APOSTILA DE PRÁTICAS VETERINÁRIAS

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4 INTRODUÇÃO Os ruminantes são mamíferos herbívoros que possuem vários compartimentos gástricos, por isso também denominados de poligástricos, que ao contrário dos monogástricos que possuem um só compartimento gástrico, o estômago, os ruminantes possuem quatro, o rúmen, retículo, omaso e abomaso. O termo ruminantes advém do fato de estes animais ruminarem, isto é, depois de ingerirem rapidamente o alimento, entre os períodos de alimentação eles tornam a regurgitar o alimento para a boca, onde é de novo mastigado (depois de ruminado) e deglutido. Há uma teoria sobre a origem desses animais que diz que estes evoluíram de um ancestral comum que era capaz de ruminar, e, portanto, sendo menos dependente da permanência constante em pastagens em campos abertos, sujeito a ataques de predadores. A evolução nesse sentido se deu devido ao fato desses animais serem desprovidos da destreza da fuga e da velocidade em corridas, ao contrário do que acontece com o cavalo (um monogástrico), que é mais hábil e veloz quando em perigo. Os equídeos são mamíferos ungulados pertencentes à família Equidae e género Equus. O grupo inclui animais importantes para o homem, como o cavalo, o pónei, o asno ou burro, e selvagens como as zebras. São ungulados perissodáctilos com um só dedo funcional, e têm por tipo o cavalo. A evolução do cavalo envolve o desenvolvimento gradual do cavalo moderno, desde o Hyracotherium, animal do tamanho de uma raposa e habitante de florestas. Os paleozoólogos foram capazes de juntar as peças da linhagem evolutiva do cavalo, mas do que qualquer outro animal. O cavalo pertence à ordem conhecida como Perissodactyla, à qual pertencem os animais com cascos nas patas e um número ímpar de dedos em cada pata, assim como lábio superior móvel e estrutura dentária semelhante. Isto significa que os cavalos partilham um antepassado comum com os tapires e rinocerontes. Os perissodáctilos apareceram no Paleocénico tardio, à menos de 10 milhões de anos após da extinção K-T. Este grupo de animais parece ter sido originalmente especializado para a vida nas florestas tropicais, mas enquanto os tapires e rinocerontes retiveram a sua especialização à selva, os cavalos modernos estão adaptados à vida em terras mais secas, nas condições mais adversas das estepes. Outras espécies de Equus estão adaptadas a uma variedade de condições intermédias. Os ancestrais mais recentes do cavalo moderno caminhavam com vários dedos estendidos, uma acomodação à vida passada no chão macio e húmido das florestas. Quando as

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INTRODUÇÃO

Os ruminantes são mamíferos herbívoros que possuem vários compartimentos

gástricos, por isso também denominados de poligástricos, que ao contrário dos monogástricos

que possuem um só compartimento gástrico, o estômago, os ruminantes possuem quatro, o

rúmen, retículo, omaso e abomaso. O termo ruminantes advém do fato de estes animais

ruminarem, isto é, depois de ingerirem rapidamente o alimento, entre os períodos de

alimentação eles tornam a regurgitar o alimento para a boca, onde é de novo mastigado

(depois de ruminado) e deglutido.

Há uma teoria sobre a origem desses animais que diz que estes evoluíram de um

ancestral comum que era capaz de ruminar, e, portanto, sendo menos dependente da

permanência constante em pastagens em campos abertos, sujeito a ataques de predadores. A

evolução nesse sentido se deu devido ao fato desses animais serem desprovidos da destreza da

fuga e da velocidade em corridas, ao contrário do que acontece com o cavalo (um

monogástrico), que é mais hábil e veloz quando em perigo.

Os equídeos são mamíferos ungulados pertencentes à família Equidae e género

Equus. O grupo inclui animais importantes para o homem, como o cavalo, o pónei, o asno ou

burro, e selvagens como as zebras. São ungulados perissodáctilos com um só dedo funcional,

e têm por tipo o cavalo.

A evolução do cavalo envolve o desenvolvimento gradual do cavalo moderno, desde

o Hyracotherium, animal do tamanho de uma raposa e habitante de florestas. Os

paleozoólogos foram capazes de juntar as peças da linhagem evolutiva do cavalo, mas do que

qualquer outro animal.

O cavalo pertence à ordem conhecida como Perissodactyla, à qual pertencem os

animais com cascos nas patas e um número ímpar de dedos em cada pata, assim como lábio

superior móvel e estrutura dentária semelhante. Isto significa que os cavalos partilham um

antepassado comum com os tapires e rinocerontes. Os perissodáctilos apareceram no

Paleocénico tardio, à menos de 10 milhões de anos após da extinção K-T. Este grupo de

animais parece ter sido originalmente especializado para a vida nas florestas tropicais, mas

enquanto os tapires e rinocerontes retiveram a sua especialização à selva, os cavalos

modernos estão adaptados à vida em terras mais secas, nas condições mais adversas das

estepes. Outras espécies de Equus estão adaptadas a uma variedade de condições intermédias.

Os ancestrais mais recentes do cavalo moderno caminhavam com vários dedos

estendidos, uma acomodação à vida passada no chão macio e húmido das florestas. Quando as

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espécies de ervas começaram a aparecer e florescer, a dieta dos equídeos mudou da folhagem

para as ervas, levando ao aparecimento de dentições maiores e mais duráveis. Ao mesmo

tempo, quando as estepes começaram a aparecer, os predecessores do cavalo necessitaram de

maiores velocidades para poderem fugir mais eficazmente aos predadores. Isto foi conseguido

através de um comprimento maior dos membros e maior levantamento dos dedos do chão, de

tal maneira que o peso do corpo foi gradualmente colocado num dos dedos maiores, o

terceiro.

Quando se trata de trabalhar com animais de grande porte, uma ampla e variada

gama de competências deve ser dominada pelo futuro médico veterinário. Da contenção dos

animais à coleta de amostras, do exame físico à anestesia, espera-se que os membros da

equipe médica veterinária exerçam as melhores e mais atuais práticas da contenção dos

animais à coleta de amostras, do exame físico à anamnese. Agora que já sabemos um pouco

sobre os ruminantes e equídeos esse trabalho abordará os assuntos citados acima.

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1 EQUINOS NOMENCLATURA ZOOTÉCNICA

O corpo do cavalo é divido em quatro partes, cabeça, pescoço, tronco e membros.

Cabeça: 4 faces (dorsal, laterais e ventral) e 2 extremidades (cranial e aboral).

Pescoço: 2 faces (laterais ou tábuas), 2 extremidades (cranial e caudal), 2 bordos (dorsal e

ventral).

Tronco: 6 faces (dorsal, ventral, laterais, cranial e caudal)

Membros: Anteriores ou torácicos, posteriores ou pélvicos.

Figura 1. Cavalo Nomenclatura Zootécnica.

