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8/11/2019 Apostila Esa
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CURSO PROGRESSO
Prof.: RENEE SALLES
O Barroco
O Barroco , antes de tudo, uma crise de identidade sofridapelo homem do sculo XVIII. Esse homem se v, pelos olhos deCoprnico, no mais o centro do mundo, mas, na verdade, apenasum ponto vagando no universo.
egundo !elena "arente Cunha, o Barroco surge a partir dacrise maneirista, #ue fora desencadeada pela decomposi$o dosvalores do %enascimento, a Igre&a ganha for$a e demonstra seupoder utili'ando(se da grandiosidade da o)ra )arroca a fim deratificar seu triunfo* + Contra(%eforma. +inda conforme a mesmaautora, isso no a causa do estilo de poca, mas elementofundamental de sua ideologia.
Com a viso do mundano e espiritual to latente dentro dasociedade, no difcil imaginar a diviso em #ue se encontrava ohomem da#uele sculo* de um lado o paganismo cl-ssico e de outroo medievalismo cristo.
Como manifesta$o liter-ria, o Barroco uma ruptura com o%enascimento, pelo prov-vel cansa$o com o cl-ssico. egundo+rnold !auser, o Barroco a epresso de um ponto de vistaterreno, intrinsecamente mais homogneo, mas #ue assume v-rias
formas nos diferentes pases europeus. V(se, ento, nessemomento, as oposi$/es* terreno e celeste0 er1tico e mstico0refinado e grosseiro0 dia)1lico e divino. egundo 2ino 2el "ino,Essas oposi$/es lem)ram ao homem #ue a morte o denominadorcomum de todas as aspira$/es humanas 3...4 2istor$/es &-chocantes e violentas, &- diludas pelo claro(escuro se so)rep/em eparadoalmente se fundem.
5a linguagem potica, ainda de acordo com o autor, h- aprocura pela agilidade sint-tica e a variedade leical. E nelacome$am a concordar os voc-)ulos estrangeiros e de uso popularlado a lado aos eruditos e refinados. Os elementos #ue auiliamnesse engenho so* antteses, paradoos, preciosismos,metonmias, sinestesia, hipr)oles, ecos, asson6ncias, catacreses,etc.
Gregrio de Matos
5o meio a esse conteto, nasce 7reg1rio de 8atos.Brasileiro, )aiano, maior epoente do )arroco )rasileiro. eus tetospasseiam pela culpa e pelo arrependimento to r-pido #uanto 9s-tira e 9 linguagem chula. : um eemplo, por essascaractersticas, da ideologia desse momento #ue vivia o mundo.
7reg1rio era um homem ciente de seu tempo e dosacontecimentos. ua poesia satrica foge dos padr/es esta)elecidospelo )arroco e olha para a realidade )aiana do sculo XVII. E poressa criticidade e percep$o da coloni'a$o portuguesa no Brasil,#ue se pode chamar sua poesia, de acordo com Cere&a e8agalhes, de realista e )rasileira.
;inis< di' ainda #ue &- se definiu a s-tira como a =lutac>mica de duas sociedades* normal 3do homem )em nascido4 e a
a)surda 3a dos pasguetes instalados no poder, go'ando deprestgio4?.
Contudo, 7reg1rio de 8atos tinha uma peculiaridade* eraum homem fora de lugar0 havia nele um sentimento deinade#ua$o. +ristocrata, advogado, estudante de Coim)ra, o poetaestava deslocado. "ossua muita cultura, mas o Brasil no detinhagente com #ue pudesse dialogar. @uando volta ao Brasil, v suafamlia decadente0 tenta a advocacia, sem ito, entra para a Igre&a.
: preciso, contudo, no confundir sua criticidade perante asociedade e sua cultura com enga&amento. Criticava a escravido,mas #uando mulatos come$am a escrever poesia, o poeta fa'poemas de cunho agressivo para atacar essa nova ra$a #ue surgia.
7reg1rio de 8atos, in#uestionavelmente, foi o )arroco)rasileiro. @uando revividas no sculo XIX por +nt>nio C6ndido,suas o)ras, #ue nunca foram pu)licados, vm 9 tona. O)viamente,como todo grande poeta sua )iografia mitificada, no seu caso, lhe atri)udo o enga&amento. Audo isso se alia a uma vasta o)ra #ueno se lhe pode atri)uir sem um minucioso estudo. Essesargumentos, entretanto, no lhe tira a import6ncia, ou 9 vontade deconhec(lo, mas a agu$a.
Caractersticas do Barroco:
%e#uinte formal igura$o Conflito espiritual Aemas contradit1rios Efemeridade do tempo 3carpe diem4 Cultismo Conceptismo
Caractersticas da Linguagem Barroca
Quanto formaQuanto ao contedo
Voca)ul-rioselecionado7osto pelas invers/essint-ticasigura$o ecessivaugest/es sonoras e
crom-ticas7osto por constru$/escompleas e raras
Conflito espiritualOposi$o entre o mundomaterial e espiritualConscincia daefemeridade do tempoCarpe diem
8or)ide'7osto por raciocnioscompleos, iontrincados.
Relaes entre a arte Barroca e a Renascentista.
Renascimento Barrocoa4 inear, sentida pela mo)4 Composta em plano, de
&eito a ser sentidac4 partes coordenadas de
igual valord4 fechada, deiando de fora o
o)servadore4 claridade a)soluta
a4 pict1ria, seguida pela vida)4 composta em profundidade,
de &eito a ser seguida.c4 partes su)ordinadas a um
con&untod4 a)erta, colocando dentro o
o)servadore4 claridade relativa
Gregrio de Matos
cidade da Bahia
Ariste BahiaD #uo dessemelhanteEst-s e estou do nosso antigo estadoD"o)re te ve&o a ti, tu a mi empenhado,%ica eu te vi &-, tu a mi a)undante.
+ ti trocou(te a m-#uina mercante,@ue em tua larga )arra tem entrado,+ mim foi(me trocando, e tem trocado,Aanto neg1cio e tanto negociante
2este em dar tanto a$Fcar ecelente
"elas drogas inFteis, #ue a)elhuda,imples aceita do saga' Brichote.Oh, se #uisera 2eus, #ue de repenteGm dia amanhecer-s to sisuda@ue f>ra de algodo o teu capote.
Aos afetos e l!grimas derramadas na aus"ncia da dama a#uem #ueria $em.
%oneto
+rdor em firme cora$o nascido0"ranto por )elos olhos derramado,Incndio em mares de -gua disfar$ado,%io de neve em fogo convertido.
Au, #ue em um peito a)rasas escondido0Au, #ue em um rosto corres desatado0@uando fogo, em cristais aprisionado0@uando cristal em chamas derretido.
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e s fogo como passas )randamentee s neve como #ueima com porfia8as ai, #ue andou +mor em ti prudenteD
"ois para temperar a tirania,Como #uis #ue a#ui fosse a neve ardente,"ermitiu parecesse a chama fria.
A mesma &aria 'iegas sacode agora o (oetaestra)agantemente (or#ue se es(e*dorra)a mu*to.
+. 2i'em, #ue o vosso cu, Cota,+ssopra sem 'om)aria,@ue aprece artilharia,@uando vem chegando a frota*"arece, #ue est- de apostaEste cu a peidos darEste gro(cu de enche(moem pederneira, ou murroEst- sempre a disparar.
,. 2e Cota seu arca)u'+pontado sempre est-,@ue entre noite, e dia d-8ais de #uinhentos tru'(tru'*5o achareis muitos cusAo prontos em peidos dar,
"or#ue &amais sem parara' to grande )ateria,@ue de noite, nem de dia"ode tal cu descansar.
