Apostila de Livros Históricos

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Livros Históricos Introdução Na continuação do Pentateuco encontram-se os livros históricos. No cânon da Bíblia Hebraica, os seis livros de Josué, Juízes, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis e 2Reis formam um conjunto que é denominado genericamente de Profetas anteriores. Esse título vem de uma antiga tradição, segundo a qual esses livros foram compostos por alguns dos profetas de Israel. Quanto ao qualificativo "anteriores", parece deverem-se ao lugar que lhes foi reservado no cânon hebraico, para diferenciá-los dos "Profetas posteriores": Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze Profetas Menores. A fé do povo israelita descobriu nesses livros os vínculos estreitos que existem entre a história narrada e a mensagem profética que nela se proclama. Personagens como Josué, Samuel, Débora, Gideão, Saul, Davi e Salomão, principais protagonistas dos fatos registrados nesses livros, fazem parte do plano de salvação disposto por Deus em favor do ser humano. Todos eles, homens e mulheres pertencentes a diferentes etapas da vida de Israel, foram contemplados no Judaísmo desde a dupla perspectiva da sua realidade histórica e do fato de terem sido escolhidos como instrumentos para cumprir um desígnio divino de salvação. Nessa dupla perspectiva se estriba a consideração deles como profetas. Por isso, junto com eles enquanto pessoas, os textos a eles atribuídos foram reconhecidos também como de caráter profético. Atualmente, se costuma chamar o conjunto dos Profetas anteriores de História Deuteronomista. Essa denominação se deve à influência exercida sobre a interpretação da história pela teologia do Deuteronômio, influência que é perceptível de modo especial na avaliação dos comportamentos humanos, considerados tanto no âmbito individual como no coletivo (cf., p. ex., Dt 12.2-3 2Rs 17.10-12). Fonte: iLúmina - A Bíblia do século XXI Josué Autor: Incerto (Josué) Data: Cerca de 1400—1375 a.C. Autor O autor do Livro de Josué não pode ser determinado pelas Escrituras. O uso do pronome “nós” e “nos” (como em 5.6) sustenta a teoria de que o autor deve ter sido testemunha de alguns acontecimentos que ocorreram durante este período. Js 24.26 sugere que o autor de pelo menos grandes seções foi o próprio Josué. Outras passagens, entretanto, não poderiam ter sido escrita por Josué. Sua morte

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Livros HistricosIntroduo

Na continuao do Pentateuco encontram-se os livros histricos. No cnon da Bblia Hebraica, os seis livros de Josu, Juzes, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis e 2Reis formam um conjunto que denominado genericamente de Profetas anteriores. Esse ttulo vem de uma antiga tradio, segundo a qual esses livros foram compostos por alguns dos profetas de Israel. Quanto ao qualificativo "anteriores", parece deverem-se ao lugar que lhes foi reservado no cnon hebraico, para diferenci-los dos "Profetas posteriores": Isaas, Jeremias, Ezequiel e os doze Profetas Menores.

A f do povo israelita descobriu nesses livros os vnculos estreitos que existem entre a histria narrada e a mensagem proftica que nela se proclama. Personagens como Josu, Samuel, Dbora, Gideo, Saul, Davi e Salomo, principais protagonistas dos fatos registrados nesses livros, fazem parte do plano de salvao disposto por Deus em favor do ser humano. Todos eles, homens e mulheres pertencentes a diferentes etapas da vida de Israel, foram contemplados no Judasmo desde a dupla perspectiva da sua realidade histrica e do fato de terem sido escolhidos como instrumentos para cumprir um desgnio divino de salvao. Nessa dupla perspectiva se estriba a considerao deles como profetas. Por isso, junto com eles enquanto pessoas, os textos a eles atribudos foram reconhecidos tambm como de carter proftico.

Atualmente, se costuma chamar o conjunto dos Profetas anteriores de Histria Deuteronomista. Essa denominao se deve influncia exercida sobre a interpretao da histria pela teologia do Deuteronmio, influncia que perceptvel de modo especial na avaliao dos comportamentos humanos, considerados tanto no mbito individual como no coletivo (cf., p. ex., Dt 12.2-3 2Rs 17.10-12).

Fonte:iLmina - A Bblia do sculo XXI

Josu

Autor: Incerto (Josu) Data: Cerca de 14001375 a.C.

AutorO autor do Livro de Josu no pode ser determinado pelas Escrituras. O uso do pronome ns e nos (como em 5.6) sustenta a teoria de que o autor deve ter sido testemunha de alguns acontecimentos que ocorreram durante este perodo. Js 24.26 sugere que o autor de pelo menos grandes sees foi o prprio Josu.Outras passagens, entretanto, no poderiam ter sido escrita por Josu. Sua morte registrada no captulo final (24.29-32). Vrios outros acontecimentos que ocorreram aps a sua morte so mencionados: A conquista de Hebrom por Calebe (14.6-15); a vitria de Otniel (15.13-17); e a migrao para D (19.47). Passagens paralelas em Jz 1.10-16 e Jz 18 confirmam que esses acontecimentos ocorreram aps a morte de Josu. mais provvel que o livro tenha sido composto em sua forma final por um escriba ou editor posterior, mas foi baseado em documentos escritos por Josu.

DataO Livro de Js cobre cerca de vinte anos da histria de Israel sob a liderana de Josu, assistente e sucessor de Moiss.A data comumente aceita da morte de Josu por volta de 1375 aC. Portanto, o livro engloba a histria de Israel entre 1400 AC e 1375 AC e provvel que tenha sido compilado pouco tempo depois.

Contexto HistricoO livro comea nas vsperas da entrada de Israel em Cana. Politicamente, Cana se dividia em vrias cidades-estados, cada uma com seu governo autocrtico e todas hostis umas com as outras. Moralmente, as pessoas eram depravadas; a anarquia e a brutalidade eram comuns. A religio Canania enfatizava a fertilidade e o sexo, adorao da serpente e o sacrifcio de crianas. O cenrio estava estabelecido e a terra propcia para a conquista.Em contrapartida, o povo de Israel estava sem ptria havia mais de quatrocentos anos (Gn 15.13). Eles tinham vivido em servido aos Faras egpcios e depois ficaram perambulando sem rumo no deserto por mais de quarenta anos. Entretanto, embora imperfeitamente, continuavam fiis ao nico e verdadeiro Deus e se apegavam promessa que ele tinha feito ao antepassado deles, Abrao. Sculos antes, Deus havia prometido transformar Abrao e seus descendentes em uma grande nao e dar-lhes Cana como ptria sob a condio de que eles continuassem fiis e obedientes a ele (Gn 17). Agora, eles estavam prestes a vivenciar o cumprimento dessa promessa.

ContedoO Livro de Josu o sexto do AT e o primeiro de um grupo de livros chamado os Profetas Anteriores. Coletivamente, esses livros traam o desenvolvimento do Reino de Deus na Terra Prometida at o cativeiro da Babilnia Um perodo de cerca de novecentos anos. Josu narra o perodo da entrada de Israel em Cana atravs da conquista, diviso e estabelecimento da Terra Prometida.

Cristo ReveladoCristo revelado no Livro de Js de trs maneiras; por revelao direta, por modelos e por aspectos iluminantes de sua natureza.Em 5.13-15, o Deus Trino apareceu a Josu como o prncipe do exercito do SENHOR. Atravs de sua apario, Josu teve certeza de que o prprio Deus era o responsvel. Era tarefa de Josu, bem como nossa, seguir os planos do prncipe, alm de conhecer o prncipe.Um modelo um smbolo, uma lio objetiva. Podem-se encontrar tipos em uma pessoa, em um ritual religioso e mesmo em um acontecimento histrico. O prprio Josu era um modelo de Cristo. Se nome, que significa Jeov Salvao, um equivalente hebraico do grego Jesus. Josu guiou os israelitas at a possesso de sua herana prometida, bem como cristo nos leva possesso da vida eterna.O cordo de fio de escarlata na janela de Raabe (2.18,21) ilustra a obra de redeno de Cristo na cruz. O Pano cor de sangue pendurado na janela salvou Raabe e sua famlia da morte. Assim, Cristo tambm derramou seu sangue e foi pendurado na cruz para nos salvar da morte.Um dos aspectos da natureza de Cristo revelada em Josu o da promessa cumprida. No final de sua vida, Josu testemunhou: nem uma s promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vs o SENHOR, vosso Deus (23.14). Deus, em sua graa e fidelidade, sustentou e preservou seu povo tirando-os do deserto e levando-o Terra Prometida. Ele far o mesmo por ns atravs de Cristo, que a Promessa.

O Esprito Santo em AoUma tendncia constante da obra do ES flui atravs do Livro de Js. Inicialmente, sua presena surge em 1.5, quando Deus conhecendo a esmagadora tarefa de comandar a nao de Israel, forneceu a Josu a promessa de seu Esprito sempre presente.O trabalho do Esprito Santo era o mesmo antes de agora: ele atrai as pessoas a um relacionamento de salvao com Cristo e realiza os propsitos do Pai. Seu objetivo em Josu, bem como no AT, era a salvao de Israel, pois, foi atravs dessa nao que Deus escolheu salvar o mundo (Is 63.7-9) Vrias caractersticas sobre a maneira como o Esprito opera podem ser vistas em Josu. A obra do Esprito Santo contnua: No te deixarei nem te desampararei (1.5). O Esprito Santo est comprometido a realizar a tarefa, independentemente de quanto tempo demore. Sua presena contnua necessria para o sucesso do plano de Deus na vida dos homens. A obra do Esprito Santo mtua: To somente s forte e mui corajoso para teres cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moiss te ordenou; dela no te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares (1.7). Foi dito: Sem ele, no podemos; sem nos ele no quer. A cooperao com o Esprito Santo essencial vitria. Ele nos habilita a cumprir nosso chamado e a completar a tarefa ao nosso alcance. A obra do Esprito Santo sobrenatural. A queda de Jeric foi obtida mediante a destruio milagrosa de seus muros (6.20). A vitria foi alcanada em Gibeo, quando o Esprito deteve o sol (10.12,13). Nenhuma obra de Deus, seja a libertao da servido ou possesso da bno, realizada sem ajuda do Esprito.

