APOSTILA DO CURSO DE EXTENSÃO EM BIOSSEGURANÇA

download APOSTILA DO CURSO DE EXTENSÃO EM BIOSSEGURANÇA

of 34

Transcript of APOSTILA DO CURSO DE EXTENSÃO EM BIOSSEGURANÇA

1

APOSTILA DO CURSO DE EXTENSO EM BIOSSEGURANA UNIVERSO SG

1

2

Professor: Josu L. Loureiro (Farmacutico)BIOSEGURANA

O imprevisvel e diversificado comportamento das doenas infecciosas emergentes e reemergentes tem acarretado a discusso das condies de biossegurana nas instituies de ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnolgico e de prestaes de servios. A despeito do avano tecnolgico, o profissional de sade est freqentemente exposto a riscos biolgicos e de perigos qumicos cujo enfrentamento est consubstanciado na adequao das instalaes do ambiente de trabalho e na capacitao tcnica desses profissionais. O manejo e a avaliao de riscos so fundamentais para a definio de critrios e aes e visam a minimizar os riscos que pode comprometer a sade do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. A biossegurana constitui uma rea de conhecimento relativamente nova, regulada em diversos pases por um conjunto de normas e resolues (Leis) que visam proteo da sade humana e do meio ambiente. Em 1976 comea a ser implantada, em vrios paises da Europa (Reino Unido, Frana, Alemanha) a primeira diretriz sobre biossegurana (NIH). EUA e Japo montam suas regras que so compartilhadas por outras naes (OCDE). As experincias internacionais e certos princpios servem de referencia para a avaliao e gerenciamento de riscos ligados s biotecnologias avanadas. No Brasil, a legislao de biossegurana foi criada em 1995 e, apesar da grande incidncia de doenas ocupacionais em profissionais de sade, engloba apenas a tecnologia de engenharia gentica, estabelecendo os requisitos para o manejo de organismos geneticamente modificados. A primeira legislao sobre biossegurana data de 13/06/1988 (Conselho Nacional de Sade), e devido a vrias falhas na sua elaborao no vigorou. S em 05/01/1995 com a Lei n 8974, e com o decreto n 1752 de 20/12/1995, que possibilitou a criao da CTNBio, e todos os nveis. 1. A Biossegurana nos servios de sade: 1. 1 1. 2 Lquidos e slidos de origem biolgica, so fontes de contaminao. As boas prticas em servios de sade tem por objetivo no contaminar: O pessoal tcnico do hospital; Os faxineiros; Os equipamentos; O meio ambiente. toda a poltica nacional de biossegurana foi publicada, com suas normas e instrues normativas para serem acatadas em

2

3

2.

Esterilizao e Desinfeco 2. 1 2. 2 Vapor mido sob presso, mtodo mais eficaz (autoclave). Trs tipos de autoclave: Autoclave com deslocamento por gravidade; Autoclave a vcuo; Autoclave com presso aquecida por combustvel (este o mais utilizado).

3. Autoclave tipo panela de presso aquecida com combustvel (Gs ou Eletricidade) 3. 1 3. 2 Como carregar a autoclave? Colocar os materiais folgadamente na cmara; Os sacos de matria plstica precisam estar abertos. Como coloc-la em funcionamento? Aps a carga, verificar se o nvel de gua na base do vaso suficiente; Ligar a autoclave (luz ou gs); A gua em ebulio produz vapor que vai impulsionar o ar da cmara para fora atravs de uma vlvula de escape; Aps a sada de todo o ar, fecha-se a vlvula de segurana; Sobem a presso e a temperatura que so controladas pela vlvula de escape; Comea o perodo de manuteno da temperatura que de 121C durante 30min; Fim do ciclo, desligar o aquecimento e esperar que a temperatura caia para 80C, para ento abrirmos a tampa. 4. Cuidados no uso da autoclave Cmaras e as vedaes Inspeo regulares (com registros); Materiais acondicionados em recipientes pequenos e rasos; No carregar excessivamente a cmara; Manter a vlvula principal fechada at que a temperatura seja inferior a 80C, para ento abrirmos a tampa; Abrir apenas alguns milmetros por 5 minutos,e somente aps, abrir e descarregar a autoclave; O profissional dever estar usando luvas e mscara com visor; Colocar no centro de cada carga um termopar *; Somente confiar o uso da autoclave a pessoas devidamente treinadas; Limpar o filtro com drenagem, retirando e limpando-o diariamente;

3

4Verificar se as vlvulas de escape no esto obstrudas por papel, etc. 5 . Incinerao S feito por entidades Estaduais ou Federais; Sua instalao necessita de autorizao de rgos responsveis pelo meio ambiente local; quase que proibido em todos os Estados da federao.

6. Desinfetantes pela OMS Processos qumicos que empregam produtos apropriados nas concentraes adequadas, nas propores inadas e no tempo determinado, exemplos: 6.1 Hipoclorito de Sdio a 1% em cloro livre: Sangue --------------- 2 partes de hipoclorito para 1 de sangue ------------ 6 horas Fezes ----------------- 3partes de hipoclorito para 1 de fezes --------------- 6 horas Vidraria e outros materiais ----------------------------------------------------- 4 horas 6.2 Cresol a 5% (pH9) Sangue -------------- 2 partes de cresol para 1 de sangue ------------------- 6 horas Fezes ---------------- 2 partes de cresol para 1 de fezes --------------------- 6 horas Urina ---------------- 2 partes de cresol para 1 de urina --------------------- 4 horas Escarro --------------1 parte de cresol para 1 de escarro--------------------- 4 horas Instrumentos metlicos --------------------------------------------------------- 4 horas 6.3 Formol a 10% Somente em casos especiais -------------------------------------------------- 12 horas

6.4 Soluo alcolica de iodo a 1% Tempo -------------------------------------------------------------------------- 2 minutos Obs.: Algumas pessoas so alrgicas ao iodo.

4

5

6.5 lcool a 70% (etanol ou isoproplicos) 6.6 o mais utilizado em laboratrios; Limpeza de pele, bancada, fluxo laminar, estufa, banho-maria, geladeira, centrfuga, etc; Tempo de exposio = 2 minutos; O etanol s atua sobre os microrganismos em meio aquoso; O lcool sem diluir no inativa os microorganismos. Preparo do lcool a 70% (V/V)

Usar a seguinte frmula: CI . VI = CF . VF

CI = Concentrao inicial VI = Volume inicial CF = Concentrao final VF = Volume final Exemplo: Como preparar 1000 ml de lcool a 70% (V/V), partindo-se de uma soluo alcolica a 93% (V/V) ? Empregando a frmula CI . VI = CF . VF CI = 93% VI = ? CF = 70% VF = 1000 ml 93 . x = 70 . 1000 x = 70 . 1000 3 x = 753 Coloca-se 753 ml de lcool a 93% num balo volumtrico para 1000 ml e completar com H2O deionizada. Preparo de 1000 ml de lcool glicerinado a 70% (V/V)

Medir 980 ml de lcool a 70% (V/V) e transferir para um balo volumtrico de 1000 ml, completando-se com 20 ml de glicerina (glicerol). Obs.: A glicerina alm de no interferir na eficcia do lcool, evita o inconveniente ressecamento da pele devido ao contato direto com o lcool.

5

6

7. Nveis de Biossegurana (N.B.)

A CTNBio normalizou os nveis de biossegurana em - NB 1; NB2; NB3; NB4; -

crescentes do maior grau de conteno e complexidade do nvel de proteo. O nvel de segurana de um experimento ser determinado segundo o organismo de maior classe de risco envolvida no experimento. Os laboratrios de anlises clnicas no geral, podem ser classificados no nvel 2 de biossegurana, mas trabalhando com materiais biolgicos que podem conter microrganismos classificados nos nveis 3 e 4. Por esta razo necessita-se de procedimentos adequados para o trabalho no laboratrio.

