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    LOGSTICA DE MONTAGEM DE ESTRUTURAS METLICASEM CENTROS URBANOS COM O USO DE GUINDASTES

    Vanessa da Silva de Azevedo Mestanda do !o"a#a de !$s%

    Gad&a'(o e# En"en)aia Civil !GECIV UER*

    C+o Bo"es *&nio % !o,esso do !o"a#a de !$s%Gad&a'(o e#

    En"en)aia Civil !GECIV UER*

    -. INTRODU/0O

    Para ANDRADE (2005), a construo com estrutura metlica sempre a

    resultante de um processo industrialiado e de uma sucesso de etapasinterdependentes e inte!radas da o"ra, um sistema #ue possui caracter$sticaspr%prias muito espec$&icas e di&erenciadas' As caracter$sticas deste processo t$pico#ue a utilia e sua importncia no dependem apenas do tamano da o"ra e daconstrutora ou &a"ricantes, mas tam"m da sua &inalidade, seu teor tcnico, suarapide e economia, suas #ualidades de se!urana em relao aos e&eitos e*ternose de utiliao, alm de seu aspecto social'

    + os *itos tcnicos e econ-micos resultam das ati.idadesinterdependentes deste processo construti.o' A inte!rao de dois !rupos deprocessos/ e*ecuo (&a"ricao) da estrutura e a monta!em traduemse em umao"ra com estruturas metlicas' Am"os os processos so re!idos pelas ati.idades

    "sicas de maior importncia, ou se1a, a concepo e o desen.ol.imento do pro1eto,#ue en.ol.e por sua .e/ o pro1eto ar#uitet-nico, o estrutural, o econ-mico e o deplane1amento'

    en&o#ue deste arti!ol .isa o pro1eto de plane1amento e contempla o &ato de#ue a literatura de consulta para a ela"orao deste se1a escassa em nosso pa$s,pelo menos o setor do pro1eto #ue di respeito 3 mo.imentao e carre!amento dasestruturas utiliadas na construo metlica'

    4isualiando !uindastes como e#uipamentos #ue iam e mo.imentampeas de peso ele.ado, m#uinas, .e$culos tom"ados, praticamente os descartaseseu uso no processo de construo ci.il de pe#ueno porte' Entretanto, de.ido 3moderniao dos processos construti.os com estruturas metlicas encontrase

    lu!ar para este tipo de e#uipamento, .endo no mesmo o preencimento de umalacuna dentro da re.oluo do processo construti.o ao #ual se prope impulsionar/ oconceito 6EAN na construo ci.il com estruturas metlicas'

    Desta maneira, temse como o"1eti.o principal a criao de um manualtcnico completo relati.o 3 procedimentos de campo necessrios para manuseio ecarre!amento de estruturas metlicas (ri!!in!) em o"ras de construo predial,inseridas em centros ur"anos .isando estar dentro do conte*to do conceito 6EANaplicado na construo ci.il' Este um pro1eto &uturo'

    ptouse por inicialmente ela"orar um manual tcnico de procedimentos, a&im de reunir os principais conceitos relati.os 3 iamento e mo.imentao de car!asadotados em campo e a .ia"iliao de sua consolidao como material de consultapara esta ati.idade' Alm da preocupao de redi!ilo da &orma mais simplesposs$.el sem retirar a credi"ilidade de.ida das in&ormaes nele contidas'

