Apostila de Cinesiologia

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Professor Roberto Gaspari Beck

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  • Professor Roberto Gaspari Beck

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    NDICE:

    2. ndice.

    3. Introduo Cinesiologia.

    4. Ementa da disciplina de Cinesiologia.

    6. Conceito de Cinesiologia; Movimentos Articulares baseados em Planos Anatmicos;

    Movimentos Articulares Baseados na Forma Anatmica (Classificao das Articulaes).

    7. Movimentos Articulares do Corpo Humano.

    9. Grau de Liberdade Articular; Cadeias Cinemticas.

    10. Estudo das Alavancas.

    11. Estudo do Torque.

    12. Contraes Musculares.

    13. Sinergia e Prpriocepo.

    14. Diviso do Sistema Nervoso.

    15. Doping.

    16. Introduo Anlise de Movimentos.

    18. Msculos Motores Primrios e Motores Acessrios Segundo Rasch & Burke.

    22. Estudo do Ombro.

    23. Estudo do Cotovelo; Estudo do Punho.

    24. Estudo da Coluna Vertebral.

    27. Estudo do Quadril.

    29. Estudo do Joelho.

    31. Paradoxo de Lombard; Estudo da Patela.

    32. Estudo do Tornozelo.

    34. Cinesiologia da Postura.

    35. ndice Raquidiano de Delmas; Desvios Posturais da Escpula.

    36. Estudo Postural da Coluna Vertebral.

    37. Hrnia de Disco.

    38. Resistncia da Coluna Vertebral Fora de Compresso; Estudo da Cifose; Estudo da

    Escoliose.

    39. Mtodo de Cobb (RX); Teste de Adams.

    40. Estudo da Lordose; Ritmo Lombo Plvico.

    41. Ao Paradoxal do Psoas; Cinesioterapia.

    42. Desvios Posturais do Joelho.

    43. Estudo das Leses Comuns no Joelho.

    44. Estudo Postural do Tornozelo e do P.

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    DISCIPLINA DE CINESIOLOGIA:

    INTRODUO:

    A disciplina de Cinesiologia fundamental na formao acadmica dos profissionais de Educao Fsica, nos cursos de

    bacharelado e licenciatura. Complementando a Anatomia e a Fisiologia e dando suporte terico para a Biomecnica, esta

    disciplina constitui-se como uma das que compem o eixo central de formao acadmica dos futuros profissionais de Educao

    Fsica atuando na construo direta da Cincia do Movimento Humano.

    A seguir estaro listados por mdulos os contedos bsicos desta disciplina para uso nos cursos de graduao em

    Educao Fsica, bem como um modelo de Plano de Ensino.

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    Ementa da Disciplina:

    Conhecimento e classificao dos msculos que realizam os movimentos das principais articulaes do corpo humano.

    Fatores orgnicos e psicolgicos que interferem no desempenho fsico.

    Sequncias motoras simples e complexas.

    Mecnica ssea, articular e muscular.

    Prtica pedaggica, sob a orientao e superviso docente, compreendendo atividades de observao dirigida ou

    experincias de ensino.

    Justificativa:

    A disciplina de Cinesiologia de extrema importncia na formao acadmica do profissional de Educao Fsica. A

    presente disciplina tem como finalidade fornecer elementos terico-prticos que possam contribuir na atuao do

    profissional de Educao Fsica nas reas de docncia e agente da sade. Os contedos programticos apreendidos

    nesta disciplina esto diretamente relacionados com os contedos das disciplinas que envolvem o profissional da

    Educao Fsica na sua totalidade.

    Objetivo Geral:

    Compreender, cinesiolgicamente, o movimento humano de forma intrnseca e extrnseca.

    UNIDADE 1 CONTEDOS:

    Introduo Cinesiologia.

    Osteologia e mecnica ssea.

    Artrologia e mecnica articular.

    Conceito de alavancas.

    Clculo da fora muscular atravs do torque.

    Diferenas da Anatomia Esttica para a Anatomia Funcional.

    Fatores fisiolgicos e mecnicos na funo muscular.

    Miologia. A Contrao muscular a partir de um conceito mecnico.

    Sinergia e Prpriocepo.

    Fatores que afetam o desempenho motor.

    Sistemas Simptico e Parassimptico.

    Objetivos Especficos da UNIDADE 1:

    Adotar corretamente a terminologia cinesiolgica.

    Compreender e ressignificar a anatomia esttica para a anatomia funcional.

    Entender de forma extrnseca, atravs da interpretao da ao das alavancas, a contrao muscular.

    Identificar as contraes musculares em exerccios pr-estabelecidos de forma intrnseca e extrnseca.

    Compreender as aes do sistema nervoso autnomo e do voluntrio durante a prtica dos exerccios fsicos e dos

    desportos.

    UNIDADE 2 CONTEDOS:

    Estudo segmentado das articulaes do Ombro, cintura escapular, cotovelo, punho, coluna vertebral, quadril, cintura

    plvica, joelho e tornozelo.

    Anatomia funcional das articulaes e anlise de movimentos.

    Paradoxo de Lombard.

    Objetivos Especficos da UNIDADE 2:

    Identificar os msculos motores primrios das articulaes e suas aes articulares.

    Compreender o movimento articular atravs da ao dos msculos agonistas, antagonistas, sinergistas e fixadores.

    Analisar movimentos simples e complexos de forma cinesiolgica.

    UNIDADE 3 CONTEDOS:

    Estudo dos problemas posturais (Escpula alada, escpula abduzida; Ombro elevado, Ombro deprimido, Lordose,

    Escoliose, Cifose; Joelho valgo; Joelho varo; Joelho flexo; Joelho recurvado; P plano; P cavo; P equino; P calcneo;

    Tornozelo Varo e Tornozelo valgo).

    Cinesioterapia;

    Ritmo lombar Plvico;

    Ao paradoxal do Psoas durante a prtica de exerccios abdominais.

    Objetivos especficos da UNIDADE 3:

    Conhecer, identificar e elaborar exerccios corretivos para os problemas posturais.

    Entender e relacionar com a prtica de exerccios fsicos a Fisiopatologia da Coluna Vertebral.

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    Bibliografia Bsica:

    Rash & Burke. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 5 ed. ED. Guanabara RJ 1987.

    Philip J. Rash. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 7 ed. ED. Guanabara Koogan, 1989.

    W. Hollmann e Th Hettinger. Medicina de Esporte. Edio revisada. ED. Manole. SP 1989.

    Astrand e Rodahl. Tratado de Fisiologia do Exerccio. 2 ed. ED. Guanabara RJ. 1987.

    Kapandji, I. fisiologia Articular. 5 ed. Panamericana: SP. 1998.

    Bibliografia Complementar:

    Angelo Machado. Neuroanatomia Funcional. 2 ed. ED. Atheneu SP, 2005.

    Sebastio Vicente de Castro. Anatomia Fundamental. 2 ed. ED. McGraw-Hill do Brasil SP, 1974.

    Calais-Germain, B. Anatomia para o Movimento: Introduo as tcnicas corporais. Vol 1. Manole SP 1992.

    Carr, G. Biomecncia dos Esportes. Manole: SP, 1998.

    Durward, R. B. et al. Movimento Funcional Humano - mensurao e anlise. Manole: SP, 2001.

    Rolf Wirhed. Atlas de Anatomia do Movimento. Manole. SP. 1986.

    J. Weineck. Anatomia Aplicada ao Esporte. Manole. SP. 1984.

    Settineri. Biomecnica, Noes Gerais. Livraria Atheneu. SP. 1988.

    Hay/Reid. As Bases Anatmicas e Mecnicas do Movimento Humano. Prentice/Hall do Brasil. RJ. 1985

    Hall, S.J. Biomecnica Bsica. Guanabara Koogan. RJ. 2000.

    Miranda, E. Bases de anatomia e cinesiologia. Sprint. RJ. 2000.

    Campos, M. A. Biomecnica da Musculao. Sprint. RJ. 2000.

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    CONCEITO DE CINESIOLOGIA:

    A palavra Cinesiologia derivada do Latim, onde Kinesis (movimento) e Logus (Estudo) definem Cinesiologia como o

    Estudo do Movimento Humano.

    Em cinesiologia estudamos os movimentos articulares e todas as suas relaes com o tempo e o espao, logo a

    Cinesiologia est intimamente ligada aos estudos da Anatomia, Fisiologia e a Fsica, tornando-se bsica para o

    entendimento da Biomecnica.

    TERMINOLOGIA CINESIOLGICA:

    Em cinesiologia adotamos uma terminologia singular na descrio dos movimentos articulares, assim deixaremos de

    falar em flexo de pernas ou de braos e falaremos em flexo de joelhos e flexo de cotovelos!!!

    Esta terminologia justifica-se para ressaltar-mos e compreender-mos melhor a anlise de movimentos complexos do

    corpo humano, e como aprendemos em Medidas e Avaliao, no comprimento da perna ou do brao no existem

    articulaes, logo para flexionarmos estes segmentos causaramos uma fratura de seus componentes sseos!

    MOVIMENTOS ARTICULARES BASEADOS NOS PLANOS ANATMICOS:

    EIXO SAGITAL PLANO SAGITAL Divide o ser humano em lado esquerdo e direito, Distal e Proximal.

    EIXO TRANSVERSAL PLANO FRONTAL OU CORONAL. Divide o ser humano em Anterior e Posterior, Ventral e Dorsal.

    EIXO VERTICAL PLANO HORIZONTAL Divide o ser humano em Superior e Inferior, Cranial Caudal.

    MOVIMENTOS ARTICULARES BASEADOS NA FORMA ANATMICA:

    As articulaes de acordo com suas caractersticas anatmicas , executam movimentos distintos; de acordo com a

    sindesmologia, estudo das articulaes, classificamos em:

    - Articulaes mveis ou diartroses.

    - Articulaes semimveis ou Anfiartroses

    - Articulaes imveis ou Sinartroses.

    Para efeito de estudos, consideramos apenas as articulaes que possuem movimento, mveis e semi-mveis.

    DIARTROSES:

    Tambm chamadas de junturas sinoviais, so as que apresentam uma membrana serosa chamada sinovial (que secreta um

    lquido viscoso), a qual forra interiormente este tipo de articulao.

    ESFERIDE OU ENARTROSES:

    Quando de um lado h ma seperfcie esfrica (cabea) articulando-se com uma cavidade correspondente.

    Ex: Articulaes do ombro e do quadril.

    CONDILAR OU CONDILARTROSE:

    De um lado encontramos uma seperfcie saliente alongada em um dos sentidos, que recebe o nome de cndilo

    (captulo), a qual se articula com a competente cavidade do outro osso. Ex: Articulao tmporo-mandibular e

    articulao do joelho.

    ELIPSIDE:

    Nos casos em que uma das superfcies saliente e tem um dos eixos mais alongado, porm seus movimentos se

    realizam no sentido dos 2 eixos. Ex: Articulao rdio-crpica. (Na qual encontramos o rdio de um lado e o escafide e

    o semi-lunar do outro.

    GNGLIMO OU TROCLEARTROSE:

    Na extremidade de um dos osso encontramos uma trclea (carrretel), enquanto no outro osso encontramos acidentes

    correspondentes, ou seja, uma crista com duas facetas. Ex: Articulao do Cotovelo.

    TROCIDE:

    Um cilindro sseo com um pino que gira dentro de um anel stero-fibroso. Ex: Articulao rdio-ulnar proximal.

    SELAR OU POR ENCAIXE RECPROCO:

    Vrias superfcies cncavas e convexas correspondendo a superfcies convexas e cncavas do osso vizinho. Ex:

    Articulao calcneo-cubide.