Aprumos

Um dos índices decisivos na compra de um cavalo são os aprumos. Um cavalo bem

aprumado tem um valor de venda maior do que um que não os tem.

E esta não é uma tarefa tão simples quanto se parece, pois diferenças sutís só podem

ser notadas por um olhar afiado e experiente.

Os aprumos são, na verdade, a base de apoio do cavalo no chão. Quanto mais reto ele

for, melhor. Aprumos “tortos” podem significar lesões e desgastes ao longo do tempo. Ou

seja, quanto mais “reto” ele é (vamos simplificar), o cavalo é mais bem equilibrado. Fazendo

uma analogia com o homem, é como a nossa postura, mas claro que esta, neste caso, trata-se

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de uma postura “natural” fatores também podem entortar os aprumos do animal, e não um

vício adquirido ao longo do tempo.

Aprumos:

A direção geral dos membros em relação a definidas linhas verticais

Para se avaliar corretamente o aprumo em estação observe o animal de perfil, por

trás e pela frente.

Classificação dos Aprumos:

Regulares: bons ou normais;

Irregulares: maus, anormais ou desviados.

Linhas de aprumos regulares, bons ou normais.

Perfil : Nos membros anteriores

Deverá partir da articulação escapulo-umeral, na sua porção mais anterior e desce

paralelamente ao membro, tocando o solo a cerca de 10 cm a frente do casco será traçado a

partir do limite entre os terços médio e inferior da espádua, descerá em direção ao solo

cortado o braço ao meio e dividira o casco, pela sua lateral, em duas partes.

Esta linha deverá partir do codilho, dividindo ao meio o joelho, a canela e o boleto

caindo um pouco atrás dos talões.

Nos membros posteriores:

É uma vertical imaginaria baixada da soldra, que desce em direção ao solo,

paralelamente ao metatarso, e repousa cerca de 10cm adiante da pinça.

É a linha baixada da articulação coxofemoral, que desce cortando a parte media da

perna e toca do solo dividindo a face lateral do casco em duas partes. É a vertical baixada da

ponta da adega que desce tangenciado a ponta do jarrete e o tendão da canela, tocando o solo

um pouco atrás dos talões.

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Figura 2 Aprumos Regulares Perfil

Frente:

Linha única, esta linha imaginaria é uma vertical baixada da ponta da espádua, que

desce em direção ao solo e divide o membro em duas partes iguais e toda ao solo exatamente

o ponto médio da pinça do casco.

Trás:

Linha única é uma vertical baixada da ponta da nádega dividindo todo o membro em

duas partes iguais, ficando entre os cascos uma distancia igual a largura destes.

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Figura 3. Aprumos regulares de frente Figura 4. Aprumos regulares de trás

Aprumos irregulares, anormais, defeituosos ou desviados:

Desvios Totais.

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Fig. 5 Aberto de frente fechado de frente Fig. 6 Aberto de trás fechado de trás

Desvios Parciais:

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2 MÉTODOS DE CONTENÇÃO EM EQUINOS

A contenção consiste em imobilizar os animais de interesse doméstico, assim como

os bovinos, caprinos, ovinos, equinos para diversos fins, ou seja, seja para um simples exame,

aplicação de medicamentos, abate ou outros. É claro que, em animais menores, a contenção,

imobilização ou derrubamento são tarefas bem mais simples.

Eis algumas limitações e cuidados na contenção dos animais de interesse zootécnico:

Primeiro ponto, deve se aproximar do animal pelo lado, calmamente e com atenção.

A forma de contê-lo para realizar a castração, o amanse e o treino destes animais,

deve ser de forma a adaptá-los ao sistema de trabalho e às ordens recebidas.

Os acessórios como os arreios, quando inadequados ou incômodos, geralmente

provocam ferimentos e tornam os animais agressivos.

Em atividades agrícolas, em que se utiliza animais, é necessário que não se conduza

os animais com a corda amarrada na cintura ou no braço, pois pode-se ocasionar um

movimento inesperado que poderá derrubá-lo.

As técnicas, utilizando-se de equipamentos e acessórios para contenção de um

animal, seja para qualquer finalidade, deve ser um ato de respeito ao animal, qualquer forma

de agressão, reflete no bom manejo e qualidade do produto final, item importantíssimo que o

profissional da zootecnia deve saber.

Os métodos de contenção em equinos dividem-se em físicos e químicos.

Métodos de contenção físicos diretos

ABRAÇO (POTROS)

Fig. 7 Homem contendo potro com abraço

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CABRESTO

Fig. 8 Cabresto

Fig. 9 Cabresto

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LAÇO

Fig. 10 Peão laçando cavalo

Fig. 11 Peão laçando cavalo

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Métodos de contenção físicos auxiliares

PREGA DE PELE OU PALETÓ

Fig. 12 método de contenção em cavalo paletó ou prega de pele

MÃO DE AMIGO

Fig. 13 Contenção de membro anterior de equino

CACHIMBO

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Fig. 14 Colocação de cachimbo

PEIAS

Fig. 15 Peia em cavalo

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TRONCO DE CONTENÇÃO

Fig. 16 Tronco de contenção

Fig. 17 Tronco de contenção

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BOXE DE CONTENÇÃO

Fig. 18 Boxe de contenção

Contenção Química

Animais agressivos, agitados ou estressados podem ser mais bem examinados

quando estão sob o efeito de tranquilizantes ou sedativos, permitindo menores alterações

paramétricas decorrentes do estresse, evitando agressões ao profissional que o examina.

Conter quimicamente um animal não deve significar, contudo, apenas imobilizá-lo, mas sim,

diminuir o estresse da manipulação, com conforto e segurança para o paciente e para o

médico veterinário.

Além dos fatores inerentes ao indivíduo (raça, temperamento, estado físico), não

podem ser esquecidos os estímulos externos que perturbam a tranquilidade do animal.

Alguns exames clínicos podem, ainda, envolver dor, quando uma região lesada ou

inflamada precisa ser manipulada, como nos exames de traumatismos osteomusculares,

feridas, enfermidades otológicas, dentre outras. Lembre-se sempre que não se deve utilizar

este tipo de contenção quando se inicia o exame físico de um animal doente, escolha o

fármaco de acordo com o estado do animal.

Associações de fármacos, doses e vias indicadas para a contenção química de equinos.

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3 ANAMNESE EM EQUINOS

A anamnese se trata do principal meio de comunicação entre médico veterinário e

cliente (proprietário do paciente). Através dela, pode-se obter dados que o exame físico não

fornecerá, como vacinação feita adequadamente, tipo de alimentação, doenças anteriores,

convivência com outros animais, dentre outras coisas que são de importante conhecimento

para direcionamento diagnóstico.

É importante que grande atenção seja voltada para o proprietário e todos os dados

fornecidos por ele, tomando sempre o cuidado de confirmar dados suspeitos, como por

exemplo, quando se pergunta se alguma medicação foi feita antes do animal ser levado até a

consulta veterinária e a resposta é negativa; deve-se após outras perguntas caso haja algum

indício de engano, voltar na mesma pergunta sempre com muita paciência, respeito e

delicadeza para que se confirme a resposta, ou que o proprietário por ter adquirido confiança e

ter perdido o medo da possível crítica ou bronca, informe o que realmente houve.

