Apostila Educ Ambiental

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA SECRETARIA MUNICIPAL DO AMBIENTE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Sensibilizando para o Futuro Londrina Outubro - 2008

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

SECRETARIA MUNICIPAL DO AMBIENTE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL Sensibilizando para o Futuro

Londrina

Outubro - 2008

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EQUIPE TÉCNICA

Adriana Rodrigues Barra Rosa Ferreira

Professora de Artes e Pedagoga

Adilson Nalin Luiz

Geógrafo

Jorge Akira Oyama

Biólogo/Professor de Ciências

Lino Antonio da Silva

Assessor

Queila Maria Lautenschlager Spoladore

Geógrafa

Maria Aparecida da Silva

Estagiária de Pedagogia

Viviane Gomes de Alvarenga

Estagiária de Biblioteconomia

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ÍNDICE

1. Apresentação..........................................................................5 2. Programa o Rio da Minha Rua ...................................................6 3. Descrição do Kit (material didático)............................................8 4. Principais Conceitos em Educação Ambiental................................9 5. Água no Planeta.....................................................................15 6. Os múltiplos Usos da Água.......................................................17 7. Consumo de Água...................................................................29 8. Ciclo Hidrológico.....................................................................30 9. Água Subterrânea..................................................................31 10. Mata Ciliar............................................................................34 11. Bacia Hidrográfica..................................................................35 12. A Água no Meio Urbano...........................................................40 13. Gestão Inadequada das Águas.................................................42 14. Práticas Sustentáveis nas Bacias Hidrográficas..........................46 15. Sugestões de Atividades.........................................................49 16. Aprendendo a trabalhar com os mapas e DVD...........................76 17. Glossário..............................................................................78 18. Referências Bibliográficas.......................................................81 19. Sugestões de bibliografia e sites..............................................83 20. Anexos.................................................................................85

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1. APRESENTAÇÃO

Em Londrina, bem pertinho de cada um de nós, sempre tem um rio. A presença

de 84 cursos d´água urbanos, cujas áreas de preservação permanente são conhecidas

como fundos de vale, marca a cultura ambiental do londrinense, que está profundamente

enraizada neste conceito.

Diante desse panorama, surge o modelo de planejamento ambiental “O Rio da

Minha Rua”, um programa de endereçamento hidrográfico, uma idéia pioneira e

inovadora que abre um inédito ciclo de conscientização comunitária.

A transformação começa pela identificação das microbacias, levando-se em conta

as nascentes, os córregos, os rios e os lagos como referência de localização. Assim, cada

pessoa, empresa, escola, igreja, associação de moradores ou outro tipo de organização

terá o seu rio para conhecer e cuidar.

Esperamos que o material reunido neste Kit, ao ganhar vida pelas mãos dos

professores, ajude no processo de construção de uma visão ampla e crítica da realidade

de nossos rios, na perspectiva de estimular reflexões e ações sobre os problemas e as

potencialidades de cada local.

A apostila “O Rio da Minha Rua” não pretende fornecer conceitos fechados, mas

sim, alguns elementos que podem ser usados na construção coletiva das idéias em

questão. Através de alguns instrumentos didáticos que poderão servir de auxílio no

planejamento de suas atividades em sala de aula ou fora dela.

Trazem diversas informações e sugestões para o desenvolvimento das atividades

práticas, como observação, experimentação e registro, além de fontes de pesquisa.

As dinâmicas de sensibilização são caminhos para tornar as pessoas conscientes

da importância da sua atuação individual. Estas atividades promovem reflexões sobre as

relações humanas, sobre o ambiente natural e construído.

Por isso, a Prefeitura de Londrina, convida você, professor, a participar desse

programa e ser agente de transformação ambiental.

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2. PROGRAMA O RIO DA MINHA RUA

O QUE É?

O Rio da Minha Rua é um programa de Educação Ambiental que a Prefeitura de

Londrina através da Secretaria Municipal do Ambiente, propõe às escolas, grupos

organizados, empresas, igrejas, que queiram desenvolver atividades para recuperar ou

preservar os rios de Londrina.

QUEM É QUE FAZ?

As pessoas que fazem parte de entidades, escolas, igrejas, empresas são os

protagonistas do Programa “O Rio da Minha Rua”, com o acompanhamento da equipe da

Sema.

O QUE SE FAZ?

Estes atores irão conhecer e estudar o rio da sua rua, propondo e realizando

ações para a preservação e recuperação destes rios. Para mostrar que, com a

participação de todos, algo é possível fazer.

COM A AJUDA DE QUEM?

Além da SEMA, também vocês poderão pedir aos administradores, profissionais

liberais, pais, avós, comerciantes ou empresários do bairro, ou para quem estiver

disposto a ajudar.

COM QUAL METODOLOGIA?

O “Rio da Minha Rua” propõe atividades que levem à descoberta do rio da sua rua,

através de um modelo de educação ambiental que supere a visão de meio ambiente

como matéria a ser estudada, como lição esporádica, mas que possibilite e leve as

pessoas a empenharem-se em transformá-lo num ambiente melhor, tendo como foco o

rio.

COM QUAIS INSTRUMENTOS?

O Rio da Minha Rua fornecerá às escolas e grupos interessados um Kit contendo

uma Apostila para o professor com textos teóricos e sugestões de atividades práticas e

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de sensibilização, jornal e um DVD com a imagem de satélite de toda a cidade, com a

identificação das microbacias.

COM QUAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO?

Os grupos poderão se comunicar com a equipe da Sema, ou entre si, por e-mail,

telefone, pelo site do programa O Rio da Minha Rua ou até solicitar uma visita da equipe

da Sema até a sua escola.

ONDE QUEREMOS CHEGAR?

É mostrar que, através de pequenas ações, dentro de nossas casas, no bairro, na

escola, no trabalho, na igreja e na comunidade, é possível ajudar a preservar e recuperar

um dos recursos mais valiosos para todos nós: a água.

3. DESCRIÇÃO DO KIT

O Kit é composto pelos seguintes materiais:

1 (uma) Apostila do Rio da Minha Rua, contendo textos e sugestões de atividades

para o professor.

1 (um) DVD contendo:

• Programa Arc Reader

• Arc Reader Tradutor

• Rio da Minha Rua – versão 1.0 – dados

• Bacia do Ribeirão Cafezal

• Bacia do Ribeirão Cambé

• Bacia do Ribeirão Limoeiro

• Bacia do Ribeirão Lindóia

• Bacia do Ribeirão Três Bocas

• Bacia do Ribeirão Jacutinga

• Dicas Ambientais

• Apresentação o Rio da Minha Rua

• Leia-me geral

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4. PRINCIPAIS CONCEITOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Do histórico de ações da EA, três vertentes podem ser identificadas: positivista,

construtivista e crítica. Os positivistas buscam enfatizar informações ecológicas em

detrimento dos processos de ensino-aprendizagem, buscando a mudança de

comportamentos individuais. Os construtivistas ampliam os espaços da EA trazendo a

preocupação pedagógica e o cuidado na aprendizagem. A afetividade e a corporeidade

somam-se à dimensão informativa, buscando elos sociais e ecológicos mais amplos. Por

sua vez, os que realizam uma educação ambiental crítica preocupam-se com a

participação e o empoderamento dos grupos sociais, privilegiando a emancipação e

autonomia numa perspectiva mais política, sem, contudo, negligenciar as informações

ecológicas e a construção dos conhecimentos.

A Educação Ambiental pode ser considerada uma práxis educativa e social que

contribui para a tentativa de implementação de uma sociedade mais igualitária e que

considera o “ambiente” segundo uma concepção de inclusão do ser humano em todos os

processos, sendo filosoficamente indistinto do que se denomina “natural”.

Plantio de mata ciliar com a comunidade no

Córrego Sem Dúvida – Londrina/Pr Fonte: Sema, 2007

Atividade com a comunidade no Córrego Guarujá – Londrina/Pr Fonte: Sema, 2007

AMBIENTE

O conhecimento sistemático sobre o meio ambiente ainda está em construção e,

por ser um processo dinâmico, é provável que nunca se venha a ter um conceito

definitivo. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): “muitos

estudiosos da área ambiental consideram que a idéia para a qual se vem dando o nome

de meio ambiente não configura um conceito que interesse ou possa ser estabelecido de

modo rígido e definitivo. É mais relevante estabelecê-lo como uma representação social,

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isto é, uma visão que evolui no tempo e depende do grupo social em que é utilizado. São

estas representações, bem como suas modificações ao longo do tempo, que importam: é

nelas que se busca intervir quando se trabalha com meio ambiente”.

Visando uma prática pedagógica contextualizada sobre ambiente, é importante

conhecer as concepções ou as representações coletivas dos grupos de atores sociais que

causam ou atuam com problemas ambientais, sabendo que estas são dinâmicas e se

modificam rapidamente. Nesse sentido é importante identificar as representações

individual e social sobre ambiente, para que se possa conhecer e refletir sobre os

conflitos entre ser humano– sociedade - natureza. Segundo (ANA, 2006), a dissociação

entre o que é “humano” e o que é “natural” se tornou corriqueira, sendo mostrada dos

filmes à mídia cotidiana. De fato, em pesquisa de opinião realizada sobre “O que o

brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”, apenas 30% dos

entrevistados apontaram que “homens e mulheres” são parte do meio ambiente. Outros

elementos pouco identificados como integrantes do meio ambiente foram “índios” (25%),

“cidades” (18%) e “favelas” (16%). Os itens mais facilmente identificados foram “matas”

(73%), “rios” (72%), “água” (70%) e “animais” (59%). Além disso, para 67% dos

brasileiros entrevistados “a natureza é sagrada e o homem não deve interferir nela”.

Uma proposta de análise das representações sociais da relação ser humano–

sociedade–natureza divide as visões em “Naturalistas”, “Antropocêntricas” e

“Globalizantes” ou “Sistêmica”, conforme descrito no quadro abaixo:

NATURALISTA • Considera meio ambiente como sinônimo de natureza (intocada) e de harmonia. • O ambiente engloba os aspectos físicos e biológicos, mas exclui o ser humano

deste contexto. O ser humano é um observador externo. Exemplo de discurso Caracteriza-se por dois subgrupos:

• Espacial: “lugar onde os seres vivos habitam”. • Elementos circundantes: conjunto de elementos bióticos (seres vivos) e

abióticos (ar, água e solo). Prática pedagógica

• Assume uma pedagogia tradicional; • Resume-se à transmissão de conhecimentos sobre a natureza

(meio biótico e abiótico); • O ser humano enquadra-se como depredador; • Ênfase na metodologia: observação da natureza (conservada ou depredada)

in loco. ANTROPOCÊNTRICA

• Evidencia a utilidade dos recursos naturais para “a sobrevivência do ser humano” (visão utilitarista).

• Reconhece a interdependência entre elementos bióticos e abióticos e a ação transformadora do ser humano sobre os sistemas naturais, alterando o “equilíbrio ecológico”.

Exemplo de discurso • “É tudo que nos cerca: os animais, os vegetais, a água, o solo, o ar, enfim, tudo

o que possibilita a nossa sobrevivência”.

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• “É o meio onde vivemos aproveitando todos os recursos que temos para sobreviver”.

Prática pedagógica • Assume uma “pedagogia tradicional”; • Objetiva a conscientização dos alunos quanto à preservação dos recursos que

utilizam e dos quais dependem para sua sobrevivência; • No estudo da problemática ambiental dá prioridade aos aspectos políticos,

sociais e econômicos, em função do “ser humano”. SISTÊMICA

• Evidencia as relações recíprocas entre natureza e sociedade. • Caracteriza-se por destacar as interações complexas entre os aspectos sociais e

naturais, como também os aspectos, políticos, econômicos, .filosófilos e culturais.

• O ser humano é compreendido enquanto ser social, vivendo em comunidades. Exemplo de discurso

• “O meio ambiente é a nossa casa, o nosso bairro, a cidade, o país, o planeta, os animais, as plantas, a família, a sociedade, as relações entre todos os seres vivos e tudo o que nos cerca”.

Prática pedagógica • Assume uma tendência inovadora ou de inovação; • Transmissão de conhecimentos sobre a complexidade do meio natural; • Visão do ser humano como elemento constitutivo do meio ambiente enquanto

ser social, vivendo em comunidades; • Objetiva a sensibilização dos alunos sobre a necessidade de se preservar as

interações existentes tanto no meio natural como no meio social e também entre eles;

• Inclui temas e atividades que não fazem parte da rotina pedagógica, desenvolvendo conteúdos que não fazem parte do programa oficial (estudos de caso sobre a poluição de rios, problemas com o lixo, e reciclagem, discussões sobre a pobreza, miséria, saúde);

• Adota uma perspectiva de abordagem interdisciplinar.

IMPACTOS AMBIENTAIS

A visão tradicional de impacto ambiental o classifica como uma alteração no meio

ambiente, resultante das atividades humanas e que afeta o funcionamento dos sistemas.

Exemplos desses impactos são freqüentemente registrados e vêm sendo debatidos, como

a poluição do solo, água e ar; a extinção de espécies; o aquecimento global; o efeito

estufa; o desmatamento; as queimadas etc. e seus efeitos sobre a saúde humana e os

ecossistemas.

Mas será que é só isso? Se os impactos ambientais são só os causados pelo ser

humano, não estamos reforçando a separação do ser humano da natureza? O que dizer

de um raio que cai numa propriedade causando um incêndio? Isso causa um impacto

ambiental? E o que dizer dos efeitos dos fenômenos “naturais” como tempestades,

terremotos, furacões etc. sobre o funcionamento dos ecossistemas? Deveriam ser

considerados impactos ambientais?

Além disso, alguns impactos, que à primeira vista parecem exclusivamente,

podem também ser originados ou intensificados por ações humanas. Por exemplo, as

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alterações no ciclo hidrológico, verificadas nas últimas décadas causadas pela

urbanização, pelo desmatamento, pelas queimadas e pelo aumento da quantidade de

partículas no ar aumentaram a possibilidade de ocorrência de chuvas mais intensas em

algumas regiões.

Nas cidades, que não estavam preparadas para esses eventos, houve um

aumento das inundações e, como só foram pensadas ações para “resolver o problema” (e

não as suas causas), isto gerou, e gera prejuízos econômicos e sociais.

Mostra-se assim, mais uma vez, a inter-relação entre as ações humanas e o

ambiente, reforçando o sentimento de pertencimento do ser humano neste planeta. Ao

mesmo tempo, reforça também sua responsabilidade ambiental (em seu sentido mais

amplo), já que é a única espécie capaz de ter consciência do que seus atos podem

provocar sobre o planeta.

Fonte: www.emersonfialho.wordpress.com

POBREZA E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

Para avançarmos na construção do conceito de impactos ambientais, devemos

lembrar que este deve ser construído, levando-se em conta a concepção de “ambiente”.

Se partirmos do princípio que o ambiente inclui o ser humano, então tudo o que diz

respeito a ele deve ser considerado. Sendo assim, tudo o que causa dano à sua condição

de vida deveria ser classificado como um “impacto”.

Nesta concepção, o que dizer das degradações sociais? Não deveríamos

considerar que toda forma de dano social é uma forma de agressão ao ambiente? A

pobreza, a fome, a exclusão social, a violência, as guerras não seriam elas, por si sós,

formas de degradação ambiental?

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Fonte: www.blogdamartabellini.blogspot.com

Ocupação irregular com moradias nas margens do rio e conseqüente poluição da água

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O conceito de desenvolvimento sustentável deriva do entendimento de que o ser

humano é capaz de ações que depredam o meio ambiente. É difícil dizer quando o ser

humano se deu conta dessa capacidade, pois a abundância de recursos naturais dava a

falsa impressão de que seriam infinitos.

No entanto, na década de 1960, algumas discussões político-científicas

começaram a chamar a atenção para o fato de que os recursos poderiam não ser infinitos

e algumas ações humanas tinham efeito negativo direto sobre o funcionamento dos

ecossistemas.

