Apostila de Solda Nível 1

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INTRODUO AOS PROCESSOS DE SOLDAGENS MDULO 1 SOLDAGEM POR ELETRODO REVESTIDO

O progresso alcanado no campo da soldagem, bem como o desenvolvimento de processos e tecnologias avanadas nos ltimos anos, de tal ordem que todo aquele que no possuir uma mentalidade aberta, capaz de assimilar novas idias, ser ultrapassado e incapacitado para o atual ritmo do progresso industrial. E em todos os setores relacionados com o trabalho industrial, o profissional deve estar consciente de suas atividades como um todo, bem como dos riscos decorrentes da utilizao dos equipamentos manuseados. desejvel, ainda, que possa adotar medidas capazes de minimizar acidentes, permitindo o desempenho do trabalhado de forma segura e eficaz. Este fascculo se destina ao acompanhamento das aulas, quando haver oportunidade de complementar o texto, apresentado sob forma de itens, ilustraes, tabelas e exemplos. Atravs dele so apresentados os perigos envolvidos na soldagem, descrevendo as principais medidas de segurana que devem ser adotadas, no sentido de prevenir acidentes e como trat-los, caso ocorram.

NOES DE ELETRICIDADE APLICADA SOLDAGEM 1 CORRENTE ELTRICA D-se o nome de corrente eltrica ao movimento ordenado de cargas eltricas de um corpo. H dois tipos de corrente eltrica : contnua e alternada. CORRENTE CONTNUA ( = ) aquela que circula sempre no mesmo sentido. A fonte fornecedora de corrente (gerador de solda, Bateria, Inversor ou Retificador de Solda) mantm constante sua polaridade, ou seja, o borne ser sempre negativo e o borne ser sempre positivo; CORRENTE ALTERNADA (-~) aquela que passa atravs de um corpo sofrendo inverso de sentido em intervalos regulares de tempo, caminhando primeiro num sentido e depois no outro, usado com mais freqncia em mquinas transformadoras. Cada borne ora ser negativo, ora ser positivo. 1.1 INTENSIDADE DA CORRENTE ELTRICA A corrente eltrica, seja ela alternada ou contnua, pode ter sua intensidade medida. Para medir a intensidade da corrente, usa-se a unidade de medida chamada AMPRE, que representado pela letra A. Portanto correto dizer que, num determinado instante, a intensidade da corrente circulante pelo eletrodo e de 5 a 200 A. 1.2 TENSO ELTRICA J foi visto que corrente eltrica um movimento ordenado de cargas eltricas atravs de um corpo. Essas cargas, porm, no se movem sem que haja uma fora atuando sobre elas, fazendo-as circularem. A essa fora atuante, d-se o nome de tenso eltrica. Portanto, tenso eltrica a fora que movimenta as cargas eltricas atravs de um corpo e que tem, como unidade de medida, o volt, que representado pela letra V.

fora

1.3 RESISTNCIA ELTRICA a dificuldade que um corpo oferece passagem da corrente eltrica. Sua unidade de medida o ohm, que representado pela letra grega . Ao atravessar um corpo, a corrente eltrica encontra dificuldade e gera calor. Esse calor pode ser desejvel, como o caso do chuveiro eltrico, ou indesejvel , como no caso de um mau contato numa conexo eltrica. Na soldagem eltrica, deve-se evitar o aquecimento indesejvel em : a) mau contato entre o grampo-terra e a massa; Ligao massa suja, solta ou com material intermedirio.

b) mau contato entre o cabo eltrico e o porta-eletrodo, danificado, parafuso mal ajustado, fios quebrados ou mesmo desgaste por uso.

c) mau contato entre terminais do cabo eltrico e os bornes da mquina; bornes mal ajustados/frouxos, cabos danificados, quebrados e desgastados.

d) Grampo-terra ou cabos danificado, quebrado, desgastado pelas altas temperaturas, ou com a mola gasta, o que ocasiona vrios mini-curtos depredando o mesmo na rea de contato.

Observao: Ao fazer uma conexo eltrica, deve-se ter o cuidado de execut-la corretamente, para que no ocorra mal contato e conseqente perda de energia eltrica, gerando aquecimento indesejvel. 1.4 -MATERIAIS CONDUTORES So corpos que permitem a passagem da corrente eltrica com relativa facilidade. Os mais usados so o cobre e o alumnio. 1.5 -MATERIAIS ISOLANTES So corpos que, dentro de uma determinada faixa de tenso, no permitem a passagem da corrente eltrica. Os mais usados so a borracha, a mica, a porcelana e a baquelita.

1.6 -ARCO ELTRICO a passagem da corrente eltrica de um plo (pea) para outro (eletrodo), desde que seja mantido entre eles um afastamento conveniente. Esse afastamento, chamado de comprimento do arco, deve ter aproximadamente um dimetro e meio do ncleo do eletrodo. Observe:Ncleo ou alma do eletrodoRevestimento do eletrodo, age como proteo do arco, podendo tambm atuar como catalisador

AfastamentoEste afastamento determinante no tamanho e propriedades do arco eltrico e do cordo de solda

O calor intenso produzido pelo arco eltrico funde a ponta do eletrodo e a parte da pea tocada por este, formando a solda. Alm de seu papel de fonte de calor, o arco eltrico ainda conduz as gotas de metal, depositando-as de encontro pea, o que permite executar soldas na posio sobrecabea.

solda de ponta cabea, o arco impulsiona as gotas de metais em fuso possibilitando as mais vaiadas posies de soldagens. 1.7 -OBTENO DA CORRENTE ELTRICA Nas soldagens, a corrente eltrica pode ser obtida por meio de: a) MQUINA DE SOLDA GERADORA Fornece apenas corrente contnua, so mquinas rotativas que possuem um motor eltrico ou motor de combusto interna, acoplado a um gerador de corrente eltrica, contnua, destinada alimentao do arco eltrico, Quando acoplados a motores eltricos, necessitam de uma rede eltrica trifsica, com tenses de 220/380/440V. Os geradores resistem bem aos trabalhos de soldagem de longa durao, plena carga.

Princpio do gerador No gerador, tem-se um rotor com bobinas que gira no campo magntico. As bobinas contidas no rotor produzem corrente que ser retirada atravs de coletores, resultando uma corrente contnua de sada para alimentar o arco. Observe abaixo.

Emprego dos geradores Os geradores so largamente empregados por apresentarem os seguintes recursos: permitem o uso de todos os tipos de eletrodo devido corrente contnua; geram sua prpria energia atravs do acoplamento de um dispositivo girante, que pode ser um trator, motor a combusto, roda dgua, motores eltricos, etc. So muito usados em trabalho de campo por sua versatilidade. Podem ser de pequeno, mdio e grande portes, dependendo da exigncia do trabalho a ser realizado. Manuteno dos geradores Por possurem partes girantes, necessrio que se estabelea um plano de manuteno e lubrificao. Os coletores exigem uma limpeza planejada, bem como uma troca peridica de suas escovas. Os geradores de corrente contnua apresentam, como desvantagem, o alto custo de aquisio em relao aos demais, bem com um alto custo de manuteno,

por possurem partes mveis, entretanto, apresentam de positivo a melhor estabilidade do arco eltrico.

b) MQUINA DE SOLDA TRANSFORMADORA Geralmente um transformador usado em soldagens, pode possuir um ou vrios bornes, conforme visto acima, as mquinas transformadoras fornecem apenas corrente alternada, para se poder usar corrente contnua, a mquina de solda, que basicamente um transformador, deve ter um conjunto retificador onde a tenso de sada do transformador retificada e usada para as soldas em CC e CA. Os transformadores de soldagem podem apenas ser conectados corrente alternada e fornecem s esse tipo de corrente. Isso est relacionado com a contnua variao do campo magntico na bobina primria, onde circula apenas corrente alternada. Essa constante variao ou alternncia do campo magntico gera corrente na bobina secundria.