Exemplo de anamnese não específica:

1. O animal está com todas as vacinas em dia?

2. O senhor/senhora, observou alguma alteração na cor, cheiro ou textura das fezes do animal?

3. E a urina ? O cheiro está mais forte? Está urinando mais ou menos vezes ? Uma quantidade

maior ou menor?

4. Como é a alimentação do seu animal ? Somente ração ? Somente comida ? Ração e

petiscos? Um pouco de tudo ?

5. O animal já teve alguma outra doença ? Há quanto tempo ? Qual foi o tratamento utilizado

? Apresentou melhoria ou voltou porque o quadro continuou inalterado?

6. Tem acesso à rua ? Convive com outros animais em casa ?

Exemplo de anamnese específica para um animal que está mancando:

1. Há quanto tempo ele está mancando?

2. O senhor/senhora, observou se começou após alguma pancada, trauma, ou se começou sem

algum motivo especial ?

3. Alguma tentativa de tratamento já foi feita? Alguma alteração foi observada ?

4. Outros animais podem ter causado a lesão ? Dentro de casa ou durante passeio pela rua ?

5. Ele manca apenas com esta/estas patas, ou alterna ?

6. Tem se alimentado ?

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7. Vômito ou diarréia estão presentes?

8. Ele fica sempre acompanhado ou em algum momento do dia fica sozinho ?

9. Ele tem ficado isolado ?

10. Tem preferido ficar deitado, sentado, de pé ? Em movimento, parado ?

Existem também tipos diferentes de anamnese como anamnese patológica atual,

anamnese patológica pregressa (passado) vacinas etc, anamnese fisiológica e anamnese

ambiental (onde ele vive? Baia ou Piquete? O que ele come? Capim? Vive sozinho ou em

grupo?

Exemplo de informações a serem obtidas na anamnese

Problema locomotor exemplo manqueira

Duração e período?

Relação com traumas ou esforço?

Casqueamento e ferrageamento?

Tipo de treinamento?

Piso das instalações e pista?

Já foi tratado? Como?

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4 EXAME CLÍNICO EM EQUINOS

Consta da avaliação dos parâmetros clínicos normais (ou alterados) de um paciente.

Histórico/Anamnese

Exame Físico

Inspeção (Estado Geral)

•Escore corporal

•Avaliação do corpo todo do animal (aumento de volume, carrapato, alopecia, casco, exame

das mucosas)

•Mucosas: oral, oculares e genitais (normal: rósea, lisa e úmida);

•Tempo de Preenchimento Capilar;

•Temperatura corpórea 37,5 à 38,5 Cº

Palpação

•Linfonodos

•Músculos, tendões, corpo, costas

•Retal

Percussão

•Ruídos Pulmão (som timpânico de ar ok)

•Percussão Abdominal

•Percussão nos seios (cabeça)

Auscultação

•FC (28 a 40 bpmcom diafragma no tórax, atrás do joelho)

•FR (o normal é ser silencioso, se tiver ruído não é normal – 8 a 16bpm)

•Movimentos Intestinais (cólica) o intestino é bem escandaloso, fácil de auscultar; FLANCO

DORSAL DIREITO é o mais importante, a cada 3 min. vem um borbulhado, é a descarga do

Ìleo.

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Olfação

Quase não se faz, mas é o correto para saber se tudo está normal

Exames Complementares

Utilizados para ajudar a fechar o diagnóstico

Movimentação.

EMERGÊNCIAS

FR + FC + SC + TPC

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5 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO EM EQUINOS

Via de administração é o caminho pelo qual uma substância interage com o

organismo. As propriedades farmacocinéticas de uma droga isto é, as propriedades

relacionadas a absorção, distribuição e eliminação são bastante influenciadas pela via de

administração.

As vias de administração de fármacos podem ser a grosso modo divididas em:

Tópica: efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja a sua ação.

São elas: tópica, ocular e intraarticular.

Enteral: efeito sistêmico (não-local); recebe-se a substância via trato digestivo. São

elas: Oral e retal. As vantagens da via oral são o baixo custo soluções não estéreis, é de fácil

administração e também há poucos riscos na aplicação e suas desvantagens é que sua

absorção é lenta, palatabilidade limitante e de difícil aceitação.

Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que não pelo

trato digestivo. São elas: Subcutânea, intramuscular e intravenosa. As vantagens dessa

administração é a absorção e distribuição rápidas, e as suas desvantagens são, precisão na

técnica, alto custo e riscos na aplicação.

Via tópica

Fig. 19 Administração medicamento via tópica em equino

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Via oral

Fig. 20 Administração medicamento via oral em equino

Via ocular

Fig. 21 Administração medicamento via ocular em equino

Via intramuscular/intravenosa

Fig. 22 Administração medicamento via intramuscular/intravenosa em equino

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6 TÉCNICA DE APLICAÇÃO AGULHA E CATETER

Toda parte metálica da agulha precisa estar dentro da veia e inclinar 45º para pegar a

veia e para aplicação muscular a deve estar inclinada 90º

Vacina é intramuscular.

Administrações repetidas requer uso de cateter pra não criar flebite

Toda injeção intravenosa precisa ser lenta, na metade aspira e continua injetando.

Fig. 23 Aplicação de injeção intravenosa em equino

Fig 24 Aplicação de injeção intramuscular – passo um

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Fig 25 Aplicação de injeção intramuscular – passo dois

Fig 26 Aplicação de injeção intramuscular – passo três

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Fig 27 Aplicação de cateter – passo um

Fig 28 Aplicação de cateter – passo dois

Fig 29 Aplicação de cateter – passo três

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Fig 30 Aplicação de cateter – passo quatro

Fig 31 Aplicação de cateter – passo cinco

Fig 32 Aplicação de cateter – passo seis

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Fig 33 Aplicação de cateter – passo sete

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7 COLHEITA DE MATERIAL

São meios indispensáveis para auxiliar o diagnóstico e também para auxiliar na

avaliação do estado do paciente, é indispensável um laboratório competente.

Fluídos e Líquidos: aspiração por agulha

Lesões cutâneas ou de mucosas: raspados ou swab

Materiais sólidos: extração, retirada ou biópsia

Cuidados: identificar corretamente, processar, armazenar, enviar rapidamente ao

laboratório.

Sangue: identificar, conservar em isopor e gelo (5ºC), enviar.

