Apostila Esporotricose - Qualittas
-
Upload
instituto-qualittas-de-pos-graduacao -
Category
Education
-
view
5.603 -
download
6
Transcript of Apostila Esporotricose - Qualittas
Esporotricose em animais de companhia
Prof. Dr. Marconi Farias
www.qualittas.com.br
Material exclusivo Qualittas
03/03/2016
1
Esporotricose em animais
de companhia
Prof. Dr. Marconi Rodrigues de Farias
Micoses de Implantação(subcutâneas)
• Incluem um grupo heterogênico de doenças fúngicas cujos agentes sãoimplantados por trauma transcutâneo
• Os agentes são fungos da microbiota do solo ou de vegetais, pouco virulentos, alguns são dimórficos
• As lesões iniciam- se no sítio de implantação
• Podem ser micoses endêmicas ou não
Queiroz-Telles, Nucci , Colombo, Tobon and Restrepo
Mycoses of Implantation Med Mycol 2011; 49:225-36.
Micoses de implantação
Trauma
CromoblastomicoseEsporotricose Micetoma
LacazioseFeohifomicose
Entomoftoramicose(zigo subcutânea)
03/03/2016
2
Esporotricose
• Micose de implantação , de evolução subaguda ou crônica, acomete animais e humanos, causada pelo fungo dimórficoSporothrix spp.
• Descoberta nos EUA em 1898 por Schenck
• Distribuição: mundial, regiões tropicais, subtropicais e temperadas. Ocorre em casosisolados ou surtos
Surtos de Esporotricose
África do Sul:
1941-1944 > de 3.000 mineiros
Fonte: madeira para escorar
galerias
O gênero Sporothrix e as novas espécies
• Sporothrix é um complexo dividido em cinco espécies deinteresse clínico com de distinta distribuição geográfica
�Marimon et al. J Clin Microbio,2007; 45(10):3198–3206
03/03/2016
3
Sporothrix schenckii
�Micelial Leveduriforme
Fontes de infecção
• Vegetais, madeira, solo, materiaorgânica em deposição.
Transmissão
•Inoculação traumática naatividade de lazer ou profissional(pp. solo, jardinagem e agricultura)
Esporotricose
03/03/2016
4
Aspectos clínicos
• Não há predileção racial
• Idade (4 meses a 14 anos) ADULTOS JOVENS!
• Os machos são mais acometidos
• Animais com livre acesso à rua, querenciados
• Forma filamentosa
• Forma leveduriforme
30 dias
EsporotricoseSinais Clínicos
Aspectos clínicos
Manifestações clínicas em gatos
•Lesões cutâneas 100%
•Cavidade nasal 62%
•Cavidade oral 41%
•Unhas 39%
03/03/2016
5
J. Am. Vet. Med. Assoc., 15, 224(10),1623-1629, 2004
• De 347 gatos:
137- Cutânea disseminada
114- Cutânea fixa
154- Afecções respiratórias
03/03/2016
6
03/03/2016
7
03/03/2016
8
Gentilmente cedido: Profa. Verônica Castro
Gentilmente cedido: Profa. Verônica Castro
03/03/2016
9
03/03/2016
10
03/03/2016
11
03/03/2016
12
03/03/2016
13
03/03/2016
14
Evaluation of an epidemic of sporotrichosis in cats: 347 cases
(1998-2001).Schubach ,T.M. et al.
J. Am. Vet. Med. Assoc., 15, 224(10),1623-1629, 2004
• 142 gatos testados para FiV e FelV
• Resultados:
– 28 gatos FIV positivo
– 2 gatos FeLV positivo
– 1 gato FIV-FeLV positivos
Fonte: Dra. Verônica/ Dra. Alexandra- SUIPA- Rio de Janeiro
03/03/2016
15
Fonte: Dra. Verônica/ Dra. Alexandra- SUIPA- Rio de Janeiro
03/03/2016
16
Fonte: Dra. Verônica/ Dra. Alexandra- SUIPA- Rio de Janeiro
03/03/2016
17
Forma Sistêmica
Forma Sistêmica
03/03/2016
18
Forma Sistêmica
Aspectos zoonóticos
Transmissão
felina 88%
? 6%
Barros et al. CID 38: 2004
Esporotricose de transmissão felina
Plantas Plantas+gatos
03/03/2016
19
Barros MBL, Schubach TP, Coll JO, Gremião ID, Wanke B, Schubach A.
