 Venda de 50% dos Produtos Fabricados por R$ 150.000,00

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Teríamos a seguinte configuração:

CUSTEIO POR ABSORÇÃO Resultado

CV = 100.000 ⇒ ⇒

Venda 150.000

CF = 80.000 ⇒ ⇒

Produtos Acabados = 180.000

⇒ ⇒

(-) CPV (90.000)

Lucro Bruto 60.000 Despesas=20.000 ⇒ ⇒

⇒ ⇒

(-)Despesas(20.000)

⇒ ⇒ ⇒

=Lucro Líq. 40.000

Estoque Final dos Produtos Acabados = 90.000

Observem que na sistemática do Custeio por Absorção, tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos são apropriados aos produtos. Quando os Produtos Acabados são vendidos, são baixados os custos correspondentes à quantidade vendida. No exemplo, como foram vendidos 50% dos Produtos fabricados, é baixado o percentual de 50% do custo de tais produtos em contrapartida ao CPV, ou seja, R$ 90.000. Os outros 50% dos produtos continuam no ativo como Estoque Final dos Produtos Acabados, correspondentes também a R$ 90.000. Exemplo (2): Determinada indústria fabrica os produtos A e B. São gastas 800 horas mensais na produção dos mencionados produtos, sendo 600 horas para o produto A e 200 horas para o produto B.

Os Custos Variáveis do produto A somam R$ 100.000,00 e do produto B R$ 15.000,00. Existem Custos Fixos no valor de R$ 24.000,00. São produzidas 500 unidades de cada produto mensalmente. Contabilizar os custos unitários de cada produto com base na sistemática de custeio por absorção.

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Considerando que o rateio dos Custos Fixos é efetuado com base no número de horas consumidas para cada produto, teremos: Produto A Produto B

Total

Custos Variáveis 100.000 15.000 115.000 Horas Consumidas 600 200 800 Proporção 75% 25% 100% Custos Fixos 18.000 6.000 24.000 Unidades Produzidas 500 500 1.000 Custo Total 118.000 21.000 139.000 Custo Unitário 236 42 278 CARACTERÍSTICAS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO 1. O Custeio por Absorção atende ao Princípio da Competência dos exercícios, tendo em vista que os Custos apropriados aos produtos só são lançados no resultado quando estes produtos são vendidos; 2. O Custeio por Absorção é aceito pelo Fisco, tendo em vista que os Custos de Produção são transferidos ao Resultado na proporção em que são vendidos. 3. O Custeio por Absorção tem como inconveniente a arbitrariedade do critério de rateio escolhido. Dependendo do critério de rateio, como, por exemplo, valor da Mão-de-Obra utilizada na produção ou valor do Material Direto utilizado em cada produto, os custos de cada produto serão diferentes. Exemplo: A indústria Alfa produz os produtos A e B de acordo com a seguinte distribuição de Custos Variáveis (em R$). Produto A Produto B Total Material Direto 8.000 2.000 10.000 Mão-de-Obra Direta 6.000 4.000 10.000 Total (Custos Variáveis) 14.000 6.000 20.000 Os Custos Fixos totais foram de R$ 15.000,00.

1. Caso a empresa utilizasse como critério de rateio a distribuição do Material Direto em cada produto, teríamos a seguinte composição dos custos:

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Produto A Produto B Total Material Direto 8.000 2.000 10.000 Relação do MD 80% 20% 100% Mão-de-Obra Direta

6.000 4.000 10.000

Custos Fixos 12.000 (80% x 15.000)

3.000 (20% x 15.000)

15.000,00 (100%)

Custos Totais 26.000 9.000 35.000

2. Caso a empresa utilizasse como critério de rateio a distribuição do custo da mão-de-obra de cada produto, teríamos a seguinte composição dos custos dos produtos:

Produto A Produto B Total Material Direto 8.000 2.000 10.000 Mão-de-Obra Direta

6.000 4.000 10.000

Relação da MOD 60% 40% 100% Custos Fixos 9.000

(60% x 15.000) 6.000 (40% x 15.000)

15.000 (100%)

Custos Totais 23.000 12.000 35.000

Observem que, dependendo do critério de rateio utilizado para alocação dos Custos Fixos aos produtos, estes apresentarão valores diferentes, o que poderá levar à tomada de decisões distintas quanto ao incremento ou redução da produção de cada um dos produtos.

2.2 – CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO – Nesta sistemática, só são apropriados aos produtos fabricados os Custos Variáveis, enquanto que os Custos Fixos são lançados diretamente ao resultado como despesas.

Exemplo (1): Determinada indústria apresentou os seguintes dados em determinado período contábil: Custos Variáveis (CV) = R$ 100.000,00 Custos Fixos (CF)= R$ 80.000,00 Despesas (DES)= R$ 20.000,00 Venda de 50% dos Produtos Fabricados por R$ 150.000,00 Teríamos a seguinte configuração:

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CUSTEIO VARIÁVEL (OU DIRETO)

Resultado

Venda 150.000

(-) CPV (50.000)

CV =100.000 ⇒ ⇒

Produtos Acabados = 100.000

Lucro Bruto 100.000

Despesas=20.000

(-)Despesas (20.000)

CF = 80.000 (-) CF (80.000)

= LL 0,00

Estoque Final dos Produtos Acabados = 50.000

Observem bem as diferenças em relação ao Exemplo (1) do Custeio por Absorção.

No Custeio Variável ou Direto são apropriados aos produtos somente os Custos Variáveis, enquanto que os Custos Fixos são lançados diretamente ao Resultado, independentemente da quantidade ou percentual dos produtos vendidos.

No exemplo, vendendo-se no período qualquer percentual dos Estoques de Produtos Acabados (10%, 30%, 50%, 70% ou 100%) os Custos Fixos são lançados integralmente no Resultado como Despesas.

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Verifiquem que no Custeio Variável o CPV será contabilizado somente com base nos Custos Variáveis, tendo em vista que somente estes custos encontram-se apropriados aos produtos.

CARACTERÍSTICAS DO CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO

1. O Custeio Variável NÃO atende ao Princípio da Competência, tendo em vista que os Custos Fixos são lançados integralmente no resultado como despesas, independentemente da quantidade (percentual) ou dos produtos que são vendidos.

2. O Custeio Variável NÃO é aceito pelo Fisco. Pelo fato dos Custos Fixos serem integralmente lançados no resultado como despesas, independentemente do percentual dos produtos que são vendidos, ocorre uma antecipação de despesas e, conseqüentemente, uma redução dos Lucros.

3. O Custeio Variável é utilizado para fins gerenciais. Como os Custos Fixos são incorridos independentemente da quantidade vendida, para efeito de tomada de decisões é importante que esses custos sejam reconhecidos como redutores dos lucros. A sociedade terá que arcar com os Custos Fixos em qualquer situação, vendendo grande ou pequena quantidade de produtos. Assim, o Custeio Variável é importante ferramenta para embasar a tomada de decisões.

Considerando o exemplo apresentado no item “Características do Custeio por Absorção”, adotando-se a sistemática de Custeio Variável, teríamos a seguinte composição dos custos da empresa:

Produto A Produto B Total Material Direto 8.000 2.000 10.000 Mão-de-Obra Direta

6.000 4.000 10.000

Total(Custos Variáveis)

14.000 6.000 20.000

Os Custos Fixos de R$ 15.000,00 seriam apropriados ao resultado como despesas. Relação entre o Custeio por Absorção e o Custeio Variável A empresa apresenta as seguintes contas.

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Custos Variáveis totais – R$ 20.000,00 Custos Fixos totais – R$ 15.000,00 Despesas Operacionais – R$ 10.000,00 1º Exemplo: A sociedade vende todo seu estoque por R$ 60.000,00, desconsiderando a incidência de impostos. Demonstração do Resultado

Custeio por Absorção

Custeio Variável

Vendas Brutas 60.000 60.000 Custo dos Produtos Vendidos

(35.000) (20.000)

Lucro Bruto 25.000 40.000 Despesas Operacionais (10.000) (10.000) Custos Fixos - (15.000) Lucro Líquido 15.000 15.000 2º Exemplo: A sociedade vende metade de seu estoque por R$ 30.000,00. Demonstração do Resultado

Custeio por Absorção

Custeio Variável

Vendas Brutas 30.000,00 30.000,00 Custo dos Produtos Vendidos

(17.500,00) (10.000,00)

Lucro Bruto 12.500,00 20.000,00 Despesas Operacionais (10.000,00) (10.000,00) Custos Fixos - (15.000,00) Lucro Líquido 2.500,00 (5.000,00) Nota: O CPV no Custeio por Absorção engloba tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos, os quais são baixados na proporção dos produtos que foram vendidos.

O CPV no Custeio Variável engloba apenas os Custos Variáveis, os quais são baixados na proporção dos produtos que foram vendidos, tendo em vista que os Custos Fixos são lançados diretamente como despesas. 3- CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DE BAIXA DE PRODUTOS ACABADOS Regra geral, em uma indústria, utiliza-se o INVENTÁRIO PERMANENTE para apuração do Custo dos Produtos Vendidos ou da baixa das Matérias-Primas utilizadas.

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É o sistema de controle de estoques no qual a apuração do CMV é realizada a cada operação de venda, utilizando-se uma ficha de controle para cada produto.

Pelo Inventário Permanente, podem ser adotados três critérios de avaliação de Estoques; PEPS - O CPV é apurado com base nos valores mais antigos do estoque de produtos, ou seja, a cada venda, são baixados os estoques produzidos inicialmente. (Primeiro que entra é o primeiro que sai) MÉDIA PONDERADA - O CPV é apurado com base no valor médio dos custos de produção dos estoques. UEPS - O CPV é calculado pelos valores mais recentes de produção do Estoque de produtos. (Último que entra é o primeiro que sai) Nota: No Brasil, o método UEPS não é permitido pela Legislação Fiscal. Ainda existe um quarto método que é o do preço de venda deduzido da margem de lucro. Exemplo de Fichas de Controle de Estoques no Inventário Permanente

Na empresa Alfa, foram feitas as seguintes operações com produtos no

mês 03.X1:

02.03 – Fabricação de 100 unidades a R$5,00 cada.

06.03 - Fabricação de 250 unidades a R$ 6,00 cada.

10.03 - Venda de 50 unidades a R$ 8,00 cada.

13.03 - Venda de 100 unidades a R$ 8,00 cada.

20.03 - Fabricação de 200 unidades a R$7,00 cada

26.03 - Venda de 300 unidades a R$ 8,00 cada.

No dia 01.03.X1, havia um estoque de 50 unidades com Custo de Produção Unitário de R$ 4,00. Considerar a inexistência de impostos sobre as operações descritas. Considerar o critério PEPS de avaliação de estoques.

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Exemplo Prático Avaliação de Estoques pelo Método PEPS Data EI Entradas Saídas = CPV Saldo 01.03 50 u. x $ 4 50u.x $ 4 02.03

100 u. x $ 5

50 u. x $ 4 100 u. x $ 5

06.03

250 u. x $ 6

50 u. x $ 4 100 u. x $ 5 250 u. x $ 6

10.03

50 u. X $ 4

100 u. x $ 5 250 u. x $ 6

13.03

100 u. x $ 5

250 u. x $ 6

20.03

200 u. x $ 7

250 u. x $ 6 200 u. x $ 7

26.03

250 u. x $ 6 50 u. x $ 7

150 u. x $ 7

Apuração do Lucro Bruto Datas Vendas Brutas Custo dos Produtos Vendidos

10.03 50 u x $ 8 = $ 400 50 u. x $ 4 = $ 200 13.03 100 u. x $ 8 = $ 800 100 u. x $ 5 = $ 500 26.03 300 u. x $ 8 = $ 2.400 250 u. x $ 6 = $ 1.500

50 u. x $ 7 = $ 350 Total $ 3.600,00 $ 2.550,00 ATENÇÃO: As vendas são computadas fora da ficha.

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Resultado com Mercadorias (em R$) Vendas Brutas 3.600,00

(-) Vendas Canceladas -

(-) Impostos e Contribuições sobre Vendas -

(-) Descontos Incondicionais sobre Vendas -

Vendas Líquidas 3.600,00

(-) CPV (2.550,00)

Lucro Bruto 1.050,00

Nota: O CPV corresponderá à soma dos valores da coluna “Saídas”, enquanto o Estoque Final será o valor da coluna “Saldo”, na última data. As vendas devem ser contabilizadas fora do quadro. Exemplo Prático Avaliação de Estoques pela Média Ponderada Data EI Entradas Saídas = CPV Saldo 01.03 50 un x $ 4 50 u. x $ 4 02.03

100 u. x $ 5

150 u. x $ 4,66

06.03

250 u. x $ 6

400 u. x $ 5,50

10.03

50u. x $ 5,50

350 u. x $ 5,50

13.03

100 u. x $ 5,50

250 u. x $ 5,50

20.03

200 u. x $ 7

450 u. x $ 6,16

26.03

300 u. x $ 6,16

150 u. x $ 6,16

Cálculo das Baixas no Estoque pela Média Ponderada (a média é calculada a cada aquisição ou baixa de estoque)

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02.03 :Valor Médio = 50 un. x R$ 4,00 + 100 un. x 5,00 = 4,66 50 + 100 un. 06.03

Valor Médio =

= 50un x R$4,00 + 100 un. x R$ 5 +250 un. x R$ 6 = 5,50

50 + 100 + 250 un.

20.03

Valor Médio = 250 un. x R$ 5,5 + 200 un. x R$ 7,0 = 6,16

250 + 200

Datas Vendas Brutas Custo dos Produtos

Vendidos 10.03 50u. x $ 8 = $ 400 50u. x $ 5,50 = $ 275 13.03 100u. x $ 8 = $ 2.400 100u. x $ 5,50 = $ 550 26.03 300u. x $ 8 = $ 2.400 300u. x $ 6,16 = $ 1.848 Total R$ 3.600,00 R$ 2.673,00 Resultado (em R$) Vendas Brutas 3.600,00

(-) Vendas Canceladas -

(-) Impostos e Contribuições sobre Vendas -

(-) Descontos Incondicionais sobre Vendas -

Vendas Líquidas 3.600,00

(-) CPV (2.673,00)

Lucro Bruto 927,00

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Exemplo Prático Avaliação de Estoques pelo Método UEPS Data EI Entradas Saídas = CPV Saldo 01.03 50u. x $ 4 50u. x $ 4 02.03

100u. x $ 5

50u. x $ 4 100u. x $ 5

06.03

250u. x $6

50 u. x $ 4 100 u. x $ 5 250 u. x $ 6

10.03

50 u. x $ 6

50 u. x $ 4 100 u. x $ 5 200 u. x $ 6

13.03

100 u. x $ 6

50 u. x $ 4 100u. x $ 5 100 u. x $ 6

20.03

200u. x $ 7

50 u. x $ 4 100 u. x $ 5 100 u. x $ 6 200 u. x $ 7

26.03

200u. x $ 7 100u. x $ 6

50 u. x $ 4 100 u. x $ 5

Datas Vendas Brutas Custo dos Produtos

Vendidos 10.03 50 u. x $ 8 = $ 400 50 u. x $ 6 = $ 300 13.03 100 u. x $ 8 = $ 800 100u. x $ 6 = $ 600 26.03 300 u. x $ 8 = $ 2.400 200u. x $ 7 = $ 1.400

100u. x $ 6 = $ 600 TOTAL R$ 3.600,00 R$ 2.900,00 Resultado (em R$) Vendas Brutas 3.600,00

(-) Vendas Canceladas -

(-) Impostos e Contribuições sobre Vendas -

(-) Descontos Incondicionais sobre Vendas -

Vendas Líquidas 3.600,00

(-) CPV (2.900,00)

Lucro Bruto 700,00

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RELAÇÕES ENTRE OS MÉTODOS PEPS, PMP E UEPS PEPS Vendas Brutas ⇒ R$ 3.600,00 CPV ⇒ R$ 2.550,00 Estoque Final de Produtos ⇒ 150 un. x R$ 7,00 = R$ 1.050,00 Lucro Bruto = R$ 3.600 (-) R$ 2.550 = R$1.050,00 PMP Vendas Brutas ⇒ R$ 3.600,00 CPV ⇒ R$ 2.673,00 Estoque Final de Produtos ⇒ 150 un. x R$ 6,16 = R$ 924,00 Lucro Bruto = R$ 3.600 (-) R$ 2.673,00 = R$ 927,00 UEPS Vendas Brutas ⇒ R$ 3.600,00 CPV ⇒ R$ 2.900,00 Estoque Final Produtos ⇒ R$ 700,00 Lucro Bruto = R$ 3.600,00 (-) R$ 2.900,00 = R$ 700,00 ENTÃO; CPV (PEPS)

< CPV (PMP) < CPV (UEPS)

Estoque Final (PEPS)

> Estoque Final (PMP) > Estoque Final (UEPS)

Lucro Bruto (PEPS)

> Lucro Bruto (PMP) > Lucro Bruto (UEPS)

Os critérios apresentados também são utilizados para apuração dos estoques de Matérias-Primas utilizadas pelo departamento de produção. ATENÇÃO: É importante frisar que, qualquer que seja o método utilizado, no custo de aquisição das matérias-primas, embalagens e outros materiais diretos devem estar incluídos todos os gastos necessários para que esses materiais estejam em condições de utilização na produção. Logo, no custo de aquisição devem ser computados os gastos com fretes, seguros dos fretes, impostos de importação, taxas alfandegárias etc. Somente não entrarão no cômputo do custo de aquisição os impostos recuperáveis (IPI e ICMS).

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EXEMPLO: Imaginemos a compra de 10 unidades de uma matéria-prima já submetida a um processo de industrialização por uma indústria, a R$100,00 cada, acrescida de 10% de IPI e com 20% de ICMS já incluído. O lançamento será, então:

D – Estoques de Matérias-Primas 800,00 D – ICMS a recuperar 200,00 D – IPI a recuperar 100,00 C – Fornecedores 1.100,00

QUESTÕES DE CONCURSOS 1) (ESAF) O método LIFO para apropriação de estoques tem sua tradução nacional em:

a) custo de reposição b) UEPS c) custo médio d) PEPS

Comentários: O método UEPS (Último que entra é o primeiro que sai) também é conhecido como LIFO que representa “Last in, first out”)

Gabarito: Letra B.

2) (ESAF) Na Contabilidade de Custos por Absorção, de uma empresa X, os custos de manutenção são rateados para os Centros de Custos de Produção, Almoxarifados e Controle de Qualidade proporcionalmente às horas trabalhadas para esses centros: 70 horas para Produção, 20 horas para o almoxarifado e 30 horas para o Controle de Qualidade. O total de gastos da manutenção a ratear foi de R$ 5.500.000,00 no período em apuração. Pode-se indicar que a parcela da manutenção rateada para o Centro de Controle de Qualidade foi de: a) R$ 916.667,00 b) R$ 1.375.000,00 c) R$ 2.750.000,00 d) R$ 3.308.333,00 Comentários: Inicialmente devemos calcular o percentual das horas trabalhadas no controle de qualidade em relação ao total de horas trabalhadas. Temos, então: 30 horas / 70+20+30= 1/4= 25%. Logo, 25% do total de horas trabalhadas são referentes ao controle de qualidade. Rateando, então, os gastos

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de manutenção em função das horas, temos, para o controle de qualidade: 25% de R$ 5.500.000,00= R$ 1.375.000,00. A situação descrita pode ser visualizada na tabela a seguir apresentada. Custos

de Produção

Almoxarifado Controle de Qualidade

Totais

Horas 70 20 30 120 Relação % 25% Gastos de Manutenção

1.375.000 5.500.000

Gabarito: Letra B 3) (ESAF) Em uma conjuntura de preços decrescentes (deflação) dos produtos comprados para estoque, o método que apresenta o menor valor do custo do estoque de material apropriado à produção é o:

a) Custo Médio b) FIFO c) Custo de Reposição d) LIFO

Comentários: Em uma conjuntura de preços decrescentes (deflação), o método que apresenta o menor valor do custo do estoque de material apropriado à produção é o LIFO (ou UEPS), porquanto, neste método, o último que entra (com preço menor – preços decrescentes) é o primeiro que sai. Logo, os primeiros materiais requisitados pela produção são os de menor valor (adquiridos mais recentemente). Como exemplo vejamos a situação a seguir apresentada. Em X3, ocorreu a venda de 10 unidades. Datas EI Entradas Saídas Saldo X1 10 u. x $ 20 10 u. x $ 15 10 u. x $ 20

10 u. x $ 15 X2 10 u. x $ 10

10 u. x $ 20

10 u. x $ 15 10 u. x $ 10

X3

10 u. x $ 10

Nesta aula, apresentamos as relações entre os Estoques Finais, o Custo dos Produtos Vendidos e o Lucro Bruto pelos métodos PEPS, Média Ponderada e UEPS em uma economia inflacionária, por ser esta a situação normal no Brasil. No entanto, é preciso

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prestar bastante atenção nesta informação no enunciado, pois caso as operações ocorram em uma economia deflacionária, as relações são invertidas. No exemplo apresentado, foram transferidos para a produção os estoques adquiridos pelos preços mais baixos, ou seja, os últimos que foram adquiridos, tratando-se de uma economia deflacionária. Gabarito: Letra D 4) (ESAF) O movimento de controle de Estoque de uma determinada peça foi o seguinte:

ENTRADAS SAÍDAS Data Quantidade Preço

Unitário Quantidade Preço

Unitário 0 (*) - - - - 1 30.000 20,00 - - 2 10.000 24,00 - - 3 - - 12.000 - (*) Saldo inicial nulo

Utilizando-se o processo de apuração pelo custo médio, na data 3, o custo médio de apropriação das 12.000 peças requisitadas para a produção foi de:

a) R$ 21,00/peça b) R$ 20,00/peça c) R$ 24,00/peça

d) R$ 22,00/peça

Comentários: Pelo método denominado Custo Médio, temos: 30.000 unidades X R$ 20,00 = R$ 600.000,00 10.000 unidades X R$ 24,00 = R$ 240.000,00 Valor Total ---------------------- R$ 840.000,00 Total de unidades : 40.000 Logo, Custo Médio=840.000/40.000 = R$ 21,00

Gabarito: Letra A

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5) (ESAF) Com referência à questão anterior, na data 3 se a requisição das 12.000 peças para produção fosse realizada pelo método PEPS a apropriação do custo das peças seria feito pelo valor de:

a) R$ 240.000,00 b) R$ 264.000,00 c) R$ 252.000,00 d) R$ 258.000,00

Comentários: Pelo método denominado PEPS (ou FIFO), temos: 12.000 unidades X R$ 20,00 = R$ 240.000,00 Logo, teria sido apropriado à produção o valor referente a 12.000 das 30.000 peças adquiridas na data 1, a R$ 20,00 cada.

O quadro teria a seguinte configuração:

ENTRADAS SAÍDAS Data Quantidad

e Preço

Unitário Quantidade Preço

Unitário 0 (*) - - - - 1 30.000 20,00 - - 2 10.000 24,00 - - 3 - - 12.000 20,00

Gabarito: Letra A

6) (ESAF) Ainda com relação à mesma questão, na data 3, se as 12.000 unidades fossem apropriadas pelo método UEPS, o estoque final de peças teria o valor igual a: B a) R$ 588.000,00 b) R$ 560.000,00 c) R$ 600.000,00 d) R$ 620.000,00 Comentários: Pelo método denominado UEPS (ou FIFO), temos: Custo Apropriado à Produção 10.000 unidades x R$ 24,00 = R$ 240.000,00 2.000 unidades x R$ 20,00 = R$ 40.000,00 Valor Total ---------------------- R$ 280.000,00

Sobrariam como Estoque Final 28.000 unidades a R$ 20,00 cada. 28.000 unidades X R$ 20,00 = R$ 560.000,00

O quadro teria a seguinte configuração:

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ENTRADAS SAÍDAS Data Quantidad

e Preço

Unitário Quantidade Preço

Unitário 0 (*) - - - - 1 30.000 20,00 - - 2 10.000 24,00 - - 3 - - 10.000 24,00 2.000 20,00

Gabarito: Letra A 7) (ESAF) O movimento da Conta de Estoque de uma determinada mercadoria para revenda foi o seguinte:

Data ENTRADAS (unidades)

SAÍDAS (unidades)

SALDO (unidades)

1 - - 100.000 2 50.000 - ? 3 - 20.000 ? 4 30.000 50.000 ?

