Apostila do 26º Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual - seção ...

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1 CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS Ignácio Bittencourt Patrono Espiritual do Encontro SEÇÃO CIENTÍFICA 2 Temas: A Ciência e a Medicina Espiritual O Homem e os fluidos curadores A cura sob a ótica espírita 11 de outubro de 2015 “O corpo reflete o que há no Espírito, sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro.” “A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito. A Medicina socorre o perispírito, mas também socorre o corpo, ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada uma age no seu campo; cada uma tem a sua esfera de ação; cada uma tem o seu momento.” Ignácio Bittencourt 26 o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

Ignácio Bittencourt Patrono Espiritual do Encontro

SEÇÃO CIENTÍFICA 2

Temas:

A Ciência e a Medicina Espiritual O Homem e os fluidos curadores

A cura sob a ótica espírita

11 de outubro de 2015

“O corpo reflete o que há no Espírito, sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro.” “A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito. A Medicina socorre o perispírito, mas também socorre o corpo, ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada uma age no seu campo; cada uma tem a sua esfera de ação; cada uma tem o seu momento.”

Ignácio Bittencourt

26o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL

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Informações Gerais

Coordenação do Encontro de Medicina Espiritual: Luiz Carlos Dallarosa

Coordenação da Seção Científica 2: Márcio Gonçalves e Angélica Gonçalves Data: 11/10/2015 – Seção Doutrinária, Seção Científica 1 e 2 Horário: 8h às 8h30min – Chegada e Recepção 8h30min às 9h – Abertura 9h – Início dos Estudos 13h – Encerramento

Centros participantes:

Data Centro Espírita Local

11/10/2015 C. E. Léon Denis Bento Ribeiro C. E. Antonio de Aquino Mallett C. E. Irmão Clarêncio Penha

15/11/2015 C. E. Léon Denis Cabo Frio

29/11/2015 C. E. Abigail Santa Cruz C. E. Casa do Caminho Taquara

O Encontro também é apresentado pela Internet: www.celd.org.br .

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TEMA 1: A CIÊNCIA E A MEDICINA ESPIRITUAL

Objetivo geral do tema: Compreender que a medicina terrena e a Medicina Espiritual devem atuar juntas e que os conceitos envolvidos no magnetismo humano são aceitos pela Medicina (Ciência) convencional, porém com o nome de hipnotismo. Constatar que existem muitos fatos que comprovam a eficiência dos passes e que cada vez mais se tornam conhecidos pela “Ciência oficial”. Que o conhecimento do perispírito, dos seus centros de forças e do mecanismo de atuação dos passes são fundamentais para que a Medicina Espiritual seja aceita integralmente pela Ciência.

1) Objetivo 1 O caso Jelno será utilizado para exemplificar um caso de tratamento conjunto, utilizando a medicina terrena e a Medicina Espiritual. A validade dos passes, como instrumento de obtenção da cura, desperta em nós a vontade de conhecer os mecanismos envolvidos neste processo e entender o motivo da sua eficácia.

(1) “Uma excelente amiga, e boa colega de trabalho, sabendo-me espírita, no início de seu trabalho na empresa onde então estávamos, contou-me que seus pais eram espíritas e a mãe excelente médium.

(2) Minha amiga gostava de falar particularmente de seu irmão Jelno, que sempre fora motivo de preocupações para a mãe e para o pai; este, militar de carreira, fez com que Jelno seguisse seus passos.

(3) Recém-formado e sendo designado para uma região do interior do estado, Jelno casou-se (sem maiores conhecimentos da vida e praticamente longe de todos), com uma moça do lugar onde servia. Os pais, bons e extremosos, ficaram preocupados com o chamado “desnível de pensamentos” entre o casal e também pelos modos, sem rebuços, que a moça tinha, sem se dar conta da posição que seu marido ocupava nos quartéis onde servia. O pai, oficial superior, ficava passado com todos esses comportamentos e reclamava do filho uma atitude mais coerente com a posição social-militar que o mesmo ocupava.

(4) Conversando várias vezes comigo, Jelno que então já se tornara também um bom amigo, dizia ficar imobilizado, verdadeiramente paralisado diante das situações provocadas pela esposa ou mesmo pelo seu modo de ser.

(5) Conversávamos, e às vezes longamente, sobre a educação dos seus filhos, dos exemplos que inevitavelmente seriam seguidos por eles, já que eram criados livremente sem os limites dados pela educação. Falávamos e sempre terminávamos o assunto falando sobre a reencarnação que era para ele objeto de preocupações. À época, eu pensava que esta inquietação demonstrada por ele fosse por conta de sua vida verdadeiramente infeliz ao lado de uma pessoa que o hostilizava sempre que podia e que não lhe dava paz no caminho profissional e do

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lar. O tempo sempre nos reserva surpresas e neste caso também veremos a veracidade desta afirmativa. Por conta dos muitos problemas pessoais que vivia, Jelno desenvolveu extremas preocupações mentais ao lado das obrigações profissionais que também requisitavam dele bom esforço intelectual, já que ele também tornara-se instrutor de jovens oficiais. Frequentemente pedia-nos passes de cura para o alívio de suas dores de cabeça e um dia, após um passe, sugeri-lhe que instasse com o médico de sua unidade a fim de que fizesse algum exame radiográfico da cabeça.

(6) À época não havia os exames com tomógrafos e a Medicina, igualmente, não se voltava tanto, como nos dias de hoje, para os exames e pesquisas do cérebro. Assim foi feito, e vindo os exames constatou-se a formação de um tumor cerebral. Passes, tratamentos médicos e finalmente a cirurgia que se fez sem sequelas para o caro amigo.”

Caso narrado pelo médium Altivo Pamphiro.

No decorrer do estudo, serão apresentados mais detalhes sobre o caso Jelno.

• Questões para o grupo:

1.1) Os médicos em geral acreditam que o passe pode curar? A “Ciência oficial” aceita o passe? Por quê?

1.2) Qual a posição da Ciência em geral sobre a sob revivência da Alma?

Esse é o momento de dar a sua opinião.

Sistematização dos argumentos doutrinários.

� Não acreditam na Alma, na sua sobrevivência nem na reencarnação.

� Não enxergam o Homem Integral, ou seja, Espírito, Perispírito e Corpo

Físico.