Nos transformadores, modifica-se apenas a tenso da corrente alternada. Pode ser do tipo monofsico ou trifsico e ser alimentado com tenses de 110, 220, 380 e 440V. Os transformadores, sendo mquinas para soldagem com corrente alternada, no tm polaridade definida e s permitem o uso de eletrodos apropriados para esse tipo de corrente.

A mquina normalmente dispe de dois terminais para ligao de cabo terra e porta-eletrodo

Representao esquemtica de um transformador de solda de alta potncia com comutador especial para chapas finas. Gama de regulagem da corrente: 20 a 80A Dimetro do eletrodo: 1 - 4mm Seco do cabo de solda: 25mm2

Na maioria dos casos, tem um dispositivo volante com o qual se regula a intensidade da corrente. Observao: Em funo do consumo de potncia em trabalhos de longa durao utilizando-se eletrodos de dimetros maiores, deve-se ter o cuidado de selecionar-se a mquina com potncia adequada. VANTAGENS DOS TRANSFORMADORES Eliminam o risco de surgimento do sopro magntico, que provoca uma fuso desigual do eletrodo e defeito na solda, principalmente incluses de escria. Baixo custo de equipamento. Baixo custo de manuteno. DESVANTAGENS DOS TRANSFORMADORES Desequilibram a rede de alimentao, devido sua ligao monofsica.

Devido alternncia da corrente de soldagem, que passa por zero a cada semi-perodo, a tenso em vazio da mquina (42V) precisa ser elevada, a fim de possibilitar-se o reacendimento do arco eltrico. No podem ser usados com eletrodos que no proporcionem boa ionizao da atmosfera por onde flui o arco eltrico. c) MQUINA DE SOLDA RETIFICADORA.

Como visto anteriormente, alm de um transformador ela possui um conjunto retificador para ser usado em correntes contnuas e correntes alternadas, estes tipos de mquinas podem ser usadas em soldagens TIG, j os transformadores no, a no ser que haja um dimensionamento ou um adaptao de um conjunto retificador. Os retificadores de soldagem so constitudos basicamente de um transformador trifsico, cujo secundrio ligado a uma ponte de retificadores. Os retificadores so elementos que somente permitem a passagem de corrente em um s sentido, portanto convertem a corrente alternada em corrente contnua de sada. A Figura abaixo apresenta uma idia da transformao da corrente alternada trifsica numa corrente contnua pulsante pela ao dos retificadores. As pulsaes se interrompem com a utilizao da corrente de soldagem. Os retificadores, no que diz respeito aos custos de aquisio e de manuteno, vantagens inerentes s mquinas de corrente contnua, isto , operam com baixas tenses em vazio, proporcionam um regime de arco eltrico estvel e permitem a utilizao de qualquer tipo de eletrodo.

Observao: Em caso de incndio, devem ser utilizados extintores de CO2 ou nitrognio.

d) MQUINA DE SOLDA INVERSORA. Desde o advento de semicondutores de alta potncia, por exemplo IGBT e MOSFET, foi possvel construir inversores de potncia, capazes de transformar corrente AC (Corrente Alternada) em corrente DC (Corrente Direta) em alta freqncia, o suficiente para as grandes cargas de potncia exigida para soldagem com eletrodos (ARC / MMA). Elas so conhecidas como "Inversoras de Soldagem". Estes equipamentos, geralmente transformam a energia eltrica AC, convertendo-a em altas voltagens e armazenando-a em um banco de capacitores em voltagem DC, onde um microprocessador controla a entrega desta energia para um segundo transformador conforme a amperagem desejada para a soldagem, retornando como corrente suave/estvel e controlada. As freqncias utilizadas so normalmente muito altas, tipicamente acima de 10.000 Hz. Os equipamentos de soldagem, baseado nestes princpios, podem e normalmente so, muito mais eficientes do que as mquinas de solda tradicionais, principalmente porque os controles da regulagem da amperagem desejada so microprocessados, fazendo com que, por exemplo, uma oscilao de energia eltrica na rede no altere a amperagem de sada na soldagem. Alm disso, quando comparamos os tamanhos dos equipamentos tradicionais este tipo de inversora, encontramos mais uma grande vantagem: chegam a pesar um quinto de uma mquina de solda tradicional na mesma faixa de potncia, o que torna este tipo de equipamento muito til para aplicaes em grandes alturas, espaos confinados, necessidade de grande mobilidade, etc. alm de serem muito mais econmica em relao s demais mquina vistas anteriormente.

1.8 -SENTIDO DE CIRCULAO DA CORRENTE ELTRICA A corrente circula do plo negativo ( -) para o plo positivo ( + ). 1.10 -POLARIDADES No processo de soldagem, quando a mquina de solda est operando, a corrente eltrica sai pelo borne A, desloca-se pelo cabo at a pea que est sendo soldada e provoca a fuso do material da pea com o material do eletrodo atravs do arco eltrico. Em seguida, passa pelo eletrodo e retorna ao borne B atravs do cabo, entra novamente na mquina e, pelo circuito interno, torna a sair pelo borne A.

Com a aplicao de uma fonte de corrente contnua de soldagem, podem-se ter diferentes temperaturas na pea e no eletrodo em funo da polaridade utilizada. Essas diferenas de temperaturas na pea e no eletrodo modificam sensivelmente a deposio e a profundidade do cordo de solda conforme figura abaixo:Colocando-se a polaridade positiva no eletrodo o mesmo trabalha a 4.200C e a pea fica a 3.600C Essa posio da polaridade conhecida como polaridade inversa Colocando-se a polaridade negativa no eletrodo o mesmo trabalha a 3.600C e a pea fica a 4.200C Essa posio da polaridade conhecida como polaridade direita

Os geradores de corrente de soldagem fornecem a tenso e a corrente dentro de valores adequados para a operao. A tenso fica em torno de 15 a 30V em trabalho e a corrente situa-se na faixa de 60 a 300A. 1.9 -EFEITO DA TENSO NA SOLDAGEM Visto que o ar no um condutor, o arco deve ser inicialmente aberto atravs de um curto-circuito, fazendo com que, ao levantar-se o eletrodo (Fig. 115), a corrente flua neste instante com elevada amperagem. A tenso faz com que a corrente eltrica prossiga circulando mesmo depois que o eletrodo afastado da pea, fazendo com que o arco eltrico se mantenha. O arco produz alta temperatura, fundindo o material do eletrodo e da pea, formando a solda.

Deve-se abaixar o eletrodo e tocar na pea para fazer um curto circuito, aps este curto, deve-se afastar o eletrodo a uma distncia igual a aproximadamente 1,5 do dimetro da alma ou ncleo do mesmo. A elevada corrente no instante do curto-circuito provoca um intenso aquecimento, tendo-se, portanto, uma elevada temperatura. A elevada temperatura faz com que ocorra a fuso do eletrodo, cujas partculas fundidas passam a se transferir para a pea formando uma poa de fuso. Aps a abertura do arco e fuso do eletrodo, a transferncia do material do eletrodo para a pea pode vir a ocorrer atravs de gotas fundidas de tamanhos grandes, mdios ou pequenos (quase nvoa)Gotejamento Grosso Gotejamento Mdio Gotejamento Fino

O tipo de transferncia depende da corrente de soldagem, composio do eletrodo, comprimento do arco eltrico e composio do revestimento. Por exemplo, a 1 Figura acima caracteriza um processo com baixa corrente, enquanto que a 3 Figura acima caracteriza um processo com alta corrente. O gotejamento grosso caracteriza-se por baixa corrente e nele pode ocorrer perigo de curto-circuito. Apresenta o som de estalos e chiados, possui uma maior penetrao e tem uma taxa de deposio em torno de 10 a 30 gotas por segundo. A transferncia por gotejamento fino (Fig. 120) possui uma penetrao menor. Ela mais bem aplicada em revestimentos e ocorre com altas correntes. Tem um som normal e uma taxa de deposio em torno de 200 gotas por segundo. Atravs do tipo de corrente, pode-se influenciar a transferncia do material do eletrodo para a pea. 2.0 ELETRODOS REVESTIDOS PARA SOLDAGENS Na soldagem a arco eltrico, o eletrodo um elemento dos mais importantes na transferncia de material. Num eletrodo no revestido ocorre, durante a transferncia, a combinao de O2, H2 e N2, existentes na atmosfera, com o metal fundido e com a poa de fuso. Os gases O2, H2 e N2 tendem a oxidar o metal de adio do cordo de solda, bem como interferir no arco eltrico, no resfriamento e na estrutura resultante.

