APOSTILA EMPREENDEDORISMO - 2013

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1 EMPREENDEDORISMO MATERIAL DE APOIO PROFESSORA: Verusca Praciano de Paula Vesco 1

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EMPREENDEDORISMOMATERIAL DE APOIO

PROFESSORA: Verusca Praciano de Paula Vesco

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CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO DO EMPREENDEDOR

O que é ser empreendedor?´

“Empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização”. José Carlos Assis Dornelas

Eles possuem algo que os diferencia das demais pessoas? Sabe-se que o empreendedor possui atitudes e comportamentos que contribuem para o sucesso nos negócios, mas não se pode afirmar com certeza que uma pessoa com tais características irá alcançar sucesso como empreendedor. As pesquisas sobre empreendedorismo são relativamente recentes e estão ligadas a importância que a pequena empresa exerce na economia mundial. O empreendedor é o “motor da economia”, aquele que produz mudanças.Desde 1980, as maiores empresas citadas pela revista Fortune eliminaram 5 milhões de empregos. Na mesma época mais de 34 milhões de empregos foram criados nas pequenas empresas.

No empreendedorismo o SER é mais importante do que o SABER. As características do comportamento do empreendedor

· O empreendedor tem uma pessoa como modelo, que o influencia: Também o meio em que vive é determinante para a decisão da criação do próprio negócio. Se a pessoa pertence a uma comunidade onde o empreendedorismo é uma prática comum entre seus habitantes, ele tem mais possibilidades de criar seu próprio negócio.

· Tem iniciativa própria: Sabe tomar decisões corretas na hora certa, tem autoconfiança, autonomia, otimismo e necessidade de realização.

· Trabalha sozinho:Embora seja especialista em formar equipes. Planejam cada passo de seu negócio até a apresentação de plano a investidores, tendo sempre a visão de seu futuro negócio.

· Tem perseverança e tenacidade.Não desanimam com facilidade.

· O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer.Ele aprende com os resultados negativos.

· Tem grande energia. É um trabalhador incansável.Trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana , comprometendo até seus relacionamentos e a saúde.

· Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra padrões impostos, tem capacidade para ocupar espaços deixados por outros.· Tem forte intuição.

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Pressente quando deve fazer as coisas.

· Tem alto comprometimento e acredita no que faz. Acredita que pode fazer a diferença.

· Cria feedback sobre seu comportamento.Utiliza estas informações para o seu aprimoramento

· Sabe captar, utilizar e controlar recursos.

· É um sonhador realista.Embora racional

· É um líder, Sabe valorizar estimar e recompensar seus funcionários e é respeitado por eles. Cria um sistema próprio de relação com empregados.

· É orientado para resultado a longo prazo, para o futuro.

· Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho.

· São bem relacionados( networking)”. Amizades que possam ser utilizados como suporte para alcançar objetivos.

· Cultiva imaginação e aprende a definir visões.

· Conhece muito bem o ramo em que atua.Procuram aprender continuamente. Este conhecimento pode ser obtido através de publicações. cursos, feira ou através de conselhos de outras pessoas.

· Traduz pensamentos em ações.

· Define o que deve aprender.Para realizar suas visões.

· Cria um método próprio de aprendizagem.

· Tem alta capacidade de influenciar as pessoas com as quais lida.

· Capacidade para assumir riscos moderados. O empreendedor não é um aventureiro, ele assume riscos calculados.

· Tem alta tolerância a ambigüidade (indefinição) e à incerteza. É hábil em definir a partir do indefinido.

· Mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive. É comprometido com a geração de empregos e dinamizando a economia e inovando sempre buscando soluções para melhorar a vida das pessoas.

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TESTE – PERFIL EMPREENDEDOR - Seja sincero!

1. Diante de uma ordem passada por seu chefe, patrão ou superior, qual a sua reação mais provável?a. ( ) Aceita a ordem sem questioná-la;b. ( ) Questiona e só aceita depois de ser convencido de que a ordem é boa ou necessária;c. ( ) Não aceita a ordem facilmente. Aliás, sente-se inclinado a rebelar-se contra a autoridade de quem a está

passando.

2. Se, no trabalho ou em uma reunião social, surge uma atividade para o seu grupo fazer, qual a sua atitude mais comum?a. ( ) Espera que o grupo se organize para ver a tarefa que lhe caberá realizar;b. ( ) Tem tendência de tomar a frente do grupo, propor o que deve ser feito, dividir as tarefas pelos companheiros e

dar início à ação;c. ( ) Participa das discussões, mas não toma a frente do grupo, ficando sempre junto com todos, nem à frente, nem à

trás.

3. O fato de ter que chegar na hora certa ao trabalho, de ter um momento determinado para almoçar e retornar ao emprego, e de, ao final do expediente, ter uma hora marcada para deixar o serviço e voltar para casa:a. ( ) Deixa você com muita vontade de não precisar seguir horários e de ter tempo para fazer as coisas que você julga

realmente importantes;b. ( ) Mostra a você que seguir horários é importante, que a disciplina não faz mal a ninguém e que a liberdade pessoal

vem depois das regras sociais;c. ( ) Torna claro para você que os horários marcados fazem parte do emprego e têm que ser obedecidos por quem

precisa trabalhar.

4. Quando, em uma reunião de família, surge uma tarefa muito importante e as pessoas lembram de você para assumir a responsabilidade e resolvê-la, você exclama:a. ( ) Pôxa! Que lástima, essa sobrou para mim!b. ( ) Já sei como resolvê-la, gente! Pode deixar comigo!c. ( ) Bem, vou fazer força para tudo dar certo!

5. Quando alguém pede para você ajudar a encontrar uma solução para um problema importante, qual o seu comportamento mais provável?a. ( ) Aceita o desafio, pensa um pouco e logo imagina mais de uma forma para solucionar o problema;b. ( ) Pensa muito sobre o assunto, mas não consegue imaginar uma solução que valha a pena;c. ( ) Prefere não ajudar, pois tem horror a problemas.

6. Quando uma máquina de sua casa está com defeito, qual a atitude que você, normalmente, toma?a. ( ) Procura descobrir o defeito e encontrar uma forma de consertá-la, às vezes com arames, parafusos, borrachas

ou outras coisas que você costuma guardar para essas ocasiões;b. ( ) Encosta a máquina e a deixa desligada até que um técnico venha consertá-la;c. ( ) Verifica se é uma coisa simples de solucionar e, se não é, chama um técnico.

7. Se você fosse despedido de seu emprego e tivesse dificuldades para arranjar, imediatamente, outro trabalho na mesma área, o que você faria com maior probabilidade?a. ( ) Aceitaria isso como uma fatalidade e aguardaria um momento mais propício para arranjar emprego;b. ( ) Procuraria alternativas para trabalhar e ganhar dinheiro, mesmo que não fossem, exatamente, aquilo que você

costuma fazer;c. ( ) Continuaria procurando emprego na área em que está acostumado a trabalhar, até arranjar alguma coisa.

8. Quando você pensa no que já fez em sua vida profissional, quais as lembranças que vêm mais rapidamente à sua mente?a. ( ) Que sempre teve boas idéias, que de alguma maneira ajudaram a resolver problemas no trabalho;b. ( ) Que algumas vezes, não muitas, teve boas idéias para melhorar o trabalho;c. ( ) Que nunca pensou na melhoria da organização, mas sim em cumprir suas obrigações, trabalhando com afinco.

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9. Se alguém lhe fizer uma proposta, como, por exemplo, utilizar um método de trabalho inovador, o que você faz com maior probabilidade?a. ( ) Pensa na proposta, avalia os prós e os contras e, depois de muita reflexão e análise, imagina uma forma de

aplicá-la aos poucos em seu trabalho;b. ( ) Analisa com cuidado e, se a idéia lhe parecer boa, dedica-se à sua implantação com vontade e confiança de que

ela vai dar certo;c. ( ) Escuta e desconfia de que não pode dar certo e, assim, acha melhor continuar fazendo do jeito que sempre fez.

10. Você consegue lembrar-se das vezes em que teve de enfrentar uma grande dificuldade. Nessas ocasiões, qual a atitude que mais comumente você tomou?a. ( ) Chegou a ficar desesperado, mas conseguiu forças e lutou, lutou muito;b. ( ) Resistiu até onde foi possível;c. ( ) Pensou e chegou à conclusão de que nem sempre vale a pena lutar contra a correnteza.

11. Entre seus amigos e familiares, acredita que a opinião deles a seu respeito é a de que:a. ( ) “Você só põe o boné onde possa ganhar!”, pois quando entra em uma luta é porque tem certeza de que pode

vencer;b. ( ) “Quando começa um projeto vai até o fim, custe o que custar”, pois você é capaz de sacrificar tudo por um

objetivo;c. ( ) “Para você nem sempre a linha reta é o caminho”, pois você prefere contornar as dificuldades que se apresentam

pela frente.

12. Quando comete um erro, qual a atitude mais comum que você toma?a. ( ) Avalia cuidadosamente o que fez, por isso não costuma repetir os mesmos erros;b. ( ) Pára...pensa...sacode a poeira e segue em frente, pois acha que “errar é humano”;c. ( ) Lamenta profundamente a sua falha, pois detesta cometer erros.

13. Quando lembra das vezes que surgiu uma oportunidade de fazer um bom negócio, qual foi sua reação nessas ocasiões?a. ( ) Parou e pensou, pensou cuidadosamente nessas oportunidades e, algumas vezes, passou tanto tempo

analisando a situação que outros acabaram fazendo o negócio antes de você;b. ( ) Pensou um pouco, analisou cuidadosamente o negócio, e se achou viável foi em frente, com fé em Deus e

confiança em si mesmo;c. ( ) Pensou um pouco e sempre preferiu esperar por um negócio mais seguro.

14. Quando analisa a vida das pessoas que conhece, o que você mais valoriza?a. ( ) Os amigos que vivem se arriscando, mudando de casa, de emprego, de cidade e até de país;b. ( ) Aqueles que conseguiram progredir, muitas vezes, enfrentando situações difíceis e arriscadas;c. ( ) Aquelas pessoas que souberem escolher o caminho mais seguro.

15. Qual o seu conceito das pessoas que iniciaram negócios e fracassaram?a. ( ) Elas tiveram uma oportunidade de aprender com os próprios erros e, certamente, saíram mais fortes dessas

experiências;b. ( ) Acha que as pessoas não devem cometer erros e fracassos. Por isso, somente devem entrar em negócios

seguros;c. ( ) As pessoas devem pensar muito antes de agir, mesmo que a oportunidade de iniciar um negócio passe. Afinal,

outras oportunidades surgirão.

16. Se você tivesse que iniciar um negócio, logicamente, procuraria analisar com rigor a situação e, diante dos resultados dessa análise, que atitude tomaria?a. ( ) Só abriria a empresa se o resultado demonstrasse que o negócio tinha 100% de chance de dar certo;b. ( ) Apostaria na idéia, mesmo que os resultados apontassem uma certa margem de risco;c. ( ) Só entraria no negócio se tivesse certeza de que haveria grande chance de dar certo.

17. Você costuma enfrentar uma situação difícil:a. ( ) Com coragem, sangue frio e força de vontade;b. ( ) Com um certo receio, mas com fé em Deus;c. ( ) Com muito cuidado e, se necessário, voltando atrás para se preparar melhor.

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18. Que atitude você acha que combina mais com sua personalidade, quando está diante de uma oportunidade de negócio?a. ( ) De muita calma, cuidado e sensatez;b. ( ) De muita fé em Deus;c. ( ) De confiança em sua capacidade de avaliação e de talento para superar dificuldades com “jogo de cintura” e

perseverança.

19. Quando lê ou assiste pela televisão alguma reportagem sobre um empresário de sucesso, qual a sua atitude mais provável?a. ( ) Exclama: “Pôxa, que sorte que ele teve!”;b. ( ) Pensa nas dificuldades que ele enfrentou e fica satisfeito com a sua vida modesta, porém tranqüila;c. ( ) Enche-se de vontade e acredita que, com o mesmo esforço, vontade e confiança, seria capaz de, também,

alcançar o sucesso.

20. Quando a vida lhe apresenta obstáculos de difícil transposição, você:a. ( ) Percebe que seria capaz de superar obstáculos bem mais difíceis;b. ( ) Sente-se acuado e pensa que a vida é um período de provações e sacrifícios;c. ( ) De início, sente-se atemorizado, depois acha que, com a ajuda de amigos ou familiares, pode superar os

obstáculos.

Bibliografia:DOLABELA, Fernando – O segredo de Luisa – Cultura editores associados DOLABELA, Fernando – Oficina do Empreendedor – Cultura editores Associados DORNELAS, José Carlos Assis – Empreendedorismo – Transformando Idéias em Negócios.

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O ato de empreender em nosso país foi desprezível até a proclamação da republica. Do período colonial e imperial não se tem dados efetivos de ações empreendedoras. Pode-se notar algumas tentativas empresariais, mas todas recaíam nos interesses do Rei de Portugal ou nos interesses dos familiares do Imperador.

Com o fim da escravatura o conceito de trabalho foi modificado. De algo destinado a escravos e sem remuneração para uma atividade humana, remunerada e também estratégica.

A proclamação da republica, no ano seguinte ao processo de libertação dos escravos, permitiu que surgisse o pensamento liberal, as iniciativas empreendedoras e a criação de empregos.

Surge então o fenômeno de imigração. Os primeiros imigrantes eram europeus. Trouxeram sua cultura e principalmente a habilidade em lidar com dinheiro e negócios. As regiões Sul e Sudeste do Brasil ainda apresentam influencia cultural dos europeus.

Posteriormente vieram outras raças e cabe destacar aqui um capitulo importante sobre os japoneses que tornaram-se reféns nos EUA e acabaram por optar em vir trabalhar em nosso pais. E assim encontramos uma gigantesca massa de orientais em algumas cidades do estado de São Paulo.

Nesse período ainda temos um processo industrial precário. E dessa influencia restou-nos uma habilidade de país montador por excelência. Podemos influenciar na mudança de um projeto mas não elaboramos um projeto na integra. O nosso parque industrial vive dos sobrevive daquilo que outras nações dispensam. Falta-nos um pouco de maturidade técnica para criar modelos. Somos excelentes reprodutores de modelos e feitores de moldes.A formação de nossa mão de obra ocorreu em escolas técnicas que ofereciam cursos destinados aos interesses das empresas multinacionais e agora com a modernização em nível global essas

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mesmas escolas não conseguem alunos para cursos que não despertam interesse e procura pela industria moderna.

Um outro fenômeno interessante é que paralelamente ao surgimento de novos empregos na mão de estrangeiros o povo brasileiro de então fica dependente de patrões estrangeiros. Assim surgem os movimentos migratórios brasileiros onde a massa de migrantes expande o meio urbano através do êxodo rural.

Atualmente o nosso quadro é um pouco mais otimista. Somos uma miscigenação racial. Essa diversidade formatou um povo alegre mas sem noção política e econômica. Assim não fomos hábeis em desenvolver negócios. Os poucos que se destacam são isoladamente diferenciados da maioria. O que pensamos em termos de empreendedorismo ainda passa pela possibilidade de um bom emprego, carteira assinada ou talvez um cargo público.

O quadro pode ser mudado a longo prazo quando se passa a ensinar nas escolas as noções de empreendedorismo. No Brasil temos o seguinte quadro:

ESCOLAS DE NÍVEL SUPERIOR

FGV 1981

USP 1984

UFSC 1992

UFPE 1992

UNINOVE 2000 (cursos gerencias)

O contexto até aqui verificado pode ser melhor analisado quando consideramos que os fatores históricos explicam um outro fenômeno que pode ser observado em alguns indivíduos de nossa sociedade. Os especialistas chamam de “Síndrome do empregado”. Veja algumas características de que se enquadra nesse perfil:A pessoa...· É dependente, no sentido de que necessita de alguém para se tornar produtivo, para

trabalhar.· Descuida de outros conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto

ou a sua especialidade.· Domina somente parte do processo.· Não é auto-suficiente: exige supervisão e espera que alguém lhe ofereça o caminho.· Não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos

mercados, a evolução do setor.· Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender e especializar-

se somente no que existe.· Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos e

serviços. · Não percebe a importância do marketing.· Não lê o ambiente externo que oferece ameaças e oportunidades.· Raramente é agente de inovações: não é criativo, não gera mudanças e não muda a

si mesma.· Mais faz do que aprende, executando de acordo com o que foi mandado.· Não tem a preocupação em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de

comunicação.

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· Tem medo do erro ( que é punido em nosso sistema de ensino e em nossa sociedade) e não o toma (o erro) fomo fonte de aprendizado.

Após a Leitura do texto: Empreendedorismo no Brasil, faça um comentário com suas palavras sobre o que você entendeu. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

· TESTE· Qual é seu perfil empreendedor? Há cinco perfis nos quais os profissionais com veia empreendedora podem se encaixar, segundo o professor Marcos Hashimoto, do Insper. Descubra qual é o seu

Como responder o teste?Para cada questão, pontue os itens livremente, de modo que a soma final seja cinco, como o exemplo abaixo:· Ao lidar com situações fora do padrão:

A. 3

me sinto confortável

B. me planejo mais

C. tento terminar o mais rápido possível                                             

D. 1

sempre busco compartilhar informações para tomar decisões

E. 1

uso meus contatos para minimizar riscos ·

· 1) Ao lidar com situações fora do padrão:

A. me sinto confortável

B. me planejo mais

C. tento terminar o mais rápido possível                                             

D. sempre busco compartilhar informações para tomar decisões

E. uso meus contatos para minimizar riscos   ·

· 2 ) Em trabalhos de equipe:

A. Busco informações sobre novidades, inovações e ideias

B. Me preocupo na prevenção contra riscos e problemas futuros

C. Fico à disposição para o que for necessário à equipe

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D. Sou bom em relacionamentos e extrair o máximo das pessoas

E. Penso em quem possa trazer para o projeto·

· 3 ) Nestes trabalhos, quando surge um problema:

A. Me sinto incomodado quando sou pressionado

B. Sou criticado por ser muito técnico e pouco prático

C. Fico frustrado pelas dificuldades em concluir o trabalho

D. Procuro influenciar as pessoas quando algo precisa ser feito

E. Não me incomodo em pedir ajudar quando necessário  ·

· 4) Sobre trabalhos em equipe, penso que:

A. Evito o óbvio e trago visões diferentes sobre a situação

B. Consigo reunir e organizar as informações para chegar a uma conclusão rápida

C. Faço as coisas acontecerem porque sou orientado a resultados

D. O mais importante para mim é criar um ambiente bom para o grupo

E. Às vezes, a contribuição de gente de fora pode ser muito eficaz ·

· 5) Minha contribuição para a equipe é:

A. Ajudo com meu talento natural: a criatividade

B. Posso planejar, controlar, organizar e coordenar recursos

C. Começo uma atividade e vou até o fim, bem pragmático

D. Consigo envolver as pessoas e comprometê-las com os objetivos

E. Busco apoio e recursos da empresa, sou um bom vendedor ·

· 6) Fico satisfeito com um trabalho quando:

· A. Tenho como praticar minha capacidade criativa

B. Posso considerar todas as possibilidades ao analisar uma situação

C. Consigo pegar um planejamento e transformá-lo em realidade

D. Tenho a chance de conhecer bem as pessoas da equipe

E. Sei que posso obter aprovação e recursos para o projeto·

· 7) Se eu falhar em um trabalho em equipe, é porque:

A. Fiquei tão distraído com minhas ideias que perdi o contato com a realidade

B. Às vezes me atenho muito a detalhes e me planejo demais

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C. Em vez de parar para pensar, faço as coisas direto

D. Posso ser democrático demais, querendo que todos participem quando não é possível

E. Às vezes sou muito impulsivo, pulo fases sem pensar nas consequências ·

· 8 ) Ao lidar com situações de alta pressão, eu:

· A. Encontro soluções criativas

B. Fico calmo para estabelecer um plano de ação alternativo

C. Estou preparado para enfrentar qualquer situação que venha pela frente

D. Procuro energizar as pessoas e coordená-las para ficarem focadas nos objetivos

E. Consigo facilmente encontrar ajuda para remover obstáculos·

·Resultado:Transfira a pontuação de cada alternativa para o quadro abaixo e some as colunas:

  a. Criativo b. Administrador c. Realizador d. Integrador e. Promotor

1          

2          

3          

4          

5          

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7          

8          

TOTAL          

·  ·

·Resultado do teste: ·  · Abaixo, a descrição dos perfis. Em geral, cada profissional com potencial empreendedor possui de dois a três perfis mais desenvolvidos. Veja quais são os seus e atenção àqueles mais deficientes. São eles que deve buscar aprimorar.  ·Criativo: É o profissional das ideias. Dotado de excelente visão do futuro, ótima percepção do ambiente à sua volta, ele sempre surpreende e traz soluções inovadoras e inesperadas. No entanto, é fraco nos relacionamentos interpessoais e prefere trabalhar sozinho. Muitas vezes se perde em elucubrações e é obrigado a voltar para a realidade sem dar vazão às suas ideias. ·Administrador: Bom em planejamento, ele é extremamente organizado, faz excelentes relatórios, tem uma visão pragmática das coisas e gosta de ter tudo documentado. Não gosta de perder tempo, nem desperdiçar recursos e, por isso, é bastante objetivo. Por outro lado, tende a gastar tempo demais em planejamento e muitas vezes deixa a execução de lado, correndo o risco de se tornar metódico e burocrático demais. Tem pouca paciência para se relacionar com pessoas que não se ligam em regras e procedimentos. · Realizador: Tem grande energia, disposição e dinamismo para mobilizar tudo o que for necessário para atingir os resultados. É bastante objetivo e motivado por realizações. Não se dá bem com papéis nem burocracia. As atividades preferidas são aquelas que agregam algum valor para algo ou alguém. Não é muito

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bom em contatos pessoais, planejamento e criação. Sabe trabalhar em equipe, mas assume as responsabilidades pela execução – o que faz muito bem. ·Integrador: Excelente em relacionamentos interpessoais, ele é cativante, carismático, comunicativo e gera muita empatia. Tem facilidade para identificar competências e habilidades nas pessoas, sendo hábil em montar equipes. Comunica-se de forma eficaz e com isso mobiliza as pessoas. Tende a tomar decisões em consenso e isso pode gerar conflitos, já que lhe falta voz de comando para lidar com certas situações. Não é bom com burocracias, normas e regras. Gosta de assumir a responsabilidade pelos resultados, mas confere os créditos à equipe.· Promotor: Ele também é hábil nos relacionamentos e se comunica muito bem. Também é comunicativo, dinâmico expansivo e carismático, mas, ao contrário do integrador, prefere buscar relações fora do grupo. Cria uma excelente rede de contatos, tem acesso a pessoas importantes na organização. É ele que assume o papel de vendedor dos projetos do grupo, usando a argumentação mais adequada para conquistar apoio e recursos. Não se atém muito aos aspectos técnicos do negócio e nem tem disposição para aprender.

