apostila hidráulica

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Este material faz parte do Programa SENAI SC de Recursos Didáticos w.sc.senai.br/recursosdidaticos 5HIDRÁULICA E TÉCNICAS DE COMANDO 1.1 Tabela de velocidades 19 retilínia) 23 3.1 Unidades fundamentais do Sistema Internacional 27 3.2 Conversão das principais unidades de pressão 27 3.3 Unidades de pressão mais utilizadas em sistemas hidráulicos 28 3.4 Principais unidades de capacidade ou volume 28 3.5 Principais unidades de força 28 3.6 Principais unidades de vazão 29 5.1 Linhas de fluxo 31 5.2 Simbolos funcionais 31 5.3 Fontes de energia 32 5.4 Válvulas direcionais 32 5.5 Métodos de acionamento 32 5.6 Válvulas controladoras de vazão 3 5.7 Válvula de retenção 3 5.8 Válvula reguladora de pressão 34 5.9 Reservatório 34 5.10 Bombas 35 5.1 Motores 35 5.12 Cilindros 36 5.13 Instrumentos e acessórios 37 7.1 Solenóides em eletroválvulas 49 13.1 Tabela de conversão de viscosidade 68 13.2 Comparação entre dois índices de viscosidade diferentes 69 1 Introdução à Hidráulica 14 3 Unidades Fundamentais do Sistema Internacional 27 5 Simbologia / Resumo 31 7 Válvulas Direcionais 45 1.2 Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em polegadas de canalização 13 Fluidos Hidráulicos.............................................................63 6HIDRÁULICA E TÉCNICAS DE COMANDO 1.1 Lei de Pascal 15 1.2 Princípio de compensação de energia 15 1.3 Vazão 16 1.4 Coluna de fluido 17 1.5 Fluxo lamiar e fluxo turbulento 18 2.1 Carga sobre o atuador: sistema sem vazamento 25 2.2 Carga sobre o atuador: sistema com vazamento 25 2.3 Restrição na tubulação 26 4.1 Posição do reservatório em relação à bomba 30 6.1 Bombas hidráulicas: bombas de fluxo radiais ou 6.2 Bombas hidráulicas: bombas de fluxo radiais ou 6.3 Bombas hidráulicas: bombas de fluxo axial 38 6.4 Bombas de engrenagens 38 6.5 Bombas de engrenagens internas 39 6.6 Bombas de engrenagens espinha de peixe 39 6.7 Bombas de vazão fixa 40 6.8 Bombas de vazão variável com compensação de pre 40 6.9 Bombas de vazão variável com compensação de pre 40 6.10 Bombas de vazão variável com compensação de pr 6.1 Bombas de pistões axiais de eixo inclinado ou d 6.12 Bombas de pistões radiais 41 6.13 Bombas de pistões axiais de placa ou disco inc 42 6.14 Bombas em série 42 6.15 Bombas em paralelo 42 6.16 Exemplo de aplicação de bombas de pistões radi 43 7.1 Válvula carretel 46 7.2 Válvula direcional com êmbolo deslizante 46 7.3 Válvula direcional com assento esférico 47 7.4 Sobreposição positiva 47 7.5 Sobreposição negativa 48 7.6 Esquema de solenóide 48 7.7 Válvula de duplo acionamento 49 hidráulica centrada por mola; de piloto e dreno int 1 Introdução à Hidráulica 14 2 Fatores Resultantes da Pressão num Sistema 25 4 Composição dos Sistemas Hidráulicos 30 6 Bombas Hidráulicas 38 7.8 Válvula direcional 4/3 vias, pré-acionadaspor s acionada por presão 7 Válvulas Direcionais........................................ 7HIDRÁULICA E TÉCNICAS DE COMANDO 8.1 Registros: Esfera 51 8.1 Registros: Agulha 51 8.1 Registros: Globo 51 8.1 Registros: Gaveta 51 9.1 Componentes do cilindro 52 9.2 Amortecimento: Recuando ainda sem amortecimento 53 9.3 Amortecimento: Amortecendo 53 9.4 Anéis tipo “copo” 54 9.5 Anéis tipo O 54 9.6 Anéis tipo lábio de dupla ação 54 10.1 Comparação entre uma bomba e um motor de engre 10.2 Pinhão cremadeira 56

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4.1 Posio do reservatrio em relao bomba

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6.1 Bombas hidrulicas: bombas de fluxo radiais ou centrfugas 38 6.2 Bombas hidrulicas: bombas de fluxo radiais ou centrfugas 38

5HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 1.1 Tabela de velocidades 19

6.3 Bombas hidrulicas: bombas de fluxo axial 6.4 Bombas de engrenagens 6.5 Bombas de engrenagens internas

38 38 39 39 40 40 40

retilnia) 3.1 Unidades fundamentais do Sistema Internacional 3.2 Converso das principais unidades de presso

23 6.6 Bombas de engrenagens espinha de peixe 27 6.7 Bombas de vazo fixa 27 6.8 Bombas de vazo varivel com compensao de presso 6.9 Bombas de vazo varivel com compensao de presso