Uma das primeiras evidências incontestáveis desses efeitos se deu quando da

publicação do livro Primavera silenciosa, denunciando os impactos deletérios de

pesticidas organoclorados (DDT, entre outros) sobre a fauna e flora de um bosque nos

Estados Unidos, em 1962.

Dois anos antes, especialistas de diversas áreas haviam se reunido na Itália para

uma série de reuniões num evento que ficou conhecido como Clube de Roma. O Clube de

Roma publicou um estudo chamado “Limites do crescimento” no qual se dizia que o

desenvolvimento científico e tecnológico empregado na época estava em confronto com o

que o ambiente poderia suportar.

Nessa época, aparece e ganha importância a Ecologia, campo do conhecimento

que analisa e discute a relação entre as espécies e o ambiente. Numerosos exemplos de

degradação ambiental são registrados e cada vez mais esse assunto fica em evidência.

No esforço de tentar implementar uma ação coordenada para tentar corrigir tais

problemas, em 1987 a Comissão Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento da ONU

produziu um documento – “Nosso futuro comum” – reunindo delegações de vários

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países. Ali, se define desenvolvimento sustentável como “aquele que atende às

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras

atenderem às suas próprias necessidades”.

Vamos refletir um pouco sobre isto. É certo que as pessoas têm “necessidades”,

mas também têm valores e apreciam a liberdade de decidir qual valor atribuir às coisas e

de que maneira preservar esses valores. Por isso, ver os seres humanos apenas em

termos de suas necessidades pode nos dar uma visão um tanto insuficiente da

humanidade.

Um exemplo para entendermos melhor: imaginemos alguém que considere que

deveríamos fazer o possível para preservar uma espécie ameaçada de extinção, digamos,

a coruja-pintada.

Não haveria contradição se a mesma pessoa declarasse que os nossos padrões de

vida são independentes da presença ou da ausência de corujas-pintadas, mas que

acredita que não deveríamos permitir sua extinção por razões que pouco têm a ver com

a necessidade de manutenção dos atuais e futuros padrões de vida dos seres humanos

(por exemplo, por seus valores éticos, estéticos, ligados à afetividade, ao sagrado etc.).

(Fonte: www.ana.gov.br)

55.. ÁÁGGUUAA NNOO PPLLAANNEETTAA

A água recobre ¾ da superfície do nosso planeta e constitui também ¾ do nosso

organismo. Entre todos os elementos que compõem o universo, a água é talvez aquele

que melhor simboliza a essência do homem, desempenhando um papel fundamental no

nosso equilíbrio.

Os oceanos, rios, lagos, geleiras, calotas polares, pântanos e alagados cobrem

cerca de 354.200 km² da Terra, e ocupam um volume total de 1.386 milhões de km³.

Apenas 2,5% desse reservatório, porém, consiste de água doce, fundamental para a

nossa sobrevivência, sendo o restante impróprio para o consumo. Além disso, 68,9% da

água doce estão na forma sólida, em geleiras, calotas polares e neves eternas. As águas

subterrâneas e de outros reservatórios perfazem 30,8%, e a água acessível ao consumo

humano, encontrada em rios, lagos e alguns reservatórios subterrâneos, somam apenas

0,3%, ou 100 mil km³ (cerca de 113 trilhões de m3).

O volume total de água na Terra não aumenta nem diminui: é sempre o mesmo.

A água é um recurso natural essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos. A

ameaça da falta de água permanente, em níveis que possam inviabilizar até a simples

existência, pode parecer um exagero, mas não é.

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Distribuição de água no mundo

Fonte: www.ciencia.hsw.uol.com.br

O rápido crescimento da população mundial no século passado e sua concentração

em grandes zonas urbanas em várias partes do mundo têm provocado à degradação da

água. Hoje somos cerca de 6 bilhões de pessoas que com outros seres vivos, repartem

essa água.

A desigualdade na distribuição das águas, entretanto, faz com que alguns países

sejam extremamente pobres em água, e outros muito ricos. Países desérticos, como o

Kuwait, Arábia Saudita e Líbia, e pequenos países insulares, como Malta, Catar e as ilhas

Bahamas, possuem menos do que 200 m³/ano por habitante, enquanto o recomendado

pela ONU é de 1.000 m³/hab/ano.

Regiões como o Canadá, a Rússia asiática, as Guianas e o Gabão têm mais de

100.000 m³/hab/ano. O Brasil está na categoria servida com 10.000 a 100.000

m³/hab/ano, e possui 12% da água doce disponível no mundo. No entanto, nossas

reservas de água potável estão diminuindo. Entre as principais causas estão: crescente

aumento do consumo e a contaminação das águas superficiais e subterrâneas por

esgotos domésticos e resíduos tóxicos da indústria e da agricultura. (Fonte: Apostila das

Águas, 2004)

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Fonte: www.geografiaparatodos.com

66.. OOSS MMÚÚLLTTIIPPLLOOSS UUSSOOSS DDAA ÁÁGGUUAA

A água pode ser utilizada de diversas maneiras. Como é uma substância

indispensável para a vida, seus usos principais são para a sobrevivência das populações

humanas e o equilíbrio dos ecossistemas, incluindo-se aí todas as plantas, animais e

microorganismos.

A Lei 9.433 de 1997, chamada de Lei das Águas, estabelece que a gestão dos

recursos hídricos deva proporcionar os usos múltiplos da água em bacias hidrográficas

brasileiras. Alguns usos da água são: abastecimento para uso doméstico, dessedentação

de animais e conservação ambiental. Outros usos da água também procuram atender às

necessidades dos seres humanos, como a água para agricultura (irrigação), para

aumentar e garantir a produção de alimentos, para a indústria, produção de energia

elétrica através das hidrelétricas e navegação para transporte de produtos e pessoas. Em

caso de escassez de água, o consumo humano e a dessedentação de animais são

considerados prioritários pela lei brasileira.

Os usos que consomem a água são chamados usos consultivos, ou seja, são os

que reduzem o volume da água de rios, lagos e de água subterrânea. Por exemplo, são

usos consuntivos o abastecimento humano, a dessedentação de animais, a irrigação e o

uso industrial.

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Há também os usos que não consomem diretamente a água. Estes são chamados

usos não consuntivos. São eles: os usos para lazer, navegação e geração de energia.

Na bacia, a água é captada do rio para satisfazer quatro usos principais: irrigação,

uso industrial, abastecimento público e energia elétrica.

Fonte: www.aguas.sc.gov.br

A agropecuária é a atividade que mais demanda água (pecuária de leite e corte

suinocultura, café, cana-de-açúcar, hortifrutigranjeiros), seguida das atividades

industriais (siderurgia, metalurgia, mecânica, química, alimentícia, álcool, têxtil,

curtume, papel e celulose). A degradação atual da qualidade das águas é resultado de

impactos de todas essas atividades, sobretudo, da indústria e da mineração e, em menor

escala, das propriedades rurais, em função do uso de pesticidas e herbicidas e da erosão

causada pela falta de manejo dos solos.

Das muitas áreas cobertas pela Floresta Atlântica, foram transformadas em

pastagens.

CONSUMO DIRETO DA ÁGUA ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

O sistema de abastecimento de água para consumo humano é constituído de três

componentes: manancial ou fonte de água, estação de tratamento de água e rede de

distribuição na cidade.

Cerca de 35% da população brasileira são abastecidos pelos mananciais

subterrâneos, geralmente em cidades pequenas. Porém, o uso mais freqüente é o dos

mananciais superficiais, pela maior facilidade de obtenção da água.

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Tratamento de água e distribuição

Fonte: www.editorasaraiva.com.br

Nas cidades, em geral, a água que vem dos mananciais é canalizada para uma

Estação de Tratamento de água (ETA), onde são retiradas as impurezas da água para

garantir padrões adequados ao uso humano. A partir da ETA, a água é distribuída na

cidade por meio de uma rede subterrânea de condutos de água. Dependendo do

tamanho da população, poderão existir várias ETAs alimentando diferentes redes.

Próximo as ETAs existem reservatórios que permitem armazenar água tratada e

regularizar o atendimento da demanda da cidade, demanda esta que varia ao longo do

dia e dos dias da semana.

A porcentagem da população atendida com água tratada no Brasil é de 92,4%,

com maior proporção nas áreas urbanas. O serviço é realizado por empresas municipais,

estaduais ou privadas. No Brasil, 82% da população é atendida por serviços estaduais e o

restante é atendido por empresas municipais e privadas.

Um grave problema no Brasil é a grande perda de água na rede, da ordem de

40%, causada pela falta de manutenção das tubulações e pela prática criminosa de roubo

de água da rede (os chamados “gatos”). Isto gera desperdício e compromete a qualidade

da água que chega ao consumidor. Além disso, com o aumento do consumo, novas

fontes de água devem ser utilizadas, aumentando os impactos ambientais e os custos

para o consumidor que paga suas contas.

Em Londrina, a Sanepar, (companhia responsável pelo abastecimento de água)

tem possibilidade de cobrir 100% da população urbana com água tratada.

Os serviços da Sanepar seguem as exigências do Ministério da Saúde, garantindo,

portanto, os índices determinados com relação à qualidade da água. Porém, quase 20%

da água tratada em Londrina acaba sendo desperdiçada de diversas formas.

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Para que seja mantida a qualidade da água oferecida pela empresa de tratamento

é necessário que as pessoas façam regularmente a limpeza dos reservatórios residenciais

(caixa d’água ).

IRRIGAÇÃO

A irrigação é utilizada na agricultura para suprir de água a plantação, sendo a

garantia da produtividade agrícola, independente da pluviosidade de um determinado

ano. Em todo o mundo (e também no Brasil), a agricultura é a atividade que demanda a

maior quantidade de água, ficando em níveis próximos a 70% do uso da água. Para se

ter uma idéia, um hectare de irrigação de arroz por inundação pode consumir o

equivalente ao consumo de 800 pessoas na cidade.

Os métodos mais comuns de irrigação são por inundação e por aspersão, quando

a água chega por condutos e depois é distribuída por jatos de água ou por gotejamento,

em que os sistemas de captação e distribuição levam apenas a quantidade de água

necessária para manter saudável a plantação.

A irrigação por inundação e por aspersão tem má relação custo/benefício, uma

vez que os gastos com energia são altos – a água deve ser captada e bombeada – e

geram ineficiência, pois ambos os métodos desperdiçam muita água por evaporação. Já o

método por gotejamento, embora tenha custos mais altos de implementação, é uma

alternativa mais viável no longo prazo, além de ser menos danoso para os rios e açudes

por demandar menos água. Porém, há que se considerar que nem todo cultivo permite a

utilização de sistemas de gotejamento.

No Brasil, boa parte da agricultura não utiliza sistemas de irrigação. Dos mais de

70 milhões de hectares cultivados, cerca de 3,5 milhões são irrigados. No entanto, a

irrigação é feita, em grande parte, segundo os métodos menos eficientes: 53% por

inundação e 38% por aspersão.

Irrigação

Fonte: www.guarapuava.pr.gov.br

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Apenas uma pequena parcela das plantações no Brasil utiliza irrigação por

gotejamento. Com o aumento das fronteiras agrícolas, sobretudo no chamado Arco do

Desmatamento na região de transição Cerrado/Amazônia, a tendência é o aumento da

demanda por água. As estimativas são de que, até 2050, a área irrigada no Brasil chegue

a 24 milhões de hectares.

A região semi-árida brasileira tem um grande desafio no que se refere a

sustentabilidade: a perda de água por Evapotranspiração chega a 3.500 mm anuais para

uma precipitação da ordem de 250 a 600 mm.

Estados como o Ceará têm 60% do seu território com formação cristalina, onde o

aqüífero praticamente não existe. Em muitas regiões, como no sertão pernambucano, a

água do subsolo é salobra, o que inviabiliza seu uso sem dessalinizador, equipamento

muito dispendioso. Este já é um problema real em uma área de 15 mil hectares nessa

região. Só na bacia do rio São Francisco há cerca de 2.000 hectares salinizados. Nas

áreas mais distantes de rios e lagos perenes, a agricultura passa a ser um exercício de

persistência e de alto custo.

Nas regiões Sul e Sudeste, o uso da irrigação ainda depende de redução de custos

para a maioria das culturas, à exceção do arroz por inundação no Sul. Grande parte do

setor agrícola prefere assumir os riscos quanto às estiagens prolongadas, que ocorrem

somente em alguns anos, do que investir em irrigação. Além disso, há sérios conflitos no

que diz respeito ao uso da água para agricultura ou para o abastecimento humano,

principalmente quando a demanda é muito alta como na irrigação de arroz por

inundação. A solução desse tipo de conflito passa pelo aumento da eficiência dos

sistemas de irrigação e pelo gerenciamento adequado dos efluentes agrícolas quanto à

contaminação.

O consumo também é alto na produção de bebidas e alimentos (para 1 litro de

cerveja são necessários de 4 a 12 litros de água; para a produção de 1 quilo de leite em

pó ou de queijo são necessários de 3 a 5 litros de água).

O principal impacto dessas atividades é a redução da quantidade de água dos rios

e lagos, pela captação, e a piora da qualidade da água em função do lançamento de

e.fluentes parcialmente tratados ou não tratados.

Atualmente existe uma prática importante de reuso da água industrial visando

reduzir esses impactos. O reuso da água na indústria busca reduzir o consumo de água,

diminuir o retorno de efluentes para o sistema fluvial e diminuir os custos finais do uso e

tratamento da água.

ABASTECIMENTO ANIMAL

O abastecimento animal corresponde a cerca de 5% do consumo de água no país

e é importante, sobretudo na área rural onde se concentra a maior parte dos rebanhos.

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No Brasil, como a maioria dos rebanhos de gado não é confinada, não existe

sistemas de coleta e distribuição e os animais utilizam a água de rios ou açudes. Já no

caso das grandes criações de porcos e frango, o abastecimento é constante e necessita

de instalações especiais. Cerca de 90% do consumo animal é devido ao rebanho bovino,

sendo que os maiores rebanhos estão na região Centro-Oeste. Para engordar 1 quilo,

uma vaca necessita de 10 a 14 kg de grãos.

Uma vaca leiteira necessita beber cerca de 4 litros de água por dia para produzir.

A questão é que as criações de animais não consomem apenas água para beber. A

produção de carne e derivados requer água de outras formas indiretas. Atualmente, no

mundo todo, cerca de dois terços da área plantada (equivalente a 1 bilhão de hectares)

destina-se à produção de ração animal. Só o gado consome metade desses grãos.

USO INDUSTRIAL

A rede de abastecimento de água das cidades atende às residências, ao comércio

e às indústrias.

O setor industrial é um dos que mais consome água. Algumas indústrias são tão

“sedentas” que possuem sistema de abastecimento próprio.

Quase todas as indústrias necessitam de água que pode ser utilizada no sistema

de limpeza, para refrigeração ou no processo produtivo. O consumo de água é alto em

muitos casos.

Por exemplo, para a produção de 1 quilo de papel são necessários de 30 a 200

litros de água.

1 – Estoque de cavacos de madeira 2 – Fabricação da polpa 3 – Branqueamento 4 – Formação da folha 5 - Acabamento

Processo de fabricação do papel Fonte: www.celuloseonline.com.br

MEDIDAS PARA CONSERVAÇÃO E RACIONALIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA

REUSO

Prática moderna para racionalizar o consumo de águas. Como o nome diz, é a

reutilização das águas por um empreendimento ou residência (por exemplo, águas

Page 20: Apostila Educ Ambiental

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19

usadas no processo produtivo podem ser reusadas para resfriar caldeiras; águas usadas

após o banho podem ser usadas no vaso sanitário).

RACIONALIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA

Existem várias medidas de racionalização do uso da água que integram os

principais usos consultivos. Estas medidas podem atuar sobre o consumo, sobre as

perdas no sistema de distribuição e no reuso.

O consumo pode ser reduzido utilizando-se equipamentos adequados e lançando-

se mão da educação. Um exemplo de que é possível economizar através da

racionalização do uso ocorreu na cidade de Nova York, no início da década de 1990. A

cidade teve uma crise de abastecimento de água e necessitava de mais 340 milhões de

litros de água a cada dia, cerca de 7% do uso total da cidade.