� Não aceitam que o comportamento moral influencia na doença.

� Desconhecem os mecanismos envolvidos no processo.

� Não entendem a natureza do fluido magnético.

� Não enxergam o passe como um fenômeno natural.

� Todos os pontos podem ser gerados por desconhecimento, por falta de uma explicação lógica ou ainda pelo orgulho, que os impede de buscar as explicações necessárias.

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Observar o texto de Ignácio, que mostra a atuação conjunta da Medicina Espiritual com a terrena.

" Os homens precisam entender que a ação magnética, o fenômeno da cura, o potencial energético que se desprende das mãos de um médium, atingem ao corpo, mas não é para substituir pura e simplesmente a medicação terrena, e sim para colocar o corpo em condições de equilíbrio, e até receber a medicação terrena."

Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

• Introdução:

Lembrar que o trabalho da Medicina Espiritual baseia-se na influência de um indivíduo sobre o outro e no uso do fluido magnético. Embora o magnetismo ainda não seja totalmente aceito pela “Ciência oficial” ele se baseia nos mesmos princípios do hipnotismo, porém, a “Ciência oficial” ainda não aceita que o comportamento moral influencie na saúde do individuo e nem no fato de que as doenças podem ter tido origem em vidas passadas.

⇒ O resumo abaixo, mostra que o magnetismo e o hipnot ismo são baseados nos mesmos princípios.

Mesmer foi quem despertou a atenção pública para os fenômenos magnéticos. Sua teoria baseava-se no fluido universal, matéria sutil que serve como agente do magnetismo. Embora seus efeitos não pudessem ser negados, a sociedade científica e filosófica da época entendeu como algo sobrenatural e acusou Mesmer de usar métodos charlatanescos e extravagantes. Na época de Mesmer, a classe médica ainda estava dividida sobre o “magnetismo” , e este, tão antigo quanto o mundo, acabou por penetrar no domínio científico sob o nome de "hipnotismo", ambos se apoiam na influência de um indivíduo, sobre o outro, por ação do fluido magnético.

⇒ Exemplos da aplicação do magnetismo no hipnotismo.

No hipnotismo: anestesia, regressão, sugestão, na medicina alterna tiva uso no tratamento da psoríase e vitiligo e etc.

• Conclusão : A Ciência admitiu os conceitos do magnetismo, porém só o aceitou com o nome de hipnotismo. Os fatos comprovam o seu efeito e a cada dia cresce o número de cientistas que o admitem, apesar de ainda não ser aceito pela “Ciência oficial”. Nós temos como diferencial os conhecimentos da ciência espírita , que nos mostra estas realidades de um modo diferente, sobretudo através das revelações dos espíritos, porém assentadas numa lógica irresistível.

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2) Objetivo 2

Conceitos que justificam o uso dos passes no tratamento das doenças. A estrutura do Homem, segundo a ótica espírita.

Resumos referentes ao estudo de fluidos e do perispírito , realizados no ano anterior, na Seção Científica 1.

Resumo das características gerais dos fluidos

• Tanto os espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as propriedades dos fluidos, através do pensamento e da vontade.

• Os espíritos imprimem aos fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas.

• Os fluidos ficam impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos daqueles que os fazem vibrar.

• Os fluidos adquirem as propriedades do meio onde se elaboram.

• O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo a outro.

• Um dos mais importantes produtos do fluido cósmico é o perispírito.

• Os fluidos atuam sobre o perispírito e este reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular.

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O Homem Integral

⇒ Analise a figura, observe o resumo e discuta as definições apresentadas.

• Corpo mental – envoltório sutil da mente, presente desde a criação do Espírito, com as suas 4 subdivisões (sublime, superior, médio e inferior). É neste corpo que ficam gravadas as experiências adquiridas pelo Espírito. Sua complexidade é proporcional à evolução do espírito.

• Corpo espiritual ou corpo astral ou psicossoma – é o retrato do corpo

mental. Corpo de relação do espírito, quando separado do corpo físico. Esta separação pode ser temporária, como no desdobramento que ocorre durante o sono físico, ou definitiva, como no fenômeno da morte.

• Corpo etéreo ou duplo etérico – corpo formado de eflúvios vitais na sua maior parte emanados do neuropsiquismo do corpo físico, ambos desaparecem após a morte. É a parte que permanece junto ao corpo físico quando o espírito deste se separa temporária ou definitivamente.

ESPÍRITO

CORPO MENTAL com suas subdivisões: • Mental sublime • Mental superior • Mental médio • Mental inferior

CORPO ESPIRITUAL

DUPLO ETÉREO – Fluido terrestre

CORPO FÍSICO – Matéria terrestre

Os Centros de Força atravessam todas as camadas até o duplo etéreo e se intercomunicam com os plexos correspondentes do corpo físico.

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• Centros de Força – é através deles que o espírito comanda o conjunto perispiritual. Os sete Centros de Força vibram em sintonia uns com os outros ao influxo do poder diretriz da mente. Um pensamento viciado provoca uma desarmonia no Centro de Força que irá refletir este desequilíbrio no corpo.

• O conjunto perispiritual está ligado molécula a molécula ao corpo físico.

(A Gênese – cap. XI, item 18), daí a repercussão do desequilíbrio do perispírito no corpo físico.

Obs.: Os Centros de Força e os plexos serão estudados com mais detalhes no tema 2.

3) Objetivo 3 Compreender que os verdadeiros conceitos sobre a doença e a cura, de modo a despertar o seu interesse em conhecer os mecanismos que estão envolvidos em ambos.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião.

3.1) O que é doença?

3.2) O que é cura?

Vamos acompanhar as respostas a essas perguntas, sob o ponto de vista da Doutrina Espírita.

3.1) DOENÇA: “Do ponto de vista espiritual, a doença é o resultado do desequilíbrio do espírito que não mantém o corpo espiritual equilibrado, tornando o corpo físico vulnerável.”

Ignácio Bittencourt “É o equilíbrio do espírito, refletido no corpo espiritual e no corpo físico.”