3.3 Unidades de presso mais utilizadas em sistemas hidrulicos 28 3.4 Principais unidades de capacidade ou volume 3.5 Principais unidades de fora 3.6 Principais unidades de vazo 5.1 Linhas de fluxo 5.2 Simbolos funcionais 5.3 Fontes de energia 5.4 Vlvulas direcionais 5.5 Mtodos de acionamento 5.6 Vlvulas controladoras de vazo 5.7 Vlvula de reteno 5.8 Vlvula reguladora de presso 5.9 Reservatrio 5.10 Bombas 5.1 Motores 5.12 Cilindros 5.13 Instrumentos e acessrios 7.1 Solenides em eletrovlvulas 13.1 Tabela de converso de viscosidade 13.2 Comparao entre dois ndices de viscosidade diferentes 1 Introduo Hidrulica 3 Unidades Fundamentais do Sistema Internacional 5 Simbologia / Resumo 7 Vlvulas Direcionais 28 6.10 Bombas de vazo varivel com compensao de presso 41 28 6.1 Bombas de pistes axiais de eixo inclinado ou desalinhado 41 29 6.12 Bombas de pistes radiais 31 6.13 Bombas de pistes axiais de placa ou disco inclinado 31 6.14 Bombas em srie 32 6.15 Bombas em paralelo 32 6.16 Exemplo de aplicao de bombas de pistes radiais 32 7.1 Vlvula carretel 3 7.2 Vlvula direcional com mbolo deslizante 3 7.3 Vlvula direcional com assento esfrico 34 7.4 Sobreposio positiva 34 7.5 Sobreposio negativa 35 7.6 Esquema de solenide 35 7.7 Vlvula de duplo acionamento 36 hidrulica centrada por mola; de piloto e dreno interior 50 37 1 Introduo Hidrulica 49 2 Fatores Resultantes da Presso num Sistema 68 4 Composio dos Sistemas Hidrulicos 69 6 Bombas Hidrulicas 14 7.8 Vlvula direcional 4/3 vias, pr-acionadaspor solenides, 27 31 45 7HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 8.1 Registros: Esfera 8.1 Registros: Agulha 6HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 1.1 Lei de Pascal 1.2 Princpio de compensao de energia 1.3 Vazo 1.4 Coluna de fluido 1.5 Fluxo lamiar e fluxo turbulento 2.1 Carga sobre o atuador: sistema sem vazamento 2.2 Carga sobre o atuador: sistema com vazamento 2.3 Restrio na tubulao 15 9.1 Componentes do cilindro 15 9.2 Amortecimento: Recuando ainda sem amortecimento 16 9.3 Amortecimento: Amortecendo 17 18 9.5 Anis tipo O 25 9.6 Anis tipo lbio de dupla ao 25 10.1 Comparao entre uma bomba e um motor de engrenagem 5 26 10.2 Pinho cremadeira 56 54 54 9.4 Anis tipo copo 53 54 53 52 8.1 Registros: Globo 8.1 Registros: Gaveta 51 51 51 51 acionada por preso 7 Vlvulas Direcionais.............................................................45 38 30 25 14 49 48 48 47 47 46 46 43 42 42 42 41

1.2 Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em polegadas de canalizao 13 Fluidos Hidrulicos.............................................................63

10.3 Motores oscilantes ou osciladores 10.4 Osciladores com cilindro 10.5 Osciladores com rosca sem-fim 10.6 Osciladores de palheta 1.1 Vlvula de reteno simples 1.2 Vlvula de reteno pilotada geminada 1.3 Vlvula de reteno pilotada 1.4 Vlvula de preenchimento ou de suco 12.1 Componente do reservatrio 12.2 Altura para montagem da linha de suco 12.3 Bocal de enchimento com filtro 12.4 Chicana horizontal 12.5 Chicana vertical 13.1 Fluidos hidrulicos transmitindo energia 13.2 Fluido hidrulico como lubrificante das partes mveis 13.3 A troca de calor atravs do fluido hidrulico 13.4 Viscosmetro de Saybolt 14.1 Filtro de suco 14.2 Filtro de presso 14.3 Filtro de retorno 14.4 Filtro de retorno com indicador ptico (mecnico) de

56 57 57 57 58 58 58 59 60 61 61 62 62 63 64 64 67 70 70 71 71

e lento 15.9 Exemplo de circuito com trs velocidades de avano 16.1 Princpio de funcionamento das vlvulas reguladoras de 79 presso 16.2 Vlvula de alvio 16.3 Vlvula de descarga lo 16.5 Exemplo de circuito utilizando bomba de pistes radiais 16.6 Princpio de funcionamento e vlvula de seqncia 16.7 Circuito hidrulico seqncial 16.8 Circuito regenerativo seqncial 16.9 Vlvula redutora de presso 16.10 Vlvula redutora de presso de operao direta 16.1 Vlvula reguladora de presso com vlvula para ventagem 84 acoplada 16.12 Controle de presso remoto. Posio central da vlvula 84 direcional 16.13 Controle de presso remoto, solenide b energizado 16.14 Controle de presso remoto, solenide a energizado 17.1 Princpio de funcionamento do elemento lgico 17.2 Reteno de A para B 17.3 Reteno de B para A 17.4 Possibilidade de comando por B 17.5 Possibilidade de comando por A 17.6 Possibilidade de comando por A e B 17.7 Vlvula de reteno pilotada 17.8 Integrao entre vlvula direcional e valvula de reteno 17.9 Reteno em uma direo e controle de fluxo no sentido 89 contrrio 17.10 Integrao entre vlvula direcional e reguladora de vazo 17.1 Dupla reteno 17.12 Vlvula limitadora de presso 17.13 Exemplo de circuito com aplicao de elementos lgicos 18.1 Trocador de calor a ar 18.2 Trocador de calor a gua 19.1 Tipos construtivos de acumuladores 90 90 90 91 92 92 93 94 membrana 85 85 86 87 87 87 8 8 8 89 80 80 81 81 82 82 82 83 83 78

saturao 14.5 Filtro de retorno com indicador eletro-ptico de saturao 14.6 Exemplo de materiais filtrantes 15.1 Orifcios para regulagem de vazo 15.2 Vlvulas reguladoras de vazo bidirecional 8 Registros 9 Atuadores Lineares 10 Atuadores Rotativos 1 Vlvula de Bloqueio 12 Reservatrio 13 Fluidos Hidrulicos 14 Filtros SRIE RECURSOS DIDTICOS 15 Vlvulas Controladoras de Vazo (Fluxo)............................73 71 72 73 73 51 52 5 58 60 63 70

8HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 15.3 Vlvula reguladora de vazo unidirecional 15.4 Vlvulas reguladoras de vazo unidirecional, montagem em 74 bloco e em linha 15.5 Construo do tipo A estreitamento antes do compensador 75 15.6 Construo do tipo B estreitamento depois do compensador 15.7 Mtodo de controle de fluxo: na entrada, na sada e em 7 desvio 15.8 Exemplo de circuito com duas velocidades de avano rpido 78 75 74

