Apostila Exercicios Filosofia UFU

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PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 1 QUESTÕES VESTIBULAR UFU 2000 À 2010 FILOSOFIA MEDIEVAL PATRÍSTICA QUESTÃO 9 (ANO 2000 - 2) A Patrística (séculos II ao V d.C.) é o movimento intelectual dos primeiros padres da Igreja, destinado a justificar a fé cristã, tendo em vista a conversão dos pagãos. Sobre a Patrística pode-se afirmar, com certeza: I- assume criticamente elementos da filosofia platônica na tentativa de melhor fundamentar a doutrina cristã. II- considera que as verdades da razão estão sempre em contradição com as verdades reveladas por Deus. III- incorpora as teses da metafísica aristotélica para fundar uma teologia estritamente racionalista. IV- considera a razão como auxiliar da fé e a ela subordinada, tal como expressa a frase de Sto. Agostinho "creio porque entendo". A) II e IV são corretas. B) I e IV são corretas. C) III e IV são corretas. D) Apenas II é correta. QUESTÃO 3 (ANO 2002 - 1) “Diz o profeta: ‘Se não credes, não entendereis’; certamente não diria isto se não julgasse necessário pôr uma diferença entre as duas coisas. Portanto, creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio também entendo”. Sto. Agostinho. De Magistro. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Explique a idéia central desse fragmento a partir da relação entre Fé e Razão no contexto da Filosofia Patrística. Sto. AGOSTINHO QUESTÃO 5 (ANO 2000 - 2) "Assim até as coisas materiais emitem um juízo sobre as suas formas, comparando-as àquela Forma da eterna Verdade e que intuímos com o olhar de nossa mente." (Sto. Agostinho, A Trindade, Livro IX, Capítulo 6. São Paulo, Paulus, 1994. p. 299) Esta frase de Sto. Agostinho refere-se à A) teologia mística de Agostinho, que se funda na experiência imediata da alma humana com Deus; B) moral agostiniana que propõe ao homem regras para uma vida santa e ascética, apartada do mundo; C) doutrina da iluminação que afirma que o conhecimento humano é iluminado pela Verdade Eterna, isto é, Deus; D) estética intelectualista de Agostinho, que consiste num profundo desprezo pela sensibilidade humana. QUESTÃO 4 (ANO 2001 - 2) Sobre a doutrina da iluminação divina de Santo Agostinho, considere o conteúdo das assertivas abaixo: I) A iluminação divina dispensa o homem de ter intelecto próprio. II) A iluminação divina capacita o intelecto humano para entender que há determinada ordem entre o mundo criado e as realidades inteligíveis. III) Agostinho nomeia as realidades inteligíveis de forma pouco precisa como, por exemplo, idéia, forma, espécie, regra ou razão e afirma, platonicamente, que essas realidades já foram contempladas pela alma. IV) A iluminação divina exige que o homem tenha intelecto próprio, a fim de pensar corretamente os conteúdos da fé postos pela revelação. Assinale a alternativa que contém somente as afirmações corretas: A) II e III B) I e III C) II e IV D) III e IV QUESTÃO 5 (ANO 2002 - 2) Agostinho formula sua teoria do conhecimento a partir da máxima “creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio conheço”. A posição do autor não impede que cada um busque a sabedoria com suas próprias forças; o que ainda não é conhecido pode ser revelado mediante a consulta da verdade interior.

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PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA

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QUESTÕES VESTIBULAR UFU – 2000 À 2010

FILOSOFIA MEDIEVAL

PATRÍSTICA

QUESTÃO 9 (ANO 2000 - 2)

A Patrística (séculos II ao V d.C.) é o movimentointelectual dos primeiros padres da Igreja, destinado ajustificar a fé cristã, tendo em vista a conversão dospagãos. Sobre a Patrística pode-se afirmar, com certeza:

I- assume criticamente elementos da filosofia platônica natentativa de melhor fundamentar a doutrina cristã.II- considera que as verdades da razão estão sempre emcontradição com as verdades reveladas por Deus.III- incorpora as teses da metafísica aristotélica para fundaruma teologia estritamente racionalista.IV- considera a razão como auxiliar da fé e a elasubordinada, tal como expressa a frase de Sto. Agostinho"creio porque entendo".

A) II e IV são corretas.B) I e IV são corretas.C) III e IV são corretas.D) Apenas II é correta.

QUESTÃO 3 (ANO 2002 - 1)

“Diz o profeta: ‘Se não credes, não entendereis’;certamente não diria isto se não julgasse necessário pôruma diferença entre as duas coisas. Portanto, creio tudo oque entendo, mas nem tudo que creio também entendo”.Sto. Agostinho. De Magistro. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: AbrilCultural, 1973.

Explique a idéia central desse fragmento a partir da relaçãoentre Fé e Razão no contexto da Filosofia Patrística.

Sto. AGOSTINHO

QUESTÃO 5 (ANO 2000 - 2)

"Assim até as coisas materiais emitem um juízo sobre assuas formas, comparando-as àquela Forma da eternaVerdade e que intuímos com o olhar de nossa mente." (Sto.Agostinho, A Trindade, Livro IX, Capítulo 6. São Paulo,Paulus, 1994. p. 299)

Esta frase de Sto. Agostinho refere-se à

A) teologia mística de Agostinho, que se funda naexperiência imediata da alma humana com Deus;B) moral agostiniana que propõe ao homem regras parauma vida santa e ascética, apartada do mundo;C) doutrina da iluminação que afirma que o conhecimentohumano é iluminado pela Verdade Eterna,isto é, Deus;D) estética intelectualista de Agostinho, que consiste numprofundo desprezo pela sensibilidade humana.

QUESTÃO 4 (ANO 2001 - 2)

Sobre a doutrina da iluminação divina de Santo Agostinho,considere o conteúdo das assertivas abaixo:

I) A iluminação divina dispensa o homem de ter intelectopróprio.

II) A iluminação divina capacita o intelecto humano paraentender que há determinada ordem entre o mundo criadoe as realidades inteligíveis.III) Agostinho nomeia as realidades inteligíveis de formapouco precisa como, por exemplo, idéia, forma, espécie,regra ou razão e afirma, platonicamente, que essasrealidades já foram contempladas pela alma.IV) A iluminação divina exige que o homem tenhaintelecto próprio, a fim de pensar corretamente osconteúdos da fé postos pela revelação.

Assinale a alternativa que contém somente as afirmaçõescorretas:

A) II e IIIB) I e IIIC) II e IVD) III e IV

QUESTÃO 5 (ANO 2002 - 2)

Agostinho formula sua teoria do conhecimento a partir damáxima “creio tudo o que entendo, mas nem tudo quecreio conheço”. A posição do autor não impede que cadaum busque a sabedoria com suas próprias forças; o queainda não é conhecido pode ser revelado mediante aconsulta da verdade interior.

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Com base neste argumento, assinale a alternativa correta.

A) É incorreto afirmar que a verdade interior que soa noíntimo das pessoas seja o Cristo; e o arbítrio humanoé consultado sobre o que não se conhece.B) As coisas que ainda não conhecemos só podem serpercebidas pelos sentidos do corpo e podem sercomunicadas facilmente por intermédio das palavras.C) A verdade interior está à disposição de cada um eencontra-se armazenada na memória, de modo que o usoda memória dispensa a contemplação da luz interior.D) A verdade interior só pode ser percebida pelo homeminterior, que é iluminado pela luz desta verdade interior,que é contemplada por cada um.

QUESTÃO 4 (ANO 2003 - 1)

Nos Solilóquios, Agostinho escreveu:

“A luz comum, à medida que pode, nos indica como éaquela luz. Pois há alguns olhos tão sãos e vivos que, ao seabrirem, fixam-se no próprio sol sem nenhumaperturbação. Para esses a própria luz é, de algum modo,saúde,sem necessidade de alguém que lhes ensine, senão talvezapenas de alguma exortação. Para eles é suficiente crer,esperar, amar”.Agostinho, Solilóquio e Vida feliz. São Paulo: Paulus, 1998, p.23.

Em conformidade com a Teoria da Iluminação, analise asassertivas abaixo.

I – A luz comum é o conhecimento humano, obtido porintermédio das demonstrações da lógica e da matemática,porém, ainda resta saber como tal conhecimento épossível.II – A luz, que é superior à luz comum, é o intelectohumano, que, servindo-se unicamente de si mesmo,encontra em si toda a certeza e o fundamento da verdade.III – O intelecto humano, pela sua natureza perecível, nãopode se colocar como a certeza do conhecimento,pois a verdade é eterna. Aquela luz, então, acima da luzcomum, é Deus.IV – A saúde é alcançada por todos, uma vez que asalvação e a felicidade são unicamente o resultado doesforço do homem nesta vida terrena.

Assinale a ÚNICA alternativa que contém as assertivasverdadeiras.

A) II e IVB) II, III e IVC) I, II e IVD) I e III

QUESTÃO 7 (ANO 2003 - 2)

A teoria da iluminação divina, contribuição original deAgostinho à filosofia da cristandade, foi influenciada

pela filosofia de Platão, porém, diferencia-se dela em seuaspecto central.

Assinale a alternativa abaixo que explicita esta diferença.

A) A filosofia agostiniana compartilha com a filosofiaplatônica do dualismo, tal como este foi definido porAgostinho na Cidade de Deus. Assim, a luz da teoria dailuminação está situada no plano suprasensível e só éalcançada na transcendência da existência terrena para avida eterna.B) A teoria da Iluminação, tal como sugere o nome, estáfundamentada na luz de Deus, luz interior dada aohomem interior na busca da verdade das coisas que nãosão conhecidas pelos sentidos; esta luz é Cristo, que ensinae habita no homem interior.C) Agostinho foi contemporâneo da Terceira Academia,recebendo os ensinamentos de Arcesilau e Carnéades,o que resultou na posição dogmática do filósofo cristãoquanto à impossibilidade do conhecimento da verdade,sendo o conhecimento humano apenas verossímil.D) A alma é a morada da verdade, todo conhecimento nelarepousa. Assim, a posição de Agostinho afasta-seda filosofia platônica, ao admitir que a alma possui umaexistência anterior, na qual ela contemplou as idéias, demodo que o conhecimento de Deus é anterior à existência.

QUESTÃO 2 (ANO 2001 - 1)

"Creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creiotambém entendo. Tudo o que compreendo conheço, masnem tudo que creio conheço."(Agostinho. De Magistro. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 319.Coleção "Os Pensadores").

A citação de Agostinho refere-se à relação entre fé e razão.Explique como este filósofo concebe esta relação.

QUESTÃO 2 (ANO 2007 - 1)

Leia com atenção o texto abaixo em que o autor comenta ecita Santo Agostinho, e, em seguida, responda as questõesapresentadas.

Deus cria as coisas a partir de modelos imutáveis eeternos, que são as idéias divinas. Essas idéias ou razõesnão existem em um mundo à parte, como afirmava Platão,mas na própria mente ou sabedoria divina, conforme otestemunho da Bíblia. Que a mesma sabedoria divina, porquem foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras,divinas, imutáveis e eternas razões de todas as coisas antes deserem criadas, a Sagrada Escritura dá este testemunho: Noprincípio era o Verbo e o Verbo estava junto de Deus e o Verboera Deus. Todas as coisas foram feitas pelo Verbo e sem Ele nadafoi feito.. Quem seria tão néscio a ponto de afirmar que Deuscriou as coisas sem conhecê-las? E se as conheceu, onde asconheceu senão em si mesmo, junto a quem estava o Verbo peloqual tudo foi feito?. (Santo Agostinho, Sobre o Gênese, V, 29).COSTA, José Silveira da. A Filosofia Cristã. In: RESENDE, Antônio.Curso de Filosofia. Rio de

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Janeiro: Jorge Zahar/SEAF, 1986, p. 78, capítulo 4.

A) Explique a relação, sugerida neste texto, entre a teoriadas Idéias de Platão e o pensamento de Agostinho.

B) Explique como Agostinho usa essa teoria para explicaro conhecimento humano, na sua conhecida Doutrina daIluminação Divina.

QUESTÃO 2 (ANO 2008 - 1)

Sobre a doutrina da iluminação em Santo Agostinho, leiaos trechos a seguir.

“Não queiras sair para fora; no interior do homem habita averdade.”Santo Agostinho. Da verdadeira religião, 39, 72.“Santo Agostinho se pergunta então como pode a mentehumana, mutável e falível, atingir umaverdade eterna com certeza infalível.”MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia. São Paulo: Zahar,2005. p. 111.“A gnosiologia agostiniana alcança o seu remate nachamada teoria da iluminação.”BOEHNER, P. GILSON, E. História da filosofia cristã. Petrópolis:Vozes, 1970. p. 163.

A) Em que sentido Agostinho afirma que a verdade eternahabita no interior do homem?

B) Em que sentido Agostinho afirma que o conhecimentodas verdades eternas se dá pela iluminação?

QUESTÃO 2 (ANO 2008 - 1)

Segundo Agostinho de Hipona (354-430), “nãoaprendemos pelas palavras que repercutem exteriormente,mas pela verdade que ensina interiormente”. Talpensamento ficou conhecido como a doutrina do mestreinterior. Leia a história em quadrinhos e o texto abaixo eresponda o que se pede.

