Apostila de Elétrica Básica_komatsu.pdf
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COLABORADORES
TREINAMENTO DE ELÉTRICA BÁSICA
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ÍNDICE
1. CONCEITO ELETRICIDADE ____________________________________ 03 2. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE __________________________________ 07 3. TENSÃO ELÉTRICA ___________________________________________ 16 4. CIRCUITO ELÉTRICO __________________________________________ 18 5. CORRENTE ELÉTRICA _________________________________________ 19 6. RESISTÊNCIA ELÉTRICA _______________________________________ 22 7. LEI DE OHM __________________________________________________ 26 8. CONDUTORES E ISOLANTES ___________________________________ 28 9. FUSÍVEIS E DISJUNTORES _____________________________________ 30 10. POTÊNCIA ELÉTRICA _________________________________________ 31 11. MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO _________________________ 34 12. SIMBOLOGIA DOS DISP. DE SINALIZAÇÃO E MANOBRA ___________ 41
13. INTRODUÇÃO À ELETRÔNICA/COMPONENTES ELETRÔNICOS _____ 45 14. ALTERNADOR _______________________________________________ 47 15. RETIFICADOR DE CORRENTE ALTERNADA ______________________ 49 16. REGULADOR DE TENSÃO _____________________________________ 51 17. MANUTENÇÃO DE BATERIAS (ACUMULADORES) _________________ 52 18. USO DO MULTITESTE _________________________________________ 62 19. TABELAS ___________________________________________________ 64 20. SIMBOLOGIA ELÉTRICA ______________________________________ 68
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1. CONCEITO DE ELETRICIDADE
A ELETRICIDADE COMO A CONHECEMOS
O calor produzido pelo ferro de engomar, a luz emitida por uma lâmpada, a força que faz
funcionar o liquidificador, a voz que se ouve no telefone ou no rádio, são resultados de
fenômenos devido à eletricidade.
Muitas das atividades humanas, tais como a produção industrial, transportes,
diversões, telecomunicações, etc., são executadas aproveitando a eletricidade. Por esta
razão, o mundo moderno é chamado de “O MUNDO ELÉTRICO”.
A eletricidade é uma fonte de energia notável, podendo ser produzida em
quantidades enormes, sendo seu emprego relativamente fácil e prático.
DEPENDÊNCIA DA ELETRICIDADE
Imagine o que aconteceria numa grande metrópole como São Paulo, se o
fornecimento de energia elétrica fosse interrompido, é de se prever que haveria um
transtorno sem tamanho, pois quase todo o trabalho e meios de transporte de massa,
iluminação, sinaleiras, elevadores, etc., dependem da eletricidade, e esta dependência
torna-se maior a cada dia. Novas indústrias se instalam diariamente, consumindo energia
produzindo motores e aparelhos eletrodomésticos, que por sua vez, aumentam ainda
mais o consumo de energia elétrica.
ALGUMAS RAZÕES PARA O USO DA ELETRICIDADE:
Pela praticidade em transformá-las em outras formas de energia.
Os aparelhos elétricos não produzem cinza ou fumaça (não poluem).
Seu acionamento é feito simplesmente acionando um interruptor.
Ao contrário da hidráulica não precisa de tubulações de abastecimento.
Possibilitam a armazenagem de energia (bateria), sem grandes riscos.
São utilizados componentes mais compactos, que ocupam pouco espaço
Algumas utilizações como rádio, telefone, televisão, iluminação não são possíveis
ou se torna difícil por outro modo.
ENERGIA ELÉTRICA = TRABALHO
A sociedade em que vivemos exige que o trabalho de cada indivíduo seja o mais
proveitoso possível e assim, a utilização de várias formas de energia (que não a física),
facilita o trabalho a ser realizado, beneficiando toda a coletividade. Podemos resumir
dizendo que energia é a capacidade de realizar trabalho.
4
As formas de energia mais empregadas são:
Mecânica, Elétrica, Térmica, Hidráulica, Química, Atômica, Solar.
Todas estas formas de energia descritas anteriormente podem ser usadas isoladamente
ou em conjunto, como no caso de uma empilhadeira, onde empregamos energia química,
elétrica, hidráulica e mecânica para que funcione.
Dentre todas as formas de energia, veremos mais detalhadamente neste estudo
“a energia elétrica”.
CONCEITO DE ELETRICIDADE
Todos os corpos se compõem de matérias-primas básicas, designadas por
elementos químicos. Sua menor porção química é o átomo. Este possui um núcleo, em
torno do qual giram elétrons a velocidades elevadas, em camadas concêntricas. Cada
elemento possui um número diferente de elétrons, influindo este número nas suas
características. Cada átomo possui igual número de prótons como de elétrons, que giram
em torno dos primeiros. A força de atração entre prótons e elétrons se compõe com a
ação da força centrífuga dos elétrons em movimento, estabelecendo assim o equilíbrio
das forças internas do átomo. Figura 1.0.1
Nos metais, a ligação entre elétrons da camada externa do átomo e o núcleo não é
muito forte. Assim, atuando sobre o átomo de metal uma força externa, a trajetória dos
elétrons é alterada; nestas condições aparecem os chamados “elétrons livres”.
TEORIA ELETRÔNICA
Todos os efeitos da eletricidade são conseqüências da existência de uma partícula
minúscula chamada “elétron”. Como ninguém pode realmente ver um elétron, e sim
apenas os efeitos que ele produz, denominamos de “teoria eletrônica” as leis que
governam o seu comportamento. A teoria eletrônica é a base dos projetos de todos os
equipamentos elétricos e eletrônicos.
Esta teoria afirma que todos os efeitos elétricos e eletrônicos são devidos ao
movimento de elétrons de um lugar para outro ou resultantes do excesso ou da falta de
elétrons em um determinado lugar.
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REVISÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE
1. MOLÉCULA - Combinação de dois ou mais átomos.
2. ÁTOMO - A menor partícula física em que se pode
dividir um elemento.
3. NÚCLEO - Parte pesada do átomo carregada
positivamente, em torno da qual giram os elétrons.
4. NÊUTRON - Partícula neutra e pesada do núcleo,
equivalente a um próton e um elétron intimamente
ligados.
5. PRÓTON - Partícula pesada carregada positivamente.
6. ELÉTRON - Partícula muito pequena que gira em torno
do núcleo; carga negativa e praticamente sem peso.
7. ELÉTRONS “PRESOS” - Elétrons das órbitas internas
de um átomo, que dificilmente poderão ser retirados das
mesmas.
8. ELÉTRONS “LIVRES” - Elétrons que deixaram a órbita de um átomo e circulam
livremente através de um material.
9. ELETRICIDADE - Efeito do movimento de elétrons de um ponto para outro, ou
efeito causado pelo excesso ou falta de elétrons em um material.
O QUE É ELETRICIDADE?
“É o movimento de elétrons livres”
COMO FOI DESCOBERTO (PROVADO)
Por volta de 1895, o laboratório Cavendish, em Cambridge, Inglaterra, era um dos
centros de pesquisa mais avançada do mundo, era dirigido por Joseph John Thonsom,
cientista sério e ousado, ele enfrentou e venceu o desafio de provar o que parecia heresia
numa época em que a própria existência dos átomos era ainda questionada.
Thomson demonstrou que existiam partículas de matéria, que eram pelas suas
contas, mil vezes menores de que o menor dos átomos, o Hidrogênio. As partículas
anunciadas por ele em 21 de abril de 1897, hoje conhecidas pelo nome de elétrons,
moldaram daí para frente o destino da civilização.
Já naquele tempo, eles prestavam serviços acendendo lâmpadas e ligando
telégrafos. Essas coisas todas já funcionavam, mas ninguém sabia que o mérito pertencia
aos elétrons. Depois que ficou provado que a eletricidade era de fato uma correria de
elétrons dentro dos fios, novas maravilhas foram aparecendo uma atrás da outra. Do rádio
à televisão dos eletrodomésticos ao computador.
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Quando iniciou sua pesquisa, ele pretendia somente explicar um mistério científico
da época, conhecido pelo nome de válvulas de raios catódicos inventada pelo cientista
inglês William Crookes.
A válvula de raios catódicos de Crookes era simplesmente um bulbo de vidro de
forma alongada, onde o ar fora rarefeito, e que apresentava numa das extremidades um
cátodo ou terminal negativo e na outra extremidade um ânodo ou terminal positivo.
Quando os fios externos do cátodo e do ânodo eram ligados a uma fonte de alta tensão,
um brilho fluorescente de cor azul aparecia nas paredes do bulbo. Crookes havia
demonstrado que isso era causado por um raio emitido pelo cátodo. Nessa época, tudo
que se sabia a respeito dos raios catódicos é que se propagavam em linha reta. Tal
fenômeno. Entretanto, causou um verdadeiro rebuliço no mundo científico da época.
Explorando também as propriedades e características da válvula a raios catódicos de
Crookes, Wilhelm Roentgen, cientista alemão, descobriu, por um acaso, em 1895, as
propriedades penetrantes de determinados raios emitidos pela válvula de Crookes, aos
quais chamou de Raios X, uma vez que não conhecia sua natureza.
O mesmo brilho azul, causado pelos raios catódicos nas paredes da válvula de Crookes,
foi também notado por Thompson e seu assistente Ernest Rutherford. Por meio de ímãs,
Thompson defletiu a trajetória dos raios catódicos e, por meio de cálculos, conseguiu
determinar o peso das partículas no feixe de luz, uma vez que conhecia a intensidade da
corrente, a força magnética dos ímãs e o grau de deflexão do feixe de raios catódicos.
Os cálculos de Thompson demonstraram que as partículas misteriosas eram mais
leves que o átomo de Hidrogênio (o átomo mais leve que existe). Isto significava,
evidentemente, que o átomo continha uma partícula menor e, como essa partícula era
atraída pelo eletrodo positivo, apresentava uma carga negativa. Thompsom chamou tal
partícula de corpúsculo, porem, elétron tornou-se o termo consagrado universalmente.
Como o átomo é eletricamente neutro e o elétron é uma partícula de carga
negativa, os cientistas concluíram que o resto do átomo deveria ter uma carga positiva.
Hoje se sabe que o elétron enche o espaço girando no átomo a cerca de 100.000
km por segundo. É como se ficasse em todo lugar a um só tempo. A órbita em redor do
núcleo não é fixa e a distância do centro pode variar muito. O hidrogênio tem um próton
no centro e um elétron em volta, a massa do próton é 1880 vezes maior do que a do
elétron.
Com o passar do tempo foram sendo descobertas outras partículas que compõem
o átomo.
Próton De carga positiva é o principal componente do núcleo atômico. Foi encontrado em
1911 por Ernest Rutherford.
