APOSTILA CUSTOS SIMPLIFICADA

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1 Importncia das Informaes de Custo da Empresa...........................................2 2 Conceitos ...........................................................................................................4 3 Sistema de Custos pela margem de Contribuio.............................................7 4 Ficha Tcnica....................................................................................................22 5 Calculo do Custo e do Preo de Vendas...........................................................44 6 Modelos Planilhas............................................................................................ 28

1. IMPORTNCIA DAS INFORMAES DE CUSTO NA EMPRESA

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Neste captulo traremos alguns conceitos sobre custos, seus objetivos e a importncia para a empresa em gerenciar suas unidades de negcios embasada em um centro de informaes simplificado, completo e abrangente. 1.1 Conceitos de Custo Existem vrios conceitos sobre Custo. Procuramos, dentro desta grande gama de conceitos, algumas definies de fcil compreenso e entendimento e que sintetizem a essncia e a importncia deste assunto: Custo o valor expresso em moeda corrente (R$) de atividades e materiais efetivamente consumidos e aplicados na fabricao e comercializao dos produtos. Custo a remunerao dos recursos financeiros, humanos e materiais consumidos na fabricao e comercializao da venda. Custo o preo pelo qual se obtm um bem. 1.2 Objetivo de Conhecer seus Custos O principal objetivo de conhecer e dominar o custo aumentar a competitividade da empresa atravs de uma metodologia que determine os custos dos itens comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econmica. 1.3 Importncia do Conhecimento sobre custo A competitividade provocada pela concorrncia e a busca do crescimento sustentado provocaram nas empresas a grande corrida para o desenvolvimento e gerenciamento dos custos dos seus itens, acentuando cada vez mais a importncia de acompanhar sua evoluo, seus respectivos preos de vendas e servindo tambm como orientao nas decises de permanncia ou no destes itens, no rol dos produtos comercializados. 1.4 Conseqncias da ausncia de informaes de custos Graves so as conseqncias, para a empresa, da ausncia de informaes sobre os seus custos. Dentro delas podemos enumerar: Desconhecimento do lucro por Produtos fabricados: Venda de produtos que podem no estar gerando o lucro necessrio. M aplicao do Capital de Giro atravs da fabricao para estoques de produto pouco rentvel. Esforo de venda no orientado para produtos mais lucrativos para a empresa.

Desconhecimento dos custos das atividades da empresa. Dificuldade da reduo de custo. empresa em incentivar ou fixar aes para

Menor lucro. Menor rentabilidade. Ameaas a sua estabilidade econmica, financeira e ao crescimento da empresa.

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1.5 Processo Tradicional de Formao de Preo O processo de formao de preos utilizado pelas empresas antes do acirramento da competitividade era pautado na definio de lucro estabelecido pelo empresrio que, somado ao custo do produto, definia o preo de venda. Este processo de formao de preos no ambiente inflacionrio em que o pas estava mergulhado, absolvia e absorvia todas as deficincias da empresa, formando uma equao perniciosa e incestuosa com a ineficincia, que o cliente, sem alternativa, bancava. O poder estava nas mos da empresa. Nesta fase a determinao do preo podia ser representada pela equao: CUSTO + LUCRO = PREO DE VENDA

Custo = conseguido pelo empresrio Lucro = estabelecido pelo empresrio Preo = resultante

1.6 Processo Atual Hoje, o poder migrou das mos da empresa para as mos do cliente, alterando substancialmente a definio do preo de venda, que passou a ser definido pelo mercado. O lucro de determinante e determinado passou a ser uma resultante a ser alcanada pelo empresrio, que precisa conhecer, analisar e otimizar seus custos para apresentar a este mercado, produtos com preos competitivos. A equao pode ser representada como: PREO CUSTO = LUCRO

Preo = fixado pelo mercado Custo = atingido pelo empresrio Lucro = resultante

Concluindo: no processo tradicional, a Empresa tinha seus custos, agregava o lucro pretendido e determinava o preo de venda. No processo atual, o mercado dita o preo que se dispe a pagar; a empresa precisa otimizar seus custos para poder obter lucro.