Fig. 34 Frasco para colheita de sangue

Fig. 35 Vacutainer

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8 RUMINANTES NOMENCLATURA ZOOTÉCNICA

Vaca de leite (Bos taurus)

Fig. 36 Vaca de leite (Bos taurus) Nomenclatura Zootécnica

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Bovino de corte (Bos indicus)

Fig. 37 Bovino de corte (Bos indicus) Nomenclatura Zootécnica

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8.1 Classificação dos bovinos

O boi doméstico pertence à ordem dos Bissulcos, apresentam a extremidade dos

membros locomotores fendida em duas partes. Apresentam como Sub-Ordem ruminantes, seu

estômago dividido em quatro compartimentos. Estão incluídos na Família dos Bovideos,

apresentando três Sub-famílias: Antílopes, Ovinos e Bovinos.

A teoria aceita atualmente atribui a origem dos atuais bovinos domésticos às cinco

formas primitivas observadas: Boi Primigênio, Boi Braquicero, Boi de Fronte Grande, Boi

Mocho e Boi Braquicéfalo.

A primeira prova de existência do Boi com Giba (Zebú), também conhecido como

Boi Sagrado da Índia, foi obtida no Vale do Sindi, no território da Índia. Todas as raças

zebuínas tiveram origem no início do Período Quaternário. Com base nos conhecimento

atuais considera-se o Norte da Índia como o centro de origem e distribuição do boi zebu e do

boi doméstico primitivo.

Características comuns às raças bovinas de leite

A aparência geral do Bovino de Leite em comparação com o Bovino de Corte, é de

um animal menos musculoso, com ângulos e costelas salientes, porém, revelando vivacidade,

vigor e saúde.

1 - Peso e Estatura

Variáveis de médio a grande, dependendo da Raça.

2 - Pelagem

Variável com a Raça, de couro médio ou fino, no geral mais fino do que no gado de

corte, solto e bem coberto de pêlos finos e macios.

3 - Cabeça

Seca, entre média e fina, relativamente mais comprida e com a fronte mais cavada

que nas Raças de Corte; a fronte é larga, com marrafa média, de acordo com a Raça; chanfro

fino e focinho úmido, largo ou médio com narinas amplas e abertas; mandíbulas secas e

separadas; olhos proeminentes e vivos; chifres finos; orelhas de tamanho médio, finas e

alertas, mais expressivas que nas raças de corte.

4 - Pescoço

Tendendo para longo e leve, quase magro; deve ser fino na união com a cabeça e

tornando-se mais largo e profundo, porém se une abruptamente com o corpo, de maneira bem

definida, ao contrário do que acontece com os Bovinos de Corte.

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5 - Corpo

Com linha dorso-lombar longa, aparente, direita ou enselada em certas raças. Larga

no lombo, bacia comprida, ancas largas, garupa não muito cheia, cauda saindo em ângulo

reto, não grosseiro e de bom comprimento. Quartos anteriores mais delgados que os

posteriores. Espáduas apertadas e aparentes, em cima; peito largo em baixo mas não

proeminente, com a ponta em forma de cunha, tórax largo e volumoso, costado longo e alto,

costelas largas, bem separadas, arqueadas na parte de baixo; cilhadouro visível e sem

depressões. Linha inferior mais ou menos pendurada devido ao grande desenvolvimento do

ventre. Flanco fino, mas não enterrado. Nádegas direitas um pouco cavadas, com as pontas

afastadas e proeminentes, períneo grande, alto e espaçoso.

6 - Membros

De tamanho médio, direitos, regularmente afastados (notadamente os posteriores)

com ossatura fina; braços e antebraços pouco carnudos, coxas pouco musculosas, mais ou

menos cavadas por dentro para dar lugar a um úbere volumoso.

7 - Úbere

Comprido, largo e profundo, estendendo-se bem para frente e para trás. Bem

conformado, glanduloso e fazendo pregas, quando vazio. Elástico, não carnudo, com veias

aparentes, coberto de pelos macios, com tetas de tamanho médio, dispostos em quatro ou

apontando um pouco para fora. As veias mamárias são grandes, tortuosas, de preferência

ramificadas, grossas de acordo com a idade.

As diferenças no touro são decorrentes da sexualidade; maior peso, ossatura mais

forte, musculatura mais abundante, sobretudo no pescoço e quartos anteriores; cabeça forte e

larga; tórax muito largo, sobretudo no cilhadouro; temperamento mais vivo, que em touros de

Raças de Corte; costado e ventre amplos; finalmente, deve locomover-se com facilidade.

Principais raças de bovinos de leite - nacionais

Dentre as Raças Leiteiras Nacionais, vamos nos referir apenas àquelas de maior

expressão, pela produção alcançada.

Raça Pitangueira

Esta raça originou-se na Fazenda Três Barras no Município de Pitangueiras - Estado

de São Paulo, através do cruzamento de vacas Raça Guzerá com touros da Raça Red-Polled,

obtendo-se os indivíduos ½ sangue. O segundo procedimento foi o cruzamento dos indivíduos

½ sangue com touros puros da Raça Guzerá, obtendo-se animais ¾ Guzerá e ¼ Red-Polled.

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As novilhas obtidas deste cruzamento foram cobertas com touros da Raça Red-Polled (2/4),

obtendo-se indivíduos 5/8 Guzerá e 3/8 Red-Polled, que foram denominados Pitangueiras.

Desta forma, os animais selecionados foram-se acasalando entre si.

A - Pelagem

Pelagem vermelha clara ou escura, com pêlos lisos e curtos, pele solta, flexível e

macia. É possível o aparecimento de indivíduos com malhas brancas na região ventral (caráter

referente ao Red Polled).

B - Aptidão

É um animal que possui dupla aptidão: corte e leite, podendo ser usado também para

tração.

Fig. 38 Touro da raça Pitangueira

Raça Caracu

O gado Caracu, criado há muitos anos no Brasil, é de origem muito discutida. Parece

que se deriva do antigo gado Minhoto e Alentejado, bovinos de Raças Portuguesas, chegadas

ao nosso País, por ocasião do descobrimento. Esta Raça vem sendo criada, principalmente, no

Vale do Rio Pardo (São Paulo) e no Vale do Rio Sapucai (Minas Gerais). Podemos encontrar

rebanhos desta Raça também em Poços de Caldas e Papagaio, Minas Gerais.

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A - Pelagem

Amarela Claro ou Amarelo Alaranjado, uniforme. Em torno do ventre, períneo,

focinho e olhos, há a diminuição da intensidade da coloração. As mucosas são claras e sem

pigmentação. Os chifres são ligeiramente compridos, leves, de cor clara e com pontas

vermelhas, saindo para trás, para os lados, para frente e terminando com as pontas levantadas.

As orelhas são pequenas e finas com abundância de pêlos no seu interior, principalmente na

borda superior.

B - Aptidão

É difícil afirmar, devido a grande diferença de produção dos rebanhos formados. A

produção de carne deixa a desejar, quando comparada com as Raças de Corte, assim como sua

produção de leite, igualmente à Raça Pitangueiras. Podemos considerar a Raça Caracu como

Mista e ainda como de tração.