    PLANAS OU ARTRDIAS:

    So 2 superfcies planas ou quase planas que se articulam. Ex: Processos Articulares das vrtebras cervicais.

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    ANFIARTROSES: So semi-mveis e classificam-se em 2 tipos:

    JUNTURAS SINFIBROCONDROSES SIMPLES OU ANFIARTROSES TPICAS (VERDADEIRAS):

    Nestas articulaes encontramos uma fibrocartilagem em forma de disco interpondo-se a superfcies sseas. Ex:

    Articulaes dos corpos intervertebrais torcicos e lombares entre si.

    JUNTURAS SINFIBROCONDROSES CAVITRIAS OU DIARTROANFIARTROSES:

    Verificamos a presena de um esboo de cavidade articular. Entre as superfcies sseas dispe-se um disco

    fibrocartilaginoso perfurado. Ex: A snfise pbica, articulao dos 2 ossos do quadril

    MOVIMENTOS ARTICULARES DO CORPO HUMANO:

    As articulaes de acordo com suas caractersticas anatmicas executam movimentos distintos, a seguir estudaremos

    os movimentos articulares relacionando-os com os planos anatmicos e as articulaes onde estes movimentos ocorrem.

    FLEXO:

    A flexo de qualquer articulao ocorre quando um segmento corporal move-se num plano ntero-posterior ou

    pstero-anterior, de maneira que sua superfcie anterior ou posterior, se aproxime da superfcie anterior ou posterior,

    respectivamente, de um segmento corporal adjacente. Todas as articulaes executam este movimento, Exceto a

    radio-ulnar. Este movimento ocorre no plano sagital. Obs: A coluna tambm executa a flexo lateral, neste caso o

    movimento no plano frontal.

    EXTENSO:

    o oposto da flexo, ou seja, h um movimento de uma posio fletida at a posio anatmica, ou ultrapassa

    (hiperextenso), se isso for possvel. Todas as articulaes executam este movimento, exceto a radio-ulnar. Como na

    flexo, este movimento ocorre no plano sagital.

    ABDUO:

    Significa mover um segmento para fora a da linha central do corpo . Uma vez iniciado, o movimento se denomina

    abduo em toda a sua amplitude mesmo que, como no caso da abduo do ombro, o segmento parea voltar em

    direo linha central do corpo durante os segundos 90 graus de sua execuo. As articulaes que executam abduo

    so: Ombro, quadril e punho. Este movimento ocorre no plano frontal.

    ADUO:

    o contrrio da Abduo, o retorno de uma posio de abduo at a posio anatmica e que ultrapassa, se isso for

    possvel. (Obs: no punho, a abduo e a aduo tambm so chamadas de Flexo Ulnar e Flexo Radial). A aduo

    ocorre nas mesmas articulaes que da abduo. Ocorre no Plano frontal.

    ROTAO:

    a rotao em torno de um eixo maior de um osso A rotao pode ser interna (medial) ocorrendo quando a superfcie

    anterior volta-se para dentro ou externa (lateral) quando a superfcie anterior gira para fora. Obs: A posio anatmica

    considerada como posio neutra; desta forma, de uma posio de rotao interna, a coxa pode voltar-se para for a

    at a posio neutra e prosseguir depois, at mais para fora. A rotao pode ocorrer no ombro, quadril, coluna

    vertebral e no joelho (fletido). A rotao ocorre no plano horizontal ou transversal.

    CIRCUNDUO:

    um movimento no qual parte do corpo descreve um cone, cujo vrtice est na articulao e cuja base se encontra no

    extremo distal da parte referida. No h nenhum termo que possa diferenciar a circunduo em torno de uma base

    que se faz em torno de um rdio pequeno e que se faz em torno de um rdio grande. A circunduo no inclui rotao;

    desta forma, ela pode ocorrer em articulaes biaxiais, mediante uma combinao de flexo, extenso, abduo e

    aduo. A circunduo ocorre no ombro, no quadril, na coluna vertebral, punho e tornozelo. A circunduo ocorre nos

    planos frontal e sagital em conjunto.

    FLEXO HORIZONTAL OU ADUO HORIZONTAL:

    Movimento exclusivo da articulao do ombro; ocorre quando o ombro j estiver abduzido a 90 graus em movimento

    pstero-anterior. Ocorre no plano horizontal.

    EXTENSO HORIZONTAL OU ABDUO HORIZONTAL:

    o oposto da flexo horizontal, tambm um movimento que s o ombro executa, partindo de uma flexo a 90 graus

    e indo no plano horizontal no sentido ntero-posterior at o limite que articulao suportar. Obs: No existe

    hiperextenso horizontal, pois o ombro, em nenhuma fase do movimento, passa pela posio anatmica.

    PRONAO:

    A pronao um movimento exclusivo das articulaes rdio-ulnar e do tornozelo, no cotovelo s possvel quando

    ele se encontra fletido. Na pronao rdio-ulnar a palma volta-se para baixo ou para trs e o no tornozelo a planta

    volta-se para fora. Este movimento ocorre no plano horizontal.

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    SUPINAO:

    Supinar compara-se a suplicar, assim quando este movimento ocorrer na articulao rdio-ulnar a palma volta-se para

    cima ou para frente, no tornozelo a planta volta-se para dentro. Plano horizontal.

    PARTICULARIDADES DOS MOVIMENTOS DO TORNOZELO:

    No tornozelo encontramos terminologias distintas para os movimentos de flexo e Extenso, a Flexo pode ser Dorsal

    (flexo pura) ou Plantar (extenso). Assim temos os termos Flexo Dorsal (Dorsiflexo) e Flexo Plantar, porm

    ressaltamos que, uma vez adotada uma terminologia ela no pode ser alterada na anlise do mesmo movimento. Plano

    sagital.

    MOVIMENTOS DA ESCPULA:

    Elevao Ombros para cima (Plano frontal)

    Depresso Ombros para baixo (Plano frontal)

    Protrao/abduo Ombros para frente (Plano sagital)

    Retrao/aduo Ombros para trs (Plano sagital)

    Rotao Inferior A glenide gira para baixo (Plano frontal)

    Rotao Superior A glenide gira para cima (Plano frontal)

    MOVIMENTOS DA CINTURA PLVICA:

    Anteverso: A crista ilaca anterior projeta-se para frente (Plano sagital)

    Retroverso: Conhecida como encaixe do quadril a crista ilaca anterior projeta-se para trs (Plano sagital)

    Lateroverso: Elevao de um dos lados da pelve (Plano frontal).

    MOVIMENTOS PARTICULARES DA PELVE/COLUNA/QUADRIL:

    Antepulso: A pelve a coluna e o quadril se deslocam em bloco para frente.

    Retropulso: A pelve a coluna e o quadril se deslocam em bloco para trs.

    Lateropulso: A pelve a coluna e o quadril se deslocam em bloco para um dos lados.

  • 9

    GRAU DE LIBERDADE:

    O GRAU DE LIBERDADE de uma articulao definido pelo nmero de movimentos axiais em um mesmo plano que

    ela pode executar: (Um movimento de flexo e extenso, por exempo, representa 1 grau de liberdade).

    CLASSIFICAO QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE:

    Articulao UNIAXIAL 1 grau de liberdade (Ex: Cotovelo e rdio-ulnar)

    Articulao BIAXIAL 2 graus de liberdade (Ex: Punho, joelho e tornozelo)

    Articulao TRIAXIAL 3 graus de liberdade (Ex: Ombro, quadril e coluna vertebral).

    GRAU DE LIBERDADE E MOVIMENTOS ARTICULARES:

    1 Grau de Liberdade: Cotovelo (Flexo e extenso) Rdio-Ulnar (Pronao e supinao).

    2 Graus de Liberdade: Punho (Flexo, extenso, abduo e aduo); Tornozelo (Flexo, extenso; inverso e everso);

    Joelho (Flexo, extenso; rotao interna e rotao externa quando fletido).

    3 Graus de Liberdade: Coluna Vertebral (Flexo, extenso, flexo lateral e rotao); Quadril (Flexo, extenso, abduo;

    aduo; rotao interna e rotao externa); Ombro (Flexo, extenso, abduo; aduo; rotao interna e rotao

    externa) No ombro a flexo horizontal e a extenso horizontal no representam um grau de liberdade a mais pois este

    movimento no parte da posio anatmica e j foi somado aos movimentos de flexo, extenso + abduo e aduo.

    CADEIAS CINEMTICAS E GRAU DE LIBERDADE:

    Entende-se por Cadeia Cinemtica, em Cinesiologia, um sistema composto por segmentos rgidos (ossos), unidos

    atravs de juntas mveis (articulaes). Classificamos as cadeias cinemticas em 2 tipos a seguir:

    CADEIA ABERTA: A extremidade distal da cadeia encontra-se livre, no h limitaes no nmero de movimentos

    articulares ,o grau de liberdade de cada articulao permanece inalterado. Ocorre, geralmente em esportes coletivos,

    na ginstica aerbica, na ginstica localizada, etc.

    CADEIA FECHADA: A extremidade da cadeia est fixa, ocorrem limitaes de movimentos em algumas articulaes

    reduzindo o grau de liberdade das mesmas. Observa-se esta situao em quase todos os aparelhos de musculao e em

    alguns esportes, como a ginstica artstica com aparelhos.

    CONSIDERAES SOBRE AS CADEIAS CINEMTICAS:

    Exerccios em cadeia fechada proporcionam uma maior estabilidade articular direcionando o movimento para o grupo

    muscular desejado durante o exerccio, porm a maioria das leses nos esportes coletivos, acontecem nesta situao.

    As mquinas de musculao so projetadas em cadeia fechada na sua grande maioria, facilitando a execuo de

    exerccios para alunos iniciantes.

  • 10

    ALAVANCAS:

    DEFINIO: So mquinas simples utilizadas para a realizao de um trabalho.

    FINALIDADES: Obter ganho de equilbrio, de fora ou de velocidade.

    COMPONENTES DE UMA ALAVANCA:

    Barra rgida.

    Ponto fixo (eixo)

    Fora de potncia

    Fora de resistncia.

    O CORPO HUMANO COMO UM SISTEMA DE ALAVANCAS:

    No corpo humano a barra rgida representada pelos ossos, o ponto fixo as articulaes, a fora da potncia a

    exercida pelos msculos motores (brao de alavanca da potncia) e a fora da resistncia o segmento distal de um

    segmento corporal contendo ou no sobrecarga (brao de alavanca da resistncia).

    CLASSIFICAO DAS ALAVANCAS:

    As alavancas so classificadas em 3 tipos:

    ALAVANCAS INTERFIXAS

    ALAVANCAS INTERRESISTENTES

    ALAVANCAS INTERPOTENTES

    ALAVANCA INTERFIXA, DE PRIMEIRA CLASSE OU TIPO 1:

    A alavanca interfixa a mais verstil, pode-se obter atravs dela ganho de fora, de equilbrio ou de velocidade. Em

    uma extremidade temos a resistncia, em outra a fora da potncia e entre as duas o ponto de apoio. Ex: Balana,

    gangorra, tesoura, etc.

    Exemplos de Alavancas Interfixas no Corpo Humano: Na articulao do atlas com o axis e na articulao do cotovelo quando

    a potncia exercida pelo msculo extensor.