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Empreendedorismo no Brasil e sua classificaçãoNo Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a

abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a inflação e ajustando a economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de trabalhadores.

As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3 áreas:· Técnicas: Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser organizado, saber liderar

e trabalhar em equipe.· Gerenciais: Incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing,

administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle).· Características pessoais: Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa,

coragem, humildade e principalmente ter paixão pelo que faz. Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o sucesso nos negócios depende principalmente de nossos próprios comportamentos, características e atitudes, e não tanto do conhecimento técnico de gestão quanto se imaginava até pouco tempo atrás. No Brasil, apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30% sequer concluíram o ensino fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos, 58% dos empreendedores possuem formação superior. Quanto mais alto for o nível de escolaridade de um país, maior será a proporção de empreendedorismo por oportunidade.

Definição da palavra

Robert Menezes - professor de Empreendedorismo da UFCG - comenta:"Empreendedorismo é aprendizado pessoal, que impulsionado pela motivação, criatividade e iniciativa, busca a

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descoberta vocacional, a percepção de oportunidades e a construção de um projeto de vida ideal." (MTC - Metodologia para Gestão do Processo de Formação Empreendedora em Universidades - Locus Científico, Vol I,IV, 2007. pp.72-78))

Eder Luiz Bolson disse que "empreendedorismo é um movimento educacional que visa desenvolver pessoas dotadas de atitudes empreendedoras e mentes planejadoras".

Robert Menezes disse que "Empreendedorismo é a arte de fazer acontecer com motivação e criatividade."(Locus Científico, Vol I, IV, 2007. pp. 72-78))

Robert Menezes disse que "Ser empreendedor é preparar-se emocionalmente para o cultivo de atitudes positivas no planejamento da vida. É buscar o equilíbrio nas realizações considerando as possibilidades de erros como um processo de aprendizado e melhoramento. Ser empreendedor é criar ambientes mentais criativos, transformando sonhos em riqueza." Louis Jacques Fillion disse que o empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.

Jeffry Timmons disse que o empreendedor é alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar oportunidade, buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócio de sucesso.

Marcio Benvenuto de Lima Disse que o empreendedor é aquele que conhece profundamente o que faz e ao mesmo tempo ama o que faz, se dedicando ao Máximo a sua atividade e sempre buscando novos caminhos que o leve ao sucesso em seu empreendimento.

Hélio Nascimento define o empreendedor como capaz de formar outro profissional melhor que ele.

Marcelo Benvenuto define o empreendedor como sendo aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.

George Bernard Shaw disse que "Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: Por quê?. Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: "Por que não?".

Síndrome do Empregado

A palavra síndrome do empregado nasceu com o personagem "Seu André" do livro O Segredo de Luísa do autor brasileiro Fernando Dolabela. "Seu André" preocupado em explicar a ineficácia de grande parte dos empregados da sua indústria, disse: "eles estão contaminados com a síndrome do empregado".A síndrome do empregado designa um empregado:

· Desajustado e infeliz, com visão limitada. · Dificuldade para identificar oportunidades. · É dependente, no sentido que necessita de alguém para se tornar produtivo. · Sem criatividade. · Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descuida de outros

conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou a sua especialidade. · Dificuldade de auto-aprendizagem, não é auto-suficiente, exige supervisão e espera que

alguém lhe forneça o caminho.

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· Domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a evolução do setor.

· Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender, especializar-se a melhorar somente no que já existe.

· Mais faz do que aprende. · Não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicações. · Tem medo do erro, não trata como uma aprendizagem. · Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços. · Não sabe ler o ambiente externo: ameaças, · Não é pró-ativo.

Razões do empreendedorismoO empreendedorismo busca a auto-realização de quem utiliza este método de trabalho,

estimular o desenvolvimento como um todo e o desenvolvimento local, apoiando a pequena empresa, ampliando a base tecnológica, criar empregos, evitar armadilhas no mercado que está incindido. E re-orientar o ensino brasileiro para a velocidade nas mudanças, novas tendências internacionais, adaptar-se ao novo mercado, com ética e cidadania. Situações que podem ser visualizadas com maior clareza nos sites do Sebrae e no site www.onegociocerto.com.br .

Partes envolvidasCaracterísticas Gerente Empreendedor Intra-empreendedor

Motivação PoderLiberdade de ação, Auto-motivação.

Liberdade de ação e recompensa Organizacional

AtividadesDelega a sua autoridade

Arregaça as mangas, Colabora com os outros.

Delega mas colabora

Competência Administração, PolíticaNegócios, Gerência e Política.

Empreendedor com mais habilidade Política

InteressesAcontecimentos internos da empresa

Tecnologia e mercadoDentro e fora da empresa, mercado

Erros Evitar erros Aprendizagem com errosErros são evitados, mas aprende-se com eles

DecisõesInterage do assunto para depois delegar

Visão e decisão própria, Acção versus Discussão

Fundamentação

Sistema Burocracia o satisfazSe o sistema não o satisfaz, constrói o seu

Acomoda-se ou provoca curto-circuito

Relações Hierarquia Negociação Hierarquia "amiga"

Caminhos do empreendedor· Caminho 1 (Auto-conhecimento): Espaço de sí estreito (Teoria X) versus. Espaço de sí amplo (Teoria Y).· Caminho 2 (Perfil do empreendedor): Comparação das características do empreendedor e da pessoa.· Caminho 3 (Aumento da criatividade): Dominar os processos internos para gerar inovação e criatividade.· Caminho 4 (Processo visionário): Desenvolver uma visão e aprender a identificar oportunidades.

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· Caminho 5 (Rede de relações): Estabelecer relações que possam servir de suporte ao desenvolvimento e aprimoramento da

ideia do negócio e sua sustentação.· Caminho 6 (Avaliação das condições para iniciar um plano): Reunir e avaliar todas as condições para elaborar um plano.· Caminho 7 (Plano de negócio): Metas mensuráveis, flexibilidade no plano, indicadores de evolução, compromisso coletivo,

revisão de metas, aprender com a experiência.· Caminho 8 (Capacidade de negociar e apresentar uma idéia): Cooperação entre pessoas, parceiros ou empresas para alcançar objetivos de tal forma que

todos saiam ganhando.

CaracterísticasUma pessoa empreendedora precisa ter características diferenciadas como originalidade, ter

flexibilidade e facilidade nas negociações, tolerar erros, ter iniciativa, ser otimista, ter auto-confiança e ter intuição e ser visionário para negócios futuros. Um empreendedor é um administrador, necessita ter conhecimentos administrativos, ter uma política para a empresa, ter diligência, prudência e comprometimento.

· As coisas podem ficar melhores Um empreendedor deve acreditar que o modelo atual pode ser melhorado. Ele compreende

que não será nada fácil traduzir esta frase em resultados e por isso, é a primeira pessoa a aceitar o desafio de mudar. É a primeira pessoa a se responsabilizar caso algo falhe em toda a trajetória do empreendimento. Empreendedores gostam de mudanças.

· A arte de ver mais longe e evoluir com erros Através de mudanças, se obtém experiências e estas, traduzem-se em ciência, que por sua

vez é utilizada para fins evolutivos. Logo não parece ser apenas um golpe de sorte, quando observamos elevado know how de empreendedores em ambientes de negócios.

Quando há evolução, há melhora. Definitivamente, empreendedores são pessoas que não apreciam situações de normalidade ou mediocridade.

Empreendedores são antes de tudo, pessoas que tem a capacidade de enxergar o invisível. A isso, intitula-se a famosa máxima: Empreendedores possuem visão.

· Empreendedores adoram não como resposta Inovações em corporações e corporações com inovações, surgem em sua maioria das vezes,

em momentos de necessidade. Momentos de necessidade demandam grandes soluções, que por sua vez, demandam grandes idealizadores. Para qualquer solução necessária, exigi-se riscos e tentativas. Riscos e tentativas costumam estar presentes em ambientes dinâmicos e hostis. Em resumo, alguém precisa ter "estrutura" profissional e emocional para ir em direção contrária do fluxo praticado. Em primeira estância e, em 99% das vezes, o primeiro feedback solicitado trará péssimos incentivos. "Não, isto não vai dar certo". Empreendedores adoram não como resposta, eles seguem adiante exaurindo possibilidades e visionando o por vir.

O Empreendedor VENCEDOR Características que transformam o empreendedor em vencedor

  Iniciativa - O empreendedor não fica esperando que os outros (o governo, o empregador, o parente, o padrinho) venham resolver seus problemas. O empreendedor é uma pessoa que gosta de começar coisas novas, iniciá-las. A iniciativa, enfim, é a capacidade daquele que, tendo um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.

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  Autoconfiança - O empreendedor tem autoconfiança, isto é, acredita em si mesmo. Se não acreditasse, seria difícil para ele tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor.  Aceitação do risco -  O empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e precavido contra o risco. A verdade é que o empreendedor sabe que não existe sucesso sem alguma dose de risco, por esse motivo ele o aceita em alguma medida.   Sem temor do fracasso e da rejeição - O empreendedor fará tudo o que for necessário para não fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Pessoas com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não tentar correr o risco de não acertar, ficando, então, paralisadas. O empreendedor acredita. 

  Decisão e responsabilidade - O empreendedor não fica esperando que os outros decidam por ele. O empreendedor toma decisões e aceita as responsabilidades que acarretam.

  Energia - É necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação.

  Automotivação e entusiasmo - O empreendedor é capaz de uma automotivação relacionada com desafios e tarefas em que acredita. Não necessita de prêmios externos, como compensação financeira. Como conseqüência de  sua motivação, o empreendedor possui um grande entusiasmo pelas suas idéias e projetos.  Controle - O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se vê como capaz de controlar a si mesmo e de influenciar o meio de tal modo que possa atingir seus objetivos.

 Voltado para equipe - O empreendedor em geral não é somente um fazedor, no sentido obreiro da palavra.   Ele cria equipe, delega, acredita nos outros, obtém resultados por meio de outros.

  Otimismo - O empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos problemas, acredita no potencial de desenvolvimento.

 Persistência - O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar adequadamente.

Com base nas reflexões e leituras de nossas aulas, responda:

1) Após as leituras, como você define empreendedorismo?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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2) Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falsoa) Empreendedores são natos, nascem para o sucesso ( )b) Empreendedores são “jogadores” que assumem riscos altíssimos ( )c) Os empreendedores são ótimos líderes ( )d) São independentes e constroem seu próprio destino ( )

CASES:Internet - Era só o que faltava - Site vende arquivos de som como drogas digitais que devem produzir efeito psicodélico virtual

Montagem sobre fotos de Alexandre Schneider

Jackson Araújo, que testou algumas das "drogas" uma pesquisa: só barulho

A página da empresa na internet: 75 produtos

Um computador, um arquivo sonoro, um par de fones de ouvido e disposição para ouvir durante meia hora sons desconexos em alto volume. Essa estranha combinação tem atraído milhares de internautas para o site I-Doser. O motivo é que tais ruídos são vendidos como drogas digitais, com poder de provocar sensações idênticas às de drogas reais, como cocaína, maconha e heroína. Os efeitos prometidos não têm respaldo científico algum. Mas despertam curiosidade. Na semana passada, o site lançou 25 novos produtos – entre eles LSD e orgasmo. Em 24 horas, foram feitos 150.000 downloads de seu novo aplicativo. O catálogo contém 75 produtos que chegam por e-mail, a preços entre 2,50 e 4,50 dólares a dose. Há ainda a opção de testar amostras grátis, direto da página do I-Doser.

A ideia de usar sons como droga surgiu em 2001 com John Ashton, um programador de áudio nova-iorquino de 31 anos. Sua primeira invenção foi a maconha, lançada em 2005. "Demorou muito para as pessoas acreditarem no potencial do I-Doser", disse Ashton a VEJA. O

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princípio da droga digital é a técnica binaural beats, descrita pelo físico alemão Heinrich Dove em 1839. Segundo o cientista, se frequências distintas são reproduzidas em cada ouvido, o cérebro produz um terceiro sinal, correspondente à diferença entre os sons originais. A nova frequência teria o poder de alterar o estado de consciência do usuário.

Quase 170 anos depois, a eficácia da técnica não foi comprovada. Nos últimos anos, foram publicados sete estudos sobre a binaural beats em jornais científicos internacionais. Todos com resultados inconclusivos. "As promessas do I-Doser não são sustentadas por nenhuma evidência científica", afirma Helané Wahbeh, pesquisadora americana que coordenou dois estudos sobre a técnica na Faculdade Nacional de Medicina Natural, em Portland. Para Helané, o mais provável é que os arquivos sejam placebos, ou seja, drogas de mentira, com resultados provenientes de auto-indução. O I-Doser tem pelo menos uma vantagem real: não é ilegal. "São experiências sonoras. Não há incitação ao tráfico ou ao uso de drogas", observa Antônio Cabral, do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-RJ.

O site chamou a atenção da consultoria brasileira Box1824, que estuda tendências de comportamento, e motivou um projeto de pesquisa. Jackson Araújo, de 42 anos, foi um dos que testaram o I-Doser a pedido da consultoria. Com as doses de ópio e maconha, ele teve apenas uma sensação de sossego, semelhante à provocada por outras músicas relaxantes. Já a dose de cocaína causou irritação, ansiedade e uma baita dor de cabeça. "Não aguentei nem dez minutos. Parecia uma turbina de avião", diz.

Disponível em : http://veja.abril.com.br/090507/p_090.shtml. Consulta em 10/01/2008. a) O que ocasionou o sucesso do I-Doser? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Quais as características de empreendedor de John Ashton? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Tecnologia Tudo para facilitar a vida

Graças à eletrônica e à criatividade, vive-se a idade de ouro dos produtos para solucionar os pequenos problemas do cotidiano - Carlos Rydlewski

Peter Drucker, o papa da administração moderna, dizia que era possível contar nos dedos de uma só mão o número de produtos realmente inéditos, mesmo em períodos de acentuada inovação. Na Revolução Industrial do fim do século XVIII, a máquina a vapor basicamente impulsionou processos já existentes. Na era da informação, o prêmio principal vai para o computador – mas, Drucker que nos perdoe, já não é possível contar novidades nos dedos de uma ou mesmo de duas mãos. Soluções engenhosas para facilitar a vida das pessoas e resolver os pequenos problemas do cotidiano surgem em profusão. Saem igualmente da prancheta dos projetistas das grandes corporações e da garagem dos inventores de fundo de quintal. São abridores para tampas de potes, dispositivos que permitem ao motorista melhor visão do que está atrás do carro, sensores para avisar quando o churrasco está pronto ou mesmo o instante de vencimento do filtro solar.

A regra por trás dessa explosão criativa pode ser resumida num conceito: se há um problema, logo surge uma solução engenhosa. Muitos fatores contribuem para criar essa idade de

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ouro das utilidades. Da perspectiva tecnológica, um dos mais relevantes é a inclusão de recursos digitais em velhos dispositivos. Uma geladeira pode ser um item desprezado da cozinha, mas, equipada com um software para gerenciar o consumo de energia e uma tela de LCD, retoma o posto de vedete. O mesmo pode ocorrer com uma lupa, um artigo em desuso, mas que ganha nova graça e maior utilidade se for renovado pela tecnologia dos dígitos. Algumas dessas conversões para o mundo dos bits são inusitadas, como o guarda-chuva desenvolvido pelo estudante Takashi Matsumoto, no Japão. Ele leva acoplado um dispositivo que projeta imagens no tecido e pode ser conectado à internet. Outras são surpreendentes, como o Celestron SkyScout, uma espécie de luneta digital, mas com um banco de dados de milhares de estrelas, planetas e constelações. A convergência de tecnologias é outro elemento que contribui para renovar o fluxo de produtos nas prateleiras. Já não basta que um telefone celular tire fotos ou reproduza MP3. Para não cair na vala comum da obsolescência, precisa incorporar um programa de GPS, a capacidade de receber e transmitir e-mail e oferecer alguns recursos de edição que até pouco tempo atrás só existiam num computador.

Menos visível, a padronização de alguns dispositivos eletrônicos também favorece o surgimento de novos aparelhos. Foi justamente por ter um único padrão para a troca de dados, uma só língua para unir diferentes máquinas, a do protocolo TCP/IP adotado nos anos 70, que a internet se tornou universal. No pequeno mundo das utilidades engenhosas, isso atualmente ocorre com os equipamentos que usam o cabo universal serial bus (USB). Essa conexão é mais eficiente que aquela usada anteriormente nos computadores, a serial, e foi adotada em larga escala pela indústria. Um cabo USB pode transferir dados a uma taxa sete vezes maior do que a do serial. Estabelecido como padrão, o USB facilitou a criação de novos produtos. Está em luminárias, ventiladores e brinquedos. Todos podem ser conectados ao computador para recarga ou mesmo para troca de dados. Esses recursos tecnológicos não são a única explicação, evidentemente, para o aparecimento de tantas novidades no mercado. As vendas pela internet ou por meio dos canais de compras da televisão desempenham um papel importante no processo. Permitem que fabricantes de produtos destinados a nichos atinjam com facilidade seus consumidores potenciais. Nesta página, uma pequena mostra do fascinante mundo das invenções e soluções tecnológicas.

 Fotos Yoshikazu Tsuno/AFP, The New York Times e divulgação

Internet na chuva A indústria se agita na busca de uma plataforma móvel e confortável para a internet. Abrir o guarda-chuva foi a resposta encontrada pelo estudante Takashi Matsumoto, da Universidade Keio, no Japão. Ele acoplou um miniprojetor ao cabo do guarda-chuva, que lança a imagem sobre o tecido. Trata-se de um protótipo, mas até pode prosperar, considerada a necessidade de unir conexão com portabilidade

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Só para os olhos de quem usa O PD-20 é mais do que um teleprompter. É um projetor que, no estilo Missão Impossível, lança as imagens diretamente ao globo ocular de quem usa o aparelho. A projeção não é vista por mais ninguém. Foi criado pela israelense Lumus, que ainda não divulgou o preço do produto

Disponível em: http://veja.abril.com.br/090507/p_074.shtml. Acesso em 10/01/2008.

Após a leitura, explique o que há de empreendedorismo no texto? Dica releia o texto. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ESTUDO DE CASO: CONSULDENT EQUIPAMENTOS MÉDICOS HOSPITALARES.

Dentista inova com consultório móvel e já exporta para 19 países

ASN - Agência Sebrae de Notícias

O dentista Miguel Lima, da zona oeste do Rio de Janeiro, vislumbrou na necessidade de uma paciente uma nova oportunidade de negócio. Para atender em domicílio uma mulher que havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral), ele desenvolveu o protótipo de um consultório dentário móvel, com cadeira e equipamentos que cabiam em uma mala de viagem. O sucesso foi tanto que ele resolveu patentear a idéia inovadora e, em sociedade com a mulher, Sandra, decidiu abrir a ConsulDent Equipamentos Médicos Hospitalares. A pequena indústria de equipamentos odontológicos, que começou a funcionar em 2001 em uma área de 14m da residência do casal, hoje ocupa uma área total de 700m e já conta com nove empregados. Os consultórios móveis da Consuldent, que permitem o atendimento odontológico domiciliar (home care), começaram a chegar ao mercado externo por meio do programa Exporta Fácil, dos Correios, e do Banco do Brasil.Hoje, são exportados para 19 países: Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Equador, Uruguai, Venezuela, Portugal, Argélia, Egito, África do Sul, Costa do Marfim, Índia, Irã, Jordânia, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Malásia e Nova Zelândia. Entre os clientes no mercado brasileiro, estão as Forças Armadas, o Corpo de Bombeiros, o Ministério da Saúde e até mesmo a Fundação Nacional do Índio (Funai). Antes de abrir a empresa, o casal fez um planejamento e procurou o Sebrae no Rio de Janeiro, onde Sandra participou de cursos como o ''Novos Empreendedores'', programa em parceria com o Banco do Brasil, que oferecia uma linha de crédito a micro e pequenas empresas nascentes. O financiamento obtido na época foi aplicado na compra de equipamentos, insumos e automóvel para entrega dos produtos, além de compor o capital de giro da empresa.Valeram a pena todas as noites em que acordava e encontrava meu marido, olhando para o equipamento, pensando em como melhorar a sua tecnologia. Hoje vamos mesmo onde não há energia elétrica, afirma Sandra. A comercialização, que antes era restrita a congressos de odontologia e por meio de divulgação em revistas e publicações especializadas, hoje conta com uma rede de representantes. Atualmente a empresa tem um faturamento quase cinco vezes maior que em 2001.

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EMPRESAA Consuldent, empresa estabelecida em 2001 e com tecnologia no mercado há mais de 15 anos, tem como principal atividade a produção e venda de equipamentos odontológicos portáteis. É uma empresa pioneira no Brasil na fabricação e comercialização de equipamentos direcionados à odontologia móvel. Todos os produtos foram desenvolvidos e patenteados pelo Dr. José Miguel de Lima (cirurgião-dentista), a partir da experiência de mais de 20 anos no atendimento domiciliar. São desenvolvidos e comercializados produtos inovadores, que se destacam devido a sua maior versatilidade, leveza, resistência, economia, facilidade de transporte e a possibilidade se serem utilizados em regiões remotas, inclusive desprovidas de energia elétrica. Os produtos são constantemente revistos e atualizados com as novas tecnologias, fazendo com que possamos sempre oferecer aos nossos clientes produtos modernos e de alta qualidade.

A Consuldent é uma empresa de estrutura simples, centrada na gestão direta das atividades administrativas, desenvolvimento de produtos e comercialização, tendo forte parceria de terceiros na fabricação de peças e acessórios.