(?) Valores omitidos A respeito pode-se indicar que o saldo de mercadoria em estoque era de:

a) na data 3 era de 120.000 unidades; b) na data 3 era de 110.000 unidades; c) na data 2 era de 200.000 unidades; d) na data 4 era de 110.000 unidades. Comentários: Na data 2, o saldo é: 100.000 + 50.000= 150.000 unidades Na data 3, o saldo é: 150.000 – 20.000 = 130.000 unidades Na data 4, o saldo é: 130.000 + 30.000 – 50.000 = 110.000 unidades O quadro teria a seguinte configuração:

Data ENTRADAS (unidades)

SAÍDAS (unidades)

SALDO (unidades)

1 - - 100.000 2 50.000 - 150.000 3 - 20.000 130.000 4 30.000 50.000 110.000

Gabarito: Letra D

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8) (AFTN/91) Uma empresa industrial, que apure seus custos através

dos departamentos A, B e C, apropria o valor das despesas com consumo de energia elétrica levando-se em conta que:

- o departamento A opera 5 máquinas; - o departamento B opera com o dobro de máquinas, em relação ao

departamento A; - o departamento C não opera máquinas; - as máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo, no período. Sabendo-se que as despesas de energia elétrica, no período, foram de 150.000,00, a contabilidade industrial apropriou: a) 50.000,00 em A, 75.000,00 em B e 25.000,00 em C b) 150.000,00 em A e 150.000,00 em B c) 50.000,00 em A e 150.000,00 em B d) 75.000,00 em A e 75.000,00 em B e) 50.000,00 em A e 100.000,00 em B Comentários: Sabendo que o departamento B opera com o dobro de máquinas do departamento A e que o departamento A opera com 5 máquinas, conclui-se que o departamento B opera com 10 máquinas. Considerando que as máquinas são iguais e consomem a mesma energia, conclui-se que o departamento B, que opera com 2/3 das máquinas existentes (10/15), gasta os mesmos 2/3 de energia. Logo: Departamento A – 150.000 X 2/3 = 100.000; Departamento B – 150.000 X 1/3 = 50.000; Como o departamento C não opera máquinas, não serão apropriados custos de energia gastas na utilização de máquinas nesse departamento. Teríamos a seguinte configuração: Departamento

A Departamento

B Departamento

C Nº Máquinas 5 10 - Relação 1/3 2/3 Despesas de Energia Elétrica

50.000

100.000

-

Gabarito: Letra E

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9) (AFTN/91) Uma fábrica de cimento contrata empresa de transporte coletivo para transportar seu pessoal para trabalhar em sua jazida, de onde extrai calcário para produção de cimento. Os gastos com os serviços contratados serão apropriados, em relação à produção de cimento, como: a) Custo de Mão-de-Obra b) Custo da Matéria-Prima c) Custo de Serviços de Terceiros d) Despesas Gerais de Produção e) Custo de Veículos Comentários: Já destacamos que os custos de aquisição das Matérias-Primas, Embalagens e outros Materiais Diretos devem representar todos os gastos necessários para que esses materiais estejam em condições de utilização na produção, incluindo os gastos com transporte dos operários que trabalham na aquisição dessas Matérias-Primas. Os gastos relativos à Mão-de-Obra Direta ou Indireta são aqueles correspondentes aos operários da fábrica. Gabarito: Letra B 10) (AFTN/91) Uma empresa industrial transferiu produtos semi-elaborados do seu estabelecimento Central para a sua fábrica, em outra cidade. O transporte custou R$ 30.000,00 e os produtos semi-elaborados foram transferidos ao seu custo total de R$ 270.000,00. O estabelecimento Central cumpre sua etapa de produção com semi-elaborados e elaborados. A fábrica da outra cidade inicia sua produção com os semi-elaborados que recebe da "Central". Nesse caso, no estabelecimento da outra cidade, recebedor, por quais valores e em que contas se apropriam tais fatos? a) Produtos Semi-Elaborados: 270.000,00 e Despesas Gerais de Produção: 30.000,00 b) Matérias-Primas: 300.000,00 c) Produtos Semi-Elaborados: 300.000,00 d) Despesas Gerais de Produção: 300.000,00 e) Produtos Semi-Elaborados: 270.000,00 e Transportes: 30.000,00 Comentários: Sabendo que a fábrica da outra cidade inicia sua produção com os semi-elaborados que recebe da "Central", conclui-se que os referidos produtos representam as matérias-

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primas do processo produtivo da fábrica. Isto posto, considerando que os custos de aquisição das matérias-primas devem englobar todos os gastos necessários para que esses materiais estejam em condições de utilização na produção, concluímos que o valor gasto no transporte também ser computado na conta Matérias-Primas da Fábrica, sendo debitada a referida conta no valor total de R$ 300.000,00. Gabarito: Letra B Os levantamentos de dados de Departamento de Produção da Cia. VALÊNCIA apontam os seguintes dados: ITENS CONSUMIDOS

PRODUTO A PRODUTO B TOTAL

Materiais indiretos identificados

$ 1.600.000,00 $2.400.000,00 $4.000.000,00

Mão-de-Obra Direta

$ 2.400.000,00 $ 3.600.000,00 $ 6.000.000,00

Mão-de-Obra Indireta

$ 800.000,00 $ 1.200.000,00 $ 2.000.000,00

Matéria-Prima

$ 4.200.000,00 $ 2.800.000,00 $7.000.000,00

Horas de produção no período

2.000 horas 1.000 horas 3.000 horas

Informações complementares :

- Além dos custos já identificados aos produtos, foi verificada a existência de outros custos indiretos comuns aos dois produtos, no valor de $ 1.800.000,00;

- no período, foram iniciadas e complementadas 10.000 unidades de cada um dos produtos A e B;

- por decisão da Diretoria Industrial, os custos comuns devem ser atribuídos aos produtos em função das horas de produção.

Com base nos dados oferecidos, assinale, nas questões 11 e 12, a opção que completa corretamente cada questão. 11) (AFTN/96) Os custos unitários dos produtos A e B são, respectivamente,

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a) $1.020,00 e $ 1.060,00 b) $1.060,00 e $ 1.020,00 c) $1.040,00 e $ 1.060,00 d) $1.060,00 e $ 1.040,00 e) $1.020,00 e $ 1.040,00

Comentários: O primeiro passo a ser dado é o rateio dos outros custos indiretos comuns, considerando que a Diretoria decidiu pela apropriação em função das horas de produção. Do enunciado extraímos: Produto A – 2.000 horas = 2/3 do total de horas (3.000) Produto B – 1.000 horas = 1/3 do total de horas (3.000) Portanto, os R$ 1.800.000,00 serão rateados da seguinte forma: Produto A – 2/3 de 1.800.000 = R$ 1.200 Produto B – 1/3 de 1.800.000 = R$ 600 Teríamos a seguinte configuração: ITENS CONSUMIDOS

PRODUTO A PRODUTO B TOTAIS

Materiais indiretos identificados

$ 1.600.000 $2.400.000 $4.000.000

Mão-de-Obra Direta

$ 2.400.000 $ 3.600.000 $ 6.000.000

Mão-de-Obra Indireta

$ 800.000 $ 1.200.000 $ 2.000.000

Matéria-Prima

$ 4.200.000 $ 2.800.000 $7.000.000

Horas de produção no período

2.000 horas 1.000 horas 3.000 horas

Relação 2/3 1/3 Outros Custos Indiretos

600.000 1.200.000 1.800.000

O custo total de cada produto é, então: Produto A ⇒ 1.600.000 + 2.400.000 + 800.000 + 4.200.000 + 1.200.000 = 10.200.000 Produto B ⇒ 2.400.000 + 3.600.000 + 1.200.000 + 2.800.000 + 600.000 = 10.600.000

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Finalmente, o custo unitário de cada produto será calculado dividindo-se seus custos totais pelas respectivas quantidades: Produto A - 10.200.000/10.000 = 1.020 Produto B - 10.600.000/10.000 = 1.060

Gabarito: Letra A

12) (AFTN/96) Considerando que foram vendidos apenas 80% dos produtos B e que não havia nenhum outro estoque inicial ou final, pode-se afirmar que o estoque final do produto B é:

a) $ 2.040.000,00 b) $ 2.100.000,00 c) $ 2.120.000,00 d) $ 2.140.000,00 e) $ 2.080.000,00

Comentários: Sabendo-se que foram vendidos apenas 80% do produto B (8.000 unidades vendidas), conclui-se que restaram em estoque 2.000 unidades do referido produto, ao custo unitário de 1.060,00. Logo, o estoque final do produto B é igual a 2.000 x 1.060,00 =R$ 2.120.000,00. Produto B Saídas (CPV) Saldo 10.000 u. x $ 1.060 =$ 1.060.0000 8.000 u. x $ 1.060 = $ 8.480.000 2.000 uni. x $ 1.060 =$ 2.120.000 Gabarito: Letra C. 13) (AFTN/96) A atribuição de todos os gastos de fabricação aos produtos é determinada pela seguinte forma de custeio a) de realização b)variável c) direto d) estimado e) por

absorção Comentários: Sabemos que, no Sistema de Custeio por Absorção, são apropriados aos produtos fabricados tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos. Os Custos Fixos são apropriados por meio de rateios.

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Gabarito: Letra E 13) (ESAF) Observe os dados abaixo, representativos de custos de uma

empresa industrial (fábrica de calçados):

Matéria-prima R$ 2.100.000,00 Encargos de Depreciação R$ 27.000,00 Material de Embalagem R$ 30.000,00 Aluguéis da fábrica R$ 80.000,00 Administração R$ 100.000,00 Mão-de-Obra R$ 1.500.000,00 Energia Elétrica (fábrica) R$ 50.000,00

Os custos fixos dessa empresa, no período considerado, atingiram o valor de: a) R$ 80.000,00 b) R$ 207.000,00 c) R$ 180.000,00 d) R$ 287.000,00 e) R$ 260.000,00.

Comentários: Definimos Custos Fixos como aqueles que independem do volume de produção. Exemplos: Aluguel da fábrica, Seguro da fábrica, Imposto predial, Depreciação das Máquinas. Logo, são custos fixos: Encargos de Depreciação R$ 27.000 Aluguéis da Fábrica R$ 80.000 Administração da Fábrica R$ 100.000 Custos Fixos Totais R$ 207.000 Atenção: O enunciado refere-se a custos. Caso houvesse referência a gastos, poderia ser interpretado o item administração como departamento de administração, o que representaria despesa, e não custo. Gabarito: Letra B.

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14. (ESAF-AFTN 96) Em 31.12.x1 a CIA PARÁ apresentava os seguintes dados relativos aos estoques finais de matéria – prima: Matéria-Prima Quantidade

(em unidades) Custo de Aquisição (R$)

Valor de Mercado (R$)

A 1.000 2.000 1.800 B 500 6.000 7.500 C 2.000 8.000 7.000 Com base nestes dados, o valor total do estoque de Matéria – Prima que deve ser evidenciado no Balanço Patrimonial é A a) $ 14 800.00 b) $ 16 000.00 c) $ 16 500.00 d) $ 15.000.00 e) $ 15 800.00 Comentários: A questão pretende testar o conhecimento do candidato sobre os critérios de avaliação do ativo, os quais encontram-se especificados no artigo 183 da Lei nº 6.404/1976, especificamente, no tocante à avaliação de estoques. Estabelece a Lei que os estoques de mercadorias, produtos ou matérias-primas serão avaliados pelo Custo de Aquisição reduzido da Provisão para ajustá-lo ao Valor de Mercado, quando este último for menor (Custo de Aquisição ou Valor de Mercado, dos dois, o menor). Tal regra fundamenta-se nos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Assim, em relação às Matérias-Primas cujos Valores de Mercado são inferiores aos respectivos Custos de Aquisição, devem ser constituídas as Provisões para Ajuste ao Valor de Mercado. Teríamos a seguinte configuração: MP Custo de

Aquisição (R$)

Valor de Mercado (R$)

Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (R$)

A 2.000 1.800 200 B 6.000 7.500 - C 8.000 7.000 1.000 Totais 16.000 1.200

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Assim, no Balanço Patrimonial, o Estoque de Matérias-Primas teria a seguinte representação: Ativo Circulante Estoques de MP R$ 16.000 (-) Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado

(R$ 1.200)

O enunciado foi mal formulado, pois ao solicitar “o valor total das matérias-primas” estava referindo-se “ao valor líquido das matérias-primas”. Tal impropriedade poderia levar o candidato a assinalar a alternativa “B” (a qual teria como base o Princípio do Registro pelo Valor Original). Gabarito: Letra A QUESTÃO APLICADA PELO CESPE/UNB 1) (CESPE/UNB – AFPS/97) - Os conceitos de custos para avaliação dos estoques consagram o custeamento por meio de dois métodos: o custeio por absorção e o variável (também chamado de custeio direto), que se diferenciam no reconhecimento dos custos fixos de produção. Em consonância com esse entendimento, é correto afirmar-se que 1. custeio por absorção engloba todos os custos variáveis, tratando os

custos fixos como despesas. 2. custeio direto fere os princípios fundamentais de contabilidade, em

especial, o regime de competência. 3. custeio direto não é aceito pelo fisco, por antecipar o reconhecimento

de despesas. 4. custeio por absorção não é aceito pelo fisco, por postergar o

reconhecimento de receitas. 5. custeio por absorção atende aos princípios fundamentais de

contabilidade, por incluir todos os custos necessários para serem confrontados com a receita, por ocasião da venda do produto.

Comentários: 1- Errada. No sistema de Custeio Variável é que os Custos Fixos são tratados como Despesas. No Custeio por Absorção, os Custos Fixos são apropriados através de rateios. 2- Certa. No custeio Direto ou Variável, os Custo Fixos são considerados lançados no resultado integralmente como

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Despesas, independentemente do percentual dos produtos fabricados que foram vendidos. 3- Certa. Há a antecipação do reconhecimento de Despesas, no que se refere aos Custos Fixos. 4- Errada. O Custeio por Absorção é aceito pelo fisco. Não há, nesse método, postergação no reconhecimento de Receitas. 5- Certa. O Custeio por Absorção atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, por incluir os Custo Fixos e variáveis nos Custos Totais de Produção. Desejo a todos uma semana de ótimos estudos, com garra, força de vontade e determinação. Até a próxima.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS – Aula 3

Caros amigos, Nessa última sexta-feira, 17/03/2006, finalmente saiu o edital do concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo elaborado pela Fundação Carlos Chagas. A matéria de Contabilidade de Custos está prevista na prova 3, junto de Contabilidade Geral, com 30 questões ao todo e peso 2. Sobre os programas de Contabilidade de Custos, Análise de Balanços e Auditoria estão sendo apresentados comentários no espaço abeto do Ponto dos Concursos. Em relação ao programa de Contabilidade de Custos, não houve grandes surpresas. Talvez a única tenha sido a ausência do item “Alavancagem Operacional”, que costuma ser cobrado nessa disciplina ou em Análise de Balanços. Assim, vamos continuar nosso trabalho dentro do planejamento que havia sido traçado. Nesta aula, abordaremos alguns assuntos de grande importância no estudo da Contabilidade de Custos, tais como: 1. Margem de Contribuição Unitária (MCU) 2. Ponto de Equilíbrio Contábil; 3. Ponto de Equilíbrio Econômico; 4. Ponto de Equilíbrio Financeiro; 5. Margem de Segurança; 6. Variações do Ponto de Equilíbrio e; 7. Sistema de Custeio RKW. Inicialmente, estudaremos a Margem de Contribuição Unitária. Vamos ao trabalho. 1- MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA (MCU) A Margem de Contribuição Unitária (MCU) corresponde à Receita de Venda Unitária (RVU) ou Preço de Venda Unitário (PVU) diminuída dos Custos Variáveis Unitários (CVU) e das Despesas Variáveis Unitárias (DVU).

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MCU= RVU – (CVU + DVU) A Margem de Contribuição Unitária é um índice de grande importância para fundamentar decisões relativas ao aumento ou redução da produção de determinado produto dentro da capacidade produtiva da empresa.

Tendo em vista a arbitrariedade no critério de rateio de alocação dos Custos Fixos aos produtos fabricados, o sistema de Custeio por Absorção torna-se pouco eficaz no que concerne ao auxílio para tomada de decisões.

Além do mais, os custos efetivamente gerados por cada unidade adicional produzida são os Custos Variáveis, porquanto os Custos Fixos totais independem da quantidade produzida.

Decorre daí, então, a importância da Margem de Contribuição Unitária, pois, por meio desse índice, pode-se avaliar a verdadeira rentabilidade de um produto. Imaginemos uma indústria com a seguinte produção: CVU DVU PVU MCU Produto A 800 200 2000 1000 Produto B 1000 500 2200 700 Sendo: CVU = Custos Variáveis Unitários DVU = Despesas Variáveis Unitárias PVU = Preço de Venda Unitário MCU = Margem de Contribuição Unitária Inicialmente, vamos calcular a Margem de Contribuição Unitária dos produtos A e B. MCU = PVU – [CVU + DVU] MCU (A) = 2.000 – 1.000 = 1.000 MCU (B) = 2.200 – 1.500 = 700 Observem que, apesar do produto B apresentar um maior preço de venda, é o produto A que proporciona melhores resultados para a indústria, pelo fato de apresentar uma Margem de Contribuição Unitária superior. Para chegarmos ao lucro da empresa, devemos multiplicar a Margem de Contribuição Unitária de cada produto pelas quantidades vendidas, somando, então, os valores. Da soma obtida (Margem de

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Contribuição Total) deduzem-se as Despesas e Custos Fixos para alcançarmos o resultado líquido ( Lucro Líquido). Apresentaremos, a seguir, um exemplo que demonstrará a importância desse índice na tomada de decisões. EXEMPLO: Uma fábrica apresentava a seguinte situação em um determinado momento: Capacidade Produtiva 1000 unidades Demanda Atual 800 unidades Custos Fixos Totais de Produção R$ 30.000,00 Despesas Fixas Totais de Produção R$ 4.000,00 Custos Variáveis de Produção R$ 30,00/unidade Despesas Variáveis de Produção Comissões R$ 5,00/unidade Impostos R$ 5,00/unidade

R$ 10,00/unidade

Preço de Venda R$ 100,00/unidade O resultado seria: Vendas (800 unidades x R$ 100) R$ 80.000 Custo dos Produtos Vendidos - Fixos R$ 30.000 - Variáveis (800 unid. x R$ 30) = R$ 24.000

(R$ 54.000)

Lucro Bruto R$ 26.000 Despesas - Fixas R$ 4.000 - Variáveis (800 unid. x R$ 10) R$ 8.000

(R$ 12.000)

Lucro Líquido R$ 14.000 Se um determinado cliente desejar comprar mais 200 unidades, só aceitando pagar, no entanto, R$ 70,00 por unidade, deve ser aceita a encomenda? Inicialmente, como comparação, vamos calcular o custo unitário da produção pelo método do Custeio por Absorção, das 1000 unidades (800 + 200): Custos - Fixos Unitários = R$ 30.000/1000 unid. = R$ 30 - Variáveis Unitários R$ 30

R$ 60

Despesas - Fixas Unitárias = R$ 4.000/1000 unid. = R$ 4 - Variáveis Unitárias R$ 10

R$ 14

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Gasto Total por unidade R$ 74 Se basearmos a decisão pelo custeio por absorção, não deveria ser aceita a encomenda, uma vez que o Gasto por unidade (R$ 74,00) estaria superando o preço a ser pago pelo cliente (R$ 70,00). No entanto, não podemos esquecer que, nesse cálculo, já se encontram incorporados ao Gasto Unitário os Custos e as Despesas Fixos, os quais não variam com a quantidade produzida, e, portanto, estariam sendo suportados, mesmo que não fossem produzidas as 200 unidades a mais. Portanto, utilizando o conceito de Margem de Contribuição Unitária, teremos condição de avaliar, precisamente, se é vantajosa a encomenda:

MCU= RVU – (CVU+DVU) = 70 – (30 + 10) = 30

Concluímos, então, que, para cada unidade a mais vendida a R$ 70,00, teremos um Custo Adicional Variável de R$ 30,00 e uma Despesa Adicional Variável de R$ 10,00, chegando-se a uma Margem de Contribuição Unitária positiva (R$ 30,00), o que justifica a aceitação da encomenda. Como os Custos Fixos e as Despesas Fixas permanecerão inalterados, o lucro líquido da empresa sofrerá um acréscimo equivalente à Margem de Contribuição Unitária multiplicada pela quantidade adicional produzida (R$ 30,00 X 200 unidades = R$ 6.000,00). O novo lucro líquido será R$ 14.000 + R$ 6.000 = R$ 20.000. Desse lucro, R$ 14.000 correspondem às 800 unidades vendidas por R$ 100, e R$ 6.000 às 200 unidades vendidas por R$ 70. É importante destacar que não havendo limitação na capacidade de produção, o produto mais rentável será aquele que apresentar a maior Margem de Contribuição Unitária. Vamos ilustrar com a apresentação do quadro anterior: CVU DVU Preço de Venda MCU Produto A 800 200 2000 1000 Produto B 1000 500 2200 700

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O produto A, por apresentar a maior Margem de Contribuição Unitária, é o mais rentável, não obstante o fato de apresentar um Preço Unitário menor. Imaginemos, no entanto, que exista limitação na capacidade produtiva. Esta limitação seria, por exemplo, uma diferença no tempo de Horas/máquina para cada produto. Suponhamos que para cada unidade do Produto A fabricada sejam gastas duas Horas/máquina, enquanto que para cada unidade do produto B seja gasta apenas uma Hora/máquina. Também suponhamos que exista um número limitado de Horas/máquina disponíveis para a indústria. Nesse caso, então, será mais rentável o produto cuja Margem de Contribuição Unitária dividida pelo fator que limita a capacidade de produção, no caso o número de horas para cada produto, apresente maior valor. Vejamos o quadro abaixo:

Margem de

Contribuição Unitária (MCU)

Tempo de Produção por Unidade (T)

MCU dividida pelo Tempo de Produção (MCU/T)

Produto A 1000 2 horas 500 Produto B 700 1 hora 700

Fator de Limitação= Número de Horas/máquina

Podemos concluir que enquanto é produzida uma unidade do Produto A (Margem de Contribuição de R$ 1000), são produzidas 2 unidades de B (Margem de Contribuição de R$ 700 X 2 = 1.400). Considerando que a fábrica está suportando limitações em relação ao tempo disponível de produção, é preferível que seja dada prioridade à fabricação do Produto B. Exercício: Suponhamos que a indústria acima referenciada disponha de um número máximo de 200 Horas/máquina no período e receba uma encomenda de 150 unidades do Produto A e 120 unidades do Produto B. Qual o Mix de Produtos para maximizar o lucro? Resposta: Como a indústria não dispõe de Horas/máquina suficientes para atender a demanda integralmente, o Mix de Produtos para maximizar o lucro representa a combinação das quantidades produzidas dos Produtos A e B em que o lucro será o maior possível.