Esboo de Josu

I. Preparao da herana 1.1-5.15

Mediante a escolha do lder do exrcito 1.1-18

1) Josu ouve o chamado 1.1-92) Josu d o mandamento 1.10-153) Josu recebe estmulo 1.16-18

Mediante o preparo do exrcito para a batalha 2.1-5.15

1) Procurando a moral do inimigo 2.1-242) Posicionando o povo para a batalha 3.1-5.13) Fortalecendo as tropas para a guerra 5.2-124) Convencendo um lder a servir 5.13-15

II. Possuindo a herana 6.1-12.24

O territrio central 6.1-8.35

1) A obedincia traz a conquista - Jeric 6.1-272) O pecado traz a derrota - Ac 7.1-263) O arrependimento traz a vitria - Ai 8.1-294) A lei traz a bno - Monte Ebal e monte Gerizim 8.30-35

O territrio do Sul 9.1-10.43

1) O engano traz o cativeiro - Gibeonitas 9.1-272) Os milagres trazem a liberao - Amorreus 10.1-43

O territrio do Norte 11.1-15Revisando os territrios conquistados 11.1612.24

1) Os territrios 11.16-232) Os reis 12.1-24

III. Compartilhando a herana 13.1-22.34

Distribuindo a herana 13.1-21.45

1) Partes ainda no conquistadas 13.1-72) Partes para Ruben, Gade e Manasses 13.8-333) Dividindo as partes a oeste da Jordnia 14.1-54) Uma parte para Calebe 14.6-155) Uma parte para Jud 15.1-636) Uma parte para Efraim e Manasses 16.1-17.187) Partes para as tribos restantes 18.1-19.488) Uma parte para Josu 19.49-519) Cidades de refgio e para os levitas 20.1-6.21.4210) Eplogo 22.1-34

Discutindo o futuro 22.1-34

1) Uma beno para as tribos do Leste 22.1-92) Uma explicao para o altar 22.10-34

IV. O discurso final de Josu e sua morte 23.124.33

Josu aconselha os lderes 23.1-16Josu desafia o povo 24.1-28Josu morre 24.29-33

JuzesAutor: DesconhecidoData: Entre 1050 e 1000 ACAutorO autor de Juzes desconhecido. O Talmude atribui o livro de Juzes a Samuel. Este bem pode ter escrito partes do Livro, j que se afirma que era um escritor (1Sm 10.25).

DataO Livro de Juzes cobre o perodo entre a morte de Josu e a instituio da monarquia. A data real da composio do livro desconhecida. No entanto, evidncias internas indicam que ele foi escrito durante o perodo inicial da monarquia que se seguiu coroao de Saul. Porm antes da conquista de Jerusalm por Davi, cerca de 1050 a 1000 aC. Esta data tem o apoio de dois fatos: 1) As palavras naqueles dias, no havia rei em Israel (17.6) foram escritas num perodo em que Israel tinha um rei. 2) A declarao de que os jubuseus habitaram com os filhos de Benjamim em Jerusalm at ao dia de hoje (1.21) aponta para um perodo anterior conquista da cidade por Davi (2Sm 5.6,7).

Contexto HistricoJuzes cobre um perodo catico na histria de Israel: cerca de 1380 a 1050 aC. Sob a liderana de Josu, Israel conquistou e ocupou de forma geral a terra de Cana, mas grandes reas ainda permaneceram por ser conquistadas pelas tribos individualmente. Israel praticava continuamente o que era mau aos olhos do Senhor e no havia rei em Israel, porm cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos (21.25). Ao servirem de forma deliberada a deuses estranhos, o povo de Israel quebrava a sua aliana com o Senhor. Em conseqncia, o Senhor os entregava nas mos dos opressores. Cada vez que o povo clamava ao Senhor, este, com fidelidade, levantavam um juiz a fim de prover libertao ao seu povo. Estes juzes, a quem o Senhor escolheu e ungiu com o seu Esprito, eram militares e civis. O Livro de Juzes no olha apenas retroativamente para a conquista de Cana, liderada por Josu, registrando as condies em Cana durante o perodo dos juzes, mas tambm antecipa o estabelecimento da monarquia em Israel.

ContedoO Livro de Juzes est dividido em trs sees principais: 1) Prlogo (1.1-3.6) 2) narrativas (3.7-16.31); e 3) eplogo (17.1-21.25). A primeira parte do prlogo (1.1-2.5) estabelece o cenrio histrico para as narrativas que seguem. Ali descrita a conquista incompleta da Terra Prometida (1.1-36) e a reprimenda do Senhor pela infidelidade do povo sua aliana (2.1-5). A segunda parte do prlogo (2.6-3.6) oferece uma viso geral do corpo principal do Livro, que so as narrativas. Estas descrevem os caminhos rebeldes de Israel durante os primeiros sculos na Terra Prometida e mostram como o Senhor se relacionou com a nao naquele perodo, um tempo caracterizado por um ciclo recorrente de apostasia, opresso, arrependimento e libertao.A parte principal do livro (3.7-16.31) ilustra esse padro que se repete na histria antiga de Israel. Os israelitas faziam o que era mau aos olhos do Senhor (apostasia); o Senhor os entregava nas mos de inimigos (opresso); o povo de Israel clamava ao Senhor (arrependimento); e, em resposta ao seu clamor, o Senhor levantava libertadores a que ele capacitava com o seu Esprito (libertao). Seis indivduos Otniel, Ede, Dbora, Gideo, Jeft e Sanso, cujo papel de libertadores narrado com mais detalhes, so classificados como juzes maiores. Seis outros, que so mencionados rapidamente Sangar, Tola, Jair, Ibs, Elom e Abdom, so conhecidos como juzes menores. Um dcimo terceiro personagem, Abimeleque, est vinculado histria de Gideo.Duas histrias so acrescentadas ao Livro de Juzes (17.121.15) na forma de um eplogo. O propsito desses apndices no s estabelecer um final ao perodo dos juzes, mas descrever a corrupo religiosa e moral existente nesse perodo. A primeira histria ilustra a corrupo na religio de Israel. Mica estabeleceu em Efraim uma forma pag de culto ao Senhor, a qual foi adotada pelos danitas quando estes abandonaram o territrio que lhes coube por herana e migraram para o norte de Israel. A segunda histria no eplogo ilustra a corrupo moral de Israel ao relatar a infeliz experincia de um levita em Gibe, no territrio de Benjamim, e a conseqente guerra benjamita. Aparentemente, o propsito desta seo final do livro ilustrar as conseqncias da apostasia e anarquia nos dias em que no havia rei em Israel.

O Esprito Santo em AoA atividade do Esprito Santo do Senhor no Livro de Juzes claramente retratada na liderana carismtica daquele perodo. Os seguintes atos hericos de Otniel, Gideo, Jeft e Sanso so atribudos ao Esprito do Senhor:

O Esprito do Senhor veio sobre Otniel (3.10) e o capacitou a libertar os israelitas das mos de Cus-Risataim, rei da Sria.Atravs da presena pessoal do Esprito do Senhor, Gideo (6.34) libertou o povo de Deus das mos dos midianitas. Literalmente, o Esprito do Senhor se revestiu de Gideo. O Esprito do Senhor capacitou este lder escolhido por Deus e agiu atravs dele para implementar o ato salvfico do Senhor em benefcio do seu povo.O Esprito do Senhor equipou Jeft (11.29) com habilidades de liderana no seu empreendimento militar contra os Amonitas. A vitria de Jeft sobre os Amonitas foi o ato de libertao do Senhor em benefcio de Israel.O Esprito do Senhor capacitou Sanso e executar atos extraordinrios. Ele comeou a impelir Sanso para sua carreira (13.25). O Esprito veio poderosamente sobre ele em vrias ocasies. Sanso despedaou um leo apenas com as mos (14.6). Certa vez matou trinta filisteus (14.19) e, em outra ocasio, livrou-se das cordas que amarravam as suas mos e matou mil filisteus com uma queixada de jumento (15.14,15).

O mesmo Esprito Santo que deu condies a esses libertadores para que fizesse faanhas e cumprissem os planos e propsitos do Senhor continuam operantes ainda hoje.