Missão: . Desenvolver, fabricar, prestar serviços de manutenção e oferecer a seus clientes produtos odontológicos de alta qualidade de acordo com as necessidades de um mercado altamente diferenciado e exigente. . Proporcionar soluções de atendimento odontológico a todos os indivíduos impossibilitados de obterem este atendimento através dos meios habitualmente oferecidos. Objetivos: . Garantir através de um relacionamento sério e profissional com seus clientes e fornecedores as condições necessárias para um desenvolvimento contínuo pautado nos mais altos padrões de qualidade e respeito ao cliente; . Desenvolver e consolidar uma imagem de marca de inquestionável reputação no ramo odontológico de forma a perenizar sua atividade; . Desenvolver metodologia da ampliação de sua atuação mercadológica através da implantação de representação em vários pontos do território nacional e internacional, vindo a manter a liderança neste segmento de mercado.

Instalações: A Consuldent está divida em duas grandes unidades: . Uma unidade de metalurgia responsável por toda parte de chaparia e usinagem; . E uma unidade exclusiva com suas instalações de montagem e administração, em local de propriedade do grupo que compõe a sua estrutura com área de mais de 1000m2. Plano de Operações: A Consuldent realiza negócios das seguintes formas: . Venda através de representação. . Venda direta, através do escritório e por meio da Internet, somente para os locais onde ainda não houver representação Consuldent, respeitando-se inteiramente as diversas áreas de atuação de seus representados. Pós-venda: Nosso plano estratégico contempla um programa de pós-venda para assistência técnica, bem como toda a consultoria necessária para a implantação do programa de atendimento domiciliar.

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Com base nas informações do Estudo de Caso apresentado, responda:1) O que ajudou a garantir o sucesso da Consuldent:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Como expandir a produção para atender ao aumento exponencial das vendas? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Considerando-se os aspectos referentes ao empreendedor, faça uma lista das características em que as Miguel Lima se enquadra? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Parte 2. Com base nas reflexões e leituras de nossas aulas, responda:

4) Como você define empreendedorismo?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Ovo de Colombo de US$ 1 milhão.

O nerd Alex Tew, com algum conhecimento em informática, teve uma idéia milionária e... ficou milionário. Resolveu abrir na internet a venda de pixels, exatamente um milhão de pixels, a um dólar cada um. Como aconteceu o fenômeno, que acabou virando case discutido desde as universidades à poderosa Nasdaq?

Ele criou uma página chamada "The Million dollars pixels Home Page" e a vendeu para quem quisesse nela anunciar qualquer coisa que fosse, pelo módico e insignificante preço de um dólar por cada espaçozinho unitário, que numa tela de computador se chama pixel.

E não apenas vendeu rapidamente todos os seus um milhão de pixels, que é o total que coube em apenas uma única página, como cobra a singela e modesta quantia de um dólar/mês por cada um deles!!

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Visite a página em http://www.milliondollarhomepage.com/ e ajude, assim, a Tew continuar muito rico.Canadense troca clip de papel por casa usando a internet - JEREMY COOKE da BBC Brasil

Um canadense que se propôs a usar a internet para trocar um clip de papel por uma casa disse que conseguiu vencer o desafio.Kyle MacDonald, de 26 anos, fez ao todo 16 trocas pela internet ao longo de um ano e diz estar prestes a se mudar para a nova casa.

Uma maçaneta de porta alternativa, um fogareiro de acampamento, um pequeno barril de cerveja e uma tarde com o astro do rock Alice Cooper foram algumas das conversões feitas por MacDonald no processo.

MacDonald é hoje o proprietário de uma casa na cidadezinha de Kipling, na província de Saskatchewan, que ele ainda não viu.

A casa é uma prova do poder da internet e da determinação pessoal de Kyle MacDonald.O rapaz sempre disse estar certo de que seria capaz de trocar o clip de papel vermelho por

uma casa própria. Agora conseguiu.

Passo a Passo

- O clip de papel foi trocado por uma caneta com forma de peixe.- A caneta foi trocada por uma maçaneta de porta com desenho especial, a maçaneta por

um fogareiro de acampamento e o fogareiro por um gerador.- Em seguida, o gerador se transformou em um pequeno barril de cerveja acoplado a um

anúncio de neon.- Demonstrando bom senso de marketing, MacDonald apelidou o barril de "kit de festa

instantânea".- O kit foi trocado por um um carro adaptado para viajar sobre o gelo. Este foi trocado por

férias na província de British Columbia, no noroeste do Canadá.- As férias foram convertidas em uma caminhonete, que por sua vez virou um contrato para

gravar um disco.

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- O contrato foi trocado por um ano de moradia sem pagamento de aluguel em uma casa em Phoenix, no Estado do Arizona, nos Estados Unidos.O desafio poderia ter terminado aqui, mas MacDonald estava determinado a ir até o fim.

- A oferta de moradia gratuita por um ano foi trocada por uma tarde com o roqueiro Alice Cooper.

- A tarde com o roqueiro foi - em uma transação um tanto quanto surpreendente - convertida em um globo de neve.

- O ator americano Corbin Bernsen, colecionador ávido desse tipo de brinquedo, decidiu que tinha de ser dono do globo de neve e ofereceu em troca um papel, com remuneração, no seu novo filme.

- Os moradores de Kipling, cidade com 1.140 habitantes na província de Saskatchewan, no Canadá, decidiram que gostariam que alguém da comunidade conseguisse o papel.

- Eles ofereceram em troca - sim! - uma casa na cidade.- MacDonald disse que ficou boquiaberto com a notícia e está se preparando para se mudar

para a cidade, que ele nunca visitou. Site : http://oneredpaperclip.blogspot.com

A importância da Criatividade e da Visão de Oportunidade no empreendedorismo

'Quer comprar um pedacinho do meu carro?' por Lilian Martins [22/01/2008]

Muito além do que garantir sucesso nas redes de relacionamento e na blogosfera, inovar na web também pode render um dinheirinho. E quem sabe até um carro zeroEram cinco ônibus por dia. Do trabalho pra faculdade, da faculdade pra casa, lá ia Felipe Matos pelas ruas de Belo Horizonte. Talvez as ladeiras da capital mineira tenham sacolejado demais a cabeça do estudante de Administração de 24 anos, balançado tanto que a idéia para dar um jeito na rotina desg astante acabou aparecendo: criar um blog e angariar patrocinadores para a compra de um carro zero.

A solução poderia parecer maluca e levar os mais descrentes à certeza de que nunca daria certo, mas Felipe resolveu arriscar.

Numa madrugada de inspiração em novembro 2006 criou o blog, deixou de lado aquela história de que mineiro que é mineiro come quieto e divulgou o PatrocineMeuCarro.com com o máximo de alvoroço que conseguiu. "Pedi ajuda aos amigos. A partir daí fiz propaganda no Orkut, em blogs e na mídia em geral, gerando demanda para os demais", conta Felipe.

Apesar de ter ficado conhecido entre os blogueiros, o projeto de Felipe estacionou por um ano. "O excesso de trabalho, e principalmente, a habilitação de motorista que teimou em demorar a chegar jogou um balde de água fria na minha motivação com o projeto".

Depois de várias tentativas, Felipe tirou a carteira de motorista e retomou o projeto. Entrou em contato com os patrocinadores que apoiaram a idéia logo que o blog foi lançado e deu entrada no carro no final do ano passado.

Os espaços do carro de Felipe reservados para os investidores voltaram a ser vendidos: " Dos 30 anunciantes, conheço apenas 5. Os demais vieram mesmo espontaneamente pela divulgação".

_’por que eu não pensei nisso antes?’Como era de se esperar, muita gente também tentou vender seu pedacinho do paraíso na

web, mas as idéias não tinham mais o gostinho de novidade e irreverência, tão importante para abocanhar internautas. Conclusão: quase tudo caiu no buraco negro da invisibilidade.

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O que fez Felipe acreditar que também não ficaria no meio do caminho? Além de investir na divulgação na mídia e fazer a notícia saltitar pelos blogs da rede, o PatrocineMeuCarro precisava, como ele define, “ter um apelo interessante.”

Um carro todo quadriculado circulando pelas ruas da metrópole mineira poderia, no mínimo, ser considerado um apelo bem interessante. Antes mesmo do veículo ser comprado, Lauro Strazzabosco Dorneles, empresário do HotMedia - uma das empresas

_de parar o trânsitoDepois de conseguir 53 anúncios e mais

de R$ 5 mil para a entrada, o carro foi comprado e colocado nas ruas de BH.  “Tomo muitas

buzinadas. Às vezes, acho que estou fazendo algo errado no trânsito e quando vou ver era o carro chamando atenção. Todo mundo olha, alguns gritam, perguntam, chamam de carro maluco, mas o que eu mais ouço é que é ‘o carro do homem-aranha’”, conta Felipe que prefere chamar seu carro

Levar a idéia para além dos limites virtuais certamente chamou atenção dos internautas. Agora se Felipe vai conseguir vender todos os outros 287 espaços desenhados na lataria do seu carro, é difícil apostar. “No Brasil, a cultura da Internet ainda está em desenvolvimento. Para conseguir algo, o empreendedor tem que conquistar um público grande. Audiência é a palavra-chave de quem quer ter sucesso na rede”, comenta Rafael Buzon, pesquisador de marketing online.

O próprio Felipe tem os pés no chão. “Não dá para dizer que o PatrocineMeuCarro.com deu certo, porque cumpri só 20% da meta. Mas também não posso dizer que deu errado, pois dei entrada no carro, cumpri o prometido colocando os anúncios plotados no carro e ganhei algum dinheiro.” Por enquanto o saldo é positivo, a não ser por Felipe não conseguir fazer valer o jeitinho mineiro discreto de andar por aí. “De vez em quando me ligam perguntando: ‘Felipe, o que você estava fazendo na avenida tal ontem à noite?’. Então, tenho que andar na linha pelos próximos meses”, diverte-se.

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Disponível em: http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=5225 – Acesso em 25/01/2008Quais as características empreendedoras de Felipe?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Qual a principal decisão para o negócio de Felipe alavancar? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Perfil empreendedor dentro da empresa – Intra-empreendedorismo

Para entender como o intra-empreendedor pode se desenvolver e crescer dentro de uma empresa é preciso deixar de lado conceitos como “bom tarefeiro“.Há anos, as empresas buscam melhores patamares de resultados, porem esta expectativa muitas vezes acaba não ocorrendo, já que a forma como os funcionários trabalham pouco se modernizou. O caminho é investir no espírito empreendedor. A prática, conhecida como Intra-

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empreendedorismo, é um sistema desenvolvido para acelerar as inovações dentro de grandes empresas, através do melhor aproveitamento dos seus talentos. O desafio é conseguir desenvolver os comportamentos empreendedores para que os participantes possam atuar como agentes de mudanças em suas organizações, melhorando processos ecriando novas oportunidades de negócio.Para estimular e trabalhar o espírito intra-empreendedor, algumas empresas estão investindo emprogramas de desenvolvimento para seus colaboradores. O consultor Joacir Martinelli, que estuda e trabalha com esta ferramenta há quatro anos, diz que empreender significa levar adiante uma ideia.“Não podemos considerar empreendedora apenas aquela pessoa que tem um negócio próprio. Um atleta, um artista, um funcionário dentro da sua área, pode empreender e conseguir realizar mais do que a maioria das pessoas”, explica.Mas, por que é tão difícil implementar projetos pessoais e profissionais? Para Martinelli, não é difícil identificar pessoas que no dia-a-dia conseguem efetivar seus objetivos, mesmo diante de adversidades, Outras, entretanto, não obtêm o mesmo êxito, ainda que em condições favoráveis. “Podemos concluir que, além do preparo técnico específico para a efetivação de um projeto e de um ambiente favorável, existem também aspectos pessoais que aumentam a probabilidade de levar a cabo qualquer desafio. O que se espera são pessoas ativas, que vivam profundamente suas metas, que assumam a responsabilidade pessoal de implementar novas ideias e transform á-las em sucesso comercial”, diz o consultor. Para ele, os intrapreneurs (empreendedores internos), fazem a diferença entre o sucesso e o fracasso da empresa. “O custo de se perder talentos empreendedores é maior que o da simples perda de um técnico qualificado ou de um elemento eficaz de uma área administrativa específica“, ensina.Segundo Martinelli, para entender como o intra-empreendedor pode se desenvolver e crescer dentro de uma empresa é preciso deixar de lado conceitos como “bom tarefeiro“. “Existem duas necessidades que fazem com as companhias deixem de desejar apenas ‘bons tarefeiros’. A primeira é a de estar constantemente atualizando produtos, por causa da concorrência e novos nichos de mercado. Esta necessidade é suprida pela aguçada visualização de oportunidade que se manifesta em pessoas com perfil empreendedor. A segunda está voltada para “dentro da empresa”: a busca da melhoria contínua em todos os processos, o que também exige empreendedores para efetivar as mudanças necessárias.Uma pesquisa feita pela ONU - Organização das Nações Unidas, levantou e agrupou algumas características que fazem a diferença entre uma pessoa empreendedora e uma que não possui este perfil. Com base nestas informações e reunindo técnicas dos melhores programas mundiais neste assunto, a Duomo - Desenvolvimento Humano, consultoria com sede em Curitiba, em parceria com a Management Systems International (Washington - DC), criou o Programa Exli.Pesquisas como a da ONU demonstram que as diferenças estão no comportamento, não importando em que área as pessoas estão atuando. O intra-empreendedor já é um realizador, mas algumas falhas comportamentais limitam a capacidade de realização dele. Dentro de um programa de desenvolvimento intra-empreendedor, estas falhas são diagnosticadas e trabalhadas. Foi o que aconteceu com a coordenadora de marketing da ALL - América Latina Logística - Delara, Sara Castanheira, que há dois anos participou do Desenvolvimento Exli. “Costumo brincar que o treinamento foi um divisor em minha vida profissional. Existe a Sara de antes e depois do Exli. Nada é dito diretamente, nós é queidentificamos o que é preciso mudar”, conta ela, que na época era trainee na companhia. “Consegui visualizar que liderava de maneira autocrática, era muito autoritária. As pessoas que trabalham comigo perceberam e comentam como eu mudei”.

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O espírito intra-empreendedor não é um atributo ensinável, porém como se trata de comportamento pode ser treinado e aprimorado. Para que o profissional possa desenvolver um espírito empreendedor é necessário que ele tenha aspectos em sua personalidade que sejam compatíveis com esse perfil. A importância dos profissionais empreendedores está no fato de que eles são os verdadeiros agentes de mudança nas empresas. Para a coordenadora de Desenvolvimento de Gente da ALL, Márcia Cristine Baena, é importante que os colaboradores não vejam a empresa como um “emprego”, mas tenham operfil de dono de um negócio. “A postura de dono de negócio é a chave para o sucesso de nossa empresa. Respeitamos cada colaborador como se fosse dono de seu pequeno negócio, dentro de nossogrande negócio. O Intra-empreendedorismo é fundamental para isto”, diz Márcia. No ano passado, 22 funcionários da ALL participaram do Desenvolvimento Intra-empreendedorismo. Para este ano, já estão marcadas turmas para mais 90 pessoas. “O treinamento é referência entre os participantes e todos os que fizeram tiveram crescimento dentro da companhia”, reforça a coordenadora.Você é um intra-empreendedor? Conceito cada vez mais difundido nas organizações, o Intra empreendedorismo é a versão em português do termo francês "intrapreneur", que significa empreendedor interno. O intra-empreendedor é aquele profissional que a partir de uma idéia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da empresa onde trabalha, dedica-se entusiasticamente em transformá-la em um produto de sucesso. Não é necessário deixar a empresa onde trabalha, como faria o empreendedor, para vivenciar as emoções, riscos e gratificações de uma ideia transformada em realidade.Como saber se você é ou não um intra-empreendedor?Seguem algumas características que diferenciam os funcionários empreendedores:• Tem visão sistêmica: não tem olhos apenas para o seu departamento, mas consegue visualizar acompanhia como um todo. · Atribui significado pessoal a tudo o que faz: tanto pelo trabalhocomo pela empresa onde atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que aexperiência está valendo a pena.• Tem capacidade de implementar as ideias: implanta projetos com começo, meio e fim. Nãobasta ser um poço de ideias, é preciso implementá-las. · É persistente: faz de tudo para que osprojetos e negócios dêem certo. Tem capacidade de encontrar saídas para obstáculos queapareçam.• É pró-ativo e se antecipa ao futuro: Faz as coisas antes mesmo de ser solicitado ou forçadopelas circunstâncias. Consegue antecipar a necessidade e vai além do pré-estabelecido.

Joacir Martinelli.- matéria publicada no jornal Gazeta do Povo, 22/06/

Após a leitura do texto: Explique com suas palavras o que é Intra-empreendedorismo. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nichos de Mercado

Um Nicho de Mercado é um segmento de mercado cujo público tem necessidades de consumo muito particulares, mas ainda pouco ou nada exploradas por empreendedores. Esse tipo de público, na maioria das vazes, é numericamente pequeno e não desperta o interesse das grandes empresas; no entanto, podem proporcionar uma excelente oportunidade de negócio para os pequenos empreendedores.

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A característica mais interessante dos nichos de mercado é a extraordinária capacidade que alguns segmentos demonstram de, em poucos anos, deixar a condição de quase inexplorados para transformarem-se em grandes mercados. Os melhores exemplos são os restaurantes japoneses, que no Brasil dos anos 90 eram apreciados por um público muito seleto na cidade de São Paulo; mas com o passar dos anos teve um considerável aumento no número de pessoas interessadas. Contudo, ao analisar o público de uma outra cidade, que ainda não conhece esse tipo de restaurante, é possível ver que tal mercado ainda é um segmento inexplorado, ou seja, um nicho de mercado.

Por outro lado, existem outros segmentos de mercado que parecem estar eternamente na condição de nichos de mercado, como por exemplo: as tabacarias, as lojas de brinquedos antigos e os antiquários. No entanto, existem também aqueles segmentos de mercado que no passado poderiam ser considerados grandes mercados, mas nos dias de hoje são perfeitamente classificáveis como nichos de mercado, por exemplo: os ateliês de costura e as alfaiatarias.

Portanto, o bom empreendedor deve sempre observar o mercado onde atua, identificar as segmentações e tentar perceber as tendências e as oportunidades de negócios. Neste sentido, o empresário que identifica um nicho de mercado deve observar dois aspectos: o primeiro é o objeto a ser oferecido, e o segundo é o público consumidor que demonstra interesse por ele. Ao analisar esses aspectos, o empreendedor vai perceber que o público do nicho costuma ser mais exigente quanto a qualidade e, muitas vezes, disposto a pagar mais para ter satisfeita a necessidade de consumo; conseqüentemente, o empresário deve concluir que, tornar-se um especialista no ramo escolhido é condição determinante para o sucesso do empreendimento. É justamente esse aspecto que surge como vantagem do pequeno varejista sobre as grandes empresas, que procuram sempre conquistar os “filões” de mercado e nem sempre conseguem manter a excelência em todos os segmentos.

Perceba que somente os pequenos empreendedores podem se dar ao luxo de escolher um determinado nicho de mercado e ter condições de se dedicar totalmente ao assunto, objetivando assim, ser o melhor ou talvez o único naquele segmento. Nestas condições, um empreendedor consegue (inevitavelmente) desfrutar de liderança na segmentação que escolheu. Em outras palavras, talvez só uma frase popular tenha a capacidade de traduzir o conceito de nicho de mercado: “mais vale ser cabeça de ratinho que rabo de leão”. C

(Autor: Luiz Antonio R. da Silva. Disponível em: http://www.cafedocomercio.com/empreendedorismo/nichosdemercado.php#

Explique: O que é nicho de mercado e quais são suas principais características? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

EMPREENDEDORISMO – APRENDER A EMPREENDER

Num mercado tão dinâmico como o atual é necessário a elaboração de processos que estimulem o aprendizado e capacitações da população economicamente ativa.

Tais processos são aplicados aos empreendedores. Não importa se é na criação de uma empresa ou na inovação de um processo, pois o que se torna importante é a preparação para inovar e transformar uma situação em algo lucrativo.

Indicamos abaixo as fases de processo em criação de negócios e abertura de empresas.28

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Fase Definição Ação

1 Da inovação à ideia inicialEstratégias para identificação de uma oportunidade

2 Da ideia inicial ao Plano de NegóciosEstratégias para agarrar uma oportunidade

3 Do plano de negócios ao inicio das operaçõesEstratégias para buscar e gerenciar os recursos necessários para aproveitar oportunidade.

Um empreendedor é caracterizado pelo comportamento e pelo conjunto de ações inovadoras ou transformadoras que executa em qualquer atividade humana. Destaca-se pelo fato romper como os modelos tradicionais (padrões preestabelecidos) e a criação de novos modelos, novos processos e demais inovações que não descaracterizam o que já existe mas implementa novidades que melhoram desempenhos e elevam o resultado positivo, ou seja, dão lucro.

Veja o quadro abaixo para comparar o convencional do empreendedor:

Convencional Empreendedor

Ênfase no conteúdo, que é visto como meta

Ênfase no processo – aprender a aprender

Conduzido e dominado pelo instrutor Apropriação do aprendizado pelo participante

O instrutor repassa o conhecimento O instrutor como facilitador.Os participantes geram conhecimento

Aquisição de informações “corretas” de uma vez por todas O que se sabe pode sofrer mudançasCurrículo e sessões fortemente programadas

Sessões flexíveis e voltadas a necessidades

Objetivos do ensino são impostos Objetivos do aprendizado são negociados

Rejeição ao desenvolvimento de conjecturase pensamento divergente

Conjecturas e pensamento divergente são vistos como parte do processo criativo

Ênfase no pensamento analítico e linear usando a parte esquerda do cérebro

Envolvimento de todo o cérebro, aumento da racionalidade

Conhecimento teórico e abstrato Conhecimento teórico amplamente complementado por experimentos

Resistência à influencia da comunidade Encorajar a comunidade em exercer influencias

Ênfase no mundo exterior.A experiência interior é considerada imprópria ao ambiente educacional

Experiência interior serve de contexto para o aprendizado. Sentimentos incorporados à ação

A educação é um processo que ocorre por tempo determinado

A educação é um processo continuo, dentro e fora da escola

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Erros não são aceitos Erros são encarados como fonte de conhecimento

A parte instrumental do processo de aprender a empreender é mais uma forma do empreendedor analisar a si próprio e o meio que o rodeia.