19.2 Seqncia de funcionamento de um acumulador de

19.3 Seqncia de funcionamento de um acumulador de bexiga 19.4 Circuito hidrulico industrial com aplicao de acumulador

95 95

de bexiga 20.1 Princpio de funcionamento de multiplicador hidrulico 16 Vlvulas Reguladoras de Presso 17 Elemento Lgico 18 Trocador de Calor 19 Acumuladores 96 79 86 92 93

SRIE RECURSOS DIDTICOS 16.4 Exemplo de circuito com duas velocidades, utilizando duas bombas em parale- 20 Intensificadores de Presso - Boosters............................96

6.1.3 Bombas de Palhetas 6.1.4 Bombas de Pistes 6.2 Montagem e Instalao de Bombas 6.2.1 Cuidados na instalao de bombas

40 41 42 43 43 43 13 14 25 27 30 31

9HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 21.1 Princpio de funcionamento do manmentro de bourdon 97 21.2 Manmentro com limites de presso mximo e mnimo 97 21.3 Vlvula isoladora de manmetro 21.4 Pressostato de mbolo 21.5 Pressostato tipo bourbon 2.1 Exemplos de mangueiras hidrulicas industriais 2.2 Esquema interno de um bloco manifold 2.3 Exemplo de conexes industriais 21 Instrumentos de Medio 98 9 9 100 101 101 97

6.2.2 Cavitao 6.2.3 Aerao Apresentao 1 Introduo Hidrulica 2 Fatores Resultantes da Presso num Sistema 3 Unidades fundamentais do Sistema Internacional 4 Composio dos Sistemas Hidrulicos 5 Simbologia / Resumo 6 Bombas Hidrulicas.............................................................38

SRIE RECURSOS DIDTICOS 2 Elementos de Interligao, Conexo e Vedaes...............100

11HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 7.1 Sobreposio das Vlvulas Direcionais 7.1.1 Tipos construtivos para vlvulas 46 46 48

10HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 1.1 Histrico 1.2 Princpio de Pascal 1.3 Transmisso de Fora Hidrulica 1.3.1 Leis da Vazo (Hidrodinmica e Mecnica dos Fluidos) 1.3.2 Conservao da Energia 1.3.3 Perdas de Energia por Atrito 1.3.4 Regimes de Fluxos 1.3.5 Nmero de Reynolds [Re] 1.3.6 Resistncia passagem de fluido 1.3.7 Dimensionamento de tubos em funo da velocidade 1.3.8 Dimensionamento em funo da perda de carga 1.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidrulicos 1.4.1 Vantagens: 1.4.2 Desvantagens: 1.5 Potncia 1.5.1 Potncia Hidrulica 2.1 Tipos de presso, unidades de presso e outras grandezas: 3.1 Converso das Principais Unidades de Presso 3.2 Unidades de Presso mais Utilizadas em Sistemas 28 Hidrulicos: 3.3 Principais unidades de capacidade ou volume 3.4 Principais unidades de fora 3.5 Principais unidades de vazo 4.1 Posio do reservatrio 6.1 Tipos 6.1.1 Bomba de deslocamento no positivo 6.1.2 Bomba de deslocamento positivo 28 28 29 30 38 38 38 14 15 15 16 17 18 18 18 20 20 21 24 24 24 24 24 26 27

7.1.2 Tipos de solenides

7.1.3 Vlvulas direcionais pr-operadas (sanduche de vlvulas) 49 8.1 Tipos de registros 9.1 Amortecimento do fim de curso nos cilindros hidrulicos 9.2 Vedaes para cilindros e demais componentes 1.1 Vlvula de pr-enchimento ou de suco 12.1 Componentes do reservatrio 12.2 Montagem das linhas 12.3 Chicanas 13.1 Principais Fluidos Hidrulicos 13.1.1 Propriedades do Fluido 13.1.2 Importncia do controle da viscosidade 13.1.3 Mtodos para definio da viscosidade 14.1 Tipos de filtros quanto posio de montagem: 14.1.1 Materiais dos elementos filtrantes 15.1 Controlar velocidade dos atuadores 15.1.1 Exemplo de circuito hidrulico industrial com duas 78 velocidades de avano 15.1.2 Exemplo de circuito hidrulico industrial com trs 78 velocidades de avano presso 16.1.1 Vlvula de seqncia de ao direta 16.1.2 Vlvula Redutora de Presso 79 82 83 51 52 53 59 60 61 62 64 65 65 6 70 72 7

16.1.3 Vlvula Redutora de Presso de Operao Direta 83 16.2 Ventagem e Controle Remoto 7 Vlvulas Direcionais 8 Registros 9 Atuadores Lineares 10 Atuadores Rotativos 84 45 51 52 5

1 Vlvula de Bloqueio 12 Reservatrio 13 Fluidos Hidrulicos 14 Filtros 15 Vlvulas Controladoras de Vazo (Fluxo)

58 60 63 70 73

21.1 Manmetro com sinal eltrico 21.2 Termmetros 2.1 Tubos 2.2 Mangueiras 2.3 Placas de ligao e blocos manifold 2.4 Elementos de conexo 2.4.1 Conexes por roscas 17 Elemento Lgico

97 98 100 100 101 101 101 86 92 93 96 97

16.1 Princpio bsico de funcionamento das vlvulas reguladoras de 16 Vlvulas Reguladoras de Presso.......................................79

12HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 17.1 Alguns Exemplos de Aplicao 18.1 Trocador de calor a ar 18.2 Trocador de calor a gua 19.1 Comentrio sobre acumuladores 87

