Apostila Curso Concreto Pro Ten Dido

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 CONCRETO PROTENDIDO E LAJES PROTENDIDAS COM MONOCORDOALHAS ENGRAXADAS NOÇÕES GERAIS SOLUÇÃO ESTRUTURAL E CORRETA EXECUÇÃO Jorge Luiz Silka Pereira, Eng. Civil, proCalc Estruturas S/C Ltda. Rogério Gomes de Carvalho, Eng. Civil, proCalc Estruturas S/C Ltda. Izan Gomes de Lacerda, Eng. Civil, Gomes & Lacerda Ernani Simas Alves Neto, Eng. Civil, Impacto Sul Protensão Maurício Cunha, Eng. Civil, Construtora Andrade Ribeiro Ltda. MARÇO - 2005

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CONCRETO PROTENDIDO ELAJES PROTENDIDAS COMMONOCORDOALHAS ENGRAXADAS

NOÇÕES GERAISSOLUÇÃO ESTRUTURAL E

CORRETA EXECUÇÃO

Jorge Luiz Silka Pereira, Eng. Civil, proCalc Estruturas S/C Ltda.

Rogério Gomes de Carvalho, Eng. Civil, proCalc Estruturas S/C Ltda.

Izan Gomes de Lacerda, Eng. Civil, Gomes & Lacerda

Ernani Simas Alves Neto, Eng. Civil, Impacto Sul Protensão

Maurício Cunha, Eng. Civil, Construtora Andrade Ribeiro Ltda.

MARÇO - 2005

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1. INTRODUÇÃO

Protensão é o processo pelo qual se aplicam tensões prévias ao

concreto, segundo o dicionário Aurélio.

No entanto o significado é bem mais amplo, e o efeito da protensãopode ser aplicado aos mais diversos tipos de estruturas e materiais.

De acordo com Pfeil, “protensão é um artifício que consiste emintroduzir numa estrutura um estado prévio de tensões capaz de melhorar suaresistência ou seu comportamento, sob diversas condições de carga”. A idéia daprotensão (ou pré-tensão) é muito antiga e consiste basicamente em fornecer aum elemento estrutural, esforços iniciais contrários àqueles que surgirão com aaplicação de cargas a este elemento.

O princípio da protensão pode ser melhor entendido através de algunsexemplos bastante simples :

- tonéis de madeira : os anéis de aço são colocados aquecidossobre as peças de madeira do tonel. Ao esfriarem sofrem reduçãode diâmetro, comprimindo as peças de madeira

- roda de carroça : mesmo princípio dos tonéis de madeira, sendoque o anel de aço, ao esfriar, comprime os raios de madeira daroda

- roda de bicicleta : os raios metálicos de uma roda de bicicleta sãotracionados. O conjunto de raios tracionados ao longo do arometálico da roda produzem efeito de compressão no aro e mantêma estabilidade do conjunto

- o transporte de livros por uma pessoa na forma de uma filahorizontal

- solidarização de peças pré-moldadas

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2. HISTÓRICO

O desenvolvimento do concreto armado e protendido iniciou-se a partirda criação do cimento Portland, em 1824, na Inglaterra. A partir daí, franceses ealemães também começaram a fabricar cimento e a desenvolver sua tecnologia.

Em meados do século 19 já se conhecia no mundo todo apossibilidade de reforçar peças de concreto com armaduras de aço :

- 1855 : fundada a primeira fábrica de cimento Portland naAlemanha

- 1855 : o francês Lambot patentea técnica para fabricação deembarcações de concreto armado

- 1867 : o francês Monier inicia a fabricação de vasos, tubos, lajes epontes em concreto utilizando armaduras de aço

- 1877 : o americano Hyatt reconhece o efeito da aderência entre oconcreto e a armadura através de vários ensaios, passando-se autilizar a armadura apenas do lado tracionado das peças

- 1886 : o americano P. J. Jackson faz a primeira proposição de pré-tensionar o concreto

- 1886 : o alemão Matthias Koenen desenvolve um método empíricode dimensionamento de alguns tipos de construção em concretoarmado, a partir de ensaios segundo o sistema Monier

No final do século 19, várias patentes de métodos de protensão eensaios foram requeridas, porém sem êxito. A protensão se perdia devido aretração e fluência do concreto, desconhecidas na época.

No começo do século 20, Mörsch desenvolveu a teoria iniciada porKoenen, endossando suas proposições através de inúmeros ensaios. Osconceitos desenvolvidos por Mörsch formaram, em quase todo o mundo e pordécadas, os fundamentos da teoria do concreto armado, sendo que seuselementos essenciais ainda hoje saio válidos. Por volta de 1912, Koenen eMörsch reconheceram que o efeito de uma protensão reduzida se perdia com o

passar do tempo, devido à retração e deformação lenta do concreto.- 1919 : o alemão K. Wettstein fabricou painéis de concreto

protendidos com cordas de aço para piano- 1923 : o americano R. H. Dill reconheceu a necessidade de utilizar

fios de aço de alta resistência sob elevadas tensões para superaras perdas de protensão

- 1924 : o francês Eugene Freyssinet utilizou protensão para reduziro alongamento de tirantes em galpões com grandes vãos

- 1928 : Freyssinet apresentou o primeiro trabalho consistente sobreconcreto protendido. Freyssinet foi uma das figuras de maior

destaque no desenvolvimento da tecnologia do concretoprotendido. Inventou e patenteou métodos construtivos,

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equipamentos, aços especiais e concretos especiais. A partir daí apesquisa e o desenvolvimento do concreto protendido e armadotiveram rápida e crescente evolução.

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1948 : executada no Brasil, a primeira obra em concretoprotendido, a Ponte do Galeão, no Rio de Janeiro, com 380 m decomprimento, na época a mais extensa no mundo. Utilizou osistema Freyssinet e tudo foi importado da França, inclusive oprojeto. Os cabos de protensão eram fios lisos envolvidos por duastrês camadas de papel Kraft pintados, os fios e o papel, combetume. Portanto tínhamos concreto protendido “sem aderência”.

- 1950 : primeira conferência sobre concreto protendido em Paris- 1950 : Finster Walder executou a primeira ponte em balanços

sucessivos e o método espalhou-se pelo mundo- 1950 : surgem as primeiras cordoalhas de fios- 1952 : a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira iniciou a fabricação

do aço de protensão no Brasil. A segunda obra em concretoprotendido no Brasil foi a ponte de Juazeiro, já executada com açobrasileiro.

- 1953 : publicada a DIN 4227, norma alemã de concreto protendido- meados da década de 1950 : executadas, nos Estados Unidos, as

primeiras lajes protendidas, sendo a maioria delas no sistema “lift-slab”, onde as lajes planas eram concretadas e protendidas sobreo solo e depois içadas e ancoradas aos pilares em seus níveis.

- 1956 : surgiram as bainhas produzidas com fitas plásticasenroladas helicoidalmente sobre os fios pintados com betume

- 1958 : surgem no Brasil as bainhas metálicas flexíveis, com injeçãode argamassa de cimento posterior a protensão dos cabos,promovendo a aderência. Este sistema permitiu a execução deestruturas protendidas de grandes vãos.

- final da década de 1950 : surge a primeira patente de protensãocom a utilização de de bainhas individuais de plástico extrudadassobre a cordoalha.

- 1969 : concluído o primeiro edifício em laje lisa protendida comdistribuição de cabos em duas direções, sendo numa delasdistribuídos e na outra concentrados em faixas sobre os apoios.

Watergate Apartments, em Washington, EUA.- 1978 : o Comitê Euro-Internacional du Betón (CEB/FIP) publicou,em 1978, o Código Modelo para Estruturas de Concreto Armado eConcreto Protendido. Ele serviu de base para elaboração denormas técnicas em vários países.

Atualmente a utilização de estruturas em concreto protendido temlarga aceitação no mundo todo, e vem se popularizando a cada dia mais,principalmente em edificações de uma maneira geral, com a aplicação decordoalhas não aderentes.

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3. NORMATIZAÇÃO NO BRASIL

No Brasil, a Norma Brasileira ABNT NBR 6118:2003 – Projeto deEstruturas de Concreto - Procedimento, que vigora desde 31/03/2003, cancelou esubstituiu a antiga norma de concreto protendido (NBR 7197:1989) e passou atratar de concreto armado e protendido. A primeira norma brasileira de concretoprotendido foi a NB-116.

Esta última revisão de norma demonstra uma maior preocupação coma durabilidade das estruturas, evidenciada pela necessidade de classificação dasestruturas a serem projetadas dentro das Classes de Agressividade Ambiental.Esta classificação passa a determinar, para estruturas em concreto armado e

protendido, os principais parâmetros de projeto, tais como a qualidade doconcreto, cobrimento das armaduras, limitações de aberturas de fissuras entreoutras. As tabelas que determinam estes parâmetros são as seguintes :

Tabela 6.1 - Classes de agressividade ambientalClasse de

agressividadeambiental

AgressividadeClassificação geral dotipo de ambiente para

efeito de projeto

Risco de deterioraçãoda estrutura

RuralI Fraca

SubmersaInsignificante

II Moderada Urbana

1,2

PequenoMarinha 1 

III ForteIndustrial 1,2 

Grande

Industrial 1,3 IV Muito forte

Respingos de maréElevado

OBSERVAÇÕES:1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) paraambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentosresidenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões declima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas da chuva emambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústriasde celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Tabela 7.1 - Correspondência entre classes de agressividade e qualidade do concreto

Classe de agressividade (tabela 6.1)Concreto Tipo

I II III IV

CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45 Relação água/cimentoem massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45 

CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 Classe de concreto(NBR 8953) CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40 

NOTAS:1 - O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos naNBR 12655.