Destacam-se aqui sete instrumentos que auxiliam no processo de aprendizado:O conceito de si – todos nós temos uma ideia formada a nosso respeito. Muitas vezes

somos compelidos a manter certa modéstia ou a falta dela. Entretanto devemos considerar o que temos de pontos fortes e mostrá-los ao mundo. Os pontos fracos devem ficar guardados e tratados de modo a serem superados ou vencidos.

Perfil do empreendedor – como já foi visto, os empreendedores possuem comportamento especifico. Se aquelas qualidades não são totalmente enquadradas em seu modo de agir então pelo menos considere aquelas que se aproximam, que fazem fronteira sobre suas ações frequentes e assim inicia-se a definição de perfil de empreendedor em você.

Depoimentos – há uma série de reportagens em revistas e na TV. Muitas historias de sucesso através dos tempos. Analise-os e veja o que faria se estivesse no lugar de certos inventores ou administradores.

Entrevistas – procure falar com pessoas que são ativas e inovadoras. O comercio está cheio desses profissionais. Tente entender o funcionamento de certa lojas. Como sobrevivem há mais de 15 anos na praça, onde apresentam diferencial de atendimento. Essa modalidade de entrevistar pessoas vai nos dar a ideia de ações empreendedoras num mercado competitivo

Desenvolvimento da criatividade – antes de qualquer atitude deve-se entender que todos os seres humanos são criativos. Existem diferenças no tempo em que cada um manifesta essa criatividade. É necessário treinar o tempo gasto em apresentações criativas. Trata-se de um processo mental em resolver problemas do modo mais rápido possível

Processo visionário e aproveitamento de oportunidades – sempre que possível compare ações de terceiros com suas ações, num mesmo problema. Tente guardar na memória o que se fazia no passado e se faz agora. Projete suas ações no futuro. Há profissões e serviços que desaparecerão e novos serviços surgirão como novos problemas, portanto, ganha quem souber vender soluções para o futuro.

A rede de relações e o padrinho – todo ser humano deve saber que é um ser gregário, ou seja, que vive em grupo e necessita dos outros ao seu redor. No processo de empreendedorismo é necessário manter uma rede de pessoas influentes e questionadoras, que acrescentem em ideias e motivação. Assim também se faz necessário a ideia de um padrinho. Um empreendedor que atua no mesmo ramo e disponha-se a ser um conselheiro durante todo o processo de um plano de negócios.

Aprender é um processo continuo da existência humana. Aprendemos em qualquer idade e lugar. Para alguns é necessário um ambiente que favoreça o aprendizado e para outros basta o descanso do dia anterior para aprender.

Para facilitar a compreensão do aprender, vamos considerar o aprendizado como uma fórmula onde:APRENDER = COMPREENDER + FIXAR

Se compreendermos apenas e não fixamos então não sabemos explicar.

Se fixarmos, decoramos e a qualquer momento podemos esquecer.

O aprendizado é constante e deve ser treinado. Aqueça seus neurônios e bons negócios.

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ESTUDO DAS OPORTUNIDADES

Em nossa cultura é muito comum lamentarmos a perda de oportunidades. Sempre que deixamos “escapar” uma oportunidade somos tomados de uma depressão e parece que acreditamos na impossibilidade de surgir novas oportunidades.

Vamos dar um exemplo onde um jogador de futebol perde um gol fácil aos trinta segundos do primeiro tempo. Este profissional é tomado de uma tristeza e lamenta-se profundamente, ignorando que se mantiver o espírito de luta novas oportunidades irão surgir.

Para um empreendedor é preciso acreditar que as oportunidades não passam mas aparecem de modo diferente e desafiador. Segundo Whitney Young Jr. “é melhor estar preparado para uma oportunidade e não ter nenhuma do que ter uma oportunidade e não estar preparado” .

Para dirigir a conceituação de oportunidades a um patamar racional e de certa forma otimista damos a seguir algumas características de oportunidades (empreendedoras):· Surgem em função da identificação de desejos e necessidades insatisfeitos, da identificação de

recursos potencialmente aproveitáveis ou subaproveitáveis, ou quando se procuram aplicações (problemas) para novas descobertas (soluções);

· Estão em qualquer lugar;· São um presente para a mente preparada;· São simples na sua concepção: coisas complicadas raramente dão certo;· As oportunidades exigem grandes esforços, não podem ser tratadas superficialmente;· Devem se ajustar ao empreendedor (o que serve para uma pessoa não serve para outra);· São atraentes, duráveis, tem hora certa, ancoram-se em um produto ou serviço que cria, ou

adiciona valor para o seu comprador;· São alvos móveis: se alguém as vê, ainda há tempo de aproveita-las;· Um empreendedor habilidoso dá forma a uma oportunidade onde outros nada veem, ou veem

muito cedo ou tarde demais;· São as fagulhas que detonam a explosão do empreendedorismo;· Boas oportunidades de negócios são menos numerosas que as ideias;· Identificá-las representa um desafio: uma oportunidade pode estar camuflada em dados

contraditórios, sinais inconsistentes, lacunas de informação e outros vácuos, atrasos e avanços, barulho e caos do mercado (quanto mais imperfeito o mercado, mais abundante são as oportunidades).

“Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade”. Winston Churchill

Recomenda-se uma auto análise ao nos depararmos com uma “oportunidade”. Sendo pessimistas ou otimistas sempre estaremos diante de uma oportunidade. No entanto pode-se cair no erro de cair no oportunismo: vender guarda-chuva em dia de temporal, vela em dia de finados etc.

A boa oportunidade deve ser analisada sob alguns prismas: a compatibilidade com o empreendedor, sua carga de valores éticos e morais, preferências, visões de mundo e sonhos. É preciso confrontar as exigências sugeridas pela oportunidade e as forças e fraquezas individuais. No sentido de ajudá-lo elencamos uma lista de erros a evitar:· paixão pelo produto (o rato morre porque se apaixona pelo queijo);· paranóia do negócio: não posso mostrar a idéia, porque será roubada;· perfeccionismo (a idéia não fica pronta, acabada);

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· muito tarde ou muito cedo (atemporalidade);· não reconhecer a concorrência;· preço baixo como estratégia de entrada: complexo de comprar caro e vender barato;· impaciência: 30 dias ou arrebenta;· desejo e necessidade de obter lucros rapidamente: queime tudo no lançamento.

Frases para pensar:

“Esta geringonça tem inconveniente demais para ser levada a sério como meio de comunicação. Ela não tem nenhum valor para nós.”

Memorando interno da Western Union, em 1876, a respeito do telefone

“Quem se interessaria em ouvir os atores?” H.M. Warner, da Warner Brothers, no auge do cinema mudo em 1927

Visão - Oportunidade – Criatividade

· Visão – Capacidade De Ver A Luz· Visão Do Empreendedor – Capacidade De Ver A Luz Que Ilumina O Futuro· O Que Fazer No Futuro...· O Que O Mercado Deseja...· Como Pode Ser O Processo...· Quem Dominará A Economia...· Que Forma De Governo Predominará No Planeta...Categorias De Visão· Emergente – Idéias Ou Produtos Que Desejamos Lançar· Central – Resultado De Uma Ou Mais Visões EmergentesElementos De Suporte Para A Formação Da VisãoConceito de si:· Auto-Imagem· Auto-Estima· Julgamento da Capacidade Pessoal· Como a pessoa se vê· Em que modelos se enquadram

Energia

· Quantidade e qualidade de o tempo dedicado ao trabalho· Limites e fôlego · Espírito de liderança· Ânimo-anima-alma

Conhecimento

· Compreender + Fixar· Articular O Que Se Faz Com O Que Se Deseja· Orientar Outros· Convencer Através Do Exemplo

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Oportunidade

· Capacidade De Identificar, Agarrar E Transformar Uma Situação Em Algo Lucrativo, Durante Certo Tempo E Dar Continuidade Nesse Processo De Transformação E Lucratividade.

Criatividade

· Resultado Do Treinamento Das Resoluções Mentais Para Resolver Situções Desafiadoras Em Tempo, Espaço E Condições Adversas.

Bloqueios Da Criatividade

· Insistir No Resultado Das Seguintes Expressões?· Resposta Certa· Isso Não Tem Lógica· Siga As Normas· Seja Prático· Evite Dúvidas· É Proibido Errar· Brincar É Falta De Criatividade· Não Seja Bobo· Eu Não Sou Criativo

IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES

Como já vimos, oportunidade é a capacidade de identificar, agarrar e transformar uma situação qualquer em algo lucrativo. Para realizar a identificação de uma oportunidade é necessário que o empreendedor liberte-se de alguns valores e conceitos prévios a respeito de oportunidade. Também é necessário diferenciar oportunidade de oportunismo. São condições distintas para movimentar um negócio qualquer. Ser oportunista não é pecado, mas valer-se dessa prática também não garante lucro por muito tempo. O oportunismo vicia e limita a criatividade de quem o pratica, portanto faça a sua escolha.

Para identificar oportunidades são necessários dois ingredientes: predisposição e criatividade.

A predisposição consiste em aproveitar todo e qualquer ensejo para observar negócios. Através do fato de se dispor previamente a olhar para o mundo, o empreendedor pode identificar oportunidades. Ir a feiras, convenções, congressos e manter-se informado via rede e demais canais de publicações a respeito são atitudes que completam a empreitada.

A criatividade é a resolução de problemas no momento em que tudo conspira em sentido contrário. Encontrar respostas rápidas e oferecer soluções adequadas aos problemas que nos são apresentados é o papel do agente criativo. Ajuda muito exercer o papel de observador. É importante que tal papel esteja revestido de caráter analítico pois não adianta observar por um viés do positivismo apenas.

ELEMENTOS BÁSICOS EMPREENDER A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES

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A escolha diante da diversidade – descubra o que ainda não foi satisfeito. Onde há descontentamento há oportunidade de negócio. Ao olhar para as ofertas de mercado é possível descobrir o que ainda não foi ofertado ou descobrir as críticas feitas pelo mercado consumidor.Observação das deficiências – quando identificamos oportunidades também estamos propensos a destruir modelos ou a melhorar o que já existe. A correção de certos produtos é um grande mercado para oportunidadesAnálise de tendências – a mudança é um processo constante e de certo modo imperativo. Ela não consulta os envolvidos para ocorrer pois simplesmente ocorre.

É vital que se desenvolva algum tipo de mecanismo capaz de observar e registrar o que acontece ao nosso redor. A partir desse registro é que criamos um relatório sobre tendências de mercado em criar novos negócios.

Devemos considerar que os negócios ocorrem em ciclos. São períodos de crescimento, estagnação e desaparecimento. Os três momentos antecedem ao que chamamos de tendência.

Derivação da ocupação atual – As oportunidades podem estar escondidas na área em que atuamos e que por cansaço ou acomodação não percebemos o potencial de negócios ali embutidos. A maioria dos empreendedores de sucesso conhecem muito bem o ramo em que atuam e ao derivarem a partir do conhecido acabam montando um novo negócio com algum sucesso.

Em menor escala de acontecimento mas de importância significativa podemos citar outros elementos que tem gerado negócios interessantes e alavancado a economia.Exploração de hobbies – a industria do lazerLançamento de moda – a incubação de idéias originaisImitação criativa – a partir de uma idéia original, surge uma idéia similar e útil para outra área.

ÁREAS DISPUTADAS PARA IDENTIFICAR OPORTUNIDADES

Setor de energia – pela demanda de produção, distribuição e conceituação. Um dos maiores desafios para a humanidade é a de atender a demanda de energia para sustentar os interesses da sociedade que construímos.

Animais domésticos e produtos afins – sobram ações ecologicamente corretas e outras nem tanto para adquirir e preservar animais domésticos. O mercado de saúde e alimentação para bichos está longe da exaustão.

Produção de alimentos – O século passado explorou os conceitos da física e da química e neste século a exploração da biologia parece obvia. Os alimentos transgênicos e bioengenharia oferecem oportunidade de negócios a serem inventados.

Substituição de material – quando o primeiro engenheiro petroquímico afirmou que os pára-choques de carros seriam de plástico, a população leiga não acreditou no que ouvia e hoje nenhum carro é fabricado com essa peça em aço que aumenta o peso, necessitando de aumento de potencia no motor.

Controle da poluição – A água é uma substancia de três átomos apenas e quimicamente não oferece perigo em situação normal mas quando misturada pode ser letal. A matéria, enquanto conceito cientifico, pode e deve ser reciclada, portanto nova oportunidade de mercado.

Treinamento em informática – os negócios em informática diminuíram em volume. Isto se deve muito mais aos fatores econômicos do que a uma possível saturação de mercado. Se forem baratos os novos equipamentos e seus novos programas serão implantados e para qualquer situação em informática é necessário o treinamento.

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PROBLEMAS A SEREM EVITADOSFalta de objetividade com a idéia de negocioDesconhecimento do mercadoErro na estimativa das necessidades financeirasFalta da diferenciaçãoDesobediência à leiFalta de critérios para escolha de sócios ou a base de escolha é emocional.Localização definitivamente inadequada para implantar um negócio

Case: Brasileira cria grife só para camisas brancas e conquista a Europa

Neste ano, Anne Fontaine terá 70 lojas da marca que leva seu nome e tem faturamento de 170 milhões - Por Patrícia Cançado

A história da empresária Anne Fontaine não é convencional. Fruto de uma paixão rápida entre uma piauiense e um francês, ela deixou a casa da avó materna, no Rio de Janeiro, aos 17 anos para viver em uma tribo indígena da Amazônia por um ano e meio. De lá, fez as malas para a França para frequentar um curso de biologia marinha, em 1990. Ninguém diria que a jovem de cabelos negros, apaixonada por causas sociais e da natureza três anos depois se transformaria em estilista no exigente mercado de Paris e dona de uma marca de luxo com 70 lojas próprias em 10 países neste ano.

De certa forma, Anne nunca deixou de ser aventureira. Porque foi preciso coragem para começar o negócio do zero em Paris, sem nenhum dinheiro no bolso e uma proposta ousada de só vender camisas brancas. “Eu e meu marido (o francês Ari Zlotkin) não recebemos muito dos bancos até conseguirmos financiamento para abrir a primeira loja, de 25 metros quadrados. E a família ainda teve de ajudar” disse Anne, por telefone, ao Estado, num português com forte sotaque francês - 18 dos seus 36 anos foram vividos na França.

Nos últimos três anos, a rede que leva seu nome praticamente dobrou de tamanho e passou a ser assediada por grandes grupos europeus. Anne recusa-se a vender o negócio. Para ela, o trabalho só está na metade. A grife fatura em torno de 170 milhões e abre 10 lojas por ano, ritmo que pretende aumentar daqui em diante. “Dinheiro não é mais problema” afirma. O porte aumentou tanto que Anne vai terceirizar pela primeira vez a confecção das camisas.

Recentemente, começou a abrir flagships, como são conhecidas as lojas-conceito de uma grife, que em geral ocupam espaços generosos. Foram três do gênero até agora - a primeira em Tóquio, a segunda na cara Rua Saint Honoré, em Paris, e a terceira está em construção na Madison Avenue, em Nova York. Todas foram projetadas por uma das arquitetas francesas de maior projeção na Europa, a octogenária Andrée Putman. Na loja de Paris, boa parte do espaço de 700 metros quadrados será ocupado por um spa, onde Anne vai voltar às origens, vendendo banhos inspirados em Iemanjá e cosméticos à base de matéria-prima da Amazônia.

CARNAVAL

Na infância, Anne chegou a desenhar roupas para pular o carnaval do Rio. Nunca passou disso. Mas, quando o marido herdou uma fábrica falida de camisas dos pais, ela viu que era a hora de levar a brincadeira a sério, o que incluía abandonar suas viagens marítimas do curso de Biologia.

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“Minha sogra ainda tinha guardado no sótão de casa algumas camisas brancas. E aí eu falei da tradição do branco do réveillon e do candomblé no Brasil. O Ari gostou da ideia e na mesma hora me pediu pra desenhar, coisa que eu nunca havia feito profissionalmente”, conta Anne.

Conhecida hoje como a rainha das camisas brancas, a estilista veste desde a atriz francesa Catherine Deneuve até a apresentadora de TV Oprah Winfrey, a celebridade mais rica do mundo segundo a revista Forbes. Uma camisa da marca Anne Fontaine não sai por menos de 200 euros. As mais trabalhadas chegam a 500. Anne foi uma visionária. Há 13 anos ela percebeu que “simplicidade era tudo”, diz a empresária Sílvia Chreem, dona da loja Avec Nuance, a única que vende peças da grife no Brasil.

As tais camisas brancas ainda são protagonistas nas lojas. Porém, desde o inverno de 2006 dividem espaço com jaquetas, bolsas, acessórios, bijuterias e outras duas cores, que mudam a cada estação. Como o negócio tomou proporções inimagináveis, a estilista foi quase obrigada a colorir sua linha. Agora faz parte da sua estratégia de desenvolvimento da marca.

A gestão do negócio fica a cargo do marido. Ela cuida da parte da criação e, aparentemente, vive no mundo da lua. E também longe do frisson que envolve a moda parisiense. Anne mora com o marido e os dois filhos numa cidade na Normandia, região no noroeste da França, com menos de 10 mil habitantes. Ainda fala cifras em francos franceses, confunde os valores de faturamento da empresa e muito menos sabe de cabeça os investimentos feitos em expansão da marca. Mais: detesta falar em números de produção, dado que, na opinião dela, vulgariza a marca.

A grife é tão cara quanto Louis Vuitton ou Dior, mas, segundo ela, é menos popular. “Anne Fontaine é o contrário da Louis Vuitton. Você nunca vai ver um logotipo nas minhas roupas. É um luxo mais discreto, sem ostentação, para quem é rico de verdade. Louis Vuitton é o supermercado do luxo”, compara a brasileira.

Fonte: O Estado de São Paulo, Caderno Economia de 24/06/2007 pag. B21

Após leitura e releitura do texto, responda:

1) Em nossa cultura é muito comum lamentarmos a perda de oportunidades. Sempre que deixamos “escapar” uma oportunidade somos tomados de uma depressão e parece que acreditamos na impossibilidade de surgir novas oportunidades. No caso acima qual foi a oportunidade aproveitada? Houve o atendimento a desejos e necessidades ou a criação de desejos e necessidades? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Qual a competência e características pessoais de cada um dos componentes que o casal possuía e que foram essenciais para a empreitada? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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3) Quais os elementos facilitadores para o negócio ser iniciado? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Quais foram os riscos e incertezas assumidos na empreitada? Seriam fatores desestimulantes para tal? _____________________________________________________________________

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Empreendedorismo é cada vez mais valorizado nas empresaspor Camila Micheletti

Você é um intraempreendedor? Conceito cada vez mais difundido nas organizações, o intraempreendedorismo é a versão em português do termo francês "intrapreneur", que significa empreendedor interno. De acordo com a dissertação de mestrado de Luís Ricardo Uriarte, intitulada "Identificação do Perfil Intraempreendedor" e apresentada na Universidade Federal de Santa Catarina em 2000, para a obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção, o intraempreendedor é aquele profissional que "a partir de uma idéia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da empresa onde trabalha, dedica-se entusiasticamente em transformá-la em um produto de sucesso. Não é necessário deixar a empresa onde trabalha, como faria o empreendedor, para vivenciar as emoções, riscos e gratificações de uma idéia transformada em realidade".

Desta forma, os empreendedores são importantes não apenas na implantação de novos negócios, mas também nas organizações já consolidadas, já que trazem inovação e fazem as idéias e projetos virarem realidade. De acordo com Makoto Yokoo, Gerente de Apoio aos Empreendedores da Endeavor Brasil, ONG de apoio a empreendedores, o intraempreendedorismo é fortalecido e estimulado nas empresas através dos mecanismos de remuneração variável, onde o profissional ganha a partir dos resultados que apresenta. "A competitividade nas empresas e no próprio mercado é muito grande. Vence quem consegue fazer a diferença", afirma ele.

Será que o espírito intraempreendedor é um atributo ensinável, que pode ser adquirido com tempo, experiência e esforço? Ou será como vocação, que nasce com a pessoa? Na opinião de Luiz Scistowski, consultor de carreiras, especialista em marketing pessoal e diretor-executivo da Personal Hunter Consultores Associados, o profissional pode desenvolver um espírito empreendedor, mas é necessário que ele tenha aspectos de sua personalidade que sejam compatíveis com esse perfil. "Mudar o perfil psicológico é impossível. É preciso entender que algumas pessoas definitivamente não servem para atuar como realizadores vorazes e não tem curso ou treinamento que mude isso", ressalta o consultor.

Luiz explica que, apesar de ser uma competência importante, nem todos os profissionais precisam, necessariamente, atuar como líderes empreendedores. "Você pode fazer um ótimo trabalho mesmo assim. Mas vislumbrar uma vaga como gerente ou diretor, por exemplo, já fica bem mais difícil", esclarece.

Scistowski conta o caso de um ótimo profissional que chegou ao cargo de supervisão de uma grande empresa, mas não era flexível e tinha muita dificuldade em trabalhar em equipe. "Ele viu que não conseguiria exercer as funções na sua plenitude e preferiu mudar de empresa, para um cargo menor, onde se sentiria mais à vontade e conseguiria atingir os resultados", lembra ele.

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Como saber se você é ou não um intraempreendedor? Para os especialistas ouvidos pelo Empregos.com.br, este profissional apresenta algumas características que fazem-no diferente dos demais, tais como:

← Tem atitude de dono na empresa: não tem olhos apenas para o seu departamento, mas para a companhia como um todo. As organizações podem estimular isso com um plano de obtenção de stock options (ações) da empresa, fazendo com que os funcionários virem sócios do negócio. ← Tem paixão pelo que faz: tanto pelo trabalho como pela empresa onde atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo a pena. ← Habilidade de transformar iniciativa em "acabativa": implanta projetos com começo, meio e fim. ← É persistente: faz de tudo para que o negócio dê certo e dissemina a idéia para os outros colaboradores, atuando como líder da equipe e encorajando-os a continuar. ← Tem prazer em ensinar aos outros o que sabe: gera efeito cascata e forma outros executivos empreendedores. Este tópico é importante porque é praticamente impossível a empresa funcionar com apenas um único empreendedor.← É pró-ativo e se antecipa ao futuro: é a capacidade de ver na crise uma oportunidade de crescimento e de aprendizado. ← É um profissional extra-muros: ele excede os limites, vai além do pré-estabelecido e realmente faz acontecer.