Fig. 39 Vaca da raça Caracu

Principais raças de bovinos de leite – estrangeiras

Raça Holandesa

A Raça Holandesa Preta e Branca ou Holandesa da Frísia é natural de Noord

Holland, Denthe e Região da Frísia. Sua origem remota dos tempos de Cristo onde, também,

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se apreciava a sua aptidão leiteira. Nos Estados Unidos esta Raça é conhecida como Holstein

Friesian; na Inglaterra como British Friesian; na Alemanha como Frison; na Argentina, como

Holando-Argentina. Esta Raça é explorada em grande escala: Estados Unidos, Argentina,

Uruguai, Bélgica, Canadá, Brasil, Inglaterra, México e Israel. No Brasil, encontramos a Raça

Holandesa em maior quantidade: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio

de Janeiro. A Raça Holandesa possui a variedade Vermelha e Branca.

Raça Holandesa Preta e Branca

A - Pelagem

A pelagem referente a esta Raça é Preta Malhada ou Malhada de Preto, possuindo

três manchas pretas clássicas, bem definidas:

a - Abrangendo cabeça e pescoço.

b - Lombo e costado em forma de cela.

c - Extremidade posterior do corpo, pegando a ponta da garupa, nádegas e base da

cauda.

OBS: As manchas pretas do padrão racial, não devem descer nos membros, abaixo

da articulação do joelho ou curvilhão; estrela branca na testa, mucosa preta ou malhada de

preto.

B - Aptidão

Alta produtora de leite magro, com cerca de 3,91% de gordura. Precoces

sexualmente e, nos cruzamentos com vacas azebuadas, observam excelentes produtos meio

sangue, resistentes ao clima tropical e com boa produção leiteira. O novilho Zebu ½ sangue

apresenta excelente carcaça.

Fig. 40 Vaca leiteira de raça Holandesa

Page 34: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

37

Sub-Raça ou Variedade Holandesa Vermelha e Branca:

Anteriormente era considerada uma Variedade hoje em dia, é considerada uma Sub-

Raça. A Sub-Raça Holandesa Vermelha e Branca pode ser chamada de Holandesa Malhada

de Vermelho; M.R.Y. (Mosa, Reno e Yssel) e Rootband. É criada na Região Oriental da

Holanda, em Overyssel e Gueldre, nos Vales dos Rios Mosa, Reno e Yssel. A sua origem,

pelos dados históricos, não é bem conhecida. Tudo parece indicar que ocorreu do tronco Preto

e Branco.

A - Pelagem

Vermelha Malhada, possuindo malhas vermelhas grandes sobre fundo branco. As

malhas vermelhas são mais escuras nos touros. As malhas não possuem a mesma regularidade

da Frísia, podem ser mais recortadas, no entanto, de contornos bem definidos. Via de regra,

são vermelhos a cabeça e pescoço e são brancos o ventre e as extremidades dos membros a

partir da articulação do joelho ou jarrete e a cauda.

B - Aptidão

É considerada uma Raça mista para leite e carne, embora tenha a função leiteira

como predominante. Seu padrão de gordura no leite está em torno de 3,32%. Do ponto de

vista da produção de carne, sua carcaça é inferior em relação à Holandesa Preta e Branca, no

entanto, suas carcaças são mais musculadas, sendo mais carnudas que a Holandesa Preta e

Branca. Seus mestiços com Zebus são bons para corte. Requer condições idênticas à Frísia

para sua exploração. Transmite bem suas qualidades nos cruzamentos.

Fig. 41 Vaca leiteira sub-raça ou variedade Holandesa Vermelha e Branca

Page 35: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

38

Raça Guernsey

Esta Raça é originária da Ilha Güernsey (França). Há cerca de mil anos, frades que

migraram para a Bretanha, levaram consigo a Raça. Posteriormente, outros frades que vieram

da Normandia trouxeram gado desta Região (Gado Normando). Pode-se admitir assim, que o

Gado Güernsey, seja derivado do cruzamento do Gado Bretão com Normando, onde

predominaram as características do último.

A - Pelagem

Amarela malhada com tonalidades que vão desde o amarelo claro até o amarelo

pardo ou vermelho queimado. A cor preferida é a de intensidade média, amarelo escuro ou

laranja. A vassoura da cauda, extremidade dos membros, úbere e baixo ventre devem ser

brancos. O branco deve aparecer também na testa (estrela), na paleta e na anca. O contorno

dos olhos e do focinho é claro e, a mucosa em torno do focinho e olhos são de cor âmbar,

coloração que deve acompanhar os chifres e cascos.

B - Aptidão

Possui conformação tipicamente leiteira, sendo menos perfeita que a Jersey. Por

possuir leite apresentando teor de gordura elevado (4,5%), é considerada como uma Raça

manteigueira. Uma característica do seu leite são os glóbulos gordurosos grandes, permitindo

fácil desnate. Tem capacidade de deixar passar para o leite, parte do caroteno, proporcionando

leite de coloração dourada. Como animal de açougue, proporciona carcaças inferiores e com

acúmulo de gordura amarela. Suporta melhor, que a Holandesa Preta e Branca, o clima quente

dos trópicos e esta condição parece estar ligada, à coloração da pele. É considerada uma raça

rústica. Seus cruzamentos demonstram a grande capacidade de transmissão de suas

qualidades. Recomenda-se sua criação ao lado de vacas que produzam leite magro, dado que a

mistura do leite, satisfaz a demanda do mercado.

Fig. 42 Vaca leiteira de raça Guernsey

Page 36: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

39

Raça Jersey

Originária da Ilha Jersey (Inglaterra), localizada a poucos quilômetros da costa

francesa, no Canal da Mancha. É uma Raça de origem remota, não se conhecendo bem a sua

história. É provável que seja originária do cruzamento de animais provenientes da Normandia

e Bretanha, predominando o sangue Bretão. A Jersey tipo americana é maior, com o corpo e

cabeça mais longos. Acredita-se que as condições climáticas e o trato tenham influenciado

nestas modificações. No Brasil, as maiores importações foram realizadas pelos Órgãos

Oficiais dos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.

A - Pelagem

Distinguem-se as tonalidades: amarelo fosco, cor de veado, amarelo mais ou menos

claro, indo do pardo escuro até o quase negro nos machos, que se apresentam mais escuros

que as fêmeas. Em volta do focinho se observa um anel de pêlos claros, apresentando

manchas escuras na face extremidades do corpo. Prefere-se a pelagem uniforme, no entanto,

admitem-se malhas brancas no úbere, ventre, flancos e peito. O focinho e língua são pretos ou

cor de chumbo. Os chifres são de cor âmbar com pontas negras, de preferência.

B - Aptidões e Qualidades

É uma Raça manteigueira. A manteiga é firme, amarela, com glóbulos de gordura

grandes, facilitando, assim, o desnate. A sua carne é de qualidade inferior, quando comparada

com outras Raças e a gordura na carcaça apresenta coloração amarela. É a mais precoce das

Raças leiteiras.