Esboo de Juzes

I. Prlogo: As condies em Cana aps a morte de Josu 1.1-3.6

Continuao das conquistas pelas tribos de Israel 1.1-26Conquista incompletas da terra 1.27-36A aliana do Senhor quebrada 2.1-5Introduo ao perodo dos juzes 2.6 3.6

II. Histria de opresses e libertaes durante o perodo dos juzes 3.7-16.31

Opresso mesopotmica por meio de Otniel 3.7-11

B) Opresso moabita por meio de Ede 3.12-30C) Opresso filistia e libertao por meio de Sangar 3.31

Opresso Canania e libertao por meio de Dbora e Baraque 4.1-5.31Opresso midianita e libertao por meio de Gideo 6.1 8.35Breve reinado de Abimeleque 9.1-57Carreira de Tola como Juiz 10.1,2Carreira de Jair como Juiz 10.3-5Opresso amonita e libertao por meio de Jeft 10.6 12.7Carreira de Ibs como juiz 12.8-10Carreira de Elom como juiz 12.11,12Carreira de Abdom como juiz 12.13-15Opresso filistia e libertao por meio de Sanso 13.1-16.31

III. Eplogo: Condies que ilustram o perodo dos juzes 17.1-21.25

Apostasia: A idolatria de Mica e a migrao dos danitas 17.1 18.31Imoralidade: Atrocidade em Gibe e a guerra benjamita 19.1-21.15

RuteAutor: Desconhecido (Samuel)Data: Entre 1050 e 500 AC

AutorOs estudiosos discordam quanto data do livro, porm o seu cenrio histrico evidente. Os episdios relatados nos livro de Rute se passam durante o perodo de Juzes, sendo parte daqueles eventos que ocorrem entre a morte de Josu e a ascenso da influncia de Samuel (provavelmente 1150 e 1100 AC).A tradio rabnica assegura que Samuel escreveu o livro na segunda metade do sc. XI aC. Apesar do pensamento crtico mais recente sugerir uma data ps-exlica bem mais tardia (cerca de 500 AC), h evidncias na linguagem da obra bem como referencias a costumes peculiares prprios do sc. XII AC que recomendam a aceitao da data mais antiga. razovel supor que Samuel, que testemunhou o declnio do reinado de Saul e foi divinamente instrudo para ungir Davi como escolhido de Deus para o trono, tivesse redigido o livro. Uma histria to comovente como essa certamente j teria sido passada adiante oralmente entre o povo de Israel, e a genealogia que a conclui indicaria uma conexo com os patriarcas, oferecendo assim uma resposta a todos aqueles que, em Israel, indagassem pelo passado familiar do seu rei.

Cristo ReveladoBoas representa uma das mais dramticas figuras do AT que antecipa a obra redentora de Jesus. A funo de parente remidor cumprida de forma to elegante nas aes que promoveram a restaurao pessoal de Rute, d testemunho eloqente a respeito disso. As aes de Boaz efetuam a participao de Rute nas bnos de Israel e a incluem na linhagem familiar do Messias (Ef 2.19). Eis aqui uma magnfica silhueta do Mestre, antecipando em muitos sculos a sua graa redentora. Como nosso parente chegado, ele se torna carnevindo como um ser humano (Jo 1.14; Fp 2.5-8)

Esboo de Rute

I. Ima famlia hebraica em Moabe 1.1-22

Sofrimento de Noemi 1.1-5Dedicao e promessa de Rute 1.6-18Retorno a Belm 1.19-22

II. Uma mulher humilde no campo da colheita 2.1-23

Rute no campo de Boaz 2.1-3Generosidade e proteo de Boaz 2.4-17Noemi reconhece a bondade de Deus 2.18-23

III. Um matrimnio planejado 3.1-18

Orientao de Noemi 3.1-5Obedincia de Rute 3.6-13Recompensa pela obedincia 3.14-18

IV. Parente e remidor 4.1-22

Boaz, o remidor escolhido por Deus 4.1-12Casamento de Boaz com Rute 4.13Beno de Deus sobre Noemi 4.14-17Genealogia de Davi 4.18-22

1 Samuel

Autor: Incerto (Samuel) Data: Entre 931 e 722 aC.AutorO autor de 1Sm no nomeado neste livro, mas provvel que Samuel ou tenha escrito ou fornecido a informao para. 1.1-25.1, o que engloba sua vida e ministrio at sua morte. A autoria do restante de 1Sm no pode ser determinada com certeza, mas alguns supem que seja do sacerdote Abiatar.

DataPor causa da referncia cidade de Ziclague, que pertence aos reis de Jud, at o dia de hoje (27.6), e por outras referencias a Jud e a Israel, sabemos que 1Sm foi escrito depois da diviso da nao em 931 aC. Alm disso, como no h meno queda de Samaria em 722 AC, deve ser datado antes deste evento. O livro de 1Sm cobre um perodo de cerca de 140 anos, comeando com o nascimento de Samuel em redor de 1150 AC e terminando com a morte de Saul em redor de 1010 aC.

ContedoIsrael havia sido governado por juzes que Deus levantou em momentos cruciais da histria da nao; no entanto, a nao havia se degenerado moralmente e politicamente. Havia estado sob a investida violentas e desalmadas dos filisteus. O templo de Sil fora profanado e o sacerdcio se mostra corrupto e imoral. Em meio a essa confuso poltica e religiosa surge Samuel, o milagroso filho de Ana. De uma forma notvel, a renovao e a alegria que esse nascimento trouxe sua me prefiguram o mesmo para a nao.Os prprios filhos de Samuel no eram reflexo do seu carter piedoso. O povo no tinha confiana nos seus filhos; mas medida que Samuel envelhecia, pressionavam-no para que lhes desse um rei. Com relutncia, ele acaba cedendo. Saul, homem vistoso e carismtico, escolhido para tornar-se o primeiro rei. O seu ego era to grande quanto a sua estatura. Pela sua impacincia, exerceu funes sacerdotais, em vez de esperar por Samuel. Depois de desprezar os mandamentos de Deus, foi rejeitado por ele. Depois dessa rejeio, Saul tornou-se uma figura trgica, consumida por cime e medo, perdendo gradualmente a sua sanidade. Gastou os seus ltimos anos numa incansvel perseguio a Davi atravs das regies montanhosas e desrticas do seu reino, num desesperado esforo para elimin-lo. Davi, no entanto, encontrou um aliado em Jnatas, filho de Saul. Ele advertiu Davi sobre os planos do seu pai para mat-lo. Finalmente, depois que Saul e Jnatas so mortos em batalha, o cenrio est pronto para que Davi se torne o segundo rei de Israel.

Cristo ReveladoAs semelhanas entre Jesus e o pequeno Samuel so surpreendentes. Ambos so filhos de promessa. Ambos foram dedicados a Deus antes do nascimento. Ambas as forma pontes de transio de um estgio da histria da nao para outro. Samuel acumulou os ofcios de profeta e sacerdote; Cristo profeta, sacerdote e rei.O fim trgico de Saul ilustra o destino final dos reinos terrenos. A nica esperana um Reino de Deus na terra, cujo soberano seja o prprio Deus. Em Davi comea a linhagem terrena do Rei de Deus. Em Cristo, Deus vem como Rei e vir novamente como Rei dos reis.Davi, o pequeno e humilde pastor, prefigura a Cristo, o bom pastor. Jesus torna-se o Rei-pastor definitivo.

O Esprito Santo em Ao1Sm contm notveis exemplos da vinda do Esprito Santo sobre os profetas, bem como sobre Saul e seus servos. Em 10.6, o Esprito Santo vem sobre Saul, que profetiza e se transforma em outro homem, isto , equipado pelo Esprito para cumprir o chamado de Deus.Depois de ser ungido por Samuel, desde aquele dia em diante, o Esprito do SENHOR se apoderou de Davi (16.13). O fenmeno do Esprito inspirando a adorao ocorre no cap. 10 e em 19.20. Esse fenmeno no como o frenesi impregnado de emotividade dos pagos, mas verdadeira adorao e louvor a Deus pela inspirao do Esprito, em semelhana ao ocorrido no dia de Pentecostes (At 2)Mesmo nos mltiplos usos do fode, Urim e Tumim, esperamos ansiosamente pelo momento em que o Esprito da Verdade nos ir guiar em toda a verdade, nos falar sobre o que h de vir e h de receber do que meu (de Jesus) e no-lo h de anunciar (Jo 16.13,14)

Esboo de 1 Samuel

I. Renovao sob Samuel 1.1-7.17

Nascimento e infncia de Samuel 1.1-2.36

1) Nascimento e dedicao de Samuel 1.1-2.112) Crescimento de Samuel e a corrupo dos filhos de Eli 2.12-36

Comeo do ministrio proftico de Samuel 3.1-4.1

1) Seu chamado por Deus 3.1-92) Sua palavra para Eli 3.10-183) Seu ministrio a todo Israel 3.19-4.1

O ministrio de Samuel como juiz 4.2-7.17

1) A captura da arca pelos filisteus 4.2-112) A morte de Eli 4.12-223) Recuperao da arca por Israel 5.1-7.14) Samuel exorta ao arrependimento 7.2-65) Derrota dos filisteus 8.1 15.35

II. O reinado de Saul 8.1 15.35

Estabelecimento de Israel por um rei 8.1-12.25

1) A Exigncia de Israel por um rei 8.1-222) Saul escolhido e ungido rei 9.1-12.25

As guerras de Saul 13.1-14.52Saul rejeitado por Deus 15.1-35

III. Declnio de Saul e ascenso de Davi 16.1-31.13

A crescente proeminncia de Davi 16.1-17.58

1) Sua uno por Samuel 16.1-132) Sua msica diante de Saul 16.14-233) O conflito de Davi com os filisteus e os amelequitas 29.1-30.314) A morte de Saul 31.1-13

2 Samuel

Autor: sacerdote Abiatar, Samuel e outros.Data: Entre 931 e 722 aC.

AutorOs dois livros hoje conhecidos como 1 e 2 Sm eram originalmente um s livro denominado O Livro de Samuel. No se sabe com exatido quem realmente escreveu o livro. Sem dvida, Samuel registrou boa parte da histria de Israel neste perodo. No entanto, outros materiais haviam sido colecionados e puderam ser usado como fontes pelo autor real. Trs dessas fontes so mencionadas em 1Cr 29.29, a saber: as crnicas de Samuel, o vidente, as crnicas do profeta Nat e as crnicas de Gade, o vidente. Tanto Gade como Abiatar tinham acesso aos eventos da corte do reino de Davi, de forma que ambos so candidatos autoria desses dois livros.