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Determinação do Produto a ser priorizado Vimos que embora a MCU do Produto A (R$ 1000) seja superior à do Produto B (R$ 700), pelo fato de cada unidade do Produto B consumir apenas uma Hora/máquina e cada unidade do Produto A consumir duas Horas/máquina, o produto mais rentável é aquele que tiver o maior valor da razão entre a MCU e o número de Horas/máquina para cada unidade produzida (Fator de Limitação) No caso; MCU(A)/Fator de Limitação = R$ 1.000/ 2 horas/máquina = R$ 500 MCU(B)/Fator de Limitação = R$ 700/ 1 hora/máquina = R$ 700 Será, então, priorizada a produção do Produto B. Lucro gerado pela produção de B Como cada unidade do Produto B consume uma Hora/máquina para sua produção, para se produzir as 120 unidades demandadas serão gastas 120 Horas/máquina. Assim, o lucro gerado pelo Produto B será calculado multiplicando-se a sua MCU pela Quantidade produzida: MCU (B) x Quantidade (B) = R$ 700 x 120 unidades = R$ 84.000 Lucro gerado pela produção de A Das 200 Horas/máquina disponíveis, 120 já foram consumidas na produção do Produto B, o qual teve sua demanda atendida integralmente. Assim, restaram 80 Horas/máquina (200 – 120) a serem destinadas à fabricação do Produto A. Como cada unidade do Produto A consume duas Horas/máquina para sua produção, utilizando-se 80 Horas/máquina serão produzidas 40 unidades desse produto. O lucro gerado pelo Produto A será calculado multiplicando-se sua Margem de Contribuição Unitária pela Quantidade produzida: MCU (A) x Quantidade (A) = R$ 1.000 x 40 unidades = R$ 40.000 Dessa forma, diante da demanda apresentada, o Mix (combinação das quantidades) dos Produtos A e B que determinará o Lucro Máximo a ser obtido será 120 unidades do Produto B e 40 unidades do Produto A.

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Quantidade Lucro Produto A 40 unidades R$ 40.000 Produto B 120 unidades R$ 84.000 Total R$ 124.000 Considerando-se a limitação no número de Horas/máquina disponíveis para a indústria (200 horas), o lucro máximo que pode ser obtido é o correspondente a R$ 124.000. Qualquer outra combinação das quantidades dos produtos irá gerar um lucro menor. 2– PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC) O Ponto de Equilíbrio Contábil representa a quantidade de unidades produzidas e vendidas em que a Receita de Vendas é igual ao Gasto Total (Custos mais Despesas) do produto, ou seja, em que não há lucro ou prejuízo. O PEC é calculado por meio da seguinte forma: PEC(em Quantidade) = Custo Fixo + Despesas Fixas = CF + DF MCU PVU – CVU PEC (em reais) = PEC (Quantidade) x PVU Imaginemos uma empresa que apresente os seguintes dados (em reais): Custos Variáveis Unitários (CVU) 50,00 Despesas Variáveis Unitárias 40,00 Custos Fixos 20.000,00 Despesas Fixas 10.000,00 Preço de Venda Unitário 100,00 O ponto de equilíbrio contábil em unidades dessa empresa é: PEC = (CF + DF) MCU Sabemos que MCU = PVU – (DVU + CVU) = 100 – (40+50) = 10,00

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PEC = 30.000 = 3.000 unidades 10 Já o ponto de equilíbrio em valor é: PEC (em reais) = 3.000 unidades X R$ 100 = R$ 300.000,00 Vejamos a representação gráfica: Em caso de dúvida sobre a construção do gráfico, rever a representação dos Custos Fixos e Variáveis no item 1.5 da aula 2. No presente gráfico, foi adicionada a representação das Receitas de Vendas. Observem que a inclinação da reta das Receitas é superior à dos Custos Variáveis somados às Despesas Variáveis, tento em vista que o Preço de Venda Unitário é superior aos Custos Variáveis somados às Despesas Variáveis Unitários.

Legenda: . CT + DT (Custos Totais + Despesas Totais) . CF + DF (Custos Fixos + Despesas Fixas) . CVT + DVT (Custos Variáveis Totais + Despesas Variáveis Totais) . Q (Quantidade) . PEC (Ponto de Equilíbrio) . PEC (R$) (Ponto de Equilíbrio em Reais) Observem que, em qualquer ponto da reta de Receitas totais, anterior ao PEC (à esquerda do PEC), a empresa estará operando com prejuízo

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(área vermelha do gráfico), tendo em vista que a reta de Custos e Despesas totais (CT+DT) estará acima da reta de Receitas. Já a partir do ponto de equilíbrio, área azul do gráfico, as Receitas totais serão superiores aos Custos e Despesas totais. Neste caso, a empresa estará operando com lucro (qualquer ponto à direita do PEC). 3. PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO (PEE) O Ponto de Equilíbrio Econômico representa a quantidade que produzida e vendida proporciona um lucro contábil apurado na atividade empresarial igual ao rendimento que seria obtido com o mesmo capital aplicado em outro investimento qualquer (aplicação financeira, por exemplo). EXEMPLO: Imaginemos uma empresa que faça um investimento inicial de R$ 100.000,00 para a construção de uma indústria. No primeiro período de atividade, a sociedade gerou um lucro líquido de R$ 4.000,00. Supondo que se os R$ 100.000,00 fossem aplicados no mercado financeiro gerassem rendimentos de R$ 5.000,00, no mesmo período. Constata-se que a empresa obteve lucro contábil (R$ 4.000,00), mas apresentou prejuízo econômico (R$ 1.000,00), uma vez que a alternativa de investimento no mercado financeiro era mais vantajosa (rendimentos de R$ 5.000,00). Assim o Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) representa a quantidade que produzida e vendida gera um lucro igual ao rendimento que seria obtido no mercado financeiro, no caso, R$ 5.000,00. Logicamente, para fins gerenciais, só interessa à empresa uma produção e venda de uma quantidade, na qual o lucro gerado no empreendimento empresarial seja superior ao que seria obtido no mercado financeiro. O PEE em valor corresponde à quantidade multiplicada pelo Preço de Venda Unitário. Para se calcular o PEE é necessário o entendimento do conceito do CUSTO DE OPORTUNIDADE (CO). No exemplo descrito, em que a empresa efetuou o investimento de R$ 100.000,00 na indústria, o Custo de Oportunidade representa o

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valor que ela deixou de ganhar por não aplicar no mercado financeiro, ou seja, R$ 5.000,00. Observem que o Custo de Oportunidade não é a diferença entre quanto ela ganharia caso aplicasse no mercado financeiro e quanto obteve de lucro no empreendimento, e sim, o valor total que ela deixou de ganhar no mercado financeiro por ter optado pelo empreendimento. Tenho observado em aula que esta confusão é muito comum. O cálculo do Ponto de equilíbrio Econômico é efetuado por meio da seguinte fórmula: PEE = (CF + DF) + CO MCU 4. PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF) O Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) representa a quantidade produzida e vendia na qual não há lucro ou prejuízo, só que não considerando os Encargos de Depreciação relacionados à produção na composição dos Custos Fixos. Tal medida é utilizada pelo fato dos Encargos de Depreciação não representarem desembolsos imediatos ou próximos de recursos, não sendo, portanto, nessa análise, contabilizados nos Custos Fixos para embasar a tomada de decisões. PEF = CF + DF – Encargos de Depreciação MCU EXEMPLO: Com base nos dados a seguir apresentados, calcular o Custo de Oportunidade (CO) e os Pontos de Equilíbrio Contábil (PEC), Econômico (PEE) e Financeiro (PEF). Capital Investido na Produção = R$ 200.000,00; Taxa de Juros no Mercado Financeiro no período = 20%; Custos e Despesas Fixos = R$ 70.000,00; Encargos de Depreciação = R$ 10.000,00; Margem de Contribuição Unitária = R$ 2,00 1. Cálculo do Custo de Oportunidade (CO) O Custo de Oportunidade representa o valor que a sociedade ganharia se optasse por outra forma de aplicação dos recursos, no caso, no mercado financeiro.

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CO = R$ 40.000 (20% x R$ 200.000) 2. Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC)

O PEC representa a quantidade de unidades produzidas e vendidas na qual a indústria não obteria lucro ou prejuízo, ou seja, o volume de produção e venda em que as Receitas de vendas se equivalem aos Custos e Despesas totais. PEC = CF + DF = 70.000 = 35.000 unidades MCU 2 3.Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) O PEE representa a quantidade que produzida e vendida proporciona à indústria um lucro equivalente ao rendimento que obteria em outro empreendimento, no caso, aplicando os recursos no mercado financeiro. PEE = CF + DF + CO = 70.000 + 40.000 = 55.000 unidades

MCU 2 Produzindo-se e vendendo-se 55.000 unidades a sociedade teria um lucro de R$ 40.000, equivalente, portanto, ao rendimento que obteria no mercado financeiro. 4. Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) O PEF representa a quantidade que produzida e vendida a sociedade não teria lucro nem prejuízo, sem considerar entre os Custos Fixos os Encargos de Depreciação. PEF = CF + DF – Encargos de Depreciação = MCU 60.000 =30.000 unidades 2 5. MARGEM DE SEGURANÇA (MS) A Margem de Segurança representa a quantidade ou percentual de vendas acima do Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC). Em outras palavras, é a quantidade que pode ser reduzida das vendas sem que a indústria comece a ter prejuízos.

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A Margem de Segurança é calculada da seguinte forma: MS = (Quantidade produzida e vendida – Quantidade do PEC) No exemplo anterior, se a sociedade estiver produzindo e vendendo 55.000 unidades, a Margem de Segurança corresponderá a 20.000 unidades (55.000 – 35.000). Se a sociedade deixar de produzir e vender até, no máximo, 20.000 unidades continuará tendo lucros. 6. VARIAÇÕES DO PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL Conforme analisamos, o cálculo do PEC é obtido dividindo-se os Custos e Despesas Fixos pela Margem de Contribuição Unitária. Assim, variações nos Custos e Despesas Fixos, nos Preços de Venda Unitários e nos Custos e Despesas Variáveis Unitários provocarão alterações no PEC. Exemplo: CF = R$ 700.000 DF = R$ 300.000 PVU = R$ 6.000 CVU = R$ 3.000 DVU = R$ 1.000 Inicialmente, vamos calcular o PEC. PEC = CF + DF = 1.000.000 = 500 unidades MCU 2.000 a) Caso ocorresse um aumento de 20% nos Custos e Despesas Fixos, mantendo-se igual a MCU, teríamos: PEC = 1.200.000 = 600 unidades 2.000 Observamos que o PEC varia na razão direta da variação dos Custos e Despesas Fixos. O aumento do PEC também foi de 20%. b) Caso ocorresse o aumento do Custo Variável Unitário para R$ 4.000. Nova MCU = 6.000 – (4.000 + 1.000) = 1.000

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PEC = 1.000.000 = 1.000 unidades 1.000 Havendo uma redução de 50% na MCU, mantendo-se constantes dos CF e DF, ocorre um aumento de 100% no PEC. c) Caso ocorra um aumento do PVU para R$ 8.000, mantendo-se constantes os demais valores. Nova MCU = 8.000 – (3.000 + 1.000) = 4.000 PEC = 1.000.000 = 250 unidades 4.000 Tendo ocorrido um aumento de 100% na MCU, mantendo-se constantes os demais valores, ocorre uma redução de 75% do PEC. Sugerimos que, no caso de alguma questão envolvendo fatores que alteram o PEC, façam os cálculos para verificar os efeitos no Ponto de Equilíbrio. ATENÇÃO: Caso a questão de prova mencione apenas Ponto de Equilíbrio, estará referindo-se a Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC). 7- SISTEMA DE CUSTEIO RKW

O RKW é um sistema de custeio em que são apropriados aos produtos os Custos Diretos, os Custos Indiretos e as Despesas. Nesse sistema, os Custos e Despesas são inicialmente distribuídos entre os departamentos e posteriormente são alocados aos produtos. A vantagem do RKW é que todos os gastos estão incorporados aos produtos, estabelecendo-se, assim, o preço de venda em função da margem de lucro que se queira obter.

A limitação desta sistemática é que em uma economia de mercado com a livre concorrência, o preço de venda a ser estabelecido deve levar em conta outros fatores de mercado, como a demanda e os preços aceitos pelo mercado, não sendo suficiente apenas a definição da margem de lucro desejada em função dos custos e despesas totais.

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O RKW tem aplicação apenas em regimes de monopólio, oligopólio ou em economias com controle rígido da produção e fixação dos preços.

O RKW também é aplicado para estabelecimento dos preços de serviços públicos concedidos. A concessionária apresenta ao Poder Público concedente, para aprovação, o valor total dos gastos estimados com a margem de lucro desejada.

Algumas empresas adotam o Custo Meta ("target cost") na qual o caminho é inverso, ou seja, com base no preço de mercado do produto são estabelecidos os custos e despesas para que seja atingida a margem de lucro desejada.

Exercício:

Com base nos dados a seguir apresentados, definir o preço de venda unitário (PVU) tendo como objetivo a obtenção de margem de lucro correspondente a 20% do custo total (custos mais despesas). Custos Fixos (totais) 30.000,00 Despesas Fixas (totais) 10.000,00 Custos Variáveis Unitários 14,00/unidade Despesas Variáveis Unitárias 2,00/unidade Quantidade 2.500 unidades Inicialmente, precisamos descobrir o custo total unitário (Custo + Despesa) do produto: Custo Total Unitário = CFU+DFU+CVU+DVU CFU = Custo Fixo Unitário = CF/Q = 30.000/2.500 = 12,00 DFU = Despesa Fixa Unitária = DF/Q = 10.000/2.500 = 4,00 CVU=14,00 DVU = 2,00 Temos, então: Custo Total = 12 + 4+ 14 + 2= 32 Como queremos definir o preço de venda que garanta uma margem de lucro de 20%, teremos: PVU = 1,2 (20% SUPERIOR ao custo total) X Custo Total = 1,2 x 32,00 = 38,40 QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÕES DO CESPE/ UNB

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INDICAR SE AS AFIRMATIVAS ESTÃO CERTAS OU ERRADAS. 1. (CESPE/UNB - AFPS 98) Julgue os seguintes conceitos, aplicáveis à

área de custos.

1 Gasto é o sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro)

2 Custeio por absorção é o método que consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e somente os de produção.

3 Custo indireto de fabricação é o custo que não depende de critério de rateio ou outro estimativo para sua apropriação ao custo do produto.

4 Todos os custos diretos são custos primários. 5 O RKW é o método de alocação de custos aos produtos que considera

todos os custos, diretos e indiretos, e as despesas, exceto as de vendas e as financeiras.

Comentários: 1- Certa. Na aula inaugural conceituamos gastos como “os sacrifícios necessários à obtenção de um bem ou serviço.” Representam desembolsos imediatos ou a promessa de desembolsos futuros. Os gastos têm um sentido amplo, abrangendo investimentos, custos ou despesas.” 2- Certa. Na aula 2, falamos que no custeio por absorção “são apropriados aos produtos fabricados tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos. Os Custos Fixos são apropriados por meio de rateios.” 3- Errada. O custo indireto é justamente aquele que precisa ser rateado para apropriação ao produto, pelo fato de não estar diretamente ligado à produção de um produto específico. 4- Errada. Esta assertiva estaria certa ou errada, dependendo do conceito adotado para Custo Primário. Em uma primeira linha, O Custo Primário corresponde à soma dos Materiais Diretos (Matérias-Primas + Embalagens + Outros Insumos) somados à Mão-de-Obra Direta. Utilizando-se esta classificação, a assertiva estaria certa, considerando-se que todos os Custos Diretos classificam-se como Custos Primários.

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Em uma segunda linha, Custo Primário corresponde à soma das Matérias-Primas com a Mão-de-Obra Direta. Nesse caso, as Embalagens e os Outros Insumos diretamente mensurados para cada produto são Custos Diretos mas não são classificados como Custo Primário. Na questão, foi adotada a segunda linha doutrinária. 5-Errada. No RKW são considerados, para fins de alocação ao produto, os Custos Diretos e Indiretos e todas as Despesas, inclusive as de venda e financeiras.

2. (CESPE/UNB - AFPS 98) Com relação aos custos para decisão, julgue os itens que se seguem. 1 O custeio variável é a forma de apropriação de custos aos produtos

que considera apenas os custos variáveis, de maneira que a depreciação ou o aluguel do prédio da fábrica devem ser registrados diretamente como despesas.

2 O conceito de margem de contribuição é importante auxiliar a gerência na identificação da real rentabilidade de um produto, entre outros, em uma mesma linha de produção, considerando todos os custos envolvidos, inclusive os da administração geral.

3 O conceito de margem de contribuição é de grande importância para a administração nas decisões sobre o preço de um produto e o melhor aproveitamento da capacidade instalada.

4 Quando não há limitação na capacidade produtiva, o produto mais rentável é o que apresentar maior margem de contribuição por unidade.

5 Havendo limitação na capacidade produtiva, os custos fixos não produzem valores finais de lucros unitários válidos para decisão, se forem alocados em proporção ao que cada produto utilizar do fator de limitação da capacidade produtiva.

Comentários: 1- Certa. No Custeio Variável, os Custo Fixos são lançados diretamente à conta de resultado. 2- Errada. Não estão embutidos no conceito de Margem de Contribuição os custos (o termo apropriado seria gasto) da administração geral, os quais são considerados Despesas.

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3- Certa. O conceito de Margem de Contribuição é de grande importância para a administração nas decisões sobre o preço de um produto e o melhor aproveitamento da capacidade instalada, porquanto através desse índice é possível estabelecer a verdadeira rentabilidade de um produto. 4- Certa. Não havendo limitação na capacidade produtiva, o produto mais rentável é o que apresentar maior margem de contribuição por unidade. 5- Errada. Havendo limitação na capacidade produtiva, os custos fixos produzem valores finais de lucros unitários válidos para decisão, se forem alocados em proporção ao que cada produto utilizar do fator de limitação da capacidade produtiva. FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS DE ALAGOAS (2002) Questão 1 Empresa Z Capacidade de produção (em unidades) 400.000 Nível de produção atual (em unidades) 350.000 Custo e despesa variável (em R$) 2,80 Custos e despesas fixos total (em R$) 320.000,00 Preço de venda (em R$) 4,20 A respeito de contabilidade avançada e dos dados da empresa Z, apresentados no quadro acima, julgue os itens que se seguem.

1. A margem de contribuição unitária para a empresa Z é menor que R$ 1,30.

2. Para a empresa Z, o ponto de equilíbrio é alcançado com menos de 230.000 unidades.

3. (adaptada) Caso a empresa Z apresente um crescimento de 20% nas suas vendas e de 10% nos seus custos e despesas fixos, deverá, certamente, apresentar lucro no período.

4. A empresa Z poderia vender as 50.000 unidades correspondentes à sua capacidade ociosa por R$ 3,00 e, ainda assim, aumentaria o seu resultado positivo.

5. Caso a empresa Z apresente um giro do ativo (vendas brutas sobre o ativo operacional) de 120% e uma margem líquida (lucro líquido antes das despesas financeiras sobre as vendas brutas) de 20% terá um retorno do ativo operacional de 24%. Certa

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Comentários: 1- Errada. A margem de contribuição unitária é: MCU = PVU (ou RUV) – (CVU+DVU) = 4,20 – 2,80 = 1,40. Logo, a MCU não é inferior a 1,30. 2- Certa. Sabemos que o ponto de equilíbrio é encontrado com a utilização da seguinte fórmula: PE = (CF + DF)/MCU = 320.000/1,40 = 228.571,42. Logo, PEC é inferior a 230.000. 3- Certa. Aumentando as vendas em 20% e os custos e despesas fixas em 10%, teríamos: . 350.000 unidades X 1,2 = 420.000 (acima da capacidade atual de produção) VENDAS (420.000 X 4,2) 1.764.000 - (CV+DV) (420.000 X 2,80) (1.176.000) Margem de Contribuição 588.000 - (DF+DF) (1,1 X 320.000) (352.000) aumento de 10% nos custos e despesas fixos Lucro Líquido 236.000 4- Certa. Se a produção adicional for vendida por 3,00, sua margem de contribuição unitária seria: MCU= PU-(CVU+DVU)= 3,00-2,80= 0,20. Apresentando margem positiva, conclui-se que a venda da produção a 3,00 produziria resultado positivo. A assertiva 5 refere-se à Análise das Demonstrações Contábeis, não sendo, portanto, objeto do presente curso. Questão 2 A respeito da contabilidade de custos, julgue os itens subseqüentes.

1. Aluguel e depreciação pelo método linear são dois exemplos de custos indiretos, incluídos nos gastos gerais de fabricação, para apropriação aos produtos por meio e critérios de rateio.

2. O custo departamental é relevante para a qualidade do rateio de gastos indiretos de fabricação de produtos diversos, quando se tratar de uma indústria com mais de um processo de fabricação.

3. Em um período de inflação elevada, o custo das mercadorias vendidas apurado segundo o critério de avaliação de estoques

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PEPS deve apresentar valor maior que aquele que seria apurado, caso se adotasse o critério UEPS.

4. Um produto que receba mais custo de mão-de-obra direta que outro em um mesmo processo deverá, obrigatoriamente, receber proporção maior de gastos indiretos de fabricação.

5. O sistema de custeio por absorção é utilizado, principalmente, para atender necessidades gerenciais; o custeio direto ou variável, para preparar o custo de estoques e de produtos vendidos das demonstrações contábeis oficiais objeto de divulgação.

Comentários: 1- Certa. Apropriam-se os Custos Indiretos de Fabricação aos produtos fabricados por meio de rateios. 2- Certa. Tratando-se de uma indústria com mais de um processo de fabricação, a apuração do custo por departamento melhora a qualidade do rateio dos gastos indiretos. 3- Errada. Em um período de inflação elevada, o Custo das Mercadorias Vendidas apurado pelo PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai) deve apresentar valor menor do que o apurado pelo UEPS, uma vez que as mercadorias adquiridas anteriormente apresentam preços inferiores aos preços das mercadorias adquiridas posteriormente. 4- Errada. Não necessariamente. Depende do critério de rateio utilizado. 5- Errada. É justamente o contrário. O critério de Custeio por Absorção é o aceito oficialmente, inclusive pelo Fisco, não se afigurando como um bom instrumento gerencial. Já o método de Custeio Variável, pelo fato de lançar a resultados os Custos Fixos incorridos, não é aceito pelo Fisco, mas apresenta-se como bom instrumento gerencial. FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS DE MACEIÓ (2003) Assertiva 1 Uma empresa que opere com um custo fixo de R$ 200 milhões para uma capacidade produtiva de 50 milhões de unidades de um único produto, com margem de contribuição de R$ 10, deverá estar produzindo e vendendo no mínimo 40 milhões de unidades para

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apresentar resultado positivo e exercitar a alavancagem operacional, com melhor aproveitamento dos custos fixos. Comentários: Errada. Para começar a apresentar resultado positivo (lucro), uma empresa deve vender uma quantidade superior à quantidade de seu ponto de equilíbrio. Vejamos qual é o ponto de equilíbrio dessa empresa: PE = CF + DF = 200.000.000/10 = 20.000.000. MCU Logo, a partir da produção e venda de 20 milhões de unidades a empresa passa a apresentar resultado positivo. Acerca da contabilidade de custos e considerando o quadro abaixo, julgue os itens de 2 a 4. Rubricas Produto

A Produto

B Produto

C Total

Horas de mão-de-obra direta/mês

440 360 200 1.000

Horas de máquinas/mês 800 700 500 2.000 Custos e despesas variáveis unitários (em R$)

10,00 8,00 6,00 -

Preço de venda unitário (em R$)

20,00 18,00 19,00 -

Custos e despesas fixos mensais (R$)

140.000 122.500 87.500 350.000

Volume produzido e vendido no mês

20.000 17.500 8.750 46.250

Volume de vendas (em R$) 400.000 315.000 166.250 881.250 Custos e despesas variáveis (em R$)

200.000 140.000 52.500 392.500

Lucro (em R$) 60.000 52.500 26.250 138.750 2. Os custos e despesas fixos foram distribuídos aos produtos por um critério de rateio, que teve como base as horas de máquinas/mês. Comentários: Certa Proporção das Horas de Máquinas/mês utilizadas nos produtos:

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Prod A – 800/2000= 0,4=40% Prod B – 700/2000= 0,35=35% Prod C – 500/2000= 0,25=25% Vejamos, agora, os percentuais dos custo e despesas fixas de cada produto: Prod A – 140.000/350.000=0,4=40% Prod B – 122.500/350.000=0,35=35% Prod C – 87.500/350.000= 0,25=25% A afirmativa está certa. Os Custos e Despesas Fixos foram distribuídos aos produtos por um critério de rateio, que teve como base as horas de máquinas/mês. 3. Quando a empresa adota o critério UEPS de avaliação de estoques, em período inflacionário, tende a levar para o resultado um custo mais baixo que se adotasse o método PEPS, tendo por conseqüência resultado maior, maior valor do ativo e maior patrimônio líquido. Comentários: Errada Quando a empresa adota o critério UEPS de avaliação de estoques, em período inflacionário, tende a levar para o resultado um custo mais alto do que se adotasse o método PEPS, tendo, por conseqüência, resultado maior, uma vez que os produtos adquiridos por último apresentarão preços maiores. 4. O produto C é o que tem a menor margem de contribuição unitária. Comentários: Errada Vamos calcular a MCU de cada produto: Prod A – MCU = RUV - (CVU + DVU)=20,00 - 10,00=10,00 Prod B – MCU = RUV - (CVU + DVU)=18,00 - 8,00 =10,00 Prod C – MCU = RUV - (CVU + DVU)=19,00 - 6,00 =13,00 Logo, o produto C é o que apresenta a maior margem de contribuição unitária. PERITO CRIMINAL DA POLÍCIA FEDERAL - 2002 Questão 1

1. Determinada empresa intensiva em custos fixos, operando a 50% da capacidade instalada, que tenha um custo unitário de R$ 5,00 no conceito por absorção, não poderá aceitar encomenda para

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ocupar a capacidade ociosa por preço abaixo de R$ 5,00, sob pena de registrar prejuízo na operação.