Para estimular o espírito intraempreendedor nos seus funcionários e colegas, uma boa opção é usar as ferramentas de Treinamento e Desenvolvimento disponíveis, hoje em dia cada vez mais acessíveis a todo tipo de empresa. O Instituto MVC, em parceria com a Mentor Tecnologia, desenvolveu um curso on-line que visa formar líderes empreendedores dentro das empresas. O curso pode ser feito durante um mês e meio, se o aluno dedicar meia hora por dia ao treinamento. Há ainda duas aulas presenciais, feitas com os consultores do Instituto. Para saber mais, acesse o site do instituto.

Barreiras são inúmeras

Dificuldades, é claro, não vão faltar na vida do profissional intraempreendedor. De acordo com Makoto Yokoo, da Endeavor Brasil, o primeiro grande obstáculo é cultural, já que o Brasil não cultiva a cultura do empreendedorismo nas empresas. Depois vem a fase de amadurecer a idéia e iniciar o novo projeto.

Makoto comenta que qualquer empreendimento enfrenta a chamada "escada da desesperança", que passa pelas seguintes etapas: "A primeira fase é a idealista, depois você passa a ser otimista e em seguida já passa para o estágio da inércia, porque pára de pensar no projeto e começa a ver tudo como uma grande utopia. Você entra então na fase realista e pensa na questão financeira e na viabilidade do negócio. Depois passa a agir como um pessimista, achando que as coisas não vão dar certo e, com a mesma rapidez que aderiu ao projeto, passa a pensar e agir como um cético. O último degrau dessa escada é o da indiferença. Você simplesmente abandona ou adia o projeto e tudo fica do jeito que está", explica.

A importância dos profissionais empreendedores está no fato de que eles são os verdadeiros agentes de mudança nas empresas. Segunda a tese de Luís Ricardo Uriarte, "a experiência mostra que as empresas bem-sucedidas são aquelas que iniciaram mudanças em tecnologia, marketing ou organização e conseguiram manter uma liderança em relação aos concorrentes. Portanto, os empreendedores são necessários não somente para iniciar novos empreendimenos em pequena escala, mas também para dar vida às empresas existentes, em especial as grandes", conclui ele.

Disponível em: http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/comportamento/090103-empreendedorismo_empresa.shtm. Acesso em 23/02/2011. às 18:35.

Pratique o Intra-empreendedorismo em seu trabalho

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Muitos conhecem o termo empreendedorismo e muitos acham que empreededorismo é simplesmente ser empresário ou ser o dono do negócio. No fundo ser empreendedor é muito mais que isso. Conheço muitos empresários que não são empreendedores e existem também profissionais com perfil empreendedor que não são empresários. Esse segundo pode ser considerado justamente um Intra-empreendedor.

Intra-empreendedorismo é a versão em português da expressão intrapreneur, que significa empreendedor interno, ou seja empreendedorismo dentro de uma organização já estabelecida.

O conceito de intra-empreendedorismo foi estabelecido há mais de 20 anos e hoje esse conceito já está muito difundido e valorizado nas organizações. O intra-empreendedorismo (intrapreneuring) é um sistema revolucionário para acelerar as inovações dentro de grandes empresas, através do uso melhor dos seus talentos empreendedores. É um sistema que oferece uma maneira saudável para se reagir aos desafios empresariais do novo milênio. (Exli - Excelência em intra-empreendedorismo - consultores credenciados pela ONU – Organizações das Nações Unidas).

Qual é o dono de empresa que não gostaria de ter um profissional com perfil empreendedor, pensando e agindo como se a empresa também fosse dele? Claro que seria uma desvantagem para o profissional não dividir os lucros, mas no fundo, existem vantagens do outro lado, existe também o profissional que adoraria trabalhar em uma empresa com a liberdade necessária para criar, agir e tomar decisões como se ele fosse um dos sócios, sem precisar assumir todas as responsabilidades caso algo dê errado. Ou seja, existem vantagens para ambos os lados. Ganham os “donos” do negócio e o intra-empreendedor.

Uma vez escutei de uma orientadora de carreira, que eu deveria tirar do meu currículo os quatro anos que tive empreendendo como sócio em uma produtora web, pois muitas empresas não contratam profissionais que já foram sócios (donos de seus próprios negócios).

Segundo ela esses profissionais teriam mais dificuldade de receber ordens e se adaptar a empresas com regras próprias. Na época, disse a ela que seria bom para o mercado, se os empresários passassem a enxergar o profissional que já empreendeu como uma oportunidade e não como uma ameaça. Seu eu já fui dono de meu próprio negócio e quero atuar em uma empresa somente como um colaborador, a possibilidade de “arregaçar as mangas” e trabalhar nessa empresa como se fosse um dos sócios é muito grande.

A grande conclusão disso tudo é que você pode e deve ser um empreendedor sempre, independente de seu nome estar ou não no contrato social da empresa.

Abraços,Prof. Gustavo Loureiro

Gustavo Loureiro atua na área de Marketing Digital, é professor do Instituto Infnet, faz parte da diretoria da ABRADI-RJ e mantém um blog sobre marketing e negócios, o Marketeando.

Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/pratique-o-intra-empreendedorismo-em-seu-trabalho/29765/. Acesso em 23/02/2011 às 18:52.

EMPREENDEDORISMO, PEQUENAS EMPRESAS E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

A década de 1990 e os primeiros anos do novo milênio têm sido marcados por diversas aquisições, megafusões e alianças estratégicas entre grandes empresas, inclusive em âmbito internacional.

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Essa tendência pode nos levar a crer que estaria havendo uma concentração de negócios realizados pelas grandes empresas, com oportunidades cada vez mais reduzidas para novos negócios nas micro e pequenas empresas (MPEs). Muitos levantamentos, no entanto, vêm mostrando justamente o contrário. Na realidade, a participação das MPEs no total de empresas apresenta números expressivos, em número de empresas, em participação no PIB (Produto Interno Bruto) e no percentual de pessoas empregadas.

Em 2002, as micro e pequenas empresas brasileiras respondiam por 99,2% do número total de empresas formais, por 57,2% dos empregos totais e por 26,0% da massa salarial (Sebrae-SP, 2006). Essas empresas representam em torno de 28% do faturamento total eapenas cerca de 2% da participação no valor total das exportações brasileiras. Se considerarmos apenas as microempresas (até nove empregados no comércio e serviços e até 19 na indústria), observa-se um crescimento acumulado de 55,8%, passando a participação percentual no total de empresas de 93,2%, em 1996, para 93,6%, em 2002 e elevando a participação de pessoas ocupadas de 31,8% para 36,2%. Quanto à participação na massa total de salários, passou de 7,3%, em 1996, para 10,3%, em 2002. Com base nessas e em outras informações pode-se dizer que uma importante contribuição das micro e pequenas empresas no crescimento e desenvolvimento do país é a de servirem de colchão amortecedor do desemprego. Outro levantamento realizado pelo Sebrae-SP (2001) mostra que a proporção das MPEs paulistas é mais acentuada nos setores de comércio e de serviços. Em 1999, comércio e serviços representavam, respectivamente, 43% e 31% do total das MPEs no Estado de SãoPaulo, enquanto as indústrias representavam apenas 12%. Quando se consideram apenas os novos negócios, essa diferença é ainda maior. Do total dos negócios abertos em 1999, 64% foram registradas como empresas comerciais, 27% como empresas de serviços e somente 9% como empresas industriais (Sebrae-SP, 2001). Entre os novos registros de empresas na indústria destacam-se a construção civil e as confecções. No comércio, os segmentos de atividade que se destacam são exatamente aqueles que já lideram o ranking em termos de número de empresas existentes: comércio varejista de material de construção, comércio varejista de vestuário e minimercados. O mesmo ocorre no setor de serviços, liderado por segmentos de alojamento e alimentação (bares, restaurantes, lanchonetes e hotéis),transportes terrestres e serviços de assessoria às empresas. Essa característica de as novas empresas estarem surgindo justamente naqueles segmentos nos quais já se encontram a maior parte das empresas pode ser explicada pelo fato desses segmentos apresentarem menores barreiras à entrada: a tecnologia é de fácil acesso e a necessidade de capital é relativamente baixa. Porém, essa facilidade à entrada pode implicar também maior concorrência, menor rentabilidade e maior número de “saídas”, ou seja, maior volume de empresas que fecham suas portas. Outro ponto que chama a atenção na pesquisa é o baixo grau de qualificação dos novos empreendedores. Cerca de 14% possuem apenas o ensino fundamental incompleto, 22% possuem o fundamental completo, 41% concluíram o ensino médio e 23% possuem superior completo ou mais. As estatísticas apresentadas não deixam dúvidas de que o desenvolvimento econômico, especialmente nos países emergentes, dependerá cada vez mais de um aumento da atividade empreendedora. Só assim será possível gerar crescimento econômico e novos empregos. Porém, não é qualquer tipo de novo negócio que solucionará a situação. Muitos negócios abertos no Brasil apresentam características de “auto-emprego” – empresas criadas para o simples sustento do empreendedor e de sua família, que muito freqüentemente trabalha na microempresa, sem registro ou carteira assinada.

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Quase metade dos novos negócios abertos no Brasil não possui nenhum empregado e, mesmo entre aqueles que conseguirem sobreviver aos três ou cinco primeiros anos de vida, terão um crescimento bastante limitado, com baixa capacidade de empregar.Muitos desses negócios não são criados porque o seu fundador identificou uma real oportunidade, ao contrário, eles surgem sem um estudo de mercado e da concorrência, sem um diferencial efetivo em relação ao que existe no mercado e sem qualquer inovação. Esses empreendedores são classificados como “empreendedores de necesidade”, contrapondo-se aos “empreendedores de oportunidade”. O desenvolvimento econômico brasileiro somente será sustentável na medida em que se crie novos negócios, inovadores nos produtos e processos, com potencial de crescimento em rede. O EMPREENDEDORISMO É O COMBUSTÍVEL PARA O CRESCIMENTO ECONÔMICO DE UM PAÍS.

EMPREENDEDORES DE NECESSIDADE E OPORTUNIDADEEssa preocupação crescente com a questão do empreendedorismo e seus impactos na economia fez que a Babson College (Estados Unidos) e a London Business School (Inglaterra) coordenassem um estudo internacional, o Global Monitor Entrepreneurship (GEM), para conhecer o grau de empreendedorismo de cada país. Tendo como parceiros no Brasil o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Paraná (IBQP-PR) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o GEM tem como objetivo aprofundar o conhecimento acerca de questões relacionadas ao empreendedorismo. Desde 1999, quando realizou seu primeiro ciclo, até 2005, o estudo envolveu mais de 40 países de todos os continentes e dos mais variados graus de desenvolvimen to econômico e social, tornando-se a investigação de maior escopo em sua área (IBQP-PR, 2005).A principal medida GEM de empreendedorismo é a Taxa de Atividade Empreendedora Total (TAE), que indica a proporção de empreendedores na população adulta economicamente ativa (entre 18 e 64 anos). O Brasil participa do estudo desde 2000 e, em 2005, como nos anos anteriores, permanecia entre os dez países com maior nível de atividade empreendedora, dentre os 35 países que participaram do levantamento naquele ano. Porém, o próprio estudo deixa evidente que o tipo de empreendedorismo praticado no Brasil é o denecessidade, movido mais por falta de oportunidade do empreendedor no mercado de trabalho do que o de oportunidade.Considerando-se os dados acumulados entre 2002 e 2005, conclui-se também que há pouca inovação nos produtos e nos serviços. Entre os empreendedores entrevistados, mais de 80% consideravam não estar oferecendo produtos ou serviços novos, enquanto apenas cerca de 5% ofereciam novidades para todos os seus clientes. Quase um terço dos empreendedores não tinham expectativa de contratar nenhum funcionário nos cinco anosseguintes. Mais de dois terços dos empreendedores brasileiros acreditavam que enfrentariam muita concorrência em seu setor de atuação. Menos de 5% acreditavam não ter concorrência alguma. Isso é reflexo provável da pequena barreira de entrada para novos negócios. A tecnologia adotada reforça esse ponto, visto que aproximadamente 98% dos empreendedores alegavam estar adotando tecnologias que já estavam disponíveis no mercado havia pelo menos um ano.Alinhado a conclusões dos estudos do Sebrae (2005), que mostravam evolução da participação da mulher empreendedora, chegando a um total de aproximadamente 40% dos novos negócios.

BRASIL, PAÍS DE EMPREENDEDORES POR NECESSIDADE

Nos últimos anos, o Brasil tem figurado entre os países mais empreendedores do mundo. Na pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 2005, ficou em 7ª posição no ranking dos mais empreendedores, em 37 nações pesquisadas.

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É importante observar que a capacidade empreendedora no Brasil tem se mantido, apesar das condições extremamente desfavoráveis, como escassez de investimentos, pesada carga tributária, poucas políticas públicas voltadas para a micro e pequena empresa (MPE), renda extremamente desigual e dificuldade de acesso ao crédito. Veja o que o relatório da pesquisa GEM 2005 comenta sobre isso:“Para o empreendedor brasileiro, as restrições financeiras são uma forte barreira à abertura de negócios, seja pelas dificuldades de acesso ao capital, seja pelas próprias condições econômicas desfavoráveis de uma população empobrecida, a cuja maioria faltam recursos para sobreviver e abrir negócios viáveis. O sistema financeiro formal, quando abre suas portas, o faz impondo uma série de barreiras que elevam o custo do dinheiro. Por um lado, as taxas de juros àqueles que não têm acesso a programas especiais de financiamento estão entre as mais elevadas do mundo. Por outro lado, a isso, somam-se as exigências de garantias reais e excessos burocráticos para aprovação dos empréstimos.”Outra característica que se manteve, no Brasil, é a alta taxa de empreendedores por necessidade. Segundo a definição do GEM, empreendedor por necessidade é aquele que é motivado pela falta de alternativa satisfatória de ocupação e renda. Ele é comum nos países mais pobres. Já o empreendedor por oportunidade é aquele que percebe um nicho de mercado em potencial e tenta ocupá-lo – isso é mais comum nos países desenvolvidos. O Brasil ocupa o 4º lugar entre os paises que empreendem por necessidade, atrás apenas de Venezuela, China e Jamaica. Um dos desafios do Brasil, recomenda a pesquisa GEM, é melhorar as condições para os empreendedores por necessidade.Contudo, a própria pesquisa aponta para um cenário futuro bastante positivo. Em 2005 foi aprovada a Lei nº 11.196/2005, decorrente da chamada MP do Bem (Medida Provisória 255), que implementa medidas de incentivo à pesquisa, à informatização e à exportação, duplicou o teto para enquadramento ao Simples, entre outras melhorias. Mudar nossa relação com o trabalhoAlém de fatores sociais e econômicos, outra barreira ao desenvolvimento do empreendedorismo, menos palpável e por isso mais difícil de transpor, são os valores brasileiros em relação ao trabalho. Esse é o principal desafio que a educação e a sociedade precisam superar, para estimular de fato o empreendedorismo.Empreender é sonhar e trabalhar para alcançar esse sonho. Ou, como afirma o estudioso canadense Louis Jacques Filion, é alguém que imagina, desenvolve e realiza uma visão. No Brasil, trabalhar para realizar um sonho é algo pouco valorizado. A socióloga Lívia Barbosa e o estudioso Fernando Dolabela apontam alguns desses motivos:• A alienação do trabalho, presente nas grandes indústrias e empresas, que separa o trabalhador do restante do processo produtivo;• A conseqüente idéia do trabalho como algo negativo, uma “obrigação”. Na nossa cultura, trabalho raramente é associado ao prazer;• A descrença na capacidade do indivíduo de transformar a realidade segundo seu esforço;• Herança dos valores da cultura ibérica, em que a dignidade e o status estavam mais ligados à ociosidade do que à ocupação;• A valorização do emprego e da estabilidade financeira e carreira em todos os grupos sociais (escola, família, universidade, empresa etc);Empreendedorismo e desenvolvimentoO empreendedorismo é o principal fator de desenvolvimento econômico de um país. Essa é a conclusão do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) quando começou sua pesquisa mundial sobre empreendedorismo, em 1999. Para o grupo, que reúne pesquisadores da Fundação

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Kauffman, do Babson College e da London Business School, a principal ação de qualquer governo que queira promover o desenvolvimento de um país é apoiar o empreendedorismo.Em geral, países com maior cultura empreendedora têm economia mais dinâmica e menos dependente das grandes empresas, conseguem enfrentar problemas sociais diminuindo o desemprego e distribuindo melhor a renda, além de alcançar melhor desempenho no que diz respeito à inovação tecnológica.Em seu livro “Oficina do Empreendedor”, Fernando Dolabela aponta alguns motivos para se estimular a cultura empreendedora:• O empreendedorismo oferece graus elevados de auto-realização, porque faz com que trabalho, prazer e desafio pessoal andem juntos. A alienação do trabalho, comum nas grandes empresas, não acontece no empreendedorismo.• Desenvolvimento econômico, já que uma comunidade que estimula o empreendedorismo é capaz de gerar inovação de valores, concepções e processos produtivos e intelectuais.• Desenvolvimento local, já que o modelo econômico voltado para as grandes empresas entrou em decadência na década de 80, gerando desemprego e desigualdade social. A partir daí as micro e pequenas empresas (MPEs), dependentes da comunidade local, passaram a ser grandes geradoras de postos de trabalho.• A pequena empresa atende a necessidades e lacunas de mercado não atendidas pelas grandes empresas.• A inovação tecnológica é o grande impulsionador econômico desde fins do século XX. Os centros de pesquisa tem alto potencial para criar empreendimentos baseados em conhecimentos altamente especializados,  valorizados internacionalmente.• As relações de trabalho baseadas no emprego e nas grandes empresas se esgotaram. Elas se voltam para as pequenas empresas, formando pessoas com uma nova atitude diante do trabalho e do mundo.• Diminuir a taxa de falência entre MPEs, preparando o novo empreendedor para criar um negócio de sucesso e enfrentar as armadilhas do mercado.• Reorientar o ensino brasileiro para as novas relações de trabalho, não mais voltadas para o emprego. Os colégios técnicos e as universidades precisam preparar profissionais com alto grau de empreendedorismo. Ou seja, capazes de buscar soluções por si mesmos, de definir e perseguir um sonho, se automotivar, se adaptar a mudanças e ter um olhar amplo sobre a empresa e o mercado.http://www.inova.ufmg.br

O que é preciso saber para montar um plano de negócios?

1 - Conhecer o ramo de atividade – É preciso conhecer alguns dados elementares sobre o ramo em que pretende atuar, possibilidades de atuação dentro do segmento (ex. confecção é o ramo; pode-se atuar com jeans, malha, linho...para público infantil, adulto, feminino...).

2 - Conhecer o mercado consumidor – O estudo do mercado consumidor é um dado importante para o empreendimento, pois abrange as informações necessárias à identificação dos prováveis compradores. O que produzir, de que forma vender, qual o local adequado para a venda, qual a demanda potencial para o produto. Essas são algumas indagações que podem ter respostas mais adequadas quando se conhece o mercado consumidor.

3 – Conhecer o mercado fornecedor – Para iniciar e manter qualquer atividade empresarial, a empresa depende de seus fornecedores – o mercado fornecedor. O conhecimento desse mercado vai se refletir nos resultados pretendidos pela empresa.

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Mercado fornecedor é aquele que fornece à empresa os equipamentos, máquinas, matéria-prima, mercadorias e outros materiais necessários ao seu funcionamento.

4 - Conhecer o mercado concorrente – O mercado concorrente é composto pelas pessoas ou empresas que oferecem mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes aos que você pretende oferecer. Este mercado deve ser analisado criteriosamente, de maneira que sejam identificados: quem são meus concorrentes? que mercadorias ou serviços oferecem? quais são as vendas efetuadas pelo concorrente? quais os pontos forte e fracos da minha concorrência? os seus clientes lhes são fiéis?

5 - Definir produtos a serem fabricados, mercadorias a serem vendidas ou serviços a serem prestados - É preciso conhecer detalhes do seu produto/serviço. Ofereça produtos e serviços que atendam as necessidades de seu mercado.Defina qual a utilização do seu produto/serviço, qual a embalagem a ser usada, tamanhos oferecidos, cores, sabores...

6 - Analisar bem a localização de sua empresa – Onde montar o meu negócio? A resposta certa a essa pergunta pode significar a diferença entre o sucesso ou o fracasso de um empreendimento. Tudo é importante para esta escolha e deve ser observado e registrado.

7 - Conhecer marketing – Marketing, como muitos pensam, não é só propaganda. Marketing é um conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa, para que esta atenda desejos e necessidades de seus clientes. As atividades de marketing podem ser classificadas em áreas básicas, que são traduzidas nos 4 P's do marketing. São eles: Produto, Pontos de Venda, Promoção (Comunicação) e Preço.

8 - Processo operacional - Este item trata do como fazer. Devem ser abordadas tais questões: que trabalho será feito e quais as fases de fabricação/venda/prestação de serviços; quem fará; com que material; com que equipamento; e quando fará. É preciso verificar quem tem conhecimento e experiência no ramo: você? um futuro sócio? ou um profissional contratado?

9 - Projeção do volume de produção, de vendas ou de serviços - É prudente que o empreendedor ou empresário considere: a necessidade e a procura do mercado consumidor; os tipos de mercadorias ou serviços a serem colocados no mercado; a disponibilidade de pessoal; a capacidade dos recursos materiais - máquinas, instalações; a disponibilidade de recursos financeiros; a disponibilidade de matéria-prima, mercadorias, embalagens e outros materiais necessários.

10 – Projeção da necessidade de pessoal – Identifique o número de pessoas necessárias para o tipo de trabalho e que qualificação deverão ter, inclusive o do serviço de escritório.

11 - Análise financeira – É necessário fazer uma estimativa do resultado da empresa, a partir de dados projetados, bem como, uma projeção do capital necessário para começar o negócio, pois terá que fazer investimento em local, equipamentos, materiais e despesas diversas, para instalação e funcionamento inicial da empresa.