2. CONCEITOSO objetivo deste captulo apresentar os conceitos que envolvem a Contabilidade de Custos, que serviram de base para o modelo de Jogo Empresarial proposto nesta pesquisa. 2.1 Contabilidade de Custos

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Com o advento da Revoluo Industrial, a contabilidade se deparou com o problema de adaptao dos procedimentos at ento utilizados nas empresas comerciais, cuja funo era to somente a avaliao dos estoques, para as empresas industriais que compravam matria-prima e atravs de processos produtivos, as transformavam em produtos a serem vendidos. Foi ento substitudo o item Compras das empresas comerciais, pelo pagamento dos fatores que entraram na Produo, denominados Custos de Produo: matria-prima, salrios, enfim todos os gastos da atividade industrial para produzir. Calculavam-se custos at ento, para avaliao de estoques e fornecimento de informaes para a Contabilidade Financeira sobre os resultados. A Globalizao obrigou as empresas a gerirem de forma diferente as informaes, criando novos sistemas de custeio para responder aos desafios de mercado onde quem dita os preos so os clientes. Sendo assim, faz-se necessrio buscar um enfoque gerencial para o sistema de custos, transformando a prtica tradicional apoiada em um sistema voltado somente para o aspecto contbil/fiscal, para um novo modelo focado em informaes para a tomada de decises gerenciais. 2.2 Terminologia Contbil, segundo BORNIA (1999):

Gastos: o valor dos bens e servios adquiridos pela empresa. o pagamento resultante da aquisio de um bem ou servio, podendo ser a vista o gasto com bem e servio em funo da vida til ou benefcios atribuveis a

Desembolso:

ou a prazo.Investimento:

perodos futuros.Custo:

o gasto relativo a um bem ou servio utilizado na produo. So todos os gastos o gasto com bem ou servio no utilizado nas atividades de produo, porm

relativos atividade de produzir.Despesa:

consumido com o fim de obter receitas.Perda:

um gasto no intencional decorrente de fatores externos ou da atividade normal da

empresa (ex. perdas normais de matria-prima). incorporado ao custo da produo. 2.3 Classificao de Custos, segundo NEVES & VICECONTI (1998):

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2.3.1 Em relao aos produtos fabricados Custos Diretos: so custos que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados (ex.: matria-prima, embalagem, etc.) Custos Indiretos: so custos que para serem apropriados ao produto, dependem de clculos ou estimativas atravs de critrios de rateios (ex.: aluguel, salrios, depreciao, etc.) 2.3.2 Em relao aos nveis de produo: Custos Fixos: so custos que no se alteram qualquer que seja o volume de produo. Porm os custos fixos unitrios se alteram em relao ao volume produzido (ex.: seguros, material expediente, telefone, etc.). Custos Variveis: so custos que se alteram em relao ao volume de produo (ex.: matria-prima). 2.4 Sistemas de Custos 2.4.1 Objetivos dos sistemas de custos Os objetivos principais dos Sistemas de Custos so: avaliao dos estoques, apoio ao controle e apoio na tomada de decises. Avaliao dos Estoques: atravs dos custos dos produtos obtidos, a contabilidade de custos avalia os estoques da empresa permitindo a determinao dos seus resultados. Por determinao da Receita Federal, a avaliao dos estoques deve seguir as regras definidas pela legislao do Imposto de Renda (art. 235 e 237), que muitas vezes no oferecem subsdios para a Contabilidade de Gesto. Apoio ao Controle: tem como objetivo explicitar a realidade operacional, controlar custo, qualidade e performance necessrios comparao do padro estabelecido com o real ocorrido, procurando as causas das variaes para a correo das falhas, objetivando o desempenho desejado. Apoio s Decises: permitir atravs de informaes, a criao de um mecanismo para melhorias contnuas e de dispositivos estratgicos para alcanar vantagens competitivas.

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3. SISTEMA DE CUSTOS PELA MARGEM DE CONTRIBUIO3.1 ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADOS Neste captulo, conceituaremos em linguagem simples, os componentes do sistema gerencial de informaes que iro compor o relatrio mensal de resultados. 3.1.1 Demonstrativo Gerencial de Resultados O Demonstrativo Gerencial de Resultados o relatrio mensal das atividades da empresa e sintetiza informaes sobre seu desempenho financeiro, comercial e contbil demonstrando a evoluo dos custos dos itens comercializados em suas unidades de negcios. Compe o Demonstrativo Gerencial de Resultados:

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3.1.2 Estrutura de Resultados Como o prprio nome sugere, a Estrutura de Resultados mostra o lucro ou prejuzo obtido pela empresa no perodo. O perodo de anlise compreendido o do ms em exerccio sob o regime de competncia, isto , receitas e despesas originadas no ms em anlise, devendo portanto ser desconsiderados recebimentos e pagamentos referentes a vendas ou em compras conseqentes de perodos anteriores. A Estrutura de Resultados apresentada sob duas formas: Geral: Relatrio demonstrativo do desempenho de Todas as Unidades. Componentes da Estrutura de Resultados: Receitas Brutas Sobre Vendas Custos Variveis de Produo Custos Variveis de Vendas Margem de Contribuio Custos Fixos Lucro Operacional Ponto de Equilbrio Financeiro Investimentos Receitas Financeiras Despesas Financeiras Lucro Lquido 3.1.3 Receitas Sobre Vendas (RSV) o valor total Bruto (includos impostos) do Faturamento realizado no perodo estabelecido. Sendo a Empresa dividida em Unidades, o valor do faturamento dever ser apresentado de forma individualizada para cada Unidade existente. a soma das Receitas Sobre Vendas Vista e Receitas Sobre Vendas a Prazo. Receitas Sobre Vendas Vista (RSVV) o valor faturado no ms com recebimento Vista. Receitas Sobre Vendas a Prazo (RSVP) o valor faturado no ms com recebimento a Prazo. 3.1.4 Custos Variveis So aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produo e vendas da empresa, isto , quando o volume aumenta estes custos aumentam na mesma proporo. Custos Variveis de Produo (CVP) o resumo dos Custos Variveis que incidiram sobre a Produo no Perodo. Exemplos:

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C.M.V.: Custo da Mercadoria Vendida, o custo das matrias-primas diretas, agregadas aos itens faturados no perodo. Gastos Gerais de Fabricao: So os materiais indiretos utilizados no perodo como apoio ao processo fabril. (Ex.: lima, lixa, broca etc.). Prmio Produtividade: prmio pago aos colaboradores por atingir uma meta preestabelecida de Produo e/ou faturamento. Servios de Terceiros: Servios realizados por terceiros. (Ex.: manuteno de equipamentos, fabricao de componentes, terceirizao etc.). Fretes Sobre Compras: o frete pago pela aquisio de matrias-primas e materiais auxiliares. Custos Variveis de Vendas (CVV) o resumo dos Custos Variveis de Vendas que incidiram sobre os itens faturados no perodo. Exemplos:

ICMS. PIS/COFINS. Fretes pagos sobre as Vendas. Comisses pagas sobre as Vendas. Outros.

Custo Varivel Total (CVT) a soma dos Custos Variveis de Produo com os Custos Variveis de Vendas. CVT = CVP + CVV 3.2 MARGEM DE CONTRIBUIO (MC) o resultado da diferena entre a Receita sobre Vendas ( Vista e a Prazo) e os Custos Variveis Totais, podendo ser:

MCI: Margem de Contribuio do Item

(MCI = PVI CVTI). MCU: Margem de Contribuio da Unidade (MCU = RSVU CVTU). MCG: Margem de Contribuio Geral (MCG = RSVG CVTG). A Margem de Contribuio sofre influncia direta de dois fatores externos empresa: O FORNECEDOR E A CONCORRNCIA. Fatores estes que esto fora do domnio da empresa e cujos determinantes alteram profundamente sua lucratividade. Um exemplo claro o aumento do custo da matria-prima praticado pelo maior fornecedor da empresa. Aumento este que, devido aos fatores de mercado atuais, dificilmente ou quase nunca possvel de ser repassado no preo, trazendo como consequncia uma queda na Margem de Contribuio.

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Outro exemplo a poltica de reduo de preo de um concorrente direto forando a empresa a reduzir tambm os seus, acarretando tambm a queda na Margem de Contribuio, diminuindo assim a lucratividade. Devido a estas situaes, a anlise permanente e constante da variao da Margem de Contribuio permite empresa o gerenciamento destas contingncias e subsidia a tomada de decises, visando minimizar as conseqncias que a queda da Margem de Contribuio causa nos seus Resultados. Como anlise direta da Margem de Contribuio, temos: Margem de Contribuio > que o Custo Fixo = Lucro Operacional. Margem de Contribuio = Custo Fixo = Equilbrio Operacional. Margem de Contribuio < Custo Fixo = Prejuzo Operacional.

Concluindo, a Margem de Contribuio proporciona: Base de Rateio para os Custos Fixos, Investimentos, Despesas Financeiras, Receitas Financeiras e Impostos Sobre o Lucro, da Estrutura Geral para as Unidades de Negcios. Base de Rateio para os Custos Fixos das Unidades de Negcios e para os itens que as compem. Conhecimento do Ponto de Equilbrio Financeiro da Empresa. Conhecimento da Lucratividade Real dos produtos. Anlise do desempenho das Vendas. Agilizar nas tomadas de decises gerenciais sobre as Unidades de Negcios e seus produtos. Verificao e anlise criteriosa da permanncia ou no dos produtos comercializados pela empresa. 3.2.1 Custos Fixos (CF) So denominados Custos Fixos todas as despesas que incidem sobre empresa no perodo em anlise, independente ou no de realizao de Vendas ou de Produo.