2. Revelada uma margem de contribuição de determinado produto menor ou igual a zero, ele deve obrigatoriamente ser eliminado da linha de produção, mesmo que participe da formação da margem de contribuição de outro produto da mesma empresa.

3. Conceitualmente, o ponto de equilíbrio de determinado produto é atingido quando a margem de contribuição total dele atinge os custos fixos.

4. Os estoques de mercadorias, produtos e matérias-primas devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.

5. No sistema de custeio RKW, os custos de depreciação de equipamentos e outros bens de produção devem ser apropriados aos produtos.

Comentários: 1- Errada O parâmetro a ser utilizado para a tomada de decisões quanto aos preços de venda que podem ser aceitos em relação a encomendas é a Margem de Contribuição Unitária. Nessa análise, são computados apenas os Custos e Despesas Variáveis, tendo em vista que os Custos e Despesas Fixos independem do aumento da produção, desde que não seja ultrapassada a capacidade máxima de produção.

Vejamos um exemplo: CDVU = R$ 3,00 CDFU = R$ 2,00

Observem que o Custo Unitário total é de R$ 5,00. No entanto, caso haja uma proposta de venda unitária por R$ 4,00, a MCU será positiva (4 – 3 = 1). Deve-se, portanto, aceitar a encomenda por este preço, considerando-se que os Custos e Despesas Fixos vão ser os mesmos, aumentando-se ou não a produção dentro da capacidade máxima instalada. 2- Errada Regra geral, um produto que apresente Margem de Contribuição Unitária negativa deve ser eliminado da linha de produção pelo fato de gerar prejuízo. No entanto, caso este produto contribua para a venda de outros produtos que tenham MCU positivas,

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deve ser mantida a sua produção. Um exemplo bem atual dessa situação é o da produção e venda de impressoras e cartuchos. A impressora pode apresentar MCU negativa. No entanto, a venda posterior de cartuchos compensará o eventual prejuízo na venda da impressora. 3- Certa Conceitualmente, o ponto de equilíbrio de determinado produto é atingido quando a margem de contribuição total dele atinge os custos fixos. Vejamos a fórmula: PE = CF + DF MCU MCU x PE = Margem de contribuição total no ponto de equilíbrio Logo: Margem de contribuição total no ponto de equilíbrio = CF + DF 4- Certa Os estoques de mercadorias, produtos e matérias-primas devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior (Art. 183 da Lei nº 6.404/76). 5- Certa No sistema de custeio RKW, os Custos Indiretos de Produção, assim como os Custos Diretos e as Despesas devem ser apropriados aos produtos. Questão 2 Há diversas classificações possíveis para custos. Entre as mais relevantes, de acordo com sua função administrativa, estão

• Custos de fabricação (produção) – vinculados ao processo produtivo -, que podem ser divididos em material direto, mão-de-obra direta e custos indiretos;

• Custos não-vinculados à fabricação (administrativos) – decorrentes das atividades de apoio -, que podem ser as despesas de vendas (despesas associadas à obtenção de vendas e à entrega do produto) ou despesas gerais e administrativas.

Acerca do assunto objeto do texto acima, julgue os itens a seguir.

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1. O sistema de custeio direto ou variável considera, no custo dos produtos e serviços, os custos diretos e indiretos, fixos e variáveis.

2. O sistema de custeio por absorção considera, no custo dos produtos e serviços, os custos de fabricação e os administrativos.

3. A energia elétrica consumida pelos pontos de luz da fábrica normalmente é considerada como um custo direto.

4. Utilizar melhor a capacidade instalada ou reduzir a ociosidade significa reduzir o custo fixo por produto (unitário).

5. O custo de processamento de dados de uma indústria de calçados deve ser considerado como um custo de fabricação.

Comentários: Existe uma impropriedade no enunciado da questão. O termo correto seria Gastos e não Custos, já que os “Custos não vinculados à fabricação (administrativos)” são, na realidade, despesas. A questão referiu-se a Custos no sentido amplo, incluindo as despesas. Tal referência, no entanto, provoca confusão com os conceitos de Custos e Despesas. Nesse ponto, cabe ressaltar que alguns autores adotam os termos “Despesas Gerais de Fabricação”, “Despesas com Mão-de-Obra Direta” e “Despesas com Materiais Diretos” quando, na realidade, estão se referindo a Gastos Gerais de Fabricação, Custos com Mão-de-Obra Direta e Custos com Materiais Diretos, respectivamente. É preciso que fiquem atentos às nomenclaturas que são adotadas, pois, muitas vezes, são conflitantes com os conceitos utilizados. 1- Errada O sistema de custeio que considera, no custo dos produtos e serviços, os Custos Diretos e Indiretos, Fixos e Variáveis, é o custeio por absorção.

2- Errada O sistema de custeio por absorção considera, no custo dos produtos e serviços, somente os custos de fabricação.

3- Errada A energia elétrica consumida pelos pontos de luz da fábrica normalmente é considerada como um custo indireto, uma vez que não está diretamente vinculada a fabricação de um produto específico.

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4 -Certa Utilizar melhor a capacidade instalada ou reduzir a ociosidade significa reduzir o custo fixo por produto (unitário). Sendo os custos fixos totais constantes, aumentando-se a produção, os custos fixos totais serão rateados por uma quantidade maior de produtos, o que acarreta uma redução dos custos fixos unitários.

5 -Errada O custo de processamento de dados de uma indústria de calçados não deve ser considerado como um custo de fabricação, porquanto não está diretamente ligado à produção. Embora seja adotado, é um conceito discutível frente à grande informatização aplicada nos processos produtivos, como a robótica, por exemplo. AUDITOR FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - INSS 2001 Questão 1 A tabela seguinte ilustra o resultado operacional mensal de uma companhia que fabrica e comercializa os produtos A, B e C. Considera-se que o aumento da produção de qualquer um desses produtos dentro da capacidade instalada para a sua produção não provoca alteração nos custos e despesas fixas mensais. Itens produto A produto B produto C Preço de venda líquido unitário (em R$)

10,00 25,00 2,50

Custos e despesas variáveis unitários (em R$)

5,00 6,00 2,00

Margem de contribuição I (em R$) 5,00 19,00 0,30 Custos fixos identificáveis unitários (em R$)

2,00 3,00 0,35

Margem de contribuição II (em R$) 3,00 16,00 -0,05 Quantidade produzida e vendida mensalmente

20.000 10.000 100.000

Margem total mensal (em R$) 60.000 160.000 -5.000 Custos e despesas fixas mensais (em R$)

150.000,00

Resultado operacional mensal (em R$)

65.000,00

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Com base nas informações, julgue os seguintes itens:

1. Se admitirmos que o produto C contribui para a venda de mais de 10% dos outros dois produtos, é financeiramente mais vantajoso manter a sua produção que deixar de produzi-lo.

2. considerando que o produto A seja produzido na base de 50% da capacidade instalada para sua produção, caso essa empresa recebesse uma oferta de compra de 20.000 unidades adicionais mensais, ao preço de venda líquido unitário de R$ 8,00, seria financeiramente vantajoso aceitá-la.

3. Se a capacidade instalada para a produção do produto B assim permitisse, seria possível aumentar a sua produção e reduzir o seu preço unitário de venda visando à ampliação da rentabilidade.

4. A margem da contribuição I dos produtos acima apresentados poderia ser reduzida, caso a empresa reduzisse as taxas de depreciação praticadas pelo método linear para sua planta industrial.

5. O conceito de margem de contribuição acima utilizado está associado e em conformidade com o sistema de custeio por absorção, no qual são considerados apenas os custos variáveis e fixos identificáveis com os produtos.

Comentários: 1- Certa O produto C possui uma MCU positiva, além de contribuir para a venda de outros produtos. MCU (C) = 2,50 – 2,00 = 0,50 2- Certa. Considerando que o produto A seja produzido na base de 50% da capacidade instalada, é perfeitamente possível a produção de mais 20.000 unidades, além das 20.000 já produzidas. Vejamos, agora, se será vantajosa a encomenda com preço unitário de R$ 8,00: MCU (A) = RUV – (CUV + DUV) = 8,00 - 5,00 = 3,00. Sendo positiva a Margem de Contribuição Unitária da produção adicional, concluímos que a encomenda deve ser aceita. 3 -Certa

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Como a margem de contribuição unitária do produto B é positiva (MCU = 25 - 6= 19), caso a capacidade instalada para a produção do referido produto assim permitisse, seria possível aumentar a sua produção e reduzir o seu preço unitário de venda visando à ampliação da rentabilidade. 4 - Errada Sendo Custos Fixos, os Encargos de Depreciação não interferem no cálculo da margem de contribuição: MCU = PUV-(CVU+DVU). Somente os custos e despesas variáveis interferem no cálculo da referida margem. 5- Errada O conceito de margem de contribuição está associado ao sistema de Custeio Variável, uma vez que no mencionado sistema somente os Custos Variáveis são contabilizados como custos. Ok, amigos. A partir de agora é hora de acelerar os estudos. Até a próxima e muita determinação para que os objetivos sejam alcançados.

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AULA 4 : CONTABILIDADE DE CUSTOS Caros amigos, Neste nosso encontro, abordaremos os seguintes temas: 1- Produção por Ordem 2- Produção Contínua 3- Equivalente de Produção 4- Custos Conjuntos (co-produtos, subprodutos e sucatas) A seguir, transcrevemos os itens do programa do concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo/2006 referentes aos citados tópicos: (1), (2) e (3) “Custos por ordem, custos por processo ou por produção contínua, tratamento e avaliação do processo produtivo. Avaliação de estoques na produção contínua. Conceito de produção equivalente.” (4) “Custeio da produção conjunta. Co-produtos, subprodutos e sucatas: conceito, cálculo e tratamento contábil.” Vamos ao trabalho. 1- PRODUÇÃO POR ORDEM Ocorre a Produção por Ordem quando os produtos são fabricados de acordo com as características estabelecidas pelos clientes. Conforme salienta o Professor Ricardo J. Ferreira em sua obra Contabilidade de Custos, editora Ferreira, 3ª edição, também é considerada por Ordem a produção na qual a própria indústria estabelece as especificações como, por exemplo, cores, modelos e tamanhos diferentes. Na Produção por Ordem, os custos são acumulados e encerrados para cada ordem de produção. Exemplo (1): Supondo que determinada indústria de calçados receba duas encomendas com as especificações dos pedidos estabelecidas pelos clientes, em relação às quais tenham incorrido os seguintes custos:

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ORDEM 1

MD = R$ 100.000 ⇒⇒ MOD = R$ 200.000 ⇒⇒ CIF = R$ 300.000 ⇒⇒

ORDEM DE PRODUÇÃO 1 = R$ 600.000

ORDEM 2 MD = R$ 200.000 ⇒⇒ MOD = R$ 400.000 ⇒⇒ CIF = R$ 600.000 ⇒⇒

ORDEM DE PRODUÇÃO 2 = R$ 1.200.000

2. Supondo que as Ordens 1 e 2, sejam vendidas por R$ 1.500.000 e R$ 3.000.000, respectivamente. Quando ocorrer a transferência das propriedades das referidas ordens de produção, estas serão baixadas em contrapartida ao Custo dos Produtos Vendidos: TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DA ORDEM 1 BAIXA NA ORDEM DE PRODUÇÃO 1 = (R$ 600.000)

⇒⇒

Vendas R$ 1.5000.000 (-) CPV (R$ 600.000) LB R$ 900.000

TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DA ORDEM 2 BAIXA NA ORDEM DE PRODUÇÃO 2 = (R$ 1.200.000)

⇒⇒

Vendas R$ 3.000.000 (-) CPV (R$ 1.200.000) LB R$ 1.800.000

2- PRODUÇÃO CONTÍNUA (OU PRODUÇÃO POR PROCESSO) Ocorre a Produção Contínua quando a indústria fabrica os produtos com as mesmas características e continuamente como, por exemplo, em uma indústria de cerveja ou de cimento. Na Produção Contínua os custos são encerrados no fim de cada período considerado (semana, quinzena ou mês). Nesta sistemática, o Custo Total de produção do período é dividido pelo número de unidades fabricadas no mesmo período, apurando-se, assim, o custo unitário médio de produção.

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3- EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO Na Produção Contínua, chegando-se ao final do período contábil utilizado para a apuração do Custo de Produção, podem existir produtos que foram iniciados em períodos anteriores e terminados no período, produtos que foram iniciados e terminados dentro do próprio período e produtos que foram iniciados no período e serão terminados em período posterior. Supondo que determinada indústria tenha iniciado a produção de 1.000 unidades de determinado produto em um período contábil. No final do período, foram concluídas 600 unidades e 400 unidades ainda estavam em elaboração. No período, foram incorridos Custos de Produção no valor de R$ 240.000,00. A grande questão a ser respondida é: qual o valor que deve ser transferido da conta Produtos em Elaboração para Produtos Acabados e, conseqüentemente, qual o valor que ficará como Estoque Final dos Produtos em Elaboração ? PE PA 240.000 __________ EF ?

?

⇒ ⇒

?

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Em uma primeira análise, vocês poderiam supor que bastaria fazer uma regra de três; se 60% das unidades foram concluídas e 40% ainda estão em elaboração, seriam transferidos 60% dos Custos de Produção (60% x 240.000 =144.000) da conta Produtos em Elaboração para a conta Produtos Acabados e 40% do Custo de Produção permaneceria como estoques de Produtos em elaboração (40% x 240.000 = 96.000). Tal entendimento é equivocado. Caso se procedesse dessa forma, estaríamos atribuindo aos Produtos Acabados o mesmo Custo dos Produtos em Elaboração. Estaríamos dizendo que o Custo Unitário dos Produtos Acabados (R$ 144.000/600 =R$ 240) é igual ao Custo Unitário dos Produtos em Elaboração (R$ 96.000/400 =R$ 240). O Custo Unitário dos Produtos Acabados não pode ser igual ao Custo Unitário dos Produtos em Elaboração, tendo em vista que este último consumiu quantidade menor de Custos de Produção. O Custo Unitário dos Produtos em Elaboração dependerá do estágio de produção em que ser encontrarem (10%, 20%, 50%, 70%, 90% etc.). Para se apurar o valor correto que deve ser apropriado ao Custo dos Produtos Acabados é necessário calcular o Equivalente de Produção. Os Custos de Produção incorridos estão distribuídos entre unidades que já foram terminadas e unidades que ainda estão em elaboração. O Equivalente de Produção representa uma situação hipotética, na qual com o mesmo Custo de Produção incorrido, quantas unidades teriam sido iniciadas e terminadas sem restar qualquer unidade em elaboração. Para se calcular o Equivalente de Produção é necessário saber em qual estágio de produção encontram-se os Produtos em Elaboração. Quanto mais incipiente for o estágio dos Produtos em Elaboração menor será o o valor do Estoque Final destes produtos. Exemplo 1: Supondo que determinada indústria tenha iniciado a fabricação de 1.000 cadeiras, tendo cada unidade os seguintes custos (valores em R$). Material

Direto Mão-de-Obra Direta

Custos Indiretos de Fabricação

TOTAL

Estrutura de metal

5,00 3,00 2,00 10,00

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Assento 2,50 1,50 1,00 5,00 Encosto 2,50 1,50 1,00 5,00 TOTAL 10,00 6,00 4,00 20,00 No final do período foram concluídas 600 unidades e 400 unidades estão apenas com a estrutura de metal montada. Neste caso, as 400 unidades em elaboração estão no estágio de produção de 50%. Determinar o Equivalente de Produção e o Custo de Produção Total do período. Solução: Uma cadeira acabada (estrutura + assento + encosto) tem um custo de R$ 20,00. Uma cadeira no estágio de produção equivalente à estrutura de metal apresenta um custo de R$ 10,00. Sabendo que 600 unidades foram acabadas e 400 unidades encontram-se em estágio de produção que representa 50% do custo de uma unidade acabada, concluímos que o custo incorrido em relação às 400 unidades inacabadas equivalem ao custo de 200 unidades acabadas. Logo, o equivalente de produção do período é igual a: Unidades Estágio de

acabamento Cálculo do Equivalente de Produção

Equivalente de Produção (unidades)

600 100% 600 x 100% 600 400 50% 400 x 50% 200 Total = 1000 Unidades

800 unidades acabadas

Verifica-se que o Custo de Produção necessário para a fabricação completa de 600 unidades e para a elaboração até o estágio de 50% da produção completa de outras 400 unidades é o mesmo que seria necessário para a produção completa de 800 unidades.

Não temos 800 unidades acabadas, mas temos o Custo de Produção Equivalente a 800 unidades acabadas.

800 unidades acabadas x R$ 20,00 (Custo Total Unitário) = R$ 16.000,00

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Na maioria das questões de concursos nas quais é necessário o cálculo do Equivalente de Produção, deve-se seguir a seguinte seqüência: 1. Cálculo do Custo Total de Produção do período, o qual corresponderá à soma do Material Direto, Mão-de-Obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação; 2. Definição do estágio de produção dos produtos em elaboração; 3. Cálculo do Equivalente de Produção, ou seja, do percentual do estágio de elaboração aplicado sobre as unidades que estão em elaboração, os quais corresponderão a um determinado número hipotético de unidades acabadas; 4. Soma do número de unidades acabadas com o número do Equivalente de Produção às unidades acabadas; 5. Cálculo do valor médio para cada unidade acabada, obtido por meio da divisão do custo total de produção do período pelo número calculado em 4. 6. Multiplicação do valor médio calculado em 4 pelo número de unidades acabadas. O valor encontrado será transferido da conta Produtos em Elaboração para a conta Produtos Acabados. Não é razoável decorar os passos acima definidos mas, sim, entendê-los aplicados a casos práticos como o evidenciado no exemplo a seguir. Exemplo 2: Determinada indústria incorreu no período em Custos de Produção de R$ 11.040,00. Neste período, foram iniciadas 1.000 unidades das quais 600 foram acabadas. As 400 unidades em produção estão no estágio de produção de 80%. Considerando que não haviam estoques anteriores, determinar: 1. O Equivalente de Produção do período; 2. O Custo Médio Unitário do Produto Acabado; 3. O Custo Unitário do Produto em Elaboração; 4. O valor a ser debitado na conta Produtos Acabados no período; 5. O Estoque Final dos Produtos em Elaboração. Solução: 1. Equivalente de Produção do período Unidades iniciadas e acabadas no período: 600 Unidades em elaboração: 400; Estágio de produção: 80% As 400 unidades em elaboração equivalem a 320 (80% de 400) unidades acabadas.

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O equivalente de produção total do período é igual a 600 + 320 = 920 unidades. Unidades Estágio de

acabamento Cálculo do Equivalente de Produção

Equivalente de Produção (unidades)

600 100% 600 x 100% 600 400 80% 400 x 80% 320 Total = 1000 Unidades

920 unidades acabadas

2. O Custo Médio Unitário do Produto Acabado Custo Médio Unitário do Produto Acabado = Custo de Produção Equivalente de Produção Custo Médio Unitário do Produto Acabado = R$ 11.040,00 = R$ 12,00 920 unidades 3. O Custo Unitário do Produto em Elaboração Sabendo-se que o estágio de produção é de 80%, temos: Custo Unitário do Produto em Elaboração = Custo Médio Unitário do Produto Acabado x estágio de produção = R$ 12,00 X 0,8 (80%) = R$ 9,60. 4. O valor a ser debitado na conta Produtos Acabados no período Sabendo-se que 600 unidades foram acabadas no período a um custo unitário de R$ 12,00, teremos: Custo dos Produtos Acabados= 600 x R$ 12 = R$ 7.200,00 5. O Estoque Final dos Produtos em Elaboração R$ 11.040 – R$ 7.200 = R$ 3.840 ou Custo Unitário do Produto em Elaboração x Quantidade de PE R$ 9,60 x 400 unidades = R$ 3.840

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Produtos em Elaboração Produtos Acabados Débito Crédito Débito Crédito

MD + MOD + CIF = 11.040

EF 3.840

7.200

7.200

Chegamos ao mesmo valor, multiplicando o custo unitário dos produtos em elaboração (R$ 9,60) pelo estoque de produtos em elaboração (400 unidades) = 9,6 X 400 = R$ 3.840,00. O cálculo do Equivalente de Produção é um artifício utilizado para se saber qual o valor que deve ser apropriado aos Produtos Acabados e, conseqüentemente, qual o que deve constar como Estoque Final dos Produtos em Elaboração, considerando-se o estágio de produção em que se encontram. 4- CUSTOS CONJUNTOS (CO-PRODUTOS, SUBPRODUTOS E SUCATAS) 4.1 - Conceitos e Tratamentos Contábeis.

Denominam-se co-produtos ou produtos principais aqueles produzidos simultaneamente como resultado da mesma Matéria-Prima e do mesmo processo, ocupando cada um deles posição relevante no mercado, do ponto de vista da empresa. Como exemplo, podemos citar a carne e o couro, co-produtos derivados do gado.

Já os subprodutos também são derivados da mesma Matéria-Prima e do mesmo processo dos co-produtos, só que possuem valores irrelevantes no mercado em comparação como os co-produtos. Embora os preços sejam irrelevantes em relação aos co-produtos, os subprodutos possuem mercado estável para sua negociação, tanto pela existência de compradores interessados, quanto pelo preço de venda. Podemos exemplificar, citando as aparas de tecido e de papel. O

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tratamento contábil mais comum é a consideração do valor apurado nas vendas dos subprodutos como redução dos custos de fabricação dos produtos principais. O valor da venda dos subprodutos deve ser deduzido dos custos de produção do período. Alguns autores contabilizam os estoques de subprodutos.

