Apostila de Moldes
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Moldes de
Injeo
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Moldes de Injeo
ndice
Captulo 1 - Processos de fabricao e transformao de plsticos...................... 4
Termoformagem ............................................................................................... 6
Extruso ............................................................................................................ 9
Sopro............................................................................................................... 14
Injeo............................................................................................................. 18
Seleo de mquinas injetoras ........................................................................ 26
Exerccios ....................................................................................................... 27
Bibliografia ..................................................................................................... 29
Captulo 2 - Generalidades dos moldes de injeo............................................. 30
Cavidades........................................................................................................ 30
Linhas de Fechamento .................................................................................... 35
Contrao........................................................................................................ 43
Exerccios ....................................................................................................... 47
Captulo 3 Projeto de peas plsticas............................................................... 52
Exerccios ....................................................................................................... 66
Captulo 4 - Componentes bsicos de um molde de injeo .............................. 67
Captulo 5 Tipos de moldes ............................................................................. 71
Critrios para classificao dos moldes.......................................................... 73
Duas placas (Standard Mold): ........................................................................ 75
Moldes de trs placas (Three-plate Mold): ..................................................... 77
Moldes com mandbulas ou partes mveis (Split-Cavity Mold): ................... 80
Moldes com desenroscador ou ncleo rotativo (Unscrewing Mold):............. 81
Moldes com placa flutuante (Stripper Mold): ................................................ 83
Exerccios: ...................................................................................................... 84
Captulo 6 - Porta-moldes................................................................................... 86
Captulo 7 Sistemas de injeo ........................................................................ 91
Fluxo de injeo.............................................................................................. 91
Buchas de Injeo ........................................................................................... 92
Canais de distribuio..................................................................................... 93
Tipos de canais ............................................................................................... 94
Pontos de Entrada de Injeo.......................................................................... 95
Bico-quente:.................................................................................................. 101
Sistema de cmara-quente ............................................................................ 103
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Moldes de Injeo
Sada de Gases .............................................................................................. 106
Exerccios: .................................................................................................... 107
Captulo 8 Sistemas de extrao .................................................................... 108
Extrao por pino.......................................................................................... 109
Extrao por lmina...................................................................................... 109
Extrao por bucha ....................................................................................... 110
Extrao por desenroscador.......................................................................... 111
Extrao por placa ........................................................................................ 112
Extrao por anel .......................................................................................... 113
Extrao por vlvula de ar ............................................................................ 113
Extrao por gaveta ...................................................................................... 114
Captulo 9 Sistemas de refrigerao .............................................................. 116
Projeto de refrigerao.................................................................................. 117
Canais de refrigerao .................................................................................. 118
Mtodos de refrigerao ............................................................................... 120
Resfriamento com gua ................................................................................ 122
Conexes....................................................................................................... 123
Direcionadores.............................................................................................. 124
Tampes........................................................................................................ 124
Anis de vedao (Oring)............................................................................ 125
Captulo 10 - Consideraes iniciais no projeto de moldes de injeo ............ 126
Peso da moldagem ........................................................................................ 126
Capacidade de injeo .................................................................................. 128
Capacidade de plastificao.......................................................................... 129
Fora de fechamento..................................................................................... 130
Exerccio ....................................................................................................... 132
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Moldes de Injeo
Captulo 1 - Processos de fabricao e transformao de
plsticos
Da produo da matria-prima por processos qumicos at o produto plstico que
ser utilizado pelo consumidor so necessrias algumas etapas intermedirias. A
matria-prima produzida em gros (chamado de granulado), de p, pasta ou liquido e
ento transformada em semi-manufaturado ou pea pronta.
Semi-manufaturados so produtos intermedirios que sero ainda processados
em produto final por meio de diferentes tcnicas de fabricao, como por exemplo
atravs de termoformagem. Exemplos de semi-manufaturados so placas, filmes, tubos
e perfis de plstico. Peas prontas so produtos finais fabricados por exemplo atravs do
processo de injeo. Exemplos de produtos acabados so baldes, engrenagens e carcaas
de plstico conforme mostrado no diagrama da figura 1.1.
MATRIA-PRIMAPROCESSOS DE
TRANSFORMAOE FABRICAO
SEMI-MANUFATURADOS
PEA PRONTA
- PLACAS
- FILMES
- TUBOS
- PERFIS
- FARIS
- ENGRENAGENS
- CARCAAS DE FAROL
- BALDES
Fig. 1.1 Diagrama da matria-prima at o produto final
Na tabela 1.1 mostrada uma panormica sobre processos de fabricao e
transformao para o grupo dos termoplsticos e durmeros.
Tabela 1.1 Fabricao e transformao de termoplstico e durmeros
PROCESSOS Durmeros Termoplsticos
Moldagem
Massa fundida ser transformada ao mesmo tempo que ocorre uma reao qumica: - Massa rgida - Resina reativa fluida
Massa fundida ser moldada em estado termoplstico.
Extruso Massa fundida ser extrudada em estado termoplstico. F
abri
ca
o
Sopro Pea ser moldada por sopro no estado termoplstico
Termoformagem Semi-manufaturados sero moldados em estado termoplstico.
Separao Moldagem sob tenso Moldagem sob tenso
Tra
nsfo
rma
o
Unio Processos de unio mecnica: colagem.
Processos de unio mecnica Colagem Soldagem (ultrassom, termofuso, etc...)
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Moldes de Injeo
Na tabela 1.1 possvel verificar que no foi citado nenhum processo de
transformao para os elastmeros, pois funciona de forma semelhante aos durmeros ,
com exceo da extruso. Plsticos encadeados no possuem uma faixa de estado
termoplstico e, devido a este fato, no podem mais ser transformados aps o processo
de endurecimento.
A moldagem de plsticos sob tenso, da qual fazem parte os processos de
torneamento, fresagem, serra, entre outros, caracterizada pela designao genrica de
separao.
Os processos de unio dos plsticos, dos quais fazem parte da colagem e a
soldagem, bem como os processos mecnicos de parafusar, rebitar e assim por diante,
so caracterizados pela designao genrica de unio.
A termoformagem, separao e unio so agrupadas sob a designao de
processos de transformao, pois operam com produtos semi-manufaturados, enquanto
que os processos de moldagem, como a extruso, o sopro e a injeo, compem a
fabricao, pois j convertem a matria-prima em pea pronta.
Processos de moldagem dos termoplsticos
A tabela 1.2 mostra uma coletnea dos processos em relao ao estado fsico de
termoplsticos.
Tabela 1.2- Execuo de processos em relao ao estado fsico do material
ESTADO PROCESSOS
Rgido Termoelstico Termoplstico
Moldagem
Extruso Fundio Calandragem Injeo Prensagem Sinterizao
Termoformagem
Chanfro/dobra Estampo Repuxo Repuxo profundo Processos combinados
Separao
Furao Torneamento Fresagem Aplainamento Serra Corte Retificao
Unio Parafusagem Rebitagem Colagem
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Moldes de Injeo
Termoformagem
Entende-se por termoformagem a transformao do plstico sob ao de calor e
fora. Para este fim existe um grande nmero de tcnicas de processamento. Para a
termoformagem de termoplsticos tem sido disseminado o uso de ar e/ou vcuo para a
produo da fora necessria formao.
A seqncia normal do processo : o plstico aquecido a uma temperatura na
qual ele atinge a elasticidade (zona termoelstica, como pode ser observado na figura
1.2), moldado atravs da fora do ar e novamente resfriado.
Re
sist
n
cia
t
ra
o
B
Alo
ng
am
en
to
B
Faixa de transformao
Rgido
Temperatura
Termoelstico Termoplstico
Tg Tf Tz
VH
Fig. 1.2 Grfico Temperatura x Resistncia trao
Como os termoplsticos podem ser levados, por aquecimento, do estado fixo at
o elstico, somente eles podem ser termoformados, enquanto que, por exemplo, os
durmeros, que no se tornam elsticos com o aquecimento, no podem ser moldados
por este processo.
O processamento feito principalmente com filmes e placas, com espessura
entre 0,1 e 12 mm. O material, tambm chamado de semi-manufaturado, pode ser
encontrado em placas individuais ou em rolos.
Etapas do processo
O processo ocorre em trs passos: o aquecimento, a moldagem e o resfriamento.
Na primeira etapa o semi-manufaturado aquecido. Para isto existem trs
possibilidades de processos: o aquecimento por conveco, por contato ou por radiao
infra-vermelha.
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Moldes de Injeo
O mtodo mais empregado o por radiao infra-vermelha, j que sua energia
avana diretamente ao interior do plstico. Assim ele aquecido muito rapidamente e de
forma homognea, sem que a superfcie fique danificada por sobre-aquecimento.
A segunda etapa a moldagem da pea, onde o plstico estirado. O semi-
manufaturado aquecido preso em um suporte e pressionado, por ar ou vcuo, para o
interior do molde ou puxado sobre o mesmo. Uma desvantagem do processo que
somente o lado da pea que entra em contato com o molde formado perfeitamente.
Dependendo se o lado interno ou externo da pea que ser moldado, distingue-
se entre processo positivo e negativo. O processo negativo apresentado na figura 1.3.
Fig. 1.3 Termoformagem negativa
No processo negativo o semi-manufaturado puxado para o interior da
ferramenta, enquanto que no processo positivo ele aspirado sobre a ferramenta. Neste
processo o semi-manufaturado preso e esticado. Desta forma ocorrem variaes nas
espessuras de parede das peas, principalmente os cantos tornam-se finos.
Para reduzir este efeito, muitas vezes o semi-manufaturado pr-estirado antes
da moldagem propriamente dita. No processo negativo isto executado por um estampo
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Moldes de Injeo
e no processo positivo por sopro. Como exemplo apresentado na figura 1.4 o processo
positivo com estiramento prvio.