8. Cdigo de procedimento Relao de procedimentos indispensveis para assegurar a boa tcnica a ser empregada no laboratrio de anlises clnicas. Seguem abaixo as regras mais importantes No esto em ordem de importncia :

Smbolo de risco biolgico nvel 2 fixados nas portas onde se manuseiam microrganismo deste nvel (NB2); proibido pipetar com a boca; Nas reas de servio, proibido: Comer, beber, fumar, guardar alimentos, aplicar produtos cosmticos, etc; Proibido lamber etiquetas; Manter o local de servio limpo, organizado e sem nada que no pertena rotina do mesmo; Desinfeco de bancadas antes e no final do expediente; Lavar as mos aps cada manuseio de material, paciente ou animal infectado; Tcnica apurada a no produzir a formao de aerossol e gotculas; Materiais e as amostras precisam ser desinfetados para descarte, ou para uso posterior; Durante o trabalho, toda a equipe dever usar uniformes, aventais ou roupas apropriadas; Essas roupas e equipamentos no podem ser utilizados em outros espaos alm do laboratrio; Desinfetar as roupas adequadamente; Calados apropriados; Equipamento para proteo no dever ser guardado com trajes; Usar sempre culos de segurana e protetores de face;

6

7 Alm dos funcionrios, s deveram adentrar nos setores pessoas devidamente avisadas sobre eventuais perigos; Manter as portas do setor fechadas; Acesso aos viveiros s permitido para pessoas autorizadas; Manter um controle rigoroso com os artrpodes e os roedores; Manter animais desnecessrios afastados do laboratrio; O uso de luvas indispensvel para proteger o profissional do contato com sangue, materiais infecciosos ou animais infectados; Todo e qualquer incidente que possa provocar a exposio efetiva a materiais infecciosos, comunicar ao responsvel tcnico, alm de ser conveniente providenciar um exame mdico adequado (NR - 7). O fato dever constar em um relatrio; Coletar periodicamente amostras de sangue de todo o pessoal envolvido com a rea tcnica; Cabe aos responsveis tcnicos passar todas as informaes em relao a medidas de segurana, adotando um manual de segurana ou de procedimentos; No manual dever estar bem especificado as tcnicas e as rotinas capazes de reduzir ou eliminar tais riscos; Avisar e exigir a leitura, e obviamente, a obedincia s normas e aos procedimentos padronizados.

RISCOS NO TRABALHO COM AGENTES BIOLGICOS

As caractersticas peculiares dos agentes biolgicos, sejam estes microorganismos (vrus, bactrias ou fungos), animais ou plantas, exigem do profissional que os manipula um conhecimento aprofundado de suas caractersticas e das tcnicas utilizadas em coleta, armazenamento (ou transporte) e manipulao em laboratrio, bem como as normas de higiene e segurana do trabalho.

Microorganismos Diversas caractersticas dos agentes microbiolgicos, como grau de patogenicidade, poder de invaso, resistncia a processos de esterilizao, virulncia e capacidade mutagnica devem ser conhecidos antes de serem manipulados, para que se tomem precaues bsicas, minimizando as situaes de risco que ocorrem freqentemente. A infeco acidental por Tripanossoma Cruzi um exemplo concreto dos riscos. J foram relatados 45 casos de infeco acidental desse agente, distribudos em universidades e centros de pesquisa em diferentes pases. A penetrao e conseqente infeco acidental por microorganismos pode se dar por 4 vias:

7

8 via area: ocorre devido propagao de aerossis*, podendo contaminar um grupo grande de pessoas; via cutnea: por picada de agulha ou outros instrumentos perfurocortantes contaminados, alm da penetrao por ferimentos; via oral: o ato de pipetar com a boca, fumar ou fazer refeies no laboratrio e a falta de higiene pessoal so as principais causas dessa via de penetrao; via ocular: a contaminao da mucosa conjuntiva ocorre por lanamento de gotculas ou aerossis de material infectante nos olhos, podendo ocorrer tambm por meio do contato dos olhos com as oculares de aparelhos pticos. *Os aerossis so micropartculas slidas ou lquidas que podem permanecer em suspenso por vrias horas. So formados pelo uso incorreto de equipamentos como centrfugas, homogeneizadores, misturadores e agitadores. Outra causa da formao de aerossis a realizao de alguns procedimentos como agitao em alta velocidade de materiais biolgicos infecciosos; remoo de meio de cultura lquido com seringa e agulha de um frasco contendo material infeccioso; o descarte da ltima gota de fluidos contaminados de uma pipeta; o ato de destampar um frasco de cultivo ou de suspenso de lquidos aps agit-lo, entre outros. Para evitar a formao destes, necessrio esperar um tempo para abrir frascos aps a agitao e homogeneizao, alm de evitar que a pipeta ou seringa espirre. Identifique e sinalize os frascos contendo agentes biolgicos patognicos manipulados em seu laboratrio. Equipamentos de Proteo Individual (EPI) avental ou jaleco de algodo, de mangas compridas e punho retrtil; luvas de proteo; mscara com filtro apropriado; pipetador automtico; protetor facial; pra de borracha; culos de proteo. Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC)* extintores de incndio; chuveiros de segurana; lava olhos; pia para lavagem de mos; capelas de fluxo laminar; capelas de exausto;

8

9 exaustores; caixas com luvas; recipientes para rejeitos; caixa de primeiros socorros; recipientes especiais para transporte de material contaminado e/ou animais. * Verifique sempre as condies de funcionamento dos Equipamentos de Proteo Coletiva.

Caixa de primeiros socorros Recomenda-se ter uma caixa de primeiros socorros contendo os itens listados abaixo: conta-gotas; atadura e esparadrapo; mertyolate; cotonetes; lcool; soro fisiolgico; curativos adesivos; picrato de butezin; tesoura; lmina de barbear; bolsa de gua; pina; leno; alfinetes; um garrote (1/2 metro de borracha flexvel); analgsico; vaselina esterilizada; termmetro; Obs.: Alm dos itens supracitados, importante que o laboratrio tenha solues neutralizantes para queimaduras e leses provocadas por cidos e bases, alm de antdotos para contaminaes por outros agentes txicos (p. ex.: cianetos).

9

10ORIENTAES PARA PROFISSIONAIS DE SADE QUE ATUAM EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE PORTADORES DE TUBERCULOSE ATIVA (CONFIRMADA OU NO) O contato deve proceder de forma normal, desde que haja ventilao adequada no local; Todo recinto de atendimento de tuberculose no deve contar com ventilador de teto, mas pode contar com ventiladores direcionais e exaustores posicionados em pontos estratgicos visando diminuir a concentrao e a remoo das partculas infectantes para fora do recinto; Em caso de no haver ventilao adequada no local, os profissionais de sade necessitam EPI (mscaras especiais - respiradores N95). |Sugere-se que toda unidade de sade de alto risco de infeco por tuberculose conte com mscaras de 2 ou 3 tamanhos diferentes, de forma que permita que a mesma se adapte perfeitamente ao rosto do profissional. As mscaras podem ser reutilizadas pelo mesmo profissional por longos perodos, desde que se mantenham ntegras, secas e limpas; A unidade de atendimento de tisiologia deve contar, sempre que possvel, com sala de espera dirigida e bem ventilada; (deve ser varrido com pano mido para evitar a formao de aerodispersis;) Sempre que possvel, o fluxo dos portadores ou com suspeita de tuberculose, em nvel ambulatorial, deve ser distinto (exemplo: porta de entrada e sala de espera prpria); No caso de hospital-dia e em salas de emergncia, recomenda-se que sintomticos respiratrios a mais de 04 semanas, ao permanecerem no mesmo recinto com outras pessoas, usem mscaras cirrgicas; Recomenda-se que, frente ao grande nmero de casos de tuberculose em nosso meio, todas as unidades de emergncia contem com um quarto de isolamento; Todo o profissional de sade, ao ingressar para trabalhar no setor de tisiologia, deve ser submetido ao teste tuberculnico. Quando o resultado ao primeiro teste for no reator, o mesmo deve ser repetido no perodo mximo de 03 semanas (efeito booster). Quem j era previamente reator ao teste de Mantoux ou que j tenha tratado tuberculose no necessita repetir o teste. O profissional deve ser orientado do resultado do teste, que deve ser confidencial. A repetio peridica do teste vai depender do grau de exposio tuberculose.