Ignácio Bittencourt

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Texto de apoio

Para melhor entendermos a relação do espírito com o corpo é necessário que ele seja encarado como um veículo fisiológico, um instrumento na mão do espírito. Se o analisarmos isoladamente, veremos que ele tem uma constituição perecível, fruto da combinação genética dos responsáveis pela geração do corpo orgânico. Com o tempo este corpo vai se deteriorar naturalmente, devido à característica dos elementos que o compõem. Mas, do mesmo modo que um carro pode ter a sua vida útil aumentada ou diminuída, por causa da boa ou má condução do piloto responsável por sua conservação, o corpo físico também vai ser o reflexo da conduta do espírito que o governa. Não podemos esquecer que vai chegar um momento que independente da conduta do espírito, o corpo físico vai perdendo as suas funcionalidades por degeneração das células. Se o espírito durante a sua vida emite pensamentos com vibrações desarmoniza-das, ele desequilibrará o corpo espiritual e por consequência o corpo físico. Se esta atitude for uma constante vai provocar deterioração antecipada do corpo físico, do mesmo modo que o piloto descuidado acaba precocemente com o seu carro. Por outro lado, se o espírito mantém a estabilidade dos seus pensamentos, ele pode fazer com que o seu veículo físico tenha a duração de acordo com o previsto, ou mesmo uma vida acima do tempo esperado, valendo ainda a comparação com o piloto e o seu carro. Deste modo podemos ter uma boa noção do que representa a doença e a saúde na visão espírita.

⇒ Lembraremos do seguinte trecho do caso Jelno, meio do parágrafo (5):

“ Por conta dos muitos problemas pessoais que vivia, Jelno desenvolveu extremas preocupações mentais ao lado das obrigaçõe s profissionais que também requisitavam dele bom esforço intelectual, já que ele também tornara-se instrutor de jovens oficiais. Frequentemente pedia-nos passes de cura para o alívio de suas dores de cabeça e um dia, após um passe, sugeri-lhe que instasse com o médico de sua unidade a fim de que fizesse algum exame radiográfico da cabeça.”

3.3) De acordo com esta visão, o que podemos dizer do tratamento das

doenças?

Vamos pensar a respeito.

Vamos estudar a questão do tratamento das doenças observando o quadro a seguir:

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� As doenças do corpo físico são tratadas com eficácia com remédios alopáticos, pois ambos são constituídos de materiais afins.

� O Homem Integral é composto por Espírito, Perispírito e Corpo Físico .

� As doenças perispirituais têm que ser tratadas com uma substância semelhante à sua composição, ou seja, com os fluidos. Neste caso, estaremos tratando a área que primeiro reflete o desequilíbrio do espírito.

� Para que o tratamento seja completo, temos que tratar também do espírito , que é o gerenciador desse conjunto. Estaremos tratando a causa e só assim teremos a cura integral .

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"(...) Se o corpo reflete o que há no espírito, quem precisa ser curado primeiro? (...) O espírito. A Medicina Espiritual há de ser associada à Medi-cina Humana, encarnada, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra vai cuidar do espírito."

Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

3.4) O que é passe?

“Transfusão de energia alterando o campo molecular.” “Na assistência magnética os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada, para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valorosas reconstruções.”

Aulus – Nos Domínios da Mediunidade , cap. 17.

“Reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do estado orgânico ” (...)

André Luiz – Evolução em Dois Mundos , cap. XV.

Conclusão :

O passe irá atuar principalmente no corpo espiritual, se a Medicina levasse em conta a existência deste corpo fluídico, haveria possibilidade de dar um tratamento mais adequado aos pacientes e mais, o tratamento seria com-pleto se entendesse que a causa de todos os problemas é o desequilíbrio do espírito.

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4) Objetivo 4 Conceito de Medicina Espiritual que utilizaremos no EEME e a palavra de Ignácio Bittencourt:

É a atividade exercida pelos espíritos que, utilizando recursos fluídicos, magnéticos e espirituais, promove a cura dos indivíduos.

" A Medicina Espiritual socorre o perispírito, mas socorre o corpo também; mas ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada um age no seu campo; cada um tem a sua esfera de ação; cada um tem seu papel no seu momento. (...) Toda ação fluídica, toda ação curativa, todo o trabalho da Medicina Espiritual é feito para auxiliar o espírito. Nós não viemos substituir os médicos, e sim ajudar o corpo físico através do corpo espiritual, o que a grande maioria de médicos não acreditam; eles creem que tudo é matéria. Eles precisam sentir que nós estamos lidando com elemento fluídico, palpável, capaz de curar; mas ninguém esta querendo substituir o médico na sua missão de cura. Isto por quê? porque existem aqueles que creem que a Medicina Espiritual deve substituir a material, a de encarnado; tanto quanto existem aqueles que, encarnados, descreem da Medicina Espiritual. O nosso papel está justamente em estabelecer, em mostrar e direcionar esta fron-teira.”

Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

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TEMA 2: O HOMEM E OS FLUIDOS CURADORES

Objetivo geral do tema: Compreender que o magnetismo é neutro, que o Espiritismo é um bom direcionador para quem possui poder magnético e que o estudo constante é fator imprescindível para que sejamos cada vez mais e melhores instrumentos. Entender quais são as características dos médiuns de cura e quais os mecanismos envolvidos na ação dos passes.

Agora vamos conhecer melhor o mecanismo que envolve a ação dos fluidos curadores, pela ótica do doador.

1) Objetivo 1 Compreender que a Doutrina Espírita não inventou o magnetismo, simples-mente ela esclarece a respeito da aplicação desse magnetismo na cura, e também direciona o indivíduo para que este seja um ser equilibrado e atuante no bem. Entender a importância do estudo constante para o trabalho do médium.

• Questão para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião.

1.1) A prática do que hoje chamamos de passes, é r ecente ou sempre ouve Homens usando os fluidos curadores? Dê exemplo s deste uso.

Benefícios que a Doutrina Espírita leva àqueles que têm poder magnético, destacar os seguintes pontos:

- O caráter moralizador da doutrina de Jesus, equilibrando o indivíduo. - A potencialização do magnetismo humano pelos espíritos. - O equilíbrio das faculdades. - O entendimento dos mecanismos envolvidos no fenômeno.

• Conclusão:

É necessário ter compreensão do fenômeno e do plano espiritual. Para quem tem a força magnética essa compreensão possibilita o seu melhor uso, principalmente os médiuns com trabalho efetivo, o estudo constante é fator essencial, para que sejamos cada vez mais e melhores instrumentos no serviço da mediunidade com Jesus. Para os demais, evita a influência das superstições, diminuindo a possibilidade de iludir-se com falsas promessas.