Para Agostinho, a utilidade da linguagem não é pequena,certamente; mas nos enganamos quanto ao seu verdadeiropapel. Damos a alguns homens o nome de “mestres”porque eles falam e geralmente transcorre um tempoimperceptível ou nulo entre o momento em que eles falame o momento em que nós os compreendemos. Aprendemosinteriormente tão logo suas palavras tenham sidopronunciadas exteriormente; por isso concluímos que essesmestres tenham nos instruído. [...] Na realidade, os mestresapenas expõem, com a ajuda de palavras, as disciplinasque eles professam ensinar; em seguida, aqueles que senomeiam “alunos” examinam em si mesmos se o que osprofessores dizem é verdade. O mestre verdadeiro é aVerdade, e é como origem da concórdia entre os espíritosque Deus recebe o título de “mestre interior”. Para tudo oque aprendemos temos apenas um mestre: a verdadeinterior que reside na alma, ou seja, Cristo, virtudeimutável e sabedoria eterna de Deus.GILSON, E. Introdução ao estudo de Santo Agostinho. São Paulo:Paulus, 2008, p. 153-154.

1) Sobre a doutrina do mestre interior de Agostinho,responda:

A) Como aprendemos a verdade?

B) Qual o papel da linguagem no “aprendizado”?

2) Relacione o mal-entendido entre Mafalda e Filipe (noquadrinho acima) com o pensamento agostiniano sobre arelação mestre/aluno.

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A QUESTÃO DOS UNIVERSAIS

QUESTÃO 4 (ANO 2000 - 1)

Na Idade Média, filósofos como Anselmo de Cantuária eGuilherme de Champeaux consideravam que o universaltinha realidade objetiva. Entendiam o universal como res,como coisa comum a outras coisas.Sobre a posição desses filósofos realistas, é correto afirmarque

I- possuiam a influência platônica do Mundo das Idéias.II- sustentaram a fé e a autoridade como critério deverdade.III- consideraram o individual mais real, porquedeslocaram o critério de verdade da fé e da autoridade paraa razão humana.

Assinale a alternativa correta.

A) IIB) I e IIC) II e IIID) III

QUESTÃO 4 (ANO 2001 - 1)

Pedro Abelardo foi o filósofo que mais se destacou nadiscussão da "questão dos universais" durante a IdadeMédia. De acordo com o pensamento de Abelardo, analiseas assertivas que se seguem.

I- Os universais, por si mesmos, não existem senão nointelecto, entretanto eles se referem a seres reais.II- Os universais existem, eles constituem uma naturezacomum real que engloba indivíduos semelhantes,diferenciados apenas pelos seus acidentes.III- Os universais são apenas palavras (flatus vocis) e,enquanto palavras, nada podem significar para osindivíduos.IV- Os universais são corpóreos enquanto palavras eincorpóreos pela sua função significativa, pois significamalgo comum para a multiplicidade dos indivíduos.

Assinale a alternativa cujas assertivas estejam corretas:

A) II e III.B) I e IV.C) I e II.D) II e IV.

QUESTÃO 5 (ANO 2001 - 2)

Sobre a questão dos universais, todas as afirmativas abaixosão falsas, EXCETO:

A) Pedro Abelardo sustenta a tese de que as palavras nadasignificam, porque são simples emissão da voz humanasendo por isso, que os universais devem sernecessariamente incorpóreos.B) O realismo sustenta a tese de que apenas as palavrassão reais, porque são corpóreas enquanto som, e osuniversais nada significam porque são incorpóreos, isto é,não possuem realidade física.C) O nominalismo sustenta a tese de que os universais sãocorpóreos, porque o gênero e a espécie não podem estarseparados dos indivíduos a que pertencem.D) Pedro Abelardo sustenta a tese de que, por si mesmo,os universais existem apenas no intelecto, mas elesreferem-se a seres reais.

QUESTÃO 7 (ANO 2002 - 1)

Na Filosofia Escolástica (séc. VIII ao séc. XIV), apareceum tema filosófico novo que ficou conhecido na Históriada Filosofia como o Problema dos universais.

A esse respeito é correto afirmar que o Problema dosuniversais

I - consiste em saber sobre seu modo de existência, ouseja, se os universais existem realmente ou se são apenasprodutos do pensamento.II - consiste em saber se eles constituem a essênciamaterial das coisas sensíveis ou se constituem a essênciaespiritual de cada alma humana.III - consiste em saber se eles estão separados das coisassensíveis ou se estão no interior delas.IV - consiste em saber se eles foram as idéias gerais, osmodelos, de que Deus se serviu para criar o mundo ou sesão apenas produtos da imaginação humana destituídos dequalquer importância teórica.

Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas.

A) Apenas II e III.B) Apenas I e II.C) Apenas I e III.D) Apenas III e IV.

QUESTÃO 4 (ANO 2003 - 2)

“Com efeito, alguns tomam a coisa universal da seguintemaneira: eles colocam uma substância essencialmente amesma em coisas que diferem umas das outras pelasformas; essa é a essência material das coisas singulares nasquais existe, e é uma só em si mesma, sendo diferenteapenas pelas formas dos seus inferiores.”ABELARDO, Lógica para principiantes. São Paulo: Abril Cultural,1973. Coleção “Os Pensadores”. p. 218.

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Sobre o texto acima, é correto afirmar que

A) trata-se de uma tese realista, pois demonstra que a coisauniversal existe por si mesma e constitui a essênciamaterial das coisas singulares.B) defende a tese nominalista, segundo a qual osuniversais não podem existir fora dos sujeitos de que sãoatributos.C) os universais são termos significativos, pois não sãouma única essência em si mesmos.D) distingue as coisas singulares pela quantidade dematéria que nelas se apresentam.

QUESTÃO 2 (ANO 2006 - 2)

Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

Para os filósofos, durante a Idade Média, que faziam daidéia geral uma realidade, a própria espécie constituíanecessariamente uma realidade, ao passo que se a idéiageral for apenas um nome, a verdadeira realidade seencontra nos indivíduos que constituem a espécie. Emoutras palavras, para um realista, a humanidade é umarealidade, existe realmente como algo separado doshomens singulares; para um nominalista, a única coisa realsão os indivíduos humanos, “humanidade” não passa deum conceito, ou nome. Roscelino adota abertamente asegunda solução do problema. Para ele, o termo “homem”ou “humanidade” não designa nenhuma realidade que seja,em qualquer grau, a da espécie humana.GILSON, ETIENNE. A filosofia na Idade Média. São Paulo: MartinsFontes, 1998. p. 289.

A) Segundo o texto acima, nominalistas e realistasinterpretam de modo diferente a relação entre as palavrasou idéias e a realidade existente fora de nossa mente.Explique essas duas posições filosóficas (nominalismo erealismo).

B) Segundo o texto, Roscelino é nominalista ou realista?Por quê?

QUESTÃO 2 (ANO 2007 - 2)

Leia o texto a seguir e responda o que se pede.

“O grande inspirador da questão (dos universais) foi oneoplatônico Porfírio, que em sua obra Isagoge afirma:‘Não tentarei enunciar se os gêneros e as espécies existempor si mesmos ou somente na inteligência, nem, no caso desubsistirem (existirem por si), se são corpóreos ouincorpóreos, nem se existem separados dos objetos (quenomeiam), formando partes dos mesmos’. Esse problemagerou muitas disputas. Era a grande discussão sobre aexistência ou não das idéias gerais, isto é, os chamados

universais de Aristóteles. Tal discussão ficou conhecidacomo a questão (ou querela) dos universais”.COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 1993.p. 31.

A) O que é um universal?

B) O que foi a questão dos universais na Idade Média?Quais as posições em debate?

QUESTÃO 2 (ANO 2009 - 2)

Leia com atenção o seguinte diálogo, entre Adso de Melke Guilherme de Baskerville, personagens do romance Onome da rosa, de Umberto Eco, cuja história se passa naItália no final do ano de 1327.

Adso: “Porém, quando vós lestes as pegadas sobre a nevee nos ramos, ainda não conhecíeis (o cavalo) Brunello. Decerto modo, os rastros nos falavam de todos os cavalos, oupelo menos de todos os cavalos daquela espécie. Nãodevemos então dizer que o livro da natureza nos fala sópor meio de essências, como afirmam admiráveisfilósofos?” (...)Guilherme: “Só então soube que meu raciocínio anteriorme levara para perto da verdade. De modo que as ideias,que eu usava antes para figurar-me um cavalo que aindanão tinha visto, eram puros signos, como eram signos daideia de cavalo as pegadas (que vimos) sobre a neve: eusam-se signos e signos de signos apenas quando nosfazem falta as coisas”.Adso (refletindo sobre o seu mestre Guilherme):“Outras vezes eu o tinha escutado falar com muitoceticismo das ideias universais e com grande respeito dascoisas individuais: e depois parece que essa tendência ele ativesse tanto por ser britânico como por ser franciscano”.ECO, Umberto. O nome da rosa. Tradução de Aurora F. Bernardini eHomero F. de Andrade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983. p. 42-43.

O trecho em questão pode ser interpretado como umareflexão sobre o problema dos universais na Idade Média.

Nesta famosa questão, destacam-se duas posições: oRealismo e o Nominalismo. Segundo o Realismo, osconceitos universais são entidades que existem por si eseparadas das coisas individuais. Para o Nominalismo, aocontrário, os universais não passam de entidades ou signosmentais, sem existência real separada das coisasindividuais.

Responda as seguintes questões.

A) Guilherme de Baskerville está defendendo a posiçãonominalista ou realista? Por quê?

B) Justifique sua resposta destacando elementos do trechoapresentado.

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Sto. TOMÁS DE AQUINO

QUESTÃO 3 (ANO 2001 - 1)

A Escolástica é o período da filosofia cristã da IdadeMédia, que vai do século IX ao século XIV. Sobrea Escolástica é correto afirmar, EXCETO

A) no século XIII, servindo-se das traduções das obras deAristóteles, que foram feitas diretamente do grego, Tomásde Aquino realizou a síntese magistral entre a teologiacristã e a filosofia aristotélica.B) a fundação das universidades, já no século XI, permitiua expansão da cultura letrada, secularmente guardada nosmosteiros, e a fermentação de idéias que culminaria nosgrandes sistemas filosóficos e teológicos do século XIII.C) no século XII a Igreja condenou o pensamentoplatônico, principalmente na sua versão árabe, porque osteólogos perceberam um ateísmo intrínseco na forma deargumentação dialética da personagem Sócrates.D) no século XIV surgiram pensadores, tais comoGuilherme de Ockam, que criticaram a filosofia tomistapelo seu caráter substancialista; isto abriu perspectivasfecundas para o advento da ciência moderna.

QUESTÃO 5 (ANO 2003 - 1)

Tomás de Aquino não via conflito entre a fé e a razão,sendo possível para a segunda atingir o conhecimentoda existência de Deus. Contudo, Tomás de Aquino defendea relação harmônica entre ambas, pois, se a razãodemonstra a existência de Deus, ela o faz graças à fé querevela tal verdade. Assim, a filosofia de Tomás deAquino insistiu nos limites do conhecimento humano.

Com base nas afirmações precedentes, assinale aalternativa correta.

A) O conhecimento humano atinge a verdade do mundo ede Deus sem precisar se servir de outra ordem quenão aquela da própria razão, o que se confirma com o fatode que os governantes organizam o mundo conforme suainteligência.B) A realidade sensível é a via direta e exclusiva para aascensão do conhecimento humano, porque, tal comoafirmou Santo Anselmo, a perfeição de Deus tem, entreseus atributos, a existência na realidade mundana.C) Existe um domínio comum à fé e à razão. Este domínioé a realidade do mundo sensível, morada humana, que arazão pode conhecer, porque a realidade sensível oferece àrazão os vestígios imperfeitos da substância de Deus.D) A razão humana é impotente para tratar de idéias queestejam além da realidade do mundo sensível. Deus,portanto, nada mais é que uma palavra que deve serreverenciada como o centro sensível de irradiação detudo o que existe.

QUESTÃO 1 (ANO 2000 - 2)

"Se é verdade que a verdade da fé cristã ultrapassa ascapacidades da razão humana, nem por isso os princípiosinatos naturalmente à razão podem estar em contradiçãocom esta verdade sobrenatural."(Tomás de Aquino, Suma contra os Gentios, São Paulo.Abril Cultural, 1973. p. 70)Com base no texto acima, explique como Tomás deAquino harmoniza as verdades da fé com as verdadesda razão natural.

QUESTÃO 2 (ANO 2001 - 2)

“Todas as coisas brutas, que não possuem inteligênciaprópria, existem na natureza cumprindo uma função, umobjetivo, uma finalidade, semelhante à flecha dirigida peloarqueiro. Devemos admitir, então, que existe algum serinteligente, que dirige todas as coisas da natureza para quecumpram seu objetivo. Este ser é Deus.”Tomás de Aquino. Compêndio de Teologia. São Paulo: Abril Cultural, 1973.Coleção “Os Pensadores”.

O texto acima é a quinta prova da existência de Deuselaborada por Tomás de Aquino. Explique o argumento daprova, considerando a ordenação do ser criado, segundo oprincípio da finalidade divina.

QUESTÃO 2 (ANO 2003 - 1)

Leia com atenção a citação da obra de Tomás de Aquino.

“Para quem reflete, torna-se claro que as realidadessensíveis em si mesmas, que fornecem à razão humana afonte do conhecimento, conservam nelas um certo vestígiode semelhança com Deus, embora se trate de um vestígiotão imperfeito, que é incapaz de exprimir a substância deDeus.”AQUINO, Tomás de. Súmula contra os gentios. São Paulo: NovaCultural, 1988. Coleção “Os Pensadores”. p. 67.

Responda:Como poderão as realidades sensíveis auxiliar a razãohumana a conhecer a existência de Deus?