10

11ORIENTAES HOSPITALAR Isolamento do paciente com tuberculose confirmada por baciloscopia de escarro ou cultura, bem como nos casos de suspeita de tuberculose pulmonar bacilfera; Os profissionais de sade devem usar EPIs protetor respiratrio tipos respiradores N95NIOSH durante o perodo em que estiverem em contato com pacientes em isolamento, ou durante ato cirrgico em casos de tuberculose confirmada e, tambm , na realizao de autpsias. Nos locais considerados de risco elevado para tuberculose como sala de broncoscopia, de escarro induzido e de nebulizao de pentamidina, recomenda-se que o recinto fique sob presso negativa fazendo com que o ar proveniente deste seja dirigido para o exterior da unidade para locais afastados de outros pacientes, de profissionais de sade e de sistema de captao. Quando isso no for possvel, recomenda-se o uso de filtro HEPA (Hight Efficiency Particulate Air Filter) na sala; O paciente em isolamento deve ser orientado a cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; Sempre que o paciente em isolamento necessite fazer exame e/ou procedimento em outro local, deve estar usando mscara cirrgica. ACIDENTE COM SANGUE E/OU SECREES ATENDIMENTO DO PROFISSIONAL EXPOSTO Ao desenvolvermos nossas atividades de assistncia sade de forma direta ou indireta ao paciente, lidamos com material biolgico, isto , sangue, secrees e excrees corporais. Estes fluidos contendo ou no sangue, podem estar albergando microrganismos responsveis por doenas graves virais e bacterianas. Mesmo assim os riscos de acidentes sempre esto presentes, pois h situaes em que fatores gerais como stress, sobrecarga de trabalho, agitao psicomotora do paciente e a transgresso das normas de preveno podem ter sua participao na ocorrncia de acidentes com exposio materiais biolgicos. Doenas virais como a AIDS e a Hepatite B podem ser inibidas na sua transmisso atravs de aes profilticas com a vacina e imunoglobulina, no caso da Hepatite B, e antiretrovirais, com diferentes composies e indicaes, no caso da AIDS. Na rede de assistncia sade da Secretaria Municipal de Sade existe uma Rotina de Atendimento ao Trabalhador da Sade que se exps material biolgico. Esta rotina apresentada em todas as unidades bsicas atravs de uma pasta kit contendo todos os formulrios para encaminhamento pela Unidade de Sade aos Servios de Referncia para avaliao do risco do acidente, indicao de profilaxia para HIV e Hepatite B e coleta de marcadores sorolgicos para HIV, Hepatite B e Hepatite C. Este Kit deve ser de conhecimento de todos e deve ser conferido pela chefia da U.S. ou responsvel pelo encaminhamento. A seguir descreveremos as providncias a serem seguidas: PARA PROFISSIONAIS DE SADE QUE ATUAM EM REA

11

12FLUXO PARA EXPOSIO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLGICO NAS UNIDADES DE SADE Entende-se por exposio ocupacional as situaes envolvendo sangue ou secrees corporais em leses percutneas (como ferimentos prfuro-cortantes determinados por agulhas, por exemplo), contato com membrana mucosa ou pele no-ntegra (quando h alguma leso de pele, dermatite ou ferida) ou contato com pele ntegra quando a durao do mesmo prolongada (vrios minutos ou horas). Secrees corporais incluem: smen, secrees vaginais, lquido cerebroespinhal, sinovial, pleural, peritoneal, pericrdico, amnitico. Exposio a saliva, lgrimas,vmito, urina e fezes sem a presena de sangue no requer acompanhamento ps-exposico.

Se confirmada a exposio ao material biolgico:

ACIDENTADO: SERVIDOR, ESTAGIRIO, INTERNO, RESIDENTE, EMPREGADO TERCEIRIZADO

1. Lava abundantemente o ferimento ou mucosa, estimulando o sangramento. 2. Identifica paciente fonte (nome, US). 3. Busca orientao da chefia imediata. 4. Solicita Notificao de Acidente do Trabalho (as duas vias) para a chefia. 5. Vai ao setor de referncia conforme a localizao da unidade levando amostra de sangue do paciente-fonte rotulada, folha de consentimento do paciente fonte e NAT (Ncleo de Acidentes do Trabalho). 6. Na referncia, faz o boletim de atendimento, dirigi-se consulta mdica (avaliao do risco para quimioprofilaxia do HIV e hepatite B), faz a coleta de sangue e retira os antiretrovirais, se for o caso. 7. Vai ao NAST entre 48h a 5 dias levando consigo a NAT, o termo de consentimento do paciente-fonte, o termo de consentimento do acidentado e a 2 via do boletim de atendimento. 8. Faz acompanhamento sorolgico em 3 e 6 meses no NAST/SMS se o paciente tiver sorologia positiva.

12

13CHEFIA IMEDIATA OU REPRESENTANTE

1. Providencia consentimento por escrito do paciente fonte para coleta de amostra de sangue. Caso o paciente no tenha condies clnicas para o consentimento, fazer a coleta identificando com o nmero do pronturio. 2. Providencia a coleta de amostra de sangue do paciente-fonte (5ml de sangue em tubo seco com tampa, guardar sob refrigerao de 2 a 8 graus se no encaminhar no momento). 3. Aps a coleta da amostra de sangue, entregar para o paciente-fonte o endereo para retirada dos resultados (no NAST/SMS). 4. Orienta sobre a rotina e encaminha o acidentado para referncia conforme localizao da unidade (veja regionalizao). Caso o acidentado negue-se a seguir a rotina, solicita ao acidentado que assine o termo de recusa e encaminha o termo de recusa do acidentado e a NAT ao NAST/SMS. 5. Emite NAT (em duas vias) e entrega ao funcionrio. OBS: a coleta do paciente-fonte s ser realizada se o acidentado concordar em seguir a rotina ps-exposio. COLETA DA AMOSTRA DE SANGUE DO PACIENTE-FONTE

Aps o consentimento verbal - lava as mos; - cala luvas; - garroteia o brao; - aplica antissptico no local da puno; - punciona a veia; - aspira 5 ml de sangue; - retira o garrote; - retira a agulha da veia comprimindo o local com algodo; - introduz a agulha na tampa vermelha do tubo; - ejeta lentamente o sangue para dentro do tubo de ensaio; - rotula com etiqueta prpria o nome do paciente-fonte, data e local acidente do trabalho; - transporta numa caixa at a unidade de referncia, caso no seja possvel o transporte imediato da amostra, conserv-la sob refrigerao (2 a 8). A reposio dos tubos de ensaio ser feito pela Unidade de Referncia quando solicitado pela Unidade Bsica.