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2) Objetivo 2

Compreender que as pessoas que possuem magnetismo não são seres especiais, que o magnetismo é neutro e que pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião

2.1) É possível alguém fazer mal a outra pessoa usa ndo a força magnética?

Dê exemplos. Qual é o limite desse mal?

2.2) O uso da força magnética do ser humano, com o objetivo de ajudar a outra pessoa, só é visto no meio espírita? Dê exe mplos.

Esse é o momento de dar a sua opinião.

Conclusão : O magnetismo é neutro e pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal. Não basta que o médium tenha o fluido magnético o bom uso vai depender das qualidades morais do indivíduo que o médium possua. A LEI DE DEUS impõe limites ao mal que se quer fazer. Explicar que esses limites são dados pelo merecimento e a necessidade de cada um.

3) Objetivo 3

Compreender a diferença entre a ação espiritual e a ação magnética na cura. Identificar também a diferença entre o magnetizador e médium curador. Observar os seguintes pontos:

Há pessoas que curam e que dizem não serem médiuns, principalmente os magnetizadores que atuam na Europa e nos EUA. A principal diferença está entre os fluidos do magnetizador e o do médium, devido ao fato dos espíritos atuarem mais ativamente, junto ao médium, apesar de que, sempre que o magnetizador estiver movido pelo desejo de curar, haverá sempre um espírito disposto a ajudá-lo.

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Conceitos doutrinários

� 1 - Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de médiuns? "Não há o que duvidar."

� 2 - Entretanto, o médium é um intermediário entre os espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha. "É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos espíritos que ele chama em seu auxílio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um bom espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias."

O Livro dos Médiuns , cap. XIV. • Conclusão :

O fluido magnético é mais eficaz quando potencializado pelos bons espí-ritos, pois eles possuem um fluido de maior qualidade e estão presentes, sempre que nos dispomos a trabalhar no bem.

4) Objetivo 4 Compreender o mecanismo que provoca a mediunidade, com ênfase no caráter positivo da mediunidade, que é uma oportunidade do espírito evoluir, pelo trabalho e pelo contato com o plano espiritual, pois a tendência é vê-la só como expiação.

4.1) Quem é o médium? Que tipo de espírito tem es ta tarefa?

Conceitos doutrinários

� A mediunidade ou capacidade de sintonia , está em todas as criaturas, porque todas têm campo magnético particular, só que é mais pronunciada nos chamados médiuns, que funcionam como verdadeiras antenas.

� Nos médiuns, este campo magnético particular apresenta-se ativo, devido a uma "descompensação vibratória", ou seja os elétrons mentais apresentam movimentos no mesmo sentido , chamados de spins paralelos. (Vide figura 5.4 da apostila EEME – página 15.)

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� Esta descompensação é fruto das atividades do espírito nas diversas encarnações, tem como causa a constância do trabalho no bem ou ainda a persistência no caminho do mal .

Textos baseados no livro Mecanismos da Mediunidade , cap. 8 – “Mediunidade e Eletromagnetismo”.

• Conclusão :

A mediunidade ostensiva é uma característica que já está presente no corpo perispiritual do indivíduo.

5) Objetivo 5

Compreender como os fatores morais podem influenciar no tratamento espiritual, ajudando a promover a cura.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar sua opinião.

5.1) Como o fator moral pode influenciar, tanto na ação de um magnetizador, quanto na de um médium curador?

• Conclusão :

Há a necessidade de tanto o médium quanto o magnetizador terem um bom comportamento moral, para terem uma atuação mais efetiva nos trabalhos de cura. Bem como uma saúde quer proporcione fluidos de origem animal de boa qualidade e acima de tudo uma grande vontade de ajudar ao próximo.

5.2) Quais as principais características que difere m um médium curador de um médium comum?

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⇒ Conceitos doutrinários

Características do médium curador

� Grande desejo de ajudar ao próximo, o desejo de curar. Esta é a principal característica, que se desdobra em outras, como:

� Diferença no mecanismo de geração de fluidos. � Grande capacidade de absorver fluidos materiais. � Maior rapidez no mecanismo de impulsão de fluidos para o doente.

Texto baseado na entrevista com Ignácio Bittencourt –

mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro em 17/4/1998.

Explicações de Ignácio Bittencourt sobre este mecanismo de impulsão de fluidos.

Como se programa uma possibilidade de trabalho de c ura? Além da grande capacidade de absorver fluidos materiais, este médium terá no seu sistema nervoso, uma grande capacidade de servir, distribuir energias e de imediato, lançar para o cérebro o apelo que vê no doente. o sistema nervoso não existe, senão para passar a informação para o cérebro, para ele voltar àquela informação. É isto que o sistema nervoso faz. Então, quando ele olha, ele de imediato passa e de imediato reage e de imediato cria o automatismo do fluido.

Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

• Conclusão :

A maior capacidade de impulsão de fluidos, esta baseada no grande desejo de ajudar ao próximo, o desejo de curar.

6) Objetivo 6

Compreender, o modo de atuação dos fluidos na cura e as diferentes características desses fluidos.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião.

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6.1) Como o fluido pode atuar em um processo de cur a ?

Conceitos doutrinários e a nossa interpretação do m ecanismo

31. - "(…) Como se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo; o espírito, encarnado ou desencar-nado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico. A cura se opera mediante a substitui-ção de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daqueles que desejam realizar a cura, seja homem ou espírito (...)”

A Gênese , cap. XIV. Os órgãos físicos são constituídos de moléculas físicas, os órgãos do corpo espiritual são constituídos de moléculas mais sutis. As moléculas materiais são aglomerações das moléculas primitivas; se equilibrarmos energetica-mente as moléculas mais sutis teremos como consequência um equilíbrio de funções nas moléculas materiais, ou seja, no órgão do corpo físico.

6.2) Escutamos falar que o fluido de um médium é específ ico para isto, e o de outro é específico para aquilo. Quais os fatores que dão a característica fluídica a um médium?

Observar que a característica fluídica de cada médium tem ligação com as experiências desse espírito, com a vontade de curar e com o sentimento de amor ao próximo.