QUESTÃO 2 (ANO 2006 - 1)

“Tudo o que se move é movido por outro ser. Por sua vez,este outro ser, para que se mova, necessita também queseja movido por outro ser. E assim sucessivamente. Se nãohouver um primeiro ser movente, cairíamos num processoinfinito, o que é absurdo. Logo, é preciso que haja umprimeiro ser movente que não seja movido por nenhumoutro. Esse ser é Deus”.Tomás de Aquino. Suma de Teologia. Citado por: COTRIM, Gilberto.Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 1996. p. 135.

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O texto acima apresenta uma das cinco “provas” daexistência de Deus chamada por alguns de argumento doPrimeiro Motor Imóvel, proposta por Tomás de Aquino. Apropósito desse tema, responda o que é pedido nos itens Ae B.

A) Comente a influência de Aristóteles na elaboração doargumento dessa prova.

B) Cite e exponha uma das outras quatro “provas”desenvolvidas por Tomás de Aquino.

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TEORIA DO CONHECIMENTO

RENÉ DESCARTES

QUESTÃO 6 (ANO 2000 - 1)

Sobre a filosofia de Descartes, pode-se afirmar, comcerteza, que as suas mais importantes conseqüências foram

I- a afirmação do caráter absoluto e universal da razão que,através de suas próprias forças, pode descobrir todas asverdades possíveis.II- a adoção do Método Matemático, que permiteestabelecer cadeias de razões.III- a superação do dualismo psico-físico, isto é, adicotomia entre corpo e consciência.

Assinale a alternativa correta.

A) II e IIIB) IIIC) I e IIID) I e II

QUESTÃO 8 (ANO 2000 - 2)

Descartes (1596-1650) é importante para a FilosofiaModerna porque foi quem superou o ceticismo da filosofiado século XVI. Embora tenha se servido do recurso doscéticos . a dúvida ., Descartes utilizou este recurso paraatingir a idéia clara e distinta, algo evidente e, portanto,irrefutável. Com base neste argumento,

I- a evidência não diz respeito à clareza e à distinção dascoisas;II- a análise é o procedimento que deve ser realizado paradividir as dificuldades até a sua menor parte;III- a enumeração é a primeira regra do método para ainvestigação da verdade;IV- a síntese proporciona a ordem para os raciocínios,desde o mais simples até o mais complexo.

Estão corretas as afirmações:

A) I, II e IIIB) I, III e IVC) II e IVD) II e III

QUESTÃO 6 (ANO 2001 - 1)

Leia com atenção a citação e, em seguida, analise asassertivas."E, tendo notado que nada há no eu penso, logo existo, queme assegure de que digo a verdade, exceto que vejo muito

claramente que, para pensar, é preciso existir, julgueipoder tomar por regra geral que as coisas que concebemosmui clara e mui distintamente são todas verdadeiras,havendo apenas alguma dificuldade em notar bem quaissão as que concebemos distintamente."(DESCARTES, Discurso do Método. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p.55. Coleção "Os Pensadores")

I- Este "eu" cartesiano é a alma e, portanto, algo maisdifícil de ser conhecido do que o corpo.II- O "eu penso, logo existo" é a certeza que funda oprimeiro princípio da Filosofia de Descartes.III- O "eu", tal como está no Discurso do Método, éinteiramente distinto da natureza corporal.IV- Ao concluir com o "logo existo", fica evidente que o"eu penso" depende das coisas materiais.

Assinale a alternativa cujas assertivas estejam corretas.

A) Apenas II e IV.B) I, II, IV.C) Apenas III e IV.D) Apenas II e III.

QUESTÃO 3 (ANO 2001 - 2)

O exercício da dúvida é o procedimento identificado como ceticismo. Descartes, no entanto, utilizou do expedienteda dúvida com outro propósito. A respeito de sua condutae o comportamento dos céticos, Descartes manifestou-sena Terceira Parte do Discurso do Método:“Não que imitasse, para tanto, os céticos, que duvidamapenas por duvidar e afetam ser sempre irresolutos: pois,ao contrário, todo o meu intuito tendia tão-somente a mecertificar e remover a terra movediça e a areia, paraencontrar a rocha ou a argila.”R. Descartes. Discurso do Método. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “OsPensadores”.

Com base na citação acima, explique o uso da dúvida e afinalidade do seu emprego.

QUESTÃO 2 (ANO 2002 - 1)

Leia com atenção a exposição dos preceitos fundamentaisdo Método, feito por Descartes.“O primeiro era de jamais acolher alguma coisa comoverdadeira que não conhecesse evidentemente como tal;(...). O segundo, o de dividir cada uma das dificuldadesque eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis equantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. Oterceiro, o de conduzir por ordem os meus pensamentos,

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começando pelos objetos mais simples e mais fáceis deconhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus,até o conhecimento dos mais compostos, (...) e o último, ode fazer revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza denada omitir.”DESCARTES. Discurso do Método. Coleção “Os Pensadores”. SãoPaulo: Abril Cultural, 1987.

A efetivação do método ocorre graças ao esforço dopensamento que objetiva descobrir a verdade das coisasexistentes. Tomando o texto de Descartes por referência,indique as quatro operações mentais que cada um devefazer para executar o método proposto pelo filósofofrancês.

QUESTÃO 2 (ANO 2002 - 2)

De acordo com Descartes:a razão (...) “é naturalmente igual em todos os homens; e,destarte, que a diversidade de nossas opiniões não provémdo fato de serem uns mais racionais do que outros, massomente de conduzirmos nossos pensamentos por viasdiversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não ésuficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem.”DESCARTES. Discurso do Método, para bem conduzir a própria razãoe procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.29.

Com relação ao fragmento acima, responda.Quais são as vias diversas, que prejudicam a boa aplicaçãoda razão?

QUESTÃO 3 (ANO 2003 - 2)

Descartes afirmou no Discurso do método que a boacondução da razão na pesquisa da verdade das coisas deveser feita em poucas regras. Sendo assim, o primeiro dosquatro preceitos básicos do seu método diz o seguinte:jamais acolha alguma coisa como verdadeira que nãoconheça evidentemente como tal.

A aplicação desta primeira regra evita dois graves defeitos.Responda: quais são e como se caracterizam os doisdefeitos a que se refere Descartes?

QUESTÃO 2 (ANO 2009 - 1)

O texto abaixo é de René Descartes (1596 – 1650). Leia-ocom atenção.

“Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queriaassim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamenteque eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando queesta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tãocerta que todas as mais extravagantes suposições doscéticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podiaaceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio dafilosofia que procurava.”Descartes. Discurso do Método. Coleção OsPensadores. São Paulo: AbrilCultural, 1973. p. 41.Com base no pensamento de Descartes, reponda o que sepede.

A) Por que o cogito é o “primeiro princípio da filosofia”para Descartes?

B) Qual é a relação entre o procedimento da dúvidahiperbólica e a descoberta do cogito em Descartes?

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DAVID HUME

QUESTÃO 8 (ANO 2001 - 1)

A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776),escolha entre as alternativas abaixo a única que oferece,respectivamente, uma característica empirista e umacaracterística cética do pensamento deste filósofo escocês.

A) Nenhuma idéia complexa pode ser derivada dassensações; a idéia de eu pode ser representada pelopensamento puro.B) As idéias simples são inatas e independem dos sentidos;a causalidade é uma conexão necessária e facilmenteobservável.C) As idéias se originam da experiência sensível; asimpressões não são constantes e invariáveis a ponto deconstituir a idéia de eu.D) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio apriori; as impressões são variáveis, por isso não há nada deregular no mundo.

QUESTÃO 10 (ANO 2001 - 2)

Para David Hume, a negação da validade universal doprincípio de causalidade e da noção de necessidade que talprincípio implica, é fundamentada:

A) na observação dos fenômenos que permite acompreensão e o conhecimento do mecanismo interno dascoisas reais. Assim, qualquer ciência pode atingir oconhecimento pleno e definitivo dos fenômenos.B) na observação dos fatos e no hábito que permitem aafirmação mais geral quando a observação permite aassociação de situações semelhantes; o hábito, portanto,vai além da experiência.C) em toda relação de causa e efeito, porém, é acausalidade que permite a passagem de um objeto paraoutro objeto, cada associação permite o conhecimento danatureza íntima das coisas, ou seja, da sua realidadeinterior.D) no conhecimento que só é possível pela refutação detodas as crenças; isto significa purificar o entendimentodos hábitos que o condicionam, permitindo o fluir dasidéias inatas e independentes da experiência.

QUESTÃO 2 (ANO 2002 - 1)

Hume escreveu: “Quando pensamos numa montanha deouro, apenas unimos duas idéias compatíveis, ouro emontanha, que outrora conhecêramos. Podemos conceberum cavalo virtuoso, pois o sentimento que temos de nósmesmos nos permite conceber a virtude e podemos uni-la àfigura e forma de um cavalo, que é um animal bemconhecido”.

HUME. “Investigações acerca do entendimento humano” — Seção II. In:Da origem das idéias. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: AbrilCultural, 1989. (Grifos do autor).

Observando os exemplos empregados pelo filósofoescocês, analise as assertivas abaixo.

I - Todas as idéias utilizadas pela razão originam-se,diretamente, do pensamento puro, sem nenhuma relaçãocom as sensações.II - A vinculação de uma coisa — o ouro, com outra — amontanha, não depende da vontade de querer associá-las.III - Tudo aquilo que está no pensamento deriva dassensações externas e internas: o cavalo e a virtude doexemplo acima.IV - Toda composição das coisas, conhecidas em separado,depende do espírito e da vontade que as empregam.

Assinale a alternativa que contém as assertivasverdadeiras.

A) Apenas II e III.B) Apenas I, III e IV.C) Apenas I e II.D) Apenas III e IV.

QUESTÃO 8 (ANO 2002 - 2)

David Hume escreveu que “podemos, por conseguinte,dividir todas as percepções do espírito em duas classes ouespécies, que se distinguem por seus diferentes graus deforça e vivacidade”.HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo:Nova Cultural, 1989, p. 69.

Assinale a ÚNICA alternativa, que apresenta estasduas classes de percepções:

A) os pensamentos e as impressões.B) as idéias inatas e os dogmas religiosos.C) as certezas evidentes e os hábitos sociais.D) as superstições e as intuições intelectuais.

QUESTÃO 7 (ANO 2003 - 1)

De acordo com David Hume, “... embora nossopensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada,verificamos, através de um exame mais minucioso, que eleestá realmente confinado dentro de limites muito reduzidose que todo poder criador do espírito não ultrapassa afaculdade de combinar, de transpor, aumentar ou diminuiros materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos epela experiência.“ HUME, David. Investigação acerca doentendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989. Coleção “OsPensadores”. p. 70.

Com base na citação acima é correto afirmar:

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I – as idéias inatas funcionam como fonte de todos osconhecimentos e são, também, o princípio regulador dosconhecimentos humanos, pois nada pode ser concebidosem a vitalidade dessas idéias, que são anteriores a todaexperiência.II – o pensamento constrói uma realidade independente dapercepção sensível, pois os sentidos contaminam ainteligência humana com o erro. Para operar com retidão,portanto, o pensamento deve compor, no seu interior, asidéias adventícias com as quais, em seguida, manifestar-se-á sobre a veracidade ou a falsidade das coisas.III – a base de todo conhecimento é a experiência, pois éela que permite a formação das impressões, que estandoligadas às coisas, permitem que a inteligência tenha acessoaos objetos do conhecimento.IV – o conhecimento humano é formado pelas impressões,que são percepções muito vivas e que se diferenciam dasidéias, que são percepções menos vivas. Disto se conclui,segundo Hume, que o pensamento por si só é inferior àsensação.

Assinale a alternativa que contém as assertivasverdadeiras.

A) III e IVB) I e IVC) II e IIID) I e II

QUESTÃO 3 (ANO 2000 - 2)

"O hábito é, pois, o grande guia da vida humana. É aqueleprincípio único que faz com que nossa experiência nos sejaútil e nos leve a esperar, no futuro, uma seqüência deacontecimentos semelhantes às que se verificaram nopassado."(Hume, São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 146)Comente, acerca do conhecimento verdadeiro, a crítica queHume fez aos limites da experiência sensívele ao princípio da causalidade vigente na filosofia moderna.

QUESTÃO 3 (ANO 2006 - 1)

“Inclinamo-nos a imaginar que poderíamos descobrir osefeitos pela mera operação da nossa razão, sem aexperiência. Supomos que, se fôssemos subitamentetrazidos a este mundo, poderíamos, a princípio, ter inferidoque uma bola de bilhar comunicava o movimento a outraapós impulso; e que não precisávamos ter esperado peloacontecimento para nos pronunciarmos com certeza a seurespeito. Tal é a influência do hábito (...).”HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. Lisboa:Edições 70. p. 34.Hume, com certeza, não está preocupado em investigar aintelecção dos seres extra terrestres, mas em examinar arelação entre a construção do conceito de causalidade e ohábito. Assim, a partir deste texto e dos fundamentos dafilosofia humeana, conteste – ou seja, recuse – as duasconcepções de causalidade apresentadas a seguir:

A) o conceito de causalidade contém um raciocínioconstruído a priori.

B) o conceito de causalidade contém uma conexãonecessária.

QUESTÃO 3 (ANO 2007 - 2)

Leia com atenção o texto, e responda as questões a seguir.