Dicas para evitar o desperdício de água

Lavar o carro com balde Reutilizar a água da

máquina de lavar roupas

Molhar as plantas com

regador

Fechar a torneira

enquanto lava a louça

Este tipo de descarga é

mais econômica

Tempo máximo no

chuveiro: 5 minutos

Consertar vazamentos Manter a torneira fechada

enquanto escova os

dentes

Fonte: www.sesip.org.br

A alternativa era gastar US$ 1 bilhão para bombear água do rio Hudson,

aumentando os impactos ambientais a esse ecossistema, mas a cidade optou pela

redução da demanda.

Em 1994, iniciou-se um programa de racionalização, com investimento de US$

295 milhões, para substituir 1/3 de todas as instalações dos banheiros da cidade. Todos

os vasos sanitários que consumiam cerca de 20 litros por descarga, foram substituídos

Page 21: Apostila Educ Ambiental

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20

por outros de 6 litros. Em 1997, quando o programa terminou 1,33 milhões de

dispositivos foram substituídos em 110.000 edifícios com 29% de redução de consumo

de água por edifício, reduzindo o consumo em cerca de 300.000 m3 por dia.

A racionalização nas perdas na distribuição envolve o uso de tecnologia, de

materiais adequados e manutenção das redes existentes.

Já está claro para os gestores que os custos com a prevenção de problemas são muito

mais baixos do que os custos para resolver o problema depois que se instalou.

Quanto ao reuso, este pode ser indireto, quando a água já usada uma ou mais

vezes em casas ou indústrias é descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e

utilizada novamente; ou direto, quando o uso planejado e deliberado de esgotos tratados

é praticado na irrigação ou uso industrial. Ainda acontece a reciclagem interna, que

consiste no reuso de água dentro das instalações industriais, para economizar água e

controlar a poluição.

CONSERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA

A manutenção das florestas e de outros tipos de vegetação originais propicia a

conservação da biodiversidade, além de alternativas econômicas de exploração

sustentável dos recursos naturais. Em uma bacia hidrográfica, a cobertura florestal

contribui de modo decisivo para regularizar a quantidade de água dos cursos d’água,

para aumentar a capacidade de armazenamento de água nas microbacias, reduzir a

erosão, diminuir os impactos das inundações e manter a qualidade da água e a vida

aquática.

Fonte: www.cienciahoje.pt

O Plano Nacional de Recursos Hídricos ressalta três conceitos essenciais para o

desenvolvimento de políticas relacionadas com a conservação da biodiversidade no

Brasil: Bioma, Ecorregião e Biorregião.

Page 22: Apostila Educ Ambiental

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21

BIOMA

Um conjunto de vida (vegetais, animais e microorganismos) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis regionalmente, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em diversidade biológica própria. O bioma consiste na unidade biológica de maior extensão geográfica, compreendendo vários ecossistemas em diferentes estágios de evolução e tendo como elemento de união o tipo de vegetação dominante. Com base nessas características são definidos seis biomas no Brasil: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

ECORREGIÃO

Conjunto de comunidades naturais que compartilham a maioria das espécies, com dinâmicas, processos ecológicos e condições ambientais similares, mas que são geograficamente distintas das demais ecorregiões. Em 2003, o Brasil definiu 25 ecorregiões aquáticas, compreendendo as principais bacias hidrográficas do país por suas características peculiares.

BIORREGIÃO

Unidade territorial de planejamento, incluindo os sistemas ecológicos e as populações humanas residentes. São extensas o bastante para manter a integridade das comunidades biológicas, hábitats e ecossistemas, e pequenas o suficiente para serem facilmente reconhecidas pela sociedade que nelas viver. A Biorregião é um espaço geográfico identificado por comunidades locais, agências governamentais e entidades científicas interessadas em garantir a sustentabilidade de seu processo de desenvolvimento, o que inclui fragmentos de um ou vários ecossistemas e caracteriza-se por sua cultura humana e sua história.

BIOMAS

CONSUMO INDIRETO DA ÁGUA ENERGIA ELÉTRICA

A energia elétrica pode ser produzida por meio da dinâmica da água, quando esta

movimenta as turbinas de uma hidrelétrica. A energia produzida é medida em Mwh e

depende de duas variáveis: a vazão de água do rio e a diferença de nível entre o nível da

água no reservatório e no rio depois da barragem. A construção de barragens é

importante para regular o nível de água para a hidrelétrica, garantindo a geração de

energia mesmo em épocas mais secas.

A energia elétrica é distribuída pelas regiões do Brasil graças às linhas de

transmissão, que saem das usinas hidrelétricas e chegam aos centros consumidores de

energia, a longas distâncias.

Mwh - Megawatts hora; Mega equivale a 1 milhão, e Watts é uma unidade de medida de

energia.

Page 23: Apostila Educ Ambiental

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22

Para se ter uma idéia de sua amplitude, o consumo médio per capita por ano no

Brasil é de 1,55 Mwh (ou 1.550 kwh = Quilowatts hora)

Esquema de usina hidrelétrica

Fonte:www.eletronuclear.gov.br

A GERAÇÃO DE ENERGIA E AS LINHAS DE TRANSMISSÃO

A Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional é a maior do mundo em capacidade de

geração de energia elétrica.

Construída no rio Paraná, na fronteira entre Brasil e Paraguai, gera 89,1 milhões

Mwh, cerca de 25% da energia consumida em todo o Brasil.

Embora a usina se localize, na parte brasileira, na cidade de Foz do Iguaçu, no

Paraná, a energia não abastece esta cidade, mas é enviada por quilômetros e

quilômetros, por meio das linhas de transmissão, principalmente para abastecer São

Paulo e Rio de Janeiro, os maiores centros urbanos brasileiros e, portanto, maiores

consumidores de energia do país.

Linhas de transmissão de energia Fonte: www.essjtalha.no-ip.info

A crise no fornecimento de energia ocorrida em 2001 no Brasil foi causada pela

conjugação de um período crítico de chuva na região Sudeste e de um mau planejamento

do setor energético, que não teve investimentos suficientes para a construção de novas

Page 24: Apostila Educ Ambiental

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23

linhas de transmissão. Naquele momento, a região Sul estava com os reservatórios

cheios, enquanto a região Sudeste estava passando por um período longo de estiagem.

Ou seja, havia possibilidade de geração de energia, mas não havia linhas de transmissão

para levar a energia para onde a demanda era mais alta.

PROCESSO DE GERAÇÃO DE ENERGIA HIDRELÉTRICA

O Brasil é muito dependente das hidrelétricas, já que em média 84% da geração

de energia elétrica vêm dessas fontes. O país é um dos maiores produtores de energia

hidrelétrica, com 10% da produção mundial. Porém, o sistema está no limite de

atendimento da demanda. Os investimentos no setor, desde 1985, foram insuficientes,

tornando o sistema vulnerável às variações climáticas anuais (secas e cheias).

Se bem planejada, a hidreletricidade é uma das formas menos impactantes de

geração de energia. No entanto, a construção de grandes hidrelétricas não deixa de gerar

impactos ambientais e sociais, principalmente em função dos alagamentos de grandes

áreas de cobertura vegetal e pela necessidade, muitas vezes, de deslocamento de grande

número de pessoas.

Além disso, apesar de não ser considerado um uso consultivo, pode-se ter, em

regiões áridas e semi-áridas, a redução de até 25% da água pela evaporação ocorrida no

reservatório. Ou seja, mesmo não havendo consumo direto, a geração de energia por

hidrelétricas pode reduzir a quantidade de água dos rios.

Mas não são apenas as grandes hidrelétricas que produzem energia. No Brasil, é

cada vez mais freqüente a construção de pequenas centrais hidrelétricas para o

atendimento de demandas específicas. Outra estratégia é a de diversificar as fontes de

geração de energia, de forma a tornar os países menos vulneráveis a problemas

associados ao abastecimento por uma fonte de energia elétrica preponderante.

Usina hidrelétrica de Itaipu –Paraná

Fonte: www.oeste.forma.com.br

Page 25: Apostila Educ Ambiental

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24

NAVEGAÇÃO

O transporte de pessoas ou de cargas é feito nas chamadas hidrovias, caminhos

navegáveis dos rios de médio e grande porte. O potencial das hidrovias no Brasil é

enorme, mas o país nunca deu prioridade a este tipo de transporte, preferindo as

rodovias.

Atualmente, a navegação nos rios ainda é limitada, concentrando-se, sobretudo,

nos da região Norte, onde há grandes rios navegáveis (Amazonas e seus afluentes) e a

rede de estradas e ferrovias é precária.

O crescimento da produção agrícola brasileira, que passou de 120 milhões de

toneladas de grãos (representando 8% da produção mundial), é um dos maiores

impulsionadores do uso das hidrovias no Brasil. A grande produção, principalmente de

soja dos estados da região Centro-Oeste, vem sendo exportada pelo rio Madeira,

passando ao rio Amazonas e daí para o oceano Atlântico e seus portos de destino mundo

afora.

77.. CCOONNSSUUMMOO DDEE ÁÁGGUUAA

O uso da água por setores varia de país para país. Em geral, o consumo fica em

torno de 70% na agricultura (destes 70%, mais da metade do volume se perde por

escoamento ou evaporação, além de dispendiosas técnicas de irrigação), 20% são

utilizados na indústria, onde muitas vezes a água é usada com grande ineficiência e

apenas 10% se destinam para uso doméstico (National Geografic, 2002).

Fonte: Apostila das Águas, PML, Sema, 2004

Esta é apenas uma generalização, visto que em alguns países, as estatísticas

diferem, por exemplo:

Na Guiana, 1% do uso de água é para fins domésticos e 99% para fins agrícolas e

industriais; ao passo que, na Guiné Equatorial, a proporção praticamente se inverte:

81% do gasto hídrico é para fins domésticos e apenas 19% para fins agrícolas e

industriais. (COMCIENCIA, 2003).

No Brasil, a concentração do consumo permanece na agricultura, principalmente

devido a técnicas ineficientes de irrigação e ao desperdício. O consumo residencial médio

Page 26: Apostila Educ Ambiental

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25

de água por pessoa no Brasil é de 200 litros/dia (LAACTA, 2003), sendo que estes são

divididos em:

Descarga de banheiro: 33%

Consumo (cozinhar, beber...) 27%

Higiene (banho, escovar dentes) 25%

Lavagem de carro 12%

Outros 3%

O consumo de água no planeta também tem crescido ao longo do tempo. No

século XVIII, o consumo de água não chegava a 500 quilômetros cúbicos atualmente

este valor é de aproximadamente 5.000 quilômetros cúbicos.

Fonte: Apostila das Águas, PML, Sema, 2004

88.. CCIICCLLOO HHIIDDRROOLLÓÓGGIICCOO

Apesar da impressão de que a água está "acabando", a quantidade de água na

Terra é praticamente invariável há 500 milhões de anos. O que muda é a sua

distribuição, pois a água não permanece imóvel. Ela se recicla através de um processo

chamado Ciclo Hidrológico, através dos quais as águas do mar e dos continentes se

evaporam, formam nuvens e voltam a cair na terra sob a forma de chuva, neblina e

neve. Depois escorrem para rios, lagos ou para o subsolo e aos poucos correm de novo

para o mar mantendo o equilíbrio no sistema hidrológico do planeta.

Page 27: Apostila Educ Ambiental

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26

Ciclo da Água

Fonte: www.sesip.org.br

O ciclo hidrológico caracteriza-se pelo movimento constante da água e por sua

passagem por diferentes estados físicos (sólido, líquido e gasoso), dependendo da maior

ou menor quantidade de energia (calor) que a Terra recebe do Sol.

Parte da água que chega à superfície da Terra evapora-se novamente. O restante

pode seguir diversos caminhos, envolvendo:

a infiltração no solo, ficando disponível para as plantas ou alimentando os lençóis

freáticos e as águas subterrâneas.

o escoamento pelas encostas dos morros formando sulcos e canais de drenagem,

até atingir lagos, córregos, rios e por fim, os oceanos.

a formação de camadas de gelo e geleiras em regiões de clima frio.

a absorção pelas plantas e o consumo de água pelos animais. Parte da água

absorvida retorna novamente para a atmosfera através da transpiração das folhas

e dos poros dos animais.

O fluxo de água que evapora dos oceanos é cerca de 47.000 km³/ano maior que o

fluxo que nele cai em forma de precipitação. Esse excedente indica a quantidade de água

que é transferida dos oceanos para os continentes nos processos de evaporação e

precipitação. A água retorna aos oceanos através do escoamento pelos leitos dos rios e

pelos fluxos subterrâneos de água. O tempo de residência da água nos oceanos, definido

como o quociente entre o volume total de água e a parte transferida dos oceanos para os

continentes, é de cerca de 20 a 30 mil anos. Porém, toda a água que sai dos oceanos é

para ele devolvida, sob a forma de precipitação ou de fluxos de água líquida. Portanto, a

quantidade total de água na Terra permanece constante. (COMCIENCIA, 2003).

As eventuais "perdas" de água se devem mais à poluição e à contaminação, que

podem chegar a inviabilizar a reutilização, do que à redução do volume de água da Terra.

A existência do Ciclo Hidrológico é uma das provas de que o gerenciamento adequado

Page 28: Apostila Educ Ambiental

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27

dos recursos hídricos, e não a "falta d'água", é o maior problema a ser enfrentado pela

humanidade.

99.. ÁÁGGUUAA SSUUBBTTEERRRRÂÂNNEEAA

Na crosta terrestre, desde as mais áridas planícies até os pontos mais altos do

relevo terrestre, esconde-se sob a superfície do solo, uma das principais fontes de toda a

água utilizável pelo homem: os aqüíferos, que contém cerca de 30% da água doce. São

águas que se infiltram lentamente através do solo e se acomodam, a diferentes

profundidades, em camadas rochosas, e lá ficam armazenadas.

O estudo dos fenômenos e leis que condicionam e regulam a ocorrência,

distribuição e movimento destas águas e os seus efeitos para a vida e para os interesses

humanos é denominado Hidrogeologia.

As águas subterrâneas têm um grande diferencial que é a sua qualidade. Esta

água, para abastecimento público, não necessita passar pelas diversas fases do

tratamento convencional. Basta apenas a simples cloração para desinfetar. Outra

vantagem da exploração das águas subterrâneas é que, de modo geral, o impacto

ambiental é bem menor. A captação deste verdadeiro tesouro é feita em poços tubulares

profundos. Os poços são perfurados verticalmente com equipamentos apropriados com

variados parâmetros de profundidade, diâmetro, revestimento e vazão.

Água subterrânea

Fonte:www.sefloral.com.br

Atualmente os serviços de monitoramento das condições de exploração tornaram-

se indispensáveis não somente do poço como unidade isolada, como também da

Page 29: Apostila Educ Ambiental

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28

sustentabilidade do aqüífero e sua proteção ambiental.

IIMMPPOORRTTÂÂNNCCIIAA DDAASS ÁÁGGUUAASS SSUUBBTTEERRRRÂÂNNEEAASS

• Os aqüíferos têm importância estratégica e suas funções são ainda pouco exploradas,

tais como: produção, armazenamento, transporte, regularização, filtragem e

autodepuração, além da função energética, quando as águas saem naturalmente

quentes do subsolo;

• Os usos das águas subterrâneas são crescentes: abastecimento, irrigação, calefação,

balneoterapia, engarrafamento de águas minerais e potáveis de mesa e outros.

FFAATTOORREESS QQUUEE AAFFEETTAAMM AA QQUUAALLIIDDAADDEE DDAASS ÁÁGGUUAASS SSUUBBTTEERRRRÂÂNNEEAASS

• A exploração excessiva, que pode provocar o esgotamento dos aqüíferos;

• A contaminação das águas subterrâneas por efluentes sanitários e industriais,

agrotóxicos, fertilizantes, substâncias tóxicas provenientes de vazamentos como, por

exemplo, tanques de combustível.