Esporotricose: a evolução e os desafios de uma epidemia. Rev Panam
Salud Publica. 2010;27(6):455–60.
• Dados preliminares do Serviço de Vigilância em
Saúde do IPEC apontam para aproximadamente
2200 casos humanos diagnosticados até
dezembro de 2009.
• No LAPCLIN-DERMZOO foram atendidos, até essa
data, aproximadamente 3244 gatos e mais de
120 cães com esporotricose.
050
100150200250300350400450500
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
ano
núm
ero
de
ca
sos
humanos
gatos
Casuística dos Serviços de Dermatologia Infecciosa e Zoonoses (IPEC / FIOCRUZ)Casuística dos Serviços de Dermatologia Infecciosa e Zoonoses (IPEC / FIOCRUZ)
Gentilmente cedido: Profa. Alessandra Pereira
AntropozoonoseAntropozoonose
• Perfil da epidemia no estado do RJ
�mulheres de 40-59 anos, do lar
�casa de alvenaria (91,2%)
�saneamento básico (82,8%)
�área de terra (59,9%)
�entulho (43,8 %)
�presença de ratos (54,8%)
�escolaridade <4 anos (45%)
57
03/03/2016
20
�Esporotricose: doença emergente na regiãometropolitana de São Paulo
� De 2011 a 2014�329 gatos (SP e região metropolitana)�190 positivos (58%)
03/03/2016
21
Forma fixa Cutânea (25,3%)
Esporotricose
Fonte: Dra. Verônica- SUIPA- Rio de Janeiro
03/03/2016
22
Esporotricose
Fonte: Dra. Verônica- SUIPA- Rio de Janeiro
Fonte: Barros & Schubach, 2004
Esporotricose Cutânea linfática(55,6%)
03/03/2016
23
Esporotricose
Fonte: Prof. Sílvio A. Marques
UNESP- Botucatu- SP
03/03/2016
24
Fonte: Prof. Dr. Sílvio A. Marques
UNESP- Botucatu- SP
Fonte: Prof. Sílvio A. Marques
UNESP- Botucatu- SP
Cutâneo disseminada
03/03/2016
25
Fonte: Prof. Sílvio A. Marques
UNESP- Botucatu- SP
75
03/03/2016
26
Formas clínicas pouco usuaisLesões em mucosa (2,8%)
Barros et al 2004; Schubach et al, in press.
Diagnóstico Laboratorial da Esporotricose
Clínico epidemiológico
Histopatológico
Isolamento em cultivo
Sorologia
03/03/2016
27
Exame citopatológico
03/03/2016
28
03/03/2016
29
03/03/2016
30
Sporothrix schenckii
03/03/2016
31
Microcultivos de Sporothrix schenckii
EsporotricoseTabela 01. Principais fármacos utilizados na terapia da esporotricose
em gatos.
FármacoDose
(mg/Kg)Via Freqüência
(horas)
Duração(semanas
após cura)
Itraconazol
Fluconazol VO
VO 24
1210- 20
10 4 a 8
4 a 8
10- 20 VO 24 4 a 8
Cetoconazol
50/gato VO 24 4 a 8
Iodeto de potássio-
20%*
* Apenas para cães
VO5-20 24 4 a 8
Terbinafina 10- 40 VO 24 4 a 8
03/03/2016
32
03/03/2016
33
Fonte: Dra. Verônica/ SUIPA- Rio de Janeiro
03/03/2016
34
03/03/2016
35
ConsideraçõesConsiderações
Fatores que contribuem para uma epidemia:
• Mudança nas práticas familiares
• Pacientes imunocomprometidos
• Dificuldade no tratamento de felinos doentes
• Animais de rua, abandono
• Condições de higiene precárias
• Conhecimento da doença pela população
104
Medidas profiláticas
• Controle do fungo no ambiente???
• Cremar os animais
• Controle populacional
• Cuidados na manipulação de animais doentes
• Isolar o doente durante o tratamento
• Descartar caixas de transporte de madeira