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TRABALHANDO A COMPREENSO E PRODUO DE FBULAS

TRABALHANDO A COMPREENSO E PRODUO DE FBULASEixo Temtico: Gneros

Contedo: Fbulas

Objetivos: levar o aluno a compreender e produzir fbulas, refletindo sobre sua funo social, suas caractersticas lingustico-discursivas e seu contedo temtico; ativar conhecimentos prvios e levantar hipteses; observar a coerncia global do texto na atividade ao recontar fbula; refletir sobre o uso de certas expresses lingusticas para se referir aos animais e seus efeitos de sentido; criar ttulos; reconhecer a moral em diferentes fbulas; planejar a escrita de fbulas dentro das caractersticas desse gnero.Material didtico: Tiras de cartolinas preenchidas. Tiras de cartolina em branco. Quadro, piloto/giz. Cpias de fbulas diversas. Cpias da fbula A raposa e as uvas, nas verses de Monteiro Lobato e de Millr Fernandes. Cpias da fbula O leo e o rato (Anexo I). Lpis, papel. Painel da caracterizao. Cpias da fbula A Lebre e a Tartaruga de Espo (Anexo II).1 Momento: Introduo ao assuntoPara introduzir o assunto, professor, faa uso das informaes do texto a seguir:FBULAS

A fbula um dos gneros textuais mais antigos conhecidos pelo homem. Atribui-se a Esopo (sculo VI a. C.), um escravo grego, a elaborao e difuso dessa narrativa na Grcia. As fbulas que lhe so atribudas sugerem normas de conduta que so exemplificadas pela ao dos animais (mas tambm de homens, deuses e mesmo coisas inanimadas). Esopo partia da cultura popular para compor seus escritos. Os seus animais falam, cometem erros, so sbios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. A inteno de Esopo, em suas fbulas, era mostrar como os seres humanos podiam agir, para bem ou para mal, sugerindo uma verdade ou provocando uma reflexo de ordem moral, destacada geralmente no final do texto. Com o passar do tempo, no foi diferente. Diversos autores recriaram essas fbulas e hoje, aqui no Brasil, temos exemplos de uma verdadeira recriao e intertextualidade desse gnero, com destaque para Monteiro Lobato e o contemporneo Millor Fernandes.

Pode-se afirmar que o uso de fbulas em sala de aula propicia discusses relevantes acerca de questes morais e ticas, normas de comportamento etc., ampliando essa idia ao se fazer a relao com o cotidiano do aluno, com as polmicas atuais. Recaindo o olhar para o aspecto essencial no ensino de lngua materna, vislumbra-se a explorao da construo discursiva das fbulas: a apresentao das aes de cada personagem pode revelar muito do seu carter, de sua postura tica diante da vida; expresses utilizadas para se referir aos personagens podem sinalizar um ponto de vista a respeito de cada um.

Baseados na discusso sobre essa temtica, a qual favorece desenvolver habilidades orais dos alunos, estimulando-os a se posicionarem criticamente diante do texto lido, explicando e defendendo pontos de vista, podemos desenvolver vrias estratgias de leitura, desde a antecipao, localizando as informaes, at a inferncia e a generalizao, provocando o aluno a resgatar os seus conhecimentos prvios.

Em relao produo, os alunos podero criar fbulas, pardias de fbulas. Articula- se a produo de textos s reflexes sobre os usos lingusticos peculiares desse gnero.

2 Momento: OralidadeDistribua tiras de papis com nomes de virtudes, de animais, de objetos, de plantas, de fabulistas, de ttulos de fbulas famosas e morais de fbulas. Em seguida, organize os alunos em grupos por categorias: (a) fabulistas; (b) animais, objetos e plantas; (c) ttulos de fbulas; (d) morais de fbulas.

O nmero de aulas vai depender do nmero de alunos e do ritmo de trabalho deles.

Essa atividade propicia a ativao dos conhecimentos prvios dos alunos sobre o gnero fbula.

3 Momento: Oralidade e escritaProvoque discusses sobre as tiras recebidas pelos alunos com o propsito deles levantarem hipteses sobre o gnero textual a ser trabalhado. As questes podem girar em torno de: Com o ttulo que tem em mos, voc saberia contar uma histria?, Quem Monteiro Lobato?

Logo aps, os grupos receberam tiras em branco, nas quais escrevero peculiaridades da fbula, lero em voz alta e afixaro no painel de caractersticas sobre o gnero fbula. Como sugestes de perguntas, seguem: (a) Para que so contadas e escritas as fbulas? (b) Que tipos de personagens so mais comuns? (c) Como finalizam a maioria das fbulas?

O ideal que esse painel inicial nesta etapa seja retomado, reconstrudo e reformulado ao longo da sequncia, devendo manter-se afixado na sala durante essa atividade.

Organize o painel, junto com os alunos, usando alguns critrios para dividi-lo e melhor organizar a caracterizao das fbulas: objetivo, tipos de personagens etc.

4 Momento: Oralidade e anlise lingusticaRetome o aspecto moral da histria, interaja com seus alunos o que seria moral, levantando perguntas, tais como: (a) Quando utilizamos a expresso Moral da histria...?; (b) Qual o sentido de moral?; (c) Por que uma boa parte das fbulas termina com uma moral?

Sistematize no quadro algumas contribuies dos alunos. Aps essa interao, escreva no quadro o significado da palavra 'moral' (conjunto das regras, preceitos etc. caractersticos de determinado grupo social que os estabelece e defende).

Provoque os alunos a responderem essa pergunta: Por que se diz que a fbula tem um carter moralizante?

Essa atividade leva os alunos a familiarizarem-se com o conceito de 'moral'. Demonstrar a diferena desse conceito, para que no confundam com o de 'tica'. Enquanto a moral tem um carter prtico, dizendo como nos portar dentro de um conjunto de valores, regras de comportamento, costumes estabelecidos por uma sociedade, a tica possui um carter reflexivo, pois a ela recorremos para avaliar nosso comportamento. Entende-se como uma espcie de juzo da moral.5 Momento: Leitura, oralidade e escrita

Distribua fbulas diferentes entre os alunos para leitura individual e socializao nos grupos com o objetivo de debaterem sobre os valores morais contidos na narrativa. Aps a leitura, leve os alunos a responderem as questes: (a) Que virtudes ou vcios a fbula enfatiza?; (b) Quais personagens os representam? Por qu?; (c) No modo de vida da sociedade atual pode-se aplicar a moral da fbula?; (d) O texto traz valores que so princpios essenciais para a convivncia humana, vlidos para qualquer poca, lugar e cultura?; (e) Pode-se dizer que ao longo do tempo a mudana dos valores morais deu um 'aspecto atrasado' aos princpios ticos trazidos pelas fbulas? Aps a discusso dessas perguntas, os alunos sistematizaro, em um cartaz, as principais concluses, para depois socializarem no grande grupo.

Nesse momento, os alunos refletiro sobre os valores ticos e morais pertinentes nas fbulas e de que forma as alegorias os representam.

Revise com os alunos o texto do cartaz para fazer alguma correo caso haja necessidade.