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    A ela"orao deste manual tcnico .isou suprir in&ormaes !erais deespeci&icao e uso de e#uipamentos (!uindastes), assim como o uso de ta"elas decar!a, cuidados de se!urana, detalamentos de implementos, tendo comometodolo!ia empre!ada a concepo de material #ue a"orde com satis&ao apro&issionais #ue no se1am apenas os operadores do e#uipamento, como acontece

    em manuais tcnicos de utiliao, mas pro&issionais #ue .enam a ela"orar o planode mo.imentao de car!as (plano de rigging) em campo, os camados riggers'Ao trmino do pro1eto, conclu$do o manual, o"te.ese como material de

    consulta, um material tcnico de #ualidade #ue te.e como pano de &undo um planode tra"alo #ue es!otou toda a literatura dispon$.el, se1a ela nacional ouinternacional, de.idamente adaptada para as condies climticas, de operao, deade#uao 3s normas .i!entes, etc' 7aseadas sempre na e*perincia depro&issionais atuantes na rea de mo.imentao, iamento ou descar!a de car!as,assim como os pro&issionais en.ol.idos na implantao do conceito lean naconstruo ci.il com estruturas metlicas'

    A maior preocupao na concepo deste arti!o , sem d8.ida, di&undir a

    disponi"ilidade deste manual &ocando a contri"uio para a moderniao dosprocessos construti.os na construo ci.il dentro do conceito lean e oaper&eioamento dos pro&issionais comprometidos com esta meta'

    1. ESTUDO DE RIGGING

    Coleta de Dados do Projeto estudo de ri!!in! se assemela 3 &ase de plane1amento da o"ra, em"ora

    este1a naturalmente inserido nesta etapa' Atra.s deste estudo sero determinadosdi.ersos &atores #ue "uscam otimiar o tempo de monta!em da estrutura de &orma#ue os transtornos en.ol.endo a monta!em se tornem .anta!em competiti.a &rente3 estrutura de concreto'

    primeiro passo no estudo de ri!!in! a coleta de dados do pro1etoestrutural, pois atra.s desta coleta se determinar a escola do e#uipamento a serutiliado' Esta escola sin!ular e de.e atender a uma srie de re#uisitos "sicos,alm de demandar ateno especial a pe#uenos detales #ue ao &inal do processoiro compor com o"1eti.idade o ar!umento para a escola do !uindaste'

    9odo esse processo ir compor um documento conecido como :Plano deRigging ou Plano de ;o.imentao de

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    2.1.1. Estudo de cargaAs in&ormaes retiradas do pro1eto estrutural de.em ser relati.as 3 car!a a

    ser mo.imentada, assim como 3 sua dimenso' Desta maneira "uscase namem%ria estrutural in&ormaes como a car!a de maior peso, a car!a de maiordimenso e poss$.eis pontos de iamento'

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    De.ido a composio de sua superestrutura, seu peso pr%prio no toele.ado como os !uindastes so"re esteira, contudo, em caso de a&undamento ouala!amento do terreno, necessitase o calamento com prances e dormentes'

    i!ura F/ Guindaste so"re cassi m%.el e de lana telesc%pica' onte/ 9adano (2005)'

    Dimensionados atualmente para car!as a partir de 25 t, so !uindastes depe#ueno a mdio porte e #ue necessitam se esta"iliar durante a operao de

    mo.imentao de car!as, so"re patolas'

    %&%&'&%& !uindaste autopropelidoEste tipo de !uindaste em muito se parece com o truc$ crane,

    di&erenciandose em detales como sua 8nica ca"ine, tanto para operao demo.imentao e iamento de car!as como para locomoo do !uindaste' Por ter8nica ca"ine, o mesmo apresenta dimenses menores, operando com certo con&ortoem espaos limitados, sendo assim muitas .ees camado de !uindaste compacto'

    Possui ainda trao nas #uatro rodas, ideal para terrenos irre!ulares comocanteiros de o"ras, se destacando como &acilitador caso o terreno se encontre coma&undamentos ou ala!amento de.ido 3 ao da cu.a'

    Dimensionados para car!as de pe#ueno a mdio porte como os truc$cranes(apro*imadamente 25 t), so muito indicados para o uso em construo ci.il'

    i!ura 2/ Guindaste autopropelido' onte/ Gro.e (200H)'