Apresenta elevada tolerância ao calor tropical, adaptando-se com muita facilidade às

regiões quentes e secas, dada esta rusticidade. Tem a característica de, nos cruzamentos,

aumentar, consideravelmente a gordura dos rebanhos que produzem leite magro.

Fig. 43 Touro da raça Jersey

Page 37: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

40

Raça Schwythz ou Pardo Suiça:

Esta Raça é de origem Suíça, onde se espalhou em todo o sudoeste, nas localidades

de Schwytz, Lucerna, Uri, Zurique, Grisones, Glaris, etc. Sua formação remota a tempos

antigos e, foi nos arredores de Schwytz, que recebeu seleção e fomento. Atualmente, esta raça

é criada em quase todos os Países Europeus, destacando-se: Itália, Alemanha e Áustria. Nos

Estados Unidos e Canadá, recebe o nome de Brownswis. No Uruguai, Argentina e Brasil, é

encontrada em alguns centros de criação.

A - Pelagem

A cor preferida é a cinza escura (conhecida como pêlo de rato). Podemos ainda,

observar as seguintes tonalidades: Cinza Claro, Pardo Claro e Pardo Escuro.

Os machos, via de regra, são mais escuros que as fêmeas. Observam-se, com

freqüência, animais com pelagem clara em torno do focinho, na região interna dos membros e

dorso. As mucosas são escuras. A pelagem clara acompanha todo o comprimento do dorso e é

característica da Raça, se estendendo desde a nuca até o osso sacro (base da cauda).

B - Aptidões e Qualidades

A sua principal finalidade é a produção de leite, que possui teor de gordura em torno

de 3,88%. Os produtos de seu cruzamento com zebus, são altamente produtivos e adaptam-se

bem ao clima tropical. Aproveita-se sua boa conformação e velocidade de crescimento, além

da engorda. É usado também como animal de tração.

Fig. 44 Touro da Raça Schwythz ou Pardo Suiça:

Page 38: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

41

São classificados na sub-família Bovinae, gênero Bubalus, sendo divididos em dois

grupos principais: o Bubalus bubalis com 2n=50 cromossomos, também conhecidos como

"River Buffalo" búfalo-do-rio, e o Bubalus bubalis var. kerebau ou Carabao com 2n=48

cromossomos, composto por apenas uma raça, conhecida como "Swamp Buffalo" búfalo-do-

pântano.

Fig. 45 Bubalus Bubalis

Cabras (no sexo feminino, no masculino bodes) são animais pertencentes à espécie

Capra aegagrus ou Capra hircus. Os filhotes são popularmente chamados de cabritos, sendo

gerados pelas fêmeas por cerca de 150 dias. Têm uma expectativa de vida de cerca de vinte

anos e emitem um som chamado de "balido". O substantivo coletivo para grupos de cabras é

"fato".

Fig. 46 Capra aegagrus ou Capra hircus

Page 39: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

42

A ovelha Ovis aries que pode ser chamado no masculino por carneiro e quando

pequeno como cordeiro, anho ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família

Caprinae, que também inclui a cabra.

É um animal de enorme importância econômica como fonte de carne, laticínios, lã e

couro. Criado em cativeiro em todos os continentes, a ovelha foi domesticada na Idade do

Bronze a partir do Urial (Ovis orientalis), que vive actualmente nas montanhas da Turquia e

Iraque.

Fig. 47. Ovis Aries

Page 40: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

43

9 MÉTODOS DE CONTENÇÃO EM RUMINANTES

A maioria dos procedimentos de exame físico podem ser realizados com o animal em

posição quadrupedal, desde que se faça uma boa contenção da cabeça e se limite os

movimentos dos membros e do corpo. De modo geral, os bovinos de origem europeia

apresentam um comportamento dócil e calmo. Contudo, os animais machos, principalmente

os da raça holandesa, são, por vezes, traiçoeiros e imprevisíveis, devendo ser contidos com

firmeza e atenção. Já os animais de origem indiana, ou são muito calmos ou muito agressivos,

dependendo do tipo de manejo ao qual são submetidos, mas devem sempre ser contidos com

determinação, já que podem se assustar facilmente, representando um perigo iminente ao

examinador. Em relação às fêmeas de bovinos, deve-se fazer a aproximação pelo lado direito,

por onde são correntemente ordenhadas. Ao contrário dos equinos, os bovinos atacam com as

extremidades anteriores em sentido lateral, descrevendo, com elas, um semicírculo com

movimento para trás. Porém, ocasionalmente, podem lançar golpes curtos para a parte

posterior. As vacas ficam mais tranquilas quando se aproxima o bezerro do seu úbere.

Animais nervosos podem se mover rapidamente para os lados, o que leva à ocorrência de

acidentes no caso de um examinador ou auxiliar desatento. Os touros e as vacas

ninfomaníacas podem atacar, também, com a cabeça, aprisionando o examinador contra a

parede. Os bovinos leiteiros podem, de maneira geral, ser conduzidos por um cabresto, com o

condutor posicionado à frente e a uma certa distância do animal. Não se recomenda ficar de

costas para os animais machos da raça holandesa, pois podem ser traiçoeiros, cabecear ou

chifrar violentamente e de maneira fatal o condutor. Nesses casos, é recomendável que o

condutor permaneça atrás do animal, encorajando-o a caminhar por meio de vocalizações e

batendo-se com a extremidade da corda nos membros posteriores do animal. Não é

interessante que os animais corram enquanto estão sendo conduzidos já que a corda pode

provocar lesões na mão da pessoa que a está segurando, principalmente quando se tenta para-

los com o uso da força. Aparelhos que emitem choques elétricos podem ser utilizados nos

animais que relutam em caminhar ou em levantar-se. Contudo, seu uso deve ser feito com

critério e sensatez. É comum a torção da cauda do animal para fazê-lo andar. Entretanto, a

mesma deve ser feita suavemente, em virtude do risco de fraturas ou luxações das vértebras

coccígeas.

Nos animais mansos, a cabeça pode ser mantida pela contenção manual: agarrando-

se a base de um dos chifres ou uma das orelhas com uma das mãos com o septo nasal entre o

polegar e o dedo médio ou indicador da outra mão, exercendo uma considerável pressão.