6 Momento: OralidadeEscolha alguns ttulos e morais de fbulas e escreva-os em tiras de cartolinas.

Distribua-as com os alunos. Pergunte se eles j conhecem os ttulos da histria e se j conhecem a moral que finaliza as fbulas. Leve os alunos a perceberem que comum os provrbios encerrarem fbulas.

Questione o que pensam sobre esses provrbios, sobre o seu carter moralizante, de ensinamento.

Logo aps, com base nos ttulos e provrbios recebidos, os grupos tentaro recontar ou criar oralmente a fbula. Em seguida, os alunos recebero a histria original e compararo quanto adequao ao ttulo e moral recebida.

Promova uma discusso, aps esse momento, sobre caractersticas comuns encontradas na produo oral dos alunos, ampliando o painel.

O professor dever conhecer as fbulas que tiveram seus ttulos e morais selecionados e ter uma cpia de uma delas.

O propsito explorar a coerncia entre o ttulo, a moral e a fbula criada, de forma a desafiar os alunos a criar uma narrativa dentro do gnero fbula tendo como sinalizadores o ttulo e a moral.

Mostre a importncia, na hora da contao das fbulas, de utilizar os recursos no-verbais, como gestos, pausas etc. Nesse momento, auxilie a turma a se organizar quanto ao tempo necessrio para planejar, ensaiar e apresentar o texto.7 Momento: Leitura e anlise lingusticaDistribua com os alunos a fbula A raposa e as uvas nas verses de Monteiro Lobato e de Millr Fernandes. Eles iro ler e refletir sobre a estrutura, a linguagem e o (re) dimensionamento da temtica em momentos histricos diferentes.

Em seguida, lev-los a refletir sobre a moral das duas fbulas (a diferena nas duas fbulas, o carter de ensinamento na verso de Monteiro Lobato e a presena do humor na verso de Millr Fernandes, a atualizao dos provrbios, o recurso da pardia para distorcer a moral clssica da primeira verso.

Para promover a discusso, proponha perguntas do tipo: (a) Como cada fbula inicia sua narrao?; (b) Qual a atuao da raposa em cada uma?; (c) O que resolve fazer a raposa, em cada fbula, ao encontrar o empecilho para comer as uvas?; (d) Como termina cada fbula?; (e) Qual das duas verses mais engraada? Por qu?

Comente com os alunos que a fbula A raposa e as uvas original foi escrita por Esopo, antes de Cristo. Mostre para os alunos o recurso utilizado na produo de Millr Fernandes: a pardia. Essa diferena produzida nas partes da narrativa por este autor muda sobremaneira algumas nuances: (a) na orientao - caracterizao de personagens, tempo e espao da narrativa; (b) na complicao o fato que gera a narrativa; nessa fbula, as uvas estarem inacessveis; (c) na resoluo a conseqncia da complicao; na fbula, a s aes da raposa aps ser mal sucedida na tentativa de pegar as uvas; (d) na avaliao- na fbula, destaca-se a moral.

8 Momento: Leitura e anlise lingusticaOs alunos devero indicar no texto o processo de referenciao expresses utilizadas para designar cada personagem ou lugar e de adjetivao como so descritos os personagens e outros elementos da narrativa: a raposa, os cachos e as uvas nas duas verses das fbulas.

Oriente-os a sistematizarem no quadro essas diferenas, para que percebam a mudana na linguagem e os efeitos de sentido pretendidos pelos autores, atravs de questes, como: (a) Em que verso a raposa parece mais faminta? Por qu?; (b) Em que verso a linguagem est mais prxima da atualidade? Exemplifique.

importante levar os alunos a refletir sobre as possveis intenes do autor ao usar alguns adjetivos e como essas escolhas se relacionam com a moral pretendida. Na maioria das vezes, o uso dos artigos definidos ou indefinidos ( uma raposa/a raposa) ou a forma de nomear os personagens (cordeiro/cordeirinho) revelam aspectos importantes para compreender o humor e a ironia entre efeitos de sentido.

9 Momento: Leitura e anlise lingstica e escritaDistribua com os alunos a fbula O leo e o rato, de La Fontaine. Aps fazerem a leitura, mostre-os as expresses utilizadas para designar os personagens ( leo o rei das selvas; o grandalho ).

Em seguida, os alunos escrevero, em um cartaz, as expresses que designam personagens, respondendo as questes: (a) Por que o leo chamado dessa forma?; (b) Esse fato ajudou a conhecer melhor o personagem e sua atuao na fbula? Explique.

Nessa atividade, poder ser utilizada uma outra fbula. O importante destacar a cadeia referencial dos personagens expresses usadas para designar um personagem no decorrer do texto. A cadeia referencial pode sinalizar sobre as mudanas nas personagens ou na maneira como o narrador as encara ao longo da narrativa.

10 Momento: EscritaDistribua aos alunos diversas fbulas, sem o ttulo e sem a moral. Proponha os alunos a produzirem um ttulo e uma moral para as fbulas recebidas.

Aps a produo, escreva no quadro as sugestes dos alunos e depois compare-as com os ttulos e as morais originais.Para que o aluno produza o ttulo, necessrio que identifique a unidade temtica do texto. Discuta, com seus alunos, as produes elaboradas por eles e leve-os a perceber quais ttulos melhor se articulam ao tema da fbula. Da mesma forma se d com a produo da moral.

11 Momento: Leitura, anlise lingstica e oralidadeDistribua tiras aos alunos pedindo que eles recuperem aspectos caractersticos do gnero fbula. Atravs das respostas trazidas nas tiras, o professor dever trazer o painel da caracterizao para que os alunos retomem as caractersticas iniciais sobre o texto, ampliando com outras caractersticas que surgiram no decorrer dessa atividade.Professor, traga para o centro das discusses outras caractersticas do gnero fbula, como: (a) quem produz? (b) quem escuta/l, atualmente, e quem escutou/leu em outras pocas? (c) onde pode ser encontrado esse gnero? (d) que outros textos usam fbulas? (propagandas, poemas, msicas etc.12 Momento: Anlise lingstica e escrita

A partir da fbula A Lebre e a Tartaruga, presente no anexo II, pea aos alunos que respondam as seguintes questes:1. Neste texto vrios animais esto envolvidos na realizao de uma corrida. Eles so personagens da histria. Quem so eles?2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?3. mais fcil um leo cacarejar do que eu perder uma corrida para voc. O que ser que a lebre quis dizer com isso?4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?5. Como voc entendeu a moral da histria?

13 Momento: EscritaAgora, os alunos devero produzir uma fbula, utilizando outras alegorias animais, objetos ou algum elemento de referncia do seu cotidiano que simbolize alguma virtude ou vcio. Retome o painel da caracterizao.

O professor dever solicitar a (re) escrita dos textos produzidos, destacando a organizao textual-discursiva dos textos (pontuao, discurso direto e indireto, elementos da narrativa, marcadores de tempo-espao, adjetivao, cadeia referencial, figuras de linguagem, dentre outros aspectos que o professor julgar necessrio e pertinente).

Das produes elaboradas pelos alunos poder sair alguma pardia referente vida cotidiana, com personagens reais, que representem vcios e virtudes, como alguns artistas, polticos ou outras pessoas conhecidas. Os alunos encontraro os mais variados cenrios voltados para o humor, etc. importante manter a essncia do gnero, destacando o ensinamento com o uso de alegorias, como animais, objetos, plantas, para representar vcios e virtudes humanas.