Exemplos:

Mo-de-Obra Direta + Encargos. Hora Extra s/ Mo-de-Obra Direta. Mo-de-Obra Indireta + Encargos. Hora Extra Indireta + Encargos. Telefone. Pr-Labore.

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Material Expediente. Despesas c/ Correio. Seguros. Despesas de Viagens. Combustvel e Lubrificantes. Honorrios de Advogados. Honorrios Contbeis. Depreciao. Despesas com Farmcia. Manuteno de Edifcio. Impostos e Taxas Municipais. Doaes. Equipamento de Segurana. Vale Transporte. Material de Limpeza. Despesas com Refeies / Cestas Bsicas. Despesas com Convnio Mdico. Manuteno Equipamento Escritrio. Manuteno de Software. Provisionamento Frias e 13. Despesas Diversas.

3.2.2 Lucro Operacional (LO) O Lucro Operacional demonstra a viabilidade operacional da Empresa. o resultado da diferena entre a Margem de Contribuio e os Custos Fixos. LO = MC CF 3.2.3 Ponto de Equilbrio Financeiro (PE) O Ponto de Equilbrio Financeiro aponta a necessidade mnima faturamento que a empresa precisa alcanar para fazer face s suas despesas operacionais.

de

o resultado da diviso dos Custos Fixos pela Margem de Contribuio, multiplicado pela Receita Sobre Vendas. PE = (CF/MC) x RSV 3.2.4 Investimentos (I) o resumo dos valores despendidos com investimentos no perodo em anlise.

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Exemplo: Leasing de Mquinas e/ou Veculos. Consrcios. FINAME e/ou outros Financiamentos. Despesas com Imobilizado. Outros. 3.2.5 Despesas Financeiras (DF) resumo das despesas despendidas no perodo em anlise com: Juros sobre Pagamento de Duplicatas em atraso. Juros sobre Financiamentos. Juros sobre Cheque Especial. Juros sobre Desconto de Duplicatas. Taxas Bancrias. Despesa com Cartrio. Outros. 3.2.6 Receitas Financeiras (RF) o resumo das receitas percebidas no perodo em anlise provenientes de:

Juros sobre Duplicatas emitidas contra o Cliente. Juros sobre Aplicaes Financeiras. Outros.3.2.7 Lucro Lquido (LL) o resultado da soma do Lucro Operacional com as Receitas Financeiras, diminudo da soma dos Investimentos, com as Despesas Financeiras e com os Impostos Federais sobre o Lucro.

LL = (LO + RF) - (I + DF + IRPJ + CS).IMPORTANTE: Os percentuais apresentados em cada conta dos centros de custos: Receitas Sobre Vendas Vista e a Prazo, Custos Variveis de Vendas e Produo, Custos Fixos, Lucro Operacional, Ponto de Equilbrio Financeiro, Investimentos, Receitas e Despesas Financeiras e Lucro Lquido so em relao Receita total.

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3.3 ELABORANDO A ESTRUTURA DE RESULTADOS

Exemplos:ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADOS UNIDADE: GERAL

MS/ANOCD. 1. 1.1 1.2 DESCRIO R$

RECEITAS SOBRE VENDASReceitas sobre Vendas Vista Receitas sobre Vendas a Prazo

R$100.000,00R$ 30.000,00 R$ 70.000,00

% 100,0% 30,0% 70,0%

3.3.1 Custos VariveisSo aqueles que variam proporcionalmente ao volume de produo e vendas da empresa, isto , quando o volume aumenta estes custos aumentam na mesma proporo. Custos Variveis de Produo (CVP)

o resumo dos Custos Variveis que incidiram sobre a Produo no Perodo. Exemplos:

C.M.V.:

Custo da Mercadoria Vendida, o custo das matrias-primas diretas, agregadas aos itens faturados no perodo. Gastos Gerais de Fabricao: So os materiais indiretos utilizados no perodo como apoio ao processo fabril. (Ex.: lima, lixa, broca etc.). Prmio Produtividade: prmio pago aos colaboradores por atingir uma meta preestabelecida de Produo e/ou faturamento. Servios de Terceiros: Servios realizados por terceiros. (Ex.: manuteno de equipamentos, fabricao de componentes, terceirizao etc.). Fretes Sobre Compras: o frete pago pela aquisio de matrias-primas e materiais auxiliares.