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2 – CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.3 – CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

Tabela 7.2 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento

nominal para ∆c = 10 mmClasse de agressividade (tabela 6.1)

I II III IV 3 Tipo de estruturaComponente ou

elementoCobrimento nominal (mm)

Laje 2 20 25 35 45Concreto armado

Viga 2  /Pilar 25 30 40 50

Concreto protendido 1 Todos 30 35 45 55

OBSERVAÇÕES:

1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre

superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão fragilizantesob tensão.2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, comrevestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento taiscomo pisos de elevadodesempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências desta tabela podem sersubstituídas por aquelas do item 7.4.7.5, respeitando um cobrimento nominal ≥ 15 mm.3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto,condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamenteagressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.

Tabela 13.3 – Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção daarmadura, em função das classes de agressividade ambiental 

Tipo de concretoestrutural

Classe de agressividadeambiental (CAA) e tipo de

proteção

Exigências relativasà fissuração

Combinação de açõesem serviço a utilizar

Concreto simples CAA I a CAA IV Não há --CAA I ELS-W wk ≤ 0,4 mm  Combinação freqüenteConcreto armado

CAA II a CAA IV ELS-W wk ≤ 0,3 mm Combinação freqüenteConcreto protendido

nível 1(protensão parcial)

Pré tração com CAA Iou

Pós tração com CAA I e II

 ELS-W wk ≤ 0,2 mm  Combinação freqüente

Verificar as duas condições abaixo

ELS-F Combinação freqüente

Concreto protendido

nível 2(protensão limitada)

Pré tração com CAA II

ouPós tração com CAA III eIV

ELS-D* Combinação quasepermanente

Verificar as duas condições abaixoELS-F Combinação rara

Concreto protendidonível 3

(protensãocompleta)

Pré tração com CAA III eIV ELS-D* Combinação freqüente

As definições de ELS-W, ELS-F e ELS-D encontram-se no item 3.2 .Para as classes de agressividade ambiental CAA-III e IV exige-se que as cordoalhas nãoaderentes tenham proteção especial na região de suas ancoragens.* A critério do projetista, o ELS-D pode ser substituído pelo ELS-DP com ap = 25 mm (figura 1).

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4. CONCEITOS DE PROTENSÃO

4.1. DEFINIÇÃO

a) ELEMENTO ESTRUTURAL EM CONCRETO PROTENDIDO :aquele que é submetido a um sistema de forças, especialmenteaplicadas e de forma permanente, chamadas forças de protensãoe tais que, em condições de utilização, quando agiremsimultaneamente com as demais ações, impeçam ou limitem afissuração do concreto.

4.2. CLASSIFICAÇÃO

4.2.1. QUANTO AO ESTIRAMENTO DA ARMADURA DEPROTENSÃO – TIPOS DE PROTENSÃO

a) CONCRETO PROTENDIDO COM ARMADURA ATIVA (DEPROTENSÃO) PRÉ- TRACIONADA : aquele em que oestiramento da armadura ativa é feito através de apoiosindependentes da peça, antes do lançamento do concreto.Após o endurecimento do concreto a ligação da armaduracom estes apoios é desfeita e as tensões na armadura setransmitem ao concreto por aderência. Exemplo : peças pré-fabricadas protendidas executadas em pistas de protensão

b) CONCRETO PROTENDIDO COM ARMADURA ATIVA (DE

PROTENSÃO) PÓS-TRACIONADA : aquele em que oestiramento da armadura ativa é feito após o endurecimento

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do concreto, através de apoios na própria peça, criando-seou não aderência da armadura com o concreto. Exemplo : asestruturas protendidas moldadas “in-loco” (edifícios, pisos

industriais, pistas de aeroporto, pontes, etc.)

4.2.2. QUANTO À FISSURAÇÃO – NÍVEIS DE PROTENSÃO

Um dos objetivos da protensão é o de eliminar ou reduzir as tensões detração num elemento estrutural, e por conseqüência, controlar a fissuração. Deacordo com este controle pretendido, temos os seguintes níveis de protensão :

a) CONCRETO PROTENDIDO NÍVEL 3 - PROTENSÃO COMPLETAOU TOTAL : previsto para protensão com armadura ativa pré-tracionada nas classes de agressividade III e IV. Ocorre quando severificam as duas condições seguintes :

a.1) para as combinações freqüentes de ações, previstas noprojeto, é respeitado o limite de descompressão, ou seja,

quando atuarem a carga permanente e as sobrecargasfreqüentes não se admite tração no concretoa.2) para as combinações raras de ações, quando previstas noprojeto, é respeitado o estado limite de formação de fissuras.

A protensão completa proporciona as melhores condições deproteção das armaduras contra a corrosão, e se aplica nos casosde obras em meios muito agressivos ou situações de fissuraçãoexagerada, tais como tirantes de concreto protendido,reservatórios protendidos para garantia de estanqueidade, vigasformadas por peças pré-moldadas justapostas sem armadurassuplementares, etc.Não existe limitação técnica no uso da protensão completa,apenas restrições de ordem econômica.

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b) CONCRETO PROTENDIDO NÍVEL 2 - PROTENSÃO LIMITADA :previsto para protensão com armadura ativa pré-tracionada na

classe de agressividade II e pós-tracionada nas classes deagressividade III e IV. Ocorre quando se verificam as duascondições seguintes :

b.1) para as combinações quase permanentes de ações,previstas no projeto, é respeitado o limite de descompressão,ou seja, quando atuarem a carga permanente e parte dassobrecargas não se admite tração no concretob.2) para as combinações freqüentes de ações, quandoprevistas no projeto, é respeitado o estado limite de formaçãode fissuras, ou seja, quando atuarem a carga permanente e assobrecargas freqüentes.

A protensão limitada, por admitir tensões moderadas de tração emserviço, exigem a colocação de armadura passiva adicional nodimensionamento à ruptura e no controle da fissuração. Estacombinação de armadura ativa e passiva permite soluçõesequilibradas e mais econômicas, já que o aço de protensão é maiscaro que o aço convencional.

c) CONCRETO PROTENDIDO NÍVEL 1 - PROTENSÃO PARCIAL :previsto para protensão com armadura ativa pré-tracionada naclasse de agressividade I e pós-tracionada nas classes deagressividade I e II. Ocorre na seguinte condição :

- para as combinações freqüentes de ações, previstas noprojeto, é respeitado o limite de abertura de fissuras, comabertura não superior a 0,20 mm, ou seja, quando atuarem acarga permanente e as sobrecargas freqüentes.

A protensão parcial é similar a protensão limitada, porém admitetensões maiores de tração em serviço e formação de fissuras demaior abertura (não maiores que 0,2 mm). Consome menos açode protensão porém, como admite fissuração, exige armadurapassiva suplementar.

4.2.3. QUANTO À ADERÊNCIA - SISTEMAS DE PROTENSÃOa) CONCRETO PROTENDIDO COM ADERÊNCIA INICIAL : este

sistema está normalmente associado a armadura pré-tracionada eé muito empregado na fabricação de elementos pré-moldadosprotendidos. Em pistas de protensão, nas usinas (fábricas) de pré-moldados, a armadura ativa é posicionada, ancorada e tracionadaem blocos nas cabeceiras da pista. Após a montagem dasarmaduras passivas, formas, concretagem e cura do concreto, asarmaduras ativas são liberadas das cabeceiras. Com a tendênciado aço retornar à sua posição original antes do tracionamento, e

restringido por aderência ao concreto endurecido da peça pré-moldada, o esforço de tração se transfere ao concreto na forma de

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compressão, caracterizando a protensão por pré-tração daarmadura ativa com aderência inicial.

Passarela em estrutura de concreto pré-fabricado protendido

b) CONCRETO PROTENDIDO COM ADERÊNCIA POSTERIOR :neste sistema, o aço é posicionado dentro de bainhas metálicascorrugadas e a aplicação da força de protensão (tracionamentodos cabos) é feita após a cura do concreto, através da reação doequipamento na própria estrutura a ser protendida, utilizando

macacos hidráulicos especiais. A característica deste sistema éque, após a protensão, as bainhas são injetadas com calda decimento sob pressão, promovendo a proteção das armadurascontra a corrosão e a aderência entre o aço e a bainha. Devido asparticularidades dos dispositivos de ancoragem, do processo em sie da forma de tracionamento do aço, os sistemas de protensãocom aderência posterior são patenteados, como por exemplo, ossistemas Stup Freyssinet (França), Diwidag (Alemanha), Rudloff(Brasil), Tensacciai (Itália), Mac Protensão (Brasil), etc.

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Ancoragem passiva – Sistema Tensacciai Ancoragem ativa – SistemaTensacciai

Ancoragem ativa comdestaque para o tubode injeção de calda decimento paraefetivação daaderência(Sistema Tensacciai).Abaixo detalhe debainha metálica epurgador da calda decimento.

Ancoragem ativa com rosca, do sistema Diwidag,usualmente utilizada em tirantes.

c) CONCRETO PROTENDIDO SEM ADERÊNCIA : neste sistemanão há injeção de calda de cimento, ficando o aço ancoradoapenas nas extremidades. Se forem utilizadas bainhas metálicas, éfeita injeção com graxa para proteção do aço contra a corrosão.Normalmente se utiliza cordoalha simples (monocordoalha) envoltaem uma bainha plástica de polietileno de alta densidade, extrudadasobre a cordoalha engraxada. Como são sistemas simples, váriosfabricantes produzem as ancoragens, macacos e outrosdispositivos. As cordoalhas são atualmente produzidas no Brasilapenas pela Belgo.

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Esquema típico de montagem de uma laje lisa com monocordoalhas engraxadas5. APLICAÇÕES DA PROTENSÃO

Podemos resumir as possibilidades de combinação dos tipos, níveis esistemas de protensão com o diagrama abaixo :

A partir destas possibilidades, podemos determinar a solução maisadequada para cada tipo de obra :

- ARMADURA ATIVA PRÉ-TRACIONADA : estruturas em peças pré-moldadas, normalmente com protensão parcial.