DataOs dois livros devem receber uma data posterior diviso do reino em duas partes, diviso que aconteceu logo depois do governo de Salomo, 931 AC, por causa do comentrio encontrado em 1Sm 27.6 pelo que Ziclague pertence aos reis de Jud, at ao dia de hoje. Embora, com freqncia, fosse traada uma diferenciao entre Israel e Jud, e embora Davi tenha reinado em Jud por sete anos e meio antes da unificao do reino, no havia reis em Jud antes desta data.

Contedo2 Sm trata da ascendncia de Davi ao trono e dos quarenta anos do seu reinado. O livro est enfocado na sua pessoa. E comea com a morte de Saul e Jnatas na batalha do monte Gilboa. Davi , ento, ungido rei sobre Jud, sua prpria tribo. H um jogo de pode pela casa de Saul entre Isbosete, filho de Saul e Abner comandante-chefe dos exrcitos de Saul. Embora a rebelio tenha sido sufocada, esse relato sumrio descreve os sete anos e meio anteriores unificao do reino por Davi. E houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; porm Davi se ia fortalecendo, mas os da casa de Saul se iam enfraquecendo (3.1) Davi unifica tanto a vida religiosa quanto poltica da nao ao trazer a arca do Testemunho da casa de Abinadabe, onde havia estado deste que fora recuperada dos filisteus (6.1-7.1).O tema do Rei vindouro, o Messias, introduzido quando Deus estabelece uma aliana perptua com Davi e seu reino. Teu trono ser firme para sempre (7.16) Davi derrota com sucesso os inimigos de Israel, e inicia-se um perodo de estabilidade e prosperidade. Tristemente, porm, a sua vulnerabilidade e fraqueza o leva ao pecado com Bate-Seba e ao assassinato de Urias, esposo dela.Apesar do arrependimento de Davi depois de confrontado com o profeta Nat, as conseqncias da sua ao so declaradas com todas as letras: Agora, pois, no se apartar a espada jamais de tua casa (12.10).Absalo, filho de Davi, depois de uma longa separao de seu pai, instiga uma rebelio contra o rei, e Davi foge de Jerusalm. A rebelio termina quando Absalo, pendurado numa rvore pelos cabelos, morto por Joabe.H uma desavena entre Israel e Jud a respeito da volta do rei a Jerusalm. Um rebelde chamado Seba instiga Israel a abandonar Davi e a voltar para casa. Embora Davi tome uma srie de decises desafortunadas e pouco sbias, a rebelio sufocada, e Davi mais uma vez estabelecido em Jerusalm.O livro termina com dois belos poemas, uma lista dos valentes de Davi e com o pecado de Davi em fazer o censo dos homens de guerra de Israel. Davi se arrepende, compra a eira de Arana e apresenta oferendas ao Senhor no altar que constri.

Cristo ReveladoDavi e seu reino esperavam a vinda do Messias. O cap. 7, em especial, antecipa o futuro Rei. Deus interrompe os planos de Davi de construir uma casa para a arca e explica que enquanto Davi no pode construir uma casa para Deus, Deus est construindo uma casa para Davi, ou seja, uma linhagem que dure para sempre.Pela sua vitria sobre todos os inimigos de Israel, pela sua humildade e compromisso com o Senhor, pelo seu zelo a favor da casa de Deus e pela associao dos ofcios de profeta, sacerdote e rei na sua pessoa, Davi um precursor da Raiz de Jess, Jesus Cristo.

O Esprito Santo em AoJesus explicou a obra do Esprito em Jo 16.8: E, quando ele vier convencer o mundo do pecado, e da justia, e do juzo. Ns vemos claramente a ao do Esprito Santo atravs desses dois modos em 2 Sm. Ele atuava com mais freqncia atravs do sacerdcio. Sua atuao como conselheiro pode ser apreciada nas muitas ocasies em que Davi consultou o Senhor atravs do sacerdote e do fode.A obra de convencer e de condenar do Esprito claramente percebida quando o profeta Nat enfrenta Davi por causa do seu pecado com Bate-Seba e Urias. O pecado de Davi desnudado, a justia feita, e o julgamento anunciado. Isso, no quadro micro csmico de 2 Sm, ilustra o amplo ministrio do Esprito Santo no mundo atravs da igreja investida do poder do Esprito.

Esboo de 2 Samuel

I. Os triunfos de Davi 1.1-10.19

os triunfos polticos de Davi 1.1-5.25

1) O reino de Davi em Hebrom 1.1-4.122) O reino de Davi em Jerusalm 5.1-25

Os triunfos espirituais de Davi 6.1-7.29

1) Mudando a arca 6.1-232) Aliana de Deus com Davi 7.1-29

Os triunfos militares de Davi 8.1-10.19

1) Triunfos sobre os seus inimigos 8.1-122) O governo Justo de Davi 8.13 9.133) Triunfos sobre mom Sria 10.1-19

II. As transgresses de Davi 11.1-27

O pecado do adultrio 11.1-5O pecado do Assassinato 11.6-27

1) Lealdade de Urias a Davi 11.6-132) Ordem de Davi para assassinar Urias 11.14-253) Casamento de Davi com Bate-Seba 11.26,27

III. Os problemas de Davi 12.1-13.36

Problemas na casa de Davi 12.1-13.36

1) Profecia de Nat 12.1-142) Morte do filho de Davi 12.15-253) Lealdade de Joabe a Davi 12.26-314) Incesto na casa de Davi 13.1-205) Absalo mata Amom 13.21-36

Problemas no reino de Davi 13.3724.25

1) Rebelio de Absalo 13.3717.292) Joabe mata Absalo 18.1-333) Restaurao de Davi como rei 19.1 20.264) Comentrios sobre o reino de Davi 21.124.25

1 Reis

Autor: Desconhecido, ( Jeremias}Data: Entre 560 e 538 aC.AutorComo 1 e 2 Rs eram, originalmente, um livro, esta obra deve ter sido compilada algum tempo depois da tomada de Jud pelos babilnios em 586 aC. O livro d a impresso de ser obra de um s autor e de que este autor tenha testemunhado a queda de Jerusalm. Embora a autoria no possa ser determinada com segurana, muitas sugestes foram feitas. Alguns tem indicado Esdras como compilador, enquanto outros apontam para Isaas como editor. Muitos eruditos dizem que o autor de 1 e 2 Rs era um profeta desconhecido ou um judeu cativo da Babilnia ao redor de 550 aC. Pelo fato de Josefo atribuir Reis aos profetas, muitos abandonaram a pesquisa por um autor especifico. No entanto, a tese mais provvel a de que o profeta Jeremias seja o autor. A antiga tradio judaica do Talmude declara que Jeremias tenha escrito Rs. Esse famoso profeta pregou em Jerusalm antes e depois da sua queda, e 2Rs 24-25 aparece em Jr 39-42; 52. Jeremias talvez tenha escrito todo o texto, menos o contedo do ltimo apndice (2Rs 25.27-30), que foi provavelmente, acrescentado por um dos seus discpulos.

DataApesar de que a data exata para a composio de 1 e 2 Rs seja incerta, acredita-se que a sua forma final estava pronta em algum momento da ltima parte do sc. VI aC.O ltimo acontecimento mencionado em 2 Rs a libertao do Rei Joaquim, de Jud, que estava preso na Babilnia. Considerando que Joaquim foi feito prisioneiro em 597 AC, os livros de Reis devem ter sido escritos depois de 560 AC para que esta informao pudesse ser includa. O autor de RS teria mencionado, provavelmente, um acontecimento to importante como a queda da Babilnia para a Prsia em 538 AC, caso houvesse tido conhecimento desse evento. Como no h meno dessa importante notcia em Rs, conclui-se, ento, que Rs tenha sido escrito, provavelmente antes de 538 AC, embora os eventos registrados em 1 Rs tenha ocorrido uns trezentos anos mais cedo,

Contexto HistricoOs acontecimentos descritos em 1 Rs abrangem um perodo de cerca de 120 anos. Recorda as turbulentas experincias do povo de Deus desde a morte de Davi, em cerca de 971 AC, at ao reinado de Josaf (o quarto rei do Reino de Jud) e o reinado de Acazias (o nono rei do Reino de Israel), em cerca de 853 aC. Esse foi um perodo difcil da histria do povo de Deus, foram grandes mudanas e sublevaes. Havia luta interna e presso externa. O resultado foi um momento tenebroso, em que um reino estvel, dirigido por um lder forte, dividiu-se em dois.

Contedo1 e 2 Rs eram, originalmente, um s livro, que continuava a narrativa de 1 e 2 Sm. Os compositores do AT grego (Septuaginta ou LXX) dividiram a obra em 3 e 4 Reinos (1 e 2 Sm eram 1 e 2 Reinos). O Ttulo Reis se deriva da traduo latina de Jernimo (Vulgata) e apropriado por causa da nfase desses livros nos reis que governaram durante este perodo.Os livros de 1 e 2 Rs comeam a registrar os eventos histricos do povo de Deus no lugar em que 1 e 2 Sm interrompem. No entanto, Reis mais do que uma simples compilao de acontecimentos polticos importantes ou socialmente significativos em Israel e Jud. Na realidade, no contm uma narrativa histrica to detalhada como se poderia esperar (400 anos em 47 captulos). Ao contrrio, 1 e 2 Rs so uma narrativa histrica seletiva, com um propsito teolgico. O autor, portanto, seleciona e enfatiza o povo e os eventos que so significativos no plano moral e religioso. Em 1 e 2 Rs, Deus apresentado como Senhor da histria.