Exemplo:2. 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 CUSTOS VARIVEIS DE PRODUO Custo da Mercadoria Vendida Manuteno de Equipamentos Fretes sobre Compras Servios de Terceiros Comisso Mo de Obra Equipamento de Segurana Material de Embalagem Gastos Gerais de Fabricao R$ 58.070,00 R$ 35.000,00 R$ 170,00 R$ 500,00 R$ 700,00 R$ 20.000,00 R$ 100,00 R$ 850,00 R$ 750,00 58,0% 35,0% 0,17% 0,5% 0,7% 20,0% 0,01% 0,85% 0,75%

13

Custos Variveis de Vendas (CVV)

o resumo dos Custos Variveis de Vendas que incidiram sobre os itens faturados no perodo. Exemplos:

Exemplo:

ICMS. PIS/COFINS. Fretes pagos sobre as Vendas. Comisses pagas sobre as Vendas. Outros.

3. 3.1 3.2 3.3 3.4

CUSTOS VARIVEIS DE VENDASICMS SIMPLES FEDERAL Frete s/ Vendas Comisses sobre Vendas

R$ 12.000,00 12,0%R$ R$ R$ R$ 3.000,00 5.000,00 1.500,00 2.500,00 3,0% 5,0% 1,5% 2,5%

Custo Varivel Total (CVT)

a soma dos Custos Variveis de Produo com os Custos Variveis de Vendas.

CVT = CVP + CVV

4.

CUSTO VARIVEL TOTAL

R$ 70.070,00

70,0%

3.3.2

Margem de Contribuio (MC)

o resultado da diferena entre a Receita sobre Vendas ( Vista e a Prazo) e os Custos Variveis Totais, podendo ser:

MCI: Margem de Contribuio do Item (MCI = PVI CVTI). MCU: Margem de Contribuio da Unidade (MCU = RSVU CVTU). MCG: Margem de Contribuio Geral (MCG = RSVG CVTG).

A Margem de Contribuio sofre influncia direta de dois fatores externos empresa: O FORNECEDOR E A CONCORRNCIA. Fatores estes que esto fora do domnio da empresa e cujos determinantes alteram profundamente sua lucratividade. Um exemplo claro o aumento do custo da matria-prima praticado pelo maior fornecedor da empresa. Aumento este que, devido aos fatores de mercado atuais, dificilmente ou quase nunca possvel de ser repassado no preo, trazendo como consequncia uma queda na Margem de Contribuio. Outro exemplo a poltica de reduo de preo de um concorrente direto forando a empresa a reduzir tambm os seus, acarretando tambm a queda na Margem de Contribuio, diminuindo assim a lucratividade. Devido a estas situaes, a anlise permanente e constante da variao da Margem de Contribuio permite empresa o gerenciamento destas contingncias e subsidia a tomada de decises, visando minimizar as conseqncias que a queda da Margem de Contribuio causa nos seus Resultados.

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Outra poderosa ferramenta o rateio dos Custos Fixos para as Unidades e seus respectivos itens, tendo como base a Margem de Contribuio, segundo o critrio de que a unidade e o item de maior contribuio, tm maior capacidade de assimilar e diluir o custo fixo da empresa. Como anlise direta da Margem de Contribuio, temos:

Margem de Contribuio > que o Custo Fixo = Lucro Operacional. Margem de Contribuio = Custo Fixo = Equilbrio Operacional. Margem cional. de Contribuio < Custo Fixo = Prejuzo Opera-

Concluindo, a Margem de Contribuio proporciona:

Base de Rateio para os Custos Fixos, Investimentos, Despesas Financeiras, Receitas Financeiras e Impostos Sobre o Lucro, da Estrutura Geral para as Unidades de Negcios. Base de Rateio para os Custos Fixos das Unidades de Negcios e para os itens que as compem. Conhecimento Empresa. do Ponto de Equilbrio Financeiro da

Conhecimento da Lucratividade Real dos produtos. Anlise do desempenho das Vendas. Agilizar nas tomadas de decises gerenciais sobre as Unidades de Negcios e seus produtos. Verificao e anlise criteriosa da permanncia ou no dos produtos comercializados pela empresa.

Exemplo:

5.

MARGEM DE CONTRIBUIO

R$ 29.930,00

29,0%

3.3.3 Custos

Fixos (CF)

So denominados Custos Fixos todas as despesas que incidem sobre empresa no perodo em anlise, independente ou no de realizao de Vendas ou de Produo. Exemplos:

Mo-de-Obra Direta + Encargos. Hora Extra s/ Mo-de-Obra Direta. Mo-de-Obra Indireta + Encargos. Hora Extra Indireta + Encargos. Telefone.