13

14Sistema imunolgico O sistema imunolgico consiste de um sistema complicado de clulas especializadas de vrios rgos, defendendo o corpo de invasores externos a ele, como os vrus (gripe, por exemplo), bactrias, parasitas e cncer. A resposta imunolgica desencadeada por uma sustncia estranha ao corpo chamada antgeno. Este pode ser um vrus ou uma bactria, ou mesmo clulas ou tecidos de outras pessoas, introduzidos por transfuso de sangue ou transplante. Para os alrgicos, uma resposta imunolgica pode ser desencadeada por alrgenos, como a caspa de animais domsticos ou o caro da poeira. No caso de certas doenas auto-imunes, como o lpus eritematoso sistmico ou a artrite reumatide, o "self" (o "eu" corporal) no se reconhece, considerando a si mesmo como uma substncia estranha, "no-self.". Esses fatos demonstram como complicado e fascinante o sistema imune. Os rgos considerados como parte do sistema imune incluem os tecidos linfides; as clulas linfides so encontradas nas amdalas, adenides, timo, bao, placas de Peyer do intestino delgado, apndice,gnglios linfticos e medula ssea. As clulas do sistema imunolgico so produzidas na medula ssea. Um tipo dessas clulas, chamadas linfcitos ou clulas B, originam os plasmcitos, que fabricam os anticorpos que lutam contra as substncias "no-self". Outro tipo de clula, as clulas T, so importantes porque migram ao timo e so "educadas" a distinguir o "self" do "no-self". As clulas T so subdivididas em T auxiliares ou T supressoras, que ajudam ou suprimem as clulas B a fazer anticorpos, ou clulas T citotxicas, que ajudam a matar vrus e tumores. As clulas "assassinas" naturais so tambm linfcitos e, similarmente s clulas T citotxicas, matam clulas tumorais e esto envolvidas na regulao do sistema imune (a chamada imunorregulao). Outras clulas do sistema imunolgico incluem os leuccitos que comem partculas, ou fagcitos, tambm chamados macrfagos. Estes derivam dos moncitos e neutrfilos, tambm chamados de granulcitos. Estas clulas tm substncias em seus grnulos que podem destruir organismos e ajudar a controlar a inflamao. Outros granulcitos so os basfilos e os eosinfilos, que ajudam a combater os parasitas, e tambm promovem a inflamao na asma e na rinite alrgica. Os mastcitos so outro tipo de clulas granulares, sendo encontrados na pele, mucosa nasal, intestino e em outros lugares. So clulas muito importantes da reao alrgica. Vrias clulas do sistema imunolgico secretam substncias chamadas citocinas, que recrutam outras clulas, ativam e promovem o crescimento celular e matam clulas nocivas. Problemas imunolgicos Muitas doenas, incluindo as alergias, as doenas auto-imunes, o cncer e as imunodeficincias quando o sistema imunolgico falha por alguma razo. Ocasionalmente, o corpo produz anticorpos e clulas T contra clulas ou rgos do prprio corpo. Esses anticorpos so ento chamados "autoanticorpos" e podem atuar de vrias maneiras. Por exemplo, eles podem se ligar ao pncreas, levando ao diabetes; podem se ligar a nervos, msculos ou clulas cerebrais, provocando a miastenia grave ou a esclerose mltipla; podem se ligar s hemcias (glbulos vermelhos), levando a uma anemia.

14

15As afeces auto-imunes, como o lpus eritematoso sistmico, descrito acima, envolvem o sistema imune em vrios nveis. As clulas B esto hiperativas, fabricando muitos auto-anticorpos, enquanto as clulas T supressoras esto com baixa atividade. Alm disso, so encontradas anormalidades nas citocinas. Muitos fatores esto implicados na causa desses problemas, incluindo os vrus, produtos qumicos, medicaes, genes, hormnios e fatores ambientais. Felizmente h vrias terapias para as doenas auto-imunes, umas j estabelecidas, outras ainda em estudo: os agentes antiinflamatrios, um procedimento chamado plasmaferese, e os tratamentos com anti-citocinas e anti-anticorpos monoclonais. O ponto importante a ser lembrado que se voc est com uma doena crnica, v ver o seu mdico. Ele poder encaminh-lo a um imunologista, que ir examin-lo, conduzir testes apropriados, fazer o diagnstico e prescrever o tratamento mais adequado. Clulas do sistema imunolgico Linfcitos B: transformam-se em plasmcitos, que fazem os anticorpos Clulas T auxiliares (TH): produzem a imunidade celular (mediada por clulas) Clulas TH1: ajudam no auto-reconhecimento Clulas TH2: parece que "ligam" a reao alrgica Clulas NK ("assassinas naturais"): matam clulas cancerosas Macrfagos: comem partculas e processam os antgenos Basfilos e mastcitos: glbulos brancos do sangue que liberam histamina e outros mediadores, como parte da reao alrgica Eosinfilos: glbulos brancos que ajudam a matar os parasitas, e que tambm esto envolvidas na asma e na resposta alrgica.

15

16 Calendrio bsico de vacinao (crianas)Idade Ao nascer 1 ms 2 meses 4 meses Vacinas BCG-ID Hepatite B Hepatite B Tetravalente (DTP + Hib) VOP (vacina oral contra a plio, Sabin) VORH (vacina oral contra rotavrus humano) Tetravalente (DTP + Hib) VOP (vacina oral contra a plio, Sabin) VORH (vacina oral contra rotavrus humano) Tetravalente (DTP + Hib) VOP (vacina oral contra a plio, Sabin) Hepatite B Febre amarela SRC (trplice viral, MMR) DTP (trplice bacteriana) VOP (vacina oral contra a plio, Sabin) DTP (trplice bacteriana) SRC (trplice viral, MMR) Febre amarela Dose dose nica 1 dose 2 dose 1 dose 2 dose 3 dose dose nica dose nica 1 reforo reforo 2 reforo reforo reforo

6 meses 9 meses 12 meses 15 meses 4 - 6 anos 10 anos

Calendrio de vacinao: adolescentesIdade 11 a 19 anos (na primeira vista ao servio de sade) 1 ms aps a 1 dose contra Hepatite B 6 meses aps a 1 dose contra Hepatite B 2 meses aps a 1 dose contra difteria e ttano 4 meses aps a 1 dose contra difteria e ttano A cada 10 anos, por toda a vida Vacinas Hepatite B dT Febre amarela SCR Hepatite B Hepatite B dT dT dT Febre amarela Dose 1 dose 1 dose dose inicial dose nica 2 dose 3 dose 2 dose 3 dose Reforo Reforo

Fonte: Portaria 1602, de 17 de julho de 2006. Publicada no Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, seo 1, p. 66-7, 18 jul. 2006.

Calendrio de vacinao: adultos (incluindo idosos)

16

17Idade A partir de 20 anos 2 meses aps a 1 dose contra difteria e ttano 4 meses aps a 1 dose contra difteria e ttano A cada 10 anos, por toda vida 60 anos ou mais Vacinas dT Febre amarela SCR (3) dT dT dT Dose 1 dose Dose inicial Dose nica 2 dose 3 dose Reforo

Febre amarela Reforo Gripe Dose anual Pneumococo Dose nica

Fonte: Portaria 1602, de 17 de julho de 2006. Publicada no Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, seo 1, p. 66-7, 18 jul. 2006.

COLETA SELETIVA DOS RESDUOS SLIDOS DE SADE O gerenciamento de resduos deve ser implantado como rotina nas UBS e devem ser ofereci das as condies necessrias para seleo dos resduos, recolhimento para um local de armazenamento at a coleta pelo DMLU. Deve haver uma Comisso de Gerenciamento de Resduos que dever incluir em sua rotina um programa de treinamento para os profissionais geradores de resduos e para os responsveis pela limpeza e dispensao final dos resduos. Cada sala de uma Unidade de Sade, dependendo do tipo de atividade desenvolvida dever ter locais determinados para a localizao das lixeiras de Coleta Seletiva. A Coleta Seletiva compreende a separao, j no momento do descarte, dos diferentes tipos de resduos. Nas Unidades de Sade, gera-se resduos Comuns, Reciclveis, Infectantes e Qumicos. Recomenda-se que, nas salas, cada lixeira contenha a identificao do tipo de resduo e acima, com adesivo, seja fixada uma lista de resduos que devero ser desprezados em tais lixeiras. Indica-se o uso de cores para identificar os recipientes e programao visual padronizando smbolos e descries utilizadas.

17

18

Resduos Comuns So resduos nos estados slidos ou semi-slidos, semelhantes aos resduos domiciliares que resultam de atividades diversas de alimentao, fisiolgicas, de limpeza, no oferecendo nenhum risco sua manipulao ou Sade Pblica. Compondo os resduos comuns, temos os resduos reciclveis que sero descartados e recolhidos separadamente. Relao dos Resduos: Cascas de frutas, restos de lanches, erva-mate, papel higinico, absorventes higinicos, papel toalha, papel carbono, esponjas, esponja de ao, folhas e flores, restos de madeira, isopor, etc.