    Atualmente os !uindastes mais modernos so e#uipados com um sistemacomputadoriado camado de A;6, #ue pode ser descrito como limitadorautomtico de momento' Bndica a relao entre o momento de car!a real e omomento nominal m*imo suportado pelo e#uipamento, permitindo ainda aooperador do !uindaste &aer as con&i!uraes necessrias a cada operao e o"teros resultados mostrados na tela ou .isor na ca"ine de operao'

    Este tipo de acess%rio est li!ado a um sinaliador sonoro #ue, i!ualandose a relao entre o momento de car!a real e o momento nominal m*imo

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    suportado pelo e#uipamento, tra.a o mesmo e impede #ue a operao prossi!a,!arantindo a esta"ilidade do con1unto'

    De&inido o tipo de !uindaste a ser utiliado para o iamento e a mo.imentaode car!as, determinarse a capacidade de car!a limite aplicada ao e#uipamento,ou se1a, a maior capacidade de car!a a #ue o !uindaste de.e estar su"metido

    #uando posicionado em situao mais des&a.or.el pre.ista pelo plano de iamentoe mo.imentao de car!a dentro dos padres de se!urana'

    3. !LANO DE I/AMENTO E MOVIMENTA/0O DE CARGAS

    9am"m conecido como Plano de Rigging, o Plano de ;o.imentao de

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    mesma'9oda a operao de iamento e mo.imentao de car!as antes .eri&icada

    de acordo com a ta"ela de car!as do e#uipamento a ser utiliado, sendo todo oPlano de Bamento e ;o.imentao de

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    e*tendidos e o uso da ta"ela de car!as so"re pneus o modo como as tenses sodissipadas para o solo, a esta"ilidade do con1unto car!a * e#uipamento'

    peraes realiadas com patolas totalmente recolidas !arantem #ue asmesmas to#uem o solo em lu!ar dos pneus' s es&oros suportados peloe#uipamento sero trans&eridos para o solo unicamente atra.s das patolas'

    Entretanto, operaes realiadas so"re pneus con&erem #ue os mesmosto#uem o solo e a trans&erncia dos es&oros se d atra.s destes, por isso anecessidade de mantlos sempre cali"rados de acordo com o manual do &a"ricante'

    No permitido #ue o e#uipamento se locomo.a en#uanto a car!a esti.ersuspensa pela lana'

    (&'&/& Contrapeso contrapeso do e#uipamento o acess%rio #ue con&ere o e#uil$"rio ao

    sistema car!a * e#uipamento alm de seu peso pr%prio' 4isa !arantir esta"ilidadedurante o !iro do con1unto &ormado pela ca"ine de operao e lana telesc%pica'

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    raio de !iro do con1unto contrapeso Q ca"ine de comando do !uindaste estcompreendido dentro da rea utiliada para o patolamento, pois este con1unto dimensionado de &orma a !irar dentro dos limites de patolamento'

    3.2. Peso da Carga e peso de Movimentao

    peso da car!a e o peso da mo.imentao so conceitos distintos' Podese dier #ue o peso da car!a a#uele o"tido atra.s da pesa!em da car!a ou dodeseno cienti&icado de &a"ricao da mesma' + o peso da mo.imentao o pesototal ou parcial m*imo da car!a acrescido do peso de todos os acess%rios deiamento, tais como ca"os, moito e acess%rios de mo.imentao (manilas,!ancos, etc) suspensos na ponta da lana do !uindaste durante a operao demo.imentao de car!as'

    Para tanto, ao consultarse a ta"ela de car!as se &a necessrio adicionar opeso dos ca"os e moito ao peso da car!a, con&erindo assim o peso total demo.imentao'

    (&(& Amarrao da Carga

    A amarrao da car!a para o iamento um dos &atores #ue re#uer atenodentro do conceito de mo.imentao de car!as, .isto #ue uma !rande .ariedadede e#uipamentos e acess%rios utiliados para este &im'