Contaminação de Água Subterrânea

Fonte: www.e-geo.ineti.pt

ÁÁGGUUAA SSUUBBTTEERRRRÂÂNNEEAA NNOO BBRRAASSIILL

O Brasil possui grandes reservas subterrâneas (da ordem de 112 mil Km2). Estima-

se que 51% do suprimento de água potável do Brasil sejam originários dos recursos

hídricos subterrâneos.

O aqüífero Guarani, maior reservatório subterrâneo de água doce das Américas e

um dos maiores do mundo, está localizado na Bacia Sedimentar do Paraná, abrangendo

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29

quatro países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. De seus 1,2 milhões de Km2, cerca

de 840 mil Km2 (71% do total) está em território brasileiro, envolvendo os estados de

Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Santa Catarina,

Paraná e Rio Grande do Sul.

1100.. MMAATTAA CCIILLIIAARR

A mata ciliar é uma das formações vegetais mais importantes para a

preservação da vida e da natureza, ela serve de proteção aos rios e córregos. Pode-se

dizer que a mata ciliar é a formação vegetal que cresce às margens dos cursos d'água.

Importância

Por localizarem as margens dos corpos d’água (rios), possuem muita importância, como

por exemplo:

• Manutenção da qualidade da água, inclusive para o consumo humano;

• Estabilização das margens de rios, lagos, etc.;

• Controle de temperatura, luz, e de entrada de nutrientes no ecossistema aquático;

• Refúgio e fonte de alimento para a fauna silvestre, inclusive a aquática;

• Constituição de modelos da organização natural desse tipo de vegetação;

• Formação de uma rede de distribuição da biodiversidade, permitindo inclusive a

conexão de fragmentos florestais não ripários;

Mata ciliar preservada

Fonte: www.mataverde.files.wordpress.com

Ausência das Matas Ciliares

As matas ciliares foram e continuam sendo destruídas, criando inúmeros problemas,

como:

Page 31: Apostila Educ Ambiental

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• Formação de grandes extensões de solos nus, provocando a erosão;

• Assoreamento do leito do rio, intensificando as inundações;

• Aumento da poluição aquática, principalmente pelo carreamento de agrotóxicos;

• Perda de espécies da flora e fauna, tanto terrestres como aquáticas;

• Comprometimento das nascentes de água.

1111.. BBAACCIIAA HHIIDDRROOGGRRÁÁFFIICCAA

Bacia hidrográfica é o conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus

afluentes e sub-afluentes. Trata-se de uma área da superfície terrestre, delimitada pelos

pontos mais altos do relevo, na qual a água proveniente das chuvas escorre para os

pontos mais baixos do relevo formando um curso de água (rio) ou lago. É como o piso

que recolhe toda a água que cai em determinado local e a encaminha para as partes

mais baixas (ralo).

A idéia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascentes,

divisores de águas e características dos cursos de água principais e secundários,

denominados afluentes e sub-afluentes.

Uma bacia hidrográfica evidencia a hierarquização dos rios, ou seja, a organização

natural por ordem de menor volume para os mais caudalosos, que vai das partes mais

altas para as mais baixas.

As bacias podem ser classificadas de acordo com sua importância, como principais

(as que abrigam os rios de maior porte), secundárias e terciárias, segundo sua

localização, como litorâneas ou interiores.

É muito importante entender o conceito de bacia hidrográfica. Ele é a base de

toda a gestão das águas no Brasil. Ao adotar a bacia hidrográfica como delimitação

territorial para a gestão das águas, se está respeitando a divisão espacial que a própria

natureza fez. A bacia passa a ser a unidade de planejamento, integrando políticas para a

implementação de ações conjuntas, visando o uso, a conservação e a recuperação das

águas. Ocorre, porém, que a delimitação territorial por bacia hidrográfica pode ser

diferente da divisão administrativa, ou seja, da divisão por estados e municípios. Nesse

sentido, a gestão por bacia hidrográfica pode proporcionar uma efetiva integração das

políticas públicas e ações regionais, o que por si só é bastante positivo.

PARANÁ

Apresenta uma malha hidrográfica em extensão de mais de 100 mil quilômetros,

divididos em 16 bacias hidrográficas.

Bacia Hidrográfica do Paranapanema 1

Bacia Hidrográfica do Paranapanema 2

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Bacia Hidrográfica do Paranapanema 3

Bacia Hidrográfica do Paranapanema 4

Bacia Hidrográfica de Itararé

Bacia Hidrográfica das Cinzas

Bacia Hidrográfica do Tibagi

Bacia Hidrográfica do Pirapó

Bacia Hidrográfica do Ivaí

Bacia Hidrográfica do Paraná 1

Bacia Hidrográfica do Paraná 2

Bacia Hidrográfica do Paraná 3

Bacia Hidrográfica do Piquiri

Bacia Hidrográfica do Iguaçu

Bacia Hidrográfica da Ribeira

Bacia Hidrográfica Litorânea

BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DO PARANÁ

Iguaçu

Piquiri

Paraná 3

Ivai

Tibagi

Litorânea

Ribeira

Itararé

Cinzas

Pirapó

Paraná 2

Parana 1 Paranapanema 1

Paranapanema 2

Paranapanema 3

Paranapanema 4

Fonte: Apostila das Águas, PML, Sema, 2004

LONDRINA

O município de Londrina é formado por 14 bacias hidrográficas que abrangem as áreas urbanas e rurais.

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Bacias hidrográficas de Londrina – Área de expansão urbana

Fonte: Sema, 2008

Bacia Hidrográfica do Ribeirão Jacutinga Bacia Hidrográfica do Ribeirão Engenho de Ferro Bacia Hidrográfica do Ribeirão Limoeiro Bacia Hidrográfica do Ribeirão Três Bocas Bacia Hidrográfica do Ribeirão Apertados Bacia Hidrográfica do Ribeirão Remancinho Bacia Hidrográfica do Ribeirão Volta Grande Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Marrecas Bacia Hidrográfica do Córrego do Gavião Bacia Hidrográfica do Ribeirão Figueira Bacia Hidrográfica do Ribeirão Barra Funda Bacia Hidrográfica do Rio Apucaraninha Bacia Hidrográfica do Ribeirão Três Bocas Mirim Bacia Hidrográfica do Rio Apucarana

BACIAS HIDROGRÁFICAS URBANAS DE LONDRINA

Bacia Hidrográfica do Ribeirão Jacutinga Bacia Hidrográfica do Ribeirão Lindóia Bacia Hidrográfica do Ribeirão Quati Bacia Hidrográfica do Ribeirão Água das Pedras Bacia Hidrográfica do Ribeirão Limoeiro Bacia Hidrográfica do Ribeirão Cambé Bacia Hidrográfica do Ribeirão Cafezal

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33

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO JACUTINGA Afluentes:

Córrego do Jacú Córrego "Sem Nome" Córrego Itaúna Córrego Poço Fundo Córrego Pirapózinho Córrego Mosel Córrego Sem Dúvida Arroio Primavera

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO LINDÓIA Afluentes:

Córrego Páreo 2 Córrego Ouro Verde Córrego do Topo Córrego Paraty Córrego do Veado Córrego Cabrinha Córrego João Paz Córrego Vezozzo Córrego Mineral Ribeirão Quati Córrego Bom Retiro Córrego Ibiá

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO ÁGUA DAS PEDRAS Afluentes:

Córrego Londrina Córrego do Fumo Córrego dos Crentes Córrego Palmital Córrego Esperança Córrego do Aí Córrego Jaci

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO LIMOEIRO Afluentes:

Córrego "Sem Nome" Córrego Barreiro Córrego Cafezal Córrego "Sem Nome" Arroio Diamante

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO CAMBÉ Afluentes:

Córrego da Mata Córrego Colina Verde Córrego Capivara Córrego Tucanos Córrego da Piza Córrego do Monjolo Córrego Bem-Te-Vi Córrego Roseira Córrego São Lourenço

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34

Córrego Cristal Córrego Araripé Córrego "Sem Nome" Córrego Cacique Córrego Baroré Córrego Rubi Córrego Água Fresca Córrego do Leme Córrego Guarujá Córrego das Pombas Córrego Carambeí Córrego Pica-Pau Córrego Tico-Tico Córrego do Inhambu Córrego da Chapada Córrego dos Piriquitos Córrego Pampa

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO CAFEZAL Afluentes:

Córrego Unda Córrego São Domingos Córrego Uberaba Ribeirão Esperança Córrego Cebolão Água da APUEL Água do Acampamento Córrego "Sem Nome" Córrego do Sabiá Água do Tatu Córrego do Pica-pau Amarelo Córrego das Andorinhas Córrego "Sem nome" Córrego Tamareira Córrego Saltinho Córrego Água Clara Córrego Ponte Seca Córrego Jerimú Córrego "Sem Nome" Córrego "Sem Nome"

1122.. AA ÁÁGGUUAA NNOO MMEEIIOO UURRBBAANNOO

A qualidade das águas disponíveis para os diferentes usos pelo homem depende

do uso e da ocupação dos solos em torno dos mananciais e de toda a bacia hidrográfica

das quais esses mananciais fazem parte.

A qualidade das águas é resultante das condições naturais da bacia hidrográfica e

das atividades humanas desenvolvidas nessa região. Atualmente, mais de 80% da

população brasileira reside em cidades. O rápido crescimento da população vivendo em

zonas urbanas exerce uma forte pressão sobre a demanda de recursos hídricos nestes

meios. O crescimento populacional é um fator crítico, já que gera uma maior necessidade

Page 36: Apostila Educ Ambiental

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35

de bens de consumo, alimentos e água, aumentando conseqüentemente a emissão de

poluentes industriais e uso de agrotóxicos e outros insumos para incrementar a

produção.

Condições naturais

Em uma bacia hidrográfica preservada em suas condições naturais são importantes a

estrutura do solo e a cobertura vegetal. As águas da chuva escoam na superfície do solo

carregando suas partículas para o manancial. Dependendo então, do tipo de solo e

características da vegetação, teremos quantidades maiores ou menores destas partículas

de solo sendo encaminhadas para os rios. As águas da chuva, solo e vegetação são

também importantes na formação e manutenção dos mananciais subterrâneos (freático e

profundo) de uma região.

Interferência das pessoas

O ser humano pode comprometer a qualidade da água de diversas maneiras:

a. Em relação ao grau de ocupação do solo da bacia:

A construção de casas, prédios ou indústrias numa determinada bacia, pode

provocar a contaminação de suas águas de diversas maneiras. A principal e a mais

comum é o esgoto jogado diretamente nos rios. Outra possibilidade de contaminação é

através da construção de fossas próximas a corpos d’água. A permeabilidade do solo

permite a contaminação ao longo dos anos.

Os resíduos sólidos ou lixos acumulados em áreas urbanas podem ser carregados

para os rios, lagos e represas pelas águas das chuvas. As águas das chuvas também

podem carregar partículas de fezes de animais dos telhados e calçadas para dentro dos

mananciais. Quanto maior for o grau de ocupação do solo maior será o risco de

contaminação do manancial.

b. Prática de atividades poluidoras na área da bacia:

A instalação de indústrias ou atividades como a mineração também pode colocar

em risco a qualidade da água em um manancial. Substâncias químicas nocivas podem

ser geradas e atingirem diretamente os corpos d’água, ou podem se depositar no solo, e

com o tempo, se as chuvas alcançarem os mananciais, pode colocar em risco a saúde da

população que é abastecida por essa água.

c. Aplicação de defensivos agrícolas:

Biocidas e fertilizantes, provenientes das atividades agropecuárias, contaminam

diretamente ou indiretamente o manancial prejudicando a qualidade da água.

d. Criação de animais:

A concentração de animais em áreas da bacia hidrográfica acarreta no acúmulo de

esterco que pode ser carregado pela chuva para os mananciais, comprometendo a

Page 37: Apostila Educ Ambiental

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36

qualidade da água, aumentando os teores de nitrogênio e fósforo e o risco de coliformes

fecais.

Nem só da falta d'água nasce o problema do abastecimento. A má qualidade da

água disponível muitas vezes é um fator determinante no quadro de escassez, sobretudo

nas grandes cidades onde a poluição compromete os mananciais e acarretam inúmeros

outros problemas, dos quais os mais visíveis são as enchentes e as doenças infecciosas.

A gravidade do assunto pode ser percebida pelo que diz o estabelecido na Eco92:

"aproximadamente 80% de todas as doenças de origem hídrica e mais de um terço das

mortes em países em desenvolvimento são causadas pelo consumo de água

contaminada".

1133.. GGEESSTTÃÃOO IINNAADDEEQQUUAADDAA DDAASS ÁÁGGUUAASS

A má gestão no uso das águas tem gerado grandes conseqüências para a

qualidade e a quantidade da água, para a fauna e flora aquáticas e para o funcionamento

dos ecossistemas, além de gerar graves efeitos sobre a saúde humana.

Alguns dos principais impactos são: o desmatamento das matas ribeirinhas, a

mineração (que altera física e quimicamente os ecossistemas aquáticos), a extinção de

espécies locais, a introdução de espécies exóticas (que alteram o equilíbrio natural dos

ecossistemas) e o lançamento de rejeitos resultantes de atividades agrícolas (fertilizantes

e agrotóxicos), industriais e domésticos.

Estes impactos podem gerar conseqüências diretas e indiretas sobre os

ecossistemas aquáticos.

Por exemplo, o assoreamento (soterramento de lagos e rios) é gerado pelo uso

inadequado do solo e pelo emprego de práticas agrícolas antiquadas. A eutrofização

(aumento da quantidade de nutrientes nas águas, seja de origem natural ou cultural)

pode produzir a proliferação indesejada de algas, cianobactérias e plantas aquáticas,

além do aumento de doenças de veiculação hídrica.

RELAÇÃO ENTRE ÁGUA E SAÚDE HUMANA

A relação entre água e saúde vem se tornando cada vez mais complexa com o

crescimento demográfico, a ocupação desordenada e a aglomeração populacional em

grandes cidades e no entorno dos corpos d’água.

O fato de existirem mais pessoas requer mais água, o que pressiona os recursos hídricos

próximos.

Page 38: Apostila Educ Ambiental

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37

Nos últimos cem anos, a população mundial triplicou, enquanto o consumo de

água ficou seis vezes maior. Essa incrível demanda faz com que novas fontes de água

sejam exploradas continuamente e que 1,3 bilhões de pessoas no mundo não tenham

acesso à água potável.

No Brasil não tem sido diferente. Em 1940, a população brasileira era de 40

milhões de habitantes, dos quais 12,8 milhões viviam em núcleos urbanos, enquanto a

maioria da população vivia na zona rural. Sessenta anos depois, a população brasileira

aumentou 4,5 vezes e a relação inverteu-se: em 2000, mais de 80% da população

brasileira viviam nas cidades.

O fato de existirem mais pessoas requer mais água, o que pressiona os recursos

hídricos próximos.

Além disso, a expansão não planejada das cidades muitas vezes ocorre em áreas

de mananciais de abastecimento humano, produzindo efluentes que são lançados sem

tratamento nos rios e córregos, inviabilizando o uso destas águas.

DADOS DA FALTA DE SANEAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO

BRASIL

•Mais de 80% dos esgotos no Brasil são lançados sem tratamento em rios, lagos e

no mar.

•60 milhões de brasileiros não têm acesso a saneamento básico.

•3,4 milhões de residências não têm água encanada, o que atinge 15 milhões de

brasileiros.

•1/3 dos municípios com menos de 20.000 habitantes não tem água tratada.

•16 milhões não possuem coleta de lixo.

Como cerca da metade da população mundial não tem acesso a tratamento de

esgotos domésticos, a falta de saneamento é, sem dúvida, o principal problema a ser

enfrentado, sobretudo nos países em desenvolvimento. Nesses países, as doenças

relacionadas com a água respondem por 90% de todas as doenças infecciosas que

acometem a população, e pelo menos 4 milhões de pessoas morrem a cada ano por

doenças de veiculação hídrica.