-. Cota, esse vosso arca)u'"arece ser encantado,"ois sempre est- carregado2isparando tantos tru'*+rrenego de tais cus,"or#ue esse foi o primeiroCu de 8o$a fulieiro,@ue tivesse tal sada"ara tocar toda a vida
"or fole de algum ferreiro
studo de /m %oneto de 0reg1rio de &atos
+ palavra soneto vem do francs, do diminutivo do voc-)uloson.,e significa canto )reve.2e incio no possui forma determinada,mas foi na It-lia #ue se estruturaram as normas, 9 pena de "etrarcae 2ante. O primeiro, no entanto, o levou a etremos de perfei$o.2a veio para a lrica da "ennsula I)rica e, atravs de - 8irandachegou a "ortugal, em HJK.
: o poema de forma fia mais encontrada. Composto dedois #uartetos e dois tercetos, ele apresenta, geralmente, versos deHLou HJ sla)as. +parecem rimas de um tipo nos #uartetos 3+B4, ede outro, nos tercetos 3C24. O soneto costuma conter uma refleoso)re um tema ligado 9 vida humana.
+rdor em firme cora$o nascido0 +."ranto por )elos olhos derramado BIncndio em mares de -gua disfar$ado0 B.%io de neve em fogo convertido* +
Au, #ue em peito a)rasas escondido0 +.Au, #ue em um rosto corres desatado0 B.@uando fogo, em cristais aprisionado0 B.@uando cristal em chamas derretido. +
e s fogo como passas )randamente,Ce s neve, como #ueimas com porfiaM 28as ai, #ue andou +mor em ti prudenteD C
"ois para temperar a tirania,2
Como #uis #ue a#ui fosse a neve ardente, C"ermitiu parecesse a chama fria. 2
Esse soneto possui duas caractersticas marcantes doBarroco* o Cultismo 3=re#uinte formal levado a etremos, 9 )usca
o)sessiva da originalidade mediante a processos discursivosfundados na ousadia das met-foras, na preferncia acentuada pelasantteses, enfim pelo alcance da linguagem culta?4* %ios de neveemfogo convertido. E o Conceptismo 3contraparte do cultismo foi ore#uinte conteudstico levado a etremos mediante o emprego deprocessos discursivos fundados na manipula$o original deconceitos, no uso fre#Nente dos paradoos como recusa da l1gicaconvencional en#uanto instrumento de propesc$o da realidade.4*Incndioem mares.Os dois #uartetos apresentam rimas consoantes perfeitasintercaladas 3vogal alta e )aia4. - os dois tercetos, tam)m com
rimas consoantes, apresentam rimas alternadas com vogais mdia,alta e )aiaO soneto possui algumas figuras de linguagem*H. +nttese* Incndio em mares.J. "aradoo* neve #ueima.P. +p1strofe* Au, #ue um peito a)rasas escondidoQ Au, #ue em um
rosto corres desatado.R. "rosopopia* cristais aprisionado.. @uiasmo* @uando fogo, em cristais aprisionado@uando cristal em chamas derretido.S. Omoro* 5eve ardenteQ chama fria.
7reg1rio de 8atos, para demonstrar a intensidade de sua dor, usaantteses, mas em ve' de us-(las para opor, ele as usa para fundir.
Aeto Complementar
3ragmento( 2efini$o e Caracteres da iteratura Brasileira4e perpassarmos o olhar interpretativo pela literatura
produ'ida no Brasil, saltar(nos(- logo 9 aten$o o drama de suaforma$o. O ritmo da atividade liter-ria o)edeceu, entre n1s, a ummovimento duplo* de um lado, a desintegra$o e o a)andono deuma velha conscincia do outro, a constru$o su)&acente de umanova. 2ada a contingncia de na$o coloni'ada por europeus, osportugueses, e em virtude da ausncia de uma tradi$o aut1ctone#ue pudesse servi(nos como passado Ftil, a evolu$o de umaliteratura foi uma luta entre a tradi$o de cunho local ou nativo. Esseconflito das rela$/es entre a Europa a +mrica, esse esfor$o decria$o de uma tradi$o local em su)stitui$o 9 antiga tradi$oeuropia, marcam a din6mica da literatura desde os momentos ouepress/es iniciais na Col>nia. : um tema #ue se es)o$a desde osprimeiros sculos, #uando os &esutas, +nchieta, so)retudo,escrevendo a sua epopia de con#uista espiritual e imperialismoreligiosos, estudam as lnguas, a etnografia, e a vida socialindgenas, no intuito de melhor atuar so)re a mentalidade dosprimitivos ha)itantes, a par da dos colonos, utili'ando(se daliteratura T poesia e teatro( como instrumento de penetra$o econvic$o. +o lado dessas corrente did-ticas, #ue force&ava poradaptar(se 9 situa$o local, inclusive valendo(se do artifcio dopolilingNismo dada a variedade de idiomas #ue caracteri'ava osdiferentes pF)licos #ue tinha em mira, firmou(se, tam)m desdecedo, uma corrente de ealta$o da terra, =os di-logos dasgrande'as?, forma de ufanismo nativista, #ue deu lugar a umverdadeiro ciclo de literatura em torno do mito de eldorado. 3...4 2apor diante, pelos sculos XVII e XVIII, atravs dos lricos e dosoradores, entre os #uais avultam +nt>nio Vieira e 7reg1rio de8atos, uma vo' nova #ue se fa' ouvir, cada ve' mais emdiscrep6ncia com a me(p-tria, ou em luta para desem)ara$ar(se eli)ertar(se da aparncia #ue a caracteri'ava, luta #ue culminar- no%omantismo.
Arcadismo
+ palavra +rcadismo vem da lenda uma regio da 7rciaUntica, +rc-dia, #ue era dominada pelo deus "an, era ha)itada porpastores #ue, vivendo de modo simples, se divertiam cantando,recitando poesias e cele)rando o amor e o pra'er. 2essa lenda,surge na It-lia uma academia #ue tentava com)ater o Barroco edifundir essas novas idias. Gma o)serva$o, a#ui, se fa'necess-ria. : preciso di'er #ue os -rcades cele)ravam o campo e avida simples, mas sem se es#uecerem ou se desfa'erem totalmentedos )enefcios #ue h- em uma sociedade ur)ana.
O +rcadismo foi um momento em #ue se come$ou aescrever uma literatura Brasileira, com autores )rasileiros. + o)ra de
arte para os -rcades era a#uela #ue mais se aproimasse dosideais e dos autores cl-ssicos, e no diretamente da nature'a.!ouve uma volta ao passado cl-ssico.
O arcadismo tinha como algumas caractersticas oconvencionalismo amoroso 3+s situa$/es so artificiais0 no o
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pr1prio poeta a falar de seus sentimentos, mas h- a figura dopastor4, e as idias iluministas 3O iluminista defendia a ra'o emcontraposi$o 9 f, e com)atia o a)solutismo4
Arcadismo em 2ortugal.
3Bocage4
Ainha de uma cadela um co fome caninaEle, )om perdigueiro0 ela, de casta fina.8il foscas lhe fa'ia o terno magano8as gastava o seu tempo e o seu carinho em vo.
E dando no chischis)u dentada e mais dentada+ fmea parecia uma cadela honradaE incapa' de ceder 9s tenta$/es do amor8as amante, infeli', enfim foi sa)edor2e #ue a mesma em #ue via a$/es to dessa)idasIa cum torpe co 9s fagueiras escondidas.e saga', meu leitor, talve' #ue tenhas vistoCadelas de dois ps #ue tam)m fa'em isto.
3s 4rcades e A 5nde(end"ncia
Vindo de Coim)ra com as idias iluministas einfluenciadas pela independncia dos Estados, os -rcades lutam, noBrasil, por uma causa* + Independncia do pas. + gota dW-guapara o #ue desencadeou a Inconfidncia 8ineira foi o er-rio rgio,#ue confiscava para "ortugal a maior parte do ouro etrado naCol>nia.2O grupo intelectual #ue fe' parte da Con&ura$o
encontram(se os nomes de +nt>nio 7on'aga, Cl-udio 8anuel daCosta e +lvarenga "eioto.Airadentes era o Fnico sem forma$ointelectual ou escritor. Com a trai$o de oa#uim ilvrio do %eis,#ue devia muito ao governo, todos foram presos, mas somenteAiradentes assume a lideran$a e a participa$o no engenho.Enforcado, es#uarte&ado seu corpo eposto e seus )ens soconfiscados. +lm de tudo o cho de sua casa fora salgado para#ue nada dele mais )rotasse.