O Esprito Santo em Ao1 Rs 18.12 contm a nica referncia direta ao Esprito Santo, onde chamado de Esprito do Senhor. As palavras de Obadias l indicam que o ES algumas vezes transportou Elias de um lugar para outro (ver tambm 2Rs 2.16) Percebe-se uma relao com At 8.39-40, em que se descreve Felipe como tendo uma experincia similar.H uma aluso, em 18.48 (a mo do SENHOR), ao do ES em capacitar Elias para operar milagres, A frmula mo do SENHOR uma referncia inspirao dos profetas pelo Esprito de Deus (ver 2Rs 3.15 e Ez 1.3; comparar com 1Sm 10.6,10 e 19.20,23). Aqui a mo do SENHOR se refere ao ES que dotou Elias com poderes sobrenaturais para realizar uma faanha surpreendente.Alm dessas passagens, 1Rs 22.24 pode ser outra referncia ao ES. Esse versculo se refere a um esprito do SENHOR e pode indicar que os profetas compreendiam que o seu dom de profecia vinha do Esprito de Deus (ver 1Sm 10.6,10; 19.20,23). Se esta interpretao aceita, ento estaria em paralelo com 1Co 12.7-11, que confirma que a habilidade pra profetizar realmente uma manifestao do ES.

Esboo de 1 Reis

I. O reino unido 1.1-11.43

O estabelecimento de Salomo como rei 1.1.-2.46A consagrao de Salomo como rei 3.1-8.66O erro de Salomo como rei 9.1-11.43

II. O reino dividido 12.1-22.53A) A revolta e o reinado de Jeroboo em Israel 12.1-14.20

O reinado de Roboo em Jud 14.21-31O reinado de Abdias em Jud 15.1-8O reinado de Asa em Jud 15.9-24O reinado de Nadabe em Israel 15.25-32O reinado de Baasa em Israel 15.33-16.7O reinado de El em Israel 16.8-14O reinado de Zinri em Israel 16.15-20O reinado de Onri em Israel 16.21-28O reinado de Acabe em Israel 16.29-22.40O reinado de Josaf em Jud 22.41-50O reinado de Acazias em Israel 22.51-53

2 Reis

Autor: Desconhecido, ({Jeremias} Data: Entre 560 e 538 aC.

Autor2 Rs era originalmente a segunda metade de um livro que inclua 1 e 2Rs. Esta obra deve ter sido compilada algum tempo depois da tomada de Jud pelos babilnios em 586 aC. O livro d a impresso de ser obra de um s autor e de que este autor tenha testemunhado a queda de Jerusalm. Embora a autoria no possa ser determinada com segurana, muitas sugestes foram feitas. Alguns tem indicado Esdras como compilador, enquanto outros apontam para Isaas como editor. Muitos eruditos dizem que o autor de 1 e 2 Rs era um profeta desconhecido ou um judeu cativo da Babilnia ao redor de 550 aC. Pelo fato de Josefo atribuir Reis aos profetas, muitos abandonaram a pesquisa por um autor especifico. No entanto, a tese mais provvel a de que o profeta Jeremias seja o autor. A antiga tradio judaica do Talmude declara que Jeremias tenha escrito Rs. Esse famoso profeta pregou em Jerusalm antes e depois da sua queda, e 2 Rs 24-25 aparece em Jr 39-42; 52. Jeremias talvez tenha escrito todo o texto, menos o contedo do ltimo apndice (2Rs 25.27-30), que foi provavelmente, acrescentado por um dos seus discpulos.

DataApesar de que a data exata para a composio de 1 e 2 Rs seja incerta, acredita-se que a sua forma final estava pronta em algum momento da ltima parte do sc. VI aC.O ltimo acontecimento mencionado em 2 Rs a libertao do Rei Joaquim, de Jud, que estava preso na Babilnia. Considerando que Joaquim foi feito prisioneiro em 597 AC, os livros de Reis devem ter sido escritos depois de 560 AC para que esta informao pudesse ser includa. O autor de Rs teria mencionado, provavelmente, um acontecimento to importante como a queda da Babilnia para a Prsia em 538 AC, caso houvesse tido conhecimento desse evento. Como no h meno dessa importante notcia em Rs, conclui-se, ento, que Rs tenha sido escrito, provavelmente antes de 538 AC, embora os eventos registrados em 1 Rs tenha ocorrido uns trezentos anos mais cedo,

Contexto HistricoOs acontecimentos descritos em 2Rs abrangem um perodo de cerca de 300 anos. Recorda as turbulentas experincias do povo de Deus desde o reinado de Acazias (o nono rei Israel) ao redor de 853 aC., incluindo a queda de Israel para a Assria em 722 AC, passando pela deportao de Jud para a Babilnia em 586 AC e terminando com a libertao do rei Joaquim em 560 aC. Esse foi um perodo difcil da histria do povo de Deus, foram grandes mudanas e sublevaes. Havia luta interna e presso externa. O resultado foi um momento tenebroso na histria do povo de Deus: colapso e conseqente cativeiro de ambas as naes.

Contedo1 e 2 Rs eram, originalmente, um s livro, que continuava a narrativa de 1 e 2 Sm. Os compositores do AT grego (Septuaginta ou LXX) dividiram a obra em 3 e 4 Reinos (1 e 2 Sm eram 1 e 2 Reinos). O Ttulo Reis se deriva da traduo latina de Jernimo (Vulgata) e apropriado por causa da nfase desses livros nos reis que governaram durante este perodo.Os livros de 1 e 2 Rs comeam a registrar os eventos histricos do povo de Deus no lugar em que 1 e 2 Sm interrompem. No entanto, 2Rs mais do que uma simples compilao de acontecimentos polticos importantes ou socialmente significativos em Israel e Jud. Na realidade, no contm uma narrativa histrica to detalhada como se poderia esperar (300 anos em 25 captulos). Ao contrrio, 2Rs so uma narrativa histrica seletiva, com um propsito teolgico. O autor, portanto, seleciona e enfatiza o povo e os eventos que so significativos no plano moral e religioso. Em 2Rs, Deus apresentado como Senhor da histria.2Rs retoma a histria trgica do reino divido quando Acazias est no trono de Israel e Josaf governando sobre Jud. Assim como 1Rs, dificil seguir o fluxo da narrativa. O Autor ora est falando do Reino do Norte, Israel, ora do Reino do Sul, Jud, traando simultaneamente suas histrias. Israel teve 19 governantes, todos ruins. Jud foi governada por 20 regentes, dos quais apenas oito foram bons. 2Rs recorda a histria dos ltimos 10 reis e dos ltimos 16 governantes de Jud. Alguns desses 26 governantes so mencionados em apenas poucos versculos, enquanto que captulos inteiros so dedicados a outros. A ateno maior dirigida queles que ou serviram de modelo de integridade ou que ilustram por que essas naes finalmente entraram em colapso.

Cristo ReveladoO fracasso dos profetas, sacerdotes, e reis do povo de Deus aponta para a necessidade do advento de Cristo. Cristo a combinao ideal desses trs ofcios. Como profeta, a palavra de Cristo ultrapassa largamente dos ofcios. Como profeta, a palavra de Cristo ultrapassa largamente do grande profeta Elias (Mt 17.1-5), Muitos dos milagres de Jesus so reminiscncias das maravilhas que Deus fez atravs de Elias e Eliseu em Reis. Alm disso, Cristo um sacerdote superior a qualquer daqueles registrados em Reis (Hb 7.22-27). 1Rs ilustra vivamente a necessidade de Cristo como o nosso Rei em exerccio de suas funes. Quando perguntado se era rei dos judeus, Jesus afirmou que era (Mt 27.11). No entanto, Jesus um Rei maior do que o maior dos seus reis (Mt 12.42). O reinado de cada um desses 26 governantes j terminou, mas Cristo reinar sobre o trono de Davi pra sempre (1Cr 17.14; Is 9.6), pois ele REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES (Ap 19.16).

O Esprito Santo em Ao1 Rs 18.12 contm a nica referncia direta ao Esprito Santo, onde chamado de Esprito do Senhor. s vezes transportava Elias de um lugar para outro (ver tambm 2Rs 18.12) Percebe-se uma relao com At 8.39-40, em que se descreve Felipe como tendo uma experincia similar.H uma referncia indireta ao ES na frase Esprito de Elias em 1.9,15. Aqui Eliseu tenta receber o mesmo poder de Elias para levar adiante o ministrio proftico do seu antecessor. O esprito enrgico ou o poder que capacitava Elias a profetizar era o Esprito de Deus. 2Rs 2.9,16 fornece um paralelo interessante entre o AT e At 1.4-9 e 2.1-4. Elias foi elevado ao cu, Eliseu procurou a promessa de que receberia poder para levar adiante o ministrio do seu mestre, e a promessa foi cumprida. Da mesma maneira, Jesus ascendeu, os discpulos aguardaram o cumprimento da promessa, e o ES desceu para capacit-los a levar adiante a obra que seu mestre comeou.Uma aluso final ao ES aparece em 2Rs 3.15. Aqui a mo do Senhor veio sobre Eliseu, capacitando-o a profetizar ao rei Josaf. A formula a mo do SENHOR se refere inspirao divina dos profetas.