“[...] vemos que qualquer impressão, da mente ou docorpo, é constantemente seguida por uma idéia que a ela seassemelha, e da qual difere apenas nos graus de força evividez. A conjunção constante de nossas percepçõessemelhantes é uma prova convincente de que umas são ascausas das outras; e essa anterioridade das impressões éuma prova equivalente de que nossasimpressões são as causas de nossas idéias, e não nossasidéias as causas de nossas impressões”.HUME. Tratado da natureza humana. São Paulo: Ed. Unesp, Imp.Oficial do Estado, 2001, p. 29.

A) Quais os dois principais termos ou conceitos que Humerelaciona nessa passagem?

B) Essa relação caracteriza a posição de Hume no tocanteà teoria do conhecimento. Esta posição ficou conhecidacomo empirismo, realismo ou idealismo?

C) A partir do texto acima e da sua resposta na questão B,explique a posição que Hume assume em relação à teoriado conhecimento.

QUESTÃO 3 (ANO 2009 - 2)

Leia atentamente o texto e responda as questões que seseguem.

“Suponha-se que seja trazida de súbito a este mundo umapessoa [...]. É verdade que ela observaria imediatamenteuma contínua sucessão de objetos, e um acontecimentoseguindo-se a outro, mas não conseguiria descobrir maisnada além disso. [...] Suponhamos agora que ela tenhaadquirido mais experiência e vivido no mundo o bastantepara observar que objetos ouacontecimentos semelhantes estão constantemente unidosuns aos outros. Qual é o resultado dessa experiência? Oresultado é que essa pessoa passa a inferir imediatamente aexistência de um objeto a partir do aparecimento dooutro”.HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo:Editora UNESP, 1999. p. 63-64.

A) O texto refere-se sobretudo a que princípio deassociação de ideias: semelhança, contiguidade oucausalidade?

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B) Segundo Hume, a progressão do nosso conhecimentopor inferência se funda sobre a razão ou sobre aexperiência?

C) A partir de suas respostas nas questões A e B, explique,do ponto de vista do que Hume denomina hábito, adiferença que o texto estabelece entre as duas pessoashipotéticas: a que foi trazida de súbito para este mundo e aque aqui já vive de longa data.

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IMMANUEL KANT

QUESTÃO 9 (ANO 2000 - 1)

Kant (séc. XVIII) distinguiu duas modalidades deconhecimentos: os empíricos e os apriorísticos. Segundoele, esse dois tipos de conhecimentos se exprimem comojuízos sintéticos e juízos analíticos. Assim,

I- juízo analítico é aquele em que o predicado é aexplicitação do conteúdo do sujeito.II- juízo sintético é aquele no qual o predicado nãoacrescenta novos dados sobre o sujeito.III- um juízo, para ter valor científico ou filosófico, deveser universal e necessário e verdadeiro.IV- juízo sintético, a priori, é o conhecimento universal,necessário e verdadeiro.

Estão corretas as afirmativas.

A) I, II e IIIB) I, III e IVC) I, III, e IVD) I e II

QUESTÃO 9 (ANO 2001 - 2)

A respeito da distinção entre o conhecimento puro e oconhecimento empírico, tal como são apresentados naCrítica da Razão Pura de I. Kant, analise as assertivasabaixo:

I) O conhecimento empírico resulta da experiênciasensível e é expresso pelas impressões, portanto, trata-sede um conhecimento a priori.II) O conhecimento a priori é um conhecimento puro eindependente de todas as impressões dos sentidos,portanto, livres dos elementos empíricos.III) O conhecimento puro, a priori, é um juízo pensadocom universalidade rigorosa, de modo que tal juízo nãoaceita nenhuma exceção.IV) O conhecimento empírico, a posteriori, é um juízoanalítico, pois ele só é possível por intermédio de umconhecimento analítico dos conceitos.

Assinale a alternativa que contém as assertivasverdadeiras:

A) II e IIIB) I, II e IVC) I, III e IVD) III e IV

QUESTÃO 1 (ANO 2002 - 1)

O criticismo de Kant representa a reação do pensamentodo Século das Luzes à polarização decorrente doracionalismo e do empirismo do século anterior. Logo, naintrodução da sua obra Crítica da razão pura, Kantdefende a realização da revolução copernicana na filosofia.Sobre esta revolução, analise as assertivas abaixo.

I - A filosofia, até então, sempre se guiou pelos instintos,deixando sempre no plano inferior o objeto doconhecimento.II - Nas atividades filosóficas é preciso que o objeto sejaregulado pelo conhecimento humano, o conhecimento apriori.III - O conhecimento a priori resulta da faculdade deintuição, cuja comprovação é alcançada com a experiência.IV - Só é verdadeiro o conhecimento resultante daexperiência, quando esta toma o objeto como a coisa em simesma, sem o auxílio da razão.Assinale a alternativa que contém as assertivasverdadeiras.

A) Apenas II e IV.B) Apenas I, II e IV.C) Apenas II e III.D) Apenas I, III e IV.

QUESTÃO 10 (ANO 2003 - 1)

A respeito dos juízos analíticos e dos juízos sintéticos emKant, é correto afirmar que:

A) Juízos analíticos ou de experiência são aqueles em quea relação entre o sujeito e seu predicado é pensada semidentidade; juízos sintéticos ou afirmativos são aqueles emque há identidade entre o sujeito e seu predicado.B) Juízos analíticos ou afirmativos, são aqueles queresultam da identidade do sujeito com seu predicado; osjuízos sintéticos ou de experiência são aqueles que sãopensados sem a identidade entre o sujeito e seu predicado.C) Juízo analítico é fundado sobre a experiência, porque ofundamento é sempre o testemunho da experiência; osjuízos sintéticos, que são princípios de identidade, nãoacrescentam ao sujeito nenhum predicado novo.D) Juízos analíticos, resultantes da identidade do sujeitocom o seu predicado, podem ser denominados de juízos deampliação; os juízos sintéticos, nos quais não háidentidade, podem ser denominados de juízos deelucidação.

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QUESTÃO 10 (ANO 2003 - 2)

Na Crítica da razão pura, Kant vincula o sistema damoralidade à felicidade. Assinale a alternativa que explicano que consiste a relação moralidade — subjetividade.

A) A esperança de ser feliz e a aspiração por tornar-se felizpodem ser conhecidas pela razão prática, desde que ofundamento da ação e a norma da conduta sejam a máximado “não faça aos outros aquilo que não queres que tefaçam”.B) A convicção da felicidade humana decorre da certezade que todos os entes racionais comportam-se com a maisrigorosa conformidade à lei moral, de maneira que cadaum age orientado pela sua vontade, ou seja, pela razãoprática do arbítrio individual.C) Quando a liberdade é dirigida e restringida pelas leismorais, é possível pensar na felicidade universal, pois aobservância dos princípios morais pode proporcionar nãosó o bem estar para si, como também ser o responsávelpelo bem estar dos outros.D) A felicidade implica na transcendência do mundomoral, pois somente na esfera sensível é possível oconhecimento pleno das ações humanas, já que somentenesse mundo sensível é possível a conexão entremoralidade e felicidade.

QUESTÃO 4 (ANO 2000 - 2)

De acordo com Kant, o Esclarecimento "é a saída dohomem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado",e concluiu que esta culpa resulta da "falta de decisão ecoragem de servir-se de si mesmo sem a direção deoutrem".(Kant. Resposta à pergunta: que é "Esclarecimento"?, InTextos Seletos, Petrópolis, Vozes, 1985. p. 100).

Responda: Segundo Kant, como se caracteriza amenoridade do homem? Qual o único meio para o homemalcançar o Esclarecimento?

QUESTÃO 3 (ANO 2001 - 1)

O comentário abaixo foi feito por Kant (1724-1804) parajustificar o início do novo estágio da filosofia moderna,almejado com a sua obra Crítica da Razão Pura.

"Até agora se supôs que todo nosso conhecimento tinhaque se regular pelos objetos; porém, todas as tentativas demediante conceitos estabelecer algo a priori sobre osmesmos, através do que o nosso conhecimento seriaampliado, fracassaram sob esta pressuposição."(Kant. Crítica da Razão Pura. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p.14.Coleção "Os Pensadores")

A partir desta citação, explique em que consiste aRevolução Copernicana realizada por Kant na filosofia.

QUESTÃO 1 (ANO 2004 - 1)

Ao discutir sobre a noção de esclarecimento, I. Kant emsua obra Resposta à pergunta:que é .Esclarecimento.? ressalta: .Para este esclarecimento[.Aufklärung.] porém nada mais se exige senãoLIBERDADE. E a mais inofensiva entre tudo aquilo quese possa chamar liberdade, a saber: a de fazer uso públicode sua razão em todas as questões..KANT, I. .Resposta à pergunta: que é .Esclarecimento.?. In: TextosSeletos. 2 ed. Trad. de Raimundo Vier. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 104.

Responda:Por que o uso público da razão está em oposição àmenoridade do entendimento humano?

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FILOSOFIA POLÍTICA

QUESTÃO 4 (ANO 2000 - 2)

O que há de comum entre as teorias dos filósofoscontratualistas é que

A) eles partem da análise do homem em estado denatureza, isto é, antes de qualquer sociabilidade, tendodireito a tudo.B) no estado de natureza, o homem possui segurança epaz, pois é dono de um poder ilimitado.C) os interesses egoístas não existem no estado denatureza, pois os homens realizam todos os seus desejos.D) as disputas evitam a guerra de todos contra todos, poisos homens desfrutam de todas as coisas.

QUESTÃO 6 (ANO 2000 - 2)

Leia com atenção o fragmento que se segue, extraído deum dos maiores clássicos do pensamento políticomoderno: "A diminuição do amor à pátria, a ação dointeresse particular, a imensidão dos Estados, asconquistas, os abusos do Governo fizeram com que seimaginasse o recurso dos deputados ou representantes dopovo nas assembléias da nação. É o que em certos paísesousam chamar de Terceiro Estado. Desse modo, ointeresse particular das duas ordens é colocado emprimeiro e segundo lugares, ficando o interesse público emterceiro."

O autor dessas palavras foi

A) Jean Bodin.B) Jean-Jacques Rousseau.C) Francis Bacon.D) John Locke.

QUESTÃO 8 (ANO 2001 - 2)

Podemos afirmar que

I) segundo Rousseau, os indivíduos aceitam perder aliberdade civil; aceitam perder a posse natural para ganhara individualidade civil, isto é, a cidadania.II) para Hobbes, o soberano é o povo, entendido comovontade geral, pessoa moral coletiva livre e corpo políticode cidadãos.III) para Locke, o poder está fundamentado nasinstituições políticas e não no arbítrio dos indivíduos.

AssinaleA) se apenas II e III estiverem corretas.B) se apenas I e II estiverem corretas.C) se apenas I e III estiverem corretas.D) se I, II e III estiverem corretas.

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THOMAS HOBBES

QUESTÃO 5 (ANO 2000 - 1)

A filosofia política de Thomas Hobbes combatia astendências liberais de sua época. Hobbes sustentava que opoder resultante do pacto político deveria ser

I- ilimitado, julgando sobre o justo e o injusto, acima dobem e do mal e em que a alienação do súdito ao soberanodeveria ser total.II- dividido entre o rei e o parlamento, superando asdiscórdias e disputas em favor do bem-comum dacoletividade.III- absoluto, podendo utilizar a força das armas paramanter a soberania e o silêncio dos súditos.

Assinale a alternativa correta.

A) I e IIIB) II e IIIC) I e IID) II

QUESTÃO 5 (ANO 2001 - 1)

Para Hobbes (1588-1679), o homem reconhece anecessidade de renunciar ao seu direito sobre todas ascoisas em favor de um "contrato". Isso implica também naabdicação de sua vontade em favor de "um homem ouassembléia de homens, como representantes" da suapessoa. Assim para Hobbes o contrato social se justificaporque

A) a situação dos homens, entregues a si próprios, é desegurança, de estabilidade e de felicidade, graças a estaorganização primitiva, os homens vivem sempre em paz eharmonia.B) as disputas são importantes para o desenvolvimento daindústria, da agricultura, da ciência, da navegação, enfim, éela a responsável pelas comodidades e por todo o bem-estar dos homens.C) os interesses egoístas predominam entre os homens, aponto de cada indivíduo representar um perigo eminenteaos outros indivíduos, de modo que o homem se torna olobo do próprio homem.D) o homem é sociável por natureza e, por meio dela, élevado a fundar um estado social pautado pela autoridadepolítica, abdicando dos seus direitos em favor de um corpopolítico.

QUESTÃO 6 (ANO 2002 - 1)

Leia o enunciado abaixo. Para completá-lo marque aalternativa correta.

Segundo Hobbes (séc. XVII), para cessar o estado de vidaem que os indivíduos vivem isolados e em lutapermanente, onde “homem é o lobo do homem”,

A) os homens reafirmam a liberdade natural e a possenatural de bens, riquezas e armas.B) os homens inventaram as armas e cercaram as terrasque ocupavam.C) os homens aceitaram que a única lei é a força do maisforte, que conquista e conserva tudo quando usa.D) os homens decidem passar à sociedade civil e ao EstadoCivil, criando as leis e o poder político.

QUESTÃO 8 (ANO 2003 - 1)

Thomas Hobbes escreveu que “Uma lei de natureza (lexnaturalis) é um preceito ou regra geral, estabelecido pelarazão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo oque possa destruir sua vida ou privá-lo dos meiosnecessários para preservála, ou omitir aquilo que pensepoder contribuir melhor para preservá-la.”HOBBES, Thomas. Leviatã, ou matéria, forma e poder de um EstadoEclesiástico e Civil. São Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleção “OsPensadores”. p.79.