Caractersticas
ociedades liter-rias neo(latinas +rte potica uga da Cidade Carpe 2iem
Culto ao simples Valori'a$o do homem 8dio Indivduo imerso em contradi$/es sociais e polticas X persona
liter-ria e mortes ideais.
6emas de Cl!udio &anuel da Costa
+mante Infeli' %Fstico X Civili'ado 5eo#uinhentismo filtrado pelo Barroco %etorno 9 simplicidade ver)al. Volta ao modelo latino* pro&e$o
de um mundo e#uili)rado e harm>nico. %evolu$o rancesa Inconfidncia 8ineira
Ant7nio 0on8aga
Enamorado eterno de 8arlia %e)elde amigo de Airadentes Ensandecido pelo degredo
Alegoria 2astoral
O)&etiva e d- categoria esttica 9 eperincia individual. %ousseau e o homem natural. +)solutismo e o despotismo esclarecido.
6e9tos
Cl!udio &anoel da Costa37lauceste atFrnio4
%oneto C8usas, canoras 8usas, este cantoV1s me inspirastes, v1s meu tenro alentoErguestes )randamente 9#uele assento,
@uer tanto, 1 8usa, pre'o, adoro tanto.
-grimas tristes so, m-goas, e pranto,Audo o #ue entoa o mFsico instrumento08as se o favor me dais, ao mundo atentoEm assunto maior farei espanto.
e em campos no pisados algum diaEntra a 5infa, o "astor, a ovelha, o touro,Efeitos so da vossa melodia0
@ue muito, 1 8usas, pois #ue em fausto agouroCres$am do p-trio 9 margem fria+ imarcrescvel hera, o verde louroD
6rechos
- rompe, 5ise, a matutina auroraO negro manto, com #ue a noite escura,ufocando do ol a face pura,Ainha escondido a chama )rilhadora.
(((QQQQ(((
2estes penhascos fe' a nature'aO )er$o, em #ue nasci* oh #uem cuidara,@ue entre penhas to duras se criara
Gma alma terna, um peito sem dure'a.(((QQQ(((
Enfim ser-s cantada, Vila %ica,Aeu nome alegre notcia, e &- clamava0Viva o senadoD VivaD %epetiaItamonte, #ue ao longe o eco ouvia.
Aom-s +nt>nio 7on'aga
Lira 5
Eu, 8arlia, no sou algum va#ueiro@ue vivia de guardar alheio gado,2e tosco trato, de epress/es grosseiro,2os frios gelos e dos s1is #ueimado.Aenho pr1prio casal e nele assisto02-(me vinho, legume, fruta e a'eite02as )rancas ovelhinhas tiro o leite,E mais a fina l, de #ue me visto.
7ra$as, 8arlia )ela, 7ra$as 9 minha estrelaD
Eu vi o meu sem)lante nua fonte2os anos inda no est- cortado.Os pastores #ue ha)itam este monte,%espeitam o poder do meu ca&ado.Com tal destre'a toco a sanfoninha,@ue de inve&a at me tem o pr1prio +lceste0+o som dela concerto a vo' celeste05em canto letra #ue no se&a minha.
7ra$as, 8arlia )ela, 7ra$as 9 minha estrelaD
8as tendo tantos dotes de ventura1 apre$o lhes dou, gentil "astora,2epois #ue o teu afeto me segura@ue #ueres do #ue tenho ser enhora.: )om, minha 8arlia, )om ser dono2e um re)anho, #ue cu)ra monte e prado0"orm, gentil pastora, o teu agradoVale mais #ue um re)anho, e mais #ue um trono.
7ra$as, 8arlia )ela, 7ra$as 9 minha estrelaD
Os teus olhos espalham a lu' divina,+ #uem a lu' do ol em vo se atreve0"apoula ou rosa delicada e finaYAe co)re as faces, #ue so cor, de neve.Os teus ca)elos so uns fios douro0
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Aeu lindo corpo )-lsamo vapora.+hD 5o, no fe' o Cu, 7entil "astora,"ara gl1ria de amor igual Aesouro.
7ra$as, 8arlia )ela, 7ra$as 9 minha estrelaD
O Romantismo
O %omantismo segundo +lfredo Bosi, em hist1ria Concisada iteratura Brasileira, algo #ue no se pode definir no #ual otodo mais do #ue a soma de todas as partes. =O amor e p-tria, anature'a e a religio, o povo e o passado, #ue afloram tantas ve'esna poesia rom6ntica, so conteFdos cru tos, espalhados por toda ahist1ria das literaturas, e pouco ensinam ao intrprete do teto, ano ser #uando postos em situa$o, temati'ados e lidos comestruturas estticas? .
+ Europa seu )er$o. ran$a ,+lemanha e Inglaterra soseus difusores, este Fltimo lugar de onde oriundo. egundo8auser =O aspecto caracterstico do movimento rom6ntico no era#ue representasse e defendesse uma ideologia revolucion-ria ouanti(revolucion-ria, progressista ou reacion-ria, mas #ue tivessealcan$ado am)as as posi$/es por uma via e1tica, irracional e no(dialtica 3...4 seu entusiasmo era to ingnuo e distante de umaavalia$o dos reais motivos su)&acentes 9s #uest/es hist1ricas#uanto 9 sua arre)atada devo$o 9 Igre&a e 9 Coroa, 9 cavalaria e
ao feudalismo.?Essa incapacidade de definir o %omantismo, o #ue fa'
possvel di'er #ue na verdade e #ue houve foram v-riosromantismos. E um desses romantismos o #ue se chamouromance dos descontentes* a no)re'a #ue caiu, a )urguesia #ueno su)iu T o #ue leva a um sentimento de valori'a$o do passadoglorioso ou atitudes de reivindica$/es.
O %omantismo )asicamente um movimento de nega$o. +ruptura com o +rcadismo, e metonimicamente, a ruptura do Fnicoem lugar do perene.
2e certa maneira, o %omantismo foi, no seu momento, ummovimento moderno. e entende a modernidade como +fr6nioCoutinho* o movimento #ue rompe com a tradi$o com a ideologiaanterior.
: preciso di'er #ue o Brasil influenciado por essaideologia Europia e #ue chega a#ui o %omantismo com essacontesta$o, mas de forma diferente0 &- #ue a#ui seu tra$ocaracterstico nacionalismo.
Poesia Romntica Brasileira
Com o escopo Fnico de fa'er uma )reve eposi$o dapoesia rom6ntica no Brasil, no nos prenderemos a nomes e amomentos hist1ricos T ao menos #ue isso se fa$a necess-rio paramelhor eludica$o do teto. 5o mais, nossa pretenso no contarde todo o estilo, mas fa'er emergir alguns momentos da antologiapotica .
0onal)es ias
eria impossvel introdu'ir a potica )rasileira sem falar
dele, #ue como define +nt>nio C6ndido, =foi desde meados dosculo Zpassado[ como o verdadeiro criador da literatura nacional? .
+ import6ncia de 7on$alves 2ias se d- pela sua reali'a$ode promover o ndio como sm)olo do Brasil. O)&etivo este #ue influenciado pelo moldes rom6nticos europeus. Aodavia, se naEuropa o culto era aos cavaleiros medievais, no Brasil valori'ava(seo ndio, #ue al$ado a posi$o de paradigma de retido, car-ter, e de)ondade 3ac#ues %ousseau T o mito do )om selvagem4 fora pormuitas ve'es em)ran#uecido para atender a um pF)lico leitor=afrancesado? .
os de +lencar, em Iracema, transforma a forte ndia numamulher #ue ao se apaionar pelo homem )ranco 38artim4 larga todaa sua famlia e cren$as para viver com ele, dando origem a um novopovo, o povo )rasileiro 38oacir4 . O mrito de +lencar est- nosrecursos lingNsticos utili'ados. ua prosa potica situa o leitor
acostumado aos romances ur)anos, mas lhe d- uma personagemprincipal =)ranca? no esprito.
