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TRENS DE SUBURBIO 1-Conceito Possibilidade de atendimento aos deslocamentos suburbanos - interesse regional e atendimentos locais - interesse metropolitano. 2. Operação ferroviária a) Objetivo A operação adequada de um serviço sobre trilhos visa atender fluxos significativos de passageiros e carga em área urbana, minimizando seus impactos nas áreas adensadas. b) Necessidades e problemas decorrentes da conturbação Melhorar os serviços ferroviários através de melhorias operacionais básicas Transformar as ferrovias existentes em áreas urbanas em sistemas estruturais de transportes regional ou metropolitano Implantar programas de renovação urbana, vinculada à melhoria da ligação ferroviária Vincular a criação de novos serviços ferroviários de passageiros a lei de uso e ocupação do solo Separar a utilização das linhas de carga e passageiros c) Planejamento do trem metropolitano Analise do potencial de utilização da ligação ferroviária existente no transporte de passageiros locais ou regionais A disponibilização dos recursos de material rodante, controle, sinalização e infraestrutura A possibilidade de se integrar com outros modos de transportes A influencia da ferrovia no adensamento da região A garantia da segurança dos usuários em todos os ambientes da ferrovia A capacitação dos recursos humanos d) A implantação de novas linhas integradas a outros modos de transporte

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apostila de transporte urbano

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TRENS DE SUBURBIO

1- Conceito

Possibilidade de atendimento aos deslocamentos suburbanos - interesse regional e atendimentos locais - interesse metropolitano.

2. Operação ferroviária a) Objetivo

A operação adequada de um serviço sobre trilhos visa atender fluxos significativos de passageiros e carga em área urbana, minimizando seus impactos nas áreas adensadas.

b) Necessidades e problemas decorrentes da conturbação Melhorar os serviços ferroviários através de melhorias operacionais básicas Transformar as ferrovias existentes em áreas urbanas em sistemas estruturais de transportes

regional ou metropolitano Implantar programas de renovação urbana, vinculada à melhoria da ligação ferroviária Vincular a criação de novos serviços ferroviários de passageiros a lei de uso e ocupação do solo Separar a utilização das linhas de carga e passageiros

c) Planejamento do trem metropolitano Analise do potencial de utilização da ligação ferroviária existente no transporte de passageiros

locais ou regionais A disponibilização dos recursos de material rodante, controle, sinalização e infraestrutura A possibilidade de se integrar com outros modos de transportes A influencia da ferrovia no adensamento da região A garantia da segurança dos usuários em todos os ambientes da ferrovia A capacitação dos recursos humanos

d) A implantação de novas linhas integradas a outros modos de transporte A integração física nos terminais intermodais pode ser facilitada através da adoção de sistemas

de bilhetagem que podem, inclusive, ser vinculados ao processo de tarifação (tempo de utilização, extensão...). A integração com os modos particulares (automóveis, moto, bicicletas) devem ser previstos. Estacionamentos de fácil acesso e dotados de segurança

Sequência de atividades para a implementação de novas linhas

Efetuar analise de comportamento da demanda

Localização e porte das estacoes Definição da politica de transporte com

os demais modais

Definição do traçado básico, instalações fixas e auxiliares

Definição do material rodante Definição do sistema de cobrança Definição da localização da

infraestrutura de transferência (acessos)

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3. O trem metropolitano

Aspectos relevantes

A implantação de um sistema ferroviário convencional condiciona o fechamento em nível, de grandes movimentos rodoviários

A circulação de pessoas pelo leito ferroviário deve ser eliminada com a vedação integral da faixa de domínio da linha férrea

Estações em zonas periféricas, preferencialmente, devem ser providas de estacionamento para automóveis, motos e bicicletas

As estações de passageiros e os pátios ferroviários de carga devem comportar separação total nas respectivas operações

Os projetos de comunicação com os usuários são primordiais para conhecimento e utilização do sistema