18 Trocador de Calor 19 Acumuladores 20 Intensificadores de Presso - Boosters 92 21 Instrumentos de Medio 92 94

2 Elementos de interligao, conexo e vedaes 100 SRIE RECURSOS DIDTICOS Referncias Bibliogrficas.......102

13HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO A finalidade deste material proporcionar aos interessados, uma viso do mundo da hidrulica. As experincias tm revelado, que atualmente a hidrulica indispensvel como um mtodo moderno de transmisso de energia. O termo hidrulica uma palavra que deriva da raiz grega HIDRO que significa gua. Hoje, entende-se por hidrulica a transmisso, controle de foras e movimentos por meio de fluidos lquidos (leos minerais e sintticos). Fluido toda a substncia que flui e toma a forma do recipiente no qual est confinado. Com a automatizao os acionamentos e comandos hidrulicos ganharam importncia atravs do tempo. Grande parte das modernas e mais produtivas mquinas e instalaes so hoje parcial ou totalmente comandadas por sistemas hidrulicos. Apesar da multiplicidade dos campos de aplicao da hidrulica, o conhecimento dessa matria ainda no est totalmente difundido. Como resultado disso, a aplicao do sistema hidrulico tem sido restrita. O contedo inclui a descrio de sistemas hidrulicos para a transferncia de foras ou movimentos, seus princpios de funcionamento, detalhes construtivos dos componentes e a montagem de comandos hidrulicos na bancada, fazendo com que haja um relacionamento entre teoria e prtica. 14HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Existem apenas trs mtodos de transmisso de energia na esfera comercial: A eltrica, a mecnica e a fludica (hidrulica e a pneumtica). Naturalmente a mecnica a mais antiga de todas, por conseguinte a mais conhecida. Hoje utilizada de muitos outros artifcios mais apurados como engrenagens, cames, polias e outros. A eltrica, que usa geradores, motores eltricos, condutores e uma gama muito grande de outros componentes, um mtodo desenvolvido nos tempos modernos. o nico meio de transmisso de energia que pode ser transportado a grandes distncias. A fora fludica tem origem, por incrvel que parea, a milhares de anos. O marco inicial que se tem conhecimento a utilizao da roda dgua, que emprega a energia potencial da gua armazenada a uma certa altura, para a gerao de energia mecnica.

O uso do fluido sob presso, como meio de transmisso de potncia, j mais recente, sendo que o seu desenvolvimento ocorreu, mais precisamente, aps a primeira grande guerra mundial. Os fatos mais marcantes da histria da energia fludica poderiam ser relacionados como os seguintes: Em 1795, um mecnico ingls, Joseph Bramah, construiu a primeira prensa hidrulica, usando como meio de transmisso a gua; Em 1850, Armstrong desenvolveu o primeiro guindaste hidrulico, e para faz-lo, tambm desenvolveu o, primeiro acumulador hidrulico; Em 1900, a construo da primeira bomba de pistes axiais nos Estados Unidos, ocorreu aqui substituio da gua por leo mineral, com muitas vantagens. Atualmente, com o desenvolvimento de novos metais e fluidos obtidos sinteticamente, a versatilidade e a dependncia do uso da transmisso de fora hidrulica ou pneumtica torna-se evidente, desde o seu uso para um simples sistema de frenagem em veculos at a sua utilizao para complexos sistemas das eclusas, aeronaves e msseis. Vamos pensar um pouco, sem a energia fludica, a tecnologia moderna seria capaz de uma potncia para elevar um container de grande tonelagem, ou potncia suficientemente pequena para prender um ovo sem quebrar a casca? CAPTULCAPTULCAPTULCAPTULCAPTULOOOOO1 INTRODUO INTRODUO INTRODUO INTRODUO INTRODUO HIDRULICAHIDRULICAHIDRULICAHIDRULICAHIDRULICA 1.1 Histrico

15HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Blaise Pascal, em 1648 enunciou a lei que rege os princpios hidrulicos: A presso exercida em um ponto qualquer de um lquido esttico a mesma em todas as direes, exercendo foras iguais em reas iguais e sempre perpendiculares superfcie do recipiente. Caso uma fora F atue sobre uma rea A sobre um fluido confinado, ocorrer nesse fluido uma presso P. Presso, conceitualmente a fora exercida por unidade de rea.

Em 1795 Joseph Bramah criou a 1a prensa hidrulica manual aplicando o princpio de Pascal. Como a presso se distribui uniformemente em todas as direes e agem com a mesma intensidade em todos os pontos. Portanto, podemos afirmar que a presso nas reas A e B do sistema so iguais. Figura 1.1: Lei de Pascal Fonte: RANCINE, 1994 - 9ed. p. 13 Figura 1.2: Princpio de compensao de energia Fonte: RANCINE, 1994 - 9ed. p. 14 1.2 Princpio de Pascal 1.3 Transmisso de Fora Hidrulica

16HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS Portanto, podemos afirmar: Alm da possibilidade de calcular as foras ou reas que envolvem o sistema, tambm possvel calcular o deslocamento S dos mbolos. 1.3.1 Leis da Vazo (Hidrodinmica e Mecnica dos Fluidos) Se um fluido flui por um tubo com vrios dimetros, o volume que passa em uma unidade de tempo o mesmo independente da seo. A velocidade do fluxo varia. Vazo:; Substituindo-se: V = A . s Onde:Q = Vazo em litros por minutos V = Volume em litros ou dm3 A = rea da seo transversal S = Curso ou comprimento. O curso S na unidade de tempo t : Velocidade ; de onde podemos ter, com Q = A . v Equao da continuidade Figura 1.3: Vazo Fonte: REXROTH, 1994 p.31

17HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 1.3.2 Conservao da Energia A Lei da conservao da energia nos diz que em um fluxo a energia permanece constante, enquanto no houver troca de energia com o exterior. Podemos dividir a energia total desta forma: Energia de posio (energia potencial) que esta em funo da altura da coluna do fluido. Energia de presso que a presso esttica. Energia cintica que a energia de movimento em funo da velocidade do fluxo ou presso dinmica. . h . g + P +r = Constante Equao de Bernoulli para um sistema estacionrio: Onde: P = Presso esttica; . h . g = Presso da coluna do fluido = Presso dinmica Pela equao de Bernoulli, possvel comprovar que um fluido ao passar por uma seo transversal reduzida provocar um aumento da velocidade e como conseqncia um aumento da energia cintica. Com a figura abaixo podemos observar as diferenas de presso em um tubo que possui um estrangulamento, a presso representada por uma coluna de fluido. A altura das colunas representa presso, portanto, observem no estrangulamento. Em uma instalao hidrulica importante a energia de presso ou presso esttica. A energia de posio e a energia cintica so muito pequenas, portanto podemos desprez-las. Figura 1.4: Coluna do fluido Fonte: Treinamento Hidrulico, REXROTH p.15

18HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 1.3.3 Perdas de Energia por Atrito Quando um fluido movimenta-se em um sistema produzindo calor por atrito, perde-se uma parte da energia em forma de energia trmica, causando perda de presso. A Energia hidrulica no pode ser transmitida sem perdas. A quantidade de energia perdida por atrito depende de:

Comprimento da tubulao; Rugosidade interna da tubulao; Nmeros de conexes e derivaes; Dimetro da tubulao; Velocidade do fluxo. 1.3.4 Regimes de Fluxos O fluxo em um sistema hidrulico pode ser laminar ou turbulento. 1.3.5 Nmero de Reynolds [Re] Para se saber quando o fluxo laminar ou turbulento, devemos definir o nmero de Reynolds, que se obtm atravs da seguinte frmula: Onde:Re - Nmero de Reynolds; - Densidade do fluido; v - Velocidade [cm/s]; D - Dimetro interno do tubo [cm]; - Viscosidade absoluta em [poise]; v - Viscosidade cintica [cSt], para um leo a 220SSU e 38C = 0,475 Stokes. FIGURA 1.5: Fluxo lamiar e fluxo turbulento FONTE: Treinamento Hidrulico, REXROTH p.15 19HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Nmero de Reynolds:De 0 at 2000 Re Fluxo laminar De 2000 at 3000 Re Fluxo transitrio Maior que 3000 Re Fluxo turbulento. 1.3.6 Resistncia Passagem de Fluido Se um fluido escoa por um tubo, a presso vai se tornado cada vez menor em virtude da resistncia passagem. A queda de presso depende do atrito interno do fluido e do atrito do fluido com as paredes. Mas, existem alguns fatores que influncia, como: a velocidade, o regime de fluxo, a viscosidade, acabamento interno do tubo, as conexes, as vlvulas, o dimetro e comprimento do tubo. Por exemplo, em um tubo de 1 m de comprimento escoa uma vazo de 10 L/min. e se l a diferena de presso de 50 kPa se escreve: Resistncia passagem 1.3.7 Dimensionamento de tubos em funo da velocidade Tabela de velocidades de fluxo recomendadas no sistema oleodinmico: Partindo-se da velocidade recomendada, podemos dimensionar o dimetro da tubulao, sabendo-se a vazo do sistema.

Cuidado! Com as unidades das grandezas. Onde:D = dimetro interno do tubo; Q = vazo; v = velocidade do fluido. TABELA 1.1: Tabela de velocidades 20HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Exemplo em funo da velocidade Dimensionar o tubo de uma linha que trabalha com uma presso de 80 bar e vazo de 50 l/min. A velocidade recomendada, conforme tabela acima. Dados:Q = 50 L/min. ou Q = 833,3 cm3/s P = 80 bar, ento adotaremos velocidade v=4,5 m/s ou v=450 cm/s Soluo:D = 1,536 cm O dimetro interno do tubo recomendado ser de 1,536 cm ou 15,36 m, mas comercialmente 5/8 de polegada. 1.3.8 Dimensionamento em funo da perda de carga Na linha de presso de um sistema hidrulico: Durante o escoamento do fluido atravs do sistema hidrulico, pode ocorrer uma perda de carga, que dividida em vrios fatores. Todos os fatores entram no calculo da perda de carga da seguinte forma: Onde:P = Perda de carga na linha [bar]; f = Fator de frico [adimensional]; L = L1 + Ls = Comprimento total [cm]; L1 = Comprimento da tubulao retilnea[cm]; Ls = Comprimento equivalente das singularidades [cm]; D = Dimetro interno da tubulao [cm]; V = Velocidade de escoamento do fluido [cm/s]; y = Densidade do fluido [kg/m3] (Para o leo SAE10 igual a 881,1kg/m3). 21591 e 9266 = Fator de converso para a uniformizao das unidades. Onde:X = 64 para tubos rgidos e temperaturas constates; X = 75 para tubos rgidos e temperaturas variveis ou para tubos flexveis e temperaturas constantes; X = 90 para tubos flexveis e temperaturas variveis 21HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Exemplo em funo da perda de carga a) Determinar a vazo necessria no sistema em funo dos atuadores; Assumiremos uma vazo de Q = 50 L/min. b) Determinar a velocidade em funo do tipo de linha e presso; Assumiremos uma presso na linha de 80 bar, portanto uma velocidade de v = 450 cm/s, conforme tabela de velocidade recomendvel c) Determinar o dimetro em funo da velocidade e da vazo; Dimetro interno do tubo D = 1,536 cm, calculado no exemplo anterior.

d) Determinar nmero de Reynolds, conforme frmula acima; e) Determinar o Fator de frico f. Para um tubo flexvel e temperatura varivel - X = 90 f) Determinar o comprimento total L em funo da planta e da tabela de comprimentos equivalentes para as perdas localizadas. Em nosso caso, considerar: 4 mangueiras flexveis; 2 cotovelos de 90 raio curto; 2 cotovelos de 90 raio longo. L1 = 320 cm comprimento das 4 mangueiras do sistema Conforme tabela de perdas localizadas nas conexes, respectivamente: Comprimento de 40 e 20 cm/unidade. Resultando: 22HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS g) Determinar DP = Perda de carga na linha de presso; h) Determinar as perdas localizadas nas vlvulas especiais (catlogo de fabricante); Uma vlvula especial de reteno pilotada de 5/8" montada em linha perde, conforme catalogo de fabricante dP = 1,10 bar. i) Determinar a perda total e subtrair da presso fornecida e verificar se a presso efetiva ser ou no suficiente para o sistema. PTOTAL = P + dP = 1,58 +1,10 = 2,68 bar Presso fornecida, P = 80 bar Presso efetiva (PE) entre os dois pontos: PE = P - PTOTAL = 80 2,68 = 7,32 Bar Concluso: O que podemos concluir, que o clculo da perda de carga no sistema hidrulico importantssimo, pois a partir dele, saberemos se a presso que fornecemos ao sistema suficiente para aquilo se prope a fazer.

23HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO T ABELA 1.2: Comprimentos equivalentes a perdas localizadas (em polegadas de canalizao retilnea) 24HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Os sistemas hidrulicos so utilizados quando no possvel empregar outro sistema como mecnico, eltrico ou pneumtico.

1.4.1 Vantagens: Dimenses reduzidas e pequeno peso com relao a potncia instalada; Reversibilidade instantnea; Proteo contra sobre carga; Possibilidade de comando por apalpador em copiadores hidrulicos. 1.4.2 Desvantagens: Seu custo mais elevado que o eltrico e mecnico; Baixo Rendimento, devido a fatores como: A transformao da energia eltrica em mecnica e mecnica em hidrulica para, posteriormente ser transformada em mecnica novamente. Mais o atrito interno e externo nos componentes e os vazamentos. Comparando-se com a pneumtica os sistemas hidrulicos possuem um controle mais apurado na fora e na velocidade, alm de poderem trabalhar com presso bem maiores, possibilitando assim uma transmisso de potncia maior. Perdem no custo de instalao do sistema que bem mais caro que a pneumtica. 1.5.1 Potncia Hidrulica Em um sistema hidrulico convertida a energia mecnica (proveniente de um motor eltrico ou trmico) em uma energia hidrulica. Ento temos: Potncia no motor eltrico: Pel. ( Watts ) = V (Volts) . I (Ampre) Potncia no acoplamento ou mecnica: Pm = M (Nm). w (1/s) Potncia hidrulica: Ph = P (N/m2). Q (m3/s) Rendimento - Como j vimos, existem perdas por atritos, vazamentos e etc. Portanto nem toda energia fornecida ao sistema transformada na aplicao desejada. htotal da bomba = 1.5 Potncia 1.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidrulicos 25HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Em um sistema hidrulico a funo da bomba fornecer vazo ao sistema, a presso resultar de dois fatores: CAPTULCAPTULCAPTULCAPTULCAPTULOOOOO2 FFFFFAAAAATORES RESULTORES RESULTORES RESULTORES RESULTORES RESULTTTTTANTESANTESANTESANTESANTES FIGURA 2.1 e 2.2: Carga sobre o atuador FONTE: SENAI SP, p.21

26HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO medida que a torneira comea a ser fechada a presso aumenta gradativamente, devido dificuldade de passagem pelo estrangulamento, at atingir a presso mxima quando ocorrer a abertura da vlvula de alvio e toda a vazo ser desviada para o reservatrio. Presso atmosfrica: o peso da coluna de ar da atmosfera em 1 cm2 de rea Presso relativa: a presso registrada no manmetro Presso absoluta: a soma da presso manomtrica com a presso atmosfrica Para melhor compreender as leis e o comportamento dos fluidos, devemos considerar as grandezas fsicas e sua classificao nos sistemas de medidas, sendo adotado nesta apostila o Sistema Internacional de Medidas, abreviadamente SI. FIGURA 2.3: Restrio na tubulao FONTE: SENAI. SP, p.21 2.1 Tipos de Presso, Unidades de Presso e Outras Grandezas 27HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO A utilizao da tabela de converso de unidades de presso consiste em tomar o valor do mdulo da unidade conhecida na coluna e multiplicar pelo valor da unidade solicitada na linha. CAPTULCAPTULCAPTULCAPTULCAPTULOOOOO3 UNIDUNIDUNIDUNIDUNIDADESADESADESADESADES 3.1 Converso das Principais Unidades de Presso TABELA 3.1: Unidades fundamentais do Sistema Internacional TABELA 3.2: Converso das principais unidades de presso 28HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Exemplo: A presso atmosfrica ao nvel do mar corresponde aproximadamente a uma coluna de gua com 10,13 metros de altura. Exemplo: 1 m = 35,3147 ft3 3.3 Principais Unidades de Capacidade ou Volume 3.4 Principais Unidades de Fora 3.2 Unidades de Presso mais Utilizadas em Sistemas Hidrulicos TABELA 3.3: Unidades de presso mais utilizadas no sistema hidulico

TABELA 3.4: Principais unidades de capacitao ou volume TABELA 3.5: Principais unidades de fora 29HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS 3.5 Principais Unidades de Vazo TABELA 3.6: Principais unidades de vazo

30HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Os sistemas hidrulicos compem-se das seguintes etapas: A gerao constituda pelo reservatrio, filtros, bombas, motores, acumuladores entre outros acessrios. O controle constitudo por vlvulas controladoras de vazo, presso e direcionais. No sistema de atuao encontram-se os atuadores, que podem ser os cilindros, osciladores e motores. 4.1 Posio do reservatrio O reservatrio de fluido poder ser montado em duas posies com relao bomba: Se o nvel de leo de 30 dm acima da bomba, a presso na entrada da bomba igual a 30dm. 0,96 Kgf/dm3 = 27 Kgf/dm2 = 0,27 Kgf/cm2, a bomba esta sendo alimentada com uma presso positiva. Se o nvel de leo de 30 dm abaixo da bomba, o mecanismo da bomba gera um vcuo na sua entrada para sucionar o leo. O vcuo gerado igual a 30dm. 0,96 Kgf/dm3 = 27 Kgf/dm2 = 0,27 Kgf/cm2. CAPTULCAPTULCAPTULCAPTULCAPTULOOOOO4 COMPOSIO DOSCOMPOSIO DOSCOMPOSIO DOSCOMPOSIO DOSCOMPOSIO DOS GERAO transmisso transmisso CONTROLE ATUADORES FIGURA 4.1: Posio do reservatrio em relao bomba FONTE: SENAI. SP, p.17 31HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Smbolos grficos mais utilizados para componentes de sistemas hidrulicos so:

CAPTULCAPTULCAPTULCAPTULCAPTULOOOOO5 SIMBOLSIMBOLSIMBOLSIMBOLSIMBOLOGIA / RESUMOOGIA / RESUMOOGIA / RESUMOOGIA / RESUMOOGIA / RESUMO TABELA 5.1: Linhas de fluxo TABELA 5.2: Smbolos funcionais 32HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS TABELA 5.3: Fontes de energia TABELA 5.4: Vlvulas direcionais TABELA 5.5: Mtodos de acionamento 33HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS TABELA 5.6: Vlvulas controladoras de vazo TABELA 5.7: Vlvula de reteno 34HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO TABELA 5.8: Vlvula reguladora de presso TABELA 5.9: Reservatrio 35HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO TABELA 5.10: Bombas TABELA 5.1: Motores 36HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS TABELA 5.1: Cilindros 37HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS TABELA 5.1: Instrumentos e acessrios

38HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Bombas hidrulicas so componentes utilizados para fornecer vazo ao sistema, fornecendo energia necessria ao fluido. 6.1.1 Bomba de Deslocamento No Positivo Nestas bombas no existe vedao entre a entrada e a sada; um pequeno aumento da presso reduz a vazo na sada. Exemplo: Bombas centrfugas que possuem fluxo radial. Existe tambm as que possuem fluxo axial, so constitudas por uma hlice rotativa. 6.1.2 Bomba de Deslocamento Positivo Bomba de Engrenagens CAPTULCAPTULCAPTULCAPTULCAPTULOOOOO6 BOMBAS HIDRULICASBOMBAS HIDRULICASBOMBAS HIDRULICASBOMBAS HIDRULICASBOMBAS HIDRULICAS 6.1 Tipos FIGURA 6.1, 6.2 e 6.3: Bombas hidrulicas FONTE: VICKERS, 1983 p.1-1 FIGURA 6.4: Bombas de engrenagens FONTE: RACINE, 1981 p.130

39HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Princpio de Funcionamento das Bombas de Engrenagem Com o desengrenamento das engrenagens motora e movida, o fluido conduzido da entrada para a sada nos vos formados pelos dentes das engrenagens e as paredes internas da carcaa da bomba; com o reengrenamento das engrenagens, o fluido espremido e forado para a sada. Caractersticas: Possuem construo bem simples, pois existem, normalmente, somente duas peas mveis; So de fcil manuteno; Preo mais baixo em relao aos outros tipos de bombas; Presso de operao at 250 Kgf/cm; Elevado rudo (reduzido nas bombas de engrenagens helicoidais); Bomba de engrenagens internas Bomba de Engrenagens Helicoidais FIGURA 6.5: Bombas de engrenagens internas FONTE: RACINE, 1981 p.132 FIGURA 6.6: Bombas de engrenagens espinha de peixe FONTE: RACINE, 1981 p.131

40HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 6.1.3 Bombas de Palhetas Caractersticas: Construo simples, porm possui maior nmero de peas m veis. (Palhetas); So de fcil manuteno; Presso de trabalho: at 210 kg/cm para bombas de anel elptico (Balanceadas); 70 kg/cm para bombas autocompensadoras; Tipos: De Vazo Fixa (Balanceada) De Vazo Varivel com Compensao de Presso FIGURA 6.7: Bombas de vazo fixa FONTE: Treinamento Hidrulico, REXROTH p.40

41HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 6.1.4 Bombas de Pistes

Caractersticas Podem ser de vazo fixa ou varivel (varivel somente as de pistes axiais); Presso de operao at 700 Kg/cm; So as que tm melhor rendimento que gira em torno de 95%; So as que menos toleram impurezas. Tipos FIGURA 6.8, 6.9 e 6.10: Bombas de vazo varivel com compensao de presso FONTE: RANCINE, 1981 p.137 FIGURA 6.1: Bombas de pistes axiais de eixo inclinado ou desalinhado FONTE: Treinamento Hidrulico, REXROTH p.56 FIGURA 6.12: Bombas de pistes radiais FONTE: Treinamento Hidrulico, REXROTH p.46

42HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Bombas em srie - quando a bomba hidrulica tem baixo poder de suco instala-se uma bomba auxiliar (bomba de carga) cuja funo alimentar a bomba principal. Bombas em paralelo - So utilizadas em casos onde se necessita de duas velocidades em atuadores, uma rpida e outra lenta. O rpido com pouca fora e o lento com grande fora, se aplica tambm em casos de sistemas com circuitos independentes. B1 = Bomba nmero 1 B2 = Bomba nmero 2 Q1= Baixa vazo Q2 = Alta vazo P1 = Alta presso P2 = Baixa presso. Sistema com vazo Q1 + Q2, a presso menor que P2. Sistema com presso maior que P2, vazo do sistema igual a Q1 at atingir a presso P1. 6.2 Montagem e Instalao de Bombas

FIGURA 6.13: Bombas de pistes axiais de placa ou disco inclinado FONTE: Treinamento Hidrulico, REXROTH p.52 FIGURA 6.14: Bombas em srie FIGURA 6.15: Bombas em paralelo 43HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO 6.2.1 Cuidados na instalao de bombas Como qualquer equipamento eltrico ou mecnico, requer uma srie de cuidados para garantir uma vida til mais longa. Para isso, devemos alinhar corretamente o motor de acionamento bomba, tanto no sentido axial no como angular. Indicado a utilizao de acoplamentos flexveis, porque, mesmo com instrumentos de preciso sempre haver um pequeno desalinhamento. O sentido de rotao e a escorva (preencher a bomba) dever ser observado com ateno, pois se instalado com rotao contraria e sem leo ir aquecer rapidamente, levando a inutilizao da mesma. 6.2.2 Cavitao Entende-se por cavitao a formao temporria de espaos vazios ou bolhas, devido a quedas de presso no fluido, chegando a ponto de vaporizao. Com aumento da presso as bolhas desfazem-se repentinamente, implodindo e cavando material das superfcies (estalando como pipocas) que estava em contato com a bolha Ocorre o efeito diesel, alm de interferir na lubrificao. Quando h cavitao, as medidas a ser tomadas so: Verificar filtros e respiro do reservatrio, se no esto entupi dos. Verificar se a viscosidade a recomenda pelo fabricante; Escorvar (preencher) a bomba com leo no princpio do funcio namento; Se a presso baromtrica est conforme especificao do fabri cante. 6.2.3 Aerao O fenmeno da aerao similar ao da cavitao, inclusive seus efeitos sobre a bomba e demais componentes do sistema. A condio de aerao tambm detectada pelo elevado rudo metlico. FIGURA 6.16: Exemplo de aplicao de bombas de pistes radiais 44HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Sua causa, entretanto distinta, ocorre em funo da entrada de ar pela linha de suco, e no em funo da evaporao. Quando h aerao, as medidas a ser tomadas so:

Verificar as ligaes entre os componentes da linha de suco se esto bem vedadas; Evitar que a bomba arraste fluido com bolhas de ar do reservatrio (pseudocavitao), por no estar associado com a presso de vapor. 45HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Vlvulas direcionais so responsveis pelo direcionamento do fluido. Suas caractersticas principais so: N de posies: contadas a partir do n de quadrados da simbologia. N de vias: contadas a partir do n de tomadas que a vlvula possui. (em apenas uma posio). Tipos de acionamento: Pode ser manual ou automtico: Tipo de centro: podem ser aberto ou fechado. CAPTULCAPTULCAPTULCAPTULCAPTULOOOOO7 VLVLVLVLVLVULAS DIRECIONAISVULAS DIRECIONAISVULAS DIRECIONAISVULAS DIRECIONAISVULAS DIRECIONAIS

46HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO As vantagens do centro aberto so: Menor desgaste da bomba; Menor aquecimento do leo; Menor consumo de energia. Exemplo de operao de uma vlvula de carretel (Spool) deslizante: 7.1.1 Tipos Construtivos para Vlvulas As vlvulas direcionais, conforme aplicao, so vlvulas de assento ou de corredia (com mbolo ou placas deslizantes). Na hidrulica so predominantes as de mbolo deslizante, para presso at 300 bar. Porm, os mbolos metlicos com o corpo da vlvula apresentam uma folga de poucos microns (m), mesmo assim, h ocorrncia de vazamento interno da conexo de maior presso para a de menor presso.

As vlvulas direcionais de assento diferem fundamentalmente das vlvulas de mbolo, pela sua vedao isenta de vazamentos. Na ilustrao abaixo, o elemento esfrico representa uma vlvula direcional de assento esfriFIGURA 7.1: Vlvula carretel FONTE: RANCINE, 1981 p.174 7.1 Sobreposio das Vlvulas Direcionais FIGURA 7.2: Vlvula direcional com mbolo deslizante

47HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO co e o elemento cnico uma vlvula direcional de assento cnico, ambas V.D 3/2 vias, que associadas representam uma V.D 4/2 vias. Devido a uma fora externa para vencer a fora da mola, mbolo superior estar mantendo a esfera encostada ao assento, como isto representado V.D 4/2 vias, observamos que P esta para B e A esta para T. Se eliminarmos a fora externa, a fora da mola afastar a esfera, conseqentemente P passar para A e no mesmo instante pilotar o elemento cnico permitindo que B passe para T. Sobreposio de Comando nas Vlvulas Direcionais de Pisto Conforme o tipo de mbolo de comando, ao serem comutadas as vlvulas para uma outra posio de comando, as conexes so fechadas ou interligadas durante um determinado tempo. Isto denominado de sobreposio positiva ou negativa de comando. A sobreposio positiva onde todas as conexes fecham-se durante a comutao, por um pequeno tempo, formando CF, neste caso no existe perda de presso, mas conseqentemente existe o surgimento de golpes de comando por causa do pico de presso. A sobreposio negativa quando durante a comutao todas as conexes esto interligadas durante um pequeno tempo, formando um H, neste caso no temos a formao de golpes de comando e picos de presso, mas h queda de presso, onde se esvazia os acumuladores de presso e se existir cargas podem descer. FIGURA 7.3: Vlvula direcional com assento esfrico FIGURA 7.4: Sobreposio positiva FONTE: Treinamento Hidulico, REXROTH p.97

48HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO Solenides - Nas vlvulas direcionais os solenides acionam o spool das vlvulas direcionais possibilitando a passagem do fluxo.O solenide consiste basicamente de trs elementos: a armadura, o T ou martelo e a bobina.

Quando passamos uma corrente eltrica na bobina gerado um campo magntico que empurra o martelo para baixo que, por sua vez deslocar o carretel de direcional dando nova direo ao fluxo do fludo. 7.1.2 Tipos de solenides De corrente alternada (220V) - alta velocidade do ncleo, porm se este no chegar a final do curso queima-se rapidamente (1 a 1,5 hs para os imersos em leo e 10 a 15 minutos para os secos). H tambm solenides com voltagem de 110 V. De corrente contnua (24V) - mais lento que o anterior. Solenide em banho de leo - movimenta-se suavemente e deveter preferncia no caso de clima mido ou ao ar livre. FIGURA 7.5: Sobreposio negativa FONTE: Treinamento Hidrulico, REXROTH p.97 FIGURA 7.6: Esquema de solenide FONTE: RANCINE, 1981 p.177

49HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS Solenides em Eletrovlvulas 7.1.3 Vlvulas Direcionais Pr-Operadas (Sanduche de Vlvulas) So vlvulas de tamanho nominal grande e de elevada potncia hidrulica (P. Q). Funciona da seguinte forma: Uma vlvula pequena comandada por solenides acionada deslocando o spool o qual permite a passagem do leo que ir para o mbolo da vlvula principal. Por esse motivo so chamadas de vlvulas de duplo acionamento ou eletrohidrulicas. FIGURA 7.7: Vlvula de duplo acionamento FONTE: REXROTH, 1983 p.106 TABELA 7.1: Solenides em eletrovlvulas

50HIDRULICA E TCNICAS DE COMANDO SRIE RECURSOS DIDTICOS Exemplo prtico: FIGURA 7.8: Vlvula direcional 4/3 vias, pr-acionadas por solenides, acionada por presso hidrulica, centrada por mola; de piloto e dreno interior