- ARMADURA ATIVA PÓS-TRACIONADA :

CONCRETOPROTENDIDO

ARMADURA ATIVAPRÉ-TRACIONADACOM ADERÊNCIA

ARMADURA ATIVAPÓS-TRACIONADA

PROTENSÃO COMPLETA

PROTENSÃO LIMITADA

PROTENSÃO PARCIAL

SEM ADERÊNCIA

COM ADERÊNCIA

PROTENSÃO COMPLETA

PROTENSÃO LIMITADA

PROTENSÃO PARCIAL

PROTENSÃO COMPLETA

PROTENSÃO LIMITADA

PROTENSÃO PARCIAL

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a) COM ADERÊNCIA : estruturas especiais moldadas “in-loco” (vigase/ou lajes), normalmente com protensão parcial, com grandes vãose carregamentos elevados : pontes, viadutos, barragens, silos,

pistas de aeroporto, pisos industriais pesados, etc.

Exemplos de obras em concretoprotendido moldado “in loco” com ocordoalhas aderentes : pontes embalanços sucessivos, silos, laje degrandes vãos (laje do subsolo do PalácioAvenida em Curitiba, com vãos da ordemde 14 metros), pista de taxiamento doAeroporto Afonso Pena (Curitiba).

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b) SEM ADERÊNCIA : estruturas leves moldadas “in-loco” (vigas e/oulajes), normalmente com protensão parcial, com vãos máximos daordem de 10,00 m, com carregamentos leves a moderados :edifícios residenciais e comerciais, pisos industriais, radiers deedifícios populares, etc.

Fundações de casas populares em radier protendido com cordoalha engraxada.

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Pisos industriais

Museu Nacional de Arte Contemporânea – Niterói – RJ

Reservatório Cilíndrico – Flórida – EUA

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Edifício em lajes lisa maciça protendida com cordoalhas engraxadas.

Laje nervurada protendida apoiada sobre vigas faixa protendidas

A protensão completa ou total só é utilizada em casos especiais, ondeprecisamos de estruturas sem fissuração devido a problemas de agressividadedo meio-ambiente, por necessidade de estanqueidade ou por exigência depoucas vibrações, pois é uma solução bastante cara. Aplica-se a estruturascomo reservatórios, centrais nucleares, obras em meio extremamente agressivo,etc.

5.1.1. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CONCRETO

PROTENDIDO

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Podemos citar várias vantagens na utilização de estruturas emconcreto protendido :

a) Redução da fissuração, aumento da durabilidadeb) economia de concretoc) economia de açod) redução de flechase) previsibilidade do comportamento estruturalf) resistência à fadigag) melhoria no combate aos esforços de cisalhamentoh) grandes vãosi) estanqueidade  j) peças esbeltas e arrojadas estruturalmente

Entre as desvantagens podemos citar :

a) custo elevado para pequenos vãosb) não apropriada para estruturas que exijam massa de concretoc) maiores cuidados de projetod) maiores cuidados na execução

5.1.2. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE PROTENSÃO

Os dois sistemas de protensão apresentam características bemdiferentes entre si e podemos compará-las na tabela abaixo :

PROTENSÃO COM ADERÊNCIA PROTENSÃO SEM ADERÊNCIAMelhor distribuição das fissuras e maiorsegurança à ruína

Fissuras mais acentuadas e carga deruína inferiores

Maior segurança em situações extremas(incêndios, explosões e terremotos)

Segurança restrita em caso deincêndio, porém cabos podem sertrocados ou reprotendidos

PROTENSÃO COM ADERÊNCIA PROTENSÃO SEM ADERÊNCIAUtiliza bainhas metálicas para até quatrocordoalhas por bainha, em trechos de6m com luvas de emenda e vedação

Corodalha única com graxa e bainhaplástica contínua, fornecida pronta pelafábrica

Manuseio de cordoalhas (enrolar edesenrolar) feito com várias cordoalhassimultaneamente (em torno de 3,2 kg/m)

Manuseio de apenas uma cordoalhapor vez (em torno de 0,89 kg/m)

Cuidados na concretagem para nãodanificar a bainha metálica A bainha plástica é resistente aostrabalhos de obra, inclusiveconcretagem

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Macaco de furo central, pesado, quedeve ser colocado pela ponta dacordoalha (+/- a 50 cm da face do

concreto

Macaco leve, de dois cilindros, queenvolve a cordoalha junto à face doconcreto

Protensão executada em 4 níveis depressão hidráulica, com respectivasleituras de alongamento, correção detabela e medida de perda por cravação

Protensão feita em apenas umaoperação do macaco, pois não háretificação da cordoalha (única)

Lavagem das cordoalhas por dentropara diluição de eventual infiltração depasta na concretagem evitandotravamento das cordoalhas

Procedimento desnecessário

Retirada da água de lavagem da bainhapara evitar diluição da pasta com ar

comprimido

Procedimento desnecessário

Injeção de pasta de cimento, preparadacom misturador elétrico e injetada combomba elétrica

O aço de protensão já é fornecido coma proteção da graxa e da bainhaplástica

Dimensões avantajadas da bainhadiminuem excentricidade dos cabos

Possibilita grandes excentricidades(importante em lajes finas)

Perdas consideráveis por atrito Pequenas perdas por atritoMaior segurança em situações extremas(incêndios, explosões e terremotos)

Segurança restrita em caso deincêndio, porém cabos podem sertrocados ou reprotendidos

Como a protensão sem aderência vem se firmando como uma soluçãovantajosa, técnica e economicamente, em edificações de uma maneira geral,vamos analisar com maior ênfase este processo.

Particularmente vamos estudar as estruturas em lajes protendidascom monocordoalhas engraxadas para edificações. 

6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA PROTENSÃO NÃOADERENTE COM CORDOALHAS ENGRAXADAS

6.1. MATERIAIS DE PROTENSÃO

a) CORDOALHA : arames de aço de alta resistência enrolados entresi ou ao redor de um fio central. Em cabos não aderentes, acordoalha utilizada é a de sete fios. Características das cordoalhas

de 7 fios :

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CP 175  CP 190 

RN  RB  RN  RB 

CARACTERÍSTICA 

1/2"  5/8"  1/2"  5/8"  1/2"  5/8"  1/2"  5/8" 

Diâmetro nominal (mm) 127  15,2  12,7  15,2  12,7  15,2  12,7  15,2 Tolerância no diâmetro

(mm)  ± 0,3  ± 0,3  ± 0,3  ± 0,3  ± 0,3  ± 0,3  ± 0,3  ± 0,3 

Seção Nominal (mm²)  96,5  141,0  96,5  141,0  100,2  145,5  100,2  145,5 Peso Nominal (kg/m)  0,756  1,100  0,756  1,100  0,785  1,140  0,785  1,140 

Módulo de Elasticidadeaprox. (MPa)  195.000 195.000 195.000 195.000 195.000  195.000  195.000 195.000

Resistência mínimaà tração (MPa)  1.750  1.750  1.750  1.750  1.900  1.900  1.900  1.900 

Limite deescoamento (MPa)(def. perm. 0,2%) 

1.500  1.500  1.580  1.580  1.600  1.600  1.710  1.710 

Alongamento mínimo na

rutura (%) 

3,5  3,5  3,5  3,5  3,5  3,5  3,5  3,5 

Relaxação máxima após1.000h a 20º C para cargaInicial de 75% da carga de

rutura mínimaespecificada (aprox.) (%)

10  10  3  3  10  10  3  3 

RN = relaxação normalRB = relaxação baixa

Normalmente se utilizam as cordoalhas CP 190 RB no diâmetro de ½”ou, menos frequentemente, no diâmetro de 5/8”.

b) CABO : é o conjunto completo composto dos dispositivos deancoragens, aço de protensão (cordoalha), revestimento de graxae bainha plástica feita de polietileno de alta densidade (PEAD). Eleproporciona a força de protensão que vai agir sobre o concreto.

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A cordoalha revestida com graxa e a bainha plástica é fornecida pelofabricante. A montagem do cabo é realizada por uma firma especializada emprotensão, pela própria construtora ou empresas sub-contratadas.

c) ANCORAGENS : são as peças mecânicas incluindo todos oscomponentes requeridos para ancorar (fixar) o aço para protensãoe transmitir permanentemente a força de protensão ao concreto.Podem ser :- ancoragem ativa : colocada na extremidade ativa do cabo que é

usada para tensionar e fixar o aço para protensão (cordoalha).- ancoragem passiva : ancoragem da ponta final do cabo,

normalmente colocada e fixada numa das extremidades do caboantes de este chegar ao local da obra (pré-blocagem); não é usadapara aplicar a protensão ao cabo.

- ancoragem intermediária : uma ancoragem localizada emqualquer ponto ao longo do comprimento do cabo, que pode serusada para tensionar um dado comprimento do cabo sem anecessidade de cortá-lo. Normalmente usada em intervalos deconcretagem para possibilitar a antecipação da protensão eremoção da fôrma.

Ancoragem ativa (placa + cunhas + molde) Ancoragem passiva

Ancoragem intermediária Placa de ancoragem As ancoragens são compostas de :

- placas de ancoragem : peça normalmente de ferro fundido dúctil,que aloja as cunhas e é usada para transferir a força de protensãopara o concreto. O furo tronco-cônico da placa de ancoragem paraalojamento da cunha tem a superfície regular, porém rugosa.

- cunha : peça de metal tronco-cônico com dentes que mordem oaço de protensão (cordoalha) durante a transferência da força deprotensão do macaco hidráulico para a ancoragem. Os dentes são

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adoçados na ponta mais fina para assegurar o desenvolvimentogradual da força do cabo sobre o comprimento da cunha. Cunhasbipartidas são normalmente usadas para cabos monocordoalhas.

Conjunto de elementos de uma ancoragem ativa

6.2. MATERIAIS AUXILIARES DE MONTAGEM

a) NICHOS PLÁSTICOS : Peça plástica de utilidade temporáriausada na extremidade ativa durante o lançamento do concretopara moldar uma abertura (nicho) nele, que permita aoequipamento de protensão (macaco) acessar a cavidade da placade ancoragem.