Os eletrodos normalmente possuem revestimentos de materiais no metlicos que, ao se fundirem, formam uma escria que, solidificando-se, atua como uma cobertura protetora do material de adio e do cordo de solda.

Revestimento do eletrodo

Alma ou ncleo do eletrodo

Revestimento do eletrodo

Alma ou ncleo do eletrodo escria

Arco Eltrico

Poa de fuso

Arco Eltrico Metal de Base

Alm disso, existem eletrodos que, em funo da composio do revestimento, geram gases e fumaa, os quais protegem o arco da ao dos gases O2, H2 e N2, bem como o metal de adio. O revestimento torna mais fcil a fuso do eletrodo, melhorando ainda a condutibilidade eltrica na regio do arco, tornando-o mais estvel e de fcil conduo.

A Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos (Shielded Metal Arc Welding SMAW um processo no qual a coalescncia (unio) dos metais obtida pelo aquecimento destes com um arco estabelecido entre um eletrodo especial revestido e a pea. O eletrodo formado por um ncleo metlico ("alma"), com 250 a 500mm de comprimento, revestido por uma camada de minerais (argila, fluoretos, carbonatos, etc.) e/ou outros materiais (celulose, ferro ligas, etc.), com um dimetro total tpico entre 2 e 8mm. A alma do eletrodo conduz a corrente eltrica e serve como metal de adio. O revestimento gera escria e gases que protegem da atmosfera a regio sendo soldada e estabilizam o arco. O revestimento pode ainda conter elementos que so incorporados solda, influenciando sua composio qumica e caractersticas metalrgicas. Afigura acima ilustra o processo. O seu equipamento usual consiste de fonte de energia (ou mquina de soldagem), porta-eletrodo e cabos, alm de equipamentos de segurana para o Soldador. O calor do arco funde a ponta do eletrodo e um pequeno volume do metal de base formando a poa de fuso. A soldagem realizada manualmente, com o soldador controlando o comprimento do arco e a poa de fuso (pela manipulao do eletrodo) e deslocando o eletrodo ao longo da junta. Quando o eletrodo quase todo consumido, o processo interrompido para troca do eletrodo e remoo de escria da regio onde a soldagem ser continuada. A tabela abaixo apresenta as suas vantagens, limitaes e aplicaes principais.

No Brasil, normas da AWS so amplamente utilizadas para a especificao de consumveis para soldagem. Eletrodos para a soldagem de aos de baixo carbono so, em geral, especificados com base nas propriedades mecnicas do metal depositado, no tipo de revestimento e em suas caractersticas operacionais. A especificao da AWS para estes aos feita atravs de um conjunto de letras e

dgitos Conforme mostraremos na figura abaixo Por exemplo, de acordo com a norma AWS A5.1, uma classificao do tipo E6010 indica um eletrodo capaz de depositar material com um limite de resistncia de 60.000psi (420MPa) e que possui um revestimento celulsico, com ligante a base de silicato de sdio, indicado para soldagem em todas as posies com corrente contnua e o eletrodo no plo positivo. Para os aos carbono, os eletrodos podem ser separados em diferentes tipos em funo das caractersticas de seu revestimento, destacando-se:

Como dito anteriormente eletrodos revestidos so constitudos de uma alma metlica rodeada de um revestimento composto de matrias orgnicas e/ou minerais, de dosagens bem definidas. Adiantamos a classificao anterior pelo fato de ser mais comumente usada, porm agora nos aprofundaremos em conhecer o eletrodo revestido e suas caractersticas. O material da alma metlica depende do material a ser soldado, podendo ser da mesma natureza ou no do metal de base, uma vez que h a possibilidade de se utilizar revestimentos que complementem a composio qumica da alma. Para os materiais mais comumente soldados, os tipos de almas utilizados so os que aparecem na Tabela abaixo:

Os revestimentos por sua vez so muito mais complexos em sua composio qumica, pois como eles tm diversas funes, estas so conseguidas com a mistura dos diversos elementos adicionados. Iniciaremos estudando as funes dos revestimentos, para em seguida estudar os tipos e elementos qumicos utilizados para atingi-las.

2.1 FUNES DOS REVESTIMENTOS Os revestimentos apresentam diversas funes, que podem ser classificadas nos seguintes grupos: Funo Eltrica: Como j dito, em trabalhos com corrente alternada, utilizando-se um eletrodo sem revestimento e sem nenhum outro tipo de proteo, impossvel estabelecer um arco eltrico. Porm, graas ao ionizante dos silicatos contidos no revestimento, a passagem da corrente alternada consideravelmente facilitada entre o eletrodo e a pea soldar. Assim, a presena do revestimento no eletrodo permitir a utilizao de tenses em vazio baixas, mesmo em trabalhos com corrente alternada (40 a 80 V), possibilitando assim uma reduo do consumo de energia no primrio e um considervel aumento da segurana do soldador e a a continuidade e conseqentemente a estabilidade do arco. Funo Metalrgica: O revestimento ao fundir cria uma "cratera" e uma atmosfera gasosa que protegem a fuso da alma contra o Oxignio e Nitrognio do ar. Ele depositar "escria" que mais leve que o metal fundido e que proteger o banho de fuso no somente contra a oxidao e nitretao, mas tambm contra um resfriamento rpido. A escria constitui um isolante trmico que ter as seguintes funes: Permitir a liberao dos gases retidos no interior do metal depositado,

evitando com isto a formao de poros, e, Minimizar o endurecimento do material depositado por tmpera, tmpera esta conseqncia de um rpido esfriamento. Funo Mecnica e Operatria:Durante a fuso dos eletrodos ocorre em sua extremidade uma depresso que chamamos de cratera; A profundidade desta cratera tem influncia direta sobre a facilidade de utilizao do eletrodo, sobre as dimenses das gotas e a viscosidade da escria. Um eletrodo de boa qualidade deve apresentar a cratera mais profunda e as gotas mais finas, alm disto, a cratera servir tambm para guiar as gotas do metal fundido como pode ser visto na Figura ao lado Influncia da profundidade da cratera na utilizao do eletrodo. 2.2 TIPOS DE REVESTIMENTO O dimetro indicado de um eletrodo corresponde sempre ao dimetro da alma. Os dimetros de mercado variam na faixa de 2 a 6 mm, embora existam eletrodos especiais com dimenses diferentes destas. Conforme a espessura do revestimento pode-se classificar os eletrodos nos seguintes tipos: Peculiar ou fino: revestimento o menos comum de todos. Tem a espessura menor do que 10% do dimetro da alma, e por isto, o que requer a menor intensidade de corrente para ser fundido. Este eletrodo no apresenta a formao de cratera. Por cratera pode-se entender a medida indicada na cota da Figura - Influncia da profundidade da cratera na utilizao do eletrodo. Semi-espesso: Eletrodos em que a faixa de espessura do revestimento encontra-se entre 10 a 20% do dimetro da alma. Sua fuso requer um valor de corrente ligeiramente superior ao tipo anterior. A cratera formada por este eletrodo a menor de todos os tipos. Espesso: Eletrodos em que a faixa de espessura do revestimento encontra-se entre 20 a 40% do dimetro da alma. Sua fuso requer um valor de corrente ainda maior, e a cratera formada pode ser considerada como mdia Muito Espesso: Esta classificao engloba os revestimentos em que a faixa de espessura do revestimento seja maior que 40% do dimetro da alma. Requer as maiores intensidades de corrente para ser fundido e apresenta uma cratera que podemos considerar como profunda. A intensidade de corrente necessria para a fuso dos eletrodos variar conforme uma srie de fatores que veremos adiante, porm tomando por base apenas esta classificao dos tipos de revestimento, possvel estabelecer regras prticas que indicaro a corrente adequada para o trabalho, uma vez que para todos os eletrodos, existem os limites mximos e mnimos de corrente. Por valor mximo podese definir um valor a partir do qual o eletrodo crepita dificultando a operao de soldagem e ocorre a danificao do revestimento (queima antes de sua efetiva utilizao), e por limite mnimo um valor em que o arco fique muito difcil de se estabelecer. Para os eletrodos de revestimento muito espesso pode-se considerar a frmula apresentada a seguir: I = (40 a 60) * (d-1) onde: I = Intensidade de corrente necessria para a soldagem do eletrodo. d = Dimetro da alma do eletrodo. Tomando como base um eletrodo com o dimetro de 4 mm, as intensidades de corrente recomendadas de acordo com o tipo de revestimento, seriam as seguintes:

importante destacar que tanto a regra como a tabela apresentada, no so vlidas para eletrodos que contenham elevado teor de p de Ferro no revestimento, pois estes necessitaro de maiores valor de intensidade de corrente.

Alm da classificao por dimenses, os revestimentos podem ainda ser classificados em relao a sua composio qumica do seu revestimento. Na composio qumica do revestimento de um eletrodo, so utilizados diversos componentes qumicos com diferentes funes como pode ser visto na tabela abaixo.TABELA ELEMENTOS ADICIONAIS NO REVESTIMENTO FUNES BUSCADASFormadores de gs Formadores de Escria e Fundentes Estabilizadores de Arco Desoxidantes Elementos de Liga

ELEMENTOS ADICIONAISCelulose, dolomita, CaCo3, etc. Argila, Talco, TiO2, CaCo3, SiO2, Fe-Mn, FeO, feldispato, asbestos, etc. TiO2, ilmenita, silicatos de Na e K, etc. Fe-Si, Fe-Mn, Fe-Cr, etc. Fe-ni, Fe-Mn, Fe-Cr, etc.

Nesta classificao, o elemento que se encontra em maior teor no revestimento aquele que ser utilizado como base. Assim tambm ser possvel separar os eletrodos em funo de sua composio qumica. Esta classificao a mais importante, pois a que servir de base para as normas internacionais. Os grupos de revestimentos segundo esta classificao so apresentados a seguir:

ELETRODOS CELULSICOS (EXX10 e EXXX1): Possuem elevada quantidade de material orgnico(celulose) no revestimento, cuja decomposio pelo arco gera gases que protegem o metal lquido. A quantidade de escria produzida pequena, o arco muito violento, causando grande volume de respingos e alta penetrao em comparao com outros tipos de eletrodo. O cordo tende a apresentar escamas irregulares. A solda apresenta propriedades mecnicas adequadas para vrias aplicaes, contudo, no devem ser usados na soldagem de aos de teor elevado de carbono, de aos ligados e na soldagem de peas de maior espessura devido a possibilidade de fragilizao pelo hidrognio proveniente do revestimento. So particularmente adequados para soldagem fora da posio plana, tendo grande aplicao na soldagem circunferencial de tubulaes e na execuo de passes de raiz em geral. Devido sua grande penetrao e perda por respingos no so adequados para o enchimento de chanfros.

ELETRODOS RUTLICOS (EXXX2, EXXX3 e EXXX4): Contm quantidades significativas de rutilo (TiO2) no revestimento e produz uma escria abundante, densa e de fcil destacabilidade. So eletrodos de fcil uso, que podem ser usados em qualquer posio exceto quando tm uma elevada quantidade de p de ferro no revestimento (para aumentar a produtividade). Podem operar tanto em CA como em CC e produzem um cordo com bom aspecto visual e de penetrao baixa ou mdia. Sua resistncia formao de trincas na solidificao da poa de fuso relativamente pequena o que pode ser um problema na soldagem de peas contaminadas com leo. So eletrodos de grande versatilidade e de uso geral.

ELETRODOS BSICOS (EXXX5, EXXX6 e EXXX8): Possuem quantidades apreciveis decarbonatos (de clcio e de outros elementos) e de fluorita, formam uma escria bsica que,

juntamente com o CO2 gerado da decomposio dos carbonatos, protege o metal lquido. Esta escria exerce uma ao metalrgica benfica sobre a solda, dessulfurando-a e reduzindo o risco de formao de trincas de solidificao. No possui substncias orgnicas em sua formulao e, se manuseado corretamente, produz soldas com baixo teor de hidrognio, minimizando os riscos de fragilizao e fissurao por este elemento. A penetrao mdia e o cordo apresenta boas propriedades mecnicas, particularmente quanto tenacidade. indicado para aplicaes de grande responsabilidade, na soldagem de juntas de grande espessura ou de grande rigidez e na soldagem de aos de maior teor de carbono, de aos de maior resistncia mecnica e de aos de composio qumica desconhecida. Este tipo de eletrodo altamente hidroscpico, requerindo cuidados especiais na sua armazenagem. ELETRODOS OXIDANTES (EXX20 e EXX27): Possui revestimento constitudo principalmente de xidos de ferro e mangans que produz escria oxidante, abundante e de fcil destacamento. O metal depositado possui baixos teores de carbono e mangans e grande quantidade de incluses. Este tipo de eletrodo pouco utilizado atualmente, embora exista em certo interesse na sua utilizao como eletrodo para a soldagem subaqutica. O processo adequado para unir materiais em uma ampla faixa de espessura, sendo mais utilizado para juntas de 3 a 20mm. Encontra, tambm, grande aplicao em juntas de maior espessura, quando a soldagem precisa ser realizada fora da posio plana, particularmente para a soldagem no campo. Trabalha, tipicamente, com uma corrente entre 50 e 600A (os maiores valores sendo usados com eletrodos de maior dimetro), resultando em uma taxa de deposio (de metal de adio) de 1 a 8kg/h. Para a soldagem de peas finas ou fora da posio plana necessrio usar eletrodos de menor dimetro, corrente baixa e, assim, uma baixa taxa de deposio. Ainda, a necessidade de interrupo peridica do arco para a troca de eletrodo e remoo de escria, faz com que, neste processo, a proporo do tempo gasto pelo soldador efetivamente soldando (fator de ocupao) seja, em geral, inferior a outros processos de soldagem a arco. Assim, o processo SMAW tende apresentar uma menor produtividade e uma maior dependncia de mo de obra que outros processos a arco. Estes fatores tm levado, recentemente, a uma substituio desse processo por outros em muitas aplicaes, particularmente nos pases mais desenvolvidos. REVESTIMENTO CIDO Este revestimento constitudo principalmente de xido de Ferro, Mangans e slica. Produz uma escria cida, abundante e porosa e tambm de fcil remoo. Este eletrodo pode ser utilizado nos dois tipos de corrente, apresenta penetrao mdia e alta taxa de fuso, causando por um lado uma poa de fuso volumosa, e em conseqncia disto a limitao da aplicao as posies plana e filete horizontal. As propriedades da solda so consideradas boas para diversas aplicaes, embora sua resistncia formao de trincas de solidificao seja baixa. Apresentam tambm uma muito boa aparncia do cordo. Vistas ento as diferentes formas como os eletrodos podem ser classificados quanto ao seu revestimento, so apresentadas seguir as especificaes mais utilizadas para identifica-los.