FBULA I | A raposa e as uvas

Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir gua na boca. Mas to altos, que nem pulando.

O matreiro bicho torceu o focinho:

Esto verdes murmurou. Uvas verdes, s para cachorros.

E foi-se. Nisto, deu o vento e uma folha caiu. A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa, e ps- se a farejar.

MORAL: Quem desdenha, quer comprar. (LOBATO, Monteiro. Fbulas. So Paulo, Brasiliense, 1991.)

FBULA I I| A raposa e as uvas

De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipcio a perder de vista. Olhou e viu, alm de tudo, altura de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, no conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo que tinha, no conseguiu nem roar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: "Ah, tambm, no tem importncia. Esto muito verdes." E foi descendo, com cuidado, quando viu sua frente uma pedra enorme. Com esforo empurrou a pedra at o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e. . . conseguiu ! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!

MORAL: A frustrao uma forma de julgamento to boa como qualquer outra.( FERNANDES, Millr. Fbulas fabulosas. 14. Ed. Rio de Janeiro: Nrdica, 1997.)

FBULA ORIGINAL | A raposa e as uvas

Uma raposa entrou faminta em um terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se dependuravam, muito alto, em cima de sua cabea. A raposa no podia resistir tentao de chupar aquelas uvas, mas, por mais que pulasse, no conseguia abocanh-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:

Esto verdes...

MORAL: fcil desdenhar daquilo que no se alcana.

(ESOPO. Fbulas. So Paulo: Martin Claret, 2006)

ANEXO I

O leo e o rato | Jean de La Fontaine

Um rato, bastante perturbado, sai da sua toca. Quandoolha para frente, d de cara com um leo! Para sua sorte, o rei da selva ou teve piedade ou no estava com fome naquela hora, pois nada fez ao bicho, deixando-o irembora. Mas o bem que o leo fez foi bem pago. Quem diria que, um dia, ele iria precisar daqueleinsignificante ratinho! E foi o que aconteceu. Ao passar pela extensa floresta, o leo caiu numa rede enganosa! Logo ele que no conhecia a traio por ser forte e corajoso! Fez de tudo: rugiu, esforou-se, porm no conseguiu fugir.

E no que aparece o rato para acudir o grandalho das selvas? Mas como voc poder me ajudar com esse pequeno tamanho? pergunta o leo.

O rato no responde, e comea a roer as grades da priso.

Com seus dentes finos, rompe os fios que prendem o leo. Ele consegue libertar aquele que um dia lhe fez bem, pagando, assim, uma dvida com o leo. Com isso, deixa uma lio para as pessoas: de serem sempre gratos com quem lhes ajuda. E mais: mostra que o trabalho, quando feito com pacincia, tem melhor resultado do que a fora e a imprudncia daqueles que, nervosos, tentam realizar suas obrigaes.

(La Fontaine, Jean de Fbulas de Esopo. Adaptao: Lcia Tulchinski. So Paulo: Scipione, 2008)

Para obter mais informaes, procure o apndice.

III CARTA DO LEITOR

A 'Carta do Leitor' um gnero que circula no domnio jornalstico, veicula em revistas e jornais de circulao regional e nacional em uma seo especfica para este fim. Caracteriza- se como uma carta aberta dirigida a destinatrios desconhecidos. Do ponto de vista organizacional geral, a carta do leitor se assemelha s cartas pessoais, que por sua vez advm do gnero epistolar, o qual obedece a elementos que contribuem para a unidade interna do texto. As caractersticas que permeiam este gnero: texto com intencionalidade persuasiva; com formato semelhante ao da carta pessoal, apresentando data, vocativo, corpo do texto, expresso cordial de despedida, assinatura, cidade de origem, sendo que nem todas essas partes so encontradas na carta do leitor. Esses elementos contribuem para a unidade interna do texto. Nessas sees, encontramos elementos identificadores de lugar, tempo, destinatrio, remetente, saudao, despedida, dentre outros, que podem variar de acordo com o tipo de carta carta pessoal, carta comercial, carta do leitor, carta aberta etc. sendo cada uma com caractersticas diferentes. Esta diversidade se d em razo dos propsitos comunicativos desses gneros.

Na sua produo e verso final, a carta do leitor composta dos elementos estruturais pertinentes a esse gnero. Contudo, ao chegar redao, essa carta editada antes da sua publicao, por uma questo de espaofsico do jornal/revista, pertinncia ao tema, prolixidade, dentre outros. Assim como a carta poder no ser publicada, at pela quantidade de cartas com o mesmo tema, ficando a editora a decidir qual a mais vivel para publicao. Dessa forma, a relao de poder entre o leitor (interlocutor da carta) e o jornal/revista (editor) assimtrica: o jornal ou revista que decide o que ser publicado, de que forma e quando.

Nessas cartas, o leitor/interlocutor reivindica, solicita, critica, agradece ou elogia algo que foi publicado ou mesmo algum fato da comunidade, regional ou nacional. A linguagem clara e objetiva, estilo simples, pessoal (emprego dos pronomes e verbos na 1 pessoa) ou mais impessoal (empregando pronomes e verbos na 3 pessoa) ou ainda a possibilidade de utilizar os dois tipos de linguagem ao mesmo tempo; menor ou maior impessoalidade, de acordo com a inteno do autor, no entanto so produzidas no registro formal da lngua. Quando se trata de alguma reclamao ou reivindicao, necessrio convencer os leitores e/ou ouvintes a aceitar

os pontos de vista expostos, convencendo as pessoas a acreditarem no que dito e aderirem ao que se reivindica. Assim, as sequnciasargumentativas e expositivas so mais freqentes. Outras vezes, necessrio relatar fatos ou aes em uma seqncia temporal e causal, quando prevalecem as sequncias narrativas.

O uso da carta do leitor em sala de aula proporciona ao aluno o contato com um gnero escrito. A introduo deste gnero no espao escolar favorece a descoberta da funo sua social, criando oportunidades para uma reflexo sobre o porqu das pessoas escolherem este gnero para expressar suas opinies, comentaralgo etc., qual a sua importncia no efetivo contato entre o veculo e leitor etc., quais temas so mais recorrentes.

Objetivos: familiarizar-se com o gnero carta do leitor, buscando compreender e refletir sobre as usas especificidades, assim como produzi-lo adequadamente; perceber elementos estruturadores do gnero carta do leitor; ler e produzir cartas do leitor, levantando os pontos de vista e argumentos para criticar, elogiar, sugerir, indagar, solicitar ou denunciar.

SUGESTES DE ATIVIDADES

I Eixo de ensino | LEITURA E ORALIDADE

1. Organize a turma em grupos e distribua exemplares de jornais, revistas e gibis.

Oriente para que os alunos busquem a seo 'carta do leitor' e observem criteriosamente para verificar em que parte desses suportes so publicadas as cartas dos leitores. Questione-os: (a) Vocs encontraram a seo em que as pessoas expem suas idias, sua opinio, reivindicao, reclamao etc.? (b) Encontraram o nome que identifica essa seo? (c) Nessa seo, h alguma informao sobre as pessoas que escrevem para eles? Quais?