5essa situa$o no desli'a 7on$alves 2ias #ue se atendo9s tradi$/es indgenas no enfra#uece sua narrativa e nempretende v(la com olhos de )ranco coloni'ador, mas como se fosse
um ndio de tri)o )rasileira. Em I( uca "iroma #uando o paiamaldi$oa o filho*
empre o cu, como teto incendidoCreste e pun&a teus mem)ros malditosE o oceano de p1 denegridoe&a a terra ao ignavo tupiD8iser-vel, faminto e sedento,8anit>s lhe no falem nos sonhos,E do horros os espectros medonhosAraga sempre o covarde ap1s si
em pretenso de atenua$/es o teto uma viso do ndio a1tica do pr1prio ndio. Gma descri$o, #uase como um relato.emelhante ao #ue 8-rio de +ndrade fa' mais tarde, em sua prosapotica, 8acunama.
O Ultra-Romantismo
O paisagista alemo Caspar 2avid riedrich escreveu #ue =oartista deve pintar no s1 o #ue v 9 sua frente, mas tam)m o #uev dentro de si.? Isso o #ue impulsionava os rom6nticos dessemomento. + )usca dentro de si. + paio.
Contudo, viver intensamente #uase um sin>nimo de viverpouco. E influenciados pela poesia )\roniano 3orde B\ron( homemdividido entre vida luuosa e corte4 muitos nomes )rasileirosmorriam cedo* como ]lvares de +'evedo. O mundo tam)m perde
muito com a vida desregrada dos artistas ^eats, Chopin e chu)ertforam alguns #ue morreram &ovens.
+fr6nio Coutinho elenca em conformidade com um tra)alho de!i))ard, caractersticas #ue caracteri'am o esprito rom6ntico.
+; 5ndi)idualismo e %u$nio C6ndido atenta para o pref-cio da Zira dos Vinte+nos de ]lvares de +'evedo( Cuidado leitor ao voltar essa p-ginaQ.
+#ui dissipa(se o mundo vision-rio e plat>nico. Vamosentrar num mundo novo, terra fant-stica 3...4 + ra'o simples. :#ue a unidade deste livro e captulo funda(se numa )in>mia. 2uasalmas #ue moram nas cavernas de um cre)ro pouco mais oumenos de poeta escreveram este livro, verdadeira medalha de duasfaces.
=; 5dealismoO poeta insatisfeito. O mundo no o acolhe e ele#uer fugir. Ideali'a tanto o mundo #uanto 9s mulheres. : o medo deamar. +ssociando as mulheres 9s imagens incorp1reas, o poeta noconcreti'a seu amor, apenas o ideali'a.
=e de ti fu&o #ue te adoro e muito,:s )ela T eu mo$o* tens amor, eu T medoD
Casimiro de +)reu
O Condoreirismo
e a H_ gera$o era nacionalista e a J_ individualista, a P_assume nova posi$o. em es#uecer do amor e de seus pro)lemas,esta uma gera$o se voltar- mais para os pro)lemas sociais.
Influenciada pelo pensamento li)ert-rio de Victor !ugo Tli)erar os conceitos de tempo e espa$o, entregando(os -capacidade do criador em articul-(los livremente a fim de conseguir
uma se#Nncia de situa$/es #ue soassem pr1imas 9 realidade T apoesia enga&ada, possui em compromisso social.
eu maior representante Castro +lves. undador doenga&amento no Brasil, ele retrata o lado feio da sociedade o #uemais tarde desem)ocaria no %ealismo.
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Romance /r$ano 8anuel +nt>nio de +lmeida* 8em1rias de um argento de
8ilcias os de +lencar* enhoraQ ucola
Estudo de dois sonetos rom6nticos
+ palavra soneto vem do francs, do diminutivo do voc-)uloson.,e significa canto )reve.2e incio no possui forma determinada,
mas foi na It-lia #ue se estruturaram as normas, 9 pena de "etrarcae 2ante. O primeiro, no entanto, o levou a etremos de perfei$o.2a veio para a lrica da "ennsula I)rica e, atravs de - 8irandachegou a "ortugal, em HJK.
: o poema de forma fia mais encontrada. Composto dedois #uartetos e dois tercetos, ele apresenta, geralmente, versos deHLou HJ sla)as. +parecem rimas de um tipo nos #uartetos 3+B4, ede outro, nos tercetos 3C24. O soneto costuma conter uma refleoso)re um tema ligado 9 vida humana.
"-lida u']lvares de +'evedo
"-lida 9 lu' da l6mpada som)ria, +o)re o leito de flores reclinada,BComo a lua por noite em)alsamada,B
Entre as nuvens do amor ela dormiaD+
Era a virgem do mar, na escuna fria+"ela mar das -guas em)aladaDBEra um an&o entre nuvens d[alvoradaB@ue em sonhos se )anhava e se es#ueciaD+
Era mais )elaD O seio palpitando C5egros olhos as p-lpe)ras a)rindo2ormas nuas no leito resvalandoC
5o te rias de mim, meu an&o lindoD 2"or ti T as noites eu velei chorando,C"or ti T nos sonhos morrerei sorrindoD2
O poema, #uanto ao nFmero de sla)as, eneassla)o. 5os
dois #uartetos do soneto encontra(se as rimas emparelhadas. Ogrupo +, da primeira estrofe, apresenta a rima po)re #uanto 9fontica e rica #uanto 9 gram-tica. - o grupo B, da segundaestrofe, apresenta fontica e gramaticalmente rimas po)res.
5a segunda estrofe do soneto, o grupo + mantm, #uanto 9rima, a mesma constru$o #ue na estrofe anterior, o grupo B difereda classifica$o primeira, #uanto 9 classifica$o da rima gramatical*rica. +s rimas do grupo + so toante e a do grupo B, consoante.
5os dois tercetos do poema, o)serva(se rimas cru'adas econsoantes. +s rimas do grupo C so foneticamente po)res egramaticalmente ricas. - as do grupo 2 so foneticamente po)rese ricas na gram-tica. @uanto 9 disposi$o das rimas o poema considerado o soneto perfeito.
"lenilFnio+ugusto dos +n&os
2esmaia o plenilFnio. + ga'e p-lida+@ue lhe serve de alvssimo sud-rio B%espira essncias raras, toda c-lida+8stica essncia desse alampad-rio. B
E a lua como um p-lido sacr-rio, BOnde as almas das virgens em cris-ilda+2e seios alvos e de fronte p-lida,+2erramam a urna dum perfume v-rio. B
Voga a lua na etrea imensidadeD CEla, eterna noct6m)ula do +mor, 2Eu, noct6m)ulo da 2or e da audade. C
+hD Como a )ranca e merenc1ria lua, EAam)m envolta num sud-rio T a 2or, 28inh[alma triste pelos seus flutuaD E
oneto endecassla)o. +s rimas do soneto so cru'adas. +s
dos grupos +,B,C so consoantes e as do grupo 2 e E toantes.
5a primeira estrofe, as rimas + so gramaticalmente ricas efoneticamente po)res. - as do grupo B, nos dois casos so po)res.5a segunda estrofe, +s do grupo +, tanto gramaticalmente, #uantofoneticamente so ricas, e as do grupo B so ricas na gram-tica epo)res na fontica.
5os dois tercetos, as rimas do grupo C so em am)os oscasos po)res, caso idntico acontecendo com as do grupo 2."orm, as do grupo E, so foneticamente po)res e gramaticalmentericas.