Conceitos doutrinários

� Perg.: Qual a causa da especialidade mediúnica para o médium? Ignácio: Só a experiência; ele se dá melhor em um serviço do que em outro.

� Ignácio: O fluido é mudado pelo desejo que a criatura expressa.

Trecho da entrevista com Ignácio Bittencourt em 17/4/1998 – Médium Altivo Pamphiro.

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Pensamento - é um fluxo energético produzido pelas criaturas através da excitação da matéria mental, em seus vários níveis.

André Luiz – Mecanismos da Mediunidade , cap. IV.

Quanto mais equilibrado o pensamento �Maior a excitação da matéria mental � Onda de Maior frequência � O fluido resultante é Mais sutil e tem Mais qualidade � Mais eficiente.

OS PLEXOS E OS CENTROS DE FORÇA (CHÁCRAS)

PLEXOS “São entrelaçamentos de mui-tas ramificações de nervos, for-mando os entroncamentos de filetes nervosos que pertencem ao sistema autônomo vago-simpático. Os plexos, sem dú-vida, estão situados no corpo físico.”

CENTROS DE FORÇA “Centros de força ou rodas, são acumuladores e distribui-dores de força espiritual situa-dos no duplo etérico, pelos quais transitam fluidos energé-ticos de uns para os outros envoltórios exteriores do espíri-to encarnado.”

Edgard Armond – Passes e Radiações , cap. 2.

“Como não desconhecem, diz o espírito de Clarêncio, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos plexos que vibram em sintonia, uns com os outros.”

André Luiz – Entre a Terra e o Céu , cap. 20.

Aplicação de passes nos centros de força :

� O fluido atinge o perispírito e é distribuído para os órgãos. O órgão afetado, absorve o fluido por um processo natural e mecânico, conforme a sua necessidade.

� O mecanismo de absorção do fluido, segue o mesmo princípio de transferência de energia, o ponto de menor energia, absorve do ponto que tem mais; quanto ao aspecto de seleção, o órgão lesado vai absorver a energia que lhe esta faltando, a complementar.

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Aplicação de passes no órgão afetado:

� Se o médium não tiver conhecimento do corpo humano, o fluido vai ser depositado sobre o órgão lesado e será absorvido, por um processo natural e mecânico, conforme a sua necessidade.

� Se o médium tiver este conhecimento, ele vai direcionar o fluido, injetando-o no órgão lesado, acelerando o processo de absorção; quanto maior o conhecimento do médium, melhor o resultado. Uso de fluidos da Natureza:

� Há espíritos com pouca evolução, mas são bondosos e têm um sentimento muito grande de servir, que são utilizados como fonte de armazenagem de fluidos da Natureza, vindos das matas e do mar. Estes fluidos são utilizados na cura, quando necessário.

� Estes espíritos têm mais facilidade de armazenar estes fluidos, devido à afini-dade ainda existentes entre a natureza de ambos.

Trecho da entrevista com Ignácio Bittencourt em 24/4/1998 – Médium Altivo Pamphiro.

Aplicação no centro de força – Absorção lenta. Aplicação direta no órgão – Absorção mais rápida. Aplicação no órgão com conhecimento específico – Absorção direta e mais eficiente.

• Conclusão :

A eficácia do tratamento com passes depende da qualidade dos fluidos ministrados. O maior conhecimento do médium, em torno do mecanismo envolvido, aumenta esta eficácia.

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TEMA 3: A CURA SOB A ÓTICA ESPÍRITA

Objetivo geral do tema: Compreender os fatores que limitam a obtenção da cura no tratamento de passes, mesmo com a atuação do plano espiritual e como o desequilíbrio do espírito pode provocar as mais variadas doenças. Entender o mecanismo pelo qual nós marcamos o nosso perispírito, com os nossos desregramentos em vidas anteriores. Entender também que nós podemos participar efetivamente na conquista definitiva da nossa própria cura.

Agora vamos conhecer melhor o mecanismo que envolve a ação dos fluidos curadores, pela ótica do receptor e o seu c omportamento.

1) Objetivo 1 Compreender os fatores que limitam a obtenção da cura no tratamento de passes, mesmo com a atuação do plano espiritual. Entender por que em muitos casos os remédios alopáticos não fazem efeito e por que a Doutrina Espírita não promete a cura para ninguém.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião.

1.1) Todas as pessoas que recebem tratamento de pas ses são curadas? Por quê?

1.2) Todas as doenças têm a sua origem nesta vida?

1.3) Por que Jesus disse “vá e não peques mais, par a que não te suceda coisa pior”?

Conceito doutrinário “Enfermidades irreversíveis, problemas teratológicos, perturbações psíquicas de largo porte, limitações e mutilações físicas, degenerescências orgânicas e mentais, aberrações congênitas procedem do uso indevido e abuso do livre-arbítrio quando de outras experiências evolutivas em encarnações pregressas.”

Joanna de Ângelis – Leis Morais da Vida – lição 41.

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• Conclusão :

É necessário compreender que a doença, na maioria das vezes, é de origem moral, ou seja quem está doente é o espírito. O que aparece no corpo é consequência dos nossos desregramentos em vidas anteriores e nem sempre o momento é propício para que a cura ocorra. A cura só vai ocorrer se não tivermos mais necessidade da ação educativa da doença.

2) Objetivo 2 Compreender o mecanismo pelo qual nós marcamos o nosso perispírito, com os nossos desregramentos em vidas anteriores, provocando as chamadas doenças cármicas.

Como já vimos, o nosso desequilíbrio em vidas anter iores provoca a doença do corpo físico, através da maculação do per ispírito. Como será que ocorre este mecanismo? Vamos observar os textos seguintes:

A Doença Cármica

O que geralmente ocorre é o espírito se arrepender após a sua desencar-nação e no plano espiritual acontecer o processo de marcação do seu corpo espiritual. Esse processo pode se dar após uma ou várias encarnações. Há casos de espíritos que deixam passar até dez encarnações, sem completar o processo, porém a Lei de Deus sempre espera o momento de cada um. Quando há o arrependimento, o espírito irradia um pensamento com caráter energético, capaz de desequilibrar órgãos específicos no corpo espiritual. É esse desequilíbrio energético que causa a doença no órgão do corpo físico.

Textos baseados em entrevistas com Ignácio Bittencourt, psicofonia do médium Altivo

Pamphiro.

