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    Companhia de Desenvolvimento dos Vales do SoFrancisco e do Parnaba

    Governo do Estado do PiauSecretaria de Estado do Desenvolvimento Rural

    PLANO DE AO PARA O DESENVOLVIMENTOINTEGRADO DO VALE DO PARNABAPLANAP

    CODEVASF / GOVERNO DO ESTADO DO PIAU

    APOIO NO GERENCIAMENTO DA EXECUO DO PROGRAMADE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL DO VALE DO PARNABA

    (PDFLOR-PI)

    APOSTILA DO CURSOTCNICAS DE PREVENO E COMBATE INCNDIOS

    FLORESTAIS

    CURITIBA, PRFEVEREIRO !"!

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    PLANO DE AO PARA O DESENVOLVIMENTOINTEGRADO DO VALE DO PARNABA PLANAP

    CODEVASF/GOVERNO DO ESTADO DO PIAU/FUPEF

    P#$%&'$ ""A$'*+ %$ C$ T.*. %0 P#01023$ 0 C$45'0 6 I.7%*$

    F+$#0'*

    APOIO NO GERENCIAMENTO DA EXECUO DO PLANODE AO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOFLORESTAL DO VALE DO PARNABA (PDFLOR-PI)

    Coordenao do Projeto

    SDRR&504 N&0 M#'*

    CODEVASFG&*+80#40 A+40*% G$2+10 %0 O+*10*#

    GOVERNO DO PIAU9$#:0 A';*$ P0#0*# L$0 %0 A#&0*#I1 T$40++*

    B0##% D0+0*0R$%#*:$ R$%#*:&0D#': G$#*?*

    C*'*5, PRF010#0*#$ %0 !"!

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    APOIO NO GERENCIAMENTO DA EXECUO DOPLANO DE AO DO PROGRAMA DE

    DESENVOLVIMENTO FLORESTAL DO VALE DOPARNABA (PDFLOR-PI)

    APOSTILA DO CURSO DE TCNICAS DE PREVENO E COMBATE INCNDIOS FLORESTAIS

    SUM@RIO

    " INTRODUO "

    IMPORTNCIA DA PREVENO E COMBATE AOS INCNDIOS NA VEGETAO"

    CONCEITOS "

    TEORIA B@SICA DO FOGO " TRINGULO DO FOGO COMBUSTVEIS4!" #ipos de Combustveis $4!! Poder Calor%ico do Combustvel Florestal$ FASES DA COMBUSTO4$" Fase " & Pr'&a(uecimento$4$! Fase ! & Destila)o ou Combusto Gasosa44$$ Fase $ *ncandesc+ncia ou Consumo de Carvo4 FORMAS DE TRANSMISSO DE CALOR44" Condu)o4

    44! Convec)o,44$ Radia)o,444 Deslocamento de Corpos *n%lamados,44, Corrente e-ou Descar.as El'tricas, RELAO DAS VARI@VEIS METEREOLGICAS COM OCORRNCIAS DEINCNDIOS4," Precipita)o ,4,! /midade do 0r,4,$ #emperatura do 0r,4,4 Velocidade do Vento,4,, 1ndices de Peri.o de *nc+ndios , COMPORTAMENTO DO FOGO NA VEGETAO

    42" #a3a de Propa.a)o42! *ntensidade do Fo.o 42$ 0ltura de Crestamento 5etal424 #empo de Resid+ncia642, #emperatura 5etal6

    INCNDIOS FLORESTAISH" B*$4 5#*+0*#$H,"" 7ioma 0ma89nico 6,"! 7ioma Cerrado :,"$ 7ioma Caatin.a";,"4 7ioma

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    ,!!Eucalyptus spp"! CAUSAS DE INCNDIOS FLORESTAIS",$" Raios "$,$! *ncendi>rios"$,$$ ?ueimas para 5impe8a"$,$4 Fumantes"$,$, Fo.os Campestres ou por 0tividades Recreativas"4,$2 @pera)Aes Florestais"4,$ Estradas de Ferro"4,$6 Diversos"4 TIPOS DE INCNDIOS FLORESTAIS",4" *nc+ndios Subterr=neos"4,4! *nc+ndios de Super%cie",,4$ *nc+ndios de Copa", PROPAGAO DE INCNDIOS FLORESTAIS "

    MANE9O DO FOGO E SEUS BENEFCIOS PARA A FLORESTA"H" PREVENO E COMBATE INCNDIOS"H CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS "H

    GERMINAO DE SEMENTES E REGENERAO DE ESPCIES" LIMPEJA E PREPARO DE TERRENOS " MELKORIA DOS ATRIBUTOS DO SOLO"

    EFEITOS NEGATIVOS DO FOGO NA FLORESTA "" DANOS AO SOLO " CAPACIDADE PRODUTIVA DA FLORESTA!!" #ipo Florestal!;!! Densidade da Floresta!;!$ Rendimento Sustentado da Floresta ou BPrincpio da Persist+ncia!; ASPECTO RECREATIVO DA FLORESTA E DA PAISAGEM ! FAUNA SILVESTRE!

    VEGETAO" CAR@TER PROTETOR DA FLORESTA " UALIDADE DO AR H DANOS A VIDA KUMANA DANOS ECONMICOS

    H PREVENO DE INCNDIOS FLORESTAISH" EDUCAO PARA A PREVENO DE INCNDIOS FLORESTAIS H APLICAO DA LEGISLAO H PREVENO PARA PROPAGAO 6$" Constru)o e sicos$!:$! E(uipamentos acessrios aos EP*s$$ FERRAMENTAS E APARELKOS:4" Faco $$

    ii

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    :4!

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    Fi.ura "!Pinus spp"!Fi.ura "$Eucalyptus spp"$Fi.ura "4 Fumantes podem ser potenciais Fontes de *.ni)o para *nc+ndios"4Fi.ura ", @pera)o de Colheita Florestal"4Fi.ura "2 *nc+ndio Florestal de Super%cie",Fi.ura " *nc+ndio Florestal de Copa"2Fi.ura "6 Es(uema dos #r+s #ipos de *nc+ndios&Subterr=neoM Super%icial e de Copa"2Fi.ura ": *nc+ndio Florestal de Copa e o Es(uema dos #r+s #ipos de *nc+ndios"2Fi.ura !; Sirex noctilioHVespa da Cortadeira$,Fi.ura ,$ Rastelo ou 0ncinho$,Fi.ura ,4

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    LISTA DE TABELAS

    #abela ;" Poder calor%ico da

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    " INTRODUO

    Este manual %oi elaborado com intuito deinstruir os participantes do curso de Preven)o eCombate O *nc+ndios Florestais sobre a import=nciade dominar as t'cnicas contra inc+ndios e de seprevenir contra estes na silvicultura e maneJo%lorestalM evitandoM ou mesmoM ameni8andopreJu8os econ9micos e ambientais ocasionadospelo %o.o 0 apostila aborda os assuntosK teoriab>sica do %o.o comportamento nos di%erentes tiposde ve.eta)o maneJo correto de (ueimas t'cnicasm'todos de preven)o e combate a inc+ndios%lorestais

    IMPORTNCIA DA PREVENOE COMBATE AOS INCNDIOS NAVEGETAO

    @ %o.o tem %ascinado a humanidade durantemilhares de anos e a partir do seu domnioMpresumivelmente %oi o primeiro .rande passo dohomem para a con(uista de ambientes inspitos 0oseu redor e .ra)as ao seu calorM tem vivido centenasde .era)Aes

    Com esta con(uistaM o homem aprendeu autili8ar a %or)a do %o.o em seu proveitoM e3traindo aener.ia dos materiais da nature8a ou moldando osrecursos em seu bene%cio Devido a(uecido pelo calordas chamasM o homem pode suportar as noites %rias e

    habitar 8onas temperadas e at' >rticasM assim como alu8 das chamas na noite permitiu a e3plora)onoturna 0l'm dissoM o %o.o a%asta os outros animaisselva.ensM co8inha alimentos (ue crus seriamimpossveis de di.erirM permitiu a con%ec)o de%erramentasM armas met>licasM entre outros

    Entre muitos %atoresM o %o.o %oi um dosmaiores respons>veis pelo .rau de desenvolvimento(ue a humanidade atin.iu Por outro ladoM ' umelemento de di%cil controleM portanto o homem notem total domnio sobre seu poder destrutivo

    Este elemento ' comumente utili8ado nomaneJo a.rcolaM %lorestal e de pasta.ens por servi>vel economicamente e a pr>tica J> estar inseridaculturalmente nas diversas civili8a)Aes Entretanto 'irre%ut>velM (ueM (uando a (ueima %or mal condu8idaprovoca desastres ambientais e danos materiaisimensur>veisM sendo a melhor %orma de atenu>&la a.era)o de conhecimento tecnol.ico

    0 ve.eta)o tem sido alvo de danossi.ni%icativos em termos de redu)o de biodiversidadeMdanos ambientaisM clim>ticos e econ9micos 0l'm dadestrui)o da %loresta Hhabitat e ecossistemaI os

    inc+ndios podem ser respons>veis porK morte e%erimentos nas popula)Aes humanas e animaisH(ueimadurasM inala)o de partculas e .asesIdestrui)o de bens HcasasM arma8'nsM postes de

    eletricidade e comunica)AesM destrui)o de culturasa.ropastorisM etcI corte de vias de comunica)oaltera)AesM por ve8es de %orma irreversvelM doe(uilbrio do meio natural proli%era)o edissemina)o de pra.as e doen)asM (uando o material

    ardido no ' tratado convenientemente e-ou (uando oe(uilbrio do ecossistema ' a%etado0 preven)o e combate a inc+ndios %lorestais

    so a)Aes dentro da silvicultura (ue visam prote.er a%loresta contra o a.ente destruidor (ue ' o %o.oM eassim como outras medidas de prote)o %lorestalMcomo de preven)o e combate de certas pra.as edoen)as %a8em parte do pro.rama de maneJo %lorestal

    Para minimi8a)o dos preJu8os causados pelo%o.o em %lorestasM ' necess>rio (ue o silvicultor incluanos pro.ramas de silvicultura e maneJoM medidas depreven)oM assim como ter&se domnio das t'cnicasM

    possuir e(uipamentos ade(uados para combate epessoal treinado a %im de suprimir o mais r>pidopossvel o inc+ndio e diminuir os danos ocasionadospelo %o.o

    CONCEITOS

    7iomaK .rande ecossistema uni%orme eest>vel com %aunaM %lora e clima prpriosMadaptados a di%erentes re.iAes do planeta E3K%lorestas temperadasM %lorestas tropicaisM camposMdesertosM cerrado HDicion>rio 0mbiental 7>sicoM!;;6I

    *nc+ndio %lorestalK ' todo %o.o sem controle(ue incide sobre (ual(uer %orma de ve.eta)oMpodendo ter sido provocado pelo homemHintencional ou ne.li.+nciaI ou por %onte naturalHraioI

    ?ueima controladaK ' o %o.o decorrente depr>tica a.ropastoril ou %lorestalM onde ' utili8ado de%orma controladaM atuando como um %ator deprodu)o

    SilviculturaK ' a ci+ncia (ue trata do cultivode >rvoresM re%erindo&se Os pr>ticas relativas O

    produ)o de mudasM plantioM maneJoM e3plora)o ere.enera)o dos povoamentos HD0*E5M !;;6Ilise(uantitativa nas decisAes acerca da composi)oMestrutura e locali8a)o de uma %lorestaM de talmaneira (ue seJam produ8idos os produtosM servi)ose-ou bene%ciosM diretos ou indiretosM na (uantidadee na (ualidade re(ueridos por uma or.ani8a)o

    %lorestalM ou por toda uma sociedade H0RCEM!;;!I

    Combustvel %lorestalK material ve.etalsuscetvel a arder em chamas

    "

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    SerrapilheiraK constitui&se da mat'riaor.=nica ve.etal ou animal (ue ' depositada sobre osoloM sob di%erentes est>.ios de decomposi)oMrepresentando assim uma %orma de entrada eposterior incremento da mat'ria or.=nica no soloH70R7@S0M !;;2I

    reas peri%'ricas ou ectonosK so >reas detransi)o entre os biomas

    Ed>%icoK relacionados ao soloPisciculturaK ' um dos ramos da a(TiculturaM

    (ue se preocupa com o cultivo de pei3esM bem comode outros or.anismos a(u>ticos (ue vem crescendorapidamente nos Ultimos anosM trans%ormando&senuma indUstria (ue movimenta milhAes de dlaresem diversos pases

    Caduci%lia ou decduaK planta (ue perde as%olhas em 'pocas des%avor>veis H%rioM secaM etcI