Como acondicionar dentro da sala: Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo Comum, com saco preto e uma relao dos resduos a serem descartados ali. Os sacos destas lixeiras menores devero ter seu recolhimento ao final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco preto maior.

Onde armazenar at a coleta final do DMLU: Colocar os sacos grandes contendo os resduos recolhidos de cada sala dentro de um container. Centralizar os diferentes contineres com tampa e identificao, (lixo comum, lixo reciclvel, lixo infectante), em uma rea protegida de chuva, de acesso restrito somente a profissionais da limpeza e DMLU. Se depositados em via pblica, colocar prximo ao horrio da coleta do DMLU. Resduos Reciclveis

18

19So resduos slidos que, aps o uso, podem ter sua matria prima reaproveitada, gerando economia de recursos naturais e financeiros, alm gerar novos empregos atravs das usinas de reciclagem. So resduos de plstico, vidro, papel, papelo e metal sem sujidade biolgica visvel.

Relao dos Resduos: Frascos de soro, papeis de embrulho, caixas ou tubos plsticos de medicamentos, rolos vazios de esparadrapo, caixas de papelo, vidros, frascos-ampola vazios, copos descartveis, tubos de alvejantes e detergentes, sacos plsticos, embalagens de gua, refrigerantes, embalagens de alumnio, latas em geral etc. Os vidros grandes, frgeis ou quebrados devem ser protegidos em caixa de papelo antes do descarte no saco plstico. Como acondicionar dentro da sala: Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo Reciclvel, com saco verde e uma relao dos resduos a serem descartados ali. Estes sacos de lixo devero ter seu recolhimento ao final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco verde maior. Onde armazenar at a coleta final do DMLU: Colocar os sacos grandes com os resduos recolhidos dos diversos locais dentro de um container. Centralizar os diferentes contineres com tampa e identificao, em uma rea protegida de chuva, de acesso restrito somente a profissionais da limpeza e DMLU. Se depositados em via pblica, colocar prximo ao horrio da coleta seletiva do DMLU. Resduos Infectantes

So resduos que resultam das atividades de assistncia, laboratrio ou atos cirrgicos, que promovam liberao de material biolgico, oferecendo risco Sade Pblica ou manipulao. Dentro deste grupo incluem-se os prfuro-cortantes que devem ter o descarte em recipiente apropriado antes de serem agregados ao restante dos resduos infectantes. Relao dos Resduos:

19

20Gaze, esparadrapo, sondas, drenos, cateteres, luvas usadas, mscaras usadas, gorros usados, bolsas coletoras de drenagens, papel de embrulho contaminado, campos protetores de superfcies, etc.

Como acondicionar dentro da sala: Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo Infectante, com saco branco e uma relao dos resduos a serem descartados ali. Estas lixeiras devero ter seu recolhimento ao final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco branco leitoso com espessura mnima de 10 micrometros contendo o smbolo internacional de risco biolgico estampado no saco de 100 litros. Em salas de assistncia odontolgica recomenda-se o uso de porta resduos com capacidade aproximada de um litro, sob a mesa clnica para descarte, aps o uso em cada paciente. Estes resduos so infectantes tambm e sero descartados fechados em sacos maiores at o recolhimento final. As peas anatmicas e bolsas de sangue devem ser descartadas, em saco branco leitoso duplo dentro do recipiente para resduos infectantes.

Relao dos Resduos Prfuro-Cortantes: Seringas agulhadas, fios agulhados, fois de ao, lminas de bisturi, lmina de barbear, ampolas de medicao, scalp, agulha de Abocath, agulhas de sutura, agulhas para Carpule, etc. Como acondicionar dentro da sala: Descartar em caixa apropriada (rgida e impermevel), lacrar quando atingir 2/3 da capacidade indicada na caixa, descartar dentro do saco branco do lixo infectante at o recolhimento. Onde armazenar at a coleta final do DMLU:

Colocar os sacos grandes contendo os resduos recolhidos de cada sala dentro de um container. Centralizar os diferentes contineres com tampa e identificao, (lixo comum, lixo reciclvel, lixo infectante), em uma rea protegida de chuva, de acesso restrito somente a profissionais da limpeza e DMLU. Se depositados em via pblica, colocar prximo ao horrio da coleta do DMLU.

20

21

Resduos Farmacuticos e Qumicos

So resduos txicos compostos por medicamentos vencidos, resduos corrosivos, inflamveis, explosivos, reativos, genotxicos ou mutagnicos.

Relao dos Resduos: Medicamentos vencidos, reatores sorolgicos vencidos, quimioterpicos e antineoplsicos, germicidas fora da validade, solventes, mercrio lquido, solues para revelao e fixao de radiografias. Como acondicionar dentro da sala: Quando vencidos ou contaminados, estes resduos devero ser encaminhados ao fabricante ou empresa tecnicamente competente para tratamento que elimine a periculosidade do resduo para a sade pblica ou para o meio ambiente, conforme consta na Resoluo CONAMA n 283/2001.

TRANSPORTE EXTERNO DOS RESDUOS SLIDOS O recolhimento de resduos comuns e reciclveis tem seu cronograma regular por bairros no municpio. Para a coleta especial dos resduos infectantes, cada Servio de Sade dever proceder seu cadastramento junto ao Servio de Coleta Especial do DMLU - Departamento Municipal de Limpeza Urbana observando a periodicidade, dia da semana e horrio, para elaborao da rotina do recolhimento final. SEGURANA NO CAMPO As sadas de campo so prticas muito comuns para aperfeioar o aprendizado de vrias disciplinas obrigatrias e optativas em diversos cursos, e tambm so necessrias em muitas reas de pesquisa. Medidas de segurana no campo devem ser adotadas por todos aqueles que exercem algum tipo de atividade nestes locais, independente do grau de freqncia. Desta maneira, obter informaes para adotar uma postura correta em atividades no campo de fundamental importncia para garantir a segurana pessoal de qualquer estudante ou profissional da rea de biologia ou reas afins.

21

22

1.1.

Antes de ir ao Campo

Postura nunca partir em jejum ou com o estmago muito cheio; manter as unhas cortadas para evitar que encravem; nas atividades noturnas, fazer reconhecimento prvio da rea durante o dia; sempre ir acompanhado de pessoas treinadas em primeiros socorros; nunca sair quando estiver com algum problema de sade que possa se agravar como resultado de esforo fsico; verificar se est de posse da documentao do veculo de transporte (carro, jipe, etc.) e se este contm os equipamentos de segurana necessrios (estepe, macaco, etc.). Vesturio bon ou chapu - evita insolao; camisetas claras - evita absoro excessiva de calor; roupa que evidencie sua presena no campo - facilita sua localizao no caso da necessidade de resgate. Entretanto, este item no adequado quando no se quer ser observado pelo organismo de interesse, principalmente no caso de mamferos, aves e borboletas; camisetas de mangas compridas - evita queimaduras pelo sol e protege contra picadas de insetos; cala comprida grossa - evita picadas em geral e arranhes; calados fechados confortveis - de preferncia tnis ou bota de cano longo com meia grossa. Estes evitam picadas e tornam o caminhar mais confortvel (calados maiores que os ps ou apertados causam atritos e bolhas); perneiras ou polainas - protegem contra animais potencialmente nocivos como aranhas, cobras e carrapatos. Isto pode evitar 50 a 70% dos acidentes com serpentes, uma vez que os ps e as pernas so os locais mais atingidos pelas picadas. Pode-se usar tambm botas de borracha de cano longo. Polainas evitam ainda a entrada de lama e areia nos calados;

22

23 roupas fechadas e repelentes - minimizam o ataque de mosquitos e carrapatos. Quem for alrgico a picadas de insetos deve levar antialrgicos, que tenham sido receitados pelo mdico. O uso de anti-histamnicos sem orientao mdica pode levar a choque anafiltico.