A adoção da tecnologia correta para atendimento a demanda expectada

SISTEMA ÔNIBUS

1- Considerações gerais a respeito da coleta de informações O dimensionamento e função dos dados oriundos do eixo da linha Os dados devem ser obtidos para um grupo de dias semelhantes Todos os dados devem ser representativos, ou seja, as amostras devem ser coletadas segundo

critérios estatísticos

2- Informações básicas para o dimensionamento

Oferta de serviço Demanda de passageiros/sentido/período Carregamento de passageiros no trecho

critico Ocupação máxima Índice / fator de renovação

Quantidade de partidas / período Intervalo entre partidas Tempo de viagem Tempo de ciclo Demanda / dia

3- Especificação da oferta de transportes Os parâmetros operacionais são definidos em função da qualidade do serviço a ser prestado a

população usuária

Os parâmetros operacionais devem especificar as principais características do serviço a ser prestado

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a) Características operacionais do veiculo

Nível de ocupação

Depende da capacidade de pagamento da passagem por parte dos usuários Depende da tecnologia disponibilizada para o transporte

Tempo médio para embarque e desembarque

Aproximadamente 2 a 2,5s/passageiro. Este tempo depende da área de captação interna do veiculo, sistema de bilhetagem, altura do primeiro degrau em relação ao solo e condução do operativo

Tempo de liberação dos bloqueios

Bloqueios eletrônicos: 3 a 4s/passageiros Bloqueios com cobrador: 30 a 60s/passageiro

b) Esquemas operacionais

Linhas com horários diretos Linhas com horários semi diretos

Retorno operacional Outros

c) Infraestrutura de apoio

Localização dos pontos de partida Localização dos terminais de transferência

Traçado dos itinerários

d) Itinerários

Condições do viário Condições do trafego geral Uso e ocupação do solo lindeiro

Conversões/sinalização Polos geradores Acidentes

4. Tecnologia

Necessidade de conhecer as informações tecnológicas aplicadas aos vários tipos de veículos

Capacidade de transporte Área destinada aos assentos Área destinada a circulação de

passageiros em pé Definição do layout

Quantidade de portas Área paga e área não paga Altura do primeiro degrau Equipamentos de controle

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5. Desempenho operacional

Além do desempenho operacional especifico pelo fabricante outras informações são necessárias

Teste do biarticulado no corredor ABD Terminal capelinha

6. Métodos para levantamento de dados

Variam em função do objeto, do horizonte de projeto e do tipo da região estudada

a) Tipos de levantamento

Pesquisa origem / destino: pesquisa domiciliar onde verifica o comportamento de deslocamento entre regiões, frequência de deslocamento no período, modos de transportes utilizados, perfil socioeconômico do usuário

Pesquisa embarque / desembarque em coletivos: identifica a movimentação na linha (local de embarque e desembarque de cada amostra). E utilizado para definição dos parâmetros operacionais de funcionamento de uma ligação

Pesquisa no trafego: através de entrevistas ou identificação, indicando o corredor de origem e de saída da viagem. E utilizado para verificar a quantidade de pessoas que utilizam outros meios de transportes, que não os coletivos

7. Pesquisa de embarque e desembarque com senhaa) Identificação dos pontos de parada

Um pesquisador percorre o itinerário localizando todos os pontos de parada, por sentindo de viagem, com suas características, para uma fácil identificação na execução da pesquisa

b) Levantamento de dados operacionais

Feito por 2 pesquisadores, um em cada extremo da linha. Esta pesquisa e feita do inicio ao final da operação nos dias considerados, e tem por objetivo identificar a quantidade de veículos utilizados, os tempos de terminais, os tempos de deslocamentos e a demanda transportada por sentido de viagem

c) Execução da pesquis de embarque e desembarque com senha Identifica, na viagem pesquisada, em que ponto desembarcou e em que ponto desceu Pesquisa feita por 2 pesquisadores embarcados o pesquisador da entrada distribui senhas numeradas sequencialmente, identificando na fichas

de identificação dos pontos de parada. o pesquisador que fica nas portas de saída, recolhe as fichas no desembarque e identifica em

seu verso o ponto de desembarque e o coloca em um envelope com a identificação da pesquisa, que seguira para a tabulação

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8. Dimensionamento da frotaa) Informações necessárias

Dados de comportamento da demanda Extensão do itinerário Velocidade comercial

Tempos de parada nos terminais Tipo de veiculo Nível de conforto

b) Caracterização da frota

Frota operacional: frota necessária para operar no memento de maior solicitação da demanda

Frota de reserva técnica: parcela da frota operacional que fica disponível para suprir eventuais anomalias operacionais ou aos processos de manutenção ou programada

Frota requeria: somas das duas

Tipos de tratamento preferencial para o transporte coletivo por ônibus

1. Considerações iniciais

Para aumentar a velocidade dos coletivos e consequentemente a capacidade de transportes, cidades tem implementado medidas priorizando os coletivos.