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Pr-Labore. Material Expediente. Despesas c/ Correio. Seguros. Despesas de Viagens. Combustvel e Lubrificantes. Manuteno de Veculos. Honorrios de Advogados. Honorrios Contbeis. Depreciao. Despesas com Farmcia. Manuteno de Edifcio. Impostos e Taxas Municipais. Doaes. Equipamento de Segurana. Vale Transporte. Material de Limpeza. Despesas com Refeies / Cestas Bsicas. Despesas com Convnio Mdico. Manuteno Equipamento Escritrio. Manuteno de Software. Provisionamento Frias e 13. Despesas Diversas.

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Exemplo:6. 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 CUSTOS FIXOS Mo-de-Obra Direta + Encargos Hora Extra sem Mo-de-Obra Direta Mo-de-Obra indireta + Encargos Hora Extra Indireta + Encargos Telefone Pr - Labore Depreciao R$ 12.000,00 R$ 2.000,00 R$ 2.800,00 R$ 800,00 R$ 300,00 R$ .300,00 R$ 2.800,00 R$ 3.000,00 12,0% 2,0% 2,8% 0,8% 0,3% 0,3% 2,8% 3,0%

3.3.4

Lucro Operacional (LO)operacional da

O Lucro Operacional demonstra a viabilidade Empresa. o resultado da diferena entre a Margem de Contribuio e os Custos Fixos.

LO = MC CF

Exemplo: Unidade A

7.

LUCRO OPERACIONAL

R$ 17.930,00

17,9%

3.3.5 Ponto

de Equilbrio (PE)mnima de

O Ponto de Equilbrio aponta a necessidade faturamento que a empresa precisa alcanar para fazer face s suas despesas operacionais.

o resultado da diviso dos Custos Fixos pela Margem de Contribuio, multiplicado pela Receita Sobre Vendas. Exemplo:8. PONTO DE EQUILBRIO R$ 40.093,59 40,0%

PE = (CF/MC) x RSV

3.3.6 Investimentos

(I)

o resumo dos valores despendidos com investimentos no perodo em anlise.

17

Exemplo:

Exemplo:

Leasing de Mquinas e/ou Veculos. Consrcios. FINAME e/ou outros Financiamentos. Despesas com Imobilizado. Outros.

9. 9.1 9.2 9.3 9.4

INVESTIMENTOS Leasing de Veculos Leasing de Mquinas Consrcio Imobilizado

R$ 3.000,00 R$ 1.200,00 R$ 600,00 R$ 250,00 R$ 950,00

3,0% 1,2% 0,6% 0,2% 0,9%

3.3.7 Despesas Financeiras

(DF)

resumo das despesas despendidas no perodo em anlise com:

Exemplo:

Juros sobre Pagamento de Duplicatas em atraso. Juros sobre Financiamentos. Juros sobre Cheque Especial. Juros sobre Desconto de Duplicatas. Taxas Bancrias. Despesa com Cartrio. Outros.

10. 10.1 10.2 10.3 10.4 10.5 10.6

DESPESAS FINANCEIRAS Taxas Bancrias Juros sobre Cheque Especial Juros com Fornecedores Juros sobre Emprstimos Bancrios Juros sobre Emprstimos de Terceiros Juros sobre Desconto de Duplicatas

R$ 2.500,00 R$ 500,00 R$ 200,00 R$ R$ R$ R$ 1.800,00

2,5% 0,5% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 1,8%

3.3.8 Receitas

Financeiras (RF)resumo das receitas percebidas no perodo em anlise

o provenientes de:

Juros sobre Duplicatas emitidas contra o Cliente. Juros sobre Aplicaes Financeiras.

18

Exemplo:

Outros.

11. 11.1 11.2 3.3.9 Lucro

RECEITAS FINANCEIRAS Juros sobre Aplicaes Juros sobre Duplicatas dos Clientes

R$ 1.250,00 R$ R$ 500,00 750,00

1,2% 0,5% 0,75%

Lquido (LL)as as Receitas Despesas

o resultado da soma do Lucro Operacional com Financeiras, diminudo da soma dos Investimentos, com Financeiras e com os Impostos Federais sobre o Lucro.

LL = (LO + RF) - (I + DF + IRPJ + CS).

Exemplo:12 LUCRO LQUIDO R$ 13.780,00 13,7%

MODELO DREDEMONSTRATIVO GERENCIAL DE RESULTADOS

MS/ANOCD. 1. 1.1 DESCRIO R$

RECEITAS SOBRE VENDASReceitas sobre Vendas Vista

R$100.000,00R$ 30.000,00

% 100,0% 30,0%

19

1.2 2. 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 3. 3.1 3.2 3.3 3.4 4. 5. 6. 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 7. 8.