"ara melhor o)serva$o dos nomes utili'ados, aneo segueum resumo da doutora 5orma 7oldstein.
Classifica?o #uanto:
emelhan$a de letras* consoante 3rimam consoante e vogal4 etoantes 3rimam apenas as vogais t>nicas4.
2istri)ui$o ao longo do poema* cru'adas* +B+B+B0interpoladas* +......+0 emparelhadas* ++ BB CC.
Categoria gramatical* "o)res 3mesma categoria40 ricas3categoriagramatical diferente4
Etenso dos sons #ue rimamY* po)res 3identidade da vogalt>nica em diante40 ricas 3identidade desde antes da vogal t>nica4.
Aetos*Como eu te amo37on$alves 2ias4
Como se ama o silncio, a lu', o aroma,O orvalho numa flor, nos cus a estrela,5o largo mar a som)ra de uma vela,@ue l- na etrema do hori'onte assoma0
Como se ama o claro da )ranca lua,2a noite na mude' os sons da flauta+s can$/es saudosssimas do nauta,@uando um mole vaivm a nau flutua0
Como se ama das aves o gemido,2a noite as som)ras e do dias as cores,
Gm cu com lu'es, um &ardim com flores,Gm canto #uase em l-grimas sumido0
Como se ama o crepFscula da aurora,+ mansa vira$o #ue o )os#ue ondeia,O sussurro da fonte #ue serpeia,Gma imagem risonha e sedutora0
Como se ama o calor e a lu' #uerida,+ harmonia, o frescor, os sons, os cus,ilncio, e cores e perfumes, e vida,Os pais e a p-tria e a virtude e a 2eus.
Realismo Naturalismo e Parnasianismo
5o sculo XIX , o conteto social e poltico mudou
profundamente. utas sociais, tentativas de revolu$o, novas idias,polticas, cientficas... O mundo agitava(se e a literatura no podiamais, como no tempo do %omantismo, viver de ideali'a$/es, doculto do eu e da fuga da realidade.
Era necess-ria uma arte mais o)&etiva, #ue atendesse aodese&o do momento* o de analisar, compreender, criticar etransformar a realidade. Como resposta a essa necessidade,nascem #uase ao mesmo tempo trs tendncias anti(rom6nticas naliteratura, #ue se entrela$am e se influenciam mutuamente* o%ealismo, 5aturalismo e "arnasianismo.
Realismo
O)&etivismo 5arrativa lenta Eatido para locali'ar tempo e espa$o
2escri$o o)&etiva, precisa. Casamento como arran&o conveniente 8ulher no ideali'ada, mostrada com defeitos e
#ualidades
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+mor e outros sentimentos su)ordinados a outrosinteresses sociais.
"rotagonista apresentado como um anti(her1i ou um =her1i pro)lem-tico?, cu&os valores entram em criseperante o mundo degradado.
Critica aos valores e 9s institui$/es decadentes dasociedade )urguesa.
Introspec$o psicol1gica.
Autor*8achado de +ssis
3$ras*2. Casmurro8em1rias "1stumas de Br-s Cu)as@uincas Bor)a
#aturalismo
Aendncia em dar um novo tratamento ao %ealismo, atri)uindo(lheum car-ter cientfico #ue circulava 9 poca. urge o romance detese.
$uanto % forma $uanto ao conte&do
inguagem simples Clare'a, e#uil)rio,
harmonia na composi$o "reocupa$o com
minFcias "resen$a de palavras
regionais 2escri$o e narrativas
lentas impessoalidade
determinismo o)&etivismo cientfico temas de patologia social o)serva$o an-lise da
realidade ser humano descrito so) a
1tica do animalesco e dosensual
despreocupa$o com amoral.
iteratura enga&ada.
Autores e o'ras(
Alu8io de A8e)edoT O Corti$oRaul 2om(@iaT O +teneu
Parnasianismo
+pontamentos
Busca da perfei$oformal
7osto pelo soneto %imas raras, chaves
de ouro 7osto pelas descri$/es O)&etivismo
%acionalismo, conten$o dasemo$/es
Gniversalismo +pego 9 tradi$o cl-ssica "resen$a da mitologia +rte pela arte
Autores*S. %aimundo Correia
evidente em sua poesia suas caractersticas rom6nticas.Considerado o poeta fil1sofo, por a)ordar temas ligados ao serhumano, de maneira a colocar em foco o mundo das idias.2estaca o)&etos de arte e situa$/es da nature'a.
K. +l)erto de Oliveira"oesia #ue descreve a nature'a e os o)&etos de arte.Impassi)ilidade mostrada em tons mais su)&etivos.Ealta$o a +ntigNidade Cl-ssica.
b. Olavo Bilac"reocupa$o com o soneto.Busca pela )ele'a e a perfei$o formal.O poeta como arteso.Escreve poemas de cunho patri1tico.
el me88o del Camin...
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.Ainhas a alma de sonhos povoada,E a alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de sF)ito na estrada
2a vida* longos anos, presa 9 minha+ tua mo, a vista deslum)radaAive da lu' #ue teu olhar continha.
!o&e, segues de novo... 5a partida5em o pranto os teus olhos umedece,5em te comove a dor da despedida
E eu, solit-rio, volto a face, e tremo,Vendo teu vulto #ue desaparece5a etrema curva do caminho etremo.
3Bilac4
'aso 0rego
Estranho mimo a#uele vasoD Vi(o,Casualmente, uma ve', de um perfumadoContador so)re o m-rmor lu'ido,Entre um le#ue e o come$o de um )ordado.
ino artista chins, enamorado,5ele pusera o cora$o doentioEm ru)ras flores de um sutil lavrado,5a tinta ardente, de um calor som)rio.8as, talve' por contraste 9 desventura,@uem o sa)eM... de um velho mandarimAam)m l- estava a singular figura.
@ue arte em pinta(laD + gente acaso vendo(a,entia um no sei #u com a#uele chim2e olhos cortados fei$o de amndoa.
3+l)erto de Oliveira4
Eerccio
+inda #ue o poema de Ca)ral tenha sido escrito no sculo XX,guarda algumas caractersticas com as composi$/es parnasianas.Em #ual aspectoM
O ovo de 7alinha.
O ovo revela o aca)amento+ toda mo #ue o acaricia,2a#uelas coisas torneadas5um tra)alho de toda a vida.
E #ue se encontra tam)m noutras@ue entretanto no fa)rica*5os corais, nos seios roladosE em tantas coisas esculpidas
Cu&as formas simples so o)ra2e mil inaca)-veis liasGsadas por mos escultorasEscondidas na -gua, na )risa.
5o entretanto, o ovo, e a pesar2a pura forma concluda,5o se situa no final*Est- no ponto de partida.
)im'olismo
5asce na ran$a e tem no Brasil seu maior epoente emCru' e ou'a. formado pelo enga&amento da crtica e 9 realidadetra$ada no %ealismo ( #ue segundo a "rofessora !elena "arenteCunha, foi o movimento de defesa divini'adora da ra'o. Isso leva opoeta a olhar o mundo com outros olhos, ele perce)e estar na fasefinal de um processo, a certe'a de esta testemunhando uma rupturana hist1ria da civili'a$o. Com isso, o artista afasta(se da sociedadee volta a si mesmo0 movimento semelhante ao perodo %om6ntico#uando um sentimento de depresso #ue se instaurou na Europaap1s a %evolu$o rancesa mostrou a frustra$o dos seus ideais.Isso foi o decadentismo, #ue ainda conforme a professora Cunha,foi a li)erta$o literatura das estruturas intelectuali'adas eintromiss/es culturais.
+o contr-rio do #ue aconteceu na Europa, onde oim)olismo #uase se so)rep>s ao "arnasianismo, no Brasil oim)olismo foi #uase inteiramente a)afado pelo movimentoparnasiano, #ue go'ou de amplo prestgio entre as camadas cultasat as primeiras dcadas do sculo XX.