DADOS DO SANEAMENTO BÁSICO EM LONDRINA

O atendimento com o serviço de rede esgoto hoje, em nossa cidade cobre

72,58%, sendo que todo o esgoto coletado é 100% tratado. A porcentagem de pessoas

beneficiadas com água tratada atinge 99,03%. (Fonte: Sanepar, 2008).

Page 39: Apostila Educ Ambiental

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38

DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA

Os principais agentes causadores das doenças veiculadas pela água são os

protozoários (amebíase e giardíase), as bactérias (leptospirose, cólera, febres tifóide e

paratifóide) e os vírus (hepatite infecciosa). Outras são transmitidas diretamente por

organismos vetores ou indiretamente através de hospedeiros que se desenvolvem na

água e cujos agentes patogênicos podem viver ou não na água (como a esquistossomose

causada pelo verme Schistosoma mansoni) que se aloja no corpo do hospedeiro

intermediário, o caramujo.

Para evitar tais problemas, a água destinada ao consumo deve ser sempre

convenientemente tratada. Além disso, deve-se evitar qualquer contato com focos de

água poluída. O problema é maior para a população menos favorecida, que vive às

margens dos córregos, rios e canais poluídos na periferia das cidades.

Todos são co-responsáveis por sua boa saúde. Assim, é preciso tomar alguns

cuidados para protegê-la: lavar a caixa d’agua a cada seis meses, não deixar acumular

água em latas, vidros e pneus e evitar usar água de córregos (mas se tiver que usá-la,

tentar fervê-la e/ou colocá-la em um filtro antes de bebê-la). Os cuidados com a higiene

pessoal e com a limpeza da casa também são fundamentais para reduzir o risco de

adoecimento.

Doenças transmitidas pela água Higiene Pessoal

Fonte: www.canalkids.com.br

A água utilizada para vários fins, normalmente é devolvida para o meio ambiente

parcialmente ou totalmente poluída, (com substâncias tóxicas ou microorganismos

patogênicos), comprometendo a qualidade dos recursos hídricos, e aumentando o risco

de transmissão de doenças.

As doenças decorrentes da falta de saneamento básico são responsáveis por cerca

de 65% do total de internações nos hospitais públicos e conveniados do país. Desta

forma, podemos deduzir que os investimentos realizados em saneamento representam

economia na saúde.

Page 40: Apostila Educ Ambiental

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39

Toda população tem o direito aos serviços de saneamento básico que consiste:

• No tratamento da água, tanto da estação de tratamento como nas residências;

• Na coleta e no tratamento do esgoto doméstico e industrial;

• Na coleta e no tratamento do lixo.

Doenças Agente Via de contaminação Sintomas

Cólera bactéria oral, frutos do mar

(ostra,siri,algas), peixes

diarréia intensa,

náuseas, vômitos

Leptospirose bactéria oral, percutâneo febre, dores pelo corpo,

pele amarelada (icterícia)

Amebíase protozoário oral cólicas intestinais,

diarréias, fraqueza

Giardíase protozoário oral cólicas intestinais,

diarréias, fraqueza

Hepatite A vírus oral

febre, fraqueza, pele

amarelada, fezes claras,

urina escura

Dengue vírus picada de mosquito

cansaço, dores

musculares e nas

articulações, manchas

vermelhas pelo corpo,

sangramento (boca e

nariz)

Febre Amarela vírus picada de mosquito

febre alta, calafrios,

vômito escuro, dores

(musculares, cabeça,

estômago), sede

Malária vírus picada de mosquito

febre alta (intervalos de

48 ou 72 horas) e

calafrios

Lombriga (Ascaridíase) verme oral cólicas intestinais,

fraqueza, diarréia

Amarelão (Ancilostomíase) verme oral

cólicas intestinais,

fraqueza, diarréia,

palidez da pele (anemia),

fezes com sangue

Esquistossomose verme oral, percutâneo

inchaço no abdome,

cólica intestinal,

fraqueza, diarréia

Micose fungo cutâneo manchas pelo corpo,

coceiras

Fonte: Apostila das Águas, PML, Sema, 2004.

Page 41: Apostila Educ Ambiental

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40

1144.. PPRRÁÁTTIICCAASS SSUUSSTTEENNTTÁÁVVEEIISS NNAASS BBAACCIIAASS HHIIDDRROOGGRRÁÁFFIICCAASS

As práticas sustentáveis para o ambiente urbano envolvem: (a) racionalização do

uso da água, reduzindo as perdas e diminuindo os volumes dos efluentes, por exemplo,

através do reuso da água; (b) tratamento dos efluentes domésticos e industriais; (c)

preservação dos mecanismos naturais de escoamento, infiltração e conservação dos rios

urbanos; (d) recuperação de áreas degradadas, sempre que possível; (e) Gestão

integrada da bacia hidrográfica urbana. Estas práticas são essenciais para evitar os

problemas atuais e futuros.

O principal problema brasileiro no que se refere às práticas sustentáveis para o

ambiente urbano é a falta de tratamento de esgotos domésticos e industriais. Esse

tratamento envolve a coleta nas casas e indústrias, tratamento adequado e a disposição

final nos rios. Atualmente apenas 50,4% do total do esgoto gerado são coletados e deste

total apenas 25,4% são tratados, ou seja, menos de 15% do esgoto gerado são tratados.

Há, portanto, necessidade de mais investimentos, em caráter emergencial, neste setor.

Estação de Tratamento de Esgoto

Fonte: www.sabesp.com.br

Para a redução das enchentes nas áreas urbanas é necessária a realização de

novos loteamentos, preservando as condições naturais de escoamento do solo.

Utilizando-se planos de infiltração, pavimentos permeáveis ou mesmo armazenando a

água que cai sobre áreas impermeáveis (possibilitando, inclusive, seu reuso), podem-se

reduzir a quantidade de retenção de águas, evitando inundações e a erosão do solo.

A gestão integrada da bacia urbana é essencial para planejar o uso do solo em

consonância com o abastecimento, o esgoto sanitário, a drenagem urbana, os resíduos

sólidos e os sedimentos, conferindo as condições de sustentabilidade ao ambiente

urbano.

Page 42: Apostila Educ Ambiental

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41

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL

A sustentabilidade do desenvolvimento rural depende, entre outros fatores, da

disponibilidade de água e da conservação ambiental. A fruticultura e a cafeicultura, em

algumas regiões, têm mostrado rentabilidade que torna viável o investimento,

principalmente graças ao número de safras em um mesmo ano.

Por outro lado, esses empreendimentos exigem uma precisa regularização da

água durante períodos longos, já que o plantio é permanente.

A sustentabilidade deste processo no longo prazo dependerá do aprimoramento

tecnológico.

É importante ressaltar, porém, que é necessário educar e treinar a população para

reduzir a contaminação dessa água, mantendo-se limpos os telhados, calhas e a

cisternas e clorando a água adequadamente. Na última década, em outras regiões,

sobretudo no Sul do Brasil, a adoção das práticas de plantio direto melhorou a

sustentabilidade ambiental de áreas agrícolas, com considerável aumento no nível dos

aqüíferos, em função da maior infiltração da água, além da redução da erosão do solo.

Plantio direto de milho

Fonte: www.aboaterra.com.br

PRINCIPAIS MEDIDAS PARA PREVENIR, ELIMINAR OU MINIMIZAR O PERIGO

DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS PELA ÁGUA

Proteção dos mananciais – todas as áreas da bacia destinada a manancial de

abastecimento precisam ser protegidas, principalmente as áreas marginais, evitando-se

todo o tipo de poluição, como o lançamento de esgotos domésticos, a criação de animais,

deposição de resíduos sólidos e ocupações irregulares realizadas pelo homem.

Tratamento adequado da água para o consumo humano e manutenção constante do

sistema de distribuição de água às residências.

Page 43: Apostila Educ Ambiental

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42

Tratamento de Água – Sanepar/Londrina

Não beber nem tomar banho em águas contaminadas ou tratadas de forma irregular.

No caso de abastecimento realizado pela água de poço é necessário analisar

previamente a qualidade da água, tratá-la com o cloro ou fervê-la para o consumo e

asseio pessoal.

OBS.: Os textos expostos nesta apostila basearam-se nos seguintes documentos: Ministério do Meio

Ambiente – Caminho das Águas (Cadernos do Professor 1 e 2), 2006 e Prefeitura do Município de Londrina

– SEMA – Apostila das Águas, 2004.

15. SUGESTÕES DE ATIVIDADES

AATTIIVVIIDDAADDEE 11

EM QUE BACIA HIDROGRÁFICA EU MORO?

OBJETIVO:

Construir a percepção de que todos nós moramos em uma bacia hidrográfica.

PROCEDIMENTOS:

Procure descobrir em que Bacia Hidrográfica está situada a sua casa.

Se ninguém por perto souber responder a essa pergunta, você pode ajudar mudando

a pergunta.

A água da chuva que cai na nossa rua vai para qual rio? E assim pode ficar mais fácil

para responder.

CONCLUSÕES:

A água que nós e nossos vizinhos usamos é a mesma, tem a mesma origem.

Page 44: Apostila Educ Ambiental

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43

A unidade que provoca isso é a bacia hidrográfica.

O esgoto que sai de nossa casa e dos vizinhos vai para o mesmo rio.

Todos devem ter o mesmo cuidado com aquilo que é comum.

AATTIIVVIIDDAADDEE 22

DDEECCAANNTTAADDOORR

OBJETIVO:

Determinar como a densidade afeta o movimento da água.

MATERIAIS:

• tigela de vidro com capacidade de 2 litros

• sal

• copo medidor (250 ml)

• colher medidora ou colher de sopa (15 ml)

• corante azul

PROCEDIMENTOS:

Encha o copo com 200 ml de água.

Adicione 6 colheres (90 ml) de sal na água e mexa.

Despeje em gotas o corante de forma que a água fique bem azul.

Encha a tigela com água pela metade.

Observe a tigela pela lateral conforme você despeje a água salgada e azul.

RESULTADOS:

A água colorida direciona-se para o fundo da tigela formando ondas embaixo da água

limpa.

PORQUÊ?

A densidade corrente é o próprio movimento da água para a diferença na densidade

da água. Toda a água marítima contém sal, mas quando dois corpos de águas se

misturam, a água que contém mais sal se posicionará embaixo da água mais leve, ou

seja, a que contém menos sal, inicialmente, permanecerá em cima até que ocorra a

mistura.

Diversos outros fenômenos que ocorrem na natureza, principalmente associados ao

lançamento de esgotos e efluentes em lagos, são semelhantes a esse.

AATTIIVVIIDDAADDEE 33

CCOONNSSTTRRUUIINNDDOO UUMM HHIIGGRRÔÔMMEETTRROO

OBJETIVO:

Construir um equipamento que ajude a medir a umidade do ar

Page 45: Apostila Educ Ambiental

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44

MATERIAIS:

• Uma lata pequena vazia

• Dois termômetros

• Um pedaço de tecido absorvente

• barbantes ou elásticos

PROCEDIMENTOS:

Faça um buraco a 6 cm do fundo da lata.

Encha a lata com água até o buraco.

Grude os dois termômetros do lado externo da lata com barbante ou com elástico.

Um termômetro deve ter seu bulbo imediatamente acima do buraco.

Embrulhe o bulbo do termômetro que está acima do buraco com o pedaço de tecido.

Empurre um pedaço do tecido para dentro do buraco.

Anote diariamente as temperaturas marcadas pelos dois termômetros e observe que

são diferentes.

Essa diferença de temperatura pode nos ajudar a determinar a umidade relativa do

ar, e para isso você pode achar uma tabela padrão nos livros de meteorologia.

E se você puder fazer diversas observações seguidas em um dia de verão bem

quente, verá que a umidade do ar sobe, sobe, até virar chuva. Com o tempo,

aprendendo a ler esse aparelho, você poderá prever chuva (+ ou -) uma hora antes que

ela comece a ocorrer.

AATTIIVVIIDDAADDEE 44

VVEELLOOCCIIDDAADDEE DDAA ÁÁGGUUAA

OBJETIVO:

Demonstrar como a velocidade da água corrente afeta a erosão.

MATERIAIS:

• Um lápis

• Um copo de papel

• Um canudinho de plástico

• Um quilo de argila ou massa de modelar

• Um pedaço de papelão de 30x30cm

• Uma porção de terra

• Quatro litros de água

PROCEDIMENTOS:

Use o lápis para fazer um buraco na face lateral do copo, na parte mais baixa.

Corte o canudinho em dois pedaços e insira um deles no buraco feito no copo.

Coloque a argila ou a massa de modelar em volta do canudinho para vedar o local e

Page 46: Apostila Educ Ambiental

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45

impedir qualquer tipo de vazamento.

Coloque o papelão no chão e com a terra erga um dos lados a uma altura de

aproximadamente 5 cm do chão.

Cubra o papelão com uma fina camada de terra.

Coloque o copo no topo da parte elevada do papelão, direcionando o canudinho para

a descida.

Tampe o canudinho com o dedo conforme você enche o copo com água.

Destampe o canudinho e observe o movimento da água.

Limpe o papelão e cubra-o novamente com terra.

Aumente a inclinação do papelão, erguendo o lado superior a 15 cm do chão.

Posicione o copo no topo do plano inclinado.

Tampe o canudinho com o dedo conforme você enche o copo com água.

Libere o canudinho e observe o movimento da água.

AATTIIVVIIDDAADDEE 55

PPOOLLUUIIÇÇÃÃOO DDEE UUMM LLAAGGOO

OBJETIVO:

Entender como a poluição em um lago se espalha.

MATERIAL:

• Uma assadeira ou tabuleiro (30cm X 20cm x 3,5cm)

• Vinte clipes de plástico ou metal

• Um pires branco

• Um vidro com tampa

• Uma seringa descartável de 25ml

• Três conta-gotas limpos

• Um vidro contendo 25ml de uma solução de permanganato de potássio em um

litro de água. Esse será o poluente.

PROCEDIMENTOS:

Coloque água na assadeira, até a metade da altura. Ela vai representar um lago.

Pegue alguns clipes e divida a assadeira em duas regiões

Com a seringa descartável ponha no vidro 8ml de água e 2ml do poluente.

Tampe o vidro e agite-o. A cor dessa mistura vai representar o padrão de qualidade

do lago em relação ao poluente X.

Coloque uma gota do padrão de qualidade em um pires.

Pegue 20ml do poluente X com seringa descartável e jogue-o na região 1 do lago.

Não agite a água.

Agora retire com o conta-gotas uma gota desta região e uma gota da região 2, bem

Page 47: Apostila Educ Ambiental

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46

distante do lugar em que foi posto o poluente, use dois conta-gotas diferentes, para um

líquido não contaminar o outro.

Pingue essas duas gotas no pires em que está a gota do padrão de qualidade.

Compare a cor das três gotas.

Observe em que região a concentração do poluente fica mais alta. Veja também se há

alguma região poluída. Anote suas conclusões.

O poluente X se espalha naturalmente pelo lago. Em situação real, esse

espalhamento é facilitado pela constante agitação das águas.

Agite a água do lago e retire com o conta-gotas novas amostras das duas regiões.

Coloque-as no pires e compare-as com o padrão de qualidade.

Veja se a concentração do poluente é muito diferente nas duas regiões. Compare a

segunda amostragem.

Observe se, em relação à primeira amostragem, a concentração do poluente na

região 1 aumentou ou diminuiu.

Faça a mesma coisa com a região 2.

Veja também se nessa segunda amostragem há regiões poluídas.

AATTIIVVIIDDAADDEE 66

EEVVAAPPOORRAAÇÇÃÃOO

OBJETIVO:

Mostrar como acontece a evaporação da água.

MATERIAIS:

• Dois potes de vidro (da mesma forma e tamanho)

• Um rolo de papel alumínio

• Uma caneta

PROCEDIMENTOS:

Encha os dois potes de vidro pela metade. Verifique se o nível da água é o mesmo

nos dois potes, e marque o nível de lado de fora.

Cubra um dos potes com papel alumínio.