Page 41: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

44

Contudo, uma pressão manual adequada é possível somente por um determinado tempo,

principalmente se o animal for muito grande ou pouco cooperativo. Um outro problema,

frequentemente observado, é que os animais já familiarizados com esse tipo de procedimento

costumam desviar a cabeça para os lados e para baixo, deixando-a rente ao solo, dificultando

a apreensão do seu septo nasal. Alguns animais, quando soltos em piquetes, não permitem a

aproximação, sendo necessário, muitas vezes, que duas pessoas o lacem de cada lado e o

amarrem em um mourão, uma estaca grossa, fincada firmemente ao solo, à qual se amarram

animais indóceis para tratá-los. Muitos animais acostumados com a manipulação do homem

(animais produtores de leite, de exposição) permitem o exame pela simples colocação do

cabresto e de uma peia em seus membros posteriores. Uma outra maneira de se conter esses

animais é colocando-os em um tronco de contenção. Essa missão é facilitada juntando-se

outros ani-mais ao bovino bravio (amadrinhamento) e, no momento da sua passagem por um

brete, prenda-o no tronco de contenção quando estiver posicionado entre ele. Tanto os

bovinos com chifres como descornados podem ser contidos por um instrumento metálico

conhecido, vulgarmente, pelo nome de formiga, que é colocado entre as narinas e seguro por

um auxiliar. A formiga é principalmente útil nos animais bravios e/ou não cooperativos, os

quais poderão, até certo ponto, ser mantidos imóveis, em virtude da dor na região nasal

provocada por esse instrumento.

Derrubamento de bovinos

Deve-se tomar cuidado na derrubada de bovinos para evitar traumas aos chifres,

costelas, ossatura pélvica e/ou abortos. Dessa forma, o animal deve ser lentamente derrubado

em local macio, segurando-se com cuidado a sua cabeça e prestando-lhe assistência. O

auxiliar não só evita a ocorrência de acidentes como também posiciona o animal no local em

que se deseja, ou seja, o lado mais adequado que o mesmo deve permanecer para o

procedimento. O derrubamento perfeito é aquele em que o animal parece estar "caindo em

pé", em câmara lenta. Quedas rápidas ou abruptas para os lados devem ser evitadas pelos

riscos que proporcionam. Quando não houver preferência para o lado do decúbito, deve-se

optar pelo lado esquerdo nos casos de vacas prenhes ou recém-paridas (deslocamento do

abomaso) ou direito em animais machos e em fêmeas sem as condições reprodutivas

anteriormente mencionadas e/ou que não tenham tido um jejum alimentar prévio (asfixia por

timpanismo gasoso). A utilização de cordas compridas (± 15 metros) é recomendada para a

derrubada de bovinos. A colocação de peias nos animais deve ser feita, independentemente do

Page 42: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

45

método escolhido, uma vez que ajudará a tirar o equilíbrio dos membros posteriores,

facilitando a queda e a manutenção do animal em decúbito. Vários métodos são descritos e

utilizados na rotina prática, mas os mais comuns são os métodos de Rueff e o Italiano. A

escolha do método dependerá, em parte, do sexo e do temperamento do animal. O método de

Rueff não é o mais indicado para os animais machos por provocar danos traumáticos no pênis

e no prepúcio.

Método de Rueff

Fixam-se ambas as extremidades dos chifres em suas bases ou no pescoço por um

laço com nó escorregadio. Com uma das mãos, segura-se a corda sobre o tórax, passando-se

sua extremidade por baixo da região ventral do tórax no sentido oposto ao corpo, levando-a,

em seguida, novamente por cima e por dentro da parte da corda que está sendo segura.

Repete-se a mesma operação ao nível dos flancos, saindo, a ponta da corda, para trás. Faz-se

tração firme, lenta e contínua sobre a corda, o que fará com que o animal caia vagarosamente,

acompanhado por um ajudante em sua cabeça.

Fig. 48 Método de contenção tipo Rueff

Método Italiano

Passa-se metade de uma corda comprida pelo pescoço, na frente da cernelha.

Cruzam-se ambas as extremidades das cordas por baixo do pescoço e, mais uma vez, por

Page 43: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

46

sobre a região torácica, passando as pontas das cordas por entre os membros posteriores. Cada

extremidade livre é puxada por um homem enquanto um terceiro assistente segura a cabeça

do animal. Após a derrubada e a realização dos procedimentos pertinentes, o bovino deve ser

colocado em decúbito lateral. A permanência do animal por um longo período em decúbito

lateral faz com que haja maior acúmulo de gás no compartimento do rúmen, por impedir o ato

da eructação e, consequentemente, a eliminação do gás formado, levando a um quadro de

timpanismo. Em algumas situações, como nos casos de hipocalcemia, fratura de membros,

processos dolorosos no sistema musculoesquelético e botulismo, por exemplo, torna-se difícil

manter o animal em decúbito esternal, mesmo que temporariamente, sendo necessário alternar

o lado que o animal fica deitado, várias vezes durante o dia, na tentativa de minimizar a

necrose isquêmica que ocorre como resultado da compressão exercida sobre a musculatura.

Pode-se dar breves batidas com a palma da mão em toda a área muscular comprometida para

melhorar a irrigação local. Alguns animais, quando auxiliados, conseguem se levantar e

manter-se em posição quadrupedal. Para tanto, pode-se utilizar choques elétricos, fortes

batidas com as palmas das duas mãos na região torácica e abdominal, simultaneamente, ou

auxiliar o animal a levantar-se e equilibrar-se. A permanência dos animais debilitados em

posição quadrupedal pode ser facilitada com a utilização de uma maca suspensa por um guin-

cho comum.

Fig. 49 Método de contenção tipo Italiano

Page 44: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

47

Ovinos e caprinos

Entre os pequenos ruminantes domésticos, os ovinos são mais difíceis para capturar,

já que os caprinos são mais curiosos e geralmente permitem a aproximação do examinador.

Um ovino é mais facilmente abordado quando deixado junto com o grupo, sendo a sua

imobilização relativamente simples, quando capturado. Para a contenção e derrubada de

caprinos e ovinos, empregam-se diversos métodos, tais como segurar ou laçar o membro

posterior (tíbia) e puxá-lo para trás e para cima (esse método é arriscado podendo, quando

realizado inadequadamente, e/ou em pacientes fortes, jovens e/ou arredios, ocasionar luxações

e fraturas); montar sobre o animal e contê-lo pelos chifres; pegá-lo pelos chifres, colar, barba

ou, em último caso, pelas orelhas. Uma outra maneira seria o ajudante se posicionar

lateralmente ao animal e, com uma das mãos, segurar a prega do godinho ou do flanco e, com

a outra, a mandíbula do animal, mantendo-o parado. O ajudante pode, em algumas ocasiões,

derrubar o animal para avaliação. Para tanto, estando o animal contido e o auxiliar com o

mesmo posicionamento inicial, retira-se o apoio da porção posterior do animal com o joelho

mais próximo da referida região e, com uma manobra rápida das mãos, posiciona-se o animal

sentado (verticalmente), preso entre os seus joelhos. Esse posicionamento é de grande

utilidade para avaliar a região de prepúcio e o apêndice vermiforme ou vermicular, por

exemplo, na tentativa de se confirmar sua obstrução parcial ou total por cálculos. Esse método

de contenção não é tão eficiente em caprinos pela dificuldade de mante-los presos entre os

joelhos e coxas do assistente. Para animais menos cooperativos, coloque-os em decúbito

lateral e, com um dos joelhos, prenda cuidadosamente o pescoço do animal, segurando os

membros posteriores com uma das mãos.