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+pesar disso, a produ$o sim)olista deiou contri)ui$/essignificativas, preparando o terreno para as grandes inova$/es #ueiriam ocorrer no sculo XX, no domnio da poesia.
#o *lano temtico+ morte, a transcendncia espiritual, integra$o c1smica,
o mistrio, o sagrado, o conflito entre a matria e o esprito, aangFstia e a su)lima$o seual, a escravido e uma verdadeirao)sesso por )rilhos e pela cor )ranca.
#o *lano formal
2estacam(se as sinestesias e as alitera$/es, as imagenssurpreendentes, a sonoridade das palavras, a predomin6ncia desu)stantivos e a utili'a$o de maiFsculas, com a finalidade de darum valor a)soluto a certos termos. Valori'a intui$/es e evoca$/essu)&etivas.
orte melancolia "ensamento filos1fico inestesia, alitera$/es
Autores*Cru' e ou'a+lphonsus de 7uimaresCeclia 8eirelles
Ca)ador do 5nfinito
Com a l6mpada de onho desce aflitoE so)e aos mundos mais imponder-veisVai a)afando as #ueias implac-veis2a alma o profundo e solu$ado grito.Unsias, 2ese&os, tudo a fogo escritoente, em redor, nos astros inef-veis.Cava nas fundas eras insond-veisO cavador do tr-gico Infinito.
E #uanto mais pelo Infinito cava8ais o Infinito s transforma em lavaE o escavador se perde nas dist6ncias...
+lto levanta a l6mpada do onhoE com seu vulto p-lido e tristonhoCava os a)ismos das eternas 6nsiasD
3Cru' e ousa4
Can?o
"us meu sonho num navioE o navio em cima do mar2epois, a)ri o mar com as mospara o meu sonho naufragar
8inhas mos ainda esto molhadas2o a'ul das ondas entrea)ertasE a cor #ue escorre de meus dedosColore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe+ noite se curva de frio2e)aio da -gua vai morrendo
8eu sonho, dentro de um navio.
Chorarei #uando for preciso,"ara fa'er com #ue o mar cres$a,E o meu navio chegue ao fundoE o meu sonho desapare$a
2epois, tudo estar- perfeito*"raia lisa, -guas ordenadas,8eus olhos secos como pedrasE minhas duas mos #ue)radas.
3Ceclia 8eireles4
Caractersticas
3 sim$olismo a(resenta)a algumas caractersticas:
u)&etivismo* En#uanto os realistas )uscavam a o)&etividade,os sim)olistas )uscavam termos espirituais, no( concretos,misteriosos.
lau)er, poeta do %ealismo di'ia* =2epois da falncia de todas asidias, de todas as utopias, a tendncia agora manter(se dentrodo campo dos fatos e de nada mais #ue fatos?. : preciso di'er,entretanto, #ue se pode fa'er uma dialtica entre esse fragmento eeste* =Infinitos espritos dispersosQ inef-veis ednicas, -ureasQfecundai o mistrio destes versos com a chama ideal de todos osmistrios?.Cru' e ou'a T poeta sim)olista.
Verso livre* Criam(se os versos livres, contudo, diferentementedos modernos. +#ueles distinguem(se destes , por#ue usam osm)olo de sentido vago, impreciso, esva'iando de seus
conteFdos l1gicos. +ssim comum o uso de alitera$oes,rimas internas, musicalidade.
Irracionalismo* +)andono do culto da ra'o, pr1prio dosparnasianos, e voltam(se para a intui$o, #ue permiteperce)er a verdade instantaneamente. : a volta para aespiritualidade.
RCC53%
R'5%D3 L56RA6/RAH. o)re 8achado de +ssis e suas o)ras, correto afirmar
#uea4 como muitos autores de tradi$o, iniciou a carreira escrevendo
romances realistas, convertendo(se, mais tarde, ao 5aturalismo.)4 manifesta, em cada romance #ue escreveu, as v-rias fases de
sua )iografia, com uma linguagem desprovida de met-foras.c4 as o)ras da fase madura caracteri'am(se pela pr-tica de uma
poesia e de um teatro originais, #ue superam as velhasconvic$/es dos escritores cl-ssicos.
d4 em seus romances, por serem de tese, procura sempre colocaro determinismo como respons-vel pelas a$/es dospersonagens.
e4 em suas narrativas apresenta uma an-lise profunda dossentimentos humanos e o rompimento com a ordem cronol1gicatradicional.
J. o)re o "e. +ntonio Vieira e sua o)ra, correto afirmar#ue
a4 predominou, em seus erm/es, o estilo cultista, deconstru$/es o)scuras e preciossticas.
)4 no con&unto de sua o)ra, o #ue particularmente significativo
a sua produ$o teatral, os autos, escritos com finalidade,tam)m, pedag1gica.c4 eprime, em sua o)ra, o conflito continuamente renovado da
culpa e do arrependimento.d4 homem preocupado com os pro)lemas de seu tempo, escreveu,
por eemplo, posicionando(se contrariamente 9 tentativa deescravi'a$o dos ndios.
e4 sua o)ra, influenciada por sua forma$o religiosa, nem por isso de conteFdo morali'ante, conse#Nncia do estilo conceptistaadotado.
P. +ssinale o teto #ue, pela linguagem e pelas ideias, podeser considerado como representante do im)olismo.
a4 =: um velho paredo, todo gretado,%oto e negro, a #ue o tempo uma oferenda
2eiou um cacto em flor ensangNentado E num pouco de musgo em cada fenda.?)4 =Estranho mimo a#uele vasoD Vi(o, Casualmente, uma ve', de um perfumado Contador so)re o m-rmor lu'idio, Entre um le#ue e o come$o de um )ordado.?c4 ="ara as estrelas de cristais gelados +s 6nsias e os dese&os vo su)indo, galgando a'uis e siderais noivados de nuvens )rancas e amplido vestindo.?d4 ="rometeu sacudiu os )ra$os manietados E sFplice pediu a eterna compaio, +o ver o desfilar dos sculos #ue vo "ausadamente, como um do)re de finados.?e4 =o fidalgos #ue voltam da ca$ada0
Vm alegres, vm rindo, vm cantando0
E as trompas a soar vo agitando O remanso da noite em)alsamada...?
R. =u)&etivismo um dos tra$os fundamentais do%omantismo. + realidade revelada atravs da atitude pessoal
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do escritor. 5o h- preocupa$o com modelos a seguir. Oartista tra' 9 tona o seu mundo interior, com plena li)erdade.+li-s, esta caracterstica est- ligada etremamente 9imagina$o criadora, como pro&e$o deste mundo.?
Aodos os tetos a)aio so do %omantismo. +ssinale a alternativaem #ue predomina o su)&etivismo.a4 =into na fronte ptalas de flores,
into(as nos l-)ios e de amor suspiro,8as flores e perfume em)riagam,E no fogo da fe)re e em meu delrio
Em)e)em na minh[alma enamorada
2elicioso veneno.?
)4 =- sinto da geada dos sepulcrosO pavoroso frio enregalar(me...
+ campa ve&o a)erta e l- no fundo Gm es#ueleto em p ve&o acenar(me...? Entremos. 2eve haver nestes lugares 8udan$a grave na mundana sorte0 @uem sempre a morte achou no lar da vida, 2eve a vida encontrar no lar da morte.?c4 =5o achei na terra amores
@ue merecessem os meus. 5o tenho um ente no mundo + #uem diga o meu T adeus. 3...4
"or isso, morte, eu amo(te e no temo*
"or isso, morte, eu #uero(te comigo.eva(me 9 regio da pa' horrendaeva(me ao nada, leva(me contigo.?
d4 =@uem s tu, vulto gracioso,@ue te elevas da noite na orvalhada M
Aens a face nas som)ras mergulhadas... o)re as nvoas te li)ras vaporoso...