Nicho plástico cortado a 45º em casoparticular de cabos não ortogonais àborda da forma

b) CADEIRINHAS (apoios plásticos) : Dispositivos metálicos ouplásticos usado para apoiar e segurar os cabos de pós-tração emsua respectiva posição de projeto, prevenindo deslocamentosantes e durante a colocação do concreto.

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6.3. MATERIAIS DIVERSOS

Materiais utilizados durante os processos de montagem, concretagem,tracionamento e acabamentos dos serviços de protensão :mangueiras, vedações, arame recozido n°18, estilete, fita adesiva,cap’s, estopa, esmalte sintético, tinta, trena, medidor.

6.4. EQUIPAMENTOS

a) MACACO HIDRÁULICO : dispositivo mecânico usado para aplicarforça no cabo de protensão. Todo o conjunto de tensionamentoconsiste normalmente de macaco, bomba hidráulica de altapressão, mangueiras e manômetro de pressão.

b) MAÇARICO : normalmente de oxiacetileno, utilizado para corte dascordoalhas após o tracionamento dos cabos.

c) LIXADEIRA (policorte) : normalmente utilizada para corte dascordoalhas durante a montagem dos cabos.

7. PROJETO ESTRUTURAL – LAJES PROTENDIDAS

A crescente utilização das monocordoalhas engraxadas em lajes

protendidas de edifícios, no Brasil e no mundo, tem explicação em algumasvantagens que o sistema traz em relação às estruturas em concreto armadoconvencional. Entre elas podemos citar :

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- possibilidade de grandes vãos com grande esbeltez de laje,permitindo maior liberdade arquitetônica

- maior área útil por pavimento e maior flexibilidade no aproveitamentodo espaço devido a redução do número de pilares- economia na estrutura para vãos superiores a 7,0 m- menor espessura média dos pavimentos, acarretando menor altura

nos edifícios e menor carga nas fundações- formas mais simples e mais baratas- maior rapidez na desforma e retirada de escoramentos- redução e eventual eliminação de flechas e fissuração nas lajes- flexibilidade na distribuição de dutos e outras instalações sob as lajes

Abaixo um comparativo de custos entre lajes protendidas e em

concreto armado, apresentado no catálogo técnico do sistema Freyssinet :

Além das vantagens citadas, vale lembrar que, para se obter omáximo de aproveitamento em um projeto de lajes protendidas, é imprescindívela participação de todos os profissionais envolvidos no desenvolvimento dosprojetos do empreendimento assim como dos responsáveis pela sua execução,de maneira a se otimizar a concepção do projeto e todas as etapas executivas,garantindo segurança, economia e máximo aproveitamento das vantagens

técnicas do sistema estrutural.7.1. A CONCEPÇÃO DO PROJETO ESTRUTURAL

O projeto de estrutura em concreto protendido de lajes paraedificações deve atender às prescrições das Normas Brasileiras pertinentes,principalmente a ABNT NBR 6118:2003 – Projeto de Estruturas de Concreto –Procedimento.

A determinação do tipo estrutural a ser adotado depende de váriosfatores, que devem ser estudados em conjunto com o projetista arquitetônico e oconstrutor da obra. O arquiteto precisa levar em conta determinadas

características das estruturas protendidas e tirar partido arquitetônico disto, tantono aspecto estético como no aspecto prático, de execução da obra. O construtor

LAJE EM CONCRETO ARMADO

LAJE PROTENDIDA  

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precisa conhecer peculiaridades do processo executivo que muitas vezes diferemdas estruturas convencionais, e quanto melhor for o domínio da nova técnicamais otimizados poderão ser seus custos. Muitas vezes o custo mais elevado não

decorre do consumo de materiais, que pode até sofrer reduções conforme assoluções comparadas, mas de processos executivos deficientes.

Alguns itens que merecem estudo mais detalhado :

- modulação de pilares : as lajes de concreto protendido têm eficiênciaestrutural melhorada se os pilares puderem obedecer uma distribuição modulada,com pilares alinhados em duas direções ortogonais.

- vãos das lajes : como as lajes protendidas são mais econômicaspara vãos superiores a 7,00 m, convém trabalhar com vãos estruturais em tornodeste valor (de 6,00 a 8,00 m).

- distribuição de vagas em garagens : se for necessário distribuirpilares em garagens, vale a pena estudar esta distribuição em conjunto com ospavimentos superiores, de forma a procurar um vão adequado na garagem (7,50a 7,60 m entre eixos de pilares) que possa permitir o estacionamento de 3veículos, por exemplo, e que possam ter continuidade em todos os pisossuperiores, sem interrupções e nem necessidade de transições.

- dimensões mínimas de pilares : os pilares que suportam lajesprotendidas, sem vigas, devem ter dimensão mínima de 25 cm, e isto deve serlevado em conta no projeto arquitetônico. Se o edifício for alto, a estabilidadeglobal deve ser garantida com paredes estruturais (caixas de elevadores e deescada) e alguns pilares podem ter dimensões avantajadas.

- balanços e vãos extremos : sempre que possível, deve-se evitar olançamento de pilares em bordos de lajes, prevendo-se balanços além do pilarmais extremo, mesmo que pequenos. Os vãos extremos, se possível, devem tercomprimento menor que os vãos seguintes internos, de maneira a se manter osvalores de momentos fletores dentro de uma mesma ordem de valores. Deve seevitar vãos isostáticos, onde a eficiência dos cabos de protensão cai muito,devido a falta de excentricidade geométrica na disposição do cabo.

- o projeto arquitetônico deve tirar partido da estrutura esbelta em lajelisa, principalmente nos seguintes aspectos :

! bordos lisos, sem vigas ou vergas : acrescentar vergas

posteriormente em janelas e aberturas pode significar aumento de custos. Talvezcompense estudar alternativas de esquadrias ou outros materiais de fechamento! laje totalmente plana e com contra-piso zero : evitar a

utilização de rebaixos em sacadas ou banheiros, pois comprometem a eficiênciada laje protendida. Uma alternativa é a utilização de pisos elevados, mesmo queexternos.

- tipo e espessura de lajes : as possibilidades de tipos estruturais emlajes de concreto protendido são bem variadas, e veremos as possibilidades noscapítulos seguintes.

7.1.1. ESQUEMAS ESTRUTURAIS

Os principais tipos de lajes adotados para lajes protendidas são aslajes lisas e as lajes nervuradas. As lajes lisas apresentam vantagens em relação

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às demais lajes, porém podem necessitar de reforços nos apoios devido aopuncionamento.

Laje lisa maciça

Edifício residencial em laje lisa maciça – Curitiba - PR

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Laje cogumelo maciça comengrossamentos na região

dos pilares (capitéis)

Laje maciça com vigas faixa

As soluções em laje maciça com capitéis ou com vigas faixa, porapresentarem uma espessura maior que a laje como um todo, necessitamnormalmente de um revestimento de forro, que pode aumentar os custos da obra,se estiverem previstos antecipadamente.

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Laje nervurada com vigas

faixa. As nervuras podemser definidas por formasplásticas (cabacinhas),blocos de EPS (isopor),blocos plásticos, blocos deconcreto leve e até mesmoblocos cerâmicos. A soluçãomais utilizada é a de formasplásticas, que sãoremovíveis, deixam aestrutura bastante leve

(espessura média pequena)e podem comporarquitetonicamente.

Estacionamentos do Park Shopping Barigui – Curitiba – PRLaje nervurada protendida, utilizando monocordoalhas engraxadas, com vãos de10 m, apoiadas sobre vigas faixa com vãos de 16 m.

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Laje nervurada com capitéissobre os pilares. As

nervuras podem serdefinidas como na soluçãoanterior. Também é umasolução bastante leve,porém pode necessitar derevestimento inferior (forro).

Outras soluções podem ser adotadas para lajes protendidas :

- Laje maciça ou mista (com EPS ou blocos cerâmicos) excutadasobre painéis treliçados (tipo pré-laje). A protensão normalmente é feita em duasdireções.

- Lajes em vigotas apoiadas sobre vigas faixa protendidas. A lajetreliçada, utilizando blocos de EPS ou cerâmicos, pode eventualmente serprotendida.

7.1.2. DIMENSÕES ESTRUTURAIS

No caso de lajes protendidas as dimensões mínimas devem respeitaros limites estabelecidos pela Norma Brasileira ABNT NBR 6118:2003, queestabelece :

- espessura mínima de 15 cm para lajes maciças com protensãoapoiadas em vigas, sendo l/42 para lajes de piso bi-apoiadas e l/50 para lajes depiso contínuas (l = vão da laje)

- espessura mínima de 16 cm para lajes lisas maciças

- espessura mínima de 14 cm para lajes cogumelo maciça (comcapitéis, fora da região dos capitéis)

- em lajes nervuradas protendidas, a espessura mínima da capa deve

ser de 1/15 da distância entre nervuras e maior ou igual a 3 cm. As nervurasdevem ter largura mínima de 8 cm.

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No gráfico abaixo, obtido pelo Eng. Manfred T. Schmid, pode-sedeterminar a espessura de lajes lisas e cogumelos, em concreto armado ouprotendido, para pisos com sobrecarga total de até 300 kgf/cm2.

Nas tabelas abaixo, o Eng. Alexandre Emerick apresenta a relaçãovão/espessura usual para seções típicas de lajes protendidas.

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7.1.3. DETALHAMENTO DAS ARMADURAS

No projeto de lajes protendidas, como a protensão é parcial (nível 1),há a necessidade de se colocar armadura passiva (não protendida) adicional,para absorver as tensões de tração não absorvidas pela protensão, e paracontrolar a fissuração.