    End+micaK esp'cie ou %ator encontrado

    apenas numa certa re.io E3K doen)aM animalMplantaEncostaK declive de montanha por onde

    correm as >.uas das chuvas Este local est> maissuJeito O eroso

    FaunaK conJunto das animais de uma re.ioFloraK conJunto das plantas de uma re.ioFlorestaK ecossistema no (ual as >rvores

    ocupam um lu.ar predominante Especi%icamente 'uma >rea com mais de ;M, ha e cobertura arbreaHcopasI superior a ";Q 0s >rvores no estadoadulto podem atin.ir uma altura mnima de cinco

    metros *nclui povoamentos Jovens naturais e todasas planta)Aes estabelecidas com obJetivos %lorestais(ue no tenham atin.ido a densidade de copas de";Q ou altura de >rvores de cinco metros *ncluitamb'm 8onas inte.radas na >rea %lorestal (ueesteJam temporariamente desarbori8adas comoresultado da interven)o humana ou causasnaturaisM mas para as (uais ' e3pect>vel areconstitui)o da cobertura He3emploK >reasrecentementes submetidas a corte %inal oupercorridas por inc+ndiosI *nclui ainda clareiras ein%ra&estrutura %lorestais E3clui&se terras de uso

    predominantemente a.rcola H0P@S#*50 C@RP@DE 7@ria %lorestalK ' a malha de acessosconstrudos para o tr=nsito de pessoalM materiais ee(uipamentos Hplantio-manuten)o-colheitaI etransporte de madeiraM podendo ser diviso detalhAes e prote)oM como aceiros e acesso O e(uipesde combate a inc+ndio HF5@R*0@M !;;2I

    TEORIA B@SICA DO FOGO

    " TRINGULO DO FOGO

    Para compreendermos o comportamentoMe%eitos e maneJo do %o.oM devemos a princpio ter

    conhecimento do (ue ' o %o.o@ %o.o ' uma rea)o (umica e ' considerado

    um %en9meno (ue ocorre (uando se aplica calor auma subst=ncia combustvel em presen)a do arMelevando sua temperatura at' (ue ocorra aliberta)o de .asesM cuJa combina)o com oo3i.+nio do ar proporciona a ener.ia necess>riapara (ue o processo continue Para (ue a rea)oaconte)aM so necess>rias a combina)o entre tr+selementoK o o3i.+nioM combustvel e ener.ia dei.ni)o Fo.o ou processo de combusto 'M portantouma rea)o (ue ' provocada por uma determinadaener.ia de ativa)o Esta rea)o ' sempre do tipoe3ot'rmicoM ou seJaM libera calor Este %en9meno 'uma rea)o de o3ida)o muito r>pidaMassemelhando&se O %orma)o de %erru.em em umpeda)o de %erro ou a decomposi)o de madeiraMapenas muito r>pida @ %o.o pode ser considerado

    um velo8 a.ente de decomposi)oFigura 01. Tringulo do Fogo

    FonteK Corpo de 7ombeiros-PR H/@VM !;;4I

    0 combusto no ' mais do (ue uma rea)oinversa da %otossnteseK

    ?uando uma subst=ncia combustvel 'submetida pela a)o do calorM as suas mol'culasmovem&se mais rapidamente Com o aumento docalorM poder> haver liberta)o de .asesM (ue ao sein%lamaremM %ormaro chamasM dando incio Ocombusto

    /ma ve8 iniciada a combusto os .ases nelaenvolvidos rea.em em cadeiaM alimentando acombustoM dada a transmisso de calor de umaspartculas para outras no combustvel masM se acadeia %or interrompidaM no poder> continuar o%o.o

    !

    CalorOHCOIgniodeEnergiaOOHCCombusto ++++!!!,";2

    IH

    !,";2!! IH OOHCSolarEnergiaOHCOseFotossnte +++

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    COMBUSTVEIS " T*$ %0 C$45&'10*

    @ combustvel ' (ual(uer material or.=nicoMvivo ou mortoM no solo sobre o solo ou acima desteMcapa8 de entrar em i.ni)o e (ueimar #anto omaterial ve.etal morto como o vivo pode serconsiderado como combustvel %lorestal Em uma

    %loresta e3istem in%initas combina)Aes de(uantidadeM tipoM tamanhoM %ormaM posi)oM earranJo de material combustvel HS@0RES e70#*S#0M !;;I

    @s materiais combustveis podemM de acordocom suas dimensAes e .rau de in%lamabilidadeM serclassi%icados em combustveis peri.ososM semi&peri.osos ou de combusto lenta e combustveisverdes

    C$45&'10* 0#*:$$

    So representados por materiais (ueM em

    condi)Aes naturaisM apresentam %>cil e r>pidacombusto esta cate.oria incluem&se cascasMramosM .alhos %inosM %olhasM pastosM mus.osMl(uensM etcM (uando secos So materiais (uepropiciam o incio do %o.oM e dependendo dama.nitude e abund=nciaM com uma combustor>pidaM produ8indo .randes chamas e muito calorMpodem %a8er com (ue os combustveis semi&peri.osos e verdes se(uemM tornando&se peri.osos

    C$45&'10* 04*-0#*:$$ $& %0 .$45&'3$+0'

    *ncluem o hUmusM .eralmente UmidoM osramos semi&secosM troncos cadosM etc Re%erem&seaos materiais lenhosos (ue em ra8o de suaestruturaM disposi)oM teor de >.uaM no so capa8esde (ueimar rapidamente 5evando em conta (ue oincio do %o.o nestes materiais seJa mais di%cil (uenos materiais peri.ososM estes so importantes noavan)o do %o.o lento e para conservar latente acombustoM incidindo na propa.a)o do %o.oM umave8 (ue estes materiaisM comoM por e3emploM umtroncoM poder> %icar por muitos dias (ueimando

    C$45&'10* 10#%0Re%erem&se O ve.eta)o inte.rada por

    >rvoresM arbustosM ervasM etcM em estado vivoConsiderando (ue estes materiais verdes cont'm um.rande teor de >.uaM pode&se considerar (ue osmesmos so no in%lam>veisM por'm isso noimpede (ue possam entrar em combustoM aps umprocesso de perda de umidadeM o (ual poder>ocorrer en(uanto o %o.o (ueima o material peri.osoe libera calor para a(uecer e secar o mesmo

    P$%0# C+$#*.$ %$ C$45&'10+ F+$#0'+

    Con%orme S@0RES e 70#*S#0 H!;;I aener.ia (ue mant'm a rea)o da combusto ' opoder calor%ico ou calor de combusto do material

    combustvelM (ue pode ser medido com bastantepreciso atrav's de calormetros 0 (uantidade deener.ia calor%ica liberada pela (ueima decombustveis %lorestais ' alta e no varia demaneira si.ni%icativa entre os di%erentes tipos de

    materiais e3istentes numa %loresta @ podercalor%ico varia li.eiramente entre esp'cies%lorestaisM sendo um pouco maior nas con%eras do(ue nas %olhosasM devido ao maior conteUdo deli.nina e resina nas con%eras 0ssim como a parteda >rvoreM tipo de combustvel apresenta varia)ode poder calor%ico 0 tabela ;"M mostra o podercalor%ico da madeira e da casca de al.umasess+ncias %lorestais

    Tabela 01. Poder calorfico da Madeira e daCasca de Espcies florestais a 1!"

    de #$idade

    FonteK Departamento de #ecnolo.ia da &0.*40'$

    esta primeira etapa o material ' secoMa(uecido e parcialmente destiladoM por'm ainda noe3istem chamas @ calor elimina a umidadee3istente no material e continua a(uecendo ocombustvel at' a temperatura de i.ni)oMapro3imadamente entre !2; e 4;;C para a maioriado material %lorestal 0 temperatura de i.ni)o ser>alcan)ada r>pida ou lentamenteM dependendo do tipode combustvelM seu conteUdo de umidade e seuest>.io de matura)o Hse est> verde ou emdorm+nciaM no caso de ve.eta)o vivaI @scomponentes vol>teis se movem para a super%cie

    do combustvel e so e3pelidos para o arcircundante *nicialmente esses vol>teis cont+m.randes (uantidades de vapor dW>.ua e al.unscompostos or.=nicos no combustveis os

    $

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    combustveis %lorestaisM (uando a temperaturaaumentaM a hemiceluloseM se.uida da celulose e dali.ninaM come)am a se decompor e liberam um%lu3o de produtos or.=nicos combustveisHpirolisadosI Pelo %ato de estarem a(uecidosM esseselevam&se misturando&se com o o3i.+nio do ar eincendeiam&se produ8indo a se.unda %ase

    F0 - D0'*+23$ $& C$45&'3$ G$

    @s .ases destilados da madeira incendeiam&se e entram em combustoM produ8indo chamas ealtas temperaturas (ue podem atin.ir "!,;C ouum pouco mais esse est>.io do processo decombusto os .ases esto (ueimandoM mas ocombustvel propriamente ditoM ainda no est>incandescente @lhando&se atentamente para umpeda)o de madeira (ue est> (ueimandoM pore3emploM um %s%oro acesoM observa&se (ue as

    chamas no esto li.adas diretamente O super%cieda madeiraM mas separadas dela por uma %inacamada de vapor ou .>s *sto ocorre por(uecombustveis slidos no (ueimam diretamenteMnecessitando primeiro serem decompostos oupirolisadosM pela a)o do calorM em v>rios .asesMuns in%lam>veis e outros no @s .ases in%lam>veisno possuem su%iciente (uantidade de o3i.+nio para(ueimar (uando liberados da madeiraM precisandoprimeiro se misturar com o ar em redor para %ormaruma mistura in%lam>vel Se a pirlise ' lentaM pouco.>s ' destiladoM e as chamas so curtas e

    intermitentes

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    posi)o de ata(ue a um inc+ndio @ calor produ8idonum edi%cio de .rande altura em (ue arde em umpavimento intermedi>rioM se e3pandir> e se elevar>aos nveis superiores Deste modoM o calortransmitido pela convec)o tender>M na maioria doscasosM na dire)o verticalM embora o ar possa levarem (ual(uer dire)o

    R%*23$

    X o processo de transmisso de calor de umcorpo a outro atrav's do espa)oM reali8ando&se atransmisso por via dos raios de calor @ calorirradiado no ' absorvido pelo arM portantoM viaJar>no espa)o at' encontrar um corpo (ue por sua ve8poder> emitir raios de calor @ calor irradiado 'uma das maiores %ontes pela (ual o %o.o se estendee dever> ser prestada aten)o na hora do ata(ue ao%o.o nos elementos (ue podem transmitir calor por

    este m'todo E3K @ calor do Sol D0+$.40'$ %0 C$#$ I+4%$

    Forma de transmisso (ue se d> pela (uedaou lan)amento da mat'ria (ue est> (ueimandoMprovocando novos %ocos de inc+ndio E3K %a.ulhaslevadas pelo ventoM (ueda de >rvoresM animais (ue%o.em com o p+lo em chamas

    C$##0'0 0/$& D0.#: E+'#*.

    X o caso dos inc+ndios provocados por curtocircuito nas instala)Aes el'tricas ou descar.as

    el'trico naturais HraiosI RELAO DAS VARI@VEISMETEREOLGICAS COM OCORRNCIASDE INCNDIOS

    0s medi)Aes e an>lises de vari>veismeteorol.icas so importantes %erramentas depreviso de inc+ndios em ve.eta)oM permitindo aomaneJador identi%icar perodos durante o ano demaior probabilidade de ocorr+ncia de inc+ndios%lorestaisM devido Os condi)Aes meteorol.icas Comas in%orma)AesM se .anha tempo para providenciar

    medidas t'cnicas e administrativasM em busca deminimi8ar danos

    0s principais vari>veis meteorol.icasrelacionadas com ocorr+ncia de inc+ndios nave.eta)o soK Precipita)oM /midade do 0rMtemperatura do ar e velocidade do vento

    " P#0.**'23$

    Durante o anoM podemos observar (ue al.unsmeses tem menores (uantidades de chuvasM o (uecaracteri8aM a 'poca de seca na re.io o perodode menor ocorr+ncia de chuvas o ar torna&se mais

    secoM ou seJaM com menor (uantidade de vapor de>.uaM conse(uentementeM ' a %ase mais propcia Oocorr+ncia de inc+ndios PortantoM as aten)Aesdevem ser redobradas nestas 'pocas

    U4*%%0 %$ A#

    0 umidade dos combustveis mortos HramossecosM >rvores e arbustos mortosI est> diretamenterelacionada O umidade atmos%'rica ?uanto menora umidade do material ve.etalM maior ' a %acilidadedeste entrar em combusto

    0 (uantidade de vapor de >.ua contida numcerto volume de ar em rela)o ao mesmo volume dear saturado ' chamada de umidade relativa do ar?uanto menor a umidade relativa do arM mais seco 'o ar e maior ' .rau de risco de inc+ndio nave.eta)o

    T040#' %$ A#

    0 temperatura do ar est> tamb'm relacionadaO sua umidade relativa #emperaturas elevadastornam os combustveis mais secos e suscetveis deentrar em combusto

    V0+$.*%%0 %$ V0'$

    @ vento ' o respons>vel pela o3i.ena)o dacombusto eM conse(uentementeM intensi%ica a(ueima X tamb'm o respons>vel pelo arrastamentode %a.ulhas (ue podero provocar %ocos de inc+ndioa dist=ncias consider>veis e pela inclina)o daschamas sobre outros combustveis @u seJaM o ventoaumenta a velocidade de propa.a)o por(ue%ornece o3i.+nio para a combustoM transporta o ara(uecidoM resseca os combustveis e dispersapartculas em i.ni)o

    %*.0 %0 P0#*:$ %0 I.7%*$

    0s vari>veis meteorol.icas estoestreitamente relacionadas com o risco de inc+ndiosMtanto (ue %oram desenvolvidos m'todos paradeterminar o .rau de ndice de risco ou de peri.oem %un)o das condi)Aes meteorol.icas de umdeterminado dia e local o 7rasilM em ":! opro%essor Ronaldo Viana SoaresM desenvolveu a%rmula de

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    Tabela 0!. Condi)es para %lterao noC*lculo de FM%.