3) Objetivo 3 Levar o encontrista a entender, como funciona o processo de agressão ao organismo físico e como ela pode se instalar no perispírito.

Para nos auxiliar a estudarmos as doenças que provo camos por conta do nosso comportamento atual, vamos continuar a uti lizar o caso Jelno, inclusive contando com a visão do plano espiritual.

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Continuação do caso Jelno : (7) Pensava eu então, que tudo quanto lhe ocorrera o fora por conta dos

desesperos do lar associado ao trabalho exaustivo e por isso, após o ato cirúrgico e a recuperação do caro amigo, seguido de uma decisão forte dele dando por encerrada a relação matrimonial, achei que sua vida tomaria um novo rumo; mais ameno e mais feliz. Mas nosso amigo continuava introspectivo, ligado a alguma força que o chumbava a preocupações desconhecidas, embora continuasse orando, lendo a literatura espírita, tomando passes com a mãezinha extremosa, enfim, seguindo sua vida de trabalho.

(8) Um dia sou despertado bem cedo com uma notícia fatal: Jelno batera com o carro em uma rua da cidade e desencarnara com uma forte concussão cerebral. Local da batida que o levara à morte — em cima do corte cirúrgico, no hemisfério direito do cérebro.

(9) Dias de sofrimento familiar — enterro, dores relembradas, sofrimentos pelo reencontro com a ex-mulher, enfim, um forte drama familiar que deixara sequelas morais e físicas pois que a mãezinha de Jelno adoecera por conta da forte emoção causada pela desencarnação de nosso amigo.

(10) Ao visitá-la, em gesto de solidariedade pelo seu drama materno, ela pediu-me para conversarmos a sós e relatou-me então, sob forte emoção, uma ocorrência de mais de 40 anos. Poucos na família sabiam do fato e ela perguntava-me se à luz da Doutrina Espírita haveria correspondência entre lei de Causa e Efeito e a morte de seu querido filho. Falou-me então que Jelno, com a idade de 8 anos, pegando inadvertidamente o revólver do pai, dera um tiro na direção de uma coleguinha de brincadeiras e a bala alojara-se no lado direito da cabeça da menina, provocando-lhe morte rápida. Os pais, ao correrem até o quarto para ver o que estava se passando, o pegaram com a arma na mão, estático e lívido, sem reação aos apelos dos pais e sem deixar de observar a menina que morria.

(11) A mãe de Jelno falava, pensava, soluçava e me perguntava: Altivo, você crê que realmente cumpriu-se esta lei tão justa e soberana mas tão severa? Jelno morrera por conta desse fato? Quedei-me com a revelação. Sim, a lei cumprira-se de modo bem severo e ainda nesta mesma reencarnação. Este o maior detalhe. Muitas vezes pensamos que pagaremos em outras vidas erros do presente, mas um exame atento pode mostrar-nos que em muitas ocasiões acertamos nossos débitos com a Lei na mesma encarnação em que agimos mal. Jelno errara tirando a vida de uma colega de infância — fora o autor de uma morte. Trouxera tristeza para um lar, o da menina morta, e preocupações para os seus pais que ficaram atentos ao desenvolvimento emocional do filho querido. Este, por sua vez, como que punia-se com a busca de sofrimentos — primeiro no lar inf eliz desde seu começo; e depois criara até mesmo condições para o desenvolvi mento de um tumor cerebral . Entendi, então, já por outro ângulo os seus questionamentos acerca da reencarnação e tantas perguntas habilmente feitas acerca da lei de Causa e Efeito, nada transparecia em suas conversações das preocupações íntimas — punia-se. Não falava sobre o assunto. Ficava só e com os sentimentos aprimorados pelo conhecimento da filosofia espírita. Naturalmente provocara a formação de um tumor e mais tarde sua desencarnação através de um desastre não o falará a ninguém. Sua irmã jamais me falou sobre a morte da menina; nem mesmo sei com certeza se ela tomara conhecimento total sobre o acidente.

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(12) Kardec, quase ao final de sua exposição, no item 222 de O Livro dos Espíritos diz-nos: “O melhor título que, ao nosso ver, recomenda a ideia da reencarnação é o de ser, antes de tudo, lógica. Outro, no entanto, ela apresenta: o de a confirmarem os fatos positivos e por bem dizer, materiais, que um estudo atento e criterioso revela a quem se dê ao trabalho de observar com paciência e perseverança e diante dos quais não há mais lugar para a dúvida”. Na pergunta 267 do referido livro o codificador indaga se “O Espírito pode proceder à escolha de suas provas quando encarnado”. Obtém como resposta o seguinte texto:

(13) “O desejo que então alimenta pode influir na escolha que venha a fazer, dependendo isso da intenção que o anime (...) ainda uma vez dizemos, possível lhe é fazê-la, mesmo na vida material, por isso que há sempre momentos em que o espírito se torna independente da matéria que lhe serve de habitação”.

Caso narrado pelo médium Altivo Pamphiro.

• Questões para o grupo:

3.1) Todas as doenças são cármicas, em outras palav ras, são derivadas de um desequilíbrio anterior? Têm causas anteriores ?

3.2) O que podemos comentar sobre o desenvolvimento do tumor cerebral em Jelno? Vide trecho na metade do parágra fo (11) .

Figura 3.1

A agressão física intensa e constante a um órgão do corpo físico marca o seu correspondente no corpo espiritual. Na encarnação seguinte este desequilíbrio vai eclodir no corpo físico, vindo do corpo espiritual. O desvio moral cria uma condensação fluídica, que forma uma sombra no órgão correspondente. Ex.: Calúnia � Garganta Anatomicamente é o

O espírito que têm uma vida mental desarmonizada, que por exemplo emite pensamentos de ociosidade, de agressividade e etc., produz uma emissão de fluidos deletérios que desestabi-lizam o corpo espiritual, causando distúrbios nos seus órgãos mais sensíveis. Comunicação: Espírito � Centros de Força � �Plexos

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4) Objetivo 4 Observar a visão do caso Jelno, focalizada pelo plano espiritual, através de Ignácio Bittencourt, detalhando a postura do espírito em vidas anteriores e também nesta última encarnação para compreender melhor o mecanismo da Lei.

Observações de Ignácio Bittencourt sobre o caso Jelno.