    Versatilidade da Alavanca Interfixa: Esta alavanca permite ganho de equilbrio, fora e velocidade, conforme esquematizado

    nos exemplos abaixo:

    ALAVANCA INTERRESISTENTE, DE SEGUNDA CLASSE OU TIPO 2:

    A alavanca interresistente uma alavanca para ganho de fora. Nesta alavanca encontramos o ponto de apoio em uma

    extremidade e a fora da potncia em outra, a resistncia est entre estes dois elementos. Exemplos de alavancas

    interresistentes: carrinho de mo, quebra-nozes, caamba do caminho basculante.

    Exemplo de alavanca Interresistente no corpo Humano: No p, quando h ao dos msculos flexores plantares

    (extensores).

    ALAVANCA INTERPOTENTE, DE TERCEIRA CLASSE OU TIPO 3:

    A alavanca interpotente uma alavanca para ganho de velocidade. a alavanca que mais ocorre no corpo humano.

    Nas extremidades encontramos o ponto de apoio de um lado e a fora da resistncia no outro, entre estes elementos

    est a fora da potncia. Exemplos de alavancas interpotentes: Pegador de gelo, pina, vara de pescar, etc.

    Exemplos de Alavancas Interpotentes no Corpo Humano: Alguns exemplos de alavancas interpotentes mais comuns temos

    na articulao do joelho com a ao de seus extensores; no cotovelo na ao dos seus flexores, etc.

  • 11

    TORQUE:

    Torque o que chamamos de momento de fora, serve para calcularmos a fora que um msculo age em

    determinada situao de exerccio. Sua frmula : T=fXd (T- Torque; f fora e d- distncia. O torque varia de acordo

    com o ngulo de atuao de uma alavanca.

    EXEMPLOS DA APLICAO DO CLCULO DO TORQUE EM SEGMENTOS CORPORAIS:

    PROPORES CORPORAIS DE PESO SEGMENTAR SEGUNDO ROLPH WIRHED, 1986.

    Cabea: 7%

    Brao: 3,6%

    Antebrao: 2,2%

    Mo: 0,7%

    Tronco: 43%

    Coxa: 11,4%

    Perna: 5,3%

    P: 1,8%

  • 12 CONTRAES MUSCULARES:

    Existem dois tipos de contraes musculares: Contrao Dinmica e Contrao Esttica.

    As contraes dinmicas se dividem em:

    Contrao Dinmica Anisomtrica Concntrica.

    Contrao Dinmica Anisomtrica Excntrica

    Contrao Isocintica.

    CONTRAO ISOCINTICA:

    A contrao isocintica um tipo de contrao menos comum, geralmente faz-se uso de um equipamento especial.

    Diferente da contrao isotnica porque combina as caractersticas tanto da isometria quanto do treinamento com pesos, a fim de

    proporcionar uma sobrecarga muscular com uma velocidade.

    Exerccios isocinticos so aqueles nos quais se impe uma resistncia ao movimento, sem permitir que este ocorra.

    So iniciados com um mnimo de resistncia, que aumentada gradativamente. So indicados para relaxamento e oxigenao

    muscular, e para a sua coordenao.

    O exerccio isocintico favorece a resistncia muscular; pode ser efetuado atravs de equipamentos que possam

    oferecer diversos graus de resistncia.

    Neste tipo de exerccio, o praticante pode ajustar a velocidade exata do exerccio, assim como aumentar ou diminuir a

    tenso do exerccio, com a finalidade, de acrescer a sua prpria fora muscular. A fora muscular a mesma em todos os ngulos

    do movimento!

    Como exemplos de exerccios isocinticos, temos a bicicleta esttica, mquinas de remo, natao e etc. Uma das

    vantagens dos exerccios isocinticos, o fato de nunca se alcanar o esgotamento total do msculo trabalhado, como

    frequentemente acontece atravs do exerccio isotnico.

    Estudos apontam que este tipo de contrao favorece ao ganho de fora e da hipertrofia muscular de forma mais

    eficiente, a desvantagem o preo do aparelho.

    Fonte: Brbara Frana Camila Magalhes Carla Medeiros Gahya Cristina Vincius Busson. Alunos de Graduao em

    Fisioterapia UNIVERSO / So Gonalo.

    Mecanicamente: A fora da potncia ser sempre maior

    que a fora da resistncia, ou seja, os msculos motores

    primrios do movimento realizaro seus movimentos

    funcionais.

    Mecanicamente a fora da potncia ser sempre menor

    que a fora da resistncia, ou seja, os msculos motores

    primrios do movimento sero vencidos em sua fora e

    realizaro movimentos funcionais diferentes ou

    opostos.

    Mecanicamente a fora da potncia exatamente

    igual a fora da resistncia neutralizando o

    movimento.

  • 13

    SINERGIA:

    Concurso de diversos rgos na realizao de uma funo / ao simultnea (dicionrio Koogan Larousse).

    Sinergia e Cinesiologia:

    A sinergia pode ser definida, em Cinesiologia, como: a ao involuntria de msculos, no motores primrios na ao

    do movimento articular, mas que auxiliam na performance (desempenho) do movimento.

    Exemplos: Ao fecharmos os dedos (cerrarmos o punho) observamos uma ao dos extensores do punho, o contrrio

    ocorre ao afastarmos e estendermos os dedos da mo, o punho flexiona ligeiramente!

    Msculos Bi-articulares e Cinesiologia:

    A sinergia permite tambm a ao de parte de um msculo no gesto articular, como exemplo temos os msculos bi-

    articulares que se neutralizam em aes no comandadas pelo nosso sistema nervoso. O exemplo disso a ao do reto

    anterior para estender o joelho sem flexionar o quadril ou vice-versa.

    PRPRIOCEPO:

    Prpriocepo A capacidade que o indivduo possui de se localizar no tempo e no espao. (Dicionrio Aurlio).

    Importncia da Prpriocepo:

    A prpriocepo est relacionada com o ato motor desde o seu aprendizado. (Ex: noo espao-temporal) at o gesto

    complexo de um movimento esportivo ou artstico (Ex: Ataque no vlei, defesa do goleiro de futebol, etc.).

    Diviso da Prpriocepo: A prpriocepo divide-se em atos voluntrios (velocidade de reao) e atos involuntrios

    (reflexos diversos).

    Atos voluntrios so os atos ou gestos treinveis (defesa no vlei, goleiro de handebol e futebol, interceptao da bola

    em passes no basquete e futebol, etc.)

    O ato involuntrio ou ato reflexo um ato de sobrevivncia e proteo, portanto: no treinvel. (Ex: colocar a mo

    frente do rosto para proteg-lo de um objeto ou em uma queda, desviar de um carro em alta velocidade em uma rua, etc.).

    A Prpriocepo e os sentidos:

    Ainda observamos a presena da prpriocepo quando relacionamos este fato com os sentidos corporais, audio,

    olfato, tato, viso e paladar.

    Diferenas individuais que afetam o aspecto motor:

    Somattipo ou bitipo, estatura corporal e comprimento das alavancas sseas, propores do corpo, msculos e

    gordura, densidade e flutuabilidade do corpo, acuidade da viso, da audio, prpriocepo e outras sensibilidades,

    mobilizao de vrias articulaes, hereditariedade ou anormalidades estruturais congnitas e defeitos residuais de doenas

    e traumatismos.

    Viso do Educador e do Professor de Educao Fsica:

    O Educador Fsico e o Professor de Educao Fsica que conhece a Cinesiologia observa um executor ou um executor

    em potencial com um olho analtico, avaliando suas capacidades no desenvolvimento de suas habilidades; podendo chegar a

    uma potencialidade para determinadas atividades.

  • 14

    DIVISO DO SISTEMA NERVOSO:

    O sistema nervoso um todo. Sua diviso em partes tem um significado exclusivamente didtico, pois as vrias partes

    esto intimamente relacionadas do ponto de vista morfolgico e funcional. O sistema nervoso pode ser dividido em partes,

    levando-se em conta critrios anatmicos, embriolgicos e funcionais.

    Diferenas entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Perifrico (SNP):

    O Sistema Nervoso Central (SNC) aquele que se localiza dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal

    vertebral).

    O Sistema Nervoso Perifrico (SNP) aquele que se localiza fora deste esqueleto.

    Esta distino, embora muito esquemtica, no perfeitamente exata, pois, como bvio, os nervos e razes nervosas,

    para fazer conexo com o sistema nervoso central, penetram no crnio e no canal vertebral. Demais alguns gnglios (SNP)

    localizam-se dentro do esqueleto axial.

    Gnglios e Sinapse: No SNP encontramos a presena de GNGLIOS, que atravs de uma reao qumica levam at os

    centros nervosos impulsos originados em receptores perifricos (via aferente), informando-os o que se passa no meio

    ambiente. A via eferente conduz aos msculos estriados esquelticos o comando dos centros nervosos, resultando, pois,

    movimentos VOLUNTRIOS.

    SISTEMA NERVOSO VISCERAL (AUTNOMO):

    O sistema nervoso visceral aquele que se relaciona com a inervao e controle das estruturas viscerais.

    muito importante para a integrao das diversas vsceras no sentido da manuteno da constncia do meio interno.

    No sistema nervoso visceral uma parte aferente e outra eferente. O componente aferente conduz os estmulos

    nervosos originados em receptores das vsceras (visceroreceptores) a reas especficas do sistema nervoso. O componente

    eferente do sistema nervoso visceral denominado SISTEMA NERVOSO AUTNOMO, e pode ser dividido em SIMPTICO E

    PARASSIMPTICO.

    Funes do Sistema Nervoso Autnomo:

    O sistema nervoso autnomo independe do controle voluntrio. Regula processos como:

    Contrao e relaxamento dos msculos lisos.

    Batimentos cardacos.

    Secreo de hormnios.

    Processos metablicos.

    Sistema Nervoso Simptico:

    Relaciona-se com as reaes adrenrgicas de LUTA e FUGA.

    Em situaes de luta ou fuga, ocorrem transformaes que no so controladas pela nossa vontade.

    Midrase (dilatamento das pupilas)Relaxamento do musculo ciliar, para que possamos ampliar nossa viso em relao a

    situaes adversas.

    Aumento da frequncia cardaca; aumento da contratilidade, favorecendo um aumento na circulao perifrica

    (msculo esqueltica) aumentando a ao muscular.

    Dilatao da musculatura esqueltica e constrio da pele, mucosas e vsceras. Favorecendo a performance muscular e

    protegendo as camadas mais externas do corpo.

    Broncodilatao, favorecendo a absoro do oxignio com mais eficincia nos alvolos pulmonares e

    consequentemente aumentando a resistncia respiratria.

    Gliconeognese, aumentando a produo de glicose (acar) para suprir a energia gasta pelo msculo em exerccio.

    (Aumento do metabolismo aumentado a glicose pela sntese do Piruvato (cido) que gera ATP).

    Sistema Nervoso Parassimptico:

    Relaciona-se com as situaes de REPOUSO E DIGESTO.

    Em situaes de repouso e digesto ocorrem transformaes como:

    Miose (Constrio das pupilas) contrao do msculo ciliar, favorecendo a presena do sono.

    Diminuio da frequncia cardaca, diminuio da contratilidade, fazendo o corao bater mais devagar.

    Broncoconstrio, nesta situao a uma diminuio nos alvolos pulmonares, fazendo com que o indivduo respire

    mais profundamente e em ritmo lento.

    Aumento da motilidade (peristaltismo), Dilatao dos esfncteres, aumento da secreo glandular, aumento da

    secreo do HCL (Ac. Clordrico), favorecendo a digesto enquanto o corpo repousa.

  • 15

    DOPING:

    O doping um estmulo incorporado ao Sistema Nervoso Simptico de forma no natural (atravs de esterides

    anablicos, por exemplo) adotado por alguns atletas ou treinadores de pssima reputao.