Nêutron Tem carga elétrica zero e dá estabilidade ao núcleo atômico. Achado em 1932
por James Chadwich.
Neutrino Parente do elétron tem carga zero e parece não ter massa. Descoberto em
1932 pelo italiano Enrico Fermi.
Positron (Anti-elétron) É a anti-partícula do elétron, é idêntico a este, mas com carga
positiva, e não negativa, previsto pelo inglês Paul Dirac em 1932.
Quark (Sub-próton) O Quark existe dentro do próton, assim com este vive dentro do
núcleo. Previsto pelo americano Murray Gell-Mann em 1964.
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2. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
Vários são os processos para se produzir ou gerar eletricidade, ou em outras palavras
podemos dizer, para promover a “expulsão” do elétron da atração do núcleo do átomo.
FORMAS DE GERAÇÃO:
2.1 GERAÇÃO POR ATRITO
Atritando-se uma haste de vidro com um pedaço de couro, ou uma haste
de ebonite com lã, as hastes ficam eletrizadas, ou seja, os elétrons se acumulam ou são
atraídos sobre as mesmas (eletricidade estática), figura 2.1.1.
Foi o físico Tales de Mileto, da antiga Grécia (ano 600 A.C.) que obteve a eletricidade
estática por meio de fricção de um pano com uma barra de âmbar, ele observou que
acontecia um fenômeno de atração e repulsão quando aproximava o bastão a pequenos
objetos.
Ele achava que ao friccionar a barra de âmbar esta adquiria uma força ou espírito que ele
o denominou de Elektra, palavra grega que significa âmbar e que posteriormente deu
origem aos vocábulos Elétron e Eletricidade.
COMO A FRICÇÃO PRODUZ ELETRICIDADE
Algumas substâncias que facilmente produzem eletricidade estática; São eles: o
vidro, o âmbar, a ebonite, as ceras, a flanela, a seda, e o nylon.
Quando se esfrega a ebonite com uma pele, a pele perde elétrons para o bastão, o
bastão carrega-se negativamente, e a pele positivamente.
Devido ao contato por fricção, algumas órbitas de elétrons se cruzam e um dos
corpos pode fornecer elétrons ao outro, quando isso acontece aparecem cargas elétricas
nos dois corpos, e assim a fricção funciona como fonte de eletricidade.
“O acúmulo de elétrons num corpo é chamado de carga elétrica”.
Cargas positivas e elétrons estão presentes em quantidades iguais no bastão e na pele
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ATRAÇÃO E REPULSÃO ENTRE CARGAS
Quando os corpos se apresentam carregados de eletricidade estática, eles se comportam
de modo diferente do normal. Assim, se você colocar uma esfera carregada
positivamente.
Próximo de uma outra carregada negativamente, elas se atrairão mutuamente. Se as
cargas forem suficientemente grandes e as esferas forem leves e tiverem liberdade de
movimento, elas entrarão em contato. No entanto, tenham elas liberdade de movimento
ou não, uma força de atração existirá sempre entre cargas de nomes opostos. Esta
atração existe porque o excesso de elétrons da carga negativa procura encontrar um
lugar que tenha necessidade de elétrons. Se você juntar dois corpos de cargas opostas, o
excesso de elétrons da carga negativa se transferirá para o corpo onde faltam elétrons.
Esta transferência ou passagem de elétrons de uma carga negativa para uma positiva é
chamada de “descarga”.
Usando duas esferas com o mesmo tipo de carga (positiva ou negativa), você verá
que elas se repelirão mutuamente.
Figura2. 1.4
DESCARGAS DAS CARGAS ESTÁTICAS
Sempre que dois corpos carregados com cargas opostas são aproximados, os elétrons
em excesso no corpo carregado negativamente serão atraídos na direção do corpo
carregado positivamente. Unindo os dois corpos por um fio, você oferecerá um caminho
para os elétrons do corpo com carga negativa se deslocarem em direção ao corpo com
carga positiva, e então as cargas se neutralizarão. Ao Invés de ligar os corpos por um fio,
você poderá encostá-los (contato) e outra vez as cargas se neutralizarão.
Se você aproximar corpos com cargas elevadas, os elétrons poderão pular do
corpo com carga negativa para o corpo com carga positiva, antes mesmo dos dois
entrarem em contato. Neste caso você verá de fato a descarga sob a forma de uma
centelha (arco). Com cargas muito elevada, a eletricidade estática poderá ser
descarregada entre grandes espaços, causando centelhas de muitos centímetros de
comprimento.
Exemplo: raios
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TIPOS DE ELETRICIDADE
A. Eletricidade estática (parada) É a que se fixa em um corpo.
B. Eletricidade dinâmica (movimento) pode ser: contínua.
alternada.
“Para nós somente interessa a eletricidade dinâmica, pois é a eletricidade que podemos
controlar”.
2.2 GERAÇÃO POR AQUECIMENTO (AÇÃO TÉRMICA-CALOR)
Ao unir-se num extremo, um arame de cobre com um arame de constantan, se
produz uma tensão contínua, ao ser aquecido este extremo. A faixa de tensão obtida
dessa maneira é da ordem de milivolts (mV), figura 2.2.1.
Exemplo:
Termoelementos, pirômetros (medição de temperatura).
2.3 GERAÇÃO PELA LUZ
Perante a incidência de um facho luminoso sobre uma camada de selênio ou de
telúrio depositada sobre um corpo de ferro, forma-se uma tensão contínua. Figura 2.3.1.
Exemplo:
Fotocélulas, medidores de intensidade luminosa, etc.
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2.4 GERAÇÃO POR CRISTAIS PIEZO - ELÉTRICOS
Alguns cristais, destacando-se o Quartzo, têm a propriedade de desenvolver
cargas elétricas, quando suas superfícies ficam sob a ação de solicitações mecânicas de
tração ou de compressão (cristais de quartzo) figura 2.4.1.
Exemplo:
Microfones de cristal, captadores de toca-discos, células de carga para balanças, etc.
2.5 GERAÇÃO PELA AÇÃO QUÍMICA
Submergindo-se duas placas de materiais diferentes, por exemplo: placa de zinco
(elemento negativo) e placa de cobre (elemento positivo) num líquido condutor, e
submetendo estes à ação química (água+sal), ácido ou base (eletrólito), o qual produz um
desequilíbrio de elétrons, os metais se carregam, isto é, produzem uma tensão elétrica.
Um gerador deste tipo é denominado “Elemento Galvânico”, em homenagem ao físico
italiano Galvani (1737 - 1798).
Exemplo: Bateria para automóvel
PILHA VOLTAICA
Sua construção foi devida a necessidade de usar em aparelhos portáteis e em
várias posições, que facilitam seu manuseio.
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Na sua construção é utilizado o mesmo princípio do acumulador (figura 2.5.2),
inventada pelo físico italiano Alexandre Volta (1796).
Exemplo: Pilhas para brinquedos, rádios, controles remoto, etc.
Cada bateria pode fornecer uma determinada tensão e uma determinada corrente,
dependendo da forma em que foi construída.
Exemplo: Baterias pequenas fornecem 12V e uma corrente de 45A
Baterias maiores fornecem 12V e uma corrente de 180A
Ás vezes necessitamos de uma tensão mais elevada ou maior capacidade de fornecer
corrente, então precisamos associar geradores.
2.6 GERAÇÃO POR INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
O princípio de indução eletromagnética foi descoberto em 1831, pelo físico inglês
Michael Faraday ao observar que, movendo um fio de cobre dentro de um campo
magnético produzido por um ímã, era gerada uma tensão nas suas extremidades. (Figura:
2.6.0.1. e 2.6.0.2.)
A este tipo de geração de tensão denomina-se “Indução” (tensão induzida), e é utilizada
nos geradores e dínamos.
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Para poder atingir maiores tensões na prática é necessário em vez de um
condutor, muitos laços de condutores (grupos de bobinas) movimentarem-se dentro desse
campo magnético.
As tensões parciais reúnem-se para formar uma tensão total, esta é captada
através de contatos coletores (Figura: 2.6.0.3. e 2.6.0.4.). Todos os geradores trabalham
de acordo com este princípio.
2.6.1 GERAÇÃO DE CORRENTE ALTERNADA
Se ligássemos os terminais deste gerador de eletricidade (Figura: 2.6.0.3), a um
voltímetro veremos que durante a primeira meia volta, a corrente eletrônica circularia
numa direção, enquanto que, durante a segunda meia volta (rotação) a direção da
corrente eletrônica seria na direção oposta (Figura: 2.6.1.1.).
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA VOLTAGEM DE UM GERADOR DE CORRENTE
ALTERNADA.
GERAÇÃO DE CORRENTE CONTÍNUA
Conforme figura 2.6.0.4 os anéis coletores que fazem contato com as escovas
(carvões) foram substituídas por dois segmentos eletricamente isolados um do outro.
A figura 2.6.2.1. mostra a posição dos segmentos, quando a armadura completa a
primeira metade da rotação, os segmentos fazem contato com as escovas, quase ao final
de sua superfície; tão logo a armadura comprime sua rotação cada escova já não fará
contato com o mesmo segmento, mas sim com o segmento oposto, isto é, inverte a
ligação do circuito exterior ao gerador de eletricidade.
Portanto, se a polaridade da armadura for agora invertida ao cortar as linhas de
força, a inversão das ligações dos segmentos fará com que a corrente gerada flua pelo
circuito exterior, na mesma direção anterior, isto é, a polaridade da corrente e da tensão
não será invertida no circuito exterior durante esta segunda metade de rotação, como
sucedia nos geradores de corrente alternada.
Detalhes de funcionamento de um gerador de corrente contínua.
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA VOLTAGEM DE UM GERADOR DE CORRENTE
CONTÍNUA.
2.7 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE DOS GERADORES
A associação de baterias em série é realizada quando se necessita alimentar um circuito
com tensão maior do que a fornecida por uma única bateria.
Para que ocorra a soma das tensões é necessário que o pólo positivo de uma bateria
esteja ligado ao pólo negativo da bateria imediatamente seguinte (figura 2.7).
Quando as baterias são ligadas em série suas tensões são somadas e a corrente
permanece a mesma por todo circuito.
Exemplo: 3 baterias 12V e 45A
ET = E1 + E2 + E3
E
T = 1
2 + 1
2 + 1
2
ET = 36V
IT = I1 = I2 = I3
Exemplo: I
1 = I
2 = I
3 = 45
A
IT = 45A
2.5.2. ASSOCIAÇÃO EM PARALELO DOS GERADORES
A associação de baterias em paralelo é utilizada para alimentar circuitos que
requerem elementos com maior capacidade de fornecimento de corrente.