Os cabos para protensão, podem ser distribuídos de várias maneiras :

- uniformemente distribuídos em duas direções ortogonais- concentrados em faixas sobre os pilares em duas direções

ortogonais, armando com ferragem passiva os painéis internos ou mesmo comcabos mais distribuídos

- concentrados em faixas sobre os pilares numa direção e distribuiídosuniformemente na outra direção

Esta última alternativa é a mais utilizada. Como os esforços em lajeslisas ou cogumelos têm maior intensidade nos alinhamentos de pilares, érecomendável que os cabos de protensão se concentrem nestas faixas. Porém,

como o acúmulo de cabos e armaduras passivas sobre os pilares normalmente é

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muito grande, adota-se uma direção para concentrar os cabos sobre os pilares ena outra direção os cabos são simplesmente distribuídos.

A armadura passiva, com várias funções, pode ser assim distribuída :

- armadura suplementar : normalmente distribuída na face inferior dalaje e concentrada na face superior da laje, sobre os pilares

- armadura de puncionamento : armadura em torno dos pilares- armadura de fretagem : armadura de distribuição de tensões em

torno das ancoragens dos cabos- armaduras de borda : como as lajes protendidas normalmente não

tem vigas de bordo, é recomendável a colocação de armadura de reforço aolongo de todo o perímetro da laje

- armaduras de reforço : colocadas em furos, aberturas, regiões demudança de direção de cabos, etc.

O projeto estrutural deve apresentar o desenho detalhado de todasestas armaduras, de forma clara e precisa, de maneira a permitir o perfeitoentendimento e sua montagem na obra.

Desenhos e detalhes ilustrando estas armaduras se encontram noitem 7.2. mais adiante.

7.1.4. RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS

7.1.4.1. FUROS, REBAIXOS, ARMADURAS DE ESPERA

Qualquer furo, rebaixo e esperas de armaduras para pilaretes, cintasou vergas, devem ser previstos em projeto e executados de acordo com osdetalhes e recomendações do projeto estrutural. Qualquer necessidade deste tipona obra, sem previsão no projeto estrutural, só pode ser executada com oconhecimento do engenheiro estruturista e sua devida autorização. Alteraçõesnas especificações de materiais, detalhes de armaduras, disposição dearmaduras passivas ou ativas, dimensões de peças estruturais e outras deinteresse estrutural só podem ser efetivadas com autorização do autor do projeto.

7.1.4.2. ESCORAMENTOSDevido ao peso próprio da laje a ser executada superar bastante o

valor da carga acidental para a qual a laje foi projetada, deve-se preverreescoramento nas lajes inferiores. O número de pisos onde se deve prever oreescoramento é definido pelo projetista da estrutura, em função do tipo de laje aser executada e a carga acidental considerada nas lajes. O dimensionamento edetalhamento do escoramento normalmente não faz parte do projeto estrutural, edeve ser solicitado separadamente.

A figura abaixo é apenas ilustrativa de uma situação de escoramento

para uma seqüência de lajes protendidas. Cada projeto deve ter sua situaçãoparticular analisada e ter um projeto específico de escoramento desenvolvido.

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7.2. DESENHOS DO PROJETO ESTRUTURAL

Além da representação gráfica das formas e armaduras, como citadono item 7.1.3., o projeto deve trazer todas as informações necessárias à

execução das lajes protendidas tais como :- classe do concreto- especificações do aço de protensão e do aço comum adotados no

projeto- resistência do concreto na idade da protensão, normalmente atingida

aos três dias de idade do concreto- alongamento teórico dos cabos : após a protensão dos cabos, leitura

e registro dos alongamentos reais obtidos em obra, o projetista da estrutura deveanalisar estes dados e liberar o corte dos cabos na obra

Os desenhos apresentados a seguir são de um projeto estrutural deum edifício em lajes lisas maciças protendidas, desenvolvido pela empresaproCalc Estruturas S/C Ltda, para a empresa Hauer Construções Civis Ltda.Posteriormente a construtora Hugo Peretti & Cia adquiriu o empreendimento,ainda na sua primeira laje, e está concluindo a obra. O edifício fica localizado àRua Cambará, em Curitiba-PR.

O Edifício Melbourne se encontra em fase de execução, sendo que osserviços de protensão estão sendo executados pela empresa Impacto Sul. A obraé composta de duas torres idênticas com :

- subsolo- pavimento térreo comum às duas torres – laje protendida

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- seis pavimentos tipo em duas torres – laje protendida- piso do duplex inferior – laje protendida- atico, cobertura, casa de máquinas e caixa d’água

Distribuição dos pavimentos do Edifício Melbourne

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Edifício Melbourne – Vista parcial de uma das torres

Vista parcial – Montagem da laje protendida do pavimento tipo

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Vista parcial – Montagem da laje protendida do pavimento tipo

7.2.1. FORMAS DO PAVIMENTO TIPO

PLANTA

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CORTES

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7.2.2. ARMADURAS ATIVAS (DE PROTENSÃO)

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PLANTA DOS CABOS CONCENTRADOS EM FAIXASHORIZONTAIS

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PLANTA DOS CABOS DISTRIBUÍDOS VERTICAIS

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ELEVAÇÃO GENÉRICA DOS CABOS

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DETALHES DAS ANCORAGENS

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7.2.3. ARMADURA PASSIVAS (SUPLEMENTARES)

ARMADURA PASSIVA INFERIOR HORIZONTAL

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ARMADURA PASSIVA INFERIOR VERTICAL

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ARMADURA PASSIVA SUPERIOR HORIZONTAL

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ARMADURA PASSIVA SUPERIOR VERTICAL

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ARMADURA DE PUNCIONAMENTO PARA PILARES DE CANTO

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ARMADURA DE PUNCIONAMENTO PARA PILARES LATERAIS

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ARMADURA DE PUNCIONAMENTO PARA PILARES CENTRAIS

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ARMADURA DE FRETAGEM NAS ANCORAGENS

ARMADURA DE REFORÇO EM FUROS

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7.2.4. DETALHES EXECUTIVOS

Detalhe genérico de uma ancoragem ativa

Detalhe de montagem de uma ancoragem ativa

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Ancoragens ativas no Ed. Melbourne com detalhes da armadura de fretagemDas cadeiras de apoio dos cabos

Detalhe da armadura de fretagem em torno de um pilar

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Armadura de puncionamento através de conectores (studs), maiseficientes e mais fáceis de montar que a armadura convencional

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Vista parcial de uma laje onde se percebe a concentração de cabos em faixasnuma direção e distribuídos na outra direção, além das armadurascomplementares distribuídas na face inferior da laje

Cuidados especiais nas passagens de furos e aberturas em lajes

8. EXECUÇÃO

8.1. MATERIAIS UTILIZADOS

8.1.1- Ancoragens;8.1.2- Cunhas;8.1.3- Pocket Former(Nicho plástico);8.1.4- Arame recozido n°18;8.1.5- Estilete;8.1.6- Fita adesiva;

8.1.7- Mangueiras;8.1.8- Cap’s;8.1.9- Estopa;8.1.10- Esmalte Sintético;8.1.11- Tinta;8.1.12- Macaco Hidráulico;8.1.13- Trena;8.1.14- Medidor;

8.2. DADOS DOS MATERIAIS

8.2.1 AÇO PARA PROTENSÃO

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O aço para protensão deve ser a cordoalha engraxada CP 190 RB -12,7mm ou 15,2mm. 

A cordoalha deve receber uma camada de graxa anti-corrosiva e um

revestimento de plástico extrudado. Rasgos ou defeitos na blindagem devem serconsertados antes de lançar o concreto. Pequenos rasgos na seção livre dasblindagens de cabos com menos de 8 cm de comprimento, devem ter uma luvalocalizada sobre a cordoalha antes de envolver a fita adesiva.

8.2.2 ANCORAGENS E CUNHAS

As ancoragens de ferro fundido nodular, resumidamente, são compostasde elementos químicos variados, e entre os principais estão o carbono, silício,estanho e o cobre. E de acordo com as quantidades colocadas desses elementosobtem-se a estrutura e as propriedades mecânicas da peça.

As cunhas são de aço de sofrem tratamento para obterem dureza naquantidade e profundidade pretendida.

8.3. SISTEMA DE PROTENSÃO

Cabos de aço são tensionados depois do concreto colocado no local.Primeiramente, as formas são erguidas e cabos são colocados nas

posições apropriadas nas formas. Depois, barras de aço de reforço sãocolocadas em posições específicas e todo restante da armação também.

No próximo passo, o concreto é colocado nas formas e deixado curar atéadquirir a resistência exigida no projeto, mas também obedecendo o tempo decura determinado pelo projetista.

Depois o cabo é tensionado por um macaco hidráulico o qual empurradiretamente a âncora fixada no concreto endurecido. A força no aço é entãopermanentemente transferida para o concreto através do dispositivo deancoragem na extremidade do elemento estrutural.

8.4. DOCUMENTAÇÃO

Certos documentos são fundamentais para o sucesso na execução deestruturas com cabos de protensão não aderentes. Estes documentos são:

a) desenhos de execução e detalhamento;b) documentos com as especificações dos materiais comprados;c) certificados dos materiais recebidos;d) certificado de aferição dos macacos;e) tabelas de alongamento obtidos com aprovação do

engenheiro responsável;

Cada um destes documentos deverá estar na posse do pessoal deexecução, de fiscalização e do dono da obra. Após a conclusão do serviço, umacópia de cada um destes documentos deverá ficar arquivada no arquivo

permanente da obra.

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8.4.1 DESENHO DE INSTALAÇÃO

Instalação de qualquer elemento pós-tensionado devem somente ser

executados com selo de “APROVADOS PARA EXECUÇÃO” e assinatura doengenheiro estrutural. Os desenhos deverão detalhar numero, tamanho,comprimento, marca, alongamento teórico, perfil (trajetória do cabo) e localização(ambos em plano e elevação) de todos os cabos. Nestes desenhos tambémdeverão constar armadura passiva necessária não só a flexão e cisalhamento,mas também de fretagem. Se os desenhos vierem a ser alterados, os novosdesenhos deverão ser marcados de modo a mostrarem as revisões existentes.