    Esta prtica deve ser banida do esporte pois causa danos, muitas vezes irreversveis, ao usurio e denigre a imagem de

    que o esporte saudvel e promove a harmonia e o respeito entre os povos.

  • 16

    ANLISE DE MOVIMENTOS:

    A anlise e a avaliao do desempenho humano o aspecto primordial da Cinesiologia. Permite ao estudioso

    desenvolver e testar novas teorias, e, ao profissional prtico, selecionar ou desenhar movimentos efetivos e condies

    ambientais afins, com o objetivo de estabelecer critrios especficos de desempenho.

    Tipos de anlises:

    Anlise Dedutiva: Comea com um movimento humano especfico ou uma situao de desempenho, identifica suas

    caractersticas e, finalmente, avalia esse movimento em relao ao critrio escolhido. Esta anlise responde a pergunta:

    Como exatamente este movimento realizado e quais so os efeitos sobre o organismo?

    Anlise Indutiva: Comea com um desempenho desejado como, por exemplo, uma boa postura; depois o analista

    prescreve o exerccio corretivo, finalizando com a anlise e avaliao dos meios propostos a fim de conseguir o objetivo para

    sua eficcia na satisfao dos critrios. Esta anlise responde as perguntas: Como podem ser realizados os objetivos

    especficos? O que possvel para este paciente/aluno?

    Formas para a anlise cinesiolgica:

    Nunca haver uma forma universalmente apropriada para o procedimento analtico. Muitos pesquisadores utilizaro

    uma forma muito mais avanada e detalhada do que a proposta a ser apresentada, porm, nesta anlise procuramos

    sintetizar os componentes bsicos para o entendimento do movimento, fazendo de forma dedutiva e de fcil aprendizagem,

    j que no dispomos de equipamentos de alta tecnologia e, tambm, desta maneira estaremos aproximando o profissional

    realidade que vai enfrentar, futuramente, no exerccio da profisso.

    Componentes Bsicos para a Anlise de Movimentos:

    1- Fase.

    2- Articulao Analisada.

    3- Ao articular observada.

    4- Tendncia articular devido s foras externas.

    5- Grupo Muscular Ativo.

    6- Msculos Motores Primrios (Rasch&Burke)

    7- Tipo de contrao.

    8- Grupo Muscular Distendido.

    Fase:

    As fases de um movimento so as etapas de execuo que iro acontecer durante o processo de seu desenvolvimento.

    Um movimento de qualquer natureza pode ter vrias fases; por exemplo: Subida e descida, ida e volta, para frente e pra trs,

    fase nica, etc. Quem define as fases de um movimento o analisador, e estas devem servir para simplificar sua anlise!

    Articulao Analisada:

    No devemos iniciar uma anlise sem definirmos qual segmento articular estamos observando. Assim, necessrio

    definirmos qual articulao estaremos analisando, independente do movimento das outras! EX: Punho, cotovelo, ombro, etc.

    Ao Articular Observada:

    Definida pelo movimento que a articulao est executando na fase analisada, lembrando que esta anlise deve partir

    sempre da POSIO ANATMICA! Ex: Flexo, extenso, abduo, aduo, etc.

    Tendncia Articular Devido s Foras Externas:

    a ao articular que a articulao analisada ir realizar por influncia das foras externas (gravidade, sobrecarga, peso

    do segmento, etc.) quando estas vencem a fora muscular ou quando o grupo muscular relaxa na sua ao. A tendncia

    definida por aes articulares como exemplo: flexo, extenso, aduo, rotao, etc. Este um dos principais elementos da

    anlise!

    Grupo Muscular Ativo:

    o grupo muscular que atua no exerccio e na articulao analisada, definidos pela sua funo articular. Ex: Flexores,

    abdutores, supinadores, etc. Neste tem no mencionamos o nome dos msculos envolvidos!

    Msculos Motores Primrios:

    So os msculos que pertencem ao grupo muscular ativo, definidos no tem 5. Aqui descrevemos o seu nome

    anatmico. Ex: Bceps femoral, Trceps braquial, etc. Obs: Neste item apenas sero descritos os msculos primrios (MP)

    definidos segundo Rasch & Burke.

    Tipo de Contrao:

    Definio das contraes musculares estudadas, durante a execuo da fase analisada. Ex: Dinmica Concntrica,

    Dinmica Excntrica ou Esttica Isomtrica.

    Grupo Muscular Distendido:

    O grupo muscular distendido o grupo muscular (Flexores, extensores, etc.) que executa o movimento antagnico ao

    grupo motor primrio, precisa estar sendo alongado e no atuar em contrao sinrgica! Alguns autores definem este grupo

    como o grupo estabilizador da articulao ativa, geralmente este grupo que sofre leses por estiramento ou distenso

    muscular.

    Lembre-se: antagonista Est alongando No est em contrao sinrgica!

  • 17

    Obs: Para facilitar as anlises dos exerccios que sero propostos, necessrio a confeco de uma tabela.

    A seguir a sugesto para um Modelo da Tabela.

  • 18

    MSCULOS MOTORES PRIMRIOS E MOTORES ACESSRIOS:

    Fundamentado no Livro: Cinesiologia e Anatomia Aplicada, Rasch & Burke, 5 Ed. 1987 Ed. Guanabara.

  • 19

  • 20

  • 21

    IMPLICAES PARA A ANLISE DE MOVIMENTOS:

    Para anlise de movimentos, considere apenas os msculos MOTORES PRIMRIOS (M.P.) para os msculos do Grupo

    Muscular Ativo. Os msculos Acessrios (Acess.) sero utilizados para anlises de movimentos complexos e tambm para

    identificar se h ou no Grupo Muscular Distendido durante a anlise do exerccio ou do movimento desportivo.

  • 22

    ESTUDO DO OMBRO:

    Movimentos Articulares do Ombro:

    Flexo

    Extenso

    Abduo

    Aduo

    Rotao Interna

    Rotao Externa

    Flexo Horizontal

    Extenso Horizontal

    Msculos Motores Primrios dos movimentos do ombro:

    Flexo: Deltide anterior e Peitoral Maior poro Clavicular.

    Extenso: Peitoral Maior poro Esternal, Grande Dorsal e Redondo Maior.

    Abduo: Deltide Mdio e Supra-espinhal.

    Aduo: Peitoral Maior poro Esternal, Grande Dorsal e Redondo Maior.

    Rotao Interna: Subescapular e Redondo Maior.

    Rotao Externa: Infra-espinhal e Redondo Menor.

    Flexo Horizontal: Deltide Anterior, Peitoral Maior Pores Clavicular e Esternal, Coracobraquial.

    Extenso Horizontal: Deltide Mdio, Deltide Posterior, Infra-espinhal e Redondo Menor.

    Deltide:

    Origem: Ao longo de uma linha curva que segue o tero externo da borda anterior da clavcula, a parte superior do acrmio e

    a borda posterior da escpula.

    Insero: Sobre a tuberosidade do mero, um pouco acima do centro deste osso.

    Supra-Espinhal:

    Origem: Os dois teros internos da fossa supra-espinhal.

    Insero: A parte superior do tubrculo maior do mero.

    Peitoral Maior:

    Origem: Os dois teros internos da borda anterior da clavcula, toda a extenso do esterno e as cartilagens das seis primeiras

    costelas, prximo a unio delas com o esterno.

    Insero: Atravs de um tendo plano medindo aproximadamente 7,5 cm de largura, na crista que forma a borda externa da

    goteira bicipital (Sulco intertubercular) do mero, estendendo-se desde um pouco mais abaixo das tuberosidades desse osso

    at quase a insero do deltide.

    Coracobraquial:

    Origem: O processo coracide da escpula.

    Insero: A superfcie ntero-medial do mero, oposto ao deltide.

    Grande Dorsal:

    Origem: Os processos espinhosos das seis vrtebras torcicas inferiores e todas as lombares, a parte posterior do sacro, a

    crista ilaca e as trs costelas inferiores.

    Insero: O fundo do sulco intertubercular do mero, por meio de um tendo plano inserido paralelamente aos trs quartos

    superiores da insero do peitoral maior.

    Redondo Maior:

    Origem: A superfcie dorsal da escpula na extremidade inferior de sua borda lateral.

    Insero: A crista que forma a borda interna da goteira bicipital do mero, paralela metade mdia da insero do peitoral

    maior.

    Infra-Espinhal:

    Origem: Os dois teros mediais da fossa infra-espinhal.

    Insero: No centro do tubrculo maior do mero.

    Redondo Menor:

    Origem: A superfcie dorsal da borda lateral da escpula.

    Insero: Na poro interior do tubrculo maior e na difise adjacente do mero.

    Subescapular:

    Origem: Toda a superfcie costal da escpula, com excesso de um pequeno espao junto da articulao.

    Insero: O tubrculo menor do mero.

    Manguito Rotador:

    Segundo ODonoghue, o manguito rotador uma convergncia de tendes, semelhante a um capuz, dos msculos

    subescapular, supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor em redor da cabea do mero. Eles atuam em conjunto, no

    sentido de manter firmemente a cabea do mero na cavidade glenide e, dessa forma, impedir uma subluxao para baixo

    desse osso e ainda fazem a rotao e a abduo do ombro. Steindler sugere que os tendes desses msculos rotadores

    fundem-se dentro da cpsula articular, realizando uma funo ESTABILIZADORA, embora eles faam simultaneamente a

    rotao.

  • 23 ESTUDO DO COTOVELO:

    O cotovelo um gnglimo duplo ou uma articulao em dobradia, cujas superfcies articulares so: 1. A incisura

    troclear da ulna (que se articula com a trclea do mero e suporta a maior parte do peso) e 2. A superfcie proximal da

    cabea do rdio (que se articula com o captulo do mero). A cpsula e a membrana sinovial envolvem estes dois pares

    articulares e, tambm, a articulao proximal entre o rdio e a ulna. Os espessamentos longitudinais desta cpsula so

    designados como ligamentos anterior, posterior, colateral radial e colateral ulnar.

    Aspectos Funcionais da Articulao do Cotovelo:

    Funcionalmente existe uma diferena ntida entre a articulao do cotovelo e a rdio-ulnar: a primeira permite a flexo

    e a extenso do rdio e da ulna, em relao ao mero, e a ltima permite a pronao e a supinao do antebrao.

    A flexo e a extenso do cotovelo ocorrem numa amplitude de, aproximadamente, 150 graus, dependendo das

    variaes individuais na anatomia e no uso da articulao.

    A flexo limitada pelo contato com as partes moles do brao e antebrao e a extenso limitada pelo contato do

    olcrano da ulna com o mero.

    Movimentos Articulares do Cotovelo e da Rdio-Ulnar:

    COTOVELO: Flexo e extenso

    RDIO-ULNAR: Pronao e Supinao (somente possvel com o cotovelo fletido).

    Msculos Motores Primrios do Cotovelo:

    Flexores:

    Bceps Braquial. Origem: A poro longa provm da escpula, na parte superior da cavidade glenide; seu tendo passa

    sobre a cabea do mero e se fusiona com o ligamento capsular da articulao do ombro; a poro curta, de a apfise

    coracide. Insero: A tuberosidade do rdio.

    Braquial. Origem: A superfcie anterior da metade inferior do mero e do septo intermuscular. Insero: A tuberosidade

    da ulna e a superfcie anterior do processo coronide.

    Braquiorradial. Origem: Os dois teros superiores da crista supracondilar do mero e do septo intermuscular lateral.

    Insero: Superfcie lateral do rdio, na base do processo estilide.