Resumo do caso na visão do plano espiritual: • O menino Jelno não matou a menina de propósito. • O fato de o pai ter uma arma em casa propiciou uma facilidade para o aconteci-

mento. • O espírito tinha o prazer da arma e das lutas, tanto que foi ser militar. • A menina teria que desencarnar de modo violento, mas não precisaria ser

naquela hora e nem por ele. Ele foi um instrumento da Lei. • Ele não precisava matá-la, mas a convivência junto foi provocada pela aproxima-

ção que a Lei faz. • A facilidade da arma gera culpa para o pai, porque os homens têm que ser

previdentes. • Na próxima encarnação ele vai querer distância de armas. • Depois que ela desencarnou, ela não teve nenhuma ação sobre ele.

Baseado em entrevistas com Ignácio Bittencourt, psicofonia do médium Altivo Pamphiro.

Perguntas feitas ao Espírito Ignácio Bittencourt, r elacionadas com a doença de Jelno. P1 – Uma criança de oito anos, num acidente desses, normalmente a criança não fica com drama de consciência. No caso, pelo desenrolar da história, dá para perceber que ele ficou com drama de consciência, ele se sentiu extremamente culpado sobre isso. Foi isso que desencadeou todo o processo? IB – Com certeza. Era outro que tinha uma possibilidade de morrer de modo sofrido, mas não necessariamente como foi, porque o espírito dele era sofrido. P2 – Mesmo sendo criança de oito anos, ele se sentiu extremamente culpado por ter matado a menina. Ele não teve intenção de matar, e por que esse sentimento de culpa o acompanhou durante toda a encarnação? IB – Cada um de nós tem o seu próprio carma. O carma dele, ou o que ele vivia, o clima mental dele era desse sentimento de culpa. Como aconteceu esse desastre da arma, poderia ser uma outra coisa qualquer; poderia ser ele soltar o freio de um carro e matar uma criança, poderia empurrar uma criança de um precipício. De qualquer modo ele poderia provocar o desencarne da menina. P3 – Dessa mesma menina? IB – Dela ou de qualquer pessoa. Ele teria essa sensação dentro dele, de que fez mal para alguém. P4 – Esse clima beligerante que ele vivia... IB – O clima beligerante não é o termo, é o clima beligerante de vidas passadas. P5 – Ele assumiu a culpa exclusiva? Porque ele poderia dividir com o pai que permitiu... Por isso foi tão pesado o sofrimento. IB – No caso, ele assumiu.

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P6 – Essa ideia fixa de autopunição que ele trazia, a gente pode considerar como um tipo de suicídio? IB – Não, só punição mesmo. P7 – Uma vez o senhor falou para nós que pessoas na própria encarnação conseguem lesionar o seu perispírito. Esse foi o caso dele? IB – É o caso. P8 – Ele tinha mérito? IB – Não. P9 – O senhor nos ensinou que a pessoa tem que ter uma força mental muito grande e também méritos. IB – Mas isso é quando ela quer se punir para pagar um débito, no caso dele, ele não tinha muita noção de que estava pagando um débito. No caso dele, ele estava só lesionando por autoflagelação, automatismo, qualquer coisa nesse sentido. P10 – Seria um estado consciencial? IB – Consciencial. Quando você diz assim: “eu fiz isso, fiz aquilo, eu fiz aquilo outro, eu quero trabalhar para quitar este débito”, aí você trabalha, trabalha numa área em que vai fazer mal ao seu organismo. E diz: “não faz mal”, aí é que tem o mérito. No caso dele não havia o mérito porque era só autoflagelação, uma autopunição. P11 – E mesmo assim ele teve a possibilidade de na própria encarnação marcar, passar para o corpo e sofrer a prova, ele se quitou deste crime? IB – Deste crime. E você vai me dizer assim: Afinal de contas e a sensação de ter o instinto, não se pode dizer no caso, um instinto assassino, mas ter esse peso. Isso não corrigiu dentro dele, mas isso vai reforçar a tese interna de fugir das armas. Esse com certeza numa próxima encarnação não vai querer ver nada na frente que signifique agressão. Ele vai criar esse clima dentro dele. P12 – Mesmo que ele esteja exposto a uma situação de risco? IB – Claro, você carrega alguma arma na sua bolsa? Mas não esta exposta à situação de risco diariamente? Então, é o mesmo princípio. Você sabe que poderia sofrer um ataque, um acidente, um assalto, mas mesmo assim não carrega uma arma na bolsa. Vai ser o que vai acontecer com ele, provavelmente. P13 – Depois é que ele vinha pedir passes. Ele era um homem melancólico, amargurado? IB – Por causa da melancolia dele, o estado de melancolia faz a gente ir atrás de socorro. P14 – Ele foi curado do tumor que desenvolveu e desencarnou num acidente com a lesão no mesmo local do tumor, que foi o mesmo local que ele atirou na menina. Se não houvesse o acidente não haveria a quitação do débito dele? IB – Ele iria criar outro tumor. P15 – Ele que quis sofrer o mesmo tipo de impacto? IB – Ele não quis sofrer, ele criou o clima. P16 – Para ele, precisava desencarnar com o impacto semelhante ao que ele criou? IB – A lei de Causa e Efeito para ele funcionou ali. Ele não buscou uma solução diferenciada. Se você tem o equilíbrio, você procura uma solução diferenciada, mas ele não buscou a solução diferenciada, ele buscou uma forma de punição. Se ele tivesse uma outra forma de observar as coisas ele não procuraria a punição, ele diria a Deus: “Dai-me uma prova qualquer, um trabalho, e que eu desencarne um dia deste modo”. Mas como ele não fez de propósito não precisaria nem desencarnar daquele jeito, iria desencarnar por uma coisa qualquer. Mas como ele não tinha ainda esta visão, ele teve que puxar um tipo de desencarnação que atingisse exatamente aquele ponto que ele atingiu. É a falta de superioridade. P17 – A escolha dele não foi feliz para a quitação desse débito? IB – Poderia ter sido mais suave. P18 – Mas poderia ter escolhido uma coisa mais produtiva?

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IB – Com certeza. De certa forma todos vocês fazem com o trabalho, quando vocês vão para uma casa espírita, às vezes, estão com um sentimento de ficar em casa, doidos para descansar, mas têm que fazer alguma coisa. O que é isso, quando vocês fazem isso? No fundo estão raspando do perispírito todas as marcas que vocês têm. Todos nós somos assim.