2. Objetivos

Melhorar as condições de transportes Reduzir o consumo de energia

Minimizar os reajustes da tarifa

3. Transtornos devido a implantação de priorização para os coletivos Diminuição da quantidade de faixas para a circulação dos autos particulares Problemas de conversão a direita ou a esquerda Restrições temporárias de carga e descarga Proibição do embarque e desembarque de usuários dos automóveis Maior dificuldade nas entradas e saídas de garagens Prejuízo pra o comercio com a proibição de estacionamentos

4. Medidas complementaresa) Prioridade das interseções

Priorizar os coletivos nos cruzamentos, onde se esperam muito tempo

Cruzamento sem semáforos: priorizar a via utilizada pelo transporte coletivo

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Cruzamento com semáforo: dimensionamento do tempo de verde pelo numero equivalente de veículos ou com base na quantidade de veículos (ideal)

Sincronismo nos semáforos Controladores semafóricos, acionados diretamente pelo modo coletivo

b) Sinalização vertical e horizontal

E de fundamental importância sua implementação para priorização do transporte coletivo nas vias

Horizontal: deve prever entre outros a utilização de tachões ou outro tipo de material na separação das faixas exclusivas

Sinalização para pedestres: como a existência de canaletas exclusivas, sobretudo em faixas no contra fluxo

5. Tipos de tratamento preferenciala) Faixa exclusiva para coletivos, junto a calçada

Requisitos para implantação

Mínimo 25 on/h Grande fluxo de trafego geral

Pontos de parada do trecho Mais de 2 faixas para o trafego geral

Exigências

Faixas de 3,25 a 3,5 m de largura Estacionamento proibido a direita Regulamentação de carga/descarga

Regulamentação de conversão Separação de faixas com pinturas

Vantagens

Maior segurança no embarque e desembarque Pode ser implantada somente no horário critico por sentido

Desvantagens

Dificulta conversão a direita E/D de autos particulares Dificulta carga e descarga

Dificulta entrada e saída de estacionamentos

Exige fiscalização constante para evitar invasão e estacionamento irregular

b) Faixa exclusiva para coletivos junto ao canteiro central

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Requisitos para implantação

Mínimo de 25 on/h Canteiro central com largurapara ponto

de parada

Grande volume de conversão a direito Necessidadesde carga/descarga Vias de duplo sentido

Exigências

Faixas de 3,25 a 3,5 m de largura Canteiro central com 3m de largura

Condições para travessia de pedestres Veículos com portas dos dois laods

Vantagens

Não prejudica carga/descarga, embarque/desembarque, estacionamento e conversões a direita Permite estacionamento

Desvantagens

Instalações de pontos somente nos extremos do quarteirão Veículos com porta a direita

c) Faixa de segurança (canaleta) para coletivos no centro da via

Requisitos para implantação

Mínimo 30 on/h Via de duplo sentido

Via com largura superior a 21 m

Exigências

Faixa de 3,25 a 3,5 m Canteiro central, min de 3 m

Condições adequadas para circulação de pedestres

Vantagens

Maior velocidade dos coletivos Facilidade para priorização do transporte

coletivo

Semáforos só para coletivos Segregação com tuneis e viadutos

Desvantagens

Utilização de grande largura da via Aumento da insegurança nas travessias de pedestres

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d) Faixa exclusiva para coletivos no contra fluxo

Requisitos para implantação

Mínimo de 20 on/h Via de sentido único

Largura da via entre 9 e 12 m

Exigências

Faixa de 3,5 m Separação física que permita

ultrapassagem em emergências

Regulamentação da conversão a esquerda

Vantagens

Diminuição dos percursos dos coletivos Maior respeito a faixa exclusiva

Permite estacionamento no meio fio a esquerda

Desvantagens

Risco aos pedestres Aumento da sinalização Problemas de trafego em vias adjacentes