Faa uma tabela no quadroou cartolina para escrever os dados de cada suporte identificado por seo:

Nome da

RevistaNome do

GibiNome do

Jornal

Nome / Suporte

Nome da Seo

Identificao do remetente

Logo em seguida, explore os diversos nomes identificados na seo de carta do leitor. Alguns meios de comunicao apresentam essa seo como: Correio do Cebolinha ou algum outro personagem do gibi ou mesmo o nome do leitor, no caso dos gibis, outros veculosdivulgam endereo para correspondncia e o nome do leitor. interessante levar o aluno a fazer essa comparao e anlise para provocar uma reflexo de como funcionamos diferentes meios de comunicao, mesmo com o nome da mesma seo.

2. Recursos didticos: Exemplares de jornais, revistas e gibis, cartolina, quadro.

Piloto/Giz.

3 -Comentrios: O nmero de aulas depender do nmero de alunos e do ritmo destes. As respostas devero ser afixadas em local visvel de maneira que eles percebam as diversas identificaes encontradas nos veculos de comunicao seo 'Carta do Leitor', assim como outros elementos identificadores dos leitores, como: sexo, idade, lugar de onde escrevem, profisso etc.)

II Eixo de ensino | LEITURA E ANLISE LINGUSTICA.

1 -Mostre aos alunos no mnimo 2 modelos de carta do leitor de cada suporte de mdia. Incentive-os a lerem as cartas, logo aps, pergunte em que veculo elas foram publicadas. Mostre aos alunos exemplares de carta pessoal e carta do leitor, com o intuito de identificar as caractersticas destes gneros. Aps observarem os gneros, pergunte: (a) A carta enviada pelo leitor redao dejornais, revistas, gibis, rdio, TV etc., semelhante s que ele envia para um amigo?

Neste momento, apresente um exemplo da carta pessoal e outro da carta do leitor. Continue interagindo com seu aluno, perguntando: (a) O que podemos ver na carta pessoal? (b) Como escreve o remetente para que possamos perceber de onde a carta e quando foi produzida ( Local e data)? (c) O que se percebe no contedoda carta aps a saudao? De que forma a carta foi concluda ( Despedida e assinatura)? (d) Ao ler a carta, podemos perceber o propsito dela?

Faa anotaes nas margens da carta pessoal dos pontos comentados pelos alunos. Em seguida, convide-os a observarem a carta do leitor, oriente-os de que eles iro observar agora a carta do leitor e levante as seguintes questes: (a) Como a carta iniciada? (b) Como o remetente interage com a redao da revista/jornal/gibi? (c) Como essas mdias identificam o remetente? (d) Qual o propsito dessas cartas?

Registre a fala dos alunos nas margensda carta analisada, o fim de que identifiquem elementos, como: solicitaes, elogios, reclamaes, sugestes, respostas etc. possivelmente presentes nesses gneros.

2 -Recursos didticos: Cartolina,piloto/giz, quadro. Exemplares: carta pessoal ( Anexo 1) e carta do leitor ( Anexo 2) ou cartas apresentadas pelo professor.

3 - Comentrios: Utilize esse momento para refletir com os alunos que, apesar do advento da internet e do uso dos e-mails , as cartas ainda so utilizadas por interlocutores/leitores. Orienteo aluno a perceber a estrutura do gnero textual carta: (a) Local das saudaes, vocativo; (b) corpo do texto sequncia argumentativa, narrativa, descritiva; (c) fecho da carta, despedidas. Provocar uma reflexo acerca dos seguintes elementos: lugar, tempo, destinatrio, remetente, saudao, despedida, entre outros, que podem ser explanados pelos seus produtores/leitores em diferentes posies nas cartas. O propsito comunicativo da carta o que vai definir essa diversidade de modelos.

III Eixo de ensino | ESCRITA, LEITURA, ORALIDADE E ANLISE LINGSTICA.

1 - Neste momento, iremos confrontar as caractersticas e especificidades dos gneros textuais 'carta do leitor' e 'carta pessoal'. Ento, pergunte aos seus alunos quais elementos so semelhantes e/ou diferentes que esto presentes nestes gneros em tela. Elabore um quadro, seguindo este modelo:

SemelhanasDiferenas

Carta do leitorCarta PessoalCarta do leitorCarta Pessoal

Busque evidenciar ascaractersticas e especificidades dos gneros trabalhados, explorando os pontos levantados pelos alunos.

2. Recursos didticos: Cartolina. Piloto

3. Inicie uma discussooral baseando-se nos pontos listados nas tabelas.

Pontue no quadro as respostas dos alunos para que os mesmos observem as especificidades do gnero trabalhado nos modelos de carta.

IV Eixos de ensino | LEITURA.

1 -Divida a turma em grupos, distribua um exemplar de uma carta do leitor Meninos (Anexo 1), enviada a um jornal pernambucano. Logo aps, lance as perguntas:(a) Do que trata o leitor em sua carta? (b) O que o leitor quer mostrar? (c) H alguma reivindicao ou denncia implcita, nas entrelinhas? Qual? (d) O leitor convence voc a acreditar na situao apresentada?

Nesse momento, voc poder utilizar outras cartas do leitor, com enfoque de outras estratgias mobilizadas pelo leitor para expor suas idias.

2. Recursos didticos: Carta do leitor (Anexo 1). Outras cartas de leitores.

3 - Comentrios: Aproveite esse momento para enfocar a importncia dos argumentos dos remetentes, sua importncia para o convencimento do pblico leitor.

V Eixos de ensino | ESCRITA E ORALIDADE.

1 -Trabalhe com seus alunos a temtica da comunidade ou bairro em que mora, levantando algum problema que eles gostariam de denunciar, ou mesmo reivindicar alguma obra para melhoria da comunidade, utilizando-se da seo carta do leitor.

Cada grupo lanar seu tema e o professor dever colocar no quadro e, por fim, oriente-os a escolherem um dos temas levantados para que possam produzir uma carta redao do jornal.

No momento da produo, leve os alunos a refletirem sobre: (a) O problema a ser abordado;(b) estratgias argumentativas para convencer o jornal a divulgar a denncia ou reivindicao, como tambm convencer os leitores daquela mdia de comunicao.

Aps a produo dessa carta, aproveite o momento para orient-los quanto a forma do preenchimento do envelope e post-lo, junto com o texto, no correio.

2.Recursos didticos: caneta, papel, envelope de carta.

3 - Comentrios: O professordever escolher, em conjunto com os alunos, um jornal de grande circulao na cidade ou estado. Lembramos que os jornais regionais e nacionais j disponibilizam espaos interativos em sites oficiais para que os leitorespossamse manifestar. Assim, outra opo utilizar o laboratrio de informtica e produzir um e-mail com as mesmas caractersticas da carta do leitor.Outro fator importante incentivar a leitura no jornal em que fora enviado a carta ou e-mail, para da, verificarem se foi publicado. o momento para verificar o que acontece com as cartas ao serem publicadas, ou seja, a edio que sofrem esses textos.