Assinale a alternativa correta.A) A condição natural do homem é a perfeita harmonia emrelação ao seu semelhante.B) A lei primeira e fundamental da natureza é procurar apaz e segui-la.C) No estado de natureza, os homens são governados pelarazão divina.D) No estado de natureza, o homem não tem direito atodas as coisas, por isso, ele tem segurança.

QUESTÃO 3 (ANO 2007 - 1)

Thomas Hobbes nasceu em Malmesbury, Inglaterra, em1588 e faleceu em 1679. Sua obra mais conhecida é oLeviatã, publicada em 1651. Esta obra foi motivo deinúmeras polêmicas desde que veio a público por causa doteor ousado de suas teses principais. Dentre elasdestacamos duas em especial: a primeira, a doutrinapolítica deriva da sua concepção de natureza humana; asegunda, essa concepção permite o estabelecimento de umpacto social. Hobbes também é conhecido por ter proferidoalgumas frases marcantes, como as que se seguem: .ohomem é o lobo do homem. (Do Cidadão, de 1642) e .ospactos sem a espada não passam de palavras.( Leviatã).

A partir dessas considerações,

A) relacione a primeira frase (.o homem é o lobo dohomem.) à concepção hobbesiana de homem.

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B) relacione a segunda frase (.os pactos sem a espada nãopassam de palavras.) à concepção política de Hobbes.

C) responda o que representa a espada na segunda frase.

QUESTÃO 3 (ANO 2008 - 2)

Leia a afirmação abaixo e responda.

A função que Hobbes atribui ao pacto de união é a de fazerpassar a humanidade do estado de guerra para o estado depaz, instituindo o poder soberano.BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991. p.43.

A) Por que, sem o pacto, não há paz entre os homens?

B) Por que a instituição do poder soberano é resultado deuma passagem?

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JEAN-JACQUES ROUSSEAU

QUESTÃO 8 (ANO 2000 - 1)

Jean-Jacques Rousseau ( 1712-1778) faz parte doscontratualistas, porém tem uma posição inovadoraem relação a Hobbes e a Locke, quanto ao conceito desoberania. Para ele,

A) a democracia direta impede que os cidadãos vivam empaz, pois libera as paixões que impedemessa paz.B) soberano é o poder executivo, que tem o poder absolutopara garantir paz ao povo.C) é necessário distinguir os conceitos de soberano e degoverno, atribuindo ao povo a soberania inalienável eindivisível.D) a vontade geral institui o governo, que submete o povo,para garantir a paz, não podendo, portanto, ser destituído.

QUESTÃO 7 (ANO 2001 - 1)

As assertivas abaixo referem-se ao pensamento político deJean-Jacques Rousseau (1712-1778).

I- No estado de natureza os indivíduos vivem isolados evagueando pela imensa selva, sobrevivem com aquilo quea natureza lhes oferece, desconhecem as lutas; este estágioequivale ao estado de felicidade original: o homem é obom selvagem.II- O que originou o estado de sociedade foi oaparecimento da propriedade privada, isto é, a divisãoarbitrária que define o que é meu e o que é teu; talsituação, acarretou o rompimento do estado de felicidadeoriginal.III- O governante é o indivíduo que está investido dasoberania, é ele que representa a vontade geral; sob estasituação política, o povo transfere de livre e espontâneavontade os seus direitos civis ao governante.

Assinale a única alternativa que contém as afirmativascorretas.

A) Apenas I e II.B) Apenas I e III.C) Apenas II e III.D) I, II e III.

QUESTÃO 6 (ANO 2001 - 2)

Para Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o contrato socialque seja verdadeiro e legítimo é aquele que:

A) os indivíduos pelo pacto, reconhecem, como seus, osatos e decisões de alguém, não podendo, legitimamente,celebrar entre si um novo pacto no sentido de obedecer aoutrem, seja no que for, sem sualicença.B) o indivíduo pelo pacto, abdica de sua liberdade, massendo ele próprio parte integrante e ativa do todo social, aoobedecer à lei, obedece a si mesmo sendo, portanto, livre.C) pelo pacto, todos os homens associados se alienamtotalmente, abdicam, sem reserva, de todos os seusdireitos em favor da comunidade, mas somente osproprietários nada perdem, porque, somente eles,participam plenamente da sociedade civil.D) pelo pacto, os homens deixam de ser livres, pois opoder soberano deve ser absoluto, ilimitado, sendo que opouco que seja conservado da liberdade natural do homem,instaura de novo o estado de guerra.

QUESTÃO 7 (ANO 2002 - 2)

A relação homem-natureza consome a maior parte dasobras de Rousseau, que seguiu uma direção peculiarassentada na crítica ao progresso das ciências e das artes.

A este respeito, pode-se afirmar que

I - prevalece, nos escritos de Rousseau, a moral fundada naliberdade, a primazia do sentimento sobre a razãoe, principalmente, a teoria da bondade natural do homem.II - o bom selvagem ou o homem natural é dotado de livrearbítrio e sentido de perfeição, sentimentos essescorrompidos com o surgimento da propriedade privada.III - o bom selvagem, descrito por Rousseau, possui umasabedoria mais refinada que o conhecimento científico,o que confirma a completa ignorância da cultura letrada.IV - Rousseau não defende o retorno do homem àanimalidade, ao contrário, é preciso conservar a pureza daconsciência natural, isto é, alcançar a verdadeira liberdade.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativascorretas.

A) I, III e IVB) II, III e IVC) I, II e IVD) I, II e III

QUESTÃO 9 (ANO 2003 - 1)

De acordo com Rousseau, “A passagem do estado denatureza para o estado civil determina no homem umamudança muito notável, substituindo na sua conduta o

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instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidadeque antes lhes faltava.”ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: AbrilCultural, 1983. Coleção “Os Pensadores”. p.36.

Sobre a passagem do estado de natureza para o estadocivil, é correto afirmar que

A) o homem mantém a liberdade natural e o direitoirrestrito, e ainda ganha uma moralidade muito particularguiada pelo seu puro apetite.B) o homem perde a liberdade natural e o direito àpropriedade, mas adquire a obrigação de seguir sua própriavontade.C) o homem perde a liberdade natural e o direito ilimitado,mas ganha a liberdade civil e a propriedade de tudoo que possui.D) o homem mantém a liberdade natural e o direitoilimitado, mas abdica da liberdade civil em favor daliberdade moral.

QUESTÃO 5 (ANO 2004 - 1)

Antes de escrever Discursos sobre a origem e osfundamentos da desigualdade entre os homens e o Docontrato social, Rousseau já havia manifestado seupessimismo em relação ao progresso social. Na dissertaçãoescrita em 1750, para o concurso literário promovido pelaAcademia de Dijon, está escrito:Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinassenossas paixões a falarem a linguagem apurada, nossoscostumes eram rústicos, mas naturais e a diferença dosprocedimentos denunciava, à primeira vista, a doscaracteres. No fundo, a natureza humana não era melhor,mas os homens encontravam sua segurança na facilidadepara se penetrarem reciprocamente, e essa vantagem, decujo valor não temos mais a noção, poupava-lhes muitosvícios..ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. de LourdesSantos Machado. 3 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 336. Coleção.Os Pensadores..

Analise as assertivas abaixo.

I . A palavra natural significa sabedoria, portanto, oprimitivo era dotado de um saber comparável ao estágio doconhecimento do século das luzes.II . As ciências e as artes serviram não só para o progressomaterial, mas também levaram os homens a criarem vícios,antes inexistentes.III . O homem em estado de natureza era ignorante, porém,a ignorância preservava a pureza de coração e fazia, doprimitivo, um ser livre.IV . A ignorância é um vício adquirido da natureza,portanto, as ciências e artes são necessárias para promovera liberdade humana.

Assinale a alternativa correta.A) II e IIIB) I e III

C) I e IVD) II e IV

QUESTÃO 2 (ANO 2002 - 1)

“ O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se aferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa deser mais escravo do que eles. Como adveio tal mudança?Ignoro-o. Que poderá legitimá-la? Creio poder resolveresta questão (...). A ordem social é um direito sagrado queserve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto,não se origina da natureza: funda-se, portanto, emconvenções.”ROUSSEAU. Do contrato social. Coleção “Os Pensadores.” São Paulo:Abril Cultural, 1978.

O que significa afirmar que para Rousseau (séc. XVIII), osindivíduos, quando criam a soberania e nela sefazem representar, são cidadãos, enquanto se submetem àsleis e à autoridade do governante que os representa, sãosúditos?

QUESTÃO 3 (ANO 2002 - 2)

Interprete o fragmento abaixo.

“O princípio da vida política reside na autoridadesoberana. O poder legislativo é o coração do Estado, opoder executivo, o cérebro que dá movimento a todas aspartes.”ROUSSEAU, Do contrato social. Col. Os Pensadores, São Paulo: AbrilCultural, 1978.

Defina, segundo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), oconceito de soberania e, em seguida, explique emque essa concepção se diferencia dos outroscontratualistas.

QUESTÃO 4 (ANO 2006 - 2)

Leia o texto abaixo.

A ordem social (...) é um direito sagrado que serve de basea todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina danatureza: funda-se, portanto, em convenções. Trata-se,pois, de saber que convenções são essas.ROUSSEAU, J. J. Do Contrato Social. 4ª ed. São Paulo: Editora NovaCultural, 1987.

Responda:A) Por que, para Rousseau, a natureza não ordena asociedade?

B) Por que, para Rousseau, somente a convenção ordena asociedade?

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QUESTÃO 3 (ANO 2008 - 1)

O problema fundamental para o qual o contrato social,segundo Rousseau, oferece uma solução é “Encontrar umaforma de associação que defenda e proteja a pessoa e osbens de cada associado com toda a força comum, e pelaqual cada um, unindo-se a todos, só obedece, contudo a simesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes.”ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. São Paulo: NovaCultural, 1987. p. 32. (Coleção Os Pensadores)

A partir do texto acima, responda as questões que seseguem:

A) Quais são os principais objetivos do contrato social?

B) Proteger cada associado com a força comum significaque o Estado pode mobilizar forças como, por exemplo, apolícia ou o exército para defender os cidadãos. Por que,conforme Rousseau, isso é legítimo?

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JOHN LOCKE

QUESTÃO 7 (ANO 2000 - 1)

Assinale a alternativa INCORRETA.

Segundo John Locke (1632-1704), são proprietários

A) todos que são proprietários de suas vidas, de seuscorpos, de seus trabalhos, isto é, todos são proprietários.B) todos os operários, pois fazem parte da sociedade civil,portanto, podem governar como qualquer cidadão, pois ésua prerrogativa.C) todos os homens, já que a primeira coisa que o homempossui é o seu próprio corpo; assim, todo homem éproprietário de si mesmo e de suas capacidades.D) somente aqueles que podem governar, isto é, oshomens de fortuna, pois somente esses podem terplena cidadania.

QUESTÃO 9 (ANO 2001 - 1)

John Locke (1632-1704), vigoroso adversário doabsolutismo, nos seus escritos políticos partiu da situaçãode que os homens isolados no estado de natureza buscaramse reunir por intermédio de um contrato social, tendo emvista a edificação da sociedade civil. Esta ação políticaassociativa, quando concretizada, confere soberania ao:

A) Poder Legislativo.B) Poder Executivo.C) Poder Federativo.D) Povo.

QUESTÃO 4 (ANO 2002 - 1)

Marque a alternativa correta, considerando aquela quemelhor completa o enunciado abaixo.Locke (final do séc. XVII e início do séc. XVIII) legitimaa propriedade privada como direito natural, porque

A) os homens, por natureza, nascem com o direito depossuir o que já existe e lhe é doado. Esse direito é dadopor Deus.B) Deus é o artífice do mundo que, como obra dotrabalhador divino, a ele pertence. O mundo é suapropriedade.Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, deu-lhea possibilidade de, através do trabalho, ter direito àpropriedade privada.C) os homens, sendo lobos dos homens, cercam as terrasque ocupam e as defendem com armas, porque Deuspermite aos homens conquistar e conservar a propriedadepela força do mais forte, a única lei.

D) os homens, em estado de natureza, vivem isoladospelas florestas, sobrevivendo com o que a natureza lhes dá,desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, grito ecanto.

QUESTÃO 9 (ANO 2003 - 2)

Locke foi o defensor do Liberalismo político, quepretendeu instaurar algumas garantias para o cidadãofrente ao poder soberano.

Sobre este assunto, leia o texto abaixo.

“Verdade é que os governos não podem sustentar-se semgrande dispêndio, sendo natural que todos quantos gozamde uma parcela de proteção paguem do que possuem aproporção necessária para mantê-lo. Todavia, será aindacom o seu próprio consentimento, isto é — oconsentimento da maioria, dado diretamente ou porintermédio dos seus representantes. Se alguém pretenderpossuir o poder de lançar impostos sobre o povo, pelaautoridade própria sem estar por ele autorizado, invadirá alei fundamental da propriedade e subverterá o objetivo dogoverno; porque qual a propriedade que terei naquilo queoutrem tiver o direito de tomar para si quando lheaprouver?”LOCKE, J. Segundo Tratado sobre o governo. In: Locke. 3.ed. São Paulo:Abril Cultural, 1983. Coleção Os Pensadores. p. 89-90.

Considere as assertivas abaixo.