Por último, temos as sucatas (resíduos ou sobras), que decorrem de perdas normais do processo produtivo, mas que não encontram mercado definido e sua venda é aleatória. O tratamento contábil dado é o registro do valor apurado na comercialização da sucata como outras receitas operacionais. Uma das características dos subprodutos que os diferencia das sucatas é que aqueles têm condições de comercialização normais, isto é, as vendas são praticamente certas, no entanto, seu faturamento é irrelevante quando comparado ao dos produtos principais (co-produtos). Termos Condições de Mercado Forma de

contabilização das vendas

Subprodutos Normais Redução dos custos de produção

Sucatas Incertas Receitas operacionais

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4.2 - PRODUÇÃO CONJUNTA – É o tipo de fabricação que se caracteriza por, a partir de determinada matéria-prima, ocorrer um fluxo comum de produção até certo ponto (ponto de cisão), do qual resulta uma diversidade de produtos. 4.3 - ALOCAÇÃO DOS CUSTOS CONJUNTOS AOS CO-PRODUTOS Existem vários métodos para alocação dos custos comuns aos co-produtos. Abordaremos, rapidamente, o mais utilizado, baseado no valor das vendas. Consiste o referido método em alocar os custos conjuntos aos co-produtos proporcionalmente aos seus valore de mercado. Vejamos um exemplo apresentado de forma simplificada: Exemplo: Um frigorífico obtém de um gado abatido, 500 Kg de carne e 500 Kg de couro. Suponhamos que cada quilo de carne seja vendido a R$ 6,00 e cada quilo de couro seja vendido a R$ 4,00. Os Custos

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Conjuntos totalizaram R$ 4.000,00. Como serão alocados os Custos Conjuntos, pelo método “valor de venda”? Considerando que a carne representa 60% do faturamento do frigorífico, deverá ser alocado ao custo da carne a seguinte parcela dos custos comuns: 60% x R$ 4.000,00 = R$ 2.400,00. Resta, então, a parcela de R$ 1.600,00 (40% x R$ 4.000,00) a ser alocada ao custo do couro. Custos Conjuntos Carne

(1) 2.400

Couro

4.000 2.400 (1) 1.600 (2)

⇒ ⇒ ⇒ ⇒ (2) 1.600

Na aula 5, iremos resolver uma questão do concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo/2002 relativa ao assunto. 4.4 - AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DOS SUBPRODUTOS Os subprodutos têm um mercado de comercialização normal. No entanto, o resultado de suas vendas é tão pequeno, que não justifica a contabilização de seus estoques. O valor de suas vendas é lançado como redutor dos Custos Conjuntos. No entanto, podem ser contabilizados, utilizando-se o denominado Valor Líquido de Realização, que é obtido da seguinte forma: Valor estimado de venda de um subproduto

R$ 100

(-) Despesas necessárias p/venda (ICMS)

(R$ 20)

(-) Custos de processamento adicional (p/ deixar o produto pronto para a venda)

(R$ 40)

Valor Líquido de Realização R$ 40 A contabilização do Valor Líquido é feita a crédito da conta Custos Conjuntos, uma vez que representa a recuperação de uma parcela do custo de produção dos co-produtos (produtos principais). Supor Custos Conjuntos no valor de R$ 404. Vejamos os razonetes:

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Estoque de Subprodutos

(1) 4 (2) 4

8 (3)

Custos Conjuntos Caixa 404 Valor dos Custos Conjuntos Saldo dos Co-produtos = 400

4 (1)

(3) 10

4 (2) Custo do Processamento Adicional

ICMS a Recolher 2 (3)

CONTABILIDADE DE CUSTOS - QUESTÕES DO CONCURSO DE AFC 2002 – ESAF 1. Entre as afirmativas seguintes apenas uma está incorreta, assinale-a. a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de apuração do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais. b) A contabilidade de custos presta duas funções dentro da contabilidade gerencial, fornecendo os dados de custos para auxílio ao controle e para a tomada de decisões. c) Os custos de produção reúnem o custo do material direto, o custo da mão-de-obra e os demais custos indiretos de fabricação. d) O objetivo básico da contabilidade gerencial é o de fornecer à administração instrumentos

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que a auxiliem em suas funções gerenciais. e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Gabarito: Letra A. Comentários:

Na aula inaugural, tivemos oportunidade de conceituar contabilidade de custos, contabilidade geral ou financeira e contabilidade gerencial. Recapitulemos: CONTABILIDADE DE CUSTOS é a área da ciência contábil que estuda os gastos referentes à produção de bens e serviços. Abrange a Contabilidade de Serviços e a Contabilidade Industrial. No Brasil, a Contabilidade de Custos refere-se, essencialmente, à Contabilidade Industrial. A Contabilidade de Custos (Contabilidade Industrial) aplica-se ao departamento de produção das empresas, tendo como objetivo controlar os diversos gastos envolvidos na fabricação dos produtos, tais como, Mão-de-Obra Direta e Indireta, Materiais Diretos (Matérias-Primas, Embalagens e Insumos) e Gastos Gerais de Fabricação, também chamados de Custos Indiretos de Fabricação (energia elétrica, depreciação e aluguéis da fábrica, entre outros).

A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de adaptação às empresas industriais dos critérios da Contabilidade Geral ou Financeira utilizados com sucesso no controle do patrimônio das sociedades comerciais. Enquanto na Contabilidade Geral ou Financeira busca-se o controle do patrimônio da empresa como um todo, na Contabilidade de Custos o objetivo imediato é a avaliação de estoques e do resultado.

Com o crescimento das empresas e o conseqüente distanciamento dos administradores, a Contabilidade de Custos passou a ser vista como um importante instrumento de auxílio da função gerencial. Surgiu, assim, a denominada Contabilidade Gerencial.

Verificamos, portanto, que a afirmativa constante da letra A está errada, uma vez que é a contabilidade de custos que tem por

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objetivo adaptar os procedimentos de apuração do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais. 2. A firma Indústria & Comércio de Coisas forneceu ao Contador as seguintes informações sobre um de seus processos de fabricação: Estoque inicial de materiais: R$ 2.000,00 Estoque inicial de produtos em processo: R$ 0,00 Estoque inicial de produtos acabados: R$ 4.500,00 Compras de materiais: R$ 2.000,00 Mão-de-obra direta: R$ 5.000,00 Custos indiretos de fabricação: 70% da mão-de-obra direta ICMS sobre compras e vendas: 15% IPI sobre a produção: alíquota zero Preço unitário de venda: R$ 80,00 Estoque final de materiais: R$ 1.400,00 Estoque inicial de produtos acabados: 75 unidades Produção completada 150 unidades Produção iniciada: 200 unidades Fase atual de produção: 60% Produção vendida: 100 unidades Fazendo-se os cálculos corretos atinentes à produção acima exemplificada podemos dizer que: a) a margem de lucro sobre o preço líquido foi de 10% b) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 1.400,00 c) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 8.000,00 d) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 6.000,00 e) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 7.200,00 Gabarito: Letra D. Comentários: Para a solução do problema, vamos seguir os seguintes passos: 1o Passo Apuração das Compras Líquidas de Materiais Diretos Compras de Materiais R$ 2.000 (-) ICMS a recuperar (15% x R$ 2.000) (R$ 300) Compras Líquidas R$ 1.700

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2o Passo Equivalente de Produção Unidades iniciadas = 200 Unidades acabadas = 150 Estágio de Produção = 60% Equivalente de Produção das Unidades em Elaboração = (60% x 50 unidades) = 30 unidades Equivalente de Produção total = 150 + 30 = 180 unidades acabadas Obs: 150 unidades foram efetivamente acabadas. As demais 50 unidades que estão no estágio de 60% tiveram custos equivalentes a 30 unidades acabadas. 3o Passo Custos de Produção do Período MOD= R$ 5000 CIF= 70% x R$ 5.000 = R$ 3.500 EF (MD) = EI (MD) + Compras Líquidas – Saídas p/ PE Saídas de MD p/ PE = EI (MD) + Compras Líquidas – EF (MD) Saídas de MD p/ PE = 2.000 + 1.700 - 1.400 = R$ 2.300 (MD+MOD+CIF) = 2.300 + 5.000 + 3.500 = R$ 10.800 4o Passo Custo Unitário de Produção do Período Custo Unitário= Custo de Produção = R$ 10.800/180 = R$ 60

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Equivalente Produção 5o Passo Produção Acabada no Período Unidades acabadas x Custo unitário = 150 x R$ 60 = R$ 9.000 6o Passo Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos Unidades Vendidas x Custo unitário = 100 x R$ 60 = R$ 6.000 Resumindo, podemos apresentar os seguintes razonetes: MD PE PA CPV Ei 2000 Cl 1700 EF 1400

2300 (1)

⇒ 2300 (1)

EI 4500

MOD

5000

5000 (1)

⇒ 5000 (1)

9000 CPA(2)

9000 (2)CPA

CIF

6000 (3)CPV

6000 (3)CPV

3500 3500 (1)

⇒ 3500 (1)

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DRE Vendas (100 unidades x R$ 80,00) R$ 8.000 (-) ICMS s/ vendas (15% x 8.000) (R$ 1.200) = Vendas Líquidas R$ 6.800 (-) CPV (R$ 6.000) Lucro Bruto R$ 800 3. A Fábrica de Sorvetes Spuma, iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$ 10.000,00, registrou as despesas de mão-de-obra direta à base de 60% dos materiais consumidos, aplicou custos indiretos estimados em R$ 6.000,00 e realizou despesas de R$ 3.000,00 com vendas. No período, a Fábrica vendeu 70% da produção, na qual usara 90% dos materiais comprados. Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer que a) o custo de transformação foi de R$ 12.000,00. b) o custo por absorção foi de R$ 14.280,00. c) o custo primário foi de R$ 14.400,00. d) o custo do produto vendido foi de R$ 17.280,00. e) o custo total do período foi de R$ 20.400,00. Gabarito: Letra C. Comentários: 1) MD utilizados na Produção = 90% x R$ 10.000 = R$ 9.000 2) MOD = 60% x R$ 9.000 = R$ 5.400 3) Como toda a produção iniciada foi terminada no período o Custo de Produção do período foi igual ao Custo da Produção Acabada. 4) O Custo dos Produtos Vendidos correspondeu a 70% do Custo dos Produtos Acabados (CPV = 70% x PA) 5) Despesas de Mão-de-Obra direta representam Custos. Conforme já comentamos trata-se de uma nomenclatura inadequada por confundir os conceitos de custos e despesas. Apresentamos os razonetes: MD PE PA CPV

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10.000

? 90% 9000 (1)

9000 (1)

MOD

5400

5400 (2)

⇒ 5400 (2)

20400 (4)CPA

20400 (4)CPA

CPV= 0,7x20.400

CIF

14280 (5)CPV

14280 (5)CPV

6000 6000 (3)

⇒ 6000 (3)

a) Custo de Transformação=MOD+CIF= R$ 5.400 + R$ 6.000 = R$ 11.400. b)Custo por Absorção= MD+MOD+CIF= 6000+5400+9000=20.400. O Custeio por Absorção representa todos os custos que foram apropriados aos produtos no período. c)Custo Primário=MD+MOD= 9000+5400=14.400. d) Sabendo-se que toda a produção foi acabada e que a fábrica vendeu 70% da produção: CPV = 70% de CPA e CPA= Custo da Produção do período. Logo CPV = 70% de 20.400= 14.280 e) Custo Total do Período = R$ 20.400. Esta alternativa poderia ser considerada como correta, tendo em vista que conceitualmente o Custo Total do Período tem o mesmo significado de Custo de Produção do Período. A banca pode ter considerado que o Custo Total do Período englobaria as Despesas com vendas. Entendo que a questão deveria ser anulada. 4.O garoto Francisco de Assis largou o emprego para fazer um cursinho de treinamento durante 60 dias corridos. A mensalidade será de R$130,00, mais apostilas de R$ 35,00 e condução e alimentação de R$ 3,00 diários.

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O salário de Francisco no emprego abandonado era de R$ 180,00 mensais, com encargos de previdência de 11%. Analisando-se gerencialmente a atitude de Francisco, com base exclusiva nos dados fornecidos, verifica-se que, nesses dois meses, haverá: a) custo econômico de R$ 874,60 b) custo econômico de R$ 795,40 c) despesa efetiva de R$ 835,00 d) custo de oportunidade de R$ 475,00 e) custo de oportunidade de R$ 360,00 Gabarito: Letra E. Comentários: Mensalidade 2x130= 260 Apostilas 35 Alimentação 180 Custo Econômico 475 O custo de oportunidade representa o valor bruto dos salários que deixou de ser ganho: Custo de oportunidade = 180 x 2 = 360 5. A Industrialzinha Ltda. adquiriu matérias-primas para serem utilizadas na fabricação de seus produtos no mês de agosto, exigindo entrega em domicílio, mesmo que onerosa. A nota fiscal dessa compra espelhou os seguintes dados: quantidade 500 unidades preço unitário R$ 8,00 IPI 10% ICMS 17% despesas acessórias/fretes R$ 240,00 No mês de agosto a empresa utilizou 60% desse material na produção. Os fretes não sofreram tributação. Com base nas informações fornecidas e sabendo-se que a empresa é contribuinte tanto do IPI como do ICMS, assinale o lançamento correto para contabilizar a apropriação de matéria-prima ao produto (desconsiderar históricos). a) Produtos em Processo a Matéria-Prima R$ 1.896,00

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b) Produtos Acabados a Matéria-Prima R$ 1.896,00 c) Produtos em Processo a Matéria-Prima R$ 2.376,00 d) Produtos em Processo a Matéria-Prima R$ 2.136,00 e) Produtos Acabados a Matéria-Prima R$ 2.136,00 Gabarito: Letra D. Comentários: Na Nota Fiscal temos os seguintes dados:

Produtos (500 unidades x R$ 80) R$ 4.000 IPI (10% x R$ 4.000) R$ 400 Fretes R$ 240 Total da Nota Fiscal R$ 4.640 ICMS destacado (17% x R$ 4.000) R$ 680

Demonstrativo de Calculo na sociedade:

Total da Nota Fiscal R$ 4.640 (-) IPI a Recuperar (R$ 400) (-) ICMS a Recuperar (17% x 4.000) (R$ 680) Matérias-Primas (Estoque) R$ 3.560

Considerando que a empresa usou 60% das Matérias-Primas na produção: Matérias-Primas consumidas = 60% x R$ 3.560 =R$ 2.136, teremos:

Produtos em Processo a Matéria-Prima R$ 2.136,00 6. Na relação de custos abaixo estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação do segundo trimestre de 2002, ocorridos na empresa Comércio & Indústria Ltda.

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Seguro contra incêndio incorrido: R$ 2.100,00 Imposto predial: R$ 2.400,00 Iluminação do prédio: R$ 2.100,00 Depreciação do edifício: R$ 2.400,00 Mão-de-obra direta: R$ 2.400,00 Mão-de-obra indireta: R$ 2.100,00 Encargos sociais do período: 0,00 Com base nas informações acima, pode-se dizer que o valor dos gastos gerais de fabricação debitado na conta Produtos em Processo foi de:

a) R$ 9.000,00 b) R$ 9.900,00 c) R$ 11.100,00 d) R$ 12.000,00 e) R$ 13.500,00

Gabarito: Letra C. Comentários: Basta identificar e somar os Gastos Gerais de Produção: Seguro contra incêndio incorrido R$ 2.100 Imposto predial R$ 2.400 Iluminação do prédio R$ 2.100 Depreciação do edifício R$ 2.400 Mão-de-Obra indireta R$ 2.100 GGF R$ 11.100 7. A empresa Fabricante S/A produz os itens Alfa, Beta e Delta. O custo a ratear entre os três produtos totaliza R$ 36.000,00. O rateio é baseado nas horas-máquina (hm) trabalhadas para cada um deles. Com o consumo de 120, 240 e 360 hm para cada tipo de produto, respectivamente, foi concluída a produção de 300 unidades, em quantidades rigorosamente iguais de Alfa, Beta e Delta. O custo direto unitário também foi o mesmo para cada tipo de produto, ou seja, R$ 250,00. Com base nessas informações, pode-se afirmar que: a) o custo unitário de Delta foi de R$ 250,00. b) o custo unitário de Alfa foi de R$ 310,00. c) o custo unitário de cada um dos três produtos foi de R$ 370,00. d) o custo unitário de Beta foi de R$ 430,00. e) o custo total do período foi de R$ 36.000,00. Gabarito: Letra B. Comentários:

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Efetuando-se o rateio dos CIF com base na relação de Horas/Máquina para cada produto, temos: ALFA BETA DELTA TOTAL Horas/Máquina 120 240 360 720 Relação 1/6 2/6 3/6 6/6 CIF 6.000 12.000 18.000 36.000 O Custo Unitário de cada produto corresponderá à soma dos respectivos Custos Indiretos Unitários com os Custos Diretos Unitários. O Custo Indireto Unitário de cada produto é obtido dividindo-se os CIF pelas respectivas Quantidades. A produção total foi de 300 unidades, sendo 100 unidades de cada produto. Todos os produtos (Alfa, Beta e Delta) têm o mesmo Custo Direto Unitário, que é de R$ 250. Produto Alfa Custo Unitário=CIF+Custo Direto Unitário=6.000/100+250 =310 Q

Produto Beta

Custo Unitário=CIF+Custo Direto Unitário=12000/100+250 = 370 Q

Produto Delta

Custo Unitário=CIF+Custo Direto Unitário=18000/100+250 = 430 Q

8. Nas opções abaixo, assinale a afirmativa correta. a) O custeamento por ordem de produção ocorre quando a empresa programa sua atividade produtiva a partir de encomendas específicas, caracterizando uma produção contínua.

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b) A grande desvantagem da análise do ponto de equilíbrio está na sua complexidade. Dificulta os estudos de viabilidade econômica para avaliar empreendimentos potenciais. c) O custeio por absorção é um processo cujo objetivo é ratear todos os elementos variáveis do custo em cada fase de produção. d) Custo-Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação e se divide nos tipos: estimado, convencional e corrente. e) O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades que a empresa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica de ratear custos indiretos aos produtos. Gabarito: Letra E. Comentários: a) A afirmativa a está errada, uma vez que a produção por ordem não se confunde com a produção contínua. Enquanto na primeira a empresa programa sua atividade produtiva a partir de encomendas específicas, na segunda, a indústria fabrica os produtos com as mesmas características e continuamente. A produção por encomendas caracteriza uma Produção por Ordem. b) Errada. O Ponto de Equilíbrio é o ponto que revela a quantidade de unidades produzidas e vendidas em que a receita de vendas é igual ao custo total do produto, ou seja, em que não há lucro ou prejuízo. PE (em Quantidade) = Custo Fixo + Despesas Fixas = CF + DF MCU RU – CVU PE (em reais) = PE (Quantidade) x RU Logo, o ponto de equilíbrio facilita os estudos de viabilidade econômica para avaliar empreendimentos potenciais. Nesta oportunidade, vamos acrescentar algumas observações sobre o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC). 1) O PEC é útil quando a produção é de apenas um produto. 2) Quando se produz mais de um produto, é difícil o cálculo de um PEC global para todos os produtos. 3) O cálculo do PEC global só é possível em duas situações:

3.1 – Quando as MCU dos diversos produtos forem iguais;

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3.2- Quando, mesmo sendo diferentes as MCU dos produtos, existirem as mesmas relações percentuais entre estas e os Preços de Venda Unitários. Obs: Na preparação para concursos, temos que ser pragmáticos. Uma demonstração das assertivas acima não seria compensável em termos de custo/benefício. Portanto, sugiro que apenas guardem a regra. Para aqueles que, mesmo assim, desejam um aprofundamento no tema, sugiro consultarem a obra Contabilidade de Custos, do Professor Eliseu Martins, Editora Atlas, 9ª edição, páginas 278/279. c) Errada. No custeio por absorção, os custos variáveis são apropriados diretamente aos produtos e os custos fixos são apropriados por rateio. d) Errada. Trataremos de Custo Padrão em aula posterior, mas podemos adiantar, afirmando que há três tipos básicos de custeio padrão: Ideal, Estimado e Corrente. e) Certa. O sistema ABC também será abordado em aula posterior, mas podemos adiantar que é um sistema de custeio baseado nas atividades que a empresa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica de ratear custos indiretos aos produtos. 9. A Cia. Roupas de Festa coloca no mercado seu produto principal ao preço unitário de R$ 86,75, isento de IPI, mas com ICMS de 17%. O custo variável nessa produção alcança R$ 54,00. A Cia. está conseguindo vender 1.200 peças mensais, mas com isto não tem obtido lucros, apenas tem alcançado o ponto de equilíbrio. A firma acaba de obter uma redução de R$ 9,00 por unidade fabricada no custo da mão-de-obra direta, mas só conseguirá reduzir o preço de venda para R$ 79,52. Se esta empresa produzir e vender, no mesmo mês, duas mil unidades de seu produto nas condições especificadas, podemos dizer que obterá um lucro bruto de: a) R$ 2.400,00 b) R$ 20.400,00 c) R$ 21.600,00 d) R$ 29.440,00 e) R$ 42.000,00

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Gabarito: Letra B. Comentários: Entendo ter ocorrido erro conceitual nesta questão. Inicialmente, vamos analisar a solução para se chegar à resposta apresentada no gabarito oficial. 1. Cálculo da MCU: MCU = PVU – (CVU +DVU) CVU = R$ 54,00 DVU = ICMS = 17% x PVU = 17% x R$ 86,75 = R$ 14,74 MCU = R$ 86,75 – (R$ 54,00 + R$ 14,74) = R$ 18,00 Sabendo-se que o ponto de equilíbrio foi atingido em 1.200 unidades: PEC (Quantidade) = (CF+DF) / MCU; CF+DF = R$ 18,00 x 1.200 unidades = R$ 21.600 RBV (79,52 x 2000 unidades) 159.040 (-) ICMS 17% (27.036) (-) CV (45 x 2000) novo CV (54-9=45) (90.000) (-) CF não há DF (21.600) Lucro Bruto (Aproximadamente) 20.400 A impropriedade evidenciada na questão foi a de que ao utilizar o PEC pressupõe-se que esteja sendo adotado o Custeio Variável. Nesta sistemática, os Custos Fixos são deduzidos integralmente como despesas operacionais, ou seja, não entram no cálculo do Lucro Bruto. Caso a Banca tenha adotado a sistemática do Custeio por Absorção – apropriando os Custos Fixos aos produtos fabricados e baixando-os integralmente como CPV - haveria também a inadequação de se utilizar o PEC que, conforme comentado, é utilizado no Custeio Variável. Até a próxima.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS – AULA 5 Caros amigos, Neste nosso encontro, abordaremos os seguintes temas: 1- Custo Padrão 2- Alavancagem Operacional Não obstante o fato de o tema Alavancagem Operacional não estar arrolado no edital, achamos interessante abordar rapidamente o assunto, porquanto é tema recorrente em diversos outros concursos. Ao final da exposição, resolveremos a prova do concurso para Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo (2002) Vamos ao trabalho. 1- CUSTO PADRÃO O Custo Padrão é aquele estabelecido como meta para a sociedade. Existem três tipos de Custo Padrão:

1.1 Ideal; 1.2 Estimado; 1.3 Corrente;

1.1. Custo Padrão Ideal é aquele estabelecido considerando-se as condições ideais, ou seja, a maior eficiência da mão-de-obra, a melhor qualidade dos materiais, a melhor utilização da capacidade produtiva com o menor grau de desperdício possível. Dificilmente é conseguido na prática. Pode ser considerado como meta ideal a ser alcançada a longo prazo. 1.2. Custo Padrão Estimado é aquele correspondente a uma projeção, considerando-se a média dos custos dos últimos períodos. 1.3. Custo Padrão Corrente é aquele que leva em conta as limitações e deficiências existentes na produção que não podem ser sanadas a curto prazo. Pode ser considerado como a meta a ser alcançada a curto ou médio prazo pela sociedade.