Problemas com cargas e descargas Deterioração urbana nas adjacências

c) Via exclusiva para os coletivos

Requisitos para implantação

Área densamente ocupada Restrição do espaço na via

Exigências

Possibilitar o acesso de veículos de emergência, policia e carro forte

Carga e descarga fora dos picos Acesso às garagens

Vantagens

Maior facilidade de trafego para coletivos e pedestres

Desvantagens

Restrição de acesso aos carros poderá prejudicar o comercio

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Necessidades de vias alternativas para o trafego geral e carga e descarga

c) Zona exclusiva para os coletivos

Requisitos para implantação

Grande concentração de pessoas Regiões com filas saturadas e estreitas

Áreas centrais de grandes cidades

Exigências

Possibilitar o acesso de veículos de emergência, policia e carro forte

Permitir acesso aos taxis

Carga e descarga fora do pico Acesso às garagens

Vantagens

Descongestionamento de áreas criticas Prioridade absoluta ao transporte coletivo

Facilidade para localização de terminais

Desvantagens

Restrição de acesso aos carros pode prejudicar o comercio Necessidades de vias alternativas para o trafego geral e carga e descarga Necessidade do controle de acesso

POLITICA TARIFARIA

1. Critérios para elaboração da politica tarifaria

A estrutura da politica tarifaria envolve

Estudo da natureza operacional Estudo jurídico e financeiro

Em áreas urbanas consolidadas

A politica tarifaria busca garantir a acessibilidade da maior parcela possível de usuários de baixa renda

2. Questões associadas a politica tarifaria

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a) Política social Obrigação do estado Um bom transporte reflete em ganhos para a sociedade

Beneficio social: se o transporte publico e deficiente poderá excluir parte da sociedade de equipamentos públicos (escolas, hospitais,...) Consequência: confinamento de parte da sociedade (menor renda) na região que habitam

A necessidade de um sistema de transporte que atendam aos anseios da população e as necessidades do mercado de trabalho

Frequência Confiabilidade

Conforto / segurança

Acessibilidade

b) Politica de transportes

Esta vinculada a uma obrigação do estado através das externalidades positivas advindas da implantação de um sistema de transportes publica de passageiros

Redução dos níveis de congestionamento e emissão de gases Redução dos custos de gestão e manutenção das vias Redução dos níveis de acidentes

O sistema de transporte deve atender as características de atratividade do sistema como: frequência, conforto, segurança, confiabilidade e acessibilidade

Características que melhoram o sistema

Veículos novos : tecnologias melhores (menor emissão de poluentes) Habilidades do condutor : influenciam na emissão de poluentes Qualidade da manutenção dos veículos : menos quebras -> maior fluidez -> menor poluição

c) Estratégias de incentivo

O elemento essencial da politica tarifaria e gerar incentivos positivos para os operadores alinharem-se as politicas de transporte publico

Quando o transporte de passageiros integrado não for remunerado, não haverá incentivos para que os operadores promovam a integração do sistema

Quando o transporte de idosos e estudantes não for remunerado haverá pouco incentivo ao seu transporte

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d) Politica urbana

Tarifa única: os usuários que percorrem maiores distancias serão subsidiadas pelos que percorrem menores distancias, ou seja, permitem a indução de ocupação de áreas mais periféricas

Tarifas por anéis: gera dificuldade para que a população de menor renda migre para a periferia. Neste contexto a população de menor renda tendera a ocupar áreas mais próximas a região de desejo, ou seja, mais próximas aos seus empregos e aos equipamentos públicos

e) Politica fiscal

Tornar o sistema auto sustentável, onde a tarifa cobre a totalidade dos custos ou que a tarifa seja direcionada por outros fatores. Nessa situação haverá necessidades de cobertura pelo poder concedente