Esboo de 2 Reis

I. I reino dividido 1.1-17.41

O reinado de Acazias em Israel 1.1-18O reinado de Joro em Israel 2.1-8.15O reinado de Jeoro em Jud 8.16-24O reinado de Acazias em Jud 8.25-9.29O reinado de Je em Israel 9.30-10.36O reinado da rainha Atalia em Jud 11.1-16O reinado de Jos em Jud 11.17-12.21O reinado de Jeocaz em Israel 13.1-9O reinado de Jeos em Israel 13.10-25O reinado de Amazias em Jud 14.1-22O reinado de Jeroboo II em Israel 14.23-29O reinado de Azarias em Jud 15.1-7O reinado de Zacarias, Salum, Menam, Pecaas e Peca em Israel 15.8-31O reinado de Joto em Jud 15.32-38O reinado de Acaz em Jud 16.1-20O reinado de Osias em Israel 17.1-5O cativeiro de Israel para a Assria 17.6-41

II. Somente o reino de Jud 18.1-25.30

O reinado de Ezequias 18.1-20.21O reinado de Manasss 21.1-18O reinado de Amon 21.19-26O reinado de Josias 22.1-23.30O reinado de Joacaz 23.31-34O reinado de Jeoaquim 23.35-24.7O reinado de Joaquim 24.8-16O reinado de Zedequias 24.17-20A queda de Jerusalm 25.1-7O cativeiro de Jud pra a Babilnia 25.8-26A libertao de Joaquim 25.27-30

1 Crnicas

Autor: Atribudo a EsdrasData: Entre 425 e 400 ACAutor1 e 2 Cr eram originalmente um s livro. Como a identidade do autor dessa obra no explicitada em 1 nem em 2 Cr, muitos optaram por se referir a esse autor desconhecido simplesmente como o cronista. No entanto, Esdras o candidato mais provvel para a autoria de Crnicas. A antiga tradio judaica do Talmude afirma que Esdras escreveu o livro. Alm disso, os versculos finais de 2 Cr (2Cr 36.22,23) repetem-se como os versculos iniciais de Esdras (ver Ed 1.1-3). Isso no apenas refora o argumento que aponta Esdras como autor de 1Cr, mas pode ser tambm uma indicao de que Crnicas e Esdras tenham sido em algum momento uma nica obra. Soma-se a isso o fato de que 1 e 2Cr tenham estado, vocabulrio e contedo similares. Esdras era tanto escriba como profeta e desempenhou um papel significativo na comunidade de exilados que retornou cidade de Jerusalm. Apesar de no podermos afirmar com certeza absoluta, razovel assumir que o cronista tenha sido Esdras.

DataEmbora seja difcil estabelecer a data exata para 1 e 2 Cr, provvel que a sua forma final tenha surgido l pelo final do sc. V aC. O ltimo evento registrado nos versculos finais de 2 Cr o decreto de Ciro, rei da Prsia, que d licena volta dos judeus para Jud. datado como 538 AC e d a impresso de que Crnicas tenha sido composto pouco tempo depois. No entanto, a ltima pessoa mencionada em 1 e 2 Cr realmente Anani, da oitava gerao do rei Jeoaquim (ver 1Cr 3.24). Jeoaquim foi deportado pra a Babilnia em 597 aC. Dependendo de como essas geraes so medidas (cerca de 25 anos), o nascimento de Anani pode ter acontecido entre 425 e 400 aC. Portanto, a data para 1 e 2Cr pode ser situada entre 425 e 400 aC.

Contexto HistricoO livro de 1Cr cobre o perodo que vai de Ado at a morte de Davi, ao redor de 971 aC. um perodo de tempo extraordinrio, pois abrange o mesmo perodo coberto pelos primeiros 10 livros do AT, de Gn at 2Sm. Se as genealogias de 1 Cr 1-9 fosse ignoradas, 1 e 2Cr cobririam aproximadamente o mesmo perodo de tempo de 1 e 2Rs. No entanto, o cenrio especfico de 1 e 2Cr o perodo de tempo que vem depois do exlio. Durante essa poca, o mundo antigo estava sob o controle do poderoso Imprio Perda. Tudo o que restou dos gloriosos reinados de Davi e Salomo foi pequena provncia de Jud. Os persas substituram o rei por um governador provincial. Apesar de que o povo de Deus tenha recebido licena pra voltar para Jerusalm e reconstruir o templo, a sua situao era muito diferente da dos anos dourados de Davi e Salomo.

ContedoNo texto original hebraico, 1 e 2Cr formavam um s livro chamado de Acontecimentos dos Dias. Foi dividido e recebeu um novo nome pelos tradutores do AT em grego (septuaginta ou LXX): Coisas que Acontecem. O nome atual, Crnicas, foi dado por Jernimo. No uma continuao da histria do povo de Deus, mas uma duplicao e um suplemento de 1 e 2Sm e 1 e 2Rs.Se 1 e 2Cr so considerados uma nica obra, podem ser divididos em quatro sees principais: 1Cr composto por genealogias (caps. 1-9) e descreve em linhas gerais o reinado de Davi (caps. 10-29). 2Cr relata o reinado de Salomo (caps. 1-9) e descreve os reinados dos vinte governantes de Jud (caps.10-36).O livro de 1Cr tem duas divises principais. A primeira seo constituda por nove captulos de genealogias. A genealogia comea com Ado e continuam, atravessando todo o perodo do exlio, at queles que retornaram para Jerusalm. Com freqncia no se d muita importncia a esta seo. Contudo, assim como nos Evangelhos de Mt e Lc, as genealogias forma a base das narrativas que se seguem. 1Cr est carregado de genealogias para sublinhar a necessidade de pureza racial e religiosa. As genealogias so compiladas seletivamente para realar a linhagem de Davi e da tribo de Levi.A segunda parte de 1Cr (caps. 10-29) registra os eventos e realizaes do rei Davi. O cap. 10 serve como prlogo para resumir o reinado e a morte do rei Saul. Nos caps. 11 e 12, Davi se torna rei e conquista Jerusalm. O restante das narrativas sobre Davi est enfocado sobre trs aspectos significativos do seu reinado, ou seja, o transporte da arca do Testemunho pra Jerusalm (caps. 13-17), suas proezas militares (caps. 18-20) e os preparativos para a construo do tempo (caps. 21-27). Os dois ltimos captulos de 1Cr recordam os ltimos dias de Davi.

O Esprito Santo em AoH duas referncias claras ao ES em 1Cr. A primeira est em 12.18, em que o Esprito entrou em Amasai e o capacitou a fazer uma declarao inspirada. E a segunda em 28.12, a qual explica que por meio do ministrio do Esprito (nimo) os planos do templo foram revelados a Davi.

Esboo de 1 Crnicas

I. As razes do povo de Deus 1.1 9.44

A herana dos filhos de Jac 1.1-2.2A herana da linhagem de Davi em Jud 2.3-3.24A herana das doze tribos 4.1-8.40A herana do remanescente 9.1-34A herana do rei Saul em Benjamim 9.35-44

II. O reinado do rei Davi 10.1-29.30

A confirmao de Davi como rei 10.1-12.40A aquisio da arca por Davi 13.1-17.27Progressos militares de Davi 18.1-20.8Preparativos de Davi para a construo do templo 21.1-27.34ltimas declaraes de Davi 28.1 29.30

2 Crnicas

Autor: Atribudo a EsdrasData: Entre 425 e 400 AC

Autor1 e 2 Cr eram originalmente um s livro. Como a identidade do autor dessa obra no explicitada em 1 nem em 2 Cr, muitos optaram por se referir a esse autor desconhecido simplesmente como o cronista. No entanto, Esdras o candidato mais provvel para a autoria de Crnicas. A antiga tradio judaica do Talmude afirma que Esdras escreveu o livro. Alm disso, os versculos finais de 2Cr (2Cr 36.22,23) repetem-se como os versculos iniciais de Esdras (ver Ed 1.1-3). Isso no apenas refora o argumento que aponta Esdras como autor de 1Cr, mas pode ser tambm uma indicao de que Crnicas e Esdras tenham sido em algum momento uma nica obra. Soma-se a isso o fato de que 1 e 2Cr tenham estado, vocabulrio e contedo similares. Esdras era tanto escriba como profeta e desempenhou um papel significativo na comunidade de exilados que retornou cidade de Jerusalm. Apesar de no podermos afirmar com certeza absoluta, razovel assumir que o cronista tenha sido Esdras.

DataEmbora seja difcil estabelecer a data exata para 1 e 2 Cr, provvel que a sua forma final tenha surgido l pelo final do sc. V aC. O ltimo evento registrado nos versculos finais de 2 Cr o decreto de Ciro, rei da Prsia, que d licena volta dos judeus para Jud. datado como 538 AC e d a impresso de que Crnicas tenha sido composto pouco tempo depois. No entanto, a ltima pessoa mencionada em 1 e 2 Cr realmente Anani, da oitava gerao do rei Jeoaquim (ver 1Cr 3.24). Jeoaquim foi deportado pra a Babilnia em 597 aC. Dependendo de como essas geraes so medidas (cerca de 25 anos), o nascimento de Anani pode ter acontecido entre 425 e 400 aC. Portanto, a data para 1 e 2Cr pode ser situada entre 425 e 400 aC.

Contexto HistricoO livro de 2Cr cobre o perodo que vai do comeo do reinado de Salomo, em 971 AC, at ao final do exlio ao redor de 538 aC. No entanto, o cenrio especfico de 1 e 2Cr o perodo de tempo que vem depois do exlio. Durante essa poca, o mundo antigo estava sob o controle do poderoso Imprio Perda. Tudo o que restou dos gloriosos reinados de Davi e Salomo foi pequena provncia de Jud. Os persas substituram o rei por um governador provincial. Apesar de que o povo de Deus tenha recebido licena pra voltar para Jerusalm e reconstruir o templo, a sua situao era muito diferente da dos anos dourados de Davi e Salomo.