    FonteK Soares LZ7atista H!;;I

    F#4&+ %0 M$'0 A+0:#0 A+'0#%

    Desenvolvido atrav's de dados da re.iocentral do Estado do Paran>M pelo pes(uisador [os'Renato Soares unes em !;;,M este ndiceM tamb'macumulativoM tem como vari>veis a umidade relativado arM e o vento medidos Os "$ horas 0 suae(ua)o b>sica ' a se.uinteK

    @ndeKFM !Y Frmula de rios pontos dentrode uma >rea HFi.ura ;4I

    Figura 05. Mapa de isco de ,nc&ndios da 6ilaMort*gua7 Portugal

    FonteK Fileira Florestal H"::I

    COMPORTAMENTO DO FOGO NAVEGETAO

    @ comportamento do %o.o num inc+ndio 'determinado con%orme a combina)o de(uantidades e (ualidade de elementos Hcondi)Aes declimaM relevoM ve.eta)o e %orma de i.ni)oIPortantoM os inc+ndios so processos muitovari>veis e distintos entre siM ou seJaM nenhuminc+ndio ' i.ual ao outro

    0s vari>veis (ue so usadas para determinaro comportamento do %o.o soK ta3a de propa.a)o

    ou velocidade do %o.o intensidade do %o.o ener.ialiberadaM tempo de resid+ncia temperaturasatin.idas nas 8onas de combusto e altura decrestamento letal

    " T %0 P#$:23$

    X a medida linear ou da >rea em (ue o %o.oatin.e ou consome uma >rea de ve.eta)o em%un)o do tempoM o (ue determina a velocidade depropa.a)o de um inc+ndio %lorestal

    Com medidas pr'&estabelecidas no terreno ea conta.em do tempo em (ue o %o.o ultrapassacada marco no terrenoM podemos determinar avelocidade em m-s ou ]m-hM pelo m'todo direto

    0l.uns pes(uisadores desenvolveramm'todos indiretosM por meio de e(ua)Aes (ueestimam a ta3a de propa.a)o para umdeterminado tipo espec%ico de ve.eta)o em %un)ode outras vari>veis como velocidade do ventoMaltura da ve.eta)oM umidade inicial docombustvelM umidade relativa do arM etc

    0 velocidade e dire)o do vento so %atorescom elevada in%luencia na velocidade de

    propa.a)o do %o.o sobre uma >rea

    2

    =

    + =

    n

    i

    "i eHFM

    "

    ;4M;I-";;H

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    Tabela 0(. Classificao da 6elocidade dePropagao do Fogo de 8otel9o 26entura 1::04

    FonteK Soares e 7atista H!;;I

    I'0*%%0 %$ F$:$

    X a (uantidade de calor ener.ia ou calor liberadodurante um perodo de tempo em uma >rea Xconsiderado um importante par=metro para avaliaro comportamento do %o.o 0 intensidade 'numericamenteM se.undo 7^R0< H":,:IM i.ual aoproduto da (uantidade de combustvel disponvelpelo seu calor de combusto e pela velocidade depropa.a)o do %o.oM como mostra a e(ua)o

    F#4&+ %0 B#4

    @ndeK* Y *ntensidade de do %o.o em ]cal-m-s_ Y Poder calor%ico em ]cal-]. H` 4;;; cal- ].I Y Peso do material combustvel H].-mIr Y ta3a de propa.a)o do inc+ndio Hm-sI

    0 estimativa da intensidade do %o.o podetamb'm ser estimada em %un)o da comprimentom'dio das chamas por meio da se.uinte e(ua)oK

    @ndeK* Y intensidade do %o.o em ]cal-mshc Y comprimento das chamas em m

    Em (ueimas controladas ' essencialsabermos a intensidade limite para evitar danos aosplantios 0 intensidade m>3ima do %o.o para umpovoamento de EucalyptussppM %ica em torno de

    6$ ]cal-m-s Em Pinus sppM o limite 'apro3imadamente de "$! ]cal-m-sM sendo maisresistentes comparados ao eucalipto devido Oespessura da casca #abela ;, & 5imites dasintensidades para danos em povoamento deeucalipto

    Tabela 05. ;i$ites das ,ntensidades para vel ' importante para determinar os

    danos O ve.eta)o e para a (ueima controlada0 medida do crestamento ' %eita por m'todoindiretoM por estimativa Foram desenvolvidase(ua)Aes baseadas em valores de intensidade do%o.o M temperatura do ar e velocidade do vento

    @uM pela %rmula adaptada a temperatura do ar evelocidade do vento

    @ndeKhs Y altura de crestamento letal em metros* Y intensidade do %o.o em ]cal-msV Y velocidade do vento em m-s# Y temperatura do ar em C

    T04$ %0 R0*%7.*

    @ tempo de resid+nciaM ou o intervalo detempo em (ue a %rente de %o.o permanece num

    determinado pontoM ' tamb'm um importantecomponente do comportamento do %o.o Essaimport=ncia se deve ao %ato de (ue os danoscausados O ve.eta)o dependem no apenas da

    r#HI dd=

    "4M!;6M2!

    c$I =

    $-!d$6,M; I$c =

    I2;HId";M;H

    d:4M$!-"$

    2-

    %&I

    I

    $s +=

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    temperatura do %o.oM mas tamb'm do tempo dee3posi)o da ve.eta)o a essa temperatura

    @ tempo de resid+ncia pode ser calculadoatrav's da velocidade de propa.a)o do %o.o e apro%undidade Hou lar.uraI da chama Pro%undidadeda chama ' a dist=ncia hori8ontal entre as duase3tremidades da chama 0 rela)o ' a se.uinteK

    @ndeKtr Y tempo de resid+ncia em se.undosP Y pro%undidade da chama em metrosr Y velocidade de propa.a)o do %o.o em m-s

    T040#' L0'+

    Chama&se de temperatura letal para ostecidos das >rvores a(uela (ue provoca a sua morte

    Ela ' inversamente proporcional ao tempo dee3posi)o O(uela temperatura Por outro ladoM a(uantidade de calor (ue che.a ao c=mbio 'inversamente proporcional O espessura da casca ediretamente proporcional ao conteUdo de umidadeda casca De um modo .eralM sabe&se (uetemperaturas de 2;C provocam a morte do c=mbioem dois a (uatro minutos a 2,CM a morte se d> emmenos de dois minutos

    elsonM observando pinusM nos Estados/nidosM constatou a morte das acculas em seisminutosM com temperatura de ,4C em $;se.undos a 2;C e instantaneamenteM a 24C

    0 temperatura letal pode ser estimada pelase.uinte e3pressoK

    @ndeK# Y temperatura letal HCIa e b Y constantesln Y lo.artimo naturalt Y tempo de e3posi)o HminI

    INCNDIOS FLORESTAIS

    " BIOMAS BRASILEIROS

    Figura 0>. ;ocali?ao e . @reas e Percentual de cupao dos8io$as no 8rasil.

    FonteK *7GE

    Se.undo o *7GEM o 7rasil ' %ormado porcinco biomas principaisM sendo elesK 0ma89niaMCaatin.aM CerradoM PantanalM rea ama89nicaM tais comocerradoM campos e %loresta semi&decidualM al'm dasre.iAes de transi)o com outros biomas

    @ clima da re.io ' peculiar por apresentar operodo da esta)o chuvosa e a esta)o secaM sendoconstantemente (uente e Umido

    0 0ma89nia compreende em >rea os Estados

    do 0ma8onasM RoraimaM 0creM Rond9niaM 0map>M#ocantinsM e parte do

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    uso do %o.oM ou a (ueda de raios no incio daesta)o chuvosaM acabam por produ8ir inc+ndiosHC@/#*_@M !;";I

    Do ponto de vista ecol.icoM o %o.o sempre%e8 parte da nature8a do cerrado e portanto ' umambiente adaptado a esta condi)oM devido ascaractersticas de sua ve.eta)o como maiorespessura das cascas das >rvoresM tortuosidade dotronco e pro%undidade das ra8esM e ainda acapacidade de sementes e brotos .erminarem lo.oaps o (ueima

    " B*$4 C'*:

    Figura 0D. Paisage$ do 8io$a Caatinga

    FonteK Caatin.a do Piau H!;;2I

    Se.undo Castro e Costa H!;;2I o biomada Caatin.a cobre apro3imadamente ";Q doterritrio nacional e ' um ecossistema

    e3clusivamente brasileiro Formada por diversascomposi)Aes %lorsticas adaptadas ao clima semi&>rido

    Est> presente na re.io do semi&>ridonordestino e nas re.iAes e3tremo norte de rvores bai3as earbustos (ueM em .eralM perdem as %olhas na esta)o

    das secas Hesp'cies caduci%liasIM al'm de muitascact>ceas 0presenta tr+s estratosK arbreo Hoito a"! metrosIM arbustivo Hdois a cinco metrosI e oherb>ceo Habai3o de dois metrosIContraditoriamenteM a %lora dos sertAes 'constituda por esp'cies com lon.a histria deadapta)o ao calor e O seca @ aspecto .eral dave.eta)oM na secaM ' de uma mata espinhosa ea.reste 0l.umas poucas esp'cies da Caatin.a noperdem as %olhas na 'poca da seca Entre essasdestaca&se o Jua8eiroM uma das plantas mais tpicasdesse ecossistema

    0o carem as primeiras chuvas no %im doanoM a Caatin.a perde seu aspecto rude e torna&serapidamente verde e %lorida 0l'm de cact>ceasMcomo Cereus Hmandacaru e %acheiroI e Pilocereu

    H3i(ue3i(ueIM a Caatin.a tamb'm apresenta muitasle.uminosas HmimosaM ac>ciaM emburanaM etcI

    0l.umas das esp'cies mais comuns da re.ioso a emburanaM a aroeiraM o umbuM a baraUnaM amani)obaM a macambiraM o mandacaru e o Jua8eiro

    o meio de tanta aride8M a Caatin.asurpreende com suas filhas de umidadef e solos%'rteis So os chamados breJosM (ue (uebram amonotonia das condi)Aes %sicas e .eol.icas dossertAes essas ilhasM ' possvel produ8ir (uasetodos os alimentos e %rutas peculiares aos trpicosH0tica secular a (ual e3iste umadi%iculdade na erradica)o HC0S#R@ e C@S#0M!;;2I

    " B*$4 M' A'+W'*.