Fig. 1.4 Termoformagem Positiva
A terceira etapa, o resfriamento, inicia assim que o semi-manufaturado encosta
na ferramenta fria. Para reduzir o tempo de resfriamento, por exemplo na produo em
srie, a ferramenta pode ser refrigerada. Pode-se elevar ainda mais a velocidade atravs
do resfriamento do lado da pea que no est em contato com a ferramenta. Para isto
utilizado o resfriamento por jato de ar.
Instalaes para termoformagem
A realizao prtica das etapas de processamento ocorre em mquinas de uma
ou mltiplas estaes. Na mquina de uma estao os equipamentos se deslocam
enquanto o semi-manufaturado mantm sua posio desde o aquecimento at a extrao.
Na mquina de mltiplas estaes o semi-manufaturado movimenta-se de uma
estao para outra como pode-se ver na figura 1.5.
Fig. 1.5 Instalao de uma estao de termoformagem
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Moldes de Injeo
A desvantagem da mquina de uma estao o seu longo ciclo, que a soma
dos tempos individuais de cada etapa, enquanto que nas mquinas de mltiplas estaes
o ciclo igual ao tempo para a etapa mais longa.
O processo de termoformagem aplicado para a produo em larga escala de
embalagens, como por exemplo, copos de iogurte, mas tambm para grandes peas
como piscinas ou peas de automveis.
Extruso
A extruso a fabricao de um semi-manufaturado contnuo de plstico. O
espectro de produtos estende-se de simples semi-manufaturados como tubos, placas e
filmes at perfis completamente complicados. Tambm possvel um processamento
adicional direto do semi-manufaturado ainda quente, por exemplo, por sopro. Como o
plstico completamente fundido durante a extruso e adquire uma forma
completamente nova classifica-se a extruso como processo de moldagem.
A extrusora o componente padro em todas as instalaes e processos
baseados em extruso. Ela tem como funo produzir um fundido homogneo do
plstico alimentado (normalmente em p ou granulado) e conduzi-lo com a presso
necessria atravs da ferramenta. Uma extrusora composta pelas partes mostradas na
figura 1.6:
Fig. 1.6 Elementos do canho de uma extrusora
O parafuso exerce vrias funes como, por exemplo puxar, transportar, fundir e
homogeneizar o plstico que a matria-prima da extrusora. O mais difundido o
parafuso de trs zonas (figura 1.7), pois com ele pode ser processada trmica e
economicamente a maioria dos termoplsticos.
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Moldes de Injeo
Zona de calibragemZona de compressoZona de entrada
Fig. 1.7 Parafuso de trs zonas de uma extrusora
Na zona de entrada (alimentao) o material em sua forma rgida introduzido e
transportado para frente.
Na zona de compresso o material compactado e fundido pela variao do
dimetro do parafuso.
Na zona de sada (calibragem) o material fundido homogeneizado e elevado a
temperatura de processamento desejada.
Independente da sua forma construtiva so colocadas as seguintes exigncias
para as extrusoras:
x Avano constante, sem pulsao; x Produo de um fundido homogeneizado trmica e mecanicamente; x Processamento do material abaixo de seus limites de degradao trmica,
qumica e mecnica.
Do ponto de vista econmico exigida uma produo em grande escala e com
baixo custo. No entanto, estas exigncias sero preenchidas apenas se houver uma boa
combinao entre o cilindro e parafuso.
A diferena entre cada extrusora reside no tipo de construo de cada cilindro,
como mostrado na tabela 1.3.
Tabela 1.3 Tipos de parafuso de uma extrusora
Extrusora Tipo de cilindro
Parafuso nico x Convencional ou Extrao
rgida;
Duplo parafuso x Mesmo sentido de giro ou
Sentido de giro inverso;
A extrusora de parafuso nico central possui um cilindro interno liso.
Caracterstico para ela que a presso necessria para vencer a resistncia da
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Moldes de Injeo
ferramenta formada na zona de sada. O material transportado pelo atrito entre os
prprios pedaos de material bem como entre os pedaos e a parede do cilindro.
Na extrusora de parafuso nico com extrao rgida a parede do cilindro
guarnecida ao longo da zona de entrada com ranhuras longitudinais. Estas ranhuras
proporcionam um melhor transporte e com isso melhor compactao do material. A
formao de presso acontece j na zona de entrada. Todavia, necessria a utilizao
de peas especiais para a obteno da mistura na zona de sada, j que a
homogeneizao do material neste tipo de extrusora pior que na convencional.
A extrusora de duplo parafuso com sentido inverso de giro utilizada para
materiais em p e especialmente para o PVC. A vantagem deste tipo de extrusora que
os aditivos so facilmente misturados no plstico sem exigir em demasia o material
mecnica ou termicamente.
No cilindro em forma de 8 (figura 1.8) os parafusos so construdos de maneira
que so formados por cmaras fechadas entre os eixos, obrigando o material a avanar.
Somente no final do parafuso onde a presso gerada aparece um fluxo escorrido e o
material funde graas ao atrito.
Fig. 1.8 Parafuso de extruso duplo
Sistema de aquecimento
A fuso do material na extrusora no ocorre somente devido ao atrito, mas
tambm por introduo externa de calor. Para isto existe o sistema de aquecimento. O
sistema dividido em vrias zonas, que podem ser aquecidas ou resfriadas
isoladamente. So utilizadas resistncias em tiras, no entanto outros sistemas tambm
so empregados, como por exemplo, serpentinas de lquidos.
Desta forma pode-se obter uma determinada distribuio de temperatura ao
longo do cilindro. Para o processamento de materiais termicamente sensveis, so
utilizados parafusos aquecidos.
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Moldes de Injeo
Materiais utilizados
Na extruso so processados materiais que tambm so utilizados na injeo.
Todavia, existe uma grande diferena entre os dois processos e a partir disso resultam
variadas exigncias ao material. Enquanto que na injeo e outros processos desejvel
baixa viscosidade e alta fluidez, na extruso exigida alta viscosidade. Esta alta
viscosidade garante que o material no escoe entre a sada do bico e a entrada do
calibrador. Na tabela 1.4 esto listados alguns exemplos de aplicao (extrudados),
obtidos atravs do processo de extruso.
Tabela 1.4 Tabela de materiais plsticos, temperatura e aplicao
Plstico Faixa de Temperatura de
Processamento Exemplo de Aplicao
PE 130-200 C Tubos, tablet, filmes e revestimentos.
PP 180-260 C Tubos, tablet, filmes planos e fitas.
PVC 180-210 C Tubos, tablet e perfis
PMMA 160-190 C Tubos, tablet e perfis
PC 300-340 C Tablet, perfis e copos ocos
Principio de funcionamento da extrusora
O principio de funcionamento da extrusora se assemelha com o moedor de
carne. O material puxado na zona de entrada e empurrado para a zona de compresso.
Ento compactado pela diminuio gradativa da altura de passagem, eventualmente
aerado e levado ao estado de fundido. Na zona de sada o material ainda mais
homogeneizado e igualmente aquecido.
Dependendo de cada tipo de extrusora, a presso obtida na zona de entrada ou
na zona de sada. Como o processo de fuso no fornece sempre uma massa fundida
completamente homognea as extrusoras para estes casos so construdas com um
parafuso que possui uma zona de mistura diferentes como pode ser visto na figura 1.9.
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Moldes de Injeo
Fig. 1.9 Parafusos com zonas de misturas diferentes
Ferramentas
Enquanto a extrusora se encarrega de preparar o material para obter um fundido
homogeneizado, a ferramenta nela flangeada determina a forma do semi-manufaturado,
tambm denominado de extrudado. Os extrudados diferenciam-se entre si pela sua
forma, conforme mostrado na figura 1.10.
Fig. 1.10 Exemplos de extrudados
Todas as ferramentas contm um canal de escoamento, denominado de
distribuidor, que atravessado pelo fluxo de massa e d a forma desejada. Via de regra,
todas as ferramentas so aquecidas eletricamente.
Ferramenta de deslocamento ou de torpedo
Para a produo de tubos, mangueiras e filmes tubulares so utilizadas
preponderantemente as ferramentas de torpedo.
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Moldes de Injeo
Fig. 1.11 Torpedo de uma extrusora
Estas ferramentas possuem um deslocador, colocado de maneira a permitir o
fluxo mais favorvel possvel, que unido parede externa do canal de escoamento por
meio de pinos. No lado da extrusora ele de forma cnica e vai at a sada da
ferramenta adquirindo o formato interno do extrudado. A vantagem est na posio
central do torpedo, que resulta em boa distribuio do fundido. Efeito desvantajoso
causam os suportes do torpedo, uma vez que o fluxo ao seu redor gera marcas de
escoamento, que so visveis no semi-manufaturado em forma de pontos finos
localizados e riscos.
Sopro
Com o processo de sopro podem ser
fabricados nos dias de hoje produtos de
termoplstico vazado, como por exemplo, tanque de
veculos, latas, pranchas de surf, tanques para leos
de aquecimento e garrafas.
A fabricao de garrafas, vasilhames e
recipientes para lquidos de plstico atravs de
moldes de injeo seria extremamente anti-
econmica. Seria muito difcil remover a parte do
molde de injeo responsvel por moldar parte
interna da garrafa. Conseqentemente o tempo de ciclo seria extremamente longo. Alm
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Moldes de Injeo
disso a moldagem por injeo necessita de produtos com paredes de um milmetro ou
mais, o que aumentaria o custo da produo de garrafas.
Tais peas podem ser fabricadas a partir de um modelo (produto base ou pr-
forma) obtido por moldagem por injeo ou por extruso.