Fig. 50 Contenção em caprino

Page 45: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

48

Contenção química

A contenção farmacológica eficaz tornaria os pacientes mais calmos e tranquilos,

indiferentes ao meio que os cerca, reduzindo suas reações de defesa a estímulos externos

como ruídos e toques. Favorece, ainda, manipulação de uma determinada região do corpo ou

mesmo a movimentação de um local para outro. O emprego de agentes tranquilizantes,

sedativos e analgésicos tem como um dos objetivos principais a redução da ansiedade e do

estresse experimentados pelo paciente, muitas vezes provocados pela simples aproximação de

pessoas estranhas, até mesmo do próprio médico veterinário, ou pelo ambiente de um hospital

veterinário, para onde foi transportado. Em alguns casos, a origem do estresse é a dor que,

invarialvelmente, está presente em diversas afecções clínicas, determinando inquietação e

agressividade por parte do paciente, tornando difíceis a sua manipulação e o exame clínico,

além de aumentar o risco de acidentes a si e aos profissionais responsáveis pelo tratamento.

Nesses casos, a utilização de agentes analgésicos, associados ou não a tranquilizantes,

promoverá a redução da dor e do desconforto, acalmando o paciente; fornecendo, assim,

condições seguras para a melhor condução do caso.

FÁRMACOS DOSES VIAS

XILAZINA* 0,1 A 0,2 MG/KG IV, IM

LIDOCAÍNA SEM ADRENALINA: ATÉ 7 MG/KG COM ADRENALINA: ATÉ 9

MG/KG LOCAL

ACEPROMAZINA 0,1 MG/KG IV, IM

MIDAZOLAN 0,2 MG/KG IV

Contenção por instalações são elas:

BRETE

TRONCO

TRONCO TOMBADOR

GAIOLAS DE PALPAÇÃO

SERINGA

SWEEP TUB

Page 46: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

49

Fig. 51 Brete

Fig. 52 Tronco

Fig. 53 Tronco Tombador

Page 47: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

50

Fig. 54 Gaiola de palpação

Fig 55. Seringa

Fig. 56 Sweep Tub

Page 48: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

51

Contenções manuais são elas:

ENCABRESTAMENTO

ELEVAÇÃO DE CAUDA

DERRUBAMENTOS

Fig. 57 Encabrestamento

Fig. 58 Elevação de cauda

Técnica de derrubamento já foi descrita anteriormente.

Page 49: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

52

Contenção por equipamentos são eles:

IMOBILIZAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

FORMIGAS

ARGOLAS NASAIS

Fig. 59 Imobilizador eletromagnético para bovinos

Fig. 60 Formiga

Fig. 61 Argola Nasal

Page 50: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

53

10 HISTÓRICO ANAMNESE E EXAME FÍSICO DE RUMINANTES

No exame clínico há várias procedimentos que o médico veterinário deve seguir e

estão listados a seguir: Identificação do animal, qual é a sua raça, idade, sexo, uso,

procedência e qualquer outro fator que possa ser relevante. Anamnese que é o levantamento

do histórico do caso e de outras informações através de relato fornecido pelo proprietário ou

tratador. E exame físico que é o levantamento dos antecedentes médicos do paciente

independentemente de sua relação com o caso corrente. E no exame físico existem várias

procedimentos que deverão ser efetuados pelo médico veterinário.

ESTADO GERAL

Estado Nutricional Escore corporal

Excitabilidade

Atitudes características

FUNÇÕES VITAIS

TEMPERATURA RETAL

BOVINOS 38,0 A 39,0 °C

BUBALINOS 38,0 A 39,0 °C

BEZERROS 38,5 A 39,5 °C

OVINOS 38,5 A 40,0 °C

CAPRINOS 38,8 A 40,0 °C

Page 51: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

54

FREQUÊNCIA CARDÍACA

BOVINOS 60 A 80 Bpm

BUBALINOS 60 A 80 Bpm

BEZERROS 70 A 110 Bpm

OVINOS 70 A 80 Bpm

CAPRINOS 70 A 90 Bpm

Page 52: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

55

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

Ausculta de toda a área pulmonar. Dos dois lados.

BOVINOS 15 A 35 Rpm

BUBALINOS 15 A 35 Rpm

BEZERROS 20 A 50 Rpm

OVINOS 12 A 20 Rpm

CAPRINOS 15 A 30 Rpm

FREQUÊNCIA DE MOVIMENTOS RUMINAIS

Ausculta no vazio do flanco esquerdo.

Abdominal esquerda - 7ª costela até a entrada da bacia

BOVINOS 7 A 12/5’ MR

BUBALINOS 7 A 12/5’ MR

OVINOS 2/1’ MR

CAPRINOS 1 A 2/1’ MR

Page 53: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

56

Fig 62. Auscultação de Movimentos Ruminais

EXAME DAS MUCOSAS

Normal: rósea-clara e úmidas.

Inspeção de mucosas.

Nas fêmeas: mucosa vaginal.

Nos machos: mucosa prepucial.

TPC (TEMPO DE PREENCHIMENTO CAPILAR) NORMAL: 2”DETERMINA

STATUS CIRCULATÓRIO

EXAME DOS LINFONODOS

SUBMANDIBULAR (TERÇO MÉDIO DA MANDÍBULA)

PRÉ-PAROTÍDEO (BASE DA ORELHA)

PRÉ-ESCAPULAR (BORDO CRANIAL DA ESCÁPULA)

PRÉ-CRURAL (PRÓXIMO DA ARTICULAÇÃO FÊMURO TIBIO-PATELAR)

Page 54: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

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RETROMAMÁRIO (PARTE DE TRÁS DO ÚBERE)

O médico veterinário terá que observar o tamanho, sua consistência, sensibilidade,

mobilidade e temperatura.

Page 55: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

58

11 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM RUMINANTES

Exemplos de cálculo de dosagem de medicamentos

LOCAL TÓPICA

Ocular

Antibiose (iv regional)

ENTERAL

Oral

Retal

PARENTERAL

Intra-ruminal

Subcutânea

Intramuscular

Intravenosa/endoflébica

Intra-vaginal

Intra-mamária

Page 56: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

59

Fig. 63 Procedimento tópico em bovino Banho carrapaticida

Fig 64. Procedimento ocular Teste Fluoresceina

Fig. 65 Aplicação de medicamento via oral

Page 57: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

60

Fig. 66 Aplicação de medicamento via intra-ruminal

Fig. 67 Aplicação de medicamento via intramuscular

Fig. 68 Aplicação de medicamento via intravenosa em caprino

Page 58: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

61

Fig. 69 Administração de fluidoterapia em bovino

Fig. 70 Implante intra-vaginal em vaca

Fig. 71 Infusão intra-mamária

Page 59: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

62

Soluções para fluidoterapia

Indicações terapêuticas das principais soluções utilizadas.

Page 60: APOSTILA DE  PRÁTICAS VETERINÁRIAS

63

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