Referências Bibliográficas:

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VALE, Gláucia M. Vasconcellos, AGUIAR, Marco Antônio de Souza, ANDRADE, Nair Aparecida de. Fatores condicionantes da mortalidade de empresas: pesquisa piloto realizada em Minas Gerais. Belo Horizonte : SEBRAE, 1998. 72 p.ALMEIDA, Flávio de. Ser dono do nariz sem quebrar a cara. Belo Horizonte : Instituto Brasileiro de Empreendedorismo, 1998. 136 p.PEREIRA, Heitor José (Org). Criando seu próprio negócio : como desenvolver o potencial empreendedor. Brasília : SEBRAE, 1995. 316 p.SEBRAE/ES. Como abrir sua empresa. Vitória, 1996. 51 p.SEBRAE/RS. Pesquisa de mercado para pequenas empresas. Porto Alegre, 1997. 28 p.DOLABELA, Fernando. O segredo de Luíza. Brasília : Cultura Editores Associados, 1999.Disponível em: http://www.sebraees.com.br.

Segue o modelo de plano de negócio para que elaborem.

Também indico olharem o do SEBRAE.

http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/vou-abrir/consulte-a-viabilidade/plano-de-negocio

MODELO DE PLANO DE NEGÓCIO

1 Informações sobre o responsável pela proposta.Nome : Identidade: Órgão Emissor: CPF: Endereço: Bairro: Cidade: Estado: CEP: Telefone: FAX: E-mail Formação Profissional:

Atribuições no Empreendimento:

2 Natureza/Descrição do empreendimento:Individual Limitada Sociedade Anônima

Razão Social:Nome Fantasia:CGC - Insc. Estadual Insc. Municipal

2.1.-Nome dos sócios e respectivas participações na empresaNome Participação

2.2. Áreas de competência tecnológica (áreas de conhecimento técnico que são dominadas)Nome Área

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2.3 Responsáveis pela gestão do empreendimento (por área).Área Responsável

AdministraçãoFinanceiraProduçãoTecnológicaComercialOutras (especificar)

3 Plano estratégico

3.1 – Missão e objetivos estratégicos:

3.2 – Ameaças e oportunidades:

3.3 – Pontos fortes:

3.4 – Pontos fracos:

4 Produtos e serviços.

4.1 – Descrição do produto/serviço.

4.2 – Foco do Negócio. (Mercado potencial e concorrência)

4.3 - Diferenciais dos produtos/serviços (em relação aos disponíveis no mercado)

5) Comercialização

5.1 – Estratégias de venda e assistência técnica.

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6) Plano de investimentos

6.1 – Investimentos iniciaisDescrição Valor1. Estudo de mercado2. Registro de marcas e patentes3. Honorários4. Registro da Empresa5. Máquinas e Equipamentos6. Móveis / Utensílios7. Capital de giro 8. Outros (especificar)9. Total

6) Ativos e Recursos da Empresa

6.1 – Área física necessária:

6.2 – Necessidades de recursos quanto a serviços administrativos, treinamento, consultoria, laboratórios, oficinas, etc.:

6.3 – Listagem de ativos de informática (laptops. Desktops, servidores, softwares, impressoras, etc) com valor de mercado e explicação do motivo da escolha.

IINSTRUÇÕESNSTRUÇÕES PARAPARA ELABORAÇÃOELABORAÇÃO DODO P PLANOLANO DEDE N NEGÓCIOEGÓCIO

Introdução Este é um plano de negócio simplificado com o objetivo exclusivo de permitir a avaliação de projetos para incubação. Procure ser objetivo e coerente no preenchimento dos quadros, pois alguns estão relacionados entre eles. Após a aprovação e admissão a empresa deverá preparar um plano de negocio mais elaborado e detalhado.O planejamento e demonstrativo financeiro devem ser projetados prevendo-se o funcionamento da empresa após a comercialização dos produtos e serviços propostos.Os custos apropriados no período de desenvolvimento dos produtos e/ou serviços propostos deverão ser considerados como investimento próprio ou reinvestimento, apurando-se as receitas com prestação de serviços e/ou comercialização de produtos que não sejam do projeto a ser desenvolvido.

1. Informações sobre o responsável pela proposta.

Destina-se ao fornecimento de dados pessoais do proponente e de suas atribuições no projeto proposto.

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2. Natureza / Descrição do empreendimento.

Destina-se ao fornecimento de dados da empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto. Se a empresa já existe formalmente, preencher os campos solicitados. Caso não haja empresa constituída, informar apenas a forma jurídica da futura empresa e assinalar no campo “Razão Social” – Empresa a ser constituída.

2.1 – Nome dos sócios e respectiva participação na Empresa. Objetiva identificar a composição societária da empresa, quando existente, quanto a participação (%) de cada sócio no capital social.

2.2 – Áreas de competência tecnológica. Neste item deseja-se identificar as áreas de conhecimento técnico que são dominadas pelo proponente e outras pessoas envolvidas com o projeto (não é necessário que essas pessoas detenham ou venham a deter cotas de capital da empresa existente ou a ser constituída).

2.3 – Responsáveis pela gestão do empreendimento. Destina-se a explicitação das pessoas que serão responsáveis pelas diversas funções da empresa existente ou a ser criada. No caso em que, para determinadas áreas, o responsável não esteja identificado, informar no campo apropriado a expressão “a identificar”. Observar que não é obrigatório que os responsáveis pelas diversas áreas, tenham participação no capital da empresa existente ou a ser constituída. 3. Plano estratégico

3.1 – Missão e objetivos estratégicos. Destina-se a definição da missão - a razão de ser – da empresa, existente ou a ser constituída.Os objetivos estratégicos representam um conjunto de objetivos de médio e longo prazos que devem ser perseguidos e estar em sintonia com a missão definida.

3.2 – Ameaças e oportunidades. O proponente deve indicar nesse campo os fatores externos à empresa (existente ou a ser constituída ) que possam afetar positivamente ( oportunidade ) ou negativamente ( ameaças) o desempenho da empresa.

3.3 – Pontos fortes. Destina-se a identificação de fatores internos ao empreendimento que representam vantagens comparativas da empresa

3.4 – Pontos Fracos. Destina-se a identificação de fatores internos ao empreendimento que representam desvantagem ou carências da empresa.

4. Produtos e serviços.

4.1 – Descrição do produto / serviço. Neste campo devem ser adequadamente detalhados os produtos e/ou serviços que resultarão do projeto proposto. Observar ser importante que cada um dos produtos e/ou serviços, resultante do projeto proposto, sejam identificados e descritos com toda clareza, destacando-se suas definições de utilidade e funcionalidade.

4.2 – Foco do negócio. Este campo está destinado à explicitação dos mercados a serem explorados pela empresa existente ou a ser constituída , agregado às informações relativas aos principais clientes potenciais e ao nível de concorrência existente nos mercados mencionados. É desejável que, quando possível, o tamanho dos mercados sejam quantificados, mesmo que de forma aproximada e, os principais concorrentes sejam identificados.

4.3 – Diferenciais dos produtos / serviços. Destina-se a informações referentes às características dos produtos e/ou serviços que serão comercializados e que conferem vantagens comparativas em relação àqueles existentes no mercado.

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4.4 – Estágio atual de desenvolvimento dos produtos e/ou serviços. O quadro apresentado deve ser elaborado para cada produto e/ou serviços que resulte do projeto proposto, mencionando o seu estágio atual (marque um “X” na coluna “estágio atual”) e sua evolução nos períodos de desenvolvimento (marque com um “X” no período correspondente a evolução de cada etapa).

5. Comercialização.

5.1 – Estratégia de venda e assistência técnica. Neste campo deve ser mencionada a estratégia de vendas a ser adotada pela empresa (existente ou a ser criada), destacando-se as formas de comercialização ( Exemplo: vendedores próprios, telemarketing, vendas a varejo ou atacado, e-commerce, etc.), e as formas de assistência pós venda.

Plano de investimentos.

Investimento inicial. Neste quadro devem ser mencionados os investimentos a serem realizados nos primeiros doze meses que sucederem a incubação do projeto. Assim, gastos com estudos de mercado, proteção intelectual (registro de marcas e patentes ou direitos de autor), honorários de advogados, contadores, despachantes, etc., e outros desembolsos necessários à constituição da empresa, devem ser aqui considerados. Dispêndios efetuados com a aquisição de máquinas, equipamentos, software, móveis e utensílios, devem também ser indicados neste quadro, nos campos correspondentes. Os desembolsos necessários para fazer frente aos custos que alavancam a operação da empresa, são investimentos circulantes que devem ser classificados como capital de giro.

Origem dos recursos. Neste quadro, o valor total (1ª coluna), refere-se ao total dos investimentos iniciais, extraído da linha 9 do quadro 6.1. Nas colunas seguintes devem ser indicados (em termos percentuais) as frações de recursos provenientes dos próprios cotistas (recursos dos sócios, família, amigos), de terceiros (empréstimos bancários, financeiras e outros) e aqueles decorrentes de reinvestimentos feitos a partir de recursos gerados no próprio empreendimento, quando for o caso.

Utilização da infra-estrutura.

Neste item indique a área física, os equipamentos, recursos humanos e os serviços de apoio necessários para o desenvolvimento do projeto apresentado.

Considerações finais.

Comentários, considerações e justificativas que sejam relevantes para o desenvolvimento do projeto e sobre as expectativas de apoio da Incubadora. Se necessário, reforce alguns conceitos que considere importante e/ou que não tenham sido abordados no plano.

EXEMPLO PARA O PLANEJAMENTO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS SIMPLIFICADOO planejamento pode ser entendido como um processo desenvolvido para o alcance de uma situação desejada, de forma mais eficiente e eficaz, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa. Planejar é decidir antecipadamente o que fazer, quando fazer, estando de acordo com os objetivos da empresa e seu mercado. No planejamento é importante manter um plano integrado de acordo com os objetivos e metas da empresa, devendo ser analisado constantemente. O Plano de Negócios pode ser visto como um mapa que indica os caminhos a serem percorridos pelo empreendedor. Ele pode ser dividido em duas etapas:

1.- PRIMEIRA ETAPA: GERAÇÃO DE IDÉIAS DE EMPRESASA partir de um brainstorming, os “futuros empreendedores” deverão responder “Qual empresa gostaria de criar?”. A escolhe de uma idéia deverá envolver todos os participantes, que sem censura, irão sugerindo tipos de empresa que se ajuste às características e potencial do grupo. Importante lembrar que as idéias sugeridas devem ser viáveis.

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2.- SEGUNDA ETAPA: ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS SIMPLIFICADOO modelo do Plano de Negócios Simplificado é conjugado com a terceira etapa, para a qual fornece informações.

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

UNINOVE

Nome do Negócio:

Tipo de Negócio:

Orientação Profa. Verusca Praciano de Paula

Nome dos alunos do grupo: (Mínimo 3 alunos e máximo 5 alunos)

SÃO PAULO

2013

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PLANO DE NEGÓCIOS – Faça você mesmo

INTRODUÇÃO

Para montar uma empresa, antes de começar a colocar em prática os passos necessários para a sua legalização, é preciso que o futuro empresário tenha uma série de conhecimentos fundamentais, como: conhecer o ramo de atividade onde vai atuar, o mercado, fazer um planejamento do que vai ser colocado em prática na nova empresa, estabelecer os objetivos que se pretende atingir, entre outros.O Plano de Negócios é um instrumento que visa estruturar as principais concepções e alternativas para uma análise correta de viabilidade do negócio pretendido, proporcionando uma avaliação antes de colocar em prática a nova idéia, reduzindo assim, as possibilidades de se desperdiçarem recursos e esforços em um negócio inviável. Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras, bem como, para expansão de sua empresa.Para se abrir uma empresa, deve-se levar em conta que o sucesso de qualquer negócio depende, sobretudo, de um bom planejamento. Embora qualquer negócio ofereça riscos, é preciso prevenir-se contra eles.

1. IDENTIFICAÇÃONome do Negócio:

Tipo de Negócio:

Data de Fundação:

Endereço:

Telefone:

Nome dos Sócios (alunos):

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTOA questão visa conhecer a finalidade do plano de negócios: criando um negócio (implantação), expandindo um negócio já existente ou modificando a localização de sua empresa (relocalização).

( ) Implantação ( ) Expansão/Modernização ( ) Relocalização

Faça uma síntese do tipo de empreendimento que você pretende implementar. A pergunta pretende identificar de forma clara e objetiva, o ramo em que pretende atuar e os motivos que o levaram a tomar esta decisão. É interessante oferecer detalhes sobre o empreendimento. Por exemplo: se deseja montar um restaurante, qual é a proposta? self-service (a kg ou preço único) ou a la carte?; se é um comércio, atacadista ou varejista? e assim por diante.

3. ANÁLISE DE MERCADO E COMPETITIVIDADEDescreva quais são as oportunidades que você percebe em seu empreendimento.Muitas oportunidades são encontradas pela identificação de tendências. Estas tendências merecem rigorosa atenção por parte das empresas para se detectar uma nova oportunidade.

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Quais são as principais ameaças ao seu negócio?As ameaças também são uma constante e surgem de todas as esferas: do desinteresse do mercado consumidor por seu produto à entrada de novos concorrentes com importantes diferenciais competitivos, passando pela carência de insumos e matérias-primas. Por isso, sua atenção às mudanças, chamadas sinais de mercado, deve ser total e contínua, de modo a lhe permitir interagir com previsibilidade e consistência.

4. LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃOFaça uma análise dos diversos pontos potenciais existentes para tomar uma decisão sobre o local a ser instalado sua empresa. Abaixo é apresentado um modelo com vários fatores para que se possa fazer uma classificação pelo grau de importância. A escala é de um a cinco em ordem crescente, com cinco sendo o valor mais favorável para sua empresa.Através do preenchimento do quadro, você poderá ter um melhor direcionamento quanto as vantagens e desvantagens do local a ser escolhido. Fatores 1 2 3 4 5

Área comercial movimentada

Área para vitrines

Bom acesso rodoviário

Concorrente mais próximo

Entrada de serviço para entregas

Estado do imóvel

Facilidade de entrada e saída

Facilidade de estacionamento

Fluxo de tráfego

Histórico do local

Localização da rua

Melhorias exigidas na locação

Passagem de pedestres

Preço do aluguel

Serviços urbanos

Taxa de ocupação do local

Tempo de contrato do aluguel

Transporte público

Zoneamento adequado

O quadro acima poderá ser aplicado para diversos locais e após a definição. Justifique abaixo os motivos que o levaram a esta decisão.

A escolha do local e o espaço físico onde você pretende instalar seu negócio são decisões muito importantes para o sucesso do empreendimento. O local deve oferecer uma infra-estrutura necessária a seu negócio, ter acesso facilitado aos clientes e fornecedores, enfim, propiciar o seu crescimento.

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Defina um layout para suas instalações.A alocação e distribuição de seus diversos recursos (mercadorias, estantes, gôndolas, vitrines, prateleiras, depósitos e outros) em suas instalações também são importantes para a integração das atividades a serem executadas para a conquista de níveis de produtividade satisfatórios ao seu negócio. O benefício que um bom arranjo físico (layout) pode trazer é, por exemplo: uma maior facilidade de localização dos itens por parte do cliente, um fluxo mais ágil dos materiais, uma disposição mais adequada, etc.

5. CONSUMIDORQual o seu mercado potencial?Mercado potencial significa identificar seu público principal – para quem você pretende produzir, vender, prestar serviços, etc. (região, sexo, costumes, estilo de vida, renda). Esta análise pode ser estendida para que tipo de empresa (porte, ramo de atuação, nível de faturamento, comércio, indústria), pode ser atendida pelo produto/serviço. Deve-se priorizar os mercados identificados.

Dimensione seu mercado principal.As informações quanto ao raio de atuação da empresa, tamanho de mercado, número de clientes/clientes potenciais dentre outras variáveis, podem ser obtidas através da consulta em bancos de dados, de censos econômicos e demográficos, publicações especializadas do setor, associações comerciais e de classes, sindicatos, órgãos do governo federal, estadual e municipal, com os concorrentes ou ainda em pesquisas de mercado junto ao mercado-alvo.

O setor possui sazonalidade no consumo?A sazonalidade está ligada diretamente a variação da demanda dos produtos/serviços da empresa. Por exemplo: uma sorveteria tem como pico de vendas no período de verão e uma queda acentuada no consumo desse produto em meses de climas mais frios. Ao conhecer as oscilações que seus produtos/serviços possam sofrer em determinadas épocas do ano, o empresário deve pensar em alternativas para resolver o problema (Exemplo: inserção de novos produtos, promoção, etc.).

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6. FORNECEDORIdentifique seus fornecedores considerando sua localização, preço, forma e prazos de pagamento, disponibilidade de fornecimento, lote mínimo de compra, etc.Todos os fatores acima mencionados devem ser levantados para que a empresa possa avaliar a melhor opção para suas necessidades.

6Excelente

5Muito Bom

4Bom

3Regular

2Ruim

1Muito Ruim

Item Seu Fornecedor Atual

Fornecedor"A"

Fornecedor"B"

Fornecedor"C"

Fornecedor"D"

AtendimentoCapacidade de EntregaCondições de PagamentoFacilidade de AcessoGarantias dos ProdutosLocalizaçãoLote Mínimo de CompraPontualidade de EntregaPreço

Qualidade do Produto

Relacionamento

O setor possui sazonalidade no fornecimento de matérias-primas para produção?Deve ser observado que a disponibilidade de matéria-prima durante os diversos períodos do ano podem sofrer alterações. Logo, é fundamental que a empresa analise a possibilidade de insumos substitutos para que não comprometa a sua cadeia de produção.

7. CONCORRENTEIdentifique quais são seus concorrentes e seus pontos fortes e fracos, canais de distribuição, custos e preços de venda praticados, políticas de crédito e formas dedivulgação.O conhecimento sobre a concorrência é importante para que a empresa esteja atenta a todos os acontecimentos que estão em torno de seu mercado. Pode também auxiliá-lo na definição de estratégias de atuação junto aos concorrentes.

6Excelente

5Muito Bom

4Bom

3Regular

2Ruim

1Muito Ruim

55

5

Item Sua Empresa Concorrente"A"

Concorrente"B"

Concorrente"C"

Atendimento

Atendimento Pós-Venda

Canais de Distribuição

Divulgação

Garantias Oferecidas

Localização

Política de Crédito

Preços

Qualidade dos Produtos

Reputação

8. PESSOALDimensione sua equipe de trabalho, relacionando número de empregados, cargos, salários e encargos sociais esperados.Nesta etapa deve ser feito um resumo das responsabilidades e qualificações de cada pessoa. Inicialmente você deve fazer um organograma de sua empresa definindo claramente as funções e linhas hierárquicas, isso com certeza o ajudará a definir o perfil das pessoas que irá contratar. Defina o número de pessoas, quais serão seus cargos, funções e responsabilidades e principalmente a qualificação exigida para realizar o trabalho a contento. Com estas informações, você terá condições de procurar no mercado o profissional adequado às necessidades de sua empresa aliado aos recursos disponíveis.

Cargo Quantidade Salário (R$) Encargo Social (R$) Total (R$)

Total

9. PRODUTOS E SERVIÇOSRelacione os produtos/serviços que serão oferecidos pela empresa e suas características.Ao descrever o seu produto ou serviço, deverá deixar bem claro suas vantagens e benefícios. Citar aspectos que levarão o consumidor a escolher o seu produto/serviço, em vez de outros disponíveis no mercado. Deve-se aqui, estabelecer áreas de diferenciação. Listar as vantagens de seu produto em relação aos concorrentes, tais como patente, registro de marca, exclusividade, etc. Se no final, chegar à conclusão que a vantagem está do outro lado, registre modificações que serão feitas para reverter este quadro. Lembre-se: o seu produto/serviço deve ser melhor do que os dos outros.

Estime a capacidade instalada para o primeiro ano de atividade.Para evitar ociosidade ou até mesmo desperdício de recursos, é importante que a empresa faça um dimensionamento de suas instalações, volume de atendimento, número de funcionários, dentre outras variáveis que poderão fazer parte desta análise.

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5

10. ESTRATÉGIA COMPETITIVADefina uma estratégia competitiva com base nas variáveis: liderança no custo e diferenciação.Definir uma estratégia é fundamental para traçar um direcionamento do seu negócio. Essa estratégia pode ser alcançada através de um controle efetivo dos custos ou até mesmo buscar um diferencial no que se refere a qualidade dos produtos/serviços, atendimento, tecnologia, marketing, etc.

11. PLANO DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃOQuais as estratégias de comunicação que serão utilizadas por você na divulgação de seu negócio e/ou produtos/serviços?Devem ser analisados os meios de comunicação (rádio, TV, mala direta, internet, carro de som, “rádio poste”, faixas, jornal, telemarketing) que sua empresa irá utilizar, sua frequência e custo.

Descreva quais os canais de distribuição que você pretende utilizar.A forma com que você vai levar o produto/serviço ao mercado irá influir no alcance do seu cliente potencial, na sua capacidade de atingir novos mercados e no seu dimensionamento. A empresa pode adotar uma série de canais para isso, como: vendedores internos e externos, representantes, franquias, internet, etc.

Defina uma marca para sua empresa e/ou produtos/serviçosUma marca bem trabalhada pode contribuir de forma efetiva para o sucesso de seu negócio. Ela está associada a qualidade de seu produto/serviço, a credibilidade da empresa junto aos clientes, enfim, consolida uma imagem no mercado. Você deve estar atento para sua facilidade de pronúncia e de memorização, para fácil lembrança e associação com o produto/serviço.

Defina uma estratégia de posicionamento/imagem em relação ao mercado.

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5

A ação visa buscar uma afinidade com o seu cliente potencial. Pretende direcionar todo esforço de marketing no sentido de associar o seu negócio às diversas características que são atribuídas ao mercado. Exemplo: “empresa tradicional”, “empresa jovem”, “empresa de vanguarda”, etc.

12. INVESTIMENTOSRelacione os investimentos necessários para a implantação de seu negócio.O quadro abaixo está sendo apresentado de forma simplificada. Todavia, o empreendedor poderá detalhar alguns itens, identificando a quantidade, o valor unitário, o total de cada um deles, etc.