8.4.2 LISTA DE REMESSAS

Cada carregamento dos materiais entregues no local de trabalho devem

ser acompanhados por uma lista que detalha especificadamente aquelesmateriais incluídos no carregamento. A quantidade dos materiais entregues deveser verificada de encontro à lista do transporte, para então os materiais seremdescarregados. As discrepâncias devem ser relatadas ao contratante geral ou aoseu designado imediatamente.

8.4.3 CERTIFICADO DOS MATERIAIS

As propriedades físicas de materiais são descritas pelas certificações demateriais fornecidas pelo fornecedor quando requeridas pelos originais docontrato. Tais certificações, que podem acompanhar o carregamento ao local dotrabalho ou podem chegar pelo correio, devem ser enviadas ao contratante geralou ao seu designado. Devem estar prontamente disponível para a referênciaquando necessitada.

8.4.4 CALIBRAGEM DO MACACO

Cada unidade de tensão do equipamento (macaco e calibre de pressão)fornecido pela firma de protensão deve ser acompanhado por uma carta dacalibração que relaciona a pressão de calibre à força aplicada a um cabo. Ascartas da calibração devem chegar com o equipamento e devem estar

disponíveis para o uso da equipe de tensionamento e inspetores toda hora que aoperação de tensão for tomada. A face do medidor deve ser marcada paramostrar a leitura máxima da pressão para tensionar.

8.4.5 REGISTROS DE ALONGAMENTO

Os registros de alongamento devem estar disponíveis para o uso pelasequipes de protensão e pelos inspetores do projeto. É de responsabilidade docontratante geral ou do seu designado para enviar imediatamente os registros deprotensão terminados para a revisão e a aprovação pelo coordenador estruturalantes do corte das caudas dos cabos.

8.5. MANUSEIO E ESTOCAGEM

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Durante processo de descarregamento todo cuidado deve ser tomado paranão danificar a capa que envolve as cordoalhas. Recomenda-se que cintas de

nylon sejam usadas durante descarregamento dos materiais. Nunca usecorrentes ou ganchos para descarregar cabos, danos severos podem resultar.O processo de descarregamento deve ser feito mais próximo possível à

área de armazenamento designada para evitar a manipulação excessiva dosmateriais. Os movimentos múltiplos do armazenamento aumentam apossibilidade de danos a componentes da capa e outros do sistema.

Todos os cabos devem ser armazenados em uma área seca e sobreestrados. Os cabos não devem ser expostos à água, sais, cristais de gelo, ou anenhum outro formulário de elementos corrosivos. Quando o armazenamento alongo prazo é requerido, os cabos devem ser protegidos da exposição à luz solaraberta por períodos de tempo longos. O armazenamento não deverá ser feito no

local da obra, pois sempre oferece piores condições. A maioria dos cabos são enviados nos pacotes e unidos. Os pacotes são

comprimidos e quando cortados por um cortador da faixa podem saltar distanterapidamente. Isto pode ser perigoso e muito cuidado deve ser tomado ao cortaras faixas.

Cunhas e ancoragens devem ser armazenadas em uma área limpa, seca eidentificado por um andar individual e/ou uma seqüência programada. Estascargas devem unicamente ser usadas em sua programação pretendida.

No recebimento dos equipamentos deve-se tomar cuidado para que omacaco e o medidor nunca estejam separados. Cada macaco e o medidor sãocalibrados conforme a unidade.

Verificar no calibre e no macaco para um número que corresponde àquelenos registros da calibração. Os macacos serão calibrados antes que sejamenviados ao trabalho. No evento, há qualquer discrepância contate o engenheiroresponsável ou seu designado imediatamente para a definição. Não espere até odia de protender para identificar um problema.

Armazene o equipamento de protensão em um lugar seguro, limpo, seco eque permita acesso ao equipamento somente ao pessoal treinado, qualificado.

Condições inadequadas de

armazenamento dos cabos

8.6. RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA CADA ETAPA

8.6.1 CORTE DAS CORDOALHAS E PRÉ-BLOCAGEM

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As cordoalhas devem ser cortadas com comprimento suficiente queexceda a extremidade da forma para permitir o tensionamento. É exigido um

comprimento mínimo de 30 cm para cada extremidade tensionada.As cordoalhas devem estar claramente identificados por um código decores para fácil disposição, como está mostrada nos desenhos. Cada cordoalhadeve estar acompanhado por uma placa marcadora, indicando o número doscabos, comprimento, código de cores.

Desencapar cerca de 450 mm de cordoalha, de modo a providenciarcomprimento suficiente de cordoalha para ser segura pela cunha do macaco;

Colocar a ancoragem com a cunha encostada manualmente em uma placade reação;

A cunha deverá ser cravada com o macaco para a força total de protensãoprevista no projeto – normalmente 15 tf. Se a cunha não for cravada com a força

total de projeto, existirá o risco de escorregamento durante a protensão naextremidade ativa.

Cabos montados, amarrados eidentificados, prontos para seremencaminhado à obra.

8.6.2 LOCAÇÃO DE CABOS E ANCORAGENS

A montagem dos cabos deverá ser feita antes da colocação de condutoresde eletricidade e outros dispositivos mecânicos. Sempre que haja interferênciaentre cabos e outros dispositivos deve-se consultar o engenheiro responsávelpara a relocação de um dos dois.

Localize as linhas centrais dos feixes nas formas laterais da laje, como

mostrado no desenho do layout dos cabos. Localiza-se e marca-se asancoragens ativas nas formas laterais. Então, o empreiteiro deve providenciarfuros de 25 mm de diâmetro nas formas laterais da laje distanciando lateralmenteum mínimo de 8cm um furo do outro. Fixa-se as ancoragens ativas com pocketforms(nicho plástico) seguramente nas formas laterais.

Coloca-se a fretagem indicada no projeto. Posiciona-se os apoios, asbarras de suporte e os cabos de acordo com os layouts. Para lajes de duasdireções, siga a locação na sequência dos desenhos, ou detalhes mostrando asequência de locação para áreas críticas.

Cabos da laje cruzando viga, devem ser fixados diretamente às barrassuperiores (negativas) longitudinais da viga, se o eixo apropriado desse cabo é

mantido.

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Nas extremidades ativas dos cabos, revista a extremidade da mangueiracom caps que envolve o cabo com fita resistente para prevenir escoamento decimento dentro das ancoragens. O concreto deve ser colocado de maneira a não

interferir nos perfis dos cabos; o operário deve ser prevenido para não andarsobre os cabos e sobre as barras suporte. Qualquer cabo deslocado durante aconcretagem deve ser relocado ao seu perfil original antes do concreto assentar.

8.6.3 CONCRETAGEM

8.6.3.1 FISCALIZAÇÃO ANTES DO LANÇAMENTO DO CONCRETO

A fiscalização da armadura é uma das operações mais importantes naexecução da obra. Esta inspeção deverá ser feita por engenheiro especializado.Os pontos a serem verificados são:

a) Firmeza da fixação das ancoragens passivas;b) Comprimento de cabo exposto na extremidade passiva;c) Espessura do revestimento plástico das cordoalhas suficiente e

uniforme;d) A cordoalha não deve apresentar pontos de corrosão nas regiões

em que se encontra desencapada;e) As ancoragens devem ter aparência uniforme e sem deformações

ou porosidades;f) Inspecionar os certificados dos materiais empregados;g) Posicionamento em perfil das cordoalhas e respeito a tolerâncias;h) Verificar o aspecto das curvas entre pontos de referência, pois estas

devem ser suaves;i) Alinhamento horizontal das cordoalhas;  j) Integridade do capeamento plástico das cordoalhas. No caso de

danos verificados, cuidar dos respectivos reparos;k) Tipo de armadura de suporte ou caranguejo de acordo com o

projeto;l) Rigidez de ligação das ancoragens ativas na forma do nicho;m) Colocação da armadura de fretagem;n) Descrição do método de lançamento do concreto para não danificar

o posicionamento dos cabos;o) Verificação do número de cabos colocados conforme desenhos deexecução aprovados;

p) Verificação de toda a armadura passiva;q) Perpendicularidade das cordoalhas na sua ligação com as

ancoragens;r) Verificação do espaço útil para colocação dos macacos para a

operação de protensão;

8.6.3.2 CONCRETAGEM

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Os seguintes procedimentos são recomendados para o lançamento doconcreto:

a) O lançamento deverá seguir as prescrições das normas brasileirasem vigor;

b) Qualquer aditivo contendo qualquer tipo de cloreto deverá serformalmente proibido;

c) Nenhum concreto deverá ser lançado antes da inspeção dasarmaduras e cabos;

d) O método de lançamento deverá ser definido de forma a manterinalteradas as posições das cordoalhas e da armadura passiva. Sehouver algum deslocamento de armadura, esta deverá ser corrigidaantes de prosseguir com o lançamento do concreto;

e) Deverá ser tomado cuidado especial com a colocação e vibração doconcreto na região das ancoragens de forma a se evitarem vaziosque provoquem concentrações de tensões;

f) Deverá ser evitado o acumulo de concreto em lugaresdeterminados, e o espalhamento deverá evitar a mudança deposição das armaduras;

g) A altura de lançamento deverá ser cuidada de forma a evitarsegregação e alteração na posição das armaduras;

h) Os tubos da bomba de concreto se usada, deverão ser apoiados deforma a não encostarem nas armaduras;

i) Deverá ser mantido o contato de vibradores com as cordoalhas;8.6.4 TENSIONAMENTO

A operação de protensão não deve se iniciar até que estejam disponíveisos resultados dos ensaios de corpos de prova do concreto, onde se comprove

que o concreto atingiu a resistência mínima especificada no projeto.A operação de protensão deve ser feita sob o controle de uma pessoaexperiente com este tipo de trabalho. Essa pessoa deve fazer um rígido controlede todas as operações, desde que tenham sido feitos os testes de concreto, feitosob as condições de obra e indicando que o concreto alcançou uma resistênciamínima exigida no projeto.