    Extensor:

    Trceps Braquial. Origem: 1. A poro longa, que parte da escpula, diretamente abaixo da articulao do ombro; 2. A

    poro lateral que nasce num espao de 1,2 cm de largura, situado na parte posterior do mero, estendendo-se desde o

    centro da difise at o tubrculo maior; 3. A poro medial que se origina na superfcie inferior do dorso do mero, num

    amplo espao que ocupa quase dois teros do comprimento do osso. Insero: A extremidade do olcrano da ulna atravs

    de um tendo comum.

    Pronador da Rdio Ulnar:

    Pronador Quadrado. Origem: No quarto inferior da face anterior da ulna. Insero: No quarto inferior da face anterior

    do rdio.

    Supinador da Rdio Ulnar:

    Supinador. Origem: O epicndilo lateral do mero, a crista supinadora da ulna e os ligamentos intermedirios. Insero:

    Superfcie lateral do tero superior do rdio.

    ESTUDO DO PUNHO:

    Anatomia do Punho:

    A articulao radiocrpica e as vrias articulaes intercarpianas constituem, coletivamente, a articulao do punho.

    A articulao radiocrpica (uma articulao condilide) est situada entre a extremidade do rdio e os trs ossos da

    primeira fileira do carpo, o escafide, o semilunar e o piramidal. Nem a ulna nem o pisiforme participam, pois a ulna est

    separada dos ossos do carpo por um disco articular fibrocartilaginoso. Os trs ossos do carpo deslizam, transversalmente,

    sobre a extremidade do rdio e a direo depende da natureza do movimento.

    Movimentos Articulares do Punho:

    Flexo

    Extenso

    Abduo (Flexo Radial)

    Aduo (Flexo Ulnar)

    Msculos Motores Primrios do Punho:

    Flexo:

    Flexor Radial do Carpo. Origem: O epicndilo medial do mero. Insero: Superfcie anterior da base do II metacrpico,

    com uma faixa que vai at a base do terceiro metacrpico.

    Flexor Ulnar do Carpo. Origem: Epicndilo medial do mero e borda medial do olcrano e os dois teros superiores da

    borda dorsal da ulna. Insero: As superfcies palmares dos ossos pisiformes, hamato e do V metacrpico.

    Extenso:

    Extensor Radial Longo do Carpo. Origem: O tero inferior da crista supracondilar lateral do mero. Insero: A

    superfcie dorsal da base do II metacrpico.

    Extensor Radial Curto do Carpo. Origem: O epicndilo lateral do mero. Insero: A superfcie dorsal da base do

    terceiro metacrpico.

    Extensor Ulnar do Carpo. Origem: O epicndilo lateral do mero e o tero mdio da estreita crista localizada na borda

    dorsal da ulna. Insero: A superfcie posterior da base do V metacrpico.

    Abdutores e Adutores do Punho:

    Os movimentos de abduo e aduo do punho ocorrem por SINERGIA dos msculos flexores e extensores.

    Para que a ABDUO acontea h uma ao dos msculos Flexor Radial do Carpo, Extensor Radial Longo do Carpo e

    Extensor Radial Curto do Carpo, por este motivo este movimento tambm conhecido como FLEXO RADIAL.

    Para que a ADUO acontea h uma ao dos msculos Flexor Ulnar do Carpo e Extensor Ulnar do carpo, por este

    motivo este movimento tambm conhecido como FLEXO ULNAR.

  • 24

    ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL:

    Para efeito de estudos dos movimentos da coluna vertebral, analisaremos em particular as regies torcicas e lombares

    durante a graduao.

    Sistema Esqueltico:

    Os msculos do tronco contrados transforma as cavidades abdominal e torcica em cilindros semi-rgidos que aliviam a

    carga exercida sobre a coluna, conclui-se, desta forma, a grande importncia de fortalecermos estes grupos

    musculares. (Fonte: Astrand e Rodahl. Tratado de Fisiologia do Exerccio. 2 Edio. Ed. Guanabara 1987).

    Fortalecendo a Musculatura Abdominal:

    Na Educao Fsica escolar e no escolar, os movimentos que visam fortalecer a regio abdominal merecem um lugar

    de destaque. Em todas as aulas dever haver um lugar especfico para fortificar a musculatura desta regio.

    Sugestes para exercitao:

    A) Sempre que se exercitar os msculos abdominais, devemos observar o fortalecimento em equilbrio dos msculos

    dorso-lombares.

    B) O nmero de repeties dever ser superior ao nmero de vezes que o indivduo realiza o movimento no seu dia a

    dia.

    C) Fazer exerccios individuais e em duplas para aumentar a intensidade dos mesmos.

    D) Empregar contraes isomtricas.

    E) Colocar exerccios com sobrecarga. (Anilhas, halteres, medicine-ball, pranchas, elsticos, etc.)

    Dicas teis:

    Quando o objetivo fortificar a musculatura abdominal no se deve fixar os ps e nem a parte superior do tronco do

    executante, porm ao utilizarmos a prancha evitamos problemas posturais (quando fixamos os ps) no entanto vamos,

    desta forma, fortalecer os flexores do quadril.

    O Abdmen Dividido em Regies:

    Segundo diversos autores, o movimento do tronco sobre os membros inferiores tem ao mais intensa na regio supra-

    umbilical. Os movimentos de membros inferiores sobre o tronco, na regio infra-umbilical, por isso, devemos executar

    estes dois tipos de exerccios em nossas aulas. Os movimentos devem ser executados, tambm, com rotao do tronco

    em relao aos membros inferiores e vice-versa. Assim a musculatura dos oblquos laterais tambm se fortificar.

    Informaes Tcnicas:

    Diversos estudos vm pesquisando a prtica dos exerccios abdominais, a maioria destes estudos ou quase a sua

    totalidade, admitem que um ngulo de 30 graus, relativo inclinao do tronco com o solo, trabalhar quase que

    exclusivamente a musculatura abdominal, partir deste ngulo entram em ao tambm a musculatura dos flexores

    do quadril, para auxiliarem na flexo do tronco.

  • 25

    Concluindo:

    O fortalecimento das musculaturas abdominal e dorso-lombar tambm contribuem para reduzir graus de compresso e

    cisalhamento sobre a coluna vertebral, prolongando a vida til dos discos intervertebrais e das estruturas anatmicas

    das vrtebras.

    Movimentos Articulares da Coluna Vertebral:

    Flexo.

    Flexo Lateral.

    Extenso.

    Rotao.

    Msculos Motores Primrios da Coluna Vertebral e suas aes articulares:

    Flexores: Reto Abdominal, Oblquo Externo e Oblquo interno.

    Extensores: Iliocostal Torcico, Iliocostal Lombar, Longo do Trax, Espinhal do Trax, Semi-espinhal Torcico,

    Intertransversais, Interespinhais, Rotadores e Multifido.

    Flexores Laterais: Oblquo Externo, Oblquo Interno, Quadrado Lombar, Iliocostal Torcico, Iliocostal Lombar, Longo do

    Trax, Espinhal do Trax, Semi-espinhal Torcico, Intertransversais e Multifido.

    Rotao Para o Mesmo Lado: Oblquo Interno, Iliocostal Torcico, Iliocostal Lombar e Longo do Trax.

    Rotao Para o Lado Oposto: Oblquo Externo, Semi-espinhal Torcico, Rotadores e Multifido.

    Reto Abdominal.

    Origem: A crista do pbis

    INSERO: A quinta, sexta e stima cartilagens costais.

    Oblquo Externo:

    ORIGEM: Atravs de inseres denteadas, nas oito costelas inferiores, alternando-se com a do serrtil anterior e as do

    grande dorsal.

    INSERO: A metade anterior da crista ilaca, a borda superior da fscia da coxa, a crista do pbis e a linha alba.

    Oblquo Interno:

    ORIGEM: A fscia lombar, os dois teros anteriores da crista ilaca e a metade lateral do ligamento inguinal.

    INSERO: A oitava. nona e dcima costais e a linha alba.

    Quadrado Lombar:

    ORIGEM: A crista ilaca, o ligamento iliolombar, e o processo transverso das quatro vrtebras lombares inferiores.

    INSERO: O processo das duas vrtebras lombares superiores e a borda inferior da ltima costela.

    Ilio Costal Torcico:

    ORIGEM: As bordas superiores dos ngulos das seis ltimas costelas.

    INSERO: As bordas superiores dos ngulos das seis costelas superiores.

    Ilio Costal Lombar:

    ORIGEM: A face posterior do sacro, as espinhas da vrtebra lombar, e a crista ilaca.

    INSERO: As bordas inferiores dos ngulos das seis ou sete costelas inferiores.

    Longo do Trax:

    ORIGEM: A face posterior do sacro, as espinhas da vrtebra lombar, e a crista ilaca.

    INSERO: Os processos acessrios da primeira a quinta vrtebra lombar; os processos transversos da primeira

    vrtebra torcica quinta lombar, e entre os tubrculos e ngulos da segunda a dcima segunda costelas.

    Espinhal do Trax:

    ORIGEM: Os processos espinhosos das duas primeiras vrtebras lombares e das duas ltimas vrtebras torcicas.

    INSERO: Os processos espinhosos das vrtebras torcicas superiores, variando seu nmero de quatro a oito.

    Semi-Espinhal do Trax:

    ORIGEM: Os processos transversos da sexta at a dcima vrtebra torcica.

    INSERO: Os processos espinhosos das quatro vrtebras torcicas superiores e das duas vrtebras cervicais

    inferiores.

    Intertransversais:

    Pares de pequenos msculos anteriores e posteriores, situados em ambos os lados da coluna vertebral, unindo os

    processos transversos de vrtebras contguas. Eles se estendem desde o atlas at a primeira vrtebra torcica e da

    dcima vrtebra torcica ltima lombar.

  • 26

    Interespinhais:

    Pares de pequenos msculos que unem os processos espinhosos de vrtebras contguas; um em cada lado do

    ligamento interespinhal. Na regio cervical, eles se estendem do xis segunda vrtebra torcica e, na regio lombar,

    da primeira vrtebra lombar ao sacro.

    Rotadores:

    ORIGEM: O processo transverso da vrtebra.

    INSERO: As bases dos processos espinhosos da primeira vrtebra situada acima.

    Multifidos:

    ORIGEM: A parte posterior do sacro; a extremidade dorsal da crista ilaca e os processos transversos das vrtebras

    lombares e torcicas, e os processos articulares da quarta a stima vrtebra cervical.

    INSERO: Os processos espinhosos de todas as vrtebras, com exceo do atlas.