3. Questões que influenciam no desenho da politica tarifariaa) A forma de organização e delegação dos serviços

Concessão transferir o risco da demanda para a iniciativa privada Permissão Autorização

b) Repartircao das obrigações entre o poder publico e operadores Planejamento: itinerário, tecnologia veicular, qualidade dos serviços,... Programação: definição do quadro de partida Investimentos (diretos e indiretos): quais os investimentos que estarão a cargo do poder

concedente e da iniciativa privada Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro : depende do desenho dos mecanismos de

incentivo e dos devidos meios, que permitem a cada uma das partes resguardar seus interesses

c) Padrão de serviço

Nivel de ocupação a ser admitido no sistema de transporte publico a ser contratado

d) Responsabilidade do poder concedente sobre os riscos relevantes

Demanda Custos operacionais

Sobrecustos de investimento

4. Modelagem tarifaria

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Não existem modelos ideias de politica tarifaria. Ela deve resultar no equilíbrio de indicadores pre definidos que venham a atender aos múltiplos objetivos da politica de transporte, estabelecidos pela sociedade civil organizada

a) Conceitos

Tarifas de uso ou utilização: tarifa paga pelo usuário (passagem) para acessar o sistema de transporte publico

Tarifa de remuneração: tarifa recebia pelos operadores privados pela prestação de serviços de transporte na quantidade e qualidade pelo poder concedente

b) Modelagem tarifaria – tarifa de utilização (TU) x tarifa de remuneração (TR)

b.1) Tarifa de utilização = tarifa de remuneração

Necessidades a serrem discutidas para a sua estruturação

Tarifa única para todo o sistema ou tarifa diferenciada em função da distancia percorrida pelo usuário

Quais os usuários que devem ter acesso gratuito ou a descontos tarifários Implementação de diferenciação tarifaria A que caberá propor e implementar politicas tarifarias diferenciadas

b.2) Tarifa de utilização desvinculada da tarifa de remuneração

As opções para cada uma das variáveis se abre, resultando em combinações de alternativas que se multiplicam

Maior flexibilidade para adoção de politicas sociais O critério de remuneração das empresas operadoras poderá contribuir de forma decisiva para o

atendimento aos objetivos do sistema As combinações de politicas tarifarias poderão adequar-se ou não aos objetivos prioritários

preconizados pelo poder concedente em relação aos sistemas de transportes

b.3) Questão associadas a politica de utilização e a politica de remuneração

Politica tarifaria de utilização com tarifa única

Vantagens

Simplicidade de entendimento pelos usuários Favorece o usuário de baixa renda Favorece uma politica urbana de expansão territorial

Desvantagens

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Desestruturação financeira do sistema motivada pelo desestimulo a utilização em viagens curtas e, estimulo a utilização em viagens longas

Politica tarifaria de utilização com tarifa diferenciada

Calculada com base em tarifas quilométrica exata Por faixa tarifaria Por anel tarifário

Vantagens

Preserva a proporcionalidade entre o preço e o uso dos serviços

Desvantagens

Não favorece o usuário de baixa renda Não favorece uma política com vistas a expansão urbana

5. Dinâmicas tarifarias

Atualmente muitos dos contratos preveem a distinção entre a tarifa do usuário e a de remuneração das empresas operadoras

Esse modelo garante a liberdade da entidade publica determinar de forma autônoma a tarifa a ser paga pelos usuários sem interferir no ajuste de contrato a que a empresa operadora possui direito

Dessa situação o reajuste da tarifa de remuneração das empresas operadoras e anual, independentemente do que ocorra com a tarifa do usuário, que pode ser estabelecida livremente pelo poder concedente, desde que sejam identificadas as fontes de recursos para cobrir eventuais diferenças

a) Reajuste tarifário através de índices de preço

A utilização do índice te preços como forma de reajuste de tarifa, seja de remuneração ou do usuário, tem como virtudes a simplicidade e a previsibilidade

Não são necessárias a elaboração de cálculos ou levantamento de preços, bastando levantar os indicadores em fontes oficiais

Quanto a previsibilidade, esta decorre do fato do índice ser anual e a sua evolução ser conhecida mês a mês, facilitando o conhecimento da evolução de preços dos insumos que compõem a tarifa por ambas as partes

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b) Formulas paramétricas

O elemento central para a determinação da formula paramétrica e o estabelecimento de sua estrutura de ponderação, ou seja, na determinação da importacia relativa de cada componente de custo do sistema

No caso do sistema de transporte coletivo

Pessoal Material de uso geral Material de manutenção geral

Energia e combustão Serviços terceirizados

c) Planilha tarifaria

E uma representação sintética dos custos econômicos decorrentes da prestação dos serviços de transporte coletivo, estando dividido em duas partes