3...4@uem s tuM @uem s tuM T :s minha sorteD
:s talve' o ideal #ue est[alma esperaD :s a gl1ria talve'D Aalve' a morteD...?
e4 =+ morte dura"orm longe da p-tria dupla a morte.2esgra$ado do msero, #ue esperaonge dos seus, #ue molha a lngua, seca"elo fogo da fe)re, em caldo estranho0
@ue viglias de amor no tem consigo, 5em palavras amigas #ue lhe adoecem
O tdio nos remdios, nem um seio, Gm seio palpitante de cuidados, Onde descanse a l6nguida ca)e$aD?
. =2esligados do catolicismo, )eiravam o pantesmo ou nelediretamente incidiram. V-rios encontravam refFgio noZesoterismo[, no Zilusionismo[...?=O gosto da descri$o ntida 3a mimese pela mimese4,concep$/es tradicionalistas so)re metro, ritmo e rima e, nofundo, o ideal da impessoalidade.?=elicidade e reali'a$o amorosa so o)&etivos inatingveis,condu'indo o eu(lrico 9 depresso, ao sonho e ao devaneio.?
+s caractersticas acima se referem, respectivamente aoa4 %omantismo, im)olismo, %omantismo.)4 %ealismo, +rcadismo, "arnasianismo.c4 %omantismo, "arnasianismo, %omantismo.d4 %ealismo, im)olismo, "arnasianismo.e4 im)olismo, "arnasianismo, %omantismo
S. Escolha a alternativa #ue completa de forma correta afrase a)aio*
+ linguagem , o paradoo, e o registro dasimpress/es sensoriais so recursos lingusticos presentes na poesia.a4 simples0 a anttese, parnasiana.)4 re)uscada0 a anttese0 )arroca.c4 o)&etiva0 a met-fora0 sim)olista.d4 su)&etiva0 o verso livre0 rom6ntica.e4 detalhada0 o su)&etivismo0 sim)olista.
K. +ssinale a alternativa incorreta*a4 5a o)ra de os de +nchieta, encontram(se poesias #ue
seguem a tradi$o medieval e tetos para teatro com clarainten$o cate#uista.
)4 + literatura informativa do @uinhentismo )rasileiro empenha(seem fa'er um levantamento da terra, da ser predominantementedescritiva.
c4 + literatura seiscentista reflete um dualismo* o ser humanodividido entre a matria e o esprito, o pecado e o perdo.
d4 O Barroco apresenta estados de alma epressos atravs deantteses, paradoos, interroga$/es.
e4 O conceptismo caracteri'a(se pela linguagem re)uscada, culta,etravagante, en#uanto o cultismo marcado pelo &ogo deideias, seguindo um raciocnio l1gico, racionalista.
b. Com referncia ao Barroco, todas as alternativas so corretas,eceto*a4 O Barroco esta)elece contradi$/es entre esprito e carne, alma
e corpo, morte e vida.)4 O homem centra suas preocupa$/es em seu pr1prio ser, tendo
em mira seu aprimoramento, com )ase na cultura greco(romana.
c4 O Barroco apresenta, como caracterstica marcante, o espritode tenso, conflito entre tendncias opostas* de um lado, oteocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismorenascentista.
d4 + arte )arroca vinculada 9 Contra(%eforma.e4 O Barroco caracteri'a(se pela sintae o)scura, uso de hipr)ole
e de met-foras.
. + respeito de 7reg1rio de 8atos, assinale a alternativa,
incorreta*a4 +lguns de seus sonetos sacros e lricos transp/em, com )rilho,es#uemas de 71ngora e de @uevedo.
)4 +lma maligna, car-ter rancoroso, relaado por temperamento ecostumes, verte fel em todas suas s-tiras.
c4 5a poesia sacra, o homem no )usca o perdo de 2eus0 noeiste o sentimento de culpa, ignorando(se a )usca do perdodivino.
d4 +s suas farpas dirigiam(se de preferncia contra os fidalgoscaramurus.
e4 + melhor produ$o liter-ria do autor constituda de poemaslricos, em #ue desenvolve temas constantes da esttica)arroca, como a transitoriedade da vida e das coisas.
6e9to (ara as #uestes E a F
I5A+BII2+2E 2+ COG+ 2O 8G5O
5asce o ol, e no dura mais #ue um dia,2epois da u' se segue a noite escura,Em tristes som)ras morre a formosura,Em continuas triste'as a alegrias,
"orm, se aca)a o ol, por #ue nasciaMe to formosa a u', por #ue no duraMComo a )ele'a assim se transfiguraMComo o gosto, da pena assim se fiaM
8as o ol, e na u' falte a firme'a,5a formosura no se d a const6ncia,E na alegria, sinta(se triste.Come$a o 8undo enfim pela ignor6ncia+ firme'a somente na inconst6ncia.
HL. 5o teto predominam as imagens*a4 olfativas0)4 gustativas0c4 auditivas0d4 t-teis0e4 visuais.
HH. + idia central do teto *a4 a dura$o efmera de todas as realidades do mundo0)4 a grande'a de 2eus e a pe#uene' humana0c4 os contrastes da vida0d4 a falsidade das aparncias0e4 a dura$o prolongada do sofrimento.
HJ. @ual o elemento )arroco mais caracterstico da H
estrofeMa4 disposi$o antittica da frase0)4 cultismo0c4 estrutura )imem)re0d4 concep$o teocnctrica0
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falo, mas v1s no ofendeis a 2eus com a mem1ria* eu lem)ro(me, mas v1s no ofendeis a 2eus com a mem1ria* eu discorro,mas v1s no ofendeis a 2eus com o entendimento* eu #uero,mas v1s no ofendeis a 2eus com a vontade.?
Pb. =@ue terra, homem, e em terra h-s de tornar(se Ae lem)ra ho&e 2eus por sua igre&a 2e p1 te fa' espelhos, em #ue se ve&a + vil matria, de #ue #uis formar(se.?"elas caractersticas do #uarteto acima, podemos di'er #ue ele seen#uadra no*
. Barroco )4+rcadismo c4 %omantismo d4 "arnasianismo e4 8odernismo
P. =5asce o sol, e no dura mais #ue um dia 2epois da u' se segue a noite escura Em tristes som)ras morre a formosura, Em contnuas triste'as a alegria.?5a estrofe acima, de um soneto de 7reg1rio de 8atos 7uerra, aprincipal caracterstica do Barroco * o culto da nature'a o culto do amor corts a utili'a$o de rimas alternadas o uso de alitera$/es a forte presen$a de antteses
RL. =Entre os semeadores do Evangelho h- uns #ue saem asemear, h- outros #ue semeias sem sair. Os #ue saem asemear so os #ue vo pregar 9 ndia, 9 China, ao apo0 os#ue semeiam sem sair so os #ue se contentam em pregar nap-tria. Aodos tero sua ra'o, mas tudo tem sua conta. +os #uetm a seara em casa, pagar(lhes(o a semeadura* aos #ue vo)uscar a seara to longe, ho(lhes de medir a semeadura, eho(lhes de contar os passos. +hD 2ia do &u'oD +hD "regadoresDOs de c-, achar(vos(ei com mais pa$o0 os de l-, com maispassos...?
+ passagem acima representativa de uma das tendnciasestticas tpicas da prosa seiscentista, a sa)er* o se)astianismo, isto , a cele)ra$o do mito da volta de 2.
e)astio, rei de "ortugal, morto na )atalha de +lc-cer(@ui)ir. + )usca do eotismo e da aventura ultramarina, presentes nas
cr>nicas e narrativas de viagem. + ealta$o do her1ico e do pico, por meio das met-foras
grandilo#Nentes da epopia. O lirismo trovadoresco caracteri'ado por figuras de estilo
passionais e msticas. O conceptismo, caracteri'ado pela utili'a$o constantes dos
recursos da dialtica.