    0 %oi devastado 0s%orma)Aes do bioma so as %lorestas @mbr%ilaDensaM @mbr%ila riaIMEstacional Semidecidual e Estacional Decidual e osecossistemas associados como man.ue8aisMrestin.asM breJos interioranosM campos de altitude eilhas costeiras e oce=nicas HS@S

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    Con%orme a descri)o de Carvalhal et alMH!;";IM a %loresta pode ser dividida em tr+s estratos@ estrato superior ' chamado de dossel H!;&$; mIM(ue ' composto pelas >rvores mais altasM adultasM(ue recebem toda a intensidade da lu8 solar (ueche.a na super%cie 0s copas destas >rvores%ormam uma esp'cie de mosaicoM devido Odiversidade de esp'cies 0s >rvores do interior da%loresta %a8em parte do estrato arbustivoM %ormadopor esp'cies arbreas (ue vivem toda a sua vidasombreadas pelas >rvores do dossel @ estratoherb>ceo ' %ormado por plantas de pe(ueno porte(ue vivem pr3imas ao soloM como ' o caso dearbustosM ervasM .ramneasM mus.osM sela.inelas eplantas Jovens (ue iro compor os outros e3tratos(uando atin.irem a %ase adulta

    0 luminosidade ' redu8ida no interior damataM por ser %iltrada pelo dossel 0s plantas dos

    e3tratos in%eriores normalmente possuem %olhasmaioresM para aumentar a super%cie de capta)o delu8 0 perda de %olhasM diri.indo um maior .asto deener.ia para o crescimento do caule e esteM sendo%ino e lon.oM tamb'm parece ser uma estrat'.iapara a planta alcan)ar o dossel e conse(uentementeMmais lu8

    Em re.iAes de %loresta atl=ntica onde o ndicepluviom'trico ' maiorM tornando o ambiente muitoUmidoM ' %avorecida a e3ist+ncia de bri%itasHmus.osI e pterid%itas HsamambaiasM por e3emploIEntretantoM para outras plantasM o e3cesso de

    umidade pode ser preJudicial e suas %olhasM muitasve8esM apresentam adapta)o para no reterem>.uaM sendo inclinadasM pontia.udasM ceri%icadas esulcadasM %acilitando o escoamento da >.uaMevitando o acUmuloM (ue poderia causarapodrecimento dos tecidos

    0ssim como o bioma ama89nicoM a mataatl=ntica no ' um ambiente naturalmente adaptadoao %o.oM devido a sua umidade e clima Por'mMdevido ao maior contin.ente populacional e obrasde in%ra&estruturaM tais comoM redes el'tricas erodovias em .rande (uantidade locali8adas nesta

    >reaM so comuns inc+ndios %lorestais de causasantrpicasM tanto acidentais como intencionais

    " B*$4 P'+

    Figura 10. Paisagens do 8io$a Pantanal

    FonteK *nstituto @n)a&Pintada H!;";I

    " B*$4 P4

    @ 7ioma Pampa ou Campo SulinoH*70ceasM mostrauma aparente uni%ormidadeM apresentando nos toposmais planos um tapete herb>ceo bai3o de 2; cm aum metroM ralo e pobre em esp'ciesM (ue se tornamais denso e rico nas encostas #amb'm ocorrem%orma)Aes campestres e %lorestais de climatemperadoM como %lorestas com arauc>rias oupinhais H*70riaM devido O diversidade de plantas com altovalor %orra.eiro e3istentes neste bioma ou pastos de

    .ramneas H#ERR0 e S05D0_0M !;;I@ %o.o no %a8 parte da ecolo.ia dos

    pampasM por'm ' tradicionalmente usado como%erramenta de maneJo de pastos naturais para arenova)o ou limpe8a de >rea para replantioSe.undo estudosM esta pr>tica preJudica ascaractersticas nutricionais de solos de pampasMpor'm %avorece a .ermina)o de al.umas%orra.eiras e ' economicamente vi>vel

    Em campos de .ramneas observa&se (ue(uando as (ueimas so de pe(uena intensidadeM as

    perdas do solo so mnimas He3ceto em solosarenososIM pois este tipo de %orma)o ve.etal temcomo principal caracterstica um sistema radicularbem desenvolvidoM (ue em pe(uenas (ueimas 'pouco a%etado H5PFM!;";I

    Figura 11. Paisagens do 8io$a Pa$pa

    FonteK Funpar H!;;6I

    FLORESTAS PLANTADAS

    0 crescente demanda por madeira de plantioshomo.+neos de r>pido crescimentoM bem como anecessidade de prote)o Os %lorestas nativasM

    alavancou o desenvolvimento da base %lorestal no7rasil %undamentada principalmente em %lorestasplantadas @ eucalipto e o pinusM esp'cies e3ticasMou seJaM O(uelas (ue no so nativas do 7rasilM

    ""

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    demonstraram .rande versatilidadeM adaptando&semuito bem Os condi)Aes brasileiras Con%orme osdados da 0ssocia)o 7rasileira de Produtores deFlorestas Plantadas H07R0FIM o pinus e eucaliptocorrespondem Os principais esp'cies plantadas nopas H#ab ;I

    Tabela 0A. Principais Ess&ncias Florestaisplantadas e$ Escala Co$ercial no8rasil

    FonteK 07R0F H!;;:I

    "Pinus

    0s >rvores do .+nero Pinus so con%erasori.in>rias do _emis%'rio orte HFi. "!I @sprimeiros plantios %oram estabelecidos no 7rasildurante a 'poca dos incentivos %iscaisM a partir dosanos 2; nas re.iAes Sul e Sudeste

    0tualmenteM com a introdu)o de diversasesp'ciesM principalmente das re.iAes tropicaisM aprodu)o de madeira de pinus tornou&se vi>vel emtodo o 7rasilM constituindo uma importante %onte de

    madeira para usos .eraisM en.lobando a %abrica)ode celulose e papelM l=minas e chapas de diversostiposM madeira serrada para %ins estruturaisMcon%ec)o de embala.ensM mveis e marcenaria em.eral HEliaM *ndon'siaM ova Guin' e#imor HFi. "$I HV*00M !;;,I

    Ele %oi introdu8ido no 7rasil com o obJetivo

    de suprir as necessidades de lenhaM postes edormentes das estradas de %erro na re.io Sudestea d'cada de ,; passou a ser produ8idoM comomat'ria primaM para o abastecimento das %>bricasde papel e celulose HErvoreM onde '

    "!

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    di%cil o %o.o subir at' as copas *sto no si.ni%ica(ue as copas no possam (ueimarM pois um %o.ointenso poder> sec>&las atrav's do calor irradiado enum se.undo est>.io destru&las por completo

    Se.undo Soares H!;;IM o eucaliptoMapresenta caractersticas de resist+ncia ao %o.oMuma delas ' a %olha.em pouco in%lam>vel e o %atode .rande parte dos inc+ndios serem super%iciaisEstes so mais %acilmente combatidos em virtude damenor velocidade de propa.a)o

    CAUSAS DE INCNDIOS FLORESTAIS

    Para e%eito de estudosM ' muito importantesaber (uem ou o (u+ causou o inc+ndio %lorestalEstas causas so de car>ter muito vari>velM sendo oseu conhecimento b>sico para a elabora)o deplanos de preven)o 0inda hoJe o 7rasil nopossui uma estatstica con%i>vel (ue permita o

    conhecimento das principais causas dos inc+ndiosnas diversas re.iAes do pas X de e3tremaimport=nciaM portantoM (ue os r.os competentes emesmo as empresas %lorestais (ue possuamre%lorestamentosM mantenham um banco de dadosdas ocorr+ncias e causas dos inc+ndios %lorestaisMpara (ue seJam tomadas medidas concretas deprote)o atrav's da elabora)o de planos depreven)o

    #orna&se necess>rioM para e%eitos estatsticosMento estabelecer um padro destas causasM para serusado em todo o pas Schumacher et al H!;;,I

    su.erem uma classi%ica)o a ser adotada em todo o7rasilM por ser completa ' a descrita abai3o

    " R*$

    So inc+ndios causados direta ouindiretamenteM por descar.as el'tricas So osUnicos (ue no constituem responsabilidadehumanaM sendoM portantoM sua preven)opraticamente impossvel Em certas re.iAesHoroeste dos E/0I esta causa pode atin.ir .randea)o destrutiva o 7rasil no so muito comunsem virtude das tempestades serem acompanhadas

    de precipita)o Por'm J> ocorreramM %ocos iniciaisde inc+ndios por raiosM %ocos estesM (ue %oramprontamente debeladosM pois %oram descobertos nodia se.uinte O tempestade e no haviam sepropa.ado aindaM em virtude da umidade domaterial %lorestal

    I.0%*#*$

    este .rupo esto includos os inc+ndiosprovocados intencionalmenteM por pessoasM empropriedade alheia Pode&se distin.uir dois tipos deincendi>riosK a(uele (ue a.e por vin.an)a e o (uea.e inconscientementeM por um dese(uilbrio mental(ual(uerM tornando&se um fpiromanacof

    &0*4 # L*40

    Compreende os inc+ndios %lorestaisori.inados de %o.o usados na limpe8a do terrenoMpara (ual(uer propsito Ha.riculturaM pasta.emMre%lorestamentosI (ue por ne.li.+ncia ou descuidotenham escapado do controle a atin.indo >reas

    %lorestais os pases tropicaisM de uma maneira.eralM est> ' a principal causa dos inc+ndios%lorestais 0 pr>tica de se preparar o terreno paraa.ricultura atrav's de %o.oM ainda ' muito usadaatualmente este cen>rioM os produtores acabamsendo desmotivados a %a8er investimentos emsistemas a.ro&%lorestaisM em culturas permanentes eat' em cercasM devido ao alto risco de perderemtudo com um %o.o acidental

    F&4'0

    este item esto includos os inc+ndios

    ori.inados por %s%oros e pontas de ci.arros acesasM(ue so atiradas displicentemente por %umantesdescuidados HFi. "4I Esta ' a uma das maiorescausas de inc+ndios %lorestais nos Estados /nidosMCanad>M EuropaM 0ustr>lia e /nio Sovi'ticaProvavelmente esta seJa a causa onde mais seevidencia a %alta de cuidado do homem na prote)odas %lorestas contra inc+ndios

    o 7rasilM principalmente na 'poca maisseca do ano para as re.iAes Centro&@esteM SudesteMorte e ordesteM intensi%icam&se os %ocos deinc+ndios provenientes de pessoas descuidadas (ueJo.am ci.arros ou %s%oros acesos no cho Casostpicos ocorrem nas mar.ens de rodoviasM onde omotoristaM ao Jo.ar uma bituca de ci.arro acesapela Janela de seu carroM poder> estar dando incio aum .rande inc+ndioM onde o %o.o come)a no capima mar.em da rodovia e posteriormente se espalhaMpodendo (ueimar %lorestas e resid+ncias

    Figura 15. Fu$antes pode$ ser potenciaisFontes de ,gnio para ,nc&ndios

    FonteK G" H!;;I

    F$:$ C40'#0 $& $# A'*1*%%0R0.#0'*1

    esta classe esto includos os inc+ndios%lorestais ori.inados de %o.ueiras %eitas por pessoas

    "$

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    (ue esteJam acampadasM ca)ando ou pescando na%loresta ou pro3imidades o se incluem a(ui ostrabalhadores %lorestais (ue esteJam em atividadeMpois so considerados em um .rupo separado @spar(ues %lorestais abertos O recrea)o esto sempresuJeitos a este tipo de inc+ndioM devido ao descuidoe irresponsabilidade de certas pessoas (ue osvisitam

    O0#2Y0 F+$#0'*

    *nclui&se neste .rupoM os inc+ndios causadospor trabalhadores %lorestaisM (uando em atividadena %loresta HFi. ",I Para melhor de%inir esta causasero citados dois e3emplos hipot'ticosK

    " @ primeiro %oi um inc+ndio (ue seori.inou da %o.ueira (ue um oper>rio %lorestal %e8para a(uecer sua comida e no apa.ou com odevido cuidado

    ! Em outra ocasioM um trabalhador%lorestal ao derrubar uma >rvoreM ativou um%ormi.ueiro (ue se encontrava pr3imo O base da>rvoreM e as %ormi.as Hmuito a.ressivasI nopermitiam (ue ele se apro3imasse da >rvorederrubada para continuar seu trabalho Ele entoateou %o.o ao %ormi.ueiro para matar as %ormi.aseM descuidadamenteM permitiu (ue o %o.o see3pandisse dando ori.em ao inc+ndio

    Figura 1>. perao de Col9eita Florestal

    FonteK VER0CE5 H!;;,I

    E'#% %0 F0##$

    Sob esta classi%ica)oM esto includos osinc+ndios (ue direta ou indiretamente so causadospelas atividades em estradas de %erro Como causadireta podemos de%inir as %a.ulhas desprendidas daslocomotivasM (ue encontrando a ve.eta)o secaMpodem causar inc+ndios Com o uso de m>(uina

    diesel&el'tricaM este peri.o tem diminudosensivelmente Como causa indireta pode&se citar osmateriais acesos H%s%orosM estopas encharcadas deleoI atirados por passa.eiros e ma(uinistas 0s

    propriedades %lorestais (ue so cortadas por estradade %erro necessitam de uma vi.il=ncia constante aolon.o do seu percursoM para evitar a ocorr+ncia depossveis inc+ndios

    H D*10#$

    esta classe so includos os inc+ndios (ue

    no podemM satis%atoriamenteM ser classi%icados emnenhum dos outros .rupos analisados So causaspouco %re(uentesM (ue ocorrem esporadicamente epor esta ra8o no Justi%icam uma classi%ica)oespecial /m e3emplo tpico de classi%ica)o neste.rupo seria os inc+ndios causados pelos balAes de%estas Juninas

    TIPOS DE INCNDIOS FLORESTAIS

    0 classi%ica)o mais ade(uada para de%iniros tipos de inc+ndios %lorestais baseia&se no .rau deenvolvimento de cada estrato do combustvel%lorestalM desde o solo mineral at' o topo das>rvoresM no processo da combusto este casoM osinc+ndios so classi%icados em subterr=neosMsuper%iciais e de copa