2.3 ESPECIFICAES AWS PARA ELETRODOS REVESTIDOS

A AWS - American Welding Society (Sociedade Americana de Soldagem - o equivalente nossa Associao Brasileira de Soldagem) criou um padro para a identificao dos eletrodos revestidos que aceito, ou pelo menos conhecido, em quase todo o mundo. Devido a simplicidade, e talvez o pioneirismo, esta a especificao mais utilizada no mundo atualmente para identificar eletrodos revestidos. Estas especificaes so numeradas de acordo com o material que se pretende classificar, conforme a TABELA ESPECIFICAES AWS PARA ELETRODOS REVESTIDOS.TABELA ESPECIFICAES AWS PARA ELETRODOS REVESTIDOS

REF. AWSA 5.1 A 5.3 A 5.4 A 5.5 A 5.6 A 5.11 A 5.13 A 5.15 A 5.21

Utilizao emAos ao Carbono Alumnio e suas ligas Aos inoxidveis Aos baixa liga Cobre e suas ligas Nquel e suas ligas Revestimento (Alma Slida) Ferros Fundidos Revestimento ( Alma Tubular com carbonetos de Tungstnio)

Entre estas especificaes as mais populares so as utilizadas para ao Carbono (AWS A 5.1), as utilizadas para aos de baixa liga (AWS A 5.5), e as utilizadas para aos inoxidveis (AWS A 5.4). A primeira (AWS A 5.1) tem uma forma simples de ser interpretada que pode ser vista na figura 2 a seguir. A especificao para aos de baixa liga (AWS A 5.5) muito semelhante a anterior, utiliza exatamente a mesma base e adiciona no fim um hfen e alguns dgitos (entre um e trs podendo ser letras e nmeros ou somente letras) que indicaro a presena e quantidade do elemento de liga adicionado no revestimento do eletrodo. Na tabela abaixo da norma, so apresentados os significados dos sufixos desta norma.Eletrodo para soldagem ao Arco eltrico Conjunto de 2 ou 3 nmeros que indicam a resiatncia do material em Ksi 1Ksi=100Psi=6850Pa

AWS E XXXYZNmero que indica a posio de soldagem 1= Todas as Posies 2= Plana Horizontal 3=Somente planaNmero que indica revestimento e corrente XX10 rev. Celulsico (sdio) CC+ XX20 rev. cido CCXXY1 rev. Celulsico (potssio) CC+ CA XXY2 rev. Rutlico (sdio) CCCA XXY3 rev. Rutlico (potssio) CC+ CC- CA XXY4 rev. Rutlico (p de ferro) CC+ CC- CA XXY5 rev. Bsico (sdio) CC+ XXY6 rev. Bsico (potssio) CC+ CA XXY7 rev. cido (p de ferro) CC- CA XXY8 rev. Bsico (p de ferro) CC+ CA

TABELA SIGNIFICADO DOS SUFIXOS DA ESPECI FICAO AWS A 5 .5

B2 L - idem ao B2 c/ C mx . de 0 ,05%A1- 0,5% Mo B4 - 2% Cr e 0,5% Mo C3 - 1,0% Ni, 0,35% Mo e 0,15% Cr

B1 - 0,5% Cr e 0,5% Mo B2 - 1,25% Cr e 0,50% Mo B2L - dem ao B2 c/ C2 mx de 0,005% B3 - 2,25% Cr e 1% Mo

B4L - 2% Cr e 0,5% Mo c/ C max. de 0,05% B5 - 0,5% Cr e 1,0% Mo C1 - 2,5% Ni

D1 - 1,5% Mn e 0,35% Mo

D2 - 1,75% Mn e 0,35% Mo G - min. de 0,5% Ni ou 0,3 Cr ou 0,2% Mo ou 0,1% V ou 1,0% Mn M - especif. militar USA

C2 - 3,5% Ni

Finalizando, a interpretao da especificao de eletrodos para aos inoxidveis (AWS A 5.4), pode ser vista na Figura - Norma AWS A 5.4.Eletrodo para soldagem ao Arco eltrico Conjunto de 3 nmeros que designam o grau do metal depositado

Conforme AWS E XXX Yy Nota AISI 1ZNmero que indica i tipo de revestimento e corrente 5 = Bsico CC 6 = Rutlico CC/CA

Estas letras indicam a presena de elemento qumico adicional ex: V = Vandio Cr = Cromo Pode ser tambm ser a letra L que Indica C max. = 0,04%

Uma vez vista a forma como feita a identificao conforme a norma mais usual, a seguir e apresentado e comentado alguns eletrodos classificados conforme especificao AWS A 5.1. 2.4 CARACTERSTICAS DOS PRINCIPAIS ELETRODOS PARA O AO CARBONO E 6010 (Na) e E 6011 (K): Grande penetrao, solda em todas as posies, facilidade a produzir transferncia metlica por spray (desde que se utilize valores de corrente adequados), escria de pequeno volume e aspecto vtreo, boas propriedades mecnicas, alto teor de umidade: E 6010 =>3 a 5% ; E 6011 => 2 a 4%, principal constituinte: celulose. E 6012 e E 6013: Mdia penetrao, escria viscosa e densa, o E 6012 pode ser utilizado em correntes relativamente altas j que seu revestimento possui pequenas propores de celulose e uma grande proporo de materiais refratrios, o E 6013 possui mais K que torna o arco mais estvel. E 6020: Mdia a profunda penetrao, transferncia por spray, escria espessa e de fcil remoo, revestimento ricas em xido de Ferro e Mangans, altas taxas de deposio e poa de fuso com metal muito fluido, o que obrigar operar nas posies plana ou filete horizontal. E 7016:Possui pouco ou nenhum elemento gerador de hidrognio no arco (celulose, asbestos), so cozidos em temperaturas entre 500 a 600 C para minimizar a reteno de gua pelo revestimento, por isto, so recomendados para a soldagem de aos susceptveis trinca a frio.

Eletrodos: E 7014, E 7018, E 7024, E 7027, E 7028: So eletrodos com p de ferro, possuem elevadas taxas de deposio, trabalha com elevados valores de corrente, quando o teor de p de Ferro ultrapassa os 40% a soldagem s recomendada na posio plana, revestimento espesso => melhor proteo e tcnica de soldagem por arraste. Algumas das aplicaes em que podem ser utilizados estes eletrodos so apresentadas na tabela.TABELA DESEMPENHO DE ALGUNS ELETRODOS EM APLICAES DIFERENTES APLICAES 6010 6011 6013 7016 7018 7024 Ao com Enxofre alto ou s/ anlise qumica na na 3 10 9 5 Alta Ductilidade 6 7 5 10 10 5 Alta Penetrao 10 9 5 7 7 4 Alta Resistncia ao Impacto 8 8 5 10 10 9 Alta Taxa de Deposio 4 4 5 4 6 10 Espessura Fina, Probabilidade de Distoro 5 7 9 2 2 7 Espessura Grossa, Alta Restrio 8 8 8 10 9 7 Facilidade de Remoo de Escria 9 8 8 4 7 9 Filete 1G/ 2G alta produtividade 2 3 7 5 9 10 Filete todas posies 10 9 7 8 6 Na Poucas Perdas por Respingos 1 2 7 6 8 9 Topo posio plana e < 6 .0 mm 4 5 8 7 9 9 Topo todas posio e < 6 .0 mm 10 9 8 7 6 naOs valores esto correspondidos entre 10 (aplicao fortemente indicada) a 1 (aplicao no recomendada). A sigla "na" significa "no aplicvel".