IV O POEMA

O poema, texto literrio, se diferencia da prosa pela sua organizao no suporte utilizado para a produo escrita. Geralmente apresenta- se em versos, cada um apresentando a extenso desejada pelo poeta com objetivo de destacar um certo ritmo durante a leitura do texto. bom lembrar que poema e poesia so unidades distintas. Podemos dizer que a poesia se desvela como uma expressocultural e criativa do homem, que pode se manifestar em qualquer obra de arte, como: um poema, um conto, um romance, uma pintura, uma escultura, uma msica etc. enquanto o poema um gnero que materializa a viso do poeta sobre o mundo atravs da expresso potica.

Trabalhar com poemas em sala de aula incentivar a leitura e a produotextual de fruio. Para tanto, deve-se envolver o aluno em um clima propcio para a expresso artstica para

que o mesmo se sinta estimulado a produzir tais textos. O poema uma (re) criao da realidade compostogeralmente, por versos, que podem ser agrupados em duas ou mais estrofes, tem presena do ritmo e musicalidade. Poder ter rimas, assonncias e aliteraes. comum o uso de metforas, onomatopias e neologismos.

A linguagem do poema tem uma singularidade particular. Assim, cada palavra utilizada, cada comparao, um sinal de pontuao a disposio dos versos na pgina, dentre outras caractersticas, apresentam uma relevncia comum, uma razo de ser. Portanto, interessante sensibilizar os alunos para apreciar o enfoque potico, de forma que se interessem pelo gnero e leiam com prazer.

No momento da produo desses textos, o professor dever intervir apenas no ponto de vista gramatical(ortografia, concordncia, coeso etc.). Devemos reconhecer que o poeta escolhe as palavras estrategicamente para expressar suas emoes e sentimentos.

Objetivos: Entrar em contato com poemas, reconhecendo-os como expresses da subjetividade; perceber como os recursos no-verbais (entonao, pausas, ritmo, expresso facial, gestos) utilizados na leitura soa fundamentais no processo de (re) construo de sentidos; usar pistas textuais para (re)construir interpretaes possveis na leitura de poemas; verificar a organizao estrutural do poema (estrofes e versos) como importante recurso na construo dos sentidos e na conduo da leitura a ser realizada; observar recursos lingusticos peculiares a poemas, como: rimas, ritmo, metforas; produzir e revisar poemas.

SUGESTES DE ATIVIDADES

I Eixo de ensino | LEITURA E ORALIDADE.

1 - Prepare a sala disponibilizando diversos poemas em murais, quadro, paredes, caixas surpresas, bexigas, em cordo etc. Poder colocar um som ambiente e pedir que os alunos circulem livremente, lendo os poemas.

Logo em seguida, proponha que alguns alunos leiam o poema que mais gostaram. Pea que os alunos justifiquem suas escolhas. Pergunte aos alunos se eles reconhecemo gnero que leram. Indague se foi uma notcia, uma receita, uma carta etc. Em seguida, leia um poema, destacando a entonao pertinente, com nfase em algumas palavras, a expresso facial e os gestos, as pausas etc. Mostre para os alunos que essa a maneira ideal para se declamar um poema.

2 -Recursos didticos: Poemas vrios afixados em murais, paredes, colocados em caixas, cordes etc.

3 - Comentrios: O nmero de aulas necessrias nesta sequncia depender do nmero de alunos na turma e do ritmo de trabalho deles.

O primeiro momento dessa atividade versa sobre uma leitura de deleite, de prazer, de descoberta,oprofessor poder utilizar poemas que despertem a ateno do aluno. No anexo, h algumas sugestes.

interessante organizar a sala antes dos alunos entrarem. Utilize papis coloridos e letras grandes afixados nas paredes. Lembre-seque a leitura expressiva de poemas essencial para ativar o gosto pela leitura desse gnero. Durante a sequncia de aulas, deixe os poemas afixados nos locais escolhidos no momento inicial, deixando espao para os poemas trazidos pelos alunos e at produzidos, posteriormente, por eles.

II Eixo de ensino | LEITURA E ORALIDADE.

1 -Organize a sala em grupos e pea que eles escolham um poema e tambm um colega do grupo para fazer a leitura expressiva do poema selecionado. Eles devero dispor de algum tempo para ensaiar. Destaque os recursos no- verbais que os alunos podero utilizar no momento da declamao.

2.Recursos didticos: Cpia de poemas escolhidos pelos alunos.

3 - Comentrios: Nesse instante, o professor dever visitar os grupos e verificar como esto os ensaios de declamao, at para melhor poder orient-los. Ajude-os a perceber qual a melhor entonao, quando houver pausas, algum outro gesto etc. Os alunos podero visitar a biblioteca e escolher outros poemas.

III Eixo de ensino | LEITURA E ORALIDADE.

1 -Aproveite os poemas trazidos pelos alunos e pea que eles desenhem algo que represente o poema escolhido. Em seguida, cada aluno dever apresentar na frente da sala o seu desenho e os demais alunos devero inferir de que trata o poema. Aps algumas hipteses levantadas, o aluno deve ler o poema. Prepare um mural, com o ttulo Belos Poemas, e afixe os poemas trazidos pelos alunos.

Logo aps, pergunte aos alunos o que um poema. Elenque no quadro as respostas. Inicie a leitura do poema Aquarela, de Toquinho/Vincius de Moraes, e discuta com os alunos qual o possvel assunto do texto. Pea que eles opinem sobre o presente e o futuro abordados no poema, de que forma vem expressas essas idias. Esse poema foi musicado por Toquinho. interessante colocar a forma musicada, em CD, para que os alunos apreciem o efeito dessa musicalidade e verificar as multiformas de abordagem de um poema.

2 -Recursos didticos: Poemas trazidos pelos alunos. Cpias do poema/msica Aquarela (Anexos). Quadro, piloto/giz. Cartolina. Msica do poema (CD), aparelho de som.

3 -Comentrios: O mural com os poemas dever ficar durante toda a sequncia dessas aulas. Essa ao poder motivar os alunos a valorizar os exemplares coletados por eles mesmos. Tente discutir com os alunos sobre a definio de poema. Isso leva os alunos a refletirem sobre o gnero. Indague-os por que os poemas so escritos, de que eles falam, para que servem.

IV Eixo de Ensino | LEITURA E ORALIDADE.

1 -Para trabalhar a compreenso do texto, Aquarela, elabore algumas perguntas, como: (a) Que faz o autor nas trs primeiras estrofes? Como surgiu a gaivota e o que ela faz? (b) Por que o autor utiliza a expresso Numa folha qualquer? (c) Qual o sentido da expresso navio de partida? (d) Na viso do autor como o futuro? Descreva-o com exemplos retirados do texto. (e) Qual a relao do ttulo com o texto do poema?

Tente valorizar as respostas dos alunos. Trabalhe com as rimas, palavras que terminam com o mesmo som. Escreva no quadro os pares dessas palavras. Discuta com os alunos se as rimas enriquecem o poema, tornando-o mais interessante para o leitor e por qu.