Para o processo de sopro por extruso so necessrias duas partes principais do
equipamento:
x Uma extrusora (normalmente extrusoras de parafuso nico) com cabeote mvel;
x A ferramenta de sopro e a estao de sopro. Seqncia do processo
A seqncia do processo de sopro apresentada abaixo:
x Extruso da pr-forma ou tambm chamado de parison. x Posicionamento da ferramenta de sopro. x Agarramento e separao da pr-forma. x Moldagem atravs da presso do ar nas paredes internas e resfriamento. x Desmoldagem e extrao.
Fig. 1.12 Seqncia do processo de sopro
De uma forma mais detalhada se pode dizer que a extrusora processa o plstico
at um fundido homogneo. O cabeote mvel direciona o fundido, que vem da
extrusora em posio horizontal, para a posio vertical, onde uma ferramenta conforma
uma pr-forma similar a uma mangueira (parison). Esta pr-forma est pendurada
verticalmente para baixo. No caso de garrafas ou vasilhames retangulares est pr-forma
poder ser elptica para melhor acomodar-se no molde de sopro.
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Moldes de Injeo
A ferramenta de sopro composta de duas metades mveis, que contm um
negativo do produto a ser soprado. Aps a pr-forma ter sado do cabeote mvel, a
ferramenta fecha-se sobre esta e solda o fundo por esmagamento. A seguir a mquina
movimenta a ferramenta para a estao de sopro.
Na estao de sopro o mandril de sopro penetra na ferramenta e, com isso, na
pr-forma. Desta forma, o mandril forma e calibra o pescoo do corpo vazado, ao
mesmo tempo em que introduz ar na pr-forma, como se pode observar na figura 1.13.
Com o ar surge uma presso na pr-forma, pela qual ela soprada e acomoda-se
nas paredes da ferramenta. Assim ela obtm a forma desejada. Neste instante inicia
tambm o resfriamento da ferramenta.
Para reduzir o tempo de resfriamento cria-se na pea uma circulao de ar, por
meio de um furo no mandril de sopro. O ar pode ento sair por um estrangulamento, que
serve para manter a presso de sopro. Como fluido de sopro pode ser usado tanto ar
comprimido como CO2, bem como nitrognio resfriado.
Aps a pea ser suficientemente resfriada e obter, com isto, uma resistncia
mnima, o cabeote de sopro retorna, a ferramenta abre e a pea pode ser retirada.
Entrada de ar
Mandril de sopro
Ncleo
Cavidade
Solda inferior Canais de refrigerao
Fig. 1.13 Molde de sopro e mandril de sopro
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Moldes de Injeo
Molde de sopro
Se a garrafa for um corpo de seo redonda o produto-base poder ser um cano
de seo circular. Se for ou angular como alguns frascos de amaciante, ento dever ser
utilizado um produto-base injetado ou um tubo extrudado angular.
A figura 1.14 mostra uma simulao do processo de sopro. Percebe-se que o
processo mesmo descrito anteriormente, porm neste exemplo o extrudado vem de
cima e o ar de baixo, enquanto no exemplo anterior, tanto o ar quanto o extrudado
estavam localizados acima do molde.
Fig. 1.14 Processo de sopro com mandril na parte inferior
No molde de sopro deve-se observar os seguintes critrios:
- Quanto mais eficiente o circuito de refrigerao, menor o ciclo do
processo e conseqentemente mais rentvel torna-se o produto.
- O molde de sopro construdo em liga de alumnio com postios de
ao especial nas reas de corte e esmagamento. Como exemplo poderia
ser utilizado Duralumnio para o corpo do molde e ao P-20 para os
postios nas reas de esmagamento.
- O molde de sopro dever conter escapes de gs distribudos nas
cavidades e com nfase nos cantos vivos do produto.
A figura 1.15 mostra exemplos de moldes de sopro. Na parte de cima est
demonstrado exemplos de moldes para soprar garrafas e as fotos da parte de
baixo mostram um molde para soprar um reservatrio de gua para caminho.
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Moldes de Injeo
Fig. 1.15 Exemplos de moldes de sopro
Injeo
A injeo o principal processo de fabricao de peas plsticas. Grande parte
das mquinas de processamento de plsticos so injetoras. Com elas podem ser
fabricadas peas de miligramas at 90kg. A injeo classifica-se como um processo da
moldagem. Na figura 1.16 apresentado a seqncia do processo de moldagem por
injeo.
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Moldes de Injeo
O processo por injeo adequado para produo em massa, uma vez que a
matria-prima pode geralmente ser transformada em pea pronta em uma nica etapa.
Ao contrrio da fundio de metais e da prensagem de durmeros e elastmeros, na
injeo de termoplsticos com moldes de boa qualidade no surgem rebarbas. Desta
forma o retrabalho de peas injetadas pouco ou nenhum. Assim podem ser produzidas
peas de geometria complexa em uma nica etapa.
Fig. 1.16 Processo de moldagem por injeo
Em geral, apenas os materiais termoplsticos so moldados por injeo, mas os
durmeros e elastmeros tambm podem ser moldados. A tabela 1.5 apresenta os tipos
de resinas mais utilizados de cada classe.
Tabela 1.5 Alguns materiais plsticos para injeo
Termoplsticos Durmeros Elastmeros x Poliestireno (PS) x Acrilonitrilabutadieno estirol (ABS) x Polietileno (PE) x Polipropileno (PP) x Policarbonato (PC) x Polimetilmetacrilato (PMMA) x Poliamida (PA)
x Resina polister insaturada (UP) x Resina fenol formaldehdo (PF)
x Borracha nitril butadieno (NBR) x Borracha estirol butadieno (SBR) x Poli-isoprene (IR)
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Moldes de Injeo
possvel listar as seguintes caractersticas sobre a injeo:
x Passagem direta de material fundido para pea pronta; x No necessrio nenhum ou apenas pouco retrabalho da pea; x Processo totalmente automatizvel; x Elevada produtividade; x Elevada qualidade;
Ciclo de injeo
O ciclo de injeo o intervalo total entre o instante em que o molde se fecha
durante o ciclo e o perodo correspondente em que ele se encerra no ciclo seguinte. O
ciclo total a soma do ciclo da mquina mais o tempo que o operador leva para abrir a
porta, retirar a pea e fechar a porta (em moldes no automticos). O termo ciclo da
mquina refere-se parte do ciclo total que controlado pelo painel da mquina. As
operaes que se seguem (fechamento do molde, injeo, e abertura do molde), ocorrem
automaticamente. O ciclo da mquina termina quando os tempos pr-programados so
finalizados e a mquina entra em espera aguardando o incio do prximo ciclo.
O ciclo da mquina a soma do tempo de injeo, do tempo de resfriar a pea
injetada (at atingir o estado slido) e do tempo de abertura e fechamento do molde.
Estas duas ltimas fases so caractersticas da mquina e, portanto so independentes
dos controles usuais das variveis de injeo e do tipo de material utilizado. O tempo de
resfriamento mais longo e dependente da espessura da pea, da temperatura do molde
e das caractersticas do termoplstico. Na figura 1.17 apresentada como funciona um
ciclo de injeo.
Abertura
Extrao
Fechamento Injeo
Recalque
Plastificao
Resfriamento
Fig. 1.17 Ciclo de injeo
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Moldes de Injeo
Normalmente, deseja-se obter ciclos de injeo curtos. O custo operacional por
hora de uma mquina injetora constante e, portanto, os ciclos mais rpidos daro peas
de menor custo. Contudo, ciclos excessivamente curtos podem causar maior quantidade
de peas defeituosas.
Em muitos casos, usa-se gua a baixa temperatura para resfriamento dos moldes
para obter ciclos mais curtos. Embora esta seja uma prtica comum e decisiva para a
rentabilidade do processo, deve-se tomar cuidado para que a temperatura do molde no
seja excessivamente baixa (o que causaria peas tensionadas, quebradias e com
superfcies sem brilho). O tempo de resfriamento cresce com o quadrado da espessura
da parede. Por motivos econmicos muito rara a produo de peas com grandes
espessuras de parede. Normalmente no se encontram paredes maiores que 8 mm.
No grfico da figura 1.18 se pode ver claramente que os passos do processo
ocorrem um aps o outro at o processo de resfriamento, que se sobrepe aos outros
processos.
Abre moldeUnid. Inj. RetornaResfriamentoRecalqueInjeoUnid. Inj. AvanaFecha molde
PASSOSTEMPO (s)
1Ciclo
Fig. 1.18 Sobreposio do processo de resfriamento
Mquinas Injetoras
H uma grande variedade de injetoras para plstico. Algumas injetoras de pisto
so equipadas com um dispositivo de dosagem que permite fornecer ao cilindro a
quantidade exata de material para encher o molde. O cilindro injetor pode ser de pisto
(utilizado em mquinas mais antigas) ou de rosca (possui melhor homogenizao do
material plstico), entre muitas outras caractersticas das mquinas injetoras. Na figura
1.19 possvel ver esquemas de diversas mquinas injetoras.
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Moldes de Injeo
Fig. 1.19 Tipos de mquinas injetoras
A figura 1.20 mostra os dois principais tipos de injetoras encontradas na
indstria: a injetora horizontal e a injetora vertical.
Fig. 1.20 Exemplo de uma injetora horizontal e uma vertical
Os principais componentes da mquina injetora so:
x A unidade de injeo que compreende o dispositivo de alimentao e dosagem, plastificao e injeo;
x A unidade de fechamento que responsvel pela abertura, fechamento e extrao do molde.
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Moldes de Injeo
Unidade de injeo
Na unidade de injeo o plstico fundido, homogeneizado, transportado,
dosado e injetado no molde. A unidade de injeo tem assim duas funes. Uma a
plastificao do plstico e outra sua injeo no molde. Estas injetoras trabalham com
um parafuso que serve de mbolo de injeo. O parafuso gira em um cilindro aquecvel,
ao qual o material alimentado por cima atravs de um funil. Na figura 1.21 possvel
observar o canho de uma injetora e perceber que muito semelhante ao de uma
extrusora.