Preparao da mochila O material necessrio deve ser levado em mochilas para que as mos fiquem sempre livres. A mochila deve ser impermevel, para manter todos os equipamentos protegidos da gua. No caminhar sobrecarregado, trazer consigo apenas o essencial. Sugestes para o que levar: muda de roupa; roupa de banho; toalha; lanche; saco de lixo; papel higinico; cantil com gua; filtro solar; repelente; telefone celular, que pode ser muito til no caso de acidentes; lanterna - verificar com antecedncia seu estado de funcionamento e levar pilhas sobressalentes, mesmo que o trabalho no envolva o perodo noturno (velas, fsforos e isqueiros tambm so essenciais). lembrar de envolv-los em plstico para no molhar; um mapa do local - este pode ser conseguido no dac que fica no aeroporto (mapas do exercito e da aviao); fita adesiva tipo silver tape; bssola; caixa de primeiros socorros (cuidar para no deix-la exposta ao sol e umidade); canivete de mola ou faca de camping que deve ir em um cinto ou bolso; lupa de bolso; isqueiro ou fsforos.

23

24

Caixa de primeiros socorros para o campo: rolo de gaze (2,5 cm de largura); esparadrapo; curativos adesivos (Band-aid); anti-spticos (Mertyolate ou iodo)* ; anti-histamnicos (Benadril, Fenergan)* ; cicatrizantes (Anacesptil-p)* ; pomada para queimaduras de primeiro grau (Picrato de Butesim) * ; outros tipos de queimaduras devem ser tratados no hospital; colrio* (soro fisiolgico ou outro que no seja vaso constrictor); comprimidos para males sbitos: gripe, resfriado, tosse, disenteria, azia, m digesto, dor de cabea, clica, etc. * ; relaxantes musculares (Gelol)* ; algodo, lcool, gua oxigenada; pina, agulha, tesoura, alfinetes de presso, cotonetes; soro fisiolgico; pacote de sal hidratante. *Apenas sob prescrio mdica! O uso de medicamentos desconhecidos pode causar alergias e at mesmo choque anafiltico. gua necessrio ter muito cuidado na escolha da gua que vai se beber, pois ela pode, quando contaminada, transmitir uma grande variedade de molstias graves. Portanto, levar sua prpria gua na quantidade necessria para seu perodo em campo de grande importncia. No desperdice gua. Caso haja necessidade de maior consumo de gua, ferv-la ou utilizar de meios qumicos para purificao: cloro, gua oxigenada, sulfato de cobre ou iodo (na proporo 1 colher de caf para 1 litro de gua). H tambm microfiltros importados que purificam totalmente qualquer tipo de gua.

24

25Vales, dobras de terreno ou matas de galeria (vegetao verde e tenra) indicam a existncia de gua nas proximidades. Planejamento de Medida de proteo com os acidentes Nunca ir ao campo sozinho. O nmero ideal para se ir ao campo de no mnimo 3 pessoas, pois em caso de qualquer acidente, uma pode buscar auxlio, enquanto a outra cuida da vtima. Um bom planejamento envolve ter conhecimento da rea em que o trabalho ser feito, para garantir uma boa orientao. Deve-se avisar previamente a pessoas confiveis sua ida ao campo, incluindo local e perodo de permanncia. Desta forma, se voc se perder, ou necessitar de algum outro tipo de ajuda, o socorro pode ser prestado. Alm do aviso prvio, o telefone celular ou aparelho de rdio pode ser muito til. Se for ficar mais tempo que o previsto, avise! Isso pode evitar muitos problemas. Transporte ao campo Evite usar locomoo prpria para chegar rea de estudo. Sempre que possvel, utilize o transporte mais adequado para a atividade, providenciado pela universidade ou instituio relacionada pesquisa. Durante o perodo de atividades, o motorista deve permanecer em um local pr-determinado, perto da rea de trabalho, e dever ter recomendaes quanto segurana no campo. Os veculos devem estar em boas condies de uso e os limites de lotao e carga devem ser respeitados.

1.2.

Durante o trabalho no Campo

Postura para a observao de animais, o comportamento no campo deve ser tranqilo sem movimentos bruscos e em silncio para evitar que os mesmos se assustem; alm disso, o silncio fundamental para que os observadores possam perceber modificaes do ambiente, presena de animais potencialmente perigosos, etc; nunca coletar animais desnecessariamente. Se a observao destes pode ser feita sem seu manuseio, no h sentido correr riscos adicionais. Se a coleta se fizer necessria, realize-a obedecendo s normas de segurana especficas para o animal, e sob orientao de um supervisor; nunca permanecer com a camisa molhada no corpo; no consumir lcool e drogas; ter cuidado com o uso do faco para abrir trilhas. Descuidos podem ferir pessoas prximas, bem como o prprio manuseador. O faco deve ser curto, pesado e estar afiado. Alm disso, guarde-

25

26o sempre limpo, pois uma vez que a bainha esteja suja ser difcil de limp-la, o que pode facilitar a oxidao do metal. Para evitar ferrugem, pode-se tambm passar leo de peroba; fogueiras - geralmente no devem ser feitas mas, caso haja necessidade, observar a direo do vento e faz-las distante de tudo que possa incendiar-se, de preferncia entre rochas. No fazer fogueiras grandes, pois so difceis de controlar. Apague-as cobrindo com gua e terra; acampamentos - deve-se levar em conta as vias de acesso, as possibilidades de socorro e o fornecimento de gua, lenha, terrenos planos no alagveis, etc. No caso da sua ausncia, deixar as barracas sempre fechadas, os alimentos bem protegidos e as botas guardadas dentro da barraca. Alm disso, no coloque o acampamento em trilhas de animais, como por exemplo de gado, ou prximo ao leito de rios, pois pode haver enxurradas repentinas; sinais de caminho - visam indicar o rumo que se tomou para que possam encontr-lo em caso de acidentes. Geralmente, so feitos em lugares bem destacados na paisagem para serem vistos facilmente, no se confundindo com o meio-ambiente. Fitas de plstico vermelhas so ideais para isso; procurar andar em trilhas - Se no houver, importante que todos andem na mesma direo. Devem-se observar pontos de referncia (que podem inclusive ser anotados num caderno). fazer anotaes de campo sempre a lpis em caso de chuva, anotaes a caneta podem ser perdidas. Para prevenir acidentes com cobras e outros animais peonhentos usar gravetos ou pedaos de pau para remexer buracos, folhas secas ou troncos ocos; observar ao redor antes de apanhar objetos ou coletar material ou animais no cho, arbustos ou rvores; em locais com muitos troncos e em frestas de rochas nunca usar a mo para apanhar objetos ou pequenos animais; andar com calma, ateno e seriedade; verificar a possvel presena de vespeiros e afins em arbustos e rvores antes de realizar podas ou abrir trilhas; antes de entrar em matas necessrio parar um pouco, deixar a viso adaptar-se penumbra do local, permitindo assim enxergar melhor onde pisar ou por onde seguir; usar luvas de couro e mangas de proteo nas atividades que oferecem risco para os membros superiores (obs.: so mais apropriados no caso de aranha e escorpies, sendo menos eficiente para cobras); no sentar ou deitar no cho antes de analisar o local; 1.3. Acidentes no Campo