Organize a turma em pequenos grupos e entregue a cada um o poema Canteiros, de Ceclia Meireles (Anexo III). Fragmente o poema, deixando lacunas para as seguintes palavras contidas no poema: SAUDADE FELICIDADE INVENTO CONTENTAMENTO DIA ALEGRIA FRAMBOESA TRISTEZA VIDA PARECIDA. Objetiva-se fazer com que o aluno produzaefeitos de sentido no texto e que rimem com o que est na estrofe.

Logo aps, sistematize as respostas no quadro, fazendo listas das palavras para cada estrofe. Abra uma discusso com os alunos, utilizando as palavras escolhidas e verifique se deixaram o texto coerente e se rimam com o final do verso anterior. Discuta com os alunos a caracterstica da rima.

2. Recursos didticos: Cpias do poema Aquarela (Anexo I). Cpias do poema

Canteiros (Anexo III), lacunado.

3 -Comentrios: Lembrar que um poema passvel de muitas interpretaes, assim como existem poemas sem rimas, com o mesmo valor que os demais. Para a atividade de preenchimento das lacunas, o professor poder utilizar outros poemas, de forma que no fique resumido s a preencher lacunas em busca de rima, mas produzir efeitos de sentido. O interessante promover a interao com o que o texto diz, com coerncia.

V Eixo de ensino | LEITURA E ANLISE LINGSTICA E ESCRITA.

1 -Distribua cpias do poema original e pea que os alunos faam uma leitura silenciosa, destacando em quantas estrofes o poema est dividido. Abra uma discusso com os alunos sobre por que o poema se divide em estrofes. Cada estrofe remete a que cena da histria contada?

Utilize, agora, o poema Por que Deus permite que as mes vo-se embora?, de Carlos Drummond de Andrade, (Anexo II) e trabalhe com os alunos a respeito da construo do poema sem estrofes. Leve os alunos a refletirem que o poema pode vir com vrias estruturas e que a sua temtica pode ser, alm de outros temas, voltada para um desabafo.

Em seguida, distribua com os alunos cpias do poemaOs bichinhos e o homem de Vincius de Moraes (Anexo I), e pea para que eles analisem a temtica desse poema. Como o supostamentefeio (moscas, baratas, besouros, carrapatos etc.) podem fazer parte de um poema de uma maneira criativa e com coerncia, haja vista que as palavras no esto soltas, pois na ltima estrofe, esses bichos tm a sua funo para o homem. Levar o aluno a refletir sobre o que o texto diz.

2 -Recursos materiais: Cpias do poema Aquarela, de Toquinho/Vincius (Anexo I).Cpias do poema Os bichinhos e o homem de Vincius de Moraes (Anexo I) e do poema Por que as mes vo-se embora?, de Carlos Drummond de Andrade (Anexo II).

3 -Comentrios: O interessante dessa atividade explorar as estrofes como um recurso de organizao do texto, das temticas tratadas. Essas estrofes servem para d ritmo ao poema. No entanto, observa-se que Drummond no utiliza em seu poema o recurso das estrofes, mas de versos dispostos aleatoriamente, sugerindo uma interao prxima com o leitor, com a sua beleza prpria. Mostrar para os alunos que uma construo de um texto potico no dever ficar preso a forma de sua estrutura.

VI Eixo de ensino | ORALIDADE E ESCRITA.

1 -Proponha para os alunos elaborarem um poema, baseados em algo que lhes chame a ateno. Os alunos podero utilizar jornais, revistas ou fotos para que estimulem a enxerg-los de um jeito diferente do comum. Pensar nas imagens ou objetos em outras perspectivas, como por exemplo, a derrubada de uma rvore para poder construir uma mesa para a casa de algum que no a tenha. Oriente os alunos e faa as intervenes formais do texto. No final, pea que cada aluno leia o seu texto.

2.Recursos didticos: Jornais, revistas, fotos, objetos diversos.

3 -Comentrios: Nessa atividade objetiva-se estimular o olhar potico sobre uma cena comum. Caso alguns alunos apresentem alguma dificuldade, instigue-os a ver objetos e cenas sob outra perspectiva. Mostre que os poemas nem sempre tem formas fixas, que no precisa de rima. Afixe os poemas em um mural de produes dos alunos.

Os Bichinhos e o HomemVinicius de Moraes/ Composio: Vinicius de Moraes/ Toquinho

Nossa irm, a mosca

feia e tosca Enquanto que o mosquito mais bonito

mais bonito

Nosso irmo, besouro Que feito de couro Mal sabe voar

Mal sabe voar

Nossa irm, a barata Bichinha mais chata prima da borboleta Que uma careta Que uma careta

Nosso irmo, o grilo Que vive dando estrilo S pra chatear

S pra chatear

E o bicho-do-p Que gostoso que ele Quando d coceira

Coa que no brincadeira

E o nosso irmo carrapato Que um outro bicho chato E primo-irmo do bacilo

Que irmo tranqilo

Que irmo tranqilo

E o homem que pensa tudo saber No sabe o jantar que os bichinhos vo ter

Quando o seu dia chegar

Quando o seu dia chegar

Aquarela

Composio: Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio

Numa folha qualquer

Eu desenho um sol amarelo

E com cinco ou seis retas

fcil fazer um castelo...

Corro o lpis em torno

Da mo e me dou uma luva

E se fao chover

Com dois riscos

Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho Azul do papel

Num instante imagino

Uma linda gaivota

A voar no cu...

Vai voando Contornando a imensa Curva Norte e Sul

Vou com ela Viajando Hava Pequim ou Istambul. Pinto um barco a vela Branco navegando

tanto cu e mar Num beijo azul... Entre as nuvens

Vem surgindo um lindo

Avio rosa e gren Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele est Partindo, sereno e lindo Se a gente quiser

Ele vai pousar...

Numa folha qualquer

Eu desenho um navio de partida

Com alguns bons amigos

Bebendo de bem com a vida...

De uma Amrica a outra

Eu consigo passar num segundo

Giro um simples compasso

E num crculo eu fao o mundo...

Um menino caminha

E caminhando chega no muro

E ali logo em frente A esperar pela gente O futuro est...

E o futuro uma astronave

Que tentamos pilotar

No tem tempo, nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licena

Muda a nossa vida E depois convida A rir ou chorar...

Nessa estrada no nos cabe Conhecer ou ver o que vir O fim dela ningum sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos

Numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorir...

Numa folha qualquer

Eu desenho um sol amarelo

(Que descolorir!)

E com cinco ou seis retas fcil fazer um castelo (Que descolorir!)

Giro um simples compasso

Num crculo eu fao

O mundo

(Que descolorir!)...

Anexo II

Fonte: http://www.literatus.blogspot.com

Anexo III

Canteiros

(Ceclia Meireles)

Quando penso em voc fecho os olhos de saudade

Tenho tido muita coisa, menos a felicidade

Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento Nem aquilo a que me entrego j me traz contentamento Pode ser at manh, cedo claro feito dia

mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu s queria ter no mato um gosto de framboesa Para correr entre os canteiros e esconder minha tristeza Que eu ainda sou bem moo para tanta tristeza

E deixemos de coisa, cuidemos da vida, Pois se no chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moo, sem ter visto a vida.

Fonte: http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias11-cecilia-meireles.php - acessado em 01/06/09.