    Assim como na escola do !uindaste mais ade#uado para o iamento emo.imentao de.ese &aer a mesma anlise para determinar a lin!a e o acess%riomais indicado para iar a car!a dese1ada'

    (&-& 0ingasCo os meios pelos #uais o peso da car!a transmitido para o !uindaste no

    momento do iamento' s tipos mais comuns de lin!as so/Ca"os estroposJ Co ca"os de ao cortados em tamanos prde&inidos e #uepossuem sua e*tremidade em &orma o.alada, parecido com &ormato de :!ota='Podem ser tranados a mo ou prensados mecanicamente (superlao)' De "ai*a&le*i"ilidade apresentam ele.ado peso de acordo com a "itola utiliada para suacon&eco'

    Cintas de n1lonJ ;ais le.es e male.eis #ue os ca"os estropos, preser.am asmesmas propriedades #ue estes' De alta &le*i"ilidade permitem o uso emsuper&$cies escorre!adias ou sens$.eis, pass$.eis de amassamento'

    A escola correta das lin!as a serem utiliadas dada em &uno da car!a aser iada, e.itando sempre #ue materiais com :cantos .i.os= se1am iadosdiretamente por ca"os estropos ou cintas de nlon, pois o atrito entre as lin!as e oe#uipamento pode .ir a causar danos tanto nos e#uipamentos de lin!ar como nacar!a a ser mo.imentada'

    canto .i.o pode ser de&inido atra.s da espessura da lin!a de o raio docanto ronde ocorrer a amarrao' >uando o raio (r) da e*tremidade da pea #ueesti.er em contato com a lin!a &or menor #ue a espessura (d) da lin!a consideraseneste ponto um canto .i.o'

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    i!ura 5/ Es#uematiao de canto .i.o' onte/ RSD

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    &) Durante a e*ecuo dos ser.ios, a car!a no de.e passar por cima depessoas

    !) operador do e#uipamento de mo.imentao de car!a no de.e se a&astarda ca"ine de comando durante a operao de mo.imentao

    ) s tra"alos de mo.imentao de car!a no de.em ser e*ecutados em dias

    de cu.a intensa, .entos &ortes ou condies ad.ersas de iluminao'

    4. CONCLUS2O

    Dentro de todas as di&iculdades encontradas em campo re&erente 3mo.imentao de car!as com o uso de !uindastes de mdio e pe#ueno porte,procurouse simpli&icar as in&ormaes de modo #ue cada orientao pudesse serse!uida com total entendimento'

    Cendo assim podese dier #ue este arti!o .isa proporcionar ao leitor uma.iso rpida e clara do #ue o plane1amento necessrio 3 operao de

    mo.imentao e iamento de car!as de modo #ue, mesmo sendo lei!o no assunto,possa compreender o plane1amento necessrio para locao correta doe#uipamento, assim como o"ser.ar seu &uncionamento de &orma mais tcnica'

    processo construti.o utiliando estruturas metlicas necessita atualmentede su"s$dios #ue &ortaleam a escola deste tipo de estrutura e o uso de !uindastesneste processo , sem d8.ida, necessrio' Entretanto &alta corpo tcnicoespecialiado #ue sai"a interpretar as necessidades do empreendimento assimcomo os resultados o"tidos'

    Assim, esperase #ue a partir deste tra"alo a1a a desmisti&icao doprocesso lo!$stico en.ol.endo ma#uinrio de !rande porte como !uindastes, dadoao &ato de #ue a lacuna de in&ormaes #ue antes e*istia aos poucos se preence ae estimase #ue se complete com a e.oluo deste tra"alo'

    3. RE4ER5NCIAS BIBLIOGR4ICAS

    ANDRADE, P'A' Palestra apresentada pelo en!eneiro Paulo A' Andrade,representando a A"cem, no BA7 J Bnstituto dos Ar#uitetos do 7rasil'Pu"licada naRe.ista

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