2.5 MANUTENO E CUIDADO COM OS ELETRODOS Caso no sejam tomados os adequados cuidados no armazenamento e manuseio, os eletrodos revestidos podem se danificar. Parte ou todo o revestimento pode se danificar, principalmente nos casos de dobra ou choque do eletrodo. Sempre que se observar qualquer alterao no estado do eletrodo, este no deve ser utilizado em operaes de responsabilidade. A umidade em excesso no revestimento dos eletrodos (principalmente os bsicos), de uma forma geral, prejudicial a soldagem. Ela pode levar a instabilidade do arco, formao de respingos e porosidades principalmente no incio do cordo e a fragilizao e fissurao pelo Hidrognio. O nvel de umidade pode ser medido em laboratrios conforme estipulado na norma AWS A5.5-81. Pode tambm ser estimado praticamente, quando o teor de umidade for suficientemente alto, por duas diferentes maneiras: Verificao do comportamento do eletrodo durante a soldagem. Os eletrodos midos, em geral, geram um som explosivo e, quando a umidade for excessiva, haver, no incio da soldagem, desprendimento de vapor d'gua do eletrodo. Alm disto, ocorrendo a interrupo da soldagem com um eletrodo mido, o revestimento tende a trincar longitudinalmente. Verificao do som produzido pelo choque de dois ou mais eletrodos. Dois eletrodos midos ao se tocarem geraram um som mais abafado e grave do que eletrodos secos, que por sua vez produzem um som mais agudo e metlico. Devido aos citados problemas causados pela umidade, os eletrodos devem de preferncia ser adquiridos em embalagens hermeticamente fechadas e armazenados em ambientes controlados, de modo a serem evitados danos e contatos com a umidade do ar. Por ambientes controlados, entende-se ambientes com umidade relativa do ar menor do que 50%. As embalagens dos eletrodos so consideradas totalmente estanques enquanto fechadas. Aps abertas, perdem a capacidade de executar uma adequada armazenagem, e os eletrodos devem ser mantidos em estufas. O perodo mximo que se recomenda para que um eletrodo permanea fora da estufa duas horas. Aps este tempo, h o risco de ocorrer absoro excessiva de umidade. Caso isto venha a acontecer, os eletrodos bsicos devem ser recondicionados por um tratamento de ressecagem, devendo em seguida retornarem as estufas.

Como os eletrodos so produzidos por diferentes fabricantes, normal se encontrar diferenas nos tempos e temperaturas considerados ideais para a manuteno e ressecagem. Por isto as empresas devem ter procedimentos especficos para a correta armazenagem dos eletrodos levando em conta estas diferenas. Na ausncia destes, as recomendaes do fabricante podem ser aplicadas diretamente. Tendo em vista estas diferenas, a tabela 7 apresentada a seguir simplesmente uma referncia.ARMAZENAMENTO E RESSECAMENTO DE ELETRODOSCLASSE DO ELETRODO ARMAZENAMENTO EMBALAGEM FECHADA ARMAZENAMENTO EM ESTUFA TRATAMENTO DE RESSECAGEM

EXX10 e EXX11 EXX12 ,XX1 ,XX1 4 ,XX2 0 ,XX2 4 e XX2 7 E7015 , E7016, E7018 at E7028 E80/9015, E80/9016 e E80/9018 E100/110/12015, E100/110/12016 e E 100/110/12018 E XXX1 5 / 1 6 ( ino x idv e is )

Temperatura ambiente Ver a Nota Fiscal Ver a Nota Fiscal Ver a Nota Fiscal Ver a Nota Fiscal Ver a Nota Fiscal

No Recomendado 65 a 85 65 a 95 95 a 120 95 a 120 65 a 95

No Recomendado 120 a 150 por 1h 260 a 320 por 1h 320 a 370 por 1h 245 a 400 por 1h 200 a 230 por 1h

Umidade do ar abaixo de 50% e temperatura 10C acima da temperatura ambiente, porm no mnimo 20C No tratamento de secagem forma considerados valores mnimos.

2.6 VARIVEIS O processo eletrodo revestido,quando comparado com outros, apresenta relativamente poucos parmetros com possibilidade de regulagem. Os efeitos de cada um so mostrados na tabela EFEITO DA ALTERAO NOS PARMETROS DESOLDAGEM seguir. As siglas Ic (Intensidade de corrente), Va (Velocidade de avano ) e U0 (Tenso em vazio) significam respectivamente: Intensidade de corrente ("amperagem"), Velocidade de avano e Tenso em vazio ("voltagem").EFEITO DA ALTERO NOS PARMETROS DE SOLDAGEMCAUSAS EFEITOS FUSO Ic. Va e U0 NORMAIS NORMAL Ic. MUITO BAIXO DIFCIL Ic. MUITO ALTO CREPITANTE Va. MUITO BAIXA NORMAL Va. MUITO ALTA MUITO IRREGULAR U0 (1) BAIXO NORMAL U0 ALTO IRREGULAR

FORMA DO MUITO CORRETA DEPSITO CONVEXO

ACHATADO E MUITO DEFORMADO CONVEXO REGULAR EM PLANA, DEFORMADA EM NGULO MUITO GRANDE REGULAR MAS PROFUNDA MORDEDURA

CONVEXO E ACHATADO E CONVEXO DEFORMADO DEFORMADO MUITO IRREGULAR ESTRIAS ALONGADAS FRACA REGULAR E LIMPO IRREGULAS C/ MUITOS RESPINGOS

MUITO ASPECTO DO REGULAR REGULAR E IRREGULAR DEPSITO E LIMPO LIMPO C/ MUITOS RESPINGOS MUITO GRANDE PENETRAO TIMA FRACA INUTIL E PERIGOSA DEFORMAD DEFORMADA, FORMA DA CIRCULAR A MAS POROS E CRATERA SAUDVEL SADIA TRINCAS OUTROS DEFEITOS POROS E MORDEDURA NENHUMA INCLUSO POROSIDADE DE ESCRIA E TRINCAS

RASOVEL ALTA

DEFORMADA COM POROS MORDEDURA POROSIDADE E TRINCAS

REGULAR

REGULAR POROS CASO ELETRODO ERRADO

NENHUM

(1 ) - Porm superior a tenso de abertura do arco

A intensidade de corrente o parmetro que mais sensvel a variao. Depende tambm dos seguintes aspectos: Dimetro do eletrodo, massa da pea, afastamento na montagem, temperatura inicial da pea e posio de soldagem, veremos no captulo de trata de TCNICAS E PROCEDIMENTOS DE SOLDAGEM. 3.0 EQUIPAMENTOS E FERRAMNETAS USADOS NO PROCESSO DE SOLDAGEM ELETRODO REVESTIDO

Arco Eltrico - Eletrodo Revestido (SMAW) um dos mais versteis processos de unio da indstria e extensivamente usado no mundo inteiro. Na ndia aproximadamente 10% da soldagem fabricada feita por este processo e mesmo nos pases mais avanados como Rssia, Estados Unidos, Japo e Europa Ocidental conta com aproximadamente 60% do metal depositado por este processo. Seu uso est decrescendo vagarosamente mas esperado permanecer indispensvel para reparos e pequenos trabalhos . Uma de suas caractersticas atrativas seu baixo

custo inicial para uma instalao na indstria. Mquinas de solda para SMAW esto disponveis e podem ser ligadas imediatamente se necessrio em cabeamento domstica monofsica, da sua popularidade mesmo para pequenos fabricantes.