Deixe os dois potes num lugar quente por alguns dias. Depois verifique os níveis da

água novamente. Qual é o nível medido passado esse tempo?

AATTIIVVIIDDAADDEE 77

PPLLUUVVIIÔÔMMEETTRROO

OBJETIVO:

Aprender a medir a chuva de uma região.

Page 48: Apostila Educ Ambiental

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47

MATERIAIS:

• Uma garrafa plástica (pode ser uma de dois litros)

• Uma régua

PROCEDIMENTOS:

Corte a parte superior da garrafa e encaixe-a de ponta cabeça, na outra parte,

formando um funil.

Use a régua para marcar uma escala na lateral da garrafa.

Coloque seu medidor de chuva num lugar aberto.

Prenda-o firmemente no chão e proteja-o do vento, para que as gotas de chuva não

sejam sopradas para longe do funil.

Verifique a quantidade de chuva que cai todos os dias e faça sua própria tabela de

chuva.

AATTIIVVIIDDAADDEE 88

LLIIMMPPEEZZAA DDAASS ÁÁGGUUAASS

OBJETIVO:

Verificar a possibilidade de “limpar a água”.

MATERIAL:

• Um litro de água lamacenta

• Uma garrafa plástica

• Um filtro de papel

• Uma porção de areia

• Um pouco de carvão triturado

PROCEDIMENTOS:

Corte a parte de cima da garrafa uns 8 a 10 cm abaixo da tampa.

Vire essa parte de cabeça para baixo e encaixe-a na outra parte da garrafa.

Coloque um filtro de papel e uma camada de areia molhada.

Depois despeje um pouco de água lamacenta na areia.

Você verá que a água aparece mais limpa quando passa pelo filtro.

Você pode melhorar seu filtro colocando uma camada de carvão em pó sobre a areia.

A sujeira ficará presa nas camadas, deixando a água mais limpa.

As finas partículas do carvão em pó prendem mais sujeira que os grãos de areia.

AATTIIVVIIDDAADDEE 99

CCOOMMOO FFAAZZEERR AAGGUUAA DDOOCCEE

OBJETIVO:

Compreender como acontece o processo de dessalinização.

Page 49: Apostila Educ Ambiental

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48

MATERIAL:

• Um litro de água

• 250 gramas de sal

• Um recipiente limpo

• Um par de luvas de fogão

• Uma panela com tampa

PROCEDIMENTOS:

Despeje a água na panela até 5 ou 8 cm de altura. Misture bastante sal.

Experimente-a.

Aqueça a água até ferver e deixe-a em fogo lento. Coloque a tampa na panela.

Use as luvas para levantar a tampa. Derrame as gotas de água da tampa no

recipiente e faça isso várias vezes, até conseguir bastante água.

Você irá perceber que essa água é boa para beber, pois o sal não evapora.

AATTIIVVIIDDAADDEE 1100

QQUUAALLIIDDAADDEE DDAA ÁÁGGUUAA

OBJETIVO:

Conhecer as diferentes composições da água que consumimos.

MATERIAL:

• Três garrafas de água mineral de marcas diferentes

• Uma folha de papel e um lápis

• Uma régua e um esquadro

• Uma calculadora

PROCEDIMENTOS:

Copie a tabela abaixo em uma folha de papel.

No rótulo de cada garrafa, procure a informação “resíduo seco de evaporação a

180ºC”, valor indicado em miligramas por litro(mg/l). Anote o valor.

Beba um gole de cada uma das águas analisadas. Anote os sabores, assim você

poderá lembrar, se precisar. Algumas costumam ter um “gostinho’ salgado, outras

parecem ser um pouco adocicadas”.

Consultando o rótulo de cada garrafa, anote em sua tabela as quantidades das

diferentes substâncias que compõem a água. Se você encontrar alguma substância que

não está na tabela, aumente uma linha e acrescente-a.

Faça a soma das parcelas e confira. O total deve corresponder ao valor indicado como

resíduo seco de evaporação (não se esqueça de que o resíduo é formado pelas

substâncias contidas na água).

Page 50: Apostila Educ Ambiental

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49

Caso exista alguma diferença, levante hipóteses para explicar o que pode ter

acontecido.

Verifique se, no rótulo, aparece a informação “água gasosa natural”, “água

gaseificada artificialmente” ou “água comum adicionada de sais”.

NOTA:

Mg/l ou miligrama por litro

Para entender o que é a unidade mg/l, você precisa lembrar-se de que um miligrama

é 1 milésimo de grama. Para recuperar 1g de uma dada substância que se encontra na

garrafa à razão de 1 mg/l, precisaríamos evaporar uma quantidade igual a 1.000 litros,

ou uma caixa d`água daquelas grandes, inteirinhas...

AATTIIVVIIDDAADDEE 1111

PPRROOPPRRIIEEDDAADDEESS DDAA ÁÁGGUUAA

OBJETIVO:

Perceber diferentes propriedades que a água apresenta e como se comporta em

contato com outros líquidos.

MATERIAL:

• Um litro de água

• 100ml de álcool

• 100ml de vinagre

• Um refrigerante

• 100ml de óleo de cozinha

• Quatro copos descartáveis

• Uma colher de plástico

PROCEDIMENTOS:

Enumere os copos e ponha um terço de água em cada um deles.

Coloque álcool aos poucos no primeiro copo.

Coloque vinagre no segundo.

Coloque refrigerante no terceiro.

Coloque óleo de cozinha no quarto.

Observe o que aconteceu. Pegue a colher e misture os ingredientes. Observe as

substâncias que se misturaram e as que ficaram separadas.

AATTIIVVIIDDAADDEE 1122

AA VVIIAAGGEEMM DDEE OONNIIBBUUSS QQUUEE VVIIRRAA AAUULLAA DDEE GGEEOOGGRRAAFFIIAA

OBJETIVO:

Page 51: Apostila Educ Ambiental

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50

Observar o ambiente em que vivemos, a cidade, a sociedade.

PROCEDIMENTOS:

Organizar os alunos em grupos para o passeio, com tarefas relacionadas a diferentes

disciplinas escolares.

As tarefas correspondem à coleta de material, fotos, desenhos, relatos de situação e

entrevistas.

No retorno é possível avaliar a riqueza de contribuições que cada grupo traz, para

montar o quadro com a visão multidisciplinar que envolve o tema água.

A diversão transforma-se em compromisso de cada um com o grupo.

AATTIIVVIIDDAADDEE 1133

SSIIMMUULLAAÇÇÃÃOO DDEE NNEEGGOOCCIIAAÇÇÃÃOO EEMM CCOOMMIITTÊÊ DDEE BBAACCIIAA

OBJETIVO:

Mostrar a necessidade de estabelecer critérios para negociação, passando a enxergar

sua própria posição e preparando argumentos do grupo para negociar e convencer os

demais grupos em situação de conflito.

PROCEDIMENTOS:

Atividade para grupos de até 40 pessoas distribuídas em 3 grupos:

Grupo 1 – assumindo as funções de administração pública

Grupo 2 – assumindo as funções de ambientalistas

Grupo 3 - assumindo as funções de empresários usuários de água.

Distribuir a todos a Folha de Decisão de Pesos abaixo

Tempo necessário – 3 a 4 horas.

FICHA PARA DECISÃO DE PESOS DOS PARÂMETROS

AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE SERVIÇOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO

Nome:____________________________

Prezado Senhor

Com o objetivo de estabelecer uma avaliação ambiental para a qualidade dos serviços de

saneamento e permitir a classificar os municípios que compõem essa Bacia Hidrográfica,

solicitamos a Vossa Senhoria que analise os parâmetros abaixo e distribua pesos entre

eles, de modo que fique retratada a importância que deva ser atribuída a cada um deles

no conjunto e conforme a posição a ser defendida pelo seu grupo.

Pedimos atender aos seguintes critérios limites:

Apenas um dos parâmetros pode ter o peso máximo de 250 pontos.

Page 52: Apostila Educ Ambiental

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51

Até três dos parâmetros podem ter o peso mínimo de 50 pontos.

A soma final de pontos dos 11 parâmetros deve ser de 1.000 pontos.

RESUMO DA PONTUAÇÃO:

1 - Avaliação das perdas na rede de distribuição de água.

2 - Avaliação da condição de consumo local.

3 - Avaliação do nível de atendimento da rede de distribuição de água.

4 - Avaliação da capacidade de reservação da rede de distribuição de água.

5 - Avaliação do índice de aproveitamento da rede de distribuição de água.

6 - Avaliação do nível de atendimento da rede coletora de esgoto.

7 - Avaliação do índice de aproveitamento da rede coletora de esgoto.

8 - Avaliação do nível de tratamento do esgoto coletado.

9 - Avaliação do índice relativo à relação Receita/Custo da operação do sistema.

10 - Avaliação da existência de leis municipais.

11 - Avaliação do índice relativo à mortalidade infantil.

TOTAL DE PONTOS:_________

AATTIIVVIIDDAADDEE 1144

AA IIMMPPOORRTTÂÂNNCCIIAA DDAA BBIIOODDIIVVEERRSSIIDDAADDEE

OBJETIVO:

Apresentar e discutir os aspectos que envolvem o conceito de biodiversidade e sua

importância para a sustentabilidade dos ecossistemas, das espécies que deles dependem

e do próprio ser humano, com sua insistência em considerar que a tecnologia lhe dá o

poder para ignorar suas intervenções na natureza.

PROCEDIMENTOS:

Forme uma roda com as pessoas da classe.

Entregue a cada um deles uma papeleta com um nome de árvore, e diga a eles que

aquele nome deve ser do conhecimento só da própria pessoa que recebeu.

E você, como orientador da atividade, ficará no centro da roda.

Peça a todas as pessoas da roda que permaneçam de mãos dadas.

Os participantes da roda vão fazer o papel de uma floresta enquanto você é uma

praga terrível que ataca a floresta. E quando a praga atinge determinada árvore, esta irá

morrer, e as pessoas que tenham o nome dessa árvore vão deitar-se no chão da sala.

Contando uma estória bem dramática, uma praga ataca a floresta, mas atinge apenas

um dos tipos de árvore que ali existem.

E as pessoas que tenham o nome dessa árvore vão deitar-se no chão da sala.

Terminada essa primeira parte você recolhe as papeletas que tinham sido distribuídas

Page 53: Apostila Educ Ambiental

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52

e para a segunda parte da atividade você entregará novas papeletas, mas desta vez

todos os nomes das árvores são iguais, ou seja, não há biodiversidade.

Novamente, você contará uma estória bem dramática. Uma nova e terrível praga

ataca novamente a floresta e atinge apenas um dos tipos de árvores que ali existem. E

você dirá um nome de árvore que não existe na floresta. Desta vez ninguém irá deitar-

se, pois ninguém tem aquele nome, e o grupo deve ficar espantado sem entender o que

aconteceu.

Novamente, você contará uma estória bem dramática. Outra nova desconhecida e

terrível praga ataca novamente a floresta e, novamente, atinge apenas um dos tipos de

árvores que ali existem. Desta vez você dirá o nome da árvore que existe na floresta, e

todos os participantes da roda vão deitar-se, ou seja, todas as árvores da floresta foram

atingidas pela praga.

Para concluir, relembre ao grupo as três diferentes situações ocorridas, e coloque em

discussão os diversos aspectos dessa brincadeira.

AATTIIVVIIDDAADDEE 1155 A HISTÓRIA DO RIO

OBJETIVO:

Refletir sobre a importância do rio na constituição e preservação da vida nos seus

diversos aspectos e as ações humanas na transformação do meio, identificar nas ações

cotidianas quais são positiva e negativa no tocante a preservação e preservação das

massas de água.

DESENVOLVIMENTO:

a) Ler o texto e propor aos estudantes que o reproduza utilizando como gênero

literário à história em quadrinho.

TEXTO: A HISTÓRIA DO RIO

Eu era um rio limpo Era lindo que só vendo. Tinha peixes que não acabava mais

minhas águas eram cristalinas e puras.

Mas, com o tempo, foram aparecendo ás margens, grandes plantações de soja,

café e trigo. Começaram a jogar restos de inseticidas das lavouras em minhas águas.

Chuvas carregavam terras com mais veneno, porque haviam cortado as matas das

margens, que antes segurava a terra, era a mata ciliar.

Tudo isso tirou o oxigênio de minhas águas e as plantas aquáticas, os peixes, as

tartarugas, foram morrendo.

Eu, que era um rio lindo estou feio, sujo e ninguém pode nadar ou

Page 54: Apostila Educ Ambiental

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53

beber minhas água. Sabe por quê? Porque estou poluído. A poluição é terrível porque

altera tudo e agora eu sou um “rio morto”. A poluição atrapalha a vida de todos os seres

e entristece a natureza.

Criança! Não deixa acontecer com os outros rios, o que aconteceu comigo.

AATTIIVVIIDDAADDEE 1166

VIVÊNCIA CRIATIVA: O caminho das águas

OBJETIVOS:

Oferecer oportunidade para a criança expressar sentimentos sentimento; perceber

o ciclo da água e desenvolver sua criatividade.

MATERIAL:

CDs, um tecido marrom, e um azul, papel colorido para a confecção do barquinho,

(folha de revista), papel para desenhar.

DESENVOLVIMENTO:

a) Inicie comentando sobre experiência com água (dar ênfase a experiências

positivas); ouvir ou cantar Caranguejo Não é Peixe.

b) Brincar de roda: O grupo entra no barco (pano marrom em torno das pessoas) e

navega pelo rio (pano azul estendido no chão) cantando “a canoa virou”

experimentando a sensação de estar junto; acompanhando o caminho, e

imaginando estar no rio, no mar em tempestade.

c) As pessoas saem do barco e deita nas margens ou dentro do rio e respiram lenta

e profundamente.

d) Música: “Planeta Água” – Guilherme Arantes.

e) Sentados, e munidos de papel colorido, cada estudante deverá fazer um

barquinho de papel, a ser colocado dentro, ou junto ás águas (pano azul).

AATTIIVVIIDDAADDEE 1177

ÁGUA POTÁVEL

OBJETIVOS:

Reconhecer as características água potável, utilizando-se dos sentidos do olfato e

visão; conhecer as variações de composição das águas e analisar o comprometimento ou

não das pessoas com relação a saúde; desenvolver a percepção visual e olfativa.

MATERIAL:

Copinhos enumerados contendo água (pura, com sal; acrescida de leite; molho de

soja (shoyu); com detergente e acrescida de vinagre); papel para registros das

impressões.

Page 55: Apostila Educ Ambiental

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54

DESENVOLVIMENTO:

a) Distribua os copinhos contendo os vários tipos de água.

b) Cada participante deve identificar e registrar se a água de cada copo é potável,

utilizando apenas os sentidos do olfato e da visão.

c) Fazer uma discussão geral baseado no registro do grupo.

FICHA PARA REGISTRO

ÀGUA DO COPO É POTÁVEL

1

2

3

4

...

AATTIIVVIIDDAADDEE 1188

IMPACTO AMBIENTAL

OBJETIVOS:

Visualizar a interferência da ação humana na sociedade e na natureza e conceituar e

discutir temas como sustentabilidade e ação coletiva.

MATERIAL:

Folhas de papel, lápis ou qualquer outro material que possibilite desenhar com ele.

DESENVOLVIMENTO:

a) Numere toda folha. Divida-as em duas partes, definindo a margem em relação ao

rio e ao lote de terra que caberá a cada participante.

b) Proponha aos participantes que projetem e esbocem uma atividade lucrativa nesta

área.

c) Reúna os desenhos colocando-os lado a lado. Solicite que cada participante relate

seu projeto.

d) Analise as atividades que geram impacto ambiental e busque, com o grupo,

soluções.

AATTIIVVIIDDAADDEE 1199

ILUSÃO DAS ÁGUAS

OBJETIVOS:

Avaliar a carga de detritos jogada nas águas; sensibilizar quanto a preservação

dos cursos de água, bem como lagos, mares e oceanos; Desenvolver ações de

cidadania, no sentido de manter a integridade das massas.de água.