Se voc se perder

26

27Mesmo tomando todas as precaues de orientao e postura, quando estiver perdido, o mais importante no perder a calma. A melhor maneira de ser achado no se movimentar muito, mantendo-se sempre num raio de 200 a 300 metros de um ponto de referncia escolhido, preferencialmente uma clareira ou margem de um rio; Pode-se tentar uma fogueira de sinalizao queimando ervas verdes, sempre agindo de forma a evitar queimadas; Caso as possibilidades de que algum venha lhe socorrer sejam mnimas, siga o curso de um rio (preferencialmente rio acima) porque a chance de encontrar um povoado maior. Preste ateno a cachoeiras e outros acidentes geogrficos. Como proceder Pr-afogamento importante que o socorrista tenha o conhecimento de como proceder nestes casos (pelo menos um curso de primeiros socorros). O primeiro passo sempre restabelecer a respirao do acidentado, se necessrio aplicando respirao artificial e massagem cardaca (se no houver pulsao). Se o indivduo estiver inconsciente, deve-se ento retirar a gua que penetrou no trato estomacal da seguinte maneira: colocar o afogado de bruos, erguer-lhe a cintura uns 40cm, de maneira tal que a cabea fique mais baixa que os pulmes e o estmago, e deixar que a gua saia. Se o indivduo estiver consciente, faz-lo vomitar. Levar o acidentado ao mdico aps a reanimao, mesmo que a vtima lhe parea bem. Desmaio Quando se iniciam os sintomas de desmaio (tontura, falta de ar, vista embaada, etc.), faa com que o indivduo se sente e coloque a cabea entre os joelhos. Se ele ainda tiver capacidade, instrua-o para que faa fora com a cabea para trs, enquanto com a mo na parte posterior da cabea, impea que ele a levante. Se houver o desmaio, deite o enfermo com a cabea mais baixa que os ps em lugar fresco e ventilado. Afrouxe qualquer pea de roupa que dificulte a respirao e a circulao. A circulao se restabelecer sozinha caso no haja outros problemas. Tores um mau jeito dado em uma articulao por uma forte distenso dos msculos. A maior freqncia de ocorrncia no tornozelo, causada pela torcedura do p para dentro. Para preveni-las, use calados de cano longo ou mdio, bem justos no tornozelo. Deve-se tratar aplicando compressas frias e , aps 48 horas, compressas quentes. Imobilizar com gravetos e enfaixar. Luxaes e fraturas

27

28Nas luxaes o osso salta da articulao formando uma salincia. Nas fraturas, o osso se parte. Em qualquer caso, deve-se imobilizar o membro com talas e aguardar o socorro mdico. Nunca tentar reduzir a luxao ou fratura. As talas podem ser feitas com pedao de madeira, papelo, revistas, jornais ou outro material rgido. Devem ser envolvidas por pano ou algodo para no machucar ainda mais o paciente. Devese amarrar com tiras de tecido, sem impedir a circulao. Pode-se colocar panos de gua fria sob a articulao.

Hemorragias Deve-se tentar manter o membro ferido acima do nvel do corao. Pode-se comprimir o ferimento com gaze ou, na falta, lenol ou pea de roupa limpos. No remover a primeira gaze encharcada com sangue, para auxiliar na coagulao. Acima, colocar algodo e manter a presso. Em hemorragias mais graves (arterial) deve-se recorrer imediatamente ao socorro mdico. Em caso de objetos empalados (perfurantes), no retir-los para evitar aumento de hemorragia. Insolao Manifesta-se por intensa dor de cabea, respirao acelerada, palpitaes, sede, nuseas, vmito, inrcia. Deve-se levar o doente, sem demora, para um local fresco, conservando-o com a cabea alta e fazendo compressas de gua fria. Se estiver transpirando abundantemente, ou se houver ligeiras cimbras, reidratar o indivduo. Isto pode ser feito com soro fisiolgico. H tambm pacotes de sal hidratante que podem ser adquiridos em farmcias, e que podem ser dissolvidos no momento do uso. Queimaduras Para pequenas queimaduras, deve-se limpar o local com gua corrente. evitando contaminao com ataduras sujas ou qualquer outra substncia. Em queimaduras de primeiro grau, aplicar Picrato de Butesim imediatamente, que antissptico e anestsico. Em caso de queimaduras qumicas ou de segundo e terceiro graus, no dar gua ou alimento (pois prejudicar a possvel administrao da anestesia posteriormente) e procurar assistncia mdica. No perfurar bolhas. Improvisao de uma maca Enfiando-se 2 bastes pelas mangas de 2 camisas, improvisa-se uma maca confortvel e segura.

28

29

Acidentes com animais peonhentos: Serpentes Levar o paciente imediatamente ao hospital para aplicao do soro antiofdico prprio. Enquanto o leva ao hospital: manter o acidentado deitado e em repouso, pois a locomoo facilita a absoro do veneno; manter o membro picado acima do nvel do corao; manter o acidentado hidratado; no se deve cortar ou perfurar o local da picada, isto pode favorecer hemorragias e infeces; tentar identificar a cobra que causou acidente. Onde encontrar o soro O soro encontrado nos postos de sade e em hospitais que foram aprovados pelo Ministrio da Sade. Como identificar as serpentes Esta identificao essencial para auxiliar na aplicao correta do soro. As cobras peonhentas brasileiras dividem-se em 2 grupos:

1. Subfamlia Crotalinae: Bothrops (jararaca), Crotalus (cascavel), Lachesis(surucucu), Bothriopsis (jararaca arborcola). As serpentes deste grupo possuem 4 caractersticas comuns; escamas pequenas na parte de cima da cabea; a parte superior e lateral do corpo recoberta por escamas em forma de quilha (semelhantes a bico de barco ou casca de arroz); dentes inoculadores grandes e mveis; e fosseta loreal .

2. Famlia Elapidae: Micrurus (coral). 29

30Possuem cabea arredondada, coberta de grandes escamas (placas); dentes inoculadores de veneno, pequenos e fixos; corpo recoberto por trs anis pretos separados por dois brancos ou amarelos, entre os anis vermelhos; estes anis do a volta completa no corpo do animal; os olhos so muito pequenos (tamanho semelhante da cabea de um alfinete) e a cauda curta e grossa.

Escorpies Sintoma: dor local imediata em 100% dos casos. Se forem observados vmitos, sudorese, agitao ou alteraes cardiorespiratrias, procurar atendimento especfico (soro antiescorpinico). Aranhas Os acidentes com aranhas mais freqentes ocorrem com os gneros Phoneutria (armadeira) e Loxosceles (aranha marrom). Nos acidentes com Phoneutria predominam as manifestaes locais, como por exemplo edema e sudorese. Porm, a dor imediata o sintoma mais freqente. Seja qual for a manifestao, deve-se levar o acidentado ao mdico, para que fique em observao. Os acidentes com Loxosceles correspondem a forma de aranesmo mais grave no Brasil. A picada quase sempre imperceptvel, sendo que os sintomas se acentuam aps 24 horas do acidente. A vtima deve ser levada o mais rpido possvel ao mdico. Mosquitos , pernilongos e borrachudos Um modo de evitar estas picadas tomar vitaminas do complexo B todos os dias, desde uns 5 dias antes de ir ao campo. O cheiro exalado pelo corpo impregnado desta vitamina espanta determinados insetos com eficcia. Este tratamento contra-indicado para portadores de Mal de Parkinson e para aqueles que sofrem de distrbios renais. Outra opo, o uso de repelentes. Anti-histamnicos especficos para cada indivduo (receitados por um mdico) e compressas de gua fria ajudam a aliviar a dor das picadas (tambm vlido para formigas e lagartas). Caso haja qualquer reao alrgica, encaminhar a um mdico imediatamente. importante usar camisas de manga comprida e se possvel se abrigar no crepsculo. Abelhas As reaes desencadeadas pela picada de abelhas so influenciveis por fatores como o local e o nmero de ferroadas, as caractersticas e o passado alrgico do indivduo atingido. No caso de acidentes causados por enxame, o indivduo dever ser imediatamente levado ao mdico para a retirada dos ferres da pele por raspagem com lmina e no pelo pinamento de cada um deles, pois

30

31a compresso pode espremer a glndula ligada ao ferro e inocular o veneno ainda existente. Para os casos de uma nica picada, deve-se retirar o ferro da pele cuidadosamente, com o auxlio de uma pina esterilizada. Se o indivduo apresentar qualquer reao alrgica mais grave, lev-lo imediatamente ao mdico. O maior risco relacionado s picadas o choque anafiltico. Para evitar ataque de enxames, nunca matar a abelha, pois isso leva a uma liberao de feromnios que atraem outros indivduos. Deve-se tambm evitar qualquer contato com colmias, observando-se a sua presena nas rvores, e evitar muito movimento e barulhos perto destas.