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O presente item encontra-se no programa do concurso Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo com a seguinte denominação: “Sistema de controles de custo: custo padrão e custo por estimativa. Análise contábil e análise das variações.” A análise das variações é relativa à comparação entre o Custo Padrão e o Custo Real. Faremos uma questão sobre o assunto na próxima aula. 2. ALAVANCAGEM OPERACIONAL 2.1 ALAVANCAGEM OPERACIONAL – RELAÇÃO DA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO LUCRO OPERACIONAL COM A VARIAÇÃO PERCENTUAL DAS VENDAS A Alavancagem Operacional relaciona a variação percentual do lucro operacional (LOL) (também pode ser calculada em função do Lucro Líquido ou Bruto) com a variação percentual das vendas. Grau de Alavancagem Operacional = Variação % no LOL Variação % nas Vendas A variação percentual das vendas pode ser medida em relação à Receita de Vendas ou à Quantidade vendida. Exemplo 1: A Cia. Alfa apresentou os seguintes dados no resultado de determinado período, no qual foi efetuada a venda de 20.000 unidades dos produtos de sua fabricação pelo preço unitário de R$ 2,00. Vendas Líquidas 40.000,00 Custos e Despesas Variáveis (18.000,00) Lucro Bruto Marginal 22.000,00 Custos e Despesas Fixos (2.000,00) Lucro Operacional 20.000,00 Ocorrendo o aumento de vendas para 30.000 unidades, o demonstrativo apresentaria a seguinte configuração: Vendas Líquidas 60.000,00 Custos e Despesas Variáveis (27.000,00) Lucro Bruto Marginal 33.000,00 Custos e Despesas Fixos (2.000,00) Lucro Operacional 31.000,00

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Determinar o Grau de Alavancagem Operacional. Solução: O primeiro passo a ser dado é o cálculo do aumento percentual obtido no lucro: Aumento % do Lucro = 31.000-20.000 = 11.000 = 55% 20.000 20.000 Já o acréscimo no volume foi o seguinte: 30.000-20.000 = 50% 20.000 Chegamos, então, à alavancagem operacional: Alavancagem = 55% = 1,1 vezes 50% Concluímos, portanto, que, para cada 1% de aumento sobre o volume das vendas, obtemos 1,1% de aumento no lucro. A Alavancagem Operacional será a mesma, medindo-se a Variação percentual dos Lucros em relação às Receitas ou às Quantidades vendidas. Exemplo 2: Determinada indústria automobilística produz veículos nas seguintes condições: Custos e Despesas Variáveis por Unidade: R$ 20.000,00 Custos e Despesas Fixos: R$ 1.000.000,00 Preço de Venda Unitário: R$ 45.000,00 Determinar: 1. O Ponto de Equilíbrio (em quantidade e valor); 2. Considerando a venda de 50 unidades, indicar o Lucro e a Margem de Segurança; 3. Aumentando-se as vendas para 60 unidades, indicar a Margem de Segurança e a Alavancagem Operacional; Solução: 1-Ponto de Equilíbrio em Quantidade CF + DF

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MCU MCU= RVU – (CVU + DVU) = 45.000 - 20.000= 25.000 PEC (Q) = CDF/MCU = 1.000.000/25.000 = 40 unidades Ponto de Equilíbrio em Valor: PEC (Q) x PVU = 40 x R$ 45.000 = R$ 1.800.000 2- Considerando a venda de 50 unidades: Lucro= (Quantidade acima do PEC) x MCU = (50 – 40) x R$ 25.000 = R$ 250.000 Margem de Segurança - Percentual da quantidade vendida ou do valor da receita que está acima do ponto de equilíbrio. Conforme assinalado na aula 2, a Margem de Segurança representa o percentual de vendas (em quantidade ou valor) que a sociedade pode deixar de vender sem entrar na faixa de prejuízo. M. Seg (Q) = Quantidade acima do PEC = 10/50 = 20% Quantidade Vendida M. Seg (R) = Receita acima de PE = 450.000/2.250.000 = 0,20 = 20% Receita de Vendas 3 - Considerando a venda de 60 unidades: Aumento no volume de vendas: (60-50)/50 = 20% Lucro = (Quantidade acima do PEC) x MCU = (60 – 40) x R$ 25.000 = 500.000 Aumento no lucro: Lucro c/50 unidades = R$ 250.000 Lucro c/60 unidades = R$ 500.000 Observem que aumentando-se em 20% a quantidade vendida (de 50 para 60 unidades) ocorre um aumento de 100% no Lucro. Acréscimo de 100%

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Alavancagem Operacional: Percentual de acréscimo no lucro / Percentual de acréscimo no volume Alavancagem = 100%/20% = 5 vezes. Concluímos, então, que para cada aumento de 1% sobre o volume de vendas corresponderá um acréscimo de 5% nos lucros. CONTABILIDADE DE CUSTOS – QUESTÕES DE CONCURSO Nas aulas anteriores, vimos como são efetuados os lançamentos das operações na contabilidade de custos. Os cálculos e registros contábeis, tais como o de apuração do valor das compras de materiais diretos, transferências do MD, da MOD e do CIF para os Produtos em Elaboração, transferência do custo dos Produtos em Elaboração para Produtos Acabados, levando-se em conta os Estoques Iniciais e Finais e a apropriação ao resultado do Custo dos Produtos Vendidos deve estar bem assimilada neste estágio de nosso estudo. Na resolução das questões que se seguem utilizaremos uma forma mais direta e rápida para se chegar às alternativas corretas, considerando-se a necessária objetividade que se requer na resolução das provas. PROVA DE AGENTE FISCAL DE RENDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (2002) 1. Identifique a alternativa que expressa o conceito de Gasto, segundo a terminologia normalmente utilizada na Contabilidade de Custos. (A) Bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. (B) Sacrifício financeiro para obtenção de um produto ou serviço. (C) Saída de recursos com a finalidade de aumentar o ativo (D) Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a obtenção de receita. (E) Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Gabarito: B Comentários: Conforme analisamos na aula inaugural, conceituam-se os Gastos como os sacrifícios necessários à obtenção de um bem ou serviço. Representam desembolsos

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imediatos ou a promessa de desembolsos futuros. Os gastos têm um sentido amplo, abrangendo investimentos, custos ou despesas. 2. Dados extraídos da Contabilidade da Cia. Iota: - Matéria-prima comprada no mês: R$ 400; - Devolução de parte da matéria prima comprada no mês: R$ 300; - Mão-de-Obra Direta do mês: R$ 800; - Custos indiretos de fabricação incorridos no mês: R$ 300; - Estoque final de produtos em elaboração: R$ 200; - Estoque final de matéria-prima: R$ 100; - Estoque inicial de produtos acabados: R$ 150; - Estoque inicial de produtos em elaboração: R$ 200; - Não havia outros estoques iniciais ou finais. Os valores dos custos de produção do mês, do custo da produção acabada no mês e o custo da produção vendida no mês são, respectivamente, (A) R$ 1.500, R$ 1.350 e R$ 1.350. (B) R$ 1.450, R$ 1.350 e R$ 1.600. (C) R$ 1.400, R$ 1.300 e R$ 1.450. (D) R$ 1.350, R$ 1.350 e R$ 1.500. (E) R$ 1.500, R$ 1.550 e R$ 1.500. Gabarito: D Comentários: 1. Custo de Produção do mês

Inicialmente, deve-se calcular a Matéria-Prima consumida na produção: MP compradas R$ 400 (-) MP devolvidas (R$ 50) (-) MP consumidas ? = EF (MP) R$ 100 Conclui-se que as MP consumidas corresponderam ao valor de R$ 250,00. O Custo de Produção do mês será: MP consumidas R$ 250 + MOD R$ 800

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+ CIF R$ 300 = Custo de Produção do mês R$ 1.350 2. Custo da Produção Acabada O Custo da Produção Acabada é representado pelo valor que é creditado (transferido) na conta Produtos em Elaboração e debitado na conta Produtos Acabados. É calculado da seguinte forma:

EI (PE) R$ 200 + Produção do mês R$ 1.350 (-) EF (PE) (R$ 200) = Produção Acabada R$ 1.350

3. Custo dos Produtos Vendidos O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) é representado pelo valor que é creditado na conta Produtos Acabados e debitado na conta Custo dos Produtos Vendidos. Não havendo Estoque Final de Produtos Acabados, conclui-se que todos os Produtos Acabados (EI (PA) + Produção Acabada no período) foram vendidos. O cálculo do CPV é efetuado da seguinte forma:

EI (PA) R$ 150 + Produção Acabada R$ 1.350 (-) EF (PA) - = CPV R$ 1.500

3. A Cia. Heta apresentou os seguintes saldos em determinado período contábil: - Matéria-prima: R$ 1.000; - Mão-de-obra direta: R$ 500; - Salário da administração: R$ 400; - Manutenção da fábrica: R$ 80; - Energia elétrica das máquinas da fábrica, medida globalmente: R$ 220; - Aluguel do prédio administrativo: R$ 50;

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- Depreciação da fábrica: R$ 100; - Materiais indiretos: R$ 350; - Seguros da fábrica: R$ 120; - Salário do setor de faturamento: R$ 85; - Mão-de-obra indireta: R$ 700. Os valores dos custos diretos, dos custos indiretos de fabricação e do custo de produção são, respectivamente, (A) R$ 1.500, R$ 1.570 e R$ 3.070. (B) R$ 1.580, R$ 1.490 e R$ 3.070. (C) R$ 1.720, R$ 1.750 e R$ 3.470. (D) R$ 1.720, R$ 1.350 e R$ 3.070. (E) R$ 1.900, R$ 1.570 e R$ 3.470. Gabarito: A Comentários: Utilizando-se os conceitos de Custos Diretos, Custos Indiretos e Custos de Produção, temos: 1.CUSTOS DIRETOS Matéria-Prima (MP) R$ 1.000 Mão-de-Obra Direta (MOD) R$ 500 TOTAL R$ 1.500 2. CUSTOS INDIRETOS Manutenção da fábrica R$ 80 Energia elétrica das máquina R$ 220 Depreciação da fábrica R$ 100 Materiais indiretos R$ 350 Seguros da fábrica R$ 120 Mão-de-obra indireta R$ 700 TOTAL R$ 1.570 3. CUSTOS DE PRODUÇÃO Custos Diretos R$ 1.500 Custos Indiretos R$ 1.570 TOTAL R$ 3.070 Para responder às questões de números 4 a 6, considere os saldos abaixo extraídos da Contabilidade da Cia. Épsilon, correspondentes ao mês de fevereiro de 2002, e as informações adicionais sobre a posição dos estoques. Nomenclatura (valores em R$) Mão-de-obra direta: 48.000

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Materiais diretos: 260.000 Seguros de fábrica: 3.000 Mão-de-obra indireta: 30.000 Depreciação administração: 10.000 Vendas: 461.000 Salários departamento de vendas: 7.000 Materiais indiretos: 4.000 Depreciação fábrica: 15.000 Energia elétrica fábrica, medição global: 40.000 Salários setor administrativo: 4.000 Total: 882.000 Posição dos estoques: Saldos no mês de fevereiro Início Fim Matéria-prima 30.000 10.000 Produtos em fabricação 25.000 35.000 Produtos acabados 35.000 25.000 4. O valor dos custos apropriados à produção no mês é de (A) R$ 430.000. (B) R$ 421.000. (C) R$ 420.000. (D) R$ 400.000. (E) R$ 390.000. Gabarito: D Comentários: Para acertar a questão é preciso apenas separar Custos de Despesas. Custos de Produção do Período (CPP) (valores em R$) Mão-de-Obra Direta 48.000 Material Direto 260.000 Seguros de fábrica 3.000 Mã0-de-Obra Indireta 30.000 Material Indireto 4.000 Depreciação da Fábrica 15.000 Energia Elétrica 40.000 TOTAL 400.000

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5. Os valores do custo dos produtos fabricados no mês é de (A) R$ 390.000. (B) R$ 400.000. (C) R$ 410.000. (D) R$ 420.000. (E) R$ 440.000. Gabarito:B Comentários: O Custo dos Produtos Fabricados no mês é representado pelo valor que é Creditado (transferido) na conta Produtos em Elaboração (PE) e Debitado na Conta Produtos Acabados (PA) (ou Produtos Fabricados). Calcula-se tal valor da seguinte forma: EI (PE) R$ 25.000 + CPP (valor debitado em PE) R$ 400.000 - EF (PE) (R$ 35.000) Custo dos Produtos Fabricados R$ 390.000 6. Os valores do custo dos produtos vendidos e do lucro bruto são, respectivamente, de (A) R$ 390.000 e R$ 71.000. (B) R$ 400.000 e R$ 61.000. (C) R$ 410.000 e R$ 51.000. (D) R$ 420.000 e R$ 41.000. (E) R$ 430.000 e R$ 31.000. Gabarito: B Comentários: O CPV é registrado creditando-se a conta Produtos Acabados e debitando-se a conta Custo dos Produtos Vendidos. EI (PA) R$ 35.000 +Custo dos Produtos Fabricados

R$ 390.000

- EF (PA) (R$ 25.000) = Custo dos Produtos Vendidos (CPV)

R$ 400.000

7. Considere as proposições a seguir. I. Custos diretos e indiretos dizem respeito ao relacionamento entre o

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custo e o produto feito. Custos fixos e variáveis são uma classificação que não leva em consideração o produto, e sim a relação entre os custos e o volume de atividade numa unidade de tempo. II. O valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende diretamente do volume de produção; quanto maior a quantidade fabricada, maior o seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, por exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume da produção; logo, materiais diretos são custos variáveis. III. Se a empresa adota um sistema de depreciação com base e, quotas decrescentes e com isso atribui para cada ano um valor diferente desse custo, passa a ter, na depreciação, um custo variável. IV. O valor total consumido de matéria-prima depende da quantidade de bens fabricados. Contudo, por unidade produzida, a quantidade de matéria-prima é, provavelmente, a mesma. Isto, portanto, lhe tira a característica de custo variável. Sobre as proposições, pode-se afirmar que são corretas (A) I, II, III e IV. (B) Apenas I, II e III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas I, III e IV. (E) Apenas II, III e IV. Gabarito: C Comentários: (I) Certa. Embora a afirmação “Custos fixos e variáveis são uma classificação que não leva em consideração o produto.” seja um tanto quanto inapropriada, não se pode dizer que a assertiva esteja errada. (II) Certa. Materiais Diretos são Custos Variáveis pois variam em relação direta com a quantidade produzida. (III) Errada. Os Custos Variáveis variam em relação à quantidade produzida, enquanto os Custos Fixos são os mesmos qualquer que seja a quantidade produzida. Se a empresa adota um sistema de depreciação com base em quotas decrescentes, como por exemplo, no primeiro ano 33,33 %, no segundo ano de 26,67% (caso da soma dos dígitos em

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quotas decrescentes, considerando-se o tempo de vida útil de 5 anos), embora as taxas mudem de um ano para outro, elas independem da quantidade produzida, ou seja, com qualquer volume de produção, a taxa de depreciação será de 33,33% no primeiro ano e de 26,67% no segundo. Os Custos Fixos podem mudar de um período para outro, como, em outro exemplo, os aluguéis, mas o que define o Custo ser Fixo ou Variável é a relação com o volume produzido. Então, em relação à quantidade produzida, o aluguel não varia, assim como os demais Custos Fixos. (IV) Errada. Conforme analisamos na aula 2, os Custos Variáveis Unitários são os mesmos para cada unidade produzida e os Custos Variáveis totais variam em relação direta com a quantidade produzida. 8. Julgue as afirmações a seguir. I. Na sua aquisição, a matéria-prima é um gasto que imediatamente se transforma em investimento; no momento de sua utilização, transforma-se em custo integrante do bem fabricado; quando o produto é vendido, transforma-se em despesa. II. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas; outros passam, primeiro, pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de investimento, custo, investimento, novamente e, por fim, despesa. III. Cada componente que foi custo no processo de produção torna-se, na baixa, despesa; no Resultado, existem receitas e despesas - às vezes ganhos e perdas, mas não custos. Pode-se afirmar que (A) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. (B) Apenas a afirmação I é verdadeira. (C) Apenas a afirmação II é verdadeira. (D) Apenas a afirmação III é verdadeira. (E) Todas as afirmações são verdadeiras. Gabarito: E Comentários: Os conceitos das assertivas foram apresentados na aula 0. Os Gastos são os sacrifícios necessários à obtenção de um bem ou serviço. Representam desembolsos imediatos ou a promessa de desembolsos futuros. Os gastos têm um sentido amplo, abrangendo investimentos, custos ou despesas.

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Os Investimentos são os gastos que têm como contrapartida um ativo. Os Custos são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. As Despesas representam os bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Para responder às questões de números 9 a 12, utilize as informações a seguir, correspondentes ao primeiro exercício social da Cia. Alfa, fabricante de bicicletas ergométricas. Custos e despesas operacionais (R$) Matéria-prima e outros materiais diretos: 20.000 Mão-de-obra direta: 22.000 Custos indiretos variáveis: 6.000 Custos indiretos fixos: 12.000 Despesas fixas de vendas: 5.000 Despesas variáveis de vendas, por unidade: 20 Informações adicionais: A Cia. Alfa fabricou, no exercício, 300 unidades, das quais vendeu, nesse mesmo período, 250 unidades, ao preço unitário de R$300. 9. O custo de produção de cada unidade, pelo custeio por absorção, é de (A) R$ 220. (B) R$ 200. (C) R$ 160. (D) R$ 140. (E) R$ 113. Gabarito: B Comentários: No Custeio por Absorção são apropriados aos produtos tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos. Custeio por Absorção Matérias-Primas R$ 20.000 Mão-de-Obra Direta R$ 22.000 Custos Indiretos Variáveis R$ 6.000 Custos Indiretos Fixos R$ 12.000 Custos de Produção (total) R$ 60.000

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O Custo Unitário por Unidade é obtido dividindo-se o Custo de Produção Total (CP) pela quantidade fabricada. Custo Unitário = CP = 60.000 = R$ 200 Q 300 unid. 10. O custo de produção de cada unidade, pelo custeio variável, é de (A) R$ 140. (B) R$ 160. (C) R$ 176. (D) R$ 216. (E) R$ 220. Gabarito: B Comentários: No Custeio Variável são apropriados aos produtos somente os Custos Variáveis, sendo os Custos Fixos lançados diretamente ao Resultado como Despesas. Custeio Variável Matérias-Primas R$ 20.000 Mão-de-Obra Direta R$ 22.000 Custos Indiretos Variáveis R$ 6.000 Custos Variáveis (total) R$ 48.000 O Custo Unitário por Unidade no Custeio Variável é obtido dividindo-se os Custos Variáveis pela quantidade fabricada. Custo Variável Unitário = CP = 48.000 = R$ 160 Q 300 unid. 11. A margem de contribuição total das unidades vendidas é de (A) R$ 13.000. (B) R$ 15.000. (C) R$ 27.000. (D) R$ 30.000. (E) R$ 35.000. Gabarito: D Comentários: A Margem de Contribuição total (MC) pode ser calculada multiplicando-se a Margem de Contribuição Unitária (MCU) pela quantidade vendida.

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1. Margem de Contribuição Unitária MCU = PVU – [CVU + DVU] MCU = 300 - [ 160 + 20] = R$ 120 2. Margem de Contribuição (Total) MCU x Quantidade vendida = R$ 120 x 250 unidades = R$ 30.000 12. Consideradas unicamente as informações fornecidas, o lucro bruto, de acordo com os princípios de contabilidade aceitos no Brasil, é de (A) R$ 75.000. (B) R$ 35.000. (C) R$ 30.000. (D) R$ 25.000. (E) R$ 15.000. Gabarito: D Comentários: Para se apurar o Lucro Bruto de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade deve-se adotar o Custeio por Absorção. As Vendas são calculadas multiplicando-se a quantidade vendida pelo Preço de Venda Unitário (R$ 300), enquanto o Custo dos Produtos vendidos é apurado multiplicando-se a quantidade vendida pelo Custo Unitário de Produção (R$ 200) (questão 9). Vendas (250 unidades x R$ 300) R$ 75.000 (-) CPV (250 unidades x R$ 200) (R$ 50.000) Lucro Bruto R$ 25.000 13. Examine as afirmações a seguir. I. No custeio por absorção apropriam-se aos produtos elaborados todos os custos de produção, quer fixos, quer variáveis, quer diretos ou indiretos, e tão somente os custos de produção. II. Os custos fixos tendem a ser muito mais um encargo para que a empresa possa ter condições de produção do que sacrifício para a fabricação específica desta ou daquela unidade. Assim sendo, não há, normalmente, grande utilidade para fins gerenciais no uso de um valor onde existem custos fixos apropriados.

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III. Quando se apropriam custos fixos aos produtos, o custo de determinado produto pode variar em função não só de seu volume, mas também em função da quantidade dos outros bens fabricados. IV. No custeio variável ou custeio direto só são alocados aos produtos os custos diretos, ficando os fixos e os indiretos variáveis separados e considerados como despesas do exercício, indo diretamente para o Resultado. Estão corretas somente as afirmações (A) I e II. (B) I e III. (C) I, II e III. (D) II, III e IV. (E) III e IV. Gabarito: C Comentários: (I) Certa. No Custeio por Absorção apropriam-se aos produtos elaborados tanto os Custos Variáveis quanto os Custos Fixos. (II) Certa. Os Custos Fixos, considerando-se a capacidade de produção instalada, independem da quantidade produzida. Portanto, tais custos não são comumente considerados na tomada de decisões quanto ao aumento de produção de determinado produto. Assim, para fins gerenciais, utiliza-se o Custeio por Absorção, no qual só são apropriados aos produtos os Custos Variáveis.