RH. O )ifrontismo do homem, santo e pecador0 o impulsopessoal prevalecendo so)re normas ditadas por modelos0 oculto do contraste0 a ri#ue'a de pormenores T so tra$osconstantes da*
a4 composi$o potica parnasiana)4 poesia sim)olistac4 produ$o potica arc-dica de inspira$o )uc1licad4 poesia )arroca
e4 poesia condoreiraRJ. + respeito de "adre +nt>nio Vieira, pode(se afirmar*a4 em)ora vivesse no Brasil, por sua forma$o lusitana no se
ocupou de pro)lemas locais)4 procurava ade#uar os tetos ))licos 9s realidades de #ue
tratavac4 dava sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por
assuntos mundanosd4 em fun$o de seu 'elo para com 2eus, utili'ava(O para
&ustificar todos os acontecimentos polticos e sociaise4 mostrou(se tmido diante dos interesses dos poderosos
RP. +ssinale a alternativa #ue preenche corretamente aslacunas da frase apresentada.
Aeto I=: a vaidade, -)io, nesta vida%osa #ue, da manh, lison&eada,"Frpuras mil, com am)i$o dourada,+irosa rompe, arrasta presumida.?
Aeto II=atigado de calma se acolhiaunto o re)anho 9 som)ra dos salgueiros,E o sol, #ueimando os -speros oiteiros,Com violncia maior no campo ardia.?
+ nature'a, para os poetas......, era fonte de sm)olos 3rosa, cristal,-gua4, #ue transcendiam do material para o espiritual 3teto I40 paraos poetas........., era so)retudo o cen-rio ideali'ado, dentro do #ualse podia ser feli' 3teto II4.
a4 rom6nticos T parnasianos)4 parnasianos T sim)olistasc4 -rcades T rom6nticosd4 sim)olistas T )arrocose4 )arrocos T -rcades
RR. =Aanto a )usca da simplicidade formal, #uanto a daclare'a das idias, se ligam ao grande valor dado 9 nature'a,como )ase da harmonia e da sa)edoria. 2a o apre$o pelaconven$o pastoral, isto , pelos gneros )uc1licos #ue visamrepresentar a inocncia e a sadia rusticidade pelos costumesrurais, so)retudo dos pastores.? 3+ C6ndido4
Esse ecerto relaciona(se a um determinado estilo liter-rio.+ssinale, ento, a alternativa cu&o autor no pertence ao estilo em#uesto*a4 Aom-s +nt>nio 7on'aga
)4 Cl-udio 8anoel da Costac4 anta %ita 2urod4 8anuel Botelho de Oliveirae4 Baslio da 7ama
R. =@ue diversas #ue so, 8arlia, as horas@ue passo na masmorra imunda, e feia,2essas horas feli'es &- passadas5a tua p-tria aldeiaD?
Esses versos de 0ar1lia de 2irceucaracteri'am* a primeira parte da o)ra, o namoro a felicidade da futura famlia a segunda parte da o)ra, a cadeia o sonho de reali'ar a inconfidncia o sonho de um futuro feli' ao lado da amada
RS. ="or fim, acentua o polimorfismo cultural dessa poca ofato de se desenrolarem acontecimentos historicamenterelevantes, como a Inconfindncia 8ineira e a translada$o dacorte de 2. oo VI para o %io de &aneiro.? 38assaud 8oiss4 +poca hist1rica a #ue se refere o crtico a do*
a4 im)olismo)4 +rcadismoc4 "arnasianismod4 %ealismoe4 %omantismo
RK. o)re o +rcadismo )rasileiro s1 no se pode afirmar #ue* tem suas fontes nos antigos grandes autores gregos e latinos,
dos #uais imita os motivos e as formas teve em Cl-udio 8. da Costa o representante #ue, de forma
original, recusou a motiva$o )uc1lica e os modelos
camonianos da lrica amorosa nos legou os poemas de fei$o pica Caramuru 3de frei os
de anta %ita 2uro4 e ! 3raguai 3de Baslio da 7ama4, no#ual se reconhece #ualidade liter-ria destacada em rela$o aoprimeiro
norteou, em termos dos valores ticos )-sicos, a produ$o dosversos de 0ar1lia de 2irceu, o)ra #ue cele)ri'ou Aom-s+nt>nio 7on'aga e #ue destaca a originalidade de estilo e detratamento local dos temas pelo autor
apresentou uma corrente de conota$o ideol1gica, envolvidacom as #uest/es sociais do seu tempo, com a crtica aosa)usos do poder da coroa portuguesa
Rb. + poca rom6ntica caracteri'a(se por ser*a4 lus1fo)a e nacionalista)4 de influncia inglesac4 atia e influenciada pelo positivismod4 carente de )ons poetas
R. O dese&o de morrer e a sentimentalidade doentia socaractersticas da poesia do autor de $ira dos vinte anos. Arata(
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8/11/2019 Apostila Esa
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se de*a4 7on$alves 2ias)4 Castro +lvesc4 Casimiro de +)reud4 7on$alves de 8agalhese4 ]lvares de +'evedo
L. =Era a virgem do marD na escuma fria "ela mar das -guas em)aladasD Era um an&o entre nuvens d[alvorada @ue em sonhos se )anhava e se es#ueciaD?
+ estrofe demonstra #ue a mulher aparece fre#uentemente napoesia de ]lvares de +'evedo como figura*a4 sensual)4 concretac4 pr1imad4 naturale4 inacessvel
H. O indianismo de nossos poetas rom6nticos *a4 forma de apresentar o ndio em toda a sua realidade o)&etiva.
O ndio como elemento tnico da futura ra$a )rasileira)4 meio de reconstruir o grave perigo #ue o ndio representava
durante a instala$o da capitania de o Vicentec4 modelo francs seguido no Brasil. Gma necessidade de
eotismo #ue em nada difere do modelo europeu
d4 meio de eterni'ar liricamente a aceita$o, pelo ndio, da novacivili'a$o #ue se instalavae4 forma de apresentar o ndio como motivo esttico. Ideali'a$o
com simpatia e piedade. Ealta$o da )ravura, do herosmo ede todas as #ualidades morais superiores
J. Em rela$o ao %omantismo Brasileiro, todas asafirma$/es so verdadeiras, eceto.
epresso de nacionalismo atravs da descri$o de costumese regi/es do Brasil
an-lise crtica e cientfica dos fen>menos da sociedade)rasileira
desenvolvimento do teatro nacional epresso potica de temas confessionais, indianistas e
humanistas caracteri'a$o do romance como forma de entretenimento e
morali'a$o
RAHD3
+,m'ora no *ossamos oltar atrs e fa/er um noo come0o12ual2uer um *ode come0ar agora e fa/er um noo fim.3
5%6R/HI%*
H4 eu teto deve ter, o)rigatoriamente, de J 3vinte e cinco4 a PL3trinta4 linhas.
J4 +)orde o tema sem se restringir a casos particulares ouespecficos ou a uma determinada pessoa.
P4 ormule uma opinio so)re o assunto e apresente argumentos#ue defendam seu ponto de vista.
R4 5o se es#ue$a de atri)uir um ttulo ao teto.4 + reda$o ser- considerada inv-lida 3grau 'ero4 nos seguintes
casos*T teto com #ual#uer marca #ue possa identificar o candidato0T modalidade diferente da dissertativa0T insuficincia voca)ular, ecesso de oralidade eQou graveserros gramaticais0T constituda de frases soltas, sem o emprego ade#uado deelementos coesivos0T fuga ao tema proposto0T teto ilegvel0T em forma de poema ou outra #ue no em prosa0T linguagem incompreensvel ou vulgar0 eT teto em )ranco ou com menos de Hb 3de'oito4 ou mais de Pb3trinta e oito4 linhas.
S4 e sua reda$o tiver entre Hb 3de'oito4 e JR 3vinte e #uatro4linhas, inclusive, ou entre PH 3trinta e uma4 e Pb 3trinta e oito4linhas, tam)m inclusive, sua nota ser- diminuda, mas noimplicar- grau 'ero.
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