Investimentos R$

Obras Civis

Terraplanagem

Construção

Projeto

Instalações

Custo de compra/aluguel

Melhorias/reformas

Outros

Equipamentos

Móveis, estantes, prateleiras, gôndolas

Máquinas e equipamentos

Veículos

Informática

Outros

Total

13. RESUMO ‘PASSO A PASSO’ DE UM PROJETO DE VIABILIDADE ECONÔMICAPasso 1Levantar o investimento fixo (máquinas, instalações, móveis e utensílios). Ver valor total no quadro de investimentos.

Investimento fixo

Passo 2 Estimar os custos fixos mensais.

Custos Fixos R$

Retirada dos sócios

Encargos sociais sobre a retirada

Salários

Encargos sociais sobre os salários

Seguros

Despesas bancárias

Juros

58

5

Honorários contábeis

Material de expediente

Aluguel

Despesas de viagens

Água

Luz

Telefone

Manutenção e conservação

Propaganda

Depreciação

Ônibus, táxi, correios

Financiamentos existentes

Outros

Total

Sumário ExecutivoO Resumo Executivo é comumente apontado como a principal seção do plano de negócios, pois através dele é que o leitor perceberá se o conteúdo a seguir o interessa ou não e, portanto, se continuará, ou não, a ler o documento. Portanto, é no resumo executivo que o empreendedor deve "conquistar" o leitor.Nesta seção do plano o empreendedor apresenta informações básicas da empresa ou negócio, sua história, área de atuação, foco principal e sua missão. É importante que esteja explícito ao leitor o objetivo do documento (ex.: requisição de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para potenciais parceiros ou clientes, apresentação de projeto para ingresso em uma incubadora etc.). Devem ser enfatizadas as características únicas do produto ou serviço em questão, seu mercado potencial, seu diferencial tecnológico e competitivo.Também devem ser apontadas perspectivas de futuro do negócio (oportunidades identificadas, o que se pretende fazer para abraçá-las, o que é preciso para tal, porque os empreendedores acreditam que terão sucesso, etc). Tudo isso, de maneira sucinta, sem detalhes, mas em estilo claro. Recomenda-se que esta seção tenha cerca de 01 a 02 páginas, no máximo.É importante salientar que o empreendedor apenas terá condições de elaborar o sumário executivo ao final da elaboração do plano de negócios, pois ele depende de todas as outras informações do plano para ser feito.

OBS:O Plano de Negócios por você desenvolvido não representa somente um instrumento de planejamento formalizado em um papel. Ele deve, sim, estar integrado a toda a empresa, difundido e retroalimentado permanentemente com novas informações que possam contribuir para o sucesso organizacional. O planejamento também deve ser flexível a novas realidades, adaptável a novos paradigmas, sob pena de tornar-se um instrumento ultrapassado e não efetivo. Empreender é sempre um risco, mas empreender sem planejamento é um risco que pode ser evitado. O plano de negócios, apesar de não ser a garantia de sucesso, irá ajudá-lo, entre outras coisas, na tomada de decisões, assim como a não se desviar de seus objetivos iniciais.........................................................................................................................................

10. ESTUDO DE CASOS Nº. 01.

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A história do BuscaPé, site de comparação de preços líder em decisão de compras na América

Latina criado por um grupo de amigos.

A grande maioria das pessoas, quando pensa em adquirir um produto, faz aquela famosa pesquisa

de preços de loja em loja, antes de decidir o local da compra. Com a disseminação das compras pela

Internet e da quantidade de lojas virtuais que surgem a cada dia, fica difícil saber quem oferece os valores

mais acessíveis. Foi pensando nisso que Romero Rodrigues, Rodrigo Borges, Ronaldo Takahashi e Mário

Letelier criaram o BuscaPé, o site de comparação de preços que é líder em decisão de compras na América

Latina.

A idéia começou a ser desenvolvida em 1998, para um ano depois ser lançada oficialmente.

“Pensamos em montar um site de buscas de preços após uma conversa entre amigos, quando o Rodrigo

Borges teve dificuldades em comprar uma impressora pela Internet, porque não encontrava informações de

onde comprar disponíveis na web”, conta o CEO do Grupo BuscaPé, Romero Rodrigues.

Depois da criação do sistema, os empresários passaram a oferecer aos varejistas o software spider

desenvolvido por eles – que realiza buscas de produtos em lojas virtuais cadastradas no site e os

categoriza. “Enfrentamos muitas dificuldades inicialmente pelo desconhecimento dos lojistas em relação à

ferramenta e à proposta do BuscaPé”.

O vice-presidente do Grupo, Rodrigo Borges, conta que os sócios chegaram a ouvir muitos “nãos”,

porque na época as lojas tinham receio de ver os preços de seus produtos disponíveis na rede.

“Enfrentamos dificuldades em convencer os varejistas a disponibilizar a lista dos preços de seus produtos e

chegamos até a sermos ameaçados pelo advogado de uma grande rede de varejo, contrariada por ter visto

suas ofertas citadas no BuscaPé”.

Ele ainda relata o caso de um lojista que ameaçou processá-los caso não tirassem do resultado de busca

os produtos da loja dele. “Tempos depois, quando começamos a cobrar dos varejistas pequenas taxas pelos

cliques dados em seus produtos, tentamos contatá-los, e eles não nos retornavam. Quando decidimos excluir a

loja do site, recebemos sua ligação, ameaçando nos processar se não o colocássemos de volta, pois afinal de

contas, era um parceiro desde o lançamento do BuscaPé”, relata, comprovando o sucesso do negócio.

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6

Esforço reconhecido.

Apesar do êxito da idéia, este site não foi a primeira tentativa de empreendedorismo dos sócios.

Antes, eles pensaram em importar uma tecnologia de automação para segurança residencial e depois, ainda

tentaram criar um tipo de software que seria comercializado para uma empresa de logística e até em uma

lotérica virtual.

Quando foi concretizado o endereço web em 1999 – época marcada pelo auge das empresas virtuais

– os cinco empreendedores tornaram o BuscaPé pioneiro na América Latina e um dos primeiros no mundo

neste ramo de comparação de preços. A prova de que o modelo de negócios se mostrou promissor é que

eles receberam muitos investimentos de empresários do país, por isso, concentraram seus esforços no

Brasil. Em novembro de 2003, houve a expansão para México e Chile, com o fornecimento da tecnologia de

buscador de preços para outros portais da região.

O empenho dos empresários em tornar o serviço bem-sucedido foi consagrado em 2004, quando o

BuscaPé conquistou, no Brasil, quase seis milhões de visitantes, que acessavam um total de mais de três mil

lojas e mais de cinco milhões de produtos cadastrados. “Esse fato abriu o caminho para replicarmos o sucesso

de nosso modelo de negócios e trabalharmos com países latino-americanos. Em agosto, iniciamos as

operações próprias na Argentina, México e Chile. No início de 2006, foi a vez da Colômbia, consolidando

nossa liderança na América Latina. Hoje, estamos presentes em 28 países”, relembra Rodrigues.

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Visão Empreendedora.

Mesmo com o sucesso, os empresários precisaram mostrar jogo de cintura ao enfrentar um período

difícil em 2001, durante a época de crise na Internet, os sócios chegaram a ficar quase um ano sem retirar o

salário, com medo de não conseguir sobreviver ao momento pelo qual a rede passava. “Contudo, foi um dos

anos mais importantes, pois conseguimos equilibrar a empresa”, comemora Rodrigues.

E após a dificuldade, a empresa só cresceu. Importantes parcerias foram fechadas, visando o

crescimento e melhoria do negócio. Em 2005, houve a entrada da Great Hill Partners como sócia e a fusão

com o Bondfaro, que contribuiu para o fortalecimento frente aos concorrentes e a atuação na América

Latina.

Com o incentivo a mais, os executivos ousaram e puderam investir em outros “braços” do Grupo.

Vieram o QueBarato!, o primeiro classificado gratuito do Brasil; o Garagem BuscaPé, divisão que tem como

objetivo desenvolver projetos para a empresa; a aquisição da E-Bit, empresa de pesquisa sobre o comércio

eletrônico; o CortaContas, primeiro marketplace da América Latina de produtos financeiros e serviços

presentes no dia a dia com foco no auxílio à decisão de compra do consumidor; entre outros serviços que o

Grupo desenvolveu ao longo dos anos.

Mirando alto.

Com o sucesso do negócio já consagrado, a idéia é ampliar ainda mais a gama de serviços do Grupo

investindo em novas ferramentas. Assim, surgiu uma central de negócios para o mercado financeiro. A

solução foi criada com o objetivo de expandir um segmento importante na economia do país e de grande

potencial na Internet, eles acreditam que este é o primeiro passo para disponibilizar, de maneira

democrática, acesso às melhores práticas e oportunidades que existem na Internet para o mercado e

empresas do setor.

A ferramenta foi integrada ao portal CortaContas e ao restante de toda a rede composta pelas demais marcas da empresa, para possibilitar que as empresas previamente selecionadas possam ter acesso aos interessados no momento da contratação de seus serviços.

O bom exemplo do modelo de empreendedorismo também é notado nos planos para o futuro do Grupo. Os sócios fecharam acordo com a empresa Naspers, o maior grupo sul-africano de mídia, porque “eles aceitaram que continuássemos no comando, desenvolvendo um produto com programadores brasileiros. Não queríamos ‘tropicalizar’ o nosso produto e mudar a cultura da empresa”, conta Borges. A partir de agora, eles têm dois desafios: internacionalizá-lo e integrar as nove marcas que adquiriram.

Até o final deste ano, a expectativa é de que o BuscaPé esteja em 27 países na América, incluindo os Estados Unidos, e em países da África e da Ásia, que têm o português como idioma. “Na primeira fase, estaremos testando cada mercado, os que se mostrarem mais promissores, pretendemos montar escritórios e iniciar uma operação física até o final de 2010”, espera Rodrigues.

Sobre os bons ventos que sopram nos negócios, eles acreditam que isso acontece porque cada vez mais as pessoas estão antenadas e buscam informações sobre ofertas de produtos, segurança nas transações financeiras e nível de serviço. “Com a expansão do BuscaPé, procuramos englobar todo o ciclo

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de compra, desde a pesquisa (pré-compra) até a pesquisa de satisfação (pós-compra), e oferecer um serviço completo para que os consumidores possam utilizar todas as ferramentas disponíveis para usufruir, com confiança, das facilidades e comodidades oferecidas nas compras realizadas pela web. Investimos para que o comércio eletrônico se consolide e seja visto como uma forma prática e segura de fazer compras”, ensinam Romero e Borges, a receita de seu sucesso.

Projeto Buscapé: Confira os números que deram início ao conglomerado de serviços que o Grupo oferece hoje:

Investimento inicial – R$ 100 de cada um dos sócios.

Parceiros – 35 lojas cadastradas.

Comparação – 30 mil produtos disponíveis para pesquisa na página.

Primeira contribuição – US$ 150 mil, em novembro de 1999.

Primeiro investimento internacional – US$ 3 milhões, dos bancos da Merrill Lynch e Unibanco.

MODELO 2 - PROCESSO EMPREENDEDOR

11. IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES.

A) Diferenciando ideias de Oportunidades – Um mito acerca do assunto é a afirmação que ideias de negócios devam ser únicas. O fato de uma ideia ser ou não única não importa. O que importa é como o empreendedor utiliza sua ideia, inédita ou não, de forma a transformá-la em um produto ou em um serviço que faça sua empresa crescer.

As oportunidades é que geralmente são únicas, pois o empreendedor pode ficar vários anos sem observar e aproveitar uma oportunidade de desenvolver um produto, ganhar um novo mercado, estabelecer uma parceria que o diferencie de seus concorrentes.

Principalmente quando nos referimos aos jovens é comum ouvirmos as seguintes respostas: “A minha ideia é revolucionária, meu produto é único e não possui concorrentes, mas não posso falar do que se trata...”. Esta não é uma postura adequada, é um erro, pois ideias revolucionárias são raras, produtos únicos também e concorrentes com certeza existiram. O empreendedor não pode estar movido pela emoção, mas sim pela razão.

É importante que o empreendedor teste suas ideias ou conceito de negócio junto a clientes em potencial, empreendedores mais experintes, amigos próximo. Uma ideia sozinha não vale nada, em empreendedorismo, elas surgem diariamente. O que importa é saber desenvolvê-las, implementá-las e construir um negócio de sucesso.“Nada é mais perigoso do que uma ideia, quando ela é a única que temos” (Alain Emile Chartier).B) A ideia certa no momento errado – É de se considerar o “timing”, o momento em que a ideia foi gerada.

Principalmente em empresas de bases tecnológicas, pois a tecnologia evolui muito rápido e com isso o ciclo de vida dos produtos é cada vez mais curto, exigindo uma maior inovação e agilidade das empresas para se manterem competitivas.EX: Ideia criativa de software / Windows e Linux / mobilidade.

Existe, porém alguns mercados que evoluem em menor velocidade que os de alta tecnologia e o que mais importa nesses casos é a excelência dos serviços prestados ao cliente.EX: Mercado de Turismo no Brasil.

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C) A experiência no ramo como diferencial – Procure criar negócios em áreas que você já conhece, em que já tenha alguma experiência, já tenha trabalhado, ou tem sócios que já trabalharam no ramo pretendido.

Você não pode arriscar tudo em dinâmicas de mercado que você desconhece, só porque simpatiza com o assunto ou porque é uma área que você pode fazer muito dinheiro. Aliás, a busca pelo lucro é um dos principais motivos que levam jovens empreendedores a tentarem o sucesso em negócios em que não possuem conhecimento. As chances de sucesso nesses casos são mínimas.DICA DO PROFESSOR: Lembrem-se que a paixão pelo negócio vem em primeiro lugar e ganhar dinheiro é consequência disso. Daí nós podemos encontrar muitas pessoas insatisfeitas com o trabalho que fazem e com o estilo de vida que levam.D) Fontes de novas ideias – Muitas pessoas se queixam da falta de criatividade e que nunca tem boas ideias. Os empreendedores de sucesso são diferentes: estão sempre atrás de novas idéias de negócio e de verdadeiras oportunidades de mercado, são curiosos e questionadores, não aceitando a primeira explicação dada para os fatos ocorridos.

Será que é por isso que eles são criativos e identificam melhor as oportunidades?

A resposta para esta pergunta está na informação. A informação é base de novas ideias. Estar bem informado é o dever de qualquer empreendedor, principalmente nos dias atuais em que a informação está ao alcance de boa parte das pessoas em diversas formas: televisão, rádio, revistas jornais, livros, internet, etc. Só não se informa quem não quer.

Mesmo com muitas fontes de informação, identificar uma nova oportunidade pode não ser fácil.

Existem diversas técnicas para gerar ideias, mas passaremos a analisar uma das mais conhecidas: o método de brainstorming (tempestade cerebral) = criação de ideias em grupo.ATIVIDADE EM SALA DE AULA (passo a passo): Reunir-se em grupo (máximo de 7 pessoas – este grupo será aquele que irá se reunir para todas as demais atividades, não poderá haver alterações); Os temas podem ser sugeridos aleatoriamente; Em cada rodada, todos os participantes devem dar uma ideia. Quanto mais rodadas entre os participantes melhor, pois serão geradas mais ideias. Ideias podem ser baseadas em ideias anteriores. Ninguém pode criticar outras pessoas do grupo e todos estão livres para expor as ideias que vierem à cabeça, mesmo que aparentemente pareçam absurdas; Finalidade: juntar o maior número de ideias possíveis e tentar identificar uma oportunidade.E) Avaliando uma oportunidade – Saber se uma oportunidade realmente é tentadora, não é fácil, pois envolve vários fatores, entre eles o conhecimento do assunto ou do ramo de atividade em que a oportunidade está inserida, seu mercado, os diferenciais competitivos do produto/serviço.

Antes de partirmos para a elaboração do plano de negócio de uma futura empresa ou de empresa que já esteja em funcionamento, o empreendedor deve avaliar a oportunidade que tem em mãos, deve focalizar se esta oportunidade é a correta.

Mas como identificar a melhor ou uma boa oportunidade????A oportunidade deve ser analisada sob os seguintes aspectos:

Qual mercado ela atende: I) Existe um “problema” ou “necessidade” a ser resolvido(a)? II) Existe um produto ou serviço que solucionará este problema ou necessidade?III) Há muitos concorrentes que atuam nesta área ou segmento?IV) É possível identificar com clareza os potenciais clientes?

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V) Com que periodicidade irão consumir o produto ou serviço?VI) Será possível implantar uma estratégia de marketing / vendas (custo / retorno) exequível?VII) A janela da oportunidade está aberta? Diga porque?

Qual retorno econômico que ela proporcionará: I) Há necessidade de capital para iniciar ou renovar o negócio?II) Qual o lucro previsto? (tentar chegar ao valor de venda do produto ou serviço, excluindo-se desse valor o seu custo, menos 15% referente a tributos e 10% de outras despesas – lucro menor que 5% - inviabilidade do negócio).III) Analisar as referências comparativas (analise o retorno financeiro se você aplicasse o dinheiro que pretende investir no negócio).

Quais são as vantagens competitivas que a oportunidade trará ao negócio (diferenciais para os consumidores):I) O produto ou serviço terá um baixo custo? (compare-o a outros produtos ou serviços existentes no mercado).II) Oferece alguma vantagem tecnológica?III) Oferece alguma vantagem contratual?

Qual equipe transformará esta oportunidade em negócio: I) Qual a formação da equipe?II) Quais as experiências das pessoas da equipe?III) Qual o envolvimento no negócio? (paixão pelo que fazem ou apenas interesse financeiro)?

12. ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS.

A estrutura do Plano de negócios que passaremos a desenvolver deverá conter, ao menos, os seguintes itens: Capa

Sumário

Sumário Executivo

Descrição da Empresa

Produtos e Serviços

Mercado e Competidores

Marketing e Vendas

Análise Estratégica

Plano Financeiro

Dito isso, passemos a elaborar o plano de negócios:A) CAPA – A primeira página de seu plano de negócios será a capa. Ela serve como a página de título e deve conter as seguintes informações:I) Nome da empresa (com slogan);II) Endereço da empresa;III) Telefone da empresa;

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IV) Site e e-mail da empresa;V) Logotipo (se a empresa tiver um);VI) Nome dos integrantes do grupo;VIII) Nome do Professor;IX) Mês e ano em que o plano foi elaborado.

B) SUMÁRIO – O sumário do plano de negócios é imprescindível e deve conter o título de todas as seções e subseções. Os itens citados abaixo deverão estar presentes em todos os planos de negócio:I) Sumário Executivo;II) Descrição da Empresa;II.1) Equipe Gerencial;II.2) Localização;II.3) Infra-estrutura;

III) Produto e Serviço;III.1) Se fabricante, atacadista ou varejista;III.2) Ciclo de vida do Produto;III.3) Estratégia de produto;III.4) Tecnologia;III.5) Produção e Distribuição;

IV) Mercado e Competidores;IV.1) Análise da Indústria / Setor;IV.2) Consumidores;IV.2.1) Geografia;IV.2.2) Perfil;IV.2.3) Estilo de Vida;I.V.3) Análise da Concorrência;

V) Marketing e VendasV.1) Produto;V.2) Preço;V.3) Praça;V.4) Propaganda e Comunicação;

VI) Análise Estratégica;VI.1) Objetivos e Metas;

VII) Plano Financeiro;VII.1) Balanço Patrimonial;VII.2) Fluxo de Caixa;

C) CONCLUSÃO.

13. COMO ELABORAR CADA ETAPA DO PLANO DE NEGÓCIOS.

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A) CAPA – A primeira página de seu plano de negócios será a capa. Ela serve como a página de título e deve conter as seguintes informações:

I) Nome da empresa (o grupo deverá criar o nome da empresa e um slogan que servirá para possível campanha publicitária);II) Endereço da empresa (descrever o endereço em que a empresa será instalada – o endereço poderá ser alterado no decorrer da elaboração deste plano de negócios);III) Telefone da empresa (coloque um telefone fictício);IV) Site e e-mail da empresa (crie um endereço eletrônico e um e-mail para a empresa);V) Logotipo (desenvolva um logotipo, se a empresa tiver um);VI) Nome dos integrantes do grupo (colocar o nome de todos os integrantes do grupo e seus respectivos RA’s – o nome dos integrantes do grupo deverá corresponder com os nomes já entregues ao professor;VIII) Nome do Professor (José Ricardo Ruela Rodrigues);IX) Mês e ano em que o plano foi elaborado (ex: Junho de 2010).

B) SUMÁRIO – A segunda página do plano de negócios deve ser o Sumário, item importante e deve conter o título de todas as seções e subseções. Os itens citados abaixo, são obrigatórios e deverão estar presentes em todos os planos de negócio:

I) Sumário Executivo;II) Descrição da Empresa;II.1) Equipe Gerencial;II.2) Localização;II.3) Infra-estrutura;III) Produto e Serviço;III.1) Se fabricante, atacadista ou varejista;III.2) Ciclo de vida do Produto;III.3) Estratégia de produto;III.4) Tecnologia;III.5) Produção e Distribuição;IV) Mercado e Competidores;IV.1) Análise de Mercado e Segmento de Mercado;IV.2) Consumidores;IV.2.1) Geografia;IV.2.2) Perfil;IV.2.3) Estilo de Vida;I.V.3) Análise da Concorrência;V) Marketing e VendasV.1) Produto;V.2) Preço;V.3) Praça;V.4) Propaganda e Comunicação;VI) Análise Estratégica;VI.1) Objetivos e Metas;VII) Plano Financeiro;VII.1) Fluxo de Caixa;VIII) Conclusão.

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C) SUMÁRIO EXECUTIVO – É a principal seção de seu plano de negócios e deve expressar um resumo do que será apresentado na seqüência, preparando e atraindo o leitor para uma leitura com mais atenção.

No entanto, embora o sumário executivo apareça no início do plano de negócios, DEVE SER A ÚLTIMA PARTE A SER ESCRITA, pois é muito mais coerente e eficiente escrever um resumo depois de preparar o texto básico desta síntese.