Vespas As picadas por vespas (tambm conhecidas por marimbondos ou cabas) apresentam efeitos locais e sistmicos do veneno semelhantes aos das abelhas, porm menos intensos e sem deixar ferro. O tratamento teraputico deve ser semelhante ao das abelhas. Formigas A picada por formigas pode ser muito dolorosa e provocar complicaes tais como choque anafiltico, necrose e infeco secundria. As principais espcies de interesse clnico so as lava-ps ou formigas-de-fogo (Solenopsis sp.), as tocandiras (Paraponera clavata) e as savas (Atta sp.). O procedimento imediato em acidentes causados por lava-ps e tocandiras deve ser o uso de compressas frias locais e levar o acidentado a um mdico.

31

32

BIBLIOGRAFIA 1. ABRIL,M. e cols. - Control medioambiental: limpeza-desinfeccin, desinfeccin y desratizacin. In: Infeccin hospitalria. Universidad de Granada, Granada, 1993. 2. ABTN-ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 10004. 3. ABTN-ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 12807-Resduos de Servios de Sade. Janeiro, 1993 - 3p. 4. ABTN-ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 12809. 5. ABTN-ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 12810. 6. ABTN-ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9190. 7. BLOOMFIELD, S.F.; MILLER, E. A .- A comparison of hypochlorite and phenolic disinfectants for disinfection of clean and soiled surfaces and blood spillages. J. Hosp. Inf., 13:231-239, 1989. 8. BRASIL - Ministrio da Sade. Coordenao de Controle de Infeco Hospitalar. Processamento de Artigos e Superfcies em Estabelecimentos de Sade. 2 ed. Braslia-DF, 1994. 9. BRASIL - Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Centro Nacional de Epidemiologia. Doenas Infecciosas e Parasitrias, guia de bolso. 1 ed., Braslia 1999. 10. BRASIL Ministrio da Sade. Secretaria de Projetos especiais de Sade. Coordenao Nacional de DST/AIDS. Manual de Condutas em Exposio Ocupacional a Material Biolgico. Braslia, 1997. 11. CARDO, D. Patgenos Veiculados pelo Sangue. Em RODRIGUES, E.A.C.e col. Infeces Hospitalares Preveno e Controle. Sarvier, So Paulo, 1997. P.341-351. 12. CDC - Recommendations for the prevention of HIV transmission in health-care setting. MMWR, 36 (Suppl. 2s):9s-11s, 1987. 13. Center for Disease Control and Prevention. Guidelines for Preventing the Transmission of Mycobacterium tuberculosis in Health-Care Facilities, 1994.MMWR1994 / 43(RR13);1-132. 14. COATES, D. - Comparison of sodium hypoclorite and sodium dichloroisocyanurate disinfectants: neutralization by serium. J. Hosp.Inf., 11:60-67, 1988. 15. COLLINS, F.M. - Use of membrane filters for measurement of mycobactericidal activity of alkaline glutaraldehyde solution. Appl., Environ.Microbiol., 53:737-739, 1987. 16. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resoluo n 5, de 5 de agosto de 1993.

32

3317. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resoluo n 283, de 12 de julho de 2001. 18. COSTA, M.B.G. e SCHNEIDER, L.O.D. Condutas nos Acidentes do Trabalho com Materiais Biolgicos em Hospitais. Em AGOSTO, F.M.; Peixoto,R.; Bordin, R. Riscos da Prtica Mdica. Ed. Dacasa, 1998. p.45-65. 19. DELLINGER, E.P. Prevention and Manegement of Infections. In MATTOX, FELICIANO e MOORE. Trauma, 3 ed. Appleton e Lange, 1996.p.249-263. 20. DMLU, Diviso de Destino Final - Classificao, Manejo e coleta de Resduos - Artigo de 1996. 21. DST / AIDS. Hepatites, AIDS e Herpes na Prtica Odontolgica. Braslia, 1996. 22. DUARTE, D. F. e ROCKENBACH, M. I. - Proteo em Radiologia Odontolgica. Trabalho de concluso para curso de extenso em Radiologia da PUC-RS, Porto Alegre - Maio 1996. 23. ETZBERG, C.S. - Normas de controle de Infeco no Consultrio Odontolgico, 53 f. Porto Alegre, 1993. 24. FANTINATO, V. - Manual de Esterilizao e Desinfeco em Odontologia. Livraria e Editora Santos, 1994. 25. FERNANDES, A.T. Infeco hospitalar e suas interfaces na rea de sade. Vol. 1 e 2. So Paulo: Atheneu, 2000. 26. GARNER, J.S. Guideline for Isolation Precautions in Hospitals. In Infect control hospital epidemiol. 1996. Vol. 17. p .53-80. 27. GUREVICH, I. - Efficacy of chemical sterilants / disinfectants: is there a light at the tunnel? Infect. Control Hosp. Epidemiol.,14:276-278, 1993. 28. HASTREITER, R. S. et al. Instrument Sterilization Procedures. JADA, October, 122: 51-56, 1991. 29. KELEN, G.D. Special Considerations for Emergency Personnel. In: DeVITA, Jr. et al. AIDS: Biology, Diagnosis, Treatment and Prevention. 4 ed. Vincent T. Lippincot-raven Publishers, 1997. p.685- 694. 30. LARSON, E. Skin Cleansing. In WENZEL, R. P. Prevention and control of nasocomial infecrions, 2. ed. Cap 20. Willians & Willians, Baltimore, 1993. p.450-456. 31. LIMA, S.N.M. e ITO, I.I. - O Controle de Infeces no Consultrio Odontolgico. Sistema BEDA de Controle de Infeces. Dabi Atlante, USP Ribeiro Preto, 1992. 32. MARCUS, R. and BELL, D.M. Occupational Risk of Human Immunodeficiency Virus Infection in Health Care Workers. In: DeVITA, Jr. et al. AIDS: Biology, Diagnosis, Treatment and Prevention. 4 ed. Vincent T. Lippincot-raven Publishers, 1997. 645-654. 33. PEDROSA, T.M.G., COUTO,C.C Central de Material Esterilizado e Processos de Esterilizao. In: COUTO, PEDROSA e NOGUEIRA. Infeco Hospitalar Epidemiologia e Controle, 2 ed. Medsi, Rio de Janeiro, 1999. P.271-298. 34. PEDROSA, T.M.G., MACEDO,R.M. Esterilizao Qumica Lquida e Mtodos de Desinfeco. In: COUTO, PEDROSA e NOGUEIRA. Infeco Hospitalar Epidemiologia e Controle, 2 ed. Medsi, Rio de Janeiro, 1999. P.299-326. 35. PEDROSA, T.M.G., MACEDO,R.M. Servio de Limpeza. In: COUTO, PEDROSA e NOGUEIRA. Infeco Hospitalar Epidemiologia e Controle, 2 ed. Medsi, Rio de Janeiro, 1999. P.299-326. 36. PERKINS, J.J. Principles and Methods of Sterilization in Health Sciences . 2ed.,Thomas, 1969.

33

3437. RIBEIRO, J. Servio de Emergncia. Em RODRIGUES, E.A.C.. e col. Infeces Hospitalares Preveno e Controle. Sarvier, So Paulo,1997. p.248-256. 38. SCARPITTA, C. R M. Limpeza e Desinfeco de Artigos Hospitalares. In: RODRIGUES, E.A.C. e col. Infeces Hospitalares Preveno e Controle. Sarvier, So Paulo,1997. p.411-420. 39. SECRETARIA DE SADE DE CURITIBA, Centro de Vigilncia a Sade. Medidas de Proteo do Profissional e Paciente, em vigor 1996.

34