    " I.7%*$ S&5'0##W0$

    So .eralmente ocasionados pelo %o.o (ue(ueima sob a super%cie do solo Hinc+ndiosuper%icialIM %ace ao .rande acUmulo de mat'riaor.=nicaM hUmus ou tur%a em determinados tipos de%lorestas @s tipos de solos em (ue se produ8em

    estes inc+ndiosM se caracteri8em por seu .randeconteUdo de umidadeM os (uaisM em determinadascircunst=nciasM (uando secamM ardem %acilmenteMdando ori.em Os ve8es a s'rios inc+ndios

    @ %o.o avan)aM nessas ocasiAesM com elevadatemperaturaM tornando di%cil o combate do mesmo0l.umas ve8es um inc+ndio subterr=neo setrans%orma em super%icial Devido ao seu lentoavan)oM este tipo de inc+ndio causa .randes danosOs ra8es e a %auna de soloM causando a morte dosmesmos e conse(uente morte da >rvore 0%ertilidade do solo torna&se comprometidaM e o solo

    %ica mais suJeito a processos erosivos 0di%iculdade de e3tin)o determina (ue muitas ve8esum inc+ndio desta classe dure o su%iciente paraa%etar uma >rea to e3tensa como a abarcada porum inc+ndio super%icial

    I.7%*$ %0 S&0#.*0

    So os (ue se desenvolvem na super%cie dopiso da %lorestaM (ueimando os restos ve.etais nodecompostos tais como %olhasM .alhosM .ramneasMen%im todo o material combustvel at' cerca de "M6;metro de altura HFi. "2I Esses materiais so.eralmente bastante in%lam>veisM principalmentedurante a esta)o secaM sendo por esta ra8oM oinc+ndio %lorestal super%icial caracteri8ados por

    "4

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    uma propa.a)o relativamente r>pidaM abund=nciade chamasM muito calorM mas no muito di%cil deser combatido

    Estes inc+ndios so os mais comuns de todosos tipos e3istentesM podendo ocorrer em todas asre.iAes onde e3ista ve.eta)o X tamb'm a %ormapela (ual iniciam (uase todos os inc+ndiosM isto 'Mpraticamente todos os inc+ndios so ori.inados por%o.os super%iciais

    Figura 1A. ,nc&ndio Florestal de /uperfcie

    FonteK Corpo de bombeiros-PR H!;;,I

    _avendo condi)Aes %avor>veisM tais comotipo de ve.eta)oM material combustvelM intensidadede %o.oM condi)Aes atmos%'ricasM os inc+ndiossuper%iciais podem dar ori.em tanto a inc+ndios decopa como subterr=neos 0 maneira de (ueimarM a%orma %inal da >rea incendiadaM a rapide8 depropa.a)o e a intensidade do %o.o dependem deKcaractersticas e (uantidade de material in%lam>veltopo.ra%ia e condi)Aes atmos%'ricas

    I.7%*$ %0 C$

    So considerados inc+ndios de copas os (ue(ueimam combustveis acima de "M6; metro dealtura HFi. "I 0 %olha.em ' totalmente destrudae as >rvores .eralmente morrem Com e3ce)o decasos e3cepcionaisM como raiosM por e3emploM todosos inc+ndios de copas ori.inam&se de inc+ndiossuper%iciais Estes inc+ndios propa.am&se

    rapidamenteM liberando .rande (uantidade de calore so sempre se.uidos por um inc+ndio super%icial*sto por(ue os inc+ndios de copa dei3am cair%a.ulhas e outros materiais acesos (ue (ueimam.radativamente arbustos e materiais combustveisda super%cie do solo

    0s condi)Aes %undamentais para (ue haJaocorr+ncia de inc+ndios de copa so %olha.emcombustvel e presen)a de vento para transportar ocalor de copa em copa Em todos os inc+ndios decopaM o %ator (ue in%lui na sua propa.a)o ' oventoM de tal maneira (ue (uando este ine3isteM

    di%icilmente o %o.o atin.e e se e3pande pela copadas >rvores ormalmente o %o.o avan)a $ a 4]m-hM dependendo das esp'cies (ue caracteri8am obos(ue incendiado 0s con%eras e outras esp'cies

    resinosas (ueimam mais rapidamente do (ue as%olhosas Em condi)Aes %avor>veis a velocidade deavan)o do %o.o pode atin.ir at' ", ]m-h Portantoeste tipo de inc+ndio desenvolve&se especialmenteem povoamentos de con%erasM embora e3istamtamb'm al.umas esp'cies de %olhosas com%olha.em in%lam>vel e por esta ra8o tamb'msuJeita aos inc+ndios de copas @s inc+ndios decopa so os mais di%ceis de serem combatidos

    Figura 1. ,nc&ndio Florestal de Copa

    FonteK Soares e 7atista H!;;I

    0 Fi.ura "6 es(uemati8a os tr+s tipos deinc+ndios e3plicados anteriormente

    ",

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    Figura 1D. Esue$a dos Tr&s Tipos de,nc&ndios7/ubterrneoG /uperficial e de Copa.

    FonteK Soares e 7atistaM H!;;I

    PROPAGAO DE INCNDIOSFLORESTAIS

    /ma %onte de calor su%icientemente %orte 'uma condi)o necess>ria para (ue a combustoocorra e se mantenha Depois de iniciado o %o.oM ocalor deve ser trans%erido para outros combustveisa %im de (ue o inc+ndio possa avan)ar ou sepropa.ar Essa trans%er+ncia de calor ' %eita atrav'sde radia)oM convec)o e condu)o

    /m inc+ndio %lorestal apresenta v>rias%ormas de propa.a)o @ inc+ndio super%icialcome)a sempre atrav's de um pe(ueno %ocoH%s%oro acesoM %a.ulhasM toco de ci.arroM pe(uena%o.ueiraI e inicialmente se propa.a de %orma

    circular 0l.umas ve8es o inc+ndio che.a O %lorestaJ> com .randes dimensAesM (uando proveniente deuma (ueima em >rea a.rcola nas pro3imidades da%lorestaM por e3emplo

    0 propa.a)o inicial do %o.oM em %ormacircularM continuaria sempre assim se no ocorresseO in%lu+ncia de v>rios %atores (ue controlam ede%inem a %orma e intensidade de propa.a)o doinc+ndio @ vento ' o primeiro %ator a mani%estarsua in%lu+nciaM trans%ormando a %orma depropa.a)o inicial (ue era circular em uma %ormaelpticaM desde (ue haJa condi)Aes %avor>veisM

    tamb'm em material combustvel Da em diante oinc+ndio toma uma %orma de%inidaM compreendendoas se.uintes partesK cabe)a ou %renteM %lancos e baseou parte posterior HFi. ":I

    Figura 1:. ,nc&ndio Florestal de Copa e oEsue$a dos Tr&s Tipos de ,nc&ndios

    FonteK Corpo de 7ombeiros-PR H!;;,I

    0 cabe)a ou %rente do inc+ndio ' a parte (ueavan)a mais rapidamente e se.ue na mesma dire)odo vento 0 base ou parte posterior ' a (ue avan)alentamente contra o vento eM Os ve8esM se e3tin.uepor si s @s %lancos do inc+ndio li.am a %rente Obase Com a mudan)a do vento ou em condi)Aestopo.r>%icas %avor>veisM os %lancos podem sedesenvolver em outras %rentes de inc+ndios Emdiversos casos os %lancos avan)am com relativa

    lentidoM e nestes casosM os %lancos tornam&se omelhor ponto para dar incio ao combate de uminc+ndio

    0pesar do vento ser talve8 o elemento demaior import=ncia na %orma e dire)o depropa.a)o dos inc+ndiosM no se pode es(uecertamb'm da in%lu+ncia do material combustvel etopo.ra%ia Em terrenos com declividade acentuadao %o.o tende a se propa.ar montanha acimaMtomando uma %orma trian.ular

    " F'$#0 >&0 *+&04 P#$:23$ %$

    F$:$T$$:#*

    Em um terreno inclinado HdecliveIM o %o.oavan)a mais rapidamente ladeira acimaM por(ue oar (uente tende a subirM secando antes oscombustveis situados acima He%eito da convec)odo calorI

    Esta situa)o tamb'm condiciona o ata(uepelas e(uipes de e3tin)o

    C$45&'10+ F+$#0'+

    @s combustveis %lorestaisM como J> descritoanteriormente so todos os materiais or.=nicosmortos ou vivosM no soloM acima do solo ou no arM(ue podem in%lamar e (ueimar 0 (uantidade e

    "2

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    caractersticas so muito importantes no tipo decomportamento do inc+ndio

    @ combustvel %lorestal ' muito homo.+neodo ponto de vista (umicoM pois ' constitudoessencialmente por celulose 0l.umas vari>veis(umicas importantes so as (uantidades relativasdos seus e3tratos Hess+ncias sobretudo de 'terI eresduos de slica HlivreI 0s ess+ncias solibertadas na %orma de .>s muito cedo no processoda pirlise e so (ueimadas na 8ona em (ue se v+ achama 0 slica ' um constituinte mineral inerte (ueno e3erce in%lu+ncia no %en9meno da pirlise oentantoM outros minerais tal como o sdioM opot>ssio ou o %s%oroM interv+m ativamente nos%en9menos de pirlise e combusto

    0l.uns combustveis cont'm certos materiaisvol>teisM tais como leoM cera e resinaM (ue %a8emcom (ue a esp'cie esteJa mais disponvel para

    arderM tal como v>rias esp'cies de pinheiroM deeucalipto e al.uns arbustoso entantoM as di%eren)as estruturais de idade

    e de composi)o espec%ica da %loresta determinamdi%eren)as %sicas 0 distribui)o espacial dave.eta)o HcombustveisI viva e morta altera acombustibilidade do ponto de vista da evolu)oener.'tica e da propa.a)o do inc+ndio

    Distin.uem&se a(uiM pela sua in%lu+ncia nosinc+ndios %lorestaisK combustveis (ue e3istem sobreo solo e no subsolo combustveis (ue e3istem nasuper%cie Hsuper%iciaisI e combustveis (ue

    e3istem no arHa'reosI@s combustveis de solo constituem a%olha.emM ve.eta)o em decomposi)oM peda)os demadeira enterrados e ra8es das >rvores Facilitam apassa.em de inc+ndios (ue iniciam na super%ciepara inc+ndios subterr=neosM (ue (ueimamsobretudo ra8es Htur%aI

    @s combustveis de super%cie Hestratoherb>ceo e arbustivoI compreendem %olhasMpe(uenos arbustosM cascasM e pe(uenas >rvores comuma altura menor (ue "M!; m a "M6; m acima dosolo %lorestal So os respons>veis pelos inc+ndios

    de super%cie @s combustveis de super%cie somuito hetero.+neos pelas dimensAesM distribui)o eteor de umidade o entantoM esto presentespor)Aes not>veis de %olhasM ervas e pe(uenosarbustos (ue apresentam um elevado .rau dein%lamabilidadeM sobretudo nas esta)Aes mais %rias e>ridas

    @s combustveis a'reos Hestrato arbreoI sotodos os elementos e3istentes na cobertura %lorestalH>rvores e arbustosI com mais de "M!; m a "M6; mde altura acima do solo Fa8em parte ainda os

    troncosM ramosM %rutos e %olhas das >rvores vivasMtroncos de plantas mortas em p' e as ep%itasM comoos %un.osM l(uens e outras plantas

    C$4.'23$ 0'#0 P#'.&+ %0 &4C$45&'10+

    *n%luencia a propa.a)o do inc+ndioM poisdetermina como o ar circular> internamente Caso oar no puder circular %acilmente em volta daspartculas do combustvelM este ter> menos

    propenso a (ueimar0 camada de material morta (ue se encontraJunto ao soloM %orma estratos mais ou menoscompactos e de di%erentes espessurasM apresentandodi%iculdades de i.ni)o o entantoM ' uma reservade combustvel eM (uando atin.ida por um inc+ndioM(ueima lentamenteM tendo como conse(u+ncia.rande produ)o de calorM sendo uma boa %onte decombustvel para a propa.a)o do inc+ndio Solocais (ue merecem a aten)o especial na %ase derescaldoM uma ve8 (ue podem dar ori.em a novos%ocos de inc+ndio

    C$%*2Y0 C+*4'*.