V NOTCIA DE JORNAL IMPRESSO

O gnero textual notcia alcana todas as camadas sociais, movimentando informaes e, de certa forma, contribuindo para a formao de opinio dos leitores. Da ser, esse gnero, um importante instrumento n oprocesso d e f o r m a o d o leitor/interlocutor. Por ser um texto que divulga, para grande contingente da populao, um fato noticioso, este deve ser marcadopelo ineditismo, improbabilidade, interesse, apelo, empatia e o factual. Para os jornais, quanto mais pessoas se identificarem com a (s) personagem (ns) e a situao da notcia, mais jornais sero vendidos.

O texto da notcia de jornal impresso organizado da seguinteforma: ttulo,lead e corpo. A funo do ttulo despertar no leitor o interesse pela leitura da notcia. Assim, este deve apresentar uma mensagem sucinta e, algumas vezes, surpreendente, destacando-se graficamente do texto que se segue. A importncia do ttulo tanta que o ttulo mais importante de cada caderno do jornal chamado de 'manchete'. O lead - do ingls que significa 'guia' ou 'o que vem a frente' sempre encontrado no primeiro pargrafo. Refere-se a um breve relato dos fatos e deve apresentar informaes essenciais que, na teoria do jornalismo, so as perguntas bsicas contidas nesta etapa que devero ser respondidas na elaborao de uma matria: o qu, quem, quando, onde, como e por qu. J no corpo do texto da notcia, que correspondem aos demais pargrafos, so detalhados os fatos introduzidos pelo lead com ampliao de novas informaes, organizadas em ordem cronolgica ou de importncia.

Lembrar que as fotografias e as legendas tm sua parte na construo de sentidos do gnero notcia. Geralmente, os jornais direcionados populao menos escolarizada, utilizam a imagem como resumo da notcia. Algumas vezes a leitura das notcias resume-se leitura do ttulo e da imagem, seja pela pressa ou interesse em ver determinada notcia. Ento, a conciso do ttulo e a escolha estratgica das imagens como fonte de informao caractersticas desse gnero que norteiam a seleo, por parte do leitor, de quais notcias sero lidas na ntegra.

A organizao interna do texto se caracteriza pela presena de perodos curtos, frases na ordem direta, vocabulrio usual, descries objetivas, utilizao de verbos introdutores de opinio, como falar, dizer, afirmar, assegurar, expresses circunstanciais de tempo, espao, causa etc. que orientam as informaes bsicas sobre o fato noticiado que est presente no lead. Essas caractersticas podem ser exploradas no eixo da anlise lingstica, assim como na leitura e para a produo do gnero.

importante trabalhar com notcias atuais e sempre observar aspectos relacionados s condies de produo, como: leitor; posicionamento ideolgico do jornal, que compe a sua linha editorial, em que a notcia foi publicada, a parcialidade da notcia, entre outros pontos.

Objetivos: compreender a notcia impressa como um relevante instrumento de reflexo sobre os fatos da nossa realidade social; interagir oralmenteacerca dos diversos temas apresentados nas notcias lidas; identificar notcias, diferenciando-as de outros gneros; discutir sobre as temticas mais frequentes nas notcias, alm das outras sees que compem o jornal impresso; inferir e levantar hipteses sobre as temticas das noticias a partir da leitura dos ttulos de notcias e das imagens relacionadas s notcias; identificar as caractersticas peculiares do gnero, como: recursos grficos tipos e tamanho de letras, de imagens, informaes no lead; analisar e comparar a mesma notcia em um jornal popular e um jornal direcionado a uma elite, observando aspecto como vocabulrio, extenso e ordem das frases, parcialidade no tratamento do tema etc.; produzir notcias com as caractersticas desse gnero.

SUGESTES DE ATIVIDADES

I Eixo de ensino | LEITURA E ORALIDADE.

1 - Organize a sala e afixe, em locais diversos, vrias notcias recentes e pea que os alunos circulem e leiam as notcias expostas. Aps alguns minutos, tempo que d para eles lerem um bom nmero de notcias,oriente para que eles selecionem a notcia que mais impressionou.

Logo em seguida, pergunte: (a) como chamado esse texto que voc acabou de ler? (b) Voc estava lendo uma histria em quadrinhos? Por que no? (c) Qual a funo desses textos que voc leu? Onde podemos encontrar textos assim? (d) por que essa notcia o impressionou?

Aps esse momento, forme pequenos grupos e distribua a crnica Os jornais, de Rubem Braga (ANEXO I). Leia junto com os alunos, abra um momento de discussoacerca das temticas das notcias a partir das seguintes perguntas: (a) Quais tipos de notcias tm predominado nos jornais? Por qu? (b) Qual o significado das expresses Ser o mundo assim, uma bola confusa, onde acontecemunicamente desastres e desgraas? e A impresso que a gente tem, lendo os jornais(...) que o 'lar um local destinado (...) prtica de 'uxoricdio'. (c) O que significa o termo'uxoricdio'?

2. Recursosdidticos: Pginas do Recortes de notcias. Cpia da crnica de

Rubem Braga (ANEXO I). Dicionrio.

3 - Comentrios: O nmero de aulas nessa sequncia depender do nmero de alunos na turma e do ritmo de trabalho destes.

Deixe os alunos descobrirem o nome do gnero. Estimule a produo oral dos alunos, de forma que eles ativem o mximo seus conhecimentos prvios sobre o gnero, como tambm seu nvel de argumentao. Exponha notcias de diversas temticas (polticas, esportivas, televisivas, nacionais, internacionais etc.) e diversos jornais.

Sistematize as respostas dos alunos em um cartaz sobre a caracterstica inicial do gnero. Esse cartaz dever ficar exposto na sala.

Informe ao aluno que os textos informativos vm expressos em gneros, como a reportagem, artigo de revista e que cada texto tem um nome especfico, com estrutura e funo social diferentes. O objetivo da utilizao da crnica limita- se explorao do tema.

II Eixo de ensino | LEITURA.

1 - Distribua um jornal impresso a cada grupo e trabalhe com os alunos a idia de jornal como suporte que contmvrios gneros. Escreva no quadro as seguintesperguntas: (a) Um jornal composto por vrios cadernos, ento, quantos cadernos tm o jornal que vocs esto lendo? (b) Quais temas so encontrados nesses cadernos? (c) Os cadernos publicados so os mesmos todos os dias da semana? (d) A extenso dos cadernos varia de acordo com os dias da semana? (e) A notcia apenas um dos gneros encontrados no jornal. Que outros gneros podermos encontrar? (f) Qual o texto que predomina no jornal? (g) Por que so utilizados diferentes tipos de letras nos ttulos dos textos? (h) A organizao grfica do jornal (ilustraes, fotografias, grficos, cabealhos de sees etc.) permite uma melhor localizao das informaes? Os grupos devero dispor de um tempo para responder as perguntas e, depois, escolher um membro do grupo para socializar as respostas.

2.Recursos didticos: Diversos jornais usados e completos. Quadro, piloto/giz.Papel, lpis/caneta.

3 - Comentrios: um bom momento para os alunos analisaremo jornal e conhecerem os cadernos que o compem, como tambm perceber os diferentes tipos de letras, os gneros textuais do domnio jornalstico, as sees, entre outros. Provavelmente os alunos iro observar que os anncios e as notcias predominam,tornando-se um excelente momento para refletir sobre o porqu desse formato.