Receitas sobre Vendas a Prazo CUSTOS VARIVEIS DE PRODUO Custo da Mercadoria Vendida Manuteno de Equipamentos Fretes sobre Compras Servios de Terceiros Comisso Mo de Obra Equipamento de Segurana Material de Embalagem Gastos Gerais de Fabricao CUSTOS VARIVEIS DE VENDAS ICMS SIMPLES FEDERAL Frete s/ Vendas Comisses sobre Vendas CUSTO VARIVEL TOTAL MARGEM DE CONTRIBUIO CUSTOS FIXOS Mo-de-Obra Direta + Encargos Hora Extra sem Mo-de-Obra Direta Mo-de-Obra indireta + Encargos Hora Extra Indireta + Encargos Telefone Pr - Labore Depreciao LUCRO OPERACIONAL PONTO DE EQUILBRIO

R$ 70.000,00 R$ 58.070,00 R$ 35.000,00 R$ 170,00 R$ 500,00 R$ 700,00 R$ 20.000,00 R$ 100,00 R$ 850,00 R$ 750,00 R$ 12.000,00 R$ 3.000,00 R$ 5.000,00 R$ 1.500,00 R$ 2.500,00 R$ 70.070,00 R$ 29.930,00 R$ 12.000,00 R$ 2.000,00 R$ 2.800,00 R$ 800,00 R$ 300,00 R$ .300,00 R$ 2.800,00 R$ 3.000,00 R$ 17.930,00 R$ 40.093,59

70,0% 58,0% 35,0% 0,17% 0,5% 0,7% 20,0% 0,01% 0,85% 0,75% 12,0% 3,0% 5,0% 1,5% 2,5% 70,0% 29,0% 12,0% 2,0% 2,8% 0,8% 0,3% 0,3% 2,8% 3,0% 17,9% 40,0%

9. 9.1 9.2 9.3 9.4 10. 10.1 10.2 10.3

INVESTIMENTOS Leasing de Veculos Leasing de Mquinas Consrcio Imobilizado DESPESAS FINANCEIRAS Taxas Bancrias Juros sobre Cheque Especial Juros com Fornecedores

R$ 3.000,00 R$ 1.200,00 R$ 600,00 R$ 250,00 R$ 950,00 R$ 2.500,00 R$ 500,00 R$ 200,00 R$

3,0% 1,2% 0,6% 0,2% 0,9% 2,5% 0,5% 0,2% 0,0%

20

10.4 10.5 10.6 11. 11.1 11.2 12

Juros sobre Emprstimos Bancrios Juros sobre Emprstimos de Terceiros Juros sobre Desconto de Duplicatas RECEITAS FINANCEIRAS Juros sobre Aplicaes Juros sobre Duplicatas dos Clientes LUCRO LQUIDO

R$ R$ R$ 1.800,00 R$ 1.250,00 R$ 500,00 R$ 750,00 R$ 13.780,00

0,0% 0,0% 1,8% 1,2% 0,5% 0,75% 13,7%

4. FICHA TCNICAA Ficha tcnica do produto deve conter a matria-prima utilizada na sua fabricao e a quantidade de matria-prima utilizada naquele item. Exemplo: Ficha TcnicaProduto Madeira Item A Cadeira Angelim Qtde Un. 2 pa Mat. Prima Angelim Comp Largura Altura 1,2 0,15 0,04 Total m3 0,014400 Custo Unit. 500,00 Custo Item 7,20

21

B C D E F Acabamento Acabamento Total

2 2 1 2 9 0,5 2 2

pa pa pa pa pa lto lto lto

Angelim Angelim Angelim Angelim Angelim Cola Selador Thinner

0,65 0,65 0,6 0,66 0,46

0,06 0,06 0,6 0,06 0,03

0,04 0,04 0,04 0,04 0,03

0,003120 0,003120 0,014400 0,003168 0,003726

500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 11,00 6,28 1,43

1,56 1,56 7,20 1,58 1,86 5,50 12,56 2,86 41 ,89

5. CLCULO DO CUSTO E PREO DE VENDAA fixao do preos deve refletir os objetivos e estratgias determinadas pela empresa, que por sua vez se orienta pelo mercado para sua fixao, buscando contudo, um valor que permita a longo prazo o maior lucro possvel, possibilite atender as vendas desejadas quele preo, permita a otimizao da capacidade produtiva e permita a otimizao do capital investido (IBRACON, 1995). A determinao de preos de vendas sofre a influncia de vrios fatores, tais como: qualidade, demanda, mercado, tecnologia, poder de compra do consumidor, capacidade de produo, custos de fabricao, etc....