Custos fixos: são aqueles que independem da operação do veiculo

Depreciação Remuneração

Administracao Pessoal da operação

Custos variáveis: são decorrentes da operação do veiculo

Combustível Lubrificantes

Rodagem Pecas e acessórios

SISTEMA VIARIO URBANO

1. Histórico

a) O mundo e o automóvel para poucos As atividades urbanas eram concentradas em aglomerados Muitos dos deslocamentos eram realizados a pe Principais modos de transporte eram ferrovias, bondes elétricos e ônibus

2. Conceitos e necessidades O sistema de circulação e transportes, influencia e e influenciado pela distribuição das

atividades urbanas A circulação se torna a função urbana mais importante Planejar o sistema viário, além das atividades técnicas inerentes, implica em administrar vários

conflitos:

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Necessidades de diferentes grupos de cidadãos Estabelecer uma politica de prioridades Para equalizar as futuras expansões com outros sistemas, normas e diretrizes Estimar as transformações da cidade médio e a longo prazo Fixação de uma politica operacional para o sistema viário com o intuito de garantir a fluidez

3. O problema

As cidades brasileiras apresentam graves problemas com a queda da mobilidade e da acessibilidade, bem como a degradação das condições ambientais, geradas pelos congestionamentos crônicos

a) A expansão urbana e insustentabilidade

A facilidade do uso dos carros incentiva a expansão urbana as distancias aumentam e novas vias são necessárias a rede de equipamentos públicos se tornam mais caras algumas áreas se tornam mais criticas a área urbana se aproxima da insustentabilidade

b) Consequências

A ausência de planejamento e controle que ordenem o uso e a ocupação do solo, deixa que o desenho da cidade seja resultante, exclusivamente, das forcas de mercado, que tendem a investir nas áreas de maior acessibilidade criando graves impactos ambientais bem como p/ o sist. Circula.

Situações crônicas de congestionamento Prejuízo crescente ao desempenho dos ônibus O decréscimo no uso do transporte publico regular Aumento e a generalização dos acidentes de trânsito A necessidade de investimento crescente no sistema viário A violação das áreas residenciais e de uso coletivo

4. Prognostico As grandes cidades constituem a base da produção e de serviços do pais. A sua eficiência

dependera, em grande parte, da eficiência econômica. As dificuldades nos deslocamentos de pessoas e mercadorias, acidentes de tanto, e suas questões ambientais tendem a agravar com o crescimento da urbanização e da economia

As grandes cidades terão seus problemas, custos e deseconomias aumentando exponencialmente e as cidades de médio porte começaram a vivenciar graves problemas de deslocamento de pessoas e de mercadorias

Para garantir uma melhor oportunidade de distribuição dos deslocamentos, paralelamente a um aumento da eficiência geral do sistema viário, será necessário rever as politicas de transporte e transito, com o intuito de permitir um melhor balanceamento na utilização entre os vários modos de transporte pra otimizar a eficiência feral do sistema

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5. Politicas necessárias Melhorar a qualidade de vida de toda a população, através da melhoria das condições de

transporte, segurança de transito e acessibilidade para realização de suas atividades Melhoria da eficiência nos deslocamentos que implicam em disponibilizar uma rede de

transporte integrada entre os vários modais atuais, com prioridade efetiva aos coletivos Qualidade ambiental através do controle dos níveis de poluição atmosférica e sonora bem

como pela proteção dos bens culturais e históricos e, também, das áreas residências e de vivencia coletiva

6. Características desejáveis em uma cidadea) Desenvolvimento urbano

Existência de um plano diretor, leis de zoneamento, código de obras Expansão urbana adaptada as limitações ambientais e a capacidade de infraestrutura Renovação urbana condicional a minimização dos impactos sobre os sistemas de transporte e

transito

b) Organização institucional Integração das atividades de planejamento urbano, de transporte e da circulação Elaboração do planos integrados de transporte e transito Recursos humanos capacitados Transparência nas decisões sobre as politicas urbanas e de transporte e transito

c) Infraestrutura de transporte Sistema viário hierarquizado com o trafego, compatível entre cada tipo de via e o uso do solo

local Definição das áreas de restrição ao trafego intenso ou inadequado Definição das prioridades sobre o sistema viário em relação ao transporte coletivo