Fig. 1.21 Elementos de uma injetora
A unidade de injeo move-se, geralmente, sobre a mesa da mquina. Via de
regra podem ser substitudos o cilindro, o parafuso e o bico de injeo, de formas que
podem ser ajustados ao material a ser processado ou ao volume de injeo.
Unidade de fechamento
A unidade de fechamento das injetoras assemelha-se a uma prensa horizontal. A
placa de fixao no lado do bico de injeo fixa e a placa de fixao no lado do
fechamento mvel, de maneira que ela desliza sobre colunas ou barramentos. Sobre
estas placas so fixados os moldes de maneira que as peas prontas possam cair aps
extradas do molde pela fora da gravidade.
Os dois sistemas de acionamento da placa de fixao mvel so:
- Alavancas articuladas acionadas hidraulicamente;
- Puramente hidrulico;
Os sistemas de alavancas articuladas so utilizados em mquinas de pequeno e
mdio porte. A alavanca acionada hidraulicamente.
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Moldes de Injeo
Fig. 1.22 Unidade de fechamento com alavancas articuladas
As vantagens destes sistemas so o ciclo de movimentao e velocidade rpidas,
alm da auto-regulao. As desvantagens so a possibilidade de quebra das colunas, a
deformao permanente do molde por mau ajuste do sistema ou o elevado trabalho de
manuteno.
O perigo de quebra das colunas no aparece nos casos puramente hidrulicos,
uma vez que o fluido hidrulico varivel resistindo assim a grandes deformaes.
Fig. 1.23 Unidade de fechamento puramente hidrulica
A vantagem deste sistema sua alta preciso de posicionamento sem perigo de
deformao inadmissvel do molde e quebra das colunas. Desvantagens so sua baixa
velocidade de fechamento, a baixa rigidez da unidade de fechamento e o elevado
consumo de energia.
Placa Estacionria ou Fixa
Tem sua estrutura fundida e serve de apoio parte do molde onde fica localizada
a bucha de injeo. Suporta as colunas da mquina, nas quais so efetuados os
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Moldes de Injeo
movimentos da placa mvel. Possui furos ou ranhuras que permitem a fixao do molde
e uma furao central onde se aloja o anel de centragem do molde, garantindo o
alinhamento da bucha de injeo com o conjunto injetor da mquina.
Fig. 1.24 - Exemplo de placa fixa (mquina Arburg 420/470S)
Placa Mvel
Tem sua estrutura fundida e serve de suporte para a parte do molde que contm o
sistema de extrao. Seu deslocamento e regulagens so realizados atravs das colunas
das mquinas. Esta placa tambm contm furos ou ranhuras para a fixao do molde,
porm diferencia-se da placa fixa, pois no lugar do furo para o anel de centragem existe
o furo para o acionador do sistema de extrao.
Fig. 1.25 - Exemplo de placa mvel (mquina Arburg 420/470S)
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Moldes de Injeo
Seleo de mquinas injetoras
Quando se desenvolve um novo molde, tambm se faz necessrio que se faa um
estudo do parque de mquinas de empresa. Se as mquinas que a empresa possui, tem
capacidade para aceitar o novo molde desenvolvido no que se refere aos itens abaixo:
x Abertura mxima de placa mvel; x Distncia entre colunas; x Capacidade de injeo; x Capacidade de plastificao; x Fora de fechamento; x Presso de injeo suficiente; x Horas disponveis deste equipamento no que se refere programao de
produo.
No anexo A esto os dados da injetora Himaco 150-80. Pode-se citar como
principais caractersticas:
- Fora de fechamento de 80 ton;
- Peso mximo injetvel de 172g de Poliestireno;
- Distncia entre colunas de 305x305mm;
- Curso de abertura de 300mm;
- Dimetro da rosca de 40mm.
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Moldes de Injeo
Exerccios
1 A injeo um processo de _____________________________________. (transformao/eroso/fabricao). 2 A injeo serve para produo de ________________________________. (peas individuais/produto em massa) 3 Pelo processo de injeo so produzidas, em primeira linha, _____________. (peas prontas/semi-manufaturados) 4 Os produtos na extruso so produzidos _____________________________. (continuamente/descontinuamente) 5 Tanques de veculos, pranchas de surf e garrafas em geral so produzidas
pelo processo de _____________________. (Extruso/Sopro/Termoformagem) 6 Na termoformagem o plstico inicialmente________________, antes de
poder ser moldado. (resfriado/aquecido/fundido) 7 Somente os ____________________ podem ser termoformados, pois apenas
eles tornan-se elsticos quando aquecidos. (termoplsticos/elastmeros/durmeros) 8 Na extruso a ferramenta determina __________________ do extrudado. (o comprimento/a forma/a temperatura) 9 No resfriamento do molde de injeo a pea _______________________. (expande/contrai/permanece esttica) 10 Qual a fase do processo de injeo que se sobrepe as outras? Por qu? 11 Quais so as trs fases do processo de injeo? 12 No processo de injeo, qual a funo do molde? 13 Quais as funes da unidade de injeo? 14 Qual a classe de polmeros normalmente utilizada na moldagem por
injeo? 15 Cite quatro itens existentes no catalogo da mquina Himaco 150-80t? 16 Quanto ao tamanho fsico do molde, quais as dimenses da mquina mais
importantes a serem levadas em conta? 17 Dadas s dimenses do molde, determine em quais mquinas o molde
poderia ser utilizado:
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Moldes de Injeo
Modelo da mquina A B C D Curso de abertura (mx. mm) 275 350 250 575 Altura mnima do molde (mm) 150 200 200 225 Altura mxima do molde (mm) 425 550 680 800 Distncia entre colunas (mm) 221 x 221 270 x 270 320 x 320 420 x 420 Tamanho das placas fixa e mvel 400 x 400 446 x 446 476 x 476 650 x 650
18 - Observe o desenho da injetora abaixo:
PLACA MVELPLACA FIXA
SANDRETTO SB UNO - 110T
Considere que: - Altura mxima do molde: 380mm - Altura mnima do molde: 150mm
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Moldes de Injeo
CURSO DE ABERTURA: 200 A
C
B
LADO FIXOLADO MVEL
Responda:
A B C O molde pode ser utilizado nesta injetora?
Molde 1 400 600 140
Molde 2 420 420 350
Molde 3 410 500 360
Molde 4 400 400 400
Molde 5 370 450 380
Molde 6 380 400 350
Molde 7 350 460 370
Molde 8 250 350 420
Bibliografia
MICHAELI, Walter,GREIF, Helmut, KAUFMANN, Hans, VOSSEBRGER,
Franz-Josef. Tecnologia dos plsticos. 1a. Ed., So Paulo: Editora Edgar Blcher Ltda.,
2000. 205 p.
HARADA, Jlio. Moldes para injeo de termoplsticos projetos e
princpios bsicos. 1a. Ed., So Paulo: Artliber Editora, 2004. 308 p.
MANRICH, Silvio. Processamento de termoplsticos. 1a. Ed., So Paulo:
Artliber Editora, 2005. 431 p.
ARBURG, Technical data Allrounder 420/470s.
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Moldes de Injeo
Captulo 2 - Generalidades dos moldes de injeo
Cavidades
O molde um componente do processo de injeo que no pertence a mquina
injetora, uma vez que normalmente para cada pea tem-se um molde diferente. O molde
composto por duas partes principais, sendo que uma fixada na placa fixa da injetora
e outra na parte mvel da injetora. Estas partes do molde contm os perfis e formas da
pea a injetar e cumprem essencialmente as seguintes funes:
x Receber e distribuir o plstico fundido. x Modelar o fundido na forma da pea. x Resfriar o fundido (termoplstico) ou introduzir energia de ativao
(elastmeros ou durmeros).
x Desmoldar a pea injetada. A cavidade de moldagem normalmente composta por duas partes: a unidade
fmea, que modela a parte externa da pea; e o ncleo ou unidade macho, que modela a
parte interna da pea. Tanto a parte fmea como a parte macho, podem ser formadas por
um conjunto de outras peas chamadas postios ou insertos.
Os blocos que contm as cavidades de moldes podem conter mais que um
produto, pode ser usinado a quantidade que melhor se adaptar a necessidade de
produo e a mquina injetora. Na figuras 2.1 so mostrados exemplos de cavidades de
moldes para injetar chaveiros.
Fig. 2.1 Exemplos de cavidades de moldes de injeo
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Moldes de Injeo
O tamanho dos blocos das cavidades varia conforme o produto a moldar. Os
moldes montados podem pesar entre 100 quilogramas e 50 toneladas.
Os insertos tem a funo de completar detalhes do macho ou fmea e facilitar a
usinagem e o polimento. Na figura 2.2 mostrado um produto com seus respectivos
macho e fmea.
Fig. 2.2 Produto, macho e fmea
As cavidades de um molde podem ser obtidas por:
I Usinagem, que utiliza trs mtodos distintos:
- Fresamento: utilizando mquinas fresadoras do tipo ferramenteiras, copiadoras
ou com CNC Comando Numrico Computadorizado, trabalhando com
material no temperado ou temperado.
Eletroeroso: por meio de descargas eltricas realiza uma usinagem de preciso,
mesmo em materiais endurecidos. Utiliza ferramentas (eletrodos) de cobre eletroltico
ou de grafite com perfil inverso ao da cavidade que ser produzida. O acabamento da
eletroeroso do tipo texturizado e no polido ou espelhado. As descargas eltricas
utilizadas na remoo de material produzem endurecimento superficial e no causam
tenso, excetuando-se a tenso superficial correspondente ao endurecimento produzido
pela centelha.