(III) Certa. No Custeio por Absorção, o Custo Unitário de determinado produto corresponde à soma do Custo Variável Unitário com o Custo Fixo Unitário. O Custo Fixo Unitário é calculado dividindo-se os Custos Fixos totais pela quantidade fabricada. Nesta situação, quanto maior a quantidade fabricada menor será o Custo Fixo Unitário. Aumentando-se a quantidade de outros produtos, os Custos Fixos totais serão diluídos pelas demais unidades produzidas. Assim, o produto considerado terá seu Custo Fixo Unitário reduzido e, conseqüentemente, diminuído seu Custo Unitário total. Para responder às questões de números 14 e 15, considere as informações a seguir. No início de dezembro de 2001, a Gama & Gama foi convidada, pelas empresas A e B, a apresentar propostas para a prestação de serviços

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técnicos especializados. O departamento de custos preparou os seguintes orçamentos: Custos e despesas variáveis orçados Empresa A Empresa B Mão-de-obra direta e encargos 30.000 64.000 Materiais diretos 3.000 8.000 Outros custos indiretos 8.000 22.000 Despesas variáveis 4.000 8.000 Totais 45.000 102.000 Informações adicionais: - Os custos fixos da Gama & Gama somam R$ 9.000 por semana, considerando-se sempre quatro semanas e meia por mês. - As despesas fixas mensais somam R$ 8.500. - Os preços de venda foram fixados em R$ 90.000 para a Empresa A e R$ 150.000 para a Empresa B. Ao ser consultado, o chefe do departamento de produção da Gama & Gama informou que só havia a possibilidade de se aceitar um dos dois serviços, pois existiam, em dezembro de 2001, vários outros serviços em execução e, a partir de janeiro de 2002, todo o pessoal estaria trabalhando em serviços já contratados. 14. A Gama & Gama deve incentivar a venda do serviço para a Empresa (A) A, pois os custos e despesas totais do serviço são menores. (B) B, pois o valor da receita é maior. (C) A, pois é o que proporciona melhor resultado, considerados os custos e despesas totais. (D) B, pois é o que proporciona melhor resultado, considerados os custos e despesas totais. (E) B, pois sua margem de contribuição é maior. Gabarito: E Comentários: Para ser decidida qual a melhor alternativa para a prestação dos serviços, deve-se verificar em qual das sociedades será maior a Margem de Contribuição, a qual só leva em conta os Custos e Despesas Variáveis, tendo em vista que os Custos e Despesas Fixos da Gama & Gama serão os mesmos qualquer que seja a escolha feita. Custos e Despesas Variáveis (R$) Empresa A Empresa B MOD 30.000 64.000 MD 3.000 8.000

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CIF 8.000 22.000 DV 4.000 22.000 TOTAIS 45.000 102.000 Empresa A Empresa B Vendas 90.000 150.000 (-) CPV (45.000) (102.000) Margens de Contribuição 45.000 48.000 Verifica-se que a Margem de Contribuição total de B é superior. Assim, Gama & Gama deve priorizar a venda do serviço para a empresa B. 15. A margem de contribuição e os custos variáveis dos serviços solicitados são, respectivamente, (A) para a Empresa A: R$ 49.000 e R$ 41.000. (B) para a Empresa A: R$ 45.000 e R$ 41.000. (C) para a Empresa A: R$ 56.000 e R$ 72.000. (D) para a Empresa A: R$ 48.000 e R$ 102.000. (E) para a Empresa A: R$ 45.000 e R$ 45.000. Gabarito: B Comentários: Conforme calculado na questão anterior, a Margem de Contribuição da Empresa A é de R$ 45.000,00, enquanto seus Custos Variáveis correspondem ao cálculo a seguir apresentado: Custos Variáveis (R$) Empresa A MOD 30.000 MD 3.000 CIF 8.000 TOTAIS 41.000 Para responder às questões de números 16 a 18, utilize as informações a seguir. A Cia. Delta dedica-se à produção de um único tipo de veículo. Sua capacidade de produção é de 60 unidades, por mês. Devido à acirrada concorrência, a entidade só conseguiu vender, no mês de fevereiro de 2002, 40 unidades. São os seguintes seus dados de custos, despesas e receitas: - Custos fixos mensais de produção: R$ 1.150.000; - Mão-de-obra direta de cada veículo: R$ 9.000; - Despesas fixas mensais: R$ 150.000; - Materiais diretos de cada veículo: R$ 14.000;

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- Despesas variáveis de venda, por unidade: R$ 2.000; - Preço unitário de venda: R$ 60.000; Para fazer face à ociosidade de mão-de-obra, o diretor de planejamento propôs à diretoria plena a venda de 20 veículos pelo valor unitário de R$ 30.000. 16. A margem de contribuição unitária dos veículos já vendidos é de (A) R$ 2.500 (B) R$ 13.333 (C) R$ 32.500 (D) R$ 35.000 (E) R$ 60.000 Gabarito: D Comentários: Foram vendidos 40 veículos pelo valor unitário de R$ 60.000,00 a unidade. A Margem de Contribuição Unitária para esses veículos corresponde a: MCU = PVU – [CVU + DVU] = 60.000 – [23.000 + 2.000] = R$ 35.000 17. A proposta do diretor de planejamento (A) Deve ser aceita, pois contribuirá para a melhoria do lucro antes do imposto de renda e da contribuição social. (B) Não deve ser aceita, pois comprometerá a margem de contribuição unitária. (C) Não deve ser aceita, porque reduzirá o lucro antes do imposto de renda e da contribuição social. (D) Deve ser aceita, pois o nível dos gastos fixos permanecerá inalterado. (E) Não deve ser aceita, porque comprometerá o equilíbrio entre gastos fixos e variáveis. Gabarito: A Comentários: A proposta do diretor de planejamento deve ser aceita pois contribuirá para a melhoria do lucro, considerando que a nova MCU será positiva. Margem de Contribuição Unitária para as 20 unidades MCU = PVU – [CVU + DVU] = 30.000 – 25.000 = R$ 5.000

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18. O preço unitário pelo qual deveriam ser vendidos os 20 veículos ainda não comercializados, para se atingir o ponto de equilíbrio contábil, antes do imposto de renda e da contribuição social, é (A) R$ 60.000. (B) R$ 50.000. (C) R$ 35.000. (D) R$ 25.000. (E) R$ 20.000. Gabarito: E Comentários: Para que as 20 unidades ainda não comercializadas representem o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC), o Preço de Venda Unitário será calculado da seguinte forma: 1. Vendas [40 unidades x R$ 60.000] R$ 2.400.000 2. Vendas [ 20 unidades x ? ] ? 3. (-) CV [ 60 unidades x R$ 23.000] (R$ 1.380.000) 4. (-) DV [ 60 unidades x R$ 2.000] (R$ 120.000) 5. (=) MC ? 6. (-) CF (R$ 1.150.000) 7. (-) DF (R$ 150.000) 8. Lucro 0,00 No PEC a sociedade não obtém lucro ou prejuízo. Assim, a MC terá que ser igual aos (CF + DF), ou seja, R$ 1.300.000. Logo para que a MC tenha tal valor a Venda das 20 unidades não comercializados deverá ser no valor total de R$ 400.000.

Dessa forma, o Preço de Venda Unitário dos 20 veículos não comercializados deverá ser de:

Custo Unitário = RV = 400.000 = R$ 20.000 Q 20

19. Identifique a alternativa que descreve o que, em custeio, se convencionou chamar de Equivalente de Produção. (A) Os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de produção; estas contas não são encerradas à medida que os produtos são elaborados e estocados, mas apenas quando do fim do período contábil. (B) Custo planejado para determinado período, analisando cada fator de produção em condições normais de fabricação.

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(C) Número de unidades iniciadas e acabadas a que corresponde, em custos, o quanto se gastou para chegar até certo ponto de outro número de unidades não acabadas. (D) Alocam-se os custos indiretos com base nos recursos consumidos em cada atividade envolvida no desenho, produção e distribuição de um produto qualquer. (E) Os custos são acumulados numa conta específica; a conta não é encerrada quando do fim do período contábil, mas quando o produto estiver concluído, transferindo-se os custos para estoque ou para custo dos produtos vendidos, conforme a situação. Gabarito: C Comentários: O Equivalente de Produção representa o número de unidades que teriam sido iniciadas e acabadas cujo custo de produção seria correspondente ao das unidades que, efetivamente, foram iniciadas mas não concluídas no período. 20. (adaptada) A Cia. Dzeta produz 100 unidades de determinado produto, incorrendo em custos e despesas fixos de R$ 2.000 e custos e despesas variáveis de R$ 6.000. O preço unitário de venda é de R$ 100. Indique, respectivamente, - O ponto de equilíbrio contábil (antes do imposto de renda e da contribuição social), em unidades, e - O valor da receita necessária para se obter lucro (antes do imposto de renda e da contribuição social) de 60% sobre a receita de vendas. (A) 100 unidades e R$ 10.000. (B) 100 unidades e R$ 6.000. (C) 65 unidades e R$ 6.500. (D) 50 unidades e R$ 20.000. (E) 50 unidades e R$ 5.000. Gabarito: D Comentários: Para solução do problema, deve-se seguir a seguinte seqüência: 1. Custo Variável Unitário (CVU) CVU = (CV + DV) = 6.000 = R$ 60

Quantidade 100 2. Margem de Contribuição Unitária MCU = PVU – [CVU + DVU] = 100 – 60 = R$ 40

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3. Ponto de Equilíbrio Contábil PEC = (CF + DF) = 2.000 = 50 unidades MCU 40 4. Receita para obtenção de um lucro de 60% sobre as vendas RV ? (-) (CV + DV) (R$ 6.000) MC ? (-) (CF + DF) (R$ 2.000) Lucro (antes do IR/CSLL) 60% x RV Se o Lucro antes do IR e da CSLL corresponde a 60% da Receita de Vendas, o valor total subtraído desta receita (CV +DV + CF + DF = 6.000 + 2.000 = 8.000) corresponde a 40% da RV. Para se achar o valor da Receita de Vendas basta efetuar uma regra de três. R$ 8.000 40% x RV ? RV RV = 8.000 = R$ 20.000 0,40 21. Considere os seguintes gastos relativos a determinado exercício social da Cia. Beta. Natureza do gasto (R$) Material de consumo, administração geral: 2.000 Despesas com entrega de produtos vendidos: 22.500 Comissões dos vendedores: 40.000 Salários do pessoal da fábrica: 70.000 Manutenção da fábrica: 25.000 Seguro do prédio da administração: 3.000 Matéria-prima consumida: 180.000 Salários da administração: 45.000 Materiais diversos utilizados na fábrica: 8.000 Seguros da fábrica: 5.000 Depreciação da fábrica: 25.000 Despesas financeiras: 25.000

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Honorários da diretoria: 20.000 Energia elétrica da fábrica, medida globalmente: 42.000 Os custos de produção e as despesas administrativas são, respectivamente, (A) R$ 377.000 e R$ 92.500. (B) R$ 357.000 e R$ 117.500. (C) R$ 355.000 e R$ 70.000. (D) R$ 355.000 e R$ 157.500. (E) R$ 550.000 e R$ 95.000. Gabarito: D Comentários: Para resolver a questão basta separar os Custos de Produção das Despesas. Custos de Produção (em R$) Salários do pessoal da fábrica 70.000 Manutenção da Fábrica 25.000 Matéria-prima consumida 180.000 Materiais Diversos da fábrica 8.000 Seguros da fábrica 5.000 Depreciação da fábrica 25.000 Energia elétrica da fábrica 42.000 TOTAL 355.000 Despesas Administrativas (em R$) Material de consumo da Administração 2.000 Despesas com Entrega 22.500 Comissões de vendedores 40.000 Seguro do prédio da administração 3.000 Salários da administração 45.000 Despesas Financeiras 25.000 Honorários da Diretoria 20.000 TOTAL 157.500 Para responder às questões de números 22 e 23, considere as informações a seguir. A Cia. Sigma iniciou o exercício social de 2001 sem estoque. Durante o ano de 2001 produziu 250 unidades do produto Y, 30 das quais ficaram estocadas para serem vendidas em 2002. As outras 220 unidades foram vendidas, parte à vista e parte à prazo, sempre pelo valor unitário de R$ 500. Os custos de produção e as despesas, no ano de 2001, foram: - Matéria-prima: R$ 11.300;

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- Mão-de-obra direta: R$ 26.000; - Custos indiretos de fabricação: R$ 15.200; - Despesas gerais e administrativas: R$ 16.800; - Comissões sobre vendas, por unidade:10% do valor de venda. 22. O total das despesas operacionais e o lucro bruto do exercício de 2001 é, respectivamente, de (A) R$ 74.000 e R$ 36.000. (B) R$ 29.300 e R$ 63.800. (C) R$ 29.300 e R$ 57.500. (D) R$ 27.800 e R$ 57.500. (E) R$ 27.800 e R$ 63.800. Gabarito: E Para resolver a questão, pode-se adotar a seguinte seqüência, adotando-se o Custeio por Absorção: 1. Custo dos Produtos Vendidos Custos de Produção: (MP + MOD + CIF = 11.300 + 26.000 + 15.200 = R$ 52.500). Tais custos são apropriados aos Produtos. Custo Unitário: Custos de Produção = 52.500 = R$ 210 Quantidade produzida 250 Como foram vendidas 220 unidades, o Custo dos Produtos Vendidos será correspondente ao produto do Custo Unitário pela Quantidade vendida: CPV = R$ 210 x 220 unidades = R$ 46.200 O Lucro Bruto e as Despesas Operacionais serão calculados conforme demonstrativo a seguir: Vendas (220 unidades x R$ 500) R$ 110.000 (-) CPV (R$ 46.200) Lucro Bruto R$ 63.800

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Despesas Gerais e Administrativas R$ 16.800 Comissões sobre Vendas (10% x 110.000) R$ 11.000 TOTAL das Despesas Operacionais R$ 27.800 23. O valor do estoque, no final do exercício de 2001, e o custo de cada unidade produzida no período, de acordo com os princípios contábeis aceitos no Brasil é, respectivamente, de (A) R$ 3.600 e R$ 220. (B) R$ 5.520 e R$ 184. (C) R$ 6.300 e R$ 210. (D) R$ 6.300 e R$ 250. (E) R$ 9.639 e R$ 321. Gabarito: C Comentários: Conforme calculado na questão anterior, o Custo Unitário foi de R$ 210,00. O Estoque Final corresponde ao Custo Unitário multiplicado pela quantidade que não foi vendida (250 – 220= 30 unidades). 24. Existe na produção contínua, e também na produção por ordem, o custo conjunto representado pela soma dos gastos de produção incorridos até o momento em que de uma matéria-prima surgem diversos produtos. Estes podem ser os co-produtos ou os subprodutos. Os subprodutos, por sua vez, não podem ser confundidos com as sucatas, que podem ou não ser decorrência normal do processo de produção. Quanto à avaliação e ao tratamento contábil a serem dados a estes itens, pode-se afirmar que (A) Se uma empresa não tem estoques dos seus co-produtos, não precisa, simplesmente, fazer a atribuição dos custos conjuntos aos vários co-produtos, pois todos os custos vão para o resultado. (B) As sucatas têm seu valor líquido de realização considerado como redução do custo de elaboração dos produtos principais, mediante débito aos estoques e crédito aos custos de produção. (C) Os co-produtos devem ser avaliados pelo valor de mercado. (D) Os subprodutos devem ser avaliados segundo os mesmos critérios de avaliação utilizados para a avaliação dos co-produtos. (E) Os subprodutos não recebem atribuição de nenhum custo; não aparecem como estoque na Contabilidade; quando ocorrer sua venda têm sua receita considerada como outras receitas operacionais.

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Gabarito: A Comentários: Entendo que a redação da alternativa A ficou confusa. Quando a Banca mencionou a inexistência de estoques, possivelmente quis dizer que tais estoques já haviam sido vendidos. No entanto, o procedimento correto seria atribuir os Custos Conjuntos aos Co-produtos, os quais, quando vendidos, teriam seus valores baixados em contrapartida ao resultado. As sucatas têm contabilizados seus valores líquidos de realização. Os valores de suas vendas são contabilizados como outras receitas operacionais. Os Co-produtos são avaliados pelos respectivos custos de produção. Os subprodutos são principalmente avaliados pelo valor líquido de realização. O valor da venda dos subprodutos é contabilizado como redução dos Custos de Conjuntos. 25. A Cia. Ômicron utiliza o método do valor de mercado para apropriação dos custos conjuntos aos três co-produtos A, B e C, produzidos da mesma matéria-prima. São os seguintes os custos de produção: - Matéria-prima: R$ 10.000.000; - Mão-de-obra e encargos: R$ 6.000.000; - Outros custos industriais: R$ 2.000.000. São os seguintes os valores de venda, por quilograma, e as quantidades produzidas: Co-produtos Valor de venda por kg Quantidade produzida Valor total de venda R$ A R$ 480 10.000 kg 4.800.000 B R$ 160 60.000 kg 9.600.000 C R$ 240 40.000 kg 9.600.000 Total - 24.000.000 Considerados os dados fornecidos, pode-se afirmar que os custos conjuntos, por quilo, a serem apropriados aos co-produtos A, B e C são, respectivamente, de (A) R$ 163,64; R$ 163,64; R$ 163,64. (B) R$ 218,18; R$ 218,18; R$ 218,18. (C) R$ 360,00; R$ 120,00; R$ 180,00.

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(D) R$ 480,00; R$ 160,00; R$ 240,00. (E) R$ 981,90; R$ 54,57; R$ 122,74. Gabarito: A Comentários: 1º Passo Adotando-se o método do valor de mercado para apropriação dos custos conjuntos aos três co-produtos, inicialmente, deve-se calcular o percentual do valor de venda de cada produto em relação ao valor total das vendas: Produto A: 4.800/24.000 = 0,20 = 20% Produto B: 9.600/24.000 = 0,4 = 40% Produto C: 9.600/24.000 = 0,4 = 40% 2º Passo Posteriormente, aplicam-se os percentuais calculados sobre os Custos de Produção que foram de (MP + MOD + Outros Custos= 10.000.000 + 6.000.000 + 2.000.000 = R$ 18.000.000): Produto A: 20% x R$ 18.000.000 = R$ 3.600.000 Produto B: 40% x R$ 18.000.000 = R$ 7.200.000 Produto C: 40% x R$ 18.000.000 = R$ 7.200.000 3º Passo Como a questão solicita o valor dos Custos Conjuntos por quilo, deve-se dividir o valor encontrado para cada produto pela respectiva quantidade (em quilos). Produto A: R$ 3.600.000 = R$ 360 10.000 Kg Produto B: R$ 7.200.000 = R$ 120 60.000 Kg Produto C: R$ 7.200.000 = R$ 180 40.000 Kg

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Ok amigos. Mantenham a força, a atenção, a confiança e a tranqüilidade. Até a próxima.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS - AULA 6 Caros Amigos, Neste nosso último encontro, estudaremos os seguintes assuntos: 1. Sistema de CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC). 2. Tratamento das Perdas. 3. Tratamento Fiscal da Avaliação de Estoques Ao final da exposição, resolveremos mais algumas questões de concursos anteriores. Vamos ao trabalho. 6.1 - ABC – CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES A sistemática de Custeio Baseado em Atividades permite minimizar as distorções ocorridas no método de Custeio por Absorção.

O principal problema no Custeio por Absorção é o caráter de arbitrariedade com que os Custos Indiretos são alocados aos produtos. Os critérios de rateio adotados freqüentemente não retratam a real relação dos custos com o produto. Tal problema pode provocar uma análise equivocada da rentabilidade maior ou menor de determinado produto.

A utilização do ABC é efetuada por meio da análise das atividades desempenhadas dentro da indústria, estabelecendo-se uma relação destas atividades com os custos dos produtos.

É utilizado, essencialmente, para os Custos Indiretos. Tal método de custeio pode ser da seguinte forma sumarizado:

1. Os custos são alocados a cada departamento de produção (departamentalização).

2. Posteriormente, os custos de cada departamento são distribuídos

para as atividades desenvolvidas por meio dos denominados direcionadores de atividades.

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CUSTOS DEPARTAMENTOS ATIVIDADES PRODUTOS

Os custos são distribuídos através do rastreamento, o qual difere do rateio. No rastreamento ocorre uma maior vinculação dos custos com os produtos, tornando a alocação menos arbitrária. Exercício de Contabilidade de Custos – Método de Custeio ABC: A Indústria de Tecidos AX apresentou os seguintes dados referentes a sua contabilidade de custos no final do período de apuração X1. 1. Inicialmente, alocam-se os Custos Diretos (MD e MOD) aos produtos. Tabela 1 Produtos Custos Diretos Unitários Camisas R$ 10,00 Calças R$ 12,00 2. O segundo passo é calcular os Custos Indiretos de Produção. Tabela 2 Custos indiretos de fabricação Aluguel, Seguros e IPTU R$ 40.000,00 Mão-de-obra indireta R$ 160.000,00 Materiais indiretos R$ 20.000,00 Total R$ 220.000,00 3. A seguir, definem-se as atividades desenvolvidas por cada departamento. Tabela 3 Departamentos Atividades Compras Compras Corte e tingimento Industrialização (1) Costura e acabamento Industrialização (2)

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4. A próxima etapa é alocar os Custos Indiretos de Fabricação aos Departamentos, utilizando-se determinados critérios. Os custos referentes ao Aluguel/Seguros/IPTU foram alocados aos departamentos em função das respectivas áreas ocupadas. O departamento de Compras ocupa uma área correspondente a 10% da área total da fábrica, o departamento de Industrialização (1) 40% e o departamento de Industrialização (2) 50%. Assim, 10% (R$ 4.000) dos custos referentes ao Aluguel/Seguros/IPTU da fábrica serão distribuídos ao departamento de Compras, 40% (R$ 16.000) ao departamento de Industrialização (1) e 50% (R$ 20.000) ao departamento de Industrialização (2). A Mão-de-Obra Indireta e os Materiais Indiretos são apropriados aos departamentos em função de quanto desses custos são consumidos por cada departamento. Na tabela 4, é evidenciado o rateio dos Custos Indiretos aos departamentos. Tabela 4 Apropriação dos custos indiretos de fabricação às atividades (valores em R$) Atividades Aluguel,

Seguros e IPTU (apropria-dos com base nas áreas ocupadas)

Mão-de-obra indireta

Materiais indiretos

Totais

Compras 4.000,00 20.000,00 3.000,00 27.000,00 Industrialização (1) 16.000,00 40.000,00 9.000,00 65.000,00 Industrialização (2) 20.000,00 100.000,00 8.000,00 128.000,00 Totais 40.000,00 160.000,00 20.000,00 220.000,00 5. A seguir são definidos os Direcionadores de Atividades. No caso do departamento de Compras, o direcionador utilizado foi o número de pedidos de cada um dos produtos; Camisas (70%) e Calças (30%).

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Em relação aos departamentos de Industrialização (1) e (2), o direcionador utilizado foi o número de Horas/máquina consumidas por cada departamento. Sabe-se que nas atividades de Corte e Tingimento (departamento de Industrialização (1)) a produção de camisas consumiu 60% do número de Horas/máquina total, enquanto 40% foi consumido na produção de calças. Em relação às atividades de Costura e Acabamento (departamento de Industrialização (2)) as produções de camisas e calças consumiram igual quantidade (50%) de Horas/máquina. Tabela 5 Atividades Direcionador de

Atividades Camisas Calças Total

Compras Nº de pedidos 70% 30% 100% Industrialização (1)

Nº Horas/máquina 60% 40% 100%

Industrialização (2)

Nº Horas/máquina 50% 50% 100%

Sabendo-se que a indústria em questão apropria seus Custos Indiretos de fabricação com base no método de custeio ABC e que foram fabricadas 10.000 camisas e 5.000 calças no período considerado, assinalar a opção que representa os custos unitários totais das camisas e das calças, respectivamente:

a) R$ 22,19 e R$ 31,62 b) R$ 12,19 e R$ 19,62 c) R$ 22,19 e R$ 15,70 d) R$ 12,19 e R$ 31,62 e) R$ 12,19 e R$ 15,70

Solução: Sabe-se que os custos totais de cada departamento (tabela 4) são, respectivamente: Compras 27.000, Industrialização (1) 65.000 e industrialização (2) 128.000. Sabe-se, ainda, que a produção de camisas responde com os seguintes percentuais dentro de cada departamento: Compras 70%, Industrialização (1) 60% e Industrialização (2) 50%.

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Sabe-se, também, que a produção de calças responde com os seguintes percentuais dentro de cada departamento: Compras 30%, Industrialização (1) 40% e Industrialização (2) 50%. Devemos, então, distribuir os custos indiretos pelos produtos: Camisas = 70% de 27.000 + 60% de 65.000 + 50% de 128.000 = 18.900 + 39.000 + 64.000 = 121.900 Calças = 30% de 27.000 + 40% de 65.000 + 50% de 128.000 = 8.100 + 26.000 + 64.000 = 98.100 Passo seguinte, devemos dividir os custos indiretos pelo número de peças, para chegarmos ao Custo Indireto Unitário: Camisas = 121.900/10.000 = 12,19 Calças = 98.100/5.000 = 19,62 Concluímos, então, que os custos unitários totais são: Camisas = CDU + CIU (tabela 1) = 10,00 + 12,19 = 22,19 Calças = CDU + CIU (tabela 1) = 12,00 + 19,62 = 31,62 Vejamos agora a tabela de alocação dos Custos aos produtos (valores em R$): Tabela 6 Produtos/Atividades Camisas Calças Totais Compras 18.900 (70%) 8.100 (30%) 27.000 Industrialização (1) 39.000 (60%) 26.000 (40%) 65.000 Industrialização (2) 64.000 (50%) 64.000 (50%) 128.000 Total 121.900 98.100 220.000 Quantidade Produzida

10.000 unidades

5.000 unidades

Custos Indiretos Unitários/Quantidade

12,19 19,62

Custos Diretos Unitários

10,00 12,00

Custos Unitários 22,19 31,62 Gabarito: Letra A.