7. Hierarquização das vias Define a função predominante de diferentes conjuntos de vias Objetivo: compatibilizar as características das vias, bem como os dispositivos de controle de

transito, o tipo de trafego a priorizar e, os padrões de uso e ocupação do solo nas imediações

8. Classificação e descrição dos tipos de viaa) Classificação funcional das vias urbanas

Vias expressas: são como vias com total controle de acesso, alta mobilidade do trafego geral e intersecções em desnível. As vias expressas devido as dificuldades de implantação nos meios urbanos consolidados e, devido ao seu alto custo, são aproveitadas, principalmente para acomodar volumes elevados e percorrendo longas distancias. Essas vias representam, ou formam, a malha principal para atender ao trafego geral. Essa malha pode incluir ligações entre os principais polos geradores de trafego e, também, ligações contornando áreas de intensa urbanização

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Vias arteriais: embora alguns acessos sejam permitidos, a finalidade e servir altos volumes de trafego geral nos principais corredores das áreas urbanas consolidadas. Os elementos geométricos devem refletir as características associadas a velocidade de projeto mais altas (60 a 80 km/h)

Vias coletoras: o acesso local e o movimento de passagens dos veículos possuem o mesmo grau de importância, dai a ocorrência de conflitos em maior escala. Para garantir a segurança neste tipo de dia, e desejável restringir os grandes volumes de trafego de passagem e, restringir a velocidade

Vias locais: servem para fornecer acesso as propriedades adjacentes, devendo ser desestimulado o trafego de passagem. As características geométricas são as mais restritas, e em muitos casos, visam desincentivar os movimentos diretos

b) Classificação viária segundo o código nacional de transito – CNT

Via de transito rápido: caracterização por bloqueio que permita o transito livre, sem interseções e com acessos especiais (EXPRESSA)

Via preferencial: onde os veículos devem ter prioridade de transito, desde que a via se apresente devidamente sinalizada (ARTERIAL)

Via secundarias: e aquela destinada a interceptar, coletar e distribuir o trafego que tenha necessidades de entrar ou sair das vias de transito rápido ou preferencial (COLETORA)

Via local: e aquela destinada apenas ao acesso de áreas restritas (LOCAL)

PONTOS DE PARADA

1. Conceituação

Os locais de embarque e desembarque de usuários do sistema de transporte coletivo, que se processam em passeios públicos são denominados, genericamente, de pontos de parada

Os locais de embarque e desembarque no sistema de transporte coletivo estruturados e: estação

2. Questões que envolvem os pontos de paradas O acesso da origem ate o ponto de parada, normalmente e realizado a pé, e sentido pelos

usuários, como penalidade A maioria dos pontos de paradas são dispersos, mal sinalizados e sem equipamentos de apoio Os efeitos das paradas para embarque e desembarque que influenciam no dimensionamento da

frota e na capacidade das vias são mais sensíveis nas paradas urbanas

3. Variáveis influentes sobre uma parada de ônibus urbana

Passageiros:

Quantidade Faixa etária Educação

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Via:

Tipo e estado do pavimento Estacionamentos

Tratamento preferencial Uso e ocupação do solo

Ônibus:

Frequência Quantidade e largura das portas Altura dos degraus

Posição da catraca Área de circulação interna

Parada:

Tipo de parada Localização em relação à via

Proximidade das intersecções e semáforos Uso e ocupação do solo

Sistemas de transporte:

Informação ao usuário Tipo de cobrança

4. Distancia entre as paradas A distancia entre as paradas tem grande influencia na velocidade operacional dos veículos de

transporte publico No estabelecimento das distancias entre paradas, devem ser contemplados os aspectos de

acessibilidade, concentração de usuários nas plataformas e o tempo de parada nas operações de embarque e desembarque

5. Implantação de um ponto de parada As paradas de ônibus não podem ser localizadas sem situações de contrariem dispositivos do

código nacional de transito Paradas nas esquinas a distancia inferiores a 10 m do alinhamento das edificações Em pontes, viadutos e tuneis Sobre a pista de rolamento das estradas Onde houver regulamentação de parada de veículos