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Moldes de Injeo
- Cunhagem: obtm a cavidade pela prensagem de uma ou vrios modelos contra
um bloco de ao especial, montado sobre blocos de apoio. Necessita de
tratamento trmico entre uma cunhagem e outra; apara alvio de tenses, alm de
produzir acabamento excelente. Este processo muito pouco utilizado nos dias
atuais.
II Fundio, que tambm pode ser de trs tipos:
Simples: feita com ligas de zinco ou alumnio. Consiste em fundir estes metais
com um modelo de ao similar pea plstica a ser moldada, dando a forma desejada
cavidade. O modelo deve ser polido, tratado com grafite, e ter ngulos de sada que
permitam sua retirada da massa fundida. Deve tambm ser previsto sobremetal para
compensar a contrao.
Metalizao: de utilizao recente, este metido permite obter ambas as metades
de uma molde. Consiste em metalizar diretamente um modelo padro em madeira,
metal, plstico ou qualquer outro material que esteja montado em uma placa de apoio.
Aps a obteno da casca metlica de 1 mm de espessura em metal de baixo ponto de
fuso, atravs de um maarico especial, coloca-se araldite na parte de trs da casca para
criar a primeira metade da cavidade. Neste momento podem ser colocados tambm os
tubos para refrigerao. O processo deve repetir-se para a obteno da segunda metade.
Os fabricantes responsveis por este mtodo, o recomendado para pequenas sries de
produo e afirmam ser possvel conceber um molde completo em um dia.
Fundio de preciso: consiste em fazer um modelo do produto em cera e cobri-
lo com cermica refratria. A cermica necessita de secagem e deve ser levada ao forno
para que a cera se funda e deixe a cavidade moldada na cermica, que ser
posteriormente preenchida com o metal desejado. Este processo tambm conhecido
como microfuso. A preciso deste sistema to grande que alguns fabricantes injetam
pentes de mquinas de corte de cabelo, em poliestireno, para servirem de padro de
fundio. Aps ser fundido, retifica-se a face de deslizamento do pente e ele est pronto.
III Eletrodeposio:
Consiste em recobrir um modelo de acrlico, ou qualquer outro plstico rgido,
com uma camada condutiva de prata por deposio qumica, sobre a qual so
depositados 5 a 8 mm de liga de nquel-cobalto. Essa camada de liga novamente
recoberta com cobre, numa espessura suficiente para usinagem e que permita o encaixe
na matriz. A qualidade de reproduo perfeita, atingindo at mesmo tima qualidade
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Moldes de Injeo
ptica, o que permite seu uso, por exemplo, na produo dos refletivos de olho-de-gato
dos tringulos de segurana.
IV Composio de postios:
Utilizado para cavidades com alto poder de refrao, como placas reflexivas
rodovirias, o fundo da cavidade composto por centenas de pinos sextavados de ao
inoxidvel temperado, em cujas pontas lapidada uma pirmide. As faces da pirmide
tm ngulos projetados para igualar o ngulo de refrao da resina utilizada, obtendo
mxima luminosidade e visibilidade a 50 metros.
Obstrues
No devero existir cortes na cavidade ou componentes que impeam a retirada
da pea do molde. Estes cortes podem ser feitos por partes mveis ou pinos laterais, que
necessitam ser retirados antes que o mecanismo de injeo expulse a pea injetada. Os
pinos laterais devem ser desenhados com preciso, para que o molde possa trabalhar
automaticamente. s vezes mais econmico e fcil fazer os furos da pea com uma
furadeira ou os cortes com mquinas apropriadas aps a pea ter sido moldada. Uma
pea complexa pode ser moldada em duas ou mais partes e montada posteriormente, em
alguns casos com custo inferior ao de uma nica pea injetada.
Materiais para cavidades
A seleo dos materiais com os quais se confeccionar as cavidades ir depender
dos seguintes fatores:
- Preciso.
- Nmero esperado de produo.
- Processo de obteno da cavidade escolhida.
- Acabamento e tratamento trmico disponvel.
- Facilitar a usinagem.
- Caractersticas de condutibilidade trmica.
Na tabela 2.1 existem alguns exemplos de aos para moldes e suas
caractersticas gerais.
Tabela 2.1 Aos mais utilizados em cavidades
Caractersticas P20 P50 P420 H13
Usinabilidade Boa, tanto recozido como beneficiado
Excelente Boa Boa
Soldabilidade Boa Excelente Difcil Mdia
Reprodutibilidade Boa Boa Boa Boa
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Moldes de Injeo
Condio normal de
entrega
Beneficiado para
30/34 HRC
Solubilizado,
dureza na faixa de
30/35 HCR. Pode
ser entregue
envelhecido com
40/42 HCR
Recozido, dureza
de 200 HB ou na
verso VP420
TIM temperado e
revenido para
28/32 HCR
Recozido, dureza
mxima de 197
HB
Aplicaes tpicas
-Moldes para
injeo de
termoplsticos
no clorados.
- Matrizes para
extruso de
termoplsticos
no corados.
- Moldes para
sopro
- Moldes para
injeo de
termoplsticos
no clorados.
- Matrizes para
extruso de
termoplsticos
no corados.
- Moldes para
termoplsticos
reforados com
carga. Plsticos
de Engenharia.
-Moldes para
sopro
-Moldes para
plsticos
corrosivos
(clorados) acetato
e PVC.
-Resistncia a
atmosfera midas.
-Moldes para
sopro
- Mandris e outros
componentes de
extrusoras.
-Moldes para
injeo de
termoplsticos
no clorados que
requer alto grau
de polimento.
Nitretao Sim Sim No Sim
Cementao Sim, antes de
temperar No No No
Na tabela 2.1 pode-se observar alguns exemplos de aos, mas cada fabricante de
ao utiliza uma nomenclatura prpria e uma tabela de equivalncia com as normas
internacionais. Alm de possurem materiais patenteados desenvolvidos por eles
mesmos, como por exemplo, o SPAL 36, ao da empresa Thyssen que, segundo o
fabricante, no apresenta similares ou equivalentes no mercado.
importante observar que os materiais empregados na construo das cavidades
e dos machos requerem, normalmente, tratamentos trmicos, como normalizao,
recozimento, tmpera, carbonitretao, cementao, teniferizao, nitretao, entre
outros.
Em alguns casos, os moldes podem ser construdos com materiais no-ferrosos,
como ligas de cobre ou ligas de alumnio. Mais informaes sobre materiais ferrosos e
no-ferrosos para moldes podem ser vistos nos endereos da internet abaixo:
www.diferro.com.br - Empresa fornecedora de aos Diferro;
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Moldes de Injeo
www.villaresmetals.com.br - Villares Metals;
www.bohler-brasil.com.br - Bohler Aos Especiais;
www.uddeholm.com.br - Empresa Uddeholm;
www.coppermetal.com.br - Coppermetal Alumnios para moldes;
www.ampcoalloy.com - Ampco Metal Ligas de bronze e cobre para moldes;
Linhas de Fechamento
Para entender melhor o que linha de fechamento necessrio observar alguns
conceitos bsicos, conforme os indicados na figura 2.3.
Fig. 2.3 Elementos do fechamento de um molde
Planos de fechamento:
So as faces formadas a partir das linhas de fechamento. Os planos de
fechamento so importantes para fazer a vedao entre o macho e a cavidade, evitando
que no momento da injeo o material plstico ultrapasse os limites do produto e ocorra
o aparecimento de rebarbas na pea injetada.
Com a utilizao de softwares de CAD, a criao dos planos de fechamento
tornam-se muito mais importantes, pois atravs deles que sero gerados os modelos
matemticos das cavidades macho e fmea.
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Moldes de Injeo
1 2
3 4
5 6
7 8
Fig. 2.4 Exemplos de fechamentos
Na figura 2.4 pode-se observar diversos exemplos de fechamentos, machos e
cavidades. Note que nos exemplos 4 e 7 o molde contm dispositivo auxiliar de
extrao.
O primeiro ponto a ser determinado no projeto da ferramenta a posio da
linha de fechamento do molde em relao ao componente, isto , a linha de separao
do macho e da cavidade.
Na determinao das linhas de fechamento importante observar alguns
critrios:
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Moldes de Injeo
1 - Marcas no produto:
importante que as linhas de fechamento no deixem marcas ou rebarbas no
produto.
A linha de fechamento normalmente deixa uma linha testemunha onde o
material da moldagem tende a formar uma leve rebarba. Nos casos crticos, esta linha
pode se estender e formar uma rebarba maior, que deve ser removida posteriormente de
forma manual. Assim importante que as linhas de fechamento do molde ocorram
numa parte da pea em que esta marca seja visual e funcionalmente aceitvel.
Deve-se ter ateno as tolerncias do produto na moldagem. indesejvel que
dimenses de alta preciso sejam divididas por linhas de fechamento, pois marcas e
rebarbas afetaro a preciso da pea.
2 - Desmoldagem do produto:
A relao da face plana com a direo de abertura da injetora deve ser tal que
permita que a moldagem seja extrada sem interferncias. Os casos bvios de
interferncia raramente so omitidos, mas interferncias quase imperceptveis
comumente aparecem em concordncias de perfis geomtricos e estes casos necessitam
de maior ateno.
Interferncia
Linha de Fechamento
Direo deAbertura
Fig. 2.5 Fechamento com interferncia
A linha de fechamento no deve interferir na extrao do produto e tornando-a o
mais eficiente possvel. Em geral conveniente que a ferramenta abra com a moldagem
no lado mvel, pois deste lado que se encontra o mecanismo de extrao.
Quanto ao produto, todas as superfcies perpendiculares linha de separao dos
dois moldes deve existir uma conicidade adequada. Com isso a extrao da pea torna-
se mais fcil. Para a maioria dos materiais plsticos conveniente projetar as paredes do
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Moldes de Injeo
produto com ngulos de no mnimo 0,5 em cada parede. Em alguns casos, e quando
necessrio, pode-se utilizar ngulos menores de 0,5 por lado.