    0 umidade dos combustveis mortos HramossecosM >rvores e arbustos mortosI est> diretamenterelacionada com a umidade do ar ?uanto maior aumidade do material ve.etalM menor a %acilidade (ueeste tem de entrar em combusto Se o ar ' secoM acombusto ' mais r>pidaM por(ue absorve o vaporde >.ua libertado pelo combustvel

    0 temperatura do ar est> tamb'm relacionadacom a sua umidade relativa #emperaturas elevadastornam os combustveis mais secos e suscetveis aentrar em combusto

    @ vento ' o respons>vel pela o3i.ena)o dacombusto eM conse(uentementeM intensi%ica a(ueima X tamb'm o respons>vel pelo arrastamentode %a.ulhas (ue podero provocar %ocos de inc+ndioa dist=ncias consider>veis e pela inclina)o daschamas sobre outros combustveis @u seJaM o ventoaumenta a velocidade de propa.a)o por(ue%ornece o3i.+nio para a combustoM transporta o ara(uecidoM resseca os combustveis e dispersapartculas em i.ni)o

    MANE9O DO FOGO E SEUSBENEFCIOS PARA A FLORESTA

    @ homem maneJa o %o.o h> s'culos naa.ricultura e em al.umas culturasM principalmentelocali8adas em >reas tropicais

    Sendo os inc+ndios o maior risco dedestrui)o e preJu8o em %lorestasM lo.o pensa&se nopoder destrutivo e nos danos ocasionais de uminc+ndio Por'mM sob certos aspectos e emcircunst=ncias especiaisM os inc+ndios podemtamb'm representar al.uns bene%cios para a

    %loresta HSC_/

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    determinadas condi)Aes de climaM de umidade domaterial combustvelM de umidade do soloM entreoutrosM de tal %ormaM (ue o mesmo seJa con%irmadoa uma >rea pr'&determinada e produ8a a intensidadede calor e a ta3a de propa.a)o para %avorecercertos obJetivos do maneJo HS@0RES e 70#*S#0M!;;I

    @ uso do %o.o deve ser %eito sempre comcuidadoM de %orma prudente e controladaM para (ueno %uJa do controle e no cause nenhum dano @sprincipais bene%cios (ue podem ser obtidos com ouso do %o.o bem diri.ido e controladoM so dedescritos em se.uida

    ?ueimas controladasM por consumirem menoscombustvelM de maneira mais completaM produ8emmenores (uantidades de compostos poluentes (ueos inc+ndios %lorestaisM (ue (ueimam material maisUmidoM inclusive ve.eta)o viva

    0 (ueima contra o ventoM t'cnica mais usadaem (ueimas controladasM produ8 menos poluentesdo (ue o %o.o a %avor do vento 0 %uma)a ori.inadadas (ueimas controladas pode causar problemas depolui)o do arM embora muito menos .raves (ue oscausados pelas indUstrias o entantoM aplicando&seprincpios b>sicos de meteorolo.ia no maneJo da%uma)aM pode&se usar cienti%icamente o %o.oM parase alcan)ar determinados obJetivosM sem poluir oambiente 0 (ueima deve ser %eita (uando e3istevento constante e sob condi)Aes atmos%'ricas (uepermitam o movimento vertical do ar Hatmos%era

    inst>velI para dispersar a %uma)a o se deve(ueimar durante perodos de ocorr+ncia deinversAes t'rmicas a bai3a altitude j noiteM pore3emploM o %o.o .eralmente produ8 mais %uma)a eela permanece por mais tempo pr3ima Osuper%cieM devido O inverso de temperatura e aomovimento do ar %rio na dire)o dos declives

    " PREVENO E COMBATE INCNDIOS

    /ma das maneiras de diminuir o risco deinc+ndio ' por meio de (ueimas controladas 0s

    (ueimas so recomendadas em >reas com acUmulode material combustvelM a %im de redu8ir o risco deiniciar e propa.ar um inc+ndio na %loresta

    Como J> mencionadoM biomas muitosuscetveis ao %o.oM tal como o Cerrado brasileiroMem certa 'poca do ano so pro.ramadas (ueimaspara minimi8ar o risco de inc+ndios de maiordimenso e intensidade

    por uma nova rea)o de combusto omomento em (ue a %rente de %o.o alcan)ar a >rea J>

    (ueimadaM a rea)o cessa e o inc+ndio ' controladoe limitado por %alta de combustvel 0 e%ici+ncia dat'cnica depende das vari>veis (ue in%luem napropa.a)o do %o.oM ou seJaM da topo.ra%iaM dire)odos ventosM (uantidade e (ualidade do materialcombustvel Essa t'cnica ser> melhor detalhada emum item posterior

    SoaresM em um trabalhoM cita (ue %oiveri%icado na pr>tica (ue o %o.o se propa.a emdire)o ao plantioM por'mM ao atin.ir a >rea (uehavia sido (ueimadaM no e3istia materialcombustvel para ser consumido e o %o.o %oi%acilmente detido

    CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS

    0 (ueima controlada pode ser utili8ada paraerradicar culturas ou indivduos contaminados compra.as ou doen)as @ uso do m'todo dependa de

    muitos %atoresM tais como a ecolo.ia da esp'cieM daa.ressividade da doen)aM nUmero de indivduoscontaminadosM entre outros aspectos @ %o.oelimina o %oco da doen)a ou a popula)o de insetos

    /m e3emplo da (ueima controlada para este%imM ' nos plantios e3tremamente a%etados pelavespa da madeira HSirex noctilioIM uma pra.a dopinusM e3istente no Sul do 7rasil Em plantiosdia.nosticados com in%esta)o maior (ue ;QMdeve&se %a8er o aproveitamento industrial das>rvores no a%etadas e os resduos devem ser(ueimados no local do plantio HEcia&ne.ra e muitos %un.os combatidos com sucesso aoe%etuar&se a (ueima dos .alhos secos das plantasa%etadas

    GERMINAO DE SEMENTES EREGENERAO DE ESPCIES

    @ uso de (ueima controlada para controlaresp'cies indeseJ>veis ' recomendadaM desde (ueestas seJam mais sensveis ao %o.o do (ue a(uelas

    "6

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    (ue devem ser prote.idas Por e3emploM paracontrolar a re.enera)o do sub&bos(ue empovoamentos de pinusM onde no ' vi>vel o controleculturalM ou (umico a (ueima controlada ' umaalternativa vi>vel HS@0RES e 70#*S#0M !;;I

    0l.umas esp'cies %lorestais precisam decalor do %o.o para o aumento do seu poder.erminativo /m e3emplo disto ' a bracatin.aHMimosa scrabellaI Esta necessita (ue suassementes passem por um %o.oM para (ue adorm+ncia das mesmas possa ser (uebrada 0ps apassa.em por um %o.o em um bracatin.alM che.ama .erminar dois milhAes de mudas por hectare 0serrapilheira da %loresta impede (ue a sementetenha condi)Aes de umidade e luminosidade para.erminar #amb'm os ecossistemas de Cerradodependem do %o.o para sua sustentabilidade H5PFM!;";I

    LIMPEJA E PREPARO DETERRENOS

    Fo.o r>pido ou leve pode ser usado para ocontrole de capimM .ramaM ervas daninhasM etcMtra8endo bene%cios imediatos pela elimina)o deesp'cies competidoras com a cultura obJetivo @%o.o bem controlado pode ser tecnicamenteaplic>velM tendo um bai3o custo no processo delimpe8a de terrenoM em pr>ticas silviculturais e dea.ricultura Ele custa ";Q do valor de (ual(ueroutro tratamento para o preparo do solo para

    plantios sendo tamb'mM uma das poucasalternativas para terrenos acidentados H5PFM !;";I

    Figura !1. Iuei$a de esduos para ;i$pe?a ePreparo do Terreno

    FonteK Corpo de 7ombeiros-.ua do solo *sso

    depende de %atos como a intensidade da (ueimadaMtipo de solo M topo.ra%iaM clima etc 0 ve.eta)oM e acamada de hUmus e mat'ria or.=nicaM absorveimpactos de chuvasM redu8indo o transporte demat'ria do solo pela >.ua e erosoM o (ue torna estacamada de e3trema import=ncia para a estabilidadedo solo

    Por isso a utili8a)o do %o.o deve sercondu8ida com cuidadoM principalmente emencostas n.remesM visando principalmente umae3posi)o mnima do solo mineralM pois (ueimadas

    intensas aumentam a eroso e en3urradas M J> as(ueimadas de intensidade bai3as M as (uais dei3amum pouco de detritos e .rande por)o de hUmusM(uase no tem e%eitos com rela)o a en3urradas e

    ":

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    eroso ormalmente a principal causa da erosode massa e a elimina)o da estabilidade providaspor v>rios tipos de ra8es

    @s danos mais severos so de acordo com aintensidade e %re(u+ncia dos inc+ndios Se oinc+ndio ocorre repetidamente em determinada >reaMmesmo no sendo muito intensoM ele no permitir> oacUmulo de mat'ria or.=nicaM e3pondoM portantoM osolo permanentemente a a)o dos a.entescausadores de eroso

    CAPACIDADE PRODUTIVA DAFLORESTA

    @ %o.o inter%ere tanto na (ualidade (uanto na(uantidade da produ)o madeireira das %lorestas 0capacidade produtiva da %loresta pode ser a%etadade tr+s maneiras #ipo %lorestalM densidade da%loresta e rendimento sustentado da %loresta

    " T*$ F+$#0'+@ %o.o pode mudar completamente a

    %isionomia da %lorestaM causando .eralmente oen%ra(uecimento da mesma De maneira .eralM o%o.oM %avorece a ve.eta)o herb>cea e as matassecund>rias

    D0*%%0 % F+$#0'

    Redu)o da densidade da %lorestaM sendo (uea maioria dos inc+ndios no che.a a destruir todo opovoamentoM por'm provocam um raleamento da

    %lorestaM preJudicando a produ)o (ualitativa e(uantitativa da mesma

    R0%*40'$ S&'0'%$ % F+$#0' $&ZP#*.*$ % P0#*'7.*[

    0ltera)o do princpio da sustentabilidadeMpor %or)ar o corte de >rvores ainda imaturasMdiminuindo o rendimento da %loresta Princpio dasustentabilidade ' o termo utili8ado para de%inir umrendimento anual sustentado em lon.o pra8o Paramelhor evidenciar o %atoM citamos o caso de umaempresa madeireira com auto&su%ici+ncia em

    mat'ria&prima Pelo planeJamento %eitoM estima&se a(uantidade de madeira necess>ria anualmente parao suprimento da empresaM sendo (ue a ocorr+ncia deum inc+ndio altera todo o crono.ramaM por %or)ar ocorte de >reas (ue ainda no esteJam em condi)Aesideais HimaturasIM para (ue no acorra perda demadeirasM podendo causar %alta de madeira em anos%uturos

    ASPECTO RECREATIVO DAFLORESTA E DA PAISAGEM

    Em muitos pasesM as %lorestas so utili8adas

    como um local de recrea)oM onde as popula)Aesurbanas vo passar os %inais&de&semana ou%eriadosM %u.indo da vida a.itada das cidades 0s%lorestas usadas para esta %inalidade apresentam um

    bonito aspecto paisa.stico e um inc+ndio tornar>este aspecto sombrio e desolador 0 %loresta perdeento o seu aspecto recreativo

    FAUNA SILVESTRE

    0 %loresta ' abri.o natural dos animaisM tantono solo (uanto na parte a'rea @s e%eitos sobre a

    %auna com a ocorr+ncia de inc+ndio so di%erentesdependendo do localM porte do animal e h>bito devidaM podendo os e%eitos ser de %orma direta ouindireta @s e%eitos diretos so %erimentosMinto3ica)oM (ueimaduras e morte [> os indiretosMrelacionam&se O %alta de alimentos e >.uaMdestrui)o de abri.os e polui)o do ar

    0 %auna do solo e e3tremamente variada eimportante para o mesmo (ue depende tamb'm desubst=ncias como os detritos e umidade para semanter @ %o.o diminui o suplemento alimentar na

    super%cieM a umidade diminui e o p_ aumenta *ssocausa a redu)o de muitos or.anismosM sendonecess>rios al.uns anos para (ue o e(uilbriopopulacional possa ser restabelecido

    0 sobreviv+ncia de pe(uenos mam%erosdepende de v>rios %atores tais como K uni%ormidade MintensidadeM tamanho e dura)o do %o.o tanto(uanto a mobilidadeM posi)o do animal relativa ao%o.oM entre outros Visto (ue muitos animaispe(uenos como os roedoresM vivem em buracosabai3o da super%cieM estando isolados e prote.idosda a)o das chamas Hmesmo assim al.uns ainda

    podem morrer su%ocadosI0l.umas esp'ciesM entre elas pe(uenosmam%erosM tem sua popula)o redu8ida por al.unsanosM aps uma (ueimadaM pois no resistem Osmudan)as dr>sticas provocadas pela a)o do %o.oPor'mM e3istem pe(uenos mam%eros (ue aps as(ueimadas adaptam&se per%eitamente Os condi)Aesdo habitatM podendo inclusive ocorrer um aumentoda popula)o @ mesmo observa&se com es(uilosMonde al.umas esp'cies podem desaparecer lo.oaps as (ueimadasM en(uanto outrasM podemaumentar sua densidade populacional