I - O texto acima descreve a política econômica de Locke,sustentada pela cobrança indiscriminada de tributos régios,pois, a cada novo endividamento do rei, novos tributospassavam a ser incorporados à carga tributária.II - Partidário da lei natural como fundamento para ofuncionamento do Estado, Locke defende o interesse daburguesia em expansão, ao afirmar que os impostos dossúditos devem ser proporcionais ao seu patrimônio eregulamentados pelo parlamento.III - A cobrança de impostos é uma prerrogativa do rei,cabendo a ele a criação de novos tributos que incidamsobre a propriedade e a renda dos seus súditos,principalmente em relação à propriedade, pois essa ésubsidiada pelo tesouro real.IV - O imposto é um tributo necessário para ofuncionamento do Estado e, em última instância, é agarantia dos direitos naturais, sendo a preservação da vidae a proteção da propriedade privada, juntamente com aliberdade, os essenciais.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmativasverdadeiras.A) II e IV

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B) I e IVC) II e IIID) I e III

QUESTÃO 3 (ANO 2004 - 1)

John Locke justificou a existência do Estado com estaspalavras:

.O motivo que leva os homens a entrarem em sociedade é apreservação da propriedade; e o objetivo para o qualescolhem e autorizam um poder legislativo é tornarpossível a existência de leis e regras estabelecidas comoguarda e proteção às propriedades de todos os membros dasociedade, a fim de limitar o poder e moderar o domínio decada parte e de cada membro da comunidade; pois não sepoderá nunca supor seja vontade da sociedade que olegislativo possua o poder de destruir o que todos intentamassegurar-se, entrando em sociedade e para o que o povose submeteu a legisladores por ele mesmo criado..LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo. Trad. de E. Jacy Monteiro.3 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 121. Coleção .Os Pensadores..

Analise as assertivas em conformidade com a citaçãoacima.

I . A propriedade privada é contratual, isto é, ela ésubseqüente ao nascimento do Estado, que institui o direitoà propriedade, distribuindo a cada um aquilo que erapropriedade comunal no estado de natureza.II . A propriedade privada surge com o aparecimento dasociedade civil, a geradora do Estado, que é a instituiçãosuprema que tem, inclusive, a prerrogativa de suprimir apropriedade em benefício da segurança do Estado.III . A propriedade privada é parte do estado de natureza,pois o homem possui a propriedade de si mesmo e, comisso, tem o direito de tornar como sua propriedade aquiloque está vinculado com seu trabalho.IV . A propriedade privada é anterior à sociedade civil,portanto, a propriedade antecedeu ao Estado, cujaexistência resultou do contrato social e teve a finalidade depreservar e proteger a propriedade privada de cada um.

Assinale a alternativa que tem as assertivas corretas.A) III e IVB) I e IIC) II e IIID) II e IV

QUESTÃO 3 (ANO 2003 - 1)

Locke foi um dos principais representantes do liberalismopolítico. Sobre a passagem do estado de naturezapara a sociedade civil, o autor, a respeito desse tema, fez aseguinte afirmação: “Assim os homens, apesar de todos osprivilégios do estado de natureza, mantendo-se em máscondições enquanto nele permanecerem, são rapidamentelevados à sociedade.”

LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo. São Paulo: AbrilCultural, 1983. Coleção “Os Pensadores”. p. 83.Responda:O que leva os homens a escolher a vida em sociedadecivil?

QUESTÃO 3 (ANO 2005 - 2)

Leia o trecho seguir.“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conformedissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa eposses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abriráele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu impérioe sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outropoder?”LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo. São Paulo: NovaCultural, 1991, p. 264. Col. Os Pensadores.

Apresente a resposta de John Locke a esta questão,explicitando:

A) a razão que faz com que o homem saia do estado denatureza.

B) quais direitos são garantidos no estado civil.

QUESTÃO 4 (ANO 2007 - 2)

Conforme seus conhecimentos sobre a obra do filósofoinglês John Locke (1632 – 1704) e as informações do textoabaixo, explique como ele concebe a passagem do estadode natureza para o estado civil.

“Para Locke, no estado natural cada um é juiz em causaprópria; portanto, os riscos das paixões e da parcialidadesão muito grandes e podem desestabilizar as relações entreos homens. Por isso, visando a segurança e a tranqüilidadenecessárias ao gozo da propriedade, as pessoas consentemem instituir o corpo político. O ponto crucial dopensamento de Locke é que os direitos naturais doshomens não desaparecem em conseqüência desseconsentimento, mas subsistem para limitar o poder dosoberano.”ARANHA, M. L. de A.; e MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introduçãoà Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986.

QUESTÃO 3 (ANO 2010 - 2)

John Locke (1632 – 1704) elaborou algumas teorias sobrefilosofia política que permitem colocá-lo entre o grupo dos“contratualistas”, ainda que esta definição não sejasuficiente para classificar corretamente estes filósofos.Leia o texto abaixo e, com base nele e em seusconhecimentos sobre a filosofia de John Locke, respondaas questões que se seguem.A única maneira pela qual uma pessoa qualquer podeabdicar de sua liberdade natural e revestirse dos elos dasociedade civil é concordando com outros homens emjuntar-se e unir-se em uma comunidade, para viverem

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confortável, segura e pacificamente uns com outros, numgozo seguro de suas propriedades e com maior segurançacontra aqueles que dela não fazem parte.Locke, Dois tratados sobre o governo. Tradução Julio Fischer. 2ª ed. SãoPaulo: Martins Fontes, 2005, p. 468.

Sobre o contratualismo de Locke, responda:

1) Qual é o instrumento que opera a passagem desse estadode natureza para o estado civil? Explique sua característicaprincipal.

2) A) Essa passagem para o estado civil ocorre pelavontade dos mais fortes que obrigam os mais fracos, oupor livre consentimento de cada um para formar o corpopolítico?

B) Qual trecho do texto citado pode fundamentar suaresposta?

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NICOLAU MAQUIAVEL

QUESTÃO 6 (ANO 2003 - 1)

Muito citado e pouco conhecido, Nicolau Maquiavel é um dos maiores expoentes do Renascimento e suacontribuição determinou novos horizontes para a filosofia política.

A respeito do conceito de virtú, analise as assertivas abaixo.

I – A virtú é a qualidade dos oportunistas, que agem guiados pelo instinto natural e irracional do egoísmo e almejam,exclusivamente, sua vantagem pessoal.II – O homem de virtú é antes de tudo um sábio, é aquele que conhece as circunstâncias do momento oferecido pela fortuna eage seguro do seu êxito.III – Mais do que todos os homens, o príncipe tem de ser um homem de virtú, capaz de conhecer as circunstâncias e utilizá-lasa seu favor.IV – Partidário da teoria do direito divino, Maquiavel vê o príncipe como um predestinado e a virtú como algoque não depende dos fatores históricos.

Assinale a ÚNICA alternativa que contém as assertivas verdadeiras.

A) I, II, e IIIB) II e IIIC) II e IVD) II, III e IV

QUESTÃO 6 (ANO 2003 - 2)

“Portanto, um príncipe deve gastar pouco para não ser obrigado a roubar seus súditos; para poder defender-se; para não seempobrecer, tornando-se desprezível; para não ser forçado a tornar-se rapace; e pouco cuidado lhe dê a pecha de miserável;pois esse é um dos defeitos que lhe dão a possibilidade de bem governar.”MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção Os Pensadores. p. 66.

Assinale a alternativa que interpreta corretamente o pensamento do filósofo florentino.

A) O príncipe não precisa roubar os súditos, porque a ele é reservada a fortuna, toda riqueza possível de seracumulada graças à capacidade de poupar os tesouros. Esta definição de fortuna, cunhada por Maquiavel, é típica da época emque havia o apego às riquezas materiais, especialmente, a prata e o ouro da América.B) A visão política de Maquiavel era a mesma dos seus contemporâneos, favorável ao poder absoluto dos governantes edefensora da opressão do Estado sobre os súditos, o que resultou na manutenção do Estado feudal, caracterizado pelaexpropriação da sociedade, por meio de tributos elevados e injustos.C) A defesa da sobriedade administrativa do príncipe evidencia a forte ligação que unia Maquiavel à Igreja Católica, ambosimbuídos na defesa do poder divino dos soberanos. Prova disso é que, em seu livro O Príncipe, Maquiavel exorta o novopríncipe a ser sempre piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso.D) Maquiavel identifica o príncipe com o homem de ação, cujo caráter é formado pela ética que lhe permite o uso dos meiosapropriados para a organização do seu Estado; o novo príncipe deve ser corajoso e inteligente, evitando a opulência e aostensão em favor de seu poder político.

QUESTÃO 4 (ANO 2004 - 1)

Analise os dois textos abaixo:.Muitos argumentaram que a guerra contra o terrorismo é a desculpa esfarrapada do governo Bush [George W. Bush] paraconstruir um império clássico, no modelo do romano ou britânico. Dois anos depois de iniciada a cruzada, fica claro que isso éum erro. A guangue de Bush não dispõe da persistência compulsiva necessária para ocupar sequer um país, quanto mais umadúzia deles..KLEIN, Naomi. Império cria .franquias.. Folha de São Paulo, 07 de setembro de 2003.

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.Creio que isto [a usurpação de um principado] seja conseqüência de serem as crueldades mal ou bem praticadas. Bem usadasse podem chamar aquelas (se é que se pode dizer bem do mal) que são feitas, de uma só vez, pela necessidade de proveralguém à própria segurança, e depois são postas à margem, transformando-se o mais possível em vantagem para os súditos.Mal usadas são as que, ainda que a princípio sejam poucas, em vez de extinguirem-se [as crueldades], crescem com o tempo..MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Trad. Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 38. Coleção .Os Pensadores..

O primeiro texto afirma a falácia do argumento da política bélica norte-americana após 11de setembro de 2001. O texto deMaquiavel faz menção aos resultados do emprego da violência para a conquista de novos principados e, conseqüentemente, aexpansão do poder despótico.Por que o recurso à agressão e à fraude são ineficazes, tal como assevera a autora do primeiro texto, só fazendo aumentar aviolência e a instabilidade política, como concluiu Maquiavel, no segundo texto citado?

QUESTÃO 3 (ANO 2006 - 2)

Sobre os conceitos de fortuna e virtù na filosofia política de Maquiavel, considere o trecho abaixo.O desejo de conquistar é coisa verdadeiramente natural e ordinária e os homens que podem fazê-lo serão sempre louvadose não censurados. Mas se não podem e querem fazê-lo, de qualquer modo, é que estão em erro, e são merecedores decensura.MAQUIAVEL, N. O príncipe. Tradução de Lívio Teixeira. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 14.

Responda:

A) Em que condições a ação bem sucedida de quem quer conquistar não deve ser censurada?

B) Em que consiste o erro crucial de quem fracassa na conquista de um Estado?

QUESTÃO 2 (ANO 2008 - 2)

Leia o seguinte fragmento de O Príncipe, de Maquiavel, e faça o que se pede a seguir.

E há de se entender o seguinte: que um príncipe, e especialmente um príncipe novo, não pode observar todas as coisas a quesão obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, afé, a humanidade, a religião. É necessário, por isso, que possua ânimo disposto a voltar-se para a direção a que os ventos e asvariações da sorte o impelirem, e, como disse mais acima, não partir do bem, mas podendo, saber entrar para o mal, se a issoestiver obrigado.MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 8. Coleção Os Pensadores

A) Extraia uma expressão do texto acima que defina a idéia de que, para Maquiavel, “os fins justificam os meios” e justifiquesua resposta.

B) Extraia uma expressão do texto acima que esteja adequada ao conceito de fortuna e explique por que ela é adequada.

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FRIEDRICH HEGEL

QUESTÃO 5 (ANO 2003 - 2)

Leia com atenção o fragmento abaixo, extraído das Liçõesde Filosofia da História, do filósofo alemão G.W.F.Hegel.

“A finalidade do espírito universal é encontrar-se, voltar-separa si mesmo e encarar-se como realidade. Porém, o quepoderia ser questionado é se essa vitalidade dos indivíduose dos povos, quando buscam os seus interesses e ossatisfazem, é também meio e instrumento de algo maissublime e abrangente — a respeito do que eles nadasabem, e que realizam sem consciência.”

Analise as assertivas abaixo.

I - Quando Hegel fala da finalidade do espírito universal,ele refere-se a algo que se concretiza na história sob aforma do Estado, tendo como ápice o Estado Moderno,inspirado na revolução francesa, cuja constituição reuniuos direitos do homem, isto é, os direitos naturais, e osdireitos do cidadão, ou seja, os direitos civis.II - Aquilo que merece ser questionado conduz à refutaçãoda vitalidade dos indivíduos e dos povos como agenteshistóricos, pois a edificação do Estado acontece graças àcadeia cega dos eventos humanos, que são arrastados pelodestino e sempre produziram, como resultado, o melhordos mundos. Essa teoria foi enunciada por Leibniz.III - A questão, levantada por Hegel, se a vitalidade “dosindivíduos e dos povos quando buscam os seus interesses eos satisfazem, é também meio e instrumento de algo maissublime e abrangente”, encontra, no próprio texto daFilosofia da História, uma resposta afirmativa, pois Hegelacreditava que o Estado Moderno é resultado da astúcia darazão.IV - O voltar-se para si é típico da visão da história comopassado, essa visão não admite o progresso na históriauniversal, de maneira que todos os eventos humanosconcorrem para a ruína da sociedade humana.Por isso, o “voltar-se para si mesmo” equivale ao mito doeterno retorno, amplamente popularizado no século XIXcom a filosofia de Nietzsche.

Assinale a alternativa que contém as assertivasverdadeiras.A) II e IVB) I e IVC) II e IIID) I e III

QUESTÃO 2 (ANO 2004 - 1)

Considere o fragmento abaixo.