    Relevncia Biomecnica dos Msculos Multifidos para a ESTABILIZAO da Coluna Vertebral: (Artigo:http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/biomecanica/multifidos_mauro/multifidos_mauro.htm) Os msculos posteriores profundos, onde se inclui o multfidos, intertransversais, interespinhais e rotadores, seguem bilateralmente para cima e para baixo na coluna vertebral e criam extenso quando ativados ambos os lados e rotao ou flexo lateral (no realizada pelo multfidos) quando ativado unilateralmente (HAMILL e Knutzen, 1999). Esses msculos profundos contribuem com a gerao de suporte para a coluna vertebral, manuteno da rigidez e produo dos movimentos mais finos no segmento mvel ( BARTELINK, 1957 apud HAMILL e Knutzen, 1999 ). Os msculos multfidos so mais espessos nas regies cervical e lombar, gerando uma fora extensora do tronco (HAMILL e Knutzen, 1999). Suas origens de forma ascendente comeam a partir do dorso do sacro e da fscia que cobre o eretor da espinha, apartir dos processos mamilares nas vrtebras lombares e nos processos transversos e articulares nas vrtebras torcicas e cervicais, respectivamente. Nessa extensa origem,as fibras musculares so dispostas em trs camadas medida que ascende medialmente fixando-se na espinha de todas as vrtebras, de L5 ao xis. A camada mais profunda se insere na vrtebra imediatamente acima, a camada mdia na segunda ou terceira vrtebra acima e a camada externa na terceira ou quarta vrtebra acima(PALATANGA et al, 2000). Suas aes j foram citadas acima, porem o seu relevante papel o de promover a estabilizao vertebral (Palatanga et al , 2000) atuando como ligamentos extensveis, ajustando seu comprimento para estabilizar as vrtebras adjacentes independentemente da posio da coluna vertebral. Os multfidos possuem fibras mistas onde 57 62% de fibras do Tipo I, e tambm propores de fibras do Tipo IIa e Tipo IIb, dando uma versatilidade funcional, gerando assim movimentos rpidos e forados e, ao mesmo tempo sendo resistente fadiga para manuteno da postura por longos perodos (CYRON, 1978 apud HAMILL e Knutzen, 1999). Alm de promover a extenso do tronco, esse msculo proporciona estabilidade posterior para coluna vertebral, contrapondo a gravidade na manuteno da posio ortosttica, tendo tambm importncia na flexo de tronco ( DEMPSTER, 1993 apud HAMILL e Knutzen, 1999). Com maiores detalhes anatomofuncionais, Bonjadsen et al (1999) relatou que com relao a sua posio na coluna lombar, os msculos multfidos so uma massa superficial e espessa que se situa abaixo da aponeurose de origem do msculo eretor da espinha. No que diz respeito trajetria dos feixes musculares observou-se que h feixes verticalizados inseridos nos processos espinhosos de L5, T12 e T11. Entre a poro medial do sacro e o processo espinhos de L5 ento localizados os feixes mais distais dos msculos multifidos,apresentando este na sua maioria uma trajetria vertical que cobrem a transio lombossacra. Uma maior obliqidade apresentada nos feixes que se inserem acima de L5, uma vez que se inserem nos pontos anatmicos mais laterais dos processos espinhosos, como na regio lateral da crista ilaca e os processos mamilares. Os feixes vo se tornando oblquos progressivamente medida que eles se tornam mais proximais. Feixes verticais recobrem a transio toraco-lombar, sendo esta uma exceo. Estas fibras so superficiais e surgem da poro medial da aponeurose de origem do msculo eretor da espinha na altura de L2 e prolongando-se aos processos espinhosos de T12 e T11 (Bonjadsen et al,1999). Bonjadsen et al (1999) observou que a massa muscular dos msculos multifidos (figura 6) na coluna lombar so espessas e formadas por inmeras camadas de feixes musculares que se sobrepem e originrias de diferentes pontos anatmicos. Os feixes mais distais, no sacro e na coluna lombar, so recobertos pelos mais proximais, dando origem a essa massa espessa. Esta por sua vez insere-se em cada um dos processos espinhosos lombares atravs de tendes igualmente espessos e facilmente individualizados. Em uma primeira anlise,os msculos multfidos parecem ser um nico msculo. As inseres nos processos espinhosos s vistas aps a disseco. Seus feixes decrescem progressivamente nos segmentos superiores da coluna vertebral. Richardson et al (1999) observou que o controle das foras de cisalhamento que ocorrem na coluna durante a flexo anterior do tronco no dependem somente dos elementos passivos, mas tambm do sistema muscular. O controle dessa fora de cisalhamento de extrema importncia, pois protege a juno intervertebral, especial nos nveis mais baixos onde estas foras so maiores. O multfido envolvido nesse controle do cisalhamento vertebral devido sua ao de rotao sagital, que uma vez ativado bilateralmente promove um movimento de translao posterior vertebral estabilizando assim o movimento (RICHARDSON et al, 1999). Alm da ao estabilizadora, Richardson et al (1999) observou diferentes funes primrias para cada fascculo do msculo multfido. Os fascculos mais longos, que originam-se no processo espinhoso , tm uma vantagem mecnica sobre as fibras mais curtas, mais profundas. Os fascculos mais longos contribuem mais para o torque extensor, quando as fibras mais profundas mais curtas, que tm pouca fora de alavanca para a produo do torque, podem ser mais envolvidas em um papel de estabilizador. Este fato foi comprovado atravs de estudos eletromiogrficos onde se verificou que durante o ortostatismo, movimentos ativos do tronco, o andar e a extenso de tronco houve uma ativao tnica das fibras mais profundas num nvel quase contnuo.

  • 27 O multfido em atividade responsvel por dois teros da rigidez segmentar, sendo assim responsvel pela diminuio significativa na escala de movimento de todos os movimentos, exceto a rotao (RICHARDSON et al, 1999). McGill (1991 apud RICHARDSON et al, 1999) confirmou o papel dos multifidos lombares em um estudo tridimensional da mecnica espinhal lombar, onde concluiu que a geometria inaltervel dos multifidos atravs de uma escala de posturas indicando que a finalidade deste msculo ajustar finamente a vrtebra com movimentos pequenos. 3.2 Os msculos multifidos e a lombalgia Hides et al (1996) demonstrou que os msculos multifidos apresentam-se, na maioria das vezes atrofiados o primeiro episdio agudo de lombalgia por esforo. Um resultado funcional pobre era secundrio perda da sustentao funcional do msculo, o que perturba a mobilidade segmentar, e aumenta a tenso mecnica e a incapacidade (HIDES et al, 1996). Foi demonstrado por Hides et al (1996) que a disfuno segmentar localizada no msculo multfido pode ocorrer aps um primeiro episdio agudo ou subagudo. Tambm, uma atrofia unilateral foi demonstrado ipsilateral posio da dor com ultra-som de imagem. Essa atrofia localizada no multifido tem sido demonstrada com o uso do ultra-som de imagem em tempo real e confirmado pela ressonncia magntica. Na presena da lombalgia crnica h maior atividade das fibras fsicas do msculo, ou seja, as fibra mais superficiais. Em pacientes com dor lombar aguda h uma inabilidade na ativao do multifido. Essa situao leva a um controle motor inadequado dos msculos multifidos o que promove a instabilidade segmentar vertebral (RICHARDSON et al, 1999). A recuperao do msculo multfidos no ocorre espontaneamente aps a remisso dos sintomas dolorosos e sim com um programa de reabilitao adequado desse msculo. Os mecanismos possveis para a diminuio da seco transversa do msculo a inibio reflexa, deixando assim o controle motor desse msculo deficiente. (HIDES et al, 1996 e RICHARDSON et al, 1999).

    ESTUDO DO QUADRIL:

    Cada metade da cintura plvica consiste de 3 ossos; o LIO, acima e no lado do quadril; o PBIS, abaixo e na frente; e o SQUIO, abaixo e atrs. Eles so separados no incio da vida, mas no adulto esto unidos formando uma slida estrutura denominada osso coxal ou osso do quadril. A bacia plvica est fechada posteriormente pelo sacro, situado entre os dois quadris, com os quais se articula. A articulao formada pelo sacro pelo lio cartilaginosa, sustentada por trs dos mais fortes ligamentos do corpo humano: os ligamentos sacroilacos anterior e posterior e pelo ligamento intersseo. As articulaes do sacro com os dois ossos do quadril so to imveis que, praticamente, toda a estrutura da cintura plvica pode ser considerada como um s osso. Um novo estudo mostra que 25% das mulheres sofrem de moderada a severa fraqueza muscular plvica, com o valor que aumenta para 30% ou mais em obesos e em mulheres mais velhas (Nygaard e outros, 2008). A maioria das mulheres que tiveram filhos so alertadas quanto importncia dos exerccios para o assoalho plvico (exerccios de Kegel) com o objetivo de restaurar o tnus muscular aps o parto, e de fortalecimento muscular. Fatores como incontinncia urinria (decorrente da popular bexiga cada), perda da libido e da lubrificao vaginal, dores plvicas crnicas, inflamaes e corrimentos vaginais podem ser trabalhados e at curados quando exercitamos os exerccios da prtica do pompoarismo (ginstica plvica). A pelve est unida na snfise pbica, porm os dois pbis so separados por um grosso disco de fibrocartilagem. Esta tambm uma articulao rgida e reforada por ligamentos (o ligamento pbico superior e o ligamento pbico arqueado, abaixo) e pelos tecidos ligamentosos relacionados com o disco interpbico. Por estes motivos, a pelve movimenta-se quando h ao da coluna lombar ou da articulao do quadril, reagindo de forma a melhorar a amplitude e performance dos movimentos atlticos. A articulao do quadril formada pela articulao da cabea do fmur com o acetbulo (cavidade situada na superfcie

    externa do quadril, no local da unio entre o lio, o pbis e o squio).

    Movimentos Articulares do Quadril:

    Flexo.

    Extenso.

    Abduo.

    Aduo.

    Rotao Interna.

    Rotao Externa.

    A Flexo do Quadril e seus msculos primrios:

    O movimento do Fmur para frente chamado de Flexo, pode ter uma amplitude de 150 graus ou mais, quando se

    detm, ao contato da coxa com a parte anterior do tronco. Quando o joelho est em extenso, a articulao do quadril pode ser

    flexionada somente at a amplitude permitidos pela tenso dos msculos squios poplteos.

    Msculos Flexores do Quadril:

    Psoas

    Ilaco

    Reto Femoral

    Pectneo

    Psoas:

    Origem As faces laterais dos corpos da ltima vrtebra torcica e de todas as lombares e suas cartilagens

    intervertebrais; as superfcies anteriores e as bordas inferiores dos processos transversos de todas as vrtebras

    lombares.

    Insero: no trocnter menor do fmur.

    Ilaco:

    Origem: A superfcie interna do lio e parte da superfcie interna do sacro, prximo ao lio.

    Insero: Seu tendo se une ao do psoas, no local onde este ltimo cruza a parte anterior da pelve, para se inserir com

    ele no trocnter menor.

  • 28 Reto Femoral:

    Origem: Espinha ilaca ntero-inferior, entre a sua ponta e a articulao do quadril e uma segunda poro, a posterior,

    numa incisura acima da borda do acetbulo.

    Insero: A borda proximal da patela.

    Pectneo:

    Origem: Um espao de 2,5 centmetros de largura na parte anterior do pbis, logo abaixo da base da bacia plvica,

    entre a eminncia liopectnea e o tubrculo do pbis.

    Insero: Uma linha rugosa, que vai desde o trocnter menor linha spera.

    A Extenso do Quadril e seus msculos motores primrios:

    O movimento do Fmur para baixo e para trs chamado de Extenso (contrrio flexo); livre, at que o membro

    encontre-se verticalmente em linha com o tronco, quando , ento, interrompido pela tenso do ligamento iliofemoral e dos

    msculos psoas e ilaco, tornando IMPOSSVEL qualquer hperextenso da articulao do quadril, em indivduos normais. Um

    exame cuidadoso mostrar que, na hperextenso aparente da articulao do quadril (que se apresenta quando se leva um

    membro para trs o mximo possvel, enquanto se est de p sobre o outro membro), ocorre, uma ligeira anteverso da

    pelve e uma ligeira hperextenso da coluna lombar.

    Msculos Extensores do Quadril:

    Glteo Mximo

    Bceps Femoral (poro longa) *

    Semitendneo *

    Semimembranceo *

    * SQUIOPOPLTEOS.