Todo aço de pós-tensão deve ser tensionado por pequenas bombashidráulicas, equipadas com manômetros de pressão hidráulica calibrado. Umdiagrama de calibragem deve acompanhar cada bomba. Se ocorrerem diferençasentre a extensão medida e a leitura do manômetro a unidade de leitura deve sercalibrada. Uma tolerância de alongamento deve ser especificada pelo projetista.

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A operação de tensionamento procede como a seguir:

a) As laterais das formas deverão ser removidas o mais cedo possível para

permitir a retirada da forma de plástico(pocket forms) do nicho e limpezadeste enquanto o concreto ainda está fresco. Remova os pocket forms dasextremidades ativas, cheque dentro de cada cavidade para certificar queas ancoragens não possuem cimento. Senão, remova esse cimento;

b) Verificar a integridade do concreto nos nichos e em todas as superfíciesaparentes. Se for detectada qualquer anormalidade como vazios ouporosidade anormal no concreto, deve-se avisar o pessoal responsável,antes da operação de protensão;

c) Insira cunhas manualmente, lado a lado, dentro de cada ancoragem;d) Faça uma marca em cada extremidade ativa do cabo, utilizando um

medidor, a uma distância fixa da aresta da laje;

e) Verificar o macaco de protensão:1) verificar a limpeza do equipamento, especialmente as cunhase seus apoios no macaco;

2) verificar as condições e extensão dos cabos de força dasbombas elétricas;

3) verificar o aterramento de todos os dispositivos elétricos;4) verificar a conecção de todos os cabos, mangueiras e o

manômetro;5) ligar a bomba e testar a abertura do macaco várias vezes

verificando não haver vazamentos;6) verificar o nível do óleo do macaco;7) verificar os documentos de aferição do macaco e anotar as

pressões que deverão ser atingidas para introdução da foçade projeto.

f) Os lugares da obra onde trabalharão os operadores dos macacos deverãoestar limpos providenciando-se andaimes se as condições de obra assimexigirem;

g) Protensão:1) Não deverão ser protendidas as cordoalhas em cujos nichos

existam restos de concreto ou nata de cimento;2) Não utilizar o macaco quando se perceber que ele não se assenta

devidamente na face da ancoragem;3) Não tracionar os cabos com força além da especificada numatentativa de atingir o alongamento teoricamente calculado;

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4) Não deixar qualquer tipo de obstrução no caminho de alongamentodo pistão do macaco;

5) Não usar extensões de cabo de força com mais de 30 m;

6) Suspender a operação de protensão se houver suspeita de quequalquer coisa não está certa;7) O manuseio inadequado do equipamento de protensão poderá

danificá-lo e causar acidentes pessoais. Assim somente pessoaltreinado poderá usar esses equipamentos. Deverá tomar-se odevido cuidado para que ninguém permaneça na frente dacordoalha a ser tracionada ou entre o macaco e a bomba, de modoa evitarem-se acidentes pessoais no caso de mau funcionamentode qualquer equipamento;

8) O macaco deverá ser posicionado sem carga na cordoalha a sertracionada, assentando-se devidamente sobre a ancoragem. Se

houver alguma falha no seu posicionamento, o macaco deverá serretirado e recolocado. Evitar fazer qualquer ajuste depois deintroduzida alguma carga;

9) Tensione os cabos até a força solicitada no projeto. Cabos que sãotensionados em ambas as extremidades, essas podem sertensionadas simultaneamente, porém não precisam ser tensionadossimultaneamente se puder ser mostrado que as cunhas dasextremidades opostas estão pré-ajustadas e não causamdeslizamento do cabo. Esses cabos devem ter maior alongamentoem uma extremidade do que na outra. O alongamento das duasextremidades deve totalizar o alongamento mostrado no desenho;

h) Meça o comprimento final. Registre esse alongamento;

Os cabos tensionados em uma extremidade apenas ou em ambasextremidades, deve ser indicado nas plantas de locação também.

Se as condições da obra permitirem, o local de ancoragem dasextremidades passivas pode ser invertido com o local de ancoragem dasextremidades ativas.

8.6.5 SELANDO O PLANO DE ANCORAGEM

Após o término do tensionamento, alongamentos verificados e após serrevisado por um engenheiro estrutural, os cabos devem ser cortados 25 mm apartir da margem da laje. O corte poderá ser feito com maçarico de oxiacetilenoou outro indicado pelo engenheiro responsável ou disco de corte. No caso decorte com maçarico, a chama deverá ser cuidadosamente mantida longe daancoragem e cunhas, devendo a operação de corte ser executada em tempoindicado pelo engenheiro responsável.

Antes do selamento dos nichos, estes devem ser cuidadosamenteinspecionados, de forma a estarem completamente limpos e isentos de qualquermaterial ou impureza que coloque em risco a aderência entre o grout e o concretoexistente.

O mais cedo possível após os cabos terem sido cortados, o construtordeve vedar o plano de ancoragens expostas. É sugerida que uma mistura epoxi

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seja usada para esse propósito, grout ou uma argamassa expansiva, semretração e sem componentes suscetíveis a corrosão. A argamassa degrouteamento não deverá conter, sob qualquer hipótese, algum aditivo com

cloretos ou outro elemento químico que danifique o aço de protensão ou asancoragens.Chamamos especial atenção para a qualidade do preenchimento dos

nichos, atendendo a responsabilidade do comportamento das ancoragens nocomportamento futuro da estrutura e sua durabilidade.

Corte de cabo com maçarico Corte de cabo com tesourahidráulica

Nichos de ancoragem prontos para receber proteção8.7. RESUMO DA EXECUÇÃO

a) Corte das cordoalhas de acordo com a planilha fornecida em projeto;b) Corte das bainhas plásticas, colocação das mangueira de 45cm e pré-

blocagem das cordoalhas;c) Amarração das mangueiras nas ancoragens;d) Deixar as cordoalhas em rolos classificados de acordo com a

sequência de colocação dos cabos;

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e) Fixação dos pocket former nas formas laterais com prego 23x54 ouarame recozido, garantindo a perpendicularidade entre a forma lateral eo nicho, evitando-se assim problemas e perdas de protensão. Deve-setambém verificar se existe espaço suficiente para a colocação domacaco durante a protensão;

f) Posicionamento dos cabos;g) Execução da fretagem de acordo com o projeto. As ancoragens

passivas não deverão ser pregadas nas formas laterais ;h) Corte da bainha plástica na parte ativa, colocação das mangueiras de

10cm com caps na parte ativa e colocação do cabo na ancoragem;i) Regulagem das alturas vindo da parte passiva para a parte ativa,

tomando especial cuidado com as altura máximas e mínimas. A

tolerância no traçado vertical é de ±5mm para lajes com espessura até25cm, e tolerância de ±10mm para lajes com espessura de 25cm até60cm. No traçado horizontal deve-se evitar desvios excessivos emplanta, seguindo sempre as recomendações do projetista. Ascordoalhas associadas em grupos deverão ser suavemente separadasperto das ancoragens. As cordoalhas deverão ser mantidasrigorosamente perpendiculares aos nichos tanto em planta como emcorte. A chegada oblíqua das cordoalhas pode causar problemas desdefissuras localizadas até perda de alongamentos;

 j) Deixar nas partes ativas e passivas o cabo com 40cm na horizontal;k) Os desvios devem obedecer as curvaturas fornecidas pelo calculista e

quando necessário em desvios que possuam vazios deve-se colocargrampos e armadura de reforço;

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l) Concretagem cuidando com a vibração nas partes ativas, para que oconcreto ou a nata não tenha contato com as cordoalhas, prejudicandoassim a protensão;

m) Retirada das formas laterais;n) Retirada dos pocket former, limpeza, acunhamento do cabo e pintura;o) Protensão dos cabos com a carga de projeto, obedecendo a resistência

de projeto do concreto quando o concreto tiver a resistência.

8.8. PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NO ALONGAMENTO

As causas mais prováveis de valores de alongamentos errados são:a) marca da cordoalha com tinta fraca tendo-se apagado;b) medição errada. Deverá ser verificado o instrumento de medida;c) leitura errada do manômetro de pressão devido a erro nas tabelas

de aferição;d) apoio errado do macaco;e) assentamento excessivo das cunhas devido a erro nas tabelas de

aferição;f) funcionamento errado do macaco;g) atrito excessivo ao longo da cordoalha;

h) colocação errada da cordoalha;i) colocação errada das cunhas; j) variação nas propriedades do material, particularmente no módulo

de elasticidade longitudinal do aço;k) escorregamento na ancoragem passiva;l) concretagem defeituosa na região da ancoragem, provocando

esmagamento ou deformação excessiva.9. CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO

O sistema de protensão não deve ser considerado como novidade, oucomo “sistema de alta tecnologia” pelos funcionários da obra. Basicamente, é umprocesso como qualquer outro, que requer cuidados básicos, equipamentos

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específicos, mão-de-obra treinada e comprometimento dos envolvidos noprocesso.

A mão-de-obra treinada e o comprometimento dependem basicamente do

próprio canteiro de obras. São os aspectos do processo que requerem o menorinvestimento e representam o melhor retorno.

9.1. RESPONSABILIDADES

Para que seja obtido um resultado excelente para a estrutura protendida, éde suma importância a definição das responsabilidades referentes à empresacontratada para prestar os serviços de protensão e a Construtora.

Assim sendo, é necessário celebrar um contrato entre a Construtora e aempresa fornecedora do sistema de protensão, estabelecendo asresponsabilidades pertinentes a cada parte integrante do processo.

- Empresa de Protensão: 

1. Medida dos cabos, corte e identificação (recebimento ou corte na obra);2. Supervisão da armazenagem e manuseio dos cabos;3. Distribuição e posicionamento dos cabos conforme projeto específico;4. Preparação dos cabos (pré-blocagem e isolamentos);5. Supervisão da concretagem;6. Protensão dos cabos após o endurecimento do concreto;7. Liberação para retirada do cimbramento e do escoramento;8. Corte das pontas dos cabos;9. Supervisão da proteção das ancoragens aparentes;10. Certificados de calibração dos macacos e os registros da protensão.