O maior equipamento para SMAW a mquina de solda que como vimos anteriormente pode ser um transformador de tenso, um retificador de Corrente Contnua, um grupo motor gerador, ou um Inversor Eletrnico. A seleo do equipamento depende da proviso para investimento inicial e da faixa de materiais a serem manipulados. O tamanho e tipos de eletrodos que so usados e a penetrao e a velocidade de soldagem utilizada determinam o suprimento necessrio para o fornecimento de corrente. As mquinas de soldagem empregadas para SMAW so quase invariavelmente do tipo C.C. j que elas servem ao melhor propsito em manter o arco eltrico no perturbado mesmo quando a mo do soldador inadvertidamente perturbada temporariamente. Dos quatro tipos bsicos de mquinas de soldagem cada uma tem suas vantagens. A mquina de solda de C.C., muito verstil na soldagem de uma variedade de metais em qualquer espessura desejada. Ela permite uma operao porttil e usa de maneira eficiente uma grande variedade de eletrodos revestidos. O transformador de soldagem tem o custo inicial mais baixo bem como o mais baixo custo de operao e manuteno. Ela no tem partes mveis, portanto sua operao silenciosa. A mquina de solda retificadora C.C. tem um projeto simples e combina as vantagens de um transformador de soldagem e de um conjunto retificador de soldagem C.C. Existem outros equipamentos para mquinas de solda, isto , cabos, conectores, alicates, cabos terra. Os cabos que transportam a corrente no circuito de soldagem so bastante flexveis e so feitos geralmente de cobre e alumnio. Esses fios so muito finos (0,2 mm de dimetro) e para constituir os cabos estes fios enrolados entre 800 e 2500 fios dependendo da capacidade de transporte de corrente do cabo. Cabos de alumnio so mais leves e pesam somente um tero dos cabos de cobre, mas sua capacidade de transporte de corrente cerca de 60% menor em relao aos cabos de cobre. Os conectores de cabos so usados para aumentar o comprimento dos terminais de soldagem devem ter o tamanho adequado para transportar a corrente desejada e devem se ajustar perfeitamente para evitar queda de tenso. Algumas vezes a solda fraca (Soldering) ou a soldagem forte (Brazing), ou mesmo soldagem comum so usadas para conectar os cabos, mas os conectores mecnicos so os mais populares pois eles podem ser montados ou desmontados. O alicate geralmente encaixado no cabo de solda e o tamanho do cabo depende da corrente necessria a ser transportada no circuito de soldagem. Usualmente alicates so especificados dependendo da corrente que eles devem transportar; tendo um intervalo de 150 a 500 A. Os alicates populares tm ranhuras nas garras que facilitam a fixao do eletrodo em diferentes ngulos para uma fcil manipulao.

Conectores para alongamentos de cabos de soldagens

Terminais de cabos de solda Os terminais de cabos de solda, tem a utilidade Fe otimizar a fixao nos bornes das mquinas, muitas pessoas, apenas enrolam ou amarram a ponta dos cabos nos bornes, isto nunca deve ser feito.

Porta Eletrodo ou Alicate porta Eletrodo

O porta eletrodos, ou alicates de soldagem, podem ser dos mais variados modelos, sendo que o que difere uma marca da outra a qualidade de acabamento, o material usado em sua fabricao, e adaptaes especficas para certos tipos de servios, eles podem variar de 100 a 1000 Ampres, e deve-se ter um cuidado especial ao fix-lo no cabo, no deixando partes do cobre do cabo soltas, ou parafuso fixador frouxo. Os porta-eletrodos servem para a fixao e energizao do eletrodo. fundamental a correta fixao e boa isolao dos cabos para que os riscos de choque sejam minimizados. As garras devem estar sempre em bom estado de conservao, o que ajudar a evitar os problemas de superaquecimento e m fixao do eletrodo, podendo vir a soltar-se durante a soldagem. Um porta-eletrodo dimensionado para trabalhar em uma determinada faixa de dimetros. Esta limitao vem no s da abertura mxima nas garras para encaixar o eletrodo, como tambm, e principalmente, pela corrente mxima que pode conduzir. Um porta-eletrodo para ser utilizado em valores de corrente mais elevados, necessita ser mais robusto, o que far com que seu peso aumente. Como o peso um fator determinante na fadiga do soldador, deve-se sempre procurar especificar o menor porta-eletrodo possvel, para a faixa de corrente que se pretende trabalhar.

Garra Negativa, ou Grampo Terra Assim como o porta eletrodo, o grampo terra, ou a Garra negativa, pode se de cobre ou de Alumnio, pode ser fundido ou estampado, pode se de presso por mola ou presso por parafuso, mas o importante que a presso fundamental para o no aquecimento desnecessrio do cabo e do metal base, e conservao da garra.

Cabos Para Soldagem Os cabos transportam a corrente eltrica da fonte de energia ao porta-eletrodo (cabo de soldagem), e da pea de trabalho para a fonte de energia (cabo de retorno) para possibilitar a soldagem.

Os cabos podem ser de Cobre ou de Alumnio, devem apresentar grande flexibilidade de modo a facilitar o trabalho em locais de difcil acesso. necessrio que os cabos sejam cobertos por uma camada de material isolante, que deve resistir entre outras coisas abraso, sujeira e um ligeiro aquecimento que ser normal devido a resistncia passagem da corrente eltrica. Os dimetros dos cabos dependem basicamente dos seguintes aspectos: Corrente de soldagem; Ciclo de trabalho do equipamento; Comprimento total dos cabos do circuito; Fadiga do operador.

Estes quatro itens atuam de maneira antagnica. Enquanto que para os trs primeiros seria ideal o cabo com o maior dimetro possvel, (menor chance de superaquecimento para os dois primeiros e menor perda de corrente para o terceiro) no ltimo item exatamente o oposto, pois ocorre aqui o mesmo que com os portaeletrodos, um cabo resistente a maiores valores de passagem de corrente conseqentemente mais robusto e por sua vez mais pesado causando com isto maior fadiga ao soldador.

Para os cabos confeccionados em cobre, a TABELA - DIMETROS RECOMENDADOS DE CABOS PARA SOLDAGEM, seguir, indica os dimetros recomendados em funo da corrente, fator de trabalho e, principalmente, comprimento do cabo.Tabela - Dimetros Recomendados de Cabos Para Soldagem

O martelo picador pode ser feito de metal ou cobre, possui uma talhadeira em uma ponta e um ponteiro em outra, serve para a retirada de escria, e limpeza do cordo de solda, indispensvel juntamente com a escova de ao, pois a utilizao dos mesmos influi de maneira significativa na qualidade e acabamento da solda. Aprenderemos nas aulas de tcnicas em soldagem, que a cada interrupo do arco eltrico ser necessrio realizar a limpeza do cordo de solda.

As estufas porta eletrodos servem para conservar os eletrodos secos e protegidos, evitando que os mesmos venham a adquirir a umidade do ar antes do uso, as mquinas de soldas modernas j vem com entrada de tomada para o uso dos mesmos.

Gabarito - uma ferramenta constituda de chapa de ao, de forma geomtrica varivel de acordo com o tipo de trabalho a ser executado. So utilizados em substituio aos instrumentos de preciso, para padronizar dimenses de cordes, filetes, verificao de esquadro, ngulos de chanfros, etc. Nas figuras abaixo mostramos os principais tipos de gabaritos utilizados nas operaes de soldagem e suas aplicaes.

Junta de Esquadro

Junta de Cunha

Junta Para Filetes

Ainda existem gabaritos para verificao da altura do reforo, ngulos do chanfro, etc.

Existem tambm gabaritos para soldas, para verificao de conformidades nos filetes ou nos ngulos de soldagem, aprenderemos a us-los posteriormente, mas segue abaixo imagens de alguns tipos.

4.0 INSTRUES EM EQUIPAMENTOS DE SEGURANA

Os acidentes na soldagem so causados principalmente pela falta de ateno, pelo uso incorreto ou o no uso do EPI (Equipamento de Proteo Individual), por todos os envolvidos no processo. Todos os acidentes podem ser prevenidos. Assim para evitar que eles aconteam devemos ter total conhecimento da forma de utilizao do equipamento. 4.1 PROCESSOS DE SEGURANA EM SOLDAGEM ELTRICA CHOQUES ELTRICOS: Choques eltricos podem ser fatais. Instalaes eltricas inadequadas, aterramento incorreto, assim como operao incorreta do equipamento so as fontes mais comuns de acidentes.