    Glteo Mximo:

    Origem: A superfcie externa do lio, ao longo do quarto posterior de sua crista; a superfcie posterior do sacro prximo

    ao lio, o lado do cccix e a fscia da regio lombar.

    Insero: Uma linha rugosa, de 10 centmetros de comprimento, aproximadamente, na face posterior do fmur, entre

    o trocnter maior, a linha spera e trato iliotibial da fscia lata.

    Bceps Femoral (Poro Longa):

    Origem: A poro longa se origina na faceta medial da tuberosidade isquitica; a poro curta, no lbio lateral da linha

    spera.

    Insero: O cndilo lateral da tbia e a cabea da fbula. O tendo de insero deste msculo forma a parte lateral dos

    isquipoplteos.

    Semitendneo:

    Origem: A faceta medial da tuberosidade do squio, atravs de um tendo comum com o bceps femoral.

    Insero: A parte posterior da superfcie medial da tbia, ao longo com o sartrio. O tendo de insero deste msculo

    constitui um dos msculos isquipoplteos.

    Semimembranceo:

    Origem: A faceta lateral da tuberosidade isquitica.

    Insero: A face medial posterior do cndilo medial da tbia; o tendo de insero deste msculo constitui um dos

    msculos isquiopoplteos mediais.

    A Abduo do Quadril e seu msculo motor primrio:

    O movimento de um membro para longe do outro, no sentido lateral (Plano Frontal) denomina-se abduo e ,

    geralmente, possvel at 45 graus ou mais. A limitao, neste caso, se deve resistncia dos msculos que esto em

    oposio (antagnicos), pois a articulao, por si s, permite quase 90 graus de amplitude, principalmente se os artelhos

    estiverem orientados para fora.

    Msculo motor primrio da Abduo do Quadril:

    Glteo Mdio:

    Origem: A superfcie externa do lio, prxima crista compreendida entre a linha gltea posterior (acima) e a linha

    gltea anterior (abaixo).

    Insero: A crista oblqua da superfcie lateral do trocnter menor.

    Aduo do Quadril e seus msculos motores primrios:

    A aduo limitada pelo contato entre o membro em movimento e o outro membro; pode ser mais ampla, quando o

    membro que se move est um pouco atrs, ou frente, do outro membro, ou quando o tronco inclinado para o lado. A

    articulao do quadril direito tambm aduzida quando o quadril esquerdo deprimido para abaixo do nvel do direito

    enquanto se est em p sobre a perna direita.

  • 29

    Msculos Motores Primrios da Aduo do Quadril:

    Pectneo (Ver flexores)

    Grcil

    Adutor Longo

    Adutor Breve

    Adutor Magno

    Grcil:

    Origem: A margem anterior da metade inferior da snfise pbica e a metade superior do arco pbico.

    Insero: A parte superior da superfcie medial do corpo da tbia, abaixo do cndilo.

    Adutor Longo:

    Origem: A parte anterior do pbis, logo abaixo da crista.

    Insero: A linha spera, no tero mdio da coxa.

    Adutor Breve:

    Origem: A superfcie externa do ramo inferior do pbis.

    Insero: A metade superior da linha spera.

    Adutor Magno:

    Origem: A parte anterior do pbis, a tuberosidade isquitica e toda a extenso do ramo que une a ambos.

    Insero: Toda a extenso da linha spera, a linha supracondilar medial e o tubrculo adutor, situado no cndilo medial

    do fmur.

    A Rotao Interna do Quadril e seu msculo motor primrio:

    A rotao pode ser realizada em um ngulo 90 graus, aproximadamente; e diz-se ser externa ou interna, de acordo com

    a orientao dos artelhos. Devido angulao pronunciada do fmur, o colo deste entra em contato com o lado da cavidade

    e limita o movimento. A forma pelo qual os ossos entram em contato, explica porque a flexo to livre e porque a rotao

    to limitada.

    Msculo Motor Primrio da Rotao Interna:

    Glteo Mnimo:

    Origem: A parte inferior da superfcie externa do lio.

    Insero: A parte anterior do vrtice do trocnter maior.

    Rotao Externa do Quadril e seus msculos motores primrios:

    Os movimentos de rotao longitudinal do quadril efetuam-se em torno do eixo mecnico do membro inferior. A

    rotao externa o movimento que leva a ponta do p para fora.

    Msculos Motores Primrios da Rotao Externa:

    Glteo Mximo (Ver Extensores)Piriforme *

    Obturador Interno *

    Obturador Externo *

    Quadrado Femoral *

    Gmeo Superior *

    Gmeo Inferior *

    Obs: * Grupo dos Seis Rotadores Externos.

    Os seis Rotadores Externos do Quadril:

    Origem: As pores posteriores da pelve.

    Insero: O trocnter maior do fmur.

    ESTUDO DO JOELHO:

    O Complexo do Joelho:

    A articulao do joelho um elemento importante do membro inferior e fornece estabilidade e mobilidade para todos

    os aspectos da cinemtica. Funcionalmente, o joelho consiste em duas articulaes: a TIBIOFEMORAL e a articulao

    PATELOFEMORAL. Os movimentos que ocorrem no complexo do joelho so resultado da interao das estruturas sseas e dos

    tecidos moles de ambas as articulaes.Esta interao pode ser influenciada tanto elas articulaes proximais como as distais e se

    o movimento ocorrer em cadeia cinemtica aberta ou fechada. (Jeff G. Konin Cinesiologia prtica para fisioterapeutas 2006).

    Movimentos Articulares do Joelho:

    O Joelho executa 4 movimentos articulares distintos:

    Flexo.

    Extenso.

    Rotao Interna. *

    Rotao Externa. *

    * Obs: Movimentos permitidos somente quando o joelho est fletido.

  • 30 A Flexo e a Extenso do Joelho:

    A flexo e a extenso so os movimentos fundamentais da articulao do joelho, porm o joelho no uma simples

    articulao em dobradia (gnglimo), alm disto, esta a maior articulao do corpo humano.

    Com o Joelho em extenso completa, os cndilos femorais se projetam, posteriormente, desde a linha da difise do

    fmur. medida que o joelho flexionado, os cndilos femorais apresentam a tendncia de escapar, rodando pela borda

    posterior da tbia, se eles no fossem retidos pelos ligamentos cruzados, pela fscia lata e por outras estruturas

    aponevrticas e musculares.

    proporo que a flexo progride, o ligamento cruzado anterior torna-se tenso e fora os cndilos femorais a

    deslizarem para frente, sobre os meniscos. Assim, h uma tendncia para que aproximadamente o mesmo ponto da tbia

    faa contato com as partes progressivamente mais posteriores que os cndilos do fmur.

    A partir de uma flexo completa, medida que ocorre uma extenso, haveria ma tendncia do fmur rodar para fora

    da margem anterior da tbia, se o ligamento cruzado posterior no ficasse tenso, forando os cndilos femorais a deslizarem

    para trs, sobre os meniscos.

    Amplitude de Movimento do Joelho:

    A amplitude de movimento da articulao do joelho , geralmente, considerada com sendo de 10 at 135 graus,

    quando detida pelo contato com os tecidos situados na face posterior da coxa e da perna e pelos ligamentos capsulares e

    cruzados.

    Como o ngulo da articulao do joelho tem um efeito definido sobre a potncia do movimento, possvel comparar os

    resultados da fora de elevao da perna, somente se so registrados com o joelho flexionado em um ngulo especfico.

    Fixao do Joelho:

    A articulao do joelho pode hiperestender-se ligeiramente. A hiperextenso adicional limitada pelo ligamento

    cruzado anterior, pelos ligamentos colaterais e outros tecidos conjuntivos. Quando o corpo est em equilbrio na posio

    ereta, a linha da gravidade cai, ligeiramente, na frente dos pontos de contato da articulao tibiofemoral. Portanto os

    msculos extensores do quadrceps podem se relaxar porque os joelhos esto efetivamente fixados na hiperextenso,

    devido ao pequeno torque gravitacional.

    No se consegue o bloqueio do joelho, somente com a extenso, enquanto o corpo est na posio ereta para a

    sustentao do peso. Os dimetros do menisco medial e do cndilo femoral medial so maiores do que os dimetros do

    menisco lateral e do cndilo femoral lateral. A extenso do joelho atinge seu limite, quando o cndilo femoral lateral torna-

    se firmemente encaixado. Mas, neste ponto, o lado medial ainda no est completamente encaixado. A rotao interna do

    fmur sobre a tbia ainda possvel, podendo ser produzida pela contrao contnua do quadrceps, ajudado pelas foras de

    sustentao de carga, at que a articulao esteja completamente encaixada ou bloqueada.

    Ao do Msculo Poplteo:

    A ao do msculo poplteo necessria para desencaixar o joelho, em posio de sustentao de peso, antes de

    flexion-lo. O Poplteo considerado um motor primrio da rotao interna da articulao do joelho, considerando-se a tbia

    como a parte mvel. Porm a tbia est bem estabilizada quando o peso atua sobre a extremidade, de modo que a contrao

    do poplteo atua girando o fmur para fora, invertendo, efetivamente, o movimento em parafuso. Quando no se est

    sustentando peso, o desencaixe pode ocorrer passivamente, como uma ao acessria da flexo do joelho.

    A Rotao do Joelho:

    Quando o joelho est bloqueado em extenso, no pode realizar a rotao, embora o p ainda possa girar para dentro

    e para fora, atravs das rotaes do tornozelo e principalmente do quadril. medida que o joelho flexionado, os

    ligamentos colaterais e a fscia vo se afrouxando, permitindo a rotao interna e externa.

    Amplitude de Rotao do Joelho:

    Depois de aproximadamente 90 graus de flexo, possvel fazer-se uma rotao de 60 a 90 graus. Com o joelho

    estendido, a estabilidade postural aumenta pela ausncia da rotao, embora a articulao seja vulnervel a leses

    provenientes de foras laterais.

    Prpriocepo da Articulao do Joelho:

    Durante a atividade fsica, quando o joelho pode ser flexionado at um certo grau, a capacidade de rotao permite

    uma grande variedade de movimentos tais como: girar sobre si mesmo, mudar a direo do movimento, apreender objetos

    entre as plantas dos ps, chutar com o tornozelo voltado para dentro ou para fora, etc.

    Por isso o ato automtico da flexo dos joelhos quando nos colocamos em posio de expectativa em quase todos os

    esportes!

    Msculos Motores Primrios da Articulao do Joelho:

    Flexores:

    Semitendneo. *

    Semimembranceo. *

    Bceps Femoral. *

    Obs: Todos foram estudados na articulao do quadril

  • 31

    Extensores:

    Reto Femoral (J estudado no quadril).

    Vasto Lateral.

    Vasto Intermdio. Quadrceps

    Vasto Medial

    Vasto Lateral:

    Origem: A superfcie do fmur, logo abaixo do trocnter maior e da metade superior da linha spera.

    Insero: As bordas superior e lateral da patela e o tendo do quadrceps femoral.

    Vasto Medial:

    Origem: Toda a extenso da linha spera e a linha supracondilar medial.

    Insero: A borda medial da patela e o tendo do quadrceps femoral.

    Vasto Intermdio:

    Origem: A face anterior lateral do fmur, com exceo dos dez centmetros inferiores.

    Insero: A borda superior da patela, atravs do tendo do quadrceps femoral.

    Msculos Rotadores Internos do Joelho:

    Semitendneo. *

    Semimembranceo. *

    Poplteo.

    Poplteo:

    Origem: Um tendo triplo, com a poro mais forte se originando da face lateral do cndilo lateral do fmur, com

    ramos provenientes da face pstero-medial da cabea da fbula e do corno posterior do menisco lateral.