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Quando as baterias são ligadas em paralelo a tensão fornecida pela associação é
igual a tensão dos geradores quando isoladamente, porque estão todos em paralelo.
ET = E1 = E2 =E3
Exemplo: 3 baterias 12 volts/45A E
T = 12V
Para ligar em paralelo as baterias, devem ser ligados todos os pólos positivos entre si e
todos os pólos negativos entre si, conforme figura: 2.7.1
A corrente neste tipo de associação é fornecida por todos os elementos da
associação e como cada elemento tem uma capacidade definida de fornecer corrente, a
capacidade de associação aumenta através das somas das capacidades individuais.
IT = I1 + I2 + I3
IT = I1 + I2 + I3 = 45 A
Exemplo: IT = 45 + 45 + 45
IT = 135A
Obs.
Só é possível associar geradores em paralelo com geradores de mesma tensão.
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3. TENSÃO ELÉTRICA OU DIFERENÇA DE POTENCIAL
A tensão elétrica ou diferença de potencial elétrico (d.d.p.), é a diferença de
concentração de elétrons entre dois pontos do circuito de corrente. O ponto de maior
concentração de elétrons é dito pólo negativo (-) enquanto que o outro ponto,
conseqüentemente de menor concentração de elétrons, é dito pólo positivo (+). A tensão
(U ou E) é a força elétrica (pressão) que desloca os elétrons através de circuito fechado.
Esta é razão porque tensão elétrica que se desenvolve internamente em um gerador
é chamada força eletro-motriz (F.E.M.), designada por (E) e é medida em Volts (V).
Exemplo:
Suponhamos que queremos encher o reservatório com a água retirada do poço
figura 3.0.1. Somente a ligação de um tubo entre o reservatório e o poço não resolve o
caso. Para que a água possa subir até o reservatório é necessário criar uma pressão
hidráulica que à impulsione até o reservatório. Esta pressão é conseguida instalando uma
bomba no sistema. A velocidade com que a água sobe ao reservatório é proporcional a
pressão da bomba, ou seja: quanto maior a pressão, mais rapidamente sobe a água.
Figura 3.0.1.
Com a eletricidade se verifica um fenômeno igual, isto é para lançar uma corrente
elétrica no sistema, é preciso aplicar ao mesmo uma “pressão elétrica”. A pressão elétrica
é chamada de “TENSÃO ELÉTRICA” ou simplesmente “TENSÃO” e é medida em
“VOLTS”.
3.2 UNIDADE E SÍMBOLO DA TENSÃO ELÉTRICA
A unidade de medida adotada para a tensão elétrica no sistema internacional de unidades
é o Volt e é expressa pela letra maiúscula “V”.
O símbolo da tensão elétrica é a letra maiúscula “E” ou “U”.
Obs:
Prefixos para designar múltiplos e submúltiplos das unidades (válido parta todas as
unidades) ver tabela 1 no final da apostila.
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3.3 MEDIDA DA TENSÃO ELÉTRICA
Para a medida de tensões elétricas é utilizado um instrumento chamado
“Voltímetro”. Ao ser medida uma tensão, o voltímetro deve ser conectado sempre em
paralelo com a fonte geradora ou então com o consumidor. Ao ser medida uma tensão
contínua, é necessário observar a polaridade correta das ligações do voltímetro.
3.4 TIPOS DE TENSÃO ELÉTRICA
De acordo com a forma de obtenção da tensão elétrica podemos ter tensões
invariáveis no decorrer do tempo ou tensões que oscilam invertendo seu sinal ou oscilam
variando somente sua amplitude.
A tensão contínua normalmente é obtida em baterias, pilhas, estendendo-se
também a denominação de tensão contínua para todo sinal onde não ocorra polaridade,
embora seja um sinal pulsante.
Na tensão alternada existe a inversão da polaridade um certo número de vezes em
um determinado espaço de tempo, para esta característica define-se a frequência do
sinal.
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4. CIRCUITO ELÉTRICO
As bombas hidráulicas dão origem a determinada pressão para que a água circule
num circuito fechado conforme figura 4.1.
Assim também é com o circuito elétrico, são necessários uma fonte de tensão (que
desenvolve uma certa pressão - tensão elétrica), um consumidor que opõe uma
resistência a corrente elétrica e condutores elétricos (que movimentam os elétrons) para
ligar o consumidor a fonte de alimentação. O circuito elétrico pode ser fechado, assim
como pode ser aberto por meio de um interruptor (chave).
A corrente apenas pode fluir quando o circuito está fechado e sob a ação de
determinada tensão. Conforme figura 4.2
Os elementos que compõem um circuito elétrico fechado são:
1. Gerador ou fonte de tensão
2. Condutor
3. Consumidor
4. Dispositivos de comando e proteção
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5. CORRENTE ELÉTRICA
Podemos definir a corrente elétrica como o fluxo de elétrons por um condutor,
sendo que a quantidade de elétrons que fluem num determinado espaço de tempo define
a intensidade de corrente elétrica que é indicado em ampère (A)
Para a corrente de intensidade de 1A, através da seção transversal de um
condutor, fluem aproximadamente 6,5 trilhões de elétrons por segundo.
Exemplo:
Podemos comparar o fluxo de elétrons como fluxo de água ou quantidade de água
que passa por uma tubulação, figura 5.0.1
5.1 UNIDADE E SÍMBOLO DA CORRENTE ELÉTRICA
Exemplo:
Para que o amperímetro possa medir a corrente, esta deve estar passando pelo
medidor conforme a fig 5.2.3.
5.1 UNIDADE E SÍMBOLO DA CORRENTE ELÉTRICA
A unidade de medida adotada para a corrente elétrica é o Ampere em
homenagem ao físico francês (1755 - 1836), e é expressa pela letra maiúscula A o
símbolo da corrente elétrica é a letra latina I
Obs: Prefixos para designar múltiplos e submúltiplos das unidades (válido para todas as
unidades), ver tabela 1 no final da apostila.
5.2 MEDIDA DA CORRENTE ELÉTRICA
Para a medição da corrente elétrica, é utilizado um instrumento chamado
amperímetro.
O amperímetro deve ser ligado sempre em série com o circuito de corrente.
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5.3 SENTIDO REAL E CONVENCIONAL DA CORRENTE
Como no pólo negativo existe excesso de elétrons, e no pólo positivo falta de
elétrons, então os elétrons fluem do pólo negativo através do condutor, do consumidor e
do interruptor fechado, seguindo pelo condutor de retorno, para o pólo positivo da fonte.
Dentro da fonte de tensão os elétrons fluem do pólo positivo para o negativo. O valor da
corrente é o mesmo no circuito inteiro. Por isto, um medidor de corrente pode ser
intercalado em qualquer ponto do circuito. Este, portanto é o sentido real da corrente
elétrica.
Quando os cientistas começaram os estudos dos fenômenos elétricos há mais de
100 anos atrás, eles ainda não haviam entendido como era a composição do átomo,
portanto eles pensavam que a corrente elétrica era feita por pequenas cargas positivas
que fluíam do pólo positivo para o negativo, este erro de entendimento criou uma
definição da direção da corrente, o que é usado até hoje em baterias, este é o sentido
convencional da corrente elétrica.
5.4 TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA
A corrente contínua é uma corrente que, ao longo do tempo não sofre variações de
intensidade nem inversão de polaridade.
A corrente alternada é uma corrente que, ao longo do tempo, varia de intensidade e sofre
constantes inversões de polaridade.
21
A corrente pulsante, ao longo do tempo, somente sofre variações de intensidade,
porém conserva a mesma polaridade.
5.5 EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA
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6. RESISTÊNCIA ELÉTRICA
É a propriedade que tem certos materiais de alterar a corrente elétrica, ou seja, de
se opor a passagem da corrente, assim como de se produzir calor,.
Exemplo:
Este fato torna-se compreensível através das analogias hidráulicas representadas
nas figuras 6.0.1. e 6.0.2. em que se impulsiona com a mesma pressão, água através de
dois canos com diferentes tipos de estrangulamento.
O cano menos estrangulado (figura 6.0.1.) oferece menor resistência e deixa,
portanto passar muita água. O cano mais estrangulado (figura 6.0.2.) oferece, pelo
contrário, maior resistência, deixando passar menor volume de água que no caso anterior.
6.1 UNIDADE E SÍMBOLO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Unidade de medida adotada para a resistência elétrica de OHM em homenagem
ao físico alemão de mesmo nome (1787-1845) e é expressa pela letra grega maiúscula
() ômega.
O símbolo da resistência elétrica é o R maiúsculo.
Obs.
Prefixos para designar múltiplos e submúltiplos das unidades (válido para todas as
unidades), ver tabela 01 no final da apostila.
6.2 TIPOS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
6.2.1 RESISTORES FIXOS - Já possui o seu valor determinado pela fábrica. Este valor
está escrito sobre o resistor, são construídos de várias formas:
A) Resistores de fios:
São construídos da seguinte forma:
O fio de resistência é enrolado sobre o tubo de cerâmica e suas extremidades
estão presas por anéis de fita metálica.
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B) Resistores de camadas de carvão
Sobre um suporte cilíndrico de porcelana ou cerâmica é depositada uma fina
camada resistente de carvão especialmente tratado. Esta camada é protegida contra
danos e contra influências de umidade, por meio de uma camada de verniz ou resina
sintética.
C) Resistores de camada metálica
A camada de resistência é constituída por uma fina camada de metal nobre.
Existem dois tipos de construção, uma envernizada e outra prensada. Estes resistores
possuem como material de resistência uma camada de óxido metálico que é depositada
sobre um suporte cilíndrico de cerâmica. Para proteção contra influências externas, a
camada de resistência é envolvida por uma massa sólida resistente mecanicamente.
Obs. Nestes resistores o seu valor é identificado através de um código de cores (ver
tabela 2 no final da apostila).
6.2.2 RESISTORES VARIÁVEIS - São resistores que podem variar o seu valor (também
chamado de Potenciômetro)
Este resistor é construído com um fio de resistência não isolado, mas coberto por
uma camada de óxido (ex. niquelina). E enrolado sobre um tubo de cerâmica, e suas
extremidades estão presas por anéis de fita metálica. Um terceiro anel serve para dividir a
tensão, o contato entre os anéis e o fio não é impedido pela película de óxido, pois ela é
facilmente curto-circuitada pela tensão aplicada ao resistor.
Exemplo: Potenciômetro ou reostato
6.3 MEDIDA DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Para a medição da corrente elétrica, é utilizado um instrumento chamado
“OHMÍMETRO”. O ohmímetro deve ser ligado sempre em paralelo com o resistor (testar
o resistor sempre desligado do circuito).
Obs. Normalmente o valor está identificado no resistor.