Page 56: Apostila Educ Ambiental

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55

MATERIAL:

Recipientes transparentes e potinhos com simulação dos agentes poluentes. [1-

solo: terra e areia/ 2- restos de mata: folhas, pequenos galhos e pedras/ 3-lixo

orgânico: casca e sementes de frutas e pedaços de legumes/ 4 lixo doméstico: tocos

de cigarros, embalagens/(5- derramamento de derivado de petróleo: a- óleo melado

ou mel + molho de soja/ b- gasolina: óleo comestível +molho de soja/.c-

solventes:água e vinagre) 6- Produto de limpeza: detergentes e água/ 7- agrotóxico:

sal e pimenta/ 8- chuva ácida:

Vinagre e água/ 9 - resíduo de lixo (chorume): melado de cana/ 10- esgoto: [molho

de soja e água].

DESENVOLVIMENTO:

1- O grupo senta formando um círculo e alguns participantes recebem potinhos com

elementos poluidores.

2- No centro do círculo um recipiente contendo água limpa, que passa representar

um lago, por exemplo.

3- Conte uma história sobre esta massa de água e inclua oportunidades para

ocorrência de erosão, derramamento de esgoto, contaminação por efluentes

residências ou industriais, por agrotóxicos, derramamento de óleo ou outros

derivados de petróleo, chuva ácida e com poluentes que possam atingir o lençol

freático.

4- Faça a conclusão e busque uma ação comunitária para a solução dos principais a

problemas.

AATTIIVVIIDDAADDEE 2200

PRECIOSIDADE

OBJETIVOS:

Desenvolver a valorização estética e a afetividades das pessoas para com a

natureza (montanhas, rios praias, etc.)

MATERIAL:

Foto de lugares e peças ou adorno do vestuário pessoal do educando e sobre os

quais tenham um grande valor afetivo.

DESENVOLVIMENTO:

1- Dispostos em círculo, os participantes devem citar nomes de lugares, peça ou

adorno de seu vestuário que tenha grande valor afetivo.

2- Faça paralelo entre o relatado e os elementos da natureza, e solicite que cada

participante indique um local da natureza que gosta de visitar.

Page 57: Apostila Educ Ambiental

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56

AATTIIVVIIDDAADDEE 2211

PROCURA-SE

OBJETIVOS:

Valorizar a formação de valores que levem a mudança de atitudes no dia - a dia;

trocar experiências entre os participantes.

MATERIAL:

Roteiro de entrevista bloco de papel par anotações e lápis.

DESENVOLVIMENTO:

1- Convide os participantes a entrevistarem o maior número possível de pessoas e a

compilarem a lista com nome diferente para cada item.

2-

MODELO DA FICHA:

PROCURA-SE POR UMA PESSOA QUE:

1 Dormiu sobre as estrelas.

2 Viu o nascer do sol há pelo menos um ano.

3 Não tenho medo de barata

4 Já tenha lecionado para o 1º grau.

5 Assinou uma petição expressando um ponto de vista em alguma

questão ambiental.

6 Recicla ou separa o lixo.

7 Sabe falar outro idioma.

8 Leva seus alunos a áreas ambientais.

9 Gosta de quiabo.

10 Avalie metodicamente os programas ambientais de Educação

Ambiental que executa.

11 Gosta de plantar mudas de plantas.

12 Tenha passado por um racionamento de água.

Page 58: Apostila Educ Ambiental

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57

13 Tenha cheirado a terra a pelo menos 1 (um) mês.

14 Tenha impedido alguém de sujar o ambiente.

15 Sabe de onde vem a água que bebe.

16 Sabe localizar o cruzeiro do sul.

17 Saiba a nome de dois pinheiros brasileiros

18 Empinou uma (pipa) nos três últimos anos

AATTIIVVIIDDAADDEE 2222

PONTO DE VISTA

OBJETIVOS:

Valorizar a importância de cada elemento no equilíbrio da natureza, desenvolver o

sentido do belo em relação a todos os elementos da natureza; observar árvores sob

diversos pontos de vistas.

MATERIAL:

Papel na quantidade dos participantes, lápis papel e espaço que de para a montagem

de um painel.

DESENVOLVIMENTO:

1- Distribuir uma folha de papel para cada participante e dividi-la em 6 partes.

2- cada participante desenhará uma árvore que seria escolhida por.

a. um pássaro para construir seu ninho;

b. um proprietário de serraria;

c. quem quer estender uma rede;

d. uma família que deseja fazer um piquenique;

e. um artista.

f. um agrônomo que veio localizar uma árvore doente, a fim de tratá-la.

3- montar um painel com os desenhos.

AATTIIVVIIDDAADDEE 2233

LEMBRANÇAS

OBJETIVOS:

Relacionar momentos importantes registrados na memória com elementos do

ambiente natural ou humano; incentivar ações construtivas em relação ao ambiente.

Page 59: Apostila Educ Ambiental

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58

MATERIAL:

Diferentes potinhos com produtos de diferentes aromas; papel e lápis.

POTE LEMBRANÇA

1

2

3

...

DESENVOLVIMENTO:

1- Passe entre os participantes potinhos com produtos aromáticos.

2- Cada participante deverá registrar as lembranças que teve ao sentir o aroma de cada

pote.

AATTIIVVIIDDAADDEE 2244

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

OBJETIVOS:

• Desenvolver no aluno uma postura crítica diante da realidade, de informações e

valores veiculados pela mídia e daqueles trazidos de casa;

• Examinar as questões ambientais locais (na comunidade).

MATERIAL:

Reportagens e textos sobre a importância do meio ambiente; papel para registro dos

resultados.

DESENVOLVIMENTO:

• Leitura de matéria enfocando a importância do meio ambiente para o planeta;

• Conversa sobre a situação dos rios e das matas;

• Criação de frases com elogios, dicas e conselhos sobre o meio ambiente.

AATTIIVVIIDDAADDEE 2255

ECONOMIZAR ÁGUA É PRECISO

OBJETIVOS:

Identificar a água como recurso natural e necessário à vida;

Page 60: Apostila Educ Ambiental

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59

• Utilizar a água corretamente;

• Desenvolver a consciência de que a água pode faltar um dia.

MATERIAL: Reportagens sobre o desperdício da água; material básico para a

elaboração do painel.

DESENVOLVIMENTO:

• Breve comentário sobre a importância da água;

• Seleção de reportagens sobre o desperdício da água em jornais;

• Reflexão sobre as diversas maneiras pelas quais podemos economizar água em

nossas casas;

• Redação: Economizar água é preciso;

• Confecção de um painel.

AATTIIVVIIDDAADDEE 2266

ÁGUA DA VIDA

OBJETIVOS:

• Reconhecer a importância da água na vida dos seres;

• Sensibilizar as crianças sobre o problema do lixo jogado nos rios;

• Trabalhar o respeito com o meio ambiente;

• Conhecer a realidade dos rios do município.

MATERIAL:

Jornais com notícias relacionadas ao meio ambiente, espaço para visita, cartolina,

pedaços de cráfit, cola, caneta hidrográficas diversas cores - para cartazes.

DESENVOLVIMENTO:

• Seleção de jornais com notícias relacionadas ao meio ambiente;

• Distribuição de jornais para seleção de reportagens e gravuras sobre meio

ambiente, preservação e poluição;

• Passeio na comunidade, reconhecendo a realidade do rio córrego ou nascente

mais próximo.

• Mutirão de coleta de lixo no rio envolvendo a comunidade local;

• Confecção de cartazes, produção de textos, poemas;

• Encerramento com apresentações culturais.

Page 61: Apostila Educ Ambiental

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60

AATTIIVVIIDDAADDEE 2277

FAZ DE CONTA

OBJETIVO:

Despertar sentimento de empatia e singularidade em relação á natureza; dramatizar

elementos e seres da natureza.

MATERIAL:

Fotos e imagens contendo árvores, animais, rocha, montanhas e outras plantas.

DESENVOLVIMENTO:

1- Usando a imaginação escolha um animal, planta, árvore, rocha, montanha, etc.e

faça de conta que é um deles.

2- Coordene seu corpo e sua imaginação para conhecer os movimentos e os

sentimentos deste elemento.

3- Possibilite convívio do elemento da natureza escolhido com outros seres e

elementos.

Cenas possíveis de serem vivenciadas:

a. Semente flutuando á deriva;

b. Árvore sob fenômenos da natureza, como brisa suave, vendaval, violento, chuva

suave, ou animais correndo ou se alimentando em seu tronco; ou ainda, com pássaros

fazendo ninho em seus troncos;

c. Árvore sob ação humana - sendo plantada ou cortada, com pessoas subindo em

seu tronco, colhendo seus frutos, etc;

d. Animal brincando, caçando ou fuga;

e. O ciclo de vida de uma planta ou animal;

f. Reunião comunitária para tomada de decisão sobre ação ambiental;

g. Outras que sua imaginação criar.

AATTIIVVIIDDAADDEE 2288

Abaixo estão algumas músicas que abordam temas ambientais diversos. Você

educador poderá utilizá-las como apoio em suas atividades.

A) ÁGUAS DE MARÇO Composição: Antônio Carlos Jobim Interpretação: Antônio Carlos Jobim e Elis Regina

É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho

É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

Page 62: Apostila Educ Ambiental

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61

É peroba do campo, é o nó da madeira Caingá candeia, é o Matita-Pereira É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumeeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de atiradeira É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto um desgosto, é um pouco sozinho É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando

É a luz da manha, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato, na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terçã São as águas de março fechando o verão

É a promessa de vida no teu coração.

B) ASA BRANCA Composição: Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornalha Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede, meu alazão Até mesmo a Asa Branca Bateu asas do sertão Então, eu disse:

- Adeus, Rosinha Guarda contigo meu coração Então, eu disse: - Adeus, Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje, longe, muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra eu voltar pro meu sertão Quando o verde dos teus olhos

Page 63: Apostila Educ Ambiental

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Se espalhar na plantação Eu te asseguro: - Não chores, não, viu? Que eu voltarei, viu? Meu coração

Eu te asseguro: - Não chores, não, viu? Que eu voltarei, viu? Meu coração

C) PLANETA ÁGUA

Composição: Guilherme Arantes

Água que nasce na fonte serena do mundo E que abre o profundo grotão Água que faz inocente riacho e deságua Na corrente do ribeirão Águas escuras dos rios Que levam a fertilidade ao sertão Águas que banham aldeias E matam a sede da população Águas que caem das pedras No véu das cascatas ronco de trovão E depois dormem tranqüilas No leito dos lagos, no leito dos lagos Água dos igarapés onde Iara mãe d'água É misteriosa canção Água que o sol evapora pro céu vai embora Virar nuvens de algodão Gotas de água da chuva Alegre arco-íris sobre a plantação Gotas de água da chuva Tão tristes são lágrimas na inundação Águas que movem moinhos São as mesmas águas Que encharcam o chão E sempre voltam humildes Pro fundo da terra, pro fundo da terra Terra planeta água... terra planeta água Terra planeta água.

Page 64: Apostila Educ Ambiental

D) SOBRADINHO

Compositor: Sá e Guarabira

O homem chega e já desfaz a natureza Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar O São Francisco lá prá cima da Bahia Diz que dia menos dia vai subir bem devagar E passo a passo vai cumprindo a profecia Do beato que dizia que o sertão ia alagar O sertão vai virar mar Dá no coração O medo que algum dia O mar também vire sertão Vai virar mar Dá no coração O medo que algum dia O mar também vire sertão Adeus remanso, casa nova, santa-sé Adeus pilão arcado vem o rio te engolir Debaixo d'água lá se vai a vida inteira Por cima da cachoeira a Gaiola vai sumir Vai ter barragem no salto do Sobradinho E o povo vai se embora com medo de se afogar O sertão vai virar mar Dá no coração O medo que algum dia O mar também vire sertão Vai virar mar Dá no coração O medo que algum dia O mar também vire sertão E) PLANETA AZUL Compositor: Chitãozinho e Xororó A vida e a natureza sempre à mercê da poluição/ se invertem as estações do ano/faz calor no inverno e frio no verão/os peixes morrendo nos rios/estão se extinguindo espécies animais/e tudo que se planta, colhe o tempo retribui o mal que a gente faz Onde a chuva caía quase todo dia/já não chove nada/o sol abrasador rachando o leito dos rios secos/sem um pingo d'água/quanto ao futuro inseguro/será assim de norte a sul/a terra nua semelhante à lua O que será desse planeta azul? o que será desse planeta azul? O rio que desce as encostas já quase sem vida/parece que chora, num triste lamento das águas/ao ver devastada a fauna e a flora.É tempo de pensar no verde Regar a semente que ainda não nasceu, deixar em paz a Amazônia, preservar a vida, estar de bem com Deus. Onde a chuva caía...

Page 65: Apostila Educ Ambiental

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64

AATTIIVVIIDDAADDEE 2299 HISTÓRIA DOS RIOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O rio é parte da realidade sócio cultural e econômico das comunidades urbanas e

rurais. Dentre as tantas contribuições para a vida humana está: a socialização,

lazer, subsistência, transporte e etc. Enquanto cidadão é dever de todos para com

os rios pelo menos ações de gratidão e respeito por tudo que deles já se adquirir ou

pelo que ainda poderá vir a receber.

OBJETIVO

Aproximar os alunos da natureza; motivar a participação na busca de soluções para

a problemática ambiental; reconhecer a importância de um ambiente saudável para

a vida e bem estar do homem e dos outros seres vivos.

MATERIAL

Mapa hidrográfico da região (site); material para anotações (caneta, bloco de

papel).

DESENVOLVIMENTO

1 - O professor poderá propor uma pesquisa a sobre a história do rio mais próximo

da escola.

2 - Entrevistar moradores da região (os mais antigos).

3 - Elaborar com a turma o uma proposta de roteiro entrevista.

4 - Utilizar o mapa ou a internet identificar a localização do rio mais próximo e

possível de uma visita. (folder do Rio da Minha Rua ou DVD do Rio da Minha Rua).

5 - Fazer um passeio percorrendo parte do seu percurso pelas margens e si

possível utilizar alguma embarcação seguir o leito. (observar e registrar de diversas

formas possíveis às condições negativas e positivas do rio, córrego ou lago,

podendo ser confrontas com as informações da entrevista).

6 - Organizar o resultado das entrevistas e realizar debates, de forma que seja

possível discutir o presente do rio e contrapondo-o com o passado.

AATTIIVVIIDDAADDEE 3300 QUEBRA CABEÇA

OBJETIVO

Despertar interesse pela vida e conservação dos rios, lagos e outros.

Desenvolver o espírito de responsabilidade para com a preservação e conservação

da natureza como um todo. e a sensibilidade do mesmo.

Page 66: Apostila Educ Ambiental

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MATERIAL

Imagens de revistas e jornal (velhos) ou fotos; cola; tesoura; papelão ou

cartolina americana.

DESENVOLVIMENTO

1 - Escolher as imagens ( imagens de rios, de pessoas na água, rios limpo ou com

lixo nas margens, com peixes e outros);

2 - Recortar um pedaço de papelão do tamanho da imagem escolhida;

3 - Cole a imagem no papelão ou cartolina e espere secar;

4 - Corte o papelão em pedaços de diferentes formatos e tamanho,

5 - Para brincar é só embaralhar as peças e tentar reconstruir a figura,

AATTIIVVIIDDAADDEE 3311 TRILHA GIGANTE

OBJETIVO

Propiciar a socialização, oferecer e ampliar as noções de educação ambiental.

MATERIAL

Cartolina grande ou papel cráfit canetinhas colorida (hidrográfica), cola, tesoura,

revistas e jornais velhos; botões ou tampinhas coloridas, botões ou material

semelhante, dado(s) de papel ou plástico.

DESENVOLVIMENTO

Produção da Trilha

1 - Tomar por modelo para alguns itens uma trilha já conhecida dos estudantes.

2 – Desenhar no kraft ou cartolina grande o percurso da trilha e dividi-la em

quantas casas desejar.