3 - Facilitar a usinagem
A linha de fechamento deve ser criada o simples possvel. Um grande nmero de
ferramentas tem fechamentos planos que podem ser facilmente usinados dando o
mnimo de problemas em servio. Se a linha de fechamento possui ressaltos ou perfis a
dificuldade para usinar o macho e a cavidade aumenta. Deve-se sempre que possvel
evitar a escolha dessas linhas.
O problema de linhas de fechamento mais complexas se deve ao fato de
dificultar a usinagem e a ajustagem das cavidades (macho e fmea). Nos ltimos anos
com o projeto do produto exigindo um design mais moderno e arrojado, tornou-se
comum encontrar moldes com linhas de fechamento impossveis de serem usinadas por
mquinas convencionais e se tornou quase obrigatrio ter mquinas de usinagem CNC
nas ferramentarias.
Fig. 2.6 Exemplos de diviso de postios para facilitar ou diminuir a usinagem
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Moldes de Injeo
Caractersticas das linhas de fechamento:
As linhas de fechamento de um produto so responsveis pela determinao de
diversos parmetros no projeto de um molde de injeo, como por exemplo:
- Tipo de molde (duas placas, trs placas, com gavetas, com placa flutuante,
etc...);
- Tipo de extrao (com articulado, pino, bucha, mecanismo retrtil, etc...);
- Posio da entrada de injeo;
- Posicionamento das cavidades em molde multi-cavidades;
Tipos bsicos de linhas de fechamento:
Plano Ressalto Ressalto
PerfilPerfilAngular Fig. 2.7 Tipos de linhas de fechamento
A linha de fechamento principal pode ser de forma plana e simples, com
ressaltos em dois ou mais nveis, faces angulares ou cnicas e faces perfiladas. No caso
de ferramentas que abrem lateralmente, as linhas ocorrem na diviso das partes mveis
e em outros casos na linha extrema da cavidade.
Entretanto, alm da linha de fechamento principal que considerada como
inicial para o projeto de um molde, outras naturalmente ocorrero em outras faces do
produto. Estas linhas podem ser de furos, diviso de partes mveis (gavetas, articulados
e outros) ou em postios inseridos nas cavidades para facilitar a usinagem.
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Moldes de Injeo
Fig. 2.8 Linhas de fechamento principal e secundria
Observaes quanto as linhas de fechamento:
Quando se projeta o fechamento de um molde de injeo necessrio:
- Evitar criar fechamentos com ngulos muito agudos, pois estes criam paredes
frgeis no molde que se tornam muito suscetveis quebra;
- Evitar criar fechamentos sem ngulos que favoream a abertura do molde (As
paredes com ngulo de 90 podem sofrer engripamento e desgastes precoces).
Nestes casos sempre interessante deixar um ngulo de fechamento maior do
que 3.
- Observar os intervalos entre ressaltos de fechamento, pois se forem muito
pequenos podem acarretar dificuldades na usinagem.
- O fechamento sempre dever conter superfcies o mais suaves possvel.
- Todo projeto deve ser elaborado levando em considerao o equipamento
disponvel na ferramentaria.
Nas figuras abaixo so mostrados exemplos de linhas de fechamento diferentes
das convencionais e como influenciam na escolha do tipo de molde, acessrios,
mecanismos, sistema de extrao, entre outros.
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Moldes de Injeo
Fig. 2.9 Exemplo de pea que exige um molde com partes mveis
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Moldes de Injeo
Fig. 2.10 Exemplo de pea que exige mecanismo retrtil na parte interna
Fig. 2.11 Exemplo de pea com fechamento inclinado
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Moldes de Injeo
Contrao
Entende-se por contrao ou encolhimento, a diferena entre as dimenses da
pea injetada, aps alcanar o equilbrio trmico em temperatura ambiente, e o tamanho
da cavidade em que a pea foi moldada.
Essa propriedade caracterstica de todos os materiais que, ao contrrio da
dilatao, ao serem esfriados se contraem ou encolhem, resultando num produto final
menor que o molde original. Assim, o tamanho do molde a ser confeccionado a partir
das dimenses do projeto que deve levar em considerao a contrao do material.
Na produo de peas de material plstico a contrao muito importante,
devendo ser atentamente considerada, pois refletir nas dimenses de produto moldado,
alm de influenciar sobre os seguintes itens:
- A solidez: a contrao pode provocar, em pontos do produto com espessuras
distintas, tenses que podem causar rachaduras, rupturas, chupagens, etc.
- Devido instabilidade dimensional, a contrao pode no ser uniforme em toda
a superfcie da pea moldada, causando empenamentos e deformaes. Isto
acontece geralmente em peas que tm diferentes espessuras em vrias partes, as
quais conseqentemente, no sofrem contrao uniforme.
- Inserto de partes metlicas: a contrao do metal diferente da do plstico. Este,
ao resfriar-se, pode contrair duas a cinco vezes mais que os metais.
Conseqentemente, a fora desta contrao agindo sobre o metal, que tem maior
resistncia mecnica, poder provocar o rompimento do plstico.
- As tolerncias dimensionais obtidas de acordo com o coeficiente de contrao
dos plsticos nem sempre so constantes, pois dependem de diversos fatores, tais
como: inconstncia das propriedades das matrias-primas empregadas em sua
preparao, variaes das fases do processo de fabricao, cujo controle exato
nem sempre possvel, condies de moldagem, etc. as tolerncias mdias
adotadas para determinar as dimenses de uma pea a ser moldada com material
plstico no devem ser inferiores a um certo limite dado.
- A incidncia nas dimenses do molde: a desmoldagem das peas, as quais ainda
no se encontram em um estgio totalmente frio, ter o seu resfriamento
completo temperatura ambiente, continuando assim a contrao, aumentando
ou diminuindo as dimenses do molde, conforme o coeficiente de contrao ou
dilatao do material a ser processado.
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Moldes de Injeo
- No molde, a forma da pea reproduzida em negativo. Por esta razo, deve-se
calcular um aumento na contrao do material plstico ligeiramente inferior na
fmea e superior no macho. Isto feito para possibilitar pequenos ajustes na
obteno das dimenses requeridas.
Para a maioria dos plsticos deve-se levar em considerao, para reduzir as
contraes, as seguintes recomendaes:
1. Diminuir a temperatura do material;
2. Aumentar a presso da injeo;
3. Reduzir o limite da carga a ser injetada;
4. Reduzir a temperatura do molde;
5. Aumentar o tamanho da entrada da cavidade;
6. Aumentar o tamanho do bico;
7. Colocar entradas mltiplas;
8. Aumentar o tempo de avano;
9. Aumentar a velocidade de injeo;
10. Aumentar o tempo de molde fechado;
11. Aumentar a sada de ar da cavidade.
Os materiais plsticos, em sua variedade, tm diferentes valores de contrao,
dependendo do seu fabricante. Geralmente, especificada uma faixa de valores de
contrao por material, valores esses que podem variar de acordo com o projeto do
molde ou com as condies de moldagem na mquina injetora. Qualquer fator que
aumente a presso dentro da cavidade do molde reduzir a contrao.
A contrao da pea acabada volumtrica, ou seja, resultando em uma
diminuio em todas as dimenses do produto de acordo com o coeficiente de contrao
do material plstico. No anexo B encontra-se uma tabela com diferentes materiais
composta de dados como densidade, contrao, temperatura de injeo e temperatura do
molde.
Os fatores que influenciam diretamente na contrao de uma pea moldada
relacionam-se com:
Molde
- rea da entrada ou ponto de injeo (maior rea, menor contrao). - Espessura da parede do produto (maior espessura, maior contrao). - Temperatura do molde (maior temperatura, maior contrao).
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Moldes de Injeo
Mquina injetora
- Ciclo de moldagem (ciclo maior, menor contrao). - Presso de injeo (maior presso, menor contrao).
Material plstico
- Cristalinidade (maior densidade, maior contrao). - Temperatura (maior temperatura, maior contrao).
A espessura da parede da pea faz com que a contrao seja afetada
sensivelmente pela velocidade de resfriamento. Observe no grfico da figura 2.12, que a
espessura da parede da pea tem influncia direta com a porcentagem de contrao.
Neste caso estamos analisando um grfico para o Polipropileno, mas acontece o mesmo
efeito em praticamente todos os materiais plsticos.
Fig. 2.12 Relao do efeito da contrao em funo da espessura da parede
Como podemos verificar na figura acima, a diferena de contrao varia bastante
conforme a espessura, por este motivo que os fabricantes de material plstico
especificam em seus catlogos uma faixa de valores para a contrao.
As cavidades do molde so dimensionadas com um valor maior que j leva em
conta a porcentagem de contrao do material que ser injetado a pea. Este clculo
feito somando o valor da dimenso nominal com o valor da porcentagem de contrao.
Uma observao importante que as dimenses angulares no sofrem alterao
com a contrao da pea. Por isso no se deve aplicar o fator de contrao em
dimenses angulares de cavidades.
No exemplo abaixo, a pea ser injetada em Polipropileno que tem fator de
contrao entre 1,5 e 2%. Para os clculos das cavidades macho e fmea utiliza-se um
valor mdio (1,75%), mas vale lembrar que alguns projetistas mais experientes utilizam
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Moldes de Injeo
outros valores entre o mximo e mnimo indicado pelo fabricante do material, de acordo
com o tipo de produto a moldar ou de acordo com simulaes computacionais
realizadas atravs de softwares de CAE, como por exemplo, o Moldflow.