**** Não poderá, em hipótese alguma, ultrapassar 1 (uma) página.**** Deve ser escrito de forma clara e resumida.

Para auxiliá-los na elaboração do sumário executivo, procure responder as seguintes perguntas:

- Qual o propósito de seu plano?- O que você está apresentando?- O que é sua empresa?- Qual é o seu produto ou serviço?- Onde sua empresa está localizada?- Onde está seu mercado / clientes?- Porque você precisa do dinheiro requisitado?- Como você empregará o dinheiro na sua empresa?- Como está a saúde financeira de seu negócio?- Como está crescendo sua empresa (faturamento dos últimos 3 anos)?- De quanto dinheiro você necessita?- Como se dará o retorno sobre o investimento?- Quando seu negócio foi criado?- Quando você precisará do dinheiro para implementar o negócio?- Quando ocorrerá o pagamento do empréstimo obtido?

Segue um exemplo de sumário executivo de uma empresa fictícia, já existente, cujo foco principal é conseguir um empréstimo junto a um banco (Isso não significa que o sumário executivo que será elaborado deva ser idêntico ao que segue):

“Piscina Azul é uma empresa especializada em limpeza de piscinas, fundada em 2007. A empresa está localizada em São Paulo, no bairro de pinheiros. A principal máquina utilizada nos serviços de limpeza já não é suficiente para atender a demanda dos serviços atuais, havendo a necessidade de adquirir mais duas novas máquinas e um novo automóvel para atendimento aos clientes. A empresa dispõe de R$ 20.000,00 e precisa de um empréstimo de R$ 40.000,00 para efetuar as compras

A empresa estabeleceu seu nicho de mercado em 2008. Projeções para o próximo ano indicam a expansão de carteira de clientes para novos mercados e regiões da cidade. As projeções de fluxo de caixa dão apoio a certeza de que a empresa terá fundos suficientes para arcar com os compromissos assumidos, contratar mais funcionários e implementar as ações planejadas de marketing.

Atualmente o negócio tem 150 contas residenciais, 20 contas com condomínio e 20 contas com academias e escolas de natação. Os serviços incluem limpeza periódica

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da piscina, tratamento da água e manutenção preventiva dos equipamentos. O sucesso da empresa é resultado direto da habilidade que possui em prover serviços personalizados a custos competitivos, criando uma base file de clientes.

Nos dias atuais, o custo médio para a limpeza de piscinas pequenas é de R$ 100,00 por dia e, para piscinas grandes R$ 150,00 por dia. Durante o inverno, a empresa se dedica aos serviços de limpeza de reservatórios e caixas d’água, devido à época do ano.

A taxa projetada de crescimento para o mercado de limpeza de piscinas é de 10% ao ano. Pretende-se expandir o negócio com novos equipamentos, marketing e empregados adicionais para atender a demanda existente. Espera-se aumentar a carteira de clientes em 20% com base nos registros do ano anterior, no serviço diferenciado da empresa e nas atividades de marketing que serão desenvolvidas.

O empréstimo será necessário para Outubro de 2009. A empresa não precisa de carência para o início do pagamento. Como garantia será oferecido o imóvel da sede da empresa, avaliado em R$ 180.000,00.

D) DESCRIÇÃO DA EMPRESA.

II) Descrição da Empresa – Descreva a empresa iniciando-se com o seu nome, e procurando mostrar o porquê de sua criação, qual o seu propósito, a natureza do produto ou serviço fornecido, como ela se desenvolverá, mas principalmente como você poderá prover um benefício a seu cliente?

Segue outro exemplo fictício para a elaboração da descrição da empresa:

“CorteCana é uma empresa que foi criada em 2000 para satisfazer a demanda de componentes para a indústria de implementos agrícolas. Esta indústria teve um pequeno crescimento com o aumento no número de contratos a partir de 2008 em função do aquecimento do mercado de colheitadeiras de cana-de-açucar. As projeções indicam uma demanda crescente pelo tipo de produto que a empresa produz. A CorteCana mantém uma margem competitiva por meio da entrega imediata de produtos, de excelente relações com os clientes e de sua capacidade de se adequar às necessidades destes. A empresa está instalada estrategicamente em uma área de 20.000m² e deseja satisfazer a demanda crescente por seus produtos com o aumento do efetivo de funcionários e a aquisição de equipamentos mais modernos, os quais possibilitarão melhor e maior produtividade, diminuição de custos e redução de tempo de processo”. II.1) Equipe Gerencial – Muitos investidores ao receberem o plano de negócios, depois de lerem o sumário executivo vão direto para o currículo da equipe de gestão da empresa. A pergunta que muitos investidores se fazem é: Porque devo investir dinheiro nessas pessoas.

Antes de descrevermos a equipe de gestão da empresa, segue algumas perguntas a serem respondidas que os auxiliarão nesta tarefa:

De onde são os fundadores da empresa?

Onde eles estudaram e quais cursos têm feito para manter-se atualizados?

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Onde já trabalharam e para quem?

Quais são suas referências?

Que experiência eles têm no ramo de negócios onde a empresa está sendo criada?

Qual a experiência na criação de novos negócios? É o primeiro?

Quais são suas habilidades, diferenciais, pontos fortes e fracos?

Há a necessidade de se complementar a equipe ou ela já está formada?

Quais desafios já assumiram em suas vidas?

Quanto tempo se dedicarão ao negócio?

Qual será a função de cada um dos sócios?

II.2) Localização – Embora a localização da empresa possa ser considerada uma questão referente à estratégia de marketing de um negócio, cabe, neste momento, uma breve descrição a respeito do assunto. Para tanto seguem novas perguntas que podem auxiliá-los nesta nova fase do processo empreendedor:

O valor do aluguel é competitivo? (cuidado, pois nem sempre o menor valor de aluguel significa um melhor custo / benefício);

A área é adequada para as necessidades de ocupação da empresa? (analise o número de funcionários e perspectiva de crescimento);

O local fica em uma região de grande tráfego de pedestres? Existe estacionamento para os clientes? O local é de fácil acesso para fornecedores ou para o escoamento das mercadorias /

serviços? O local é de fácil acesso para os funcionários? O imóvel é seguro e bem protegido?

Exemplo: “Piscina Azul está instalada em um imóvel de 800m², localizado na Rua Oscar Freire, 5.555, em São Paulo. Este espaço foi escolhido pela facilidade de acesso, boas condições de segurança, qualidade das instalações, completa infra-estrutura e proximidade dos clientes”. II.3) Infra-estrutura – Por infra-estrutura, entende-se aquilo que o imóvel poderá proporcionar para o cliente, seja dentro do próprio imóvel (estacionamento para os clientes, sala de espera ou recepção, banheiros masculino e femininos, acesso rápido a internet, linha telefônica, salas de treinamento, salas de videoconferência, etc...); ou ainda, o que poderá fornecer aos clientes e fornecedores no ambiente externo do imóvel (heliporto próximo a empresa, metrô, ponto de táxi, etc...)

E) PRODUTOS E SERVIÇOS – Especificar qual o produto ou serviço a que se destina seu projeto. Lembrando-se que em alguns casos, poderá ocorrer a apresentação de um produto ligado a um serviço (ex: pizza e entrega da mesma) – VOCÊS DEVERÃO ANEXAR UMA FOTO OU DESENHO DO PRODUTO OU SERVIÇO DESENVOLVIDO. III.1) Se fabricante, atacadista ou varejista –

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Se Fabricante ou Atacadista – Faça uma descrição detalhada do desenvolvimento do produto ou serviço a partir do recebimento da matéria-prima até o produto acabado (cada etapa do processo de produção), bem como, quais equipamentos serão utilizados no processo produtivo. Se Varejista – Descreva os produtos ou família de produtos que serão vendidos por sua empresa e porque foram escolhidos.

- Como você controla o estoque de produtos? - Como define quando deve ser feito um novo pedido de compras?- Qual estoque que deve permanecer na loja?

III.2) Ciclo de vida do Produto – Normalmente os produtos possuem um ciclo de vida passando por quatro etapas clássicas de desenvolvimento (nascimento, crescimento, maturação e declínio):

Nascimento – quando o produto é lançado há a necessidade de se investir grandes montantes em dinheiro em promoção, visando tornar sua marca conhecida. Nesta fase quase não se obtém lucro. Crescimento – Começa a haver um aumento de demanda pelo produto que já foi testados pelos clientes com conseqüente aumento nos lucros. Maturação – O crescimento das vendas começa a reduzir, pois grande parte da clientela já optou pelo produto. O lucro tende a se estabilizar pois a necessidade de se investir novamente em propaganda neste estágio. Declínio – as vendas decrescem e os lucros desaparecem.

Vocês deverão especificar em qual estágio do ciclo de vida estão os produtos da sua empresa. Dependendo do estágio em que se encontram, a empresa deverá adotar diferentes estratégias de marketing, como será visto adiante. III.3) Estratégia de produto – Descreva o diferencial do seu produto ou serviço. Porque eu deveria comprar o seu produto / serviço e não de um concorrente?

III.4) Tecnologia – Informe se a empresa utilizará alguma tecnologia para a produção do produto ou prestação do serviço ou ainda, se desenvolverá um produto / serviço com teor tecnológico.

III.5) Produção e Distribuição – Análise detalhada do custo do produto/serviço devendo englobar as despesas e custos com a distribuição dos mesmos.

Discriminação R$

CUSTO DO PRODUTO/SERVIÇO

Produtividade (em quantidade) ooooooooo

Custo de Aquisição de Matéria-Prima xxxxxxxxx

Custo com salários (proporcional) xxxxxxxxx

Custo com seguro xxxxxxxxx

Custo com fornecedores xxxxxxxxx

Custo com aluguel xxxxxxxxx

Água xxxxxxxxx

Luz xxxxxxxxx

Custo com embalagens xxxxxxxxx

Custo com correios xxxxxxxxx

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Custo com o transporte xxxxxxxxx

Custo Total do Produto/Serviço xxxxxxxx

F) MERCADO E COMPETIDORES – A análise de mercado é considerada uma das mais importantes seções do plano de negócios e também a mais difícil de fazer, pois toda a estratégia de negócio depende de como a empresa abordará seu mercado consumidor.IV.1) Análise de Mercado e Segmento de Mercado – Análise de Mercado: o grupo deverá fazer uma análise macro do mercado escolhido [exemplo: Entretenimento (mercado) = Locação de DVD (segmento do mercado)]. Deve-se analisar o histórico desse mercado nos últimos anos e a análise das tendências do setor para os próximos anos.

- Porque o mercado se mostra promissor?- Quais são as oportunidades e ameaças (riscos) desse mercado?

Análise do Segmento de Mercado: Após uma análise macro (do mercado) você deve partir para uma análise particular do segmento do mercado de sua empresa. As informações poderão ser conseguidas em estabelecimentos com essas características ou em fontes secundárias como:

- Associação Comercial do Estado;- Prefeitura;- Entidades de Classe (OAB; CRM; CRO; CREA);- Sebrae;- Internet;- Órgãos do Governo;- Revistas, Jornais, Livros, Documentários.

IV.2) Consumidores – Conhecendo-se os hábitos de consumo, o estilo de vida e onde vivem, fica mais fácil segmentar os grupos de consumidores para o seu produto ou serviço. Tentem identificar os seguintes aspectos:IV.2.1) Geografia (Onde os consumidores moram?)

- País, Região, Estado, Cidade, Bairro.- Moram isolados ou convivem com muitos vizinhos?- Na região prevalecem temperaturas altas ou baixas?- A região tem boa infra-estrutura rodoviária, aeroviária, portuária?

IV.2.2) Perfil (Como eles são?) Pessoas: Idade, sexo, tamanho da família, educação, ocupação, renda, nacionalidade,

religião, time de futebol, partido político; Empresas: Setor, porte da empresa, número de funcionários, tempo de existência,

faturamento.IV.2.3) Estilo de Vida (Como vivem e o que fazem?)

Pessoas: passatempos, hábitos ao assistir televisão, hábitos de consumo (alimentação, vestuários, diversão), atividades sociais e culturais, o que gostam de fazer nas férias.

Empresas: Proteção do meio ambiente, doações a eventos beneficentes, investimento em cultura e esportes, benefício aos funcionários.I.V.3) Análise da Concorrência – Conhecer a concorrência é dever de qualquer empreendedor que queira competir e vencer no mercado. A importância de uma análise criteriosa dos principais concorrentes fica evidente quando a empresa precisa estabelecer uma estratégia de marketing e conhecer quais alternativas de produtos/serviços existem no mercado onde sua empresa atua.

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Preencha o quadro abaixo (que segue somente como modelo) ESTABELECENDO NOTAS DE 1 A 5 AOS ITENS RELACIONADOS.

Item Sua Empresa Concorrente"A"

Concorrente"B"

Concorrente"C"

Atendimento

Atendimento Pós-Venda

Canais de Distribuição

Divulgação

Garantias Oferecidas

Localização

Política de Crédito

Preços

Qualidade dos Produtos

Reputação

G) MARKETING E VENDAS – As estratégias de Marketing são os meios e métodos que a empresa deverá utilizar-se para atingir seus objetivos. A projeção de vendas da empresa está diretamente ligada a estratégia de marketing estabelecida, pois depende de como o produto/serviço será posicionado no mercado, ou seja, como o produto ou serviço chegará ao cliente? V.1) Produto – A empresa deve direcionar o produto ou serviço para atender as expectativas e necessidades do cliente-alvo escolhido. Com isso, a empresa estabelece uma imagem do produto junto aos clientes, tentando se diferenciar de alguma forma da concorrência. Isso pode ser feito:

- variação de produtos (promover mudanças na combinação / modificar o produto / Mudar o design, embalagem, qualidade, tamanho;

- opcionais;- acessórios;- kit completo;- Peças individuais.

V.2) Preço – O preço talvez seja a maneira mais clara para se agir no mercado, pois pela política de preço a empresa pode criar demanda para o produto, segmentar o mercado, definir a lucratividade da empresa.

“A empresa sempre deve ter como referência o valor que o consumidor vê no produto ou serviço e não o preço que a empresa acha que tem que ser”.

Afirmar que o seu produto tem a melhor qualidade com o menor preço é um erro, pois alta qualidade e preços baixos são difíceis de encontrar em um mesmo produto.

Se o mercado escolhido tem como característica a concorrência estritamente em preços, a empresa terá que ser muito eficiente para colocar o produto com o preço mais competitivo possível nesse mercado, se por outro lado, o diferencial for qualidade, o fator preço não será o grande incentivador das vendas (trata-se de produto ou serviço que excede as expectativas do cliente).

- Preço abaixo do mercado (elevação gradativa com transparência);- “Leve 3 pague 2”

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- parcelamento em 3, 6 ou 12 meses (devem-se ater aos resultados da estratégia de mercado já apurados, na qual se identificam as características, os comportamentos e os anseios do consumidor).

V.3) Praça – Canais de distribuição são maneiras diferentes para levar o produto/serviço ao consumidor. As características do produto/serviço interferem diretamente em qual canal de distribuição deve ser utilizado pela empresa. Os canais de distribuição podem ser classificados como:

DIRETO – Diretamente ao consumidor final (consumidor cara a cara com o vendedor – Ex: Bens de grande porte);

INDIRETO – A empresa pode utilizar atacadista ou distribuidores para vender o produto/serviço (ex: bens de consumo imediatos ou não-duráveis).

INTERMEDIÁRIO – Telemarketing; catálogos; mala direta; internet. V.4) Propaganda e Comunicação – A propaganda tem como finalidade fazer com que uma mensagem atinja um público selecionado, com o propósito de informar, convencer e reforçar o conceito do produto junto aos consumidores.

São vários os veículos de comunicação que podem ser utilizados para se realizar a propaganda. A escolha do veículo a ser utilizado depende muito do público que se quer atingir. Dentre os veículos de comunicação mais utilizados, temos:

- Televisão;- rádio;- mala direta;- outdoors;- distribuição de panfletos;- brindes;- patrocínios a eventos;- internet;- totens;- anúncios em lista telefônica;- participação em feiras;Além da escolha adequada do veículo de comunicação, pode-se fazer uma fragmentação

quanto ao horário, dias da semana, épocas do ano etc. Elabore ao menos um esboço da campanha publicitária de sua empresa. H) ANÁLISE ESTRATÉGICA – Uma análise estratégica da empresa pode ajudar o empreendedor a entender melhor a situação atual de seu negócio e quais as melhores alternativas ou meios para atingir os objetivos ou metas estipulados. VI.1) Objetivos e Metas – Os objetivos e metas são o referencial do planejamento estratégico, o que a empresa busca atingir e devem ser escritos de forma que possam ser medidos, comparados e avaliados.

Os objetivos indicam intenções gerais da empresa e o caminho básico para chegar ao destino que você deseja. Os objetivos devem ser ousados levando, levando a empresa a um esforço acima do normal, buscando a superação (são definidos com palavras e frases – EX: “tornar-se um líder de mercado”; “ser a que oferece os menores preços”).

As metas constituem-se nos passos para se alcançar um objetivo, são definidas com números e resultados a se obter. As metas devem ser SMART, ou seja:

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eSpecíficas (especificar de forma detalhada a meta que você pretende alcançar – EX: casamento / compra de um veículo). Mensuráveis (Em valores, o que você precisa para alcançar – R$ 10.000,00 / 20.000,00); Atingíveis (O que você deve fazer para alcançar – Guardar um tanto de dinheiro por mês – R$ 416,66 / R$ 833,33) Relevantes (Significado pessoal – a importância que isto tem para você); Temporais (O tempo necessário para cumprir a meta – 24 meses)I) PLANO FINANCEIRO – A parte financeira deve refletir em números tudo o que foi escrito até então nas outras seções do plano.

VII.1) Fluxo de Caixa – DISCRIMINAÇÃO 1º Mês 2º Mês

RECEBIMENTOS (+)Faturamento (todo valor arrecadado pela empresa – mês)

PAGAMENTOS (-)Custo da mercadoria ou do serviço (já calculado antes)

Salários fixos (funcionários além dos sócios)Salários por comissãoPro-labore (retirada dos sócios)AluguelImpostos (calcular 15% sobre o faturamento)FornecedoresÁguaLuzTelefoneDespesa com ContadorOutras despesas

SALDO FINAL

SALDO ACUMULADO

J) CONCLUSÃO - O grupo deve opinar sobre o que achou do desenvolvimento deste trabalho, bem como, descrever a contribuição individual de cada integrante e a sua nota final (E - excelente; S - satisfatório; F - fraco).EXTRAS:

* INTELIGÊNCIA FINANCEIRA PESSOAL NA PRÁTICA

1 – Você sabe se está em equilíbrio financeiro?

Para identificar seu ponto de equilíbrio financeiro, não basta saber se o dinheiro que você ganha basta para pagar as contas. Você deve levar em consideração que sua vida será mais longa do que sua carreira e, ignorar isso é um risco e pode obrigá-lo a trabalhar para sempre.

Anote as informações solicitadas nos espaços indicados ou em uma folha a parte e tenha em mãos uma calculadora:

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a) Qual é a sua idade hoje? _______________anos (A)b) Qual é a idade prevista para sua aposentadoria _______________anos (B)c) Qual é o prazo para sua aposentadoria em anos _________anos = (B) - (A)d) Qual é a sua renda média mensal? R$ __________________.e) Qual é o gasto médio mensal de sua família? R$ __________________.f) Qual é o valor aproximado de seus investimentos?R$ __________________.

Para avaliarmos seu equilíbrio financeiro, precisamos de uma informação importante: a RENTABILIDADE LÍQUIDA anual obtida por investimentos conservadores ____________ % ao ano.

COMO CALCULAR A RENTABILIDADE LÍQUIDA DOS INVESTIMENTOS: Calcular a rentabilidade do investimento por ano (Ex: 6%); abater a taxa de inflação do período (4% ano).

Com esses dados em mãos passemos a analisar os indicadores de sua situação patrimonial:

2 – Patrimônio Mínimo de Sobrevivência (PMS) – Como dito seu equilíbrio financeiro não está

em ter as contas em dia, sem dívidas atrasadas e sem investimentos.

O patrimônio mínimo de sobrevivência é aquele que você precisa ter para simplesmente

poder dar um rumo a sua vida em caso de desemprego, doença ou planos frustrados em sua

atividade de negócio. Trata-se de uma fonte de renda de emergência.

Como calcular seu PMS = 6 X gasto médio mensal da família (D).

RECOMENDAÇÃO:Se você ainda não tem uma reserva financeira equivalente a seu

Patrimônio Mínimo de Sobrevivência, deve priorizar a criação desta reserva acima das demais

escolhas, inclusive trocar o automóvel por um mais barato, trocar o imóvel por um de menor valor.

3 – Patrimônio Mínimo Recomendado (PMR) – Ideal para lhe dar mais comodidade no

momento de ousar em sua carreira sem medo de não poder sustentar o padrão de vida de sua

família em caso de erro nas escolhas. Da mesma forma serve para que você possa colocar seus

sonhos pessoais em prática como um curso de especialização, uma viagem em família, etc.

Como calcular seu PMR = 12 X gasto médio mensal da família (D);

[autônomo] 20 X gasto médio mensal da família (D).

RECOMENDAÇÃO: Caso você já tenha reservas equivalentes ao PMS, não precisa priorizar

a constituição do PMR acima das demais escolhas, porém sua constituição deve estar dentro dos

objetivos de médio prazo, vindo antes de férias, troca de carro ou casa.

4 – Patrimônio Ideal para sua idade e situação de consumo (PI) – Se tiver patrimônio ao

menos equivalente ao PMR, você está fazendo a coisa certa, mas pode ser que não seja

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suficiente, nós devemos zelar pela construção de reservas financeiras suficientes para mantermos

nossa família durante o período de redução ou esgotamento de nossa atividade profissional

(aposentadoria).

Como calcular seu PI = 10% X [12 X gasto médio mensal da família (D)] X Idade.

RECOMENDAÇÃO: caso seu patrimônio seja inferior ao PI indicado para sua idade, você

deve reduzir os objetivos de consumo e acelerar os objetivos de poupança, a fim de diminuir

gradativamente o atraso.

5 – Patrimônio Necessário para a Independência Financeira (PNIF) – Este tipo de

patrimônio serve para aqueles que querem viver apenas dos rendimentos líquidos de seus

patrimônios. Situação esta em que os gastos anuais familiares devem ser totalmente cobertos

pelos rendimentos líquidos de investimentos conservadores.

Como calcular seu PNIF = [12 X gasto médio mensal da família] / rentabilidade líquida

anual (ex: 4% = 0,04).

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