O Estado é a idéia moral exteriorizada na vontade humanae liberdade desta. Por isso, a alteração da história pertenceessencialmente a ele, e os momentos da idéia nele seapresentam como princípios diferenciados..HEGEL, G.W.F. Filosofia da História. Trad. de Maria Rodrigues e HansHarden. 2.ed. Brasília: Editora da UnB, 1998. p. 45.

A constatação de Hegel foi feita no início do século XIX eretrata a nova constituição do Estado que deixou de ser aencarnação do poder divino na figura do soberano, ouainda, o despotismo monárquico. Com base na citaçãoacima, explique o Estado moderno como processohistórico.

QUESTÃO 4 (ANO 2006 - 1)

Na obra Introdução à História da Filosofia, Hegelexpressou o seguinte juízo:

“Na realidade, porém, tudo o que somos, somo-lo por obrada história; ou para falar com maior exatidão, do mesmomodo que na história do pensamento o passado é apenasuma parte, assim no presente, o que possuímos de modopermanente está inseparavelmente ligado com o fato danossa existência histórica. O patrimônio da razãoautoconsciente que nos pertence não surgiu sempreparação, nem cresceu só do solo atual, mas écaracterística de tal patrimônio o ser herança e, maispropriamente, resultado do trabalho de todas as geraçõesprecedentes do gênero humano.”Hegel. Introdução à História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural,1989. Coleção “Os Pensadores”, p. 87.

Responda:A) qual é a meta, segundo Hegel, do processo histórico?

B) aponte a diferença fundamental entre a concepção dehistória de Hegel e a de Marx.

QUESTÃO 4 (ANO 2008 - 1)

Para Hegel “a história universal representa a evolução daconsciência do espírito no tocante à sua liberdade e àrealização efetiva de tal consciência.”Filosofia da História. 2ª.ed. Trad. Maria Rodrigues e Hans Harden.Brasília: Editora da UnB, 1998. p. 60.

A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre opensamento de Hegel, responda:A) O que é a realização efetiva da consciência?B) Qual é a relação entre Estado e História em Hegel?

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QUESTÃO 3 (ANO 2009 - 1)

Considerando que a concepção dialética da História foiapresentada por Hegel antes de Marx e que o agentehistórico na filosofia hegeliana é o Estado, explique:

A) qual é a finalidade do Estado no processo histórico?

B) o que garante a atuação do Estado na História?

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KARL MARX

QUESTÃO 7 (ANO 2000 - 1)

Segundo Marx (séc. XIX), o Estado éA) garantidor do bem-comum, da justiça, da ordem, da lei,da paz, da segurança e da liberdade para todas as classessociais.B) o aparato da ordem e da força pública, sendo um poderpúblico distante e separado da sociedade civil, garantidorde justiça para todas as classes sociais.C) garantidor do direito de propriedade privada eexpressão do interesse geral, intervindo para impedir a lutade classes.D) a expressão legal - jurídica e policial - dos interesses deuma classe social particular, a classe dos proprietáriosprivados dos meios de produção ou classe dominante.

QUESTÃO 7 (ANO 2000 - 2)

Sobre a filosofia de Marx, analisando o conceito detrabalho, é correto afirmar que

I- a produção e a reprodução das condições de existênciase realizam através do trabalho;II- a divisão social do trabalho não é uma simples divisãode tarefas, mas a manifestação da existência dapropriedade;III- os seres humanos distinguem-se dos animais porquesão dotados de consciência e não porque produzem.

Assinale a alternativa correta.A) II e IIIB) IIIC) I e IIID) I e II

QUESTÃO 3 (ANO 2002 - 1)

O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) afirmou que atotalidade “das relações de produção forma a estruturaeconômica da sociedade, a base real sobre a qual se levantauma superestrutura jurídica e política”.MARX, Karl. Para a crítica da economia política. Coleção “OsPensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1987, pp: 29-30.

Considerando a afirmativa de Karl Marx, assinale aalternativa correta.

A) O capitalismo industrial tornou-se realidade efetivaporque não existiu nenhuma contradição entre suas forçasprodutivas com as antigas relações de produção.

B) No capitalismo, o desenvolvimento das forçasprodutivas conduz a classe operária à realização daliberdade,ou seja, ao reino da felicidade.C) É a consciência dos homens que determina o seu ser,pois as condições materiais são apenas contingênciashistóricas que independem das forças materiais.D) O modo de produção da vida material determina ascondições concretas em geral de vida social, política eespiritual.

QUESTÃO 10 (ANO 2003 - 2)

“Para compreender a História, a análise marxista remontaaos fundamentos materiais da ação humana, à produção e àreprodução materiais da vida humana. Nela descobre asleis históricas objetivas, mas não nega, no entanto, o papelda subjetividade na História.

Apenas determina o lugar exato que lhe cabe na totalidadeobjetiva da evolução da natureza e da sociedade.”LUKÀCS, G. Existencialismo ou marxismo. São Paulo: Senzala, 1967. p.127.

A citação acima exprime, com rigor, o método materialistadialético, concebido por Karl Marx para a investigaçãosocial, cujo propósito era a transformação da sociedade,tendo em vista a superação do capitalismo e a construçãoda sociedade sem classes.

Com base na citação, assinale a alternativa correta.

A) Os fundamentos materiais da ação humana decorremdas relações sociais, manifestadas nas relações deprodução, que determinam o ser social do homem einterferem no mundo da natureza.B) A subjetividade é o motor da história, pois é ela, comoconsciência, que determina todo o progresso material edirige a integração do homem com a natureza, resultando,então, a objetivação da natureza.C) As relações de produção, enquanto relações materiaiscelebradas entre os homens, são relações mecânicas eindependentes da vontade e da subjetividade humana, quese submetem à lei natural.D) A totalidade objetiva da evolução da natureza e dasociedade cumprem seu destino natural e realizam a suafinalidade, que é a harmonia, a paz e a prosperidade dohomem graças ao trabalho assalariado.

QUESTÃO 1 (ANO 2004 - 1)

Leia o fragmento abaixo, de Karl Marx..Com o próprio funcionamento, o processo capitalista deprodução reproduz, portanto,

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a separação entre a força de trabalho e as condições detrabalho, perpetuando, assim, ascondições de exploração do trabalhador. Compele sempreo trabalhador a vender sua força detrabalho para viver, e capacita sempre o capitalista acomprá-la..MARX, K. O capital, Livro I, O processo de produção do Capital [Vol.II]. Trad. deReginaldo Sant.Anna. 11.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1987, p.672.De acordo com o filósofo alemão, a condição dotrabalhador na economia capitalistaclássica éI . de realização plena da sua capacidade produtiva,alcançando a autonomia financeira ea satisfação dos valores existenciais tão almejados pelahumanidade, desde osprimórdios da história.II . de alienação, pois os trabalhadores possuem apenas suacapacidade de trabalhar, queé vendida ao capitalista em troca do salário, por isso, aprodução não pertence aotrabalhador, sendo-lhe estranha.III . de superação da sua condição de ser natural paratornar-se ser social, liberto graças àdivisão do trabalho, que lhe permite o desenvolvimentocompleto de suas habilidadesnaturais na fábrica.IV . de coisa, isto é, o trabalhador é reificado, tornando-semercadoria, cujo preço é osalário, ao passo que as coisas produzidas pelo trabalhador,na ótica capitalista, parecemdotadas de existência própria.Assinale a alternativa que apresenta as assertivas corretas.A) II e IVB) I e IIC) II e IIID) III e IV

QUESTÃO 4 (ANO 2001 - 2)

“Na produção social da própria vida, os homens contraemrelações determinadas, necessárias e independentes de suavontade, relações de produção estas que correspondem auma etapa determinada dedesenvolvimento das suas forças produtivas materiais. Atotalidade destas relações de produção forma a estruturaeconômica da sociedade, a base real sobre a qual se levantauma superestrutura jurídica e política, e à qualcorrespondem formas sociais determinadas de consciência.O modo de produção da vida material condiciona oprocesso em geral de vida social, político e espiritual.”Karl Marx. Para a crítica da economia política — Prefácio. São Paulo:Abril Cultural, 1978. Coleção “Os Pensadores”.

Explique por que Marx afirma que não são as idéiashumanas que movem a História, mas são ascondições históricas que produzem as idéias.

QUESTÃO 4 (ANO 2002 - 2)

Considere o fragmento abaixo.“ O modo de produção da vida material condiciona oprocesso em geral de vida social, político eespiritual.”MARX, K. Prefácio de 1859 de Para a crítica da Economia Política.Col. Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1978.

Explique como é determinada a consciência, segundoKarl Marx (1818-1883).

QUESTÃO 4 (ANO 2005 - 2)

“Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim sãoeles. O que eles são coincide, portanto, com sua produção,tanto com o que produzem, como com o modo comoproduzem. O que os indivíduos são, portanto, depende dascondições materiais de sua produção.”MARX, Karl. A Ideologia Alemã. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 27-28.

Considerando o trecho acima e a teoria marxiana,responda:

A) o que significa, para Marx, afirmar que é o ser socialdos homens que determina a consciência?

B) a dialética marxista é idealista ou não? Explique.

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ÉTICA

ARISTÓTELES

QUESTÃO 5 (ANO 2007 - 2)

Leia atentamente o trecho de Aristóteles, citado abaixo, eassinale a alternativa que o interpreta corretamenente.“Como já vimos há duas espécies de excelência: aintelectual e a moral. Em grande parte a excelênciaintelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seucrescimento à instrução (por isto ela requer experiência etempo); quanto à excelência moral, ela é o produto dohábito [...]”.ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo:Nova Cultural, 1996.

A) A excelência moral é superior à intelectual porque éresultado do nascimento.B) A excelência intelectual é positiva e a moral negativa.C) As excelências intelectual e moral anulam-serespectivamente.D) As excelências moral e intelectual possuem,respectivamente, origem no hábito e na instrução.

QUESTÃO 2 (ANO 2003 - 2)

“Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual emoral, a primeira, por via de regra, gera-se e cresce graçasao ensino - por isso requer experiência e tempo; enquantoa virtude moral é adquirida em resultado do hábito, dondeter se formado o seu nome ética [êthiké] por uma pequenamodificação da palavra hábito [éthos]. Por tudo isso,evidenciase também que nenhuma das virtudes moraissurge em nós por natureza; com efeito, nada do que existenaturalmente pode formar um hábito contrário à suanatureza. Por exemplo, a pedra que por natureza se movepara baixo não se pode imprimir o hábito de ir para cima,ainda que tentemos adestrá-la jogando-a dez mil vezes noar; nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para baixo,nem qualquer coisa que por natureza se comporte de certamaneira a comportar-se de outra”.Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção“Os Pensadores”. p. 267.

A partir da análise do texto acima, estabeleça, em primeirolugar, a distinção entre virtude intelectual emoral; mostre, a seguir, por que a virtude moral não surgeem nós por natureza.

QUESTÃO 1 (ANO 2010 - 2)

Uma parte importante da doutrina de Aristóteles sobre aética foi registrada em seu livro Ética Nicomaquéia. Nele,encontra-se o seguinte trecho:

Com relação ao temor, ao ardor, ao desejo, à ira, à piedadee, em geral, ao gozo e à dor, há um excesso e uma falta, eambos não são bons; mas se experimentamos aquelaspaixões [...] com a finalidade e do modo como se deve,então estaremos no meio e na excelência, que são própriosda virtude [...]. Portanto, a virtude é certa mediania, quetem por escopo o justo meio.Aristóteles, Ética Nicomaquéia, B 6, 1106 b. p. 18-28.

Com base no texto citado e em seus conhecimentos,responda:

A) Em que consiste a virtude, de acordo com Aristóteles?

B) Segundo Aristóteles, qual é o papel da prudência nabusca pelo justo meio do qual se fala a propósito davirtude ética?

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IMMANUEL KANT

QUESTÃO 6 (ANO 2002 - 2)

O esclarecimento exige liberdade. Kant associou aliberdade ao exercício da razão em todas as circunstânciasda vida.Frente às informações apresentadas, analise as assertivasabaixo.I - A liberdade consiste no uso público da razão, ou seja,cada um faz uso de sua própria razão e fala em seu próprionome.II - O uso privado da razão é, sempre e em todas ascircunstâncias, o impedimento do progresso doesclarecimento.III - A prática de uma profissão, a do professor porexemplo, quando destituída de crítica, ela é tão só o usoprivado da razão.IV - O sábio é aquele que, além de desempenhar umafunção profissional, exerce sua liberdade de exporpublicamente suas idéias.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmaçõescorretas.

A) II, III e IVB) I, II e IIIC) I, III e IVD) II e IV

QUESTÃO 4 (ANO 2007 - 1)

Leia com atenção o texto abaixo.

Um menino, a pedido de sua mãe, foi de manhã à padariapara comprar pães de queijo. Como estivesse emdificuldades financeiras, o comerciante cobrou-lhe trintacentavos a mais pela mercadoria, considerando que estedinheiro por certo não faria falta a uma criança deaparência tão saudável. No início da noite, o pai do meninovoltou à padaria para comprar leite, e equivocou-se aopagar o comerciante, dando-lhe cinqüenta centavos a mais.O comerciante, no entanto, prontamente, restituiu aofreguês os cinqüenta centavos pagos a mais, considerandoque o pai do menino era fiscal da prefeitura e que, emqualquer caso, seria conveniente manter boas relações comas autoridades locais.

Em conformidade com o pensamento kantiano, respondaas três questões que se seguem.

A) Por que a primeira atitude do comerciante (em relaçãoao menino) é contrária ao dever e imoral?

B) Por que a segunda atitude do comerciante (em relaçãoao pai do menino) é conforme ao dever, mas mesmoassim é imoral?