- Construtora: 

1. Descarga de materiais, sempre utilizando equipamentos que nãodanifiquem os cabos ou as bainhas;

2. Armazenamento dos materiais;3. Movimentação dos materiais dentro do canteiro;

4. Fornecimento de mão-de-obra qualificada e treinada para os serviços deconcretagem;5. Controle adequado do concreto aplicado, que deve estar de acordo com

as especificações do projeto estrutural, principalmente com relação àresistência inicial para a aplicação da protensão;

6. Supervisão e montagem da armadura convencional e dos reforçosnecessários a protensão;

7. Segurança do canteiro conforme normas vigentes;8. Verificar que o processo todo esteja sendo executado e supervisionado

por pessoal habilitado.

9.2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS:

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O sistema de protensão tem preferência sobre as demais instalaçõesnormalmente utilizadas na estrutura. Por esse motivo, as instalações deverão serfeitas após o posicionamento dos cabos.

Naturalmente, a situação ideal ocorre quando há a corretacompatibilização entre todos os projetos de instalações e o projeto estrutural,uma vez que nem sempre é possível relocar instalações, principalmente aspassagens hidráulicas. Além disso, o canteiro de obras não é o local maisaconselhável para a execução de adaptações de última hora, e a pessoa que sedispõe a executar estas adaptações nunca é detentora de todas as informaçõespertinentes ao processo. A solução correta deve necessariamente contar com acolaboração do projetista da estrutura, que é o profissional capacitado paraanalisar todas as variáveis decorrentes do processo de instalações.

As instalações hidráulicas em geral se restringem às passagens nas lajese vigas, para propiciar a posterior instalação das tubulações. Ainda assim, é

fundamental a análise apurada destas passagens, pois para o caso de prumadas,por exemplo, a concentração de passagens hidráulicas pode ocasionar osurgimento de “janelas” no elemento estrutural, sujeitas a tensões diferenciadasdevido a protensão, que irão requerer reforços de armadura diferentes dosutilizados comumente na estrutura de concreto convencional. Além disso, estaspassagens não devem coincidir com o posicionamento dos cabos, por razõesóbvias.

Também as passagens das prumadas elétricas merecem as mesmasatenções.

Quando da instalação das tubulações e caixas elétricas, estas podem serembutidas na estrutura ou executadas após o término da estrutura e variam deacordo com os aspectos da obra (prazo, financeiro, tipo de vedações, etc).

As tubulações embutidas têm como ponto forte o fato de terem menorcusto e possibilitarem a utilização de mangueiras de polietileno reforçado lisas,que facilitam a passagem dos fios e cabos elétricos. Porém, existe apossibilidade de alguma dessas mangueiras ser estrangulada durante o processode instalação ou de concretagem, o que geralmente causa alguns transtornos.Tem como ponto fraco o fato de aumentar o número de funcionários envolvidoscom a estrutura, o que em geral se traduz como perda de produção e diminuiçãoda segurança.

As tubulações aéreas, feitas após a conclusão do elemento estrutural, têm

como ponto forte o fato de não serem influenciadas pelas intempéries. O corretoposicionamento das tubulações também é facilitado, pois este somente é feitoapós a edificação das vedações (alvenaria, dry-wall, etc). Isto resulta em melhorqualidade para as instalações. Como pontos fracos, o fato de obrigar a utilizaçãode algum sistema de forração para o teto, ter maior custo e a necessidade deutilização de material incombustível (eletrodutos de PVC rígido ou eletrodutos dePVC flexível corrugado). No caso dos eletrodutos flexíveis corrugados, há umsensível aumento na dificuldade de efetuar o processo de enfiação e cablagem.

É importante salientar também que para instalações elétricas ouhidráulicas aéreas é necessário estudar atentamente o método que será utilizadopara fixação destas no elemento estrutural, pois o posicionamento dos cabos de

protensão por vezes se aproxima muito da face do elemento, situação na qualuma broca ou um pino de pistola pode danificar a bainha ou até mesmo o cabo.

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Pode-se procurar o caminhamento dos cabos através dos apoios (plásticos oumetálicos), visíveis na face do concreto ou utilizar métodos de fixação que nãoultrapassem a distância mínima entre o cabo e a face do concreto.

9.3. CUIDADOS COM ELEMENTOS PROTENDIDOS:

É importante salientar que após a concretagem do elemento estruturalprotendido, este se assemelha muito com um elemento de estruturaconvencional, porém não se comporta como tal e carece de alguns cuidadosespeciais. É fundamental que os funcionários da obra estejam familiarizados comestes aspectos para que atitudes geralmente comuns na obra, tais como furaçõesem elementos feitos após a concretagem, devido a erros cometidos nasinstalações ou concretagens, não acarretem patologias na obra.

Um dos pontos fundamentais para se obter uma estrutura protendida de

qualidade é o cuidado tomado com a concretagem do elemento estrutural.Inicia-se com a escolha do traço a ser adotado, que deve ser

suficientemente plástico, atendendo as especificações de projeto estrutural.Também deve ser prevista alta resistência inicial a compressão.

O processo de recebimento é o mesmo adotado para estruturasconvencionais, porém os resultados dos ensaios de compressão nos corpos-de-prova devem ser enviados para obra com resultados aos 3 ou 4 dias, resultadosestes que irão determinar se é possível tracionar os cabos. A responsabilidadepela liberação do tracionamento dos cabos é do projetista estrutural, que deveinformar qual a resistência mínima do concreto necessária para resistir aosesforços transmitidos pelos cabos.

Quando do lançamento do concreto na forma, é imprescindível asupervisão da empresa contratada para execução da protensão, garantindo aintegridade dos cabos, ancoragens, apoios, etc.. Também é importante que oprocesso de adensamento do concreto seja criterioso, para que a massa adquirahomogeneidade e não haja descontinuidades no elemento. Próximo àsancoragens o adensamento deve ser ainda mais apurado, devido ao acúmulo dereforços de aço, formas plásticas e apoios, para evitar falhas de concretagem quepossam dificultar ou até impedir o posterior tracionamento dos cabos.

O processo de cura do elemento pode ser adotado seguindo as mesmasorientações da estrutura convencional.

Uma dos cuidados mais básicos na obra diz respeito à distribuição decargas na laje (cimento, tijolos, argamassas, azulejos, chapas de dry-wall, etc.).No caso de estruturas protendidas a recomendação é estocar os materiais naproximidade dos pilares, onde há o maior acúmulo de armaduras.

Também o comportamento da estrutura protendida é diferenciado. Emestruturas convencionais, não é raro o aparecimento de flechas nas lajes ouvigas, ocasionadas pelo alívio mal feito, pela retirada precoce do escoramento,pelo excesso de carga na laje, etc., inclusive com o aparecimento de fissuras naface inferior do elemento.

Já as estruturas protendidas podem apresentar uma contraflecha, porocasião da transmissão das cargas de tração dos cabos para a estrutura, que

pode vir se normalizar quando da aplicação das cargas permanentes (contrapiso,vedações, acabamentos, etc.).

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O conceito de transmissão de cargas de uma laje a ser concretada para asdemais ainda em processo de cura difere bastante do normalmente visto paraestruturas convencionais. Nestas é utilizado o processo do alívio, que consiste

em manter parte do escoramento do elemento estrutural intocado, quando éefetuado o processo da desforma. Isto evita que elementos com tempo de curainsuficiente sofram deformações excessivas, provocadas até mesmo pelo pesopróprio. Serve também para dividir o peso do elemento recém concretado e aindafresco com os pavimentos inferiores, que ainda podem estar com alívio ou não.

Para os elementos protendidos, a técnica utilizada é a do reescoramento,e este é feito após o tensionamento dos cabos de protensão e da total retiradasdas formas. Isto porque após o tensionamento, o elemento pode apresentar umapequena contraflecha, que diminui, e até anula a eficiência do escoramento.

Com relação à quantidade, posicionamento e níveis dos reescoramentosdo elemento protendido (ou de alívios da estrutura convencional), é fundamental

consultar o projetista da estrutura, que irá fornecer as diretrizes, tais como cargasou áreas mais suscetíveis a esforços não previstos em projeto.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[3] EMERICK, A.A.- Projeto e Execução de Lajes Protendidas, Brasília, 2002.

[4] BELGO MINEIRA – Catálogo Técnico e Artigos Técnicos emwww.belgo.com.br 

[5] SCHMID, M.T. - Lajes Planas Protendidas, Publicação Técnica de Rudloff-VSL Industrial Ltda, São Paulo, 1993.

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[8] PTI – Design of Post-Tensioned Slabs, 2a Ed., 1987

[9] RUDLOFF-VSL, Concreto Protendido – Catálogo Técnico, São Paulo, 1998

[10] GANTE, J.A.S – Curso Básico de Concreto Protendido, Associação Brasileirade Cimento Portland, São Paulo, 1996

[11] VERÍSSIMO, G.S. & CÉSAR Jr, K.L.M. – Concreto Protendido –Fundamentos Básicos, 4ª Ed., Universidade Federal de Viçosa, 1998.

[12] ACI 318 - Building Code Requirements for Structural Concrete. Committee318. Detroit, 1995.

[13] ACI 423 – Recommendations for Concrete Members Prestressed withUnbonded Tendons. Committee 423. Detroit, 1983

[14] AALAMI, Bijan O. – ADAPT – Post-tentioning Manual, Califórnia, USA, 1996.

[15] AALAMI, Bijan O. – Load Balancing : A Comprehensive Solution to Post-Tensioning – ACI Structural Journal, Title no. 87-S68, USA, 1990.

[16] PFEIL, W. – Concreto Protendido, Vol. 1, Ed. LTC, 2ª Ed., Rio de Janeiro,1988.

[17] Revistas Téchne, Edições : Janeiro – 1997 e Junho – 1999.