24
6.4 ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS
6.4.1 LIGAÇÃO EM SÉRIE DE RESISTÊNCIAS
Ligando-se resistores em série temos uma ampliação do circuito de circulação da
corrente e assim uma elevação da resistência.
A resistência total é igual a soma das resistências parciais.
6.4.2 LIGAÇÃO EM PARALELO DE RESISTÊNCIAS
Na ligação paralela de resistores, eleva-se a seção transversal condutora e com
isso teremos a redução da resistência total.
“A resistência total é sempre inferior à menor das resistências parciais”.
“O inverso do valor total da resistência é igual a soma dos inversos de cada
valor parcial”.
6.5 Resistividade
A resistência elétrica de um material depende da facilidade ou dificuldade com que
este material deixa passar corrente para a circulação.
A resistência elétrica de cada material depende basicamente de quatro fatores:
A) Da resistividade - É a resistência específica de cada material, ou seja, a
natureza do material (constituição atômica).
25
Resistência específica- É o valor
da resistência oferecida, por um material
com 1 m de comprimento, 1mm2 de
secção transversal, a uma temperatura
de 20°C. A resistividade de um material é
representada pela letra grega (rô), cuja
unidade é dada em (mm2 /m).
B) Do comprimento do material (metro)
C) Da secção transversal do material
(mm2)
D) Da temperatura de trabalho
Os valores da resistência específica mostrada na tabela do item A, são para
temperatura de trabalho de 20°C. Ocorrendo qualquer variação de temperatura mudará a
resistência específica, conseqüentemente, a resistência total do material.
A resistência elétrica dos materiais pode ser determinada através de uma equação
que relacione estes fatores.
Equação ·
R = Resistência total do material, em ohms () ou (K)
(rô) = Resistividade específica do material, (* mm2 /m)
L = Comprimento do material em metros (m)
S = Secção transversal do material, (mm2)
É importante lembrar que, com a permutação dos termos da fórmula, é possível calcular
qualquer termo, desde que se disponha dos outros três dados.
Exemplo:
1. Qual é o valor da resistência de um fio de alumínio de 4 mm2 de secção tendo
30 metros de comprimento ?
L = 30m
S = 4mm2
= 0,029 (tabela)
R = ?
R = *L = 0,029*30
S 4
R = 0,21
2. Qual é o comprimento que um fio de constantan de 2mm2 de secção deve ter, para que
sua resistência seja de 12 ohms?
R = 12
S = 2mm2
= 0,5 W mm2 /m
L = ?
L = R*S = 12.2
P 0,5
L = 48m
26
7. LEI DE OHM
O cientista George Simon Ohm foi o primeiro a reconhecer a dependência da
corrente em função da tensão e da resistência. Esta é a razão porque a relação entre
corrente, tensão e resistência é chamada de “lei de Ohm”. Que é a mais importante no
estudo da eletricidade.
Exemplos:
a) Aplicando-se uma tensão de 2V num
resistor de 2, então o amperímetro indicará
uma corrente de 1A .
(figura 7.1.)
b) Alimentando-se um resistor de 2, com uma
tensão de 4V, o amperímetro indicará uma
corrente de 2A
(figura7.2.)
c) Alimentando-se um resistor de 4 com uma
tensão de 2V, o amperímetro indicará uma corrente
de apenas 0,5A
(figura 7.3.)
Resultado:
Dos exemplos a e b resulta:
“Mantendo-se a resistência constante, quanto maior a tensão, maior a corrente”.
Dos exemplos a e c resulta:
“Mantendo-se inalterado o valor da tensão, quanto maior a resistência do resistor menor a
corrente”.
A “lei de Ohm” estabelece genericamente a seguinte relação.
: I = Intensidade de corrente em
ampere (A)
U = Valor da tensão elétrica em volt (V)
R = Valor da resistência elétrica em
Ohm ()
27
Segundo esta equação, se duas grandezas forem conhecidas, a terceira poderá ser
determinada. A fim de memorizar facilmente estas três relações, pode-se recorrer ao
diagrama indicado na figura 7.4.
Seu emprego é facilitado pois é suficiente cobrir com o dedo o valor que se deseja, para
ter diretamente a operação necessária para a obtenção do valor desejado (figura 7.5.).
28
8. CONDUTORES E ISOLANTES
8.1 Materiais condutores
Condutores elétricos são materiais nos quais os elétrons livres encontram pouca
resistência no sentido de seu movimento ordenado. Esses materiais conduzem ou
permitem a passagem da corrente elétrica.
Os metais são os materiais que melhor conduzem a corrente elétrica, porque os
átomos da sua estrutura possuem um pequeno número de elétrons na camada externa
esses elétrons se desprendem facilmente porquê estão fracamente ligados ao núcleo dos
átomos, tornando-se elétrons livres.
Os materiais condutores podem ser classificados segundo a resistência que
apresenta. Os melhores condutores (chamamos de bons condutores) são os que
apresentam menor resistência elétrica.
“Bons condutores são materiais que possuem baixa resistência elétrica”.
Exemplo: Prata, cobre, alumínio, aço, etc.
8.2 CONDUTORES E ISOLANTES
Os materiais classificados de isolantes são os que apresentam grande oposição à
circulação de corrente elétrica no interior de sua estrutura. Esta oposição se deve ao fato
de que a sua estrutura atômica não propicia a existência de elétrons livres.
Nos materiais isolantes os elétrons dos átomos que compõem a estrutura química
são fortemente ligados aos seus núcleos, dificilmente sendo liberados para a circulação,
os materiais isolantes tem poucos elétrons livres.
“Bons isolantes são materiais que têm alta resistência elétrica“.
Exemplo: Plásticos, borracha, mica, vidro, etc.
O isolante mais usado em condutores é o PVC (cloreto de polivinila) que vem
com diferentes cores para serem facilmente identificados.
Obs. Entre os condutores e isolantes estão os semicondutores que têm propriedades
intermediárias.
29
A tabela a seguir mostra a resistência específica dos materiais.
8.3 Terminais para condutores
São peças metálicas que se colocam nos extremos dos condutores, a fim de
realizar-se uma boa conexão elétrica com os bornes de um acessório ou aparelho.
Os terminais podem ser classificados pela forma em que se unem aos extremos dos
condutores em:
Terminais soldados: São os que se fixam ao condutor por meio de solda ou
estanho.
Terminais a pressão: São os que prendem aos condutores por meio de
compressão, esta compressão se faz através de alicates especiais.
30
9. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA (FUSÍVEIS E DISJUNTORES)
É um dispositivo de segurança o componente que interrompe automaticamente um
circuito elétrico, no caso de elevar-se a corrente elétrica por sobrecarga ou curto circuito.
Eles são dimensionados em função de uma certa corrente máxima que o circuito
pode suportar . Se a corrente exceder a esse valor, o dispositivo de segurança deve
interromper o circuito.
Eles podem ser divididos em dois grupos:
9.1 Fusíveis MARROM
São constituídos por um fio metálico ou lâmina que se funde por efeito do calor
produzido pela passagem de corrente elétrica. São de uso único, uma vez interrompidos
devem ser substituídos, são portanto descartáveis.
CODIGO DE CORES DE FUSÍVEIS
AMPERAGEM COR AMPERAGEM COR
1A PRETO 10A VERMELHO
3A VIOLETA 15A AZUL
4A ROSA 20A AMARELO
5A MARROM CLARO 25A BRANCO
7.5A MARROM 30A VERDE
Em cada fusível, está identificado sua capacidade de condução, as mais comuns
em veículos são:
1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 7.5, 10A, 15A, 20A, 25A e 30.
9.2 Disjuntores ou relés térmicos:
São instalados no lugar dos fusíveis para efetuar a proteção, com a vantagem de
não mais precisar ser substituído, como no caso dos fusíveis.
O desligamento é feito por elementos térmicos (para a sobrecarga), e nos
disjuntores também eletromagneticamente (para o curto-circuito).
Eles podem ser rearmáveis e são dimensionados para desarmar na sua
capacidade máxima, de forma a proteger o circuito e ele ligado.
Quando uma corrente excede a sua capacidade máxima, a corrente circula por
uma lâmina bimetálico interna que aquece , esta se dilata , acionando um mecanismo
de desarme.
31
10. POTÊNCIA ELÉTRICA
10.1 POTÊNCIA ELÉTRICA EM CORRENTE CONTÍNUA
A passagem da corrente elétrica através de uma carga instalada em um circuito
elétrico produz efeitos tais como calor, luz, movimento (figuras 10.0.1, 10.0.2 e 10.0.3)
O calor, luz, movimento produzido pelo consumidor a partir da energia elétrica é
denominada de “trabalho”.
A capacidade de cada consumidor de produzir trabalho em um determinado tempo
a partir da energia elétrica é denominada de Potência Elétrica.
O conhecimento da potência elétrica de cada componente em um circuito é muito
importante para que se possa dimensioná-lo corretamente.
TRABALHO ELÉTRICO
Os circuitos elétricos são montados com objetivo de realizar um aproveitamento da
energia elétrica.
Entre os efeitos que se pode obter a partir da energia elétrica citam-se:
EFEITO CALORÍFICO
Nos fogões elétricos, chuveiros,
aquecedores, a energia elétrica é convertida em
calor. (figura 10.0.4)
EFEITO LUMINOSO
Nas lâmpadas a energia elétrica é convertida
em luz (e também uma parcela em calor) (figura
10.0.5)
32
EFEITO MECÂNICO
Os motores convertem energia elétrica em
força motriz (movimento) (figura 10.0.6)
Este trabalho de transformação da energia elétrica em outra forma de energia é realizado
pelo consumidor ou carga.
Ao transformar a energia elétrica o consumidor realiza um “trabalho elétrico”.
POTÊNCIA
Analisando particularmente um tipo de carga, como por exemplo, as lâmpadas, se
verifica que nem todas produzem a mesma quantidade de luz. Existem lâmpadas que
produzem grandes quantidades de luz e outras que produzem pequenas quantidades.
Da mesma forma, existem aquecedores capazes de ferver um 1 litro d’água em 10
minutos e outros podem fazê-lo em 5 minutos. Tanto um aquecedor como o outro
realizam o mesmo trabalho elétrico. Aquecer um litro de água até a temperatura de
100°C. Entretanto, um deles é mais rápido, realizando o trabalho em menor tempo. A
partir desta afirmação se conclui que os dois aquecedores não são iguais.
Existe uma grandeza elétrica através da qual se relaciona o trabalho elétrico
realizado e o tempo necessário para sua realização. Esta grandeza é denominada de
potência elétrica.
POTÊNCIA ELÉTRICA é a capacidade de realizar um trabalho na unidade de tempo,
a partir da energia elétrica.
A partir disto se pode afirmar:
Lâmpadas que produzem quantidades diferentes de luz são de potências diferentes.