Em situações passiveis de risco e acidente Em frente a garagens Em curvas, lombadas, aclives e locai de pouca visibilidade

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Os pontos de parada, sempre que possível, devem ser localizados com o intuito de atenderão maior numero dos seguintes requisitos Proximidades de passarelas e outros locais de travessia de pedestres Abrigar das intempéries os que aguardam a condução Existência de calcada em com estado de conservação e com dimensões suficientes para

acomodar os usuários Proibir o estacionamento de veículos Motoristas devem se aproximar do meio fio para embarque e desembarque de passageiros

6. Posicionamento dos pontos de paradaa) Em vias com estacionamento liberado ou regulamentado

Antes do cruzamento Meio de quadra Após cruzamento

b) Construção com avanços ou recuos (baias)

b.1) construção em avanços

Mais adequado para pontos em meio de quadra

Vantagens:

Amplia a área de espera para os usuários Melhor circulação de pedestres

Ordena melhor as vagas para estacionamentos

Desvantagens:

Bloqueio da faixa em que o ônibus estiver efetuando a operação de embarque e desembarque

b.2) construção em baias

Recomendada para vias com elevado volume de trafego, velocidade de circulação alta e tempos de parada relativamente longos. E a forma mais adequada de acomodação. Retirando a influencia do ponto sobre a via

Maior segurança para o usuário do transporte coletivo pois na espera fica recuado do trafego de passagem

O ônibus não sofre interferência dos veículos estacionados O trafego geral não sobre influencia do ponto de parada

Condições para implantação de baias Estacionamento proibido, ao menos dos períodos de pico Alto volume de veículos, atingindo nos períodos de pico elevado grau de saturação Volume de ônibus insuficiente para justificar a adoção de faixa exclusiva

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Passeio com largura adicional suficiente para a construção da baia Tempos de parada, relativamente longos

c) Posição do ponto de paradaem relação a quadra

c.1) antes da intersecção

requisitos para implantação

Quando for possível, fazer coincidir chegada do ônibus com tempo de vermelho do semáforo Quando a transversal for sentido único em direção a via por onde circulam os ônibus Lovais com volume de ônibus consideráveis

Vantagens:

Maior conforto aos passageiros, desembarque próximo as transversais

Desvantagens:

Obstrução a sinalização existente junto às intersecções Obstrução da visibilidade dos pedestres junto às interseções

c.2) depois da intersecção

requisitos para implantação

Houver maior necessidade de capacidade no cruzamento Após cruzamento, linhas seguirem por itinerários diversos Quando no sentido do fluxo dos ônibus, ocorrer alto volume de trafego geral com conversão a direita

Vantagens:

Elimina conflitos com movimentos de conversão a direita

Maior capacidade nas interseções semafóricas

Elimina problemas de visibilidade junto a interseção

Desembarca passageiros, próximo a travessia

Desvantagens:

Proporciona bloqueio da interseção com formação de filas Obstrui a visibilidade na conversão da via transversal para a via principal Dificulta a conversão direita da via transversal

c.3) depois da intersecção

requisitos para implantação

As extremidades de quarteirão são necessárias para a circulação do trafego geral Houver necessidade de grandes extensões para proporcionar o embarque e desembarque

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Locais com grandes polos geradores de passageiros Ônibus tiver que efetuar conversão a direita ou a esquerda

Vantagens:

Mínima interferência com a circulação dos veiulos Visibilidade entre pedestres e veiculos Maior conforto do usuário em polos geradores

Desvantagens:

Necessidade de proibição de estacionamento em grande extensão da via Necessidade de implantação semafórica para travessia de pedestres

c.4) outras melhorias

Em decorrência do gradativo aumento de exigencias por parte dos usuários bem como pela concorrência com o transporte individual, alguns equipamentos urbanos agregados aos pontos de parada podem vir melhorar o conforto para os usuários e, assim, assegurar aos mesmos poder usufruir de alguns serviços públicos

Utilização de recursos físico visuais para identificação do ponto: marcos referenciais, mapa dos arredores com principais locais de interesse, nome do ponto, identificação do logadouro,...

Identificação dos ônibus: cor, sigla, numero da linha, nome,...

Equipamentos complementares: bancos, caixa do correio, banca de jornal, telefone publico, ...