    Com rela)o aos p>ssarosM os e%eitos de uma(ueimada dependem acima de tudo da esta)o doano e da intensidade do %o.o Durante uma(ueimada relativamente leve em uma 'poca inativado anoM o aumento de %onte de comida causada pela(ueima pode ser ben'%ica para muitos p>ssarosEstudos %oram reali8ados considerando esp'cieM8onasM alimento dentre outros aspectosM sendoobservado (ue de uma esp'cie de p>ssaro paraoutraM ocorrem situa)Aes particulares aps uma(ueima

    /m .rande numero de esp'cies aps as(ueimadas aumenta sua popula)oM sendo (ueoutrasM esp'cies podem sumir de >reas (ueimadaspor v>rios anos at' (ue estas esteJam novamente

    !;

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    restabelecidas com suprimentos necess>rios paraestes p>ssaros

    @utro aspecto ' (uanto a 'poca do inc+ndioGeralmenteM inc+ndios ocorridos na primavera soparticularmente mais danosos pela destrui)o deninhos e animais Jovens HFi. !!I @utras .randesvtimas so os predadores de topo de cadeia eanimais territoriais @s danos diretos ocorrematrav's da morte de animais (ue no conse.uemescapar do %o.o 0 adapta)o de esp'cies envolveaumento do tamanhoM aumento da capacidade decoloni8a)o e da reprodu)o-coloni8a)o de >reasnovas

    Figura !!. %ni$ais fugindo de ,nc&ndioGabrigando7se e$ u$ Curso H/FPRIM os danos O ve.eta)o so os maisvisveis e (ue mais chamam a aten)o aps aocorr+ncia de um inc+ndio Variam bastanteMdependendo da intensidade e tempo de dura)o do%o.oM da esp'cie %lorestal e da idade da >rvoreGeralmenteM mudas e plantas de pe(ueno porteso%rem danos letais na maioria dos casos

    0 morte das >rvores .eralmente ' provocadapelo a(uecimento do c=mbio acima da temperaturaletal e por este motivoM >rvores mais velhasM por

    possurem casca mais espessaM dando maiorprote)o ao c=mbio so mais resistentes HFi. !$I0 destrui)o total das >rvores pelo %o.o no 'muito %re(uenteM a no ser em inc+ndios de e3tremaintensidade Geralmente as >rvores de m'dio e.rande porte ainda podem ser parcial ou totalmenteaproveitadas aps um inc+ndio

    Florestas de >rvores altas e adultas podemser completamente destrudas em caso deocorr+ncia de um inc+ndio de copasM mesmo estassendo resistentes O a)o do %o.o

    @ %o.oM (uando no causa a morte das

    >rvoresM provoca a debilidade das mesmasM pelascicatri8es (ue dei3a Em ambos os casos %avorecemo ata(ue de insetos e pra.as (ueM encontrando as>rvores sem capacidade de rea)oM %acilmente se

    instalaro e se multiplicaroM causando .randedestrui)o O madeira remanescente do inc+ndio Poresta ra8oM sempre (ue ocorrer um inc+ndio de.randes propor)Aes deve&se %icar alerta a %im deevitar a propa.a)o de insetos e pra.as (ue porventura venham a se instalar aps o %o.o

    Figura !(. rvores contra o impactodireto da chuvaM coberto de hUmus e serrapilheiraM%unciona como uma esponJa naturalM porosaMabsorvendo e %acilitando a in%iltra)o da >.ua dachuva @ %o.o intensoM principalmente (uando

    destri a copa das >rvores e e3pAe o solo mineralatrav's da (ueima da serrapilheira e do hUmusMmodi%ica toda a situa)oM e3pondo a >rea a v>riosdistUrbios ambientais

    UALIDADE DO AR

    @ C@0

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    e .ases .erados nos inc+ndios %lorestais0 combusto completa do combustvel

    %lorestal libera calorM >.ua HvaporI e di3ido decarbonoM os (uais no so considerados poluentespois so produ8idos livremente atrav's dadecomposi)o natural de subst=ncias or.=nicasM etamb'm no ' consideradoM pelo menos at' omomentoM um elemento poluidor da atmos%era

    Por'mM (uando a rea)o de combusto no 'completaM al'm da >.ua e do di3ido de carbonoMv>rios outros elementos so lan)ados na atmos%eraMcomo por e3emploM mon3ido de carbonoMhidrocarbonos e partculas

    Pe(uenas (uantidades de 3ido de nitro.+nioso tamb'm liberadas em al.uns inc+ndios de maiorintensidade EntretantoM nos inc+ndios %lorestais noh> produ)o de 3idos de en3o%reM altamentepoluidoresM por(ue o conteUdo de en3o%re na

    madeira ' insi.ni%icante0s partculas so a maior causa da redu)oda visibilidadeM Os ve8es em >reas crticas comoaeroportosM rodovias e cidadesM al'm de servirem desuper%cie de absor)o de .ases nocivos (ue podemestar presentes na atmos%era

    @ mon3ido de carbono HC@IM ' o maisabundante dos poluentes produ8idos pelos inc+ndios%lorestais

    @s hidrocarbonos compreendem uma classee3tremamente diversi%icada de compostos contendohidro.+nioM carbono eM al.umas ve8esM o3i.+nio 0

    maioria dos compostos desta classe no sonocivosM por outro ladoM al.uns hidrocarbonosMcomo por e3emploM os de bai3o peso molecularHole%inasI e os arom>ticos polinuclearesM mesmopresentes em pe(uenas (uantidadesM sorespons>veis pelo %en9meno da n'voa seca e danosO saUde humana 0pesar distoM um inc+ndio%lorestal produ8 entre , a !; ]. por tonelada decombustvel consumidoM valores bai3os (uandoomparados aos 2, ]. produ8idos por tonelada de.asolina (ueimada

    H DANOS A VIDA KUMANA@s inc+ndios %lorestais de .rande intensidade

    e propor)oM al'm de destrurem %lorestas e outrosbens materiaisM al.umas ve8es provocam %erimentose at' mesmo mortes de pessoas envolvidas ou nono combate

    o 7rasilM em ":2$M $ pessoas morreram emais de ";;; %icaram %eridas em conse(u+ncia deum .rande inc+ndio ocorridoM no Estado do Paran>@ inc+ndio do Par(ue do Rio DoceM em

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    procuram redu8ir a probabilidade do inc+ndioiniciar e limitar sua propa.a)o HS@0RESM !;;I

    0 prote)o de uma %orma)o ve.etalM come)acom os trabalhos de preven)o 0 melhor maneirade se combater um %o.o ' prevenindo&o Sendo umtrabalho em opera)oM a)o e manuten)oM uma ve8(ue ' considerado como o mais importante notocante a inc+ndios %lorestais

    0 preven)o dos inc+ndios por causashumanasM ' reali8ada atrav's da educa)o dapopula)oM da aplica)o de le.isla)o e%etiva e deoutras medidas ?uando o inc+ndio J> est>ocorrendoM procura&se utili8ar t'cnicas ade(uadasMprincipalmenteM para maneJar o materialcombustvel e impedir ou di%icultar atrav's deaceirosM a sua propa.a)o

    H" EDUCAO PARA A PREVENO DEINCNDIOS FLORESTAIS

    0 educa)o da comunidade e %uncion>rios deempresas %lorestais ' considerada o m'todo maise%ica8 de preven)o a inc+ndios %lorestaisM por'mMcom resultados a lon.o pra8o

    Deve ser aplicada a todos os .rupos de idadeda popula)oM tanto em 8onas urbanas como nasrurais Para a preven)o de inc+ndios ' necess>riopreparar o melhor m'todo ou combina)o dem'todos Para iniciar um pro.rama para educa)oda popula)oM devem ser conhecidas de %ormadetalhadaM as causas dos inc+ndios na re.io

    HFi.uras !, e !2I@s instrumentos para or.ani8ar umacampanha de educa)o pUblica so por meio daimprensaM r>dioM anUnciosM %ilmesM cartilhas econtatos pessoais

    /m detalhe importanteM ' a conscienti8a)odas novas .era)AesM (ue %uturamente iro in%luirnos %atores (ue ori.inam inc+ndios Estaconscienti8a)o deve ser %eita atrav's de campanhaseducacionaisM devendo variar de acordo com are.io e os problemas (ue os inc+ndios representamem cada local

    @utra oportunidade de conscienti8a)o soas %estas comemorativas Hsemana da >rvoreMsemana do meio ambienteM etcIM e3posi)Aesa.ropecu>rias e outras para implementar ascampanhas educativas de preven)o a inc+ndios0l'm dissoM podem ser utili8adas placas de alertacom anUncios comoK B@ %o.o apa.a a vidaMBConserve a nature8ae outrosM ao lon.o deestradas (ue cortam >reas %lorestaisM representandouma conscienti8a)o permanente sobre os riscosdos inc+ndios %lorestais

    @utro m'todo de preven)o ' o contatopessoalM (ue pode ser %eito com reuniAes ou emcontato com os propriet>riosM vi8inhos econ%rontantes em >reas %lorestaisM alertando a todos

    sobre os preJu8os causados pelo %o.oM sobre o riscode uma (ueima indeseJadaM e sobre as %ormasutili8adas na preven)o de inc+ndios

    Figura !>. Ca$pan9a da

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    Figura !. /$bolos para estrio da @reapara Fu$antesG Fogueiras e Fogos

    FonteK C=mara ticas de riscode ocorrer e ainda da pr>tica de (ueima controladaMsendo elesK

    0rti.o "" & @ empre.o de produtos %lorestaisou hulha como combustvel obri.a o uso dedispositivo (ue impe)a a di%uso de %a.ulhassuscetveis de provocar inc+ndios nas %lorestas edemais %ormas de ve.eta)o

    0rti.o !, & ?uando os inc+ndios rurais nopodem ser e3tintos com os recursos ordin>rios

    compete no s ao %uncion>rio %lorestal como a(ual(uer outra autoridade pUblicaM re(uisitar osmeios materiais e convocar os homens emcondi)Aes de prestar au3lio

    0rti.o !2 & Constituem as contraven)AespenaisM punveis com tr+s meses a um ano de prisosimples ou multa de um a cem ve8es o sal>riomnimo mensalM ou ambas as penascumulativamenteK

    eI %a8er %o.o em %lorestas e demais %ormas deve.eta)oM sem tomar as precau)Aes ade(uadas

    %I %abricarM venderM transportar ou soltarbalAes (ue possam provocar inc+ndios nas %lorestase demais %ormas de ve.eta)o

    lI empre.arM como combustveisM produtos%lorestais ou hulha sem uso de dispositivos (ueimpe)am a di%uso de %a.ulhasM suscetveis deprovocar inc+ndios nas %lorestas

    0rti.o ! & X proibido o uso de %o.o nas%lorestas e demais %ormas de ve.eta)o

    Par>.ra%o Unico & Se peculiaridades locais oure.ionais Justi%icarem o empre.o do %o.o empr>ticas a.ropastoris ou %lorestais 0 permisso

    ser> estabelecida em ato do poder pUblicocircunscrevendo as >reas e estabelecendo normas deprecau)o

    0 outra lei (ue trata de %o.o em %lorestas ' a

    lei de crimes ambientais & 5ei no :2;,M de "! de%evereiro de "::6 0 lei estabelece puni)o maisseveras a (uem provocar inc+ndios em mata ou%loresta

    0rti.o 4! da lei no :2;, estabelece pena dedeten)oM de um a tr+s anosM ou multaM ou ambas aspenas cumulativamente para (uem %abricarM venderMtransportar ou soltar balAes (ue possam provocarinc+ndios nas %lorestas e demais %ormas deve.eta)oM em >reas urbanas ou (ual(uer tipo deassentamento humano

    0 aplica)o da le.isla)oM principalmentenos casos de processo JudicialM nem sempre ' %>cilEm primeiro lu.arM ' necess>rio descobrir a causado inc+ndio Em se.uidaM deve&se estabelecer aidentidade da pessoa respons>vel pelo %o.oFinalmenteM ' necess>rio provar le.almente oenvolvimento da pessoa no inc+ndio HF*RE507M

    !;";I0 re.ulamenta)o ' uma norma localM ouseJa 'M %ormulada para uma >reaM coma a inten)ode redu8ir o risco na(uele local espec%icoM Pore3emploM um Par(ue Estadual pode estabelecerre.ras para %echar a %lorestaM ou os setores maissuscetveis aos inc+ndiosM O visita)o pUblicaM em'pocas crticas @utras medidas M poderiam ser aproibi)o ou restri)o de %umar em determinadas'pocas de .rande peri.o o uso obri.atrio de%erramentas como p>sM machados e %oices por partede pessoas (ue acampam na %loresta a proibi)o de

    pesca em certas >reas durante a esta)o deinc+ndiosM entre outros

    H PREVENO PARA PROPAGAO

    H" C$'#&23$ 0 M&'023$ %0 O5# %0I#-0'#&'