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6.2 – TRATAMENTO DAS PERDAS As Perdas podem ser normais ou anormais. As perdas normais são aquelas inerentes ao processo produtivo e, portanto, previsíveis. São perdas normais, por exemplo, as decorrentes da evaporação de produtos em uma indústria química ou das aparas de papel ou retalhos de tecido. As perdas anormais são aquelas imprevisíveis, aleatórias e involuntárias decorrentes de acidentes ou extravio. Como exemplo de perdas anormais podem ser citadas as ocorridas em razão de um incêndio ou da perda de validade de estoques de bens perecíveis. O tratamento contábil deve ser diferenciado em relação a cada tipo de perda. As perdas normais, como fazem parte do processo normal de produção são consideradas Custo de Produção. Já as perdas anormais são lançadas ao resultado como Despesas não operacionais. 6.3 – TRATAMENTO FISCAL DA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES A Secretaria da Receita Federal estabeleceu critérios para a avaliação de estoques, estabelecendo o conceito de Sistema de Custos Integrado e Coordenado com o restante da escrituração contábil como aquele que: I – Seja apoiado em valores originados da escrituração contábil (MP, MOD e CIF); II – permita a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos Estoques de Matérias-Primas e outros materiais, Produtos em Elaboração e Produtos Acabados; III – seja apoiado em livros auxiliares, ou fichas, ou formulários contínuos, ou mapas e apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; IV – permita avaliar os Estoques existentes na data de encerramento do período-base de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos. Caso a sociedade não possua o sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, o Regulamento do Imposto de Renda estabelece os seguintes critérios para avaliação dos estoques para produtos em elaboração e acabados. I- para os materiais em processamento (produtos em elaboração), uma vez e meia o maior custo das Matérias-Primas adquiridas no período-

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base ou 80% do valor dos Produtos Acabados, determinado de acordo com o item seguinte; II – para os Produtos Acabados, 70% do maior preço de venda no período-base. Cabe observar que o Custo da Matéria-Prima deve ser considerado excluindo-se a parcela do ICMS e o preço de venda do Produto Acabado deve ser considerado incluindo-se o valor do ICMS. QUESTÕES DE CONCURSOS 01. (FCC) A empresa Albatroz tem em seu parque industrial capacidade instalada para processar o equivalente a 4 toneladas de fertilizantes agrícolas ao mês. Esta capacidade, ao longo dos últimos 5 anos, tem se mostrado superior em 10% ao que regularmente a empresa processa. No último exercício, em virtude de uma anormal crise econômica no país no qual a empresa opera, sua produção tem sido 25% abaixo de sua capacidade instalada. Se a empresa opera com uma ociosidade de 25% em relação a sua capacidade instalada, pode-se concluir que 10% é a sua ociosidade normal e os 15% restantes é a sua capacidade ociosa excedente. Levando em consideração o que anteriormente foi exposto, a capacidade ociosa deve sofrer o seguinte tratamento contábil:

a) capacidade ociosa excedente deveria ser lançada diretamente ao resultado do período em uma despesa operacional.

b) capacidade ociosa normal deve ser lançada aos estoques para, posteriormente, ser apropriada ao Custo do Produto Vendido; a ociosidade excedente deve ser lançada a uma despesa não operacional no período em que ocorrer.

c) capacidade ociosa normal e capacidade ociosa excedente, por não estarem ligadas diretamente à produção de produtos, devem ser lançadas ao resultado do exercício, quando ocorrerem, em uma despesa não operacional.

d) capacidade ociosa excedente e a capacidade ociosa normal devem ser transferidas aos estoques de produtos acabados, para posteriormente serem apropriadas ao custo da produção vendida.

e) capacidade ociosa não é mensurada, não podendo ser lançada em estoques, custo da produção vendida ou despesas não operacionais.

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Gabarito: B Comentários: Para acertar a questão, deve-se aplicar o mesmo raciocínio que diferencia perdas normais de anormais. A capacidade ociosa Normal é tratada como Custo de Produção e, portanto, deve ser apropriada aos produtos fabricados. Já a capacidade ociosa Excedente, por ser anormal, deve ser lançada ao resultado como Despesa. 2. (FCC) São classificados como custos primários a) matéria-prima e componentes adquiridos b) custos diretos e indiretos c) mão-de-obra direta e indireta d) matéria-prima e depreciações e) mão-de-obra direta e matéria-prima Gabarito: E Comentários: Verifica-se que a Fundação Carlos Chagas considera Custos Primários como Mão-de-Obra Direta e Matérias-Primas, diferentemente da ESAF que considera Custos Primários a Mão-de-Obra Direta e os Materiais Diretos (nos quais se incluem, além das matérias-primas, as embalagens e os insumos diretamente alocados aos produtos). 3. (FCC) Os estoques de produtos fungíveis são avaliados pelo

a) custo histórico de aquisição atualizado monetariamente b) valor de mercado c) custo padrão, sem inclusão das variações do padrão d) custo padrão, com a inclusão das variações do padrão e) valor histórico de formação menos fator de obsolescência

Gabarito: B Comentários: Os estoques de produtos fungíveis são avaliados pelo valor de mercado. É uma exceção ao Princípio do Registro pelo valor original. Vejamos uma questão do concurso de Analista de Finanças e Controle de 2002 aplicada pela ESAF relativa a Custo Padrão e suas Variações:

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4. A empresa Ferraço S/A fabrica canivetes e registra na Contabilidade todos os custos por valores padrão, controlando as variações do custo efetivo em contas específicas, encerradas ao fim de cada período mensal. Em outubro, o custo padrão unitário foi estabelecido em: material direto R$ 50,00 mão-de-obra direta R$ 40,00 custos indiretos R$ 35,00 No mês de referência foram produzidos dois mil canivetes e vendidos um mil e seiscentos, ao preço unitário de R$ 160,00, com tributação de IPI a 10% e ICMS a 12%. Em 31 de outubro foram apurados os seguintes custos realmente praticados no período: material direto R$ 102.000,00 mão-de-obra direta R$ 77.500,00 custos indiretos R$ 75.000,00 Assinale o lançamento que contabiliza corretamente o encerramento das variações entre o custo real e o custo-padrão, no mês de outubro, a partir dos dados exemplificados (o histórico foi omitido). a) Diversos a Diversos Custo do Produto Vendido R$ 3.600,00 Produtos Acabados R$ 900,00 Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 b) Diversos a Diversos Variação de Material Direito R$ 2.000,00 Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 a Custo do Produto Vendido R$ 3.600,00 a Produtos Acabados R$ 900,00 a Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 c) Diversos a Diversos Produtos Acabados R$ 4.500,00 Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 d) Diversos a Diversos

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Custo do Produto Vendido R$ 4.500,00 Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 e) Diversos a Diversos Custo do Produto Vendido R$ 5.100,00 Produtos Acabados R$ 1.900,00 R$ 7.000,00 a Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00 a Variação de Custos Indiretos R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 Gabarito: A Comentários: O objetivo da questão é o de identificar o lançamento de ajuste do Custo Padrão para o Custo Real.

1. O Custo Padrão foi estabelecido da seguinte forma: CUSTO PADRÃO Custo Unitário x Quantidade MD = R$ 50 x 2000 = R$ 100.000 MOD = R$ 40 x 2000 = R$ 80.000 CIF = R$ 35 x 2000 = R$ 70.000 CPV = R$ 125 x 1.600 = R$ 200.000 PA = R$ 125 x 400 = R$ 50.000 O CPV corresponde ao Custo Unitário Total (50 + 40 + 35 = R$ 125) multiplicado pela quantidade vendida (1.600 unidades). O Estoque Final de Produtos Acabados corresponde ao Custo Unitário Total (R$ 125) multiplicado pela quantidade em estoque (400 unidades). 2. Neste tipo de questão deve-se comparar o Custo Padrão relativo a cada item com o Custo Real calculando-se as diferenças e contabilizando-as em contas de Variações (MD, MOD e CIF). Se a diferença for favorável, ou seja, Custo Real menor que Custo Padrão deve-se creditar a respectiva conta de variação. Por outro lado, se a diferença for desfavorável deve-se debitar a respectiva conta. Vejamos a tabela abaixo (valores em reais). Custo Custo Real Variação Tipo de

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Padrão Variação MD 100.000 102.000 + 2.000 Desfavorável MOD 80.000 77.500 - 2.500 Favorável CIF 70.000 75.000 + 5.000 Desfavorável CPV 200.000 203.600 + 3.600 PA 50.000 50.900 + 900 CPV Real = [(MD + MOD + CIF) / 2000 unidades] x 1.600 unidades = [(102.000 + 77.500 + 75.000)/2000] x 1.600 = R$ 203.600 PA = [(102.000 + 77.500 + 75.000)/2000] x 400 = R$ 50.900 São efetuados os seguintes registros nas contas de Variações: Variações de MD = 2.000 (Débito pois a variação é desfavorável) Variações de MOD = 2.500 (Crédito pois a variação é favorável) Variações do CIF = 5.000 (Débito pois a variação é desfavorável) Variações MD Variações MOD Variações CIF 2.000

2.500 5.000

Após, as contas são encerradas Variações MD Variações MOD Variações CIF 2.000

2.000 *

* 2.500 2.500 5.000

5.000*

As contas CPV e PA devem ser ajustadas para transformar os valores de Custo Padrão para Custo Real. CPV PA 200.000 * 3.600

50.000 * 900

D: CPV 3.600 D: PA 900 D: Variações de MOD 2.500 C: Variações de MD 2.000 C: Variações de CIF 5.000

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ESAF (AFTN 94 – SETEMBRO) 5– Considere os dados abaixo: Estoques, em R$, de: Inicial Final Matéria-Prima 8,00 6,00 Produtos em Elaboração

4,00 5,00

Produtos Prontos 3,00 15,00 Sabendo-se que:

- o Custo dos Produtos Vendidos foi de R$ 7.00; - os Custos de Mão-de-Obra Direta foram de R$ 10,00; - os Gastos Gerais de Produção foram de R$ 8,00; - não foram feitas aquisições de Matérias – Primas; - foram produzidas 10 unidades -

Podemos afirmar que o custo unitário de produção, do produto acabado, no período, foi de:

a) R$ 2,00 b) R$ 0,20 c) R$ 1,50 d) R$ 0,90 e) R$ 1,90

Gabarito: Letra E. Comentários: Vejamos a demonstração dos registros nos razonetes: MP PE PA CPV SI 4 SI 3 EI 3 EI 8 ___ EF 6

2 (1)

⇒ (1) 2

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MOD

10 10(1)

⇒ (1) 10 19 (2)

(2)19

CIF

7 (3)

(3) 7

8 8(1)

⇒ (1) 8

SF 5 SF 15 Custo de Produção do Período = MP + MOD + CIF = 2+10+8 = 20 Custo de Produção do Produto Acabado do Período: EI (PE) + MP + MOD + CIF – EF = 4 + 2 + 10 + 8 – 5 =19 Custo Unitário de Produção do Produto Acabado do Período: CPA / quantidade = 19/10 = 1,90. 6- Uma empresa paga ao detentor da patente de seu produto A o equivalente a 5% das vendas. No período foram vendidas 40 unidades de A, ao valor unitário de R$ 1,00 O estoque inicial era de 20 unidades, no valor total de R$4,00 e o custo das 100 unidades produzidas no período foi de R$ 20,00. Considerando as informações acima, podemos dizer que o resultado do exercício e o estoque final foram, respectivamente, de (desconsidere a incidência de IPI e de ICMS)

a) R$ 18,00 e R$ 18,80 b) R$ 17,00 e R$ 16,00 c) R$ 32,00 e R$ 16,00 d) R$ 30,00 e R$ 16,00 e) R$ 30,00 e R$ 16,80

Gabarito: Letra D. Comentários:

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Produtos Acabados: EI = 20 unidades x R$ 0,20 = R$ 4,00 Produção = 100 unidades x R$ 0,20 = R$ 20,00 ___________________________________________ 120 unidades x R$ 0,20 = R$ 24,00 (-) Baixa 40 unidades x R$ 0,20 = (R$ 8,00) (CPV) ___________________________________________ EF 80 unidades x R$ 0,20 = R$ 16,00 DRE: Vendas (40 unidades x 1,0) 40,00 (-) CPV (8,00) (-) Despesa de Amortização de Patente (2,00) _______________________________________________ Lucro Líquido do Exercício 30,00 7- Considere os seguintes dados, em R$ 1,00:

Saldo Inicial Débito Créditos Saldo Final Matéria-Prima 25 80 100 5 Materiais indiretos

8 24 20 12

Produtos Prontos

5 180 50 135

Gastos Gerais de Produção

- 20 20 -

Mão-de-Obra Direta

- 40 40 -

Vendas - - 100 100 Indique os lançamentos contábeis que justificam alterações ocorridas no quadro acima. a)

Produtos Prontos a Diversos a Mão de Obra Direta 40,00 a Gastos Gerais de Produção 20,00 a Matéria Prima 80,00 a Materiais Indiretos 24,00 164,00

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Caixa a Vendas 100,00 Custos de Produtos Prontos a Produtos Prontos 50,00 b) Custos de Produção

a Diversos a Mão de Obra Direta 40,00 a Gastos Gerais de Produção 20,00 a Matéria – Prima 80,00 a Materiais – Indiretos 24,00 164,00

Caixa a Vendas 100,00 Custos de Produtos Vendidos a Produtos Prontos 50,00 c) Custos de Produção a Diversos

Mão-de-Obra direta 40,00 a Gastos Gerais de Produção 20,00 a Matéria Prima a Materiais Indiretos 4,00 84,00

Caixa a Vendas 100,00

Custos de Produtos Vendidos a Produtos Prontos 50,00

d) Produtos Prontos a Diversos

a Mão de Obra Direta 40,00

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a Gastos Gerais de Produção 20,00 a Matéria- Prima 100,00 a Materiais Indiretos 20,00 180,00 Caixa a Produtos Prontos 50,00 Custos de Produtos Vendidos a Vendas 100,00

e) Custos de Produção a Diversos a Mão-de-Obra Direta 40,00 a Gastos Gerais de Produção

20,00

a Matéria Prima 100,00 A Materiais Indiretos 20,00 180,00 Produtos Prontos a Custos de Produção 180,00 Custos de Produtos Vendidos a Produtos Prontos 50,00

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Gabarito: Letra E. Comentários:

Vejamos a demonstração dos registros nos razonetes: MP PE PA CPV EI 5 EI 25 80 ____ EF 5

100(1)

⇒ (1) 100

MOD

40 40(1)

⇒ (1) 40 180 (2)

(2)180

CGP

50 (3)

(3) 50

20

20(1)

⇒ (1) 20

MI

50 (3)

(3) 50

EI 8 24

20(1)

⇒ (1) 20

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EF 12 SF 125

Dos Razoentes, extraímos os lançamentos: Custos de Produção a Diversos a Mão-de-Obra Direta 40,00 a Gastos Gerais de Produção 20,00 a Matéria Prima 100,00 a Materiais Indiretos 20,00 180,00 Produtos Prontos a Custos de Produção 180,00 Custos de Produtos Vendidos a Produtos Prontos 50,00

8- Indique a opção correta.

a) Em um ambiente de constante elevação dos preços, a avaliação do estoque final pelo método do custo médio ponderado indicará um valor maior do que o obtido quando a avaliação é feita pelo método PEPS e um valor menor do que aquele resultante da avaliação pelo método UEPS.

b) Para efeito de apuração do resultado do exercício é indiferente que a avaliação dos estoques seja feita pelo método do custo médio ponderado ou pelo método UEPS, se o ambiente econômico for de estabilidade permanente dos preços.

c) Em um ambiente econômico de constante elevação de preços, a avaliação dos estoques deve ser feita pelo método do custo médio ponderado, p de estabilidade permanente dos preços.

d) Em um ambiente econômico de constante elevação de preços, a avaliação dos estoques deve ser feita pelo método do custo médio ponderado, porque é o único método em que o valor dos estoques se iguala ao valor de reposição.

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e) O resultado do exercício será maior se a avaliação dos estoques adotar o método do custo médio ponderado, em lugar do método PEPS, se os preços se mantiverem em elevação.

Gabarito: Letra B. Comentários: Resolveremos a questão com o seguinte exemplo: Imaginemos uma empresa que adquire 10 unidades de um produto a R$ 10,00. Posteriormente, adquire mais 10 unidades do mesmo produto a R$ 12,00. Finalmente vende 10 unidades do referido produto a R$ 15,00. Calculemos o resultado da operação, considerando os seguintes critérios de avaliação de estoques: PEPS Saldos: 10 unidades x R$ 10,00 10 unidades x R$ 12,00 Venda: 10 unidades x R$ 15,00 CPV: 10 unidades x R$ 10,00 Lucro Bruto: Venda – CPV = 150,00 – 100,00 = 50,00. Custo Médio Saldos: 20 unidades x R$ 11,00 Venda: 10 unidades x R$ 15,00 CPV: 10 unidades x R$ 11,00 Lucro Bruto: Venda – CPV = 150,00 – 110,00 = 40,00.

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UEPS Saldos: 10 unidades x R$ 10,00 10 unidades x R$ 12,00 Venda: 10 unidades x R$ 15,00 CPV: 10 unidades x R$ 12,00 Lucro Bruto: Venda – CPV = 150,00 – 120,00 = 30,00. No exemplo apresentado, os preços de aquisição eram crescentes (inicialmente R$ 10,00, posteriormente R$ 12,00), o que ensejava diferença na apuração dos estoques e do CMV, com a utilização dos diferentes critérios de apuração (PEPS, CUSTO MÉDIO E UEPS). Em sentido contrário, utilizando-se preços de aquisição constantes (economia estável), os valores de estoque e CMV seriam os mesmos, nos diferentes critérios de apuração utilizados. 9- Considere os dados abaixo: Gastos do período ( em R$) Dep. A Dep. B Dep. C Total Matérias – Primas 4,00 3,00 3,00 10,00 Mão –de-Obra direta 2,00 2,00 2,00 6,00 Gastos Gerais de Produção 12,00 Total 28,00 Produção do Período Produto X 10 unidades Produto Y 5 unidades Produto Z 25 unidades Distribuição dos Insumos Utilizados na Produção Total do mês, em %: Prod. X Prod. Y Prod. Z Total Matérias – Primas 20 50 30 100 Mão-de-Obra Direta 40 50 10 100 Gastos Gerais de Produção 30 40 30 100

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Sabendo-se que:

- Os estoques iniciais de Matérias – Primas, Produtos em Elaboração e Produtos Prontos eram nulos;

- O estoque final de Produtos em elaboração era nulo; - No Processo de fabricação os produtos transitam por todos os

departamnetos; - Os Gastos Gerais de Produção são apropriados proporcionalmente

aos gastos com Mão- de - Obra Direta; - 25 unidades do produto Z foram comercializados no período, ao

preço unitário de R$ 1,50; - os produtos X e Y permaneceram em estoque, podemos afirmar

que os estoques de Produtos Prontos e o Lucro Bruto do período foram de:

(desconsidere a incidência de IPI e de ICMS)

a) R$ 20,80 e R$ 28,00 b) R$ 28,00 e R$ 37,50 c) R$ 20,80 e R$ 30,30 d) R$ 20,80 e R$ 37,50 e) R$ 28,00 e R$ 30,30

Gabarito: Letra C. Comentários:

X Y Z Total % Valor % Valor % Valor

MP 20 2 50 5 30 3 10 MOD 40 2,4 50 3 10 0,6 6 CIF 30 3,6 40 4,8 30 3,6 12

TOTAL 8,0 12,8 7,2 Produto X: MP = 20% de 10 = 2 MOD = 40% de 6 = 2,4 CIF = 30% de 12 = 3,6 Produto Y: MP = 50% de 10 = 5

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MOD = 50% de 6 = 3 CIF = 40% de 12 = 4,8 Produto Z: MP = 30% de 10 = 3 MOD = 10% de 6 = 0,6 CIF = 30% de 12 = 3,6 Estoques de Produtos Prontos: Produto X – 8 Produto Y – 12,8 ______________ Total - 20,8 Somente o produto Z foi vendido: Vendas (Z) (25 unidades x R$ 1,50) 37,50 (-) CPV (7,20) ________________________________________________ Lucro Bruto 30,30 10- Ao encerrar determinado período, a empresa procedeu, na apuração de resultados, ao seguinte lançamento de ajuste apresentado de forma simplificada: Nota: Na contabilização, a empresa utiliza as contas compras, Mercadorias e Custos de Mercadorias Vendidas, ao final de exercício, para a apuração de resultados. Diversos a Compras Custo de Mercadorias Vendidas 22,00 Mercadorias 1,00 23,00 O auditor que examinou o lançamento concluiu que:

a) o valor do estoque de Mercadorias é menor que o valor do estoque inicial, porque o Custo de Mercadorias Vendidas é menor que o valor das Compras

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b) o valor do estoque inicial de Mercadorias é maior que o valor do estoque final

c) o valor do estoque inicial de Mercadorias é igual ao valor do estoque final

d) o valor do estoque final de Mercadoria é maior que o valor do estoque inicial

e) o registro não contém elementos suficientes para se saber se o estoque inicial é maior, igual ou menor que o estoque final de mercadorias

Gabarito: Letra D. Comentários: Compras 23 > CMV 22 CMV = EI + C- EF EF > EI

Mercadorias Débito Crédito

EI 0

(2) EF 1

Compras

Débito Crédito 23 23 (1)

CMV

Débito Crédito (1) 23 1 (2)

22

CMV = EI + CL – EF 22 = 0+ 23 - 1 11) considere os seguintes dados

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- Vendas, em junho de 1994 – 30 unidades, por R$ 270,00; - Matéria – prima – Estoque em 01.05.94 – R$ 6,00; - Produto Pronto – Estoque em 01.06.94 – R$ 24,00 (8 unidades) - Gastos incorridos em junho de 1994: - Compra de matéria-Prima, por R$ 36,00; - Mão–de-Obra Direta empregada, no valor de R$ 40,00; - Gastos Gerais de Produção, no valor de R$ 15,00; - Despesas comerciais, no valor de R$ 60,00 - Despesas Administrativas, no valor de R$ 20,00 - Despesas Financeiras, no valor de R$ 4,00 - Matéria – Prima – Estoques em 30.06.94 – R$ 13,00 - Produto Pronto – Estoque em 30.06.94 – 06 unidades. - Não existiam estoques inicial e final de Produtos em Elaboração. Nota: Desconsidere incidência de IPI e de ICMS.

Indique,relativamente a junho de 1994, o valor unitário do custo de produção e os valores do lucro bruto e do lucro líquido, nessa ordem.

a) R$ 3,60; R$ 180,00 e R$ 96,00 b) R$ 3,00; R$ 6,00 e R$ 3,20 c) R$ 3,00; R$ 162,00 e R$ 78,00 d) R$ 3,00; R$ 180,00 e R$ 96,00 e) R$ 3,60; R$ 162,00 e R$ 78,00

Gabarito: Letra D. Comentários: Quantidade de produtos acabados no período: EI + PA – Quant. Vend. = EF 8 + PA – 30 = 6 PA = 28 Valor Unitário do Custo da Produção: Custo de Produção/Quantidade = 84/28 = 3 MP PE PA CPV EI 0 EI 24 EI 6 C 36 ____

29(1)

⇒ (1) 29

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EF 13 MOD

40 40(1)

⇒ (1) 40 84 (2)

(2)84

CGP

90 (3)

(3) 90

15 15(1)

⇒ (1) 15

EF 18 6 unid Resultado do Exercício: Vendas (30 unidades x R$ 9,00) 270,00 (-) CPV (30 unidades x R$ 3,00) (90,00) ___________________________________________________ Lucro Bruto 180,00 (-) Despesas Comerciais (60,00) (-) Despesas Administrativas (20,00) (-) Despesas Financeiras (4,00) ___________________________________________________ Lucro Líquido do Exercício 96,00 12- Uma indústria alimentícia produziu 10 caixas de determinado produto, com os seguintes custos totais: Matéria – Prima R$ 5,00 Mão–de–Obra Direta R$ 3,00 Gastos Gerais de Produção R$ 2,00 Em virtude de ter ocorrido fato imprevisível, o equivalente a duas caixas do produto que estava estocado no depósito tornou-se impróprio para o consumo e teve que ser destruído como imprestável. Sabendo-se que foram vendidas 4 caixas do produto, ao preço unitário de Cr$ 2,50, podemos afirmar que o lucro bruto e o estoque final foram, respectivamente, de: ( desconsidere a incidência de IPI e de ICMS)

a) R$ 2,50 e R$ 5,00

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b) R$ 4,00 e R$ 4,00 c) R$ 6,00 e R$ 4,00 d) R$ 5,00 e R$ 5,00 e) R$ 6,00 e R$ 6,00

Gabarito: Letra C. Comentários: MP = 5 MOD = 3 10 Caixas = R$ 10,00 CIF = 2 (-) 2 Caixas = (R$ 2,00) _____________________ 8 Caixas = R$ 8,00 Baixa (-) 4 Caixas = (R$ 4,00) ______________________ EF 4 Caixas = R$ 4,00 Venda ( 4 Caixas x R$ 2,50) 10,00 (-) CPV ( 4 Caixas x R$ 1,00) (4,00) ___________________________________________ Lucro Bruto 6,00 Caros amigos, Desejo que todos vocês tenham determinação e paz de espírito para alcançarem o sucesso em seus objetivos. João Imbassahy