Aquecedores que levam tempos diferentes para ferver uma mesma quantidade de água
são de potências diferentes.
A transformação da energia elétrica em energia térmica recebe o nome de efeito
Joule.
Esse efeito é devido aos choques sucessivos das partículas de corrente elétrica
com a estrutura cristalina do material.
33
A potência elétrica desenvolvida em um componente é medida pelo produto da tensão
elétrica entre seus terminais e a intensidade da corrente elétrica que o atravessa.
Relacionando a potência dissipada no resistor com a lei de Ohm; obtemos:
Obs. Ver tabela 04 no final da apostila que relaciona Potência Elétrica e Lei de Ohm.
10.1 Unidade e símbolo da potência elétrica
A potência elétrica é uma grandeza e como tal pode ser medida. A unidade de
medida da potência elétrica é o Watt, representado pelo símbolo W.
Obs. Prefixos para designar múltiplos e submúltiplos das unidades (válido para todas as
unidades) ver tabela 01 no final da apostila.
Exemplo: 1 Watt é o trabalho realizado em um segundo por um consumidor
alimentado por uma tensão de 1 volt no qual circula uma corrente de 1 A (figura 10.1.1).
Exemplo:
Um lâmpada de lanterna de 6V solicita uma corrente de 0,5 A das pilhas.
Qual a potência da lâmpada?
U=6 V
I=0,5 A
P=?
34
11. MAGNETISMO / ELETROMAGNETISMO
11.1 MAGNETISMO
Um dos ramos da ciência que está mais intimamente ligado a eletricidade é o
magnetismo. O gerador, o motor, o transformador, o alto falante, o receptor telefônico, etc.
Todos estes equipamentos dependem para sua operação da interação entre eletricidade
e o magnetismo. Por esta razão é importante o estudo do magnetismo.
Embora os cientistas não conheçam a natureza exata do magnetismo, eles
conhecem todos os seus efeitos e manifestações, porque é possível mediante o estudo
de suas características, formar um conceito definido sobre o magnetismo.
Magnetismo: (Conceito) É uma forma de energia ou força (invisível) que tem
origem na estrutura atômica da matéria. Fala-se praticamente de magnetismo, quando um
corpo (um ímã), possui a propriedade de atrair ferro. Este material é um minério
chamado de magnetita (Fe3 O4 ) ou óxido de ferro.
A mesma propriedade pode ser adquirida por meio de um tratamento especial no
ferro, aço, compostos de ferro, níquel, cobalto e ligas especiais.
ÍMÃS:
Natural
São sempre permanentes e são um composto de ferro conhecido pelo
nome de magnetita.
Artificial
Permanente - Cessada a causa que o produziu ele conserva as
propriedades magnéticas.
Temporário - Cessada a causa que o produziu ele extingue-se.
A força de um ímã se concentra sobre as suas extremidades, que são chamados
pólos. Cada ímã tem um pólo norte e um pólo sul. No centro do ímã encontra-se a zona
neutra, onde não existem forças de atração.
Estas linhas de força são fechadas e saem do pólo norte e entram no pólo sul, no
interior do ímã o sentido das linhas é de sul para norte. Figura 11.1.1
A figura 11.1.1 ilustra as linhas de
campo magnético de um ímã
permanente.
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ATRAÇÃO E REPULSÃO ENTRE CAMPOS MAGNÉTICOS
TEORIA DOS DOMÍNIOS MAGNÉTICOS
Se dividirmos um ímã na metade os dois pedaços resultantes não perdem o
magnetismo, ao contrário cada um deles se converte num novo ímã, conforme a figura
11.1.4, cada uma das barras apresenta sua própria polaridade.
Se em seguida , dividirmos cada um dos novos pedaços, veremos que os novos
pedaços conservam as propriedades magnéticas e os dois pólos se formam em suas
extremidades.
É evidente que os ímãs de menores dimensões terão uma força magnética muito
menor que a barra grande original, porém irão conservar seu magnetismo em proporção
às suas dimensões. Isto constitui uma indicação de que se continuarmos dividindo, a
barra em pedaços cada vez menores, os mesmos irão conservar sempre as suas
propriedades magnéticas, embora cada vez mais fracas.
O que acabamos de demonstrar levou os cientistas a concluírem que, embora
cada molécula de um metal magnético seja um ímã de dimensões e poder muito
reduzidos, cada uma delas não deixa de apresentar um pólo norte e um pólo sul. De
acordo com esta mesma teoria, os físicos afirmam que a diferença que existe entre uma
barra de Ferro ou de Aço sem magnetismo e outra imantada é a ilustrada na figura 11.1.5,
onde vemos que a barra de Aço sem magnetismo está formada por moléculas colocadas
em desordem, razão pela qual os pequenos campos magnéticos produzidos por cada
36
molécula se neutralizam uns aos outros, não manifestando nenhum campo magnético
externo.
Se, agora, tomarmos esta barra e a submetermos a ação de um agente que a magnetize,
tal como um poderoso ímã ou por meio da eletricidade (eletromagnetismo), veremos que
a força ou influência das linhas de força magnética fazem com que as moléculas da barra
de Ferro se ordenem, de acordo com sua polaridade e direção das linhas, de força.
De modo que agora o efeito do campo magnético criado por cada molécula , se
manifesta, uma vez que a barra está imantada. Neste caso os campos magnéticos das
moléculas se somam produzindo um campo magnético forte que se manifesta
exteriormente, razão pela qual dizemos que a barra está imantada ou magnetizada.
INDUÇÃO MAGNÉTICA
Se a um pólo de um ímã aproximarmos um pedaço de ferro, este adquire
imediatamente as propriedades magnéticas. Explica-se isto dizendo que o ferro ficou
magnetizado por indução pelo ímã. O ímã é chamado de indutor e o novo ímã sob
influência do primeiro, constitui-se um ímã induzido. A esse fenômeno dá-se o nome de
indução magnética.
37
11.2 ELETROMAGNETISMO
No ano de 1820 o físico Dinamarquês Oersted provou que em torno de um condutor
percorrido por uma corrente elétrica existe um campo magnético. Colocando-se uma
bússola perto de um condutor elétrico nota-se que ao ligar o circuito a bússola orienta-se
em outra direção (posição). Invertendo-se o sentido da corrente no condutor, a agulha dá
um giro de 180°.
Todo condutor ao ser percorrido por uma corrente elétrica cria em sua volta um campo
magnético cujas formas são círculos concêntricos, e o sentido do campo pode ser dado
pela regra da mão direita.
O campo magnético criado é tão mais intenso quanto maior for a corrente elétrica
pelo condutor. Na figura a seguir mostramos dois condutores percorridos por correntes
elétricas e a interação dos campos originando forças de repulsão e de atração.
Caso o condutor esteja formando uma bobina, contendo várias espiras, as linhas
de campo de todas as espirais se alinham num caminho único externamente, e no interior
das espirais este alinhamento causa grande concentração de linhas de campo, todas elas
na mesma direção, tendo a semelhança de uma barra imantada com seu pólo Norte e Sul
onde o sentido é dado pela regra da mão direita.
38
Se for introduzido no interior da bobina um núcleo de ferro, este imediatamente irá
adquirir as propriedades magnéticas de um ímã que estivesse fortemente magnetizado,
sendo capaz de atrair toda espécie de objetos de ferro durante todo o tempo em que a
corrente elétrica estiver circulando pela bobina. Sob estas condições, a bobina se
transforma num eletroímã (através da indução eletromagnética), ou seja, um dispositivo
capaz de adquirir magnetismo, mediante a passagem de uma corrente por seu
enrolamento (figura 11.2.0.4)
APLICAÇÕES PRÁTICAS COM INTRODUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
11.3 TRANSFORMADORES
O transformador é um dispositivo que permite elevar ou rebaixar os valores de
tensão ou corrente em um circuito de corrente alternada.
A indução eletromagnética, só ocorre quando houver a variação de corrente
elétrica, produzindo fluxo magnético variável, permitindo à corrente alternada ter uma
vantagem sobre a corrente contínua: permite a elevação ou redução de tensão por meio
de transformadores.
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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Quando uma bobina (enrolamento primário) é conectado a uma fonte de tensão, na
mesma surge um campo magnético, se nós conectarmos uma segunda bobina
(enrolamento secundário) interligando as mesmas através de um núcleo de ferro (figura
11.2.1.1) aparecerá nesta bobina secundária um campo magnético induzido (através da
indução eletromagnética).
A tensão induzida na bobina secundária é diretamente proporcional a relação entre
o número de voltas da bobina primária e secundária. Se a bobina secundária tem duas
vezes o número de voltas de espiras do que a bobina primária, a voltagem será duas
vezes mais alta. Se for a metade de espiras, a voltagem secundária será a metade da
voltagem primária.
11.2.2 Solenóides (bobinas)
Neste caso é utilizado a bobina para criar um campo magnético com o objetivo de
atrair um objeto de ferro (por indução). O núcleo de ferro é mantido fora do centro da
bobina através de mola. Quando a bobina é energizada o núcleo de ferro é atraído para o
centro da bobina, quando for desligada a mola leva o núcleo de ferro para a posição
inicial.
Exemplo: Para acionar uma válvula hidráulica, conforme figura 11.2.2.1, quando for
acionado o solenóide, o núcleo é atraído para o centro da bobina deslocando o carretel
(spool) e por sua vez acionando o circuito hidráulico
40
11.2.3 Relés ou contactores
É um dispositivo, com o mesmo princípio do solenóide, isto é, o núcleo de ferro é
mantido fora do centro da bobina através de mola, quando a bobina é energizada o
núcleo de ferro é atraído para o centro da bobina. Quando for desligada a mola leva o
núcleo de ferro para a posição inicial.
Neste caso o núcleo está interligado mecanicamente com interruptores que
desligam e /ou ligam circuitos ligado à ele.
A principal vantagem de relés ou contactores é que eles permitem que
através de fracas correntes na bobina, podemos controlar para interromper circuitos de
correntes mais elevadas.
Outra vantagem é de realizar funções mais específicas como a intermitência de
luzes pisca-pisca.
45
13. INTRODUÇÃO À ELETRÔNICA/COMPONENTES ELETRÔNICOS
O QUE É A ELETRÔNICA?
A eletrônica pode ser definida como o ramo da ciência que estuda os fenômenos
provocados pelo movimento dos elétrons no vácuo e nos materiais semicondutores.
COMPONENTES ELETRÔNICOS
São dispositivos nos quais se efetua a condução por elétrons, e se obtém
diferentes resultados, devido a sua peculiar características e disposição física em cada
material. Exemplo: resistores, capacitores, diodos, transistor, etc.