    Insero: O lado medial posterior da tbia, acima da origem do sleo.

    Funo: Rotao interna do joelho e destrava o joelho no incio de sua flexo.

    Msculo Rotador Externo do Joelho:

    Bceps Femoral. *

    PARADOXO DE LOMBARD:

    Quando estamos sentados em uma cadeira e fizemos uma preenso da coxa, de modo que o polegar palpe o ventre do

    reto femoral e os demais dedos palpem os ventres dos msculos isquiopoplteos, medida que levantamos da cadeira ,

    atravs da extenso do quadril e do joelho, sentimos que entram em ao (contraem) todos msculos!

    Como isto possvel?

    Lembre-se: Enquanto o reto femoral tende a estender o joelho, ele tende tambm a flexionar o quadril e que,

    enquanto que os msculos isquipoplteos tendem a estender o quadril, tendem, tambm a flexionar o joelho. Poderamos

    ento esperar que os msculos envolvidos neutralizassem suas aes pois so antagnicos em suas funes em relao ao

    quadril e ao joelho!

    Esta situao, aparentemente contraditria, conhecida como P pois foi descrita pelo cientista e pesquisador W.P.

    Lombard.

    Como ento possvel levantarmos da cadeira?

    Resposta:

    Este mesmo estudo nos mostra, atravs de uma simples comparao mecnica entre os braos das alavancas dos

    msculos biarticulares do quadril e do joelho, como os movimentos de sentar e levantar podem ocorrer naturalmente:

    Observe o quadro a seguir:

    Concluso: As alavancas extensoras, do quadril e do joelho so maiores que as alavancas flexoras!

    A PATELA:

    Funes da Patela:

    A patela apresenta funes distintas na articulao do joelho. Ela protege as estruturas da poro anterior do joelho

    contra traumatismos ao cobri-las.

    O alinhamento fisiolgico permite que o quadrceps femoral esteja centralizado, o que por sua vez aumenta a

    vantagem mecnica do msculo quando se produz movimentos na articulao do joelho.

    A patela tambm converte algumas foras compressivas provenientes da articulao tibiofemoral em foras de

    tenso atravs do ligamento patelar.

  • 32

    Funo Primria da Patela:

    A funo primria da patela consiste em aumentar o brao de alavanca do msculo quadrceps femoral e reduzir a fora

    vetorial necessria para estender concentricamente o joelho.

    Observao: Indivduos que sofrem remoo da patela, processo conhecido como patelectomia, apresentaro uma

    reduo de 15% a 49% na capacidade de estender o joelho.

    ESTUDO DO TORNOZELO:

    A estrutura relativamente rgida que constitui o p humano tem evoludo, a partir do rgo de preenso flexvel do

    animal pr-humano que vivia nas rvores. Jones o considera a parte mais tipicamente humana da anatomia do homem e

    comenta que constitui o sinal distinto que o separa de todos os outros membros do reino animal. (Cinesiologia e Anatomia

    Aplicada Rasch & Burke).

    Funes do Tornozelo e do P:

    Servem como uma base de suporte.

    Atuam como amortecedores de impacto.

    Atuam como um adaptador dinmico.

    Funcionam como uma alavanca rgida.

    Arcos do P:

    O p apresenta dois arcos: O arco longitudinal e o arco transversal. Estes arcos so estruturados de tecidos moles que

    fornecem suporte s articulaes sseas e s formas do p.

    O arco longitudinal descrito como uma curva que se estende posteriormente do calcneo at anteriormente s

    cabeas dos metatarsos. O arco contnuo medial e lateralmente por todo o p. Por ser mais alto medialmente, o arco

    longitudinal em geral o lado de referncia.

    O arco transversal tambm uma estrutura contnua, sendo mais proeminente no tarso anterior e tornando-se

    gradualmente menos cncavo distalmente e quase retificado sobre as cabeas dos metatarsos.

    Movimentos do Tornozelo:

    Flexo Plantar ou Extenso.

    Flexo Dorsal ou Dorsiflexo ou ainda, Flexo.

    Inverso ou Supinao.

    Everso ou Pronao.

    Obs: Para anlise de movimentos devemos adotar apenas uma nomenclatura para o movimento do tornozelo.

    Movimentos Articulares do Tornozelo:

    Flexo Dorsal (Dorsiflexo/Flexo)

    Flexo Plantar (Extenso)

    Everso (Pronao)

    Inverso (Supinao)

    Dorsiflexo; Flexo Dorsal ou Flexo:

    Consiste na elevao do p em direo da superfcie anterior da perna. A dorsiflexo ocorre, principalmente na

    articulao do tornozelo e, um pouco, nas articulaes do tarso.

    Flexo Plantar; Extenso:

    Consiste em abaixar o p, de modo a alinhar seu eixo maior com a perna. A flexo plantar ocorre, principalmente nas

    articulaes do tornozelo e, um pouco nas articulaes do tarso.

    Everso (Pronao):

    A everso do p ocorre quando a planta voltada para fora ou lateralmente. A everso no pode realizar-se sem que

    haja deslocamento simultneo do eixo longo do p com os artelhos para fora. Este movimento ocorre apenas nas

    articulaes do tarso.

    Inverso (Supinao):

    Este movimento ocorre quando a planta voltada medialmente ou para dentro. A inverso no se realiza a menos que

    haja o deslocamento do eixo longo do p na posio com os artelhos para dentro. A inverso s ocorre nas articulaes do

    tarso.

  • 33

    Observaes Importantes:

    Alguns autores definem a pronao como uma ao normal composta da everso em combinao com a abduo, e

    supinao como uma ao normal composta da aduo em combinao com a inverso, porm estes termos sero

    estudados, de forma reservada, nos desvios posturais do p.

    Leses por inverso, geralmente lesionam o tornozelo, j na leso por inverso a sobrecarga passa a ser direcionada

    para o joelho, lesionando frequentemente esta articulao.

    Particularidades do Estudo do Tornozelo:

    Para efeito de estudo, especificamente, como no punho, neste captulo veremos apenas os msculos extrnsecos do

    tornozelo.

    Msculos Motores Primrios da Dorsiflexo:

    Tibial Anterior.

    Extensor Longo dos Dedos.

    Fibular Terceiro.

    Tibial Anterior:

    Origem: Os dois teros superiores da superfcie lateral da tbia e a poro correspondente membrana interssea que

    une a tbia com a fbula.

    Insero: A superfcie medial e plantar do osso cuneiforme medial e a base do primeiro metatarso.

    Extensor Longo dos Dedos:

    Origem: O cndilo lateral da tbia, os trs quartos superiores da superfcie anterior da fbula, a membrana interssea

    adjacente e a fscia profunda que a envolve.

    Insero: Face dorsal dos quatro menores artelhos e suas expanses extensoras.

    Fibular Terceiro:

    Origem: O tero inferior da superfcie anterior da fbula e a poro Inferior da membrana interssea.

    Insero: A superfcie dorsal da base do quinto metatarso.

    Msculos Motores Primrios da Flexo Plantar:

    Gastrocnmio. *

    Sleo. *

    Obs: * Estes msculos tambm so chamados de Trceps Sural da perna.

    Gastrocnmio (Gmeos):

    Origem: Atravs dos dois tendes que partem da face posterior dos cndilos femorais.

    Insero: A superfcie posterior do calcneo.

    Sleo:

    Origem: A parte superior da superfcie posterior da tbia, da fbula e da membrana interssea.

    Insero: Atravs do tendo de Aquiles, no calcneo.

    Msculos Motores Primrios da Inverso do Tornozelo:

    Tibial Anterior . * (J visto na dorsiflexo)

    Tibial Posterior.

    Tibial Posterior:

    Origem: A metade superior da superfcie posterior da membrana interssea e as partes adjacentes da tbia e da fbula.

    Insero: A tuberosidade da superfcie inferior do navicular, com prolongamentos aos ossos adjacentes.

    Msculos Motores Primrios da Everso do Tornozelo:

    Extensor Longo dos Dedos. *

    Fibular Terceiro. *

    Fibular Longo.

    Fibular Curto.

    Fibular Longo:

    Origem: O cndilo lateral da tbia e os dois teros superiores da face lateral da fbula.

    Insero: A face lateral do primeiro osso cuneiforme e a face lateral da extremidade proximal do primeiro metatarso.

    Fibular Curto:

    Origem: Os dois teros inferiores da superfcie lateral da fbula.

    Insero: A tuberosidade da extremidade proximal do quinto metatarso.

  • 34

    CINESIOLOGIA DA POSTURA:

    Definio de Postura:

    uma posio ou atitude do corpo, o arranjo relativo das partes do corpo para uma atividade especfica ou uma

    maneira caracterstica de algum sustentar o corpo. (Cailliet).

    Posio que o corpo assume no espao em funo do equilbrio dos 4 constituintes anatmicos: vrtebras, discos,

    articulaes e msculos. (Knoplich).

    Postura o conjunto em posio das articulaes de um corpo em um determinado momento atuando para fornecer o

    equilbrio no espao, uma entidade formada em conjunto com o sistema nervoso e os msculos.

    A Coluna Vertebral e a Postura:

    Embora muitas pessoas achem que postura seria s o conjunto ditado pela coluna vertebral, esta tambm parte

    primordial e essencial da postura por que ir determinar sob diversas influncias a direo dos membros superiores e

    inferiores.

    A evoluo humana:

    A postura bpede do homem extremamente eficaz e constitui o mecanismo antigravitacional mais econmico por que

    gasto pouca energia para nos mantermos em p, usando um pouco de cada msculo e criando nossa prpria postura.

    A Prpriocepo e a Postura:

    Em um indivduo, ocorrem informaes entre o sistema nervoso e o crebro, provenientes de trs fontes para o

    equilbrio do corpo no espao a sua volta, seja em p, sentado ou em movimento.

    O Equilbrio:

    Informaes providas dos olhos, ouvidos, msculos, articulaes, ligamentos e tendes. Nesses quatro ltimos citados,

    existem proprioceptores que informam uma estrutura chamada cerebelo, para depois ento, informar o crebro o grau de

    tenso a que cada um est sendo submetido e depois retransmitem essa informao de volta para os mesmos msculos,

    articulaes, ligamentos e tendes, fazendo com que nos equilibramos conscientemente ou inconscientemente.

    A Percepo Corporal:

    Graas a esses receptores, se fecharmos nossos olhos ou tampssemos nossos ouvidos e realizssemos um movimento,

    perceberamos perfeitamente a nossa posio no espao em que nos localizamos.

    Briccot, B. Posturologia. So Paulo: cone, 2004.

    Cipriano, J. Testes Ortopdicos e Neurolgicos. So Paulo: Manoel, 2005.

    Kendall, P. Provas e funes. So Paulo: Manole, 2008.

    A avaliao da Postura:

    Podemos avaliar a postura de duas maneiras:

    Avaliao esttica.

    Avaliao dinmica.

    Indicadores de uma BOA POSTURA:

    - Curvaturas fisiolgicas equilibradas;

    - Posio no cansativa;

    - Indolor;

    - Sem causar danos estruturais;

    - Aparncia esteticamente aceitvel.

    Influenciadores Posturais:

    Famlia hereditariedade;

    - Estruturas anatmicas sadias;

    - Hbitos individuais e culturais;

    - Psicolgico;

    - Trabalho.

    Tcnicas de Avaliao Postural:

    Podemos avaliar a postura de vrias maneiras, existem inmeras tcnicas para diagnosticarmos desvios posturais,

    vamos estudar as mais viveis e atualizadas.

    SIMETR