III Eixo de ensino | LEITURA E ANLISE LINGUSTICA.

1 - Organize a sala em grupos e distribua a notcia Suspeito de realizar sequestro d aula de crime a crianas do Jornal do Comrcio (Anexo I). Leia com os alunos a notcia e faa perguntas orais para levantar hipteses, fazer inferncias e ativar o conhecimento prvio dos alunos, tais como: (a) Quem o suspeito? (b) Onde, como e para quem ele d aulas? (c) O Suspeito agiu sozinho? Quem o ajudou? (d) Voc concorda com a forma do suspeito agir, tanto com as crianas, como seu modo diante da sociedade? (e) Por que o ttulo da notcia est no presente do indicativo se o fato aconteceu dias antes? Registre as informaes dos grupos em um cartaz.

2 - Recursos didticos: Cpias da notcia Suspeito de realizar sequestro d aula de crime a crianas (Anexo I). Cartolina, piloto.

3 - Comentrios: Os jornais utilizam no ttulo das notcias de jornais impressos o verbo no presente do indicativo com o propsito de estabelecer uma maior aproximao entre o leitor com o fato, assim como evidencia que a notcia recente.

Para caracterizar o gnero notcia, faa com os alunos uma reflexo sobre o lead, que o primeiro pargrafo do texto.

IV Eixo de ensino | LEITURA E ESCRITA.

1 - Entregue aos grupos uma imagem retirada de uma notcia de jornal. Os alunos deverofazer a leitura da imagem e elaborar um possvel ttulo daquela notcia. Logo aps, leia o ttulo original para verificar o grupo que mais se aproximou.

Em seguida, distribua com os grupos uma legenda de uma foto de alguma notcia, com legendas diferentes para cada grupo. Cada grupo faz a leitura e, depois, poder desenhar ou recortar de algum jornal ou revista uma imagem que represente aquela legenda. Ao trmino dessa tarefa, cada grupo socializa sua produo.

2 - Recursosdidticos: Fotos de notcias. Recortes de legendas de fotos de notcias e suas imagens. Revistas. Lpis de cores diversas, tesouras, cola, papel ofcio.

3 - Comentrios: Explorar a relao da imagem com o fato noticiado. Mostrar para os alunos que a utilizao de uma foto ou ilustrao uma das caractersticas de vrias notcias. interessante colocar as caractersticas encontradasno cartaz de caracterizao.

V Eixo de ensino | LEITURA E ANLISE LINGUSTICA.

1 - Distribua com cada grupo uma notcia sobre um mesmo fato, publicada em jornais diferentes. Escolha um jornal de cunho popular, outro voltado para um pblico de maior escolaridade. Os alunos devero ler as notcias e escrever as diferenas encontradas. Faa as seguintes perguntes: (a) Quais os fatos que merecem destaques nas duas notcias? (b) Verificou se h diferenas na apresentao dos fatos? A linguagem utilizada pelos jornalistas diferente? (c) Por que essas diferenas existem?

Socialize oralmente as concluses de cada grupo.

Leve em conta que os jornais podero utilizar vocabulrio usual ou informal. As frases tendem a ser curtas para facilitar a leitura. No entanto, no jornal popular considervel a presena do humor ou do sensacionalismo na abordagem de certas notcias, o que contraria a mxima da imparcialidade caracterstica desse gnero.

2.Recursos didticos: Notcias de jornais diversos.

3 - Comentrios: Essa atividade propicia o aluno a refletir acerca da relao jornal e pblico-alvo, fazendo com que essa relao marquea escrita de uma determinada notcia. O pblico-alvo de uma notcia um item fundamental a se levar em conta. Observa-se, com isso, a escolha lexical e a ideologia de cada jornal.

Cada fase da caracterizao dever ser anotadaem um cartaz, para posteriormente, ser utilizada pelo aluno na produo final.

VI Eixo de ensino | LEITURA E ANLISE LINGSTICA.

1 - Nessa atividade, discuta com os alunos se eles sabem o que uma greve e quem poder faz-la. Logo em seguida, entregue a cada grupo um papel com os seguintes nmeros: 1.700 22h 190 mil 5h s 8h30 e 16h s 20h

12% - 4% - 8% - 50% - 80% .

Questione seus alunos sobre o que se referem esses nmeros em relao ao contexto de uma greve. Aps esse momento, distribua aos seus alunos a notcia Metr do Recife em greve por 2 dias, do Jornal do Comrcio (ANEXO II) , e mande eles lerem a notcias e localizar os dados relacionados a cada nmero analisado anteriormente. Os gruposdevero socializar suas respostas e verificar se as hipteses e inferncias levantadas sobre os nmeros se aproximaram dos fatos relativos a notcia.

Abra uma discusso com os alunos sobre esses nmeros, assim: (a) Ser que a notcia funcionaria com o mesmo impacto sem a presena desses nmeros? (b) Por que h essa exposio de nmeros na notcia e em outras?

importante levantar questes acerca da relao do ttulo com o texto. A palavra 'Metr' do ttulo se refere a qu? Quem est em greve? O Metr ou os funcionrios? Por que no utilizar a expresso 'funcionrios do Metr em greve'?

2. Recursosdidticos: Papel com os nmeros. Cpias da notcia Metrdo

Recife em greve por 2 dias, do Jornal do Comrcio (ANEXO II). Papel, lpis.

3 - Comentrios: Os nmeros na notcia exercem uma funo discursiva de suma importncia, pois d credibilidade e confiabilidade ao fato noticiado. No caso dessa notcia, os nmeros do credibilidade e preciso ao fato. interessante trabalhar com os alunos a questo da economia do espao para noticiar os fatos. No caso do ttulo, a utilizao do termo 'metr' acompanhado dos funcionrios, que efetivamente que esto em greve, surte o mesmo efeito, sobretudo mais contundente, pois o que interessa para a populao o fato do meio de transporte 'metro' no funcionar em tais horrios por conta da greve dos funcionrios do mesmo.

Anexo II

A lebre e a tartaruga

Esopo

A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais.

At o dia em que encontrou a tartaruga.

Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora desafiou a tartaruga.

A lebre caiu na gargalhada.

Uma corrida? Eu e voc? Essa boa!

Por acaso voc est com medo de perder? perguntou a tartaruga.

mais fcil um leo cacarejar do que eu perder uma corrida para voc respondeu a lebre.

No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda

velocidade. A tartaruga no se abalou e continuou na disputa. A lebre estava to certa da vitria que resolveu tirar uma soneca.

"Se aquela molenga passar na minha frente, s correr um pouco que eu a ultrapasso" pensou.

A lebre dormiu tanto que no percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a

correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que no descansara um s minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.

Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta.

Quando dizia que era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga...

Moral da histria: Quem segue devagar e com constncia sempre chega na frente.

http://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm

AnexoI

Fonte:HYPERLINK "http://letras.terra.com.br/vinicius-e-toquinho/"http://letras.terra.com.br/vinicius-e-toquinho/-acessadoem01/06/09

Fonte:JornaldoCommrcio,06dejunhode2009.