C) De acordo com o pensamento de Kant, cite, para o caso1 (relativo ao menino) e para o caso 2 (relativo ao pai domenino), uma regra que o comerciante poderia ter seguidopara agir moralmente.

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FRIEDRICH W. NIETZSCHE

QUESTÃO 10 (ANO 2010 - 2)

Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) opõe à moraltradicional, herdeira do pensamento socrático-platônico eda religião judaica-cristã, a transvaloração de todos osvalores. Conforme Aranha e Arruda (2000): “Ao fazer acrítica da moral tradicional, Nietzsche preconiza a‘transvaloração de todos os valores’. Denuncia a falsamoral, ‘decadente’, ‘de rebanho’, ‘de escravos’, cujosvalores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o amorao próximo”. Desta forma, opõe a moral do escravo àmoral do senhor, a nova moral.(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introduçãoà filosofia. São Paulo: Moderna, 2000, p. 286.)

Assinale a alternativa que contenha a descrição da “moraldo senhor” para Nietzsche.

A) É caracterizada pelo ódio aos instintos; negação daalegria.B) É negativa, baseada na negação dos instintos vitais.C) É transcendental; seus valores estão no além-mundo.D) É positiva, baseada no sim à vida.

QUESTÃO 4 (ANO 2009 - 2)

Leia atentamente o texto a seguir.

“O cristianismo, por sua vez, esmagou e alquebroucompletamente o homem, e o mergulhou como que em umprofundo lamaçal: então, no sentimento de total abjeção,fazia brilhar de repente o esplendor de uma piedade divina,de tal modo que o surpreendido, atendido pela graça,lançava um grito de embevecimento e por um instanteacreditava carregar o céuinteiro em si.”NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano. Col. Os Pensadores. SãoPaulo: Nova Cultural, 1987. p. 59.

Com base no texto de Nietzsche, responda as seguintesquestões:

A) O cristianismo pode ser considerado “moral doescravo” ou “moral do senhor”?

B) Selecione uma frase do texto que apresenta acaracterística fundamental do cristianismo para Nietzsche.

C) Com base na frase selecionada, explique se, paraNietzsche, o cristianismo é uma doutrina que nega ou quevaloriza a força, a saúde e a vida.

QUESTÃO 4 (ANO 2010 - 2)

Leia o texto abaixo e responda as questões que se seguem.

- “Jessica Lovejoy: Você é mau, Bart Simpson.- Bart Simpson: Não, não sou! Na verdade...- Jessica Lovejoy: É sim. Você é mau... e eu gosto disso.- Bart Simpson: Sou mau até os ossos, gatinha!”

Será que, do ponto de vista nietzschiano, não estamosadmirando o personagem errado? Será que Lisa Simpson éparte do que Nietzsche chama de cansaço do mundo,decadência, moralidade do escravo, ressentimento? Claro,é divertido ser mau, mas pode haver algo de saudável evital, ou filosoficamente importante nisso? Seria BartSimpson, afinal de contas, o ideal nietzschiano?CONARD, M.; IRWIN, W. e SOBLE, A. Os Simpsons e a Filosofia.Apud CHALITA, G. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2006, p. 335.

Com base no texto acima, responda as perguntas que seseguem:

A) Quais são as características da moral do escravo naconcepção de Nietzsche?

B) Quais são as características da moral do senhor naconcepção de Nietzsche?

C) A partir do texto acima, o personagem Bart Simpsonpode ser considerado um personagem nietzschiano?Justifiquesua resposta com base em seus conhecimentos acerca dafilosofia de Nietzsche.

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JEAN-PAUL SARTRE

QUESTÃO 10 (ANO 2000 - 2)

Sartre fundou um existencialismo ateu. Para este filósofo,não há um Deus que cria o homem e ordena-lhea vida segundo um fim prévio. Sobre o existencialismo deSartre as afirmativas abaixo são corretas, EXCETO

A) a liberdade do homem só poderá efetivar-se plenamenteno âmbito da sociedade burguesa que defende a livreiniciativa e o papel mínimo do Estado.B) o homem é o único ser que é ser-para-si, isto quer dizerque ele é o seu próprio projeto.C) a má fé resulta da fuga da experiência da angústia de tersempre que escolher.D) os valores que estruturam a existência humana não sãoobrigações metafísicas individuais e nem imposições datradição; cabe apenas ao homem criá-las.

QUESTÃO 10 (ANO 2001 - 1)

Para Sartre (1905-1980) o homem a todo momento estáescolhendo o caminho a seguir em sua existência, e estaescolha tem valor porque é feita entre outras inúmeraspossibilidades; esta situação é de angústia, mas, uma vezfeita a escolha, a angústia passa a ser a autonomia doquerer. A situação existencialista da escolha, tal como foidescrita, implica

A) a má fé do homem, pois a escolha é feita somente parasatisfação de si mesmo.B) a responsabilidade do homem, pois ele é sempre o autorda escolha feita.C) a falsa consciência, que desconhece a autonomia eaceita aquilo que fazem de si.D) a natureza humana imutável do indivíduo, que é acerteza da liberdade espiritual.

QUESTÃO 7 (ANO 2001 - 2)

Jean-Paul Sartre, (1905-1980), afirma que “estamoscondenados à liberdade”. Sendo assim, afirma

A) que a liberdade é o poder do todo para agir emconformidade consigo mesmo, instaurando leis e normasnecessárias para os indivíduos.B) que estamos sob o poder de forças externas maispoderosas que nossas vontades, que nos obrigam a serlivres.C) que a liberdade é a escolha incondicional que o própriohomem faz de seu ser e de seu mundo.

D) que a liberdade é resignar-se ou conformar-se àssituações, que encontramos no mundo e que nosdetermina.

QUESTÃO 10 (ANO 2002 - 2)

Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assimdefinida:

A) o estar sob o jugo do todo para agir em conformidadeconsigo mesmo, instaurando leis e normas necessáriaspara os indivíduos.B) circunstâncias que nos determinam e nos impedem defazer escolhas de outro modo.C) conformação às situações que encontramos no mundo eque nos determinam.D) escolha incondicional que o próprio homem faz de seuser e de seu mundo. “Estamos condenados à liberdade”,segundo o autor.

QUESTÃO 4 (ANO 2004 - 1)

O nada, impensado para Parmênides, encontrou em Sartrevalor ontológico, pois o nada é o ponto de partida daexistência humana, uma vez que não há nenhumaanterioridade à existência, nem mesmo uma essência. Estatese apareceu no livro O Ser e o Nada. Tal afirmaçãoencontra-se também em outro livro, O existencialismo éum humanismo, no qual está escrito:.Porém, se realmente a existência precede a essência, ohomem é responsável pelo que é. Desse modo, o primeiropasso do existencialismo é o de pôr todo homem na possedo que ele é, de submetê-lo à responsabilidade total de suaexistência..SARTRE, J.P. O existencialismo é um humanismo. Trad. de Rita CorreiaGuedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 6. Coleção .Os Pensadores..A responsabilidade para Sartre diz respeito

A) ao indivíduo para consigo mesmo, já que oexistencialismo é dominado pelo conceito de subjetividadeque restringe o sujeito da ação à sua esfera interior,circunscrita pelas suas representações arbitrárias, queexclui o outro; toda escolha humana é a escolha por sipróprio.B) ao vínculo entre o indivíduo e a humanidade, já quepara o existencialista, cada um é responsável por todos oshomens, pois, criando o homem que cada um quer ser,estaremos sempre escolhendo o bem e nada pode ser bompara um, que não possa ser para todos.C) à imagem de homem que pré-existe e é anterior aosujeito da ação. É uma imagem tal qual se julga que todosdevam ser, de modo que o existencialismo, em virtude dasua origem protestante com Kierkegaard, renova a moralasceta do cristianismo, que exige a anulação do eu.

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D) ao partido político que tem a primazia na condução doprocesso de edificação da nova imagem de homemcomprometido com a revolução e que faz de cada umaquilo que deverá ser, tal como ficou célebre no moteexistencialista: o que importa é o resultado daquilo que nosfizeram.

QUESTÃO 10 (ANO 2006 - 1)

“(...) não encontramos, já prontos, valores ou ordens quepossam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremosnem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminosodos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa.Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressardizendo que o homem está condenado a ser livre.Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, noentanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, éresponsável por tudo oque faz”.SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 3ª ed. SãoPaulo: Nova Cultural, 1987, p. 9.

Tomando o texto acima como referência, assinale aalternativa correta.

A) Sartre afirma que o homem está condenado a ser livre eque, por esta razão, deve ser responsável por tudo o queacontece ao seu redor.B) Sartre considera que o homem não é responsável porseus atos, “porque não se criou a si mesmo”, sendo, poresta razão, totalmente livre.C) Ao dizer que “(...) não encontramos, já prontos, valoresou ordens que possam legitimar a nossa conduta”, Sartredefende que o existencialismo não admite qualquer valor,nem a liberdade.D) O existencialismo de Sartre defende a tese da absolutaresponsabilidade do homem em relação aos atos quepratica, porque sua moral parte do princípio de umaliberdade coerente e comprometida com o bem comum.

QUESTÃO 50 (ANO 2008 - 2)

Considere o texto abaixo.

Dostoiévski escreveu: “Se Deus não existisse, tudo seriapermitido”. Eis o ponto de partida do existencialismo. Defato, tudo é permitido se Deus não existe, e, porconseguinte, o homem está desamparado porque nãoencontra nele próprio nem fora dele nada a que se agarrar.Para começar, não encontra desculpas.SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um humanismo. Trad. De RitaCorreia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 9.

Tomando o texto acima como referência, marque aalternativa correta.

A) Nesse texto, Sartre quer mostrar que sua teoria daliberdade pressupõe que o homem é sempre responsávelpelas escolhas que faz e que nenhuma desculpa deve serusada para justificar qualquer ato.

B) O existencialismo é uma doutrina que propõe a adoçãode certos valores como liberdade e angústia. Para oexistencialismo, a liberdade significa a total recusa daresponsabilidade.C) Defender que “tudo é permitido” significa que ohomem não deve assumir o que faz, pois todos os homenssão essencialmente determinados por forças sociais.D) Para Sartre, a expressão “tudo é permitido” significaque o homem livre nunca deve considerar os outros e podefazer tudo o que quiser, sem assumir qualquerresponsabilidade.

QUESTÃO 10 (ANO 2009 - 2)

Leia o texto abaixo.“A doutrina que lhes estou apresentando é justamente ocontrário do quietismo, visto que ela afirma: a realidadenão existe a não ser na ação; aliás, vai longe ainda,acrescentando: o homem nada mais é do que o seu projeto;só existe na medida em que se realiza; não é nada além doconjunto de seus atos, nada mais que sua vida”.SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo:Nova Cultural, 1987, Col. Os Pensadores. p. 13.

Tomando o texto acima como referência, assinale aalternativa correta.

A) A frase “a realidade não existe a não ser na ação”significa que é o homem aquele que cria toda a realidadepossível e imaginável, que o homem é o ser que cria omundo todo a partir de sua existência.B) O existencialismo sartreano é uma espécie muitoparticular de quietismo, porque afirma que o homem élivre a partir do momento em que deixa a decisão sobre aprópria existência nas mãos dos outros.C) Quando Sartre afirma que o homem “nada mais é doque a sua vida”, ele está dizendo que todos são iguais naindeterminação de seus atos e que, portanto, é indiferenteser responsável ou não pelas ações praticadas.D) O existencialismo de Sartre é o contrário do quietismo,porque defende que a vida humana é feita a partir dasações e escolhas que cada ser humano realiza juntamentecom outros homens. A vida do homem é um projeto que serealiza em plena liberdade.

QUESTÃO 4 (ANO 2001 - 1)

"E, quando dizemos que o homem é responsável por sipróprio, não queremos dizer que o homem é responsávelpela sua restrita individualidade, mas que é responsávelpor todos os homens."(Sartre, J-P. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: AbrilCultural, 1978. p. 219 Coleção "Os Pensadores")Explique a afirmação de Sartre, segundo a qual aresponsabilidade de cada um, ela própria, envolve toda ahumanidade.

QUESTÃO 4 (ANO 2003 - 1)

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Jean-Paul Sartre foi um dos principais filósofos do séculoXX. Ele sustentou um projeto existencialista centrado naação da pessoa, que diante do mundo se dilacera parapoder realizar sua vida como projeto de autonomia daprópria existência.Eis o comentário de Sartre: “O existencialismo não é tantoum ateísmo no sentido em que se esforçaria pordemonstrar que Deus não existe. Ele declara, maisexatamente: mesmo que Deus existisse, nada mudaria; eisnosso ponto de vista.”SARTRE, Jean-Paulo. O existencialismo é um humanismo. São Paulo:Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. p.

O que Sartre colocou em evidência com esta afirmaçãopolêmica?

QUESTÃO 4 (ANO 2003 - 2)

“Gostaria de defender, aqui, o existencialismo de umasérie de críticas que lhe foram feitas”, assim começa Sartreo seu opúsculo O existencialismo é um humanismo.

Quais foram as principais críticas dirigidas aoexistencialismo sartreano?

QUESTÃO 4 (ANO 2009 - 1)

Leia atentamente o texto abaixo.“[...] se a existência precede a essência, nada poderá jamaisser explicado por referência a uma natureza humana dada edefinitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem élivre, o homem é liberdade.”

SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Tradução deRita Correia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 09.

Tomando o texto acima como referência, faça o que sepede.

A) Mencione quatro conceitos básicos do existencialismode Sartre.

B) A frase “não existe determinismo” significa que o serhumano pode agir de forma livre e irresponsável? Porquê?