13.1 RESISTORES
Conforme já estudado anteriormente é um componente constituído com a
finalidade de introduzir resistência.
TIPOS DE RESISTORES
Fios: De carvão, de camada metálica
Variáveis: Potenciômetro, resistores variáveis especiais, etc.
Exemplos utilizados na máquina: Sensor do sabre e Sensor de diâmetro.
RESISTORES (TIPOS DE DEFEITOS)
A) INTERROMPIDOS OU ABERTOS
A resistência fica interrompida quando ela se queima. O largo tempo de uso e o
excesso de corrente que faz aumentar a temperatura são as causas mais freqüentes de
queima de resistores.
B) RESISTÊNCIA ALTERADA
Quando ele não se queima a ponto de interromper-se, ele apresenta uma resistência
muito maior que aquela marcada sobre ele pelo código de cores.
POTENCIÔMETROS (TIPOS DE DEFEITOS)
A) INTERRUPÇÃO
A interrupção acontece devido a quebra de um dos terminais internos. O uso
prolongado é o causador disto. Com o ohmímetro podemos diagnosticar o defeito. Veja o
valor do potenciômetro e selecione e escala mais apropriada no ohmímetro.
B) DESGASTE
O simples manejo do cursor desgasta o grafite (contato). Quando testarmos com
um multiteste, Se o potenciômetro estiver bom, o valor irá aumentar à medida que for
girando o mesmo.
Exemplo: Se o potenciômetro for de 47K, ela irá variar de zero a 47K,
proporcionalmente. Costuma-se recuperar os potenciômetros limpando-os com um spray
(limpador de contato).
C) ARRANHAMENTO
Trata-se de uma certa aspereza no deslocamento do cursor. Às vezes, este defeito
pode ser corrigido desmontando-se as peças e aliviando a pressão exercida pela sapata
contra a fita resistiva. Existem tipos de potenciômetro que não podemos desmontá-lo.
Nestas condições, a unidade estará inutilizada.
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TRIMPOTS
Os Trimpots são potenciômetros ajustáveis, o curso só pode ser ajustado com
uma chave de fenda, pois ele não possui eixo rotativo como o potenciômetro.
Exemplo de utilização na máquina: Caixa da unidade eletrônica e Caixa IPS.
13.2 Diodos
É um componente eletrônico semicondutor, construído de tal forma que, através
dele só é permitida a passagem da corrente em uma direção.
Exemplo de utilização na máquina: Sistema de alarme e Unidade eletrônica.
TIPOS DE DEFEITOS
Para testar diodos semicondutores, utilizamos o ohmímetro na escala de X 100.
Mede-se de ânodo e cátodo e vice-versa. Se em um sentido conduzir e invertendo-
se as ponteiras ele não conduzir, o diodo estará bom.
Se o diodo conduzir em ambos os sentidos, estará em curto.
Se o diodo não conduzir em nenhum sentido estará aberto.
TIPOS DE DIODOS
Diodos retificadores (pontes retificadores)
Diodos para sinais
Diodos de comutação
Diodos de alta freqüência
Diodos estabilizadores de tensão (zener)
Diodos especiais (LED’s)
DIODOS ZENER
Estes diodos estabilizadores de tensão, são usados para se obter, entre os seus
terminais, uma tensão constante.
LED’s
Este tipo de diodo especial, é construído com arseniato de gálio ou outro semi-
condutor composto que, tem a propriedade de produzir uma radiação eletromagnética
entre a luz visível e o infravermelho, esse fenômeno ocorre quando o diodo é polarizado
no sentido de condução.
47
14. ALTERNADOR
A bateria é a fonte distribuidora de energia para os componentes do carro. Por
meio dela são alimentados os sistemas de ignição, motor de arranque, faróis e demais
acessórios elétricos. A carga exigida pelos carros modernos deixaria a bateria
completamente descarregada em pouco mais de uma hora de uso, se ela não estivesse
em um processo contínuo de recarregamento; apenas o motor de arranque por exemplo,
consumiria toda a sua carga em alguns minutos.
Para manter a bateria sempre carregada, os carros possuem um gerador de
energia: o ALTERNADOR ou DÍNAMO. Ambos possuem uma polia acionadora, esta
conecta-se ao
virabrequim do motor por meio da correia acionadora do gerador. Quando o virabrequim
gira, a polia acompanha o seu movimento e o gerador converte esta rotação em corrente
elétrica. A partir daí, a energia segue para a bateria, de onde é transmitida aos
componentes do automóvel. (fig. 16.1)
FUNCIONAMENTO
O princípio de funcionamento do alternador em automóveis é um pouco diferente
do que estudamos na geração de corrente alternada .
A figura 16.2 representa um gerador de corrente alternada. Uma corrente é gerada
(induzida) do estator (fixo) quando gira uma bobina magnética no rotor (móvel). Figura
16.2
48
Para maximizar o uso do campo magnético do rotor, é normalmente equipado o
gerador com 3 grupos de bobinas do estator, chamadas fases, defasadas em 120° uma
da outra e é chamado de gerador trifásico de corrente alternada.
49
15. RETIFICADOR DE CORRENTE ALTERNADA
Devido a característica do diodo, de conduzir a corrente em um sentido e não
permitir em outro, isto é, corta o semicírculo negativo, podemos fazer a retificação da
corrente alternada para a corrente contínua, através de uma ponte de diodos (ponte
retificadora) (figura 17.0.1).
15.1 Ponte retificadora em circuitos monofásicos
Esta ponte é utilizada para fornecer alimentação de circuitos.
Com a corrente de entrada (alimentação) é alternada, isto é, alterna a polaridade
60 vezes por segundo, (freqüência) vamos observar nas figuras 17.1.1 e 17.1.2 o sentido
da condução da corrente quando as mesmas invertem as polaridades de alimentação.
Como observamos nestas 2 figuras a polaridade de saída permanece inalterada.
50
15.2 PONTE RETIFICADORA PARA ALTERNADORES
A ponte retificadora neste caso deve ser com 6 diodos, devido a corrente de saída
ser alternada trifásica, 2 diodos para cada fase. Neste caso podemos criar uma retificação
de onda completa e ao mesmo tempo combinar as três fases (ver figuras)
51
16. REGULADOR DE TENSÃO OU REGULADOR DE CARGA
É um dispositivo regulador de tensão de CC. e é utilizado para controlar a
voltagem fornecida pelo alternador.
Em caso de altas velocidades, o alternador produz demais corrente e voltagem
que podem danificar os equipamentos.
Em outro caso, como em baixas velocidades, a bateriadescarrega-se devido a
insuficiência de recarga do alternador (isto acontece com o motor em marcha lenta).
Para evitar estas situações, o regulador de tensão tem 3 funções.
A) Regulador de Voltagem:
O regulador de voltagem limita a tensão de saída do alternador evitando assim
superaquecimento.
B) Regulador de Corrente:
O regulador de corrente limita a corrente de saída do alternador.
C) Relé de Corte
O relé de corte previne a descarga da bateria. Ele corta o circuito entre o
alternador e a bateria quando o alternador inicia a recarga, e abre o circuito quando o
alternador pára a recarga.
52
17. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DE BATERIAS (ACUMULADORES)
Na geração de eletricidade através da ação química tivemos a oportunidade de
estudar a pilha elétrica ou célula voltaica que, como vimos, é capaz de produzir energia
elétrica como resultado da reação química que ocorre na mesma. Vimos também que em
virtude de tais pilhas ou células não poderem ser recarregadas, elas são classificadas
como pilhas ou células primárias.
Aprendemos ainda que várias células ou pilhas ligadas em série ou em paralelo formam
um conjunto denominado bateria.
As baterias secundárias (acumuladores) são também formadas por pilhas ou
células eletrolíticas, e são classificadas como secundárias em virtude de poderem ser
carregadas novamente pela aplicação de uma corrente elétrica às mesmas.
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Em outras palavras, quando essas pilhas ou baterias estão produzindo energia
elétrica, elas estão consumindo energia química, ao passo que quando elas são
submetidas a uma carga elétrica, o processo químico é invertido e elas recuperam a
energia química que possuíam anteriormente.
As baterias secundárias ou acumuladores são usados para prover a energia
elétrica necessária para o funcionamento dos equipamentos elétricos dos aviões, barcos,
automóveis, etc., dos quais fazem parte os receptores e transmissores de rádio.
A bateria de um veículo motorizado é carregada antes de ser instalada no mesmo
e sua carga é constantemente renovada por um gerador acoplado ao motor do veÍculo, de
modo que a corrente fornecida pelo gerador inverte a reação química que se, produziu
durante a descarga da bateria, carregando-a novamente.
FUNCIONAMENTO DE UMA BATERIA SECUNDÁRIA OU ACUMULADOR
As baterias secundárias (acumuladores) são normalmente fabricadas com 3 ou 6
células eletrolíticas de modo a fornecerem 6 ou 12 volts. Cada célula está constituída por
placas de Chumbo puro ligadas ao eletrodo negativo e por placas de Peróxido de
Chumbo (uma combinação de Chumbo e Oxigênio) ligadas ao eletrodo positivo. As placas
negativas e positivas estão dispostas de tal forma que ficam cruzadas e separadas entre
si por uma substância isolante, geralmente placas de vidro ou de outro material isolante,
conforme ilustra a figura 19.3. O eletrólito é uma solução de Ácido Sulfúrico (H2 SO4 )
diluído em água (H2 O), numa proporção de 40 partes de ácido para 60 partes de água
destilada. (O Ácido Sulfúrico é um elemento composto de Hidrogênio, Enxofre e Oxigênio.
O PROCESSO DE DESCARGA - Durante processo de descarga, a reação química que
ocorre no interior de cada célula é tal que produz um excesso de elétrons nas placas de
Chumbo puro (eletrodo negativo), e uma deficiência de elétrons nas placas de Peróxido
de Chumbo (eletrodo positivo).
Como resultado desta reação, o ácido se combina com o metal Chumbo das placas para
formar o Sulfato de Chumbo (Pb SO4 ), que é também um pó de cor branca. Este
processo continua durante todo o tempo que se está utilizando a corrente elétrica da
bateria. Quando a bateria fica totalmente descarregada, a maior parte da superfície das
placas fica coberta com uma camada de pó branco que, como mencionamos
anteriormente, é o sulfato de Chumbo (Pb SO4 ). Ao mesmo tempo que a célula vai se
descarregando, o ácido vai se debilitando, uma vez que vai se combinando com o
Chumbo dos eletrodos. A medida que isto sucede, a tensão de cada célula vai baixando
normalmente de 2,2 volts para 1,6 volt, que é a tensão existente em cada célula quando a
bateria está completamente descarregada. A figura 19.2 ilustra as condições que
prevalecem em cada célula, quando a bateria está descarregada.