Entrevistas com Ignácio Bittencourt, psicofonia do médium Altivo Pamphiro.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião.

Responder às perguntas, baseando-se na visão do pla no espiritual.

4.1) O tumor de Jelno foi provocado por lesão anter ior no seu perispírito?

Vide p.15.

4.2) O que causou o tumor em Jelno? O sentimento de culpa que ele alimentou durante toda a sua existência.

4.3) Jelno poderia ter evitado a formação do tumor? Qual a opção que ele teria?

Conclusão:

A postura de autopunição de Jelno é que desencadeou a formação do tumor e que esta postura é muito semelhante à postura que assumimos diante dos fatos mais simples em nossas vidas. Ficar se autopunindo é sofrer mais de uma vez pelo mesmo erro. Se Jelno escolhesse o trabalho no bem, como forma de se recompor com a Lei, teria quitado o seu débito de uma maneira mais suave e produtiva. É uma forma de demonstrarmos que estamos subindo mais alguns degraus rumo à superioridade.

5) Objetivo 5 Compreender como nós podemos participar mais efetivamente na hora do passe. A participação do receptor, no momento do pas se de cura.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião.

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5.1) Será que a nossa postura no momento do passe, pode influenciar na sua eficiência? Como?

5.2) E as nossas atitudes após o recebimento do pas se têm alguma influência?

Em todas as situações apresentadas o receptor pode melhorar a absorção dos fluidos, direcionando-os, com o seu pensamento para o órgão lesado. Exemplo da cura da mulher hemorroíssa.

Texto de apoio: A Gênese , cap. XV, itens 10 e 11 PERDA DE SANGUE

10. – Então, uma mulher, que havia doze anos sofria de uma hemorragia; – que sofrera muito nas mãos dos médicos e que, tendo gasto todos os seus haveres, nenhum alívio conseguira, – como ouvisse falar de Jesus, veio com a multidão atrás dele e lhe tocou as vestes, porquanto, dizia: Se eu conseguir ao menos lhe tocar nas vestes, ficarei curada. – No mesmo instante o fluxo sanguíneo lhe cessou e ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade. Logo, Jesus, conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, se voltou no meio da multidão e disse: Quem me tocou as vestes? – Seus discípulos lhe disseram: Vês que a multidão te aperta de todos os lados e perguntas quem te tocou? – Ele olhava em torno de si à procura daquela que o tocara. A mulher, que sabia o que se passara em si, tomada de medo e pavor, veio lançar-se-lhe aos pés e lhe declarou toda a verdade. – Disse-lhe Jesus: Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz e fica curada da tua enfermidade. (Marcos, 5: 25 a 34.) 11. – Estas palavras: conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, são significativas. Exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimen-taram a ação que acabara de produzir-se. É de notar-se que o efeito não foi provocado por nenhum ato da vontade de Jesus; não houve magnetização nem imposição das mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura. Mas, por que essa irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez que Jesus não pensava nela e tinha a cercá-lo a multidão? É bem simples a razão. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação à corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; doutras, basta uma só. O segundo caso foi o que ocorreu na circunstância de que tratamos. Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem, muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Assim sendo, também, se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado e outro não. É este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica certas anomalias aparentes, apontando-lhes uma causa muito natural. (Cap. XlV, item 31, 32 e 33.)

Fica claro neste exemplo, a atuação positiva do paciente.

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6) Objetivo 6 Compreender que nós podemos participar efetivamente na conquista definitiva da nossa própria cura.

• Questões para o grupo: Esse é o momento de dar a sua opinião

6.1) Analisando a doença e a cura, apoiados na Dout rina Espírita, como podemos atuar como construtores da própria saúde?

“Observar que a nossa transformação moral e a atuação do nosso próprio pensamento são instrumentos de vitalização das nossas células”.

“ PRINCÍPIOS INTELIGENTES RUDIMENTARES – Com o transcurso dos evos, surpreendemos as células como princípios inteligentes de feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais superiores e nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no corpo espiritual, em modulações vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo.”

André Luiz – Evolução em Dois Mundos , cap. 5. “O corpo reflete o que há no espírito, sendo assim o espírito precisa ser curado primeiro. A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do espírito.”

Ignácio Bittencourt – Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

Conclusão :

O desequilíbrio do espírito é que causa a maioria das doenças, a melhor maneira de obtermos a cura integral é obtermos o equilíbrio do espírito, atra-vés da evolução moral.

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7) Objetivo 7

Analisar a postura do médico diante destes conceitos que a Doutrina Espírita apresenta, em relação ao paciente.

“Quando se diz que um médico opera a cura de um doente, por meio de boas palavras, enuncia-se uma verdade absoluta, pois que um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral.”

A Gênese , cap. XIV – item 20.

Esta postura seria fruto do entendimento de que é no desequilíbrio do espírito que está a causa do problema orgânico e deste modo, também algumas palavras podem ajudar o espírito a recuperar o seu equilíbrio.

8) Objetivo 8 Entender em resumo, que o magnetismo é uma lei, que a mediunidade é o veículo, que os espíritos são os verdadeiros agentes do equilíbrio orgânico e ou da possível cura e que a verdadeira cura, a cura da Alma só obteremos pela nossa transformação moral.

Conclusão :

No processo da cura o trabalho dos espíritos é de suma importância, o nosso papel como médiuns é de simples coadjuvantes e aprendizes. A nossa maior participação, vai depender da qualidade que possamos imprimir ao nosso fluido, através da nossa transformação moral, do conhecimento maior dos mecanismos envolvidos nesse processo e em consequência da nossa vontade de ajudar ao próximo. Jesus, o médico das almas o maior curador que já passou pelo nosso planeta é um espírito que conhece a fundo a arte de manipular os fluidos, mas acima de tudo é o grande conhecedor da arte de transformar e conquistar almas . Trabalhar na mediunidade com Jesus é a melhor e mais eficiente maneira de servir. Como pacientes, podemos ter a certeza de que sempre poderemos contar com a ajuda de Deus, nosso Pai amoroso, de Jesus e dos espíritos que com Ele trabalham, porém a nossa cura depende de nossa transformação moral e da observância irres trita da Lei de Deus .

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