3 – Recortar de revistas ou jornais imagens com aspecto positivos ou negativos dos

cursos d’água, considerando o tamanhos das casas e o espaços para informações e

“regras”

4 – colar as imagens nas casas e escrever as regra e conteúdo informativo.

(produzir com os estudantes os textos).

Como Jogar

1 - De acordo com a quantidade de trilha disponível, forme duplas, trios. grupos de

no máximo 6 (seis).

2 – Pegar as tampinhas coloridas, ou seja, material o suficiente para representar os

participantes.

Page 67: Apostila Educ Ambiental

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66

3 – Cada criança colocada o material que irá representá-los no ponto de partida do

jogo.

4 - Cada participante lança o dado para ver em que seqüência irão jogar e na vez

de cada jogador este novamente jogará o dado para saber quanta casa poderá

andar e daí por diante. Ficando sempre atendo nas instruções contidas nas casas.

5 – Ganha o jogo quem concluir o trajeto da trilha primeiro.

AATTIIVVIIDDAADDEE 3322 MAPA DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL

OBJETIVOS

Identificar os principais problemas ambientais relacionados aos cursos d’água da

região, através de práticas participativas entre a escola e a comunidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar e localizar as principais áreas degradadas nas margens do rio que

abastece a cidade.

- Distinguir as diferentes formas de degradação ambiental na bacia (s) da cidade

- Capacitar o aluno na elaboração e leitura de mapas;

- Democratizar o conhecimento cientifica produzido pela escola;

- Resgatar o saber popular;

- Divulgar práticas sociais e ambientais mais sadias;

DESENVOLVIMENTO

O trabalho pode ser desenvolvido por turmas de modo que cada turma fique

responsável pôr uma parte da bacia.

Cada equipe percorre parte da bacia, registrando os problemas encontrados.

Os dados coletados podem ser organizados na forma de um mapa temático, onde

foi dado enfoque prioritário ao caráter educativo do instrumento, na medida do

possível devem ser trabalhados os aspectos cartográficos de maior precisão.

A coleta e sistematização dos dados são realizadas pelos alunos, com a

participação dos professores envolvidos no projeto.

Caderneta de campo

Para registro das informações capturadas em campo propõe um modelo de diário

de campo denominado de Caderneta de Campo, constituída de três colunas

verticalizadas, onde a central corresponde ao rio e as laterais as suas margens.

Adotou-se a escala de 1:3.000, correspondendo, consequentemente, cada

quadrinho (1 cm) a 30 metros.

Page 68: Apostila Educ Ambiental

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67

Exemplo de caderneta de campo

Os desenhos não necessitam de muita elaboração para serem anotados em

situação de campo, constituindo uma legenda numérica e com adoção de quatro

cores que é fornecida por uma caneta esferográfica de quatro cores ou quatro

canetas, sendo uma de cada cor. As anotações devem ser feitas na própria

caderneta e levadas para a sala de aula.

O método da cordinha

A corda fina de 30 metros é de extrema utilidade na marcação das medidas.

Caminha-se dentro dos córregos, esticando a cordinha e marcando o que é

encontrado em suas margens. A cordinha é um material de baixo custo, o que

permite uma simultaneidade de grupos em ação.

Construindo a legenda

Definir a legenda, aquela que marcará de forma definitiva o Mapa Ambiental. É

possível usar símbolos do computador e trabalhar com lápis de cor.

Os diversos setores mapeados são aclopados e como resultado chega-se ao Mapa

de Sensibilidade Ambiental de uma bacia ou microbacia Além do mapa, fotos,

relatórios, cartas topográficas, uma bela maquete da bacia e as imagens de satélite

podem formar um mosaico interessante que permitiu uma boa visualização da

região em estudo.

Tabelas e gráficos

A análise das informações coletadas durante a construção do Mapa Ambiental

possibilita a formulação de diversas tabelas e gráficos, que poderão ser construídas

Page 69: Apostila Educ Ambiental

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68

nas futuras aulas de Geografia, Química e Matemática, enriquecendo e muito o

ensino dentro de uma perspectiva multidisciplinar sobre o meio ambiente. É de bom

senso lembrar que determinadas áreas, geralmente as mais próximas das

nascentes, por seu difícil acesso, podem não ser totalmente mapeadas, prevendo

para o decorrer deste trabalho a complementação do mapeamento e, portanto o

gráfico constituído tem caráter apenas ilustrativo, não demonstrando a real

situação da bacia.

Uma questão de sensibilidade

O trabalho ajudar a sensibilizar os alunos e a comunidade sobre os problemas

ambientais da microbacia. Nesse aspecto, as idas ao campo, caminhadas no curso

do rio, revelam-se imbatível Lembrando que muito vezes não é possível para todos

percorrer toda a microbacia, a observação do todo no Mapa Ambiental mostra

muitas vezes resultados parciais, porém, animadores.

ATIVIDADE 33 Você sabe o destino, que o lixo jogado na rua faz? Pinte e enumere os desenhos

conforme acontece quando alguém joga lixo na rua.

Desenho: Adriana Barra Rosa, 2008

Page 70: Apostila Educ Ambiental

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69

16. APRENDENDO A TRABALHAR COM O DVD E MAPAS

INSTRUÇÕES GERAIS SOBRE USO DO PROGRAMA ARCREADER E DOS

DADOS DO PROJETO "RIO DA MINHA RUA", DA PREFEITURA MUNICIPAL DE

LONDRINA.

ESTE PROGRAMA AUXILIARÁ NA COMPREENSÃO E ANÁLISE DOS DADOS

ELABORADOS PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA SOBRE O PROJETO

"RIO DA MINHA RUA" E OUTROS PROJETOS. ESTES DADOS SÃO TANTO

CARTOGRÁFICOS, COMO DE IMAGEM DE SATÉLITE E DE DADOS ALFANUMÉRICOS;

ARCREADER É UM APLICATIVO GRATUITO QUE PERMITE AOS USUÁRIOS

ACESSAR MAPAS E SERVIÇOS CRIADOS NO ARCMAP. FORNECE AOS USUÁRIOS

GIS (SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS) UM MÉTODO PARA

COMPARTILHAR MAPAS DIGITAIS LOCALMENTE E NA INTERNET. ESSES MAPAS

SÃO EXCLUSIVOS PARA LEITURA (READ-ONLY) E PODEM SER VISUALIZADOS POR

ARCREADER E TODOS OS OUTROS PRODUTOS ARCGIS DESKTOP.

PROCEDIMENTOS:

1- INSTALAR O PROGRAMA ARCREADER QUE ESTÁ NA PASTA DO MESMO NOME,

CLICANDO EM "SETUP.EXE";

2- LER O ARQUIVO "LEIA-ME" QUE ESTÁ NA PASTA "TRADUTOR ARCREADER" E

LOGO APÓS, COM O PROGRAMA ARCREADER FECHADO, INSTALAR O PROGRAMA

DA TRADUÇÃO;

3- COPIAR A PASTA "RIO DA MINHA RUA - V. 1.0 - DADOS" PARA O COMPUTADOR;

4- ABRIR O PROGRAMA ARCREADER;

5- CLICAR NA PASTA "ABRIR" (DO PROGRAMA ARCREADER) E SELECIONAR O

ARQUIVO QUE ESTÁ DENTRO DA PASTA "RIO MINHA RUA V. 1.0 - DADOS" (JÁ

COPIADO PARA O COMPUTADOR), LOGO EM SEGUIDA, ABRIR A PASTA "pmf" E

CLICAR EM "RIO DA MINHA RUA - V. 1.0 - EXECUTÁVEL".

TAMBÉM É POSSIVEL ABRIR OS DADOS CLICANDO EM:

- PASTA "RIO DA MINHA RUA - V. 1.0 - DADOS"

- PASTA "PMF"

- "RIO DA MINHA RUA - EXECUTÁVAEL V. 1.0.PMF"

COM O ARCREADER VOCÊ PODERÁ:

• MANIPULAR A VISIBILIDADE DOS TEMAS (EX.: O USUÁRIO PODE SELECIONAR

QUAIS AS CAMADAS TEMÁTICAS QUE PRETENDE VISUALIZAR);

Page 71: Apostila Educ Ambiental

_____________________________

70

• AMPLIAR, REDUZIR OU MOVIMENTAR AS ÁREAS GEOGRÁFICAS DE INTERESSE

DO MAPA;

• EXPLORAR E ANALISAR OS DADOS GEOGRÁFICOS;

• EXPLORAR O SISTEMA DE MODO DINÂMICO (EX: VISUALIZAR OS ATRIBUTOS E

CARACTERÍSTICAS DE CADA CAMADA TEMÁTICA);

• IMPRESSÃO E UTILIZAÇÃO DO MAPA EM FORMATO DE PAPEL.

1177.. GGLLOOSSSSÁÁRRIIOO

Açude: lago artificial para reter a água das chuvas.

Adutora: tubulação normalmente sem derivações que liga a captação ao

tratamento da água, ou tratamento a rede de distribuição.

Afluente: qualquer curso de água que deságüe em um rio principal ou lago.

Agência de Águas: Associação de usuários de água que prestam apoio aos

Comitês e respondem pelo planejamento, formulação e execução do Plano de Bacia

Hidrográfica.

Agenda 21: programa estratégico para alcançarmos o desenvolvimento

sustentável no século 21. É uma espécie de receituário abrangente para guiar a

humanidade em direção a um desenvolvimento que seja, ao mesmo tempo,

socialmente justo e ambientalmente sustentável.

Agente patogênico: É o ser vivo que causa uma doença nas pessoas ou animais.

Aqüífero: formação geológica capaz de armazenar e fornecer quantidades

significativas de água. Representa um reservatório de água subterrânea.

Área de entorno: região comumente atingida pelo extravasamento das águas de

um reservatório.

Assoreamento: é o depósito de terra no fundo de um curso d’água (córrego, rio),

resultante do desmatamento e erosão do solo, do garimpo ou outro tipo de

atividade nas margens dos rios, provocando a redução de sua profundidade e da

força de sua correnteza.

Bacia hidrográfica: uma unidade que corresponde à extensão de terras onde

todas as águas de chuva e dos rios correm em direção ao rio principal; ou área que

começa nas cabeceiras e vai até a foz de um córrego ou rio, incluindo todos os seus

afluentes. Os pontos mais altos da bacia onde se concentram as nascentes são

chamados de divisores de água.

Page 72: Apostila Educ Ambiental

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71

Bioma: conjunto de seres vivos de uma área.

Calha: vale ou sulco por onde correm as águas de um rio.

Chorume: líquido resultante da decomposição de resíduos sólidos, material

altamente poluidor.

Chuvas ácidas: chuvas onde a água está impregnada de poluentes expelidos na

atmosfera principalmente pelas indústrias.

Coliformes: bactérias ou seres unicelulares encontrados em grandes quantidades

nas fezes humanas e de outros animais.

Comitê de bacias: grupo de pessoas com funções especiais ou incumbidas de

tratar dos recursos hídricos. As pessoas fazem parte do Poder Público, dos usuários

dos recursos hídricos e da sociedade civil.

Conama: Conselho Nacional do Meio Ambiente. Criado pela lei da Política Nacional

do Meio Ambiente (lei 6.938/81), tendo como função formular diretrizes da Política

Nacional do Meio Ambiente.

Dessedentação: Termo utilizado para definir consumo de água pelos animais.

Diagnóstico ambiental: síntese das atividades de levantamento e classificação do

solo e análise das condições atuais de uso e ocupação.

Divisor de águas: linha que separa a direção por onde correm as águas pluviais,

ou bacias de drenagem.

Efeito residual: tempo de permanência de um produto químico, biologicamente

ativo nos alimentos, nos solos, no ar e na água, podendo trazer implicações de

ordem toxicológica.

Efluente: É o rejeito líquido gerado pelas residências (esgotos domésticos) ou

indústrias (efluente industrial).

Espécie endêmica: Aquela restrita a um local ou região.

Erosão: desgaste do solo provocado pela força da chuva, que desfaz os grãos de

terra, arrastando esse material morro abaixo.

Eutrofização: processo de degradação das características de um corpo d’água pelo

aumento de nível de nutrientes, promovendo uma superpopulação de algas,

redução de oxigênio dissolvido na água e na redução da biodiversidade aquática.

Gestão: a tarefa de administrar o uso produtivo de um recurso renovável em

reduzir a produtividade e a qualidade ambiental, normalmente em conjunto com o

desenvolvimento de uma atividade.

Page 73: Apostila Educ Ambiental

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72

Hospedeiro: Enquanto estão infectados, os seres humanos são hospedeiros de

diversos parasitas (vírus, bactérias etc.). O mesmo ocorre com os animais.

Impacto ambiental: qualquer alteração no meio ambiente causada por atividades

humanas, e que afetam direta ou indiretamente o bem-estar da população. Pode

ser positivo ou negativo.

Impermeabilização do solo: processo pelo qual, através de asfaltamento,

calçamento e construções, o solo torna-se impermeável, ou seja, não permite a

penetração da água, ar ou raízes.

Lençol freático: depósito de água subterrânea que se encontra próxima a

superfície da terra.

Manancial: todo corpo d’água (rio, lago) utilizado para o abastecimento público de

água para o consumo.

Mata ciliar: mata localizada ao longo das margens dos rios ou qualquer outro

curso d’água, funcionando como um filtro retendo água da chuva, solo (erosão) e

agrotóxicos.

Manancial: O termo “manancial de águas” está associado a fontes de água

utilizadas para atender ao consumo humano. Podem ser superficiais, como em rios,

lagos e reservatórios, ou subterrâneos, isto é, águas encontradas no subsolo.

Ministério Público: instituição pública que tem a incumbência de zelar pelos

direitos da sociedade, é representado pelo Promotor de Justiça.

Outorga: consentir, conceder, aprovar.

Planta exótica: espécie vegetal estranha a flora nativa, importada de outra região

ou país. Ex.: eucalipto.

Planta nativa: planta nascida, crescida ou produzida naturalmente numa região ou

país. Ex.: peroba.

Rede fluvial: conjunto interligado de córregos, afluentes e rios.

Saneamento básico: conjunto de técnicas relacionadas a limpeza urbana, serviços

de água e esgoto.

Sustentabilidade: é a forma socialmente justa e economicamente viável de

exploração do ambiente que garanta a perenidade dos recursos naturais renováveis

e dos processos ecológicos.

Turbidez: É a quantidade de material inorgânico em suspensão na água.

Vetor: Organismo que inocula o agente patogênico, em geral por meio de picada.

Page 74: Apostila Educ Ambiental

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73

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Marinho. Caminho das Águas, Caderno do Professor 2. Rio de Janeiro, 2006

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Page 75: Apostila Educ Ambiental

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HAMMES, Valéria Sucena. AGIR - Percepção da Gestão Ambiental. 2 ed. São

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HAMMES, Valéria Sucena. Proposta metodológica de Macroeducação. 2 ed.São

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Page 76: Apostila Educ Ambiental

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20. ANEXOS

PRINCÍPIOS DA CARTA DA TERRA

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

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76

a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor,

independentemente de sua utilidade para os seres humanos.

b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial

intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais

vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos

das pessoas.

b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica

responsabilidade na promoção do bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis

e pacíficas.

a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e

as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar

seu pleno potencial.

b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma

subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas

necessidades das gerações futuras.

b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, em

longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA

Em 22 de março de 1992 a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o "Dia

Mundial da Água", publicando um documento intitulado "Declaração Universal dos

Direitos da Água". Eis o texto que vale uma reflexão:

Page 78: Apostila Educ Ambiental

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77

1.- A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente cada povo, cada

nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos

de todos.

2.- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo

vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são: a

atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3.- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos,

frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com

racionalidade, precaução e parcimônia.

4.- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de

seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para

garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em

particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5.- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um

empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital,

assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e

futuras.

6.- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico:

precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito

bem escassear em qualquer região do mundo.

7.- A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira

geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não

se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das

reservas atualmente disponíveis.

8.- A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma

obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não

deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9.- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as

necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10.- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o

consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.