Como o ácido vai se debilitando á medida que a bateria vai se descarregando, mediante a
comprovação do ácido existente no eletrólito é possível saber aproximadamente o estado
da carga no acumulador, o que é feito por meio de um dispositivo denominado
densímetro.
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O PROCESSO DE CARGA DA BATERIA OU ACUMULADOR - Sabemos,
portanto, que quando a bateria está descarregada, a maior parte do Ácido Sulfúrico está
combinada com o Chumbo dos eletrodos, formando uma camada ou crosta branca de
Sulfato de Chumbo. Em outras palavras, a reação química que produziu a energia elétrica
é, o resultado da combinação do Chumbo com o ácido do eletrólito. Portanto, para
carregar novamente a bateria é necessário dissolver ou separar o composto de Sulfato de
Chumbo de modo que o metal Chumbo retorne às placas dos eletrodos e os elementos
restantes do composto ao Ácido Sulfúrico.
A figura 19.4 ilustra o método usado para se carregar uma bateria. Para isto é preciso
empregar um gerador de eletricidade que produza uma F.E.M. (força eletromotriz) de pelo
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menos 8 volts, ou seja, uma tensão maior que a proporcionada pela bateria que, neste
caso. é de 6 volts.
Durante o processo de carga, a direção em que fluem os elétrons no interior da
bateria deve ser oposta à direção em que normalmente flui a corrente elétrica da bateria
quando está fornecendo energia. Isto é fácil de compreender, uma vez que o processo de
carga é o inverso do processo de descarga.
Ao aplicar a corrente elétrica à bateria, o Sulfato de Chumbo se converte
novamente em Chumbo que vai se aderindo às superfícies das placas, átomo por átomo,
da mesma maneira como se desprendeu para se combinar com o ácido e o SO4 volta a
fazer parte do eletrólito aumentando a concentração ou porcentagem do Ácido Sulfúrico
no mesmo.
Esse processo vai se desenvolvendo paulatinamente até que todo o Sulfato de
Chumbo tenha se convertido novamente em Chumbo puro, aderindo-se aos eletrodos,
enquanto o resto do composto se dilui novamente na solução aumentando a
porcentagem do Acido Sulfúrico na água.
Uma vez terminado este processo, dizemos que a bateria está carregada, ou seja,
pronta para fornecer energia elétrica novamente.
A figura 19.5 ilustra as condições que existem nas placas quando a bateria está
novamente carregada. As placas estão agora livres do Sulfato de Chumbo e a
concentração ou porcentagem de Ácido Sulfúrico na água é de 40%.
O ELETRÓLITO DA BATERIA
O eletrólito de uma bateria consiste de uma solução de água destilada e Ácido
Sulfúrico. Emprega-se água destilada por ser quimicamente pura, ou seja, por conter
apenas Hidrogênio e Oxigênio. Para cada 60 partes de água destilada colocam-se 40
partes de ácido Sulfúrico. Não obstante, na prática não se calcula esta relação por
volume, mas sim pela densidade especifica do eletrólito, conforme explicaremos em
seguida.
DENSIDADE DE UM CORPO (SÓLIDO, LÍQUIDO OU GASOSO)
A densidade de um corpo é a relação que existe entre o peso desse corpo e o
peso da água destilada de igual volume. Ficou comprovado que o peso de um centímetro
cúbico de água destilada é igual a um grama, de modo que a água destilada é usada
como unidade de densidade.
Se pesarmos 1 centímetro cúbico
(cm³)de Ácido Sulfúrico numa balança de
precisão, veremos que o mesmo pesa
1,835 grama, o que constitui uma
indicação de que o Ácido Sulfúrico é
mais pesado do que a Água Destilada,
conforme ilustra a figura 19.7.
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Neste caso, entretanto, para facilitar nossa tarefa, pesamos 1 litro de água
numa balança e 1 litro de Ácido Sulfúrico na outra. Embora os volumes de água e
ácido sejam idênticos (mil centímetros cúbicos) observamos que. enquanto o litro de
água pesa 1.000 gramas, o litro de Ácido Sulfúrico pesa
1.835 gramas.
É por esta razão que se diz que a densidade do Ácido Sulfúrico é de 1.835.
Se tomarmos outros corpos ou substâncias e compararmos seu peso em
relação ao peso de um volume igual de água, veremos que existe uns que pesam mais
que ela, ao passo que outros pesam menos. O Mercúrio, por exemplo, tem uma
densidade de 13.6, o que significa que pesa aproximadamente 13 vezes mais que a
água. Se pesarmos volumes iguais de álcool e água, veremos que o álcool pesa
menos que a água, pois sua densidade é de 0,8, ou seja, 1 litrode álcool pesa apenas
800 gramas.
Abaixo damos uma lista de densidade de algumas substâncias, isto é, a relação entre
o peso da substância e o da água para o mesmo volume:
Uma vez compreendido o assunto das densidades, retornemos agora ao
estudo da densidade do eletrólito de uma bateria que, como vimos, é medida por meio
do densímetro. A figura 19.12 ilustra um desses aparelhos.
O densímetro consiste simplesmente de um recipiente de vidro semelhante a
uma seringa, no interior do qual existe uma ampola flutuante que termina numa
extremidade por um peso e na outra por uma escala calibrada para indicar a
densidade.
Vamos supor que submergimos o densímetro no Ácido Sulfúrico puro. Por meio
da sucção, o Acido Sulfúrico entra no recipiente de vidro fazendo com que o
densímetro, propriamente dito, flutue no líquido. Observamos, dentro que a leitura
indicada é 1,835.
Se, agora, mergulharmos a seringa na água e enchermos parcialmente o
recipiente de vidro com a mesma, veremos que a leitura indicada é de 1,0. Como, o
eletrólito da bateria e uma solução de água destilada e Ácido Sulfúrico, é evidente que,
dependendo da condição de carga da bateria, Iremos obter uma leitura no densímetro
entre 1,0 e 1,835.
Sabemos, entretanto, que quando a bateria está carregada, ou seja, quando o
Ácido Sulfúrico está misturado com a água destilada na proporção de 40% de Ácido
para 60% de água, a leitura indicada pelo densímetro é de 1,3. Na eventualidade,
portanto, de se obter uma leitura muito Inferior a 1,3, tudo que temos a fazer é
adicionar Ácido Sulfúrico ao eletrólito da bateria até obter a correta leitura no
densímetro.
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Não obstante o que acabamos de dizer, isto só é feito quando se referir a uma
bateria nova ou a uma bateria usada, caso se tratar de uma bateria descarregada, a
densidade pode ser tão baixa como 1,150 e, contudo, isto não requer mais ácido e sim
uma nova carga; como vimos anteriormente, quando uma bateria está descarregada.
grande parte do Ácido Sulfúrico está combinado com o Chumbo nas placas formando
Sulfato de Chumbo. Neste caso, o que devemos fazer é submeter a bateria a uma
carga, de modo que o Sulfato de Chumbo seja transformado em Chumbo, que retorna
as placas, e que SO4 retorne á solução para formar o ácido.
Por esta razão, quando uma bateria está sendo carregada, comprova-se
freqüentemente a densidade do eletrólito, pois a mesma vai aumentando á medida que
a bateria alcança sua carga total. Quando o densímetro indica uma leitura de 1.280 a
1.300 e o voltímetro indica 2,2 volts em cada célula, podemos estar seguros de que a
bateria está completamente carregada.
ESTADO DE CARGA DE UMA BATERIA.
O estado de carga de uma bateria pode ser observado através de dois
processos distintos: medição da tensão e medição da densidade do eletrólito.
A medida de tensão deve ser feita em cada elemento da bateria quando este
fornecer uma determinada corrente.
Se a medida de tensão for feita com elementos sem corrente, não é de
utilidade, pois nestas condições, o dito elemento acusará a tensão de 2 volts mesmo
se estiver descarregado. A fim de se efetuar a medida da tensão com o elemento
fornecendo corrente, usa-se um voltímetro especial, conforme figura 19.8, o qual
possui uma resistência de carga, através da qual o elemento faz passar a corrente.
A medida da densidade da solução é feita com um densímetro, conforme figura
19.9. No interior do densímetro existe um hidrômetro flutuador, o qual afundará tanto
mais na solução quanto menor for a densidade desta.
Na parede do hidrômetro estão marcadas as indicações que registram o
estado de carga do elemento , conforme figura 19.10.
VOLTÍMETRO DE ALTA DESCARGA PARA
COMPROVAÇÃO DAS CÉLULAS
Para comprovarmos a tensão de cada célula não devemos empregar um
voltímetro comum, mas sim um voltímetro de construção especial conhecido pelo
nome de Voltímetro de alta descarga, o qual consiste simplesmente deum voltímetro
com uma escala de 3 volts, mas que apresenta uma resistência de alta descarga na
forma de uma ponte metálica, conforme ilustra a figura 19.11.
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Quando o voltímetro é ligado aos eletrodos da célula, produz-se uma descarga
de corrente bastante forte, de modo que a leitura da tensão é obtida sob condições
reais de funcionamento. Caso empregássemos um voltímetro comum, seria possível
que a leitura fosse errada, pois poderia existir qualquer defeito na célula que somente
se manifestaria quando ela proporcionasse uma alta corrente.
A figura 19.11 ilustra também a maneira de ligar o voltímetro de alta descarga
aos eletrodos de uma célula.
A RELAÇÃO ENTRE A TENSÃO E A DENSIDADE
DO ELETRÓLITO
A maneira mais efetiva para comprovar o estado da carga de uma célula
consiste em medir a tensão em cada célula da bateria e ao mesmo tempo verificar a
densidade do eletrólito, pois essas duas indicações revelarão se a bateria requer uma
nova carga ou se apenas requer um reajuste da densidade do eletrólito.
INDICAÇÕES DE UMA BATERIA TOTALMENTE CARREGADA
Quando uma bateria esta completamente carregada, cada célula deve indicar
uma tensão de 2 ou mais volts com um voltímetro de alta descarga, e uma densidade
que não seja inferior a 1,280. As indicações de todas as células devem ser iguais;
caso contrário, é evidente que uma das células requer atenção especial, segundo
mostra a figura 19.12.
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INDICAÇÕES DE UMA BATERIA COM MEIA CARGA
Quando uma bateria está com meia carga, cada célula indicará uma tensão de
1,9 volts e o densímetro indicará uma leitura de 1,220. Neste caso, a bateria deve ser
submetida a uma carga até obter as leituras corretas, ou seja, 2 volts e 1,300 de
densidade.
INDICAÇÕES DE UMA BATERIA TOTALMENTE
DESCARREGADA
Quando uma bateria está totalmente descarregada, o voltímetro indica uma
leitura abaixo de 1,8 volt em cada célula e o densímetro indica uma leitura menor que
1,190. Neste caso, a bateria deve ser submetida a uma nova carga.