Nunca entre em contato com partes energizadas do equipamento de solda caso no esteja devidamente aterrado, como a rede de alimentao eltrica, o cabo de entrada, os cabos de soldagem, porta eletrodo, pistola ou tocha de soldar, terminais de sada da mquina e a pea a ser soldada. Ao soldar ou cortar (por plasma) recomendado no utilizar acessrios ou objetos metlicos, como anis, relgios, colares e outros itens metlicos, pois estes em contato com partes energizadas podem provocar acidentes. No manusear o equipamento de solda se suas luvas, sapatos ou piso molhado. Pessoas portadoras de marca-passo devem consultar um mdico antes de permanecerem prximas a reas de soldagem, pois os campos eletromagnticos ou as radiaes podem interferir no funcionamento do aparelho. O que Equipamento de Proteo Individual - EPI? Referncia bsica: Norma Regulamentadora NR 6 do MTE todo o dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

Em quais circunstncias devem ser usados os EPIs? a) sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender a situaes de emergncia. Quais os principais EPIs aplicados em operao de soldagem e corte? Quando aplicvel, os seguintes EPIs so normalmente adotados: A) PARA PROTEO DA CABEA - Capacete - Capuz/touca

B) PARA A PROTEO DOS OLHOS E FACE - culos de segurana (partcula e luminosidade) Quando se solda, corta ou goiva, quando se remove a escria de um cordo de solda ou quando se esmerilha alguma pea partculas metlicas, respingos e fagulhas podem atingir os olhos sob ngulos quaisquer de incidncia. Nos processos semiautomticos ou automticos, pontas de arame podem ferir gravemente. Usar os culos de segurana inclusive por baixo da mscara de soldar ou de qualquer protetor facial. Qualquer pessoa dentro de uma rea de soldagem ou corte, ou num raio de 20 m, deve estar adequadamente protegida. A irradiao de um arco eltrico tem

grande alcance e partculas metlicas e respingos podem voar sobre distncias relativamente grandes. - Protetor facial - Mscara para soldagem/elmo (radiao e partcula) com filtros (lentes escuras) Regras para a proteo da viso A corrente eltrica que circula num condutor provoca o aparecimento de campos eltricos e magnticos. As correntes eltricas utilizadas em soldagem ou corte criam tais campos em torno dos cabos de solda e dos equipamentos. Ademais certas mquinas de soldar geram e usam, para abrir o arco ou durante toda a operao de soldagem, um faiscamento do tipo "rudo branco" conhecido como "alta freqncia". Conseqentemente, pessoas portadoras de marca-passo devem consultar um mdico antes de adentrar uma rea de soldagem ou corte: os campos eltricos e magnticos ou as irradiaes podem interferir no funcionamento do marca-passo. Para minimizar os efeitos dos campos gerados pelas correntes eltricas de soldagem e corte: Os arcos eltricos de soldagem ou corte emitem raios ultravioletas e infravermelhos. Exposies de longa durao podem provocar queimaduras graves e dolorosas da pele e danos permanentes na vista, mesmo usando a mscara, deve-se descansar a vista em intervalos regulares de tempo. Para soldar ou cortar, usar mscara com vidro ou dispositivo de opacidade adequado ao processo e aplicao prevista. A tabela abaixo orienta quanto opacidade recomendada para a proteo em funo do processo e da faixa de corrente usados. Como regra geral, iniciar com uma opacidade alta demais para que se veja a zona do arco; reduzir ento a opacidade que se tenha uma viso adequada da rea de soldagem, sem problema para os olhos.

Filtros recomendados (adaptado da norma de segurana ANSI Z49.1)

C) PARA PROTEO AUDITIVA - Protetor auditivo / auricular Certas operaes de soldagem, corte ou goivagem produzem rudos de intensidade elevada e, eventualmente, longa durao. Protetores de ouvido adequados, alm de protegerem contra estes rudos excessivos, impedem que respingos e fagulhas entrem nos ouvidos.

D) PARA PROTEO RESPIRATRIA - Respirador purificador de ar, ou mesmo exaustor quando em espao confinado (fumos, nvoa e poeira). Trabalhadores com sintomas de exposio a fumos e gases devem ser levados para uma rea no contaminada e inalar ar fresco ou oxignio. Caso a vtima esteja inconsciente, quem prestar socorro deve eliminar os gases venenosos ou asfixiantes da rea ou usar equipamento apropriado de respirao antes de adentr-la. Remover a vtima para uma rea no contaminada e chamar um mdico. Administrar oxignio por meio de uma mscara se a vtima estiver respirando.

Caso contrrio, praticar a reanimao cardiopulmonar, de preferncia com administrao simultnea de oxignio. Conservar a vtima aquecida e imobilizada. REGRAS PARA PROFTEO DA PELE Devido emisso de raios ultravioletas e infravermelhos, arcos eltricos queimam a pele da mesma maneira que o sol, porem muito mais rapidamente e com maior intensidade. Os operadores, e em particular aqueles sensveis exposio ao sol podem sofrer queimaduras na pele aps breve exposio a um arco eltrico.Os respingos de solda e as fagulhas so outras fontes de queimaduras. Seguir as recomendaes abaixo para garantir uma proteo segura contra a irradiao de um arco eltrico e os respingos, segue abaixo algumas dicas importantes No arregaar as mangas da camisa ou do avental. Roupa de algodo ou similares constitui uma proteo inadequada, pois alm de ser inflamvel, ela pode se deteriorar em funo da exposio s radiaes dos arcos eltricos. No usar sapatos baixos e folgados nos quais respingos e fagulhas podem penetrar. As pernas das calas devem descer por cima das botas ou dos sapatos para evitar a entrada de respingos. Manchas de leo ou graxa ou sujeira em excesso podem inflamar-se devido ao calor do arco. Fagulhas e respingos podem penetrar por tais aberturas e queimar pelos e/ou pele. Os bolsos no devem conter objetos ou produtos combustveis tais como fsforos ou isqueiros. Todas as regras acima se aplicam integralmente s manutenes preventivas e corretivas dos equipamentos. Manutenes ou reparaes somente devem ser feitas por elementos habilitados devidamente protegidos e isolados do ponto de vista eltrico; somente usar ferramentas isoladas, especficas para eletricidade. Proceder reparao de mquinas eltricas em local apropriado e devidamente isolado.

E) PARA PROTEO DO TRONCO - Avental (radiao no ionizante e partculas aquecidas) F) PARA PROTEO DOS MEMBROS SUPERIORES - Luva de segurana (calor e radiao) - Manga e braadeira G) PARA PROTEO DOS MEMBROS INFERIORES - Bota de segurana - Perneira

ALGUMAS NORMAS DE SEGURANA RELACIONADAS AO PROCESSO Cor na segurana do trabalho -NBR7195 (1982) Classificao dos equipamentos eltricos e eletrnicos quanto proteo contra os choques eltricos -NBR6151 (1990) Estabelecimento de segurana aos efeitos da corrente eltrica percorrendo o corpo humano - NBR6533 (1981) Cabos flexveis com cobertura para mquinas de soldar a arco -NBR8762 (1985) Sistemas de proteo por extintores de incndio -NBR12693 (1993) Execuo de sistemas de deteco e alarme de incndio -NBR9441 (1986) Preveno de acidentes em espao confinado -NBR12246 ((1992)

Nveis de rudo para conforto acstico -NBR10152 (1987) Identificao de gases em cilindros -NBR12176 (1992) Segurana de instalaes de ar comprimido -NB 222 (1971) Capacete de segurana para uso na indstria -NBR8221 (1983) Luvas de segurana -NB 122 (1966) Calado de proteo -NBR12561 (1992)