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O clculo do preo de vendas deve ser fundamentado no custo do produto e pode ser representado pela expresso: Preo de Venda = Custo x Mark-up 5.1 Mark-up de Custo Mark-up de custo: um ndice que aplicado a matria-prima (ficha tcnica) fornece custo total do produto. Componentes do Mark-up de Custo: CVP = Custos Variveis de Produo em % ( deduzindo a matria-prima ou CMV) CVV = Custos Variveis de Vendas em % CF = Custos Fixos em % Frmula do Mark-up de Custo: 100 CVP CVV - CF Mkup Custo = ------------------------------------100

Exemplo:~ Obter dados do DRE CVP = 58% - 35% = 23% CVV = 12% CF = 12% Calculando o Mkup de Custo: 100 23 12 - 12 Mkup Custo = -------------------------------------

23

100

53 Mkup Custo = -------------------100

Mkup Custo = 0,53

5.2 Mark-up de Vendas Mark-up de Vendas: um ndice que aplicado ao custo da matria-prima (ficha tcnica) fornece sugesto do preo de vendas com o lucro desejado. Componentes do Mark-up de Vendas: CVP = Custos Variveis de Produo em % ( deduzindo a matria-prima ou CMV) CVV = Custos Variveis de Vendas em % CF = Custos Fixos em % L = Lucro desejado em % Frmula do Mark-up de Vendas: 100 CVP CVV CF - L

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Mkup Vendaas = ------------------------------------100

Exemplo:~ Obter dados do DRE CVP = 58% - 35% = 23% CVV = 12% CF = 12% L = 15%

Calculando o Mkup de Vendas: 100 23 12 12 - 15 Mkup Vendas = ------------------------------------100

38 Mkup Vendas = -------------------100

Mkup Vendas = 0,38

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CALCULANDO O CUSTO E O PREO DO PRODUTO Custo da Matria-prima = 41,89 ( Ficha Tcnica) Mark-up Custo = 0,53 Mark-up Vendas = 0,38

Calculo do CustoFrmula do Custo: MP Custo = --------------Mkup Custo 41,89 Custo = ----------------0,53 Custo = 79,03

Calculo do Preo de Vendas

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Frmula do Preo de Vendas: MP PV = --------------Mkup Vendas 41,89 Custo = ----------------0,38 Custo = 110,23

MODELOS PLANILHAS DREDEMONSTRATIVO GERENCIAL DE RESULTADOS

MS/ANOCD. 1. 1.1 1.2 2. 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 3. 3.1 3.2 3.3 3.4 DESCRIO R$ %

RECEITAS SOBRE VENDASReceitas sobre Vendas Vista Receitas sobre Vendas a Prazo CUSTOS VARIVEIS DE PRODUO Custo da Mercadoria Vendida Manuteno de Equipamentos Fretes sobre Compras Servios de Terceiros Comisso Mo de Obra Equipamento de Segurana Material de Embalagem Gastos Gerais de Fabricao CUSTOS VARIVEIS DE VENDAS ICMS SIMPLES FEDERAL Frete s/ Vendas Comisses sobre Vendas

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4. 5. 6. 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 7. 8.

CUSTO VARIVEL TOTAL MARGEM DE CONTRIBUIO CUSTOS FIXOS Mo-de-Obra Direta + Encargos Hora Extra sem Mo-de-Obra Direta Mo-de-Obra indireta + Encargos Hora Extra Indireta + Encargos Telefone Pr - Labore Depreciao LUCRO OPERACIONAL PONTO DE EQUILBRIO

9. 9.1 9.2 9.3 9.4 10. 10.1 10.2 10.3 10.4 10.5 10.6 11. 11.1 11.2 12

INVESTIMENTOS Leasing de Veculos Leasing de Mquinas Consrcio Imobilizado DESPESAS FINANCEIRAS Taxas Bancrias Juros sobre Cheque Especial Juros com Fornecedores Juros sobre Emprstimos Bancrios Juros sobre Emprstimos de Terceiros Juros sobre Desconto de Duplicatas RECEITAS FINANCEIRAS Juros sobre Aplicaes Juros sobre Duplicatas dos Clientes LUCRO LQUIDO

FICHA TCNICAFicha TcnicaProduto Madeira

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Item

Qtde

Un.

Mat. Prima

Comp

Largura

Altura

Total m3

Custo Unit.

Custo Item