Nas dimenses nominais do produto devem ser somados os valores de contrao
encontrados para cada uma das dimenses. Para este clculo utiliza-se a seguinte
associao: Dimenso Nominal + (Dimenso Nominal * Contrao em %)
Exemplo:
Dimenso Nominal: 40mm
Contrao mdia para o material Polipropileno: 1,75%
Dimenso na Cavidade: 40 + (40 * 1,75%) = 40 + (0,7) = 40,70
Uma segunda forma de calcular este valor seria somando o valor de
porcentagem a cota: 40 + 1,75% = 40,70
Um clculo prtico para ser utilizado em qualquer calculadora converter o
fator de contrao em fator de multiplicao. Exemplo:
- Fator de contrao: 1,75%
- Fator de multiplicao: (1.75/100)+1 = 1.0175
Fig. 2.13 - Exemplo de produto com fator de contrao aplicado no macho e na cavidade
Todas as dimenses que sofrem efeito da contrao devem ser multiplicadas
pelo fator de multiplicao. Desta forma aplica-se a contrao especificada pelo
fabricante do material plstico no produto a moldar. Na figura 2.13 mostrado um
exemplo de um produto onde em suas cavidades (macho e fmea) foi aplicada contrao
de 1.75%.
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Moldes de Injeo
Exerccios
1- Determine as linhas de fechamento nos produtos abaixo e os possveis
postios que possam facilitar a usinagem das cavidades.
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Moldes de Injeo
2 Determine os fechamentos para as peas a seguir e desenhe o macho e fmea
para cada uma delas:
PRODUTO A
PRODUTO B
3 Nos desenhos de produto a seguir aplique o fator de contrao em todas as
dimenses que sofrem alterao. Considere o material indicado na legenda e consulte a
tabela do apndice B para obter o valor de contrao mdia a utilizar.
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Introduo ao Projeto de
Ferramentaria
FERRAMENTARIATCNICO EM
Data
Escala:
Denominao:
Material:
PROFESSOR:
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Moldes de Injeo
PROFESSOR:
Material:
Denominao:
Escala:
Data
TCNICO EMFERRAMENTARIA
Introduo ao Projeto de
Ferramentaria
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Moldes de Injeo
Bibliografia
GLANVILL, A. B., DENTON, E. N.. Moldes de injeo Princpios bsicos e
projetos. 2a. Ed., So Paulo: Editora Edgar Blcher Ltda., 1989. 308 p.
PROVENZA, Francesco. Moldes para plsticos. 1a. Ed., So Paulo: Editora F.
Provenza, 1976. 210 p.
CRUZ, Srgio da. Moldes de injeo. 2a. Ed., Curitiba: Editora Hemus, 2002.
242 p.
MICHAELI, Walter,GREIF, Helmut, KAUFMANN, Hans, VOSSEBRGER,
Franz-Josef. Tecnologia dos plsticos. 1a. Ed., So Paulo: Editora Edgar Blcher Ltda.,
2000. 205 p.
HARADA, Jlio. Moldes para injeo de termoplsticos projetos e
princpios bsicos. 1a. Ed., So Paulo: Artliber Editora, 2004. 308 p.
MANRICH, Silvio. Processamento de termoplsticos. 1a. Ed., So Paulo:
Artliber Editora, 2005. 431 p.
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Moldes de Injeo
Captulo 3 Projeto de peas plsticas
A ocorrncia de defeitos tpicos em moldados por injeo (empenamento,
rechupes, deformaes, distores, etc...) est diretamente associado com as
caractersticas de contrao, contrao diferencial e rigidez do polmero no momento da
extrao.
O principal fator a ser considerado para a obteno de um moldado de boa
qualidade o nvel de contrao da pea que afetado:
Pelo projeto do molde; Pelo desenho da pea, principalmente em funo da espessura de parede; Pelas caractersticas da resina empregada; Pelas condies de processamento (principalmente temperaturas de injeo e
do molde).
Como o resfriamento das sees mais espessas ocorre mais lentamente, o
polmero tende a apresentar nestas regies um maior grau de cristalinidade, resultando
numa maior contrao em relao s paredes mais finas.
Outro fator que contribui para aumentar a contrao em zonas mais espessas
(como nervuras, por exemplo) o fato de que nestas regies a presso exercida menor
do que nas paredes mais finas. Desta forma, nestas regies h uma menor compensao
da contrao devido ao recalque.
O empenamento causado pela contrao diferencial entre a direo do fluxo e
sua perpendicularidade. Se o polmero apresentar menor contrao e uma boa rigidez
ele estar menos sujeito a empenamentos.
Alguns problemas associados contrao diferencial podem ser solucionados
facilmente. Por exemplo, no carretel esquematizado na figura 3.1, a ocorrncia do
chupado na face contrria (conforme aparece em a) eliminada com a reduo da
largura do reforo interno conforme proposto em b.
a) Desenho original mostrando "chupado". b) Desenho da pea mostrando amodificao que evita o "chupado".
Fig. 3.1 Carretel com chupagem devido espessura excessiva
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Moldes de Injeo
De modo similar, na figura 3.2, a distoro provocada na pea do desenho a,
resultante da variao brusca da espessura, resolvida utilizando-se um perfil
modificado (conforme mostrado em b).
b) Desenho modificado.a) Desenho original mostrando distoresprovocadas pela contrao diferencial.
Fig. 3.2 Pea com distoro e pea modificada
Para determinar a espessura mnima de parede do ponto de vista de
processabilidade, o fluxo da resina do moldado deve ser considerado com respeito s
temperaturas do fundido e do molde, profundidade/comprimento da cavidade e
dimenses do canal e ponto de injeo.
Em geral, moldes de peas maiores com paredes finas devem ser preenchidos
por resinas de alta fluidez, enquanto moldes de paredes grossas permitem o uso de
resinas com fluidez variando de mdia a baixa.
Peas contendo dobradias integrais requerem polmeros de fluidez alta para
assegurar rpido preenchimento e boa qualidade de dobradias. Porm, cuidado deve ser
tomado na escolha do tipo de polmero a ser utilizado, uma vez que para fluidez
crescente h diminuio de resistncia das dobradias.
A espessura de parede deve ser constante sempre que possvel para diminuir
chupagem, contrao diferencial e um conseqente empenamento. Se isto no for
possvel, deve-se diminuir a espessura progressivamente na direo do fluxo.
As peas ao serem projetadas, precisam, preferencialmente apresentar paredes
com espessuras uniformes (Figura 3.3). Peas macias ou de paredes grossas devem,
sempre que possvel, ser evitadas, pois seu resfriamento no uniforme, o que pode
provocar defeitos.
A principal funo das nervuras o aumento de rigidez e resistncia
mecnica da pea. As nervuras, quando localizadas convenientemente, podem ser
utilizadas tambm para facilitar o fluxo do polmero, evitando assim o
empenamento. Mas nervuras mal dimensionadas podem causar rechupes e
empenamentos nas peas.
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Moldes de Injeo
Fig. 3.3 rea de peas com chupagem e bolhas
A figura 3.4 mostra um boto de rdio com peso aliviado na parte posterior. Para
assegurar sua resistncia durante sua aplicao, a pea foi reforada por meio de
nervuras.
Fig. 3.4 Pea com alvio interno e reforo em sua estrutura
Como no exemplo anterior, a figura 3.5 mostra um volante para registro que
tambm foi aliviado na parte posterior, sendo reforado com quatro nervuras radiais.
Fig. 3.5 Produto com alivio e reforo interno
A figura 3.6 mostra uma base aliviada posterior e reforada por meio de
nervuras.
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Fig. 3.6 Produto com nervuras na parte interna
Em situaes nas quais necessria a utilizao de nervuras de grandes
dimenses, os eventuais chupados podem ser disfarados por meio de artifcios como:
1. Utilizao de seo em desnvel, imediatamente acima da nervura (figura
3.7a).
2. Incorporao de filete decorativo (figura 3.7b).
3. Uso de texturizao da superfcie oposta nervura. Esse artifcio o
mais indicado para caixas com divisrias.
b)a)
Fig. 3.7 Alternativas para disfarar possveis rechupes
Os furos devem estar longe das proximidades de nervuras em uma distncia
(dimenso G) que seja equivalente metade ou pelo menos a um tero do seu dimetro.
A figura 3.8 exemplifica a distncia mnima do furo em relao nervura.
Fig. 3.8 Distncia minima entre um furo e uma parede de produto
A figura 3.9 mostra um produto com nervuras, furos, ressaltos e pinos
posicionadores.
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Fig. 3.9 Produto com nervuras, furos, ressaltos e castelos
A figura 3.10 mostra uma caixa interna de rdio, onde se pode observar um
castelo com reforo (3) e outros sem reforos (1, 2 e 4).
Fig. 3.10 Exemplo de pea com diversos castelos
A figura 3.11 ilustra propores de um castelo prximo parede do produto em
relao espessura do mesmo.
Fig. 3.11 Propores de castelos prximos a paredes do produto
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Moldes de Injeo
A figura 3.12 ilustra a propores do castelo longe da parede do produto em
relao espessura do mesmo.
Fig. 3.12 Proporo de castelos longe de paredes do produto
A figura 3.13 ilustra a proporo da espessura da pea em relao parte externa
do produto.
Fig. 3.13 Espessura da pea x parede externa do produto
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Moldes de Injeo
Evitar, sempre que possvel, castelos muito prximos parede externa, uma vez
que isso pode causar uma seo fraca no molde (Figura 3.14) e aumentar a quantidade
de massa prximo a nervura.
Fig. 3.14 Exemplo de castelos prximos a paredes do produto
Deve-se evitar tambm os cantos vivos nos castelos que conseqentemente
causam maior custo na confeco dos moldes (Figura 3.15).
Fig. 3.15 Exemplo de pea com e sem cantos vivos
Para obteno de melhores produtos devem ser utilizados reforos que podem
ser de forma lateral ou longitudinal. As figuras 3.16a, 3.16b e 3.17 ilustram propores
da nervura.