RECONDICIONAMENTO DO ELETRÓLITO
Vamos supor que uma bateria dê uma indicação de 2 volts em cada célula e o
densímetro indique uma densidade de apenas 1,150. Não obstante, um exame visual
da parte superior das placas, ao removermos os tampões, indica que as placas não
estão cobertas com Sulfato de Chumbo (pó branco). Sob estas condições é possível
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que alguém tenha derramado ou removido grande quantidade do eletrólito,
substituindo-o com água, razão pela qual a densidade do eletrólito é baixa pois a
tensão indica que as células estão carregadas. Para remediar o mal o aconselhável é
adicionar mais Ácido ao eletrólito até que alcance sua densidade normal de 1,280 ou
1,300.
Se, por outro lado, as células indicam uma tensão de apenas 1,7 volt, e a
densidade do eletrólito é de 1,300, isto constitui uma indicação de que o acumulador
não somente requer uma nova carga, como também é necessário reajustar o eletrólito,
pois, ao submeter a bateria a uma nova carga a densidade do eletrólito irá subir a mais
de 1.300 (como resultado do retorno do ácido ao eletrólito).
Neste caso, devemos tirar um pouco do eletrólito e substitui-lo com Água
Destilada, até que a densidade abaixe ao valor correto de 1,300 ou 1,280 e se obtenha
uma voltagem de pelo menos 2 volts em cada célula.
Caso tenhamos que trabalhar com eletrólitos, devemos ter muito cuidado ao
manejar o Ácido Sulfúrico, pois é extremamente corrosivo e produz queimaduras bem
dolorosas.
RESISTÊNCIA INTERNA DE UMA PILHA OU BATERIA
Conforme tivemos a oportunidade de aprender, uma pilha ou bateria elétrica é
um dispositivo mediante qual se produz uma deficiência de elétrons no pólo positivo e
um acúmulo ou excesso de elétrons no pólo negativo, como conseqüência de uma
série de intercâmbios de elétrons entre os elementos químicos que fazem parte do
eletrólito. Isto significa que o movimento de elétrons entre os elementos químicos da
pilha ou bateria se produzirá com maior ou menor facilidade, segundo a quantidade de
íons de Cloro, Hidrogênio, Zinco (ou sulfato) que houver no interior da pilha ou célula.
Como resultado do exposto, quanto mais íons houver, tanto mais fácil será o
intercâmbio de elétrons entre os vários elementos químicos e, conseqüentemente, o
movimento eletrônico se realizará com maior facilidade. Esta oposição ao intercâmbio
de elétrons no interior da célula ou pilha, que é conhecida pelo nome de resistência
interna da pilha ou bateria, varia segundo o estado desta e de acordo com a espécie e
dimensões dos eletrodos.
Quanto mais esgotada estiver uma pilha tanto maior seráo número de íons que
se combinarão para formar Cloreto de Zinco ou Sulfato de Chumbo (pilha seca ou
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acumulador) e, portanto, tanto menor será o número de íons disponíveis o que
constitui uma indicação de que a resistência interna da pilha ou bateria aumenta à
medida que esta vai se descarregando.
No caso de pilha seca, a resistência interna é relativamente considerável e, para
reduzi-la, mistura-se a pasta ou eletrólito (Cloreto de Amônia com água) com certa
quantidade de Carbono de pedra ou Grafite granulado, pois essas partículas oferecem
uma passagem mais fácil aos elétrons no interior da pilha, ou seja, reduzem
consideravelmente a resistência interna da pilha.
Por outro lado, a resistência interna das baterias secundárias do tipo Chumbo-
ácido é muito reduzida, devido a presença de um maior número de íons, e devido
também ao fato dos eletrodos serem de maior tamanho e se utilizar um maior número
deles. Esta é uma das razões pelas quais esse tipo de bateria é capaz de fornecer
correntes de grande intensidade.
Não obstante o que acabamos de dizer, os receptores de rádios portáteis, tanto
de válvulas eletrônicas como transistorizados, não requerem correntes de alta
intensidade, razão pela qual a resistência interna das pilhas e baterias utilizadas pelos
mesmos não constitui um fator importante.
É conveniente ter em mente, portanto, que a resistência interna de uma pilha
não resulta do efeito comum causado pela fricção dos elétrons, mas sim pela
quantidade de íons que facilitam o intercâmbio de elétrons entre os elementos
químicos.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
O estudo que fizemos nesta lição sobre as baterias ou acumuladores se refere
especificamente àquelas unidades existentes no mercado e prontas para serem postas
em uso.
É importante, entretanto, que você saiba que, após a fabricação da bateria ou
acumulador, a mesma é submetida na própria fábrica a várias cargas e descargas,
processo esse que se chama formação. A formação se destina a converter o material
ativo nas placas positivas em Peróxido de Chumbo, que é uma substância de cor
marrom-avermelhada, e a converter o material ativo das placas negativas em Chumbo
puro, que é uma substância de cor cinzento-escura. Somente, então, que a bateria
está pronta à ser usada para o fim a que se destina, mediante a adição do eletrólito à
mesma e observando as regras e instruções que explicamos nesta lição.
CUIDADOS NA MANUTENÇÃO
Para que a bateria possa funcionar em boas condições é preciso que a
mesma seja mantida em lugar ventilado, devendo sua superfície externa estar
sempre limpa e seca.
O nível do eletrólito deve ser mantido à um centímetro acima das placas.
Quando o nível está baixo, é preciso adicionar água destilada à bateria, não é
conveniente usar água potável, pois esta contém cloro e sais de ferro que
estragam rapidamente a bateria.
Os bornes e os terminais devem ser mantidos limpos, para evitar
resistência à passagem de corrente elétrica.
Os bornes devem estar firmemente apertados e recobertos com vaselina
para impedir a sulfatação.
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Não elevar excessivamente o nível da solução, pois se isto acontecer,
haverá um transbordamento da solução ácida, que corroerá o suporte e
provocará descarga da bateria.
A bateria devidamente tratada pode prestar até 5 anos de serviço.
No decorrer do funcionamento da bateria nunca deve ser aproximado da
mesma fósforo aceso ou qualquer outra chama, pois a mistura de oxigênio e
hidrogênio que se produzem com o funcionamento da bateria é altamente
explosiva.
Para a bateria funcionar em perfeito estado ela deve estar sempre em
perfeito estado de carga.
Durante o carregamento da bateria é conveniente retirar as tampas dos
elementos a fim de deixar livre a saída aos gases que se formam.
18. USO DO MULTITESTE MULTÍMETRO
O multímetro é um dispositivo de várias funções, que permite a realização de
um grande número de medições de diferentes tipos. Dentre esses tipos podemos
destacar 4 que são fundamentais:
Tensões contínuas ( DCV ) e tensões alternadas (ACV).
Intensidades de correntes contínuas (DCA) e intensidades de correntes
alternadas (ACA).
Resistência OHM)
Continuidade
O multímetro é o instrumento mais usado para efetuar as medidas de ajuste e
verificação que são indispensáveis para garantir os pontos corretos de operação dos
circuitos e, assim, o bom funcionamento dos aparelhos ou máquinas, além de facilitar
a procura de defeitos durante a reparação de circuitos, aparelhos ou máquinas
danificadas.
TIPOS DE MULTITESTE
Analógicos São dotados de um ponteiro que se desloca ao longo de uma
escala graduada
Digitais O multímetro digital oferece praticamente as mesmas
possibilidades do analógico, porém, a vantagem de leitura direta, expressa por
números que aparecem num mostrador digital, e a melhor precisão na medição.
RECOMENDAÇÕES PARA O USO DO MULTÍMETRO
Durante toda a sua vida, na qual você irá usar o multiteste, antes de efetuar a
medição, para proteger o multímetro, você deverá seguir ou observar a seguinte rotina:
1- Selecionar o que você deseja medir: DCV; ACV; DCA; ACA; OHM;
2- Selecionar o valor máximo da escala a ser medida. (quando não se conhece o valor
a medir, para evitar danos no multiteste)
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3- Conectar os cabos de pontas de provas no multímetro observando sua utilização.
4- Observar a polaridade das pontas de provas em relação ao circuito de teste (caso
necessário) se o sinal for negativo inverter as pontas de provas.
1. Display digital
2. Chave seletora
3. Terminal imput amperes
4. Terminal comum
5. Terminal imput (voltagem/resistência/continuidade)
6. Escala () resistência
7. Escala (Volts) tensão contínua/alternada
8. Escala (amperes) corrente contínua/alternada
9. Teste continuidade
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Principais bornes de ligação
Bomes Significado de ligação
1 Primário da bobina de ignição
4 Secundário da bobina de ignição
15 Saída positiva do comutador de ignição e partida
15a Saída positiva do comutador de ignição e partida, protegida por fusível
30a Positivo direto da bateria, protegido por fusível 31 Ponto massa e negativo da bateria
49 Positivo do relé dos indicadores de direção e luz de advertência (entrada)
49a Saída do relé dos indicadores de direção e luz de advertência (intermitente)
50 Saída positiva do comutador de ignição e partida, para alimentação do automático do
motor de partida
53 Primeira velocidade do motor do limpador do pára-brisa
53a Alimentação da parada automática do motor do limpador de pára-brisa
53b Segunda velocidade do motor do limpador do para-brisa
53c Alimentação da bomba do lavador do para-brisa
53e Positivo intermitente do motor do limpador do pára-brisa
54 Alimentação da luz do freio
56 Saída do interruptor das luzes para alimentação dos faróis alto/baixo
56a Alimentação dos fárois alto (protegido por fusível)
56b Alimentação dos fárois baixo (protegido por fusrvel)
58 Sarda do interruptor das luzes para alimentação das luzes de posição
58b Alimentação das luzes do painel, controlada pelo reostato
71 Massa de acionamento do relé da buzina
85 Negativo da bobina dos relés universais
86 Positivo da bobina dos relés universais
87 Saída de trabalho dos relés universais
G Sinal do sensor de nível de combustível (bóia)
L Colocado após o número de ligação, indica o circuito do lado esquerdo (exemplo: 58L)
NL Alimentação do farol de neblina
R Colocado após o número de ligação, indica o circuito do lado direito (exemplo: 58R)
Rf Alimentação do farol de marcha-à-ré
oL Sinal do interruptor da luz indicadora da pressão do óleo TG Sinal do sensor de
temperatura do motor B+ Saída positiva do alternador
0+ Alimentação da lâmpada de controle do alternador X Alimentação de acessórios
BLR Alimentação do indicador de direção direito
BLL Alimentação do indicador de direção esquerdo