ContedoNo texto original hebraico, 1 e 2Cr formavam um s livro chamado de Acontecimentos dos Dias. Foi dividido e recebeu um novo nome pelos tradutores do AT em grego (septuaginta ou LXX): Coisas que Acontecem. O nome atual, Crnicas, foi dado por Jernimo. No uma continuao da histria do povo de Deus, mas uma duplicao e um suplemento de 1 e 2Sm e 1 e 2Rs.O livro de 2Cr tem duas divises principais. A primeira seo constituda pelos primeiros 9 captulos (caps. 1-9) descreve em linhas gerais o governo do rei Salomo. A narrativa d bastante importncia construo do templo (caps. 2-7) bem como riqueza e sabedoria desse extraordinrio rei (caps. 8-9). A narrativa, no entanto, termina abruptamente e no faz meno das fraquezas de Salomo, conforme registradas em 1Rs 11.A segunda seo do Livro formada pelos caps. 10 a 36. Depois da diviso do reino, se concentram quase que exclusivamente no Reino do Sul, Jud, e discorre sobre a histria do Reino do Norte, Israel, s ocasionalmente. 2Cr traa a histria dos reinados dos 20 governantes de Jud at ao cativeiro babilnico do Reino do Sul em 586 aC. O livro conclui com o decreto de Ciro libertando e permitindo a volta do povo p ara Jud (36.22,23).

O Esprito Santo em AoH trs referncias claras ao ES em 2Cr. identificado como o Esprito de Deus (15.1; 24.20) e como o Esprito do SENHOR (20.14). Nessas referncias, o ES inspirou ativamente Azarias (15.1), Jaaziel (20.14) e Zacarias (24.20) para que falassem da parte de Deus.Alm dessas referncias, muitos vem a presena do ES na dedicao do templo (5.13,14).

Esboo de 2 Crnicas

I. O perodo de governo do rei Salomo 1.1-9.31

A ascenso de Salomo como rei 1.1-17A realizao da construo do tempo 2.1-7.22A riqueza de Salomo 8.1-9.31

II. Os governos dos reis de Jud 10.1-36.16

O reinado de Roboo 10.1-12.16Abias 13.1-22Asa 14.1-16.14Josaf 17.1-20.37Jeoro 21.1-20Acazias 22.1-9Atalia 22.10-23.15Jos 23.16-24.27Amazias 25.1-28Uzias 26.1-23Joto 27.1-9Acaz 28.1-27Ezequias 29.1-32.33Manasss 33.1-20Amon 33.21-25Josias 34.1-35.27Joacaz 36.1-3Jeoaquim 36.4-8Joaquim 36.9-10Zedequias 36.11-16

III. Cativeiro e retorno de Jud 36.17-23

O cativeiro de Jud por Babilnia 36.17-21O decreto de Ciro para o retorno de Jud 36.22,23

Esdras

Autor: Atribudo a EsdrasData: Entre 538 e 457 ACAutorO livro de Esdras, cujo nome provavelmente signifique O Senhor tem ajudado, deriva o seu ttulo do personagem principal dos caps. 7-10. No possvel saber com absoluta certeza se foi o prprio Esdras quem compilou o livro ou se foi um editor desconhecido. A opinio conservadora e geralmente aceita de que Esdras tenha compilado ou escrito este livro juntamente com 1 e 2 Crnicas e Neemias. A Bblia hebraica reconhecia Esdras e Neemias como um s livro.O prprio Esdras era um sacerdote, um escriba das palavras, dos mandamentos do SENHOR (7.11). Liderou o segundo dos trs grupos que retornaram da Babilnia pra Jerusalm. Como homem devoto, estabeleceu firmemente a Lei (o Pentateuco) como a base da f (7.10).

DataOs eventos de Esdras cobrem um perodo um pouco maior do que 80 anos e caem em dois segmentos distintos. O primeiro (caps.1-6) cobre um perodo de cerca de 23 anos e tem como tema o primeiro grupo que retorna do exlio sob Zorobabel e a reconstruo do templo.Depois de mais de 60 anos de cativeiro babilnico, Deus desperta o corao do regente da Babilnia, o rei Ciro da Prsia, para publicar um dito que dizia que todo judeu que assim desejasse poderia retornar pra Jerusalm a fim de reconstruir o templo e a cidade. Um grupo de fiis responde e partiu em 538 AC sob a liderana de Zorobabel. A construo do templo iniciada, mas a oposio dos habitantes no judeus desencoraja o povo, e a obra interrompida. Deus, ento, levanta o ministrio profticos de Ageu e Zacarias, que chamam o povo para completar a obra. Embora bem menos esplndido que o templo anterior, o de Salomo, o novo templo completado e dedicado em 515 aC.Aproximadamente 60 anos depois (458aC), outro grupo de exilados volta para Jerusalm liderado por Esdras (caps. 7-10). So enviados pelo rei persa Ataxerxes, com somas adicionais de dinheiro e valores para intensificar o culto no templo. Esdras tambm comissionado para apontar lderes em Jerusalm para supervisionar o povo.J em Jerusalm, Esdras assumiu o ministrio de reformador espiritual, o que deve ter durado cerca de um ano. Depois disso, viveu, provavelmente, com um influente cidado at a poca de Neemias. Sacerdote dedicado, Esdras encontra um Israel que tinha adotado muitas das prticas dos habitantes pagos; ele chama Israel ao arrependimento e a uma renovada submisso Lei, ao ponto do divrcio de suas esposas pags.

ContedoDuas grandes mensagens emergem de Esdras: a fidelidade de Deus e a infidelidade do homem.Deus havia prometido atravs de Jeremias (25.12) que o cativeiro babilnico teria durao limitada. No momento apropriado, cumpriu fielmente a sua promessa e induziu o esprito do rei Ciro da Prsia a publicar um dito para o retorno dos exilados (1.1-4). Fielmente, concedeu liderana (Zorobabel e Esdras), e os exilados so enviados com despojos, incluindo itens que haviam sido saqueados do templo de Salomo (1.5-10) Quando o povo desanimou por causa da zombaria dos inimigos, Deus fielmente levantou Ageu e Zacarias para encorajar o povo a completar a obra. O estmulo dos profetas trouxe resultados (5.1,2).Finalmente, quando o povo se desviou das verdades da sua apalavra, Deus fielmente enviou um sacerdote dedicado que habilidosamente instruiu o povo na verdade, chamando-o confisso de pecado e ao arrependimento dos seus caminhos perversos (caps. 9-10).A fidelidade de Deus contrastada com a infidelidade do povo. Apesar do seu retorno e das promessas divinas, o povo se deixou influenciar pelos seus inimigos e desistiu temporariamente (4.24). Posteriormente, depois de completada a obra, de forma que pudesse adora a Deus em seu prprio templo (6.16.18), o povo se tornou desobediente aos mandamentos de Deus; desenvolve-se uma gerao inteira cujas iniqidades se multiplicaram sobre as vossas cabeas (9.6). Contudo, como foi dito acima, a fidelidade de Deus triunfa em cada situao.

O Esprito Santo em AoA obra do ES em Esdras pode ser vista claramente na ao providencial de Deus em cumprir as suas promessas. Isto indicada pela frase a mo do Senhor, que aparece seis vezes.Foi pelo Esprito que despertou o Senhor o esprito de Ciro (1.1) e tinha mudado o corao do rei da Assria (6.22). Teria sido tambm pelo ES que Ageu, profeta e Zacarias... Profetizaram aos Judeus (5.1).A obra do ES vista na vida pessoal de Esdras, tanto no sentido de obrar nele (Esdras tinha preparado o seu corao para buscar a Lei do Senhor, 7.10), como no sentido de atuar em seu favor (o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira. 7.6)

Esboo de Esdras

I. O retorno sob a liderana de Zorobabel 1.1-2.70

Ciro proclama o retorno de Israel 1.1-4O povo se prepara para o retorno 1.5-11Os nomes e a numerao dos primeiros que voltaram 2.1-67Ofertas voluntrias dos que retornaram 2.68-70

II. O processo de reconstruo do templo 3.1 6.22

A reconstruo do altar e o comeo dos sacrifcios 3.1-7Os alicerces so colocados em meio a choro e louvor 3.8-13Os inimigos desencorajam o projeto do templo 4.1-5Bislo e seus companheiros se queixam a rei Artaxerxes 4.6-16.Artaxerxes ordena a interrupo da obra 4.17-24Tetenai tenta para a construo do templo 5.1-17Dario assegura a Tatenai que o projeto legal 6.1-12Concluso e dedicao do templo 6.13-18Celebrao da Pscoa 6.19-22

III. O retorno sob a liderana de Esdras 7.1-8.36

Esdras parte da Babilnia com outro grupo de exilados 7.1-10Artaxerxes escreve uma carta de apoio a Esdras 7.11-28Os nomes e a numerao do segundo grupo que retornou 8.1-20Retorno dos exilados para Jerusalm 8.21-36

IV. A reforma de Esdras 9.1-10.44

Esdras confessa as transgresses de Israel 9.1-15Os lderes de Israel concordam com a reforma 10.1-44

Neemias

Autor: NeemiasData: Cerca de 423 AC

AutorO ttulo atual do livro derivado do seu personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A nossa primeira imagem de Neemias quando ele aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes. Um copeiro tinha uma posio de grande confiana como conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o rei de envenenamento. Enquanto Neemias, sem dvida, desfrutava o luxo do palcio, o seu corao estava em Jerusalm, uma pequena cidade nas longnquas fronteiras do imprio.A orao, o jejum, as qualidade de liderana, a poderosa eloqncia, as habilidades organizacionais criativas, a confiana nos planos de Deus e a rpida e decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias como um grande lder e como um grande homem de Deus. Mais importante ainda: ele deixa transparecer um esprito de sacrifcio, cujo nico interesse resumido na sua repetida orao: Lembra-te de mim pra bem, meu Deus!