Fig. 3.16 Dimensionamento de nervuras e reforos
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Fig. 3.17 Dimensionamento de reforos
Os cantos dos produtos devero ser projetados conforme a figura 3.18, a fim de
evitar problemas de tenses. Na figura percebe-se que utilizando a regra a espessura do
produto se mantm constante no raio.
Fig. 3.18 Recomendao de raios para peas plsticas
A figura 3.19 ilustra raios de concordncia para nervuras e castelos. Estes raios
servem para reforar a ligao das nervuras e castelos com a pea, porm se exagerados
deixam marcas de rechupe do outro lado do produto.
Fig. 3.19 Observaes sobre raios
As curvas nos produtos moldados eliminam concentraes de tenses e ajudam a
eliminar peas torcidas, a figura 3.20a mostra uma condio no-aconselhvel e a
figura 3.20b uma condio mais recomendvel.
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Moldes de Injeo
Projeto Ruim Projeto Bom
a) b)
Fig. 3.20 Exemplo de projeto com e sem raios
Para facilitar a extrao do produto no molde, recomendado que o produto
apresente um ngulo de sada de pelo menos 1 nas paredes interna e externa da pea.
Quanto maior o ngulo, maior ser a facilidade de desmoldagem. Para o caso de
superfcies texturizadas, requerido um aumento de 1 no ngulo para cada aumento de
0,025mm na profundidade de textura.
Ressaltos devem ser evitados, mas em alguns produtos estes detalhes so
necessrios. Contudo, para que o ressalto no provoque deformao da pea acima de
limites tolerveis, devem ser obedecidos quatro critrios:
1. A altura mxima do ressalto para uma pea circular deve ser dada pela diferena
percentual entre o dimetro mximo (T) e dimetro mnimo (E) indicado na
equao:
100% u T
ETh
R>1,5mm
Fig. 3.21 Pea com ressalto interno
Os limites mximos de h para diversos termoplsticos esto na tabela 3.1:
Tabela 3.1 Valores recomendveis para a varivel h
Polmero h mximo (%) PP 5 7
PEAD 7 8
PEBD 10 12
OS 1 15
PSAI 2
SAN 1 2
ABS 3
PC 1 2
PA 4 5
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2. Para artigos como tampas com rosca, os ressaltos devem ser desenhados com um
ngulo de inclinao de aproximadamente 25 para facilitar sua extrao.
3. A base do ressalto e a espessura da parede onde est localizado devem ter
dimenses suficientes para suportar a tenso de cisalhamento incidente.
4. Os ngulos envolvidos nos ressaltos no devem possuir raio de curvatura
inferior a 1,5mm.
Perfis de borda
A rigidez necessria s bordas de bacias, vasilhas e recipientes de grande
capacidade conseguida com a utilizao de perfis de reforo nessas reas.
essencial manter a uniformidade da parede no desenho desses perfis.
Perfis como os mostrados na figura 3.22a no so recomendveis (apesar de
serem encontrados algumas vezes na prtica), pois a maior concentrao que ocorre
na regio da borda tende a abaular o corpo da pea. Ao contrrio, pode-se obter bons
resultados com os perfis mostrados na figura 3.22b.
b)a)
Perfis de borda recomendadosPerfis de borda no-recomendados
Fig. 3.22 Perfis de borda
Dobradias integrais
Dobradias feitas em polipropileno possuem excelente vida til. Porm, para
alcanar esta performance, necessrio obedecer algumas regras de projeto.
Na figura 3.23, est apresentada a seo transversal de um projeto de dobradia
integral. As dimenses indicadas so aquelas recomendadas para a maximizao da vida
til da dobradia, sendo que o projeto pode ser adaptado a requisitos funcionais de casos
especficos. A escolha de raios adequados otimiza o fluxo do fundido e reduz a
concentrao de tenses na regio onde ocorre a dobra. Alm disso, a reduo da seo
transversal utilizando contornos arredondados assegura que a flexo ocorra na regio
mais fina da dobradia, promovendo um melhor controle do encaixe entre a tampa e o
frasco.
Devido tendncia ao arqueamento da dobradia, o plano externo da mesma
deve ser rebaixado em 0,3mm ajudando no controle do encaixe da tampa.
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Moldes de Injeo
Comprimento de 1,5mm e espessura variando de 0,20 a 0,30mm so
recomendados para um bom equilbrio entre processabilidade e propriedades mecnicas
da dobradia.
Recomenda-se que imediatamente aps o processamento da dobradia, esta seja
flexionada algumas vezes para que ocorra orientao molecular e conseqente aumento
da vida til da mesma.
As linhas de refrigerao do molde devem ser concentradas na regio da
dobradia, uma vez que nesta regio h uma gerao adicional de calor por frico entre
a massa fundida e as paredes do molde. Um cuidado adicional que deve ser tomado o
posicionamento adequado do ponto de injeo que ajuda a evitar defeitos como linhas
de solda e de laminao da dobradia. Maiores detalhes so dados no item referente ao
projeto do molde.
Fig. 3.23 Proporo para dobradia integral
Fixao de peas plsticas
Em determinados tipos de produto surge a necessidade de montar peas plsticas
entre si. Estas montagens podem ser por parafusos, colagem, ultrasom ou por encaixes
entre as peas.
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No caso de peas fixadas por parafusos existem caractersticas quanto ao
dimensionamento das torres para enroscamento do parafuso. Este dimensionamento
varia de acordo com o tipo de parafuso utilizado e seu fabricante. Na figura 3.24 so
mostrados os dois principais tipos de parafusos utilizados na fixao de peas plsticas.
No lado esquerdo o parafuso mittoplastic da Industria Micheletto (www.mitto.com.br) e
no lado direito um parafuso auto-atarraxante que produzido por diversos fabricantes.
Fig. 3.24 Tipos de parafusos para fixao de peas plsticas
Devido s caractersticas como ngulo do filete, resistncia das fixaes em
peas plsticas, melhor enroscamento e a no gerao de tenses na fixao ser
discutido o tipo de parafuso Mittoplastic que tem como principais caractersticas:
x Rosca desenhada para minimizar probabilidades de rachaduras nas peas de plstico.
x Pequeno volume deslocado pela rosca reduz consideravelmente o conjugado a ser aplicado para o parafusamento.
x Filete alto e agudo (30 graus), forma no termoplstico rosca com grande dimetro efetivo, o que aumenta a resistncia ao arrancamento.
x Ponta plana coloca disposio maior comprimento til de rosca. x Consistncia na aplicao em funo da grande diferena entre
conjugados de espanamento e de enroscamento.
A figura 3.25 mostra a especificao da torre para o parafuso mittoplastic, que
varia de acordo com o tipo de material onde o parafuso ser fixado. Segundo o
fabricante recomendvel que o perfil da torre seja conforme especificado para
conseguir distribuir melhor as tenses das arestas do filete.
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Moldes de Injeo
Fig. 3.25 Torre para fixao de parafusos Mittoplastic
A tabela 3.2 lista os fatores de multiplicao de acordo com o tipo de material
plstico que se est utilizando.
Tabela 3.2 Propores para fixao por parafusos do tipo Mittoplastic
Material Furo Externo Prof. de aparafusamento Pa
ABS 0.80 x d 2.00 x d 2.00 x d
ABS com PC 0.80 x d 2.00 x d 2.00 x d
ASA 0.78 x d 2.00 x d 2.00 x d
PA 4.6 0.73 x d 1.85 x d 1.80 x d
PA 4.6 GF 30 0.78 x d 1.85 x d 1.80 x d
PA 6 0.75 x d 1.85 x d 1.70 x d
PA 6 GF 30 0.80 x d 2.00 x d 1.90 x d
PA 6.6 0.75 x d 1.85 x d 1.70 x d
PA 6.6 GF 30 0.82 x d 2.00 x d 1.80 x d
PBT 0.75 x d 1.85 x d 1.70 x d
PBT GF 30 0.80 x d 1.80 x d 1.70 x d
PC 0.85 x d 2.50 x d 2.20 x d
PC GF 30 0.85 x d 2.20 x d 2.00 x d
PE-LD 0.70 x d 2.00 x d 2.00 x d
PE-HD 0.75 x d 1.80 x d 1.80 x d
PET 0.75 x d 1.85 x d 1.70 x d
PET GF 30 0.80 x d 1.80 x d 1.70 x d
PMMA 0.85 x d 2.00 x d 2.00 x d
POM 0.75 x d 1.95 x d 2.00 x d
PP 0.70 x d 2.00 x d 2.00 x d
PP GF 30 0.72 x d 2.00 x d 2.00 x d
PP TF 20 0.72 x d 2.00 x d 2.00 x d
PPO 0.85 x d 2.50 x d 2.20 x d
PS 0.80 x d 2.00 x d 2.00 x d
PVC (duro) 0.80 x d 2.00 x d 2.00 x d
PPEK 0.85 x d 2.00 x d 2.00 x d
SAN 0.77 x d 2.00 x d 1.90 x d
PPS Contactar Dep. Tcnico MITTO
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Moldes de Injeo
Bitola K22 K25 K30 K35 K40 K50 K60
P 0,98 1,12 1,34 1,57 1,79 2,24 2,69
d1 2,2 2,5 3,0 3,5 4,0 5,0 6,0
d2 1,25 1,40 1,66 1,91 2,17 2,68 3,19
X mx. 2,2 2,5 3,0 3,5 4,0 5,0 6,0
m ref. 2,4 2,6 2,9 4,0 4,3 4,9 6,5
Chave N 1 1 1 2 2 2 3
D 3,9 4,4 5,3 6,1 7,0 8,8 10,5
K 1,5 1,7 2,0 2,5 2,