    A.0*#$

    Denominam&se de aceiros as barreiras ouobst>culos H.eralmente erradica)o de toda ave.eta)oI construdos com a %inalidade de deter apropa.a)o de inc+ndios sedesenvolvendoM como medida de combate X por'mMmuito mais e%iciente e vantaJoso construir uma redede aceiros como medida de preven)oM isto 'Mindependentemente ou antes mesmo de (ual(uerocorr+ncia de inc+ndios

    0 constru)o de aceiros ao lon.o das divisasde uma propriedade %lorestal H(uando se trata dedivisas secas ou de pe(uenos cursos dW>.uaI ' deimport=ncia %undamental para evitar (ue inc+ndiosvindos de %ora causem danos Os %lorestas (ue estosendo prote.idasM principalmente se as terraslimtro%es %orem >reas a.rcolas ou pasta.ens HFi.!6I Se a propriedade %lorestal %or de .rande porte ee3istirem >reas %lorestais nativas H.eralmente de

    !4

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    di%cil acessoI (ue se (uer preservarM ' de .randeimport=ncia a constru)o de aceiros em pontosestrat'.icos dentro desta propriedade

    0 lar.ura dos aceiros depende das condi)Aesdo local H.rau de peri.o (ue apresentaM tipo deve.eta)oM etcIM mas no deve nunca ser in%erior a"; metros de lar.uraM e em casos especiais M emlocais e3tremamente peri.ososM pode che.ar a 6;metros ou mais De um modo .eralM a lar.ura maisusada para aceiros ' de !; metros ?uanto O suaconstru)oM os aceiros podem ser de dois tiposKaceiros de constru)o empricas e aceiros deconstru)o mais aprimorada

    - A.0*#$ %0 .$'#&23$ 04#*.Retira&se apenas a ve.eta)oM no

    permitindoM portantoM o tr>%e.o de veculos 0ceirosmveis tamb'm so considerados constru)Aes

    empricasM sendo estes de%inidos como %ai3as livresde ve.eta)o e por um determinado tempo 0constru)o deste aceiro constitui de um corte rasode uma %ai3a da %loresta e em se.uida ' %eito o novoplantio ou condu)o da rebrota Hdependendo daesp'cieIM de maneira (ue a as novas plantas%uncionem como barreira contra o %o.o ?uando as>rvores da %ai3a atin.irem um porte (ue noo%ere)am prote)o ao aceiroM ' %eito o corte raso deuma %ai3a ao lado da primeira e assimsucessivamente @s aceiros mveis so uma boaalternativa em pe(uenas propriedades rurais por

    permitir se produ8ir en(uanto prote.e a >rea

    - A.0*#$ %0 .$'#&23$ 4* #*4$#%Fa8&se uma terraplana.em com o au3lio de

    tratores ou motoniveladorasM a %im de possibilitar otr>%e.o normal de veculosM sendo mais vantaJososMpor servirem tamb'm como estradas para oescoamento da produ)o %lorestalM paramonitoramento da >reaM al'm de %acilitar o acessono caso de combate HFi. !:I Por'mM este tipo deaceiro tem um custo inicial maior comparado aoaceiro empricoM entretantoM a lon.o pra8oM este

    custo inicial ser> amorti8ado e compensado com avanta.em da utili8a)o como estrada

    Figura !D. %ceiros construdos a partir deCercas ou ser maiordo (ue entre dois talhAes de eucalipto

    @s contornos podem ser um pouco maisestreitos do (ue as divisriasM mas no devem termenos de oito metros de lar.ura 0 constru)o decontornos ' importante no caso de o %o.o sepropa.ar da ve.eta)o nativa para o talho oentantoM so constru)Aes onerosasM (ue muitas ve8esso compensada na colheita %lorestalM para baldeioda madeira Em >reas de acentuado decliveM '

    impratic>vel a constru)o contornoM neste casodeve&se apenas retirar uma %ai3a de ve.eta)o emant+&la limpa HS@0RESI

    0s divisrias so obras para evitar e conter apropa.a)o do %o.o dentro do plantio Esta dependeda diviso dos talhAes para em se.uida serconstruda e tamb'm podem ser Uteis nas opera)Aesde colheita %lorestais HS@0RESI

    !,

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    Figura (0. rias locali8adas em >reas %lorestaisMtamb'm devem ser conservadas limpasMespecialmente na 'poca de maior risco de inc+ndio*sto %ar> com (ue as estradas %uncionem comaceirosM di%icultando a propa.a)o do %o.o e%acilitando o combateM al'm de diminuir aocorr+ncia de inc+ndios nas mar.ens das estradasovamente a lar.ura da %ai3a varia com ascondi)Aes locaisM mas .eralmente deve ser de tr+s acinco metros de lar.ura em cada mar.em daestrada

    X importante salientarM (ueM a limpe8a re%ere&se ao corte e remo)o da ve.eta)o da %ai3aM poispouco adianta a elimina)o da ve.eta)oM se dei3aros resduos secarem no localM constituindo umcombustvel potencial e portantoM o%erecendo novosriscos

    H C$'#&23$ 0 M&'023$ %0 F$'0 %0

    @:&5a.os HFi. $"I e pe(uenas barra.ens dentro

    da propriedade %lorestal tra8em .randes bene%ciospara preven)o e controle de inc+ndios %lorestaisEstes o%erecem duas vanta.ens imediatas Oprote)o %lorestalK %>cil capta)o de >.ua no casode combate a inc+ndios e aumento da super%cie deevapora)o de >.ua dentro da >rea %lorestal *stopromove a altera)o do microclima localM atrav'sda eleva)o da umidade relativa do arM sendo (ue avelocidade de propa.a)o de inc+ndios '

    inversamente proporcional O umidade relativa do ar0pesar destes bene%ciosM o custo daconstru)o de la.os e principalmente barra.ens 'altoM inviabili8ando para muitos investidores%lorestaisM a constru)o de uma rede de la.os numa>rea

    EntretantoM h> alternativa menos onerosasMtais como barra.ens %eitas de terraM (ue podem setrans%ormar em depsitos de >.ua apreci>veis emuito e%icientes 0l'm da prote)oM os la.oso%erecem vanta.ens como por e3emploMpaisa.sticosM recreativos ou at' mesmoM o

    desenvolvimento de outra atividade econ9micaMcomo a piscicultura

    !2

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    Figura (1. ;ago artificial

    FonteK kkF H!;";I

    H R0%&23$ %0 M'0#*+ C$45&'10+

    ?uando a (uantidade de materialcombustvel em uma >rea ' redu8idaM o risco de

    ocorr+ncia de um inc+ndio ' menor Caso estevenha a ocorrerM ser> de menor propor)oM%acilitando a a)o de combate Por'm a retirada detodo o material combustvel da %loresta H%olhasM.alhos e peda)os de casca secosM .ramneasM etcI 'uma tare%a economicamente impossvel Por estemotivoM recomenda&se esta opera)o somente paraesp'cies muito suscetveis ao %o.o e em locais demaior peri.oM das se.uintes maneirasK

    i locais de .rande movimenta)oM comoestradas por e3emplo

    ii retirar o material das bordaduras dos

    talhAes tr+s a cinco metros do interior do talho e (ueim>&los na estrada ou ainda

    iii empurrar o material para o interior dotalhoM o (ue por um lado no ' correto M pois nocaso de um inc+ndioM di%icultaria o combate

    Em plantios de esp'cies mais resistentes aocalorM uma op)o seria usar o %o.o controladoMassim eliminar o material combustvel depositadono interior de todo o talho HFi. $!I 0desvanta.em deste m'todoM ' sem dUvidaM a redu)oda capacidade produtiva do localM visto (ue arepeti)o constante da pr>tica do %o.o causar>danos ao solo

    as (ueimas propositaisM deve&se tomartodas as precau)Aes necess>rias para no dei3ar o%o.o escapar do controle Deve&se observarcuidadosamente as condi)Aes atmos%'ricasprincipalmente o ventoM delimitar criteriosamente a>rea a ser (ueimada e nunca colocar %o.o nas horasmais (uentes do dia E mais importante aindaM nousar %o.o em plantios de esp'cies sensveis ao %o.o

    Em plantios de espa)amento mais lar.o ouaps a reali8a)o do primeiro desbaste M se as

    condi)Aes permitiremM a redu)o do materialcombustvel pode ser %eita atrav's de um m'todomecani8ado Htrator e .rade pesadaI HFi. $$I 0.rada.em tritura o material depositado no piso da

    %lorestaM incorporando&o ao soloM diminuindo o riscode inc+ndio

    Figura (!. eduo de Material Co$bust=el porIuei$a Controlada dentro do Plantio

    FonteK Portal 0ma89nia

    Figura ((. eduo de $aterial co$bust=el porgradage$ do solo.

    FonteK Verde

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    deseJ>veis aos obJetivos de maneJo@ uso do %o.o controlado na redu)o do

    material combustvel poder> ser %eito tanto dentrocomo tamb'm %ora da %loresta Este m'todo tem avanta.em de ser mais barato e ser mais e%iciente(ue outros na redu)o do material

    Figura (5. ,nc&ndio na Marge$ de u$a Estrada

    FonteKDe olho no tempo H!;";I

    C$%*2Y0 # #0+*23$ %0 >&0*4

    - E'23$ %$ $X tecnicamente recomendada a reali8a)o da

    (ueima controlada no perodo do outono ouinvernoM uma ve8 (ue os tecidos dos ve.etaisencontram&se em estado de dorm+ncia nesta 'pocaCaso haJa a necessidade de maior intensidade de%o.oM a (ueima poder> ser reali8ada no veroMpor'mM neste caso os cuidados a serem tomadospara evitar a perda de controle do %o.o devem sermaioresM em virtude da temperatura do ar ser maisalta e possivelmente a umidade do ar e do materialcombustvel ser menor 0 reali8a)o de (ueimacontrolada na primavera ' desaconselhada emvirtude da intensa atividade ve.etativa em (ue seencontram os ve.etais neste perodoM (uando apassa.em do %o.o poderia causar danosirreversveis

    - K$# %$ %*0 hora do dia em (ue ' reali8ada a (ueimatamb'm in%luencia no sucesso da tare%a ?ueimasreali8adas durante o perodo diUrno so maise%icientes em virtude das melhores condi)Aes de(ueima do material combustvelM in%luenciada pelamaior temperatura e menor umidade do arM por'm 'claro (ue sero necessitados maiores cuidados emrela)o ao controle do %o.o 0 reali8a)o de (ueimanoturna somente ' recomendada em casos de%lorestas mais JovensM pelo %ato de o volume dedanos ser menor

    - I'0#1+$ 0'#0 >&0*4@ intervalo entre (ueimas sucessivas deve ser

    estudado para cada caso Por'mM de maneira .eralMpode&se .arantir (ue (ueimas anuais de.radam o

    soloM no sendo portanto indicadas Pelo contr>rioM(ueimas muito espa)adas %aro com (ue se acumulemuito material combustvelM aumentandoM assimM orisco de ocorr+ncia de inc+ndios involunt>rios

    - T.*. %0 >&0*4 .$'#$+%i ?ueima contra o vento HFi. $,I Deve&se iniciar o %o.o numa e3tremidadedo terreno (ueimar ladeira abai3o ou contra o vento a (ueimada em %ai3as contra o vento ' umamaneira %>cil e se.ura de se limpar terrenosMpor'm ' importante observar bem aestabilidade e dire)o do vento

    Figura (>. Mtodo de Iuei$a Progressi=acontra o 6ento

    FonteK *70

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    iii ?ueima em Bv HFi. $I *ndicado para >reas montanhosas Hde cimapara bai3oIM de um Unico pontoM compropa.a)o radial de linhas de %o.o (ueimadas em cunho a %avor do ventoKcoloca&se %o.oM ao mesmo tempoM em v>riospontos da borda do terrenoM sempre a partirdo aceiro&base esta pr>tica ' recomendada somente parave.eta)o leve

    Figura (. Mtodo de Iuei$a e$ Cun9o ouL6G a fa=or do 6ento

    FonteK *70sica *niciar o %o.o numae3tremidade do terrenoM de modo (ue (ueimeladeira abai3o ou contra o vento (ueimada em ve.eta)o dispersaK come)arcom o %o.o contra o ventoM lentamenteMsempre partindo da base do aceiro

    H PLANOS DE PROTEO PARAINCNDIOS

    Planos de prote)o para inc+ndios %lorestaisso um conJunto de medidas recomendadas parapreven)o e combate ao %o.o especi%icamente parauma re.io ou localM ou seJaM so uma %orma deor.ani8a)o das medidas protecionistas Paraelabora)o de um plano de prote)o so necess>riosal.uns dadosM tais como os mostrados abai3o

    o plano de prote)o devem serrecomendadas as medidas preventivas para se

    redu8ir o numero de inc+ndiosM com base nas causasmais %re(uentesM e di%icultar a propa.a)o doseventuais inc+ndios

    Figu