DataNas escrituras, o livro de Neemias formava uma unidade com Esdras. Muitos estudiosos consideram Esdras como o autor/compilador de Esdras-Neemias bem como de 1 e 2 Crnicas. Ainda que no tenhamos muita certeza, parece que Neemias contribuiu com parte do material contido no livro que leva o seu nome (caps.1-7; 11-13).Jernimo, que traduziu a Bblia ao latim, honrou Neemias ao dar o seu nome ao livro em que aparece como personagem principal. Neemias significa Jeov consola. A histria comea no livro de Esdras e se completa em Neemias. Neemias, que serviu duas vezes como governador da Judia, deixa a Prsia para realizar a sua primeira misso no vigsimo ano de Artaxerxes I da Prsia, que reinou de 465 at 424 AC (2.1). Retorna Prsia no trigsimo segundo ano de reinado de Artaxerxes (13.6) e volta novamente para Jerusalm ao cabo de alguns dias.Pelo contedo do livro, sabe-se que a obra somente pode ter sido escrita algum tempo depois da volta de Neemias da Prsia para Jerusalm. Talvez a sua redao final tenha sido completada antes da morte de Artaxerxes I em 424 AC; ao contrrio, a morte de um monarca to benigno provavelmente teria sido mencionada em Ne.O perodo histrico coberto pelos livros de Esdras e Neemias de cerca de 110 anos. O perodo de reconstruo do templo sob Zorobabel, inspirado pela pregao de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais tarde, Esdras causou um despertar do fervor religioso e promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo. 13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros. Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela poca. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam juntos para erradicar o mal que significava o culto a muitos deuses e atacaram o pecado da associao com o povo que havia sido forada a recolonizar aquelas regies pelos assrios cerca de 200 anos antes. Tiveram tanto sucesso, que durante o perodo intertestamental o povo de Deus no voltou idolatria. Dessa maneira, quando veio o Messias, pessoas como Isabel e Zacarias, Maria e Jos, Simeo, Ana, os pastores e outros eram pessoas piedosas com que Deus iria se comunicar.

ContedoNeemias expressa o lado prtico, a vivncia diria da nossa f em Deus. Esdras havia conduzido o povo a uma renovao espiritual, enquanto Neemias era o Tiago do AT, desafiando o povo a mostrar a sua f por meio das obras.A primeira seo do livro (caps. 1-7) fala sobre a construo do muro. Era necessrio para que Jud e Benjamim continuassem a existir como nao. Durante o perodo da construo dos muros, os crentes comprometidos, guiados por esse lder dinmico, venceram a preguia (4.6), zombaria (2.20), conspirao (3.9) e ameaas de agresso fsica (4.17).A segunda seo do Livro (caps. 8-10) dirigida ao povo que vivia dentro dos muros. A aliana foi renovada. Os inimigos que moravam na cidade foram exposto e tratados com muita dureza. Para guiar esse povo, Deus escolheu um home de corao reto e com uma viso clara dos temas em questo, colocou-o no lugar certo no momento certo, equipou-o com o seu Esprito e o enviou pra fazer proezas.Na ltima seo (caps.11-13), o povo restaurado obedincia da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo, trabalha junto com Esdras, o profeta. Como governador durante esse perodo, Neemias usou a influncia do seu cargo para apoiar a Esdras e exercer uma liderana espiritual. Aqui se revela um homem que planeja sabiamente suas aes (considerei comigo mesmo no meu corao) e um homem cheio de ousadia (contendi com os nobres)

O Esprito Santo em AoDesde a criao, o ES tem sido o brao executivo de Deus na terra. Eli falou a verdade quando disse a J: O Esprito de Deus na terra me fez (J 33.4). Aqui aparece um padro constante: o Esprito de Deus que age para fazer de nos o que Deus quer que sejamos. Ne 2.18 diz: Ento, lhes declarei como a mo do meu Deus me fora favorvel. A mo de Deus, seu modo de agir sobre a terra, o Esprito Santo.Neemias, cujo nome significa Jeov conforta, foi claramente um instrumento do ES. Sob o poder do ES, certamente se tornou modelo da forma de atuar do ES e foi uma dos primeiros cumprimentos dessa memorvel profecia.

Esboo de Neemias

I. Neemias: do exlio reconstruo das muralhas de Jerusalm 1.1-7.73

Autorizao de Artaxerxes para reconstruir as muralhas 1.1-2.8Planejando o trabalho, motivando e organizando os trabalhos 2.9-3.32Oposio e defesa 4.1-23Rechao contra a extorso e usura pelo exemplo piedoso de Neemias 5.1-9As muralhas so completadas apesar das intrigas maldosas 6.1-7.3Restabelecimento dos cidados de Jerusalm 7.3-73

II. Esdras e Neemias trabalham juntos para estabelecer o povo 8.1-10.39

Lendo a Bblia 8.1-12Celebrao da Festa dos Tabernculos 8.13-18Confisso de pecado pessoal e coletivo 9.1-37Compromisso de guardar a lei e manter o templo 9.38 10.39

III. Verdadeiro arrependimento produz justificao 11.1 12.26

Censo de Jerusalm e vilas vizinhas 11.1 12.26Dedicao das muralhas e proviso para as finanas do templo 12.27-13.3Segundo perodo de governo de Neemias, incluindo reformas posteriores e uma orao final 13.4-31

Ester

Autor: DesconhecidoData: Cerca de 465 ACAutorO nome do autor desconhecido,. Mas o livro foi escrito por um judeu que conhecia os costumes e a linguagem dos persas. Talvez Mardoqueu ou Esdras tenha sido o autor.

DataO livro de Ester uma narrao bem elaborada, que relata como o povo de Deus foi preservado da runa durante o sc. V aC.O livro toma seu nome de uma mulher judia, bela e rf, que se tornou rainha do rei persa Assuero. Acredita-se que este rei tenha sido Xerxes I, que sucedeu Dario I, em 485 AC, e governou 127 provncias, desde a ndia at a Etipia, durante vinte anos. Viveu em Sus, a capital persa. Naquela poca, certo nmero de judeus ainda se encontrava na Babilnia sob o governo persa, embora tivesse liberdade para retornar a Jerusalm (Et 1-2) h mia de cinqenta anos. A histria se desenrola num perodo de quatro anos, iniciando no terceiro ano do reinado de Xerxes.

ContedoEster um estudo da sobrevivncia do povo de Deus em meio hostilidade. Ham, o homem mais importante depois do rei, deseja a aniquilao dos judeus. Ele manipula o rei para que execute os judeus. Ester introduzida em cena e Deus faz uso dela para salvar seu povo. Ham enforcado; e Mardoqueu, lder dos judeus no Imprio Persa, se torna primeiro ministro. A festa de Purim instituda para marca a libertao dos judeus.Um aspecto peculiar no Livro de Ester que o nome de Deus no mencionado. No entanto, vestgios de Deus e seus caminhos transparecem em todo o livro, especialmente na vida de Ester e Mardoqueu. Da perspectiva humana, Ester e Mardoqueu foram as duas pessoas do povo menos indicadas pras desempenhar funes importantes na formao da nao. Ele era um judeu benjamita exilado; ela era prima rf de Mardoqueu, adotada por este (2.7). A maturidade espiritual de Ester se percebe na virtude dela saber esperar pelo momento que Deus julgou adequado, para, ento, pedir ao rei a salvao do povo e denunciar Ham (5.6-8; 7.3-6). Mardoqueu tambm revela maturidade para aguardar que Deus lhe indicasse a ocasio correta e lhe orientasse. Em conseqncia, ele soube o tempo certo de Ester desvendar sua identidade judaica (2.10). Esta espera divinamente orientada provou se crucial (6.1-14; 7.9,10) e comprova a base espiritual do livro.Finalmente, tanto Ester quanto Mardoqueu temiam a Deus, no a homens. Independentemente das conseqncias, Mardoqueu recusou-se a prestar honras a Ham. Ester arriscou sua vida por amor do seu povo quando foi ao rei sem ter sido convidada. A misso de Ester e Mardoqueu sempre foi salvar a vida que o inimigo planejava destruir (2.21-23; 4.1-17; 7.1-6; 8.3-6) Como resultado, conduziram a nao liberdade, foram honrados pelo rei e receberam autoridade, privilgios e responsabilidades.

O Esprito Santo em AoEmbora no se mencione diretamente o ES, sua ao produziu em Ester e Mardoqueu profunda humildade, conduzindo-os ao amor mtuo e lealdade (Rm 5.5)O ES tambm dirigiu e fortaleceu Ester para jejuar pelo seu povo e pedir que este fizesse o mesmo. (Rm 8.26,27).

Esboo de Neemias

I. Uma nova rainha escolhida 1.1-2.17

O rei Assuero mostra seu poder e celebra uma festa 1.1-8A rainha Vast e deposta 1.9-22Ester escolhida para ser rainha 2.1-18

II. A vida do rei salva 2.19-23

Mardoqueu descobre uma conspirao 2.19-21Ester informa o rei 2.22-23

III. feito um plano contra os judeus 3.1-4.17

Ham planeja destruir os judeus 3.1-15Mardoqueu persuade Ester a intervir 4.1-14Ester solicita a ajuda de Mardoqueu 4.15-17

IV. Mardoqueu exaltado 5.1-6.14

Ester prepara um banquete 5.1-8Ham planeja destruir Mardoqueu 5.9-14Ham forado a honrar Mardoqueu 6.1-14

V. Ham enforcado 7.1-10

Ester revela sua identidade e expe Ham 7.1-6Ham e enforcado na forca preparada para Mardoqueu 7.7-10

VI. Os judeus so salvos 8.1 9.17

Ester leva seu pedido ao rei 8.1-6O rei emite um decreto a favor dos judeus 8.7-17Os judeus derrotam seus inimigos 9.1-17

VII. A Festa de Purim estabelecida 9.18-10.3

Os judeus celebram o primeiro Purim 9.18-32O rei eleva Mardoqueu 10.1-3Wilian [email protected]